seminario cirurgia ii - anestesicos

Upload: andre-luis-costa

Post on 03-Apr-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    1/29

    Farmacologia dosAnestsicos locais e Vasoconstritores

    aplicados Odontologia

    Universidade Federal do MaranhoCurso de OdontologiaCentro de Cincias Biolgicas e da SadeDisciplina de Cirurgia Bucal II

    Andre Luis, Danielle Gomes, Danilo Batista, Eliandro Lopes, Igor Bringel,

    Luciane Silva, Karen Lorena, Marcela Araujo, Thiago Barros

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    2/29

    OBJETIVOS DIDTICOS

    Mecanismo de ao dos AL;

    Classificao e farmacocintica dos AL;

    Consideraes clnicas dos agentes especficos;

    Mecanismo de ao e escolha dos vasoconstrictores

    PONTOS-CHAVE

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    3/29

    Composio molecular

    Grupo hidroflico (amina terciria);

    Grupo lipoflico (anel benzeno);Cadeia intermediria (ster ou amida).

    FERREIRA (1998); S LIMA (1996)

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    4/29

    Classificao

    Quanto cadeia intermediriaTipo ster:

    Tipo amida:

    FERREIRA (1998); MALAMED (2004)

    Quanto durao de efeito

    Curta durao (30 min): procana Durao intermediria (60 min): lidocana, prlocana emepivacana

    Longa durao (> 90 min.): bupivacana

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    5/29

    Anestsicos Locais

    Composio da soluo anestsicaAgente anestsico local;

    Vasoconstritor;

    Agente redutor;

    Agente preservativo;

    Fungicida;

    Veculo

    ROBINSON et al.(2004)

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    6/29

    Mecanismo de ao

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    7/29

    - 70mV

    + 40mV

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    8/29Mecanismo de ao

    RN

    H+

    Na+

    Intra - celular

    DOR

    Extra -celular

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    9/29

    Fator Ao afetada Descrio

    PKa Incio de ao Pka baixo = incio de ao mais rpido, devido maismolculas RN (bases livre) disponveis.

    Lipossolubilidade Potncia anestsicaAumento da solubilidade aos lipdeos = aumento dapotncia (Ex. Mepivacana 1, Articana 17)

    Ligao proticaDurao Permite que os ctions (RNH+) se fixem por mais tempo

    nos receptores dos canais de Na+, aumentando adurao anestsica (Ex. Bupivacana 95/ Lidocana 65)

    Difuso tecidual Incio de aoMaior difuso do anestsico = inicio do efeito maisrpido

    VasoatividadePotncia e duraoanestsica

    ao vasodilatadora = remoo mais rpida noanestsico local na rea infiltrada

    PH do meioAo anestsica PH tecidual mais cido = quantidade de bases livres(RN) disponveis p/ atravessar o nervo.

    Tecido inflamado = Maior vasodilatao capilar =remoo mais rpida de RN restantes.

    Fatores que afetam a ao dos anestsicos locais

    MALAMED (2004) cap. 1 p. 25

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    10/29

    Farmacocintica dos

    Anestsicos Locais

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    11/29

    AbsoroVia oral

    Os anestsicos locais so mal absorvidos pelo trato gastrointestinal apsadministrao oral (exceto: cocana)

    Via tpicaAbsorvida em diferentes velocidades aps aplicao sobre a membrana

    mucosaMucosa traqueal > Mucosa farngea > Mucosa esofagiana (vesical)

    Injeo (subcutnea, intramuscular e IV)Relacionada com a vascularizao do local da injeo e vasoatividade da

    droga

    S LIMA (1996); MALAMED (2004) cap. 2 p. 28

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    12/29

    Absoro

    Fatores que influenciam na absoro dos AL

    Vascularizao da regio;

    Lipossolubilidade do agente anestsico;

    Velocidade da biotransformao anestsica;

    Concentrao da soluo empregada;

    Capacidade de fixao da fibra nervosa.

    S LIMA (1996); MALAMED (2004) cap. 2 p. 28

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    13/29

    Distribuio Acontece aps absoro pela corrente sangunea; Os anestsicos so distribudos em todos os tecidos(dos mais ao

    menos perfundidos).

    Fatores que influenciam o nvel sanguneo do anestsico:

    Velocidade de absoro( sistema cardiovascular);

    Velocidade de distribuio( Dos vasos para os tecidos);

    Eliminao pelas vias metablicas ou excretoras.

    Todos os anestsicos atravessam a barreira hematoenceflica eplacentria.

    MALAMED (2004) cap. 2 p. 29

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    14/29

    Biotransformao transformao biolgica da droga ativa; A Toxidade depende do equilbrio:

    Velocidade de Absoro X Velocidade de remoo do sangue.

    Anestsicos locais do tipo ster: Pseudocolinesterase: enzima que causa a hidrlise, quanto mais

    hidrlise, menos txico.

    PABA ( cido para-aminobenzico):

    O PABA que causa reaes alrgicas ;Pseudo Colinesterase Atpica: um trao hereditrio que causa

    incapacidade de hidrlise o que aumenta a toxidade.

    MALAMED (2004) cap. 2 p. 30

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    15/29

    Anestsicos locais do tipo amida

    A biotransformao mais complexa, ocorre primariamente no

    fgado (enzimas microssomais hepticas). A biotransformao influenciada pela funo e perfuso

    heptica.

    Metahemoglobinemia: causada pela ortoluidina (metablico

    primrio) e no pela prilocana (substncia original). Excessos de metahemoglobina - causa dificuldade de

    carregamento de oxignio no sangue.

    MALAMED (2004) cap. 2 p. 30

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    16/29

    Excreo

    Os rins so excretores primrios, tanto para os anestsicos locaisquanto para seus metablicos.

    MALAMED (2004) cap. 2 p. 31

    Pacientes com doenas renais (ASA IV) so incapazes de eliminar dosangue anestsicos (ster /amida) e metablitos = aumento dos nveis

    sanguneos (contra indicao relativa)

    AES SIST MICAS DOS ANEST SICOS LOCAIS

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    17/29

    SNC SRSCV

    AES SIST MICAS DOS ANEST SICOS LOCAIS

    - Depresso;- Ao anticonvulsivante;

    -Analgesia (administraointravenosa)-Elevao de humor (cocana/procana)

    MALAMED (2004) cap. 2 p. 32-38

    - Depresso (miocrdio);

    - Ao antiarrtmica (lidocana);- Presso arterial (hipotenso);-Diminuio da FC (superdosagem)

    - relaxamento do m. lisobrnquico;

    - Parada respiratria(depresso do SNC);- Interao com frmacosdepressores do SNC;

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    18/29

    LIDOCANA

    Anestsico padro em Odontologia

    Incio de ao: 2 a 3 minutos

    Dose mxima recomendada: 7,0mg/Kg em adultos, no excedendo 500mg ou13 tubetes anestsicos.

    Propriedade vasodilatadora elevada, rpido incio de ao, utilizado emprocedimentos de durao intermediria

    So raros os efeitos txicos da lidocana. Em geral s aparecem em decorrnciade sobredose ou injeo intravascular inadvertida.

    APRESENTAO: Cloridrato de Lidocana a 2% sem vaso

    2% + adrenalina 1:100.000 ou 200.000

    MALAMED (2004) cap. 4 p. 61

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    19/29

    MEPIVACANA

    Segundo mais utilizado no campo odontolgico

    Potncia e toxicidade duas vezes maior que a lidocana

    Incio de ao: 1 a 2 minutos.

    Dose mxima: 6,6 mg/kg, no devendo ultrapassar 400mg ou 11 tubetes. Anestsico mais indicado para ser utilizado sem vasoconstritor, propriedade

    vasodilatadora leve, utilizados em procedimentos de durao intermediria,(exceo daqueles sem vasoconstritor: tempo de durao curto ).

    APRESENTAO: Cloridrato de Mepivacana a 3% sem vaso

    2% + adrenalina 1:100.000

    MALAMED (2004) cap. 4 p. 65

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    20/29

    PRILOCANA

    Potncia e toxicidade duas vezes maior que a lidocana

    Incio de ao: 2 a 4 minutos

    Comercialmente encontrado na concentrao 3% com felipressina.

    Pode levar em altas doses METEMOGLOBINEMIA.

    DOSE MXIMA RECOMENDADA no exceder 400mg ou 7 tubetes.

    MALAMED (2004) cap. 4 p. 68

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    21/29

    ARTICANA Comercialmente encontrado na concentrao 4% +adrenalina 1:100.000

    ou 1:200.000

    nico anestsico local do grupo amida que possui um grupo ster

    Dose mxima recomendada: 6,6mg/kg, no ultrapassando 500mg ou 6

    tubetes.

    MALAMED (2004) cap. 4 p. 71

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    22/29

    BUPIVACANA

    Apresenta potncia quatro vezes maior que a lidocana e uma toxicidade quatrovezes menor.

    Incio de ao: 6 a 10 minutos

    Dose mxima recomendada: 1,3mg/kg, no devendo ultrapassar 90mg ou 10

    tubetes. A anestesia mandibular pode persistir de 5 a 9 horas.

    encontrado na concentrao de 0,5% + adrenalina 1:200.000 ou semvasoconstritor). o anestsico mais utilizado em recintos hospitalares.

    Indicada para anestesia de longadurao ou analgesia ps-operatria

    MALAMED (2004) cap. 4 p. 73

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    23/29

    VASOCONSTRITORES

    1. Reduo do fluxo sanguneo local;2. Retardo da absoro do AL para o SCV;

    3. Menor risco de toxicidade;

    4. Permanncia de maior volume do AL no local

    IMPORTNCIA

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    24/29

    Mecanismo de ao

    AMINAS SIMPATICOMIMTICAS

    RECEPTORESADRENRGICOS

    ALFA BETA

    Alfa 1 Alfa 2 Beta 1 Beta 2

    Vasoconstrico do m. liso dosvasos

    Vasodilatao, broncodilataoe estimulao cardaca

    MALAMED (2004) cap. 3 p. 42

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    25/29

    ADRENALINA

    Mecanismo de ao:Atuadiretamente nos receptores alfa e beta, com efeitos

    predominantes no beta.

    Aes locais e sistmicas

    S. Cardiovascular

    Aumento da presso sistlica ediminuio da diastlica; Aumento da frequncia cardaca(beta 1); Dilatao das artrias coronrias; Arritmias frequentes

    S. Nervoso Central

    ESTIMULAO (ansiedade,tenso, agitao, tremor, tonturapalidez)

    S. Respiratrio

    Potente dilatador (efeito beta2) do m. liso dos bronquolos tratamento de episdiosasmticos e anfilticos.

    HEMOSTASIA LOCAL: estimulao dos receptores alfa quando aplicada diretamente nolocal. Depois h reverso para os receptores beta 2 (vasodilatao de rebote).

    MALAMED (2004) cap. 3 p. 45

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    26/29

    NORADRENALINA

    Mecanismo de ao:quase exclusivamente nos receptores alfa (90%) e beta

    (10%).

    Potncia reduzida em relao adrenalina (25%)

    Deve ser evitada com a finalidade hemosttica

    Necrose e descamao das mucosas (palato ) - estimulao alfa

    Efeitos colaterais e superdosagem: estimulao do SNC, elevao da PA(risco de AVC, angina e disritmias cardacas)

    MALAMED (2004) cap. 3 p. 47

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    27/29

    FELIPRESSINAnico vasoconstritor no simpatomimtico. Anlogo da Vasopressina.

    Mecanismo de ao: estimulante direto da musculatura lisa vascular , atuandomais na microcirculao venosa.

    Vantagem: Menor repercusso sobre o SCV e SNCIndicao: Em caso de contra-indicao ao uso de vasoconstritor

    adrenrgicoContra-indicao:Pacientes com angina (constrio dos vasos coronarianos)Pacientes que j sofreram infartoGestantes ou mulheres com histria de aborto espontneo (ao =

    octapressina)

    MALAMED (2004) cap. 3 p. 50

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    28/29

    Consideraes finais

    Anestsicos locais

    Ao reversvel;

    No deve ser irritante para os tecidos;Grau reduzido de toxicidade sistmica;

    Incio de ao rpido e durao suficiente;

    Ser incapaz de desencadear reaesalrgicas;

    Ser estvel sofrer rpida biotransformao;

    Potncia e eficcia em baixas concentraes.

    Vasoconstritores

    Seleo depende: Durao do procedimento;

    Necessidade de Hemostasia;

    Condio mdica do paciente

  • 7/28/2019 Seminario Cirurgia II - Anestesicos

    29/29

    Referncias BibliogrficasMALAMED, S.M. Manual de anestesia local 5 ed. So Paulo. Elsevier. 2004.

    FERREIRA, M.B.C. Anestsicos Locais. In: FUCHS, F.D.; WANNMACHER, L.Farmacologia Clnica: fundamentos da teraputica racional. 2.ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1998.

    ROBINSON, P.D. et al. Anestesia Local em Odontologia. So Paulo: Santos, 2004.

    S LIMA, J.R. Atlas colorido de Anestesia Local em Odontologia: Fundamentos e

    tcnicas. So Paulo: Santos, 1996.