setembro 2014

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  • | Directora: Sandra Ferreira | Ano: XX | N.: 197 | Setembro 2014 | Mensal | Distribuio gratuita |

    Propriedade e administrao:Centro Lusitano de ZuriqueBirmensdorferstrasse 488004 Zrich

    Tel.: 044 241 52 60Fax: 044 241 53 59Web: www.cldz.chE-mail: [email protected]

    Direitos e obrigaes -Todas as crianas tm direito escolaridade gratuita, inclu-sive meios didticos - Pg. 14

    A Lei e a Escola no Canto de Zurique

    Educao Jovem e desempregado? A soluo no sempre a universidade - pg. 04

    Economia O que muda com o fim do BES - pg. 26

    Sade Observaes importantes no tratamento do cancro - pg. 18

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  • 2 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Publicidade

    Edio anterior

    Misso Catlica de Lngua Portuguesa ZHKatholische Mission der Portugiesischsprechenden

    Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 ZrichTel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: [email protected]

    Horrio de atendimento: - segunda a sexta-feira das 8h s 13h00 e das 13h30 s 17h

    Centro Lusitano de ZuriqueBirmensdorferstr, 488004 Zrichwww.cldz.ch - [email protected]

    Bufete, reserva de refeies 077 403 72 55

    Cursos de alemo 076 332 08 34

    Direco 044 241 52 60 / [email protected]

    Futebol 079 541 15 30 / [email protected]

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    Rancho folclrico 076 344 15 40 / [email protected]

    Vamos contar uma histria 079 647 01 46

    Consulado Geral de Portugal em ZuriqueZeltweg 13 - 8032 ZuriqueTel. Geral: 044 200 30 40Servios de ensino: 044 200 30 55Servios sociais: 044 261 33 32Abertura de segunda a sexta-feira das 08:30 s 14:30 horas

    Embaixada de PortugalWeitpoststr. 20 - 3000 Bern 15Seco consular: 031 351 17 73Servioa sociais: 031 351 17 42 Servios de ensino: 031 352 73 49

    Servios municipais de informao para imigrantes - Zurique (Welcome Desk)Stadthausquai 17 - Postfach 8022 ZuriqueTel.: 044 412 37 37

    Polcia 117Bombeiros 118Ambulncia 144Intoxicaes 145Rega 1414 www.sosracismo.pt

    http://zip.net/bwpq5S

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 3

    Sandra [email protected]

    PropriedadeCentro Lusitano de Zurique8004 Zrich

    Email: [email protected]

    AdministraoCentro Lusitano de Zurique

    DirectoraSandra [email protected] [email protected]

    Redaco e ColaboraoArmindo Alves, Pedro Silva, Ma-ria Jos Silva, Manuel Beja, Mar-ta Prez, Zuila Messmer, Mendes Serafim, Domingos Pereira, Joana Arajo, Daniel Bohren, Mnica Car-valhais, Emlia Farinha, Euclides Cavaco, Marlia Mendes, Carmindo de Carvalho, Alice Vieira, Carlos Paz, Carlos Esperana, Amadeu Homem

    Nota: Os textos publicados, so da exclusiva responsabilidade dos seus autores e no repre-sentam necessariamente as opinies do Lusitano de Zurique.

    Ficha tcnica

    Publicidade: [email protected] Tel.: 076 379 67 27

    Edio, composio e paginaoManuel Arajo -Jornalista. 4365Braga Portugal [email protected] Tel.:(+351) 912 410 333

    Impresso: DM Braga Tiragem: 2000 exemplares Periodicidade: Mensal Distribuio gratuita

    Outras fontes: Esta publicao no adopta

    o (des)Acordo Ortogrfico www.ilcao.cedilha.net

    Publicidade

    Editorial

    Nos ltimos tempos tenho-me deparado com vrios vdeos, imagem ou mesmo artigos em que se tenta desmistificar o significado de emi-grante portugus.Apesar de a primeira reaco ser o da riso-ta e da diverso com tais textos, a verdade que a questo de o que so emigrantes? da muito que pensar.

    Na Sua a questo de emigrantes pra-ticamente vista como uma doena. Uma averso tal a esse tipo de ser humanos que invadem terri-trios e apoderam--se das coisas que no lhes pertencem. E este tem sido um tema com que a Su-a se debate j desde dcadas.

    Contudo, com a dita democracia directa,

    aqui existente, so cada vez mais co-muns a existncia de iniciativas xenfo-bas querendo acabar com este ser humano a que chamam emi-grante.

    Quanto aos moti-vos, tudo valido! Comearam por ser motivos econmi-cos, polticos, de in-tegrao. Como os motivos sustentveis so cada vez mais escassos, os suos transformam-se em ecologistas e utilizam a ecologia e a demo-grafia como motivo.

    E foi assim que nas-ceu a Iniciativa Eco-pop que ir a votao j no prximo ms de Novembro. A ini-ciativa prope parar com a sobrepopula-o e exige um cres-cimento mximo da populao de 0,2%

    ao ano com o intuito de assim conseguir proteger o meio am-biente e os recursos naturais.

    Desta forma propo-nho aos artistas que tentam desmistificar e caracterizar a pa-lavra emigrante, a acrescentarem su-jos, imundos e destruidores do meio ambiente como sig-nificados.

    Agora a srio: se queremos conseguir o respeito mtuo e no sermos olhados como uma espcie de bola que se vai alastrando, paremos de ns comportar como tal e lutemos pela nossa identida-de! Digamos no a esta iniciativa xenfo-ba e a todas a que se seguiro!

    A Xenofobia continua

  • 4 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Ensino

    Nos ltimos vinte anos o nmero de pessoas graduadas em universidades cresceu continuamente no mundo. Isso vale tambm para a Sua, apesar de, historicamente, o pas alpino formar menos acadmicos do que seus vizinhos europeus e ter ndices de desemprego juvenil mais baixos. O que os nmeros dizem?Por Duc-Quang Nguyen

    O ensino superior no mais o sistema seletivo e elitista que era no passado, mas sim um mercado de massa global. A proporo de adultos com um nvel de educao superior (ou universitrio) aumentou em mais de 10% entre 2000 e 2011 entre os pases mem-bros da Organizao para a Cooperao e Desenvolvi-mento Econmico (OECD):Recentes polticas gover-namentais mostram uma crena na relao estreita entre educao, emprego e salrios. Ao longo das lti-mas dcadas, governos em todo o mundo melhoraram a oferta de educao superior para seus cidados atravs do aumento do financia-mento das universidades e harmonizao do sistema de graduaes universit-rias. Um exemplo o siste-ma de Bolonha na Europa.Com base em padres in-ternacionais, a educao de adultos pode ser classifica-da em trs grupos:- ensino secundrio inferior: escolari-dade obrigatria alcanada- ensino secundrio superior: ensino ps-obrigatrio, no qual o jovem comea nor-

    malmente entre o 15 ou 16 anos. Ele inclui a formao profissional assim como es-tudos gerais para preparar os alunos para universidade (A-levels no Reino Unido, e bacharelado na Sua).- en-sino superior: universidade, faculdade ou universidades de cincias aplicadas.E as razes para isso so convincentes: em mdia, nos pases da OECD, 4,8% das pessoas com um diplo-ma universitrio estavam desempregadas em 2011, comparado com 12.6% de pessoas sem uma educao secundria. Quando se trata da renda, a diferena mdia entre os rendimentos do tra-balho entre os indivduos de baixa escolaridade e com educao superior era de 75 pontos percentuais entre os pases da OCDE em 2008.Existem limites?Se a promoo do ensino superior beneficia tanto as finanas individuais ou dos pases, existiriam limites para esse desenvolvimento? Um nmero excessivo de jovens adultos com nveis elevados de educao pro-vocariam uma disparidade

    entre suas capacitaes e as demandas do mercado de trabalho, fazendo com que muitos no encontrem emprego ou sejam mesmo obrigados a aceitar traba-lhos abaixo do nvel de suas qualificaes.

    De acordo com a Organiza-o Internacional do Traba-lho (OIT), a incidncia mdia de super-qualificao em economias desenvolvidas foi de 10.1% em 2010, um acrscimo de 1.6 pontos percentuais desde 2008. Alm disso, com o aumento de demanda por ensino su-perior, os custos tm vindo a aumentar regularmente, provocando um desvio do pblico para fontes privadas de financiamento (ou dos prprios estudantes). Isso resulta em uma presso fi-nanceira sobre jovens que investem em ensino superior sem colher os benefcios fi-nanceiros de prosseguir os seus estudos.Essa questo especial-mente relevante ao conside-rar o aumento onipresente do ensino superior e levan-do-se em conta o desem-prego juvenil que atinge a Europa desde a crise finan-

    ceira a partir de 2008 (mais de 50% da Espanha e na Grcia). Grcia, Espanha e Portugal so pases mais defronta-dos com o desemprego ju-venil, ao contrrio da Sua, Alemanha e ustria, poupa-dos at ento pelo fenme-no. A explicao mais bvia para a diferena dos ndices de desemprego juvenil entre esses dois grupos de pases est na economia. Espanha, Grcia e Portugal foram os pases mais atingidos pela crise da Zona Euro. No en-tanto, a persistncia do de-semprego juvenil em muitos pases da UE - na Espanha um problema que j persis-tia antes mesmo da crise - implica que o crescimento econmico por si s no vai resolver o problema do desemprego juvenil. Porm importante ressaltar que tanto a Alemanha, ustria como a Sua so pases onde o sistema de aprendi-zagem prevalece.A relao entre o nvel educacional e o desem-prego vlida ento a tese que o ensino superior garanta me-

    Jovem e desempregado? A soluo no sempre a universidade

    Foto Keystone

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 5Ensino

    lhores chances de emprego, inclusive em comparao internacional? Se esse for o caso, pases com um nme-ro mais elevado de acad-micos teriam de ter um nvel de desemprego juvenil mais baixo. A correlao entre di-ferentes nveis de educao e o desemprego global da juventude para alguns pa-ses exibido abaixo com dados de 2011 da OCDE. O desemprego medido de forma acurada para os que no participavam em aes de educao ou formao ou que estavam sem empre-go (NEET).O grfico abaixo mostra que no existe uma correlao clara entre o nmero de jo-vens com formao univer-sitria e desemprego global juvenil. Pelo contrrio: a Ale-manha e a ustria esto en-tre os pases europeus com o menor nmero de jovens com formao universitria e, ao mesmo tempo, uma taxa de desemprego muito baixa entre os jovens. Seria a formao profissio-nal a resposta, levando-se em conta que pases como a Alemanha, ustria e Sua tm sido relativamente imu-nes a picos de desemprego entre os jovens e, terem, ao mesmo tempo, os sistemas de aprendizagem mais de-senvolvidos? primeira vista, o grfico abaixo parece transparecer que o ensino secundrio su-perior (ou seja, estgios ou estudos gerais de prepara-o para o ensino superior)

    mostra uma correlao fraca com o desemprego dos jo-vens. Na ustria, Alemanha e Sua, metade ou mais de todos os jovens chegaram a esse nvel de ensino. No en-tanto, em Itlia e na Grcia, o ensino secundrio supe-rior tambm generalizado, mas o desemprego juvenil ainda elevado.O ensino secundrio supe-rior pode envolver estudos gerais de preparao para a universidade assim como estgios, e infelizmente, impossvel separar esses dois percursos a partir dos dados disponveis. Mas, de acordo com a OCDE, em 2009, cerca de trs quar-tos dos graduados na Su-a e na ustria, cujo mais alto nvel de educao era o secundrio superior, es-colheu fazer uma formao profissional ao invs de uma formao acadmica. Na Grcia essa proporo foi de 30% e, nos Estados Uni-dos, perto de 0%. Nesses pases, o sistema de apren-dizagem menos valorizado no mercado de trabalho do que na ustria, Alemanha e Sua. H, contudo, uma correla-o entre o percentual de jovens que no atingiram o ensino secundrio supe-rior e o desemprego juvenil. Mais uma vez, Sua, Ale-manha e ustria se desta-cam como pases europeus com o menor nmero de jo-vens que apenas concluram o ensino obrigatrio bsico. Afinal, oferecer aos jovens

    qualquer forma de educao e formao complementar alm da escolaridade obri-gatria parece ser um ponto fundamental na luta contra o desemprego juvenil. Se o ensino superior se tornou um mercado de massas ao longo das ltimas dcadas, a educao profissional uma alternativa clara, como mostram as iniciativas de alguns governos. Por exem-plo, a Unio Europeia lan-ou recentemente uma srie de iniciativas baseadas na formao profissional para combater o desemprego juvenil. Dentre outros, ele pede reformas estruturais para estgios e formao profissional para os seus membros, assim como fa-vorecer a mobilidade euro-peia para a aprendizagem.Tambm o Banco Mundial acompanha essa tendn-cia: Em comparaes entre os pases descobre-se que pases mantenedores de um sistema dual de formao profissional slido - como o caso da ustria, Dina-marca, Alemanha e Sua - apresentam uma transio muito mais suave da esco-la para o trabalho...menos desemprego juvenil e nveis abaixo da mdia de pero-dos repetidos de desempre-go do que outros pases, detalha o relatrio.Embora a Sua possa se orgulhar de ver outros pa-ses se inspirando nos seus modelos de formao pro-fissional, a tendncia ao academicismo tambm atinge o pas alpino. Devido,

    em parte, ao aumento dos graduados universitrios na Sua, assim como no resto do mundo, programas de aprendizagem esto cada vez menos populares, espe-cialmente em certos setores tcnicos. E o nmero de jo-vens que buscam formao profissional na Sua no aumentou desde 1986. Notas sobre esta anlise

    O desemprego juvenil e os nveis de educao de jo-vens foram medidos para diferentes faixas etrias. No entanto, os percentuais de nvel de escolaridade juvenil variaram apenas lentamente ao longo do tempo.Pases membros adicionais da OCDE podem ter sido adicionados a esta anlise. Isso foi feito, mas no im-pactou o quadro geral. Por razes de legibilidade, ape-nas um conjunto de pases foi escolhido.Embora os nveis de educa-o entre os pases podem ser classificados em trs grupos, existem diferenas importantes nas caracters-ticas e polticas educacio-nais dos pases para cada um dos trs nveis de ensino (em particular para a apren-dizagem).

    Por Duc-Quang Nguyen, swissinfo.chAdaptao: Alexander ThoeleArtigo na ntegra aqui: http://goo.gl/ADx2Za

  • 6 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Comunidade

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 7

    SEGUROSDoena ( krakenkasse )

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    Domingos Pereira

    As comemoraes do Dia de Portugal, de Cames e das Comunidades Portuguesas e centenrio das aparies em Ftima se realizaram entre pre-destinados categorizados - de uma classe de Iluminados - que se afagam, louvam e assim vo agradando a cabeas-lisonjei-ras. Fala-se da diviso de classes na so-ciedade portuguesa. Classes, classifi-cadas na base do quinho de tostes. Mas ningum, ou poucos, comentam a existente classes de raa. Este m-todo de categorizar o ser-humano, indivduos desta sociedade, e neste caso, os cidados do nosso pas. Os critrios de categorizao no se ba-seiam na cor, medidas, nem formosu-ra. Mas sim de um ADN de salaman-dras.

    H oito dcadas criaram o dia da raa. A fim de procla-mar, demonstrar o quanto eram perfeitos. Mas, depois da ceifa do trevo levada a cabo h 40 anos estas as sa-lamandras ficaram descobertas e procuram refgios em quintais alheios. Os ceifeiros alteraram o nome, relevando e louvando quem o merecia, a data permaneceu a mes-ma. Deixaram o trevo crescer e as salamandras multipli-caram-se, reinventaram-se e aparecem agora das som-bras, com os mais diversos rostos e siglas ao peito.

    Quatro dcadas de comemoraes realizadas em 37 ci-dades do continente e ilhas, e em centenas de capitais nos cinco continentes onde existem embaixadas portu-guesas, ano-aps-ano, repete-se: o iar da bandeira na-cional, o almoo oferecido pelo senhor presidente ou embaixador aos seus mais prximos, condecorasse um cidado com mrito e decora-se uma dezena da catego-rizada raa.

    So assim as comemoraes do Dia de Portugal, de Cames e das Comunidades Portuguesas entre cate-

    gorizados de uma classe que se afagam, louvam e vo agradando a cabeas-lisonjeiras.

    Mas o que comemoram afinal? O que foi Portugal? Nos tempos dos heris do mar, nobre povo, nao valente e imortal no vejo outro motivo possvel?

    Porque a actual Ptria, dos teus egrgios avs, est de desfralda Bandeira e no foi por injrias da sorte! Foi sim, pela ganncia, pela gula monetria. Porque da ptria j venderam a terra, o mar e seus frutos, exportam seus ci-

    dados Europa e terra inteira. Os idosos so trapos-velhos, as crianas so ratos no ba do governo.

    isto que se comemora? Ento que a Bandeira seja iada a meia-haste!

    IluminadosEste ano comemora-se o centenrio das Aparies em Ftima. O Banco Portu-gus do Investimento (BPI) e a Joalharia Leito & Irmo Vargas, associaram-se a estas comemoraes. Religiosamente, o Consulado Geral de Portugal em Zurique e Genebra abriram os braos a esta ini-ciativa, expondo por dois dias um em cada posto consular - imagens de Sra. Ftima peas nicas e exclusivas des-tes Joalheiros. ptima parceria, assim que deve ser, uma vez que estes locais se destinam a proteger os interesses dos seus cidados, promover a cultura nacio-nal.

    Lamento que esta promoo da cultura e a arte de joalha-ria portuguesa foi feita porta fechada ao pblico, tendo s acesso alguns predestinados Iluminados.

    Ser que foi um evento cultural ou encontro de negcios?!

    Bandeira a meia-hasteOpinio

  • 8 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Comunidade

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    As Caminheiras de Maria organizam a Festa das Colheitas no sbado dia 11 de Ou-tubro de 2014 no salo paroquial da igreja de S. Michaels-Kirche em Neuweg 4, 8125 Zolli-kerberg. Eucaristia com incio s 19h, com procisso de velas e tero. No final, procis-so do adeus a Nossa Senhora, em direco ao Salo da Festas.

    Como sempre, have-r comida tradicional Portuguesa:

    - Menu 1: Salada, Bacalhau Caminheiras (25.-CHF/pessoa)- Menu 2: Salada, Carne mista assada com batata no forno e arroz (25.- CHF/pessoa)- Menu criana: Chicken Nuggets com batata frita e ketchup (12.50 CHF/crian a)

    Os lucros desta festa revertero para ajuda

    a uma menina de 10 anos que necessita de duas prteses e tam-bm para ajudar nos transportes de tudo que enviamos para Portugal. AJUDE-NOS A AJUDAR.A animao no falta-r e fica ao encargo do Grupo Music Mendes Bailes & Karaokes e do nosso amigo Jorge Amado que estar no-vamente connosco.

    Para que haja uma melhor organizao, agradecemos que confirme quantas pes-soas so e o que vo comer. Reservas at ao dia 8 de Outubro 2014.

    Qualquer questo favor entrar em con-tacto com os seguin-tes nmeros:

    078 628 23 54 (Ftima Ferreira), 079 706 49 08 (Mariana Bexiga) ou na Pagina das Ca-minheiras de Maria no Facebook.

    Festa das Colheitas11 de Outubro 2014

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 9Publicidade

  • 10 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Comunidade

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 11Comunidade

    No ano de 1989 um grupo de amigos do Centro Lu-sitano de Zurique decidi-ram juntar-se com alguns instrumentos tradicionais portugueses e formar um rancho Folclrico para re-presentar o nosso Pas e divulgar as nossas razes, tendo assim nascido o Rancho Folclrico do Cen-tro Lusitano de Zurique, o qual ainda se mantm acti-vo at presente data sem interrupes a representar as nossas tradies em terras helvticas.

    O nosso rancho actuou em algumas festas importan-

    tes na cidade de Zurique durante quatro anos con-secutivos na Zri Fscht, tendo estado presente tambm nas peregrinaes portuguesas em Einsiedeln e alm fronteiras na Alema-nha, Luxemburgo, Frana e no nosso Portugal.

    Os anos passam e as tra-dies continuam. Passa-ram 25 anos e merecida uma grande comemorao para festejar 25 anos de existncia. Para celebrar os 25 anos de existncia iremos rea-lizar mais um Festival de

    Folclore no prximo dia 13 de Setembro na Sporthal-le, Unterrohrstrs. 2, 8952 Schlieren, onde iremos gra-var um DVD ao vivo onde contaremos tambm com a presena de mais 3 Ran-chos nossos compatriotas; o Rancho Folclrico de Hinwil, Rancho Folclrico da Associao de Wetzi-kon, e o Rancho Folclrico Aldeias de Portugal Baar. Deixamos assim aqui o nosso convite a todos que quiserem apreciar os can-tares e danares das nos-sas tradies e participar na gravao do nosso DVD, e dar um pezinho de dana

    para matar saudades do nosso Portugal. Teremos todo o gosto em vos rece-ber, pois haver comes e bebes com cozinha tradi-cional Portuguesa.

    A entrada gratuita, mas pode fazer a sua reserva atravs do nr. 076 344 15 40 ou atravs dos emails. [email protected] ou [email protected].

    Aparece e ajuda-nos a fa-zer deste dia especial para ns, um dia ainda mais es-pecial para ti.

    Rancho Folclrico do Centro Lusitano de Zurique

    25 anos a representar as nossas razes

  • 12 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Comunidade

    d o Centro

    Informaes

    Sadas: 13 de SetembroFestival 25 anos 04 de OutubroFestival Hinwil

    Vou fingir! Vou fingir que no sou pobre

    Que um dia no fui obrigado a emigrar Vou fingir que de novo Ptria vou voltar Vou fingir que tudo anda pelo melhor neste mundo, e que os portugueses j no so obrigados a emigrar Vou fingir e sonhar que finalmente para acabar com a misria que os portugueses daqui para o futuro no vo deixar de lutarVou sonhar e no quero fingir porque o penso alto e forte, que o povo um dia enfim este governo vai acabar por derrubar

    Antnio Dias - Frana

    Fui terra...Fui terra do Manuel e da Maria Ver como que a vida corriaFiquei desesperado E desapontadoQuando vi na misria em que ele e ela viviaNo havia po nem trabalhoPara dar de comer aos filhos Era uma tristeza e uma agonia Eram dias e horas msCom os filhos a chorar com fomeSem po em cima da mesa Para a fome matar assim que se passa cada dia na terra do Manuel e da Maria !

    Antnio Dias - Frana

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 13Sade

    Para fazer preveno, os especialistas afirmam que no se deve entrar em um discurso moral. (Keystone)

    A ltima campanha pela preveno do HIV e de outras doenas se-xualmente transmissveis est pro-vocando polmica na Sua. Alguns a consideram pornogrfica. Para os especialistas da preveno, eficcia e questes morais no podem ser confundidas. Passando pelas ruas de qualquer cidade sua pode-se ver um cartaz com um casal homo ou heterossexual deitados e claramente sugerindo que esto fazendo amor. No se tracta de publicidade para qualquer site de moralidade dbia, mas da campanha pela preveno do HIV e de outras doenas sexualmente transmissveis. Na srie de cinco cartazes divulgados no final de julho, aparecem casais de 20 a 52 anos. Intitulada Love Life nenhum remorso, a campanha 2014 tem o objectivo de promover uma vida sexual gratificante e ao mesmo tempo responsvel. Em outras pala-vras, viver a sexualidade como qui-ser, mas se proteger.Lanada em Maio com um casting que teve um certo sucesso entre a opulao 300 pessoas se candida-taram a posar para a cmara da fot-grafa Diana Scheunemann a cam-panha de preveno, acompanhada de um videoclipe considerado quen-te, vetado a menores no youTube, no est passando despercebida. Um grupo de 35 pais e filhos, apoiado pela fundao Zukunft CH e por ou-

    tras organizaes crists, escreveu para Secretaria Federal de Sade Pblica (OFSP) pedindo que a cam-panha cesse imediatamente. A Alian-a Evanglica Sua uma contra--campanha, com o mote Love Life, a fidelidade protege do remorso. No site e na pgina Facebook da Aliana foram postadas uma srie fotos de casais unicamente heterossexuais, convidando-os a se proteger das doenas sexualmente transmissveis pela fidelidade. A Aliana tambm pediu financiamento de sua campa-nha Secretaria Federal de Sade, pedido que a administrao federal est avaliando.

    Uma das numerosas fotos da contra-campa-nha. - (Schweizerische Evangelische Allianz )

    O Partido Evanglico Suo (PEV), cujo presidente apresentou uma mo-o no parlamento sobre essa cam-panha, estuda a possibilidade de dar queixa por infraco ao artigo do cdigo penal relativo pornografia. Ainda devemos analisar os carta-zes. Tenho a impresso que eles so menos provocadores do que o vi-deoclipe, afirma o porta-voz do PEV Jean-Daniel Roth, dando a entender

    que muito provavelmente no entrar com aco na justia.Isso no quer dizer que toda a campa-nha considerada problemtica pelo PEV. De um lado, como pai cabe a mim decidir se meus filhos devem ser confrontados com esse tema. De outro, como partido cristo, temos os dever de divulgar valores como a fidelidade e a espiritualidade, resu-me Roth. A campanha reduz tudo ao mote nenhum arrependimento, mas a sexualidade muito mais do fazer amor com quem voc quiser quando quiser.

    Trazer o tema para a actualidadeA doutora Brenda Spencer, que tra-balha a unidade de avaliao dos programas de preveno no Instituto de medicina social e preventiva de Lausanne, coloca a campanha em seu contexto. apenas um entre tantos elementos da estratgia da Secretaria Federal de Sade Pblica contra o HIV e as doenas sexual-mente transmissveis. As pessoas tem tendncia a ver e destacar so-mente esse aspecto da campanha e esquecer todos os outros esforos que so feitos.O principal objectivo da campanha sobretudo falar do vrus. Continua sendo muito importante porque se nota uma espcie de banalizao da doena. Com relao a 1987, quan-do foi lanada a primeira campanha Stop AIDS, hoje o desafio continua sendo colocar constantemente o tema na actualidade.

    - (*) swissinfo

    PREVENO E PROVOCAO

    Campanha contra a SIDA deve ser explicita?Escandalosa, pornogrfica, provocadora, ineficaz As crticas

    so numerosas, como alis j ocorreram em campanhas passadasPor Daniele Mariani (*)

  • 14 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Direito

    Tem perguntas que digam respeito ao direito?Envie a sua pergunta com a indicao Lusitano a:Bohren Rechtsanwalt, Postfach 229, 8024 Zrichou para [email protected]

    A Lei e a Escola no Canto de Zurique

    Direito a escolaridade gratuita

    Todas as crianas tm di-reito escolaridade gra-tuita, inclusive meios did-ticos e para casos de ca-minhos longos e perigosos para a escola tambm ao recebimento dos custos de transporte.

    Obrigatoriedade da fre-quncia da Escola

    Quando a criana alcana o seu 4. ano de vida at ao dia 31 de julho, tem a obrigao de frequentar a escola durante 11 anos (2 anos de pr-primria, 6 anos de escola primria, 3 anos de escola secun-dria). A obrigao de fre-quentar a escola pode ser cumprida com a frequncia das aulas numa escola pri-mria, numa escola prim-ria particular ou por meio de ensino particular.

    Todas as crianas so, se assim o desejarem, dis-pensadas 2 dias durante o ano letivo sem neces-sidade de justificao de motivo (Jokertage). O pro-fessor tem de ser previa-mente informado. A ttulo de exceo (por exemplo, em acontecimentos familia-res especiais), as crianas podem a pedido tambm ser dispensadas das aulas mais do que 2 dias.

    Atribuio a uma classe e a um estabelecimento es-colar

    Normalmente tem de ser frequentado o estabeleci-

    mento escolar da freguesia de residncia, mas a pedi-do so possveis excees. Se houver vrias classes e vrios estabelecimentos escolares na freguesia, na atribuio da classe tida em conta a distncia e pe-rigosidade do caminho es-colar e a uma composio equilibrada da classe (notas das crianas, sexo, prove-nincia social e lingustica). At fim de maro antes do incio do ano escolar pode ser pedida a atribuio de um estabelecimento esco-lar ou de um professor. Pela experincia tais pedidos so bem vindos se houver uma indicao aceitvel dos motivos.

    Relao professor / aluno

    Alunos e professores en-contram-se obrigados a respeito mtuo. Os alunos so obrigados, a seguir as instrues dos professo-res. Dificuldades devem ser superadas primeiramente em conversas pessoais. Se isto no for possvel, a criana poder ser a) convi-dada a deixar por um curto espao de tempo a sala de aula, b) pode ser-lhe atribu-do um dever adicional ou c) ser obrigado compa-rncia na escola durante o tempo sem aulas (sendo os pais previamente informa-dos). Se estas medidas no levarem a uma melhoria e em casos de graves infra-es disciplinares o profes-sor informa a direo esco-lar (Schulleitung), que pode a) ordenar a prestao de explicaes, b) pronunciar uma reprimenda escrita, c) suspender a criana da escola no mximo 2 dias

    (com informao prvia aos pais) ou d) atribuir ao aluno uma outra classe. A Comis-so escolar (Kreisschul-pflege) pode ordenar, para alm disso, a) dispensar a criana de matrias de ensino escolar facultativas (Educao Fsica, etc), b) suspender por 4 semanas a criana da frequncia da escola, c) atribuir uma ou-tra escola criana ou d) dispens-la, se estiver no ltimo ano de escolarida-de, da escolaridade obri-gatria. Se uma criana no for mais suportvel na escola, a Comisso esco-lar pode ordenar uma sus-penso de no mximo 12 semanas (time-out). Duran-te este time-out a criana tem aulas e acompanha-da pedagogicamente. Se a criana representar perigo para outras pessoas ou se influenciar negativamente e de modo gravoso o ensino escolar, pode ser ordena-do um ensino especial. Se os pais no concordarem e consentirem, informa-da a repartio para defe-sa de crianas e de adultos (KESB Kinder- und Erwa-chsenenschutzbehrde), que tambm pode ordenar, por exemplo, um interna-mento num instituto de am-paro aos menores.

    Obrigaes dos pais/ obri-gaes dos professores

    Os professores tm de in-formar com regularidade os

    pais do desempenho e do comportamento da crian-a. Os pais so obrigados a enviar as crianas com regularidade e repousa-das para a escola, a pro-videnciar que faam em condies adequadas os seus trabalhos de casa e a participar em reunies que digam respeito criana. Pais que intencionalmente no cumpram as suas obri-gaes, podem ser puni-dos com uma multa de at Fr. 5.000.

    Pais sem direito guarda das crianas

    Pais sem direito guarda das crianas tm face s pessoas, que participam no acompanhamento da criana (professores, pes-soal do jardim escola, psi-clogos escolares, mdi-cos, etc), o direito infor-mao sobre a criana. Em decises importantes (pro-moo, escola especial, etc) so ouvidos, mas no tm direito de decidir com as outras pessoas por tal responsveis. Podem frequentar o ensino escolar, se o mesmo ensino no for perturbado, e participar em acontecimentos pblicos da escola (visitas pblicas da escola, peas de teatro, etc). Mas no tm direito a participar nas reunies regulares de pais.

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 15

    Zuila Messmer

    Sade

    Observaes importantes no tratamento do cancro

    Nos ltimos anos esse tema tem sido muito pesquisado e discutido em todo o mun-do, isso porque, cada pes-soa tem seu limite de tole-rncia ao submeter-se a tratamentos longos e inten-sivos para cura de doenas agressivas, como o cncer em idosos. As estimativas so de que cerca de 70% dos casos desta doena ocorrem na chamada ter-ceira idade, quando o trata-mento exige cuidados adi-cionais aos das demais fai-xas etrias, pois, na maior parte das vezes, o metabo-lismo desses pacientes mais lento, alm de muitos j se submeterem a outros tratamentos em funo de outras doenas.

    Segundo a Agncia Inter-nacional para a Pesqui-sa em Cncer (Iarc), ligada Organizao Mundial da Sade (OMS), o nmero de mortos por cncer cresce a cada ano e em muitos ca-

    sos so associados a dife-rentes fatores. O que pior, segundo dados da ONU, que atinge mais os indi-vduos acima de 65 anos de idade, quando ento j possuem mais fragilidade orgnica.

    Os dados positivos em relao longevidade da populao tem este con-tratempo como uma das consequncias. Ao viverem

    mais tempo, as pessoas tm maiores probabilida-des de terem a doena. O simples fato de o organis-mo regularmente dividir suas clulas um fator de risco para o idoso. Normal-mente nesse processo comum que ocorram altera-es no material gentico, que, em condies normais so corrigidas e eliminadas

    pelo sistema imunolgico. No entanto, nos idosos nem sempre isto acontece e, dessa forma, h o risco do crescimento excessivo e desordenados, que leva ao aparecimento do cncer.Alm disto, fatores acu-mulados ao longo da vida, como a obesidade, o se-dentarismo, o tabagismo, o abuso do lcool, a polui-o, podem contribuir para a ocorrncia da doena.

    Vale lembrar ainda que quanto mais idoso, mais provvel a existncia de ou-tras doenas crnicas, tais como a hipertenso, doen-as coronrias, diabetes ou Alzheimer. Nesses casos, com certeza, o pacien-te usa medicamentos re-gulares que j contribuem para diferentes dficits do organismo, o que o torna mais frgil ao se submeter ao tratamento contra o cn-cer.O envelhecimento provo-ca ainda modificaes que tambm contribuem com um dos principais proble-mas dos tratamentos on-colgicos, que o da toxi-dade. H, por exemplo, a reduo das funes renais e menor proporo de gua

    no corpo, o que aumenta a efeitos adversos como a desidratao.

    Por tudo recomendado que ao ter um cncer diag-nosticado o atendimento envolva uma equipe m-dica formada por diferen-tes especialistas. Desde o oncologista e o geriatra ao psiclogo, incluindo o car-diologista, o nutricionista, o fisioterapeuta e demais que se faam necessrio. E, b-vio, a presena efetiva da-queles que formam o crcu-lo de relacionamento mais prximo, sejam amigos ou parentes.A deciso sobre o trata-mento deve levar em consi-derao que muitas vezes o doente pode ficar ainda mais fragilizado.Junto com os mdicos os pacientes devem avaliar o tipo de tratamento a que est disposto a se subme-ter. Muitas vezes pessoas mais idosas e j debilitadas por outras enfermidades no querem correr os ris-cos dos efeitos colaterais provocados pelos trata-mentos ativos, que incluem os medicamentos, a cirur-gia e a radioterapia.O que fazer uma deciso difcil, mas que deve ser de-batida abertamente pelos envolvidos.

    Lembre-se, o melhor de tudo a preveno. Portanto, cuide-se!! Mantenha uma alimen-tao saudvel e prati-que exerccios fsicos.

  • 16 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Actualidade

    O papa Francisco afirmou recentemente, no Vatica-no, que as pessoas mais desfavorecidas so as primeiras prejudicadas pela corrupo exercida por pessoas que detm o poder, desde polticos a membros do clero catlico.

    Se falamos dos corruptos polticos ou dos corruptos econmicos, quem paga isso? Pagam os hospitais sem medicamentos, os doentes que no tm tra-tamento, as crianas sem educao, vincou, citado pela Rdio Vaticano.Na homilia da missa a que presidiu, Francisco referiu-se tambm dis-soluo que ocorre dentro da Igreja: Quem paga a corrupo de um prelado? Pagam-na as crianas, que no sabem fazer sobre si o sinal da cruz, que no sa-bem a catequese, que no so acompanhadas.Pagam-na os doentes que no so visitados, pagam--na os presos que no tm atenes espirituais. Os pobres pagam. A corrup-o paga pelos pobres: pobres materiais, pobres espirituais, acentuou.A seduo do dinheiro em detrimento um fenmeno que se alastra a vrios n-veis da sociedade: Lemos

    muitas vezes nos jornais: foi a tribunal aquele polti-co que se enriqueceu por magia. Foi a tribunal, foi levado ao tribunal aquele diretor de empresa que se enriqueceu por magia, isto , explorando os seus tra-balhadores.Fala-se em demasia de um prelado que se enri-queceu demais e deixou o seu dever pastoral para tratar do seu poder. Assim so os corruptos polticos, os corruptos dos neg-cios e os corruptos ecle-sisticos. Esto em todo o lado, acrescentou.Para Francisco, a corrup-o um pecado fcil de cometer por quem tem autoridade sobre os ou-tros, seja econmica, seja poltica, seja eclesistica, porque quando algum tem autoridade sente-se poderoso, sente-se quase Deus.O nico caminho para vencer a tentao do bem-estar, do dinhei-

    ro, da vaidade e do orgulho, que pode at levar a matar, consiste no servio: A corrupo vem do orgulho, da sober-ba, e o servio humilha-te, enquanto caridade humil-de para ajudar os outros.Hoje, ofereamos a missa por aquele, tantos, tantos, que pagam a corrupo, que pagam a vida dos corruptos. Estes mrtires da corrupo poltica, da corrupo econmica e da corrupo eclesistica. Rezemos por eles. Que o Senhor esteja perto deles (...) e lhes d fora para continuar no seu testemu-nho, concluiu.O Vaticano anunciou no sbado que o papa vai suspender as missas ma-tinais com fiis durante os meses de julho de agosto. Em julho vo tambm ser interrompidas as audin-cias gerais que decorrem s quartas-feiras na Praa de S. Pedro.

    So os pobres que pagam a corrupo dos polticos e do clero

    Drogas e prostituio aumentam PIB at 2% uma forma fictcia de fazer a economia crescer, mas poder apresentar resultados prticos aos olhos dos cre-dores. De acordo com o jornal i, a incluso no clculo do produto interno bruto (PIB) das estimativas de receitas da prostituio e do trfico de droga poder fazer crescer o PIB portugus entre 1% a 2%.

    Esta medida, conta o i, faz crescer de forma fictcia o PIB, mas ajuda a reduzir o dfice e a aclarar as ideias de alguns credores, investidores e economistas, uma vez que ter re-percusses mais expressivas nas folhas de Excel do que na realidade.Com a incluso da prostituio e do trfico de droga nas con-tas, o PIB cresce e, por seu turno, a dvida pblica e o dfice ficam mais leves.

    Pau

    lo P

    imen

    ta

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 17Opinio

    Amadeu Homem

    Sem recuar demasiadamente no tempo, registo a doena das vacas loucas , o HIV-SI-DA e agora o bola. Foram e so formas epidrmicas intei-ramente novas, no regista-das nos anais das Medicinas pretritas.A minha capacidade racional impede-me de pensar que a Madre Natureza se divirta a criar, periodicamente, instru-mentos letais, para o exter-mnio da espcie humana. A hiptese (ou certeza ?) alter-nativa terrvel, porque remete para os homens a parcela de horror que a Natureza no cria.Sabemos, irretorquivelmente, que a doena das vacas lou-cas foi criada por inadvertn-

    cia ou simples cupidez huma-nas. A alimentao necrfila dos animais foi o elemento responsvel por esta epide-mia. Parece poder afirmar-se que tambm o HIV est lon-ge de poder ser imputado teima mortfera da Natureza. E h quem diga que o bola foi um vrus criado laborato-rialmente, por centrais espe-cializadas na guerra bacterio-lgica.O que assusta nesta conjun-tura, no o equilbrio ho-meosttico de elementos na-turais, operando ao servio da viabilidade do planeta. O que verdadeiramente causa pnico o pensamento de que haja Poderes humanos que, a ser verdade, no re-cuam perante as hipteses de

    morticnios em massa. Nada disto uma figura de retrica. Einstein, o Gnio, sabia perfeitamente que a ci-so do tomo poderia desen-cadear inimaginveis heca-tombes. Poder dizer-se, em seu abono, que avisou , em tempo til, a Humanidade da potencial tragdia. Mas o fac-to que , para o bem e para o mal, a energia nuclear traz o selo da sua paternidade. como se ele nos tivesse dito: Eu criei um Monstro. Agora, tenham cuidado e no o sol-tem. Feitas as contas, bem apura-dinhas, cada vez penso com mais afinco que se torna ne-cessrio rever o conceito de Gnio e de Benfeitor da Hu-manidade.

    Sobre a monstruosidade do humano

  • 18 Lusitano de Zurique Setembro 2014

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  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 19

    Mendes Serafim

    Acompanha a minha escrita em : www.parte-oposta.blogspot.com

    Aps frias passadas nada mais que Ler umas certas Realidades da vida: Quando jul-gas que sabes tudo: Perdes amigos! Quan-

    do no consegues amar algum: No tens amor-prprio! Quando s frontal com as pessoas: Fracassas nas relaes humanas! Quando no trabalhas: No tens independncia prpria! Quando no sorris muito: Fi-cas muito cedo com rugas! Quando no cuidas da tua alma: Mas tarde

    vais ter insnias! Quando no per-doas: Vais sentir mal-estar prprio (Fsico e psicolgico)! Quando no fazes amor regularmente: Vais tere nxaqueca, nervosismo! Quando no abrires bem os olhos: Vais viver fora da realidade humana! Quando no fores me: No foste escolhida para tal virtude nos planos de Deus! Se tens um mau casamento: Casaste na altura errada ! Se notas muitas coi-sas erradas na tua vida: Plantas-te no passado certas sementes fora de certos princpios. Se encontras mui-tas dificuldades em relacionamentos interpessoais: Muda a tua forma de pensar e de falar! Se tens medo da morte: Explora a tua origem e apro-

    funda a tua f! Se no gosta do teu corpo: Ningum vai gostar. Primeiro tu, depois os outros! Ver para crer: a atitude de uma pessoa desconfia-da. Pessoa desconfiada, nunca est bem consigo prpria! S ao estarmos bem com ns mesmos, que conse-guiremos transmitir paz e bem-estar aos outros! Se no ajudares os teus Pais na velhice, porque no queres: Vives menos anos de vida. Recorda que a vida faz o seu crculo, o que hoje parece escuro para ti num ama-nh vira claro. Mas para isso aconte-cer tens que viver com bons princ-pios e boas virtudes !

    -------------------------------------

    Realidades da vida!

    Um alerta Comunidade Catlica de lngua Portuguesa em Zurique.Em meu nome e para o bem de cer-tas pessoas quero alertar que aos Domingos na missa da manh, mui-ta gente de meia -idade, com certos problemas de sade lhe custa estar em p durante a celebrao da Mis-sa. Sim, na verdade somos muitos. justo afirmar: Graas a Deus que o somos. Mas senhor Padre, ver tan-tos jovens assentados, cheios de sade causa um certo mau estar a quem por necessidade necessita de estar a sentado. Eu fui ensinado em criana a deixar o meu lugar para as pessoas adultas. (Alis ainda hoje o

    fao, apenas para outro tipo de pes-soas derivado a minha idade). Talvez no fosse mal, se esta virtude estive--se dentro da nossa comunidade. Estou convencido que se houver uma boa organizao medida que as pessoas chegam, grande parte do problema se resolve. So muitas as vezes que num banco se as pessoas se apertassem numa forma normal haveria lugar para mais. O mesmo se nota nas crianas da catequese. Logo aqui se pode recuperar diver-sos lugares. Por favor... Tu que costumas ir mui-

    to cedo e reservas lugar para outras pessoas. No o faas. Na igreja isso causa mau estar. No existe reser-vas na igreja. Existe sim... Compai-xo, amor, f e fraternidade. Resu-mindo: Com vontade, determinao e organizao muito se pode fazer. Ao contrrio: Sem vontade, egosmo, nada se faz. Se ns adultos no ensinarmos as crianas e os jovens... Que futuro eles iro ter?Crtica ou aceitao em relao a isto. Mendes Serafim- 079 241 58 94

    Opinio

  • 20 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Opinio

    Carlos Ademar

    a terceira vez que me di-rijo aos leitores desta pu-blicao e sero poucos, muito poucos, os que sa-bem quem lhes escreve. E o que perdem? Se calhar nada, mas eu gosto de sa-ber coisas sobre os auto-res que leio e no acredit ao que esteja sozinho nes-ta curiosidade. S por isso.

    Sou um portugus de Vi-nhais, a viver na zona de Lisboa desde criana. Te-nho 54 anos, e trabalho na Polcia Judiciria h quase 27 anos. Depois de 18 anos na seco de homicdios, dou aulas na Escola de Loures, onde formamos os investigadores criminais.

    Entrei para a PJ depois de ter trabalhado em vrias empresas privadas de di-versos ramos. Trabalhei e estudei noite, licenciei--me em Histria e fiz Mes-trado na Universidade Nova de Lisboa, este lti-mo, talvez para introduzir uma saudvel interrupo noutra actividade que de-senvolvo com prazer: a es-crita.

    Comecei a publicar h 10 anos. Fi-lo na presuno de que tinha uma profisso que me proporcionava acesso a histrias que, mescladas com o cimento da fico, poderiam resultar em pro-veito e prazer dos leitores. Nunca quis (nem quero) seguir o modelo do policial

    tradicional, que vive muito do suspense que reside na descoberta do autor do cri-me e da forma como a ele se chega. Essa componente existe, mas est longe de ser a parte de leo dos enredos que crio. Nos meus livros procuro, essencialmente, refletir a vida portuguesa, seja na componente hist-rica, seja quando abordam o quotidiano. Procuro intro-duzir um valor acrescentado aos leitores (assim o enten-do), que os leve a questio-nar sobre a realidade que os rodeia, no que toca, por exemplo sociedade e (in)justia que nos rege. Nesta perspetiva, no me choca ser considerado um escritor de interveno, talvez inse-rido naquela corrente que j algum definiu como de Neorrealismo Revisitado revejo-me nela, at.

    Em termos da abordagem contemporaneidade, refiro o meu primeiro livro, sado em 2005, O Caso da Rua Direita, que borda o crime de morte por encomenda, as dificuldades que oferece investigao, e ainda as dinmicas que se podem gerar numa brigada de ho-micdios, produtora de ten-ses como clula humana que ; Estranha Forma de Vida, publicado em 2007, trata o crime organizado associado a certos esta-belecimentos de diverso noturna, com os vrios tr-

    ficos inerentes (pessoas, drogas, armas, etc.), a vio-lncia estratgica e as difi-culdades com que o atual sistema de justia se de-bate para lhe dar combate (vai na terceira edio); Me-mrias de um Assassino Romntico, publicado em 2008, debrua-se sobre o efeito que o sentimen-to de injustia pode gerar numa mente perturbada, que, dentro da sua loucura, procura repor os nveis de justia que no sente. Em 2012 saiu o meu ltimo li-vro pela Oficina do Livro, O Bairro, que, centrando-se na Cova da Moura, trata a problemtica que envol-ve os bairros degradados, as razes porque podem transformar-se em ninhos de criminosos e, na pers-petiva do autor, a forma de tentar evit-lo.

    Relativamente a romances histricos ou de poca, dou conta de O Homem da Carbonria, sado em 2006 (que se encontra esgotado aps a segunda edio). Nele procurei dar a conhe-cer a Carbonria Portugue-sa, organismo to desco-nhecido e que tanto peso teve na implantao da Repblica. Procurei ainda levantar algumas questes sobre as causas que leva-ram queda da Primeira Repblica e consequente instaurao da ditadura que liderou os destinos de

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  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 21Opinio

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    Portugal quase meio scu-lo. O Chalet das Cotovias, o meu mais recente roman-ce, sado em 2013, aborda os anos trinta, mais preci-

    samente a edificao do Estado Novo sob a gide de Salazar, com tudo o que representou em termos de retrocesso civilizacional e

    que empurrou o pas para as catacumbas do subde-senvolvimento europeu; A Primavera Adiada, sado em 2010, aborda o estertor do marcelismo e as desi-luses dos primrdios da vida em liberdade.

    Num outro registo, saiu neste ano de 2014, No Li-mite da Dor, em coautoria com Ana Aranha, da Ante-na 1. Com a devida contex-tualizao histrica, no mais do que a transposio das entrevistas realizadas a antigos presos polticos e as suas experincias dolo-rosas com a polcia poltica do antigo regime. Para lan-amento da Parsifal, edi-tora de Marcelo Teixeira, onde saram os meus mais recentes livros, participei numa coletnea de contos, em que trinta autores foram convidados a escrever so-

    bre uma capital do mundo. Escolhi Bissau e o livro to-mou o ttulo de Contos Ca-pitais.

    Abordando o futuro prxi-mo, encontro-me a apro-fundar a minha dissertao de mestrado em Histria Contempornea, tendo em vista a publicao em 2015 da biografia do capito de Abril, Vtor Alves. Conto regressar fico e ao ro-mance histrico em 2016, trabalhando sobre o princ-pio dos anos cinquenta do sculo XX, o Estado Novo de ento e as lutas, por ve-zes sangrentas, que ocor-reram dentro da oposio clandestina que procurava combat-lo. Muitos outros projetos fervilham, mas re-sisto em pegar-lhes e pros-sigo, como sempre: um passo de cada vez. Bem hajam!

    Com Antnio Lou e Ana Aranha na apresntao do livro No Limite da Dor

    D.R.

  • 22 Lusitano de Zurique Setembro 2014

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  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 23

    O concelho de Vila Nova de Fama-lico, uma terra pujante do distrito de Braga, na regio do Minho, em Portugal, afirma-se no apenas pelo desenvolvimento econmico e indus-trial como pela sua identidade cul-tural. No possuindo castelos nem catedrais, este territrio detentor de uma dinmica cultural invejvel que tem resultado na afirmao enquanto destino turstico de excelncia.

    Uma das mais recentes imagens culturais de Vila Nova de Famalico so as Contratadeiras: mulheres com um traje tradicional identificado como o Traje de Famalico, que era o vesturio maioritariamente es-colhido pelas chamadeiras de gado ou contratadeiras, para irem s Fei-ras Grandes. Estas lavradeiras ricas, proprietrias e negociantes de gado, apresentavam-se assim, como for-ma de persuadir o comprador, que o gado do qual eram contratadores era de qualidade e confiana.

    O projeto Contratadeiras nasceu em 2012, fruto da investigao do Gabinete do Patrimnio Cultural Ima-terial, da Cmara Municipal de Vila Nova de Famalico e colocou todos os grupos folclricos do concelho a trabalhar num projeto comum.

    s mulheres juntou-se um grupo de msicos os Glauco com instru-mentos de cordas e percusso, que revestiram com sonoridades novas as cantigas de sempre. Os Glauco so, para as Contratadeiras, um adi-tivo do qual resulta uma perfeita sim-biose que origina uma iguaria cultural gourmet nica. O repertrio das Contratadeiras in-cide na tradio mas no apenas na que faz parte dos cancioneiros tradi-cionais, usualmente utilizados pelos ranchos folclricos e grupos etnogr-ficos. As Contratadeiras a interpre-tam o que popular, que faz parte da cultura do povo no apenas do que viveu no remoto incio do sculo XX, mas o atual, o que ainda vive e recor-da as suas origens desde meados do sculo passado.Contratadeiras no um projeto de reposio e musealizao de tradi-es; ele mesmo quer dar dinamismo cultural s tradies que foram vivi-das no passado e que se fazem atuais hoje. Por isso, as novas sonoridades, os instrumentos (marimba; vibrafone; steeldrum; bateria e contrabaixo) e o repertrio que tem vindo a ser sele-cionado, interpretado pelas vozes da

    nossa tradio: as Contratadeiras.As Contratadeiras e os Glauco revi-sitam as msicas do cancioneiro tra-dicional portugus, as canes nata-lcias, as eternas melodias dos Anos de Ouro da Cinemateca Portuguesa e temas mais contemporneos como os de Zeca Afonso. A produo de cada um destes es-petculos exige grandes esforos a todos os envolvidos, s suas fam-lias, aos grupos e organizaes a que mantm vnculos pessoais e profis-sionais. Este esforo , igualmente, partilhado pela Cmara Municipal de Vila Nova de Famalico atravs da ao de colaboradores de diversos departamentos.Consolidado que est o projeto e feita a leitura ao acolhimento que as Contratadeiras tm granjeado a nvel nacional, a certeza que este um projeto com futuro; um grande pro-jeto de Vila Nova de Famalico; uma montra da vivncia cultural das suas gentes; um convite para que o pas e o mundo passem por este territrio minhoto; uma riqueza que, individual e coletivamente, pertence a cada um dos que a aceitam e integram. algo a conhecer!

    Contratadeiras Uma imagem cultural de Vila Nova de Famalico

    Tradies

  • 24 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Publicidade

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 25Desporto

    David Padela

    certo que este tema do futebol j foi comen-tado no nmero anterior, mas no podia deixar de acrescentar algo mais em relao s equi-pas dos juniores do Centro Lusitano de Zrich.

    Antes de mais quero felicitar todos os respon-sveis que contribuiram com todo o seu tra-balho , esforo e tempos livres para que os nossos jovens brilhassem, e estou-me a refe-rir em primeiro lugar ao responsvel pelo de-partamento de futebol dos Juniores, o Miguel Campos, que a troco de como se diz :por amor camisola , orienta os seus restantes colaboradores , estes que por sua vez abdi-cando tambm da maior parte dos seus tem-pos de lazer, do o seu melhor para que os nossos jovens possam brilhar.Ento depois de uma poca de trabalho inten-sivo para obter os bons resultados, e aqui es-tou a referir-me ao grupo de trabalho da equipa juniores C, estes que depois de muitas vitrias somadas e no penltimo jogo sofrerem com o seu rival directo uma amarga derrota, via-se que o seu objectivo era serem campees, pois um segundo lugar j o tinham saboreado na poca anterior, ento sem deitar a toalha ao cho, na semana seguinte deram como se diz o litro e conseguiram aquilo que ansiavam. Campees da poca 2013/2014,: A eles e aos treinadores Andr e Helder :( Parabns.

    Para finalizar a poca, ento foi no dia 29 de Junho que atletas, responsveis, pais, familia-res e amigos se juntaram num almoo conv-vio onde foram entregues as Taas ao grupo C e ao grupo D, certo que o S. Pedro para amenizar o calor ao pessoal do assador, no colaborou no resto da festa, pois os jovens viram-se obrigados a permanecer no abrigo, porque a chuva no os deixou divertirem-se como eles gostavam, mas quanto ao resto tudo correu num ambiente de fraternidade, onde o presidente do Centro Lusitano de Zri-ch( Armindo Alves) tambm brindou os jovens com a sua presena.Seria agradvel que na prxima poca os pais conseguissem estar um pouco mais presen-tes nos jogos para dar um pouco mais de for-a aos jovens atletas .

    Convvio de fim de poca 2013/2014

  • 26 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Economia

    O CLZ procuraColaboradora

    Contacto: Rosa Pereira

    077 403 72 55

    O BES, tal como era conhecido, acabou. O Banco de Portugal criou o Novo Banco, que fica com os activos bons (Banco Bom) e recebe 4900 milhes de euros, e coloca os txicos no Banco Mau.

    As irregularidades financeiras co-nhecidas no Grupo Esprito Santo e no BES e os prejuzos de quase 3,6 mil milhes de euros apresentados pelo banco no primeiro semestre, j com o lder histrico Ricardo Salgado afastado da sua liderana, levaram o Governo e o Banco de Portugal a definirem um plano para a instituio.No incio de Agosto, o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, anunciou a soluo para o BES, com o Governo, atravs de um comunica-do do Ministrio das Finanas, a afir-mar que os contribuintes no tero de suportar quaisquer custos.

    BES dividido entre Novo Banco e o Banco Mau

    O Banco de Portugal dividiu os ac-tivos do BES, colocando os activos problemticos no chamado bad bank (banco mau), que ter uma ad-ministrao prpria para os gerir e no ter licena bancria, apesar de manter o nome BES.Segundo o Expresso, Lus Mximo dos Santos, actual presidente da Co-misso Liquidatria do Banco Priva-do Portugus (BPP), vai presidir ao banco mau.O chamado banco mau passa a de-ter as dvidas do grupo GES, crditos de empresas em dificuldades, assim

    como a participao maioritria no BES Angola. No foram para j indi-cados mais activos txicos a incluir no bad bank, esperando-se que sejam divulgados pelo Banco de Por-tugal.Para o chamado banco bom, que se designar de Novo Banco, trans-ferido o essencial da actividade at aqui desenvolvida pelo Banco Espri-to Santo, caso dos depsitos.Ficam tambm neste banco todos os trabalhadores, assim como restantes recursos, caso das agncias.Injeco de 4900 milhes de euros pelo Fundo de Resoluo

    Para resolver a situao criada pelo BES, so injectados no Novo Banco 4900 milhes de euros, atravs do Fundo de Resoluo bancrio.Este fundo foi criado em 2012 e s tem 380 milhes de euros, pelo que a soluo encontrada passa por ir buscar o valor restante ao dinheiro da troika destinado ao sector finan-ceiro, em que, de um total de 12 mil milhes, ainda esto disponveis 6,4 mil milhes de euros.Assim, estima-se que vir do dinhei-ro da troika entre 4400 a 4500 milhes de euros, atravs de um emprstimo ao fundo de resoluo, existindo tambm uma contribuio extraordinria dos outros bancos que operam em Portugal, que poder ascender a cerca de 100 milhes de euros.Sobre o prazo em que este emprsti-mo ter de ser pago e qual a taxa de juro do mesmo no foi dada qualquer informao.

    Novo Banco continuar a ser lide-rado por Vtor Bento

    Para o chamado banco bom, que se designar de Novo Banco, trans-ferido o essencial da actividade at

    aqui desenvolvida pelo Banco Esp-rito Santo, segundo o governador do Banco de Portugal.Esta nova instituio ser presidida por Vtor Bento, que substituiu o lder histrico Ricardo Salgado na lideran-a do BES.Devero ainda acompanhar Vtor Bento os actuais administradores Joo Moreira Rato e Jos Honrio.Num comunicado, Vtor Bento garan-tiu que esto afastadas as incerte-zas que ameaavam a instituio.Cabe administrao do Novo Ban-co encontrar, de futuro, investidores que queiram entrar no capital da ins-tituio.

    Novo Banco arranca com o rcio de capital de 8,5%O Novo Banco arranca a sua activi-dade ainda com a imagem do BES nas agncias.

    O que muda com o fim do BESPrincipais pontos da soluo anunciada pelo Banco de Portugal

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 27Economia

    CRDITOS JFA

    Provavelmente o mais rpido da suaApenas falando portugus no se resolvem as coisas...

    necessrio perceber e a JFA percebe

    O contacto directo muito importante.

    CRDITOS JFACRDITOS JFA

    0900 25 04 74 (86Rp./min)Badenerstrasse 406

    8004 Zrich

    071 222 44 72Kornhausstrasse 3 9000 St. Gallen

    061 363 06 85Dornacherstrasse 119

    4053 Basel

    O banco ter um rcio de capital common equity de 8,5%, acima dos 7% exigi-dos pelo Banco de Portu-gal.A 30 de Junho, o BES tinha um rcio de capital de ape-nas 5%, abaixo do mnimo considerado necessrio para garantir a solvabilida-de de uma instituio fi-nanceira.

    Garantias para depsitos e crditos

    Segundo o comunicado do BdP, a deciso garante a segurana dos depsitos que tinham sido constitu-dos junto do Banco Espri-to Santo, no sendo afec-tados quaisquer direitos legais ou contratuais dos depositantes. E os dep-sitos sero integralmente transferidos para o Novo Banco.Quanto aos crditos, as condies contratuais dos crditos do BES transfe-ridos para o Novo Banco no se alteram.O Banco de Portugal ga-rante ainda que no h implicaes das medidas hoje anunciadas para os clientes do BES Investi-mento, BEST, BES Aores, ESAF, BES Vida e de vrias sucursais, incluindo Espa-nha, Macau, Nova Iorque e Londres.

    BES sai da bolsa e accio-nistas assumem perdas

    Com a soluo encontrada pelo Banco de Portugal, o BES deixa de estar cotado em bolsa.Ao abrigo das novas regras europeias para a banca, numa situao como esta as perdas so assumidas

    pelos accionistas do BES e pelos seus credores subor-dinados.Ou seja, os depositantes do BES ficam protegidos, mas os accionistas priva-dos e os detentores de d-vida subordinada do banco vo ter perdas, j que estes ttulos no tm prioridade no reembolso.

    O que est a ser feito para apurar responsabi-lidades

    O Banco de Portugal est a levar a cabo uma auditoria forense, que se prev que dure cerca de ms e meio, ou seja, at Setembro.Quando foram conhecidos os prejuzos de 3,6 mil mi-lhes de euros do BES no primeiro semestre, o Ban-co de Portugal emitiu um comunicado em que dis-se que auditoria forense j estava em curso e que ia permitir avaliar respon-sabilidades individuais, incluindo as do anterior presidente da comisso executiva, Ricardo Sal-

    gado, do anterior admi-nistrador com o pelouro financeiro, Morais Pires, e de outros membros da co-misso executiva que en-tretanto renunciaram aos cargos exercidos.Caso se confirme que fo-ram praticados actos ilci-tos, sero extradas as ne-cessrias consequncias em matria contra-ordena-cional e, porventura, crimi-nal, acrescentou o Banco de Portugal.Depois da auditoria foren-se, seguir-se- uma audito-ria patrimonial.

    Linha de apoio do Banco de Portugal

    Para esclarecer dvidas, o Banco de Portugal criou uma lista de perguntas e respostas frequentes e criou uma linha de atendi-mento, que pode ser con-tactada pelo 707 201 409, todos os dias entre as 9 e as 18 horas.A chamada custa 0,10 eu-ros por minuto de rede fixa

    e 0,25 euros de telemvel. Poder ainda ser usado o e-mail [email protected].

    Alternativas injeco de capital pblico

    Tendo em conta que um banco da dimenso do BES no poderia ser liqui-dado, devido ao risco sis-tmico, havia trs opes: a nacionalizao do banco, a recapitalizao e, por fim, a resoluo.O Banco de Portugal con-sidera que as duas pri-meiras no eram viveis porque significava que o Estado assumia riscos que os privados no queriam assumir e sem conhecer ainda a real dimenso do problema. Por outro lado, argumenta que a via da re-soluo est em linha com a legislao europeia e permite separar os activos bons dos problemticos.

    in jn - 2014-08-04

  • 28 Lusitano de Zurique Setembro 2014

    Situada no Oceano Atlntico a cerca de 210km da costa africana, a tercei-ra maior ilha do arquiplago das Ca-nrias, a ilha de Gran Canaria, apre-senta uma forma quase circular, com uma populao muito diversa e um sem fim de atraces que fazem as delicias dos milhares de pessoas que todos os anos aqui decidem passar as suas frias.

    Para alm do seu rico patrimnio cultural, os seus areais imensos e o clima soalheiro fazem de Gran Cana-ria um destino a ser visitado em qual-quer altura do ano. A parte sul da ilha a regio mais po-pular, com praias a perder de vista, guas de um azul intenso e de tem-peraturas agradveis e um sem fim de actividades desportivas e de lazer.

    Em Playa del Ingls e Maspalomas encontrar deliciosas praias de areia dourada, inmeros restaurantes e es-planadas beira mar e muita anima-o. As dunas estendem-se entre es-

    tas duas localidades, possibilitando aos seus visitantes longos passeios beira mar. O Paseo Costa Cana-ria, ladeado de uma exuberante flora tropical e de moradias de luxo, faz a ligao entre Playa del Ingls e Playa de las Burras, dando depois inicio s dunas em Maspalomas.

    A Playa de San Agustin uma das mais sossegadas da ilha e um dos melhores locais para quem aprecia a prtica de mergulho. Alm disso, ao longo da marginal encontrar p-timas marisqueiras, um sem fim de cafs, pequenos bares e outras lojas.

    Em Las Meloneras, para alm da praia, poder aproveitar para ir ao Casino e tentar a sua sorte na roleta russa ou a jogar blackjack.

    Puerto de Mogn uma pequena vila piscatria com um pitoresco porto e uma marina. Tambm conhecida como pequena Veneza devido sua rede de canais e pontes, Puerto

    de Mogn, com as suas guas cal-mas e lmpidas e a sua faixa de areia dourada, o local ideal para frias em famlia. Este tambm o local de partida para muitas excurses ao interior da ilha e passeios de barco para observar os golfinho e baleias.

    A capital da ilha Las Palmas de Gran Canaria, situada na regio nordes-te da ilha e formada por duas baas. As suas praias mais famosas so a Playa de las Canteras e a Playa de las Alcaravaneras. O bairro de Vegueta, o mais antigo da cidade, foi classifi-cado como Patrimnio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1990.

    Por todos estes motivos e por muitos outros que ir concerteza descobrir, aproveite estas frias que se aproxi-mam e visite Gran Canaria.

    Onde ficar: Hotel Seaside Palm Bea-ch 5* ; Hotel Iberostar Costa Canaria 4*; Hotel IFA Cataria 4*; Aparthotel Principado 3*

    Gran CanariaTurismo

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 29Opinio

    Os tortuosos caminhos da fCarlos Esperana

    Quando algum se converte, na poltica ou na religio, um heri. Se deserta, traidor. deste maniquesmo que se alimenta o poder e se forjam os juzos morais.H quem morra por um mito e mate por uma utopia, quem se imole na apoteose da f ou assassine na es-perana de uma vida melhor de cuja existncia no h o menor indcio ou a mais leve suspeita.Se um pobre, embrutecido pelo lcool e com o racio-cnio embotado pela fome, mata ou rouba, um crimi-noso. Se um indivduo impelido para a barbrie pela demncia da f e a crena na eternidade, um mrtir. demasiado tnue a diferena entre a abnegao e a estupidez, a linha que separa o heri do pusilnime, e subtil o motivo que provoca a raiva ou o afecto.A moral a cincia dos costumes e no a vontade de um ser imaginrio. Os homens de hoje so mais hu-manos do que os seus antepassados e repugna-lhes executar a vontade de um ente irreal em cuja crena foram fanatizados desde crianas. Essa evoluo fei-ta com o sangue dos livres-pensadores, com o sacri-fcio dos visionrios e a abnegao de quem, tendo convices profundas, respeita as alheias, no parece globalizar-se.Permanecem escravos de constrangimentos sociais, vtimas de discriminao de gnero e embrutecidos por pregadores, milhes de indivduos que se ajoe-lham a horas certas e rezam cinco vezes por dia, num ritual que tolda a inteligncia e embota a sensibilidade.Hoje, o medo espalha-se, e o confronto, que julgva-mos impossvel entre a civilizao e a barbrie, vem a. A lapidao de adlteras e a decapitao de infiis inflamada pelos pregadores do dio e homens de virtude, num regresso agressivo a prticas medievais.A laicidade foi uma conquista obtida contra fogueiras e excomunhes, contra clrigos e catequistas, contra papas e reis, na caminhada que levou a Europa se-parao da Igreja e do Estado, com os clrigos proibi-dos de legislar e os governos de dizerem missa.No permitiremos, em nome do multiculturalismo, que a arquitectura jurdica da Europa seja ameaada com fanticos que se vingam da civilizao falhada com a violncia de uma f anacrnica.O Estado Islmico o poder absoluto de origem divi-na que ensanguentou a Europa, a demncia de um manual terrorista recitado e praticado com a loucura tribal, a droga que se entranhou numa civilizao fa-lhada e que seduz uma juventude sem horizontes.Temos de ser vigilantes para no sermos vigiados e degolados. Urge combater crenas e respeitar os crentes.

    Amadeu Homem

    Sou um agnstico - por ser em mim evidente a falta de Crena. Mas se o sou, no desconheo que as influncias do Cristianismo sobre a minha filosofia de vida so mais do que muitas. Creio, contudo, que no so estes vestgios de esprito cristo - e to s o acto racional de julgar - que me levam a considerar como evidncia a superiorida-de espiritual e tica do Cristianismo sobre todas as religies do Coro. Jesus Cristo, pondo de lado a questo de saber se ou no Filho de Deus - es-tabeleceu toda a sua doutrinao sobre a alicerce do Amor ao prximo. Este facto converte o apos-tolado cristo ( do Cristianismo que estou a falar e no do Catolicismo) num admirvel ecumenismo de sentimento e de fundo humanstico. A violncia assumida, frontal e punitiva s aflora uma vez nas diversas narrativas evanglicas da vida de Jesus , ou seja, no episdio da expulso dos vendilhes do Templo. Em tudo o mais, Jesus o suave Rabi galilaico que Ea de Queiroz retratou, na mgica superioridade da sua linguagem.Muito outro o contedo do Coro. Aquilo que o Cristianismo tem de exogmico, ou seja, de aber-tura ao Outro pelo acto sublime do Amor, tem o Alcoro de endogmico. No s a predicao odienta da Guerra Santa ao co infiel. uma es-pcie de narcisismo de fundo demencial, que re-conhece no Islo uma equivalncia arcaica de um Reich religioso de dez mil anos. Esta agressividade notria, para a qual a permissiva cultura iluminista ocidental abriu a fissura da tolerncia, converte o Islamismo no s numa religio como qualquer ou-tra, mas numa intolerante e intolervel ameaa, de que a Europa tem imperativamente de se defender.

    Cristianismo e islo

  • 30 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Tecnologia

    Joana Arajo

    Coordenao: Joana Arajo / com Tek

    Internet a partir dos 50 anos pode retardar declnio do crebroO uso regular da internet, ou apenas do e-mail, pode prevenir a perda de memria, conclui um estudo.

    A investigao, levada a cabo por investigadores da Universidade do Sul de Santa Catarina, Bra-sil, monitorizou os crebros de cerca de 6.500 britnicos, entre os 50 e os 90 anos, concluindo que os que usam a internet regularmente, tm um declnio das funes do crebro mais lento.

    O estudo, agora publicado no Journals of Ge-

    rontology, realizou-se durante oito anos, com recurso a testes de memria.

    "As pessoas que usavam regularmente a internet e o e-mail apresentaram uma melhoria de 3,07% na memria tardia em comparao com aque-les que no usavam a internet", verificaram os cientistas.

    A explicao? A "literacia digital" usa mais redes cognitivas do crebro e exercita os msculos do crebro mantendo-o saudvel por mais tempo. - viso/reuters

    Teste a qualidade do ar e do rudo da sua cidade com o smartphoneA proposta europeia e quer dar a co-nhecer aos adeptos dos transportes mais amigos do ambiente, ou prati-cantes de actividades ao ar livre, os n-veis de poluio a que esto expostos quando saem de casa todos os dias.

    O projecto chama-se EveryAware e assenta no desenvolvimento de duas aplicaes para smartphone: a AirPro-be, que monitoriza a qualidade do ar com a ajuda de um pequeno sensor, e a WideNoise, que mede os nveis de rudo.

    Ambas as aplicaes incluem jogos sociais para partilha de informao e troca de impresses, assim como ma-pas interactivos.

    O projecto, desenvolvido em conjunto por investigadores da Blgica, Alema-nha, Itlia e Reino Unido, j est em fase de testes, havendo mais de 300 utilizadores envolvidos na experincia com a AirProbe e mais de 10.000 a uti-lizarem a WideNoise.

    Um video e explio do projecto e fun-cionamento pode ser visto aqui: http://goo.gl/55I1j4

    in tek.com

    Cientistas do Insti-tuto de Tecnologia de Wyoming (WIT) revelaram que 1 em cada 3 americanos foram-lhes implan-tados microchips RFID sem o seu consentimento. Prev-se que a im-plantao do chip ir ser geral e im-plementada a curto prazo.

    A era dos Chips chegou Americanos j comearam. E revelia...

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 31Opinio

    Amadeu Homem

    O regime que actualmente vigora em Portugal materia-lizou-se atravs do integral protagonismo no Poder nos partidos polticos. Auto-de-signou-se de democracia e blindou-se. Essa blindagem consistiu em no conceder aos Cidados comuns um palmo de iniciativa, no plano da representatividade polti-ca. Clarificando, diremos o seguinte : se um qualquer Z Pagode tiver a ambio de angariar um cibo de Po-der efectivo, esse Z Pago-de ter de se filiar num parti-do poltico. Melhor dizendo, ter de se filiar num dos dois partidos polticos dominan-tes, pois mais fcil trepar s costas de um dos dois partidos hegemnicos do que tentar a aventura s ca-valitas de um qualquer ou-tro, minoritrio e mais mar-ginal.

    A filiao num desses dois partidos rotativos abre es-peranas para todas as am-bies : para as presidn-cias das Juntas de freguesia ou das cmaras municipais, para os lugares de topo das Comisses de Coordena-o das Regies, para o poleiro dos mandantes do turismo, para a conquista de uma confortvel cadeira de deputado, para o assalto a uma secretaria de estado, ou at, considerando am-bies mais ardidas, para o desempenho do lugar de primeiro-ministro ou de pre-sidente da Repblica.

    Aconteceu, porm, que esta bela arquitectura - que po-

    demos perfeitamente de-signar por partidocracia - , abriu falncia ; apenas pro-vou que era incompetente; no soube comandar nem gerir ; afundou o Pas ; traiu todas as promessas que ha-via feito ; colocou Portugal ao nvel de um mero protec-torado.

    Sabem os meus leitores como que os detentores do Poder partidocrtico entendem resolver o magno problema ? No sabem ? Eu vos digo. Estes privilegia-dos crebros esto a fazer exactamente o mesmo que Adolfo Hitler inventou, quan-do verificou que era neces-srio encontrar um bode expiatrio para a sua inp-

    cia e a da sua gente. Hitler descobriu nos judeus a sua ovelha negra. Estes seus discpulos promoveram as sociedades secretas ao lugar a que o regime nazi al-apremou os judeus.

    As sociedades secretas tm umas costas largus-simas. Por sociedades

    secretas - no plural - en-tendem os partidocratas a MAONARIA -no singu-lar. A Maonaria do Grande Oriente Lusitano ( dessa que eu falo) hoje tudo o que quiserem menos uma sociedade secreta. J veio TUDO nos jornais : quem so os manicos, com idades e profisses, com indicao das respectivas

    lojas, como decorrem as suas reunies, quais so os seus objectivos expressos e at como se vestem e ac-tuam no decurso das suas reunies. Mas CONVM declarar que a Maonaria uma sociedade secreta. Para se poder dizer que a deplorvel incompetncia e a tragdia de Portugal no

    poder ser assacada aos efectivos titulares dos car-gos polticos, que tomam decises, que resolvem, que decidem, que detm nas suas mos todos os instrumentos de constran-gimento, desde as Repar-ties de Finanas s po-lcias de choque, desde o Banco de Portugal tutela das diversas actividades socio-econmicas, desde a Instituio Assembleia da Repblica Instituio Associao Nacional de Municpios. a delegao da incom-petncia dos polticos. D-lhes um jeito terem como deriva da falta de qualidade prpria a efec-tiva qualidade da Mao-naria. Que de todo desco-nhecem. Que no querem conhecer. Que no PO-DEM conhecer, por falta de qualidade pessoal.

    A Maonaria hoje o bode negro desta tropa fandan-ga. E o mal todo est em que, por respeito aos princ-pios ( que ns temos), nos vedado correr-vos a golpes de malhete (que estas Exce-lncias mais do que mere-ceriam) ...

    Poder poltico e Maonaria - uma desforra!

  • 32 Lusitano de Zurique Setembro 2014

    Coordenao: Joana Arajo

    Culinria

    Chefe Antnio Silva

    C ulinria

    Tripas moda do Porto

    ingredientes:1 quilo. Tripas de vitela1 Mo de vaca150 gr. Chourio de carne150 gr. Orelheira150 gr. Toucinho entremeado150 gr. Salpico150 gr. Cabea de porco1 Frango1 quilo. Feijo manteiga2 Cenouras2 Cebolas1 Dl de whisky3 colheres de azeite1 Ramo de salsa

    2 Folha de louroSal, Pimenta e Cominhos qb.

    preparao:Lavar bem 1 quilo de tripas de vitelaEsfregar com sal e limoCozer em gua com salLimpar e cozer 1 mo de vitelaCozer 1 frango e as carnesRetirar aps a cozeduraCozer 1 quilo feijo man-teiga (demolhado) 1 cebola em quartos e 2 cenouras as

    rodelasRefogar 1 cebola no azeite Cortar as carnes (juntando--as)Deixar apurarAdicionar o feijo cozido, temperar com sal e pimenta juntar salsa e louroJuntar o whiskyDeixar apurarServir em terrina de barroPolvilhar com cominhos ou salsa picadaAcompanhar com arroz branco.

    Bacalhau BragaIngredientes:4 postas de bacalhau demolhado3 cebolas4 dentes de alho1/2 pimento verde1/2 pimento vermelho2 folhas de louro1 c. sopa de vinagre1 tomate maduro1 clice de whiskysal e azeite q.b.pimenta frescabatatas q.b.

    Preparao:Leve o bacalhau a co-

    zer, quando a agua ferver, desligue o lume e deixe ficar o baca-lhau na gua 5 minu-tos. Retire-o e seque-o com papel de cozinha. Leve uma sert ao lume com azeite, as folhas do louro e dois dentes de alho. Quando es-tiver bem quente co-loque a o bacalhau e deixe fritar. Retire para o recipiente de servir e reserve no forno, para manter quente.Entretanto prepare a

    cebolada, corte as ce-bolas e os alhos em laminas e coloque na sert onde fritou o ba-calhau. Junte os pimen-tos em tiras e o tomate em pedaos. Tempere de sal e pimenta, junte o vinagre e o whisky e deixe cozinhar at a ce-bola estar cozida. Frite as batatas em rodelas grossas e coloque-as volta do bacalhau. Cubra com a cebolada e sirva acompanhado de uma salada.

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 33Comunidade Jnior

    Coordenao: Joana Arajo

  • 34 Lusitano de Zurique Setembro 2014 Passatempo

    Efemrides10 de Setembro1756 Instituio da Companhia Geral da Agricultura das Vi-nhas do Alto Douro

    1837 O lder farrou-pilha Bento Gonal-ves foge da priso e volta a comandar a rebelio.

    1974 Portugal reco-nhece a independn-cia da Guin-Bissau.

    1977 executada a ltima pessoa pela guilhotina em Frana, Hamida Djandoubi.

    Nasceram neste dia

    1638 Maria Teresa de Espanha (m. 1683).

    1930 Ferreira Gullar, escritor e poeta brasi-leiro.

    1939 Jorge Sampaio, poltico e antigo Pre-sidente da Repblica de Portugal.Morreram neste dia

    1169 Matilde de In-glaterra, a Imperatriz (n. 1102).

    1979 Agostinho Neto, mdico e nacio-nalista angolano (n. 1922).

    1983 Felix Bloch, f-sico suo (n. 1905).

    27 de SetembroDia Mundial do Turismo

    1540 O Papa Paulo III confirma a criao da Companhia de Jesus pela bula Regimini militantis Ecclesiae.

    1825 inaugurada na Inglaterra a Sto-ckton and Darlington Railway, considerada a primeira linha frrea do mundo.

    1940 assinado o Pacto Tripartite.

    Agostinho Neto com Fidel Castro

    ltimos militares na Guin

    Bocage e o ladroConta-se que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do quintal. Chegando l, constatou que um ladro tentava levar os seus patos de criao.Aproximou-se vagarosamente do in-divduo e, surpreendendo-o ao ten-tar saltar o muro com os seus ama-dos patos, disse-lhe:- Oh, bucfalo ancrono! No te in-terpelo pelo valor intrnseco dos b-pedes palmpedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recndito da minha habitao, le-vando os meus ovparos sorrelfa e socapa. Se fazes isso por necessi-dade, transijo mas se para zom-bares da minha elevada prosopopeia de cidado digno e honrado, dar-te--ei com a minha bengala fosfrica bem no alto da tua sinagoga, e o fa-rei com tal mpeto que te reduzirei quinquagsima potncia que o vulgo denomina nada.E o ladro, confuso, diz:- Doutor, afinal levo ou deixo o raio dos patos?

    PassatempoNuma viagem longa de avio, uma linda mulher est sentada ao lado de um advogado. Ela quer dormir, mas o advogado no pra de falar. Vamos fazer uma brincadeira sugere ele. A mulher ignora--o. Para ficar interessante continua , se eu responder errado, pago-lhe 50 euros. Se voc responder errado, paga--me cinco.A mulher concorda, e o advo-gado faz a primeira pergunta. Qual a distncia entre a Terra e a Lua?A mulher no sabe e entrega--lhe cinco euros. Agora a vez dela. O que que sobe a monta-nha com trs pernas e desce com quatro?O advogado fica abismado. Vasculha freneticamente a Internet, folheia a enciclopdia de bolso e manda mensagens a todos os cientistas que con-segue encontrar no seu Black-

    berry. Nada. Horas depois, ele acorda a mulher, entrega-lhe 50 euros e per-gunta: Ento, o que ?Sem dizer nada, ela entrega-lhe cinco euros e volta a dormir.

  • Lusitano de Zurique Setembro 2014 35Horscopo

    Coordenao: Joana Arajo

    SetembroCarneiroQuestes educacionais, culturais, a comunicao e a expresso da inte-ligncia so os factores evidenciados neste ms. um momento propcio para voc se sentir afortunado pelas experincias e conhecimentos que a vida lhe proporciona. Receba de mente e corao abertos esta energia expansiva, que promove a percepo dos aprendizes mais importantes para si.

    TouroConfie nos seus talentos, na habilida-de taurina de prosperar, com o uso sbio e inteligente dos seus dons e habilidades. Este um ms em que poder se sentir abenoado em re-lao expresso e reconhecimento desses talentos, como tambm em situaes financeiras. Acredite que voc capaz de traduzir na matria as belssimas ideias que possui.

    GmeosEste ms ocorrer uma conjuno entre Sol e Jpiter no seu signo, um indcio de favorecimento e confiana. O planeta Jpiter vem transitando o seu signo desde Junho do ano pas-sado e nas prximas semanas encer-rar esse movimento, representando tudo que voc aprendeu ao longo dos ltimos meses. Receba neste ms as bnos que Jpiter simboliza e que vm por meio da sabedoria e da am-pliao de horizontes mentais e cul-turais.

    CaranguejoO Sol ingressar o seu signo no dia 20, representando o incio de uma nova jornada ao signo Caranguejo. Porm, antes disso, ocorrer uma conjuno de Sol e Jpiter no signo anterior ao seu, traduzindo um mo-mento que iniciou no ano passado, de grande desenvolvimento espiritual no signo Caranguejo, onde voc deve agradecer pelas experincias que a vida lhe proporcionou. Mesmo nos momentos de desafios e conflitos, o que est em jogo este aprendizado eterno da escola da vida.

    LeoRegente leonino, o Sol neste ms estar numa belssima posio junto ao planeta Jpiter, o que um ind-cio de bem-aventurana e de opor-tunidades de desenvolvimento, que podem ocorrer especialmente junto a amigos, empresas e instituies e que so a sinalizao de um futuro promissor.VirgemA conjuno de Sol e Jpiter no sec-tor de carreira do signo Virgem apon-ta para a necessidade de confiar mais nas suas habilidades, na possibilida-de de progresso e de expanso de horizontes. Para isso, dever buscar novas fontes de informao e conhe-cimento, e ter a mentalidade aberta. um momento muito interessante para viagens e estudos associados din-mica profissional.

    BalanaEste um ms muito especial para o signo Balana e que pode se tradu-zir em belos ensinamentos que vm por meio de viagens, de leituras e de reflexes sobre os ideais e princpios que verdadeiramente orientam a sua vida. um momento em que deve se abrir s bnos e sinais do Universo e para isso no basta apenas a mente racional, preciso confiar e agrade-cer.EscorpioNegociaes benficas e ampliao de horizontes caracterizam o astral deste ms, marcado por uma bela conjuno entre Sol e Jpiter, o que um indcio de favorecimento aos que se abrem s mensagens do universo, aos que no tm medo de praticar o desapego e de mudar. Voc poder ser instigado a importantes transfor-maes, mas com o diferencial de que agora tende a se sentir mais con-fiante para realizar essas mudanas.

    Sagitrio

    Este ms representa a culminncia do que vem ocorrendo nos seus relacio-namentos desde Junho do ano pas-sado. o que representa a conjuno

    entre Jpiter, seu planeta regente, e o Sol, que ocorre no sector de par-cerias e relaes e que representa esta oportunidade que a vida tem lhe dado de ampliar os seus conceitos e mentalidade sobre os relacionamen-tos e sobre os aprendizados que voc compartilha com as pessoas. Abra--se a essas bnos.

    Capricrnio

    Este ms pode evidenciar oportuni-dades profissionais que esto asso-ciadas a viagens, cursos, concursos e conhecimentos que fazem parte do seu quotidiano de trabalho. tam-bm um momento muito importante para voc pensar sobre qualidade de vida e observar como antigos exage-ros e excessos podem estar se mani-festando na sade agora. Mas um momento muito oportuno para am-pliar os seus horizontes de trabalho e as suas perspectivas no quotidiano.

    Aqurio

    Questes afectivas, educacionais e vocacionais esto evidenciadas nes-te ms, em que temos uma conjun-o favorvel de Sol e de Jpiter, que indica o anseio do signo Aqurio de se expressar com mais naturalidade e espontaneidade. Pode tambm re-presentar um momento de alegrias no amor e no contacto com crianas. um momento prspero, abundan-te para os que abrem o corao e a mente.

    Peixes

    A expanso na vida domstica e fami-liar, o sentimento de ser um cidado do mundo e uma atitude mais cos-mopolita e confiante, so as tendn-cias astrolgicas deste ms ao signo Peixes. um momento mui to favo-rvel para se abrir aos ensinamentos que na verdade vem se manifestando desde o ano passado, mas que che-gam agora a um ponto muito impor-tante. Favorecimento nas questes que envolvem imveis, lar e famlia.

  • 36 Lusitano de Zurique Setembro 2014

    Carmindo de Carvalho

    Literatura

    A morte do Sr. Emdio Rangel (A Tv e a media ou mdia ou o raio que os parta, em Portugal, so uma bosta!)

    H uns dias atrs morreu o jornalista, Sr. Emdio Rangel. Para alm de outros cargos, foi director de programas e de informao, em rdio e Tv. Agora aps a sua morte foram-lhe cantados hossanas e louvores pelo seu frutuoso trabalho.O que havia antes e o que passou a haver depois de chegar o estilo dele. Que foi inovador. Uma nova era. Modernismo na informao. Novo estilo de fazer televiso. - Mas h televiso em Portugal?

    Qual televiso qual qu?Telejornais longussimos com histrias de rua, de cordel, de um pastor que gosta de golfe, de uma outra pastora que usa as novas tecnologias, comentrios e at intervalo! Para qu? Para quem o apresenta ir aliviar a tripa, arrear o calhau ? Como pode algum dar tanto valor ao que agora e de h uns tempos a esta parte se v a nvel de informao, de contedos de programas? Repetio exaustiva de imagens. de manh, tarde e noite, at que aparea outra calamidade, outro escndalo. Ter sido obra dele aquela forma de comodismo, de amorfismo, de mo-dorrismo, ou at cobardismo evidente, (salvo algumas raras excepes), uma grande parte da gente dessa classe que fazem a dita informao, que pouco ou nada de jeito informa. Que quando em entrevistas tm ali mo os responsveis e no perguntam o que deve ser perguntado, talvez com medo de perderem o tacho, o lugarzito Ouve-se dizer que at combinam o contedo dessas entrev