segunda b)ttsfi Íb&ga da o apÓstolo.memoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1866_00008.pdfnão...

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o A redacção recebe qualquer artigo de interesse publico religioso, sendo porém publicado o que estiver concebido de accordo com o programma deste periódico. As communícaeOes e reclamações, que houverem de ser feitas á redacçrio, recebem- se na typographia em que se imprime o Apóstolo. PERiODICO RELIGIOSO, BIORAL E DÜUTRIHARIÜ, CONSAGRADO AOS INTERESSES DA RELIGIÃO E DA SOCIEDADE. Dum lucem habetis, credite in lncem. S. João 12.30. Publica-se aos domingos. Assigha-se na Typographia-de N'. L. Vianna & Filhos, rua d'Ajuda n. 79. Anno I. DOülMO. 23 k Fevereiro de 1866. ». 8. Segunda B)ttsfi_ÍB&ga da Quaresma. S. Malb., 11. 1.E seis dias depôs toma Jesus comsigo a Pedro, e a Thiago, o á João seu irmão, e os leva á parle, á um alio monlc. 2.E transfigurou-se diante delles. E o seu rosto (icou refulgcnlo como o sol,' o as suas veslidtiras so ü.cram brancas como a neve. 3.E eis que lhes apparecerani Moisés; e Elias faliando com elle. 4.E começando a failar, Pedro disso a Jesus: Senhor, bom é que nós estejamos aqui: se queres façamos aqui Ires labernaculos, um para ti, outro para Moisés, o outro para Elias. 5.Estando ollo aluda fadando, oisquo uma Incida nuvem os cobrio. E eis quo sahio uma voz da nuvem quo dizia: Esto é Aquelle meu querido filho, em quem tonho posto Ioda a minha complacência: ouvi-o. 0. E ouvindo isto os discípulos cahirafâ de bruços. o tiveram grande modo. ; 7.Poróm Jesus so chegou a elles, o to-* eou-os e disso lhes: levantai-vos- e não temais. 8.Elles então levantando os seus olhos, não virão mais do que tào sómonto a Josus. 9.E quando elles deseiàò do monte, lhes poz Jesus preceito, dizendo: Nâo digais a pessoa-alguma o quo vistes, emquanto o Filho do homem não resurgir dos mortos. O prosento Evangelho, Calholicos, offercce aos olhos -le vossa piedade e contemplação o sublime quadro da transfiguração do Nosso Senhor Jesus-Christo no Thabor. So á alguns, parecco grando milagre o esplendor o mages- lade que o Divino Salvador oslenlou cm sua transfiguração, a outros, com bem sólidos fundamentos pareccirmilagro muito mais ad- miravel e estupendo o estado habitual de pri- vação, de gloria á que se reduzira por amor dos homens aquém vinha resgatar do cativei- m do demônio, o abrir-lhos as portas do céo. Se sahindo deste estado do humilhação a que se condemnára, mostrou-se- por alguns ins- tantos aos olhos do seus mais queridos disci- pulos, é ainda por amor dos homens que su3- pendeo seus decretos. Jesus-Christo queria, fortificando a do seus discípulos, estabelecer mais fortemente a vossa, q.ueê fundada ria delles: queria pre- munil-os contra o escândalo de sua paixão e de sua morte: queria que depois do sua res- surreição, a lembrança do estado brilhante om que o tinham visto-os fizesse mais dispôs- tos a crerem-n'a; queria quo depois do lerem recebido o Espirito Santo, este raio do celeste esplendor que lhes fazia entrever, sustentasse seus trabalhos, inílammasse sen zelo, e ani- masso suas pregações: queria apresentar-lhes uma imagem sensível do estado glorioso, ao qual seus corpos erão destinados: queria li- nalmente quo podessera dar, nâo aos pò- vos a quem annunciaram Evangelho, senã o também a todos os séculos, aos quaes o trans- molleriam, uma idéa da suproma gloria a quo seriam chamados.1 Ao espectaculo de sua transfiguração, Jesus-Christo não admilte todos os Apóstolos: escolho os Ires quo lhe eram mais familiares, Pedro, Thiago o João, seu irmão: o por esso modo vos ensina que as revelações partícula** res, o em geral todas as graças que sahcm da ordem commum, não são partilha de lodosos santos, mas de algumas almas privilegiadas, a quem Deus dispensa com maior profusão seus ineffaveis favores. Proscguindo o Evangolho diz-vos que Moi** sés o Elias appareceu. a Jesus-Christo o que a morto do Salvador éobjeclo de sua conver- saçáo, -Como aquella devia ser o termo do sua missão, devia lambem ser o (im de todos os seus pensamentos. Entretanto, Catholicos, quo differença espantosa entre Jesus-Christo sobro o Thabor, o Jesus-Christo rio Calvário. Ali apparece cercado do gloria c do magestade, mais refulgcnlo que o astro rei, quando dos- pon Ia no horisonte depois de uma horrível tor- inénta•: aqui despojado, desfigurado, redusido a estado de não poder ser reconhecido. Sobro o Thabor relumbava a voz do Padre Eterno que o proclama seu filho prcdileclo, único objocto de suascomplacencias: sobro o Calva- rio o Filho esclamava com dôr que era aban- dòn.ado por seu pai. llojo elevado entre aquelles dous gran- des vultos da antiga lei, do quem recebe sinceras adorações, agora pregado na cruz entro dous ladrões, o exposto aos escar- neos ullragesencos, baldôcs deuma populaça desenfreada. Calholicos, os Apóstolos que acompanharam a Jesus-Christo ao Thabor, entregues ás doçu- ras do somno, emquanto Jesus-Christo orava, não viram o começo da transfiguração; e fo- iam privados de uma parto deste bello e mag- nilico espectaculo. E do quantas jgraças não vos lem privado lambem o vosso somno o o vossoenlorpecimento, quando so trata do ser- viço de Deus. Dedicai-vos a seu santo servi- ço com todas as potências de vossa alma, o nâo lereis por certo inveja da sorte gloriosa dos bemaventurados no seio.da Jerusalém celeste. O APÓSTOLO. 40 tylcfUorameiito «lo paiz, 1 No coração do homom ha um sentimento congênito á sua existência, que nada pôde destruir o anniquillar, é o amor da pátria. Nem quando a ingratidão de Roma armou contra si o braço de Coriolano lhe extingui no peito esse amor quo fora aliás a causa do sua vingança o do sua morto, o algumas vezes nem a própria ingratidão, quo punge no iríli- mod'alma, lem força bastante para arrancar do coração esse doce senlimenlo dos caracto- res nobres, como o mostrou esse outro illus- tro Romano salvando a pátria de que fora ba- nido. Deus e a pátria, eis os dous mais su- blimos interesses para o homem de bem. Em todos os tempos, até quando a humáni- dado chafurdava nasignomias da idolatiia, vio-se brilhar o amor da pátria como uma sentelha divina, quo resistia a Ioda a pressão dos erros nas idéas e nos costumes. Paulo Emílio vencedor de Persêo applaudio os trium- plios do Roma por entre as mais sensíveis perdas do sna familia. Phocion,' condeninado por seus próprios compatriotas, prestes a beber a fatal cicuta, recommendava á seu filho de servir á palria com tanto zelo, quanto elle, e sobro tudo de esquecer que se pagavam os grandes serviços do seu pai com uma morto injusta. De todas as allianças nenhuma ha mais cara, dizia Cícero, do que a quo lemos com a republica. Caros são os pais, caros os filhos, os pa- rentes, os fâmulos, porém tudo isto so com- prehendc no nome complexo de pátria. Gari sunt parentes, cari libei, propinqui. familiares, sed onmes omnium çàrilates pa- (ria una complexa est. (Çic.) ome II Se o amor da pátria merecera tanta vene- ração oculto nas aras do Paganismo, ern quo so prostituía o incenso ás paixões mais ignò- heis, e a dignidade humana descia a adoração dos vicios, é que esse sentimento natural, que Deus gravara lão profundamente no cora- cão do homem, era mais forte que ludo; o hoje que o chrislianismo tem regenerado o homem, elevando sua natureza vilipendiada o abatida á altura, que lho dera o Creador, acima de quanto creara em roda do primeiro amor do homem, esso sentimento se deve e.r- guer mais nobro ainda, mais valente e su- blime. S. Ambrosio exclama «E' mais grato re- pelliràs desgraças da pátria do quo os pro- prios perigos —gratus excidia palri^rcpii-^ lüse quam própria periculà. »

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o

A redacção recebe qualquer artigo deinteresse publico religioso, sendo porémpublicado o que estiver concebido de accordocom o programma deste periódico.

As communícaeOes e reclamações, quehouverem de ser feitas á redacçrio, recebem-se na typographia em que se imprime oApóstolo.

PERiODICO RELIGIOSO, BIORAL E DÜUTRIHARIÜ, CONSAGRADO AOS INTERESSES DA RELIGIÃO E DA SOCIEDADE.Dum lucem habetis, credite in lncem.

S. João 12.30.

Publica-se aos domingos. Assigha-se na Typographia-de N'. L. Vianna & Filhos, rua d'Ajuda n. 79.

Anno I. DOülMO. 23 k Fevereiro de 1866. ». 8.

Segunda B)ttsfi_ÍB&ga daQuaresma.

S. Malb., 11.

1. E seis dias depôs toma Jesus comsigoa Pedro, e a Thiago, o á João seu irmão, e osleva á parle, á um alio monlc.

2. E transfigurou-se diante delles. E oseu rosto (icou refulgcnlo como o sol,' oas suas veslidtiras so ü.cram brancas como aneve.

3. E eis que lhes apparecerani Moisés; eElias faliando com elle.

4. E começando a failar, Pedro disso aJesus: Senhor, bom é que nós estejamos aqui:se queres façamos aqui Ires labernaculos,um para ti, outro para Moisés, o outro paraElias.

5. Estando ollo aluda fadando, oisquo umaIncida nuvem os cobrio. E eis quo sahio umavoz da nuvem quo dizia: Esto é Aquelle meuquerido filho, em quem tonho posto Ioda aminha complacência: ouvi-o.

0. E ouvindo isto os discípulos cahirafâ debruços. o tiveram grande modo. ;

7. Poróm Jesus so chegou a elles, o to-*eou-os e disso lhes: levantai-vos- e nãotemais.

8. Elles então levantando os seus olhos,não virão mais do que tào sómonto a Josus.

9. E quando elles deseiàò do monte, lhespoz Jesus preceito, dizendo: Nâo digais apessoa-alguma o quo vistes, emquanto o Filhodo homem não resurgir dos mortos.

O prosento Evangelho, Calholicos, offercceaos olhos -le vossa piedade e contemplação osublime quadro da transfiguração do NossoSenhor Jesus-Christo no Thabor. So á alguns,parecco grando milagre o esplendor o mages-lade que o Divino Salvador oslenlou cm suatransfiguração, a outros, com bem sólidosfundamentos pareccirmilagro muito mais ad-miravel e estupendo o estado habitual de pri-vação, de gloria á que se reduzira por amordos homens aquém vinha resgatar do cativei-m do demônio, o abrir-lhos as portas do céo.Se sahindo deste estado do humilhação a quese condemnára, mostrou-se- por alguns ins-tantos aos olhos do seus mais queridos disci-pulos, é ainda por amor dos homens que su3-pendeo seus decretos.

Jesus-Christo queria, fortificando a fé doseus discípulos, estabelecer mais fortementea vossa, q.ueê fundada ria delles: queria pre-munil-os contra o escândalo de sua paixão ede sua morte: queria que depois do sua res-surreição, a lembrança do estado brilhanteom que o tinham visto-os fizesse mais dispôs-

tos a crerem-n'a; queria quo depois do leremrecebido o Espirito Santo, este raio do celesteesplendor que lhes fazia entrever, sustentasseseus trabalhos, inílammasse sen zelo, e ani-masso suas pregações: queria apresentar-lhesuma imagem sensível do estado glorioso, aoqual seus corpos erão destinados: queria li-nalmente quo podessera dar, nâo só aos pò-vos a quem annunciaram Evangelho, senã otambém a todos os séculos, aos quaes o trans-molleriam, uma idéa da suproma gloria a quoseriam chamados.1

Ao espectaculo de sua transfiguração,Jesus-Christo não admilte todos os Apóstolos:escolho os Ires quo lhe eram mais familiares,Pedro, Thiago o João, seu irmão: o por essomodo vos ensina que as revelações partícula**res, o em geral todas as graças que sahcm daordem commum, não são partilha de lodosossantos, mas de algumas almas privilegiadas,a quem Deus dispensa com maior profusãoseus ineffaveis favores.

Proscguindo o Evangolho diz-vos que Moi**sés o Elias appareceu. a Jesus-Christo o quea morto do Salvador éobjeclo de sua conver-saçáo, -Como aquella devia ser o termo do suamissão, devia lambem ser o (im de todos osseus pensamentos. Entretanto, Catholicos, quodifferença espantosa entre Jesus-Christo sobroo Thabor, o Jesus-Christo rio Calvário. Aliapparece cercado do gloria c do magestade,mais refulgcnlo que o astro rei, quando dos-pon Ia no horisonte depois de uma horrível tor-inénta•: aqui despojado, desfigurado, redusidoa estado de não poder ser reconhecido. Sobroo Thabor relumbava a voz do Padre Eternoque o proclama seu filho prcdileclo, únicoobjocto de suascomplacencias: sobro o Calva-rio o Filho esclamava com dôr que era aban-dòn.ado por seu pai.

llojo elevado entre aquelles dous gran-des vultos da antiga lei, do quem recebesinceras adorações, agora pregado na cruzentro dous ladrões, o exposto aos escar-neos ullragesencos, baldôcs deuma populaçadesenfreada.

Calholicos, os Apóstolos que acompanharama Jesus-Christo ao Thabor, entregues ás doçu-ras do somno, emquanto Jesus-Christo orava,não viram o começo da transfiguração; e fo-iam privados de uma parto deste bello e mag-nilico espectaculo. E do quantas jgraças nãovos lem privado lambem o vosso somno o ovossoenlorpecimento, quando so trata do ser-viço de Deus. Dedicai-vos a seu santo servi-ço com todas as potências de vossa alma, onâo lereis por certo inveja da sorte gloriosados bemaventurados no seio.da Jerusalémceleste.

O APÓSTOLO.40 tylcfUorameiito «lo paiz,

1No coração do homom ha um sentimento

congênito á sua existência, que nada pôdedestruir o anniquillar, é o amor da pátria.Nem quando a ingratidão de Roma armoucontra si o braço de Coriolano lhe extingui nopeito esse amor quo fora aliás a causa do suavingança o do sua morto, o algumas vezesnem a própria ingratidão, quo punge no iríli-mod'alma, lem força bastante para arrancardo coração esse doce senlimenlo dos caracto-res nobres, como o mostrou esse outro illus-tro Romano salvando a pátria de que fora ba-nido. Deus e a pátria, eis os dous mais su-blimos interesses para o homem de bem.

Em todos os tempos, até quando a humáni-dado chafurdava nasignomias da idolatiia,vio-se brilhar o amor da pátria como umasentelha divina, quo resistia a Ioda a pressãodos erros nas idéas e nos costumes. PauloEmílio vencedor de Persêo applaudio os trium-plios do Roma por entre as mais sensíveisperdas do sna familia.

Phocion,' condeninado por seus próprioscompatriotas, prestes a beber a fatal cicuta,recommendava á seu filho de servir á palriacom tanto zelo, quanto elle, e sobro tudo deesquecer que se pagavam os grandes serviçosdo seu pai com uma morto injusta.

De todas as allianças nenhuma ha maiscara, dizia Cícero, do que a quo lemos com arepublica.

Caros são os pais, caros os filhos, os pa-rentes, os fâmulos, porém tudo isto so com-prehendc no nome complexo de pátria.Gari sunt parentes, cari libei, propinqui.familiares, sed onmes omnium çàrilates pa-(ria una complexa est. (Çic.) ome

IISe o amor da pátria merecera tanta vene-

ração oculto nas aras do Paganismo, ern quoso prostituía o incenso ás paixões mais ignò-heis, e a dignidade humana descia a adoraçãodos vicios, é que esse sentimento natural,que Deus gravara lão profundamente no cora-cão do homem, era mais forte que ludo; ohoje que o chrislianismo tem regenerado ohomem, elevando sua natureza vilipendiada oabatida á altura, que lho dera o Creador,acima de quanto creara em roda do primeiroamor do homem, esso sentimento se deve e.r-guer mais nobro ainda, mais valente e su-blime.

S. Ambrosio exclama «E' mais grato re-pelliràs desgraças da pátria do quo os pro-prios perigos —gratus excidia palri^rcpii-^lüse quam própria periculà. »

Page 2: Segunda B)ttsfi ÍB&ga da O APÓSTOLO.memoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1866_00008.pdfnão virão mais do que tào sómonto a Josus. 9. deseiàò E quando elles do monte, lhes poz

«*í

O APÓSTOLO.

O mesmo filho do Deus, quo ensinou odesproso do mundo sanclificou com o souexemplo e com sua doutrina o amor da pa-Iria. Esso amor é uma loi natural, o Ellodeclarou quo não veio destruir a lei, masaperfoiçoal-a. Non verti solvere lenem, sedadimplere.

Levado para o patibulo por sous própriosconterrâneos, testemunhas e objectos dos seusbenefícios. Jesus-Christo, chorava sobre osmales da cidade ingrata, com osso amor deum Deus para com suas creaturas, o de umhomem para com o seu paiz.III

Quo eslo amor é natural o santo ningnomna pois quo c desconheça; mas nem por issodeixa algumas vezes, como tudo o quo ha demais natural e santo, do sor sacrificado aointeresso pessoal, e outras vezes desviado dosseus trilhos legítimos o verdadeiros vê o bomonde só existe o mal.

Clamamos todos pelo melhoramento do paiz,o quasi nào ha quem senão queixe dosso de-clive por onde so vai abysmando a sociedadeem que vivemos.

Cegos do patriotismo procuramos o molho-ramento úo paiz, em quo havemos nascido,em tudo, oxceplo onde esse melhoramentoexiste.

Antes de tudo o interesso material oecupatodas as allonções, como so fora da matérianada mais houvesse digno do attençào.E. verdade que do quando em vêz, como ofuzilar dorelampo, em uma athmosphera car-regada o tenebrosa, falla-so do melhoramentos

moraes, mas para logo este lampejo da ra-zão o da consciência publica desappareco paraciar logar á todos os interesses materiaes.

Então lodo o afan é para o commercio, emfavor do qual até so priva o homem do des-canço necessário ás suas forcas phisicas; enão ha para o trabalhador o'as repartiçõespublicas domingos o dias santos, porquo"omauxilio dessa avareza nunca saciada supri-miram-se os dias de preceito religioso.

E o que se lucrou com isto?Ficou a nação mais rica?Se ficou, náo ficaram os brasileiros; e pare-co isto um paradoxo, mas ô uma verdade,

porquo as quo.xas dos necessitados formigamde toda a parto, os negociantes quebram, osempregados públicos choram, as familias ge-mem, e bem poucas so julgarão felizes.

Nem esso tão saudavd e social período dolescanco no fim do lidar de um anno de tra-balho, cm o qual o empregado publico pas-sava os dias das oitavas do natal, o assim•orno nas oitavas da páscoa, na reunião desuas familias, rcfodlando o espirito das fadi-gasaunuaos, e entregando-se algumas aosactos que a religião, creadora do todo essebem, commemora em lembrança dos myste-nos do christianismo, existo mais; tudo sa-criticou-se em o aliar da cúbica, inimiga detoda a felicidade, e tanto mais inimiga quantomais a busca e promolte.

IVO mesmo acontece com a louvora. No tempo

em que o domingo e o dia do preceito religiosoera mais respeitado, o agricultor colhia a abas-lança do frueto do seu trabalho; hoje que soaproveita o tempo como ouro, falta o ouro e• falta o tempo; c de toda a parte se lastima opéssimo estado úo nossa lavoura, sobro quepesam todos os males. >

Não ó mais feliz a industria, nem mais fe-lizEs as artes.Todos pedem pão, o os escassos lucros dooperário e do artista mal chegam para o sus-tento d.í familia, quo mais ou menos queracompanhar o movimento progressivo do\u\o edos gosossociács.

m Perguntai á cada limadas classes da so-eicdade se lho basta o quinhão, quo lhe cabopor sorte nesta communháo do interesses,o puvireis tão laslimosas queixas quo vos hãode persuadir um solTrimcnto gerai.í;or sobre todas essas minas do edifíciosocial vôa como uma ave agoroira de nossosmales o gênio lugiibro o medonho de umadesconfiança sem limites, que mata todos osDons sentimentos, ou pelo menos entorpece avida da nação.

Entretanto á superíicie da sociedade paro-corisonha o bella; tudo progride com molho-ramento apparenle: o povo ri nos lheatros,lolga nas praças, o dansa nos bailes. Esseencanto do uma vida inobriante de gosos oprazeres c uma ou outra vez interrompidapelo ccho estrondoso das fortunas collosaes,que desabam sobre as cabeças dos pobres, queem suas economias o suores lhes formaram asbases; mas estes gemidos ficam suílocados po.os sons maviosos dos feslins alé nova catas-Irophc.

Todavia todos sentem que isto vai mal oque mais tardo ou mais cedo ha do soar ahora fatal de uma punição solemne na justiçade Deus, e então, talvez bem tarde, se advir-Ia que nâo pôde haver paz nem verdadeiroprogresso ondo não ha moralidade.

Do quo servem todos esses melhoramentosquo alardeamos, se a sociedade se vô feridano coração!

Em todos os tempos infelizmente houveimmoralidade, esse cruel o pérfido inimigo dotodo o bem, mas hojo ella regorgila e vera átona dragua com um destacamento incrível.Nos theatros ella se apresenta recebendo

applausos, nas casas do commercio ostentan-do-se nas lojas nojentas photograhias e pintu**ras expostas aos olhos das familias, e o queo mais para tremer pelo futuro do paiz, offe-recendo-se ás vistas inexperientes e a vidasda mocidade. Nas ruas cila gosa do toda alicença das palavras e dos gestos os maistorpes.

m Alé a impronsa, sublime instituição do ge-mo úo homom, alavanca poderosa da civilisa-ção, se curva ao sou influxo, prostituindo-so á ponto do so converter em correios docorrespondências, que de outro modo nãopenetrariam talvez no seio das familias.

E tudo isso so passa em face das autori-dados e das leis, que não receberam o podersenão para manter a ordem social, que docorto nâo pódc surgir desses cabos.VI

Ta! estado de cousas não pôde deixar depungir a todo o homem, em cujo rosto ha pu-dor, em cujo espirito ha temor de Deus, ocm cujo coração, ha amor da pátria. E' porisso que, com tristes gemidos de uma dorbem justificada, alguns osciiptos hão appare-cidò ultimamente discutindo e lembrando osmeios de melhorar esta situação bastarda ofraudulenta. Hunsopinão por maior elementono poder publico, quo rogo o paiz, outros pormaior desenvolvimento no elemento conslitu-cional, áquelles pelo s.uffragio directo nos co-micios eleiloraes, estes na descentralisacãodas províncias.

Pela nossa parto, míopes como somos nosnegócios públicos, julgamos que nada molho-, rara emquanto não melhorarem os homens.Todas as reformas, lodosos recursos e provi-dencias serão illudidos, quando uma cons-ciência recta e püdica não respeitar o justo eo honesto.

Melhorai os homens, e tereis melhoradotudo.

Reflexões sotore a cai*fa do §r.-tScxauiielB-e Ifereulaiio.

(Continuação do n. 7.)fi é com esto horrível attenlado contra a

moralidade publica quo so quer avantajar asituação dos protestantes nos paizes calhou-cos! Nos nada diremos desta infâmia, com quelegisladores do uma nação sohorana resolvemsubmeller os usos, as instituições e as cren-cas do sou paiz, ás exigências do estrangeiro:nada diremos da impiedado com que legislado-res catholicos intendem dever-se abandonar osinlorossosda religião, aos reclamos do seus ini-migos. Já que os povos catholicos de hoje que-rem adormecer assim o sonmo da infâmia o dainditferença na. esperança do uma vantagemtemporal: durmâo muito embora; mas aumenos íiquoni comprehendendo, que estaesperança de interesses temporãos é uma en-sinuação pérfida. Os estrangeiros protostan-les, quo podem vir para o Brasil ou para colo-nias portuguezas, façamos lho esla justiça,não pedem outro direito em religião senão odo lera sua Bíblia no Domingo cm companhiado seus amigos, não pedem para sous casamentos somio o direito para o homem e a mu-lher de viverem unidos omquanlo isto for doseu agrado; o que elles pedem cm summa é aliberdade do trabalho, sacrifícios da lei, dohonra nacional e da religião, não sáo elles quoo exigem: apóstatas mal enlcncionados, ja-cobinos encobertos é que andão procurandovaler-se do motivos de algum alcance paradar a essas emigrações, que só devem ter urncaracter econômico, um caracter politico, quaos tornão nma ameça as nossaas crenças easnossas instituições,

Sabido que hora os protestantes, nemgonte do qualquer heresia ou superstição solembraria de pedira governos catholicos ou-tra garantia para sous casamentos senão aquo gosa um matrimônio putalivo, só restaexplicar esta sofreguidão dos nossos gibelinospelo empenho de negar á Igreja o direito doconstituir a familia. Em ultimo caso diz-se-nos:—-Não havorá necessidade; mas c cou-venionte recupere o Estado o quo a Igrejaextorquio. O conlracto é um facto ún vidacivil, a sua força está toda na lei; e do maisesta doutrina lem por si optimos theologos,optimos cannonislas, optimos interpretes daescriptura. Quando assim fosse, osta argu-imenlação cm politica não seria menos peca.i}or ventura a Igreja como Iodas as institui-ções estará restringida ás suas forças primi-Uvas? Ignoram os nossos adversários que afaculdade de acção é uma faculdade de assi-milação, que por tanto a Igreja podendo ac-tiíar na sociedade podo assimilar á sua enor-gia primitiva áquelles subsidies do força so-ciai, que nào repugnarom a sua natureza ?Quo bastava por lauto competir-lho primiti-vãmente só o abençoar o santificar o conlractomatrimonial para que a boa lógica c.msenlis-se deixar-lhe naturalisar em si o matrimônio?Que isto dado, privar hoje a Igreja desto pri-vilegio, sem molivo algum de conveniênciacomo já vimos, e com tanta quebra da publi-ca moralidade, é nem só um desacerto, masainda um crime! Mas não nos detenhamosem argumentos de conveniência-já que soallega um direito e um direito fundado mes-mo em principies religiosos—discorramosneste sentido. Estabeleceremos pois duastheses.*

Primeira these.O conlracto matrimonial é umacloreligio-

go, A proposição contraria é uma heresia.Segunda lhese.

E' corto que o contract.) matrimonial é umacto em si exclusivamente religioso. A pro-*

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O APÓSTOLO.

posição contraria ó bojo uma quasi heresia-E a contraria (Jo qualquer destas duas propo-«.ções é um absurdo.

Dissemos herética a doutrina, que o ma tri-monio é um contracto natural o civil que areligião abençoa o sanctiíica, segundo a ex-pressão podanlesea do projecto do código ei-vil portuguez. pissomol-ò, epara sustenlal-onão se quer muita leitura do lheologia, bastaabrir o Concilio Tridenlino, sessão 24.

Can. IoSo alguém disser nOo ser o matrimônio ver-

dadeiro e propriamente um dos sete sacra-mentos da lei evangélica instituído por NossoSenhor Josus-Chrislo, mas inventado peloshomens na Egreja, e que não confere graça,seja analhema:

Vau, 4oSe alguém disser quo a Egreja nâo podo es-

tabelocer impedimentos dirimentes do matri-monio, e que erra ern os estabelecer. Sejaanalhema:

Can. 12.Se alguém disser não compelirem aos jui-zos ecclesiaslicos as causas malrimoniaes,

seja analhema:Está claro, que quando os reedactores do

código se arrojaram a careclisar o matrimo-nio como um contracto natural e civil o(jual depois do constituído é que a (igrejasanelifioa o abençoa contra a decisão da Egre-ja, que já no acto mesmo encontra um sa-cramento, c por conseqüência um facto reli-gioso inteiramente da sua alçada o só da suaalçada: os redactores do código encorroramn'uma heresia. 'Se o contracto ó civil, se áreligião só fica o direito de abençoar o sánti-íicar este acto, dar-lhe em summa, depois deconstituída, um caracter religioso, que lhenào é essencial: como é que pelo Can. 6opôde a Egreja estabélleeer impedimentos queo derimem ? Emíim a Egreja separa de si lo-dos os que negarem competir-lhe o julgamen-tó das cousas malrimoniaes. So pois o ^o-verno de uma nação ealholic, (ale* aqui) repe-te que os negócios malrimoniaes são exclusi-vãmente da sua jurisdição — não é precisoser theologo^ para vôl-o perdido nas trevasda heresia. Esla expressão do código pareceuma repetição acinlos.i da propozição 5.) doConciliahulo de P.i.stoya declarado evusivodos Gannones allegados do Concilio Tridcnti-no e herético, na constituição 'Auclorèm Tri-dei. Não ha aqui recorrer,' nem a gallicanis-mo, nem a regalismo, diremos mesmo que oprojecto do código excede em desvarios, atéos mesmos protestantes, quo esses ainda in-tendem compelir á Igreja, o explicar o direi-to divino positivo. Mas o projecto do co'çíi*opassa immediatámente do direito natural aocivil, e Jesus-Cbristo quo legislou jure pro-prio sobre o matrimônio, é aceusado pelos'pagãos porluguezes como oulr'ora pelos ju-deos de perturbara ordem publica o negar aobediência a César.

Se a nação portugueza nâo se pozer alertase os portuguezes lieis ás suas tradições nãoresolverem sustentar a todo o transe os di-reitos do calhoíicismo, teremos de ver o paiz,que tanto se engrandeceu nas inspirações re-giosas, cabido abaixo ainda das nacõês pro-testantes no mais anachronico paganismo; eisto não pela violência de seus monarchas,como a Suécia e a Inglaterra, não pela violen-cia de uma revolução como em França, masem tempo de paz e polo voto livre e reíiecti-do de um parlamento regularmente consli-tuido!

A que ficarão reduzidas as relações entre !portuguezes e brasileiros, quando os porturguezes deixarem dc ser catholicos ? O illus-'

trado Duque de Saldanha, que acaba do ma.-nifeslar o caracter portuguez da sua heroici-dado: o illustrado Duque do Saldanha, a quemsó faltava uma occasião de manifestar o seuzelo pela Religião Catholica para figurar nalista gloriosa dos Roupinhos, dos Gamas, dosAlbuquerques, o dos Castros-já observouao governo portuguez que o.projecto do codi-go, além do horedico na sua doutrina, eslavaainda combinado para favorecer a apostasiapeio art. 1072, o o com um código destes queo Sr. Alexandre ííerculano vem insidiosa-mente discernir o código portuguez do fran-cez, porque eslo secularisa o matrimônio semcxcepçjo, c aquelle deixa em vigor a legisla-ção canonica, c a assistência do sacerdotepara o casamento dos catholicos. E' precisoler cm muilo pouca conta o bom senso dopovo, a penetração dos seus leitores paralembrar-se de taes artifícios.

Que imporia que o projecto do código deixea Egreja a legalisaoâoilo matrimônio entre oscatholicos, c confira á legalisacâo canonica aforça do legislação civil?

Tolo o respeito á religião consiste em so-pularisar a legislarão cannonica e o clero,juntamente com a sccularisação do matrimo-nio. E, dado esle fado de dissagracão, o queimpedirá o governo amanilã de alterar o di-reito Jcannonifio, só vigente pela sanecão doestado c desaulhorar o parodio logo que'lheconvenha commoltcr a oulrem o cargo.

Não se confronte os dous códigos que o por-tuguez perde no desafio. O código francez nãotoca na definição do matrimônio, não estabe-lece doutrina alguma religiosa. Sem attenção acrença antiga, descimontada com os abalos darevolução: (mas, sem substituir doutrina pordoutrina) apenas atinou um fado de alcancesocial até onde lho foi possível: o nesse pontopara poder discernio impôz-lhe as suas con-diçõcs. Isto ê o que sc pôde concluir da leitu-ra do código: e ainda mais claramente dasexplicações que deram seus autores. Eis-aquia opinião de Tronchei, que é muilo frisanto:

<« O contracto natural do casamento nãopertence senão ao direito natural. No direitocivil não se conhece senão o contracto civil, enào so considera o casamento senão em rela-ção aos effeitos civis que elle deve produzir.O indivíduo morto civilmenle acha-se no mes-mo caso queaqueilo que contrata sem as fór-mas legaes. »

Esla phrase do orador do Tribunato aindaé mais clara:

<» Convenho,além disso, que no casamentoo centrado natural precedeu o contracto civil.Que se deve concluir dahi? é que este com-promisso está debaixo da dupla autoridade dalei natural c da lei civil. Se um dos espososvive ainda aos olhos da natureza, (no caso demorte civil) o laço que o prende íica debaixodo império da lei natural, para a qual na ver-«íade, não ha mais sancçâoda (autoridade po-litica.)»

Para evitar citações leia-se a edição das con-fereocias de Angers, por monsenhor Goussel,o o diecionario de lheologia moral do padrePiorrot (art. Empcahement,)

Não queremos com isto innoccntar o códigofrancez.. reconhecemos mesmo que elle não ésu.íicicnte para obviar as complicações que sepodem suscitar pelas considerações religiosaso moraes da familia; mas é certo que a leinão se substituo á religião, trata daqniiloquelhe compete com toda a fraqueza de uma au-loridade sem consagração religiosa, mas tratasó do que lhe compete,

m O projecto do cedigo portuguez ao contra-rio em um paiz onde o eslado lem uma reli-gião, onde o estado deve aceitar lU religião omatrimônio; apresenta-se impiamento decla-rando o quo seja esle acto em contradic-ção manifesta com a religião do eslado. O

código francez é quo é somente um códigocivil de uma nação quasi descrente: o pro-jecto do código portuguez ó um projecto irn-pio, imposto traiçoeiramente a uma nação ca-tuolica. Foi uma tentativa ímpia oú umaimprudência da parto dos redactores do co-digo fazerem aquella difmição. Para levar ascousas a seu fim nào lhes bastava o art. 1072?

Quanto a esle ponlo de doutrina mais nadatomos a dizer. E' ponto, que não admille dis-cussão se a nação portugueza consentir queem seu nome so diíina o matrimonio—umcontracto natural e civil que a religião santi-íica o abençoa nesse dia fatal, a nação portu-gueza terá de ir avolumar á lista vergonhosatias nações renegadas.

Mas, apagado e esquecido esse vergonhosoartigo, estará sanado o mal? Ao contrario. Noremédio ao mal ainda o perigo dobra. Auto-risado com a doutrina dc alguns theologosveem-se hoje com o principio insidioso, que jáapontamos, quasi herético, fazendo o matri-monio em si mesmo íim acto mixto. O malri-monio, segundo eslo principio, compete ásduas autoridades, elle não pôde ser valido soma saneção dc ambas. Verdade seja dita, queeste absurdo pouco se presta aos motivos, pra-ticos dos modernos gibelinos, com elle aindao contracto matrimonial íica mais exposto acausas de nullidade, o não se remedeia as quejá existem. Apoz esla doutrina o eslado pôdepôr impedimentos dirimentes, mas a Egrejblambem os podo pôr. Neste caso ha duas con •clusões a tirar, ou que o matrimônio fica milloquando feito com um impedimento dirimente,estabelecido pela Egreja ou pelo estado, ouque o matrimônio fica uullono foro da cònsáciência sendo o impodimenlo da Egreja, e noforo civil sendo o impedimento civil. A pri-meira destas conclusões ainda como disse-mos, embaraça mais a dar-se protecção aosdissidentes, purgue deixa subsistir a forca dalegislação cannonica contra elle; a segundaconclusão estabelecida por Tourncli, o adop-lada ultimamente por D. Manoel de MonteRodrigues (1) não é mais que um jogo de es-pirito. Que quer dizer um facto moral quenão ô valido cm consciência?Como o nossoultimo argumento ha de ser úejure consü-lucndo, então mostraremos que esta conclusãocomo todo o principio de intervenção do po-der temporal na validado do matrimônio éuma verdadeira fallacia grammatical. Ouai-quer quo seja a conclusão, è cerlo estallou-trina ter sido sempre temerária, e hoje quasiherética : quasi, dizemos nós, unicamente porque ainda um concilio ecomenio a nào fui-minou de um modo direclo, única censura quolhe faltai pois. por contraditória ás Sagra-das Escripturas á praxe da Egreja, ás doulri-nas dos padres, e ao sentido genuíno do con-cilio tridenlino, explicado já por tantas deci-soes da Santa Sé, ella no juizo privado deveser lida como herética. Examinemos,

(Continua).

<® esaslaio «|uaresnssil*So todos os tempos foram sempre opportu-

nos para o ensino; se esta missão pôde e deveser desempenhada em favor do que sabe mui-to, do que sabe pouco, edo que nada sabe";na época em que estamos, no santo tempoquaresmal, com que zelo, com que ardorcom quo dedicação não deve ser repelida unia!duas, cem vezes a doutrina de Jesus Christo'principalmente quando o indeíTcrentismo cor-ruptor ameaça destruir tudo, que hade bomo solido em princípios de moral ede ReligiãoMas reconhecendo a necessidade imperiosa decnsinhar, dedoulrinaro povo, entendemos que

(1) (hio parece tel-o abandonado no Co:r-'pe»d;o de Di feito Carinônico.

Page 4: Segunda B)ttsfi ÍB&ga da O APÓSTOLO.memoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1866_00008.pdfnão virão mais do que tào sómonto a Josus. 9. deseiàò E quando elles do monte, lhes poz

O APÓSTOLO.do preferencia deve ser ensinada a doutrinamais atacada, ornais abalada pela impiedade,pelos espíritos fortes, éclies dos séculos pas-sados, Por enlre os principios goraes não so-ria bom, muito útil tratar com clàresa e pre-cisão dos erros, que so tentam introduzir pelopovo (para depois do enganado, dizerem, for-mamòs a opinião publica), e logo depois fazer-so sobresahir com a mesma clareza e muitasingolesa a verdade ? Parece-nos que o resul-lado seria mais profícuo. o sábio fortificar-so-hia mais na verdade, e apegar-se-hia áella com mais vigor, com mais convicção: o

ignorante aprenderia a doutrina, quo não sa-bia e ficaria prevenido conlra os attaques eensinos dos modernos propagaiulislas. Nanossa terra ha ainda um pouco do fé e cum-pre nos encarregados do ensino pela missfíoSaccrdolai, que exercem, dispertal-a., accen-del-a o fazél-a produzir. Tanto melhor serádesempenhada a nossa missão Sacerdotal,quanto mais forte na fé o na doutrina sahir opovo que nos ouvir. Não queremos delinear,nem marcar a marcha, que devem os orada-res sagrados seguir na composição do seusdiscursos, queremos antes (assim'o entende-mos) indicar um meio certo o seguro pára cho-garem ao fim desejado. Assim pois grandeserviço prestaria ao Brasil inteiro o oradorque se propüzesse a ensinar a verdadeiradoutrina do matrimônio Catholieo, a santida-de que o caracterisa, e os effeitos espiriluáesque produz, .e logo cm seguida atacar comforça o vigor a theoria impia do casamento ei-vii, tão malerial.lão cheia de perigos para osincautos, que á cila so submetterem, apresen-tando logo a distancia immensa entre um eoulro. O povo pôde deixar-se levar por fal-ças e perigosissimas theorias; á nós por lanlocorre a rigorosa, obrigação do amparal-o ;para que não tenhamos depois de respon lerpor estes males á Quem nos encarregou eu-ral-os. Médicos da alma, seremos tãocrimi-nosos na presença de Deus, se por neglio-on-cia ou.ignorancia deixarmos perder-se a alma,quo podíamos o devíamos salvar, como o mo',dico do corpo que, abandonando o doente,deixa-o morrer.

Ponhamos de parte respeitos humanos maisonlendidos c cumpramos nosso dever, des-empenhando com sinceridado e muita carida-de a missão, que nos toi dada de salvar o povodas falsas doutrinas, onsinando-Hio a vorda-deira. Os homens gritarão, insultar-nos-hãotalvez, mas ouperior á todos lá eslá Deus, quevê no intimo de nossos corações, para' jul-gar-nos

Não ha muitos dias alguém disse em umadas reuniões da praça do commei

soes da Praça úo Commercio; contaram-so edescontaram-se com a mesma facilidade comquo ali so conta o que pôde haver e descontao que não ha.

Pedimos pois quo na presente quaresma somostre ao povo o veneno mortífero quo con-tom aquellas proposições o o cuidado que devoter para evital-o.Por este modo será exercitado brilhante-mente o ministério da palavra com utilidade

geral.Emquanto não nos amordaçarem, fallemosmas lallemos verdade com a mansidão doEvangelho. Disperfemos com zelo a fé do

povo, que a impiedade fugirá do Império deSanta Cruz.

blic;ma, pela persistência no bem, pela fir-meza inhabalavol do nossa altitude o polacooperação de todos vós, caros irmãos, quevos alliastes e reunislcs para um só fim.

« Grande Oriento do Turin. Io do Acostodo _Sfí5. a

«OGrão-mestro, F.-. deLuca. »

Deparou-nos o Monde um artigo, que passa,ria desapercebido entre nós, se as questões díactualidade não nos trouxessem sempre vigilantos. DaMaçonaria nada sabemos,nem queremos saber, mão não podemos estar cm du-vida .sobre seus íins, quando o Chefe Supremoda Egreja segundo o exemplo de oulros Ponlifices, fulminou sobre as Maçonarias-comosociedades secretas-, as censuras da Egreja. , . . nSem tor-mos reflexões sobre o artto que é JTT h"Tv°

T ,cnl°'COíh D- Uoza-- . u,»ou« '.ut e I una Francisca da Trindade.

Forão proctoniuelog parfl caSrtP naCtipell» Imperial em o Domingo tftdo corrente tCarlos Joaquim de Lima c Cirnc, com I).Luiza Francisca do Oliveira.Gabriel Olinto Carvalho o Silva, com DMaria Carlota Sampaio.José da Costa Ferreira, com D, Carolina

Maria de Oliveira.Dr. José de Cuperlino Coelho Cintra, comO Marianna Eugenia Nogueira.José Salvador dos Santos, com D. Maria úo

Rosário de Souza.Manoel Ferreira da Costa,' com D. EmiliaChaves do Oliveira.Manoel da Silva Nevos, com D. Francisca«albina da Fonseca,Manoel de Souza Martins, com D. IsabelJacinllia Monteiro,

maailocução do Gráo-Mcslre da Maçonaria

J ude Turin, o entregamos ao juizo rocloe esclarecido dos nossos leitores, para que das idéascontidas na allocuçào conheçam o gráo de jus-tica com que a Santa Sé procedo fulminandocensuras conlra sociedades, quo sendo hojede fins úteis, serão amanhã, prejudicialismase couspiradores.

Nmm_m

P «*r&o-Iflests-e tia Franc flla-çoiias-la na Btalia á todos osfiei» espalhados pelo globo.« Chamado pela confiança .dos Irmãosmeus compatriotas, para dirigir o poder ma-çomco na Itália, experimento necessidade devos dirigir algumas palavras de paz, e deamor em nome dos Irmáos. Aidéamaonicaesclareceu sempre a humanidedo no caminhode progresso foi esta idéa que se pronn-

unidade da nação, pela unidade da fé no prin-Sâad^^^^0'"001'81^6113^nateinidado. A e la dôi? ene a m™.»,™,..

Manoel de Araújo, com D. Verônica OI-lalcimt.Bernardo Ribeiro da.Silva JParto, com DMaria Ewiüa de Mesquita.Malheos Duarlo da Silva, cora D. MariaCarolina dos Santos.

Sermão á f.tvor doa Se&iiiiiartoa.Surroxcrunt... sacerdotes et levitae...ad aedificandum templum Domini...'.universiquè qui erant.in circuilu adju-.verunl manas eorvm in vasis argenteis¦ ei aiirèis, in sabslantid et jumentis, msvppelliolili.üs sacerdotes e os levitas preparaXram-se para cdificanmi o lemplo do Se-nhor, e lodo o povo contribuiu com seusbens, seus vasos d'ouro e Je prata, stfuarebanhos, e seus moveis.

. . A' ella pertencia proclamar os-fes» pi tncipios em toda sua extencâo o no meio

pagandas de ceria ordem fueram-se d 3 ! co,í dos toL fll ^ ^T™ m »0{n ,„«„„,.„„,. „»,».,, _,._.,. . K. tJI ^neí..aPs séculos, renasce pelo progressoto, mas que as modernas faziam-se pelo limosem examinar-mos a intenção do orador,lem-braremos aos que tem obrigação do ensinar odivulgar a doutrina calholica, quo tal oradordisse uma verdade, esquecendo porém que ospropagadores da verdadeira doulrina,da dou-trina única que pôde salvar o homem, tem,além do púlpito, donde faliam como mostres,'a imprensa onde exercem também o ensino daverdade, como os propagadores modornoses-palham o erro. Para contrariar os eüYilosmuitas vezes venenosos dos falsos livros^h-mem sobro tudo do púlpito uns; que oulrosclamarão pela imprensa.

O casamento eivi\; o indefferentismo reli-gioso; a livre admissão de todos os ciãlos;o banimento da religião do Estado (apezar de'declarada no nosso pacto fundamental);\eso-breludo o reconhecimento de que o protestaraturno salva o homem da mesma maneiraque o catholicismo são questões da época cque do prompto devem ser combatidas e des

g|blieano) o retoma .uíuV.-dVho^a noliab.iiho dos povos. Proclamou ostes princi-pios por intermédio dos irmãos reunidos omCongresso em Florença: estes irmãos se de-dem a unidade, áindependência, ás eleiçõespelU cas

ç a sustentação do poder civil. Êslemovimento o notável; ultimamente, pela pri-men» vez, lodosos irmãos da Península, iemdislincçao de eronàa e origem, estavam reu-«:|' a alliança romana que sereslabeleceo •

e a idea qUC mostra o caminho do Capitólioas massas populares. Seja pois esle movi-monto o precusor do renascimento e da reu-mao de todos os povos! Pelo caminho quenos resta percorrer, existem ainba poderososobstáculos. No nosso, como cm tantos oulrospaizes, ha elementos indignos o as potênciasdo mal ainda não renunciaram á esperança doconseguir nosso isolamento, nossa separaçãonossa subserviência, e a nossa remoção para

truidas/ como Ímpias e prcjudicíâKssíraas I UtU Pr"rd° d° arbil,'i0 fl«rabrnlecinienlo.

Todas estas questões appareceram naè discuí.' m°S poreiu no f,m «"WlmodaFraneiH>^umnasui»cus. Maconana, e venceremos pelas virtudes répu-'

(I. .Esd. 1,5 e 6.)'Não é um bello o loconle ospectaculo quenos oíTereco o povo de Deus, quando, depois

de setenta annos de caplivoiro o do soffrí-mentos, livre por Cyrodojugo de seusop-pressores, olvida n'úm tão grande aconleci-menlo, todos os interesses da terra, para sócuidar em reedificar o templo do Senhor •A d ledificandum templum Domini?

Os muros de Jerusalém não serão repara-dos, nem os campos paternos semeados, aléquo o altar c sanetuario sejam restabelecidososolcmncmente consagrados; a casado Deosdo Jacob será a primeira á sahir do suas uri-nas, eas Iribus ha tanto tempo despojadas,exhaustas, acharão cm sua própria indigenciarecursos para ornal-a com magnificência;cada um sacrificará com júbilo, para umaempresa tão santa, o pouco douro o prataquo lhe resta, os objectos preciosos salvo dacubiça dos vencedores, a flor do rebanho des-linado para nulril-o, o os moveis simples,que servem para seu uso. Aâfuverunt manuscorum iu vasis argenteis et aureis, in sabs~taneia et jumentis, insupellectili. Náoébas-lante que o liei da Perssia forneça de seu lhe-souro para a construcção do odiíicio sagrado,o reslitua-lhe as riquezas sacrilegamenle rou-badas por Nabucodonosor; jamais serãobastantes contribuições feilas pela autoridadepublica para essa' grande obra; a historiasanta nos ensina quo os dous voluntários dopovo, Quaesponté oblulerant, importaram em

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O APÓSTOLO. 5

quarenta o uma mil oitavas d'ouro, com umnumero proporcionado da prata, som fallar dosetecenlas túnicas sacordotaos o de outrasoblações do grande valor. Os mais pobresobrigaram-so á pagar annualmento a terçaparto do um siclo, para acabamento o diroê-ção do templo, o muniráo-no liberalmonte dosmisloros do todos os que rtevião scrvil-o:Et omnis Isr.art... dabant partes cantoribuset janitoribus per ities singulos.

Nào, exclamava esse povo instruído emfimpor suas1 longas desditas do preço da religiãonada faltará d'ora cm diante para o serviço eornatodo sancluario: lbi erunt vasa sane-tificala; este terá seus sacerdotes, levitascantores, guardas, ministros sagrados doto-das as ordens: Et sacerdotes, et cantoresetjanitores, et minisiri; o não nos aceusa-ráõ mais de deixarmos a casa do nosso Deus;Et non dimiltemus domum Dei nostri

Para quofallar-vosdcslas particularidadesmeus irmãos? Ah! não sahirnos do uma re-volução quo houvo para nós como ura oulrocaptiveiro do Babyionia ? A nação de Clovisdo Carlos Magno o de S. Luií; não estevesubjugada o captiva debaixo do jugo de umamultidão do homens perversos e ímpios, comoIsrael e Jtidá sob o do lyrannos idolatras? Amorto, o exílio ou o forro nâo fôroam divisão'do nossos Heis, de nossos Príncipes, do nos-sos Ponliíiccs, de nossos Sacerdotes, do luJoquanlo havia do grande o iliustre entro nós ?E assim como os Hebroiis viram cahir ao mes-mo tempo o templo de Jerusalém o o thronode David, não vimos as ruínas confundidas(ia Igreja de França c de nossa anliga monar-chia?

O céo, depois do lantos maios, restabele-ceu-nos nossos Reis elirislianissimos; toca-nosajudal-os á reparar nossa Igreja. Ellareproduz-so mas ah! em que estado do pri-vação e do fraqueza! Rica outrora poderosac fecunda, nutria o pobro, mantinha o Esta-do, o via crescer em seu grêmio uma nume-rosa e florescente mocidade, que, preenchen-do de anno em anno as ordens sempre urge.vtes da tribu santa, renovava incessantementeo seu júbilo e sustentava o sou vpôr per-petuo. °

lHoje despojada, cercada de damnos e co-

borta de lulo, deplora a sua gloria passada,c vacilla por seu futuro.; vê seus velhos mor-rcrera na indigeneia, seus mais robustosathletas suecumbirem fora de tempo polas fa-digas incoinmensuravois, e nào encontra ro-cursos para doutrinar a alumnos que reparemtantas perdas. O vácuo já immenso, e crês-condo sempre, do sanetuario, ameacar-nos-ba da extineção total e certíssima.do nosso*sacerdócio, zelo dos lieis íinalmeute excitadanão fornecer-lhe meios mais oílicasos para re-produzir-se e perpetuar-se E' portanto (oh'escutai,.Francezes eChrislãos), é a Igreja deFrança vossa mãi, quem vos gerou em Jesus-Christo, quem natrio vossa infância com oleite da doutrina sãa, quem vos prodigalisatodos os dias o sangue o as graças de seu es-poso: é.ella, meus irmãos, queai implora hoje'a vossa caridade, a vossa compaixão por simesma, c quem vos pede a esmola, afim denâo perecer. Sou eu perante vós o interoessordaquella que, noite e dia, intercede podero-samenlo perante Deus pela vossa salvação.

Com que confiança não devo eu defenderdiante de vós a sua causa! Posso eu recear,que depois de ter encontrado os vossos cora-ções tão dispostos á compadecerem-se pelasnecessidades do uma Igreja estrangeira situa-da na extremidade do mundo, os encontre imonos sensíveis ás necessidades urgentes da-quella quo tem direitos tão sagrados no vossoamor?Não creio haver mister (rarte, fallan-do-vos de um interesse tão caro: o desígniodo meu discurso será tão simples quão impor-

tante é o seu assumpto; apresentar-vos-hei, Whceorum quam ilii civitati. Não vos borro-na minha primeira parte, os motivos que vos rizais dosta sentença, meus irmãos? Se, desobrigam á soecorrer á vossa Egroja; mostrar- í de os primeiros dias do Christianismo o quanngaivos-hei, na segunda, que o mais- necessáriode todos os soecorros è aquelle que a Egrejareclama neste momonlo pela educação dos jo-vens alumnos destinados á perpetuarem o sa-cerdocio enlre nós.

O' meu Deos! dai-me palavras persuasivase tocantes! dai aos meus ouvintes espiritesdóceis, e um intorior que possa commover-so!— Avo-Maria

PRIMEIRO TONTO.

Os dous mais poderosos motivos ligam-sopara convidar-vos para soecorrer vossa Egro-ja : o dever e o interesso. Primo o dever, de-ver do religião, porque sois chrislãos; deverdo reconhecimento e de justiça porque vóssois francezes.

Jezus-Chiisto, vós o sabois, meus irmãos,apezar do que não tivesse querido durante suavida mortal, exercer sua dominação cá naterra, é comtudo o supremo rei e ô vordadei-ro senhor do Universo. Como Deus Jezus-Christo possuo e governa essencialmente to-das as cousas; como homem, Ello recebeu deseu Pai tudo. As nações'foram-lho dadas comoherança, o o mundo inteiro como domínio :Dubo tibi gentes hcereditaiem luam, et posses-síonem tuam términos terww. A Egreja é aesposa deste grande rei, d'ahi o titulo do se-

do o nome de Jcsus-Ghristo começava apenasá apparecer no mundo, ora já um dever paraos povos que pela primeira vez ouviam fallardo sua Divindade, franquear suas portas aospregadores do Evangelho o partilhar com ellesa abundância do suas casas, como duvidar daobrigação muito mais rostricla, na qual estáuma nação Chrislãa contribuindo com seusbens para as necessidades de sua Egreja, opara a conservação do seu sacerdócio? Sc éum crime igual* ao de Sedoma ter recusadouma ligeira assisloncia á um só ministro daReligião do Salvador, que será o deixar semrocursos os levitas do sanetuaaio, única espe-rança desta Santa Religião, o expor assim poruma solida avareza lodo o ministério o o pro-prio Christianismo a perocerem um reino? Ah!meus caros ouvintes, en tremo com o pensa-mento do juizo que terieis desoffrcr. Não digoso uma semelhante desgraça acontecesse, masse por culpa vossa uma só vocação ccclesias-lica fôr suffocadaem seu germeii e nào poderdosenvolver-so. Demorai-vos, eu vos peço,um momento nosta reflexão. Sabois com quoseveridade o Soberano Juiz tratará no ultimodia a aquelles que tiverem desprosado as ne-cessidades do um só pobre, ainda que seja omais abjecto e mais inútil dos homens, douma criança do peito. Elle dir-lhes-ba, os_,. .wq.uwuw iv.1, U Ulll V tUUIU UU Bü- ~ """T "« |.»wa*\/. «nu vim iiiuo uu,vn

nhora das nações, titulo que cila apresenta oondomnando â um supplicio eterno: «O quenasescripturas, Domina gentium. Realmenterainha do um imporio espiritual, ella não re-cebeu por sua partilha as riquosas da terra,porém seu divino Esposo não menospresowasnecessidades de suaperegrinagem, deu-lhe osreis como mantenedores, o todos os povos portributários. Escutai como o Esposo lhe faliado antemão pola boca de lsaias: O* lu que pa-recos dospresada o estéril, qual será tua ad-miração e tuaalogria, quanlo os dias do tuafocundidade o de tua abundância chegarem !Teus filhos pecorrerâo comtigo as mais remo-tas regiões, trazendo á teus pós seus lhesou-ros; povos que não conheces virão construirpor suas mãos as luas muralhas; derribarãoos cedros dos montes, c tirarão do seio daterra, o oiro, a praia c o bronze, para ornatode tous muros; os seus príncipes jactar-se-bãode te sorvirom; sugarás o leite das nações,e serás nutrida com a substancia dos

'reis.Assim o ordena o Deus forte de Jacob: todo opovo e todo o reino quo recusar obedecer,sentirá o peso de sua vingança: «Omnis genset regnum quod non servieri] tibi, períbit. »

Ueconheceis noslas bellas expressões, nãosó uma promessa solemno feita á Egreja, masainda uma ordem expressa dada, sob as maisrigorosas penas, ás nações o aos seus chefes,do proverem-se de suas necessidades e damanutenção do seu culto:

Mas estas promessas deviam porventura sercumpridas no reinado da pobresaevangélica?Sim, meus irmãos. Escutai agora ao próprioJezus-Christo, e encontrareis na divina sim-plicidade do sua linguagem, tudo quanto aca-bam de vos apresentar as sublimes figuras delsaias. Elle dá aos seus Apóstolos os mesm ;sdireitos que o prophela assignado, e faz asmesmas ameaças que ello, ou ainda mais ter-riveis á quem quer que deixar do soecorrerem suas pessoas a sua Egreja nascente: «Ide,lhes diz elle, em qualquer cidade ou em qual-quer casa onde enlrardos, demorai-vos co-mendo e bebendo o que ahi encontrardes;pois que o obreiro é digno do seu salário.Mas, se alguma cidade ou alguma casa se fe-char diante de vós, sacudi contra ella a poei-ra de vossos pés; em verdade eu vos digo :Sodoma e Gomorrha serão tratadas com me-nos rigor no dia do juizo do quo essa cidade:Tolerabilius est terrae Sodomorum et Gornor

baveis recusado ao mínimo destes pequenos,liaveis recusado á mim mesmo ! Quandiu nonfecistis unüdeminoribushis, nec miti fecistis.Quo dirá elle pois, e que analhemas lançarácontra vós quando so tratar não mais de" ummenino inútil e vulgar, mas do um meninoabençoado quo ello havia eleito para ser o or-namenlo do sua casa, o sustentaculo o conso-laçào de sua Egreja.» O Salvador depois dei-le, de muito milhares d'almas remidas por seusangue; e qne, privado de soecorros, nãoen-contrando ao encetar a santa carreira senãodesnudoz o miséria houver faltado a um tãoglorioso destino? Elle dir-vos-ha: «Olheipara este menino: eu o havia chamado comoa Samuel; como este, élle devia santiíicar seupovo o confundiros adoradores de Baal; comoNalau, devia dizer a verdade aos reis; cornoPaulo, annunciar meu nome ás nações infiéis.Elle teria, como Agostinho, defendido o de-posilo da fé, como Ambrosio, opposlo ummuro á injustiça; como Borrhomeu teria feitoreviver as santas regras o o vigor da antigadisciplina ; como Vicente do Paulo, teria alli-viado todas as dores e consolado todos os in-fortunios. Mas nascido na indigeneia, seusprimeiros annos tinham precisão do apoio; oute havia reservado a honra de lho abrir, porteus beneíicios, a porta do sanetuario: tu nãoquizcsle; foi um padre, um pontífice, umApóstolo, que suffocaste no berço; a Egreja,sua Mãi e minha lisposa, que cobristo de lutoé a mim mesmo que ultrajaste da maneira amais sonsivol, á mim cujos desígnios trans-tornasle, a mim que privaslo de um digno re-presentante, ministro fiel, uma multidão deconquistas, que cm meu nome ello teria feito,de uma immcnsa porção de minha gloria, queou esperava dos seus trabalhos; éa mim quoeu vingarei e que me vingarei com eWovQuan-diu non fecistis uni de minoribus his, necmihi fecistis. Quantas obras boas lèem-lcobstado pela recusa de uma só! Quantos cri-mes e desordens, que este menino, elevadoao sacerdócio, teria prevenido, tu deixaslecomraetlor! Quantos peccadoros, que ello te-ria convertido, c que lu precipitaste no abys-mo! Nào, a iniqüidade de Sodoma nâo serámais severamente punida: Tokrabilius eril

. terrae Sodomorum et Gomorheeôrum quamL [ iili civitati- Mas, grande Deus! se muilo mais

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O APÓSTOLO.

culpados ainda, meus irmãos, tivesseis aban-donado a toda uma mocidade destinada talvezá renovar o século, á regenerar uma naeOointeira, á reviver a belleza dos antigos dias oo fervor dos tempos apostólicos; se tivesseissido a causa da perda irreparável dos costu-mes, da cxlincçáo da fé, da abolição í\o santoculto, da defecção e apostasia de um povo in-leiro: qual seria vosso castigo, e que crimeseria comparável ao vosso crime? Tolerabi-Uns ent... quam illi civitati.

Reconhecei pois, meus irmãos, que na vos-sa qualidade de Christãos, é para vós um de-ver indispensável de religião, de assistir ávossa Igreja sobretudo para a conservação opropagação do seu sacerdócio. Euaecresocn-to que ora ainda para vós, na vossa qualidadede tr;incozes, um dever do reconhecimento ode justiça.

O' França, o a mais illustre nação da Eu-¦'opa, tu que, antes da época funesta de nos-sas perturbações, espantavas o inundo com oteu poder, excilavas a sua inveja com a tuaprosperidade, deslumbravas com o brilho delua industria o do tuas artes, o encanlavascom a polidez e elegância de teus costumeseras a sua admiração pelos trabalhos e desço-hortas do teus sábios, pelo gênio e primoresd obra de teus escriptores, pela fama do teus

não lho deverão as sciencias e as letras ? Ellasrefugiarão-se, quando a barbaria o a ignoran-cia invadirão tudo, nos mosteiros e igrejas.Alli, forno conservados com cuidodo, ropro-(luzidos e multiplicados, com um trabalhomfa.ligavel, os preciosos monumentos (ia anti*""" '"" lá. Sem os religiososguidade profana o sagrao ps clérigos, livros" memórias, tradições,estudos, tudo perícia sem recurso, nada cho-/»»¦* ifi a*» .-» I /—«._._ _' »rv

grandes homens en torío o geuem" li , ffi,E7 T qUantoS ¦)rimorMmostravas com oraolho ao SMl l

e , ."^ ™Pmonlüu ellü í,s W "W™ - D««*viw, ll| U|(|mostravas com orgulho ao estrangeiro a or-dem e a belleza do tuas cidades, a abundai»-cia e tranqüillidade de teus campos; quo faziasouvir ao longe o estrondo do luas armas vie-toriosas, e percorrias todos os mares ao abri-

go de um pavilhão respeitado com teusirinu-meraveis navios carregados das riquezas de

ária aló nossa época. Porém, no meio dagrosseria desses tempos, o clero sempre levoseus homens sábios, seus oradores, seus es-motores illustres, cujas obras ainda sâo lidase admiradas em nossos dias: elle só exerciaas íuncçõos da magistratura, dirigia os nego-cios importantes, mantinha o estado social,pensava na posteridade, o escrevia para ellaa historia dos factos contemporâneos. Sãlíidessas trevas da idade media: íjíio esplendornão vai o vosso clero repercutir na nação in-loira, desde Francisco 1 alé Luiz-o-Grando?

que parle nào tomou ello na restauração o nosprogressos das letras e de lo ias as bellas ar-los! quantos monumentos magníficos; quan-los estabelecimentos uleis, templos, escolashospícios, forão sua obra! A' quem senão aello eleveis essas vastas bibliolhecas, em quoreuniràü-so, como cm deposito, todos os lho-sourosdas sciencias? com quantos primores

luteranas ? Nomeai o gênero do gloria quo aordem ecelesiastica não tenha o direito dereclamar, so exceptuardos unicamente a gloriadas armas; ainda os vossos generaes furão,assim como os vossos príncipes o reis, edil-cados pelos vossos sacerdotes. Nomeai o *e-noro do serviço quo não tenhais recebido destesum e do outro hemisnliprin • A fmiw., i- íi **-*,««¦¦«*».b..mu.aiuw;uiu

te pergunte a quem bus devido, durante IAséculos, tanta prosperidade e grandeza! Abroos teus nnmortaes annaesre elles responde-ráõi por li, que deves tudo á tua igreja.Sim, meus irmãos, e convém proclamar osseus direitos no vosso reconhecimento nomomento em que lautos francezes ostentampara com ella uma tão estranha ingratidãoAvivai a memória dos tempos antigos. Vossospais ainda bárbaros (não vos coreis de decia-ral-o) foram civilisados pela religião, o apren-dorara tudo de seus ministros. Vede desde doClovis até Carlos Magno, e ainda muito tempodepois.S.Kemigioesoussuccessoresmoderan-

i-o pouco a pouco os costumes inhumanosdos-ses orgulhosos guerreiros, aperfeiçoando oseucaracter selvagem, ensinando-lhes a reconho-corem umdireitodiversodaforca, moderandooíuror das vinganças, aplacando as guerrascivis, trazendo, com um progresso insensívelo feliz reinado da ordem, da justiça, do todasas virtudes sociaes fundadas nâs virtudeschnstas. Vedo o episcòpado reunindo-se empresença do primeiro Imperador francez th(Jeculente, para instituir esses famosos capi-tulares quo foram as nossas primeiras leiso offerecendo-nos, em seus concilios, o mo-delode nossos parlamenlos e de nossas as- ,sembleas nawonaes. Vede, no reinado domesmo príncipe, um modesto religioso ins- *

tiluindo as nossas primeiras escolas, e lan-çando desde então os fundamentos dessasuniversidades o dessas academias, que deviamser um dia táo celebres.Quem ignora que o clero, arroleando o soloinculto das Galhas, e derribando as anli-asibrestas que o cobrião, deu as primeiras li-çoes de agricultura a homens que só conho-ciara as armas, inspirou-lhes o gosto dos tra-balhos campcslrcs, os reuniu e estabeleceuem campos amenos quo enriquecenulo searase assim deu origem á mór pariu de nossasaldeas, villasc cidades!

As mesmas arles mauuaes e o commereiofoi elle quem os ensinou. Mos quo obrigações

Quem formava o espirito o o coração dovossos íilhos ? quem tornava florescentes asvossas universidades? quem mantinha a de-cencia dos costumes ? quem vedava os estai-gosdo erro o do vicio ? quem consolava aosenfermos Pquèui sustentava os vossos pobrog?quem alliviava aló as calamidades do Estado ?

(Contiuúa.)

São José da Terra Firme.São Pedro de Alcântara.Nossa Senhora do Uosario da Enccada doBrito.Senhor Bom-Jesus dos Afiliclos do PortoBello.Santo Amaro do Ciibatào.São Joaquim da Garobava.São Pedro Apóstolo do Alto Boguassú,Santíssimo Sacramento do Ilajahy (Vasa deSao Francisco.)(Vò'ssa Senhora da Penha do Itapocorahy.São Francisco Xavier (Colônia de Jouanvilli)Santa Anna da Villa-Nova.

Nossa Senhora da Piedade do Tubasáo.Mài dos Homens, Laguna.Sâo Joáo de Campos Novos, Villa dc Lages.Nossa Senhora do Amparo do Campo dePalmas.Nossa Senhora da Conceição dos Curiti-ha nos.PROVÍNCIA DO ESPIRITO SANTO.

Nossa Senhora da As.sumpção deBenevente.Nossa Senhora da Conceição de GuaraparySão José dos Queimados*.Santa Cruz dos Linhares do ii/io Doce.Os Saulissimos Heis Magos da Villa da Al-meida.Nossa Senhora da Penha úo Alegro.São Pedro deUabapoama.Nossa Senhora da Conceição da Barra.São Sebastião do llaumav

PROVÍNCIA DE MINAS.Sáo José (1'Alôm Parahvba, Província deMinasSanta Anna da Pirapitinga.

KOTICISBIO.

No Bispado rosa-se hoje da Segunda Dominga da Quaresma.

Esíuo em co.iciirso a» Igrejaso

s^;»aa Bates.MUNICÍPIO NELTRO.

Freguezia do Divino Espirito Santo.» do Senhor Bom-Jesus do Monteem Paquelá

PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO.Nossa Senhora do Amparo de Correntezas.Nossa Senhora da Conceição da Jurujuba.'São Sebastião de Itaypú.'Nossa Senhora da Conceição de Jacarahy.Sanlissima Trindade do Jaetiocanga.Sâo Vicente Ferrei;'.Santo Antônio da Vargem Grande.Espirito Santo da Barra Mansa.São João Baptista do Arrozal.Santo Antônio da Encruzilhada, Parahvba

do Sul.Santa Anna das Palmeiras, Nova Friburgo.Nossa Senhora da Conceição do Ribeiro daSebastiana.São José do Barreto, Maçalíe.Nossa Senhora do Desterro de Quissamam.Sào Sebastião de Habapoama/Campos.Senhor Bom-Jesus deUabapoama, CamposSão Francisco do Assis da Capivara.Senhora da Piedade da Lago, Campos.Nossa Senhora da Natividade do Caran

gaba.província de santa catharina.

Nas Igrejas da Veneravel Irmandade d,Príncipe dos Apóstolos S. Pedro, o da Freguezia de S. Christovãosão as instrucções quadros-mãos nos Domingos, ás 11 horas'da manhã:nas FregucziasdoSanfAnna, o Espirito Santoás 5 horas da tarde, o nas outras ás horas jáannunciadas.

Hoje celebra-se na Igreja do Nossa Senhorada Penha, Freguezia do Irajó, a fosta da Vir-gem e Martyr Santa Philòmdná;

Na quinta-feira 22 do corrente, ás 7 horase meii da tardo, foi trasladada da CapellaImperial para a Igreja da Misericórdia a Sagra-da Imagem do Senhor dos Passos, acompa-nhada por Sua Magcstade o Imperador, SS.Allezas Imperiaes os Príncipes, III'110 o Pi"10Cabido Imperial, Irmandade do Senhor dosPassos.

São Juão Baptista do Rio Vermelho. ISão Francisco do Paula do Canos Vieiras.

Na Soxla-feira 23, ás 6 horas da tarde,sahio da Igreja da Misericórdia, acompanhadapela respectiva Irmandade; pela imperial ir-mandado do Senhor dos Passos, Illino e Pr0CíiJido, om processão a Sagrada Imagem doSenhor dos Passos: lendo feito estações nasIgrejas do S. José, Nossa Senhora daConcei-çâo e Boa-Morlo, S.' Pedro, Santa Cruz dosMilitares, Ordem Terceira de Nossa Senhorado Carmo, o Capella Imperial, onde íicou aSagrada Imagem exposta á veneração dosFieis.

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¦F. 'Ii.í "TI _1--l-.W_'1-_W___<w-_-_^^

O APÓSTOLO.

A PEDIDO.___ füiga giara o JEgypto.

(lenda)I.

às prophcoios iào roalisar-so; o infernohavia eslromecido o os seraphins do céo lia-vião entoado «gloria a Deos e paz na torra aoshomens de boa vontade- »

De lá das bandas em qne nasce o astro queaformosêa a torra com seus raios do ouro,tros homens, Ires sábios, tros reis, guiadospela luz maravilhosa de uma ostrella, tinhãosahido para irem curvar o joelho o olíerece-rem homenagem e tributos ao recém-nascidode Belém, ao rei do Israel.

I. passando por Jerusalém havião dito a He-rodes o Idumeó:

« Condusidos por uma eslrclla mysteriosaviemos caminho da .ludéa a adorar o rei dosJudeo., que acaba de nascer.

« Ide. disse-lhes o Idumco, procurai-o edepois dizei-me onde so acha, porque tambémquero curvar-lhe o joelho o oi.erocc.-lho mi-nhas homenagens. »

E os magos partirão; acharão o menino-roiem um presepo, eadorai\1o-no, depositando-lhe aos pés os tributos .ymbolicos, que lhehavião levado.

Depois, advertidos em sonho de quo nãodeverião voltar a Herodes. nem descobrir-lheo legarem que havião encontrado o recem-nascido, por outros caminhos e dirigidos pelamesma ostrella, voltarão para os silios doonde tinhão sahido.

E Herodes o Idumco esperava ancioso avolta dos magos.

Ah! dizia com cólera, foi o rei de Israelque nasceo ! E não é meu o throno o não soueu o rei! Virá arrancar-me o sceplro a crian-ça quo vai ser adorada!

tf mil projeetos sinistros lhe pairavào namente, e mil pensamentos de sangue lhe re-íervião no peito

Mas não voltarão os magos: noite e dia es-perava-os o rei; e quando já possível não eraa esperança, o quando tove _ desengano deque fora burlado, acceso em ira, com o olharfaiscanle, com os lábios espumantes o contra-hidos, ordena a morte cio todos os recom-nas-eidos do Israel,

fNingucm seja poupado,disse o rei, nin-guem, desde o meu filho até o do mais hurail-do dos meus vassallos; não quero que me es-cape áquelle que o destino indigitou para rei-mir no throno que òecupo...

Forão cun pr.das as ordens do rei, o saí.giío dos innoc.nlcs, dos primeiros marlyresdo chrislianismo, regou o solo da Judéa....e rio-se o inferno «pie se sentira abalado.

Mas as prophecias devião cumprir-se eavisados em sonho, da sanha do tyra.no fugi-nio José e Maria, retirando se para o Egvpío.

II.I- o rei soubera quo a creanca temida lhe

escapara á raiva.Soubera que sem resultado fora o sangue

derramado e que só colhera a maldição dasmais oo rancor dos pais.

Mas não desanimara o insensato. Nessaluta travada entre o céo e .elle, entre os de-cretos do destino e os receios, que lhe assai-tavão o espirito, julgara poder triumphar enão desanimara na tentativa.

— Ria', grita a espumar do raiva, tudo,ludo quanto a um rei for possivel dar; ludoquanto a ambição poder sonhar, tudo farol poráquelle que mo trouxer vivo ou morto o re-cem-nascido de Belém,

A' voz do rei, ao engodo das promessas,preparão-soos satellites e cravando os acica-tes nos fogosos animaes, como o furacão dodeserto, por entre nuvens de poeira, que le-

vanlão, partem cm demanda dos fugitivos emBelém.

E José o Maria caminhavào também; gran-do dianteira levavãoaos soldados do rei; masem breve serião alcançados, que não poderiâolutar com a ligeiresa dos corredores infaliga-

voi8, que os perseguião.Lá ao longo via-se o levantar de uma nu-

vem de poeira, que pouco e pouco so ia ap-proximando, como esses rolos, que a venta-nia levanta ao primeiro rugir da tempestade.

Mais uma hora.... mais duas.... e a crian-ça, que levavao ao colío, sentiria o gume doalfange transformar-lhe em lyrios as rosas daface mi derramar do sangue.

E além eslava um campo cm que lavrado-res semeavão trigo.

OíTeganlo chegou-se a virgom á um delles.Em brove, lhe disse, chegarão aqui uns

homens que vos perguntaráõ:—¦ « Vistos passar por aqui um homem,uma mulher o uma creanca ?

« E lhes respondereis:« Sim, passaram quando eslava-mos a

semear o trigo.»E rápida aíTastou-sn a Virgem.Milagro de Deus 1 No mesmo momento as

sementes lançadas á terra germinaram, o trigoelevou-se á altura quo podia chegar e bellasespigas, amarelladas como o ouro, enfeitavamo campo, ha pouco liso o desbaslado.

E os soldados chegaram.« Vislcs, perguntaram, passar por aqui

um homem, uma mulher o uma creanca?E os lavradores rosponderam :

« Sim; passaram quando estava-mos asemear o trigo. »

Desanimados enlão os perseguidores, jul-gando fora do seu alcance aquelles, após osquaes tao açodados corriam,vollaram caminhoda Judéa, levando a Herodes a noticia dainu-tilidade dos seus esforços.

As eoiiferenclas theologicas.Em minha opinião, nada é mais próprio para

excitar a emulação entre os moços, que odlti-vam as sciencias ccclesiasticas; nada maisconcentaneoá desenvolver-lhos a intelligenciac excitar-lhes o gosto pelo estudo, do que cs-ses certames da intelligencia, essas discussõessobro os pontos controversos da sciencia, nãono recinto acanhado das escolas, em meio doscompanheiros de todos os dias, em presençado mesmo o diminuto auditório, mas em pii-blico, adiante de desconhecidos, em presençada congregação reunida, da primeira aulorida-de do bispado e de outras pessoas notáveis pelailluslração o conhocimentos.

Era até então bom sensível a falta desse po-deroso agenlo da emulação e do ostudo, e oseminário episcopal do S. José, tão augmen-tado e reformado, não podia prescindir pormais tempo desse melhoramento, lão essen-ciai ás suas aspirações.

Em o anno próximo passado foram ali ins-lituidas as conferências theoiogicas, e o re-sultado obtido provou exhuberantémenle quese não haviam enganado os autores de seme-lhante idéa.

A' principio, na primeira conferência, limo-ratos, indecisos e vacillanlesapresc-ntaram-seos moços estudantes.

O apparato que á seos olhos apresentava-se e a que não estavam habituados, impres-sionou-os, perturbando-os; fallavam em pre-sença dos mestres reunidos, de pessoas es-tranhas, quo haviam aceudido; faltava-lhes ohabito das grandes discussões, da luta da pa-lavra animada, calorosa e vehcmente; não es-lavam acostumados á linguagem das pessoasdesconhecidas, que os arguiam; notava-se-lhes acanhamento, hesitação e embaraço-iiasrespostas.,,,, mas a primeira Impressão" pas-

sou, e na segunda conferência souberam res-ponder com garbo o desembaraço, apanhandocom tinoedesfasendo as diííicuídades c objec-ções, que lhes eram atiradas.

Notou-se que nas ultimas conferências,gran-do já era o progresso que iam fasendo. Mos-travam-se lidos em diversas obras, discutiamcom melhodo c facilidade, era mais correc-Ia a frase, mais precisas e convenientes asexpressões, havendo perdido áquelle aca-nhainenlo e embaraço tão natural em quempela primeira vez se apresenta fallando empublico.

Ora, para quem sabo quo na sociedade emque vivemos é a palavra habilmente manejadauma das mais poderosas alavancas, um doselementos dominadores; para quem sabe queé a tribuna o pedeslal grandioso de onde osacerdote se dirige á multidão; que é a ca-deira respeilavei onde ensina as verdadessantas do chrislianismo, o tribunal de ondeinvecliva, combate c fulmina o vicio; paraquem sabe quanto domina no coração, quantocala n'aima, quanto commove c agila a pala-vra fácil, elegante, amena, o_ grave, severa,mageslosa e arrebatadora cabida dos lábiosautorisados do ministro de Deus; para quemsabe quanto é necessário manejal-a, sobrotu-do hoje, cora deslresa o habilidade, porque oinimigo não dorme, porque as más paixõesludo vão pervertendo; porque o bafejo da be-resia até tenta infeceionar nossos arraiaes;quem reparar cm ludo isto, nâo poderá deixarde applaudir essa idéa e de procurar animaresses primeiros ensaios, essas primeiras len-lativas, que promettem entretanto ser de lãoprofícuos e poderosos resultados.

Convém pois não desanimar. As conferen-cias theologicas são um beneficio não só parao seminário, como para o clero em geral, « E'oceioso, dizia o fallecido Sr. Arcebispo daBahia, do saudosa nifmoria, ó oceioso de-monstrar as vantagens das conferências theo-lógicas, que o immortal arcebispo de MilãoS. Carlos Borromeo, instituio com tanto fruc-to o tão sabiamente regulou no primeiro e se-gundo concilio provinci&rpor elle celebrados,que outros grandes prelados á seo exemplotem adoptado; e que em muitas dioceses,principalmente na França, produsiram obrasluminosas, que sustentaram a sã moral contraas sublilesas dos relaxados Casuistas. Quan-do a publicidade da discussão sempre conhe-cida e praticada pela Egreja nas suas assem-bléas geraes ou particulares, merece o suffra*gio e o enthusiasmo universal e forma comouma parte do direito publico de quasi todas asnações civilisadas, quem deixará de convir nautilidade de laes conferências, quo fomentan-do a emulação e o amor de uma disciplina,sem a qual n_o se pôde ser bom parodio, nembom confessor, podem ainda contribuir paraestabelecer aquella uniformidade do regras eprincípios, que convém seguir no regimen pas-toral, afim d'evitar-se, quanto é possivel, oconílicto de opiniões, que escandalisa os fracoso timoratos ? » (1)

Por mim o digo com franquesa: as confe-rencias ultimas de muito me serviram. Tenteiestudar as questões, disculi com os mocos ofui tirar da estante os livros empoeirado*s dolheologia, que lá se achavam a dormir e quede ha muito não eram percorridos nem manu-seados.

O cloro do Rio de Janeiro não deve ser in-diíFerentea esse melhoramento, que se lhe fa-culta e lenho fé de que aceudirá pressuroso alevar suasluses e sua experiência, tomandoparte nesse certame da intelligencia.

Por mais que se saiba, mais se pódeapren-der; as discussões illustram, diffi„uldades setiram e questões controversas e emniar anhadas.podem ser elucidadas e esclarecidas.

(t) Obras do Arcebispo da Bahia, iora. j,9.

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O APÓSTOLO.

TRMSCRIPÇiO.

fliistrsi.ção pastoralSOJiRE A ENCYCLICA DE 8 DE DEZEMBRO UL-

T1MO, E O JUBIL-Ü UNIVERSAL CONCEDIDOPOR S. SANTIDADIi O PAPA PIO IX.

D. Antônio do Macecíó Costa, por graça doD.euso da Santa Sé Apostólica, Bispo doGr.am-Pará, do Conselho do S. M. o Im-pcrador. etc.

Âo Clero e povo fiel do Pará e Amazonassavde e benção em Jesiu-Chmto Salva-dor nosso.

(Continuação do n. 6 )Ora, so o Journal des Dèhats foi tâo lon-

ge, o quo não terá feito o Siécle ?Permittam-mo a citação do alguns exem-

pios.Fasem condomnar ao papa a immutabilida-

do divina, tradíisindo por «immulavel» aexpressão latina ¦immutationibus obnoxium,quo significa precisamente o contrario.(Prop. l.)

Fazem-lho stygmatisar, como um erro,eslá elementar e evidente verdade quo Deusesla em Ioda parte, em Iodas as crealuras—•traduzindo: « Dens está no homem o nomundo », isto ondo o papa, moslrando o fui-minando o monstruoso erro phanloislico, operpetuo forma-se, do Reneau e outros, con-domna os que dizem: Deus fitin homine etinmundo, «Deus, faz-se no homem o no mundo.(Prop. 2.)

Os erros acerca da sociedade civil^rro-res de sociefate ciyitt, tornam-so os erros dasociedade civil. (Titulo do § o0.)

Na proposição 39 loma-so rei publiece,a cousa publica, pela republica e faz-se con-demnar ao papa o eslado republicano, no quode certo ello nunca pensou.Quero crer, que foi um erro de copistao seguinte contra-sonso : Episcopis fas nonestvel ipsas lideras apostólicas promulgare:« Os bispos não tem o direito do promulgar asMias letras apostólicas.»

Porém na proposição relativa á nomeaçãodos bispos, per se é traduzido como so fossopro se, para si, o que adultera complclaraenloo sentido. Por esta traducção, pareço o papanegar aos governos o direito, que lhes é allri-buido pelas concordatas, do nomear os bispos;quando o papa diz simplesmenlo,quo elles nãotom esse direito de si mesmos. (íròp. 50.)

Na mesma proposição: procuraiione?ntquo significa adminis fração, é traduzida portomada de posse.E n'outra parle leio : « O governo pôdeem seu direito mwhr uma época fixada pelaEgreja para o cumprimento dos deveres reli-giosos dos dous sexos. » Que quer dizer isto?Kecorro ao loxlo da proposição eondomnada,cacho: « O governo pôde, íle sua própriaautoridade, mudar a idade lixada pela Egreja,para a profissão religiosa nos mosteiros, lanlodo mulheres como de homens.

Aqui o interprete do Jornal, cm voz de umcòntra-senso, commelleu dous: traduziu mia-tem, por uma época, o professionem religio-sam, por cumprimento dos deveres religiosos,como so so tratasse da communlião pela pas-choa, do jejum ou da missa do domingo.(Prop. 52.)

— Agora oulro conlra-senso dos mais shi-gulares: Quem pensaria, que o chefe da Egro-ja podesso achar rcprchensivcl' uma proposi-ção como esta ? « O poder civil podo fa-vorecep. os estabelecimentos religiosos... »Pois foi isto, o que o traduetor fez condemnarao papa. As palavras que o induziram om errogorara: «penitus cxlinguere; ello Iraduzio

<i favorecer, tratar com favor. » o estaspalavras signilicam destruir inteiramente.(Prop. 53)

E quo diremos desta embrulhada? «nâoha outras forças reconhecidas senão as quoresidem na matéria, e, que contra toda adis-ciplina e toda a honestidade de costumes, soreúnem na aocumulação das riquezas, o nasatisfação de todos os prazeres. » E' assim tra-duzida a proposição eondomnada, cuja versãoexacla é: Cumpro não reconhecer outras for-ças, senão as quo residem na matéria, c todaa moral, toda a honeslidado devo reduzir-se aaccumular, a augmenlar riquezas por todos osmeios possíveis, a conseguir toda a casta deprazeres. (Prop. 58.). — « A Egreja cm nenhum caso deve pro-ceder com rigor com a philosophia » o traduc-Íor entendeu:i « A Egreja nunca deve oecupar-se do phi-josophia», julgou quo animgdvèrlòre queriadizer: olhar para dar attenção (Prop. 11.)

Inducere impedimento, dirimentia — úconstantemonlo traduzido: « pronunciar ácer-ca dos impedimentos dirimentes. » (Prop. 03,69,70)! —Depois vem « Causce malrimoniales etsponsalia» as causas malrimuniaes o os es-ponsaes. Mas sponsalia excedia ao alcanço dotraduetor; e escreveu: « as causas malrimo-niaes ou nupciaes.» Traduziu ei por ou; spon*salia por causas nupciaes; como so fosse amesma cousa. (Prop. 7/j),

(Prop. 77). Non expedit: traducçáo dojornal: «já não é necessário... » O traduc-lor não comprebendeu a dilferença imporlan-te quo ha entro—não convém—c não é neces-sario.

: — Indomitam capidiialem « desenfreadacúbica.»foi traduzido por «indomável assi-duidâdo» (Encycl.)

Acho traduzido: Vel ipsa germana jus-tili e notio, por « a noção estriclamente ligadada justiça,» em vez de: «averdadeira noçãoda justiça, » (Encycl.) 0 que fez enganar otraducior foi a palavra germana que significaalgumas vezes ligada pelo sangue.

| — Todos sabem,quo infelizmente nem sem-pro tem havido concórdia entre o sacerdócio oimpério: fizeram discr ao papa juslãmcnle ocontrario. O papa havia dito: a concórdia o aintelligencia entro o sacerdócio c o império foisempre uma cousa feliz e salutar: Fausta sem-per extilit, et salularis. Foi csi0 malfadadoexlitit, que desconcertou o traduetor: não viuquo exlitit linha aqui, em bom latim, o sentirdo do fuil. (Encycl.)

Acho ainda na íraduççào da Encyciica:« Os dous cleros, do quem nos vem, d'umamaneira tão authenlica, os mais certos mona-menlos da historia.... » em voz do: «comoprovam evidentemente os mais certos monu-menlos da historia. »>

A cláusula derogaliva « não obstantetodas as disposições om contrario, mesmo asque só-são revogaveis por uma menção o umaderogação especial o individual,» foi traduzi-da desta singular maneira : « Assim o orde-namos, não obstante ludo quanlo poderia serfeito em contrario por uma menção especial oindividuale que seria digno d'uma derogação.»Aqui o traducior entendeu tâo pouco o soufrancez, como o latim.

-r- E que diremos ünalmento, desta incrívelphrase i « As orações, os gemidos o as lagri-mas por meio das.quacs cumpre insistir o ficar(ficar onde?) batom á porta.»« O arcebispo de Freisingen, Arcluep,Frisiny, é na traducçáo: « O arcebispo Fri-siny. »

« O bispo de Montreal «Episc MontUsregal, » é o bispo Monlisregal, como quemdiria: monsenhor Monlisregal, monsenhor

ar-»-Frisiny. São todavia—nomes de cidades bem ¦conhecidas.—-O traducior tomou-os por nomesdo homens... »

Mas dir-mc-hão os redaetores do Siécle e osjovens profossoros do Journal des Debates,.para quo ha do Roma fallar uma língua inin-tolligivol ?

Ininlolligivel para vós, sim; mas olhao quonão violasles somente o sentido lhoologico. osentido lilteral, o sentido grammatical, senãotambom o diecionario e a grammatica..

Tomar os nomes do cidades pelos de ho-mens, os verbos por subslantanlivos, as adir-mações por negações, etc, não será em ver-dado muito extraordinário em homens, quofizeram seu curso do estudos o lêem demais asua disposição os diecionarios do Quicherat odo Bouillet ? Perdoarieis isso a um principian-Io de humanidades ?

E quando só vos houvesseis enganado nosentido thoologico, para quo vos mollesles atraduzir o quo não podieis comprehendcr ?Para que procipilar-vos assi/n ? Não podieisconsultar alguém, ao meuos um de vossos ve-teranos, mais acostumados, do quo vós, á lin-gua lheologica ?

Não lem por ventura cada sciencia uma lin-guapropra?

Não seria eu o mais lomerario e o mais*ridículo dos homens, so intentasso traduziros apophlhegmas do Hippocratos para a Aca-demia imperial do Medicina, ou as proposi-ções do Euclides para a academia das scien-cias ou as pandoctas para a academia dassciencias moraes o políticas, sem nenhum cs-tudo da matéria, sobro que ía fallar e es-crever ?

— Seria bem recebida no mundo sábio aminha leviandade? Nào; haviam de por-mo nomeu logar o sem discussão declarar-me in-digno do nunca mais ser ouvido nisto c portanto em ludo mais.

Ora é esla exactámente a enormidade com-moltida pelos jornalistas, o sou obrigado a ac-crescenlar, quo muitos dos mais bem intendo-nados não escaparam aqui ao perigo.

A' vista disto não terei eu o direito de dizera estes jornalistas, inimigos da Egreja— Comoousais proclamar o vosso triumpho com taescontra-sensos o contra-bom sensos?

Assim tem corrido as cousas e o mal enten-dido tem engrossado cada vez mais: onde aEncyciica dizia — sim — declaram que dizia—não— o vice-versa. O mez que acabou po-dia bem ser chamado na historia o mez dosen-ganados.

No momento era quo esles senhores iam.gritar contra a infabilidado da Egreja, porquorazão não duvidaram um pouco mais da agen-cia Havãs ou de qualquer outra ? O mais joveuescolar lhos teria poupado uma mysliíicação,quo seria risível senão houvera feito nas almasa mais espantosa devastação.

Cumpre primeiro acreditar, quo os jornaesleom uma desculpa: mas vêm lhe do uma ro-gião, donde não devia ler vindo.

Aqui sobem mais alto-o meu pezar e, se to-nho o direito do as manifestar, as minhas re-prehensõos. Não venho discutir a lei.enanomada qual o Sr. ministro da justiça significou aoobispos a prohibição do publicar o interpretar sEncyciica: mas digo, que d'ahi veio um fac->to do anomalia completamenle indesculpávelo inaceitável em um paiz de bom senso, do<boa justiça, de lealdade como a França; v«ma ser, que os absolularnonto incapazes do bementender, traduzir, o interpretar o acto ponti-fic.jp., fora.n, elfessós, livres deo fazer, o pro-hibio-se quo o fizessem sómonlo aos quo paraisso tinham a capacidade, o direito e deverinalienáveis. .

(Continua.)

Typ. de N. L. Vianna & Filhos.