seja trainee - guia

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Verdades e mitos sobre alguns pré-requisitos dos processos seletivos

Quase 60% dos jovens querem ser Trainee. É o que diz a reportagem publicada no Portal Click Carreira em Setembro de 2011.

http://www.clickcarreira.com.br/querocrescer/2011/9/14/2440/quase-60-dos-jovens-querem-ser-trainees.html

Para enfrentar esta maratona, inúmeras são as perguntas que surgem na cabeça dos jovens, principalmente em relação aos pré-requisitos para alcançar o desejo de trabalhar numa grande empresa. Por ser um assunto de relevância tão grande, decidimos organizar o conhecimento em mais um fascículo. E vamos começar por questões mais simples até as mais complexas sobre os pré-requisitos mais comuns dos processos seletivos. Cada questão aqui retratada representa algumas das dúvidas mais comuns de diferentes candidatos que já conversamos. Portanto, se a sua dúvida sobre pré-requisitos não aparecer logo no começo, continue lendo, pois com certeza, haverá algo útil para você.

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“Qual  a  diferença  entre  Estágio  e  Trainee?” Tanto o programa de estágio como o programa de trainee foram criados com um mesmo propósito: desenvolver futuros líderes e profissionais de alto potencial, que tenham as competências necessárias para a empresa atingir seus objetivos no mercado. Confira uma tabela com essas diferenças:

Programa de Estágio

Programa de Trainee

Momento do aluno Matriculado e cursando graduação

Formado e dedicado ao trabalho

Carga horária 4 - 6 horas 8 horas

Vinculo empregatício

Contrato de estágio

Contrato CLT

Expectativa do candidato

Promessa de Efetivação Promessa de Promoção

Vagas 1000 : 1 2500 : 1

Salário R$ 600,00 a R$ 2.200,00

R$ 3.000,00 a R$ 6.000,00

Networking Área específica Diferentes áreas

Preparação para liderança

Não Sim

Fonte: Adaptado do livro: “Carreira:  você  está  cuidando  da  Sua?”

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O que fazer desde o começo da faculdade para ser Trainee? O seu foco do 1º. ao 3º. ano é ganhar bagagem profissional e experiências, que permitam aprimorar seus pontos fortes (naturalmente, isso está atrelado a algo que se identifica e gosta). Ou seja, não adianta se preocupar no início ou meio da faculdade quais competências necessárias num programa trainee, mas sim, quais experiências valem a pena para se desenvolver. Você deve buscar aprendizado e algo que lhe motiva e que permita uma evolução. Se uma atividade em organização estudantil ou estágio, estiver lhe proporcionando essa experiência, vale a pena investir tempo e esforço nela, pois é essa atividade que será  uma  forma  de  “academia”  para  os  processos. Naturalmente que, ao invés de músculos, estamos tratando de competências desejadas pelos mais diversos tipos de empresa no mercado. E nada melhor do que a experiência prática para comprovar aquilo que você diz agregar para as mais diversas empresas no mercado.

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Experiência necessária para programas Trainee Na maior parte dos programas do mercado não é necessário uma experiência específica. Principalmente no mesmo segmento da empresa, como muitos se preocupam. Agora, não se iluda! É muito importante reconhecer os principais aprendizados e resultados ao longo de experiências em empresa Jr, empresa da família, projetos extra-acadêmicos, estágios, etc. para conhecer o que de fato você está levando de valor para a empresa desejada. Quanto melhor você souber o significado de suas experiências nos lugares que passou, mais fácil será demonstrar tais valores e até mesmo competências para a vaga em questão. A importância de conhecer mais de um idioma A importância de conhecer o inglês é altíssima, pois se trata da língua mais falada nas multinacionais. Esse requisito será importante a medida que deseje as empresas que solicitam o idioma como um pré-requisito acima do que realmente oferece.

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Aqui não adianta tentar mentir, ou pensar que com um ano de inglês já chegou num nível avançado. Mesmo com toda importância, muitas empresas estão solicitando inglês intermediário como filtro, por conta de focar mais em aspectos comportamentais ao longo do processo. Analisando o nível do seu inglês A melhor e mais simples definição que já encontrei para inglês avançado no mundo dos negócios é: “ser   capaz  de  conduzir uma reunião, realizar uma apresentação, escrever um relatório, participar ativamente de um conference call, ler literatura técnica, e se virar sozinho numa   viagem   internacional” de um grande colega William Mazza. Ou seja, não adianta assistir filmes no cinema (sem ler a legenda) ou até mesmo seriados com legendas em inglês e achar que você passará nos processos seletivos por conta disso. É uma forma de se aprimorar, no entanto, recomendo também buscar referências de inglês voltados ao trabalho. Avalie algumas alternativas como:

- www.outliers.net.br - www.britspeak.com.br - http://www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish -

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A importância da vivência internacional Esse é um grande mito que se criou nos processos seletivos e tenho cada vez mais visto candidatos pensando que o intercâmbio se tornou um pré-requisito comum nos processos. O que é verdade: muitos universitários desenvolvem bons aprendizados e até mesmo competências, quando realizam intercâmbio. O que é mito: O candidato não é escolhido por ter participado do intercâmbio, mas sim, por ter demonstrado valores à empresa. A barreira da idade pode atrapalhar?! A questão muitas vezes não é a idade, mas a maturidade profissional e experiência desejada para o programa trainee. Conforme reportagem da Você S.A., existem três tipos de portas de entrada dos programas de Trainee:

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Leia na íntegra e tire as suas conclusões para a sua idade: http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/candidato-experiencia-643106.shtml Grau de importância das roupas do candidato O nível de importância é alto, pois revela se você está condizente com o estilo das pessoas que trabalham na organização. Bancos, consultoria e auditorias costumam ser mais formais, enquanto que uma indústria de bens de

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consumo, por exemplo, é mais casual, do tipo, calça jeans e camisa com manga dobrada. De maneira consciente ou inconsciente, o corpo fala e as roupas transmitem muitas mensagens a respeito de você. Abordaremos esse item no fascículo sobre dinâmicas com muito mais detalhes.

Existem vantagens de candidatos residentes na capital X fora da capital ?! O que é verdade: A principal vantagem para quem é residente nas principais capitais é a facilidade de deslocamento para os processos seletivos. Principamente, quando estamos tratando de SP, MG e RJ. Isso normalmente permite um leque maior de escolhas. O que é mito: As experiências em faculdades ou estágios de candidatos da capital são melhores ou possuem mais peso no processo. Cada vez mais, os processos estão avaliando atividades extra acadêmicas como uma empresa júnior, estágios de em empresas de pequeno porte, projetos de empreendedorismo, instituições ONG como AIESEC, por exemplo, com condições de igualdade com uma pessoa que estagiou numa grande multinacional, desde que o candidato saiba demonstrar os valores obtidos com sua experiência.

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Qual a importância do histórico escolar ? Tenho amigos que se formaram em 2005, com notas medianas no histórico escolar e mesmo assim chegaram a vagas de trainees. O fato de ter uma formação com boas médias normalmente traz vantagens para a sua atuação como profissional, mas não necessariamente para o processo. A questão basicamente é: QI x QE, o que pesa mais?! Demissões de profissionais com alto nível de inteligência ocorrem por questões comportamentais - QE (quoeficiente emocional) e não QI (quoeficiente de inteligência).

Os testes de raciocínio lógico, português, inglês, podem ser trapaceados? Essa   é   uma   bronca   comum:   Alguns   “espertinhos”   fazem  provas de raciocínio lógico com amigos da engenharia e por aí vai. O que tenho visto no mercado: - O processo seletivo do Citibank realizou uma prova online de inglês com alto nível de exigência. Numa fase avançada do processo, os candidatos quase em reta final, receberam uma ligação no celular em inglês para contar coisas básicas sobre a experiência pessoal e profissional

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em inglês. Foi uma forma de checar se realmente tinha o nível desejado pela empresa. - Já o processo seletivo do Itaú optou por realizar provas presenciais de raciocínio lógico, português, inglês. - Outras empresas adotam comunidades virtuais, jogos de simulação, dentre outras técnicas voltados ao comportamental. Ou seja, embora sempre alguém conheça um ou outro caso de   “espertinhos”,   vale   mais   a   pena   se   preocupar   no   seu  aprimoramento. Conheço pessoas que montaram grupos de estudos para enfrentar questões de raciocínio lógico de provas de consultorias e auditorias. Além disso, as fases do processo seletivo tem dificultado isso ao longo do processo para colocar na empresa quem realmente merece entrar.

Mas eu só tenho estágio social ou atividades não remuneradas... A maioria dos processos seletivos realmente não exige experiência remunerada, mas não se iluda, pensando que tudo está tranquilo. Você somente estará em pé de igualdade com outros candidatos a partir do momento em que demonstrar um bom autoconhecimento de suas experiências e como tais experiências lhe proporcionaram desenvolvimento pessoal e profissional ao longo da graduação. Ou seja, não se preocupe se a sua experiência

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se trata de um estágio remunerado, mas sim em como utilizá-los a favor da empresa que está buscando. É fundamental que suas experiências consigam traduzir o valor que você tem à oferecer para a empresa - a tão buscada "competência". A partir de refletir e analisar empresas no mercado, você deverá demonstrá-las desde o momento de inscrição, etapas do processo seletivo até a entrevista. Nesse contexto, é fundamental estudar a empresa que se deseja, entender quais as principais competências desejadas e como isso se encaixa ao seu perfil e experiências.

Quais os diferenciais de um candidato para o processo? O mesmo desafio enfrentado pelos candidatos hoje é o desafio que as empresas têm no mercado: alta competição. São inúmeros concorrentes, inúmeros produtos e clientes com diversos obstáculos no meio do caminho. Como as empresas lidam com essa realidade?! Constroem uma proposta de valor para seus clientes, ou seja, definem “Por   que   afinal   você   deve   me   escolher   e   não   os   outros  produtos  existentes  no  mercado?”. É nesse sentido, que você deverá construir a sua Proposta de Valor, que deve ser uma combinação de conhecimentos, habilidades, experiências e valores obtidos através de suas experiências acadêmicas e profissionais para as empresas.

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Reflita e valorize os aspectos que você tem de positivo, aquilo que aprendeu e cresceu como pessoa e profissional. O principal é algo que seja realmente autêntico sobre você e que ao contar para outras pessoas, elas possam reconhecer valor. Não necessariamente um intercâmbio ou uma experiência fora do país é um diferencial se você não souber traduzir isso em aprendizado e conhecimento para agregar à sua carreira e às empresas. Assista aos vídeos de alguns candidatos aprovados, que valorizaram experiências e valores de maneira autêntica e obtiveram sucesso:

http://www.youtube.com/watch?v=_uEXkFAz87I

http://www.youtube.com/watch?v=g4blXYDGdVw

Conhecer melhor a si próprio não significa fazer testes psicológicos. Existem metodologias de específicas de comportamento, indicadas no Guia #2 - Descobrindo o perfil ideal de candidato que o mercado procura. O autoconhecimento vem com o tempo e com a experiência que você adquire sobre si mesmo.

Caso real - O programa não aceita minha formação, mas eu tenho o perfil da empresa e da vaga. O que fazer?

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Natali se formou em Marketing pelo Mackenzie e trabalhou por dois anos numa grande empresa do segmento imobiliário. Encontrou o processo seletivo de uma importante consultoria do segmento imobiliário, que aceitava diversas graduações, porém não aceitava como pré-requisito a sua formação de Marketing. Natali não teve dúvida: Entrou em contato com a empresa para que com sua formação fosse considerada no processo seletivo. E deu certo! As pessoas responsáveis pelo filtro levaram em consideração seu pedido. Claro que isso não era garantia de vaga, pois vieram as outras etapas de provação na empresa. Natali conseguiu se superar nas diversas etapas do processo e seu perfil chamou atenção para uma área com vaga efetiva dentro da empresa. Confira com mais detalhes o caso em: http://blog.mytrainee.com/dicas/como-natali-furou-a-fase-filtro-e-foi-aprovada-numa-vaga-que-nao-existia/

Caso real – Pouca experiência profissional para Programas de Trainee. O que fazer? Amarílis é formada em Administração de Empresas pela Facamp.

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No terceiro ano da faculdade, teve a oportunidade de estagiar por cinco meses no RH de uma empresa norte-americana, mas não gostou da área e decidiu focar seu último ano para o trabalho de conclusão de curso. Logo após se formar, ela avaliou a possibilidade de participar de programas trainees, mas pela falta de conhecimento sobre si própria (que normalmente é obtida nas experiências profissionais), decidiu focar em vagas efetivas relacionadas aos seus objetivos de carreira para mais a frente buscar vagas de programas de trainee com maior competitividade no mercado. Com dois meses de foco nas vagas efetivas, Amarílis conseguiu a posição de Coordenadora de Pesquisa de Mercado e está se conhecendo bastante e amadurecendo como profissional para avaliar melhor quais caminhos tomar e se será ou não o momento de trainee. Por Luís Abdalla [email protected] Confira a próxima edição #4: Como se dar bem nas dinâmicas de grupo?