série gestão ambiental - 1. descentralizacao licenciamento

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O primeiro número da série Gestão Ambiental tem comoobjetivo aprofundar a discussão sobre o licenciamento municipal,tornando-se uma ferramenta orientadora para os agentes municipais.

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  • Governo do Estado do Rio de JaneiroSrgio CabralGovernador

    Secretaria de Estado do AmbienteMarilene RamosSecretria

    Instituto Estadual do AmbienteLuiz Firmino Martins PereiraPresidente

    Paulo Schiavo JuniorVice-Presidente

    Diretoria de Gesto das guas e do Territrio (Digat)Rosa Maria Formiga JohnssonDiretora

    Diretoria de Informao e Monitoramento Ambiental (Dimam)Carlos Alberto Fonteles de SouzaDiretor

    Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilam)Ana Cristina Henney Diretora

    Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas (Dibap)Andr IlhaDiretor

    Diretoria de Recuperao Ambiental (Diram)Luiz Manoel de Figueiredo JordoDiretor

    Diretoria de Administrao e Finanas (Diafi)Jos Marcos Soares ReisDiretor

  • Descentralizao do Licenciamento Ambiental no Estado do Rio de Janeiro

    Geisy Leopoldo Barbosa, IneaRogerio Giusto Corra, Inea Ilma Conde Perez, Inea Rosa Maria Formiga Johnsson, Inea Luiz Firmino Martins Pereira, Inea Murilo Nunes de Bustamante, Ministrio Pblico Estadual

    Rio de JaneiroInea2010

    Apoio:

  • Esta publicao foi elaborada no mbito do Programa de Descentraliza-o do Licenciamento Ambiental, da Gerncia de Apoio Gesto Am-biental Municipal, Diretoria de Gesto das guas e do Territrio, Instituto Estadual do Ambiente, com o apoio do Ministrio Pblico Estadual.

    Coordenao do Programa: Ilma Conde Perez

    Srie Gesto Ambiental, 1

    Organizao: Geisy Leopoldo Barbosa e Rogerio Giusto Corra

    Reviso Tcnica: Geisy Leopoldo Barbosa e Rogrio Giusto Corra

    Produo editorial: Gerncia de Informao e Acervo Tcnico (Geiat), Diretoria de Informao e Monitoramento Ambiental (Dimam)

    Coordenao Editorial: Tnia Machado

    Copidesque e reviso: Elisa Menezes

    Normatizao: Josete Medeiros

    Projeto Grfico e Diagramao: Evelin Santos e Alexandra Giovanini

    Direitos desta edio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponvel tambm em www.inea.rj.gov.br

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Central do Inea.

    I52 Instituto Estadual do Ambiente. Descentralizao do Licenciamento Ambiental no Estado do Rio de Janeiro/ Instituto Estadual do Ambiente, ---Rio de Janeiro: INEA, 2010.

    45p. il. ( Gesto ambiental, 1 )

    ISBN 978-85-63884-00-8

    ISSN 2178-4353

    1. Gesto ambiental. 2. Licenciamento ambiental - Descentralizao. 3. Fiscalizao ambiental. I. Barbosa, Geisy Leopoldo. II. Corra, Rogrio Giusto. III. Perez, Ilma Conde. IV. Formiga-Johnsson, Rosa Maria. V. Pereira, Luiz Firmino Martins. VI. Bustamante, Murilo Nunes de. VII. Ttulo. VIII. Srie.

    CDU 504.06

  • Apresentao

    O modelo adotado pelo Brasil para coordenar a poltica am-biental sistmico, tendo em vista a complexidade da gesto ambiental. A Poltica Nacional de Meio Ambiente, promulgada em 1981, instituiu que todos os rgos da administra-o pblica responsveis pela gesto ambiental, em nvel federal, estadual e municipal, constituem o Sistema Nacional de Meio Am-biente (Sisnama).

    Passados quase 30 anos, entretanto, observa-se que esta poltica foi implementada sobretudo pela Unio e pelos Estados. Muitos municpios ainda hoje no tm estruturado um Sistema Municipal de Meio Ambiente, que deve ser constitudo, minimamente, de trs elementos: um rgo de carter executivo, um conselho represen-tativo da sociedade e um fundo ambiental.

    Neste contexto, o licenciamento apenas um instrumento da gesto ambiental, porm um dos mais poderosos, dado que lida diretamente com a autorizao de instalao e operao de ati-vidades produtivas potencialmente poluidoras. No intuito de for-talecer o Sisnama e dar prosseguimento ao processo de gesto compartilhada, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com apoio fundamental do Ministrio Pblico Estadual, vem intensificando a Descentralizao do Licenciamento Ambiental, iniciada em 2007.

    Assim, o primeiro nmero da srie Gesto Ambiental tem como objetivo aprofundar a discusso sobre o licenciamento municipal, tornando-se uma ferramenta orientadora para os agentes muni-cipais. Com isso, pretendemos agilizar a resoluo de dvidas e disseminar informaes a todas as partes interessadas.

    Luiz Firmino Martins PereiraPresidente do Inea

    Rosa Maria Formiga JohnssonDiretora de Gesto das guas e do Territrio

    Marilene de Oliveira RamosSecretria de Estado do Ambiente

  • O que a descentralizao do licenciamento

    Como a descentralizao beneficia a gesto do ambiente

    A descentralizao do licenciamento no Estado do Rio de Janeiro

    O que os municpios podem licenciar

    O papel do Inea no processo de descentralizao

    Passo a passo para a descentralizao

    Anexo 1 Decreto estadual n 42.050/2009

    Anexo 2 Decreto estadual n 42.440/2010

    Anexo 3 Resoluo Inea n 12/2010

    Sumrio

    9

    12

    25

    13

    20

    3039

    10

    44

  • 9O que a descentralizao do licenciamento

    Descentralizar significa transferir a autoridade e o poder de deciso de instncias maiores para unidades espacialmente menores, como o municpio. Por isso, representa tambm uma efetiva mudana da escala de poder, conferindo s unidades municipais capacidade de escolhas e definies sobre suas prioridades e diretrizes de ao. Por isso, podemos afirmar que a descentralizao representa uma transformao mais profunda na estrutura de distribuio dos poderes no espao, no se limitando unicamente desconcentrao das tarefas1.

    A descentralizao do licenciamento ocorre quando o estado delega a execuo desta funo aos seus municpios, sempre acompanhando suas aes, atravs de convnio e por prazo determinado. O processo tem como objetivo maior promover a estruturao e a qualificao dos municpios para realizar o licenciamento e a fiscalizao ambiental das atividades de impacto local e de baixo e mdio potencial poluidor.

    1 Buarque, S.C. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentvel: material para orientao tcnica e treinamento de multiplicadores e tcnicos em planejamento local e municipal. Braslia: Incra/IICA, 1999.

  • 10

    Portanto, essa iniciativa insere-se no mbito da municipalizao da gesto ambiental, pois busca gerir com maior eficincia os recursos ambientais de interesse local. A maior proximidade do gestor com os problemas ambientais permite efetivamente uma melhor visualizao e controle dos impactos, bem como o aproveitamento do conhecimento local, que frequentemente indica a melhor soluo para os conflitos gerados.

    Em um sentido mais amplo, tem a finalidade de fortalecer o Sistema Estadual de Meio Ambiente e, consequentemente, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), uma vez que consolida e favorece a cooperao tcnica entre os rgos municipais, estaduais e federais de meio ambiente.

    Como a descentralizao beneficia a gesto do ambiente

    A descentralizao do licenciamento traz benefcios para o estado, para os municpios, para os empreendedores e para a populao fluminense. Ela evita a sobreposio de competncias, simplifica e agiliza todo o processo de licenciamento ambiental. Alm disso, otimiza o uso dos recursos pblicos e garante mais eficincia na implementao de polticas, a partir do momento em que diminui a burocracia dos processos de licenciamento.

    Ao delegar aos municpios as atividades de baixo e mdio potencial poluidor, o estado ganha agilidade para o licenciamento das atividades que so de competncia estadual.

  • 11

    Os municpios, por sua vez, ganham com o aumento da efetividade do controle ambiental. Os problemas existentes em um territrio esto mais prximos da municipalidade do que de outras esferas administrativas, de forma que a delegao do poder de concesso das licenas e a fiscalizao do cumprimento de suas condicionantes pode se dar de maneira mais clere e eficiente.

    O licenciamento, alm de estimular uma melhor estruturao do Sistema Municipal de Meio Ambiente, garante receita para os municpios, que podem aplicar os recursos contribuindo para a melhoria da gesto ambiental pblica. Por isso, o licenciamento pode trazer impactos positivos em cadeia para todos os setores da administrao municipal e para a populao local.

    Vale destacar que a populao beneficiada ainda com mais visibilidade, transparncia e democratizao dos processos decisrios, visto que participa como socieda-de civil dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente. essa participao que pode garantir aos setores repre-sentados opinar e decidir sobre a localizao, instalao e operao de empreendimentos potencialmente polui-dores, ampliando tambm as possibilidades de media-o de conflitos e de luta pelo controle ambiental.

  • 12

    A descentralizao do licenciamento no Estado do Rio de Janeiro

    O primeiro instrumento legal a disciplinar a descentrali-zao da fiscalizao e do licenciamento ambiental me-diante convnios com municpios que possuem rgo ambiental competente, devidamente estruturado e equi-pado foi o Decreto estadual n 40.793/2007.

    O Decreto tratava dos procedimentos para a celebrao de convnios entre estado e municpios, das compe-tncias do estado e das atividades que poderiam ser delegadas aos municpios. Trazia como anexo uma lis-tagem de 15 itens com as tipologias de atividades cujo licenciamento ambiental permanecia a cargo do rgo estadual, por conta de exigncias legais.

    As dificuldades que surgiram na prtica do licenciamen-to ambiental municipal levaram sua revogao pelo Decreto n 42.050/2009, que possui o mesmo objeto. Neste Decreto, foram previstos os procedimentos re-lativos demarcao de faixa marginal de proteo, obteno de outorga de direito de uso dos recursos hdricos, remoo de vegetao nativa em rea ur-bana consolidada e ainda a possibilidade de as ativi-dades passveis de licenciamento pelo municpio serem aprovadas por Resoluo do Conselho Diretor do Inea. O Decreto atualizou, tambm, a lista de atividades no passveis de delegao aos municpios, que passou a contar com 26 itens.

  • 13

    Em 2010, o Decreto n 42.440 (Anexo 2) veio simplificar o processo, ao revogar pargrafos e artigos do Decreto n 42.050/2009 (Anexo 1) e alterar a sua redao. Nesta nova etapa, delegvel aos municpios o licenciamen-to de atividades cujo impacto seja local e de empreen-dimentos classificados como de insignificante, baixo e mdio potencial poluidor, de acordo com Resoluo do Conselho Diretor do Inea.

    A Resoluo do Inea n 12/2010 (Anexo 3), por sua vez, trouxe o carter normativo ao repasse dos empreendi-mentos e atividades cujo licenciamento ambiental pode ser transferido aos municpios por meio de convnio. Se antes o repasse de atribuies era realizado sem base legal, com a Resoluo o processo passou a ter crit-rios claros, que sero discutidos no prximo item.

    O que os municpios podem licenciar

    Segundo a Resoluo Inea n 12/2010, os empreen-dimentos e atividades passveis de licenciamento pelos municpios conveniados so determinados de acordo com os critrios tcnicos de porte e potencial poluidor, nos termos do Decreto n 42.159/2009, que dispe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental (Slam) e da MN-050.R-5, que define a Classificao de Atividades Polui-doras, observando a equipe tcnica existente no munic-pio responsvel pelo licenciamento ambiental.

    Esta mudana representa uma grande simplificao e amplia a transparncia da descentralizao ao definir,

  • 14

    em bloco, atividades e empreendimentos passveis de delegao aos municpios, de acordo com o cruzamen-to dos parmetros porte e potencial poluidor, indica-dos na matriz abaixo.

    De acordo com a matriz, os empreendimentos e ativida-des enquadrados nas Classes 1A e 1B (ou seja, classes de potencial poluidor insignificante x mnimo ou peque-no portes, respectivamente) no esto sujeitos ao licen-ciamento ambiental. Nestes casos, atestada a inexigibili-dade de licenciamento, permanecer a obrigatoriedade de prvia obteno de Autorizaes Ambientais e outros instrumentos previstos na legislao em casos espec-ficos (por exemplo, para outorga do direito de uso dos recursos hdricos e para demarcao de faixa marginal de proteo).

    Vale ressaltar, contudo, que o rgo ambiental competen-te extraordinariamente poder instar o empreendedor a requerer licena ambiental nos casos em que considerar os empreendimentos e atividades como potencialmente poluidores, mesmo que enquadrados na Classe 1.

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  • 15

    Por sua vez, os empreendimentos e atividades de alto potencial poluidor, qualquer que seja o porte, permane-cem sendo de competncia do Inea. Aqueles de porte excepcional, quando de mdio potencial poluidor, tam-bm continuam sendo licenciados unicamente pelo Es-tado. Em ambos os casos, necessria a elaborao e apresentao ao Inea do Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatrio de Impacto Ambiental (EIA-Rima) por parte do solicitante da licena.

    A classificao das atividades poluidoras estabelecida na MN-050.R-5, norma tcnica estadual aprovada pela Resoluo Conema n 23/2010. Esta norma codifica as atividades por grupo, subgrupo e subdiviso e as clas-sifica em classes de 1 a 6. A metodologia por ela adota-da prev quatro nveis de potencial poluidor (alto, mdio, baixo e insignificante) e cinco nveis de porte (mnimo, pequeno, mdio, grande e excepcional).

    ConemaO Conselho Estadual de Meio Ambiente (Conema) um rgo colegiado, deliberativo e consultivo, institudo no mbito da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). Sua finalidade deliberar sobre as diretrizes da Poltica Estadual de Meio Ambiente e sua aplicao pela SEA e demais instituies nele representadas, bem como orientar o Governo do Estado na gesto do meio ambiente.

  • 16

    O procedimento para enquadrar determinada atividade ou empreendimento em classes segue o seguinte mode-lo: partindo-se de uma determinada atividade, identifica-se o seu potencial poluidor (item 5 da MN), e levando-se em considerao os fatores condicionantes2, obtm-se o porte (item 6 da MN). Identificado o potencial poluidor e porte, obtm-se a classe da atividade que utiliza uma letra e um nmero. Obedecendo a classificao, ficam estabelecidas quais atividades podero ser licenciadas pelo municpio conveniado e quais devero ser licencia-das pelo Inea.

    2 Os fatores condicionantes para a determinao do porte so parmetros mensurveis conforme a natureza da atividade, como: rea, volume, capa-cidade, vazo, extenso, produo, presso, tancagem, potncia etc.

    A descentralizao do licenciamento traz benefcios para o estado, para os municpios, para os empreendedores e para a populao fluminense.

    Apresentamos a seguir uma simulao dos procedi-mentos para o enquadramento de uma atividade a ser licenciada, bem como a definio de sua instncia. Essa simulao foi feita com base no passo a passo do quadro das pginas 18 e 19.

  • 17

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  • 18

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  • 20

    O papel do Inea no processo de descentralizao

    O Instituto Estadual do Ambiente, por meio de sua Gerncia de Apoio Gesto Ambiental Municipal (Gegam), da Diretoria de Gesto das guas e do Territrio (Digat), o representante do Estado no processo de descentralizao do licenciamento, tendo essencialmente as seguintes atribuies:

    1. Promover as aes necessrias descentrali-zao do licenciamento ambiental de atividades de impacto local e potencial poluidor classificado como insignificante, baixo e mdio, a todos os 92 municpios fluminenses, conforme as vontades e capacidades locais:

    Avaliao dos pr-requisitos de habilita-o dos municpios; Preparao dos termos de convnio, en-caminhamento Procuradoria e envio para a assinatura.

    2. Promover o fortalecimento da capacidade tcni-ca dos municpios, atravs de:

    Cursos de capacitao para gestores e tcnicos municipais; Elaborao de uma srie de cadernos tc-nicos abordando temas relacionados ges-to ambiental, objeto desta publicao;

  • 21

    Acesso ao Sistema de Informaes do Inea para os tcnicos municipais.

    3. Apoiar o fortalecimento da gesto ambiental nos municpios conveniados:

    Produzindo informaes sobre os progra-mas e intervenes do Inea e da SEA no ter-ritrio municipal;

    Buscando a integrao de programas e pro-jetos ambientais do Estado no municpio.

    Alm das atribuies descritas, a Gegam desenvolve um trabalho de acompanhamento das aes estabelecidas nos termos dos convnios celebrados, que consiste em:

    1. Avaliar as licenas emitidas pelos municpios, verificando sua adequao quanto aos itens ne-cessrios (tipo de licena, descrio e localizao da atividade etc.) e quanto utilizao das restri-es tcnicas pertinentes atividade (ver tabela de checklist adiante);

    2. Realizar visitas de apoio aos municpios conve-niados, incluindo a discusso sobre a avaliao das licenas municipais apresentadas;

    3. Vistoriar as atividades poluidoras em conjunto com a equipe municipal, caso necessrio;

    4. Reavaliar as classes de atividades que podem ser licenciadas pelos municpios, caso haja altera-es em suas equipes tcnicas.

  • 22

    Vale destacar que, alm da Gegam, outras unidades do Inea esto envolvidas no processo de descentralizao do licenciamento, sobretudo: o Conselho Diretor (Con-dir); a Procuradoria e a Ouvidoria; a Vice-Presidncia, por meio das Superintendncias Regionais, e a Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilam).

    Primeiramente, cabe ao Condir tanto a aprovao da classe de atividades a ser repassada a cada municpio quanto a sua eventual modificao. O Condir aprova tambm toda legislao proposta, tais como minutas de decretos e resolues Inea, e toma decises sobre questes que lhe sejam encaminhadas. A Procuradoria, por sua vez, acessada para avaliao e chancela dos processos de assinatura de Termos de Convnio e apoia juridicamente todo o processo de descentralizao e seu acompanhamento. As Superintendncias Regionais, assim como a Dilam, fornecem orientaes tcnicas e apoiam vistorias conjuntas com as equipes municipais. Por fim, cabe Ouvidoria receber denncias e tomar as providncias cabveis.

    Diante da importncia do fortalecimento do Sistema Es-tadual de Meio Ambiente, o Ministrio Pblico do Esta-do do Rio de Janeiro vem atuando em auxlio ao Inea na intensificao do processo de descentralizao do licenciamento ambiental.

    Este auxlio feito atravs do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente 6 CAO/Meio Ambiente , que acom-panha as aes da Gegam/ Digat, e da fiscalizao local exercida pelas Promotorias de Tutela Coletiva com atri-buio para a defesa do meio ambiente, verificando junto

  • 23

    aos municpios o efetivo cumprimento das condicionantes para o licenciamento ambiental.

    O foco de ateno do Ministrio Pblico Estadual est na complementao das verificaes procedidas pelo Inea para as aes estabelecidas nos convnios de descentra-lizao, abordando, em especial, os seguintes aspectos:

    1. Verificar a efetiva lotao e atuao dos profis-sionais relacionados no quadro profissional pr-prio para o setor de licenciamento ambiental;

    2. Acompanhar o efetivo funcionamento dos Con-selhos Municipais de Meio Ambiente;

    3. Verificar o efetivo funcionamento do Fundo Municipal de Meio Ambiente e a destinao de seus recursos;

    4. Acompanhar os servios de licenciamento am-biental municipal, contribuindo com o municpio e o Inea para o seu aprimoramento e adequao.

    Eventuais incompatibilidades apuradas no servio de licenciamento ambiental municipal e oportunidades de melhoria podero ser objeto de recomendao ministerial ao rgo municipal de meio ambiente ou mesmo diretamente ao Inea, buscando desde uma resoluo consensual at a suspenso judicial de convnios celebrados.

  • 24

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  • 25

    Passo a passo para a descentralizao

    Atualmente, conforme o Decreto estadual n 42.050/09, alterado pelo n 42.440/09, condio para celebrao de convnio e, consequentemente, para a realizao do li-cenciamento ambiental pelo municpio, que este possua:

    1. Corpo tcnico especializado, integrante do quadro funcional prprio, para a realizao da fiscalizao e do licenciamento ambiental;

    2. Conselho Municipal de Meio Ambiente (implan-tado e em funcionamento), instncia normativa, cole-giada, consultiva e deliberativa de gesto ambiental, com representao da sociedade civil organizada;

    3. Legislao prpria disciplinando o licenciamen-to ambiental municipal e as sanes administrativas pelo seu descumprimento;

    4. Plano Diretor, se possuir populao superior a 20.000 (vinte mil) habitantes, ou Lei de diretrizes urbanas, se a populao for igual ou inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes;

    5. Fundo Municipal do Meio Ambiente (implantado).

    O Municpio dever comprovar previamente celebra-o do convnio o atendimento dos requisitos acima, juntando aos autos do procedimento referente ao con-vnio a ser celebrado os seguintes documentos:

    Relao dos profissionais que integram seu corpo tcnico especializado, incluindo a qualificao profissional e o vnculo destes com o municpio;

  • 26

    O endereo no qual sero requeridas as licenas; Legislao ambiental municipal existente; Cpia do ato ou lei de criao do Conselho Municipal de Meio Ambiente, bem como a relao de seus mem-bros e a ata da ltima reunio realizada; Cpia da lei que aprova o plano diretor ou da lei de diretrizes urbanas; Cpia da lei que criou o Fundo Municipal de Meio Am-biente, bem como a relao dos integrantes do respec-tivo rgo gestor.

    Para aderir ao Convnio para a Descentralizao do Li-cenciamento Ambiental, o prefeito do municpio interes-sado deve encaminhar um ofcio ao presidente do Inea, manifestando interesse em assinar o Convnio. Neste ofcio ele atesta que seu municpio atende a todos os re-quisitos acima e anexa toda a documentao, em meio impresso e digital.

    Empreendimentos e atividades de alto potencial poluidor, qualquer que seja o porte, e aqueles de porte excepcional, quando de mdio potencial poluidor, permanecem sendo licenciados unicamente pelo Inea.

    A Gerncia de Apoio Gesto Ambiental Municipal (Gegam) do Inea coloca disposio do municpio interessado um ofcio padro, atravs do qual o prefeito

  • 27

    atesta que o municpio atende s condicionantes estabelecidas pelo art. 12 do Decreto Estadual n 42.050/09, alterado pelo n 42.044/10.

    Documentos

    Anexar ao ofcio os seguintes documentos, em meio im-presso e digital:

    1. Relao do corpo tcnico especializado, inte-grante do quadro funcional (cargo/funo, qualifi-cao profissional e vnculo com o municpio);

    2. Endereo onde sero requeridas as licenas;

    3. Legislao ambiental, na qual deve constar ex-plicitamente as tipologias de infraes ambientais, com as respectivas sanses expressas em valo-res, em caso de multa;

    4. Cpias do ato ou lei de criao do Conselho Municipal de Meio Ambiente, de seu regimento interno, da relao de membros e entidades e r-gos por eles representados e da ata da ltima reunio realizada;

    5. Cpia da lei que aprova o Plano Diretor do Muni-cpio (ou da Lei de Diretrizes Urbanas);

    6. Cpia da lei de criao do Fundo Municipal de Meio Ambiente, bem como a relao dos integran-tes do respectivo rgo gestor.

    Conforme a Resoluo Inea n 12/2010, cabe Diretoria de Gesto das guas e do Territrio (Digat), atravs da Gerncia de Apoio Gesto Ambiental Municipal

  • 28

    (Gegam), instruir o processo de definio bem como de alterao das classes de empreendimentos e atividades delegadas aos municpios, para aprovao pelo Conselho Diretor do Inea.

    Exemplo de checklist do Inea para verificao do atendimento aos termos do Convnio

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  • 29

    Checklist de acompanhamento de clusulas do convnio

    Por fim, importante ressaltar que a Gegam/Digat um canal permanente de contato e apoio aos municpios para qualquer questo relativa ao licenciamento am-biental municipal.

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  • 30

    ANEXO 1

    Decreto N 42.050 de 25 de setembro de 2009

    DISCIPLINA O PROCEDIMENTO DE DESCENTRALIZAO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL MEDIANTE A CELEBRAO DE

    CONVNIOS COM OS MUNICPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuies constitucionais e legais, tendo em vista o que consta do processo E-07/500.523/2009;

    CONSIDERANDO:- o disposto no art. n 241 da Constituio Federal;- o previsto no art. n 65, pargrafo nico, da Constituio do Estado do Rio de Janeiro;- as previses de descentralizao do licenciamento ambiental constantes do Decreto n 40.793, de 5 de junho de 2007, e da Lei Estadual n 5.101, de 14 de outubro de 2007; e- a necessidade de se adequar descentralizao do licenciamento ambiental no Estado do Rio de Janeiro ao disposto nos artigos 6 e 22 da Lei Estadual n 5.101, de 14 de outubro de 2007, que cria o Instituto Estadual do Ambiente, e no Decreto Estadual n 41.628, de 12 de janeiro de 2009,

    DECRETA:

    Art. 1 - O Instituto Estadual do Ambiente - INEA - poder celebrar convnios com os Municpios do Estado do Rio de Janeiro, tendo como objeto a transferncia da atividade de licenciamento am-biental em casos especficos e determinados nos quais o impacto ambiental seja local e o empreendimento classificado como de pequeno e mdio potencial poluidor, de acordo com Resoluo do Conselho Diretor do INEA, nos termos deste artigo.

  • 31

    1 - A participao do INEA nos convnios a serem cele-brados depender de autorizao do Conselho Diretor.

    2 - Os convnios celebrados devero ser devidamente numerados, identificados, catalogados e disponibilizados na sede do INEA e no stio eletrnico do Instituto, sem prejuzo da disponibilidade em outros stios oficiais do Estado do Rio de Janeiro e, principalmente, da publicao obrigatria do res-pectivo extrato no Dirio Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

    3 - A celebrao de convnio previsto no caput deste artigo dever ser comunicada Assemblia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e ao Tribunal de Contas do Municpio, se existente.

    4 - As atividades objeto de convnios previstos neste de-creto devero ser especificadas por Resoluo do Conse-lho Diretor do INEA.

    5 - A Resoluo do Conselho Diretor referida no pargra-fo anterior dever aprovar atividades previamente indicadas pelo Municpio como passveis de licenciamento local sa-tisfatrio, devendo tal indicao ser feita, preferencialmen-te, por ato de Conselho Municipal de Meio Ambiente ou do Chefe do Poder Executivo Municipal.

    6 - O Conselho Diretor do INEA poder rever o rol de ati-vidades sujeitas ao licenciamento ambiental municipal por meio de Resoluo devidamente motivada.

    Art. 2 - Para os efeitos deste Decreto sero adotadas as seguin-tes definies:

    I - atividades com impacto ambiental local direto: as atividades capazes de ensejar comprometimento dos meios fsicos e biol-gicos no Municpio, definidas em Resoluo do Conselho Diretor do Instituto, ressalvadas as atividades constantes do artigo 3 e do Anexo deste Decreto.

  • 32

    II - rea urbana consolidada: aquela que atende a pelo menos dois dos seguintes critrios:

    a) definio legal pelo Poder Pblico; b) existncia de, no mnimo, 04 (quatro) dos seguintes equipamen-tos de infra-estrutura urbana: malha viria com canalizao de guas pluviais; rede de abastecimento de gua rede de esgoto; dis-tribuio de energia eltrica e iluminao pblica; recolhimento de resduos slidos urbanos; tratamento de resduos slidos urbanos;c) densidade demogrfica superior a 5.000 (cinco mil) habitantes por km.

    III - Interveno ou supresso eventual e de baixo impacto am-biental: as intervenes ou supresses com o percentual mximo de 5% (cinco por cento) da rea de preservao permanente lo-calizada na posse ou propriedade, desde que no comprometam as funes ambientais destes espaos e destinadas s seguintes obras ou atividades: a - abertura de pequenas vias de acesso in-terno e suas pontes e pontilhes, quando necessrias travessia de um curso de gua, ou retirada de produtos oriundos das ati-vidades de manejo agroflorestal sustentvel praticado na pequena propriedade ou posse rural familiar;

    b - implantao de instalaes necessrias captao e condu-o de gua e efluentes tratados, desde que comprovada a outor-ga do respectivo direito de uso, quando couber, e de corredor de acesso de pessoas e animais para obteno de gua;c - implantao de trilhas para desenvolvimento de ecoturismo e construo de rampa de lanamento de barcos e pequeno ancoradouro;d - construo de moradia de agricultores familiares, remanescen-tes de comunidades quilombolas e outras populaes extrativis-tas e tradicionais em reas rurais onde o abastecimento de gua ocorra pelo esforo prprio dos moradores;e - construo e manuteno de cercas de divisa de propriedades;f - pesquisa cientfica, desde que no interfira com as condies ecolgicas da rea, nem enseje qualquer tipo de explorao eco-nmica direta, respeitados outros requisitos previstos na legisla-o aplicvel;

  • 33

    g - coleta de produtos no madeireiros para fins de subsistncia e produo de mudas, como sementes, castanhas e frutos, desde que eventual e respeitada a legislao especfica a respeito do acesso a recursos genticos;

    e - plantio de espcies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetais em reas alteradas, planta-dos junto ou de modo misto;h - outras aes ou atividades similares, reconhecidas como eventual e de baixo impacto ambiental pelo conselho estadual de meio ambiente.

    Art. 3 - Compete ao Estado o licenciamento dos empreendimentos:

    I - localizados ou desenvolvidos em mais de 01 (um) Municpio;

    II - localizados em Unidades de Conservao do Estado;

    III - que sejam potencialmente causadores de significativa degra-dao do meio ambiente e estejam sujeitos elaborao de Es-tudo de Impacto Ambiental e seu respectivo relatrio (EIA/RIMA), conforme a legislao federal e estadual;

    IV - que importem na supresso de vegetao pertencente ao bioma da mata atlntica, ressalvado o disposto no art. 19, 2, da Lei n 4.771/65 (Cdigo Florestal), e art. 14, 2, da Lei n 11.428/06 (Utilizao e Proteo da Vegetao Nativa do Bioma Mata Atlntica);

    V - que constem do Anexo deste decreto, bem como outros definidos por Resoluo do Conselho Diretor do INEA;

    VI - que importem na supresso de vegetao ou interveno em reas de preservao permanente, condicionadas expedio da pertinente autorizao para realizao da supresso de vegetao ou interveno pelo INEA, excetuadas as hipteses previstas nos pargrafos abaixo.

    1 - casos de empreendimentos ou atividades que impor-tem em interveno ou supresso eventual e de baixo im-pacto ambiental, observandose, para tanto, a definio do inciso III do artigo 2 deste decreto.

  • 34

    2 - casos de empreendimentos ou atividades em reas urbanas consolidadas devidamente reconhecidas pelo Po-der Pblico Municipal, observando- se, para tanto, a defini-o do inciso II do artigo 2 deste decreto.

    Art. 4 - A celebrao de convnio de que trata este ato normativo no desobriga o Estado do exerccio do poder de polcia ambien-tal, quando caracterizada a omisso ou inpcia do Municpio no desempenho das atividades de licenciamento e fiscalizao, no impedindo a adoo pelo Estado de medidas urgentes necess-rias a evitar ou minorar danos ambientais.

    1 - Nos casos em que o licenciamento a ser realizado pelo Municpio envolva remoo de vegetao nativa em rea urbana consolidada ou em rea de Preservao Per-manente - APP, esta interveno dever ter a anuncia pr-via do INEA para supresso de vegetao.

    2 - Em caso de rea definida legalmente como urbana pelo Poder Pblico, ficar[a totalmente ao encargo da muni-cipalidade a remoo de espcies vegetais exticas, bem como de espcies utilizadas na arborizao ornamental de empreendimentos imobilirios, ou que caracterizem cultura agrcola.

    3 - Nos casos em que o licenciamento a ser realizado pelo Municpio envolva demarcao de Faixa Marginal de Proteo - FMP, este procedimento dever ser realizado pelo INEA.

    4 - Nos casos em que o licenciamento a ser realizado pelo Municpio envolva obteno de outorga do direito de uso dos recursos hdricos, este procedimento dever ser realizado pelo INEA.

    5 - Nos casos dos 1, 3 e 4, bem como em outros que se faam necessrios, os municpios devero orientar os empreendedores quanto necessidade de realizarem os procedimentos especficos junto ao INEA.

  • 35

    6 - Os rgos/Entidades ambientais municipais devero apresentar ao rgo/entidade ambiental estadual, bimes-tralmente, o cadastro georeferenciado das atividades licen-ciadas, juntamente com a cpia das licenas ambientais outorgadas em meio digital.

    7 - Os rgos/Entidades ambientais municipais devero dar cincia ao rgo/Entidade ambiental estadual sobre as informaes relativas aos seguintes instrumentos de con-trole vigentes, conforme respectivas Deliberaes CECA ou CONEMA: PROCON Ar, PROCON gua, Inventrio e Mani-festo de Resduos.

    8 - O rgo/entidade ambiental estadual poder exigir, quando necessrio, o Relatrio de Auditoria Ambiental de empreendimentos licenciados pelos Municpios.

    9 - Nos casos de omisso ou inpcia do Municpio no de-sempenho das atividades de licenciamento e fiscalizao poder o INEA denunciar o convnio celebrado, podendo, inclusive, nesses casos, rever os atos praticados pelo Muni-cpio em razo do instrumento.

    Art. 5 - Ser condio para celebrao de convnio e, conse-qentemente, para a realizao dolicenciamento ambiental pelo Municpio, que este:

    I - possua corpo tcnico especializado, integrante do quadro fun-cional prprio, para a realizao da fiscalizao e do licenciamen-to ambiental;

    II - tenha implantado e em funcionamento o Conselho Municipal de Meio Ambiente, instncia normativa, colegiada, consultiva e deli-berativa de gesto ambiental, com representao da sociedade civil organizada;

    III - possua legislao prpria disciplinando o licenciamento ambiental municipal e as sanes administrativas pelo seu descumprimento;

    IV - possua Plano Diretor, se possuir populao superior a 20.000 (vinte mil) habitantes;

  • 36

    V - possua lei de diretrizes urbanas, se a populao for igual ou inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes;

    VI - tenha implantado o Fundo Municipal do Meio Ambiente.

    Pargrafo nico: O Municpio dever comprovar previamente celebrao do convnio o atendimento dos requisitos elencados neste artigo, juntando aos autos do procedimento referente ao convnio a ser celebrado, dentre outros documentos:

    I - relao dos profissionais que integram seu corpo profis-sional especializado, incluindo a qualificao profissional e o vnculo destes com o Municpio;

    II - o endereo no qual sero requeridas as licenas;

    III - legislao ambiental municipal existente;

    IV - cpia do ato ou lei de criao do Conselho Municipal de Meio Ambiente, bem como a relao de seus membros e a ata da ltima reunio realizada;

    V - cpia da lei que aprova o plano diretor ou da lei de dire-trizes urbanas;

    VI - cpia da lei que criou o Fundo Municipal de Meio Am-biente, bem como a relao dos integrantes do respectivo rgo gestor.

    Art. 6 - As despesas financeiras e econmicas decorrentes da exe-cuo dos convnios a serem celebrados devero correr conta de dotaes prprias dos Municpios.

    Art. 7 - Compete ao INEA a orientao e a superviso dos pro-cedimentos de licenciamento atribudos aos Municpios.

    Art. 8 - Os convnios celebrados em data anterior publicao deste Decreto devero ser adequados s suas disposies no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da sua publicao.

    Art. 9 - Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio, em especial os Decre-

  • 37

    tos ns 40.793, de 05/06/2007, 40.980, de 15/10/2007, 41.230, de 18/03/2008, e 41.442, de 14.8.2008.

    Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2009

    SRGIO CABRAL

    ANEXO AO DECRETO N 42.050 DE 25/09/2009

    RELAO DAS ATIVIDADES MENCIONADAS NESTE DECRETO:

    1. Transporte de resduos industriais, hospitalares e carga perigosa;2. Coleta e tratamento de esgoto domstico pblico acima de 1.000m3/dia;3. Centrais terceirizadas de tratamento de efluentes industriais;4. Fabricao de cimento e clnquer e co-processamento de resduos;5. Metalurgia dos metais no ferrosos em formas primrias, com operao de tmpera, cementao e tratamento trmico;6. Fabricao de inseticidas, germicidas e fungicidas; corantes, pigmentos, polmeros e demais indstrias qumicas que envol-vam sntese;7. Fabricao de explosivos base de celulose, nitroglicerina, clo-ratos e percloratos, nitrato de amneo, trinitrotolual;8. Recuperao de leos lubrificantes - inclusive leo queimado;9. Fabricao de lmpadas incandescentes, fluorescentes, a gs de mercrio e non, de arco, de raio infravermelho e ultravioleta e semelhantes inclusive lmpadas miniaturas e lmpadas descart-veis flash;10. Estaleiros para construo de navios para transporte de car-gas ou passageiros, construo de pesqueiros, rebocadores, em-barcaes esportivas e recreativas, estruturas flutuantes;11. Empreendimentos destinados construo, montagem e re-parao de avies e outros materiais de transporte areo - inclusi-ve a fabricao de peas e acessrios, e a reparao de turbinas e motores de avio;

  • 38

    12. Fabricao de veculos automotores;13. Unidades de recuperao de baterias em geral;14. Atividade de extrao mineral (pedreiras de brita, de bloco, calcrio, concha calcria), substncias minerais para construo civil no artesanal;15. Certificado de Registro de Agrotxico;16. Indstrias de cosmticos com fabricao de tintura;17. Indstria farmacutica;18. Bases de distribuio de combustveis lquidos e lcool carbu-rante derivado de petrleo;19. Bases de engarrafamento de gases liquefeitos de petrleo - GLP;20. Atividades que armazenam ou manipulam cloro na forma gasosa;21. Atividades que armazenam ou manipulam amnia andrica;22. Atividades que armazenam ou manipulam produtos inflam-veis e combustveis em quantidade superior a 10.000 kg, em nico reservatrio ou em diversos recipientes em uma mesma rea;23. Estaes de rdio base;24. Regularizao de cemitrios j implementados;25. Silvicultura econmica;26- Fabricao de artefatos de fibra de vidro.

  • 39

    ANEXO 2

    Decreto n 42.440 de 30 de abril de 2010

    ALTERA O DECRETO 42.050, DE 25 DE SETEMBRO DE 2009, QUE DISCIPLINA O PROCEDIMENTO DE

    DESCENTRALIZAO DO LICENCIAMENTO AMBIEN-TAL MEDIANTE A CELEBRAO DE CONVNIOS COM

    OS MUNICPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuies constitucionais e legais e tendo em vista o que consta do processo n E- 07/500.523/2009,

    DECRETA:

    Art. 1 - Ficam revogados o pargrafo 5 do artigo 1, o inciso VI do artigo 3, os pargrafos do artigo 4 e o anexo do Decreto n 42.050, de 25 de setembro de 2009.

    Art. 2 - Os artigos 1, 2, inciso I, 3 e 4 do Decreto n 42.050, de 25 de setembro de 2009, passam a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 1 - O Instituto Estadual do Ambiente INEA - poder celebrar convnios com os Municpios do Estado do Rio de Janeiro, tendo como objeto a transferncia da atividade de licenciamento ambiental em casos especficos e determina-dos nos quais o impacto ambiental seja local e o empreen-dimento classificado como de insignificante, baixo e mdio potencial poluidor, de acordo com Resoluo do Conselho Diretor do INEA, nos termos deste artigo.

    Art. 2 - (...)

    I - atividades com impacto ambiental local direto: as ativi-dades capazes de ensejar comprometimento dos meios fsicos e biolgicos no Municpio, definidas em Resoluo do Conselho Diretor do Instituto, ressalvadas as atividades constantes do artigo 3 deste Decreto.

  • 40

    (...)

    Art. 3 - Compete ao Estado o licenciamento dos empreen-dimentos: I - localizados, desenvolvidos ou cujos impactos diretos se projetem em mais de 01 (um) Municpio;

    (...)

    V - que importem na supresso de vegetao ou interven-o em reas de preservao permanente, condicionadas expedio da pertinente autorizao para realizao da supresso de vegetao ou interveno pelo INEA, excetu-adas as hipteses previstas nas alneas abaixo, cujo licen-ciamento poder ser transferido aos Municpios:

    a) casos de empreendimentos ou atividades que importem em interveno ou supresso eventual e de baixo impacto ambiental, observando-se, para tanto, a definio do inciso III do artigo 2 deste Decreto.b) casos de empreendimentos ou atividades em reas ur-banas consolidadas devidamente reconhecidas pelo Poder Pblico Municipal, observando-se, para tanto, a definio do inciso II do artigo 2 deste Decreto .

    Art. 4 - (...)

    1 - No caso previsto no caput, poder o INEA denunciar o convnio celebrado, podendo, inclusive, nesses casos, rever os atos praticados pelo Municpio em razo do instrumento.

    2 - Nos casos em que o licenciamento a ser realizado pelo Municpio envolvademarcao de Faixa Marginal de Proteo - FMP, este pro-cedimento dever ser realizado pelo INEA ou pelo Munic-pio, quanto este receber delegao para tal.

    Art. 3 - So inseridos os seguintes artigos no Decreto n 42.050, de 25 de setembro de 2009:

  • 41

    Art. 5 - Nos casos em que o licenciamento a ser realizado pelo Municpio envolva remoo de vegetao nativa em rea urbana consolidada, em rea de Preservao Permanente - APP ou vegetao de mata atlntica, na hiptese do artigo 14, 2, da Lei 11.428 de 2008, esta interveno dever ter a autorizao prvia do INEA para supresso de vegetao.

    Art. 6 - Em caso de rea definida legalmente como urbana pelo Poder Pblico ficar totalmente ao encargo da municipa-lidade a remoo de espcies vegetais exticas, bem como de espcies utilizadas na arborizao ornamental de empre-endimentos imobilirios, ou que caracterizem cultura agrcola.

    Art. 7 - Nos casos em que o licenciamento a ser realizado pelo Municpio envolva obteno de outorga do direito de uso dos recursos hdricos, este procedimento dever ser realizado pelo INEA.

    Art. 8 - Nos casos dos artigos 5 e 7, bem como em outros que se faam necessrios, os municpios devero orientar os empreendedores quanto necessidade de realizarem os procedimentos especficos junto ao INEA.

    Art. 9 - Os rgos/Entidades ambientais municipais deve-ro apresentar ao INEA, bimestralmente, o cadastro geo-referenciado das atividades licenciadas, juntamente com a cpia das licenas ambientais outorgadas em meio digital ou aderir ao sistema de informtica provido pelo INEA.

    Art. 10 - Os rgos/Entidades ambientais municipais de-vero dar cincia ao INEA sobre as informaes relativas aos seguintes instrumentos de controle vigentes, conforme respectivas Deliberaes CECA ou CONEMA: PROCON Ar, PROCON gua, Inventrio e Manifesto de Resduos.

    Art. 11 - O INEA poder exigir, quando necessrio, o Relat-rio de Auditoria Ambiental de empreendimentos licenciados pelos Municpios.

  • 42

    Art. 4 - Os artigos 5 ao 9 do Decreto n 42.050, de 25 de setem-bro de 2009, passam a ser renumerados da seguinte forma:

    Art. 12 - Ser condio para celebrao de convnio e, conseqentemente, para a do licenciamento ambiental pelo Municpio, que este:

    I - possua corpo tcnico especializado, integrante do qua-dro funcional prprio, para a realizao da fiscalizao e do licenciamento ambiental;

    II - tenha implantado e em funcionamento o Conselho Mu-nicipal de Meio Ambiente, instncia normativa, colegiada, consultiva e deliberativa de gesto ambiental, com repre-sentao da sociedade civil organizada;

    III - possua legislao prpria disciplinando o licenciamento ambiental municipal e as sanes administrativas pelo seu descumprimento;

    IV - possua Plano Diretor, se possuir populao superior a 20.000 (vinte mil) habitantes;

    V - possua lei de diretrizes urbanas, se a populao for igual ou inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes;

    VI - tenha implantado o Fundo Municipal do Meio Ambiente.

    Pargrafo nico - O Municpio dever comprovar previa-mente celebrao do convnio o atendimento dos requi-sitos elencados neste artigo, juntando aos autos do pro-cedimento referente ao convnio a ser celebrado, dentre outros documentos:

    I - relao dos profissionais que integram seu corpo profis-sional especializado, incluindo a qualificao profissional e o vnculo destes com o Municpio;

    II - o endereo no qual sero requeridas as licenas;

    III - legislao ambiental municipal existente;

  • 43

    IV - cpia do ato ou lei de criao do Conselho Municipal de Meio Ambiente, bem como a relao de seus membros e a ata da ltima reunio realizada;V - cpia da lei que aprova o plano diretor ou da lei de dire-trizes urbanas;VI - cpia da lei que criou o Fundo Municipal de Meio Ambiente, de documentos que comprovem seu efetivo funcionamento, bem como a relao dos integrantes do respectivo rgo gestor.

    Art. 13 - As despesas financeiras e econmicas decorrentes da execuo dosa serem celebrados devero correr con-ta de dotaes prprias dos Municpios.

    Art. 14 - Compete ao INEA a orientao e a superviso dos procedimentos de licenciamento atribudos aos Municpios.

    Art. 15 - Os convnios celebrados em data anterior publi-cao deste Decreto devero ser adequados s suas dis-posies no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da sua publicao.

    Art. 16 - Este Decreto entrar em vigor na data de sua publica-o, revogadas as disposies em contrrio, em especial os Decretos ns 40.793, de 05/06/2007, 40.980, de 15/10/2007, 41.230, de 18/03/2008, e 41.442, de 14/08/2008.

    Art. 5 - Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 30 de abril de 2010

    SRGIO CABRAL

  • 44

    ANEXO 3

    Resoluo Inea n 12/2010

    RESOLUO INEA N 12 de 8/ JUNHO/ 2010.

    DISPE SOBRE OS EMPREENDIMENTOS E ATIVI-DADES CUJO LICENCIAMENTO AMBIENTAL PODE

    SER TRANSFERIDO AOS MUNICPIOS, POR MEIO DE CONVNIO, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    O CONSELHO DIRETOR DO INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIEN-TE - INEA, reunido no dia 25 de maio de 2010, no uso das atribui-es que lhe confere o art. 8, XVIII do Decreto Estadual n 41.628, de 12 de janeiro de 2009,

    CONSIDERANDO a Lei n 5101 de 04 de outubro de 2007, de cria-o do Instituto Estadual do Ambiente, que prev em seu artigo 6: O INEA poder proceder descentralizao do licenciamento ambiental de atividades de pequeno e mdio impacto ambiental aos municpios, desde que cumpridas condies;

    CONSIDERANDO o Decreto n. 42.050 de 25 de setembro de 2009, alterado pelo Decreto 42.440 de 30 de abril de 2010, que es-tabelece em seu art. 1: O INEA poder celebrar convnios com os Municpios do Estado do Rio de Janeiro, tendo como objeto a transferncia da atividade de licenciamento ambiental em casos especficos e determinados nos quais o impacto ambiental seja local e o empreendimento classificado como insignificante, baixo e mdio potencial poluidor, de acordo com Resoluo do Conse-lho Diretor do INEA;

    CONSIDERANDO o Decreto n 42.159 de 02 de dezembro de 2009, que dispe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental SLAM;

    CONSIDERANDO a MN-050.R-5, que define a Classificao de Atividades Poluidoras, aprovada pela Resoluo CONEMA 18, de 28 de janeiro de 2010,

  • 45

    RESOLVE:

    Art. 1. Os empreendimentos e atividades cujo licenciamento am-biental pode ser transferido aos municpios, por meio do convnio de que trata o Decreto estadual 42.050, de 25 de setembro de 2009, alterado pelo Decreto estadual 42.440, de 30 de abril de 2010, sero determinados de acordo com os critrios tcnicos de porte e potencial poluidor, nos termos do Decreto n 42.159 de 02 de dezembro de 2009 e da MN-050.R-5, que define a Classifica-o de Atividades Poluidoras, aprovada pela Resoluo CONE-MA 18, de 28 de janeiro de 2010.

    1. Para fins do disposto no caput, a definio dos em-preendimentos e atividades observar as classes estabe-lecidas no Anexo 1 desta Resoluo, ressalvando-se os empreendimentos e atividades de alto potencial poluidor, qualquer que seja o porte, bem como os de porte excepcio-nal, quando de mdio potencial poluidor, que so de com-petncia do INEA.

    2. As classes e as restries para licenciamento ambien-tal pelos municpios sero determinadas de acordo com o seu corpo tcnico especializado.

    Art. 2. Fica aprovada a transferncia das atividades de licenciamen-to ambiental aos municpios, conforme indicado no Anexo II, deven-do ser observadas as restries estabelecidas para cada municpio.

    Pargrafo primeiro As atividades enquadradas na Classe 1A e 1B, do anexo I e II, no esto sujeitas ao licenciamento ambiental, nos termos do Decreto n 42.159 de 02 de de-zembro de 2009, permanecendo, todavia a obrigatoriedade de prvia obteno de Autorizaes Ambientais e outros instrumentos previstos na legislao, quando couber.

    Pargrafo segundo Mesmo que enquadrados na Classe 1 ou ainda que no constantes no Anexo 1 do Decreto n.42.159/2009, os empreendimentos e atividades que apresentarem potencial poluidor podero, extraordinariamente, ser instadas pelo rgo ambiental competente, a requerer licena ambiental.

  • 46

    Art. 3. Mediante informaes a serem prestadas pelos munic-pios, devero ser estabelecidas as classes de empreendimentos e atividades de que trata a presente Resoluo. Art. 4. Caber Diretoria de Gesto das guas e do Territrio DIGAT, atravs da Gerncia de Apoio Gesto Ambiental Municipal GEGAM, instruir o processo de definio bem como de alterao das classes de empreendimentos e atividades delegadas aos municpios, para aprovao pelo Conselho Diretor do INEA.

    Art. 5. Esta Resoluo entra em vigor nesta data, revogando as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 8 de junho de 2010

    LUIZ FIRMINO M. PEREIRAPresidente

  • Para mais informaes:

    Instituto Estadual do Ambiente (Inea)

    Central de Atendimento:Rua Fonseca Teles, 121, 8 andar, So Cristvo, Rio de JaneiroAtendimento ao Pblico:De segunda sexta-feira Horrio: 10h s 12h e 13h s 16h necessrio agendar pelos telefones: (21) 2334-8394 / 2334-8395ou pelo site: www.inea.rj.gov.br

    Informaes tcnicas:

    Diretoria de Gesto das guas e do Territrio (Digat)Gerncia de Apoio Gesto Ambiental Municipal (Gegam)Av. Venezuela, 110, 4 andar, Praa Mau, Rio de JaneiroTelefone: (21) 2334-9669e-mail: [email protected]

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