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Série

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Universidade do Oeste de Santa Catarina

Reitor Aristides Cimadon

Vice-reitores dos CampiCampus de Chapecó

Ricardo Antônio De Marco

Campus São Miguel do OesteVitor Carlos D’ Agostini

Campus VideiraIldo Fabris

Campus XanxerêGenesio Téo

Pró-reitor de Graduação Pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão Ricardo Marcelo de Menezes Fábio Lazzarotti

Diretora Executiva da ReitoriaLindamir Secchi Gadler

P912 Práticas educativas e de investigação na escola / org.: Elisabeth Baretta ... [et al.]. – Joaçaba:

Editora Unoesc, 2017. – (Série O processo investigativo e a formação profissional em educação física, v. 1)

162 p. ; il. ; 23 cm.

ISBN 978-85-8422-129-5

1. Educação física. 2. Formação profissional. I. Baretta, Elisabeth ... [et al.]. II. Série

CDD 796

© 2017 Editora UnoescDireitos desta edição reservados à Editora Unoesc

É proibida a reprodução desta obra, de toda ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios, sem a permissão expressa da editora.Fone: (55) (49) 3551-2000 - Fax: (55) (49) 3551-2004 - www.unoesc.edu.br - [email protected]

Editora Unoesc

CoordenaçãoDébora Diersmann Silva Pereira - Editora Executiva

A revisão linguística e metodológica deste e-book é de responsabilidade dos autoresProjeto gráfico e capa: Simone Dal Moro

Diagramação: Daniely Akemi Terao Guedes

Conselho Editorial

Fabio LazzarottiDébora Diersmann Silva Pereira Andréa Jaqueline Prates Ribeiro

Jovani Antônio SteffaniEliane Salete Filippim

Carlos Luiz Strapazzon Marilda Pasqual Schneider

Claudio Luiz Orço Maria Rita Nogueira

Daniele Cristine Beuron

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 9Rudy José Nodari Júnior

ARTIGOS

A MOTIVAÇÃO NOS ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO PARA A PRÁTICA DAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................................... 13Andréia Maria Danielli, Gracielle Fin

A UTILIZAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS COMO CONTEÚDO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA ......................................................................................................................................23Joseane Aparecida Garcia, Gracielle Fin

ATIVIDADE FÍSICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO DE

CATANDUVAS - SC ....................................................................................................................31Thaiana Moreira Nora, Marly Baretta

EQUÍLIBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE JABORÁ - SC ....41Marisa Pichinini Parizotto, Marly Baretta

ESTILO DE VIDA DOS ADOLESCENTES NAS ESCOLAS DE JOAÇABA, SC ..................................... 49Karini Simadon, Leoberto Ricardo Grigollo

NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADOS À SAÚDE EM ADOLESCENTES DE ERVAL

VELHO, SC ............................................................................................................................... 55Vanderléia Lurdes Danielli, Leoberto Ricardo Grigollo

NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE E PERCENTUAL DE GORDURA EM ADOLESCENTES DO SEXO

FEMININO ................................................................................................................................61Wilson Felipe Nichele, Elisabeth Baretta

NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE ESCOLARES ............................ 71Oséias D’Avila, Elisabeth Baretta

NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE ALUNOS DE GRUPOS ESCOLARES MUNICIPAIS

DE CONCÓRDIA – SC ................................................................................................................79Aline Risso, Marly Baretta

PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA RELACIONADA À

FORMAÇÃO INICIAL DE BOLSISTAS DO PIBID ...........................................................................87Jenifer Colet Nascimento, Marly Baretta

RESUMOS

A DANÇA COMO BEM-ESTAR E SAÚDE DE ESCOLARES .............................................................97Matheus Felipe Katschi, Julio Cezar Alberguini

A EDUCAÇÃO FÍSICA ALERTA: A INFLUÊNCIA DA MÍDIA E DAS REDES SOCIAIS NA SAÚDE ....... 98Diane Cristina Tanques, Elisabeth Baretta

A FORMAÇÃO ACADÊMICA E O AMBIENTE ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ........................................................................ 99Josiano Guilherme Puhle, Maria Eduarda Alcântara, Gracielle Fin, Marly Baretta

A GINÁSTICA ESCOLAR COMO CONTEÚDO DAS AULAS NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................................100Paula Bizotto, Gracielle Fin, Marly Baretta

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A SAÚDE DOS PRÉ-ADOLESCENTES ................... 101Matheus Lehrer, Julio Cezar Alberguini

A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL ........................102Camila Marafon, Julio Cezar Alberguini

A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO ÂMBITO ESCOLAR ............................103Patrícia de Oliveira, Julio Cezar Alberguini

A PERCEPÇÃO DE ESCOLARES EM RELAÇÃO À IMAGEM CORPORAL ........................................104Ronaldo Leite de Godoy, Elisabeth Baretta

A POSTURA E SUA RELAÇÃO COM A COLUNA VERTEBRAL ......................................................105Maikon Douglas Santuches, Julio Cezar Alberguini

A PRÁTICA PEDAGÓGICA ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................................................106Aline Pergher Zanchet, Marcos Paulo Maziero, Gracielle Fin, Marly Baretta

ABORDAGEM DE HIGIENE CORPORAL COM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE

TURMAS DE 4º E 5º ANO ........................................................................................................ 107Saionara Cristina Caliari Ribeiro, Julio Cezar Alberguini

AÇÕES INOVADORAS E MOTIVADORAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA

CERT: PRÁTICAS PIBIDIANAS ...................................................................................................108Iara Daiany de Sousa Pereira Burlim, Priscila Luana Pimentel, Tainan Devens, Victor Bechi, Jacqueline Baptista Righi,Elisabeth Baretta

ÁGUA, A MELHOR OPÇÃO DE HIDRATAÇÃO ............................................................................109Natalia Borga, Leoberto Grigollo

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: APRENDENDO NA ESCOLA A CUIDAR DA SAÚDE ......................... 110Giovani Campagnin, Leoberto Grigollo

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ATIVIDADE FÍSICA: ADQUIRINDO HÁBITOS SAUDÁVEIS POR

MEIO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................. 111Vitória Ribas Lago, Julio Cezar Alberguini

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ATIVIDADE FÍSICA ........................................................................112Grazieli Rodrigues Maciel, Elisabeth Baretta

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E HIDRATAÇÃO: CONSCIENTIZANDO PARA MELHOR QUALIDADE

DE VIDA ...................................................................................................................................113Matheus Fiorese, Julio Cezar Alberguini

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA .................................................... 114Gabriel Werlang Alberguini, Julio Cezar Alberguini

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ....................................................................................................... 115Eliã Matheus Chiochetta, Julio Cezar Alberguini

ALIMENTOS FUNCIONAIS ....................................................................................................... 116Beatriz Frank, Leoberto Ricardo Grigollo

APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR .....................................................117Ediana Fernandes Tulleo, Elisabeth Baretta

APTIDÃO FÍSICA PARA A SAÚDE DE ESCOLARES ..................................................................... 118Cleiton Cursel, Leoberto Ricardo Grigollo

APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO .............................. 119Nádia Delazari, Elisabeth Barreta

ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA ..............................................................................120Carla Patrícia do Nascimento, Elisabeth Baretta

ATIVIDADE FÍSICA EM BENEFÍCIO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA ........................................121Héricles Eduardo Coelli, Leoberto Ricardo Grigollo

ATIVIDADE FÍSICA VOLTADA PARA MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA .................................. 122Gustavo Defaci Mignoni, Julio Cezar Alberguini

AVALIAÇÕES FÍSICAS E ANTROPOMÉTRICAS EM ALUNOS PARTICIPANTES DO PROJETO

“MAIS SAÚDE” DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO FRANCISCO DE LUZERNA, SC .............................. 123Willian Rhoden Scheuermann, Julio Cezar Alberguini

BENEFÍCIOS À SAÚDE PRATICANDO ATIVIDADES FÍSICAS REGULARES .................................... 124Thaila Aparecida Padilha, Júlio Cezar Alberguini

BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR ......................................................................................... 125Jaqueline Spader, Leoberto Ricardo Grigollo

COMPOSIÇÃO CORPORAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ..................................................... 126Leoberto Grigollo, Santo Juceli Veronez

ESTILO DE VIDA, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE: UMA ABORDAGEM DO CONTEÚDO NAS

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ................................................................................... 127Priscila Luana Pimentel, Elisabeth Baretta

EXPLORAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR: VIVÊNCIA PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................................128Luiz Gustavo Costa Delazere, Wairan Alves Guerreiro, Pedro Henrique Dalmedico Menegat, Marly Baretta, Gracielle Fin

FLEXIBILIDADE E AGILIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA .............................................. 129Everton Alves Ferreira, Leoberto Ricardo Grigollo

HÁBITOS DE HIGIENE NO ÂMBITO ESCOLAR ...........................................................................130Pricilla da Silva da Costa, Leoberto Ricardo Grigollo

HIGIENE E SAÚDE ....................................................................................................................131Thalita Bof, Leoberto Ricardo Grigollo

HORA DO LANCHE: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL COM MAIOR INGESTÃO DE FRUTAS ................. 132Tamires de Souza, Leoberto Ricardo Grigollo

IMAGEM CORPORAL E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS EM ESCOLARES ................................... 133Oséias D’Avila, Elisabeth Baretta

IMPORTÂNCIA DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA SAÚDE DE CRIANÇAS E

ADOLESCENTES ...................................................................................................................... 134Bárbara Schuermann, Julio Cezar Alberguini

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COMO INDICADOR DE MASSA CORPORAL EM ESCOLARES

DO ENSINO FUNDAMENTAL .................................................................................................... 135Jean Ricardo Giacomin, Julio Cezar Alberguini

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS DE

UMA ESCOLA PARTICULAR DE JOAÇABA, SC ............................................................................ 136Diego Peres de Macedo, Julio Cezar Alberguini

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: RELAÇÃO COM SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS

DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ÁGUA DOCE, SC .................................................................... 137Diogo Signori Colombo, Leoberto Ricardo Grigollo

INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM CORPORAL .......................................... 138Jaqueline Spader, Elisabeth Baretta

JOGOS DE SUSTENTABILIDADE: POSSIBILIDADE DE FERRAMENTA PEDAGÓGICA DA

EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................................................. 139Iara Daiany de Sousa Pereira Burlim, Elisabeth Baretta

NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA EM ESCOLARES ............................................................................140Jordani dos Santos Pereira, Elisabeth Baretta

NUTRIÇÃO: ORIENTAÇÕES PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL POR MEIO DAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................................................. 141Julio Cesar de Freitas Soares, Elisabeth Baretta

O PLANEJAMENTO ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE

EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................................................. 142Eliã Matheus Chiochetta, Willian Junior Antonelo, Gracielle Fin, Marly Baretta

O SEDENTARISMO EM JOVENS E PRÉ–ADOLESCENTES NO ÂMBITO ESCOLAR ......................... 143Welter Spiassi, Leoberto Grigollo

OBESIDADE E ALIMENTAÇÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO FUNDAMENTAL ........... 144Tainan Devens, Julio Cezar Alberguini

OBESIDADE INFANTIL ............................................................................................................. 145Angela Hofstater, Leoberto Ricardo Grigollo

ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO NA ESCOLA: UMA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO

DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................. 146Mayara de S. A. Mees, Mayke Conti Mees, Milena Rodrigues Sobrinho, Gracielle Fin, Marly Baretta

OS CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO

DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................. 147Ana Paula Stiirmer, Eduarda Costa, Kethleem da Silva Motta, Gracielle Fin, Marly Baretta

PH SANGUÍNEO E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ALIADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA ............................ 148Andressa Zaccaron de Souza, Elisabeth Baretta

PIRÂMIDE ALIMENTAR: UMA FORMA LÚDICA DE APRENDER .................................................. 149Adrian Cardoso, Leoberto Ricardo Grigollo

PRÁTICAS DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA A QUALIDADE DE VIDA ...................................150Victor Angelo Bechi, Elisabeth Baretta

RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS BOLSISTAS DO PROGRAMA PIBID: AÇÕES VOLTADAS À

MELHORIA DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO

FRANCISCO DE LUZERNA, SC .................................................................................................. 151Bruna Schneider, Ediana Fernandes Tulleo, Júlio Cesar de Freitas Soares, Leoberto Ricardo Grigollo, Elisabeth Baretta

RITMO E EXPRESSÃO CORPORAL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA .............. 152Isac Jorge de Souza, Julio Cezar Alberguini

SAÚDE E ESTILO DE VIDA: ATIVIDADE FÍSICA ALÉM DO ÂMBITO ESCOLAR .............................. 153Ana Alice Sales, Julio Cezar Alberguini

SAÚDE E HIGIENE NA ALIMENTAÇÃO ...................................................................................... 154Jeniffer Aparecida Trentini Savoldi, Leoberto Ricardo Grigollo

SAÚDE NA ESCOLA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADES FÍSICAS ........155Rodrigo Padilha da Silva, Elisabeth Baretta

SAÚDE NA ESCOLA: IMPORTÂNCIA DE HABITOS SAUDÁVEIS .................................................. 156Andresa Gabriela Flamea, Elisabeth Baretta

SAÚDE NA ESCOLA: OS RISCOS E AS CONSEQUÊNCIAS DO SEDENTARISMO ........................... 157Carla Teodoro, Elisabeth Baretta

SUSTENTABILIDADE NA ESCOLA: CONFECÇÃO DE MATERIAIS PARA AS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ................................................................................................... 158Luan Schneider, Elisabeth Baretta

SUSTENTABILIDADE NA ESCOLA: RECICLAGEM E REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA

CONFECÇÃO DE JOGOS E BRINQUEDOS .................................................................................. 159Indianara Vicini Somensi, Elisabeth Baretta

9

APRESENTAÇÃO

A Educação Física tem na sua formação a responsabilidade de apresentar à sociedade profissionais

corresponsáveis pela educação e saúde de uma população. Durante muitos anos a nossa profissão fez uso dos

conhecimentos construídos por outras áreas, a fim de juntar às suas demandas e assim propor soluções na

pedagogia do esporte, promoção da saúde e desenvolvimento da motricidade humana.

Os anos de prática e o reconhecimento da profissão fizeram com que a educação física iniciasse

uma formação acadêmica que liderasse as proposições de intervenção dentro de sua própria atividade. Neste

sentido, muitos professores do mundo da pesquisa deram início a uma jornada fascinante, ou seja, construir

uma profissão baseada nos estudos de suas próprias evidências. Cada vez mais a educação física se utiliza dos

diferentes conhecimentos para entender a si própria, mas também nunca estivemos tanto à frente de projetos

para entender o ser humano, suas possibilidades, necessidades e limites.

Na busca por ser a ponta da lança que, figurativamente, representa a inovação e pioneirismo, a

Unoesc estimula constantemente seu corpo docente e discente à pesquisa e à intervenção no intuito de cum-

prir sua missão de formar pessoas, produzir conhecimento e oferecer extensão e serviços, promovendo o

desenvolvimento institucional e regional. Baseado nestes pontos norteadores o curso de educação física da

Unoesc campus Joaçaba inicia sua caminhada rumo à maturidade e esse feito fica claro na publicação da série

O processo investigativo e formação profissional em educação física, que tem como título neste ano de 2017 Práticas

educativas e de investigação na escola. Trata-se da apresentação de 10 Artigos completos oriundos dos Tra-

balhos de Conclusão de Curso, 7 resumos realizados a partir de pesquisas e atividades realizadas de maneira

multidisciplinar nas escolas, 54 resumos de relatórios de estágios e 2 trabalhos do Programa Institucional de

Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID).

Certamente este é um grande passo em direção à referência, uma vez que é preciso respeitar a histó-

ria de pioneirismo da Unoesc mantendo o foco sempre em sua missão de ser uma Universidade reconhecida

pela excelência acadêmica e atuação como agente de desenvolvimento regional.

Tenho certeza que a educação física da Unoesc sempre fará parte do grupo que lidera esta realidade,

prova disso é a obra que ora é apresentada.

Desejo mais do que boa leitura, almejo que o conhecimento aqui posto seja base das boas intervenções.

Boa Educação Física para todos!

Rudy José Nodari Júnior1

1 Professor Doutor do Curso de Educação Física – Unoesc Joaçaba. Diretor de Gestão e Planejamento Rede Euroamericana de Motricidade Humana (REMH).

Artigos

13

A MOTIVAÇÃO NOS ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO PARA A PRÁTICA DAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA

Andréia Maria Danielli1

Gracielle Fin2

1 INTRODUÇÃO

A adolescência é um período de passagem entre a infância e a fase adulta, nesta fase acontecem

muitas transformações em seu corpo, em virtude da puberdade, bem como é uma etapa de construção de

identidade, em que os adolescentes visam a independência, igualmente, é um período delimitado pelas obri-

gações que pertencem ao meio em que se encontram, portanto, muito conhecido como a fase da rebeldia

(QUIROGA; VITALLE, 2013).

Neste estágio é importante ressaltar como a atividade física é essencial, não somente em razão de

sua relação comprovada com a saúde, como forma de prevenção de doenças e manutenção da composição

corporal, mas também como possibilidade de lazer, controle do estresse e aceitação social nesta faixa etária

(NAHAS, 2013, p. 172).

Mesmo com a comprovação dos benefícios da atividade física desde a infância até a vida adulta, ob-

serva-se um decréscimo da prática de atividade física, principalmente, na adolescência. Segundo a Pesquisa

Nacional de Saúde do Escolar (IBGE, 2012), mais de 50% dos adolescentes brasileiros não atingiram a quantidade

mínima recomendada de atividade física, uma vez que nesta faixa etária é recomendado que os adolescentes se

exercitem pelo menos uma hora diariamente, podendo as atividades serem de moderadas a vigorosas.

Uma vida saudável tem início na infância e adolescência, com prática de atividade física frequente,

sendo as aulas de Educação Física uma das formas em que os adolescentes têm a oportunidade de realizar estas práti-

cas no ambiente escolar, mas, apesar disso, observa-se que eles dispõem de pouco tempo, local ou interesse para serem

ativos nos momentos de lazer, o que pode influenciar a prática para uma vida mais ativa (NAHAS, 2013).

Sendo assim, considera-se que, se neste pouco tempo em que os adolescentes dispõem das aulas de

Educação Física, forem motivados à prática do exercício físico fora do ambiente escolar, eles serão incentiva-

dos a uma escolha, na qual o comportamento é conduzido a um objetivo, como o de prestar atenção ou de

participar das atividades da aula (BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2009).

A participação de uma criança em momentos e atividades da aula é determinada por meio do des-

pertar da curiosidade, interesse, atenção, prazer, alegria, em situações que a estimule a realizar estas ativi-

dades. Todavia, o que se observa é que quando a criança passa do período da infância para a adolescência,

1 Professora de Educação Física, Unoesc Joaçaba, [email protected] Mestre em Biociências e Saúde, Docente do Curso de Educação Física, Unoesc Joaçaba, [email protected]

14

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

progredindo no ambiente escolar, este entusiasmo e disposição pelas aulas acabam sendo reduzidos (BORU-

CHOVITCH; BZUNECK, 2009, p. 37).

Além da diminuição do interesse para a prática das aulas de Educação Física na escola, alguns empe-

cilhos são identificados em relação à prática de atividade física nos momentos de lazer dos adolescentes, como

a falta de companhia, preguiça, a preferência por outras atividades, como assistir televisão, jogos eletrônicos e

internet, além disso, a falta de tempo também é considerada uma barreira para alguns adolescentes, relaciona-

da com responsabilidades, como trabalho, preparação para entrada na universidade e atividades domésticas

(DIAS; LOCH; RONQUE, 2015).

As razões pelas quais os adolescentes não praticam atividade física fora do ambiente escolar também

estão relacionadas ao fato de não gostarem ou não participarem das aulas na escola, sendo por fatores, como

falta de habilidade ou não gostarem de atividade física. Os adolescentes querem aulas que consideram interes-

santes, somente assim serão motivados para a prática tanto na escola quanto fora dela, porém as aulas devem

demonstrar a devida importância da Educação Física (TENÓRIO, 2014).

Dessa maneira, a motivação no ambiente escolar é um fator decisivo na qualidade de aprendizagem

e do desempenho. Um estudante motivado mostra-se ativamente envolvido no processo de aprendizagem,

apresentando interesse na execução das tarefas, o que resulta em melhor satisfação nos resultados (GUIMA-

RÃES; BORUCHOVITCH, 2004, p. 143).

É essencial analisar o estudante, considerando os diferentes sistemas em que se encontra, tal como

a família, a escola e o professor, equilibrando os níveis afetivos emocionais que podem intervir no processo

de ensino-aprendizagem, podendo resultar na desmotivação dos alunos, causando a baixa participação deles

durante as aulas (BORUCHOVITCH; BZUNECK, 2009, p. 24).

Motivação ou motivo é aquilo que afeta um indivíduo ou que o coloca em ação ou, então, o faz mu-

dar o curso, a razão ou o porquê das escolhas e do empenho. É tudo aquilo que desperta o indivíduo a agir

de certa forma, é o impulso interno que nos leva à ação, a qual está ligada aos nossos desejos, necessidades e

vontades. O ser humano possui necessidades essenciais, sendo estas forças conscientes ou inconscientes que

levam o indivíduo a apontar certo comportamento (TADIN et al., 2005, p. 42).

Alguns autores entendem a motivação sob dois aspectos: motivação intrínseca ou extrínseca. Quan-

do motivados intrinsecamente tem-se um processo de escolha pessoal, ou seja, “em uma partida de futebol,

por exemplo, estaria motivado intrinsecamente aquele jogador que participa por gostar de jogar futebol, a

atividade se esgota nela própria, sem outros objetivos além da satisfação pessoal.” (TENÓRIO, 2014). Em

contrapartida, quando motivados extrinsecamente o indivíduo sofre influências externas, como, por exemplo,

realizar uma atividade porque se sente obrigado a fazê-la, nesta partida de futebol o atleta motivado extrinse-

camente espera por gratificação externa, como pagamento ou medalha (TENÓRIO, 2014).

De maneira geral, na motivação intrínseca o indivíduo realiza a prática porque esta lhe parece inte-

ressante, pelo prazer, curiosidade, para obter domínio e pela satisfação. Pessoas com competências têm mais

probabilidade de escolher atividades divertidas, além de serem mais motivadas a continuar uma atividade.

Todavia, no comportamento extrínseco o indivíduo é motivado por agentes externos, ou com motivação orien-

15

Artigos

tada pelo ego, tendendo a centralizar em aspectos que estão distantes das atividades, como obter reconheci-

mento, recompensas, visando atender comandos de outras pessoas para comprovar habilidades, ou, então,

mostrar maior capacidade (SILVA; ALIAS; MURCIA, 2014).

Uma das teorias que explica a motivação é a Teoria da Autodeterminação, a qual engloba desde o

comportamento autodeterminado até o comportamento não autodeterminado. Esta Teoria tem o propósito

de entender os componentes da motivação intrínseca e extrínseca, observando traços da personalidade e da

motivação humana, do desejo do indivíduo de se sentir bem no meio em que se encontra (GUIMARÃES; BO-

RUCHOVITCH, 2004, p. 143).

Segundo Tenório (2014), a Teoria da Autodeterminação tem auxiliado a compreender a motivação para

a prática de atividade física na Educação Física Escolar, considerando as necessidades básicas de cada indivíduo.

Deci e Ryan (2000 apud LUTZ et al., 2012, p. 170) propõem que esse modelo teórico esteja baseado no

conceito de necessidades psicológicas básicas (autonomia, competência e relação com os demais) que integram

as diferenças entre os conteúdos das metas e os processos regulatórios. Considerando que a competência está

relacionada à necessidade de eficácia, referente a um sentimento de eficiência sobre o meio, ou seja, de sentir-

-se capaz de realizar determinada ação; a autonomia está relacionada ao desejo de auto-organização, quando

o indivíduo decide livremente sobre sua ação e sobre a relação com os demais, ou seja, tem-se a necessidade

de vínculo, ou desejo de se sentir conectado aos outros (LUTZ et al., 2012).

De maneira prática, o sentimento de incompetência pode levar um indivíduo a ter baixa percepção

física e se sentir desmotivado, consequentemente, a percepção que a pessoa tem de si mesma é um elemento

fundamental na questão da autodeterminação, de se sentir livre para que haja um relacionamento estável do

ser humano com seu ambiente (MURCIA; CAMACHO; RODRIGUEZ, 2008).

A Teoria da Autodeterminação também vai além, ao considerar não somente a motivação como

sendo extrínseca e intrínseca, mas ao apresentar possibilidades de regulações motivacionais. Assim, tem-se a

Teoria da Integração do Organismo, que estabelece a motivação como sendo o resultado de um continuum da

autodeterminação (Quadro 1), caracterizando-se por diferentes níveis de autodeterminação (regulações motiva-

cionais), que são fatores os quais influenciam na realização de um comportamento.

Quadro 1 – Contínuo da Autodeterminação mostrando os tipos de motivações com seus tipos de regulação e os processos reguladores correspondentes

Comportamento Menos autodeterminado Mais autodeterminado

Tipos de Motivação Desmotivação Motivação ExtrínsecaMotivação Intrínseca

Tipos de Regulação Sem RegulaçãoRegulação Externa

Regulação Introjetada

Regulação Identificada

Regulação Integrada

Regulação Intrínseca

Processos Regula-dores

Não intencional, não valorizado, Incompetência.

Obediência, Recompensas, castigos exter-nos.

Autocontrole, Recompensa, Punições inter-nas.

Importân-cia pessoal, valorização consciente.

ConsciênciaInteresse, Prazer, satis-fação.

Fonte: Deci e Ryan (2000 apud SILVA et al., 2012).

16

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A TAD indica que satisfazendo necessidades de autonomia, competência e vínculo/relação, indivídu-

os tendem a manifestar regulações motivacionais mais autodeterminadas e, consequentemente, ficam mais mo-

tivados intrinsecamente, sustentando maior persistência. Dessa maneira, conhecer a motivação dos adolescentes

para a prática de exercícios físicos é fundamental na tentativa de fundamentar o estudo (TENÓRIO, 2014).

Segundo Tessele Neto (2012), o que mais apresenta motivação nas aulas de Educação Física são as

atividades que dão prazer, os meninos consideraram que as aulas de Educação Física são mais motivantes,

pois favorecem desejos do sexo masculino, aumentando sua motivação para as aulas, sendo o nível de moti-

vação das meninas menor em relação aos meninos.

Observa-se a importância deste estudo no sentido de identificar estratégias que possam ser utili-

zadas pelo professor de Educação Física para lidar melhor com essa questão da motivação dos alunos. É ne-

cessário verificar se os alunos sentem-se motivados a praticar as aulas de Educação Física porque realmente

gostam dos conteúdos propostos ou somente participam para obter boa avaliação na disciplina, uma vez que

estes aspectos podem determinar a participação futura dos indivíduos nas práticas de atividade física como

um hábito ao longo da vida. Assim, o principal objetivo deste estudo é investigar as regulações motivacionais

de estudantes do Ensino Médio para a prática de Educação Física, de acordo com o sexo.

2 MÉTODO

A população deste estudo foi composta por adolescentes, residentes no município de Erval Velho

(SC). O município apresenta somente uma escola com estudantes no ensino médio, por essa razão, todo o

planejamento do estudo foi baseado na totalidade de adolescentes matriculados no ensino médio da Escola

Estadual de Educação Básica Prefeito Agenor Piovezan, sendo estes 104 indivíduos (44 alunos no período

matutino e 60 alunos no período vespertino). Foram investigados apenas os adolescentes matriculados nesta

Instituição de Ensino, os demais adolescentes residentes no munícipio não fizeram parte deste estudo.

Para avaliar o perfil motivacional dos adolescentes para a prática das aulas de Educação Física,

foi utilizado o Perceived Locus of Causality Questionnaire (PLOCQ) (GOUDAS; BIDDLE; FOX, 1994), traduzi-

do e validado para o Brasil (TENÓRIO, 2014). Esse instrumento avalia a motivação dos estudantes para a

participação nas aulas de Educação Física. O instrumento é composto por vinte questões baseadas na TAD

e é subdividido em cinco dimensões: motivação intrínseca, motivação extrínseca identificada, motivação

extrínseca introjetada, motivação extrínseca externa e desmotivação, na qual cada uma destas é composta por

quatro itens. As opções de resposta são baseadas na escala de Likert: 1 – discordo plenamente; 2 – discordo

bastante; 3 – discordo no geral; 4 – nem concordo, nem discordo; 5 – concordo no geral; 6 – concordo bastante;

e 7 – concordo plenamente.

As coletas foram realizadas no segundo semestre de 2016, em sala de aula, durante as aulas de Edu-

cação Física. Os questionários foram entregues aos alunos e, em seguida, houve uma explicação sobre o modo

de respondê-los. Durante o preenchimento dos instrumentos, as dúvidas foram esclarecidas para melhor in-

terpretação das questões.

17

Artigos

A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, considerando a confidencialidade das respos-

tas, utilizando planilha do software Excel.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram investigados 104 indivíduos que estão matriculados em uma escola pública do município de

Erval Velho (SC), sendo que 53,85% são do sexo feminino e 46,15% do sexo masculino, com idades de 15 a 18

anos, que cursavam o Ensino Médio nos períodos matutino e vespertino.

Após a coleta e tabulação dos dados que investigou os níveis de motivação dos adolescentes do mu-

nicípio de Erval Velho foram encontrados os seguintes resultados:

Tabela 1 – Valores descritivos referentes às regulações motivacionais de meninos e meninas do município de Erval Velho (SC) (2016)

n Mínimo Máximo Moda Média

Masculino

Desmotivação 48 1 7 1 2,36

Regulação Externa

48 1 7 1 3,10

Regulação Introjetada

48 1 7 4 3,56

Regulação Identificada

48 1 7 4 4,78

Motivação Intrínseca

48 1 7 7 5,08

Feminino

Desmotivação 56 1 7 1 2,56

Regulação Externa

56 1 7 1 3,66

Regulação Introjetada

56 1 7 1 3,06

Regulação Identificada

56 1 7 4 4,71

Motivação Intrínseca

56 1 7 4 4,92

Fonte: os autores.

Considerando os valores correspondentes à escala Likert, em que 1 corresponde à afirmativa “Dis-

cordo plenamente”, e 7 corresponde à “Concordo plenamente”, observa-se na Tabela 1 que os resultados foram

bastante semelhantes entre os sexos, sendo que apresentaram um nível elevado na motivação intrínseca, na

qual a regulação é apenas interna, sendo a atividade exercida por conta da satisfação e divertimento forneci-

dos (SILVA et al., 2012).

Em seguida a regulação que mais se sobressaiu foi a regulação identificada em ambos os gêneros,

onde o comportamento é regulado mais internamente, pois a pessoa compreende que são mais relevantes os

resultados e os benefícios da participação na atividade. Na sequência, os meninos estão mais regulados intro-

jetadamente, ou seja, há sentimento de obrigação, ansiedade e orgulho (TENÓRIO, 2014).

18

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Seguidamente pela regulação externa, na qual o indivíduo é instigado por fatores externos, com o

objetivo de obter recompensas ou escapar de punições. Contudo, as meninas estão mais motivadas externa-

mente e, posteriormente, aparece a regulação introjetada. E, finalmente, a desmotivação em ambos os gêneros,

que é uma condição definida pela falta de vontade que se agrega à falta de motivação, na qual para o indivíduo

não há nenhum tipo de regulação interna ou externa, o mesmo não percebe motivos para a adesão ou segui-

mento em uma prática de atividade física (SILVA, 2012).

Em pesquisa realizada por Tenório (2014), a motivação intrínseca apontou percentual superior, na

qual é considerado que fatores pessoais, o prazer, a satisfação ou o interesse em uma ação estipulada é o que

mais interfere na motivação. Já os fatores externos, como o ambiente, estímulos por parte da família, ou pro-

fessores, têm influências posteriores na motivação autodeterminada.

Os dados dos estudantes de Erval Velho são semelhantes aos encontrados no estudo de Quadros

et al. (2015), que investigaram escolares de Joaçaba, Herval d’Oeste e Luzerna, sendo que ambos os sexos

dispõem de um perfil de motivação mais autodeterminado, com valores superiores de motivação intrínseca.

No estudo de Kobal (1996), pode-se observar que os estudantes estão mais motivados intrinseca-

mente do que extrinsecamente para as aulas de Educação Física, o que indica que o método de ensino usado

pelos professores está voltado ao desenvolvimento motivacional intrínseco. A confirmação de que a maior

parte dos alunos julga as aulas de Educação Física boa, significa que as expectativas das aulas estão sendo

satisfatórias, independentemente de ser intrínseca ou extrínseca.

Para Rosa (2012), tanto os meninos quanto as meninas encontram-se motivados intrinsecamente e

extrinsecamente para as aulas de Educação Física, ambos os gêneros apresentam níveis mais elevados para

a motivação intrínseca em relação à motivação extrínseca. Na motivação intrínseca ambos valorizam mais o

porquê da participação nas aulas o gosto pelas atividades físicas, aprendizagem de novas habilidades, e não

gostam quando não há tempo para praticar tudo o que gostariam. Já na motivação extrínseca, ambos valori-

zam mais o quero tirar boas notas e não gostam quando alguns colegas querem mostrar que são melhores do

que os outros.

Em relação às diferenças entre os gêneros na motivação para a prática das aulas de Educação Física,

estudos indicam que os meninos estão mais autodeterminados para a prática do que elas, portanto, significati-

vamente, eles praticam mais atividade física do que as meninas. Da mesma forma, o presente estudo confirma

que os meninos estão mais motivados em relação à prática, uma vez que os meninos apresentam média de

motivação intrínseca de 5,08, enquanto que as meninas, mesmo com valores altos, ainda são inferiores aos me-

ninos, com média de 4,92 pontos. O desnível entre os sexos não é apenas biológico, mas também influenciado

pelo contexto social, em relação ao corpo, por exemplo, que, muitas vezes, privilegiam os meninos na prática

de exercícios físicos, as meninas possuem mais barreiras políticas de igualdade (SILVA et al., 2012).

Dessa forma, a Educação Física assume um papel fundamental no processo educacional, sendo o

professor o responsável em proporcionar aos alunos um melhor aprendizado a respeito da disciplina. Um dos

principais objetivos é fazer com que os educandos venham a incorporar hábitos de atividade física em suas

19

Artigos

vidas, para isso, é necessário compreender os conceitos básicos associados à saúde, e, o mais importante, que

sintam prazer na prática, para que assim sejam induzidos a ela (MOURÃO et al., 2014, p. 155).

Conforme Tenório (2014), a motivação dos alunos é relativa à capacitação do docente, sendo que é

o professor o responsável pelo processo de ensino-aprendizagem, o qual deve criar um ambiente motivador,

desenvolvendo situações de aprendizagem em que o aluno participe na construção do conhecimento.

4 CONCLUSÃO

Considerando as regulações motivacionais de estudantes em relação à prática de Educação Física

observa-se que os alunos do Ensino Médio de Erval Velho (SC) estão bastante motivados intrinsecamente,

portanto, os alunos participam das aulas por satisfação em realizar as atividades, sem que haja a necessidade

de recompensas, ou que caracterize obrigações, sendo um interesse do aluno relacionado com a felicidade e a

realização pessoal.

No presente estudo, quando observados os sexos, constata-se que os meninos apresentaram valores

mais elevados de autodeterminação do que as meninas em relação à prática nas aulas de Educação Física. Em

vista disso, o estudo sobre a motivação em alunos é de extrema importância para que seja considerado qual é

o tipo de motivação que os afeta, a fim de que sintam prazer ao participar, e, assim, o professor possa avaliar

as melhores formas de ensino a serem trabalhadas como por exemplo utilizar atividades variadas, jogos diver-

sificados, com o intuito de deixá-los sempre mais motivados.

Desse modo, é importante o estudo da motivação nas aulas de Educação Física, pois envolve a com-

preensão de diversos fatores que se inter-relacionam, sendo estes associados ao interesse dos alunos pelas

aulas e pela prática de atividades físicas. Considerando o exposto, uma avaliação nos adolescentes nas aulas

de Educação Física pode detectar falhas para que depois possa haver o aprimoramento das técnicas de ensino

com formas alternativas de trabalho que quebrem a estrutura tradicional que venham a atingir níveis motiva-

cionais e, como resultado, um melhor aprendizado e participação.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

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23

A UTILIZAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS COMO CONTEÚDO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA

Joseane Aparecida Garcia1

Gracielle Fin2

1 INTRODUÇÃO

A Educação Física é um componente curricular obrigatório na Educação Básica em todos os seus

níveis, caracterizado pelo ensino de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos do movimento

humano em todas as suas dimensões, além de desenvolver os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais

(CONFEF, 2009).

Considerada um conjunto de atividades físicas planejadas e estruturadas, em que se estudam e se

exploram a capacidade física e a aplicação do movimento humano, a Educação Física tem-se como um de seus

objetivso melhorar o condicionamento físico e a saúde dos praticantes por meio da execução de exercícios

físicos (DE ROSE JUNIOR, 1992).

Com o passar dos anos, a Educação Física escolar passou por inúmeras transformações ideológicas,

desde quando era trabalhada apenas para desenvolver a aptidão física do homem, até como é atualmente de-

senvolvida, visando-se trabalhar as múltiplas dimensões do ser humano por meio do desenvolvimento físico,

psicológico, social, cognitivo e afetivo (BRASIL, 1997).

Ao longo da história, os conteúdos da Educação Física e seu contexto escolar passaram por mudanças

que colaboraram para a formação do que ela é nos dias atuais. Entre as abordagens consideradas nesse contexto

histórico, Ghirardelli Junior (2007) apresenta algumas tendências e correntes norteadoras da Educação Física

brasileira: a Educação Física Higienista (até 1930); a Educação Física Militarista (1930-1945); a Educação Física

Pedagogicista (1945-1964); a Educação Física Competitivista (pós 1964) e a Educação Física Popular (1985).

Moreira (1991, p. 21) aponta que, na última tendência da época, a Educação Física Popular surgiu

com a pretensão de mudar o paradigma da Educação Física Competitivista, para uma visão que privilegiasse

a ludicidade, a solidariedade, a organização e a mobilização dos trabalhadores na tarefa de construção de uma

sociedade efetivamente democrática. Partindo dessa ideia, essa tendência passou a ser trabalhada nos Parâ-

metros Curriculares Nacionais (PCNs), que foram elaborados pelo Governo Federal para nortear as equipes

escolares na execução de seus trabalhos.

A partir de 1998, com a formulação dos PCNs, os conteúdos da Educação Física foram divididos em

três blocos, sendo o primeiro: Conhecimento sobre o corpo; o segundo: Esportes, jogos, lutas e ginásticas; e

1 Professora de Educação Física, Universidade do Oeste de Santa Catarina de Joaçaba; [email protected] Mestre em Biociências e Saúde; Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina de Joaçaba; [email protected]

24

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

o terceiro: Atividades rítmicas e expressivas. Essa divisão faz com que se vivenciem diversos movimentos e

experiências corporais advindos de cada bloco (BRASIL, 1997).

Além de dispor de variadas propostas que enfocam o desenvolvimento motor, os PCNs da Educação

Física trazem uma proposta que visa democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área.

Essa proposta mostra que se faz necessário, ao professor de Educação Física, incluir, em sua prática pedagógi-

ca, os temas transversais (BRASIL, 1997).

Os temas transversais foram incluídos nos PCNs no ano 1997, com o intuito de resgatar e construir

valores defasados nos principais problemas sociais brasileiros, que necessitam de esclarecimentos à popula-

ção, em especial aos alunos, por isso são colocados como conhecimentos que devem ser abordados por todos

os componentes curriculares, em um trabalho conjunto e cooperativo, buscando a transdisciplinaridade, vi-

sando criar uma identidade nacional baseada em valores humanos coletivos (BRASIL, 1998b).

As temáticas constituídas pelos PCNs são compreendidas em seis áreas: Pluralidade Cultural, Meio

Ambiente, Saúde, Ética, Trabalho e Consumo e Orientação Sexual. Ao observar esses temas, é possível perce-

ber a proximidade com questões relativas a valores humanos como respeito ao próximo ou ao meio ambiente,

ética profissional, direito à saúde, igualdade de direitos e reconhecimento das diferentes culturas e respeito a

elas (BRASIL, 1997).

De maneira mais específica, a temática da Pluralidade Cultural diz respeito ao conhecimento e à

valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais na sociedade brasileira. O tema

Meio Ambiente visa contribuir para a formação de cidadãos conscientes, incentivando o aluno a posicionar-se

de forma crítica perante as questões de preservação, buscando desenvolver posturas e comportamentos so-

ciais que colaborem para que a sociedade seja ambientalmente sustentável. A temática Saúde auxilia no desen-

volvimento de atitudes e hábitos de vida saudáveis, valorizando as ações voltadas para promoção, proteção

e recuperação da saúde individual e coletiva. A Ética visa trabalhar com os valores, as atitudes e o respeito

mútuo, valorizando o emprego do diálogo como forma de esclarecer conflitos do dia a dia. A temática Traba-

lho e Consumo relaciona-se à grande influência da mídia no esporte e na vida das pessoas, além de estimular,

no aluno, a reflexão crítica sobre as relações que envolvem o consumo. Por fim, a temática Orientação Sexual

aborda questões ligadas ao corpo, à sexualidade, às diferenças existentes entre os sexos, buscando a reflexão

sobre questões que envolvam sexualidade (BRASIL, 1997).

Portanto, considera-se que o trabalho desses conteúdos, ao longo das aulas de Educação Física, além

das demais disciplinas, traz enriquecimento e significação do aprendizado, pois possibilita, aos alunos, enten-

derem a prática da Educação Física de uma forma a relacionar os conteúdos de esporte, jogos, ginástica, dança

e lutas com os conteúdos aprendidos na vida em sociedade, além de proporcionar um trabalho interdisciplinar

que ocasionará na ampliação do conhecimento do aluno (BRASIL, 1997).

Assim, este estudo teve como objetivo investigar como os temas transversais estão sendo conside-

rados na elaboração do planejamento das aulas, bem como as possíveis dificuldades da prática docente sobre

esses temas nas aulas de Educação Física.

25

Artigos

2 MÉTODO

Os participantes deste estudo foram 23 professores de Educação Física das turmas de ensino fun-

damental, anos finais (6º ao 9º ano) das escolas municipais, estaduais e particulares das cidades de Joaçaba e

Herval d’Oeste, no estado de Santa Catarina. Foram distribuídos 32 questionários nas escolas participantes e

obteve-se o retorno de 23 dos mesmos. Considerou-se, como critério de seleção dos participantes deste estudo,

a aplicação somente a professores que já estavam com a graduação concluída, não aplicando em professores

substitutos ou ainda em formação.

Os dados foram coletados pela pesquisadora diretamente nas escolas em que cada professor atuava.

Os professores receberam o questionário com as orientações para preenchê-lo. Após um prazo de cerca de sete

dias, os questionários foram recolhidos pela pesquisadora.

O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário elaborado pela pesquisadora

com questões abertas e fechadas, com objetivo de investigar o conhecimento dos professores quanto aos temas

transversais e às dificuldades da prática pedagógica deles nas aulas de Educação Física.

Quanto às questões éticas, anteriormente à realização da pesquisa, foi encaminhada a solicitação

para execução da pesquisa e, após a autorização da Secretaria de Educação dos municípios, foi solicitada per-

missão às direções das escolas para o processo de acesso aos professores e aplicação dos questionários. Nas

escolas estaduais foi realizado o pedido junto a Gerência Regional de Educação pelos diretores das escolas e

após a autorização realizou-se a aplicação. Nas escolas particulares a solicitação de pesquisa foi feita a coor-

denação das escolas. Os professores tiveram a liberdade de escolher se queriam participar ou não do estudo e

não tiveram seus nomes divulgados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram investigados um total de 23 professores, com média de idade de 38 anos, com idade mínima

de 28 anos e máxima de 51 anos. Dentre os entrevistados, 69,6% (n=16) dos professores são do sexo masculino

e 30,4% (n=7) são do sexo feminino. Em relação à formação, 65,2% (n=15) dos professores possuem especiali-

zação 26,1% (n=6) são graduados e 8,7% (n=2) possuem mestrado.

Em relação ao tempo de atuação como professor de Educação Física, 30,4% (n=7) relatam atuar a

menos de 5 anos; 26,1% (n=6) atuam entre 5 e 10 anos; 26,1% (n=6) atuam entre 10 e 15 anos; 8,7% (n=2) entre

15 e 20 anos e 8,7% (n=2) atuam a mais de 20 anos.

Em referência à escola em que ministram suas aulas, 30,4% (n=7) atuam em escolas estaduais; 47,8% (n=11)

atuam em escolas municipais e 21,7% (n=5) em escolas particulares. Foram investigados professores de 12 escolas.

Quando questionados sobre seu conhecimento sobre os temas transversais, todos os professores par-

ticipantes desta pesquisa relatam conhecer o assunto contido nos PCNs, considerando-se um dado importante

para as respostas seguintes do questionário aplicado.

26

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Em relação à abordagem dos temas ao longo de sua formação acadêmica, 18 professores afirmaram

que eles foram trabalhados durante a graduação e 5 afirmaram que não foram trabalhados ou que não recor-

dam o estudo deles em sua graduação. Os professores foram também questionados sobre a previsão dos temas

transversais no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e 95,7% afirmaram que o trabalho com os temas

transversais está previsto; apenas 4,3% afirmaram que não sabiam ou não estava previsto.

O Gráfico 1 apresenta as respostas de quais temas transversais os professores abordam em suas au-

las. Os mesmos poderiam assinalar mais de uma opção de tema como resposta. Observa-se que as temáticas

Saúde (34,4%), Ética (23,0%) e Meio Ambiente (16,4%) são as mais abordadas por eles. Apenas 2 professores

mencionaram trabalhar com todas as temáticas em suas aulas.

Gráfico 1 – Valores descritivos referentes à abordagem dos temas transversais nas aulas de Educação Física feita pelos professores dos municípios de Joaçaba e Herval d’Oeste (SC) (2016)

Fonte: os autores (2016).

Accioly (2011) investigou 16 professores de Educação Física do Ensino Fundamental do Rio de Janei-

ro, para verificar a opinião desses profissionais com relação a utilização dos temas transversais e, suas aulas,

apontando como resultado de sua pesquisa que os temas Ética (34%), Saúde (30%) e Orientação Sexual (20%)

são os mais abordados no grupo investigado por ela. Com isso, observou-se que os professores parecem dar

um maior enfoque nos temas mais pertinentes a cada realidade escolar, trabalhando as temáticas que conside-

ram mais importantes para cada grupo de educandos.

Quando questionados sobre as dificuldades em trabalhar com os temas transversais em suas aulas,

as respostas são bastante divergentes: 52,2% (n=12) dos professores afirmaram que sim e 47,8% (n=11) afirma-

ram não encontrar dificuldades.

Com isso, para Silva (2012) e Accioly (2011), em suas pesquisas, os professores dizem encontrar

dificuldade no trabalho com os temas transversais, por não haver nenhum plano de trabalho pronto e, se eles

quiserem trabalhar com os temas, devem elaborar suas aulas. Outros, mesmo considerando a proposta dos

PCNs interessante, acreditam que a aplicação dela é lenta e difícil e sugerem que deve haver um plano de

ensino ou uma proposta de trabalho pronta para que essas temáticas sejam desenvolvidas com os educandos.

27

Artigos

Garcia (2005) e Ruy e Ramos (2007) expõem a importância de se trabalhar os temas transversais por

meio da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade no âmbito escolar, sugerindo que a abordagem des-

sas temáticas seja feita por meio dessas concepções, fazendo com que todas as disciplinas desenvolvam seus

trabalhos de forma integrada, tendo os temas transversais como eixo unificador da proposta, uma vez que eles

não constituem uma disciplina, mas devem ter seus objetivos e conteúdos inseridos em diferentes momentos

em todas as disciplinas da maneira que o professor julgar mais pertinente.

Em relação às dificuldades encontradas para se trabalhar com os temas transversais em suas aulas,

52,4% dos professores entrevistados assinalaram a alternativa correspondente a de falta de material adequado

disponibilizado pela escola para o trabalho com os temas e 47,6% a falta de interesse dos alunos em aprender

sobre os temas.

Darido e Impolcetto (2001) menciona, em seu artigo, que os professores devem elaborar práticas

inovadoras e diferenciadas para a aplicação dos temas transversais em suas aulas, em que os educandos mos-

trem-se motivados a adquirir novos conhecimentos, fazendo com que, nesse processo ensino-aprendizagem,

o professor atinja os objetivos previstos para cada temática trabalhada.

Bastos (2009) expôs a proposta de se trabalhar os temas transversais nas aulas de Educação Física

por meio dos jogos transversais, estes que foram construídos baseados na realidade escolar em que a proposta

estava sendo aplicada, sendo jogos lúdicos que auxiliassem no processo de construção de cidadania dos alu-

nos. Ao final de seu estudo, obteve a confirmação que essa forma de trabalho surge como uma boa proposta

didático-metodológica para o trato dos temas transversais devido a versatilidade de sua apliação.

Na sequência, os professores responderam, em sua percepção, quais temas os alunos mais gostam

de trabalhar. Os professores tiveram a liberdade de assinalar mais de uma opção de tema como resposta. As

temáticas assinaladas foram: Saúde (54,1%), Meio Ambiente (16,2%), Pluralidade Cultural (10,8%), Ética e

Orientação Sexual (8,1%) e Trabalho e Consumo (2,7%), de acordo com o Gráfico 2.

Gráfico 2 – Valores descritivos referentes à percepção dos professores sobre quais dos temas transversais os alunos mais gostam de trabalhar nas aulas de Educação Física

Fonte: os autores (2016).

Silva (2012), em seu estudo, ao questionar os alunos em relação ao trabalho com a temática Saúde

durante as aulas de Educação Física, teve a interessante constatação de que a maioria deles afirmou que sim,

além de sugerirem a abordagem de assuntos voltados ao incentivo e à adoção de práticas de hábitos saudá-

28

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

veis. Ao analisar o Gráfico 1 e o Gráfico 2, percebe-se que o tema transversal Saúde é o mais abordado pelos

professores e é o tema que os alunos mais gostam de trabalhar, o que corrobora o fato de maior aceitação dos

educandos quando aplicado a eles durante as aulas.

Em relação à forma de abordagem dos temas transversais, observam-se os resultados na Tabela 3.

Sendo que os professores poderiam assinalar mais de uma alternativa como resposta.

Tabela 1 – Valores descritivos referentes à forma de abordagem dos temas transversais feita pelos professores nas aulas de Educação Física

Atividades que envolvem os temas transversais % n

Trabalhos orais 26,7% 12

Trabalhos escritos 22,2% 10

Dinâmicas 20,0% 9

Palestras 15,6% 7

Outros 11,1% 5

Gincanas 2,2% 1

Todos 2,2% 1

Total Geral 100,0% 45Fonte: os autores (2016).

Todos os professores participantes desta pesquisa afirmaram considerar importante o trabalho com

os temas transversais. Com relação à justificativa da opinião deles, tem-se, por exemplo, as seguintes respos-

tas: “Nossas práticas pedagógicas não podem se limitar a simples aulas ligadas aos esportes, a Educação Física

escolar é muito mais que isso” (Professor 1). Segundo o Professor 2: “Por conta da formação integral do aluno

e da formação de valores”. Para o Professor 3: “Acredito que seja de grande importância para a formação do

aluno como indivíduo, permitindo ao aluno uma abordagem própria da nossa realidade”.

De acordo com os trechos retirados dos questionários respondidos pelos professores, percebe-se

que eles consideram a proposta dos PCNs e dos temas transversais importante e viável. Eles salientam que a

Educação Física precisa assumir o seu papel na formação do aluno cidadão e, para isso, precisa de uma prática

que auxilie no desenvolvimento de alunos críticos e reflexivos.

4 CONCLUSÃO

Os docentes têm conhecimento dos PCNs e dos temas transversais, além de demonstrarem ter cons-

ciência da importância de se trabalhar com essas temáticas nas aulas de Educação Física. Declararam constar,

em suas práticas pedagógicas, atividades voltadas ao ensino das temáticas. Mesmo encontrando algumas

dificuldades no decorrer do processo, utilizam de variadas formas de aplicação delas, buscando atingir os

objetivos propostos por cada tema.

Considerando os aspectos educacionais e a reestruturação do currículo que acontece no país desde

2010, os resultados desta pesquisa tornam-se ainda mais relevantes, uma vez que ela foi realizada ainda tendo

como base os PCNs elaborados nos anos de 1997 e 1998. A nova Base Curricular Comum, lançada em 2015,

29

Artigos

apresenta uma nova proposta didática pedagógica que poderá ser analisada a partir de sua aplicação; sendo

assim, os dados desta pesquisa poderão servir de base para discussões futuras sobre o assunto.

Sabe-se o quão importante são experiências de aprendizagem diferenciadas para a aplicabilidade

dos temas transversais, em especial nas aulas de Educação Física, e como elas fazem a diferença no momento

de ministrar novos conhecimentos aos educandos. Sendo assim, um professor que explana, em suas aulas, as-

suntos voltados aos temas transversais, possibilita, aos seus alunos, reflexões em relação ao seu papel como ci-

dadão, trazendo, assim, mudanças significativas para a Educação Física escolar, além de valorizar ainda mais

esse componente curricular considerado indispensável em todos os níveis de ensino para a vida dos alunos.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

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ATIVIDADE FÍSICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO DE

CATANDUVAS - SC

Thaiana Moreira Nora1

Marly Baretta2

1 INTRODUÇÃO

Ter um corpo nos moldes do padrão de beleza imposto pela mídia e pela sociedade é desejo de um

número cada vez maior de adolescentes. Em contrapartida o número de jovens obesos vem aumentando sig-

nificativamente, o que causa contradição. Um dos motivos desse paradoxo pode ser o aumento no consumo de

alimentos industrializados, fazendo com que o índice de obesidade aumente da mesma forma. Assim, muitas

pessoas procuram perder o peso proveniente de uma dieta hipercalórica, em academias, realizando exercícios

aeróbicos e anaeróbicos. Conforme Rique, Soares e Meirelles (2002), o exercício praticado regularmente é uma

das formas mais eficazes de perder peso.

Segundo Pitanga (2002), nos primórdios da humanidade, o homem dependia de sua força, velocida-

de e resistência para sobreviver. Por serem nômades, realizavam longas caminhadas lutavam, corriam e sal-

tavam, tornando-os seres extremamente ativos fisicamente. Em outras épocas, na Grécia, a atividade física foi

desenvolvida na forma de ginástica (definida como “a arte de exercitar o corpo nu”), que tinha fins bélicos ou

para treinamento de gladiadores. No Brasil, alguns programas educacionais, relacionados à atividade física,

visavam formar um indivíduo saudável, com uma boa postura e aparência física. Isso demonstra a diferença

da realização de atividades físicas que se nota em comparação com outras épocas.

Para a Organização Mundial de Saúde, a adolescência compreende o período entre 10 e 19 anos de

idade (CONTI et al., 2005, apud SILVA; CRUZ; COELHO, 2008). Conforme Branco et al. (2006, apud SILVA;

CRUZ; COELHO, 2008) no início da adolescência, as transformações biológicas e as alterações na personalida-

de ocorrem juntas e, com isso o corpo vai adquirindo uma nova forma

De acordo com Pimenta e Palma (2001), um dos motivos para explicar o aumento da obesidade entre

jovens é o tempo que estes ficam em frente ao computador ou televisão. Essas atividades, muitas vezes, podem

ser prejudiciais tanto à saúde quanto a outros fatores, como postura e visão, por exemplo. O tempo gasto com

isso poderia ser preenchido com atividades ou exercícios físicos.

A adolescência é uma fase que apresenta intensas transformações no processo de crescimento e de-

senvolvimento. Desta forma, a obesidade torna-se ainda mais problemática quando surge na adolescência

(MULLER, 2001, apud FERRIANI et al., 2005). A atividade física tende a diminuir durante a adolescência,

principalmente entre meninas. O que acontece é que muitos adolescentes perdem a confiança na própria ha-

1 Pesquisadora. Graduanda em Educação Física: Unoesc campus de Joaçaba. <[email protected]>.2 Professora Orientadora. Docente do curso de Educação Física: Unoesc campus de Joaçaba. Mestre em Saúde Coletiva. <[email protected]>.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

bilidade para realizar exercícios. Além disso, o tempo gasto assistindo televisão ou em frente ao computador

está relacionado com o baixo nível de atividade física, comprovando que o número de horas gasto com essas

atividades pode ser causador da obesidade.

Após a maturação sexual as características adultas do tecido adiposo são alcançadas e a quantidade

gordura corporal passa a ser moldada mediante o equilíbrio energético dos indivíduos (GUEDES; GUEDES,

2003). Segundo Duarte (1993, apud FONSECA; SICHIERI; VEIGA, 1998) a maturação sexual estabelece um as-

pecto importante na avaliação do crescimento e desenvolvimento físico dos adolescentes, relacionando-se com

o aumento de estatura e peso, desenvolvimento muscular e aumento de depósitos de gordura em meninas.

É apontado por Gomes (1994, apud FERRIANI et al., 2005) que o adolescente apresenta constante

preocupação com seu peso, visando um ideal de beleza imposto pelo corpo magro, e a não aceitação de seu

corpo, o leva a sentir-se marginalizado na sociedade. Todo adolescente tem em sua mente um corpo ideali-

zado, e quanto mais este corpo se distanciar da realidade, maior será a possibilidade de negação do próprio

corpo, comprometendo sua autoestima (CHIPKEVITCH, 1987 apud BRANCO; HILÁRIO; CINTRA, 2006).

O que torna o problema de sobrepeso ainda mais preocupante é o fato de que adolescentes obesos

apresentam maior probabilidade de se tornarem adultos também obesos. Normalmente o conteúdo de gor-

dura corporal aumenta na vida adulta, isso acarreta sérios problemas de saúde e aumenta a possibilidade de

morbidades ou de morte prematura (BOUCHARD, 2003).

Por conta de tantos problemas relacionados ao aumento excessivo de peso entre adolescentes, os pro-

fissionais da saúde e cientistas buscam entender quais os fatores, metabólicos ou ambientais, influenciam no

aumento da obesidade. Segundo Pollock e Wilmore (1993 apud SALVE, 2006) o sedentarismo e o excesso de

peso são fatores interdependentes e que podem ser combatidos por meio de um estilo de vida ativo fisicamente.

Em relação ao gasto energético, há alguns componentes que explicam o gasto diário: a taxa metabó-

lica de repouso e a taxa metabólica basal; a termogênese, que caracteriza a ingestão de alimentos, temperatura

ou influências psicológicas; e a atividade física que representa 20 a 30% do gasto energético diário. A atividade

física pode ser dividida em voluntária e involuntária. A espontânea ou involuntária equivale de 8 a 10% do

gasto energético diário total, sendo que é por meio da atividade voluntária que o indivíduo pode utilizar o

maior percentual do gasto energético (SALBE; RAVUSSIN, 2003).

Segundo Dionne e Tremblay (2003), o gasto energético pela atividade física inclui desde os movimen-

tos mais simples aos exercícios mais exaustivos. Para Caspersen, Powell e Christenson (1985 apud PITANGA,

2002) a atividade física pode ser entendida como qualquer movimento corporal, produzido pela musculatura

esquelética, que resulta em gasto energético, tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial,

cultural e comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos,

atividades laborais e deslocamentos.

Quando o peso corporal se mantém o mesmo por um longo período, o balanço energético encontra-

-se em equilíbrio, ou seja, a quantidade de energia consumida é equivalente à quantidade gasta. Quando há

um excesso na ingestão de alimentos, ocorre uma diminuição na oxidação de gorduras. Esse excesso reflete no

33

Artigos

armazenamento de energia no tecido adiposo. Quando a ingestão é menor do que o gasto, a falta é preenchida

pela gordura estocada no organismo, causando um decréscimo no peso corporal (GUTIN; BARBEAU, 2003).

Segundo Guedes e Guedes (2003), o hábito da prática de atividade física pode favorecer, também,

a não concentração de gordura corporal em regiões centrais do corpo. A gordura localizada no abdômen é

chamada de gordura do corpo superior ou gordura androide. Esse tipo de localização central da gordura está

associado com maior morbidade e mortalidade do que aquela gordura distribuída abaixo da cintura, princi-

palmente localizada na região a pelve e coxa, denominada de gordura ginecoide ou periférica (BROWNELL,

1994, apud LOPES et al., 1995).

Há evidências também que os fatores genéticos são, em alguns casos, importantes para entender

as causas da obesidade. Um estudo verificou que filhos de obesos tinham a taxa metabólica de repouso mais

baixa, sugerindo que apresentavam um risco maior de desenvolver obesidade. Porém, doze anos mais tarde,

os mesmos foram acompanhados e verificou-se que não eram mais obesos do que os filhos de pais não obesos.

Outros estudos concluíram que baixos níveis de gasto energético em repouso não são responsáveis pela obe-

sidade em crianças (GUTIN; BARBEAU, 2003).

De acordo com Guedes e Guedes (2003), o sobrepeso pode ser explicado pelos fatores ambientais,

pois nos últimos tempos não ocorreram grandes alterações nas características genéticas da população e seus

hábitos de vida sofrem cada vez mais modificações. Para Motta et al. (2004 apud TAVARES; NUNES; SAN-

TOS, 2010) parecem ser condicionantes do crescimento da obesidade a concentração das populações no meio

urbano e a diminuição do esforço físico e, consequentemente, do gasto energético no trabalho e na rotina diária

e a crescente industrialização dos alimentos.

Conforme Gutin e Barbeau (2003), poucas conclusões são garantidas em relação à obesidade juvenil,

pois a baixa atividade física leva ao ganho de peso e ao mesmo tempo o ganho de peso leva a diminuição da

atividade física, formando um ciclo vicioso. Com isso percebe-se que as intervenções para diminuir a gordura

corporal e para aumentar o nível de atividade física devem ser revertidas em uma direção favorável.

Além dos benefícios relacionados à saúde, o bem estar físico eleva a autoestima, melhora a energia

pessoal de cada um. Essa energia transita pelo corpo possibilitando a conquista do equilíbrio, pois o indivíduo

se livra da ansiedade e da busca de algo não tão rápido e simples (GUISELINI, 2006).

O índice crescente de obesidade em todo o mundo leva a refletir e tomar cuidados para preveni-la e

a tratá-la em quem já foi acometido por ela. Assim, esses problemas podem ser prevenidos com a adesão de

um estilo de vida benéfico, aliado aos exercícios físicos. Dessa forma, busca-se investigar o nível de atividade

física e o peso corpóreo de adolescentes do sexo feminino.

2 MÉTODO

A pesquisa é classificada, quanto à natureza, como aplicada; quanto à abordagem do problema,

como quantitativa; quanto aos objetivos, como descritiva e quanto aos procedimentos técnicos, caracteriza-se

como uma pesquisa de campo.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Foram investigadas, constituindo uma amostra intencional, 42 adolescentes do sexo feminino com

idades de 13 a 15 anos, de uma população aproximada de 380 alunos de uma escola estadual da cidade de

Catanduvas (SC). A escola foi escolhida por ser a única que possui ensino fundamental (séries finais) e ensino

médio no município.

A coleta de dados foi realizada na escola, no período de aula, pela pesquisadora, por meio de ques-

tionários e aferição de peso e altura, para posterior cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) das estudantes.

Para classificar as adolescentes com relação aos valores de IMC, utilizou-se a tabela sugerida por Conde e

Monteiro (2006).

Foram coletadas informações sócio demográficas para caracterização da amostra. O questionário

que investiga a realização de atividades físicas por parte das adolescentes (PAQ-C) (CROCKER et al., 1997

apud FRANÇA, 2008) foi aplicado. O questionário investiga quais atividades físicas foram praticadas pelos

indivíduos na semana anterior à aplicação do questionário, por meio de doze questões objetivas e uma discur-

siva, constituindo um total de treze questões. Com o questionário pode-se classificar as adolescentes em muito

ativas, ativas, moderadamente ativas ou sedentárias. Como o instrumento utilizado investiga as atividades

físicas realizadas pelo indivíduo na última semana, houve o cuidado para que o questionário fosse aplicado

em um período em que na semana anterior a aplicação do mesmo, as condições climáticas fossem favoráveis à

realização de atividades físicas, procurando assim, minimizar a influência destas condições sobre a realização

das atividades físicas das adolescentes.

Uma autorização à direção da escola, e aos professores foi solicitada, uma vez que a pesquisa reali-

zou-se no período de aula. As adolescentes foram convidadas a participar do estudo. Os pais das adolescentes

também foram informados por meio de uma carta/autorização que deveria ser assinada. A carta explicava

que, não seriam identificados os nomes da escola, dos professores e adolescentes pesquisados.

Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva (média, mínimo, máximo, desvio pa-

drão), utilizando-se o programa Microsoft Office Excel 2010.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fizeram parte da amostra 50 adolescentes, mas efetivamente foram investigadas 42 estudantes de

uma escola estadual do município de Catanduvas (SC). As meninas que participaram do estudo, possuem

idade de 13 à 15 anos e estudam no 9º ano do Ensino Fundamental (séries finais) e 1ª série do Ensino Médio. A

maioria das estudantes que aceitou participar da pesquisa se mostrou à vontade durante a aferição do peso e

altura e no preenchimento do questionário. Aquelas que não se mostraram tão confortáveis, eram as de peso

acima ou muito abaixo da média.

35

Artigos

Na Tabela 1, são apresentadas as características das estudantes investigadas. Dentre as 42 estudantes

a média encontrada para os valores de IMC foi de 20,1 (+ 3,12) Kg/m2, que classifica as estudantes dentro do

padrão de normalidade para o IMC.

Tabela 1 - Características das estudantes com a representação do mínimo, máximo, média e desvio padrão para as variáveis, de idade, peso, estatura e IMC (Catanduvas, 2014)

Variáveis n Mínimo Máximo Média DPIdade (anos) 42 13 15 14,2 0,72Peso (Kg) 42 37,2 82,6 52,3 8,77Estatura (m) 42 1,5 1,74 1,61 0,05IMC (Kg/m2) 42 15,03 32,1 20,1 3,12

Fonte: os autores.

Na Tabela 2, é apresentada a classificação das estudantes quanto ao nível de atividade física, ten-

do sido categorizadas em ativas e sedentárias, segundo o PAQ-C e a classificação, quanto ao peso e altura,

segundo o IMC encontrado. Dentre as investigadas, apenas duas foram consideradas ativas, sendo que estas

possuem peso normal, segundo o IMC. Entre as sedentárias, 33 (82,5%) estudantes apresentaram peso normal.

Desta forma, percebe-se que há um grande índice de sedentarismo (95,2%) e, levando em conta a pequena

amostra, a porcentagem de estudantes com excesso de peso e obesa (16,7%) é alta.

Tabela 2 - Classificação das estudantes quanto aos resultados do IMC e PAQ-C (Catanduvas, 2014)

Padrão de desempenho

Ativas Sedentárias Total

n % n % n %Baixo Peso - - - - - -Normal 2 100 33 82,5 35 83,3Excesso de Peso - - 6 15 6 14,3Obesidade - - 1 2,5 1 2,4Total 2 100 40 100 42 100

Fonte: os autores.

Para Silva e Malina (2000), que realizaram um estudo com adolescentes de ambos os sexos na cidade

de Niterói (RJ), verificaram que as adolescentes do sexo feminino obtiveram como média nos escores do PA-

Q-C o valor 2,0 (que indica sedentarismo) e IMC médio de 20,2 Kg/m2 (normal para a idade). Neste estudo,

52,5% das adolescentes foram classificadas como muito sedentárias, 41,6% como sedentárias e 5,9% como

moderadamente ativas. Segundo os autores, acontece um maior decréscimo do nível de atividade física na

adolescência. Porém, os baixos níveis de atividade física (determinantes da alta prevalência de sedentarismo)

podem representar menor validade do questionário para a cultura brasileira, já que o contexto sociocultural

influencia a percepção e o hábito da atividade física. Os resultados desse estudo são semelhantes aos verifi-

cados no estudo com as meninas de Catanduvas, em que apesar da maioria das adolescentes ser classificada

como sedentária, encontram-se dentro do padrão de normalidade segundo o IMC.

No estudo de Rivera et al. (2010), relacionado à composição corporal, atividade física e horas de as-

sistência à televisão de adolescentes de 10 à 17 anos de ambos os sexos de Maceió (AL), verificaram dentre os

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

1.253 estudantes investigados, 9,3% apresentavam-se com sobrepeso e 4,5% como obesos. Assim, o excesso de

peso constituiu 13,8% da amostra. Quanto ao PAQ-C, foram identificados 93,5% indivíduos sedentários, ape-

nas 79 estudantes foram classificados como moderadamente ativos, 2 ativos e nenhum foi identificado como

muito ativo. Novamente, os resultados do estudo realizado em Catanduvas foram semelhantes pois a maioria

das adolescentes foi classificada como sedentária, bem como nenhuma foi considerada muito ativa.

Em uma pesquisa realizada por Schwartz et al. (2013) sobre o nível de atividade física e estado nu-

tricional de adolescentes de Cuiabá (MT), com idade média de 12,5 anos, o escore do PAQ-C para as meninas

teve como média 2,5 pontos. O IMC médio foi de 31,5 Kg/m2. Dessa forma, o estudo concluiu que o estilo de

vida sedentário contribui para a alteração do estado nutricional, sugerindo melhor controle alimentar e maior

gasto calórico por parte dos adolescentes.

Para Alves, Siqueira e Figueiroa (2009), que investigaram 733 crianças na cidade de Recife (PE), 92

(12,6%) destas, foram classificadas com sobrepeso, sendo 55,5% meninas. Em relação ao PAQ-C, houve um

maior número de crianças inativas entre as crianças com sobrepeso e obesidade.

Em um estudo realizado por Guimarães (2013) com adolescentes das séries finais do ensino funda-

mental (6º ao 9º ano) e no ensino médio (1º ao 3º ano) da rede pública de ensino de Curitiba (PR), o nível de

atividade física foi avaliado por meio do questionário IPAQ (versão curta) e foi observado que 27% das meninas

estavam com sobrepeso ou obesidade. Nas meninas com a faixa etária de 12 a 13,9 anos o nível de atividade

física semanal é de 420 minutos e média de IMC de 21,3 Kg/m2 (peso normal para a faixa etária). Aquelas que

possuíam de 14 a 15,9 anos obtiveram uma média de 330 minutos de atividade física semanal e IMC médio de

21,4 Kg/m2 (peso normal).

De acordo com Pinho e Petroski (1999) para que o indivíduo possa usufruir os benefícios da ativi-

dade física para a saúde, é importante que se adote um estilo de vida mais ativo, participando de programas

específicos que atendam os componentes necessários para o desenvolvimento orgânico e funcional do corpo e

também adotar hábitos alimentares mais saudáveis.

O sedentarismo constitui a característica primária da maioria dos indivíduos com peso corpóreo

acima do normal. O comportamento sedentário pode ser um dos principais agentes responsáveis pelo excesso

de gordura e, dessa forma a obesidade parece conduzir a diminuição do nível de atividade física do indivíduo

(SALLIS et al., 1995 apud PINHO; PETROSKI, 1999).

4 CONCLUSÃO

A realização desse estudo permitiu a avaliação do nível de atividade física de adolescentes do sexo

feminino, estudantes de uma escola da rede pública de ensino do município de Catanduvas (SC). Observou-

-se que, com os resultados obtidos por meio do questionário aplicado, a maioria das meninas da faixa etária

investigada é classificada como sedentária ou muito sedentária.

37

Artigos

Comparando esse resultado com outros estudos, percebe-se que os resultados em relação ao nível

de atividade física de adolescentes são semelhantes, ou seja, a população jovem, em geral, está focando sua

atenção à outras atividades e tornando-se muito sedentária.

Em relação ao IMC, a maior parte das meninas está classificada no padrão de normalidade. Porém,

levando em conta a pequena amostra estudada, o percentual de jovens com excesso de peso é alto. Isso torna-

-se preocupante, pois, como foi percebido, a prática de atividade física tende a diminuir e, esta, diminuindo, o

índice de adolescentes fora do padrão de normalidade aumentará.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

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EQUÍLIBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE JABORÁ - SC

Marisa Pichinini Parizotto1

Marly Baretta2

1 INTRODUÇÃO

A infância é um período da vida repleto de descobertas. É a fase em que a criança toma conhecimento

de suas capacidades e limitações, descobre seu próprio corpo e também o espaço no qual está inserida. É por meio

dos movimentos e suas variações que a criança vai adquirir novas habilidades motoras, que partem da experiência

tanto no aspecto motor, quanto cognitivo e social. A aquisição de novas habilidades proporciona a criança segu-

rança e autonomia essenciais para sua independência, conhecimento e confiança em si e no seu meio ambiente

(AMARO et al., 2009).

O equilíbrio corporal é suporte básico para que a criança possa interagir de maneira atuante e dinâ-

mica com o seu meio ambiente e social, é no âmbito escolar que se deve oportunizar que a criança tenha acesso

a prática de atividades que contemplam esta habilidade, proporcionando espaço e professores que utilizem

seu conhecimento adquirido em sua graduação, com objetivo de proporcionar e permitir que o aluno usufrua

plenamente de suas ações motoras (PICEDA; CORRÊA, 2002).

A educação física escolar tem um papel fundamental no desenvolvimento motor da criança. O pro-

fessor de educação física tem a possibilidade de trabalhar atividades com o aluno de forma direta e específica

aos conteúdos do movimento humano, proporcionando ao aluno de forma lúdica e prazerosa, a compreensão

do seu próprio corpo por meio de atividades vivenciadas nas aulas educação física. A educação infantil é me-

diadora de todo esse processo de desenvolvimento, que será contínuo as outras fases, porém mais acentuado

durante os primeiros anos de vida, os quais serão determinantes no grau de competência, que será alcançado

durante todo processo evolutivo do indivíduo (OLIVEIRA, 2012).

A criança está em constante desenvolvimento. À medida que ela amadurece neurologicamente,

expande suas capacidades e toma consciência de si. Nesse processo, as mudanças morfológicas acontecem

simultaneamente a essa maturação neurológica e, assim, a criança passa a ter mais domínio e equilíbrio corpo-

ral, demonstrando interesse em descobrir seu espaço e seu próprio corpo (ANTONY, 2006).

O desenvolvimento das habilidades motoras permite que a criança reconheça seu próprio corpo e

desenvolva domínio sobre ele em variadas situações e diferentes posturas. O desenvolvimento das habilidades

motoras permite que a criança possa se locomover, correr, andar, saltar, manipular objetos. É muito importante

que a criança, nesse período, tenha um desenvolvimento adequado do seu equilíbrio e coordenação. Nessa fase,

1 Pesquisadora. Graduanda em Educação Física pela Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba. [email protected] Professora Orientadora; Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba; Mestre em Saúde Coletiva; [email protected]

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

ela desenvolve sua auto percepção e expressão corporal, possibilitando o reconhecimento de suas capacidades e

também suas limitações que são mais evidentes e detectáveis na infância (AMARO et al., 2009).

O organismo humano possui uma organização maturativa e evolutiva que, com o passar do tempo,

responde a estímulos. Então, a capacidade motora vai mudando, desenvolvendo-se, e se ampliam de acordo

com a idade, tornando-se mais complexa. A interação dos vários sistemas envia informações que o corpo ne-

cessita ao sistema neural, integrando-se com informações sensoriais e, juntamente com o sistema musculoes-

quelético, possibilitam informações para que haja o controle do equilíbrio, da postura e noção sobre a posição

no espaço (LEMOS, 2010).

O aperfeiçoamento do ato motor acontece de forma progressiva que implica em um funcionamen-

to global dos mecanismos reguladores do equilíbrio e da atitude. Devido a essa progressão, acontece o re-

forço de alguns fatores que envolvem a ação, como a força muscular, resistência e vivacidade, entre outros

aspectos. É na espontaneidade das brincadeiras infantis que se percebem os ajustes diversos, complexos e

progressivos que envolvem a atividade motriz, que terá como resultado movimentos conjuntos e coordenados

com o objetivo comum entre ambos os aspectos (BOHN et al., 2012).

O equilíbrio é a habilidade de um indivíduo manter a postura de seu corpo sem alterá-la, mesmo

quando o corpo é colocado em posições variadas. Ele é básico para todo movimento e é influenciado por es-

tímulos visuais, táteis, cinestésicos e vestibulares. No equilíbrio de crianças pequenas, a visão é muito impor-

tante, pois seu uso proporciona à criança um ponto de referência, a fim de manter o equilíbrio. Através dos

olhos, a criança monitora o corpo visualmente durante a tarefa de equilíbrio estático ou dinâmico. O equilíbrio

é definido como estático quando se refere à habilidade do corpo em manter-se em uma posição estacionária. O

equilíbrio dinâmico refere-se à habilidade do indivíduo em manter o equilíbrio em movimento de um ponto

ao outro (GALLAHUE; OZMUN, 2005).

O desenvolvimento dos primeiros seis anos da criança servirá como base para um aprendizado

posterior a outras fases da vida e ele terá o aperfeiçoamento das aprendizagens na fase adulta, reconhecendo

o importante papel do desenvolvimento dos movimentos dinâmicos corporais, melhorando, assim, os coman-

dos nervosos, as percepções e as sensações (SÁ; BELLINTANE; MARQUES, 2008).

Segundo Gallahue e Ozmun (2005), as meninas tendem a ser mais proficientes do que os meninos

até, aproximadamente, sete ou oito anos de idade, quando então os meninos igualam-se a elas. Os dois sexos

se estabilizam no desempenho por volta dos oito anos de idade.

Tendo em vista que o equilíbrio motor é uma capacidade fundamental para a realização de qualquer

movimento, faz-se importante avaliar o equilíbrio de crianças da educação infantil, visto que, nesse período,

essa capacidade física está em desenvolvimento com crescente linearidade.

2 MÉTODO

Este estudo é classificado como quantitativo quanto à abordagem do problema, descritivo

quanto aos objetivos e um estudo de campo quanto aos procedimentos técnicos.

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Artigos

A população deste estudo foi composta por, aproximadamente, 160 crianças da educação infantil

matriculados em uma escola municipal de Jaborá (SC). Participaram do estudo, constituindo uma amostra

intencional, 36 crianças de ambos os gêneros, com idade entre quatro e cinco anos. Optou-se por avaliar todos

os alunos de duas turmas de educação infantil do período matutino e vespertino.

Os dados desta pesquisa foram coletados a partir da aplicação de testes propostos pela escala de

equilíbrio de Berg (MIYAMOTO, 2004 apud DIAS et al., 2009). A escala se constitui de 14 tarefas envolvendo

o equilíbrio estático e dinâmico. Estas tarefas estão relacionadas ao dia-a-dia (alcançar, girar, transferir-se,

permanecer em pé e levantar-se). Os itens avaliados incluem a habilidade do indivíduo em manter posições

de crescente dificuldade, com a diminuição da base de suporte para sentar, até postura confortável, ficar em pé

com os pés juntos, e por final, postura em tandem (com um pé à frente do outro), e postura em uma única per-

na - os dois itens mais difíceis. A realização das tarefas é avaliada por meio da observação e a pontuação varia.

As atividades foram executadas pelas crianças, que foram observadas e avaliadas pela pesquisadora

mediante a pontuação fornecida pelo protocolo que vai de zero a quatro, totalizando o máximo de 56 pontos.

A escala de Berg é dividida em grupos com tarefas funcionais semelhantes: transferências (questões 1, 4 e 5),

provas estacionárias (questões 2, 3, 6 e 7), alcance funcional (questão 8), componentes rotacionais (questões 9,

10 e 11) e base de sustentação diminuída (questões 12, 13 e 14).

Os testes foram aplicados pela pesquisadora e realizados pelos alunos durante as aulas de Educação Fí-

sica na quadra do ginásio de esportes da escola, durante o período de aula no primeiro semestre do ano de 2014.

Para aplicação dos testes, foi solicitada a autorização à escola. Os alunos avaliados tiveram a autori-

zação dos pais ou responsáveis e seus nomes não foram divulgados.

Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva, utilizando-se o programa Microsoft

Office Excel 2010.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram investigadas 36 crianças com idade de 4 anos, de uma turma de pré-escolar do período ma-

tutino e uma turma de pré-escolar do período vespertino, todos alunos da escola pública de Educação Infantil

de Jaborá (SC). Dentre os avaliados, 17, eram meninas e 19 meninos, as crianças foram avaliadas no período de

aula, da primeira quinzena de março à primeira quinzena de abril de 2014.

Segundo Shumway-Cook e Woollacott (1995, apud RIES et al., 2012), com relação a pontuação na Es-

cala de Berg, na amplitude de 56 a 54 pontos, cada ponto a menos é associado a um aumento de 3 a 4% abaixo

no risco de quedas, de 53 a 46 a alteração de um ponto é a associada a um aumento de 6 a 8% de chances, sendo

que abaixo de 36 pontos o risco de quedas é de quase 100%.

Na Tabela 1 são apresentadas as características das crianças com a representação do mínimo, máxi-

mo, média e desvio padrão para as variáveis, de idade, pontuação geral e de acordo com o sexo na escala de

equilíbrio. A menor (43 pontos) e a maior (55 pontos) pontuação foi verificada no sexo feminino. A pontuação

média do sexo feminino foi de 51 (+ 3,21) pontos e para o sexo masculino 50,8 (+ 2,68) pontos.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Tabela 1 - Características das crianças com a representação do mínimo, máximo, média e desvio padrão para as variáveis, de idade, pontuação geral e de acordo com o sexo na escala de equilíbrio (Jaborá, 2014)

Variáveis n Mínimo Máximo Média DPIdade (anos) 36 4 4 4Pontuação Geral 36 43 55 50,9 2,90Masculino 36 46 54 50,8 2,68Feminino 36 43 55 51 3,21

Fonte: os autores.

Na Tabela 2 observa-se que na classificação de pontos mais elevada (56-54) foram classificados 21%

dos participantes do sexo masculino e 29,4% sexo feminino. Não houve criança com pontuação menor a 36

pontos. A maior porcentagem de alunos (72,2%) obteve o resultado de 53-46 pontos, apesar de não ser um ín-

dice ruim também não é o ideal, pois possibilita de acordo com o protocolo do teste a um aumento de 6 a 8 %

de chances no risco de quedas para cada ponto a menos alcançado no teste. Esse resultado deve ser observado

pelos professores e acredita-se que se o equilíbrio for trabalhado de forma específica nas aulas esse índice po-

derá ser melhorado, uma vez que somente 25% dos alunos alcançaram a pontuação de 56-54 pontos.

Tabela 2 - Pontuação das crianças no teste de equilíbrio (Jaborá, 2014)

Classificação Masculino Feminino Totaln % n % n %

56 – 54 pontos 4 21,1 5 29,4 9 2553 - 46 pontos 15 78,9 11 64,7 26 72,245 - 36 pontos 1 5,9 1 2,8Menos de 36 pontos

Total 19 100 17 100 36 100Fonte: os autores.

No estudo realizado em Santa Maria (RS) com amostra de nove escolares de ambos os sexos da edu-

cação infantil em idades de quatro e cinco anos observou-se que no grupo de quatro anos de idade, 50% dos

escolares totalizou a soma de acertos com média de 43 a 52 pontos e no grupo de cinco anos de idade, também

50% dos escolares obteve a soma de acertos com média de 51 a 52 acertos. Nesse estudo não foi observada a

pontuação menor a 36 acertos o que seria considerado um resultado negativo devido ao alto risco de queda

entre os participantes do estudo (ILHA et al., 2010).

Segundo o estudo realizado em uma escola no município do Rio de Janeiro (RJ) e outra escola do

município de Duque de Caxias (RJ), com relação aos testes de equilíbrio dinâmico, observou-se que no grupo

de crianças com quatro anos, 24 crianças, sendo 19 do sexo feminino e cinco do sexo masculino da escola A

alcançaram resultados positivos, por outro lado, na escola B, nove crianças, sendo duas do sexo feminino e sete

do sexo masculino acertaram a totalidade dos testes aplicados. A diferença observada nos resultados entre as

duas escolas foi estatisticamente significante (BESSA; PEREIRA, 2002).

Em um estudo que foi realizado com uma amostra composta por 19 crianças de ambos os sexos, da

educação infantil de um centro educacional de Florianópolis (SC), utilizando como instrumento de avalição a

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Artigos

Escala de Desenvolvimento Motor (ROSA NETO) os resultados dos testes de equilíbrio classificaram as crian-

ças dentro da faixa de normalidade (CRIPPA et al., 2008).

Participaram de um estudo realizado na Grande Belo Horizonte (MG), 66 crianças da educação in-

fantil e ensino fundamental de quatro, seis e oito anos. Foram compostos grupos de 22 crianças com 11 meni-

nos e 11 meninas. De modo geral não houve diferenças significativas no desempenho entre crianças de seis e

oito anos de idade exceto no teste do salto do saci, as crianças de oito anos foram mais rápidas nos circuitos, o

fator de tempo na realização dos testes foram as diferenças mais relevantes entre as idades. Crianças de quatro

anos necessitaram de mais tempo e cuidado na realização dos testes (CURY; MAGALHÃES, 2006).

No estudo realizado em uma escola particular de Rio Claro (SP), com crianças de três a sete anos de

idade, de ambos os sexos foi verificado que a idade motora das crianças de quatro anos foi diferente das de

cinco anos O instrumento utilizado no estudo foi a Escala de Desenvolvimento Motor (ROSA NETO). A ava-

liação neste estudo, indicou que há uma melhora significativa aos cinco anos, seguida por uma queda aos seis

anos e uma melhora aos sete anos novamente (CAETANO; SILVEIRA; GOBBI, 2005).

Segundo um estudo realizado em Rio Claro (SP) com amostra de 59 crianças de ambos os sexos com

idade de dois a seis anos de idade. Constatou-se que ocorreu um aumento na variabilidade do comportamento

motor de acordo com a idade, que indicou que as crianças pré-escolares podem estar passando por uma fase

de instabilidade no desempenho do equilíbrio, para atingir níveis superiores de desenvolvimento (SILVEIRA

et al., 2005).

4 CONCLUSÃO

Neste estudo foi possível verificar que as crianças apresentaram resultados dentro da normalidade,

72,2% dos alunos obtiveram resultados de 53-42 pontos, visto que a pontuação não se aproximou de 36 pontos

o que seria considerado fator de risco de quedas.

Também constatou-se que a média do estudo não apresentou índices inferiores ao padrão estabelecido

na escala do protocolo utilizado. Apesar de não obter um resultado considerado negativo e abaixo dos índices

definidos pela escala, seria importante que os resultados verificados pudessem ser ainda melhorados, com a

vivência escolar e participação ativa nas aulas de Educação Física, com objetivo de alcançar um maior desenvol-

vimento do equilíbrio destas crianças. A avaliação do equilíbrio nesta faixa etária é importante, pois permite ao

professor de Educação Física detectar e buscar trabalhar com intuito de melhorar ou até corrigir algum distúrbio

de equilíbrio, que possa vir a comprometer o desenvolvimento da criança na fase atual e posteriores.

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ESTILO DE VIDA DOS ADOLESCENTES NAS ESCOLAS DE JOAÇABA, SC

Karini Simadon1

Leoberto Ricardo Grigollo2

1 INTRODUÇÃO

Os conjuntos de adaptações biológicas e culturais experimentados durante toda a vida resultam em

características relacionadas ao estilo de vida que, dependendo do tipo adotado, podem refletir sobre aspectos

de saúde e bem-estar. Nesse contexto, o ser humano pode sofrer com aspectos positivos e negativos durante

sua fase de desenvolvimento, isso dependerá das influências recebidas e das adaptações que ele pode apresen-

tar como: nutrição, atividade física, comportamentos sociais, etc. (GONÇALVES; VILARTA, 2004).

Pode-se caracterizar o estilo de vida como um padrão de comportamento que pode ter profundo

efeito na saúde dos seres humanos e está relacionado a aspectos que refletem as atitudes, os valores e as opor-

tunidades na vida das pessoas (PETROSKI; PELEGRINI, 2009). Entende-se, assim, que a partir da convivência

com os indivíduos, consigo mesmo e com o mundo, o ser humano vai criando seu próprio estilo de vida, já que

não se pode defini-lo, apenas associá-lo a aspectos que podem levá-lo a ser considerado adequado.

O exercício físico regular e a alimentação adequada são considerados, por médicos, psicólogos e pro-

fessores de Educação Física, os principais hábitos a serem incorporados pelos indivíduos, uma vez que provo-

cam mudanças necessárias para a melhoria de qualidade de vida. Segundo Guiselini (2006), o estilo de vida

que se leva é o principal responsável para se atingir idades mais avançadas do modo mais saudável possível.

Entende-se que saúde e a qualidade de vida dependem, principalmente, de gerenciamento dos hábitos diários.

Os adolescentes necessitam de vários aspectos para serem direcionados a um estilo de vida “adequa-

do”, ou mais saudável, como atividade física, nutrição, família, amigos, meio social, tipos de comportamentos,

escola, entre outros. As escolas, os órgãos de comunicação social, as famílias e a comunidade têm o dever de

auxiliar as crianças a assumir atitudes positivas em relação à saúde, a criar um conjunto de conhecimentos sobre

ela, adquirir um poder de decisão, habilitando-as a entender o significado de um estilo de vida saudável e possi-

bilitando-lhes o seu desenvolvimento. Ajudar as crianças a cuidarem de si e adquirirem respeito por si próprias

é algo básico para um estilo de vida com princípios fundamentais à saúde. Assim, os estilos de vida tendem a re-

sultar dos vários processos de socialização experimentados em diferentes etapas da vida (GONÇALVES, 2008).

A família segue como base de exemplo para os adolescentes, influenciando, significativamente, em

seu crescimento. No período de adolescência, ocorrem muitas mudanças biológicas, intelectuais, psicossociais,

entre outras. Nessa fase, a relação que estabelecem ao meio em que estão ligados, com frequência, influen-

cia-os a ter comportamentos de risco. Entre os aspectos negativos, pode-se citar o uso de tabaco, consumo de

1 Professora de Educação Física [email protected] Professor orientador da graduação em Licenciatura em Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina; [email protected].

50

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

álcool, alimentação inadequada, uso de tecnologias em demasiado, pouca ou nenhuma atividade física, mau

comportamento em relação à família e à sociedade. Isto requer que os profissionais de saúde estejam atentos

às constantes modificações dos adolescentes para atuar de modo efetivo, incentivando-os às práticas de ativi-

dades físicas, à prevenção e à promoção da saúde, juntamente com o auxílio familiar (MACEDO, 2015).

Este estudo teve como objetivo investigar o estilo de vida dos adolescentes em escolas rurais e urba-

nas do ensino fundamental público, com idade de 11 a 15 anos, do município de Joaçaba, SC.

2 MÉTODOS

O estudo caracteriza-se como pesquisa, descritiva, analítica, transversal, de cunho quantitativo. A

população do estudo totalizou-se em 228 adolescentes do ensino fundamental. Participaram da amostra 204

alunos, sendo 97 da área rural e 107 alunos de uma escola urbana, com idade de 11 a 15 anos, de ambos os

sexos. Para a seleção da amostra, foi utilizada, como critério, a devolução da autorização assinada pelos pais

dos alunos da escola. Neste trabalho, foram 24 alunos que não devolveram a autorização assinada pelos pais

e, dessa forma, não puderam participar da pesquisa.

Para a determinação do estilo de vida, foi utilizado o questionário autoadministrativo Estilo de Vida

Fantástico, proposto pela Sociedade Canadense para a Fisiologia do Exercício (CSEP, 1998). Esse questionário

faz parte de um conjunto de procedimentos que constituem a bateria de testes denominada Plano Canadense

de Avaliação da Atividade Física, Aptidão e Estilo de Vida. Esse plano tem por objetivo avaliar os principais

componentes da aptidão física relacionados à saúde e ao estilo de vida, com base em critérios referenciados. O

instrumento foi traduzido e validado por Rodriguez-Añez, Reis e Petroski (2008). Ele possui 25 questões, di-

vididas em nove domínios, que são: família e amigos; atividade física; nutrição; tabaco e tóxicos; álcool; sono,

cinto de segurança, estresse e sexo seguro; tipo de comportamento; introspecção e trabalho.

A coleta de dados foi feita em sala de aula e não foi realizada nas aulas de Educação Física devido à

direção optar para que ela fosse nas aulas que estavam ocorrendo durante a manhã. Como o questionário não

demora muito tempo para ser realizado, não houve problemas em aplicar nas aulas de outras disciplinas. O

questionário foi aplicado pela pesquisadora do curso de Educação Física para as turmas do 6º ao 9º ano. Antes

de entregá-lo para os alunos, foi explanado o que iria ser realizado e o motivo para a aplicação do questionário.

Após, eles foram entregues e a pesquisadora explicou a forma que os alunos deveriam responder as questões.

As questões foram lidas uma por uma e, antes de seguir para a próxima, foi estipulado um tempo de 1 mi-

nuto para responder, assim, seguindo, depois, para a próxima pergunta. Para a classificação dos resultados,

foi realizada uma categorização final e geral do estilo de vida. Para a categoria adequado, foram utilizadas as

categorias: excelente, muito bom e bom e, para inadequado: regular e precisa melhorar.

Em relação ao tratamento dos dados, foi utilizada a estatística descritiva com os resultados sendo

apresentados em tabelas.

51

Artigos

3 RESULTADOS

Após a coleta dos dados nas escolas públicas do município de Joaçaba, SC, localizadas na área urba-

na e rural, obtiveram-se os seguintes resultados que serão expressos nas tabelas a seguir.

Tabela 1 – Caracterização da amostra por idade e sexo dos adolescentes investigados da área rural e urbana de Joaçaba, SC

RURAL URBANO

Masculino Feminino Masculino Feminino TOTAL

Idade (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n

11 19,51 8 21,42 12 26,80 15 15,68 8 21,09 4312 9,75 4 30,35 17 35,74 20 29,41 15 27,46 5613 26,82 11 16,09 9 23,24 13 29,41 15 23,50 4814 19,53 8 19,64 11 8,92 5 19,60 10 16,67 3415 24,39 10 12,50 7 5,30 3 5,90 3 11,28 23

11-15 41 56 56 51 204Fonte: os autores.

Percebe-se, que o total da amostra foi de 204 alunos: 107 (52,45%) da área urbana e 97 (47,55%) alunos

da área rural. Verifica-se que a idade de 12 anos apresenta o maior percentual de participantes da pesquisa

com 56 indivíduos, sendo 32 (59,76%) do sexo feminino e 24 (45,46%) do sexo masculino. Por outro lado, a

idade de 15 anos apresenta os menores índices da amostragem com um total de 23 alunos, 13 (29,69%) alunos

do sexo masculino e 10 (17,9%) do feminino.

Tabela 2 – Classificação geral do estilo de vida dos adolescentes investigados da área urbana e rural de Joaçaba, SC

RURAL URBANOMasculino Feminino Masculino Feminino

Classificação (%) n (%) n (%) n (%) nAdequado

Excelente 00 00 00 00 00 00 00 00Muito Bom 00 00 00 00 00 00 00 00Bom 7,30 3 10,72 6 12,50 7 13,72 7

InadequadoRegular 70,73 29 75,00 42 78,60 44 72,54 37Precisa melhorar

21,97 9 14,28 8 8,90 5 13,74 7

Total 41 56 56 51Fonte: os autores.

Na tabela 2, percebe-se que, na área rural, 70,73% (n:29) dos indivíduos do sexo masculino e 75%

(n:42) do sexo feminino estão classificados com estilo de vida regular. Verifica-se, também, que este foi o resul-

tado mais expressivo para a área urbano com 78,6 % (n: 44) do sexo masculino e 72,54% (n:37) do sexo femi-

nino. Sendo assim, ambas as escolas estão classificadas sobre predominância de estilo de vida inadequado. A

partir desses valores, avaliou-se que apenas 11,27% (n:23) dos alunos das escolas rurais e urbanas estão clas-

sificados com estilo de vida bom (adequado), sendo eles indivíduos do sexo feminino e masculino. Contata-se

que nenhum adolescente se classificou com o estilo de vida muito bom e excelente para a amostra.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Em pesquisa realizada por Grigollo (2009) sobre aptidão física relacionada à saúde e ao estilo de

vida dos adolescentes do ensino médio nas escolas públicas do Meio-Oeste catarinense, que foi aplicado o

questionário Fantástico para obter a relação do estilo de vida dos adolescentes diante de uma amostra de 601

alunos, os dados demonstram que 524 adolescentes estão com adequação e apenas 77 inadequado. A amostra

realizada pelo autor demonstra que ambos os sexos predominam com o estilo de vida adequado.

Por outro lado, na pesquisa realizada por Álvarez e Loaiza (2015) , em relação ao estilo de vida dos

adolescentes escolarizados de um município colombiano, sendo 812 estudantes investigados, os homens ge-

ralmente têm uma melhor avaliação em seu estilo de vida com 71,9 % em comparação com as mulheres 28,1%.

A adolescência pode ser um período em que poucas são as preocupações em relação a um estilo de

vida adequado. Acredita-se que, por serem adolescentes e estarem no período de puberdade, não se preocu-

pam com o seu bem-estar futuro, mas apenas com a sua satisfação presente, mesmo sabendo que, dessa for-

ma, não estão de acordo com um estilo de vida saúdavel. Assim, salienta-se que não levam em consideração

possíveis consequências futuras por se tornarem adolescentes inativos e com uma alimentação inadequada.

O avanço tecnológico exerce forte influência sobre eles, mais do que a própria família e a escola, tornando-os,

cada vez mais, sedentários. Dessa forma, é necessário que os pais tenham grande atenção em relação aos ado-

lescentes para que, futuramente, esse estilo de vida que levam não os deixe com um futuro comprometido em

relação à saúde.

Tabela 3 – Classificação dos adolescentes de ambos os sexos em frequência e percentual da área rural e urbana nas variáveis Atividade física e Nutrição

URBANO RURAL

ADEQUADO INADEQUADO ADEQUADO INADEQUADO

DO-MÍ-NIO

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

n % n % n % n % n % n % n % n %Ati-vi-dade Física

30 (53,58) 17 (33,34) 26 (46,42) 34 (66,66) 26 (63,41) 43 (76,78) 15 (36,59) 13 (23,22)

Nu-trição

44 (78,58) 38 (74,50) 12 (21,42) 13 25,5 26 (63,41) 36 (64,28) 15 (36,59) 20 (35,72)

Fonte: os autores.

Percebe-se, para a variável Atividade Física, que os adolescentes do sexo masculino e feminino da

área rural apresentam maior adequação com 76,78% (n:43) feminino e 63,41% (n: 26) masculino, em oposição

a área urbana, com 33,34% (n: 17) feminino e 53,58 % (n:30) masculino.

Nos estudos realizados por Schlosser et al. (2016), em relação à prevalência de atividade física e aos

fatores associados em adolescentes escolares no município de Itaqui, RS, foram avaliados 744 adolescentes dos

quais 56,00 % eram do sexo feminino. Observou-se elevada prevalência de atividade física insuficiente (58,70%).

Nota-se que, tanto na área urbana como na rural, existe prevalência em ambos os sexos de adequa-

ção na alimentação dos adolescentes; porém a área urbana apresenta maiores percentuais de adequação com

53

Artigos

78,58% (n: 44) no masculino e 74,50% (n: 38) no feminino em relação à área rural que apresenta 63,41% (n: 26)

e 64,28% (n: 36) respectivamente.

Em um estudo realizado por Silva (2008) sobre aptidão física e estilo de vida de escolares do ensino

médio de Florianópolis, SC, observa-se que os domínios do estilo de vida que apresentaram as maiores preva-

lências de inadequação foram os de atividade física (57,47%) e hábitos alimentares (47,26%).

Por meio dos dados coletados, observa-se que na área rural demonstra melhor adequação em relação

à atividade física. Acredita-se que, no meio urbano, os alunos que possuem mais acessos para realizar ativida-

des físicas tais como: escolinhas, treinos extras na escola, natação, judô, tênis de mesa e, inclusive, academia,

não estejam muito motivados a participar deles. Já na área rural, as possibilidades mais oferecidas são um

campo de bola pequeno, árvores ou pequenas traves construídas pelos moradores. Talvez por possuírem pou-

cas opções, o uso disto é bem aproveitado. Também a grande diferença pode estar no oferecimento tecnológico

que na área urbana tem em relação a área rural que ainda é mais precário, o que faz com que jovem que está

na cidade acaba ficando mais sedentário já que possui mais desses recursos.

Em relação à alimentação, a área urbana está com um índice melhor de adequação. Na área rural, há

uma grande chance de a alimentação ser mais saudável devido às plantações e, na área urbana, as possibilida-

des de ingerir produtos industrializados e, portanto, com mais aditivos químicos, é maior.

4 CONCLUSÃO

A partir dos 204 adolescentes investigados da área urbana e rural, percebe-se que existe uma grande

inadequação no estilo de vida dos adolescentes. Quando se analisa as áreas urbanas e rurais, a inadequação

não apresenta valores caracterizados como excelente e muito bom, demonstrando resultados negativos e preo-

cupantes para a amostra investigada. Vários são os fatores que podem levar a essas causas, salientando-se que

a pesquisa foi realizada em uma escola rural e em uma urbana, locais e vidas totalmente diferentes.

Verifica-se uma grande necessidade de montar uma equipe multidisciplinar na área da saúde na

escola para atuar com esses adolescentes, liderados por um professor de Educação Física que possa motivá-los

à prática de atividade física, juntamente com a colaboração dos outros professores e dos pais, para que seja um

processo de construção em conjunto.

O avanço tecnológico vem sendo cada vez mais utilizado, o que se torna uma grande influência, mas

não se pode descartar o hábito de manter o corpo em movimento. Acredita-se que é possível modificar esses

hábitos com todo um planejamento adequado e incentivos à prática de atividade física e a uma boa alimentação.

REFERÊNCIAS

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

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GONÇALVES, Aguinaldo; VILARTA, Roberto. Qualidade de vida e atividade física: explorando teoria e prática. Barueri: Manole, 2004.

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GUISELINI, Mauro. Aptidão Física, saúde e bem-estar: Fundamentos teóricos e exercícios práticos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2006.

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PETROSKI, Edio Luiz; PELEGRINI, Andreia. Associação entre o estilo de vida dos pais e a composição cor-poral dos filhos adolescentes. Rev Paul Pediatr., Florianópolis, p. 49-52, 2009.

SCHLOSSER, Karolina Cunha et al. Prevalência de atividade física e fatores associados em adolescentes escolares do município de Itaqui/RS. 2016. Disponível em: <http://publicase.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/16642/5690>. Acesso em: 04 out. 2016.

SILVA, João Marcos Ferreira de Lima. Aptidão física e estilo de vida de escolares do ensino médio de Flo-rianópolis – SC. 2008. 81 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Curso de Educação Física, Univer-sidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. Cap. 4. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/103215/ 317294.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 01 out. 2016.

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NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADOS À SAÚDE EM ADOLESCENTES DE ERVAL VELHO, SC

Vanderléia Lurdes Danielli1

Leoberto Ricardo Grigollo2

1 INTRODUÇÃO

A prática frequente de atividade física sempre esteve relacionada a pessoas saudáveis. Estima-se que

uma boa condição física ajuda na prevenção e tratamento de doenças, conservando a saúde como um utensílio

para a melhoria da qualidade de vida (ARAÚJO; ARAÚJO, 2000). Nunca se falou tanto em qualidade de vida

e saúde como atualmente, em consequência disso, a atividade física é uma forma de recompor a saúde das

decorrências que o cansaço diário do trabalho e estudos nos traz.

A redução dos níveis de aptidão física habitual parece favorecer o desenvolvimento gradativo de

inúmeras disfunções crônico-degenerativas, como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, hiperten-

são, entre outras doenças, que vêm acontecendo em idades cada vez mais precoces (RONQUE et al., 2007).

Atividade física e aptidão física estão agregadas ao bem-estar, à saúde e à qualidade de vida em

todas as faixas etárias, sobretudo, na velhice, quando os riscos potenciais da inatividade se materializam,

conduzindo à ausência prematura de vidas. A aptidão física engloba princípios considerados relevantes para

uma vida ativa, com menos riscos de doenças, como a obesidade, problemas articulares, musculares, doenças

cardiovasculares, proporcionando uma vida mais longa e independente (NAHAS, 2013).

A crescente urbanização tem sido direcionada como a central causa da decadência da aptidão física

em escolares, tendo como responsável a redução de espaços para realizar esportes. O desenvolvimento tec-

nológico (navegar na internet, assistir televisão, jogar play) também tem facilitado o comodismo, propiciando

um estilo pouco ativo em crianças e adolescentes (PETROSKI et al., 2012).

É possível constatar que na rotina das crianças e adolescentes há, cada vez mais, a economia de

esforço físico, ocasionando uma oscilação entre a ingestão alimentar e o consumo de energia, o que acaba co-

laborando para o aumento de acúmulo da gordura corpórea (PINHO; PETROSKI, 1999).

Na sociedade, uma parte da população adulta propicia o aumento das estatísticas relativas a doenças

crônicas (diabetes, obesidade, osteoporose, hipertensão) como decorrência de uma vida sedentária, sendo que

elas têm origem na infância ou adolescência, revelando-se na vida adulta. Por isso, a Educação Física escolar

deve ser refletida e reconsiderada, já que crianças e adolescentes fisicamente ativos têm maior facilidade e

tendência para manterem-se ativos no decorrer da vida adulta (PEREIRA; BERGMANN, 2012).

A inatividade física deve ser considerada um problema sério para a saúde pública, sendo o quarto

fator de risco para a mortalidade de todo o planeta. Em geral, 6% das mortes em todo o mundo são atribuídas à

1 Professora de Educação Física, Unoesc Joaçaba, [email protected] Mestre em Cineantropometria e Desempenho Humano pela Universidade Federal de Santa Catarina, Docente do Curso de Educação Física, Unoesc Joaçaba, [email protected]

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

inatividade física, ficando atrás apenas da hipertensão, tabagismo e da hiperglicemia, também com 6%, assim

representando um desafio para os órgãos da saúde e da educação a promoção de estilos de vida mais ativos

para toda a população (NAHAS, 2013).

É importante acentuar que o estilo de vida sedentário não é constatado apenas em adultos, enquadra-

se, também, em crianças e adolescentes, que executam cada vez menos atividades físicas durante o dia. Portanto,

o objetivo deste estudo é investigar os baixos níveis de aptidão física relacionados à saúde dos adolescentes do

Ensino Médio, residentes na área rural e urbana do Município de Erval Velho SC, com idade de 15 a 17 anos.

2 MÉTODO

Esta pesquisa é descritiva de diagnóstico e quantitativa. A amostra foi composta por 80 adolescentes,

com idade de 15 a 17 anos, de ambos os sexos, matriculados e com frequência escolar no ano de 2016. Para a se-

leção da amostra foi adotado como procedimento um sorteio não direcionado (livre) pela ficha de chamada de

cada turma (1ª, 2ª e 3ª série do ensino médio), sendo 3 turmas no período vespertino e 2 turmas no período ma-

tutino, com aproximadamente 130 alunos no total. O sorteio foi realizado com os números pares da chamada.

Para os alunos que se recusaram a participar da investigação foi chamado o próximo da ordem da chamada.

Como Instrumento para a coleta dos dados foi utilizado o Manual PROESP BR (GAYA et al., 2015),

sendo este um instrumento para a avaliação dos padrões de crescimento corporal, estado nutricional, aptidão

física para a saúde e para o desempenho esportivo em crianças e adolescentes. Para a realização dos testes é

necessário selecionar materiais de fácil acesso e aplicação, sendo de baixo custo, cumprindo as exigências de

validade. Os testes são: composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, flexibilidade e resistência abdomi-

nal (GAYA et al., 2015).

A coleta de dados foi efetuada de forma individual, no ginásio da escola, em período vespertino e

matutino, sendo realizada nas aulas de Educação Física. Por meio da bateria de testes do Proesp, foi identi-

ficada a baixa aptidão física, conforme o respectivo quadro de cada teste. Para a classificação dos resultados

e apresentação dos baixos índices foi utilizado os resultados nas categorias: fraco e razoável, das avaliações

aplicadas. Para o tratamento dos dados foi utilizada a estatística descritiva com tabelas.

3 RESULTADOS

Após a coleta e a tabulação dos dados que investigou os baixos níveis de aptidão física dos adoles-

centes do município de Erval Velho foram encontrados os seguintes resultados:

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Artigos

Tabela 1 – Classificação dos adolescentes do sexo masculino com idade de 15 a 17 anos nas variáveis IMC, Flexibilidade, Abdominal e Capacidade Cardiorrespiratória na área urbana e rural de Erval Velho, SC

Urbano Rural Total

Z. risco Saudável Z. risco Saudável Z. risco Saudável

IMC 10 (40%) 15 (60%) 3 (13%) 21 (87%) 13(26%) 36(74%)

Flexibilidade 22 (88%) 3 (12%) 19 (79%) 5 (21%) 41(83%) 8(17%)

Abdominal 24 (96%) 1 (4%) 22 (92%) 2 (8%) 46(94%) 3(6%)

Cardiorrespiratória 11 (44%) 14 (56%) 17 (71%) 7 (29%) 28(57%) 21(43%)Fonte: os autores.

Verifica-se na Tabela 1 que 24 (96%) adolescentes na área urbana e 22 (92%) na área rural apresentam

zona de risco para critérios de saúde na variável abdominal. Na classificação geral do sexo masculino para a

variável abdominal foram encontrados os valores de 3 (6%) indivíduos saudáveis e 46 (94%) em zona de risco.

Na variável de IMC, em ambas as áreas, destacam-se com maior quantidade de indivíduos na zona saudável,

com 15 (60%) na área urbana e 21 (87%) na rural. Na classificação geral do IMC, os dados apresentam 36 (74%)

saudável e 13 (26%) em zona de risco. A variável de resistência cardiorrespiratória apresenta na classificação

geral 28 (57%) adolescentes na zona de risco e 21 (43%) saudável. Na variável flexibilidade foram encontra-

dos como resultados 41(83%) dos adolescentes em zona de risco e 8 (17%) saudável. Na análise por área de

residência, percebe-se que os adolescentes da área urbana apresentam maiores índices de inadequação nas

variáveis abdominal, com 24 (96%) e flexibilidade, com 22 (88%). Por outro lado, os adolescentes da área rural

apresentaram maior inadequação na capacidade cardiorrespiratória, com 17 (71%).

Em pesquisa realizada por Glaner, em 2005, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, des-

tacamos que a situação é preocupante em relação à variável de flexibilidade, pois somente 6,67% dos urbanos

e 12,94% dos rurais atenderam aos padrões indicados, totalizando 9,14% da amostra (GLANER, 2005).

Em pesquisa realizada por Lugetti et al., em 2010, na cidade de São Paulo, foram encontrados per-

centuais de classificação no teste de resistência abdominal em média de 36% ruim, 42% normal e 22 excelente

em relação ao sexo masculino (LUGETTI et al., 2010).

Em pesquisa realizada por Burdos et al., em 2012, na cidade de Santa Cruz do Sul, RS, percebe-se que

a variável de capacidade cardiorrespiratória apresenta resultados bastante insatisfatórios para os padrões de

saúde, somando à classe muito fraco, com 70,9% no sexo masculino (BURGOS et al., 2012).

Em pesquisa realizada por Pereira et al., em 2011, em Brasília, o estudo mostra que a variável de IMC

atende aos níveis desejados no sexo feminino e masculino (PEREIRA et al., 2011).

Tabela 2 – Classificação dos adolescentes do sexo feminino com idade de 15 a 17 anos nas variáveis IMC, Flexibilidade, Abdominal e Capacidade Cardiorrespiratória na área urbana e rural de Erval Velho, SC

Urbano Rural Total

Z. risco Saudável Z. risco Saudável Z. risco Saudável

IMC 6 (35%) 11 (65%) 3 (21%) 11 (79%) 9(29%) 22(71%)

Flexibilidade 17 (100%) 0 (0%) 14 (100%) 0 (0%) 31(100%) 0(0%)

Abdominal 14 (82%) 3 (18%) 10 (71%) 4 (29%) 24(77%) 7(23%)

Cardiorrespiratória 15 (88%) 2 (12%) 12 (86%) 2 (14%) 27(87%) 4(13%)Fonte: os autores.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Verifica-se na Tabela 2 que a variável que mais apresenta índices de inadequação é a flexibilidade,

com 31 (100%) adolescentes em zona de risco e nenhuma saudável. A aptidão cardiorrespiratória apresenta,

na classificação geral, 27 (87%) indivíduos na zona de risco e 4 (13%) saudável. Na variável de resistência

abdominal foram encontrados na classificação geral 24 (77%) indivíduos na zona de risco e 7 (23%) saudável.

Pode-se acentuar que a variável IMC apresenta como resultados 22 (71%) adolescentes saudáveis e 9 (29%) em

zona de risco. Na análise por área de residência, percebe-se que os adolescentes da área urbana apresentam

maiores índices de inadequação na variável de IMC, com 6 (35%), na resistência abdominal com 14 (82%) e

na resistência cardiorrespiratória com 15 (88%). Podemos destacar que a flexibilidade apresenta 17 (100%) de

inadequação na área urbana e 14 (100%) na área rural.

Em pesquisa realizada por Petroski et al. (2012), no município de Januária, MG, foi encontrado como

resultado na avaliação da variável de flexibilidade, resultados inadequados, evidenciando que os adolescentes

da área urbana apontam 56% mais chance de inadequação da flexibilidade em relação aos adolescentes esco-

lares da área rural (PETROSKI et al., 2012).

Em estudo realizado por Petroski, em 2011, na cidade de Januária, Minas Gerais, onde no geral 25,1%

dos adolescentes não atingiram os critérios mínimos à saúde, sendo que no sexo feminino 18% encontram-se

com composição corporal inadequada (PETROSKI et al., 2011). Em estudo realizado por Barboza, em 2009,

com amostras das cinco regiões do Brasil, podemos verificar que a função cardiorrespiratória é considerada

uma das variáveis mais alarmantes, indicando valores percentuais encontrados na região centro-oeste que

chamam atenção, com mais da metade da amostra feminina em zona de risco (52,9%) (BARBOZA, 2009).

Em estudo realizado por Verardi et al., em 2007, na cidade de Carneirinho, MG, podemos perceber

que os adolescentes apresentaram seus desempenhos classificados como fraco e muito fraco, totalizando 53,85

das meninas (VERARDI et al., 2007).

O principal objetivo deste estudo foi identificar o baixo nível de Aptidão Física em adolescentes e foi

possível identificar a prevalência de resultados inadequados em todas as variáveis relacionadas à saúde, prin-

cipalmente, na variável de flexibilidade, no sexo feminino, trazendo um resultado que causa muita preocupa-

ção. É sabido que a atividade física traz muitos benefícios para a saúde, para o bem-estar e qualidade de vida,

reduzindo risco de doenças, como a obesidade, problemas articulares, musculares, doenças cardiovasculares,

porém existem cada vez mais adolescentes e adultos tornando-se sedentários (NAHAS, 2013).

Consideramos que a escola é o local primário para a prevenção e promoção da saúde, assim, o

profissional de Educação Física tem a viabilidade de acompanhar e avaliar as mudanças em componentes

do crescimento e da aptidão física ao longo do tempo, contribuindo de forma decisiva no diagnóstico de

problemas nutricionais, e, também, voltado à aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho atlético

(BERGMANN et al., 2005).

59

Artigos

4 CONCLUSÃO

Considerando os valores acima obtidos, conclui-se que os adolescentes, principalmente, do sexo

feminino, apresentam um baixo nível de aptidão física, evidenciando riscos à saúde independente do sexo

ou idade, fato que justifica a necessidade de programas de promoção de saúde no município de Erval Velho

especialmente voltados à prática de atividade física.

É relevante o nível dos baixos padrões de aptidão física que tem atingido cada vez mais crianças e

adolescentes, tanto no meio urbano quanto no meio rural. Em vista disto, a escola e o município têm papel

fundamental no desenvolvimento dos níveis de Aptidão Física relacionados à saúde, por meio das aulas de

Educação Física.

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61

NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE E PERCENTUAL DE GORDURA EM ADOLESCENTES DO SEXO

FEMININO

Wilson Felipe Nichele1

Elisabeth Baretta2

1 INTRODUÇÃO

A falta de atividade física regular é certamente um dos fatores determinantes da epidemia global de

excesso de peso e obesidade em todas as faixas etárias. A atividade física regular, desde os primeiros anos de

vida, durante a adolescência e a sua continuidade durante a idade adulta, na meia-idade e após os 50 anos,

pode contribuir para garantir um adequado controle do peso e da gordura corporal (ENES; SLATER, 2010).

É provável que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto igualmente ativo. Em consequ-

ência, promover a atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para a

redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

A atividade física está associada a benefícios físicos, psicológicos e sociais que sustentam a importân-

cia da inclusão desta como estratégia fundamental da prevenção e tratamento dos casos de excesso de peso e

obesidade em qualquer etapa da vida.

O aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade em idades cada vez mais precoces tem desper-

tado a preocupação de profissionais da área de saúde, em razão dos danos à saúde, provocados pelo excesso

de peso, como hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, hiperlipidemias, entre outras. A flexibilidade pode

ser uma das capacidades mais influenciadas negativamente pelo excesso de gordura corporal, já que a flexibi-

lidade diminui até a puberdade, aumenta durante a adolescência, atinge um platô e, a seguir, volta a diminuir

(ALTER, 1999).

Apoiando-se nessas informações, o estudo teve por objetivo analisar os níveis de percentual de gor-

dura (%G) e flexibilidade em adolescentes do sexo feminino, estudantes do ensino médio, visto que a massa

corporal pode influenciar os níveis de flexibilidade e, eventualmente, gerar possíveis agravos à saúde. A es-

cassez de estudos dessa natureza e neste público reforça a necessidade de um aprofundamento científico no

âmbito da influência da obesidade nos níveis de flexibilidade em adolescentes.

2 REVISÃO DE LITERATURA

A adolescência é um período de mudanças físicas, transição social e psicológica. Durante ela, adqui-

re-se cerca de 25% da estatura final e 50% de sua massa corporal, sendo caracterizada por uma série de mudan-

ças morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais intensas e complexas (CAMPOS; LEITE; ALMEIDA, 2012).

1 Acadêmico do Curso de Educação Física na Universidade do Oeste de Santa Catarina; [email protected] Mestre em Saúde Coletiva; Professora da Universidade do Oeste de Santa Catarina de Joaçaba; [email protected]

62

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A atividade física tem se mantido abaixo dos níveis considerados satisfatórios, em especial, nos ado-

lescentes, aumentando o índice de sedentarismo nessa faixa etária (MELO; OLIVEIRA; ALMEIDA, 2009). Um

fator importante que relaciona aptidão física à saúde e desempenho é a flexibilidade, evidenciada pela ampli-

tude dos movimentos de diferentes partes do corpo (articulações), sendo dependente da mobilidade articular

e da elasticidade muscular (ARAÚJO, 2008).

Compreende-se por flexibilidade a máxima amplitude fisiológica de movimentos que uma articu-

lação ou um grupo delas conseguem executar (HEYWARD, 2004), sendo considerada como um importante

componente da aptidão física relacionada à saúde ou ao esporte (SILVA; SANTOS; OLIVEIRA, 2006).

Segundo Costa (2000), a flexibilidade é uma das mais importantes capacidades motoras. Está dire-

tamente relacionada às atividades que as pessoas executam no decorrer do dia, como: caminhar, pegar algum

objeto em determinado lugar, praticar atividade física, e, também, no meio desportivo, quando um atleta pre-

tende melhorar o seu desempenho em determinada modalidade.

Em geral, em todas as idades, o sexo feminino apresenta maiores índices de flexibilidade do que o

masculino. Essa diferença talvez resulte das atividades que exigem maior flexibilidade entre as meninas, en-

quanto nos meninos são exigidos predominantemente as de força (ACHOUR JUNIOR, 2004, p. 22).

Fatores, como o gênero e a idade são secundários na evolução da flexibilidade, pois em todas as ida-

des é possível seu desenvolvimento, entretanto, mais importante é a influência das condições gerais de saúde

da pessoa, que é um dos aspectos que levam à redução precoce da flexibilidade é à diminuição de movimentos

com grandes amplitudes associadas ao aumento da idade (ACHOUR JUNIOR, 2004, p. 23).

Por outro lado, a composição corporal dos adolescentes vem aumentando gradativamente nos úl-

timos anos, tornando-se um dos maiores problemas de saúde pública. Os profissionais da área da saúde res-

saltam que a obesidade surge como causa não somente do desequilíbrio bioquímico e de doenças físicas,

como também de perturbações psicológicas e, naturalmente, dificuldade na adaptação social (SILVA; JORGE;

DOMINGUES, 2006).

Por um longo período, a obesidade foi associada aos padrões de beleza, boas condições físicas e

financeiras, assim, quem apresentasse obesidade era bem-visto na sociedade, sendo um indivíduo de poder.

Atualmente, esses conceitos mudaram e a obesidade passou a ser vista como um problema de saúde pública.

A obesidade infanto-juvenil tem alguns aspectos específicos a esta população. Além do sedentaris-

mo e da ingestão de alimentos com alto teor calórico, relacionam-se ainda as horas de televisão, jogos eletrôni-

cos e computadores (MISRA; KURANA, 2008), impulsionados pela falta de locais seguros para o lazer, pouco

tempo que os pais dispõem para a interação familiar e a exposição ao mundo de publicidades consumistas.

Além dos efeitos metabólicos, a obesidade pode reduzir a capacidade funcional nessa população. Sabe-se

que o excesso de gordura corporal, além de ser fator de risco para diversas doenças, prejudica o desempenho

físico, pois limita os movimentos e induz à fadiga precoce em razão da sobrecarga que impõe ao organismo

(AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2000).

Em um estudo que avaliou a prevalência da obesidade, sobrepeso e níveis de flexibilidade em ado-

lescentes de 14 a 18 anos, realizado no município de Imperatriz, MA, observou-se que 15 adolescentes (12,8%)

63

Artigos

apresentaram grau de obesidade, sendo 12 do sexo masculino e três do sexo feminino, demonstrando que o

sobrepeso e a obesidade estão, principalmente, no sexo masculino. Quanto aos níveis de flexibilidade, boa

parte da amostra atingiu ou ultrapassou a classificação mínima no teste que é o “razoável”, utilizando-se do

protocolo do Teste de Sentar e Alcançar sem o Banco de Wells (BRASIL, 2009); apenas o sexo feminino de-

monstrou uma leve tendência à flexibilidade comprometida, fato este que demonstra que o peso corporal, de

modo geral, não interferiu nos resultados do teste da flexibilidade (FERREIRA, 2013).

3 MATERIAL E MÉTODO

Este estudo caracteriza-se como descritivo e observa, analisa, registra e correlaciona fatos ou fenôme-

nos sem manipulá-los. Procura descobrir, com maior precisão, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua

relação e conexão com os outros, sua natureza e suas características (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 61-62).

A população-alvo do estudo foram todas as 75 estudantes do ensino médio do período diurno, do

sexo feminino, selecionadas por conveniência, de um colégio particular no município de Joaçaba, SC. A amos-

tragem foi constituída por estudantes voluntárias e foram investigadas todas as adolescentes presentes no dia

da coleta de dados e que não tinham nenhum tipo de limitação física.

O pesquisador realizou uma breve explicação dos instrumentos e objetivos da pesquisa. As estu-

dantes investigadas preencheram um formulário com perguntas de identificação (nome, idade, série, turno)

e, após o preenchimento, foram coletadas as medidas antropométricas das dobras cutâneas tricipital (TR) e

subescapular (SB), além de aferida a flexibilidade.

Para avaliar o %G foi utilizado um Plicômetro clínico da marca Sanny, por meio do protocolo de

Lohman (1986 apud ALVES, 2009) com a equação que é utilizada para crianças e jovens de 6 a 16 anos de

idade: G% = 1,35 (TR+SB) – 1,012 (TR+SB) – C, sendo C, a constante de ajuste por idade e gênero e TR e SB, as

dobras cutâneas do tríceps e subescapular, respectivamente.

Utilizou-se o teste de “sentar e alcançar” para avaliar o nível de flexibilidade das estudantes, que

foi desenvolvido por Wells e Dillon (1952 apud ARAÚJO; COELHO, 2000), que tem como objetivo avaliar a

flexibilidade dos músculos posteriores do dorso e membros inferiores usando o Banco de Wells. As estudan-

tes ficaram descalças, sentadas em um colchonete, com os pés em pleno contato com a face anterior do Banco

de Wells. Mantinham uma mão sob a outra, pernas e braços em extensão, e realizaram uma flexão de tronco

deslizando as mãos sobre a régua do banco. Foram realizadas duas tentativas para mensurar os valores, sendo

utilizada a maior medida.

Os dados foram coletados pelo pesquisador e por uma auxiliar, durante os horários de atividade

escolar no período matutino no mês de setembro no ano de 2016, nas aulas de Educação Física, nas depen-

dências da escola, com agendamento prévio que foi combinado com a Direção do estabelecimento e os alunos

participantes desta pesquisa.

Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística do tipo descritiva. Foram realizadas a distribuição

da frequência simples para a caracterização da amostra. As variáveis numéricas foram apresentadas em míni-

64

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

mo, máximo, média e desvio padrão. As variáveis categóricas foram apresentadas em frequência absoluta e

relativa.

Com base nos resultados do teste de flexibilidade, para a classificação das adolescentes quanto aos

riscos à saúde, utilizaram-se os pontos de corte propostos pelo Manual do PROESP (BRASIL, 2015). No que

diz respeito aos níveis de flexibilidade, as adolescentes foram categorizadas em indicadores de risco à saúde

(24,3 ou menos) e nível desejado (acima de 24,3), conforme proposto no Manual do PROESP (BRASIL, 2015).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fizeram parte dessa pesquisa 75 estudantes adolescentes do sexo feminino do ensino médio, de um

colégio particular, do município de Joaçaba, SC, com faixa etária de 15 a 17 anos.

Tabela 1 – Valores descritivos de percentual de gordura (%G) das adolescentes do sexo feminino (Joaçaba, SC, 2016)

% Gordura n %Alto 16 21,3%Moderadamente alto 40 53,3%Nível ótimo 17 22,7%Muito baixo 2 2,7%Total Geral 75 100%

Fonte: os autores.

Os resultados obtidos em valores descritivos de %G mostram que a maior parte da amostra (74,6%)

está em níveis altos de %G, indicando grandes riscos à saúde das adolescentes, sendo uma das principais cau-

sas da obesidade. O aumento da obesidade em crianças e adolescentes é particularmente preocupante, uma

vez que a obesidade, principalmente na adolescência, é fator de risco para a obesidade na vida adulta.

Para Fisberg (1995), pode-se definir obesidade como o acúmulo excessivo de gordura presente no

tecido adiposo, que pode se apresentar de forma localizada ou por todo o corpo. Durante a infância, existem

fatores que contribuem para o surgimento da obesidade, como o desmame precoce e a introdução inadequada

de alimentos, além de distúrbios alimentares. Já durante a adolescência, pode-se associar a tudo isso fatores,

como a transição para a idade adulta, a baixa autoestima, o sedentarismo, lanches em excesso e exposição ao

mundo de publicidades consumistas de produtos calóricos.

Em um estudo realizado por Brito (2013), onde foi avaliado o %G, observou-se que as meninas

apresentaram maior gordura corporal que os rapazes e maior prevalência à obesidade. Cordero et al. (2011)

observaram maior prevalência da obesidade infantil e adulta no sexo feminino, sendo a fase púbere o período

de aumento gradativo de peso em razão dos hormônios femininos, mais suscetíveis ao acúmulo de gordura, o

que pode permanecer por toda a adolescência até a vida adulta. Estes dados coincidem com a idade média dos

escolares do presente estudo, que indica a maioria deles na fase de adolescência pós-púbere.

A consequência mais importante da obesidade na adolescência, em longo prazo, é a sua persistência

na idade adulta, com todos os fatores de risco associados. Há maior probabilidade de a obesidade persistir

65

Artigos

quando seu início ocorre no final da infância ou adolescência e quando a obesidade é grave (ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL DA SAÚDE, 2004).

De acordo com Pinho e Petroski (1999), a prevalência do comportamento sedentário entre as crianças

e adolescentes pode ser um fator agravante para o acúmulo de gordura corporal, contribuindo para o desen-

volvimento da obesidade, enquanto que um aumento nos níveis diários de atividade física, além de dieta

equilibrada podem reduzir a adiposidade corporal e seus efeitos adversos.

Embora as causas da obesidade sejam de cunho multifatorial, intervenções estratégicas que pro-

movam um estilo de vida mais ativo, mudanças ambientais e alimentares, podem contribuir para reverter as

consequências e riscos à saúde.

Tabela 2 – Classificação dos níveis de flexibilidade das adolescentes do sexo feminino (Joaçaba, SC, 2016)

Flexibilidade n %Indicador de risco 60 80%Nível desejado 15 20%Total Geral 75 100%

Fonte: os autores.

Em classificação dos níveis de flexibilidade podemos observar na Tabela 2, que mais da metade da

amostra obteve resultados com indicadores de risco, ou seja, a maioria de escolares apresentou uma classifica-

ção ruim frente aos níveis de flexibilidade, porém, em contrapartida foi observado uma quantidade baixa de

indivíduos com a flexibilidade em nível desejado, ante os parâmetros de idade.

Para corroborar o resultado do presente estudo, em uma pesquisa de Ferreira (2013), comparando

adolescentes de 14 a 18 anos, do município de Imperatriz, MA, os resultados demonstram que boa parte do

sexo feminino apresentou uma tendência à flexibilidade debilitada.

Em outro estudo de indicadores de flexibilidade de ambos os sexos, na faixa etária de 15 a 17 anos, no

município de Gravataí, RS, também vai ao encontro dos resultados acima, em que as estudantes apresentaram

níveis de flexibilidade abaixo do ideal (TRUCCOLO; SILVEIRA, 2008).

Silva, Santos e Oliveira (2006) compararam, nas suas pesquisas, os níveis de flexibilidade em ambos

os sexos, avaliando 52 adolescentes, de 15 a 18 anos, dos quais 28 eram do sexo feminino e 24 do sexo mascu-

lino. Nos resultados obtidos, houve um equilíbrio entre os dois sexos, sendo que os pesquisadores creditaram

esta ocorrência à influência de variáveis, como comprimento dos membros inferiores e superiores, altura do

tronco, ressaltando que a altura em modo sentado não foi considerada para a obtenção dos resultados neste

estudo. Gloria (2011) corrobora com o resultado acima, apontando que os níveis de flexibilidade entre o sexo

masculino e feminino são similares.

Lamari (2007) destacou que pode haver uma variação de resultados no teste de sentar-alcançar, pois

apresentou resultados diferentes para o teste realizado de forma lenta e para o teste realizado de forma rápida,

adicionando assim mais uma variável de resultados para a classificação da flexibilidade em adolescentes. No

presente trabalho não foi observada a velocidade de execução do teste, podendo ter sido executado sem essas

restrições de velocidade.

66

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Tendo em vista os resultados deste estudo, é importante salientar a importância da presença de profis-

sionais de Educação Física nas escolas. Uma vez que a Educação Física é a disciplina curricular que possui, entre

outros, o objetivo de mobilizar corporalmente o aluno, alerta-se que os professores de Educação Física devem

repensar a sua prática expondo a necessidade de trabalhar e melhorar os índices de flexibilidade nos alunos.

Tabela 3 – Valores descritivos de referência cruzada de %G e Flexibilidade das adolescentes do sexo feminino (Joaçaba, SC, 2016)

Flexibilidade

% GorduraIndicador de Risco

nNível Desejado

nTotal

nAlto 18,7% (14) 2,7% (2) 21,3% (16)Moderadamente alto 41,3% (31) 12% (9) 53,3% (40)Muito baixo 1,3% (1) 1,3% (1) 2,7% (2)Nível ótimo 18,7% (14) 4% (3) 22,7% (17)Total 80% (60) 20% (15) 100% (75)

Fonte: os autores.

De acordo com os dados da Tabela 3 observamos que as adolescentes que mostraram altos níveis de

%G estão presentes nos indicadores de risco na flexibilidade e aquelas que demonstraram níveis ótimos de

%G, igualmente, apresentam a flexibilidade debilitada, estando, portanto, em zona de risco.

Esta preocupação com o estudo de %G parece ter suporte no crescente aumento da prevalência da

obesidade em torno do mundo. Um estilo de vida sedentário é um fator decisivo e importante na relação entre

obesidade e mortalidade. Os autores afirmam que as taxas de mortalidade por todas as causas aumentam com

o sedentarismo e este efeito pode estar relacionado ao aumento de gordura. Diante desses fatos, estudiosos

ressaltam a importância de se monitorar os níveis de atividade física em crianças e adolescentes. Essa preo-

cupação deve-se ao fato de que a prática de atividade física regular contribui de forma positiva na prevenção

e controle da obesidade e das doenças crônico-degenerativas associadas à obesidade (MATSUDO, 1998 apud

FARIAS; SALVADOR, 2006).

Um importante componente da aptidão física relacionada à saúde é a flexibilidade, basicamente, ela

é resultante da capacidade da elasticidade demonstrada pelos músculos e tecidos conectivos, combinados à

mobilidade articular (ARAÚJO, 2000). A flexibilidade nos permite ampliar os movimentos e gestos que cor-

respondem ao nosso desenvolvimento motor. O seu comprometimento pode acarretar em sérios problemas à

saúde, como alterações posturais, dores musculares, dificuldades respiratórias, diminuição nas capacidades

motoras diárias, entre outros. Em razão disso, seu treinamento é de extrema importância, tanto para possibili-

tar melhores execuções de gestos esportivos quanto para atividades habituais do cotidiano (DANTAS, 2005).

Ressalta-se, que quando os padrões de atividade física e de estilos de vida saudáveis são adquiridos

durante a infância e a adolescência, há maior probabilidade de serem mantidos durante o tempo de vida. A

atividade física regular tem um papel fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não trans-

missíveis, melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida, devendo sempre ser estimulada.

5 CONCLUSÃO

67

Artigos

As adolescentes com níveis de %G acima do recomendado apresentaram também um resultado de

indicadores de risco aos níveis de flexibilidade, sendo que 80% da amostra estão em níveis não satisfatórios

em relação ao %G e flexibilidade.

Concluímos que é importante o incentivo à prática de atividade física desde a infância para a melho-

ria na qualidade de vida, contribuindo assim ao desenvolvimento da flexibilidade e à prevenção da obesidade,

pois ela tem um papel fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, gerando

melhor mobilidade e capacidade funcional.

Sugerimos que no futuro novos estudos possam ser desenvolvidos com uma amostra maior, quem sabe

com todas as escolas do município, para demonstrar a real situação da saúde dos adolescentes da nossa região.

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NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE ESCOLARES

Oséias D’Avila1

Elisabeth Baretta2

1 INTRODUÇÃO

O excesso de gordura corporal é um dos maiores problemas de saúde pública em muitos países,

especialmente, nos mais industrializados, pois são consumidos muitos produtos não indicados à saúde, o que

está diretamente ligado a hábitos alimentares inadequados. Na maioria das vezes, as crianças adquirem esses

maus hábitos alimentares dos próprios pais, que, em alguns casos, já são adultos obesos e não apresentam uma

alimentação adequada, repassando esse exemplo para seus filhos.

Com o passar dos anos observam-se esforços concentrados na área de saúde pública, enfatizando a

prevenção de doenças não transmissíveis, como a obesidade. O número de pessoas obesas vem aumentando

de forma assustadora a cada ano, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento (GIU-

LIANO; CARNEIRO, 2003).

Quanto mais os índices de obesidade vêm aumentando, maior o estímulo para se estudar os grupos

populacionais vulneráveis à doença. Entre esses grupos se encontram as crianças e os adolescentes, que, quan-

do obesos, apresentam maior probabilidade de se tornarem adultos obesos. Whitaker (1997 apud GIULIANO;

CARNEIRO, 2003) e Price (1987 apud GIULIANO; CARNEIRO, 2003) enfatizam dois fatores que podem con-

tribuir para o risco da obesidade em adultos jovens: obesidade em um dos pais ou sua presença na infância.

Estudo recente utilizando dados de mais de 100 países mostrou que apenas 20% dos adolescentes de

13 a 15 anos de idade realizam atividade física diária, com duração de uma hora ou mais, sendo este percentual

maior entre os meninos (CURRIE et al., 2008; HALLAL et al., 2010).

A obesidade e o estilo de vida fisicamente inativo são dois dos fatores de risco mais prevalentes nas

doenças crônicas comuns do mundo ocidental. Ambos acarretam custos enormes para a saúde e para a econo-

mia, sendo reconhecidos como principais fatores de risco para doenças cardiovascular, a diabetes mellitus não

insulinodependente, a hipertensão e outras condições debilitantes (BOUCHARD, 2003, p. 23).

A infância é a melhor fase para adquirir hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de ativi-

dades físicas, pois crianças que fazem isso tendem a ser adolescentes e adultos saudáveis e não obesos, fatores

que diminuem as chances de muitas doenças, como o infarto. Pessoas que não se tornam obesas, além de estar

livres de várias doenças, ainda apresentam melhor autoestima. Cunha (2000) salienta que crianças que não

têm acesso a uma dieta balanceada podem apresentar certa limitação intelectual, pois a capacidade de apren-

dizado é influenciada diretamente pela nutrição.

1 Graduando em Educação Física; Unoesc campus de Joaçaba; [email protected] Orientadora, Mestre em Saúde Coletiva; Unoesc campus de Joaçaba; [email protected]

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Um estilo de vida fisicamente inativo é um fator de risco para o ganho de peso com a idade; além

disso, indivíduos obesos são, em geral, muito sedentários, já que o excesso de massa corporal é um obstáculo

para a adoção de um estilo de vida mais ativo (BOUCHARD, 2003, p. 15). A escola é um espaço privilegiado

de difusão de informação para crianças e jovens a respeito da importância da prática de atividade física para

promoção de uma vida com mais saúde, desenvolvendo o interesse dos alunos pelas atividades, esportes e

exercícios abordados nas aulas de Educação Física (PENSE, 2012, p. 55).

A relação entre saúde e exercício físico é uma demanda atual e observa-se hoje uma sociedade que,

muitas vezes, não tem mais tempo para cuidar da própria saúde, não pratica exercícios físicos e direciona seu

tempo apenas no trabalho. A cada dia o número de pessoas com algum problema de saúde vem aumentando;

observam-se nas escolas, crianças e adolescentes que apresentam hipocinesia (falta de atividade física) acom-

panhada de algum grau de obesidade em virtude da falta de incentivo ou até mesmo de hábitos hereditários

(NIEMAN, 1999, p. 21).

A atividade física é fundamental nas características físicas do adolescente, uma vez que atua na regula-

ção do balanço energético e preserva ou mantém a massa magra em detrimento da massa de gordura. Dietz (1993

apud NUNES; FIGUEIROA; ALVES, 2006) ressalta que a obesidade em adolescentes resulta do desequilíbrio en-

tre atividade reduzida e excesso de consumo de alimentos densamente calóricos, tendo mostrado que o número

de horas que um adolescente passa assistindo TV é um importante fator associado à obesidade, acarretando um

aumento de 2% na prevalência da obesidade para cada hora adicional de televisão em jovens de 12 a 17 anos.

A inatividade física e os hábitos alimentares das crianças e adolescentes mudaram significativamen-

te nos últimos anos, e isso ocorre, na maioria das vezes, pelos avanços tecnológicos. Os estudos relacionados

à composição corporal são cada vez mais frequentes, pois por meio dela é possível avaliar e identificar várias

doenças, como a obesidade, que é cada vez comum no nosso meio (NIEMAN, 1999).

Dâmaso (2001, p. 126) afirma que estudos relacionados à composição corporal começaram há mais

de um século, quando foram feitas estimativas do peso de vários órgãos e componentes do esqueleto humano.

Em escolares, professores mensuram a composição corporal por meio de testes, já que existem modelos para

o estudo da composição corporal. A maneira mais utilizada em escolas para medir a composição corporal é

por meio do Índice de Massa Corporal (IMC). Deve-se lembrar que o IMC não é uma medida de “gordura cor-

poral”, devendo ser interpretado apenas como um indicativo de “risco à saúde” (NAHAS, 2013, p. 105-106).

O exercício regular é um aspecto importante de uma vida saudável, ajudando a controlar a glicose

sanguínea, a pressão arterial, a ter melhor sensibilidade à insulina, melhores níveis de lipídios sanguíneos,

redução do estresse e manutenção do peso corporal (CUNHA, 2000, p. 122).

As ferramentas necessárias para reverter essa tendência doentia são extremamente simples na apa-

rência, desde que centradas nos estímulos de refeições saudáveis, evitando-se os lanches, bebendo-se água em

vez de líquidos que contenham energia, mantendo-se a gordura em cerca de 30% das calorias, diminuindo

o tempo em frente à TV, andando mais frequentemente, participando mais de atividades esportivas e lazer

que consomem energia, além de outras medidas semelhantes (BOUCHARD, 2003, p. 16). Uma alimentação

adequada ligada a atividades físicas regulares permite às pessoas uma qualidade de vida muito boa, livre de

73

Artigos

muitas doenças, pois não basta a pessoa somente praticar exercícios físicos se não possuir uma alimentação

balanceada, pois, muitas vezes, o gasto calórico das atividades físicas não é suficiente para tudo o que é inge-

rido de alimentos durante o dia.

Para Cunha (2000), muitas crianças não consomem quantidades apropriadas de frutas e vegetais e

ainda ingerem muito açúcar, colesterol e sódio, o que pode aumentar a incidência da obesidade, doenças cardio-

vasculares, entre outras. Diante disso, o presente estudo procura descrever o Índice de Massa Corporal (IMC) e

níveis da prática de atividades físicas de crianças e adolescentes escolares do município de Capinzal, SC.

2 MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado um estudo descritivo, pois segundo Thomas e Nelson (2007, p. 235), pesquisa descri-

tiva é um estudo do status e é amplamente utilizada na educação e nas ciências comportamentais. Seu valor

tem como base a premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas por meio de

descrição objetiva e completa.

Foram investigados 196 alunos selecionados por conveniência, com faixa etária de 12 a 16 anos, de

ambos os sexos, do 6º ao 9º ano, de duas escolas municipais de Capinzal, SC, sendo que o município possui

541 alunos nessa faixa etária matriculados na rede municipal de ensino.

A avaliação antropométrica foi composta por medidas de massa corporal e estatura. Para a mensura-

ção da massa e estatura foi utilizada uma balança, com precisão de 100g e estadiômetro com precisão de 0,5cm.

O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado pela divisão da massa corporal em quilograma (kg), pelo va-

lor da estatura elevado ao quadrado (m2) e os valores foram expressos em quilogramas por metro quadrado

(kg/m2). Para o IMC, os escolares foram categorizados por idade e gênero. Utilizaram-se como referência os

valores críticos para a classificação do estado nutricional para crianças e adolescentes brasileiros propostos por

Conde e Monteiro (2006).

O Nível de Atividade Física foi avaliado de acordo com o Physical Activity Questionnaire for Chil-

dren (PAQ-C) (KOWALSKI; CROCKER; FAULKNER, 1997), traduzido e modificado para a população brasi-

leira por Silva e Malina (2000), que excluíram apenas as atividades físicas e esportivas não praticadas no Brasil.

O questionário é composto por doze questões sobre a prática de esportes e jogos; as atividades físicas

na escola e no tempo de lazer, incluindo o final de semana. Cada questão tem valor de 1 a 5 e o escore final é

obtido pela média das questões, representando o intervalo de muito sedentário (1) a muito ativo (5). Os escores

2, 3 e 4 indicam as categorias sedentário, moderadamente ativo e ativo, respectivamente. Sendo assim, a partir do

escore pode-se classificar as pessoas como ativas ou sedentárias. Ativas são aquelas que têm escore ≥ 3, enquanto

sedentárias são as pessoas com escores < 3.

O PAQ-C também inclui perguntas sobre o nível comparado de atividade, sobre a média diária do

tempo de assistir televisão (também indica tempo em atividade sedentária), e sobre a presença de alguma

doença que impede a atividade física regular na semana avaliada, porém esses dados não entram no cômputo

do escore.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Os dados desta pesquisa foram coletados pelo próprio pesquisador, no mês de setembro de 2016. A

coleta de dados para a realização do IMC foi realizada no ginásio da escola e o questionário para avaliar o nível

de atividade física foi aplicado em sala de aula. Os questionários foram aplicados durante as aulas de Educação

Física, por meio da orientação do pesquisador. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram avaliados 196 escolares de duas escolas públicas de Capinzal (SC), na faixa etária de 12 a 16

anos de idade, sendo 103 do sexo masculino e 93 do sexo feminino, com média de idade de 13,4 anos.

A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos do IMC, sendo importante observar que mesmo que

57,1% dos estudantes apresentem valores considerados normais para peso, há um valor elevado de indivíduos

com sobrepeso (33,2%) e obesidade (9,7%).

Tabela 1 – Valores descritivos de IMC dos escolares de Capinzal (SC, 2016)

Normal

% (n)Obesidade

% (n)Sobrepeso

% (n)Total% (n)

Feminino 29,1 (57) 4,1 (8) 14,3 (28) 47,4 (93)

Masculino 28,1 (55) 5,6 (11) 18,9 (37) 52,6 (103)

Total Geral 57,1 (112) 9,7 (19) 33,2 (65) 100,0 (196)Fonte: os autores.

O sedentarismo apresentou um número ainda mais preocupante, uma vez que 89,8% dos escolares

apresentam-se como sedentários e seus níveis de atividades físicas estão muito baixos e a quantidade de horas

em frente à TV está cada vez mais alta. Ademais, acredita-se que o uso de celulares e computadores aumenta

a tendência de sedentarismo entre os escolares.

Um estudo feito por Silva, Lopes e Silva (2007) mostrou que dos escolares que apresentaram peso

normal, mais da metade realizavam atividades ativas quando não estavam na escola, e dos que apresentaram

obesidade, 56% dedicavam a maior parte do tempo livre para assistir televisão ou utilizar o computador.

Outros estudos no Brasil apontam para esses mesmos resultados, demonstrando o sedentarismo e a

obesidade como problemas de saúde mais comuns em nosso meio e um dos que mais preocupa, pois por trás

da obesidade surgem várias outras doenças, como doenças coronarianas e infartos.

Tabela 2 – Valores descritivos de Nível de Atividade Física dos escolares de Capinzal (SC, 2016)

Ativo Sedentário Total% (n) % (n) % (n)

Feminino 3,6 (7) 43,9 (86) 47,4 (93)Masculino 6,6 (13) 45,9 (90) 52,6 (103)Total Geral 10,2 (20) 89,8 (176) 100,0 (196)

Fonte: os autores.

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Artigos

A Tabela 2 apresenta os dados avaliados sobre o nível de atividade física dos escolares, em que são

observados valores preocupantes, pois 89,8% dos escolares foram classificados como sedentários e apenas

10,2% estão classificados como ativos.

Silva et al. (2009) realizaram um estudo referente ao nível de atividade física e comportamento se-

dentário em escolares, com 1.028 estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública estadual de

ensino de Aracaju, SE, e verificaram que é alta a prevalência de crianças e adolescentes caracterizados como

“sedentários” e “muito sedentários”.

Tenório et al. (2010) fizeram uma pesquisa para identificar a prevalência e fatores associados ao nível

insuficiente de prática de atividades físicas e exposição a comportamento sedentário de 4.210 adolescentes da

rede pública estadual de ensino médio do Estado de Pernambuco e, com a pesquisa, identificaram que o nível

de atividade física realizado pelos adolescentes é insuficiente. Concluíram que o estudo evidenciou elevada

prevalência de níveis insuficientes de atividade física e de exposição a comportamento sedentário.

Tabela 3 – Valores do Nível de Atividade Física e IMC dos escolares de Capinzal (SC, 2016). Ativo Sedentário Total

% (n) % (n) % (n)Normal 6,6 (13) 50,5 (99) 57,1 (112)Sobrepeso 3,6 (7) 29,6 (58) 33,2 (65)Obesidade 0,0 (0) 9,7 (19) 9,7 (19)Total Geral 10,2 (20) 89,8 (176) 100,0 (196)

Fonte: os autores.

É possível observar na Tabela 3 os valores de referência cruzada entre o nível de atividade física e

o IMC dos escolares avaliados. Pode-se verificar que dos 9,7% dos escolares classificados como obesos, todos

também foram classificados como sedentários, 33,2% dos escolares classificados com sobrepeso, apenas 3,6%

se classificam como ativos e 29,6% como sedentários, 57,1% dos escolares classificados como peso normal,

destes, apenas 6,6% são ativos e 50,5% se classificam como sedentários.

Algo que chamou atenção neste estudo foi o fato de que todos os escolares classificados como obesos

também foram classificados como sedentários, o que evidencia a ligação de sedentarismo com a obesidade.

Nunes, Figueiroa e Alves (2006) realizaram uma pesquisa com 588 adolescentes, alunos de uma

escola pública de Campina Grande, PB. Foi observado que 74,8% apresentaram peso normal, 18,3% apresen-

taram sobrepeso e 6,8% apresentaram obesidade. Quanto à prática de atividade física por mais de 3 horas por

semana e maior tempo assistindo TV, foi mais frequente nos adolescentes de classe mais alta, onde também

foi apresentado um maior número de adolescentes com hábitos alimentares não saudáveis, pois adolescentes

com classe econômica mais elevada têm mais facilidade de acesso ao consumo de refrigerantes, doces e salga-

dinhos. Já neste estudo realizado em Capinzal, SC, em 2016, o nível de escolares com sobrepeso e obesidade

foi bem mais elevado, onde crianças com sobrepeso e obesas, juntas, somam 42,9%.

Outro estudo realizado em 2000 e 2001, por Giuliano e Melo (2004), em Brasília, DF, com 528 esco-

lares de 6 a 10 anos, foi investigada a classificação das crianças com baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Os

autores chegaram à conclusão de que 77,1% apresentaram grau eutrófico, 2,8% baixo peso, 14,6% sobrepeso

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

e 5,5% obesidade e as crianças com sobrepeso e obesas, juntas, somavam apenas 20,1% da amostra estudada,

ou seja, mais uma pesquisa que nos mostra que quanto mais o tempo passa, mais crianças obesas teremos em

razão do estilo de vida que está se tornando cada vez mais sedentário.

Silva, Giorgetti e Colosio (2009) verificaram que 23% dos escolares investigados em sua pesquisa

apresentaram excesso de peso e 8% eram obesos. Independentemente da condição corporal, concluiu-se que

50% dos escolares praticam algum tipo de atividade física. Nossos resultados apontam que a prevalência de

sobrepeso e obesidade nos escolares é alta, sendo a obesidade uma doença crônica, requerendo atenção per-

manente em relação à atividade física, pois, a partir de sua prática, o nível de obesidade pode ser diminuído.

Um estudo realizado por Gonçalves et al. (2007), a respeito do nível de atividade física no início da

adolescência, também mostrou a prevalência do sedentarismo, nele os autores sugerem o aumento dos níveis

de atividades físicas.

Arruda e Lopes (2007) realizaram um estudo no município de Lages, SC, onde um dos objetivos era

verificar o nível das atividades físicas de escolares. Foi observado que a porcentagem de escolares classificados

como ativos somam 58,8% na rede pública e, na rede particular, somam 46,9%. O excesso de peso nos escolares

investigados está associado ao baixo índice de prática de atividades físicas.

4 CONCLUSÃO

Após a análise dos dados observa-se que 57,1% dos estudantes apresentaram valores considerados

normais para peso, 33,2% apresentam sobrepeso e 9,7% obesidade. Quando observados os valores referentes

ao nível de atividade física, tem-se que 89,8% dos escolares avaliados foram classificados como sedentários e

apenas 10,2% estão classificados como ativos.

Com os resultados encontrados nesta pesquisa, observamos a necessidade de reforçar informações

sobre a importância do hábito da prática de atividades físicas e manutenção de uma alimentação saudável

para a saúde e qualidade de vida da população.

Diante desse índice, serão apresentados os resultados para as escolas nas quais foi realizada a pes-

quisa, para que os professores possam avaliar atividades que contribuam para melhorar esse resultado.

Os professores de Educação Física assumem papel importante na intervenção e planejamento de

ações que estimulem bons hábitos relacionados à prática da atividade física em crianças e adolescentes, a fim

de que hábitos fortalecidos na infância se mantenham até a vida adulta.

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79

NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE ALUNOS DE GRUPOS ESCOLARES MUNICIPAIS DE

CONCÓRDIA – SC

Aline Risso1

Marly Baretta2

1 INTRODUÇÃO

As atividades motoras são significativamente relevantes para o crescimento e a aprendizagem dos

escolares. Funcionam como uma estratégia para a construção das capacidades individuais, das relações so-

cioafetivas, na melhoria do rendimento escolar e do aprimoramento das habilidades já desenvolvidas. Consi-

derando que eles já têm um desenvolvimento influenciado pelo nível socioeconômico, pela participação em

atividades extraclasses ou não e pelo déficit motor que poderá refletir na idade adulta, é indispensável a avalia-

ção por parte do professor de Educação Física, para que seu trabalho seja conduzido de forma conscienciosa,

contemplando os alunos em suas necessidades e limitações.

A sociedade e a cultura podem ter um profundo efeito sobre o comportamento motor de um indiví-

duo, direcionando-o por meio de elementos como gênero, raça, religião e nacionalidade. O desenvolvimento

engloba funções e manifestações atreladas aos aspectos da motricidade infantil, das atividades pelos diferentes

movimentos aprendidos, influenciando, vastamente, a aprendizagem motora (HAYWOOD; GETCHELL, 2010).

Considerando o âmbito escolar, Rosa Neto et al. (2010) ponderam que as oportunidades da prática

motora na educação infantil servem como conduta preventiva às dificuldades na aprendizagem, comumente

presenciadas nas próximas etapas de ensino, seja pré-escolar, seja ensino fundamental.

Assim, conforme as crianças crescem e amadurecem fisiologicamente, ganham experiências e novos

padrões de movimentos se tornam possíveis, permitindo que executem habilidades com maior proficiência.

Fundamentalmente, o desenvolvimento motor se caracteriza como um processo contínuo de mudanças por

meio de experiências concretas e explorações motoras que ocorrem, acentuadamente, na infância. À medida

que o desenvolvimento acontece, a idade avança, como uma mudança sequencial, resultante de interações

dentro do indivíduo e entre o indivíduo e o ambiente (HAYWOOD; GETCHELL, 2001; MANOEL, 1988).

A motricidade humana é identificada por meio dos aspectos: motricidade global e fina, esquema

corporal, equilíbrio, organização espacial e temporal, e a lateralidade, que são constituídos e identificados a

partir de ações e movimentos básicos (CASTRO, 2008; ROSA NETO, 2002).

A motricidade global, segundo Rosa Neto (2002), expressa os movimentos dinâmicos corporais em

ação simultânea e desempenha papel importante no aperfeiçoamento de atividades progressivas, principal-

1 Pesquisadora. Graduanda em Educação Física pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Campus deJoaçaba. [email protected] Professora Orientadora. Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Campus de Joaça-ba. Mestre em Saúde Coletiva. [email protected]

80

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

mente as percepções e sensações realizadas de forma mais espontâneas, ou a capacidade da criança expres-

sada pelos gestos, atitudes, deslocamentos e ritmos. Contudo, o controle de si é componente importante para

que ocorra a coordenação perfeita na realização dos movimentos. De acordo com Fonseca (1995), a coordena-

ção global exige associação entre o tônus e o equilíbrio, coordenação da lateralidade, noção do corpo e, deste,

com o espaço e tempo.

Uma capacidade comum e utilizada com frequência é a motricidade fina, de movimentos espaciais

pequenos, de grande precisão e velocidade. O ser humano utiliza-se dessa habilidade para pegar e lançar

objetos, escrever e desenhar, pintar e recortar, entre outros. Essa atividade é resultante de um conjunto de

três componentes estruturados: objeto/mãos/olhos, para produção de comportamentos motores adaptáveis

e evolutivos em quaisquer situações (ROSA NETO, 2002). Para Le Boulch (1983), a aprendizagem da escrita e

a definição de dominância lateral atrelam-se à coordenação óculo-manual, fornecendo-lhe uma importância

particular, que depende dos três componentes supracitados. Utilizando-se da nomenclatura praxia fina, Fon-

seca (1995) sugere sua relação com a coordenação do movimento dos olhos durante a manipulação de objetos

que necessitam do controle visual.

O esquema corporal não é estático nem pode ser ensinado, ele sustenta os gestos que o corpo rea-

liza sobre si e sobre os objetos externos, organiza as experiências das quais a criança pode experimentar, na

consciência e compreensão que cada um tem de si, para dominar com maior desenvoltura os movimentos (LE

BOULCH, 1984 apud FONSECA, 2008; SANTI MARIA, 2012). A imagem corporal se organiza no contexto de

relações diretas do organismo com o meio (ROSA NETO, 2002). De acordo com Meur e Staes (1991), a teoria

walloniana tutela o esquema corporal a uma tomada de consciência do corpo, da possibilidade de agir e trans-

formar o meio, indispensável à formação da personalidade.

O equilíbrio estático abrange a capacidade de manter certa postura sobre uma base, contrariamente

ao dinâmico que, com o corpo em movimento, altera-se a base de sustentação. O equilíbrio é a ação diferen-

ciada dos segmentos corporais. Quanto mais defeituoso é o movimento, mais energia consome, e tal gasto

energético poderia ser canalizado para outros trabalhos neuromusculares. Essa luta inconsciente contra o

desequilíbrio acarreta uma fadiga corporal, por seguinte aumenta o nível de stress, ansiedade e angústia do

indivíduo (FONSECA, 1995; ROSA NETO, 2002).

A organização espacial é a capacidade de situar e de orientar a si próprio, o outro e objetos num dado

espaço. Envolve tanto o espaço do corpo quanto o espaço que o rodeia. Essa percepção que se tem do que nos

cerca e das relações entre os elementos que o compõem evolui e modifica-se com a idade e com a experiência

(NEGRINE, 1986; ROSA NETO, 2002). Portanto deve se entender por organização espacial o conhecimento

das dimensões corporais, tanto o espaço do corpo, como o espaço circundante, e a habilidade de avaliar, com

precisão, a relação entre corpo e ambiente, considerada por Rosa Neto (2002) como ambivalente, que pode

evoluir progressivamente e ser modificada com a idade e as experiências.

A consciência sobre o tempo, a qual está intimamente relacionada à memória e à análise das in-

formações, é a organização temporal, dividida em dois componentes: a ordem que define a sucessão entre

um acontecimento e outro e a duração que corresponde à variação do intervalo que separa o início e o fim

81

Artigos

do acontecimento. No tempo psicológico, organiza-se a ordem dos acontecimentos e estima-se sua duração,

construindo o próprio tempo (ROSA NETO, 2002). É a percepção das sequências, a capacidade de avaliar o

tempo de duração ou intervalo entre dois fenômenos (BARRETO, 2000). Na concepção de Meur e Staes (1991),

as noções temporais são abstratas e de difícil absorção pelas crianças, em virtude da necessidade de situar-se

em relação aos acontecimentos.

A lateralidade está presente no processo de aprendizagem infantil definida nos primeiros anos es-

colares como a capacidade do indivíduo de utilizar, com desenvoltura, um lado do corpo, em atividades que

requerem maiores habilidades (NEGRINE, 1986). Contudo, Rosa Neto (2002) sugere organizar as atividades

motoras respeitando fatores genéticos e ambientais para aceder a uma lateralidade infantil definida. Para

Barreto (2000), a indefinição da lateralidade compromete a aprendizagem motriz ficando, ela, inapta para de-

senvolver algumas habilidades necessárias, como movimentos harmônicos e precisos.

Subentende-se que a avaliação se torna substancial para o desenvolvimento motor, com a possibili-

dade de traçar um perfil motor individualizado, proporcionando um programa físico adequado à realidade

de cada um (AMARO et al., 2009). Destacam-se, entre as principais causas de atraso motor: o baixo peso,

distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, infecções neonatais, desnutrição, baixas condições

socioeconômicas, nível educacional precário dos pais e prematuridade. Evidentemente que, quanto mais sig-

nificativo o número de fatores de risco atuantes, maior será a possibilidade no comprometimento do desen-

volvimento (EICKMANN; LIRA; LIMA, 2002).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), a avaliação, na área da Educa-

ção Física, resume-se a testes de força, resistência e flexibilidade, que medem apenas a aptidão física do aluno.

Desse modo, a aptidão motora não vem recebendo o devido acompanhamento, e as crianças que apresentam

dificuldades nas realizações dessas tarefas podem, frequentemente, ter dificuldades no desenvolvimento das

habilidades motoras básicas. Uma das escalas que auxilia na avaliação completa e elucidativa do desenvol-

vimento motor é a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) proposta por Rosa Neto (2002). Essa escala é

possuidora de um método de aplicação de testes atrativos para as crianças. Ela compreende um conjunto de

provas diversificadas e de dificuldades graduadas, abrangendo diferentes áreas do desenvolvimento motor.

Partindo do pressuposto que a Educação Física é importante aliada para o diagnóstico de problemas

motores nas tarefas escolares, é possível intervir para melhoria e aperfeiçoamento das habilidades psicomotoras,

para a descoberta do próprio corpo e dos limites dele. Considerando o aluno como um todo e baseando-se no que

foi exposto, a presente pesquisa tem por objetivo investigar o nível de desenvolvimento motor de escolares que

frequentam os anos iniciais do ensino fundamental nos grupos escolares municipais de Concórdia (SC).

2 MÉTODO

A pesquisa se caracteriza quanto à natureza como aplicada, quanto à abordagem do problema como

quantitativa e descritiva quanto aos objetivos.

82

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A amostra do estudo foi composta por 75 escolares matriculados nos anos iniciais do ensino funda-

mental (primeiro ao quinto ano), distribuídos em cinco grupos escolares da rede pública municipal de ensino

de Concórdia/SC. Para que houvesse variabilidade na amostra, foram submetidos, à avaliação, três escolares

escolhidos aleatoriamente por ano escolar em cada instituição.

Para a coleta de dados, foi utilizado a EDM, instrumento proposto por Rosa Neto (2002). Trata-se de

uma bateria de testes indicada a alunos de educação infantil e ensino fundamental, determinante para avaliação

da normalidade, atrasos ou avanços no desenvolvimento motor dos indivíduos. A escala é de aplicação indivi-

dual, com duração média de 30 a 45 minutos, que permite a classificação do desenvolvimento motor pelo resul-

tado médio do quociente motor de cada variável avaliada, que vai do nível Muito Inferior ao Muito Superior.

Por meio da aplicação dos testes da EDM, é possível avaliar a motricidade fina (óculo manual); glo-

bal (coordenação); equilíbrio (postura estática); esquema corporal (imitação de postura, rapidez); organização

espacial (percepção de espaço); e temporal (linguagem, estruturas temporais); e lateralidade (mãos, olhos e

pés). Os testes podem ser aplicados de acordo com a idade cronológica da criança. Um aluno pode ser testado

a partir de sua idade cronológica ou inferior.

Para a realização da pesquisa nos espaços educativos, foi solicitada uma autorização na Secretaria

Municipal de Educação por meio da diretoria pedagógica. Essa solicitação conteve uma breve explicação do

procedimento da pesquisa, como o teste é realizado e o que ele avalia.

Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva (média e desvio padrão), utilizando-se

o programa Microsoft Office Excel 2010.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o objetivo proposto pela pesquisa, de identificar o nível de desenvolvimento motor

de escolares dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública do município de Concórdia – SC, os re-

sultados são apresentados a seguir. Para tanto, foram avaliados 75 escolares compreendidos na faixa etária de

73 meses (6,1 anos) a 135 meses (11,3 anos) de cinco grupos escolares.

Tabela 1 - Resultados obtidos pelos escolares na EDM por sexo (Concórdia, 2016)

Classificação EDM Feminino Masculino Total

n % n % n %

Muito Superior - - - - - -

Superior 1 2,8 - - 1 1,3

Normal Alto 6 16,6 4 10,3 10 13,3

Normal Médio 28 77,8 31 79,4 59 78,7

Normal Baixo 1 2,8 4 10,3 5 6,7

Inferior - - - - - -

Muito Inferior - - - - - -

Total 36 100 39 100 75 100Fonte: os autores.

83

Artigos

Com relação à classificação geral dos escolares, descrita na Tabela 1, verifica-se que 98,7% (n=74)

dos alunos investigados atingiram índices de desenvolvimento motor normal (normal alto, médio e baixo).

Apenas um aluno (1,3%) apresentou desenvolvimento motor acima da normalidade, com índice superior.

Evidentemente, em termos percentuais, os resultados obtidos são satisfatórios, mesmo que, quando avaliados

individualmente, os resultados observados em testes que mensuram o desenvolvimento motor das crianças

variam. Isso acontece por influências biológicas como a hereditariedade, os hormônios, o sexo, ou pelo enqua-

dramento no contexto da nutrição, da saúde e do exercício, interferindo diretamente no amadurecimento do

controle sobre os diferentes músculos do organismo (BERNS, 2002).

Em estudo realizado por Rosa Neto et al. (2010), foram avaliados 101 escolares de duas escolas públi-

cas de Florianópolis/SC, apresentando faixa etária de 6 a 10 anos. Os resultados encontrados assemelham-se

aos da pesquisa supracitada, em que a prevalência dos escolares avaliados apresentou índices de desenvolvi-

mento motor normal (alto, médio e baixo).

Ao investigar escolares do terceiro ano do ensino fundamental, com faixa etária de oito anos, em

Campo Grande/MS, Rondon et al. (2010) ressaltaram que a maioria dos escolares permaneceu com índices de

desenvolvimento considerados, por Rosa Neto, como normais médios, ou seja, com idade motora geral idên-

tica à idade cronológica. O que também ficou evidenciado neste estudo.

Desse modo, o perfil motor dos escolares encontrado nesta pesquisa presume, na sua maioria, que

está coerente com a idade. Demonstra, também, que a as aulas de Educação Física podem estar oferecendo um

ambiente provedor de experiências motoras, suprindo as necessidades nas mais diversas competências. As

crianças vêm sendo condicionadas pelo contexto em que se inserem, seja escolar, familiar ou comunitário. No

entanto, muitas delas, ainda encontram limitações ao acesso em atividades extraclasses, o que pode acometer

também o seu desenvolvimento motor.

Tabela 2 – Perfil psicomotor dos alunos (Concórdia, 2016)

Variáveis Média Desvio Padrão Mínimo Máximo

Idade Cronológica – IC 101,9 17,62 72 134

Idade Motora Geral – IMG 102,85 16,91 70 132

Motricidade Fina IM1 105,64 15,74 78 132

Motricidade Geral IM2 107,55 17,53 66 132

Equilíbrio IM3 102,89 18, 39 66 132

Esquema Corporal IM4 99,81 21,21 66 132

Organização Espacial IM5 100,66 20,24 60 132

Organização Temporal IM6 99,48 19,4 60 132

Idade Positiva – IP 6,81 4,86 1 18

Idade Negativa – IN 6,33 4,44 1 21

Quociente Motor Geral QMG 101,26 7,75 86,9 116,1

Motricidade Fina QM1 104,43 9,86 81,2 130,7

Motricidade Geral QM2 106,6 12,6 80,9 145,9

Equilíbrio QM3 101,14 10,7 82,5 133,3

Esquema Corporal QM4 98,58 15,36 62,6 134,6

Organização Espacial QM5 99,03 11,42 77,4 125

Organização Temporal QM6 97,42 8,61 77,9 114,2Fonte: os autores.

84

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Cada fase do desenvolvimento é marcada por características distintas que conferem a distinção de

padrões maduros indispensáveis àquela idade cronológica. Relativo às características motoras dos escolares,

descritas na Tabela 2, verifica-se que a idade cronológica média da amostra foi de 101,9 (+17,62) meses, e a

idade motora geral de 102,85 (+16,91). A diferença entre essas idades foi de 0,95 meses, aceitável para o que se

espera para a idade cronológica, baseado na EDM proposta por Rosa Neto. Especificamente, por análise geral

do grupo, todas as áreas motoras avaliadas obtiveram a classificação normal média, com quociente motor

entre 90 e 109.

Dados semelhantes, comparados a este estudo, foram encontrados por Souza et al. (2015) que ava-

liaram 50 alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. Os avaliados pertenciam a três escolas da rede pública es-

tadual da cidade de São Bento do Sul – SC. A relação entre idade cronológica e idade motora geral dos alunos

apresentou diferença aceitável, com base no instrumento de Rosa Neto (2002). O quociente motor ficou entre

90 a 109, o que classificou os escolares com perfil motor médio.

De acordo com os parâmetros motores dos escolares deste estudo, observa-se que grande parte da

amostra apresentou idade motora superior à idade cronológica (idade positiva). Esse achado não indica atra-

sos motores, enfatizando um desenvolvimento motor satisfatório. Entende-se, ainda, que esses níveis podem

ser melhorados, contando com suporte e acompanhamento dos profissionais da área da Educação Física e, se

necessário, ação intervencionista, desde que planejada uma avaliação rotineira.

Não basta apenas o aluno aprender as habilidades ou as capacidades físicas, ele precisa ser estimu-

lado nas aulas para obter resultados satisfatórios, desenvolvendo-se de forma mais coordenada. É no convívio

escolar, e durante as aulas de Educação Física, que a criança constantemente troca informações nas facetas

do seu desenvolvimento biopsicossocial. Por conseguinte, a experiência é atingida por todos os aspectos do

seu desenvolvimento, sejam eles cognitivos, motores, emocionais ou sociais, que são influenciados entre si no

decorrer do crescimento do indivíduo (SILVA; DOUNISB, 2014).

A prática do movimento é um caminho para que a criança possa compreender melhor suas habi-

lidades e consiga adaptá-las a outras atividades dentro e fora do ambiente escolar. As aulas de Educação

Física devem permitir o desenvolvimento da consciência sobre a importância do movimento humano, criando

condições para que o aluno possa significá-lo na relação com seu cotidiano (ETCHEPARE, 2000 apud SILVA,

2011). Contudo, Almeida (1998) indica que as crianças deveriam buscar experiências além das atividades ofere-

cidas na Educação Física escolar, formando conceitos e organizando o esquema corporal, tomando consciência

do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele, permitindo localizar-se no tempo e no espaço.

4 CONCLUSÃO

Diante dos resultados encontrados nas avaliações deste estudo, observou-se que a diferença existen-

te entre a idade motora geral e a idade cronológica dos escolares não evidencia atrasos no desenvolvimento

motor. Embora alguns ainda estejam em processo de crescimento, individualmente executaram com êxito as

atividades recomendadas pelo teste.

85

Artigos

Sabe-se que o desenvolvimento motor não segue uma sequência linear, podem ocorrer algumas va-

riações quanto aos aspectos motores. Essas alterações interferem diretamente no crescimento biopsicossocial,

evidenciando problemas afetivos, de aprendizagem, no relacionamento consigo mesmo e com os demais. Os

resultados do estudo apontaram que os escolares avaliados nos cinco grupos escolares, na sua maioria, apre-

sentaram perfil motor classificado em normal médio e, como aponta a literatura, estes, consoante com seus

quocientes, não deveriam apresentar dificuldades de aprendizagem.

Destaca-se a grandeza da necessidade da utilização dos testes para a avaliação do perfil motor de

escolares, permitindo, dessa maneira, identificar o nível de desenvolvimento em que estes se aproximam e in-

tervir previamente, facilitando o processo da aquisição e aperfeiçoamento das habilidades motoras. Destarte, a

Educação Física deveria oferecer condições para garantir as aprendizagens produzidas pela cultura, para que

os escolares, passando da infância para adolescência e, desta, para a idade adulta, condicionassem-se como

ativos e engajados nas atividades propostas pelos profissionais da área.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

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87

PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA RELACIONADA À

FORMAÇÃO INICIAL DE BOLSISTAS DO PIBID

Jenifer Colet Nascimento1

Marly Baretta2

1 INTRODUÇÃO

O curso superior de Educação Física é indicado para quem gosta de trabalhar com pessoas, estudar

o movimento humano e o que esteja relacionado à prática de exercícios físicos. Existem duas modalidades de

graduação neste curso, a licenciatura e o bacharelado.

O profissional licenciado se qualifica para atuar na Educação Física escolar, buscando a formação in-

tegral e a promoção da saúde dos alunos da educação básica. Ele pode atuar em escolas públicas e privadas na

ação docente da Educação Física escolar, planejando, coordenando e aplicando experiências de aprendizagem

por meio do domínio de métodos e técnicas que permitem o desenvolvimento do aluno inserido na escola.

O bacharel analisa, organiza, aplica e supervisiona programas de atividades físicas para pessoas ou

grupos específicos. Pode atuar, também, em equipes multiprofissionais, contribuindo para a melhoria da qua-

lidade de vida e para a promoção da saúde. Em sua área, exclui-se a atuação na educação básica, específica e

especializada em relação ao componente curricular Educação Física.

Durante o período da graduação, são realizados os estágios supervisionados obrigatórios, para que

o acadêmico possa conhecer melhor o campo de atuação e, no caso da licenciatura, a realidade escolar. Esse

período de estágio é considerado um tempo insuficiente pela maioria dos acadêmicos e professores. Com ele,

o acadêmico tem um primeiro contato com a escola e pode vivenciar situações reais sobre o campo de atuação

sob a supervisão do professor de estágio que deve orientá-lo e auxiliá-lo em suas dificuldades.

As experiências relacionadas aos estágios são selecionadas e graduadas cuidadosamente para que,

ao fim dessa prática de ensino, o acadêmico seja capaz de assumir, eficientemente, a regência de classe em

aulas de Educação Física. O estágio tem como intenção oferecer, ao acadêmico, a oportunidade de observar,

realizar monitoria e ministrar aulas, oportunizando, assim, o desenvolvimento do seu potencial e desempenho

na sala de aula como professor de Educação Física.

Por outro lado, existem alguns diferentes programas vinculados aos cursos de licenciatura, que

oportunizam bolsas de estudo à acadêmicos e contribuem com o processo de formação e de investigação dos

discentes no ambiente escolar antes mesmo dos períodos destinados aos estágios curriculares obrigatórios. O

desenvolvimento do bolsista, no sentido de aperfeiçoar suas próprias capacidades, adquirindo competências

1 Pesquisadora. Graduanda em Educação Física pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Campus de Joaçaba. [email protected] Professora Orientadora. Docente do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Campus de Joaça-ba. Mestre em Saúde Coletiva. [email protected]

88

Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

para o decorrer da sua vida profissional, geralmente é uma das principais metas que os programas buscam

atingir. Já os orientadores e supervisores do programa devem ser formadores profissionais, agindo de maneira

justa, obtendo confiança dos bolsistas e do programa, sendo honrados e compreensivos, para que o programa

possa ser desenvolvido na escola da melhor maneira possível e, também, para que os bolsistas possam apro-

veitá-lo para a sua vida profissional (ALBUQUERQUE; LIRA; RESENDE, 2012).

Assim, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) foi implantado pela Co-

ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no ano de 2007, sendo trabalhado em

algumas áreas do conhecimento na escola, como a biologia, física, química e a matemática, e se expandindo em

todas as áreas da educação básica no ano de 2009, com o intuito de que era significativo o número da carência

de professores para lecionar nessas disciplinas (BRASIL, 2008).

De acordo com Silva (2015, p.12), o Pibid:

Trata-se de um programa de formação de professores promovido pela Coordenação de Aperfeiço-amento Pessoal de Nível Superior (CAPES), de alcance nacional, que, desde o ano de 2009 (ano de início das atividades dos projetos selecionados por meio do Edital MEC/CAPES/FNDE n.1/2007), promove variadas atividades de formação em parcerias firmadas entre instituições de Ensino Su-perior (IES) e escolas de educação básica da rede pública. As parcerias, consumadas nas atividades desenvolvidas no âmbito de subprojetos de cursos de licenciatura das IES, baseiam-se na colabora-ção entre licenciandos, professores em exercício nas escolas parceiras (supervisores) e docentes IES (coordenadores de área).

Criado pelo Decreto nº. 7.219/10 (BRASIL, 2016), o Pibid tem por finalidade fomentar, por meio da

articulação entre as instituições de ensino superior e entre as escolas públicas de educação básica, a iniciação

à docência com o intuito de contribuir para a formação inicial de professores em nível superior e melhorar,

assim, a qualidade na educação básica pública brasileira. O Pibid é considerado muito importante, tanto para

a formação acadêmica pessoal quanto para a experiência profissional adquirida enquanto discentes, pois o

programa possibilita a oportunidade do acadêmico manter o contato direto com a realidade da escola e suprir

a defasagem profissional, valorizando o trabalho docente enquanto acadêmico.

O programa permite a inserção antecipada do acadêmico, futuro docente, na escola, que se assume como

parceira no processo de formação inicial dele ao acolhê-lo por intermédio dos supervisores. Compreende uma

configuração que possibilita a participação de professores da universidade (coordenador de área), e do professor

da escola de educação básica (supervisor), responsável pelo acadêmico. Propicia a permanência contínua dos aca-

dêmicos no cotidiano escolar por um período de, pelo menos, dois anos de atuação na escola (SILVA, 2015).

A Portaria Normativa nº. 16, de 23 de dezembro de 2009, aponta que o Pibid tem como objetivo

conceder bolsas de iniciação à docência para alunos de cursos presenciais de licenciatura que se dediquem ao

estágio nas escolas públicas e que, quando formados, possam exercer o magistério na rede pública (BORDIG-

NON; FRANCO; NEZ, 2012). Além do conhecimento grandioso em aplicar atividades nas aulas de Educação

Física que os acadêmicos bolsistas recebem quando inseridos na escola, também recebem uma ajuda financeira

por parte do programa.

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Artigos

O Pibid possibilita a oportunidade do acadêmico manter o contato direto com a realidade da escola

e suprir a defasagem profissional, valorizando o trabalho docente enquanto acadêmico. Também tem como

intenção unir as secretarias de educação escolar juntamente com as universidades, dando ênfase à melhoria da

qualidade do ensino nas escolas públicas em que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica encontra-

-se abaixo da média nacional exigida (BRASIL, 2011 apud BORDIGNON; FRANCO; NEZ, 2012).

Para os acadêmicos, as experiências do Pibid na escola resultam no reconhecimento dele como contri-

buinte para o processo de construção da identidade de futuro professor. Esse fato reforça a necessidade da liga-

ção entre as relações da universidade e da escola no processo de formação inicial de professores e na construção

desse “terceiro espaço”, defendido por Zeichner (2010) como espaço que incentiva um ambiente mais igualitário

entre a escola e a universidade, que se responsabiliza por projetos comuns em benefício dessa formação.

Segundo Garcia (1999, apud FELICIO, 2014), as experiências vivenciadas na escola relacionadas à

aprendizagem (que ocorreu na Universidade) podem propiciar a ampliação de conhecimentos, adquirindo

competências que permitirão, ao acadêmico, intervir, de maneira competente, na aplicação do ensino, visando

melhorar a qualidade de ensino que os alunos da escola recebem.

Quanto à formação inicial dos professores, é necessário igualar a formação acadêmica e a formação

pedagógica a fim de capacitá-los a exercer essa atividade que não se restringe em apenas dar aulas. Nas aulas

de práticas para aprendizagem, são oferecidas atividades que obedecem a um cronograma que permite que

os acadêmicos desenvolvam suas habilidades e atinjam, ao máximo, as suas capacidades físicas, cognitivas e

sociais (BRASIL, 1997).

Assim, este estudo teve como objetivo investigar a percepção dos professores do Curso de gradua-

ção em Educação Física relacionada à formação inicial dos acadêmicos integrantes do Pibid.

2 MÉTODO

Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa aplicada e descritiva. Fizeram parte da popula-

ção todos os 70 professores que ministram aulas para os cursos de Licenciatura em Educação Física da Unoesc

dos campi de Chapecó, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Videira e Xanxerê. Como critério de inclusão foram

selecionados somente os professores que ministram aulas para mais de uma fase no curso. Foi utilizado o

aplicativo Google Docs para formatar e encaminhar o questionário para o endereço eletrônico dos professores

(e-mail), que puderam responder de forma virtual, devolvendo, posteriormente, para o endereço eletrônico da

pesquisadora. Esse aplicativo teve por finalidade auxiliar no procedimento da coleta de dados.

Foram enviadas cinco correspondências eletrônicas com intervalo de cerca de dez dias para os inves-

tigados, para, somente após esse momento, considerar como perda da pesquisa aqueles que não retornaram o

questionário respondido.

O questionário contou com quatro questões que buscaram caracterizar a amostra, dez perguntas de

múltipla escolha e uma pergunta descritiva, que investigaram a percepção dos professores que ministram au-

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

las nos cursos de graduação de Educação Física com relação à formação inicial dos acadêmicos que participam

do Pibid.

Os participantes foram livres para participar do estudo, bem como esclarecidos sobre os objetivos

dele. Foi solicitado, à coordenação do curso de Educação Física da Unoesc Joaçaba, que realizasse a interme-

diação com os professores para que participassem do estudo. Para a análise dos dados, foi utilizada a estatís-

tica descritiva, utilizando-se o programa Microsoft Office Excel 2010.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os professores que participaram da pesquisa possuem de 35 a 51 anos de idade, sendo 13 do sexo

masculino e 12 do sexo feminino, ministram aulas há mais de dez anos no curso, 52% dos professores. A maio-

ria dos professores (96%) informou que conhece os acadêmicos que participam do Pibid, bem como possuem

entendimento sobre o programa.

Na Tabela 01, apresentam-se os resultados relacionados as oportunidades proporcionadas aos aca-

dêmicos pelo Pibid. Para 68% dos professores, os bolsistas articulam com propriedade a teoria apresentada na

Universidade com a prática vivenciada na escola. Entende-se que o Pibid contribui no desenvolvimento dos

acadêmicos tornando-os profissionais com visão antecipada da profissão de professor. A maioria dos professo-

res (88%) concorda que, para os bolsistas, a intervenção, na escola, proporciona saberes na formação de novas

competências, contribuindo para o desenvolvimento profissional, que resulta em sua desinibição, capacidade de

liderança, garantindo maior confiança e segurança durante o período na escola e também na graduação.

Tabela 1 - Oportunidades proporcionadas pelo Pibid aos bolsistas (Joaçaba, 2016)

Variáveis Masculino Feminino Totaln % n % n %

Articulação da teoria com a prática Discordo totalmente - - - - - -Discordo parcialmente 1 7,6 - - 1 4Indiferente 4 30,8 3 25 7 28Concordo parcialmente 4 30,8 3 25 7 28Concordo totalmente 4 30,8 6 50 10 40Total 13 100 12 100 25 100

Desenvolvimento profissionalDiscordo totalmente - - - - - -Discordo parcialmente 1 7,7 - - 1 4Indiferente 2 15,4 - - 2 8Concordo parcialmente 3 23 4 33,3 7 28Concordo totalmente 7 53,9 8 66,7 15 60Total 13 100 12 100 25 100

Fonte: os autores.

De acordo com a Tabela 2, em relação ao comportamento dos bolsistas a partir da participação no

Pibid, 84% dos professores aponta ter verificado maior comprometimento com as aulas no curso de graduação

e 88% percebem maior confiança e segurança quando os bolsistas discutem, planejam ou aplicam atividades

relacionadas à prática na escola realizando a articulação da teoria com a prática. Cada bolsista apresenta ca-

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Artigos

pacidades diferenciadas durante o período de aprendizagem. Ao iniciar as atividades no âmbito escolar, o

bolsista acaba se comprometendo com as atividades que a escola necessita que sejam realizadas, contribuindo

na melhoria do ambiente escolar.

Os resultados encontrados neste estudo, foram similares aos verificados por Matos (2016), que in-

vestigou a maneira que o Pibid vinha atuando no processo de formação de professores de Educação Física,

constatando que não basta o programa ser implantado na escola de qualquer maneira, é preciso que haja com-

prometimento ao se realizar as atividades solicitadas, fazendo diferença a presença de professores e bolsistas

na escola para colocar o programa em prática. Dessa forma, não há docência sem o discente. A confiança, ao

aplicar atividades, demonstra que há uma interligação entre os alunos da escola e bolsistas, pois se ensina os

alunos e, ao mesmo tempo, aprende-se muito com eles (FREIRE, 1996).

No estudo de Matos (2016), verificou-se uma interessante constatação ao questionar professores su-

pervisores, acadêmicos, coordenador de área e coordenador institucional de duas universidades do Rio de

Janeiro que participam do Pibid. Eles relatam que o programa auxiliou nas atividades referentes à formação

pedagógica e à vivência na realidade escolar. Também ajudou para que se tornassem críticos em relação a sua

escolha profissional, após conhecer um pouco da realidade escolar.

Quanto a percepção em relação aos bolsistas e seu envolvimento com outras tarefas relacionadas

aos projetos desenvolvidos na escola, bem como a produção de artigos científicos e de outras publicações

relacionadas ao programa, 92% dos professores concordam que isto ocorre. Estas atividades realizadas pelos

bolsistas têm a finalidade de impulsionar seu desenvolvimento profissional, porque, além de serem inseridos

na escola, eles também têm a oportunidade de participar de projetos e estarem diretamente comprometidos

com a construção do seu conhecimento.

O estudo de Silva (2015), que investigou onze coordenadores de área de instituições de ensino supe-

rior que possuem o Pibid da cidade de São Paulo, apontou as experiências positivas que são obtidas durante a

participação no programa, auxiliando na formação inicial do bolsista. Ressaltou que os professores acreditam

que os acadêmicos inseridos no programa adquirem maior comprometimento e segurança durante o período

de graduação e atuação nele.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

Tabela 2 - Comportamento dos bolsistas a partir da participação no Pibid (Joaçaba, 2016)

Variáveis Masculino Feminino Totaln % n % n %

Comprometimento com as aulas Discordo totalmente - - - - - -Discordo parcialmente 3 23 - - 3 12Indiferente 1 7,7 - - 1 4Concordo parcialmente 4 30,8 8 66,7 12 48Concordo totalmente 5 38,5 4 33,3 9 36Total 13 100 12 100 25 100

Confiança ao planejar e aplicar atividades Discordo totalmente - - - - - -Discordo parcialmente 1 7,7 - - 1 4Indiferente 2 15,4 - - 2 8Concordo parcialmente 4 30,8 8 66,7 12 48Concordo totalmente 6 46,1 4 33,3 10 40Total 13 100 12 100 25 100

Envolvimento com outras tarefas Discordo totalmente - - - - - -Discordo parcialmente - - - - - -Indiferente 2 15,4 - - 2 8Concordo parcialmente 3 23,1 1 8,3 4 16Concordo totalmente 8 61,5 11 91,7 19 76Total 13 100 12 100 25 100

Fonte: os autores.

Os professores foram livres para realizar algum tipo de comentário com relação ao Pibid. Eles acre-

ditam que o Pibid é um programa que contribui muito com a formação dos acadêmicos. Também, é uma ex-

celente oportunidade de inserção antecipada do acadêmico no cotidiano da escola, fazendo a diferença na sua

formação, aproximando o acadêmico da realidade escolar.

Os professores destacam, ainda, que os bolsistas fazem um trabalho diferenciado na escola e contri-

buem para a melhoria das aulas de Educação Física, colocando em prática os projetos que são realizados no

decorrer do período em que estão inseridos no ambiente escolar.

4 CONCLUSÃO

O Pibid colabora com a construção do profissional de Educação Física e auxilia o professor da escola,

contribuindo para a melhoria das aulas e nas mudanças que a escola necessita, oportuniza ao acadêmico co-

nhecer e conviver com a realidade escolar conciliando o aprendizado do curso de graduação.

Pode-se apontar que o programa é uma forma inteligente e interessante para que o acadêmico se aproxime

do contato com o cotidiano da escola e da prática pedagógica e oportuniza a produção e socialização de conhecimentos.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Alberto; LIRA, João; RESENDE, Rui. Representações dos professores de educação física sobre o seu ano de prática de ensino supervisionada. In: NASCIMENTO, Juarez Vieira do; FARIAS, Gelce-mar Oliveira (Orgs.). Construção da identidade profissional em educação física: da formação à intervenção. Florianópolis: Udesc, v. 2, 2012. p. 143-176. Disponível em: <http://www.fasne.edu.br/blog/edfisica/wp--content/uploads/2012/05/Livro-VI-SEPEF-2012-Sem-CAPA1.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

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Artigos

BORDIGNON, Luciane Spanhol; FRANCO, Maria Estela Dal Pai; NEZ, Egeslaine de; Qualidade na formação de professores: bolsa de iniciação à docência (Pibid) como estratégia institucional. In: ANPED SUL – SEMI-NÁRIO DE PESQUISA DA REGIÃO SUL, 9., 2012, Caxias do Sul. Anais eletrônicos... Caxias do Sul: Univer-sidade de Caxias do Sul, 2012. Disponível em: <http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/2012/Politica_de_Educacao_Superior/Trabalho/05_37_05_2061-7388-1-PB.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

BRASIL. Fundação CAPES. Pibid – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. 2008. Disponí-vel em: <http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid>. Acesso em: 10 abr. 2016.

______. Ministério da Educação. PIBID apresentação. BRASIL, Governo Federal Pátria Educadora. 2016.

______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: educação física/Brasília: MEC/SEF, 1997.

FELICIO, Helena Maria dos Santos. O Pibid como “terceiro espaço” de formação inicial de professores. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 14, n. 42, p. 415-434, maio/ago. 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/HP/Downloads/dialogo-12752%20(1).pdf>. Acesso em: 08 set. 2015.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 39. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MATOS, Gabriel Siqueira. O Pibid no processo de formação continuada dos professores supervisores de educação física: aspectos de uma política curricular. 2016. 103 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: <http://www.educacao.ufrj.br/ppge/disserta%C3%A7%C3%B5es2016/dgabrielsiqueira.pdf >. Acesso em: 17 out. 2016.

SILVA, Luciene Fernanda. Coordenadores de área do PIBID: um olhar sobre o desenvolvimento profissional. 2015.154 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2015. Dispo-nível em: <file:///C:/Users/HP/Downloads/Luciene_Fernanda_da_Silva.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

ZEICHNER, Kenneth. Repensando as conexões entre a formação na universidade e as experiências de campo na formação de professores em faculdades e universidade. Educação, v. 35, n. 3, p. 479-504, maio/ago. 2010. Disponí-vel em: <http://periodicos.ufsm.br/index.php/reveducacao/article/view/2357>. Acesso em: 10 abr. 2016.

Resumos

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Resumos

A DANÇA COMO BEM-ESTAR E SAÚDE DE ESCOLARES

Matheus Felipe KatschiJulio Cezar Alberguini

A dança melhora a disposição para as atividades do dia-a-dia, podendo proporcionar também ao indivíduo, força muscular, estética corporal e autoestima. É por meio dos movimentos corporais realizados pela dança que se proporciona bem-estar, melhora a saúde e previne doenças. A dança inspira, cria, desenvolve e libera aquele sentimento que às vezes está retraído nas crianças, mexendo com a autoestima, astral e autoconfiança. O ritmo e expressão corporal são aguçados com a prática da atividade, deixando a criança com um ouvido musical refinado. O objetivo desta atividade foi estimular a compreensão dos estudantes quanto a importância da dança como bem-estar e prática de promoção de saúde em escolares. O Estágio Curricular Multidisciplinar I, foi realizado no Centro Educacional Frei Bruno, CEFREI, em Joaçaba, SC. Foram desenvolvidas aulas com base nas danças escolares, ludicidade e atividades que desenvolvessem o bem-estar das crianças. Durante a intervenção várias atividades rítmicas foram desenvolvidas, proporcionando aos alunos uma base de ritmo, expressão e contagem musical. Os alunos se mostraram muito dedicados às aulas, participando e desenvol-vendo todas as atividades propostas. Alguns alunos não tinham vontade de participar, pois alegavam que as aulas de Educação Física eram sempre rotineiras, mas participaram das atividades de dança com alegria e satisfação. As atividades desenvolvidas na escola proporcionaram aos alunos a vivência com a dança e suas possibilidades, fazendo com que muitos criassem o gosto pela atividade, despertando a criatividade, interesse e assim contribuindo para a formação de cidadãos que debatem, discutem e compreendem os benefícios de apreciar a arte de dançar.Palavras chave: Dança. Educação Física. Saúde.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A EDUCAÇÃO FÍSICA ALERTA: A INFLUÊNCIA DA MÍDIA E DAS REDES SOCIAIS NA SAÚDE

Diane Cristina TanquesElisabeth Baretta

A mídia exerce grande influência sobre as escolhas quanto à saúde e hábitos das pessoas. Com o desenvol-vimento da tecnologia, as informações passaram a ser disseminadas em maior quantidade e velocidade, tra-zendo muitos riscos e preocupações, uma vez que nem todas as informações propagadas são verdadeiras, principalmente, no que se refere à saúde. O objetivo dessa intervenção é conscientizar os estudantes sobre os perigos vinculados a informações equivocadas e os impactos na busca de orientação profissional inadequada para elaboração de dietas, prescrição de exercícios, perseguindo o corpo perfeito divulgado pela mídia. O curso de graduação em Educação Física, da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Joaçaba, por meio do componente curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II, oportunizou a intervenção na escola com adolescentes entre quatorze e dezoito anos, nas turmas do Ensino Médio. Foi ministrada palestra sobre a influência da mídia e das redes sociais na saúde, apontando os principais transtornos e doenças relacionadas à insatisfação com a imagem corporal. Posteriormente, foi realizado um debate, no qual os alunos participaram de forma ativa e positiva, apresentando surpresa e até mesmo revolta ao deparar-se com o apoio a práticas nada saudáveis e incentivo ao preconceito, encontrados em determinadas redes sociais. Os estudantes de-monstram possuir informações e entender a necessidade da intervenção, porém, mantêm atitudes negativas referentes à própria saúde, como o sedentarismo, podendo, com isso, transmitir ao seu grupo certa imagem ou status, na busca por aceitação dos seus colegas e amigos. Conclui-se que o Estágio é um importante e eficaz componente curricular para a formação do acadêmico, desenvolvendo a prática profissional e proporcionando experiências de aprendizado no campo da educação e da saúde.Palavras-chave: Alimentação saudável. Mídia. Saúde. Educação Física.

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Resumos

A FORMAÇÃO ACADÊMICA E O AMBIENTE ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Josiano Guilherme PuhleMaria Eduarda Alcântara

Gracielle Fin Marly Baretta

A visitação à escola foi proposta pelos professores do Curso de Educação Física da Unoesc – Joaçaba e visa ampliar a formação acadêmica por meio da observação e pesquisa no ambiente escolar. O objetivo da visita à escola foi articular os conteúdos acadêmicos com os do ambiente escolar, tendo como base a observação de aulas e a coleta de dados, visando à reflexão sobre os conteúdos desenvolvidos nos componentes curriculares do curso de graduação. A investigação foi realizada em uma escola do município de Ibicaré, SC, que possui vinte e um professores, três atendentes de creche e pré-escola, quatro estagiários, sete agentes de copa e hi-gienização, uma nutricionista e quatro profissionais que compõem a equipe de direção da escola. A escola oferece educação infantil (berçário, maternal e pré-escola) e ensino fundamental – anos inicias – atendendo 347 alunos. O professor de Educação Física e a direção da escola contribuíram para a realização da pesquisa. Foram realizadas algumas visitas à escola e observadas oito aulas de Educação Física de duas turmas (4º e 5º ano) e também foi observado e investigado o planejamento escolar, sendo possível verificar a organização e metodologia das aulas de Educação Física por meio de questionamentos para os professores e a direção, fato que proporcionou, ao acadêmico, a experiência da realidade que irá encontrar em sua profissão. O trabalho oportunizou, aos acadêmicos, conhecimento e experiência relacionados ao ambiente escolar, pois foi possível entender, de forma objetiva, o que é Educação Física escolar, também obter experiências transformadoras so-bre a escola e as aulas. Ainda foi possível refletir sobre a formação acadêmica, qual perfil deverá ser assumido, a maneira de agir e como agregar conhecimento ao aluno no momento de ser professor. Acredita-se que a rea-lização dessa atividade na escola deveria se tornar inerente a esses componentes curriculares, para que outros acadêmicos desfrutem da mesma experiência que foi vivenciada por essa turma. Palavras-chave: Planejamento. Escola. Metodologia.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A GINÁSTICA ESCOLAR COMO CONTEÚDO DAS AULAS NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Paula BizottoGracielle Fin

Marly Baretta

A aula de Educação Física deve ser mais do que somente descontração. Ela pode desenvolver e aprimorar, no aluno, as suas capacidades e habilidades no que se refere ao campo afetivo, cognitivo e motor. A ginástica possui uma grande diversidade de atividades que podem ser realizadas por todos sem distinção e em espaços alternativos. Ela contempla uma infinidade de movimentos e agrega diferentes conhecimentos. O objetivo desta atividade foi articular a prática do cotidiano escolar com o que foi aprendido nas aulas do curso de graduação em Educação Física, podendo, assim, agregar experiências e conhecimentos à formação acadêmica. A atividade de investigação foi desenvolvida em uma escola na cidade de Campos Novos, SC, que atende 25 turmas de ensino fundamental e ensino médio, contemplando 692 alunos. Após o contato com a escola e detalhamento das atividades que seriam desenvolvidas, foram realizadas cinco visitas à unidade escolar e a observação de três aulas de Educação Física. Essa atividade proporcionou um leque de experiências e conheci-mentos para a formação acadêmica e para a vida pessoal. Percebe-se que a presença do conteúdo de ginástica nas aulas ainda é bastante limitada, assim como acontece com outras atividades. É importante considerar que a Educação Física pode e deve ser contemplada nas suas infinitas possibilidades e variações e não somente no conteúdo dos esportes de competição mais conhecidos. Percebe-se que os estudantes do ensino fundamental possuem maior motivação para as aulas de Educação Física, o que parece ir diminuindo de acordo com o seu crescimento. É importante não deixar que essa motivação se perca, fazendo com que os estudantes entendam, desde pequenos, a importância da atividade física. Percebe-se que a ginástica é só uma das inúmeras opções disponíveis pouco utilizadas para fazer uma aula diferente. É imprescindível que se utilize essa variedade de opções que abrangem a Educação Física para melhorar o ensino/aprendizagem do aluno. A realização dessa atividade foi extremamente positiva. Embora a abordagem da ginástica como conteúdo das aulas ainda seja de forma sucinta, espera-se que haja um maior entendimento da relevância dessa atividade e que ela passe a ser utilizada com mais frequência, pois, além de ser uma base para outros esportes, quando utilizada de forma adequada, traz inúmeros benefícios para quem a pratica. É importante que a experiência vivida e os aprendi-zados adquiridos sejam levados à prática pelos acadêmicos, quando profissionais da Educação Física. Eles não devem se conformar com a mesmice, buscando estar sempre em processo de evolução, pois sempre há algo novo para ser aprendido.Palavras-chave: Ginástica. Escola. Educação Física.

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Resumos

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A SAÚDE DOS PRÉ-ADOLESCENTES

Matheus Lehrer Julio Cezar Alberguini

Observa-se que as crianças estão se ocupando cada vez mais com atividades que as distanciam da atividade física e dos exercícios físicos em seus cotidianos, e com isso tendo uma perda muito grande em relação a saúde de cada uma delas. Existem muitos atrativos em que as crianças podem acabar se prendendo e até se tornando reféns, em meio a essa imensidão que se chama tecnologia. Cabe ao professor de Educação Física orientar e mostrar qual é o caminho que as crianças devem seguir para obter melhor qualidade de vida, longe dos efeitos negativos que o sedentarismo pode trazer para as suas vidas. O objetivo desta atividade foi esclarecer na teoria e na prática a importância de uma boa condição física para desenvolver as atividades diárias, como estudar, brincar, trabalhar, se exercitar, sem sentir uma alta fadiga quando da realização das mesmas. Na intervenção foi desenvolvida uma palestra no primeiro momento da aula e atividades práticas que abordaram o tema atividade física. Durante a intervenção, os alunos se interessaram bastante pelo assunto proposto que foi ativi-dade física, tiraram muitas dúvidas, interagiram enquanto era realizada a palestra, dando opiniões e quando nos deslocamos até o ginásio para realizar as atividades eles foram ainda mais motivados para vivenciar na prática o assunto abordado em sala de aula. O estágio trouxe muita experiência para a formação acadêmica, pois o contato direto com a prática, dentro da escola é realmente importante, podendo acontecer situações que não estavam planejadas. Assim, é preciso usar de alternativas pedagógicas para atuar no contexto das aulas. Estar na realidade do cotidiano escolar é uma experiência única, que vai dar suporte para as devidas reflexões junto ao mercado de trabalho.Palavras Chaves: Atividade física. Intervenção. Exercícios físicos.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Camila MarafonJulio Cezar Alberguini

Uma boa alimentação é o ponto de partida para uma vida saudável, pois são os nossos hábitos alimentares que irão refletir a nossa imagem, exatamente por isso é de extrema importância nos alimentarmos adequadamente em cada etapa de nossas vidas para que possamos nos desenvolver adequadamente respondendo todas as funções necessárias, pois é a alimentação saudável que promove a saúde e o bem-estar de cada indivíduo. O objetivo desta atividade foi conscientizar as crianças para que compreendam a importância dos hábitos ali-mentares, os benefícios que a alimentação adequada traz para a sua vida, o valor que os alimentos têm para a contribuição da promoção de nossa saúde, conscientizando-os para uma alimentação saudável e natural. O Estágio foi realizado na Escola Básica Municipal Hedi Klein Matzenbacher, localizada no município de Ipira – Santa Catarina no período de dois de maio à vinte e cinco de maio do ano de dois mil e dezessete, com as tur-mas 4º I com vinte alunos e 5º I com dezenove alunos, com faixa etária de 9 a 11 anos. No período de realização do estágio foi realizado a observação e atividades, onde foi passado slides para as crianças, mostrando um pouco sobre alimentação saudável, questionário, jogos recreativos, gincana e também o resultado dos ques-tionários. Foi possível observar que as crianças ainda não têm uma informação exata de como se alimentar, quais são os alimentos adequados para a melhoria da sua saúde e prevenção de doenças, como também para a melhor disposição e energia. O estágio foi de extrema importância para a formação acadêmica porque foi possível vivenciar na prática aspectos relacionados com a educação e a saúde. Palavras-chave: Alimentação, Vida saudável, Desenvolvimento.

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Resumos

A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO ÂMBITO ESCOLAR

Patrícia de Oliveira Julio Cezar Alberguini

Os hábitos alimentares e o estilo de vida, são assuntos preocupantes na vida dos seres humanos. A importân-cia de se ter uma alimentação saudável é indiscutível, entretanto, é na infância que requer uma maior atenção, pois o comportamento alimentar acaba sendo influenciado por diversos fatores, desde o convívio familiar aos hábitos diários. O âmbito escola é privilegiado para o desenvolvimento de ações sobre a alimentação saudável, que incentiva o desenvolvimento humano saudável e as relações com uma boa alimentação. O objetivo desta atividade foi inserir no ambiente escolar uma discussão que estimule pensar e adotar práticas alimentares e estilos de vida saudáveis, através de ações educativas. O Estágio Curricular Multidisciplinar I, foi realizado no período de abril a maio de 2017, na escola municipal Dr. Vilson Pedro Kleinubing, localizada em Capinzal, SC, com turmas de educação infantil a 6º ano. As atividades desenvolvidas foram palestras referentes a temática, atividades lúdicas, jogos e contações de histórias. Os resultados foram satisfatórios pois as turmas contribu-íram e realizaram todas as atividades propostas, conscientizando-se que é necessário um trabalho unificado para que os escolares tenham uma alimentação saudável no âmbito escolar. Esse trabalho de conscientização para uma alimentação saudável já é realizado dentro da instituição escolar, mas é preciso reforçar sempre, para que se tenha um bom resultado. Por intermédio desta vivência, é possível conseguir estimular nesse espaço a adoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis desde cedo, portanto se faz de extrema relevância para a formação acadêmica, pois é vivenciando na pratica que conseguimos aspectos relacionados com educação e saúde. Palavras-chave: Alimentação saudável. Promoção da saúde. Escola.

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Série | O processo investigativo e a formação profissional em educação física

A PERCEPÇÃO DE ESCOLARES EM RELAÇÃO À IMAGEM CORPORAL

Ronaldo Leite de GodoyElisabeth Baretta

A imagem corporal na adolescência é assunto de muita discussão nos últimos anos, pois é durante essa fase que os indivíduos começam a construir sua identidade pessoal e, acredita-se que, um trauma nesse período pode acompanhar os mesmos para o resto de suas vidas. Observa-se com muita frequência um número eleva-do de déficits nutricionais ocasionando doenças relacionadas ao corpo em formação e ao peso corporal de cada indivíduo. Este projeto teve o objetivo de verificar a percepção de imagem corporal diante do índice de massa corporal (IMC) e do grau de satisfação corporal dos educandos do ensino fundamental. Essa intervenção se constituiu primeiramente de uma mesa redonda entre alunos do 8º ano de uma escola estadual com o tema “A busca pelo corpo ideal”. Após, foram coletadas as medidas antropométricas (peso e estatura) para o cálculo do IMC (índice de massa corporal) e aplicação de uma escala para avaliação de insatisfação corporal referente à satisfação das diversas áreas corporais de cada aluno, visando identificar casos de doenças. Posteriormente, foi desenvolvida a construção de um desenho de corpo maluco com todos os envolvidos, com o intuito de evidenciar que, apesar das diferenças, todos são iguais. O tema da intervenção era desconhecido dos alunos, o que atraiu olhares atenciosos e uma participação efetiva, facilitando a intervenção. Durante a coleta das medi-das antropométricas percebeu-se uma ansiedade por parte de alunos que, aparentemente, não apresentavam o peso ideal. Os educandos aprenderam novos olhares em relação a seu próprio corpo, priorizando a saúde e o bem-estar, acreditando-se que os objetivos foram alcançados com êxito. Este estágio de intervenção foi muito válido e significativo para a formação acadêmica, pois se comprovou a importância de se trabalhar Imagem Corporal na escola e nos mostrou que a Educação Física vai muito além dos esportes e jogos.Palavras-chave: Imagem Corporal. Adolescentes. Educação Física.

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A POSTURA E SUA RELAÇÃO COM A COLUNA VERTEBRAL

Maikon Douglas SantuchesJulio Cezar Alberguini

A manutenção da postura corporal correta, mantendo preservadas as curvaturas fisiológicas da coluna ver-tebral, diminui as cargas compressivas na coluna, contribuindo diretamente para a saúde dos escolares. O objetivo desta atividade foi orientar e contribuir para a saúde dos escolares. A intervenção foi realizada com alunos do Colégio Marista Frei Rogério, em Joaçaba, SC, com idade entre nove e onze anos. O desenvolvi-mento do trabalho foi realizado por meio de palestra teórico-prática alertando aos alunos sobre os riscos à saúde ao manter a postura corporal de maneira incorreta, tanto durante o período escolar, quanto no restante do dia. No início da palestra foram realizados questionamentos sobre aspectos da postura corporal correta, sendo esses questionamentos refeitos ao final da palestra para verificar o aprendizado dos escolares. A parte teórica envolveu conceitos básicos sobre a estrutura da coluna vertebral relacionando com a postura correta e incorreta. Na parte prática, foram demonstrados exemplos de como apanhar objetos leves e pesados do chão, como sustentar a postura em pé e como sentar em diferentes assentos, sempre evidenciando a importância de manter as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral. Ao final da intervenção, por meio dos questionamen-tos feitos aos escolares, foi possível verificar que o conteúdo abordado surtiu o efeito desejado. Os escolares demonstraram ter compreendido o tema, as causas que levam a não manter a postura correta e, também, as causas que podem causar dor e incapacidade de movimentação por conta de algumas doenças que colocam em risco a saúde da coluna vertebral. Ao término da intervenção, foi possível refletir sobre a importância que é falar sobre a postura corporal para as crianças, pois facilita que elas possam se desenvolver para a fase adulta sabendo dos riscos que a má postura acarreta.Palavras-chave: Postura corporal. Coluna vertebral. Saúde.

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A PRÁTICA PEDAGÓGICA ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO

EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Aline Pergher Zanchet Marcos Paulo Maziero

Gracielle FinMarly Baretta

Com a finalidade de desenvolver uma atividade multidisciplinar, envolvendo a articulação dos componentes curriculares do curso de Educação Física, os acadêmicos da graduação realizaram atividades de observação nas escolas da região de abrangência da Unoesc – Joaçaba. Os acadêmicos optaram por visitar uma escola es-tadual do município de Herval d’ Oeste, SC. O objetivo desta atividade foi observar aulas de Educação Física escolar e entender como funciona uma escola. Com a colaboração da professora de Educação Física, que per-mitiu a observação das suas aulas, e da direção, que disponibilizou o Projeto Político Pedagógico escolar, foi possível realizar a coleta de dados necessária para a realização do trabalho. A unidade escolar conta com nove profissionais no setor administrativo, vinte e sete professores, um professor na sala de tecnologia e quatro pro-fissionais de serviços gerais. O ensino médio é o nível de ensino oferecido pela escola. Nele, estão matriculados 405 alunos, distribuídos em seis turmas de 1º ano, sete turmas de 2º ano e três turmas de 3º ano. Esse momento colaborou com a formação acadêmica do futuro profissional de Educação Física. Foi possível compreender a importância de estar atento no momento de planejar as aulas e organizar a aplicação das atividades, adequan-do-as às necessidades de cada faixa etária, refletindo sobre o desenvolvimento de seu aluno. Para muitos acadêmicos que participaram da atividade, esta foi a primeira experiência concreta no ambiente escolar desde o seu ingresso no curso superior. A atividade na escola contribuiu com a formação acadêmica e espera-se que a realização dos estágios colabore com a futura vivência no ambiente escolar. Palavras-chave: Professor. Escola. Ensino. [email protected] [email protected]@[email protected]

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ABORDAGEM DE HIGIENE CORPORAL COM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE

TURMAS DE 4º E 5º ANO

Saionara Cristina Caliari RibeiroJulio Cezar Alberguini

A higiene corporal reflete os cuidados com o corpo, as maneiras com que cada ser humano cuida de si, são consideradas fatores determinantes para saúde dos indivíduos. Além de promover a saúde, os hábitos de higiene auxiliam na prevenção de doenças, cada parte do corpo necessita de cuidados diferentes, mantendo os bons hábitos estará contribuindo para o seu próprio bem-estar. O objetivo desta atividade foi fortalecer os hábitos de higiene e estimular os alunos a cuidar melhor do próprio corpo, desenvolvendo a pratica de hábitos de higiene para melhorar a qualidade de vida. O estágio foi realizado no Grupo Escolar Municipal Horizonte de Zortéa/SC, com escolares do 4º e 5º ano das séries iniciais. A intervenção foi realizada por meio de palestras e debates, onde os alunos relataram suas opiniões sobre o tema abordado. Foram realizadas ati-vidades práticas para a fixação do assunto e os alunos demonstraram interesse, participando e interagindo de forma divertida. Ao final das atividades desenvolvidas, percebeu-se que os alunos conseguiram associar o assunto, realizar debates com os colegas e foram estimulados a praticar o conhecimento adquirido. Durante a intervenção pode-se observar a efetiva prática dos alunos em relação aos hábitos de higiene. Buscou-se com esta intervenção apresentar aos alunos os benefícios de ter bons hábitos de higiene e estabelecer um processo de ensino-aprendizagem que contribuísse para uma melhor qualidade de vida. Conclui-se que as atividades realizadas proporcionaram aos alunos conhecimentos importantes sobre os hábitos de higiene e que estes in-fluenciarão de maneira positiva para uma vida saudável.Palavras-chave: Saúde. Higiene Corporal. Qualidade de vida.

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AÇÕES INOVADORAS E MOTIVADORAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA CERT:

PRÁTICAS PIBIDIANAS

Iara Daiany de Sousa Pereira BurlimPriscila Luana Pimentel

Tainan DevensVictor Bechi

Jacqueline Baptista RighiElisabeth Baretta

O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) é um programa do governo federal em par-ceria com a Capes e Universidades, que tem por finalidade fomentar a iniciação à docência, contribuindo para a melhoria da qualidade da educação básica pública brasileira. Nesse sentido, o programa cria oportunidades de formação aos bolsistas à participarem no planejamento de ações e discussão sobre questões de aprendiza-gem, ensino e contexto escolar. O professor iniciante necessita de capacitações que venham proporcionar uma nova dinâmica no cotidiano escolar, que possibilite a interatividade com o conhecimento de forma objetiva e prazerosa. Com vinculo no Centro Educacional Roberto Trompowsky, CERT, o programa contempla dez bol-sistas, uma professora supervisora e uma coordenadora, onde atendem um total de 450 alunos do ensino fun-damental e educação infantil. Por meio de pesquisas bibliográficas são desenvolvidos projetos e práticas pe-dagógicas inovadoras e motivadoras que contribuem para a formação dos educandos. A partir desta proposta foram desenvolvidos os seguintes projetos: Xadrez gigante, Xadrez kids, Gincana, Esportes complementares, Ginástica escolar e em progressão, Inclusão nas aulas de Educação Física, Capoeira e Educação Física e Meio ambiente. Neste sentido, acredita-se que a educação cria possibilidades de mudança, como espaço para refletir e colocar em prática novas propostas. O conhecimento adquirido no PIBID é de fundamental importância para a formação dos bolsistas, pois, estar inserido no âmbito escolar deixa transcender a certeza da escolha pela profissão e o cuidado de inovação nas aulas, propiciando o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor dos educandos.Palavras-chave: Pibid. Formação docente. Educação Física. Metodologias de ensino.

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ÁGUA, A MELHOR OPÇÃO DE HIDRATAÇÃO

Natalia BorgaLeoberto Grigollo

A água tem um grande poder, pois sem ela não há vida; ela é o maior componente do nosso corpo, ocupando entre 60 e 75% do seu volume. É essencial para jovens, adultos, idosos e principalmente para crianças. A água do organismo provém de várias fontes, sendo ingerida sob a forma de água pura e de água que compõe os alimentos. A hidratação é um dos aspectos mais importantes antes, durante e também após uma atividade. No decorrer das aulas de Educação Física pode ocorrer uma possível desidratação gerada por fatores como a intensidade, a duração dos exercícios, o clima, a roupa e a sudorese excessiva. O objetivo desta atividade foi conscientizar e sensibilizar os alunos para a adoção da prática de ingestão de água em prol da promoção, proteção e recuperação da saúde. Este estágio foi realizado com todos os alunos dos anos iniciais de uma esco-la de Iomerê – Pollo II, com o intuito de criar o hábito nas crianças de ingerir líquido antes, durante e após a atividade física. Foram disponibilizadas garrafinhas com água, e a cada 15 minutos de atividades prolongadas haveria pausa para hidratação. Realizou-se uma minipalestra a respeito dos benefícios da água. A participação de todos os 40 alunos foi efetiva, houve a aceitação, o entendimento do conteúdo e a compreensão da grande importância da água no organismo. Necessita-se de água para um funcionamento adequado do corpo; não basta somente bebê-la quando se tem sede. Infelizmente não se tem a capacidade de armazenar a água ingeri-da, por isso há a grande necessidade de se repor o volume que está sendo perdido, e o mais importante ainda é saber quanto de líquido o corpo humano necessita para trabalhar adequadamente, pois o combustível mais eficiente para ele é a água.Palavras-chave: Hidratação. Crianças. Atividade Física.

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: APRENDENDO NA ESCOLA A CUIDAR DA SAÚDE

Giovani CampagninLeoberto Grigollo

Alimentação saudável trata principalmente da ingestão de alimentos naturais que forneçam ao corpo: prote-ínas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio vitaminas e outros minerais. Uma alimentação saudável propor-ciona qualidade de vida, pois faz o corpo humano funcionar adequadamente, respondendo a todas as suas funções. Além disso, é a melhor forma de prevenção para qualquer tipo de doença. O objetivo desta atividade foi proporcionar situações de ensino e de aprendizagem, nas quais os alunos do 1° ao 5° ano possam ser ins-tigados à reflexão sobre os hábitos alimentares e à importância destes para uma melhor qualidade de vida, prevenindo diabete, colesterol e obesidade infantil, auxiliando desta forma, para a melhoria do desempenho escolar. Para que os objetivos pudessem ser alcançados usou-se como metodologia o desenvolvimento de ati-vidades correspondentes à faixa etária das crianças, utilizando uma linguagem simples, por meio do lúdico, tais como: rodas de conversas, desenhos animados, contato com a pirâmide alimentar, contação de histórias, poemas, manuseio de imagens e diferentes materiais. Além do mais, houve a exploração dos sentidos do tato e olfato, aprendendo assim a diferenciar um alimento saudável daquele não saudável. Os resultados foram alcançados, visto que as crianças conseguiram fazer essa diferenciação. Assim, em relação ao desenvolvimento das atividades elaboradas no projeto em todos os seus aspectos tem-se como considerações finais não criticar as contradições encontradas em sala de aula, mas sim refletir sobre a contribuição que o presente projeto, inti-tulado como “Alimentação Saudável”, proporcionou às crianças envolvidas. Palavras-chave: Alimentação saudável. Hábitos alimentares. Qualidade de vida. Escola.

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ATIVIDADE FÍSICA: ADQUIRINDO HÁBITOS SAUDÁVEIS POR

MEIO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Vitória Ribas Lago Julio Cezar Alberguini

Entendendo a escola como meio que auxilia na formação de indivíduos e como uma das protagonistas no papel de influenciar comportamentos e atitudes, vê-se a importância de trabalhar conteúdos relacionados à adoção de um estilo de vida saudável nas aulas. Seguindo esse pensamento, um dos papéis do professor, principalmente o de Educação Física, é o de informar os alunos sobre os benefícios de associar alimentação saudável e a prática regular de atividade física para a promoção de saúde. O objetivo foi desenvolver atitudes que coloquem em prática hábitos saudáveis, por meio da exposição de situações para reflexão e adesão de hábitos alimentares saudáveis e prática regular de atividade física. O Estágio Multidisciplinar I foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Júlia Billiart, localizada no Município de Campos Novos, SC, no período de 26 de abril a 26 de maio de 2017. As atividades foram realizadas com duas turmas de sexto ano do ensino fundamental. Mediante o questionário referente à alimentação saudável aplicado ao sexto ano B, obteve-se que nenhum aluno possui hábitos alimentares excelentes, 23,5% já possuem alguns hábitos sau-dáveis, porém precisam melhorar, e 76,5% possuem hábitos alimentares não saudáveis. No teste relacionado à prática de atividade física aplicado ao sexto ano A, apenas 29,5% da turma praticam atividades físicas além das aulas de educação física, como escolinhas de futsal, basquetebol, etc. Deve haver a conscientização agora, enquanto crianças e adolescentes, para que na vida adulta possam usufruir do conhecimento que lhes foi pas-sado, adotando o estilo de vida saudável. Entretanto, apenas a informação não garante a adesão à mudança de comportamento. É preciso oportunizar a prática. E a melhor maneira é por meio das aulas de Educação Física.Palavras-chave: Alimentação saudável. Atividade física. Qualidade de vida.

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ATIVIDADE FÍSICA

Grazieli Rodrigues MacielElisabeth Baretta

A falta de alimentos saudáveis e atividade física estão cada vez mais comuns entre os jovens. O sedentarismo e comidas rápidas ganham força nesta fase ocasionando problemas de saúde. Uma alimentação saudável e a prática de atividade física regular precisam andar juntas para prolongar e enriquecer nossas vidas. A inter-venção teve por objetivo informar os impactos de uma alimentação saudável e a prática de atividade física contribuindo para escolha de um estilo de vida mais apropriado no cotidiano. Este trabalho fez parte do pro-jeto de intervenção do componente curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II do curso de Educação Física da UNOESC, que foi desenvolvido com alunos do 8º e 9º anos de uma escola pública em Zortéa, SC, por meio de palestra, onde foi abordado a importância do tema e os riscos da inatividade física. Em um segundo momento foi construído a pirâmide alimentar com embalagens de alimentos que os alunos consomem em casa com suas famílias, sendo que a mesma é representada de forma gráfica com a quantidade de alimentos de cada grupo alimentar que deve ser ingerido diariamente. Os trabalhos elaborados pelos alunos foram expostos no pátio da escola. Observou-se que o professor de Educação Física também possui dificuldades com seus alunos, assim como o professor de matemática ou português, pois trabalhar com adolescentes exige muito jogo de cintura e, nem sempre, você terá a cooperação de todos. O estágio é fundamental para a vida do acadêmico, pois é neste momento que coloca-se em prática os fundamentos teóricos adquiridos durante as disciplinas curriculares, tomando contato com o mundo escolar, vivenciando situações onde futuramente servirão para atuação efetiva no campo de trabalho.Palavras-chave: Alimentação Saudável. Atividade Física. Educação. Saúde.

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E HIDRATAÇÃO: CONSCIENTIZANDO PARA MELHOR QUALIDADE

DE VIDA

Matheus FioreseJulio Cezar Alberguini

A conscientização sobre alimentação e hidratação adequadas leva a ganhos e benefícios na vida e de futuras gerações. O quanto antes esses hábitos forem adquiridos, mais positivos serão os resultados, atuando como prevenção de doenças e aumento na qualidade de vida. O objetivo foi distinguir hábitos de alimentação sau-dável que possam resultar em ganhos e em uma melhor qualidade de vida. O estágio foi realizado no Centro Educacional Frei Bruno, de Joaçaba, SC, com alunos de ambos os sexos, com idades de 7 a 9 anos. Nessa inter-venção, foram realizadas duas palestras, uma inicial e outra final, sobre o conteúdo, e atividades que remetem ao tema do projeto, fazendo com que os alunos desenvolvam o que foi aprendido em sala de aula de maneira prática e lúdica. Durante a palestra, foi feita a conscientização sobre a importância dos hábitos saudáveis, bene-fícios e malefícios, doenças, funcionamento do organismo, relação com a prática de atividade física e qualidade de vida. Na realização das atividades, foram trabalhados conceitos por meio de jogos e brincadeiras, em que os alunos puderam perceber a influência e como esse assunto está presente no cotidiano, bem como a sua dimen-são. É necessário implantar na escola projetos para melhorar os hábitos saudáveis e atingir o maior número de alunos possível para que a mudança se torne realidade e consequentemente se faça a inclusão de pessoas da comunidade para que se consiga uma qualidade de vida maior, assim, tornando a escola um meio formador, presente e influenciador na vida dos alunos.Palavras-chave: Hábitos saudáveis. Conscientização. Qualidade de vida.

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Gabriel Werlang AlberguiniJulio Cezar Alberguini

Um estilo de vida ativo em adultos está relacionado aos hábitos saudáveis adquiridos na infância e adolescên-cia. Na fase jovem da vida, o nível considerável de atividade física e a preocupação com a alimentação contri-buem para prevenir doenças, diminuir os casos de obesidade e estabelecer uma base sólida para a redução da prevalência do sedentarismo. O presente projeto teve como objetivo avaliar a satisfação ou insatisfação com a imagem corporal de crianças e reforçar a necessidade de hábitos alimentares saudáveis e a importância da atividade física para a promoção da saúde. O projeto de estágio foi realizado no componente de Estágio Cur-ricular Multidisciplinar I, na Escola Municipal São Francisco em Luzerna, com participação de 24 alunos de segundo ano, 58 alunos de terceiro ano e 16 alunos de quarto ano, totalizando quatro turmas. Foi desenvolvida uma dinâmica de apresentação com os alunos, seguida de uma atividade chamada Escala de Silhuetas, que teve como objetivo coletar dados referente à imagem corporal. Posteriormente, uma pequena palestra com base nos resultados foi realizada, destacando a necessidade de uma alimentação saudável rica em nutrientes e a importância da prática de atividade física para a saúde, seguida de um circuito prático construído na quadra esportiva. As escalas foram compostas por nove silhuetas que aumentavam a massa física de forma crescente, concluiu-se que os alunos têm satisfação com sua imagem corporal. Em todas as atividades realizadas ocorreu uma participação muito satisfatória dos alunos e notou-se a curiosidade e preocupação das crianças em relação aos conteúdos abordados. Ao término do estágio percebeu-se a importância desse momento em sala de aula; além disso, foi possível agregar experiência em ministrar aulas conciliando fundamentos teóricos e práticos.Palavras-chave: Escola. Saúde. Atividade física.

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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Eliã Matheus ChiochettaJulio Cezar Alberguini

A alimentação saudável é de extrema importância para crianças e adolescentes, sendo um excelente ponto de partida para uma vida saudável. Através de bons hábitos alimentares todas as pessoas podem ter melhor qualidade de vida, bem-estar e saúde, pois isso também evita doenças. Os diversos estudos na área da saúde realizados nas últimas décadas demonstram claramente a relação de uma série de doenças causadas por maus hábitos alimentares. O diabetes, a prisão de ventre, o câncer de intestino, o aumento do colesterol no sangue, a pressão alta e a obesidade são exemplos de doenças que podem ser evitadas através de uma boa alimentação. Portanto, a prática de uma alimentação saudável é de grande importância para a preservação da nossa saúde. O objetivo desta atividade foi identificar as preferências alimentares dos alunos; identificar as frutas, legumes e raízes e a importância destes para a saúde; reconhecer o produto industrializado como um alimento menos nutritivo e menos necessário para o seu desenvolvimento; conscientizar os alunos sobre como ter uma alimen-tação saudável e incentivá-los a ter bons hábitos alimentares. O Estágio foi realizado na Escola de Educação Básica Victor Felippe Rauen de Jaborá, SC, com alunos do 6º ano. Foi realizada uma palestra sobre Alimen-tação Saudável e, posteriormente, aplicadas algumas atividades referentes ao que foi exposto. Os alunos de-monstraram interesse, foram participativos, o que os levou a obter um aprendizado significativo. É necessário implantar na escola um projeto com palestras sobre Alimentação Saudável para todas as turmas, para que os alunos possam ter orientação, desde cedo, sobre como devem alimentar-se de forma correta.Palavras chave: Alimentação. Saúde. Ensino.

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ALIMENTOS FUNCIONAIS

Beatriz FrankLeoberto Ricardo Grigollo

Alimentos funcionais são alimentos ou ingredientes que oferecem benefícios à saúde e possuem funções nu-tricionais básicas. Eles podem, por exemplo, reduzir o risco de doenças crônicas degenerativas como câncer e diabetes. A alimentação realizada de forma correta e com equilíbrio na ingestão dos nutrientes pode trazer grandes benefícios para a saúde da população, inclusive das crianças e adolescentes. O objetivo desta ativida-de foi estimular o conhecimento básico nos alunos, para que eles possam ter bons hábitos de alimentação, mos-trando os benefícios e funções que os alimentos são capazes de trazer para suas vidas. O trabalho foi aplicado no Grupo Escolar Municipal Nossa Senhora de Fatima, no Município de Herval d’Oeste, SC, de 28 de abril de 2017 a 31 de maio do mesmo ano, com as turmas do 1º, 3º, 4º e 5º anos do período vespertino. O trabalho foi realizado em forma de palestras, vídeos e jogos, como quebra-cabeça, trilha dos alimentos e dominó. Obser-vou-se o interesse das crianças pelo assunto e sua conscientização de quais alimentos devem ser consumidos, bem como as quantidades e qualidades. Também foi possível perceber que os alunos reconheceram a impor-tância do tema e apresentaram intenção de mudar seus hábitos alimentares. É necessário implantar na escola uma conscientização mais ampla sobre alimentos, realizando trabalhos e palestras sobre como é importante ter uma boa alimentação, pois ela é um dos fatores mais importante para o crescimento e desenvolvimento da criança, é na infância que o ser humano mais precisa de energia e nutrientes para ter uma boa formação do seu corpo e mente. Palavras-chave: Alimentos. Consumo. Educação Física.

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APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Ediana Fernandes TulleoElisabeth Baretta

Entende-se a necessidade de se desenvolver na escola temas, como aptidão física e a prática regular de exer-cício físico, os quais, bem orientados podem contribuir à saúde, formação e conhecimento dos escolares. Este projeto teve como objetivo demonstrar a importância da flexibilidade para a aptidão física de adolescentes, estudantes do ensino fundamental da Escola Municipal São Francisco de Luzerna, SC. Esta intervenção faz parte do Componente Curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II, do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba e foi aplicado para 46 alunos dos nonos anos (901 e 902). As aulas foram conduzi-das em dois momentos distintos: no primeiro momento foi aplicado um teste de aptidão física (flexibilidade), no qual se percebeu certo receio por parte de alguns alunos. No segundo momento da intervenção, foi propos-to um diálogo por meio de uma breve palestra, com recursos audiovisuais. Foram apresentados e discutidos os resultados para mostrar o quanto é importante à prática esportiva e a flexibilidade. Após a socialização, foi realizado um alongamento no próprio auditório em razão do mau tempo. Durante as aulas de intervenção os alunos ofereceram totais condições para o desenvolvimento das atividades propostas, demonstrando in-teresse sobre o assunto. Após toda abordagem realizada, torna-se importante ressaltar que o estágio foi uma experiência significativa para a formação enquanto acadêmico, possibilitando oportunidades de exercitar a prática profissional, além de enriquecer e aprimorar o que foi aprendido na teoria, a fim de melhor contribuir com a formação de cidadãos. Assim, ao concluir o Estágio, entende-se que é fundamental para a formação do acadêmico, desenvolvendo a prática profissional e proporcionando experiências de aprendizado no campo da Educação Física.Palavras-chave: Aptidão Física. Saúde. Escolares.

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APTIDÃO FÍSICA PARA A SAÚDE DE ESCOLARES

Cleiton CurselLeoberto Ricardo Grigollo

A aptidão física de escolares deve ser sempre avaliada para poder acompanhar o nível de desenvolvimento das capacidades física dos mesmos, para melhorar os aspectos de saúde e qualidade de vida. Este trabalho teve como objetivo investigar o Nível de Aptidão Física para a saúde dos escolares de Irani/SC. O trabalho foi realizado na escola Prefeito Valdecir Ângelo Zampieri, com alunos de 1º ao 4º ano do ensino fundamental de ambos os sexos. Foi aplicada a primeiramente bateria de testes para a avaliação da aptidão física. Em seguida foram tabulados os dados, e levado os mesmos na escola. Foi ministrada uma palestra para os alunos dos be-nefícios da atividade física junto com os resultados analisados. As atividades propostas para o estágio tiveram boa aceitação por parte dos alunos avaliados que realizaram todos os testes. Foram detectados resultados positivos e negativos para critérios de saúde em todas as avaliações. Quando explanado os resultados para os alunos, os mesmos gostaram das respostas que foram encontradas e concordaram que precisam melhorar em alguns aspectos da aptidão física. Conclui-se que os processos das atividades de educação e saúde das crianças e pré-adolescentes por meio de avaliações nas escolas públicas é de extrema importância, sendo uma forma importante de demonstrar a realidade na vida cotidiana e acaba mostrando que algumas pessoas deixam a desejar. Sem um estilo de vida saudável, com boa alimentação, bom descanso, convívio social com exercícios para futuramente ter uma vida duradoura.Palavras-chave: Aptidão Física. Saúde. Escolares.

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APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Nádia Delazari Elisabeth Barreta

A aptidão física pode ser entendida como a capacidade de realizar esforços sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas condições orgânicas no meio ambiente em que vive, isto é, a capacidade de um indivíduo em realizar atividades físicas. Este projeto teve como objetivo conscientizar os alunos sobre a importância da aptidão física, calculando o IMC, com a devida orientação sobre os benefícios para a saúde. O presente projeto faz parte do Componente Curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba, e foi aplicado em aulas de intervenção, com um total de 75 alunos do 1° ano do ensino médio, da Escola de Educação Básica Prefeito Silvio Santos, no Munícipio de Ouro, SC. O estágio se desenvolveu no primeiro momento com uma palestra explanando o que é aptidão física e os benefícios para a saúde; no segundo momento fomos até o pátio superior da escola para realizarmos a coleta das medidas antropométricas de Massa Corporal e Estatura. Em seguida, retornamos à sala de aula para que os alunos pudessem fazer o cálculo do Índice de Massa Corporal. Foram socializados os resultados obtidos conforme a tabela do Manual Proesp. A acadêmica foi bem recebida pela direção e pela professora supervisora da escola. Considera-se que o estágio foi fundamental para a formação acadêmica, pois os objetivos foram al-cançados. Esse estágio oportunizou o aprimoramento profissional com êxito enquanto professor de Educação Física, portanto, é o aprimoramento do desenvolvimento do acadêmico, melhorando o desempenho em sala de aula, enquanto professor de Educação Física. Palavras-chave: Aptidão Física. Saúde. Educação Física.

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ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA

Carla Patrícia do NascimentoElisabeth Baretta

A atividade física contribui significativamente para a melhora na qualidade de vida, ajudando na manutenção do organismo, diminuindo as chances de doenças cardiovasculares, doenças crônicas, obesidade e, também, auxilia no bem-estar psicológico e emocional. Este projeto teve o objetivo de conscientizar sobre os benefícios da prática regular de atividade física, visando uma vida saudável e duradoura em escolares da rede pública de Zortéa, SC. Foi realizada uma intervenção com adolescentes do 8° e 9° anos, desenvolvida no componente curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II, do curso de Educação Física. As aulas foram conduzidas por meio de recursos audiovisuais em forma de palestra, proporcionando aos alunos momentos para expo-rem suas opiniões e questionamentos acerca do tema. No primeiro momento, em conversa com os alunos, foi questionada a importância da atividade física. Em sala de aula, os alunos escreveram em papeletas suas opiniões, sendo socializadas as ideias iniciais; em seguida foi explicada a importância da atividade física para a qualidade de vida. Num terceiro momento, escreveram nas papeletas suas novas visões sobre o assunto. Acredita-se que os objetivos foram alcançados com êxito, visto que houve a compreensão da importância da atividade física para a qualidade de vida. Fica a certeza da importância do Estágio Curricular Multidisciplinar II para os futuros profissionais, demonstrando o leque de oportunidades de intervenção que temos em nossas mãos, para formarmos cidadãos conscientes sobre os benefícios da atividade física para a qualidade de vida. Palavras-chave: Atividade Física. Qualidade de vida. Doença crônica.

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ATIVIDADE FÍSICA EM BENEFÍCIO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Héricles Eduardo CoelliLeoberto Ricardo Grigollo

A promoção de saúde é um tema que tem sido muito debatido nos últimos anos. Busca-se, assim, uma estraté-gia promissora para o embate aos inúmeros problemas de saúde que modernamente afetam os seres humanos. Essa é uma disciplina de destaque nos processos educativos, sendo baseada na construção de estilos de vida mais saudáveis, bem como na criação de ambientes favoráveis à melhoria da qualidade de vida. O profissio-nal de Educação Física e a instituição educacional são fundamentais nesse processo, pois possibilitam uma educação baseada na promoção da saúde, motivando os alunos a praticarem atividades físicas regularmente. O objetivo desta atividade foi estimular a importância da atividade física regular para uma vida saudável do estudante. O trabalho foi realizado na Escola Municipal Felisberto Vilarino Dutra, município de Ouro, SC, com alunos de ambos os sexos, com idade de 6 a 12 anos. Foram trabalhadas práticas que envolvem a cultura corporal de movimento, sendo realizadas atividades de brincadeiras recreativas e jogos. Ficou evidente que ter saúde e qualidade de vida não é algo estático, mas sim dinâmico. Os alunos aceitaram bem as atividades propostas e demonstraram entendimento ao fim do estágio sobre a importância de praticar atividade física para a saúde. Foi possível perceber que a Educação Física Escolar exerce um papel importantíssimo na pro-moção de saúde dos escolares, pois a escola é um espaço em que práticas pedagógicas relacionadas à saúde podem ser desenvolvidas como um recurso que pode ser utilizado em toda a vida. Pois, ao oferecer práticas de cultura corporal envolvendo jogos, brincadeiras e esportes, o professor estará promovendo a saúde de seus alunos. E isso, sendo feito de forma reflexiva e autônoma, poderá garantir saúde para além dos anos escolares, resultando em benefícios para toda a vida.Palavras-chave: Saúde. Qualidade de Vida. Escolares.

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ATIVIDADE FÍSICA VOLTADA PARA MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA

Gustavo Defaci MignoniJulio Cezar Alberguini

Atividade física é muito importante na vida das pessoas e principalmente das crianças, pois com as tecnolo-gias disponíveis hoje em dia elas acabam trocando uma brincadeira ao ar livre por algum aparelho tecnológico que lhes traga diversão. As preocupações maiores são com os malefícios causados nas crianças. Com o aumen-to dos níveis de sedentarismo há também o aumento de doenças causadas pela falta de atividade física e é em cima disso que se deve trabalhar, levando principalmente para às escolas e os alunos a importância de praticar atividade física. O objetivo desta atividade foi demonstrar aos alunos a importância da atividade física no seu dia-a-dia, como melhoria na qualidade de vida e prevenção de doenças. O projeto foi desenvolvido na Esco-la Municipal de Ensino Fundamental Luciano Antônio Dondé com as turmas do PréB2 e 4ºAno. Na prática foram realizadas várias atividades que contemplavam diferentes aspectos do desenvolvimento das crianças, como coordenação motora, lateralidade, espaço temporal e usando sempre do lúdico para deixar a aula mais atrativa. Após o término de cada atividade era ressaltado a importância da prática de atividade física e ao fim das aulas os alunos juntamente com o professor faziam uma socialização sobre o tema proposto. Os resulta-dos obtidos foram significantes, pois os alunos conseguiram adquirir o conhecimento que lhes foi repassado e entenderam a importância de realizar a atividade física para sua saúde e também a importância de levar a atividade física para o seu dia-a-dia. O objetivo do projeto foi alcançado ao final do estágio, os alunos conse-guiram compreender a importância da atividade física e de levar esta prática para a sua vida. O estágio conse-guiu elevar o nível de interesse dos alunos nas aulas de Educação Física, através da ludicidade das atividades.Palavras-chave: Atividade física. Prevenção. Qualidade de vida.

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AVALIAÇÕES FÍSICAS E ANTROPOMÉTRICAS EM ALUNOS PARTICIPANTES DO PROJETO “MAIS

SAÚDE” DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO FRANCISCO DE LUZERNA, SC

Willian Rhoden ScheuermannJulio Cezar Alberguini

A obesidade é um dos problemas que mais afetam a população hoje em dia, esse número é mais preocupante quando se trata da obesidade infantil, pois, uma criança obesa será um adulto obeso e tem mais chances de desenvolver alguns problemas, tais como hipertensão, problemas cardiovasculares, além de problemas arti-culares, principalmente na coluna, joelhos e tornozelos. Esse trabalho teve como objetivo elaborar uma ficha completa com dados relacionados a saúde e qualidade de vida, além de propor uma mudança no estilo de vida dos alunos participantes do projeto “Mais Saúde” da Escola São Francisco de Luzerna O trabalho foi realizado na Escola Municipal São Francisco de Luzerna, SC, e foram colhidos dados básicos, como idade, massa e esta-tura para cálculos de RCQ e percentual de gordura, posteriormente; foram realizadas as avaliações de acordo com a bateria de testes proposta pelo manual PROESP (GAYA; GAYA, 2016), e, para finalizar, foi aplicado um questionário sobre saúde e qualidade de vida elaborado pelo professor Markus Nahas. Depois de todas essas avaliações, testes e questionário pode-se observar que, devido ao excesso de massa corporal, os movimentos ficam limitados, causando assim um baixo nível de excelência nos testes realizados, ficando a maioria dos alu-nos em condição ruim nos testes, juntamente a isso, com o questionário, pode-se perceber também que a ali-mentação feita de maneira incorreta é uma das principais causas do excesso de massa corporal desses alunos. O trabalho foi de extrema importância, pois os alunos perceberam a necessidade desses testes e medidas para melhorarem e evoluírem nesse projeto, tanto que, no final, foi notável perceber nos alunos uma motivação para uma mudança no estilo de vida, que é extremamente necessário. Palavras-chave: Obesidade. Atividade Física. Estilo de vida.

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BENEFÍCIOS À SAÚDE PRATICANDO ATIVIDADES FÍSICAS REGULARES

Thaila Aparecida Padilha Júlio Cezar Alberguini

A análise das relações entre saúde e atividade física é uma demanda atual, pois observa-se uma sociedade que, muitas vezes, não tem mais tempo para cuidar da própria saúde. A cada dia o número de pessoas com problemas de saúde vem aumentando, e, dessa forma, observa-se nas escolas, crianças e adolescentes que apresentam algum grau de obesidade devido à falta de incentivo a pratica da atividade física. O objetivo desta atividade foi estimular a importância da atividade física regular para uma vida saudável em estudantes. O es-tágio foi realizado com estudantes da escola de Educação Básica Belisário Pena, com quinze alunos de ambos os sexos, com a faixa etária de dez a doze anos. Foi aplicado para os alunos um questionário sobre o nível de atividade física que cada um possui e executado jogos pré-desportivos para incentivar a prática da atividade física. As atividades foram elaboradas com intuito de mostrar aos alunos a grande variedade de atividades para uma aula de Educação Física. Os resultados encontrados foram de grande importância, dos trinta alunos, vinte e dois alunos têm sua vida ativa na prática de atividade física fora da escola. Todas as atividades foram realizadas com êxito, o tempo destinado foi suficiente e muito bem aproveitado pelos alunos, houve a partici-pação e colaboração de todos. O propósito principal desse projeto foi apresentar aos escolares a importância e a relação da Educação Física escolar com a saúde de quem a pratica. O estágio foi de grande importância para a construção profissional do acadêmico, inserir o mesmo na escola, contribui muito para a formação de um profissional qualificado e responsável em sua área. Palavras-chave: Atividade Física. Saúde. Obesidade. [email protected]@yahoo.com.br

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BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR

Jaqueline SpaderLeoberto Ricardo Grigollo

A prática do bullying significa agredir alguém verbal ou fisicamente, repetidas vezes, causando medo e cons-trangimento de forma intencional. O que a primeira vista parece um simples apelido ou uma brincadeira ino-fensiva pode gerar grandes consequências na vida de uma pessoa. O objetivo deste trabalho foi desenvolver ações educativas que pudessem contribuir para reflexão e consequentemente adoção de atitudes favoráveis a um comportamento condizente com os princípios éticos e democráticos. A execução deste projeto fez parte do componente curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar I do Curso de Educação Física da Unoesc, cam-pus de Joaçaba e foi aplicado em aulas de intervenção para 23 alunos do 1º ano, 20 alunos do 2º ano, e 22 alunos do 2º ano1, de uma escola municipal, Vargem Bonita, SC. No primeiro momento, foi realizada a explanação do tema aos alunos, através de uma palestra com slides. Na intervenção seguinte, foi realizada uma dinâmica com os alunos demonstrando como o bullying age nas pessoas. Após foi feito um breve comentário do conteúdo, no qual foi exposto um vídeo que relatava a importância de não praticar o bullying. No contexto geral, os alunos entenderam o objetivo proposto, assimilando a ideia de não praticar bullying, e as consequências que o ato traz à vida das pessoas. Foi visível a participação das turmas durante o estágio, pois saiu das atividades de rotina do contexto escolar. O Estágio Curricular Multidisciplinar I agregou experiências práticas de ministrar aulas para alunos do ensino fundamental, pois foi possível conciliar métodos pedagógicos e diferentes instru-mentos de ensino e de aprendizagem.Palavras-chave: Bullyng. Escola. Prevenção.

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COMPOSIÇÃO CORPORAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Leoberto GrigolloSanto Juceli Veronez

As medidas de índice de massa corporal (IMC) e dobras cutâneas são fatores de avaliação muito importantes na estimativa da composição corporal de crianças e adolescentes. Através desse estudo é possível verificar e determinar o baixo, excesso e a normalidade da gordura corporal. O objetivo desta atividade foi identificar o IMC e a composição corporal dos alunos de uma escola do município de Capinzal/SC. O Estágio Curricular Multidisciplinar I, foi realizado na E.M. Dr. Vilson Pedro Kleinubing, localizada à Rua Santo Domênico Calza, nº 45, na cidade de Capinzal-SC. Foram coletados dados de IMC, (massa e altura de masculino e feminino) e Dobras Cutâneas de subescapular e tricipital (masculino) dos alunos de 3º ao 5º ano. Foram analisados o IMC de 100 alunos, no percentual de gordura foi possível analisar somente os meninos por não conseguirmos autorização para as meninas. Dos investigados na variável IMC, 45 são meninos e 55 meninas; 58% dos inves-tigados apresentaram resultados normais, 33% estão acima do peso, 8% com obesidade grau I e 1% obesidade grau II. Já as medidas de dobras cutâneas, tricipital e subescapular, dos meninos, totalizando 45 alunos, 53,3% normais, 6,6% estão abaixo dos padrões, 21,2% estão com gordura moderadamente acima, 14,4% acima e 4,5% muito acima do teor de gordura aceitável. Considera-se alarmantes esses resultados, pois mais de 40% das crianças estão acima do peso. É necessário tomar medidas para conter essa estatística, ou, no futuro os inves-tigados terão sérios riscos à saúde.Palavras chave: Índice de massa corporal. Dobras Cutâneas. Saúde.

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ESTILO DE VIDA, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE: UMA ABORDAGEM DO CONTEÚDO NAS AULAS

DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Priscila Luana Pimentel Elisabeth Baretta

Em um contexto de uma sociedade cada vez mais moderna, o estilo de vida e, em particular, a atividade fí-sica tem sido fatores importantes para uma qualidade de vida melhor. Adaptar-se a ter hábitos saudáveis e mudanças no comportamento podem levar o indivíduo a uma condição geral de bem-estar físico e mental. Este projeto teve como objetivo conscientizar os alunos sobre os benefícios de hábitos saudáveis e da prática de atividades físicas regulares; além de identificar o perfil do estilo de vida dos adolescentes de uma escola municipal de Joaçaba. Foi realizado em forma de intervenção por meio do Componente Curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II, do curso de Educação Física da UNOESC e aplicado no Centro Educacional Roberto Trompowsky, CERT, em Joaçaba, SC, envolvendo 43 alunos, sendo 22 meninas e 21 meninos do 8º e 9º ano. Inicialmente, o tema foi abordado em forma de slides, explicando o que era estilo de vida saudável e a importância da prática regular de atividade física bem como, o que sua ausência pode ocasionar para o corpo. Para obtenção do perfil da turma, foi aplicado o questionário do Pentáculo do Bem-estar, proposto por Nahas (2013), que foi analisado e repassado aos alunos por meio de slides e um cartaz onde foram dispostas todas as respostas. Os resultados demonstram que são indivíduos que não realizam ou realizam poucas atividades físicas. Durante a realização do estágio, as duas turmas foram bem participativas, questionavam e interagiam bastante, não apresentando dificuldades em preencher o questionário. O Estágio Multidisciplinar é uma forma do acadêmico estar inserido na escola e, assim, vivenciar as aulas de Educação Física de uma maneira diversi-ficada. Aplicar assuntos relacionados à saúde é de fundamental importância para os alunos, visto que estamos em uma era onde a tecnologia faz parte de nossas vidas. Sendo assim, o estágio é uma forma de buscar com-plementar o aprendizado adquirido na Universidade com a vivência no âmbito escolar.Palavras-chave: Educação Física. Estilo de Vida. Atividade Física e Saúde.

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EXPLORAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR: VIVÊNCIA PRÁTICA DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Luiz Gustavo Costa DelazereWairan Alves Guerreiro

Pedro Henrique Dalmedico MenegatMarly BarettaGracielle Fin

Com a intenção de propiciar aos estudantes um maior contato com o cotidiano escolar, esta atividade foi realizada de maneira multidisciplinar, nos componentes curriculares de Teoria e Metodologia do Ensino da Ginástica, Didática e Prática Pedagógica da Educação Física Escolar, do Curso de Graduação em Educação Física da Unoesc, Joaçaba. A atividade foi realizada em uma escola pública do município de Catanduvas, SC, que atende 876 alunos, em 22 turmas de Ensino Médio e 9 turmas de Ensino Fundamental. Os acadêmicos fizeram a observação de aulas de Educação Física ministradas na escola, nas turmas de ensino fundamen-tal – anos finais, e ensino médio. Foram também acompanhadas e observadas as formas de planejamento do professor e da gestão escolar, de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola. Como resultados da ati-vidade destaca-se a importância de trazer a realidade escolar para mais próximo do estudante de graduação, permitindo uma melhor formação e aprimoramento dos aspectos relacionados à teoria e prática profissional. A possibilidade de sanar dúvidas e esclarecer questionamentos diretamente com o professor de educação físi-ca e gestores atuantes na escola são importantes para que o futuro profissional possa estar preparado para os desafios encontrados no inicio da profissão.Palavras-chave: Escola. Planejamento. Professor. Educação Física.

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FLEXIBILIDADE E AGILIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Everton Alves FerreiraLeoberto Ricardo Grigollo

A flexibilidade e agilidade na Educação Física escolar está diretamente ligada à realização das tarefas do dia a dia. Ter uma boa flexibilidade e agilidade é ter qualidade e quantidade nos movimentos, melhorando a pos-tura e realizando movimentos com mais destreza e com menor esforço físico. Este projeto tem o objetivo de aplicar atividades que aprimorem o desempenho na execução de tarefas que requeiram agilidade, velocidade e flexibilidade, dando ênfase na qualidade de vida relacionado à saúde, manutenção de uma vida saudável e uma aptidão física adequada aos educandos. O projeto de intervenção foi realizado em uma escola municipal localizada no município de Joaçaba, com alunos de ambos os sexos, com idade entre 8 a 12 anos. As atividades propostas foram realizadas por meio de aulas práticas, trabalhando com atividades lúdicas, e que os alunos participaram de forma ativa. Os resultados obtidos durante o estágio foram satisfatórios, pois pode-se per-ceber que os educandos são participativos em relação as aulas de Educação Física, destacando a importância que os mesmos deram ao assunto abordado como temática do projeto relacionado a saúde. É possível perceber que as crianças, apesar de gostarem das atividades físicas, ainda possuem dificuldades motoras para realizar algumas tarefas, diretamente ligadas à flexibilidade e agilidade, pois não a praticam em seu dia a dia. Por isso é preciso que todos os professores, não somente o de Educação Física, oportunize momentos em suas aulas para os alunos movimentarem-se, e com isso serem pessoas mais ativas e saudáveis, procurando evitar pro-blemas futuros de saúde. Palavras-chave: Agilidade. Flexibilidade. Saúde. Escolares.

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HÁBITOS DE HIGIENE NO ÂMBITO ESCOLAR

Pricilla da Silva da CostaLeoberto Ricardo Grigollo

O comportamento de higiene das crianças é influenciado por diversos fatores desde o convívio familiar ao escolar. A escola como uma instituição de grande influência na vida das crianças, é o lugar ideal para se de-senvolver ações de promoção para um aprendizado adequado de seus hábitos corretos, os quais são funda-mentais para todos nós, independentemente da idade. Ter uma boa saúde, não significa apenas a ausência de doenças. O objetivo desta atividade foi estimular a prática de cuidados na higiene corporal tais como: tomar banho diariamente, cortar as unhas e mantê-las limpas, lavar as mãos constantemente, bem como escovar os dentes depois das refeições. São hábitos simples e corriqueiros que evitam doenças de pele, contaminação por bactérias e as terríveis cáries dentárias. O estágio multidisciplinar I foi realizado em uma escola pública muni-cipal, localizada no município de Joaçaba, no período de 03/04/17 a 31/05/17, nas turmas de 1º ao 4º ano do ensino fundamental, no período vespertino, com aproximadamente 20 alunos por turma. As atividades foram desenvolvidas de acordo com a faixa etária das crianças, utilizando uma linguagem simples, e explorando a ludicidade, através de rodas de conversa, e a utilização de objetos de higiene no intuito de alcançar o objetivo almejado. Os resultados foram alcançados, tendo em vista que as crianças conseguiram fazer a diferenciação de comportamentos tanto individual quanto coletivo. Percebeu-se que as crianças apreciaram as atividades desenvolvidas e demonstraram ter assimilado o conteúdo proposto no projeto. O Estágio foi de extrema rele-vância para a formação acadêmica, pois foi possível vivenciar na prática, aspectos relacionados com a educa-ção e a saúde. Palavras-chave: Qualidade de vida. Higiene. Escolares.

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HIGIENE E SAÚDE

Thalita BofLeoberto Ricardo Grigollo

A higiene é fundamental na vida, pois ela envolve hábitos que promovem a manutenção da saúde e a quali-dade de vida. Esses dois fatores dependem muito dos comportamentos individuais e coletivos apresentados no dia a dia. O objetivo do trabalho foi conscientizar os alunos sobre a necessidade de manter os hábitos de higiene e a relação com a saúde para a prevenção de doenças e para o bem-estar. Metodologia: O Estágio Multidisciplinar I foi realizado em uma escola pública municipal na cidade de Erval Velho, SC; sendo acom-panhado pela direção e professor supervisor da escola. O Estágio foi realizado no período vespertino com quatro turmas do ensino fundamental: 1º ano A, 1º ano B, 4º ano e 5º ano. O Estágio iniciou com quatro horas semanais somente de observação das turmas. Posteriormente foram oito horas semanais de intervenção. No primeiro dia de intervenção as aulas foram realizadas em sala de aula com uma breve palestra sobre higiene e atividades educativas sobre a temática. No segundo dia, as aulas foram realizadas no ginásio, iniciando com um breve debate, logo após, a aula foi prática para a realização de atividades recreativas sobre a temática. O repasse do assunto e a realização das atividades foi diferenciado em razão de a faixa etária dos alunos ser di-ferenciada de algumas turmas para outras. Foram encontrados muitos alunos que não mantêm os hábitos de higiene pessoal. Percebeu-se que muitos alunos não tinham informação sobre as doenças causadas pela falta de higiene. Os hábitos de higiene na escola devem ser sempre reforçados, desde ensinar os alunos a lavar as mãos, tomar banho, escovar os dentes até a importância de lavar as frutas antes de comê-las, e pode-se contar com as contribuições do professor de Educação Física.Palavras-chave: Higiene. Saúde. Escola.

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HORA DO LANCHE: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL COM MAIOR INGESTÃO DE FRUTAS

Tamires de SouzaLeoberto Ricardo Grigollo

O corpo humano é uma máquina fantástica. Ele só terá saúde se as condições do meio forem adequadas. A ali-mentação saudável é de fundamental importância, hoje em dia cada vez mais o produto industrializado vem sendo consumido e os alimentos de valor nutricional maior, acabam ficando de lado, principalmente as frutas. Uma criança mal alimentada apresenta dificuldades de aprendizagem, irritação e falta de atenção. Entretanto, se a criança ao se alimentar, ingerir uma boa quantidade, com qualidade e harmonia de nutrientes, com ade-quação do organismo, terá benefícios em todos os aspectos. O objetivo desta atividade foi estimular a criação de hábitos alimentares saudáveis com frutas em escolares. O trabalho foi realizado no município de Zortéa, SC, no Grupo Escolar Municipal Horizonte com crianças de 4º e 5º anos do período matutino. Desenvolvido por meio de slides, explicando sobre os nutrientes, os minerais e as vitaminas existentes nas frutas, os seus benefícios para o corpo e a prevenção que fornece contra algumas doenças; também foi apresentado um vídeo mostrando as variedades de frutas existentes ao final das atividades práticas desenvolvidas voltadas ao tema trabalhado. Percebeu-se como os alunos estão cientes dos malefícios dos produtos industrializados, bem como tem noção dos benefícios de uma boa alimentação, com maior ingestão de frutas e que buscam uma vida mais saudável para si e sua família. Notou-se também a surpresa de cada um com a quantidade de frutas existentes no país, despertando a vontade de conhecê-las e prová-las. Ao término da aula percebeu-se que o objetivo geral foi atingido, com os alunos participando das atividades propostas com entusiasmo. Os educandos perce-beram a importância de ingerir mais frutas durante o dia a dia e que em grupo se torna mais prazeroso, tanto com amigos quanto com a família.Palavras Chave: Alimentação Saudável. Educação Física. Escolares.

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IMAGEM CORPORAL E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS EM ESCOLARES

Oséias D’AvilaElisabeth Baretta

A imagem corporal é um tema que vem sendo muito estudado por pesquisadores de todas as partes do mun-do. Em escolas, clubes e até mesmo em praças é possível identificar o grande número de pessoas que sofrem algum tipo de discriminação por não se apresentarem dentro dos padrões de beleza impostos pelo meio ex-terno, no qual estão inseridos. Professores de Educação Física devem alertar sobre os riscos que a não auto aceitação pode trazer para a saúde dos alunos e, consequentemente, conscientizá-los a ter uma vida saudável. Este projeto teve o objetivo de conscientizar os adolescentes sobre a percepção da imagem corporal, buscando promover a aceitação deles quando se trata do próprio corpo. A intervenção foi aplicada em uma escola da rede estadual de ensino, no município de Capinzal, SC, com 23 alunos do 8° ano do ensino fundamental onde, primeiramente, foi apresentado um vídeo com o tema “Imagem Corporal” e, na sequência, foi aplicado um questionário informativo onde inclui as silhuetas corporais. Em seguida, foram coletados os dados antropo-métricos (peso e estatura) para o cálculo do índice de massa corporal (IMC), visando identificar possíveis casos de obesidade. Por fim, foi desenvolvida uma mesa-redonda para apresentação dos resultados e discussão sobre o assunto e os resultados obtidos. A intervenção foi de grande importância para que os alunos conhe-cessem mais sobre o seu corpo, pois para a maioria dos alunos era uma novidade. As aulas se tornaram mais atrativas e foi possível observar por meio dos testes que, apesar da maioria estar em seu IMC ideal, poucos estavam satisfeitos com seu corpo. Acreditamos que os objetivos do estágio foram alcançados, pois houve a compreensão do tema por parte dos alunos. Podemos afirmar que o Estágio Curricular Multidisciplinar II é fundamental para a formação de novos profissionais da Educação Física, pois prepara o acadêmico para ter um diferencial quando ele ingressar no mercado de trabalho.Palavras-chave: Imagem Corporal. Saúde. Educação Física.

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IMPORTÂNCIA DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA SAÚDE DE CRIANÇAS E

ADOLESCENTES

Bárbara SchuermannJulio Cezar Alberguini

A dança e as atividades rítmico-expressivas são um dos conteúdos dos os Parâmetros Curriculares Nacionais, mas infelizmente é pouco incentivada nas escolas. Os profissionais dessa área precisam entender que a dança é importante para o desenvolvimento de crianças e adolescentes ajudando no desenvolvimento cognitivo e da coordenação motora, expressão corporal, saúde mental e também analisar que a dança vem crescendo na so-ciedade contribuindo para aspectos positivos da formação de personalidades no meio escolar. O objetivo desta atividade foi articular o desenvolvimento da prática profissional com experiências práticas do aprendizado te-órico em escolas de Ensino Fundamental, contribuindo para a escolha de um estilo de vida saudável de modo a complementar o processo de formação profissional em Educação Física. O projeto de estágio foi realizado na Escola Municipal Bernardo Moro Sobrinho, situada na cidade de capinzal, com alunos de 3° e 5° ano do ensino fundamental I. Os alunos foram orientados sobre a importância e os benefícios que a dança traz para a saúde, com aulas dialogadas e com atividades lúdicas contemplando músicas. Como resultado do estágio pode-se citar que todos os alunos envolvidos participaram das aulas sendo adaptadas também para alunos com defi-ciência e conseguiram entender a importância do tema. É necessário que profissionais e futuros profissionais de Educação Física trabalhem dança nas escolas, seja de forma lúdica, coreografada, em datas comemorativas e incentivar de alguma forma os pais para que eles também consigam entender a importância dessa prática. Palavras-chave: Dança. Educação física. Escola.

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ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COMO INDICADOR DE MASSA CORPORAL EM ESCOLARES DO

ENSINO FUNDAMENTAL

Jean Ricardo GiacominJulio Cezar Alberguini

O índice de massa corporal (IMC) é hoje um dos principais métodos a ser utilizado no ambiente escolar para a manutenção da saúde dos alunos, bem como a constatação de percentuais de magreza excessiva e obesidade, proporcionando assim um primeiro diagnóstico sobre a saúde dos escolares para os pais e professores. O obje-tivo desta atividade foi coletar, analisar e demonstrar os dados obtidos através da coleta do IMC de alunos do ensino fundamental I, apresentando aos mesmos os resultados obtidos com os testes, bem como as margens e índices do teste. O teste foi realizado com alunos da Escola Municipal Professora Amélia Poletto Hepp, sendo usada a mensuração da massa e da estatura dos escolares, avaliação do percentual obtido perante dados da OMS e Ministério da Saúde, divulgação dos resultados e orientações sobre estilo de vida saudável por meio de palestra e diálogo com os alunos. Após a análise dos dados foi descoberto que dentro do grupo pesquisado, 66% encontram-se com IMC adequado, 16% com índice de sobrepeso e 18% com percentual de obesidade. Com a realização do teste, foi possível identificar casos de sobrepeso e obesidade nas crianças e orientar as mesmas a mudar alguns hábitos tanto alimentares como de estilo de vida, estimulando-os à uma ingesta de alimentos saudáveis, diminuição de alimentos industrializados e de pouca utilização pelo nosso corpo e a prática de atividades físicas, sendo estas desde brincadeiras até a prática de algum tipo de esporte. Pode--se observar grande interesse dos alunos para realização do teste e boa participação dos mesmos no momento da apresentação dos resultados, mostrando que os alunos aprovaram a intervenção proposta.Palavras-chave: Índice de massa corporal. Estilo de vida. Saúde. Obesidade.

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ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS DE

UMA ESCOLA PARTICULAR DE JOAÇABA, SC

Diego Peres de Macedo Julio Cezar Alberguini

Avaliação Física do Índice de Massa Corporal é considerada fundamental para melhoria dos estímulos de crescimento e desenvolvimento, buscando uma melhor qualidade de vida, com peso saudável, sem obesidade. É utilizado como uma medida aproximada de gordura total, visto que é altamente correlacionado com a gor-dura corporal. O objetivo desta atividade foi investigar o índice de massa corporal e o estado nutricional em escolares de uma escola particular de Joaçaba. As aulas de regência foram aplicadas com turmas do 3º ao 5º anos do ensino fundamental do Colégio Comunitário Joaçabense. Foram realizadas coletas de dados com peso e altura, em relação ao índice de massa corporal e feito por meio da fórmula: IMC = Peso (Kg) / (Altura(m))². Neste cálculo leva-se em conta o peso e a altura do indivíduo, dividindo o peso pela altura elevada ao quadra-do. Após isso, utilizou-se a tabela de medida para analisar os dados coletados, decorrente disso; investigar o estado nutricional dos alunos. Dos cinquenta e sete alunos avaliados, 45% possuem o índice de massa corpó-rea considerada normal, 34% estão com excesso de peso e 21% são considerados obesos quando comparados aos parâmetros da tabela PROESP-BR. É de suma importância que os profissionais de educação física alertem e desenvolvam atividades educativas para ensinar sobre as formas corretas de alimentação e a importância da prática de atividades físicas, contribuindo assim para a diminuição da incidência da obesidade, pois como foi observado o nível elevado de crianças em situação de obesidade, e, percebe-se que isso vem aumentando na população e se tornando um problema de saúde pública.Palavras-chave: Índice de Massa Corporal. Estado Nutricional. Obesidade.

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ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: RELAÇÃO COM SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS DE

UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ÁGUA DOCE, SC

Diogo Signori Colombo

Leoberto Ricardo Grigollo

O índice de massa corporal (IMC) é considerado um indicador que possibilita diagnosticar o sobrepeso e a obesidade. Seu baixo custo operacional, o fato de não ser invasivo e ter a possibilidade de comparações com tabelas de referências possuem grande aplicação no ambiente escolar e tornam-se de fácil acesso ao professor de Educação Física. O objetivo desta atividade foi verificar por meio do Índice de Massa Corporal possíveis crianças que estejam em situação de sobrepeso e obesidade. Após observações no ambiente escolar, com as turmas do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública de Agua Doce, SC, foram rea-lizadas coletas de dados relativos à avaliação do Índice de Massa Corporal, por meio das medidas de massa corporal e estatura. Para chegar ao resultado divide-se o valor da massa corporal pela estatura ao quadrado. Em seguida utilizou-se a tabela de medidas para analisar os dados coletados e averiguar aqueles que possi-velmente estejam em situação de sobrepeso e obesidade. No total de 87 alunos que participaram da pesquisa, 62% (54) dos alunos encontram-se dentro da normalidade, 21% (18) estão com excesso de peso e 17% (15) apresentam situação de obesidade. Diante dos resultados percebe-se um número elevado de crianças em si-tuação de obesidade, sendo imprescindível para a qualidade de vida dos alunos. Propostas de intervenção e prevenção à obesidade e de orientação nutricional devem ser implementadas, no qual, profissionais da área da saúde, dentre eles os profissionais de Educação Física tenham uma participação fundamental na evolução desse importante processo para a educação e a saúde.Palavras-chave: Índice de Massa Corporal. Obesidade. Sobrepeso. Escolares.

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INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM CORPORAL

Jaqueline SpaderElisabeth Baretta

O adolescente passa por grandes transformações físicas e diversas características manifestam-se mais intensa-mente. Além disso, a percepção da imagem corporal e a satisfação com o corpo também sofrem influências da família, de colegas, e principalmente da mídia e da sociedade em geral, aumentando a distorções com relação à percepção do corpo. O objetivo deste trabalho foi conscientizar os jovens e adolescentes sobre a importância da percepção adequada de seu próprio corpo, independente da influência da mídia e os padrões impostos pela sociedade. A execução deste projeto fez parte do componente curricular de Estágio Curricular Multidiscipli-nar II do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba e foi aplicado em aulas de intervenção para 33 alunos do 1º ano e 29 alunos do 2º ano, da Escola de Educação Básica Vitorio Roman, Vargem Bonita, SC. No primeiro momento, foi realizada a explanação do tema aos alunos por meio de uma palestra com slides. Na sequência, foi apresentada a musica “Mamãe eu quero” aos alunos, e depois foram separados em grupos onde responderam algumas questões para discussão. Foi realizado um breve comentário do conteúdo exposto, para que os alunos compreendessem a valorização da imagem corporal. No contexto geral os alunos atingiram o objetivo proposto, assimilando a ideia de não se deixar influenciar pelos meios midiáticos e pelos padrões impostos pela sociedade. Foi visível a participação das turmas durante a intervenção, pois as atividades de-senvolvidas apresentaram-se diversas da rotina do contexto escolar. O Estágio Curricular Multidisciplinar II agregou experiências práticas na intervenção para o ensino Médio, onde foi possível conciliar metodologias e diferentes instrumentos de ensino e de aprendizagem.Palavras-chave: Imagem Corporal. Mídia. Adolescentes. Educação Física.

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JOGOS DE SUSTENTABILIDADE: POSSIBILIDADE DE FERRAMENTA PEDAGÓGICA DA

EDUCAÇÃO FÍSICA

Iara Daiany de Sousa Pereira BurlimElisabeth Baretta

O grande desafio da área da reciclagem é educar os cidadãos para que compreendam que cada esforço, por uma simples ação que seja, tenha um impacto positivo no meio em que vivem, por isso, se a população como um todo se manifestar, buscar informações e agir, promoverá a diminuição dos riscos ambientais e, con-sequentemente, uma melhor qualidade de vida. O objetivo deste projeto foi oportunizar e conscientizar os educandos da importância de reutilizar materiais recicláveis contribuindo com o meio ambiente, enfatizando a Educação e Saúde nas aulas de Educação Física. Foi realizado em forma de intervenção do componente curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II, do curso de Educação Física, da UNOESC, campus de Joaçaba e, aplicado na escola CERT (Centro Educacional Roberto Trompowsky, Joaçaba, SC), envolvendo 43 alunos, sendo 22 meninas e 21 meninos do 8º e 9º anos. No primeiro momento, em conversa com os alunos, foi socializada a importância da sustentabilidade. Em sala de aula, os alunos formaram grupos para decidirem os jogos a serem trabalhados e, no terceiro momento, os mesmos foram confeccionados, socializados e expostos na escola. Os objetivos foram alcançados com êxito, visto que houve a compreensão de que todo material reciclável pode, de fato, ser transformado em algo aproveitável para a vida. Fica evidenciada a importância do Estágio Curricular Multidisciplinar II para os futuros profissionais, demonstrando que a Educação Física pode ser trabalhada com diferentes recursos pedagógicos e, ao mesmo tempo, contribuiu para a formação dos educandos, auxiliando-os na prática de atitudes e condutas de bons cidadãos.Palavras-chave: Educação Física. Sustentabilidade. Saúde. Qualidade de Vida. Meio Ambiente.

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NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICA EM ESCOLARES

Jordani dos Santos PereiraElisabeth Baretta

A aptidão física relacionada à saúde em adolescentes tem como finalidade verificar as suas capacidades físicas e, assim, repercutir de forma positiva na promoção da saúde, independente do sexo e da idade, respeitando a particularidade de cada indivíduo. Este trabalho tem como objetivo conscientizar a respeito dos níveis de Aptidão Física Relacionada à Saúde (AFRS) em escolares de ambos os sexos, das turmas de 8° e 9° ano, do turno vespertino, do Centro Educacional Roberto Trompowsky (CERT). Durante a intervenção foram apre-sentados aos alunos os conceitos sobre aptidão física e seus componentes. Na sequência, foram realizados testes de Resistencia abdominal e Flexibilidade, bem como coleta de medidas antropométricas para o cálculo da Composição Corporal, conforme proposto pelo Manual do PROESP 2016. No encontro de encerramento, os resultados foram apresentados aos alunos em forma de slides, para que pudessem debater e tirar suas dú-vidas. A realização da intervenção ocorreu de forma prática, o que facilitou a participação efetiva dos alunos. Durante a apresentação dos resultados alguns alunos apresentaram-se ansiosos e inquietos pelo fato de a aula ser expositiva e dialogada. Diante dos resultados obtidos, acredita-se que os objetivos foram alcançados com êxito e pode-se concluir que a intervenção foi válida para os alunos, de forma que estes adquiriram um pouco mais de conhecimento sobre o tema “aptidão física e saúde”. Além disso, foi fundamental para experiência e formação acadêmica, pois por meio de vivências práticas é possível o aprimoramento da formação integral.Palavras-chave: Aptidão Física. Educação Física. Saúde.

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NUTRIÇÃO: ORIENTAÇÕES PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL POR MEIO DAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA

Julio Cesar de Freitas Soares Elisabeth Baretta

Determinados hábitos na adolescência são de fundamental importância para futuras escolhas na vida adulta, sabendo-se que a obesidade e doenças cardiovasculares são fatores cada vez mais comuns com relação quase que direta com a alimentação. O presente projeto teve como objetivo proporcionar, por meio das aulas de Edu-cação Física, um maior conhecimento sobre nutrição e sua interferência no cotidiano de educandos inseridos na rede municipal de ensino. A intervenção do Estágio Curricular Multidisciplinar II, do curso de Educação Física da Unoesc, campus Joaçaba, foi realizada no Centro Educacional Roberto Trompowsky - CERT, para os alunos que frequentam o 8º e 9º ano do período vespertino. A intervenção foi realizada por meio de pa-lestra sobre o tema, com a apresentação de vídeos e slides contendo orientações relevantes para o cotidiano dos alunos. O objetivo proposto foi alcançado e os alunos de uma maneira geral se mostraram interessados pelo assunto, e entenderam a importância de uma alimentação saudável e sua relação com diversos aspectos de suas vidas. A vivência no âmbito escolar permite aos acadêmicos um crescimento de enorme valia para a vida profissional, além de possibilitar a eles metodologias distintas, para se aliar a teoria adquirida dentro da universidade com a prática dentro das escolas. Palavras-chave: Nutrição. Alimentação Saudável. Educação Física.

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O PLANEJAMENTO ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE

EDUCAÇÃO FÍSICA

Eliã Matheus ChiochettaWillian Junior Antonelo

Gracielle Fin Marly Baretta

O planejamento, de forma geral, é fundamental para o bom andamento do ano letivo e da escola como um todo. O contato direto com a rotina escolar conduz o acadêmico do curso de licenciatura ao cotidiano da área da educação, oferecendo uma experiência realista e proporcionando a construção do conhecimento. O objetivo desta atividade multidisciplinar no curso de Educação Física da Unoesc – Joaçaba foi investigar como é cons-truído o Projeto Político Pedagógico da escola e articular as informações coletadas na observação das aulas com os estudos realizados na Universidade. A escola em que foi realizada a investigação localiza-se na cidade de Jaborá, SC, e atende 204 alunos, distribuídos em 11 turmas. Fazem parte do corpo docente, 13 professores, um diretor, uma secretária e duas assistentes pedagógicas. A diretora da escola disponibilizou a consulta ao Projeto Político Pedagógico e prestou os esclarecimentos necessários. O professor de Educação Física permi-tiu que suas aulas fossem observadas e respondeu a algumas indagações dos acadêmicos. Verificou-se que o professor possuía o planejamento da aula e, de acordo com a metodologia que utilizou, orientou as atividades, iniciando com um aquecimento e, posteriormente, aplicou jogos com bola. Percebeu-se, dessa forma, que o planejamento é fundamental em todos os setores da escola, sendo essencial para que o professor possa con-duzir suas aulas com sucesso. Esse primeiro contato dos acadêmicos com a escola propicia a construção da base das próximas etapas do curso, como os estágios, para, futuramente, consolidar a formação e a atuação no mercado de trabalho. Palavras-chave: Planejamento. Ensino. Educação Física.

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O SEDENTARISMO EM JOVENS E PRÉ–ADOLESCENTES NO ÂMBITO ESCOLAR

Welter SpiassiLeoberto Grigollo

O sedentarismo se tornou uma questão de saúde pública e tem sido muito discutido atualmente. O que era muito comum em pessoas de idades mais avançadas, tem também se tornado comum entre crianças e adoles-centes que não criaram o hábito de praticar exercícios físicos e ou qualquer outra atividade física, os caracteri-zando como sedentários também Este trabalho teve como objetivo demonstrar aos alunos os prejuízos que o sedentarismo pode causar, entre eles, doenças graves. Ainda, conscientizá-los de que a prática de atividades físicas é uma grande aliada contra o sedentarismo. O Estágio Curricular Multidisciplinar I foi realizado com alunos de uma escola em Capinzal, SC. A população foi formada por crianças e adolescentes de ambos os se-xos, com idades entre oito e onze anos, que cursam dos terceiros aos quintos anos do ensino fundamental. Foi aplicado um questionário sobre sedentarismo para verificar se os alunos praticam ou não atividades físicas ex-traescolares. Os alunos tiveram ajuda dos familiares para responder e foram obtidos resultados interessantes. Pode-se afirmar que a maioria dos alunos pratica alguma atividade física, alguns durante a semana e outros apenas aos finais de semana, como fazer caminhadas, brincadeiras na rua, andar de bicicleta, ou jogar futebol. Poucos alunos argumentaram que preferem ficar assistindo ou utilizando o computador ao invés de brincar na rua ou praticar exercícios. Concluímos que o estágio foi aplicado com sucesso e obtivemos bons resultados por meio dos questionários e das atividades que foram aplicadas às turmas citadas. As atividades elaboradas tiveram como base a movimentação para que os alunos não ficassem parados durante o seu desenvolvimento. Foram repassados para as turmas os resultados dos questionários e foi feito um debate sobre sedentarismo e a importância da atividade física. Palavras-chave: Sedentarismo. Adolescentes. Exercícios físicos. [email protected]@unoesc.edu.br

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OBESIDADE E ALIMENTAÇÃO EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tainan DevensJulio Cezar Alberguini

A obesidade e a alimentação são importantes fatores a serem trabalhados com os adolescentes; com este tema abordado em sala de aula, é possível identificar o interesse dos alunos sobre manter uma alimentação saudá-vel, visando uma melhor qualidade de vida. A boa alimentação deve fazer parte da rotina, uma vez que auxilia na manutenção da saúde, na prevenção e tratamento de doenças, no desempenho da atividade física esportiva, no controle do peso corporal e na redução de fatores de risco para doenças crônicas. A alimentação saudável é importante na prevenção de doenças, como hipertensão, diabetes, dislipidemias, cardiopatias, doenças renais, anorexia. Esta pesquisa teve como objetivo observar e intervir a respeito da percepção dos alunos sobre a má e boa alimentação no dia a dia. O trabalho foi realizado no Centro Educacional Roberto Trompowsky, sendo que a intervenção aconteceu com os alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental. Foram aplicadas atividades voltadas à alimentação e obesidade, em forma de palestras e atividades físicas relacionadas ao tema. Os alunos demostraram um grande interesse sobre o tema abordado, questionando sobre a boa alimentação e como deve ser para ter uma boa qualidade de vida; foram participativos, obtendo um grande aprendizado referente aos aspectos abordados. Considera-se que é necessário implantar na escola o projeto de alimentação saudável, pois os alunos questionaram a falta de palestras e debates a respeito dos temas. É fundamental realizar abor-dagens relacionadas a temática para todas as turmas, desde a educação infantil até o ensino médio. Palavras-chave: Obesidade. Alimentação. Saúde.

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OBESIDADE INFANTIL

Angela HofstaterLeoberto Ricardo Grigollo

O estilo de vida moderno, os avanços tecnológicos, a facilidade do acesso a alimentos industrializados e o aconchego do sedentarismo têm acarretado um grande problema de proporções mundiais, o sobrepeso e a obesidade. Em razão do seu crescimento assustador, a Organização Mundial da Saúde considerou o problema uma epidemia, pois vem causando um grande impacto pelos números cada vez mais elevados de casos no País. A prevenção e o controle da obesidade na infância são também papel da escola e dos professores que, no dia a dia, estão em contato próximo com os alunos, com destaque para o professor de Educação Física, como agente de saúde e boas informações. Preocupar-se com a saúde das crianças e incentivá-las a praticar atividades físicas orientadas, bem como a manter uma dieta equilibrada é essencial para o desenvolvimento de crianças saudáveis. O objetivo desta atividade foi compreender os males causados pela obesidade infantil, suas principais causas e consequências, e orientar a prática de atividade física associada a uma dieta equilibra-da. O Estágio Curricular I representado neste projeto foi realizado no Centro Educacional Frei Bruno (Cefrei) com turmas de quinto e sexto anos do Ensino Fundamental, sendo quatro horas de observação com cada tur-ma e oito horas de regência. Durante a intervenção, houve interesse e participação dos alunos em relação ao assunto. Por meio do roteiro proposto, foi possível contribuir com a formação dos alunos em busca da saúde e da qualidade de vida. Por intermédio da intervenção realizada no Centro Educacional Frei Bruno, foi possível repassar aos alunos informações e esclarecimentos importantes sobre o tema obesidade infantil. A conscienti-zação e o incentivo à prática de atividade física aliada a uma dieta balanceada é de extrema importância para que as crianças cresçam saudáveis e tenham qualidade de vida.Palavras-chave: Obesidade infantil. Atividade física. Sedentarismo.

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ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO NA ESCOLA: UMA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO

DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Mayara de S. A. Mees Mayke Conti Mees

Milena Rodrigues Sobrinho

Gracielle Fin Marly Baretta

Esta atividade teve por finalidade a interação entre a vivência da atividade docente e os conteúdos aprendidos durante as aulas na graduação em Educação Física, bem como a observação dessa realidade no ambiente esco-lar. O objetivo foi conhecer as questões organizacionais, legais e burocráticas de uma escola da rede privada do município de Joaçaba, SC. Para tanto, foi realizada uma conversa com a coordenadora pedagógica do ensino fundamental – anos finais, e do ensino médio da escola, para conhecer a estrutura física, o Projeto Político Pe-dagógico (PPP), o currículo escolar, os valores culturais, o tema do projeto anual, o contexto socioeconômico e como é feita a avalição dos alunos. Foram também realizadas as observações das aulas de Educação Física nas turmas de 8º e 9º anos do ensino fundamental – anos finais, e 2º e 3º anos do ensino médio. Essas aulas são ministradas por dois professores. Percebeu-se, durante as observações das aulas, que a escola prioriza a prática dos esportes na Educação Física, como previsto no próprio currículo, no planejamento e como determi-nado pela gestão escolar. A atividade de observação proporcionou uma visão relacionada à vida profissional, mostrando o quanto é importante e necessária a organização e o planejamento escolar, sendo esses aspectos contemplados no PPP. Atividades como estas são fundamentais para integrar a teoria com a prática docente, fazendo com que os acadêmicos, futuros professores, percebam diretamente a realidade da atuação na escola.Palavras-chave: Escola. Planejamento. Currículo. Educação Física.

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OS CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA VISÃO DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Ana Paula StiirmerEduarda Costa

Kethleem da Silva MottaGracielle Fin

Marly Baretta

A observação do cotidiano da prática docente e da rotina de uma escola pode proporcionar uma variedade de experiências e conhecimentos para a trajetória acadêmica e profissional dos graduandos em Educação Física. O objetivo desta atividade na escola foi articular a teoria e a prática docente, oportunizada aos acadêmicos ao ingressar, temporariamente, na escola com um papel diferente: agora não mais como aluno, mas como futuro professor. Para tanto, foram coletadas informações sobre o Projeto Político Pedagógico e sobre o planejamento do professor de Educação Física, bem como observadas as suas aulas em uma escola da cidade de Capinzal, SC, que atende o 6º, 8º e 9º anos do ensino fundamental, educação especial, com salas de atendimento espe-cializado, ensino médio geral, educação integral e magistério. As aulas observadas seguiam uma organização com preparação para a realização dos exercícios físicos, que, durante os dias da observação, contemplaram, es-pecificamente, o esporte. Alguns alunos não participaram da aula de forma efetiva e ficaram jogando baralho enquanto os demais participaram da atividade proposta para a aula. A vivência na escola trouxe experiências para a carreira profissional, pois foi possível observar a docência e aprender com um profissional que possui experiência no ramo. A sugestão seria que o professor organizasse os alunos para que utilizassem os outros ambientes disponíveis, para que eles participassem de forma mais ativa das aulas.Palavras-chave: Escola. Planejamento. Educação Física.

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PH SANGUÍNEO E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ALIADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA

Andressa Zaccaron de SouzaElisabeth Baretta

Alguns hábitos e comportamentos adotados durante a passagem pela escola são fatores determinantes para o processo de assimilação e aquisição do conhecimento para o educando. Conscientes da importância de tra-balhar temas que envolvam os alunos nas aulas, apresentam-se, neste projeto, informações extremamente importantes no que se refere à alimentação saudável e ao fator do PH sanguíneo relacionado à prevenção de patologias futuras por meio das aulas de Educação Física. Este projeto tem como objetivo promover práticas de trabalho nas aulas de Educação Física que possibilitem a conscientização sobre os hábitos alimentares sau-dáveis e a prevenção de doenças relacionadas ao PH sanguíneo. A intervenção, realizada por meio do Estágio Curricular Multidisciplinar II, do curso de Educação Física da Unoesc, campus Joaçaba, foi desenvolvida na Escola de Educação Básica Prof. Odilon Fernandes e aplicada para os alunos que frequentam o 9º ano. Foram propostos debates, aula expositiva por meio de slides, vídeos informativos, construção de uma dieta saudável sob a percepção dos alunos e, também, aplicação de um questionário direcionado aos educandos e relacionado ao tema central desta intervenção. Durante as três aulas de intervenção, os alunos participaram questionando sobre alguns aspectos citados pela acadêmica e produziram atividades relacionadas ao tema. Inicialmente, foram propostas informações relacionadas ao PH sanguíneo, seguindo da aplicabilidade dele na alimentação dos adolescentes, vítimas da indústria alimentar nos dias atuais. Os resultados foram positivos: os alunos de-monstraram interesse pelo tema e os objetivos foram alcançados durante o decorrer do estágio. A realização do estágio é incentivada como forma de aproximar os acadêmicos das necessidades do mundo do trabalho, criando oportunidades de exercitar a prática profissional, além de enriquecer e aprimorar a formação. Estar inserido no contexto escolar por meio do estágio é de suma importância para a construção de novos conheci-mentos relacionados à Educação Física.Palavras-chave: Alimentação saudável. PH sanguíneo. Prevenção. Educação Física.

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PIRÂMIDE ALIMENTAR: UMA FORMA LÚDICA DE APRENDER

Adrian CardosoLeoberto Ricardo Grigollo

Um dos assuntos mais tratados hoje em dia é a alimentação e como ela deve ser elaborada, pois por intermé-dio dela é possível obter benefícios e entender a respeito dos alimentos e de como eles funcionam em nosso organismo. Uma das formas de abordar o assunto seria por meio da Pirâmide Alimentar, a qual divide estru-turalmente os alimentos e as porções que devem ser ingeridas nas refeições, como um roteiro de alimentação saudável. Estes são reunidos conforme suas funções e nutrientes. Esta pesquisa tem como objetivo estabelecer uma mudança nos alunos sobre a alimentação, proporcionar para eles aprendizagens lúdicas, além de com-plementar sua percepção referente aos alimentos. A intervenção foi realizada em uma escola municipal de Jo-açaba, SC, com turmas do primeiro ao quarto ano do Ensino Fundamental, sendo utilizados palestras e jogos, apresentando a importância e a função de cada alimento em nosso organismo de forma lúdica, buscando a aprendizagem de todos. Foi percebido que as crianças gostaram muito do que foi tratado, resultando em algo positivo para sua vida. Durante as palestras, foi possível notar o envolvimento dos alunos com o assunto, a forma como colocavam suas considerações, contando igualmente como se alimentavam. O estágio foi muito significativo para a futura formação acadêmica, pois tratou de assuntos influentes na sociedade e disseminou o conhecimento para as crianças da região, tornando-se algo gratificante e que certamente marcará uma boa passagem na vida dos alunos, tanto no ambiente escolar, quanto dentro da sua própria casa.Palavras-chave: Alimentação. Pirâmide Alimentar. Aprendizagens. Escolares.

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PRÁTICAS DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA A QUALIDADE DE VIDA

Victor Angelo BechiElisabeth Baretta

A escola nunca foi tão requisitada para tratar de problemas relacionados a características da vida contem-porânea e, dessa forma, a Educação Física não pode apenas prezar pelo rendimento, mas deve assumir uma característica em prol do desenvolvimento do caráter humano do indivíduo. A prática de uma alimentação saudável é imprescindível em todas as fases da vida, porém, é na adolescência que serão formados hábitos ali-mentares preponderantes ao crescimento e desenvolvimento do indivíduo. O objetivo do estágio foi conscien-tizar por meio de palestras e atividades práticas a relação das boas práticas alimentares para a qualidade de vida. Esta intervenção foi desenvolvida com a turma do 9º ano da Escola de Educação Básica Prefeito Agenor Piovezan, situada no município de Erval Velho, SC, e ocorreu de forma teórica com duas palestras dialogadas e interativas sobre alimentação saudável relacionada à atividade física e qualidade de vida, onde foi debatido sobre o tema e a realização de atividades práticas que promoveram o envolvimento dos discentes no contexto da temática. Os resultados foram positivos, pois os alunos demonstraram interesse e participaram de forma efetiva das atividades apresentadas e os objetivos foram alcançados com êxito durante as atividades do está-gio. A proposta do estágio é aproximar os acadêmicos da sua atuação profissional, propiciando oportunidades de exercer a prática da sua futura profissão, além de enriquecer e contribuir na sua formação acadêmica. Estar presente no contexto escolar por meio do estágio é de suma importância, não apenas para a construção de novos conhecimentos relacionados à Educação Física, mas torna-se preponderante para o crescimento pessoal do acadêmico.Palavras-chave: Alimentação Saudável. Adolescentes. Educação Física.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS BOLSISTAS DO PROGRAMA PIBID: AÇÕES VOLTADAS À

MELHORIA DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO

FRANCISCO DE LUZERNA, SC

Bruna SchneiderEdiana Fernandes Tulleo

Júlio Cesar de Freitas Soares Leoberto Ricardo Grigollo

Elisabeth Baretta

O Programa institucional de bolsa de iniciação à docência (PIBID) atua na Escola São Francisco desde o ano de 2014, atendendo 650 crianças e adolescentes de 5 a 15 anos. Os acadêmicos do Curso de Educação Física da Unoesc de Joaçaba, SC, inscritos no programa estão desenvolvendo o projeto Mais Saúde, com o incentivo da direção escolar. Este projeto tem utilizado a escola como lugar de realização de atividades de melhoria e de conhecimento sobre estilo de vida saudável, procurando suprir as necessidades das crianças, com a realização de atividades práticas que despertam o envolvimento de toda a comunidade escolar. O trabalho teve como objetivo promover ações voltadas para melhorar o estilo de vida e a saúde dos alunos participantes do progra-ma. Os bolsistas, juntamente com o professor supervisor da escola, realizaram atividades e oficinas voltadas à melhoria no estilo de vida dos alunos. Foram diversas atividades realizadas em aulas práticas de educação física, palestras sobre alimentação saudável, participação em oficinas para o incentivo à melhora no estilo de vida dos alunos, atividades no contraturno, reuniões com os pais e a direção sobre as ações que seriam realizadas, com o intuito de conscientizar os pais dos trabalhos realizados e também contar com o apoio dos mesmos para a busca de hábitos saudáveis. As ações realizadas foram bem aceitas pela comunidade escolar, os alunos participaram com entusiasmo e se observou um avanço na conscientização dos alunos a respeito do estilo de vida adequado. Ocorreu uma melhora no condicionamento físico, conhecimentos e habilidades que auxiliaram na aceitação de estilos de vida mais saudáveis, além disso, foi estimulada a participação efetiva da comunidade escolar na transformação do estilo de vida e saúde, de forma que os educandos venham a modi-ficar ativamente sua qualidade de vida.Palavras-chave: Educação física. Escolares. Saúde. Qualidade de vida.

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RITMO E EXPRESSÃO CORPORAL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Isac Jorge de Souza Julio Cezar Alberguini

Ritmo e expressão corporal são de grande importância para o desenvolvimento motor e crescimento cognitivo do ser humano, auxiliando juntamente em uma melhoria na qualidade de vida para o indivíduo praticante. A criança se expressam com seu corpo, através do movimento, possibilitando um aprendizado que explore o mundo, estabelecendo relações com a saúde e qualidade de vida. O objetivo desta atividade foi Incentivar o Ritmo e expressão corporal, para obter promoção na saúde e qualidade de vida de escolares. O estágio curri-cular multidisciplinar 1, foi realizado na escola municipal Ernesto Hachmann no município de capinzal - Santa Catarina, com estudantes do 1°, 2° 3° ano do ensino fundamental I, séries iniciais. As atividades aplicadas foram sobre a temática, ritmo e expressão, contendo brincadeiras cantadas e atividades lúdicas, buscando instigar e desenvolver nos alunos a coordenação motora sempre ressaltando a importância da promoção de saúde e qualidade de vida em crianças e adolescentes. A atividade teve participação de todos os alunos em suas respectivas turmas, porém percebeu-se grande dificuldade motora dos estudantes, isso é um fator que decorre da falta de incentivo e de um trabalho continuo de ritmo e expressão corporal na escola. As atividades rítmicas devem ser aplicadas de forma frequente principalmente nas séries do ensino fundamental I, onde a criança tem o maior desenvolvimento motor, pois está visível que durante a intervenção, observou-se grandes dificuldades motoras e cognitivas nos estudantes. É na infância que os estímulos corretos, favorecem o desen-volvimento motor e cognitivo de forma mais ampla no ser humano. Palavras-chave: Escolares, Qualidade de vida, Ritmo e expressão corporal.

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SAÚDE E ESTILO DE VIDA: ATIVIDADE FÍSICA ALÉM DO ÂMBITO ESCOLAR

Ana Alice SalesJulio Cezar Alberguini

Praticar atividade física regularmente e adotar um estilo de vida ativo e saudável é, sem dúvidas, um prin-cípio considerado e desejado por muitos, porém é necessário começar cedo e apresentar às crianças hábitos saudáveis para que adotem esta prática como estilo de vida em longo prazo. As atividades físicas regulares atuam de forma benéfica para o corpo, atuando nos sistemas cardiovascular e respiratório, no bem-estar e no psicológico dos seres humanos. O objetivo desta atividade foi debater e apresentar informações para que haja busca e motivação para uma qualidade de vida oriunda de um estilo de vida saudável e ativo por meio dos esportes. O estágio foi realizado com os alunos do 2º, 4º, 5º e 6º anos da Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes, no Município de Joaçaba. A intervenção aconteceu por meio de palestras explicativas nas quais se apresentou a importância da prática de atividades físicas, bem como sua relação com a saúde. Além disso, aplicou-se um questionário com o intuito de conhecer a realidade de cada criança e realizou-se uma aula prá-tica com atividades físicas. Ao final da intervenção os resultados se mostraram positivos, e da mesma forma o questionário, com o qual se verificou que 90% dos alunos pesquisados possuem de fato uma vida ativa, sentem prazer em realizar atividades físicas e têm consciência da importância destas. É necessário continuar o trabalho de conscientização quanto à importância de uma vida ativa, pois, apesar de os resultados terem sido positivos, a realidade atual em relação a esse aspecto ainda é preocupante. A saúde tende a ser um princípio considerado por todos como fundamental para a vida, no entanto o pensamento é somente de recuperá-la quando está ameaçada, e não de cultivá-la em longo prazo. Palavras-chave: Atividade física. Saúde. Estilo de vida.

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SAÚDE E HIGIENE NA ALIMENTAÇÃO

Jeniffer Aparecida Trentini SavoldiLeoberto Ricardo Grigollo

Saúde e higiene são conteúdos de grande importância que devem ser trabalhados com crianças e adolescentes, para que conheçam e pratiquem hábitos higiênicos e saudáveis desde cedo. A higiene é a melhor arma para a manutenção da saúde. O objetivo foi fortalecer os hábitos de higiene e estimular os alunos a cuidarem melhor do próprio corpo, desenvolvendo a prática de hábitos de higiene para melhorar a qualidade de vida. O traba-lho foi realizado em uma escola municipal localizada em Jaborá, SC, com crianças de 4 a 5 anos de idade. Pri-meiramente, foram identificados os hábitos de higiene e o conhecimento sobre uma alimentação saudável nos alunos; posteriormente, por meio de conversas, palestras, brincadeiras, atividades recreativas e competitivas, foi repassado para as crianças uma boa base sobre esse conteúdo, ressaltando a necessidade e a importância de uma vida saudável e higiênica. Foi acrescentado um número maior de frutas, verduras e legumes no cardápio das crianças, e antes de todas as refeições realizadas na escola e após todas as brincadeiras, todas as crianças foram levadas até o banheiro para que fizessem a higienização das mãos. O objetivo de fortalecer os hábitos de higiene e melhorar a alimentação foi alcançado; ao término de cada aula, notou-se que os alunos estavam entendendo e atingindo o objetivo geral. As atividades tiveram grande participação dos alunos, tanto no an-damento das aulas de intervenções quanto na finalização delas. Os alunos aprenderam que lavar as mãos não precisa ser algo que tenha que ser cobrado sempre, mas, sim, algo que deve feito com prazer, que pode ser bem divertido quando acontece com a companhia dos amigos, como aconteceu na escola, trazendo um grande benefício para a sua saúde.Palavras-chave: Higiene. Saúde. Crianças.

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SAÚDE NA ESCOLA: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADES FÍSICAS

Rodrigo Padilha da SilvaElisabeth Baretta

O corpo humano requer exercícios físicos e uma alimentação balanceada para manter-se saudável, com isto, há a necessidade de estratégias e acompanhamentos de hábitos no ambiente escolar. O objetivo desta intervenção foi orientar os alunos do ensino fundamental quanto aos impactos de uma alimentação saudável, aliada à prática regular de atividades físicas. O presente projeto fez parte do Componente Curricular de Estágio Curri-cular Multidisciplinar II, do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba, e a intervenção ocorreu em forma de palestra para os alunos de 8° e 9° ano de uma escola pública de Campos Novos, SC, abordando assuntos relacionados à temática saúde na escola. Contou com o apoio de recursos audiovisuais e de interação com os alunos por meio de discussões dos aspectos relacionados à atividade física. Durante a realização do Estágio Curricular Multidisciplinar II, foi possível transmitir conteúdos aprendidos na jornada acadêmica, uma vez que o estágio possibilita ao acadêmico fazer uma ponte entre o que foi aprendido e estudado com a realidade e a dinâmica do cotidiano escolar. No decorrer das aulas de intervenção, os estudantes promoveram uma troca de experiências e vivências no desenvolvimento das atividades propostas, evidenciando grande interesse sobre o assunto proposto. Ao término da intervenção, torna-se essencial evidenciar a importância desse processo na escola, abordando temas relacionados à saúde, pois proporciona uma preparação à realida-de escolar. Assim, pode-se concluir a importância e a função do professor no âmbito escolar e compreender melhor seu papel na sociedade como profissional da área da saúde e da Educação Física. Palavras-chave: Educação Física. Saúde. Atividade Física.

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SAÚDE NA ESCOLA: IMPORTÂNCIA DE HABITOS SAUDÁVEIS

Andresa Gabriela FlameaElisabeth Baretta

A escola é um ambiente propício para a aplicação de programas de educação em saúde por estar inserida em todas as dimensões do aprendizado, sendo que cabe aos professores de Educação Física a atribuição de conteúdos referentes à nutrição para as crianças e adolescentes, visando um crescimento e desenvolvimento saudável. Este projeto teve por objetivo conscientizar os adolescentes de uma escola pública de Lacerdópolis sobre a importância da nutrição, alimentação, hábitos saudáveis e atividade física. O presente projeto faz parte do Componente Curricular de Estágio Curricular Multidisciplinar II do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba e foi aplicado em aulas de intervenção para 23 alunos do 8º ano do ensino fundamental, da Escola de Educação Básica Joaquim D’Agostini, em Lacerdópolis, SC. As aulas foram conduzidas de for-ma que a turma participou expondo suas dúvidas e opiniões sobre o assunto que foi abordado, em formato de palestra com aplicação de atividades individuais e em grupos. Os resultados da intervenção foram muito satisfatórios. Os alunos participaram em sua totalidade das atividades programadas e, pode-se perceber que, apesar de ser um assunto de conhecimento dos mesmos, muitas dúvidas surgiram e puderam ser sanadas no diálogo ao longo da intervenção. Trabalhar com alimentação saudável e atividade física com adolescentes é de fundamental importância, visto que, esta fase definirá a vida adulta de cada um. A oportunidade de estar inserida na escola e atuar no lugar do professor, sem dúvida, foi uma oportunidade benéfica ao crescimento profissional. Todo conhecimento e experiência vivenciados, se bem explorados, se tornam o diferencial para uma boa qualificação no mercado de trabalho.Palavras-chave: Nutrição. Educação Física. Saúde.

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SAÚDE NA ESCOLA: OS RISCOS E AS CONSEQUÊNCIAS DO SEDENTARISMO

Carla TeodoroElisabeth Baretta

O sedentarismo está crescendo cada vez mais entre os adolescentes e a tecnologia parece ajudar a agravar esse quadro. Entretanto, a prática regular de atividade física pode minimizar e contribuir na diminuição do sedentarismo. O objetivo deste trabalho foi conscientizar os adolescentes sobre os riscos do sedentarismo. Este projeto foi realizado na Escola de Educação Básica Prefeito Agenor Piovesan de Erval Velho, SC, com os alunos do 2º ano do Ensino Médio do período vespertino, como atividade prática do componente curricular Estágio Curricular Multidisciplinar II, do curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catari-na, campus de Joaçaba. Foram desenvolvidas aulas de observação e aulas de intervenção para a explanação e para as discussões sobre o tema. Os estudantes organizaram um teatro em relação ao tema proposto. As aulas de intervenção aconteceram por meio de palestra e de audiovisual falando sobre o sedentarismo e por meio de apresentação de teatro pelos alunos. Percebeu-se, com a realização teatral, que é possível desenvolver ativida-des variadas utilizando a prática, e é nesse momento que os alunos aprendem e interagem. Com a realização do teatro, os alunos vivenciaram a importância de realizar atividade física e quais são as consequências que o sedentarismo causa em nossa vida e, com isso, o objetivo foi alcançado. Conclui-se, com este projeto, que a realização do estágio é importante porque é um período de experiência como professor, sentindo as dificul-dades encontradas no dia a dia escolar. Os aspectos positivos encontrados no decorrer da intervenção foram o aprendizado, o crescimento e o amadurecimento enquanto acadêmico, pois é durante esse período que se vive a realidade de lecionar. Palavras-chave: Adolescente. Sedentarismo. Escola. Educação Física.

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SUSTENTABILIDADE NA ESCOLA: CONFECÇÃO DE MATERIAIS PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR

Luan SchneiderElisabeth Baretta

A preservação do meio ambiente é fator importante na atualidade, tendo em vista o alto nível de poluição urbana e de desperdício exagerado. A conscientização sobre a reciclagem do lixo é fundamental no âmbito escolar, para que os objetos tenham uma destinação final correta. Alguns deles, por exemplo, podem ser uti-lizados na confecção de equipamentos da Educação Física escolar. O objetivo desta intervenção foi transmitir o pensamento sustentável nos escolares, visando amenizar o desperdício de materiais recicláveis. A execução deste projeto fez parte do componente curricular Estágio Curricular Multidisciplinar II do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba, e foi aplicado em aulas de intervenção para 22 alunos do 8º ano e 17 alunos do 9º ano de uma escola pública municipal de Piratuba, SC. No primeiro momento, explanou-se sobre o tema “sustentabilidade” aos alunos e foi realizada uma atividade orientada de pesquisa no laboratório de informática da escola sobre possíveis formas de confeccionar materiais alternativos para o atletismo escolar. Na intervenção seguinte, os alunos confeccionaram os materiais com orientação do estagiário e supervisão do professor da escola. Após os materiais finalizados, foram realizadas as vivências práticas de cada objeto no ginásio de esportes. No contexto geral, os escolares atingiram o objetivo proposto, assimilando a ideia de não desperdiçar objetos recicláveis e reutilizá-los para outros fins; dessa forma, preservando o meio ambiente e contribuindo para atividades das aulas de Educação Física. Foi visível a motivação das turmas durante o estágio, pois as atividades foram diferentes daquelas corriqueiras do cotidiano escolar. O Estágio Curricular Multidisciplinar II agregou experiências práticas de docência na Educação Física para o ensino fundamental (anos finais), em que foi possível assimilar técnicas e metodologias diferenciadas no processo de ensino e de aprendizagem.Palavras-chave: Conscientização. Sustentabilidade. Materiais recicláveis. Educação Física.

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Resumos

SUSTENTABILIDADE NA ESCOLA: RECICLAGEM E REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS PARA

CONFECÇÃO DE JOGOS E BRINQUEDOS

Indianara Vicini SomensiElisabeth Baretta

A sustentabilidade visa à harmonia entre o meio ambiente e a sociedade, procurando atender às necessidades do presente sem comprometer as futuras gerações. O conceito de uma sociedade sustentável está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico sem prejudicar o meio ambiente, fazendo uso dos recursos naturais de forma inteligente para que eles possam se manter no futuro. Este projeto teve por objetivo conscientizar os adolescentes de uma escola municipal de Concórdia, SC, sobre um tema multidisciplinar recorrente e atual na sociedade, demonstrando a importância do desenvolvimento sustentável por meio de ações práticas do dia a dia no ambiente escolar. A intervenção foi realizada como parte integrante do componente curricular de Está-gio Curricular Multidisciplinar II do Curso de Educação Física da Unoesc, campus de Joaçaba, e desenvolvida durante as aulas de Educação Física para os alunos do oitavo ano. O início da intervenção aconteceu por meio de uma palestra sobre o tema, com realização de pequenos jogos em sala para fixação dos conhecimentos. O segundo momento foi destinado para a confecção dos jogos e dos brinquedos com materiais diversos. O últi-mo foi destinando para a prática, fazendo uso do material confeccionado. O objetivo proposto foi alcançado e os alunos se mostraram dispostos para confeccionar os jogos e brinquedos, percebendo a importância da reciclagem e, como esses materiais podem ser transformados e úteis para as aulas de Educação Física. As vi-vências no ambiente escolar possibilitam, aos acadêmicos, desenvolver metodologias distintas para ministrar as aulas em diferentes situações, assimilando a teoria com o cotidiano escolar e colaborando com as aulas de Educação Física. Palavras-chave: Educação Física. Sustentabilidade. Meio Ambiente. Reciclagem.

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