Seminário Internacional de Chikungunya

Atualização no Manejo Integrado de Vetores

Dr. Haroldo BezerraAssessor Regional de Entomología

Doenças Negligenciadas, Tropicais e Transmitidas por Vetores (VT)OPS/OMS, Washington DC

Brasília-DF, 7 de outubro, 2014

1

Antecedentes

Impacto econômico, morbilidade, mortalidade*:

� Malaria: US$ 12 bilhões(África); 562,892 casos conf. (2009);

� Doença de Chagas*: US$1,3 billones; 12 mil muertes ;

� Dengue: US$ 2,1 bilhões/ US$ 1-4 bilhões (Shepard et al 2011); 5,1 milhões de casos (2006/10).

Salud en las Américas, PAHO 2012; http://www.dndial.org

Erradicação

do Anopheles gambiae nas

Américas

1940

1947-1970

Erradicação do

Aedes aegypti nas Américas

como vetor de

FA

Interrupção da

transmissão do

Trypanossoma cruzi pelo Triatoma infestans

(eliminação)Uruguai /1997, Chile/1999,

Brasil/2006 e parte da Argentina/2013

� Há evidências que as estratégias de vigilância econtrole das doenças transmitidas vetores (DTVs) são efetivas, se implementadas adequadamente;

� Para as DTVs como malaria, dengue, Doença de Chagas e CHIKV a vigilância e o controle de vetores são formas estratégicas de prevenir a transmissão das doenças.

fuentes: http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_joomlabook&Itemid=260&lang=es; Deane, LM, RSBMT, 25 (supl.II), 1992

2

Como funcionou(a) o controle do Ae. aegypti e Ae.

albopictus nas Américas

- Países com programas de prevenção e controle das DTVs que são remanentes dos programas de erradicação da malária ou febre amarela;- Países com o controle químico como intervenção prioritária;- As aplicações espaciais de inseticidas e o uso de larvicidas não avaliados de forma satisfatória;

Antecedentes

3

O Manejo Integrado de Vetores é um processo racional de toma dedecisões para optimizar o uso dos recursos no controle de vetores

Manejo Integrado de Vetores

Vigilância entomológica – conjunto de ações desenvolvidas para adetecção e monitoramento das populações de vetores

3

CE152.R9, 2008

CD48/13, 2008

4

Conjunto de Normas e Publicações Técnicas

Paraguay

Uruguay

Brasil

Argentina

Peru

Manejo Integrado de Vetores

5

Características

• Identificam os criadourospredominantes, índices tradicionais (índice predial, índice de Breteau e índice de recipientes, pupas);

• Realizados em média 60 diasou mais; uma semana (LIRAa);

• geralmente proporciona índices para grandes áreas (bairros); estratos (LIRAa);

• Dirige as atividades de controle;

Vigilância do Aedes aegypti e Ae. albopictus

Levantamiento rápido para Aedesaegypti (LIRAa)

Características

• Ampla cobertura (focalizar?)

• Permanente monitoramento

• Locais de alto risco

Controle do vetor na rotina com visitas aos

imóveis (agentes de saúde)

Visita domiciliar e controle de criadouros

Foto: K. F.Baêta

Características

• Disponibilidade de pessoal,material e equipamentosadequados

Visita domiciliar e controle de criadouros

Características

• medidas adotadas empontos estratégicos;

• necesidade deequipes especiais eapoio de transporte.

• Locais de alto risco

Controle de adultos

Bloqueio de Transmissão Surto / Epidemia (UBV)

Controle de adultos

# Controle de qualidade das operações: planejamento,

Calibração dos equipamentos/doses dos inseticidas/preparação das caldas

Novos dispositivos para coleta/análise da informação para a vigilância e controle do Aedes aegypti e Ae. albopictus

MosquiTRAPAdulTRAP

Trampa BGS

Ovitrampa

D-vac

Novas tecnologías para a vigilância do Aedes

Autocida Gravid Ovitrap (AGO)

Armadilhas letais

Componentes:

• Cores do corpo da armadilha e o tamanho são visualmente atrativas para os mosquitos;

• A armadilha contém água com bacterias (fermentados) que emiten um odoratrativo para fêmeas

• O depósito contém também umlarvicida, spinosad;

• Interior da armadilha revestido comuma malha tratada c/ adulticida(piretroide, Alfa Cipermetrina -DuraNet ®)

Recipientes protegidos de mosquitos/Mobilização Social

3milhões de capasBrasil – MS

Distribuição pelas SES e SMS

Avaliação da efetividade da utilização da metodologia Communication and Marketing Integrated for Behaviour Impact - COMBI para controle da dengue em duas localidades do Brasilby Braga, Ivenise Leal, 2011

14

0

10

20

30

40

0% 20% 40% 60% 80% 100%B

rete

au

Ind

ex

Curtain coverage

Modeled effect of ITC coverage

Material tratados com inseticidas

The effectiveness of insecticide treated curtains for

Aedes control in Valera, Venezuela (Vanlerbergheet al.,2009)

“As cortinas podem reduzir os índices,porém o efeito depende da coberturapopulacional, e se a cobertura esta baixa oefeito desaparece”

“Cobertura inicial alta, descensorápido a longo prazo em ecenariossem atividades de promoção oucomunicação”

15

Controle Biológico

Betta splendens

EVALUATION OF THE IMPACT ON AEDES AEGYPTI INFESTATION IN CEMENT TANKS OF THE MUNICIPAL DISTRICT OF CANINDÉ, CEARÁ, BRAZIL AFTER USING THE BETTA SPLENDENS FISH AS AN ALTERNATIVE BIOLOGICAL CONTROL. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.37 no.5 Uberaba Sept./Oct. 2004

CONTROL OF AEDES AEGYPTI LARVAE IN HOUSEHOLD WATER CONTAINERS BY CHINESE CAT FISH. Bull World Health Organ. 1987; 65(4): 503–506

ELIMINATION OF DENGUE BY

COMMUNITY PROGRAMS USING

MESOCYCLOPS(COPEPODA) AGAINST

AEDES AEGYPTI IN CENTRAL

VIETNAM

VU SINH NAM, NGUYEN THI YEN, TRAN VU PHONG, TRUONG UYEN NINH, LE QUYEN MAI, LE VIET LO, LE TRUNG NGHIA, AHMET BEKTAS, ALISTAIR BRISCOMBE, JOHN G. AASKOV, PETER A. RYAN,

AND BRIAN H. KAYAm. J. Trop. Med. Hyg., 72(1), 2005, pp. 67-73

Mesocyclops(

El Spinosad es um insectidaconsiderado natural de accionneurotoxic –Brazil, Mexico and Costa Rica

17

EFFICACY OF AQUATAIN, A MONOMOLECULAR FILM, FOR THE CONTROL OF MALARIA VECTORS IN RICE PADDIES (2011)Tullu Bukhari, Willem Takken,Andrew K. Githeko,Constantianus J. M. KoenraadtPLoS ONE 6(6): e21713. doi:10.1371/journal.pone.0021713

Mosquitos geneticamente modificados

♀cópula

Redução na

transmissão da

Doença?

Não há fêmeas adultas para picar

Não há populações de adultosLarvas morrem nos

primeiros estadios

♂♂♂♂

Aedes & Wolbachia

MartiniqueBti, temefos, deltametrina(Marcobe et al., 2011)

ColombiaDDT, etofenprox, lambdacihalotrina, permetrina, bendiocarb, temefos y fenitrotión (Fonseca-Gonzalez et al., 2011 y Ocampo et al., 2011)

Tinidad y TobagoFentión, malatión y temefos (Polso et al., 2011)

BrasilTemefos,cipermetrina, (Melo-Santos et al., 2010; Lima,et al., 2011)

CubaFentión, temefos, clorpirifos, deltametrina, cipermetrina, lambdacihalotrina(Rodríguez et al., 2010); Bissetet al., 2011)

ArgentinaTemefos(Biber et al., 2006; Llinás et al., 2010)

PanamáPirimifosmetil y temefos(Echevers et al., 1975; Bissetet al., 2003; Rodríguez et al., 2007)

República DominicanaDDT, malatión, propoxur, permetrina y deltametrina (Mekuria et al., 1991)

VenezuelaFentión , malatión, temefos, pirimfosmetil , clorpirifos , fenitrotión , deltametrina, lambdacihalotrina, betacipermetrina y ciflutrina(Rodríguez et al., 2007; Pérez et al., 2009)

Puerto RicoMalatión (Field et al., 1984

El SalvadorTemefos, malatión, fentión, pirimifosmetil, fenitrotión clorpirifos, deltametrina, lambdacihalotrina, betacipermetrina y ciflutrina(Rodríguez et al., 2007 y Bisset et al., 2009)

Nicaraguatemefos, malatión, fentión, pirimifosmetil, fenitrotión clorpirifos, deltametrina, lambdacihalotrina, betacipermetrina y ciflutrina(Rodríguez et al., 2007)

Costa Ricatemefos, malatión, fentión, pirimifosmetil, fenitrotión clorpirifos, deltametrina, lambdacihalotrina, betacipermetrina y ciflutrina(Perich et al.,2003; Rodríguez et al., 2007, Bisset et al., 2012)

Perútemefos, malatión, fentión, pirimifosmetil, fenitrotión clorpirifos, deltametrina, lambdacihalotrina, betacipermetrina y ciflutrina(Vargas et al., 2006; Rodriguez et al., 2007)

MexicoOganofosforados, carbamatos y algunospiretroides(Flores et al., 2006)

Fuente: Bisset J.A 2013, Bezerra, HSS y Programa Regional de Dengue 2013 Vigilância da resistencia aos inseticidas

Paises com capacidade técnica para

a detecção da resistência

Paises com capacidade técnica para

a detecção da resistência

20

Desafios para lograr efetividade no controle de vetores

21

Desafios para lograr efetividade no controle de vetores

� - O incremento da resistencia aos insecticidas e o número limitado de produtos coloca em risco a efetividade do controle de “rotina” ou durante surtos/epidemias;

Não foram lançadas novas moleculas de inseticidas(adulticidas) nos últimos 20 anos

22

Vigilância da resistência aos inseticidas

24

Considerações finais

• Establecer alianças concretas fora do setor saúde para o controledo vetor (sociedade). Redução das populações de vetores, contatocom os humanos, comunicação e mobilização;

• O controle químico adequadamente implementado segue sendonecessário para o controle da transmissão, porém dentro do marco do MIV;

• O levantamento de índices imaturos seguem sendo os principaismétodos de vigilância;

• É importante sistematizar e documentar as novas alternativas jáaprovadas para uso;

• As novas alternativas de vigilância e controle devem seguir sendoestudadas para gerar maiores evidências(custo/efetividade/sustentabilidade) que apoiem sua introduçãocomo alternativas para os programas.

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Manejo Integrado de Vetores

Vigilância da resistência aos inseticidas

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1940

1950

1960

1970

1980

1990

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

1947-1970 Erradicação do Aedes aegypti

OPS – CD1.R1

1971-1990Deterioro

dos programas verticais

1996 -1997: CD39.R11 Plano

Continental de

Intensificação

do combate de

Ae. aegypti.

2001

CD43.R4

Nova

generação

de

Programas

2003: CD44.R9 OPS

A Estrategia de Gestão

Integrada

(EGI –Dengue)

2 CD44.R14. GT –

Dengue

2007

Entrada em vigencia RSI (2005)

2007

CSP27.R15

Vigilancia entomológica

y control

Vigilancia Epidemiológica

Comunicación Social

Laboratórío

Atención al paciente

AmbienteEGI-

Dengue

Antecedentes - Marcos

2012

Estratégiaglobal para prevençãoe controle da dengue

fuente: http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_joomlabook&Itemid=260&lang=es27

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Manejo Integrado de Vectores - MIV

- Manejo integrado de vectores fue encontrado como el método más eficaz para reducir la IR, IV y IB,

resultando en valores relativa efectividad combinada de 0.12 (c.i. 95 0.02 – 0,62), 0,17 (c.i. 95 0.02 –

1,28) y 0.33 (c.i. 95 0.22 – 0,48), respectivamente

- Manejo ambiental mostró una efectividad relativamente baja de 0,71 (c.i. 95 0.55 – 0,90) para el IB,

0.49 (c.i. 95 0.30 – 0,79 para la IR) y 0.43 (c.i. 95 0.31 – 0,59) para el IV.

- Control biológico (efectividad relativa para la IR: 0.18) generalmente dirigidos a un pequeño número

de personas (tamaño mediana de la población: 200; 20 – 2500), mientras que el manejo integrado

de vectores se centró en las poblaciones más grandes (mediana: 12 450; rango: 210 – 9 600 000).