seminario interno do pibic-iec 1999 · df ,a edna ishikawa bolsista yuji magalhães ikuta dr....

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MINISTÉRIO DA SAÚDEFUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

INSTITUTO EV ANDRO CHAGAS'&

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTOCIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPq)

,SEMINARIO INTERNO DO PIBIC-IEC 1999

Belém -Pará10 DE JULHO DE 1999

DIRETORDr. Jorge F. S. Travassos da Rosa

CHEFE DO SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃODr. João Carlos L. da Silva

CHEFE DO SERVIÇO DE P ARASITOLOGIADra. Marinete Marins Póvoa

CHEFE DO SERVIÇO DE VIROLOGIA GERALDr. Alexandre C. Linhares

CHEFE DO SERVIÇO DE HEP A TOPA TIADr. Manoel do Carmo P. Soares

CHEFE DO SERVIÇO DE BACTERIOLOGIADr. Edvaldo Carlos B. Loureiro

CHEFE DO SERVIÇO DE ARBOYÍRUSDra. Amélia P. A. Travassos da RosaRespondendo:

Dr. Pedro Femando da C. Vasconcelos

CHEFE DO SERVIÇO DE PATOLOGIADra. Vera Lúcia Reis S. Barros

CHEFE DO SERVIÇO DE ECOLOGIA HUMANA E MEIO AMBIENTEDra. Elisabeth C. de Oliveira Santos

CHEFE DO SERVIÇO DE BIOTÉRIOSDr. Reinaldo de Amorim de Carvalho

Respondendo: Dr. Gregório Carrera de Sã

ASSESSORA (Hepatites)Dra. Gilberta Bensabath

ASSESSOR (Leishmanioses)Dr. Ralph Lainson

A -COMITE PERMANENTE INTERNO DE A V ALIAÇAO DO

PIBIC

Dr. Alexandre C. Linhares*

Dr.3 Amélia P .A. Travassos da RosaRepresentada por: D~ Suely Rodrigues

Dr.

Edvaldo Carlos B. Loureiro

Dr.a Gilberta Bensabath

Dr. J effrey Shaw

Dr. José Maria de SouzaRepresentado por: D~ Ana Yecê das N. Pinto

Dr. Ralph Lainson

Dr. Wyller Alencar de Mello

Dr.a Zéa Lins-Lainson

* Coordenador do processo seletivo interno

A -COMITE EXTERNO DE A V ALIAÇAO DO PIBIC

PIOr. Dr. José Paulo G. Leite, Departamento de Virologia, InstitutoOswaldo Cruz, Rio de janeiro, RJ

Prof. Dra. Albanita

Viana

de Oliveira, Representante do

CNPq/PIBIC.

COMISSÃO ORGANIZADORA DO SEMINÁRIO

Alexandre C. Linhares "

"

Alan Gaspar A yan

Antônio de Moura

Elisabete Ma de Figueiredo Brito

J edson F erre ira Cardoso

José Paulo Cruz

Madalena Pacífico

Manoel do Carmo Soares

Rosilene Mendes Vieira

Socorro dos Reis Sousa

TeIma Vitorina Ribeiro Lima

Wyller A. Mello

ORIENT ADORES E RESPECTIVOS BOLSISTAS

Dr.3 Amélia P .A. Travassos da RosaBolsista Denise Irene S. CerqueiraBolsista Tais Pinheiro de Araújo

D~ Ana Cecília Ribeiro CruzBolsista Andreza do Socorro S. da Veiga

Dr. Bemard MondetBolsista Patrícia Míriam S. Sato Barros

Df ,a Edna IshikawaBolsista Yuji Magalhães Ikuta

Dr. Edvaldo C. Brito LoureiroBolsista Ciotya de Oliveira Souza

Dr. Femando Tobias SilveiraBolsista Eugênia Janis da P. Chagas

Dra. Gilberta BensabathBolsista Andreza Corrêa Teixeira

Dr. J effrey ShawBolsista Carlos André Oeiras SeDa

D~ J oana D' Arc P. MascarenhasBolsista Maurício Liberal de Almeida

Dr. José Maria de SouzaBolsista Elizângela Sonsa BragaBolsista Cacyane de Panla Naiff do Amaral

Dr. Lourdes Maria G. dos SantosBolsista Railson Acioli de SouzaBolsista Patrick Abdala Fonseca Gomes

Dr. Manoel do Carmo P. SoaresBolsista Cinthia Cardoso Moreira

Dra. Marinete Marins PóvoaBolsista José Eduardo Gomes Arruda

Dr.

Pedro F emando da Costa VasconcelosBolsista Ana Paula KIautau Leite

Dr. Wyller Alencar de MelloBolsista José Elcias Raulino Alves JúniorBolsista Rodrigo Velasco Duarte Silvestre

D~

Y vone Gabbay MendesBolsista Rugo Reis Resque

AGRADECIMENTOS

Os organizadores do Seminário Interno do PIBIC / IEC 99formulam os seus agradecimentos à Direção e ao Serviço deAdministração do IEC, assim como ao Centro Nacional de Primatase à Coordenação de Ecologia Humana e Meio Ambiente, por todo oapoio proporcionado à realização do evento. Também são gratos àbibliotecária do IEC Vânia Barbosa da Cunha Araújo e ao suporteoferecido pela empresa FERPEL REPRESENTAÇÃO L TDA.

Especial agradecimento cabe ao prof. dr. Manuel Ayres,Universidade Federal do Pará, pela gentil oferta de exemplares de suamagnífica obra "Bio Estat. Aplicações estatísticas nas áreas de ciênciasbiológicas e médicas", ora distribuídos aos bolsistas participantes doSeminário.

1.

APRESENTAÇÃO 9

10 -12

2.

PROGRAMAÇÃO

13 -32

3.

RESUMOS

3.1

P ARASITOLOGIA E MEIO AMBIENTE... 13 -21

22 -32302 VIROLOGIAooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo0000000

A experiência do Instituto Evandro Chagas (IEC), Fundação Nacional de Saúde, com oPrograma Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq (PIBIC) ora alcança oseu quarto ano consecutivo, o que coincide com pouco mais de uma década daimplantação do projeto em âmbito nacional. Como em todo o Brasil, os resultados locaisrevelam-se sobremodo promissores, a julgar, particularmente, pela extensão e qualidadedos trabalhos científicos desenvolvidos por jovens universitários aspirantes à condição depesquisador na área das ciências biomédicas e da medicina tropical.Desde o estabelecimento do PIBIC no IEC, em 1996, 43 bolsistas integraram o quadroinstitucional de iniciação científica, 20 dos quais se submetem a avaliação no processoseletivo do corrente ano. Se considerada a parcela adicional, constituida daqueles (23) jágraduados e que, portanto, não mais se vinculam formalmente ao Instituto, cabemalgumas considerações de interesse. É gratificante assinalar, por exemplo, que pelomenos 50% desses últimos ora cumprem curso de mestrado, seja na Universidade Federaldo Pará, seja em outras instituições de ensino superior no País. Outros, em início decarreira, e sem descurar de seus objetivos acadêmicos primordiais, destacam-se nasatividades do magistério superior, bem como na esfera da própria iniciativa privada. Osaldo, pois, parece-nos positivo e bem denota o papel determinante do programa quantoao despertar de vocações para a pesquisa científica, não raro propiciando a identificaçãode verdadeiros talentos.Se, por um lado, os indicadores acima refletem a proficiência do PIBIC no tocante a suafinalidade precípua, por outro, decorridos os quatro anos, já se nos apresenta umainevitável (e inquietante) questão: qual a perspectiva de fortalecimento institucional,mercê da futura absorção desses pesquisadores em potencial? Em outros termos, oinvestimento que representa o PIBI C no tocante às gerações futuras de cientistas doInstituto, reverterá efetivamente em natural (e salutar) renovação do seu quadro deprofissi.onais ao longo do tempo? A resposta, em princípio, não se nos afigura muitoanimadora, a considerar que -face à conjuntura político-econômica nacional -a últimacontratação efetiva no IEC ocorreu há cerca de 10 anos! E isso, numa região dedimensões continentais, marcada por ingentes e múltiplos desafios àqueles (ainda tãopoucos na Amazônia!) que pautam seu labor no exemplo histórico de nosso patrono, odr. Evandro Chagas. Não obstante tal panorama, certamente que ainda há lugar paraotimismo e entusiasmo no ensejo de mais um Seminário Interno do PIBIC-IEC, eventomaior de iniciação científica do nosso Instituto. Com a palavra os futuros pesquisadoresdo IEC...

Direção do IEC/Comissão Organizadora do PIBIC

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2. PROGRAMAÇÃO

ENTREGA DAS PASTAS E LIVRO DE RESUMOS 8:00-8:30h

8:30-8:45hABERTURADr. Jorge F. S. Travassos da RosaDiretor do IEC

PALESTRA: PIBIC: Uma década de experiência nacionalPror. Dra. Albanita Viana de Oliveira

8:45-9:15h

Intervalo 9:15-9:30h

9:30-11:45hSessão I. P ARASITOLOGIA/MEIO AMBIENTE

Moderadora:

Dr8 Tatiany Oliveira de Alencar Silva(ex-bolsista do PIBIC-IEC)

(1) Bolsista: Patrick Abdala Fonseca GomesOrientador: Dr». Lourdes Maria G. dos Santos

O curso da doença e a resposta humoral do primata Cebus apella à infecção experimentalprimária e ao desafio homólogo com Leishmania (Leishmania) amazonensis.

(2) Bolsista: Railson Acioli de SouzaOrientador: DyJi. Lourdes Maria G. dos Santos

Detecção de anticorpos IgG em casos humanos de leishmaniose tegumentar americana causadapor diferentes espécies de Leishmania da Amazônia.

(3) Bolsista: Eugênia Janis da Ponte ChagasOrientador: Dr. Femando Tobias Silveira

Resposta imune humoral de anticorpos IgG através do teste de imunotluorescência indireta naleishmaniose cutânea causada por Leishmania (Leishmania) amazonensis na Amazônia, Brasil.

(4) Bolsista: Yuji Magalhães IkutaOrientadora: D~ Edna Aoba Yassui IshikawaCaracterização isoenzimática e molecular de amostras isoladas de pacientes com leishmaniosetegumentar americana do estado do Pará.

(5) Bolsista: Carlos André Oeiras de SeDaOrientador: Dr. Jeffrey Shaw

Criação de manejo de Lutzomyia flaviscutellata (Mangabeira), vetor da Leishmania (Leishmania)amazonensis no insetário do Programa de Leishmaniose.

(6) Bolsista: José Eduardo Gomes ArrudaOrientadora: Dr Marinete Marins PóvoaEstudo da Arnebíase utilizando métodos coproscópicos e imunológicos em uma amostra da áreametropolitana de Belém, Pará.

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(7) Bolsista: Elizângela Sousa BragaOrientador: Dr. José Maria de SouzaEstudo da atividade antimalárica da espécie Momordica charantia L em camundongos (Musmusculus) infectados por Plasmodium berghei.

(8) Bolsista: Cacyane de Paula Naiff do AmaralOrientador: Dr. José Maria de SouzaDeteffi1inação do perfil clínico-laboratorial de malária e hepatite aguda viral em crianças.

(9) Bolsista: Ciotya de Oliveira SouzaOrientador: Dr. Edvaldo C. Brito LoureiroPresença de citotoxinas em A. hydrophila e susceptibilidade a antimicrobianos de Aeromonas ePlesiomonas isoladas de ambientes aquáticos.

12:00-13:00hAlmoço: restaurante do Centro Nacional de Primatas

14:00-15:45hSessão 11. VIROLOGIA

Moderadora:

Dra Ana Lucia Wanzeller(ex-bolsista do PIBIC-IEC)

(10) Bolsista: Andreza Corrêa TeixeiraOrientador: Dra. Gilberta Bensabath

Comparação da imunogenicidade da vacina contra hepatite B como atividade de rotina do PlanoNacional de Imunizações com a obtida em um grupo de estudo, na Amazônia Oriental.

(11) Bolsista: Cinthia Cardoso MoreiraOrientador: Dr. Manoel do Carrno P. SoaresA valiaxão da hepatotoxicidade da espécie vegetal Croton cajucara Benth.

(12) Bolsista: Maurício Liberal de AlmeidaOrientador: D~ Joana D' Arc Pereira Mascarenhas

Rotavírus em crianças participantes de um estudo de campo com uma vacina tetravalente contrarotavírus (grupo placebo)

(13) Bolsista: Hugo Reis ResqueOrientadora: Dr Yvone Gabbay MendesAstrovírus como causa de gastroenterite infantil no estado do Pará: estabelecimento demetodologia laboratorial .

(14) Bolsista: Rodrigo Vellasco Duarte SilvestreOrientador: Dr. Wyller Alencar de MelloPapilomavírus em primatas não humanos da Amazônia brasileira

11

(15) Bolsista: José Elcias Raulino Alves JúniorOrientador: Dr. Wyller Alencar de MelloPesquisa de vírus respiratórios em casos de infecção respiratória aguda (IRA) na Amazônia.

(16) Bolsista: Denise Irene Soeiro CerqueiraOrientador: Dra. Amélia Travassos da RosaMonitoramento das arboviroses endemo-epidêmicas, utilizando provas sorológicas eacompanhamento de epidemias na Amazônia brasileira.

Intervalo: 15:45-16:00h

Continuação da sessão 11. VIROLOGIA 16:00-17:00h

(17) Bolsista: Tais Pinheiro de AraújoOrientadora: Dr Amélia Travassos da RosaAvaliação do teste de MAC-ELISA para diagnóstico sorológico de infecções por Dengue empacientes de Belém, Pará, 1998.

(18) Bolsista: Ana Paula Klautau LeiteOrientador: Dr. Pedra F. VasconcelosArboviroses humanas na Amazônia -Dengue: estudo clínico-epidemiológico

(19) Bolsista: Patrícia Miriam Sayuri Sato BarrosOrientador: Dr. Bemard MondetEstudo sobre as relações entre a bio-ecologia do Aedes aegypti e a epidemização do vírusdengue.

(20) Bolsista: Andreza do Socorro Silva da VeigaOrientador: Dr Ana Cecília Ribeiro CruzCaracterização de novos arbovírus do grupo Changuinola (Reoviridae: Orbivírus )da região amazônica do Brasil.

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ENCERRAMENTO ':';,'$.," 17:15-17:30h

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~. ~DAÇÁO NACIONAL DE SAUDE

lf;5\ ~!:':~~L DE DESENVOLVIMENTO a ='C \ \ CIENTIFICO E TECNOLÓGICO .Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico .DCT .

01O CURSO DA DOENÇA E A RESPOSTA HUMORAL DO PRIMATA Cebus ape//a ÀINFECÇÃO EXPERIMENTAL PRIMÁRIA E AO DESAFIO HOMÓLOGO COMLeishmania (Leishmania) amazonensis.Bolsista: Patrick Abdala Fonseca GomesOrientador: Lourdes Maria Garcez Serviço: ParasitologiaIntrodução: Como parte do estabelecimento de um modelo para leishmaniose cutânea(LC) em primatas não humanos, para testar vacinas candidatas contra LC, nósdefinimos a dose ótima do inóculo capaz de induzir lesão cutânea em Cebus ape//a eestudamos a evolução da infecção e resposta de anticorpos IgG primária e secundária.Metodolgia: Promastigotas de L. (L.) amazonensis da fase estacionária(IFLNBR/67/PH8) foram inoculadas intradermicamente na face dorsal da cauda em 11animais. Desenvolveram-se dois ensaios consecutivos: 1 °) utilizando-se diferentes dosesde promastigotas Rara produzir infecção em 4 macacos (A: 0,5 x 106, B: 1,0 x 106, C: 260x 106 e D: 5,0 x 10~, que após cura espontânea das lesões foram desafiados (2,0 x 10 );2°) utilizando-se uma dose única (2 x 106) em 7 macacos, dos quais 6 foram desafiadosapós cura espontânea (2,0 x 106), posto que 1 veio a óbito.Resultados: Na primo-infecção o período de incubação (PI) variou de 19 a 30 dias etodos os animais do 1° e 2° ensaios desenvolveram lesão, que foi maior em C e D. Odesafio com parasita homólogo ainda resultou no desenvolvimento de lesão cutânea em100% dos animais do 1° ensaio e 50% do 2°, mas com PI (7 a 15 dias), latência eextensão das lesões significativamente mais curtos se comparados à infecção primária,exceto no animal D, cujo PI foi de 45 dias. Em resposta primária, títulos de IgG (ELISA)com uso de antígeno homólogo foram muito baixos nos espécimes dos dois ensaios(~320), exceto nos animais C e D (~1280), e elevaram-se após a inoculação desafio emtodos os animais (~1280). Antígenos heterólogos foram pouco sensiveis. Anticorpos IgGde animais infectados no 1 ° ensaio reconheceram diferentes massas moleculares

relativas (Mr) de L. (L.) amazonensis por "immunoblotting". Observou-se perfil similar emA e B, com IgG contra uma única Mr (46kDa) durante a infecção primária e secundária.No animal C observou-se, em resposta primária, IgG contra Mr de 17, 46, 49, 90, 100,120 e 200kDa, contrastando com a ausência total de reatividade para D. Entretanto, emresposta secundária, ambos C e D apresentaram IgG contra Mr de 46, 78 e 88 kDa, massomente o animal C contra 35 e 41 kDa. Discussão/Conclusões: A dose ótima depromastigotas de L. (L.) amazonensis capaz de produzir lesão cutânea em C. ape//a e,portanto, confiável para desafiar animais experimentalmente imunizados é de 2 x 106. Ainfecção por L. (L.) amazonensis (vacinação viva) induz imunidade humoral específicaque está associada com a proteção parcial ao desafio com prasitas homólogos. Estesresultados somados aos estudos sobre imunidade mediada por células do primata C.ape//a à infecção por L. (L.) amazonensis, realizados em nosso laboratório, indicam queo modelo é confiável para a avaliação de vacinas candidatas contra LC.Palavras-chave: Cebus ape//a, L. (L.) amazonensis, IgG.

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~. ~DAÇÁO NACIONAL DE SAUDE

lf;5\ ~!:':~~L DE DESENVOLVIMENTO a ='C \ \ CIENTIFICO E TECNOLÓGICO .Diretoria de Desenvolvimento Científico e Tecnológico .DCT .

02DETECÇÃO DE ANTICORPOS IgG EM CASOS HUMANOS DE LEISHMANIOSETEGUMENTAR AMERICANA CAUSADA POR DIFERENTES ESPÉCIES DELeishmania DA AMAZÔNIA.Bolsista: Railson Acioli de Souza.Orientador (a): Lourdes Maria Garcez Serviço: ParasitologiaIntrodução: Na regiãõ do baixo Amazonas são conhecidas seis espécies de Leishmaniaque infectam o homem. Por esta razão, é imprescindivel a avaliação de testessorológicos que determinem ótimos valores de especificidade e sensibilidade. O objetivoprincipal deste estudo foi avaliar a resposta humoral em casos humanos de infecçãonatural por diferentes espécies de Leishmania através do ensaio imunoenzimático(ELlSA), utilizando cinco antígenos. Adicionalmente, definir padrões de massasmoleculares relativas (Mr) de L. (L.) amazonensis reconhecidas por IgG no plasma deíndivíduos com leishmaniose tegumentar (L T). Metodologia: Amostras de plasma de 48indivíduos portadores de L T, infectados com: a) Leishmania (Leishmania) amazonensis(26); b) L. (Viannia) brazi/iensis (9); c) L. (V.) shawi (13), e de 30 individuos normais (IN)foram analisadas por ELlSA. Trinta e oito tinham infecções cutâneas localizadas, nãocomplicadas (LC), 8 sofriam de leishmaniose cutânea difusa anérgica (LD) e 2 possuíamlesões mucosas (LM). Os antígenos consistiram de promastigotas de L. (L.)amazonensis, L. (V.) brazi/iensis, L. (V.) shawi, L. (V.) /ainsoni e L. (V.) guyanensis,rompidas por 10 ciclos de congelamento (-182OC) e descongelamento (37°C). Utilizou-seanti-lgG humana/peroxidase e substrato de orto-fenileno-diamino. A leitura foi realizadaem espectofotômetro a 492nm. Para o "immunobloting", polipeptídíos de L. (L.)amazonensis foram separados eletroforeticamente em gel SDS-PAGE, transferidos paranitrocelulose e submetidos ao tratamento com os plasmas (LC, 20; LD, 3 e IN, 10).Complexos imunes foram revelados com anti-lgG humana/peroxidase e 3,3'-diaminobenzidina. Resultados: A sensibilidade do ELlSA para detecção de IgG emcasos de L T variou de acordo com a espécie do parasita utilizada como antígeno (81,3%,L. (L.) amazonensis e L. (V.) brazi/iensis; 95,8%, L. (V.) shawi; 76,6%, L. (V.) /ainsoni e42,6%, L. (V.) guyanensis). A especificidade foi 73% para os antígenos de L. (L.)amazonensis e L. (V.) shawi; 70%, L. (V.) brazi/iensis; 43,3%, L. (V.) /ainsoni e 73,3%, L.(V.) guyanensis. Em "ímmunoblotting", 6/20 plasmas de indivíduos com LC forampositivos, com Mr de 38 kDa em 6/20 (30%) e 50kDa em 3/20 (15%). Indivíduos com LDforam positivos (3/3), cada qual duas Mr (45, 56; 48, 56 e 48, 54kDa). Em IN, 5 (50%)foram negativos e 5 apresentaram IgG contra Mr de 48kDa. Discussão/Conclusões: Osresultados do ELlSA indicam que o antígeno de L.(V.) shawi deve ser preferencialmenteutilizado na detecção de IgG em casos de L T humana no baixo Amazonas. Novasanálises de "imunoblotting", incluindo o uso do antígeno de L. (V.) shawi e de maiornúmero de amostras de plasma, devem ser realizadas para comparação com osresultados obtidos nesse estudo.Palavras-chave: ELISA, Leishmania, "Immunoblotting".

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RESPOSTA IMUNE HUMORAl DE ANTICORPOS IgG ATRAVÉS DO TESTE DEIMUNOFlUORESCÊNCIA INDIRETA NA lEISHMANIOSE CUTÂNEA CAUSADAPOR Leishmania (L.) amazonensis NA AMAZÔNIA, BRASil.Bolsista: Eugênia Janis da. Ponte Chagas.Orientador (a): Fernando Tobias Silveira. Serviço: Parasitologia.Introdução: A resposta imune humoral na leishmaniose cutânea causada porLeishmania (L.) amazonensis tem sido pouco estudada face à baixa prevalência decasos da doença. Mais recentemente, porém, depois da implantação de métodos maisprecisos de identificação de leishmania em nosso serviço, essa situação vem sendomodificada e a infecção humana vem assumindo grande interesse no contexto daleishmaniose tegumentar em nosso meio. Por essa razão, tornou-se factível estudar aresposta imune humoral da doença, na tentativa de aprimorar nosso conhecimentosobre a sua patogenia. Material e métodos: 43 pacientes foram examinados nopresente estudo, 7 da forma cutânea anérgica difusa (LCAD), 31 da forma cutânealocalizada (LCL) e 5 da forma cutânea disseminada borderline (LCDB), todosexaminados no programa de leishmanioses do lEGo No grupo da forma LCAD, 5 erammasculinos e 2 femininos, com idades de 7 a 64 anos. O tempo de doença variou de 3 a27 anos e o quadro lesional era generalizado: nódulos e placas infiltradas na pele. Nogrupo da forma LCDB, os 5 eram masculinos e a idade variou de 17 a 44 anos. O tempode doença variou de 7 a 24 meses, o número de lesões de 2 a 7, distribuidas,principalmente, nos membros superiores e na cabeça, com aspecto infiltrado na grandemaioria. No grupo da LCL, 23 eram masculinos e 8 femininos, com idades de 7 a 76anos. Em 29 desses casos, havia lesão única, ulcerada, e dois tinham duas lesõescada. O tempo da doença variou de 1 a 12 meses. A resposta imune humoral foiavaliada através do teste de IFI, usando-se conjugado anti-lgG total humana. Osantígenos utilizados nos testes foram feitos a partir de formas promastigotas de cultura(fase estacionária) e de formas amastigotas obtidas de lesão cutânea de "hamster". Emalguns pacientes, coletaram-se duas amostras de soro, antes e depois do tratamento.Resultados: Nas formas LCAD e LCDB os resultados foram 100% positivos, comtítulos de 2.560 a 10.240 com Ag de amastigota, e com Ag de promastigota, os títulospara LCAD variaram de 1.280 a 10.240, e para LCDB de 640 a 2560. Na forma LCL, osresultados foram quase 100% positivos com Ag de forma amastigota com a 18 amostrade soro ( títulos de 80 a 1.280) com exceção de apenas um caso negativo com ambosantígenos. Com Ag de forma promastigota, os títulos foram mais baixos (80 a 640) em50% dos casos e no restante foi negativo. Em 8 casos em que foi estudada a 28amostra de soro, houve declínio da titulação com ambos antígenos.Discussão/Conclusão: Foi observado que nas formas LCAD e LCDB a respostaimune humoral foi mais expressiva que na forma LCL, devido, possivelmente, à maiorcarga parasitária das duas primeiras. Demonstrou-se, também que o Ag de formaamastigota revelou maior sensibilidade para captação dos anticorpos específicos.Palavras-chave: Leishmaniose cutânea; L. (L.) amazonens;s; Resposta imunehumoral.

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CARACTERIZAÇÃO ISOENZIMÁTICA E MOLECULAR DE AMOSTRAS ISOLADASDE PACIENTES COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA DO ESTADO DOPARÁ.Bolsista: Yuji Magalhães IkutaOrientador (a): Edna Aoba Yassui Ishikawa Serviço: Parasitologia

Introdução e Objetivos: A leishmaniose tegumentar é uma doença endêmica na regiãoAmazônica e representa um grave problema de saúde pública. Assim, é importanteidentificar corretamente as espécies de Leishmania para conhecer melhor sua biologia epropiciar tratamento adequado aos pacientes. Os objetivos deste trabalho foram realizara caracterização isoenzimática e molecular das amostras de Leishmania do Estado doPará e determinar as melhores isoenzimas para este estudo.Material e Métodos: Com base em perfis de reação com anticorpos monoclonais, foramselecionadas 5 cepas-referência de Leishmania (subgênero: Viannia) e 15 amostras dediversas localidades do Estado do Pará. As amostras foram lavadas com PSG, lisadaspara extração de enzimas, aplicadas em placas com gel de amido, e submetidas aeletroforese horizontal com as isoenzimas 6PGDH, G6PD, PGM e GPI. Em seguida foirealizada a revelação e a análise final dos resultados por fotografia.Resultados: Do total de amostras analisadas, 8, que apresentaram perfil serodêmicosem reatividade com monoclonais, ou fraca reação com LA2, foram identificadas como L.(V.) /ainsoni pelas isoenzimas PGM, 6PGDH e G6PD; 5 com perfil serodêmicoapresentando reação com 82 e 812 como L. (V.) shawi pela PGM e 6PGDH; 1 amostracom o perfil de reação com 82, 812, 85, 818 e N2 identificada como L. (V.) brazi/iensispela PGM e 6PGDH e 1 com o perfil sem reatividade, semelhante ao de L. (V.) /ainsoni,foi identificada como L. (L.) chagasi, pelas isoenzimas GPI e 6PGDH.Discussão/Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, as isoenzimas de melhorresolução para a identificação espécie-específica de Leishmania do subgênero Viannia,são PGM e 6PGDH, pois definem todas as espécies conhecidas no Estado. A G6PDdefine muito bem as amostras de L. (V.) /ainsoni, mas não distingue L. (V.) shawi de L.(V.) guyanensis e L. (V.) brazi/iensis de L. (V.) naifti. A GPI distingue a L. (V.) naifti,contudo não distingue L. (V.) guyanensis de L. (V.) /ainsoni e L. (V.) shawi de L. (V.)brazi/iensis. A amostra identificada como L. (L.) chagasi foi confirmada utilizando-secepas-referência do subgênero Leishmania, selecionadas posteriormente. Até omomento não possuímos anticorpo monoclonal espécie-específico para L. (V.) shawi.Para L. (V.) /ainsoni, o monoclonal LA2 nem sempre reage com todas as amostras destaespécie. Entretanto, observou-se que os perfis serodêmicos são constantes para asamostras destas espécies isoladas em nosso Estado. Prosseguiremos este estudo com afinalidade de ampliar o número de amostras e realizar a caracterização molecular, quesão os outros objetivos propostos pelo plano de trabalho.Palavras-chave: Leishmania; isoenzimas; Estado do Pará.

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CRIAÇÃO E MANEJO DE Lu .flaviscutellata (MANGABEIRA), VETO R DE Leishmania(Leishmania) amazonensis NO INSETÁRIO DO PROGRAMA DE LEISHMANIOSE.

Bolsista: Carlos André Oeiras Sena.Orientador: Prof. Jeffrey Jon Shaw. Serviço: Parasitologia

Introdução:Na Amazônia, a presença da fauna de flebotomineo, vetores deleishmanioses em uma área particular de floresta é influenciada por um número devariáveis como índice pluviométrico e a relativa abundância de alimentos. A propostadeste trabalho é estabelecer uma colônia de Lu. f/aviscutellata no insetário do programade leishmaniose. Esta espécie de flebotomineo é considerada o principal veto r daLeishmania (Leishmania) amazonensis (Lainson & Shaw, 1972), zoonose cujadistribuição geográfica atinge a Bolivia, Brasil, Colômbia, Guiana Francesa e Paraguai.Metodologia: Área de estudo: O local das capturas é denominado Mocambo, floresta doUtinga, próximo de Belém. Métodos de capturas: As capturas foram realizadasutilizando-se armadilha de caixa desenvolvida por Turner e Hoogstraal (1965), a 5 cm dosolo, tendo como isca o roedor Proechimys guyannensis. As armadilhas foram utilizadasde Segunda a Sexta feira e todos os dias pela manhã eram observadas para coleta defêmeas alimentadas, bem como para reposição de alimentos da limpeza da armadilha.Resultados: No periodo de captura das matrizes para colonização (Novembro/98-Abril/99), foram capturadas 877 flebotomíneos da espécie Lu. flaviscute/lata na mata doUtinga. Desse total, 725 espécimes estavam alimentadas, resultando uma postura de12933 ovos, sugerindo grandes possibilidades de êxito para inicio da colônia. Por váriasrazões adversas como excesso de umidade, diapausa de ovos, larvas e pupas,dificuldades de alimentação das larvas, somente dois adultos completaram a Segundageração das 18 matrizes, inviabilizando completamente, a continuidade dos nossosexperimentos, sendo necessária a captura das 28 matrizes hoje em andamento.Discussão: Durante o desenvolvimento do nosso trabalho, alguns fatos bastanteatípicos ocorreram, como índice pluviometrico e contaminação micótica. Em nossa áreade estudo, as chuvas começam a aumentar a partir de Dezembro, atingindo o pique emtorno de Março/Abril, porém em 1999 esta situação mostra-se completamente anormal,considerando que estamos atravessando o mês de Maio e a quantidade de chuvas nãoapresenta nenhuma melhora. A literatura registra as observações de Shaw e Lainson,(1972) que relataram que o Lu. f/aviscute/lata aumenta de densidade após a parada daestação chuvosa, dimínuindo acentuadamente quando aumenta o índice pluviométrico.Quanto aos fungos, aprimorar o manejo no insetário, neutralizando sua excessivaquantidade, bem como melhoria do tempo são metas a desenvolver para uma boacolonização do vetor.

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ESTUDO DA AMEBíASE UTILIZANDO MÉTODOS COPROSCÓPICOS EIMUNOLÓGICOS EM UMA AMOSTRA DA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM,PARÁ

Bolsista: José Eduardo Gomes ArrudaOrientadora: Marinete Marins Póvoa Serviço: ParasitologiaINTRODUÇÃO: A Entamoeba histo/ytica (ameba patogênica) e Entamoeba dispar (nãopatogênica) são parasitas intestinais que infectam aproximadamente meio milhão depessoas no mundo. Estudos sobre amebiase no Brasil em diferentes regiões revelaramprevalência variando de 10 a 40%. Infecções com E.dispar podem explicar em parte abaixa taxa de doença. Os trofozoítos se ligam a mucosa intestinal pela proteína deaderência, galactose. Esta proteina das duas espécies de ameba apresenta distintosepitopes, e por isso podem ser usados para distingui-Ias. A situação da amebíase emBelém é pouco conhecida e por isso este estudo objetiva avaliar a prevalência da formapatogênica e comparar métodos utilizados para o diagnóstico da amebiase intestinal, emamostras da área metropolitana de Belém/PA. METODOLOGIA: Foram analisadasamostras fecais de pacientes (crianças e adultos) provenientes do laboratório deenteroparasitoses/IEC (Grupo I), amostras fecais e soros de adultos do Hospital daPolícia Militar do Estado do Pará (Grupo 11) e amostra fecais de crianças do ProjetoSentinela do Serviço de Virologia/IEC (Grupo 111). Para detecção de formas parasitáriasforam utilizados o método direto (material fecal com lugol), o de sedimentação (métodode FAUST e colaboradores) e após coloração com hematoxilina férrica (HF); parapesquisa do antigeno anti-GIAP (proteína de aderência inibidora da galactose) deE.histo/ytica foi utilizado o teste de ELlSA e para a de anticorpos IgG foi empregada areação de imunofluorescência indireta (RI FI). RESULTADOS: A prevalência de ame-bíase na amostra estudada pelos métodos coproscópicos (direto+faust) foi 10,50%(46/438), pela HF foi 8,04% (7/87), pela RI FI 4,59% (4/87) e pelo (ELlSA) 28.99%(127/438). Não houve diferença significativa na prevalência de amebiase intestinal nosgrupos etários estudados. O teste de pesquisa de antígenos foi mais eficiente paradetecção da amebíase intestinal, demonstrando sensibilidade maior dos que os mé-todoscoproscópicos (MCNEMAR, P<0,05). Nas 87 amostras testadas pelos 4 métodos, o testede ELlSA foi também o mais eficiente para o diagnóstico da amebiase intestinal.DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO: A prevalência da amebíase intestinal na amostra testadaconfirmou os dados encontrados na literatura; o diagnóstico diferencial pelos métodoscoproscópicos pode proporcionar confusão na caracterização das amebas intestinaisalém de não identificar parasitas rompidos, o que pode ser realizado pela detecção deantígeno; a RIFI ainda não é uma ferramenta útil para o diagnóstico desta protozoose; aassociação de métodos aumenta a probabilidade da detecção desta parasitose; o testede ELlSA é de fácil execução, é realizado em 1/3 do tempo da HF e da RI FI e contribuipara a melhoria da qualidade do diagnóstico, o que faz com que se recomende a suainclusão como método de diagnóstico nos casos suspeitos de amebíase.

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ESTUDO DA AMEBíASE UTILIZANDO MÉTODOS COPROSCÓPICOS EIMUNOLÓGICOS EM UMA AMOSTRA DA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM,PARÁ

Bolsista: José Eduardo Gomes ArrudaOrientadora: Marinete Marins Póvoa Serviço: ParasitologiaINTRODUÇÃO: A Entamoeba histo/ytica (ameba patogênica) e Entamoeba dispar (nãopatogênica) são parasitas intestinais que infectam aproximadamente meio milhão depessoas no mundo. Estudos sobre amebiase no Brasil em diferentes regiões revelaramprevalência variando de 10 a 40%. Infecções com E.dispar podem explicar em parte abaixa taxa de doença. Os trofozoítos se ligam a mucosa intestinal pela proteína deaderência, galactose. Esta proteina das duas espécies de ameba apresenta distintosepitopes, e por isso podem ser usados para distingui-Ias. A situação da amebíase emBelém é pouco conhecida e por isso este estudo objetiva avaliar a prevalência da formapatogênica e comparar métodos utilizados para o diagnóstico da amebiase intestinal, emamostras da área metropolitana de Belém/PA. METODOLOGIA: Foram analisadasamostras fecais de pacientes (crianças e adultos) provenientes do laboratório deenteroparasitoses/IEC (Grupo I), amostras fecais e soros de adultos do Hospital daPolícia Militar do Estado do Pará (Grupo 11) e amostra fecais de crianças do ProjetoSentinela do Serviço de Virologia/IEC (Grupo 111). Para detecção de formas parasitáriasforam utilizados o método direto (material fecal com lugol), o de sedimentação (métodode FAUST e colaboradores) e após coloração com hematoxilina férrica (HF); parapesquisa do antigeno anti-GIAP (proteína de aderência inibidora da galactose) deE.histo/ytica foi utilizado o teste de ELlSA e para a de anticorpos IgG foi empregada areação de imunofluorescência indireta (RI FI). RESULTADOS: A prevalência de ame-bíase na amostra estudada pelos métodos coproscópicos (direto+faust) foi 10,50%(46/438), pela HF foi 8,04% (7/87), pela RI FI 4,59% (4/87) e pelo (ELlSA) 28.99%(127/438). Não houve diferença significativa na prevalência de amebiase intestinal nosgrupos etários estudados. O teste de pesquisa de antígenos foi mais eficiente paradetecção da amebíase intestinal, demonstrando sensibilidade maior dos que os mé-todoscoproscópicos (MCNEMAR, P<0,05). Nas 87 amostras testadas pelos 4 métodos, o testede ELlSA foi também o mais eficiente para o diagnóstico da amebiase intestinal.DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO: A prevalência da amebíase intestinal na amostra testadaconfirmou os dados encontrados na literatura; o diagnóstico diferencial pelos métodoscoproscópicos pode proporcionar confusão na caracterização das amebas intestinaisalém de não identificar parasitas rompidos, o que pode ser realizado pela detecção deantígeno; a RIFI ainda não é uma ferramenta útil para o diagnóstico desta protozoose; aassociação de métodos aumenta a probabilidade da detecção desta parasitose; o testede ELlSA é de fácil execução, é realizado em 1/3 do tempo da HF e da RI FI e contribuipara a melhoria da qualidade do diagnóstico, o que faz com que se recomende a suainclusão como método de diagnóstico nos casos suspeitos de amebíase.

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ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DA ESPÉCIE Momordica charantia L, EMCAMUNDONGOS (Mus musculus) INFECTADOS POR Plasmodium berghei.

Bolsista: Elizangela Sousa BragaOrientador(a): Prof. Dr .José Maria de Souza Serviço: Parasitologia

INTRODUÇÃO: Diversos vegetais com suposta ação antimalárica são frequentementeutilizados na medicina popular. Em especial a Momordica charantia L, que se trata deuma planta exótica bem adaptada ao solo brasileiro e que vem sendo utilizada pelapopulação contra a malária, doença endêmica na Amazônia brasileira. Devido aocrescente desenvolvimento de cepas de Plasmodium falciparum resistentes a drogasantimaláricas de uso corrente, torna-se importante investir em pesquisas sobre estaplanta, a fim de que, se possa entender a real utilidade deste vegetal no combate amalária. METODOLOGIA: Quarenta e dois camundongos foram subdivididos em 5grupos: 11, III e IV (animais inoculados) e I e V (animais não inoculados). Ao grupo I foiadministrada solução salina; o grupo II -subdividido em 4 subgrupos: 11-1, 11-2, 11-3, 11-4;cada subgrupo foi tratado com um tipo de extrato na concentração de 100%; o grupo II1 -

subdividido em 4 subgrupos: 111-1, 111-2, 111-3, 111-4; cada subgrupo foi tratado com um tipode extrato na concentração de 10%; o grupo IV -não recebeu nenhum extrato; o grupo V-subdividido em 4 subgrupos: V-1, V-2, V-3, V-4; cada subgrupo recebeu um tipo deextrato na concentração de 100%. Os animais foram infectados intraperitonealmente com0,2 mL de sangue contendo 4x104 hemácias parasitadas por Plasmodium berghei. No diaseguinte após a inoculação foram administrados os extratos, pelo método de gavage, acada 24 horas durante três dias consecutivos. Acompanhou-se a parasitemia até o 8' diaatravés de lâminas preparadas com sangue coletado da extremidade caudal dosanimais, e coradas pelo método de Giemsa. RESULTADOS: Todos os animais dosgrupos I e V (não inoculados) sobreviveram durante todo o periodo de acompanhamento(8 dias). Todos os grupos tratados com os diferentes extratos apresentaram parasitemiasmais elevadas que o grupo IV, registrando-se óbito de uma grande proporção dosanimais: grupo 11-1 100% de letalidade; II 66%; 11-3 33%; 11-4 66%; grupo III 100% deletalidade. DISCUSSÃOlCONCLUSÃO: Nenhum dos animais não inoculados (grupo V)que receberam os extratos de M. charantia L na concentração máxima (100%) foi a óbitosugerindo a princípio a não toxicidade do material utilizado. Entretanto, associada ainfecção por P. berghei, a administração da M. charantia L sugere uma interferência naresposta dos animais uma vez que estes apresentaram parasitemias mais altas do que ogrupo IV, mostrando-se não apenas ineficaz contra P. berghei, como tambémapresentando um efeito contrário ao esperado.

Palavras-chave: Malária, P. berghei, Momordica charantia L.

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ESTUDO DA AMEBíASE UTILIZANDO MÉTODOS COPROSCÓPICOS EIMUNOLÓGICOS EM UMA AMOSTRA DA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM,PARÁ

Bolsista: José Eduardo Gomes ArrudaOrientadora: Marinete Marins Póvoa Serviço: ParasitologiaINTRODUÇÃO: A Entamoeba histo/ytica (ameba patogênica) e Entamoeba dispar (nãopatogênica) são parasitas intestinais que infectam aproximadamente meio milhão depessoas no mundo. Estudos sobre amebiase no Brasil em diferentes regiões revelaramprevalência variando de 10 a 40%. Infecções com E.dispar podem explicar em parte abaixa taxa de doença. Os trofozoítos se ligam a mucosa intestinal pela proteína deaderência, galactose. Esta proteina das duas espécies de ameba apresenta distintosepitopes, e por isso podem ser usados para distingui-Ias. A situação da amebíase emBelém é pouco conhecida e por isso este estudo objetiva avaliar a prevalência da formapatogênica e comparar métodos utilizados para o diagnóstico da amebiase intestinal, emamostras da área metropolitana de Belém/PA. METODOLOGIA: Foram analisadasamostras fecais de pacientes (crianças e adultos) provenientes do laboratório deenteroparasitoses/IEC (Grupo I), amostras fecais e soros de adultos do Hospital daPolícia Militar do Estado do Pará (Grupo 11) e amostra fecais de crianças do ProjetoSentinela do Serviço de Virologia/IEC (Grupo 111). Para detecção de formas parasitáriasforam utilizados o método direto (material fecal com lugol), o de sedimentação (métodode FAUST e colaboradores) e após coloração com hematoxilina férrica (HF); parapesquisa do antigeno anti-GIAP (proteína de aderência inibidora da galactose) deE.histo/ytica foi utilizado o teste de ELlSA e para a de anticorpos IgG foi empregada areação de imunofluorescência indireta (RI FI). RESULTADOS: A prevalência de ame-bíase na amostra estudada pelos métodos coproscópicos (direto+faust) foi 10,50%(46/438), pela HF foi 8,04% (7/87), pela RI FI 4,59% (4/87) e pelo (ELlSA) 28.99%(127/438). Não houve diferença significativa na prevalência de amebiase intestinal nosgrupos etários estudados. O teste de pesquisa de antígenos foi mais eficiente paradetecção da amebíase intestinal, demonstrando sensibilidade maior dos que os mé-todoscoproscópicos (MCNEMAR, P<0,05). Nas 87 amostras testadas pelos 4 métodos, o testede ELlSA foi também o mais eficiente para o diagnóstico da amebiase intestinal.DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO: A prevalência da amebíase intestinal na amostra testadaconfirmou os dados encontrados na literatura; o diagnóstico diferencial pelos métodoscoproscópicos pode proporcionar confusão na caracterização das amebas intestinaisalém de não identificar parasitas rompidos, o que pode ser realizado pela detecção deantígeno; a RIFI ainda não é uma ferramenta útil para o diagnóstico desta protozoose; aassociação de métodos aumenta a probabilidade da detecção desta parasitose; o testede ELlSA é de fácil execução, é realizado em 1/3 do tempo da HF e da RI FI e contribuipara a melhoria da qualidade do diagnóstico, o que faz com que se recomende a suainclusão como método de diagnóstico nos casos suspeitos de amebíase.

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ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DA ESPÉCIE Momordica charantia L, EMCAMUNDONGOS (Mus musculus) INFECTADOS POR Plasmodium berghei.

Bolsista: Elizangela Sousa BragaOrientador(a): Prof. Dr .José Maria de Souza Serviço: Parasitologia

INTRODUÇÃO: Diversos vegetais com suposta ação antimalárica são frequentementeutilizados na medicina popular. Em especial a Momordica charantia L, que se trata deuma planta exótica bem adaptada ao solo brasileiro e que vem sendo utilizada pelapopulação contra a malária, doença endêmica na Amazônia brasileira. Devido aocrescente desenvolvimento de cepas de Plasmodium falciparum resistentes a drogasantimaláricas de uso corrente, torna-se importante investir em pesquisas sobre estaplanta, a fim de que, se possa entender a real utilidade deste vegetal no combate amalária. METODOLOGIA: Quarenta e dois camundongos foram subdivididos em 5grupos: 11, III e IV (animais inoculados) e I e V (animais não inoculados). Ao grupo I foiadministrada solução salina; o grupo II -subdividido em 4 subgrupos: 11-1, 11-2, 11-3, 11-4;cada subgrupo foi tratado com um tipo de extrato na concentração de 100%; o grupo II1 -

subdividido em 4 subgrupos: 111-1, 111-2, 111-3, 111-4; cada subgrupo foi tratado com um tipode extrato na concentração de 10%; o grupo IV -não recebeu nenhum extrato; o grupo V-subdividido em 4 subgrupos: V-1, V-2, V-3, V-4; cada subgrupo recebeu um tipo deextrato na concentração de 100%. Os animais foram infectados intraperitonealmente com0,2 mL de sangue contendo 4x104 hemácias parasitadas por Plasmodium berghei. No diaseguinte após a inoculação foram administrados os extratos, pelo método de gavage, acada 24 horas durante três dias consecutivos. Acompanhou-se a parasitemia até o 8' diaatravés de lâminas preparadas com sangue coletado da extremidade caudal dosanimais, e coradas pelo método de Giemsa. RESULTADOS: Todos os animais dosgrupos I e V (não inoculados) sobreviveram durante todo o periodo de acompanhamento(8 dias). Todos os grupos tratados com os diferentes extratos apresentaram parasitemiasmais elevadas que o grupo IV, registrando-se óbito de uma grande proporção dosanimais: grupo 11-1 100% de letalidade; II 66%; 11-3 33%; 11-4 66%; grupo III 100% deletalidade. DISCUSSÃOlCONCLUSÃO: Nenhum dos animais não inoculados (grupo V)que receberam os extratos de M. charantia L na concentração máxima (100%) foi a óbitosugerindo a princípio a não toxicidade do material utilizado. Entretanto, associada ainfecção por P. berghei, a administração da M. charantia L sugere uma interferência naresposta dos animais uma vez que estes apresentaram parasitemias mais altas do que ogrupo IV, mostrando-se não apenas ineficaz contra P. berghei, como tambémapresentando um efeito contrário ao esperado.

Palavras-chave: Malária, P. berghei, Momordica charantia L.

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DETERMINAÇÃO DO PERFIL CLlNICO-LABORATORIAL DE MALARIA E HEPATITEAGUDA VIRAL EM CRIANÇASBolsista: Cacyane de Paula Naiff do AmaralOrientador: Or. José Maria de Souza Serviço: ParasitologiaCo-orientadora: Ora. Ana Yecê das Neves PintoIntrodução: Em crianças, a malária muitas vezes não manifesta o quadro clínico clássicode febre, cefaléia e calafrio, podendo ser confundida com muitas outras doenças febris.Quando ocorre colúria e/ ou ictericia, é freqüente o diagnóstico incorreto de hepatiteaguda víral. Este erro, causa demora na confirmação da doença, permitindo que opaciente permaneça enfermo por mais tempo, tornando-se fonte de infecção para o vetore podendo ainda complicar e morrer. O respectivo trabalho tem o objetivo de determinaro perfil clínico-laboratorial de malária e hepatite aguda viral em crianças, destacandosemelhanças e diferenças, com a finalidade de facilitar o diagnóstico precoce da maláriana infância. Metodologia: estudo de dois grupos de 30 pacientes, que obedeceram osseguintes critérios de inclusão: 1) primo-infecção malárica (grupo I) ou hepatite agudaviral (grupo 11), confirmados por exame laboratorial especifico realizado no primeiro diado atendimento clínico; 2) faixa etária entre 2 e 10 anos; 3) consentimento paraparticipação no estudo. As crianças foram atendidos no Ambulatório do Programa deMalária do Instituto Evandro Chagas e avaliadas clinicamente por meio de anamnese eexame fisico. O diagnóstico específico foi confirmado pela pesquisa de plasmódio emgota espessa para malária e, pesquisa dos marcadores virais para hepatite. Os examesespecíficos foram realizados nos dois grupos de pacientes, assim como os examesinespecificos: hemograma, contagem de plaquetas, uréia, creatinina, aminotransferases,bilirrubinas, fosfatase alcalina (FA) e gama-glutamiltransferase (GGT). Resultados: Ossinais e sintomas do início das patologias estudadas foram semelhantes: febre, cefaléia,sintomas digestivos e colúria. 50% dos portadores de malária não apresentaram a tríadeclássica, apesar de que todos eles evoluíram com febre. Também foi freqüente aocorrência de febre nos portadores de hepatite, sendo esta geralmente de leve amoderada intensidade. Na malária, também foi freqüente a palidez cutâneo-mucosa ehepatoesplenomegalia; na hepatite, os principais achados do exame físico foram icteríciaconjuntival e hepatomegalia. Laboratorialmente o paludismo caracterizou-se por anemia,plaquetopenia e discreta alteração das provas de função hepática. No laboratório dahepatite foi marcante as elevações de aminotransferases, bilirrubinas, FA e GGT.Discussão/Conclusão: A malária na infância não é tão bem caracterizada como emadultos, entretanto, difere bastante da apresentação clínica e laboratorial dos quadros dehepatite aguda viral, e, mesmo quando as manifestações digestivas são exuberantes nosquadros de malária, ainda que acompanhadas de colúria, a propedêutica detalhada,auxiliada pelos exames laboratoriais inespecíficos interpretados de maneira correta, sãosuficientes para diferenciar estas duas patologias.Palavras-chave: crianças; malária; hepatite aguda viral

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PRESENÇA DE CITOTOXINAS EM A. hydrophila E SUSCEPTIBILIDADE AANTIMICROBIANOS DE Aeromonas e Plesiomonas ISOLADAS DE AMBIENTESAQUÁTICOS.Bolsista: Cintya de Oliveira SouzaOrientador: Edvaldo Carlos Brito Loureiro Serviço: E. Humana e Meio AmbienteINTRODUÇÃO: Aeromonas e Plesiomonas são bactérias com distribuição natural emambientes aquáticos. São considerados patógenos emergentes responsável porinfecções intestinais e extra-intestinais no homem, destacando-se a A.hydrophila por tersido isolada de casos de septicemias, meningites, infecções urinárias e por produziremcitotoxinas, enterotoxinas e hemolisinas. Portanto, objetivamos avaliar a presença decitotoxinas de A.hydrophila em culturas celulares permanentes (VERO e HT -29) eprimárias (fibroblastos) de prepúcio humano e morcego, bem como, determinar asusceptibilidade a antimicrobianos de Aeromonas e Plesiomonas isoladas de ambientes

aquáticos.METODOLOGIA: O teste de sensibilidade foi realizado em 102 cepas de Aeromonas(78, A.hydrophila; 23, Ajandaei e uma A.caviae) e 17 de P.shigelloides isoladas depoços freáticos de Ananindeua/Pa, e mais 38 Aeromonas (20, A.hydrophila;18,Ajandaei) e 12 P.shige//oides isoladas de igarapés da Floresta Nacional de Caxiuanã,Melgaço/Pa, através do método de difusão em sistema de disco de acordo com Kirby &Bauer. Para o teste de citotoxinas foram inoculados 501-11 dos filtrados bacterianos (caldoTSB enriquecido com 0,6% de extrato de levedo), em duplicata, nas monocamadas decélulas preparadas com suspensão ideal (VERO:105cels/ml; HT -29: 2,5x105cels/ml eMorcego: 2x105cels/ml) e incubação por 24 -48 horas. As leituras foram realizadas1,2,3,4,18,24,48 e 72 horas após a inoculação, considerando 100% de efeito citotóxico.Foram utilizados controles positivo (A. hydrophila: ATCC-7966) e negativos (DMEN,TSB e PBS, pH-7.4).RESULTADOS: Aeromonas spp foram 100% resistentes a ampicilina e 100% sensiveisaos aminoglicosideos. Foram encontrados 7 modelos de resistência em Aeromonos sppisoladas de poços, destacando-se AP-CR-CF-EI (53,9%) e AP-CR-CF (37,2%), e 4modelos nas de igarapés com destaque AP-CR-CF (50%) e AP-CR-CF-EI (42,1%). As98 cepas de A. hydrophila analisadas apresentaram 55,1% e 39,7% de efeito citotóxicoem células VERO e HT -29, respectivamente, e das 36 cepas analisadas em células demorcego, 63,9% positivaram em até 18 horas de incubação.DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Não houve diferença significativa quanto a resistência deAeromonas de poços e igarapés, sugerindo que cepas isoladas de ambientes aquáticoscom ação antrópica mínima e aquelas de poços com altos índices de coliformes fecaisnão diferem quanto ao teste de sensibilidade. Dentre as diferentes culturas celularesavaliadas, as células de morcego mostraram-se mais sensíveis a presença de citotoxinasde A.hydrophila, inclusive quanto ao tempo de apresentação do efeito citotóxico.

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10COMPARAÇÃO DA IMUNOGENICIDADE DA VACINA CONTRA HEPATITE B COMOATIVIDADE DE ROTINA DO PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES COM A OBTIDAEM UM GRUPO DE ESTUDO, NA AMAZÔNIA ORIENTAL.

Bolsista: Andreza Corrêa TeixeiraOrientadora: Ora Gilberta Bensabath Serviço: HepatopatiasIntrodução: As hepatites virais são hoje doenças bem conhecidas do ponto de vistaclinico, laboratorial e epidemiológico, porém ainda não existe terapêutica suficientementeeficaz para as hepatites agudas e crônicas. Portanto, considerando a disponibilidade deuma vacina, a imunização ativa constitui a atividade mais importante para o controle dainfecção pelo vírus da hepatite B (HB). Assim, objetiva-se comparar a respostaimunogênica obtida como atividade de rotina em saúde pública e atividade de pesquisa,visando avaliar a efetividade da conduta no Sistema Público de Saúde.Metodologia: O estudo constou de 175 crianças, com até 45 dias de vida, as quaisprocuraram o serviço de vacinação da Unidade Básica de Saúde no bairro do Marco,para receberem a 18 dose da vacina contra HB. Os recém-nascidos foram, então,distribuidos, aleatoriamente, por método de sorteio, em dois grupos: A) crianças quereceberam a 18 dose da vacina contra HB + BCG até 45 dias de vida; 28 dose contra HB+ VAP + OTP um mês após a 18 dose da vacina; e 38 dose da vacina contra HB aos seismeses de idade. Estas crianças têm suas datas de vacinação conferidas, sendoefetuado, caso necessário, busca e vacinação domiciliar contra a HB. B) crianças queseguem o mesmo esquema de vacinação, porém sem rigor no cumprimento dos prazos.Um mês após a aplicação da 38 dose da vacina contra HB, foram realizados examessorológicos das crianças, por enzimaimunoensaio, para os marcadores anti-HBc e anti-HBs quantitativo.Resultados: A média de idade na 18 dose da vacina contra hepatite B no grupo A foi de19,3 :t 15,3 dias e no grupo B de 22,5:t 13,2 dias.Médias dos intervalos entre as doses da vacina contra hepatite B.

Grupo A Grupo BEntre 18 e 28 doses 33,3 :t 11,5 43,8:t 33,4Entre 28 e 38 doses 151,3:t 30,4 153,3:t 46,9Entre 38 dose e coleta 39,7:t 66,8 57,2:t 99,7

Média geométrica da resposta obtida com a vacina contra hepatite B.Grupo A Grupo B

2 doses 3 dosesMédia geométrica (mIU/ml) 2898,53 505,95 1314,81

Discussão/conclusão: Os resultados obtidos com a vacina Euvax B mostraramresposta imunogênica satisfatória, embora os dados do estudo não terem, ainda, sidoanalisados estatisticamente. Contudo, são superiores aos encontrados em Boca do Acre(AM), onde além de outros fatores, utilizou-se vacina de outro fabricante.Palavras-chave: Hepatite B, vacina, imonogenicidade.

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11AVALIAÇÃO DA HEPATOTOXICIDADE DA ESPECIE VEGETAL Croton cajucara Benth.

Bolsista: Cinthia Cardoso MoreiraOrientador: Or. Manoel do Carmo Soares Serviço: HepatopatiasIntrodução/Objetivo: A partir da ratificação das evidências clínicas quanto ahepatotoxicidade da espécie Croton cajucara 8enth, popularmente conhecida comosacaca, este estudo objetiva demonstrar a importância e amplitude das informaçõesclínicas levantadas pelo subprojeto em questão, bem como apresentar resultadospreliminares do ensaio experimental com a referida planta. Metodologia: Foi realizadolevantamento e acompanhamento clínico-laboratorial de pacientes hepatopatasencaminhados ao Instituto Evandro Chagas, com história prévia de utilização de sacacasob diversas posologias e indicações, obedecendo critério de caso com exclusão dashepatites virais (A-E), etilismo, drogas hepatotóxicas e doença auto-imune.Paralelamente, foi conduzido ensaio experimental em 60 hamsters (5-6 semanas deidade) da espécie Mesocricetus aura tus , divididos aleatoriamente em 06 grupos (02%,010%, 020%A, 020%8, 020%C e controle). Foi realizado ensaio de toxicidade oral,expondo os animais a droga através do método de gavagem, por um período de 28 diasconsecutivos. O grupo 02% recebeu o chá em concentração a 2%, equivalente a dosehumana tradicional. Ao grupo 010% foi administrado o chá em concentração a 10%. Trêsgrupos receberam o chá a uma concentração de 20%. Oestes grupos, um delespermaneceu por mais 14 dias em período de observação, e em outro grupo o chá foireintroduzido durante mais 28 dias consecutivos. O grupo controle recebeu águadestilada na mesma quantidade dos demais grupos. Resultados: Entre abril/96 emarço/99 , 25 pacientes preencheram os critérios exigidos para inclusão no estudo. Amédia das idades foi de 48,7 com amplitude de 15 a 76 anos, sendo 22 pacientes dosexo feminino. Ocorreram 21 casos de hepatite aguda (critério clinico), três de hepatitecrônica (critério clínico-histológico) e um de hepatite fulminante. Quanto ao ensaioexperimental, foi concluída a inoculação e coleta de material e os espécimes seguemsendo examinados sob os diversos aspectos propostos. Preliminarmente, foramexaminados fígados de 12 animais (4 controles, 4 do grupo 020%A e 4 do grupo020%8). No grupo controle sobressaiu-se a ausência de alterações significativas,enquanto nos outros dois grupos ocorreu congestão e necrose em área perivenular eperiportal, às vezes em focos esparsos no parênquima, acompanhado da presença decorpos acidófilos tipo Councilman. Discussão/Conclusão: A possível hepatotoxicidadeda sacaca sugere problema de saúde pública semelhante ao da utilização da plantagermander (T. chamaedrys) responsável por hepatites agudas, fulminantes e crônicas naFrança em 1992. Existem semelhanças quanto ao modo de uso e às estruturas químicasdos prováveis princípios ativos de tais substâncias. A presença de lesões periportais e apersistência destas até duas semanas após a interrupção da ingestão sugerempossibilidade do envolvimento da sacaca com processos hepáticos crônicos merecendo,este aspecto, investigações adicionais.Palavras-chave: Croton ca.ucara, sacaca, he atotoxicidade.

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12ROTAVíRUS EM CRIANÇAS PARTICIPANTES DE UM ESTUDO DE CAMPO COMUMA VACINA TETRAVALENTE CONTRA ROTAVíRUS (GRUPO PLACEBO).

Bolsista: Mauricio Liberal de AlmeidaOrientador (a): Dra. Joana D'Arc Pereira Mascarenhas Serviço: Virologia Geral

Introdução: Os Rotavirus são responsáveis por quadros de diarréia aguda severaestando associados a um elevado índice de morbidade e mortalidade nos países deTerceiro Mundo. Pertencem a familia Reoviridae, e possuem no core a enzimatranscriptase e dsRNA de dupla fita composto de 11 segmentos. Duas camadasprotéicas recobrem o core: a mais interna (VP6) que caracteriza os grupos de A-G, e amais externa formada por VP4 e VP7, responsável por pelo menos 20 genotipos P e 14genotipos G, respectivamente.Objetivo: Caracterização eletroforética e molecular de 54 espécimes fecais provenientesde crianças pertencentes ao grupo placebo que fizeram esquema de vacinação completo(3 doses) com uma vacina tetravalente contra rotavírus.Materiais e métodos: As 54 amostras coletadas no período de 1990 a 1992 foramanalisadas por PAGE, RT -PC R para os tipos G e P de rotavírus e cultivo celular.Resultados: O PAGE permitiu a caracterização de 93,6% das amostras, sendo38/54(70,37%) referentes aos perfis longos e 14/54(25,93%) aos curtos. Duas amostras(3,7%) não puderam ser caracterizadas. A genotipagem para o tipo G evidenciou ogenótipo G1 em 23 (42,59%) dos casos seguido por G2 em 11 (20,37%), G5 em 3(5,56%), G4 em 1 (1 ,85%) e G? em 16 (29,63%) dos casos. Os resultados obtidos para otipo P mostraram uma elevada incidência para o tipo P[8] com 27 (50%) dos casosseguidos por P[4] com 16 (29,63%), P[6] com 9 (16,67%), P[8]+P[6] com 1 (1,85%) e P[?]com 2 (3,70%) dos casos. A caracterização das combinações, demonstrou que ogenótipo P[8]G1 foi o mais prevalente com 19 (35,19%) dos casos, seguido por P[4]G2com 11 (20,37%), P[8]G5 com 2 (3,71%) e P[6]G4, P[4]G1, P[6]G1, P[8]+P[6]G1, P[6]G5cada contribuindo com 1 (1,85%) dos casos. Um total de 17 amostras não foramcaracterizadas para o tipo G ou P ou ambos representados por P[8]G? com 6 (11,11 %),P[6]G? com 5 (9,26%), P[4]G? com 4 (7,41%), P[?]G1 e P[?]G? cada, com1 (1,85%) doscasos. Os cinqüenta e quatro fluidos celulares testadas por PAGE e ELlSA, resultaramnegativos. Mesmo assim o dsRNA relativo a 30 passagem foi submetido a RT -PCR,tendo todas as amostras negativas.Conclusão: Esses resultados refletem a situação dos rotavírus circulando nessapopulação "in natura", confirmando resultados anteriores obtidos nessa área. O elevadopercentual de amostras não tipadas 29,63%(G) e 3,7%(P), provavelmente deve-se adegradação do dsRNA (1990-1992) ou a circulação de um novo genótipo.

Palavra chave: Rotavírus, RT -PCR, Placebo.

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ASTROvíRUS COMO CAUSA DE GASTROENTERITE INFANTIL NO ESTADO DOPARÁ: ESTABELECIMENTO DE METODOLOGIA LABORATORIAL.

Bolsista: Hugo Reis ResqueOrientador: Ora. Yvone Gabbay Mendes Serviço: Virologia Geral

Introdução: O astrovírus (família Astroviridae) é um dos agentes etiológicos associadosà gastroenterite. Ele é um vírus de RNA que não apresenta envelope, é esférico, tem umcore em forma de estrela de 5 ou 6 pontas e possui 28-30 nm de diâmetro. Écosmopolita, estando associado à manifestações endêmicas e epidêmicas, e acometeprincipalmente crianças menores que sete anos e idosos.Objetivos: Este projeto tem como objetivo implantar novas técnicas de laboratório quevisam a detectar os astrovírus em Belém-PA e, com isso, aprofundar os conhecimentossobre os aspectos epidemiológicos e imunitários nas infecções por esses agentes. Alémdisso, visa também a caracterizar a freqüência desses vírus nos quadros de diarréiaentre os pacientes pediátricos de Belém, avaliar a distribuição temporal dos casospositivos, identificar a que sorotipo pertencem os astrovírus detectados e relacioná-loscom a severidade do quadro clínico.Materiais e Métodos: O estudo envolveu a coleta de materiais fecais de neonatos e decrianças de até 3 anos de idade, internadas ou atendidas a nível ambulatorial, comsintomatologia de diarréia com até 5 dias de duração. As amostras de fezes foramsubmetidas a um teste imunoenzimático (ELlSA) específico para astrovírus. Osespécimes positivos e suspeitos (suspensões que tiveram seus valores menores que o"cut off', porém apresentaram cor visualmente) foram inoculados em células CaCo-2 eHT -29, as quais são provenientes de carcinoma de cólon intestinal humano. A partirdesta inoculação, a confirmação do diagnóstico foi feita por imunofluorescência (IF),microscopia eletrônica (ME) e/ou imunomicroscopia eletrônica (IME).Resultados: No grupo dos neonatos foram testadas 648 amostras, colhidas no períodode maio/96 a junho/98, das quais 15 foram positivas (2,3%).No outro grupo (crianças deaté 3 anos) foram analisadas, de maio/98 a maio/99, 175 espécimes fecais provenientesde posto de saúde, dos quais 8 foram positivos (4,6%).Em relação aos casos internados,das 235 amostras analisadas 18 foram positivas, dando um percentual de 7,7%. Vintemateriais já foram inoculados, obtendo-se fluorescência intra-citoplasmática em 6amostras e presença de partículas com diâmetro similar ao dos astrovírus em cinco. Osresultados obtidos por no âmbito hospitalar (7,7%), são similares aos reportados porUtagawa e colo (J Clin Microbiol 32,1994) em um estudo realizado no Japão, envolvendo2 hospitais públicos, cujo percentual de positividade foi de 8,7%.

Palavras-chave: astrovírus, diarréia, crianças

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PAPILOMAVíRUS EM PRIMATAS NÃO HUMANOS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA.

Bolsista: Rodrigo Vellasco Duarte SilvestreOrientador: Dr. Wyller Alencar de Mello Serviço: Virologia Geral

Introdução: Os papilomavírus, são vírus de DNA não envelopados que estãoassociados a lesões cutâneas e em mucosas, principalmente no trato genital. Suaspartículas tem uma semelhança muito grande entre as várias espécies de animaisacometidos de suas infecções, dentre estas semelhanças podemos citar a organização etamanho de seus genomas, forma e dimensões. A ocorrência de papilomavírus (PV) emprimatas não humanos é pouco citada na literatura; não existindo relatos de PVs emprimatas do "Novo Mundo" (fauna americana).Objetivos: Haja vista a grande diversidade de espécies de primatas não humanos daAmazônia. O Instituto Evandro Chagas (IEC) em colaboração com o Instituto Ludwig dePesquisa do Câncer (ILPC) e o Centro Nacional de Primatas (CENP); estabeleceu umprojeto para investigar a ocorrência de PVs em primatas não humanos na AmazôniaBrasileira. Seus objetivos específicos são: estabelecer ensaios para isolamento de PVnas várias espécíes de macacos do Novo Mundo, executar clonagem e seqüenciamentodo DNA dos PVs isolados, realizar análise filogenética dos PVs detectados e contribuirna busca de um modelo animal (próximo ao homem), para o estudo das doençasinduzidas por esses agentes.Materiais e Métodos: Até então já foram coletados para exame, 338 espécimes clínícosde animais do CENP, em todos foi feita pesquisa de DNA de PV pela técnica de PCR,nos quais foram utilizados "primers" genéricos (MY09 e MY11) que amplificam umsegmento de 450 pb do gene L 1 de vários tipos de HPVs.Resultados: Em 14 espécimes pertencentes as espécies; Aotus infulatus (3), Callithrixpenicilatta (4), Alouatta caTara (5), Cebus ape//a (1) e Saimiri sciureus (1); foramobservadas amplificações com padrões sugestivos da infecção por PV. Os produtos dePCR estão sendo clonados e sequenciados no ILPC. Em duas amostras estesprocedimentos foram concluídos e os resultados obtidos, comparados com seqüênciasde papilomavírus humano (HPV). A análise, revelou uma alta homologia com o protótipoHPV-16 detectando-se diferenças de seqüência em apenas duas posições: Uma amostrana posição 6917 (T ~A) e em outra amostra na posição 6996 (A~C).Discussão: Os resultados disponiveis, sugerem que os PVs de macacos do NovoMundo apresentam maior homologia com HPV-16 que os PVs de macacos do VelhoMundo. Investigações continuam em curso na coleta do novos espécimes e análisefilogenética de seqüências já disponíveis.

Palavras chave: Papilomavírus, primatas não-humanos, Amazônia.

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PESQUISA DE VíRUS RESPIRATORIOS EM CASOS DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIAAGUDA (IRA) NA AMAZÔNIA.

Bolsista: José Elcias Raulino Alves júniorOrientador: Wyller Alencar de Mello Serviço: (Virologia Geral)

Introduçã%bjetivos: Objetivando a caracterização das ocorrências virais em pacientesportadores de infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, o laboratório devírus respiratório do IEC, através de uma rede de observação em postos de atendimentoambulatorial, examinou, no periodo de janeiro de 1998 a abril de 1999, espécimesclinicos (aspirados nosofaringeos e lavados de garganta) de 281 pacientes com esta

patologia.

Materiais e Métodos: Os indivíduos investigados pertenciam a diversas faixas etárias,havendo no entanto, um predomínio (49.5 % ) de menores de 4 anos de idade. Ametodologia de diagnóstico empregada envolveu a utilização de técnicas de isolamentode virus em cultivo de células e ovos embrionados, bem como, pesquisa direta deantigenos virais por imunofluorescência ( IF ).

Resultados: A etiologia viral ficou estabelecida em 24.5 % do total de espécimesexaminados no periodo. Os agentes detectados e/ou isolados foram identificados comovírus respiratório sincicial (43.5 %), influenza A (30.4 %), influenza B (14.5 %),parainfluenza (4.3 %), enterovírus (4.3 %), e adenovírus (2.9 %).O perfil sazonal das viroses respiratórias no decorrer do período, revelou a ocorrência decasos durante quase todos os meses, entretanto, maior incidência foi observada nosmeses de janeiro e maio em 1998 e fevereiro e março em 1999.

Discussão/conclusão: Os resultados obtidos confirmam a circulação de diversosagentes virais associados a quadros respiratórios agudos na cidade de Belém.Consoante com a literatura, expressiva positividade para o virus respiratório sincicial(VRS) foi detectada em menores de quatro anos. O aumento no número de casosregistrados nos meses de fevereiro e março de 1999 deveu-se a ocorrência de um surtoocasionado concomitantemente pelo vírus da influenza A e VRS. Os enterovírus, aexemplo de outros relatos, mostraram uma participação significativa como agentesocasionadores de IRA considerando-se as precárias condições de higiene, em geralpresente na população abordada.

Palavras-chave: virus respiratório, epidemiologia, Amazônia.

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PESQUISA DE VíRUS RESPIRATORIOS EM CASOS DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIAAGUDA (IRA) NA AMAZÔNIA.

Bolsista: José Elcias Raulino Alves júniorOrientador: Wyller Alencar de Mello Serviço: (Virologia Geral)

Introduçã%bjetivos: Objetivando a caracterização das ocorrências virais em pacientesportadores de infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, o laboratório devírus respiratório do IEC, através de uma rede de observação em postos de atendimentoambulatorial, examinou, no periodo de janeiro de 1998 a abril de 1999, espécimesclinicos (aspirados nosofaringeos e lavados de garganta) de 281 pacientes com esta

patologia.

Materiais e Métodos: Os indivíduos investigados pertenciam a diversas faixas etárias,havendo no entanto, um predomínio (49.5 % ) de menores de 4 anos de idade. Ametodologia de diagnóstico empregada envolveu a utilização de técnicas de isolamentode virus em cultivo de células e ovos embrionados, bem como, pesquisa direta deantigenos virais por imunofluorescência ( IF ).

Resultados: A etiologia viral ficou estabelecida em 24.5 % do total de espécimesexaminados no periodo. Os agentes detectados e/ou isolados foram identificados comovírus respiratório sincicial (43.5 %), influenza A (30.4 %), influenza B (14.5 %),parainfluenza (4.3 %), enterovírus (4.3 %), e adenovírus (2.9 %).O perfil sazonal das viroses respiratórias no decorrer do período, revelou a ocorrência decasos durante quase todos os meses, entretanto, maior incidência foi observada nosmeses de janeiro e maio em 1998 e fevereiro e março em 1999.

Discussão/conclusão: Os resultados obtidos confirmam a circulação de diversosagentes virais associados a quadros respiratórios agudos na cidade de Belém.Consoante com a literatura, expressiva positividade para o virus respiratório sincicial(VRS) foi detectada em menores de quatro anos. O aumento no número de casosregistrados nos meses de fevereiro e março de 1999 deveu-se a ocorrência de um surtoocasionado concomitantemente pelo vírus da influenza A e VRS. Os enterovírus, aexemplo de outros relatos, mostraram uma participação significativa como agentesocasionadores de IRA considerando-se as precárias condições de higiene, em geralpresente na população abordada.

Palavras-chave: virus respiratório, epidemiologia, Amazônia.

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16MONITORAMENTO DAS ARBOVIROSES ENDEMO-EPIDÊMICAS UTILIZANDOPROVAS SORO lÓGICAS E ACOMPANHAMENTO DE EPIDEMIAS NA AMAZÔNIABRASilEIRA.

Bolsista: Denise Irene Soeiro Cerqueira.Orientador: Dra Amélia P. A. Travassos da Rosa. Serviço: Arbovírus.

Introdução: As arbovíroses são doenças causadas por um grupo de vírusecologicamente bem definido, chamado arbovírus. A Amazônia Brasileira apresentacondições favoráveis para a manutenção desses agentes, como altas densidade ediversidade de insetos hematófagos e animais silvestres, que constituem elementosindispensáveis à propagação dos arbovírus. Além disso alguns deles podem causarepidemias urbanas e/ou rurais, constituindo sério problema de Saúde Pública. Dentreeles assumem destaque os vírus da Dengue ,Oropouche, Febre Amarela e Mayaro.Dessa forma, é muito importante a realização de inquérito sorológico para detectar acirculação dos principais arbovírus endemo-epidêmicos e estudo de epidemias causadaspor esses agentes, para que medidas de controle possam ser adotadas.Metodologia No período de agosto de 1998 a maio de 1999 o Serviço de Arbovírus doInstituto Evandro Chagas recebeu 1.263 amostras de soros de pacientes com suspeitaclínica de arbovirose, proveniente dos Estados de Rondônia, Roraima, Amapá, MatoGrosso e Acre. Essas amostras de soros foram testadas pelo método de Inibição daHemaglutinação (IH) e Ensaio Imunoenzimático (MAC-ELlSA). Os dados foramanalisados em dois grupos de estudo; Grupo A: pacientes que apresentaram anticorposinibidores da hemaglutinação (IH) e IgM ao mesmo tempo; Grupo B: aqueles queapresentaram apenas anticorpos IH.Rusultados Grupo A: Das amostras testadas, 213 (37,9%) apresentaram anticorpos IHe anticorpos IgM para o vírus dengue, sendo 111 (52%) do sexo feminino e 102(48%) do sexo masculino. Em relação a idade, a positividade foi mais freqüente nasfaixas etárias de 25-34 anos e 35-44 anos com 56 (26,2%) e 50 (23,4%),respectivamente. A ocorrência do vírus dengue foi mais freqüente nas capitais que nosoutros municípios, com exceção no Estado do Mato Grosso em que o maior número decasos ocorreu no Município de Mirrasol do Oeste. Grupo B: A presença de anticorpos IHfoi detectada em 561 (44,4%) soros ,sendo 467 (83,3%) flavívírus, 86 (15,3%) apenasum arbovírus e 8 (1,4%) para dois arbovírus. Quanto a classificação da respostaimunológica, 423(75%) casos caracterizou infecção primária.Considerações: O vírus dengue tem sido o responsável pelas infecções recentescausadas por arbovírus, e apesar da circulação dos sorotipos DEN 1 e DEN 2 não houvenenhum caso de dengue hemorrágica, até o presente.

Palavras-chave: Dengue; inibição da hemaglutinação; MAC-ELlSA.

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17AVALIAÇÃO DO TESTE DE MAC-ELlSA PARA O DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DEINFECÇÕES POR DENGUE, EM PACIENTES DE BELÉM -PARÁ, 1998.

Bolsista: Tais Pinheiro de AraújoOrientador(a): Amélia Paes de Andrade Travassos da Rosa, Serviço: de Arbovirus

Introdução: O dengue é a mais importante arbovirose do mundo em termos demorbidade, mortalidade e custo econômico. A sorologia é essencial no diagnóstico dasinfecções por dengue e na diferenciação entre infecção primária e secundária. O teste deInibição da Hemaglutinação (IH) tem sido tradicionalmente usado nesta classificação. Oteste de ELlSA para captura de IgM (MAC-ELlSA) é muito útil para o diagnóstico deinfecções correntes ou recentes por dengue, com a vantagem de necessitar geralmentede uma única amostra de soro do paciente. Objetivos: Este trabalho destina-se a avaliaro desempenho do MAC-ELlSA em termos de sensibilidade e especificidade, em relaçãoao IH, face ao grande número de soros manipulados por ocasião de uma epidemia. Osobjetivos específicos são: estabelecer os índices de sensibilidade e especificidade doteste, determinar as taxas de resultados falso-negativos (FN) e falso-positivos (FP) ecomparar esses resultados com os citados na literatura (PAHO, 1994). Materiais eMétodos: O diagnóstico de infecção por dengue foi baseado em avaliação clinico-epidemiológica e nos resultados sorológicos do teste de IH, que apresentaramsoroconversão segundo critérios padronizados da OMS (1986). Foram trabalhadas 144amostras de soros pareados, de pacientes atendidos no Serviço de Arbovírus do InstitutoEvandro Chagas, oriundos de demanda passiva. Os resultados do MAC-ELlSA foram

.comparados com os resultados obtidos no IH. Resultados: Dentre as 144 amostraspareadas, 63 foram negativas e 81 apresentaram anticorpos inibidores dahemaglutinação para os 9 flavivírus testados, incluindo os 4 sorotipos do dengue, com osseguintes padrões de resposta sorológica: 29 conversões com resposta primária e 52com secundária. O MAC-ELlSA obteve em relação ao IH taxas de sensibilidade de90,12%, especificidade de 98,41 %, FN de 9,88% e FP de 1,59%. Aplicando-se o teste doQui-quadrado com correção de Mantel-Haenszel (X2 =0,68; p= 0,408) não houvediferença estatística entre os resultados de ambas as técnicas. Em relação à detecçãode IgM de acordo com o tempo de doença, temos os seguintes resultados: dentre 59amostras testadas de 01 a 05 dias, 01 positiva (1,7%), 54 de 06 a 10 dias, 39 positivas(72,2%), 25 de 11 a 15 dias, 25 positivas (100%), e 08 com tempo de doença maior que16 dias, com 08 positivas (100%). Discussão: Apesar da freqüência de positividade emrelação ao tempo de doença estar aquém do esperado, os índices de sensibilidade eespecificidade e as taxas de FN e FP, bem como o teste de Qui-quadrado com correçãode Mantel-Haenszel indicam que o desempenho do MAC-ELlSA foi satisfatório noperíodo avaliado.Palavras-chave: Dengue, IH, MAC-ELlSA

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ARBOVIROSES HUMANAS NA AMAZÔNIA -DENGUE: ESTUDO CLíNICO-EPIDEMIOLÓGICO.Bolsista: Ana Paula Klautau Leite. Serviço: ArbovirusOrientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos.Introdução: O dengue é uma doença viral aguda transmitida pela picada do mosquitoAedes aegypti. São identificados quatro sorotipos: dengue 1 (DEN-1), dengue 2 (DEN-2),dengue 3 (DEN-3) e dengue 4 (DEN-4). Há a presença de duas formas clínicasprincipais, a febre clássica do dengue (FD) e a febre hemorrágica do dengue (FDH), comou sem choque. Os primeiros casos de FD em Belém-Pa foram diagnosticadoslaboratorialmente em outubro de 1996, quando houve a introdução do DEN-1, e emoutubro de 97 o sorotipo DEN-2 foi identificado. A partir de então ocorreu a cocirculaçãodos dois. De outubro de 96 a fevereiro de 98, em torno de 20.000 casos foramconfirmados laboratorialmente. Objetivo: Caracterizar os sintomas e sinais maisfreqüentes de casos suspeitos de dengue, comparando os que tiveram sorologia positivaou isolamento viral para dengue àqueles sem confirmação laboratorial, bem como quantoao sexo, faixa etária e sorotipo. Metodologia: Esta casuística incluiu pacientes queprocuraram o Serviço de Arbovirus do IEC para atendimento. Dados clínico-epidemiológicos foram registrados em fichas padrão e, para diagnostico laboratorialutilizou-se o teste de MAC-ELISA e o isolamento viral em células de mosquito Aedesalbopictus (clone C6/36). Resultados: Dos 821 pacientes selecionados para o estudo,516 (63%) pacientes foram positivos para dengue. O quadro clinico em mais que 80%foi: febre, calafrios, mialgia, cefaléia, artralgia. Também foram relevantes (>50% doscasos): astenia, anorexia, dor retro-orbitária, tonteira, fotofobia, náuseas, prurido eepigastralgia. Diferença estatisticamente significativa (p<0,05) a favor do positivos, seobservou em relação a: em: calafrios, mialgia, artralgia, anorexia, dor retro-orbitária,fotofobia, prurido, epigastralgia e exantema; este apareceu em 37% dos pacientes.Houve diferença significativa (p<0,05) a favor do sexo feminino em: cefaléia, anorexia,dor retro-orbitária, tonteira, fotofobia, náuseas, prurido, epigastralgias, exantemas evômitos. Quanto à faixa etária, houve diferença (p<0,05) a favor dos adultos-jovens, em:mialgia, artralgia, astenia, dor retro-orbitária; o exantema predominou nos menores de 14anos. Em relação aos sorotipos isolados houve diferença (p<0,05) quanto a freqüênciade diarréia a favor do DEN-1. Conclusão: O quadro clínico de DENGUE em Belém temsido caracterizado por uma doença febril acompanhada de sintomas gerais inespecíficos.Há necessidade da confirmação laboratorial no diagnóstico diferencial com as doençasexantemáticas. Houve correlação de diarréia com o sorotipo DEN-1, mostrando anecessidade deste estudo piloto ser ampliado, na tentativa de correlacionar asintomatologia com os sorotipos virais circulantes em Belém. Foi significativa a presençade exantema nos pacientes com dengue, o que caracteriza como manifestaçãoproeminente na infecção.Palavras chave: Dengue, quadro clínico, sorotipos virais.

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ARBOVIROSES HUMANAS NA AMAZÔNIA -DENGUE: ESTUDO CLíNICO-EPIDEMIOLÓGICO.Bolsista: Ana Paula Klautau Leite. Serviço: ArbovirusOrientador: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos.Introdução: O dengue é uma doença viral aguda transmitida pela picada do mosquitoAedes aegypti. São identificados quatro sorotipos: dengue 1 (DEN-1), dengue 2 (DEN-2),dengue 3 (DEN-3) e dengue 4 (DEN-4). Há a presença de duas formas clínicasprincipais, a febre clássica do dengue (FD) e a febre hemorrágica do dengue (FDH), comou sem choque. Os primeiros casos de FD em Belém-Pa foram diagnosticadoslaboratorialmente em outubro de 1996, quando houve a introdução do DEN-1, e emoutubro de 97 o sorotipo DEN-2 foi identificado. A partir de então ocorreu a cocirculaçãodos dois. De outubro de 96 a fevereiro de 98, em torno de 20.000 casos foramconfirmados laboratorialmente. Objetivo: Caracterizar os sintomas e sinais maisfreqüentes de casos suspeitos de dengue, comparando os que tiveram sorologia positivaou isolamento viral para dengue àqueles sem confirmação laboratorial, bem como quantoao sexo, faixa etária e sorotipo. Metodologia: Esta casuística incluiu pacientes queprocuraram o Serviço de Arbovirus do IEC para atendimento. Dados clínico-epidemiológicos foram registrados em fichas padrão e, para diagnostico laboratorialutilizou-se o teste de MAC-ELISA e o isolamento viral em células de mosquito Aedesalbopictus (clone C6/36). Resultados: Dos 821 pacientes selecionados para o estudo,516 (63%) pacientes foram positivos para dengue. O quadro clinico em mais que 80%foi: febre, calafrios, mialgia, cefaléia, artralgia. Também foram relevantes (>50% doscasos): astenia, anorexia, dor retro-orbitária, tonteira, fotofobia, náuseas, prurido eepigastralgia. Diferença estatisticamente significativa (p<0,05) a favor do positivos, seobservou em relação a: em: calafrios, mialgia, artralgia, anorexia, dor retro-orbitária,fotofobia, prurido, epigastralgia e exantema; este apareceu em 37% dos pacientes.Houve diferença significativa (p<0,05) a favor do sexo feminino em: cefaléia, anorexia,dor retro-orbitária, tonteira, fotofobia, náuseas, prurido, epigastralgias, exantemas evômitos. Quanto à faixa etária, houve diferença (p<0,05) a favor dos adultos-jovens, em:mialgia, artralgia, astenia, dor retro-orbitária; o exantema predominou nos menores de 14anos. Em relação aos sorotipos isolados houve diferença (p<0,05) quanto a freqüênciade diarréia a favor do DEN-1. Conclusão: O quadro clínico de DENGUE em Belém temsido caracterizado por uma doença febril acompanhada de sintomas gerais inespecíficos.Há necessidade da confirmação laboratorial no diagnóstico diferencial com as doençasexantemáticas. Houve correlação de diarréia com o sorotipo DEN-1, mostrando anecessidade deste estudo piloto ser ampliado, na tentativa de correlacionar asintomatologia com os sorotipos virais circulantes em Belém. Foi significativa a presençade exantema nos pacientes com dengue, o que caracteriza como manifestaçãoproeminente na infecção.Palavras chave: Dengue, quadro clínico, sorotipos virais.

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19ESTUDOS SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE A BIO-ECOLOGIA DO Aedes aegypti E AEPIDEMIZAÇÃO DO VíRUS DENGUE.Bolsista: Patricia Miriam 8ayuri 8ato Barros.Orientador: Bernard Albert Mondet. Serviço: Arbovírus.

Introdução: O vírus Dengue é um arbovírus transmitido por mosquitos do gênero Aedes.O Aedes aegypti apesar de ter origem africana é considerado um mosquito cosmopolita,ocorre em regiões tropicais e subtropicais. Epidemias de dengue vem ocorrendo noBrasil desde 1986 e a evolução da doença se dá de maneira acelerada. Atinge quase atotalidade dos estados brasileiros; provavelmente uma das justificativas seja a grandefacilidade de adaptação do vetor Aedes aegypti às condições variadas de meio ambiente,tendo portanto caracteristicas biológicas variáveis.Metodologia: 1 )Estudo das características biológicas das populações de fêmeas deAedes aegypti coletadas no campo e pela criação dentro de condições naturais detemperatura e umidade.2)Evolução das populações.Resultados: *Acompanhamento individual das fêmeas:1)Em ambiente natural (T=25°Ca33°C): A maioria dos ciclos (54%) realizados pelas fêmeas apresentaram um intervalode dois dias entre o repasto sangüíneo e a oviposição, 2) Em laboratório (T=22°C a26°C): A maioria dos ciclos (46%) realizados pelas fêmeas apresentaram um intervalo detrês dias entre o repasto sangüíneo e a oviposição. OB8.: Cerca de 9,5% dos ovoseclodem sem diapausa. *Acompanhamento do Aedes aeqypti com a utilizacão deovitrampas contendo infusão de ervas concentrada e diluída (10%): Fevereiro: Foramobservadas 8 pares de ovitrampas positivas (sítios de oviposição) , com uma média de39,75 ovos por armadilha positiva (par de ovitrampa). Março: Foram constatados 14pares positivos, com uma média de 64,9 ovos por armadilha. Abri/: Notou-se 17 pares deovitrampas positivas, com uma média de 56 ovos por par de ovitrampa. Maio: Observou-se 14 pares positivos, com uma média de 43,43 ovos por armadilha.Conclusão: Verificou-se que em ambiente natural o intervalo de tempo entre o repastosangüíneo e a oviposição é menor do que em laboratório, o que pode acarretar umaumento da transmissão de vírus. Uma parcela dos ovos eclodem espontaneamente,mostrando que não é necessário chuva para que hajam algumas eclosões; podendoexistir assim, uma população pequena mas permanente de fêmeas com possibilidade detransmitir o vírus ininterruptamente (durante a estação seca).Foi possível observar que autilização de ovitrampas pode ser útil no combate ao mosquito, já que através delaspode-se localizar as áreas de maior incidência de ovos (possíveis focos). Os estudoscom relação ao Aedes aegypti são de grande importância, pois quanto mais amplo for oentendimento sobre o vetor, maiores serão os conhecimentos da transmissão do vírusDengue, e consequentemente maiores serão as chances de combatê-lo.Palavras-chave: Aedes aegypti, dengue, bio-ecologia.

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20CARACTERIZAÇÃO DE NOVOS ARBOvíRUS DO GRUPO Changuinola (Reoviridae:Orbivirus) DA REGIÃO AMAZÔNICA DO BRASIL.Bolsista: Andreza do Socorro Silva da Veiga.Orientadora: Ora. Ana Cecilia Ribeiro Cruz. Serviço: Arbovírus.

Introdução: Os arbovírus constituem o maior grupo conhecido de vírus com 537membros registrados no Catálogo Internacional dos Arbovírus, sendo classíficados deacordo com suas propriedades antigênicas ou segundo suas características físico-químícas. Na classificação antigênica quando dois ou mais vírus mostram cruzamentosorológico, passam a constituir um grupo antigênico a exemplo do grupo changuinolaque é o único implicado em doença no homem, o seu isolamento foi feito primeiramentede flebotomíneos (Lutzomyia spp) em 1960 no Panamá. Já com base em suaspropriedades físico-químicas a grande maioria dos arbovírus registrados pertencem asfamílias Toga virida e, Flaviviridae, Bunyaviridae, Rhabdoviridae e Reoviridae,ressaltando-se que o genêro Orbivirus faz parte da família Reoviridae.Metodologia: 1) As amostras estudadas foram isoladas de flebotomíneos cedidas peloserviço de arbovirus do Instituto Evandro Chagas, sendo designadas como segue: AR440541, AR 505169 e AR 478626. 2) Reisolamento do vírus e preparação de estoquevirais em camundongos recém-nascidos. 3) Teste de sensibilidade em culturas celularesde mosquito (C6/36) e vertebrado (Vero). 4) Testes sorológicos como o de Neutralizaçãoe imunofluorescência indireta. 5) Análise do perfil eletroforético de fragmentos de ARN.Resultados e Conclusão: 1) Em relação a sensibilidade dos vírus em cultura de célulaspode-se observar que estes infectam e replicam melhor em células Vero do que emcélulas C6/36, sendo observado maior virulência no AR440541 do que no AR 505169.Enquanto nas células C6/36 os vírus não causaram alterações que indicassem ECP. 2)No teste de imunofluorescência indireta, realizada com células C6/36 notou-se umareação fluorescente fraca, enquanto que nas células Vero foi possível observar umareação fluorescente mais forte. 3) A titulação dos vírus em camundongos recém-nascidos(2-3 dias), apresentou títulos nas amostra AR505169 e AR440541 em torno de 4,7 a 5,7,enquanto o vírus AR478626 ficou com cerca de 4,7 .4) O teste de neutralização cruzadarealizado com o vírus AR440541 e 11 amostras do grupo Changuinola (CGL) járegistrados, nos permitiu sugerir que o vírus em estudo é um novo membro do grupoCGL, já que não ocorreu cruzamento com nenhum daqueles, no entanto vale ressaltarque outros membros que estão em fase de publicação, devem ser utilizados em umanova etapa para podermos afirmar que o mesmo seja um novo sorotipo. 5) O estudo doARN viral pela eletroforese em gel de poliacrilamida (Page) com os vírus AR 478626 eAR 440541, determinou a presença de ARN com dez segmentos semelhantes aos dogrupo CGL, e com perfil eletroforético distinto quando comparado com os demais járegistrados e com aqueles que estão em fase de publicação, sugerindo serem novossorotipos do grupo CGL.

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