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* ANNO XXX11 Sexta-feira H de Outubro de 1896 NUMEROU RKMfiClO E UtjBRUfl S3 aül O* \s4KiIHLT5l. 83 SSSJSSSJ 0 l APÓSTOLO DISTRIBtJK-^Ê AS QtAftTAS, SEXTAS E DOMINGOS IMATURA ADÍàNTADà Por.a 'no. Por semestre ....;.,.•;.... 20Í00O 118000 w»v i »;ü«ítii.ií mima ».tÍ-%-o i.',. .. , ¦ -„•;. .-. . ...-. PBOPRIETtRlOS E REDKTORES-PIDRES J0Í0 SMUMM IÜ6UST0 «MâVâLHO E JOSÉ ALVES IR4RTINS 00 .LORETO ^»i«*«am«.e«4U.laluo.»(S. Joio cap. 12 v. 86). 01,m« Uhu., oiâm. n. »>m.. (C*** d. Pio li. r*d>cçlo io Agioto) A lm*n«* «rtbliei . tm* *.r4*d*lr» mUlio tWtStU. (Palavras de Leio XIII). ROM 4 3aria encyeliea lo Santo íà^M ffll & úié cattiolica da moral. Dir-se-ha por ventura que Uma tal suspeita noa ê interdicta parecem e se com^onfos .... . . i--:- a~~a~ u™rt nnu 0»hn!.iM, ,1a Tifln.q. fazendo rewfacosJ (TI ae ra com vivos Aos nossos veneraveis Irmãos os Palnar- chás Primazes, Arcebispos, Bispos e aos 'outros Ordinários em paz e com- munhâo com a Apostólica. LEÃO Xlll, PAPA Vonoravoi* IrmSoa, saudo o benção apostólica ^onrintxafiw do n. ii3) o collegio doa Apóstolos prevalecia em autori dade a seu Mestre. Este poder de que falíamos, com referencia ao próprio collegio doa Bispo?, que as Santas Lettras procla- raara abertamente, jamais cessou a Egreja de o reconhecer e altealar. Eis a respeito as declarações dos con- cilios:« Nós lemos que o Pontífice romano tem julgado oa Prelados de todas as Egrej»s mas não lemoa que elle tenha sido julgado por quem quer que seja. » (1) E a razão deste facto está indicada desde que « nfto hn autoridade superior à autoridade da apostólica. » (2) Eis porque Geh3Ío assim falia dos decretos dos concilio8 : a Assim como o que a pri Mas afasta-se da verdade e repug- na abortaraente à constituição divi- na da Egreja, pretender que os Bis- meirft Cftde|fa nft0 appr0vará, nfto pos devem cada um singularmenter,assimo que confirmou estar de direito submetüdos à júris- dicção dos Pontífices romanos, mas que ha direito de impor esta submis- eâo á universalidade dos Bispos. Qial é com effiito a verdadeira razfto de ser a natureza do fundamento? E' salvaguardar a unidade e a soli- dez antes da todo o edifbio do que de cada uma de suas paris. Isto 6 tfto verdadeiro relativamente ao assum- pto de que tratamos quanto Nosso Sonhor Jeaua Cbriato quiz pela virtu- de do fundamento de sua Egrej» ob- ter que as portas do inferno nfto pos- sara prevalecer sontra e\U. Ninguém pôde deixar de convir que essa pro- messa divina se deve entender da Egreja universal e nfto de cada uma deauaa partes singularmente enci- radas, porque estas podem realmen- te ser vencidas pelo esíorço dos in- fernoa, o que tom realmente aconte- cido mais de uraa vez que singular- mente tenham sido vencidos. Além , disto aquelle que foi collocado á tes póle vigorar, assimo que confirmou cora a sua sentença ha sido recebido por toda a Egreja. »(3) Era verdade ractificar ou infirmar as sentenças e os decretos dos concilios tem sido sempre exclusivo direito dos Pontifi- cea roraano3. Leão Magno annulla os actos do conciliabulo d'Epheso ; Damaso rejeitou os de Rimini; Adriano I os de Constantinopla ; e o vigésimo oitavo canon do concilio de Chalcedooia, porque lhe faltou a ap- provação e autoridade da acosto- lica, ficou, corao se sabe, sem vigor e sem eíTeito. E' pois com razão que no quinto concilio de Latr&o, Lefto X lavrou o seguinnte decreto ; « Consta manifestamente nâo dos testemunhos d* Eacriptura Santa, das palavras dos Padres e dos outros Pontífices romanos e dos decretos dos sagrados cânones, mas ainda de confissão formal dos próprios con- cilios, que unicamente o Pontífice romano, que entfto existir, goza de desde logo pela sabedoria de Deos, por cujo conselho foi temperada e modereda a constituição deste go- verno. Demais, deve ae notar que a perturbarçfto na ordem e relaçõ39 mutuas viria da coexistência, em uma sociedade, de duas autoridades do mesmo gráo, sem estar uma su- jeita a outra. Mas a autoridade do Pontifica romano é soberana, uni- versai e plenamente independente, a Seria inconveniente que dous Pas- torea fossam instituídos com igual autoridade sobre o mesmo rebanho. Mas que dous superiores, dos quaes um eslá abaixo do outro, sejam ins- tituidos para os mesmos subditos, nfto ha inconveniência; e assim o mesmo povo e governado immedia- tamente pelo Parodio, pelo Bispo e pelo Papa. o (5). (Continua) O APÓSTOLO {ti ia. fiio, *,& ffufulno de Jéoé. O ESPIRITISMO disto aquelle que foi couocaao s »«-uma yez tad.rib.nb. total»*.». MMi'-CfllliWí»obt„*,». con- te ti . i .'í rhraente possuir o império nfto sobre as ovelhas diapersas mas sobre todo o conjuncto das ovelhas remi- das. Por ventura a universalidade das ovelhas e governada e conduzida paio seu pastor? Por ventura os sue- cessores dos Apóstolos, completa- mente unidos, sfto o fundamento so- bre que o sucsesaor de Pedro se apoia para achar a solidez? Quem possue as chavas do reino doscóostera evidentemente direito e autoridade nfto sobre as provin- das singulares mu sobra todos ao mesmo tempo ; e assim como os Bis- po*, cada ura em seu tarritorio, go- vernam com uma. verdadeira autori- dade nfto somente cada indivíduo, mas toda a comraunida de, do mes- mo modo os Pontífices rominos cuja cilios, para convooal-os, tran^feril- oae dissolvel-os. » (t) A* Lettras Santas attestam clara- mente que as chaves do reino do cóo foram confiadas a Pedro e tam- bem que o poder de ligar e desligar fora conferido ao Apóstolos conju- ctamente com Pedro; mas jamais ninguém attestou donde os Aposto- los tenham recebido o summo poler sem Pedro e contra Pedro. Portanto o decreto do concilio do. Continua a grassar e de um raodo extraordinário vai se propagando nesta capital tv-kmoura do espiri- tismo ! Nfto sabemos se por curiosidade, ao por falia de educação moral ou em conseqüência da separação da Egreja do Estado, julgando-se uma religião a tal loucura; mas o certo é que vai elle contaminando a mui- tos e penetrando nas famílias, que por uma curiosidade inexplicável, ou por sentimentos supersticiosos, acceitam-no sem medirem suas con- seqüências que ernquanto enviam loucos para o hospital inundam de lagrimas o lar. tivemos de noa oecupar desta questão e demonstrámos que sendo verdadeira superstição, ou raanifes- tações diabólicas, é também a tx- ploraçâo dos tolos, dos sentimenta- listas pslos expertos que vfto saben- do aproveitar-se da ignorância dos I curiosos, acerescendo ser prejudicial era todos os sentidos. Continuaremos e nfto ficaremos callados. Suboremo* cumprir nossa fazendo revelações (1) de acòordp com os médium-, qoe nfto deixam de im- pressionar os consultantes que se racham sob qnalqoer irapre-eâo, maior ou menor, segundo o preparo theatral de qne ae revestem as ses- sõ^s,o sentimentalismo e estado ner- {voso da victima. Nfto negamos o espiritismo, antes reconhecemos soa existência, quo nâo sendo a influencia do diabo so- bre as creaturas, é verdadeira burla corao o que suecede entre nós, sendo elle explorado por qualqner esper- talhâo que se consíitua médium ou mesmo medico para melhor attrahir os tolos e os pobres que acreditam que possam se curar ou conhecer do futuro ou do desconhecido pelas revelações dos fallecidosl declafàmos que o espiritismo nâo ó conquista deste século, porém descoberta de Sirafto Mago, que foi o primeiro espirita que fez experien- cia e deu uma sessão solemne, da qual resultou ficar com as pernas quebradas. Assim ccmprehendara os catholi- cos que nfto passando o espiritismo de uma superstição ou de uma ma- nifestaçftr ou influencia diabólica, nfto podem assistir suas sessões, e assistindo 6 uma apostasia ou rene gaçâo da fé. S. Paulo mesmo, como que pre- vendo os tempos actuaes, nos previ nira contra as tentaçõaa dos falsos prophetas quando dissera: ainda quo ura anjo do céo venha pregar- me ura outro evangelho q.e nfto seja o da Egreja, eu nfto acreditaria. E' a verdade. Fora da Egreja nfto ha outro ensino ou doutrina sobre a religião. O espiritismo é uma mentira, uma superstição e uma pratica condem- naval, condemn&da e perigosa. Porque não se vende logo? O Sr. Serzedello Qftirèa, rehtor do orçamento da receita, apresen- tou ante-hontem na câmara um pro- jpçto, de sua inici*tiv» privada, autoriBando"o governo a faz*r uma operação de credito tendo por base a Estrada de Ferro Central do Brasil. O que tem de empenhar-se, ven- da-se logo, diz o povo. Pois bem: o Sr. Glycerio quer empenhar todos os Bancos, rendas do Brasil, títulos e todos os fundos depositados de orphãos, ausentes, etc, pjrum empréstimo pequeno ! Agora o Sr. Serzedello quer empe- nhar a estrada de ferro 1 Depois que teremos mal* para, empenhar ? Assim venda-se tudo, liquide-se, ponha-se o Brasil em leilão, porque essas sonhadas operações de cre- dito nfto podendo concertar asflnan- çasdo Brasil, aspeiorarfto trazendo para o futuro novas complicações, outras difflculiades e maiores com- proraissos. Que crise, que futuro nos aguarda! Jornal de modas Recebemos o n. 37 do anno XVlll do importante jornal de modas pa- riaiensea, o Pelit echode Ia Mode, cora beilo texto e elegante* figurinos» trazendo ainda um molde de tama- nho natural. E* agente delle o Sr. A. F. R*y- naud, a quem agradecemos a of-, ferta. Os nascimentos na França Os nascimentos na França tem ul- timamente descido a 25 sobre 1,000 habitantes, o que na eí-talislica da. nascimentos está inferior à Irlanda, que ô esgotada pela fome e pela emigração. Este phenomeno, posto que seja objecto de estudo e apprehensões de quantos se interessam pelo bem ¦V-' n se dia, Festa da Piedade 1 Q8 UUHU1U3 o. im»iw»i»-. r~—. Na egreja da Cruz do* Militares da p(ltriai ô attribuido á corrupção celebrará amanhã, às li horas do do8 c09tumes entrada pelas escolas do dos costumes entrada pelas escolas a festa de Nossa Senhora da! jejgag Piedade, com missa solemne e ser- mâo ao Evangelho. A' noite haverá Te-Deum, pregando j missão diante da propaganda quo Amara'. Vaticano, que definio a natureza o|com tanta vitalidade se desenvolve a força do primado do Pontífice r°-|c()m gran(ie prej<iizo da paz e har- mano, nâo introduzio uma opinião nova, mas firmou a antiga e cons- tante de todos os séculos. Entretanto, a submissão dos mes- mos subditos a esse poder gêmeo Aerostato A ;„vw!mvi..i--••¦ O profeesor Assman. da Sociedade o Rvm. Sr. Conego J»sé Gurgei do \ Aerostatica de Berlim, acaba depu- ' blicar o resultado de; 47 ascençõea effectua^as pela sociedade mo modo os fonniiow iuw.»«« «-^ «- .... » juri.dicí». ab.ro, lod. . so.iedad. jnlo M confio n. .dm.nn.lr.ca.. christà, teu todas as partes dessa sociedade reunidas em uma*ó,sub- (l) H*drianoIl, m Ailoc. lll ad a.'.- . - a»., nndflr Svn. Rotn. an.869. cf. Acttonem mettidas e obedientes a seu poder. .m^* con3Unlinop. VI. N„«oS.nh.r 3jm Chri-o. N6..|LXXXV[ >d temos dito sufflcientemente, deu n «-> -\H monia das familiaB, ou da mentali- dade desses ouriosos tolos que se deixara enganar pelos mediums I Diante do que se passa entre nòs, parece que estamos próximo ao fim do mundo, tantos sâo os falsos prophelas de que no* previnio Nosso Senhor Jesu* Christo afim de que por elle* nfto nos devassemos ar- rastar ou seduzir. Por toda a parte conferências es- Mez do Rosário Começou hontem no Mosteiro de S. Bento a devoção do Rosário, sendo feita nos dias ulois ás 8 horas da manhã, e aos domingos e dias» santifleados às 9 horas, por occasião da missa. Matriz da Candelária Acha-se interi ramente no gover- no da freguezia da Candelária o Verificou-se que a maior elevação attingida por ura balão conduzindo homens foi de 9.151 metros. Cora o balão de registros chamado Cirrus foi attingida a altura de 18.500 me- tro*. Na eltura de 7.700 metros os aeronantas registraram uma lempa-^ ratara de 36* 1/2 abaixo de zero. A'% 9.150 metros o frio ora de 48*. « Archivo do Districto Federal » Recebemos o n. 8 desta interas- temos dito sutncien»9iuoia.D, -w—luMiasllíBii* """ r «no ua ,"'8UW" "" w" "I *•w— Pedro e s seus suecessores o raunus^10™ Apiritas e sessões onde os espmtos ap- 9Q amiga e zeloso Vigário deUnte publicação de documenta de ser seus Vigário, o de exercer par- ^(3) E*p. XXVI ad Ep. Dardan.oo,,...... petuamente na Egrejo o mesmo po- _ der que elle exerceu durante sua * (4) Ses*. IV, csP. III. ^,i,,..*~~-. . nosso üiuiís o *3iuou . •»»• •» -- i .¦«•» r*vmmm,'~*— 'i ,6) s Tll0m„, lo IV ,en., di.lJs-Jo.é. Mona.nbor ViC.rtoo J«* par. . Wa».>iada.ta cidadã. lxVll,a,V.adq.4ad3.IdaCuats.I Agradeoemoi.| ¦¦.'¦-¦ ¦^¦V

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ANNO XXX11 Sexta-feira H de Outubro de 1896 NUMEROU

RKMfiClO E UtjBRUflS3 aül O* \s4KiIHLT5l. 83

— SSSJSSSJ

0l APÓSTOLODISTRIBtJK-^Ê AS QtAftTAS, SEXTAS E DOMINGOS

IMATURA ADÍàNTADàPor.a 'no.Por semestre

....;.,.•;.... 20Í00O118000 w»v

i »;ü«ítii.ií mima ».tÍ-%-o i.',. .. , ¦ -„•; . .-. . ...-.

PBOPRIETtRlOS E REDKTORES-PIDRES J0Í0 SMUMM IÜ6UST0 «MâVâLHO E JOSÉ ALVES IR4RTINS 00 .LORETO

^»i«*«am«.e«4U.laluo.»(S. Joio cap. 12 v. 86). 01,m« Uhu., oiâm. n. »>m.. (C*** d. Pio li. r*d>cçlo io Agioto) A lm*n«* «rtbliei . tm* *.r4*d*lr» mUlio tWtStU. (Palavras de Leio XIII).

ROM 4

3aria encyeliea lo Santo íà^M ffll& úié cattiolica

da moral. Dir-se-ha por ventura que Uma tal suspeita noa ê interdicta parecem e se com^onfos.... . . i--:- a~~a~ u™rt nnu 0»hn!.iM, ,1a Tifln.q. fazendo rewfacosJ (TI ae

ra com vivos

Aos nossos veneraveis Irmãos os Palnar-chás Primazes, Arcebispos, Bispos eaos

'outros Ordinários em paz e com-munhâo com a Sé Apostólica.

LEÃO Xlll, PAPA

Vonoravoi* IrmSoa, saudo o bençãoapostólica

^onrintxafiw do n. ii3)

o collegio doa Apóstolos prevaleciaem autori dade a seu Mestre.

Este poder de que falíamos, comreferencia ao próprio collegio doaBispo?, que as Santas Lettras procla-raara abertamente, jamais cessou aEgreja de o reconhecer e altealar.Eis a respeito as declarações dos con-cilios:« Nós lemos que o Pontíficeromano tem julgado oa Prelados detodas as Egrej»s mas não lemoa queelle tenha sido julgado por quemquer que seja. » (1) E a razão destefacto está indicada desde que « nftohn autoridade superior à autoridadeda Sé apostólica. » (2) Eis porqueGeh3Ío assim falia dos decretos dosconcilio8 : a Assim como o que a pri

Mas afasta-se da verdade e repug-

na abortaraente à constituição divi-

na da Egreja, pretender que os Bis- meirft Cftde|fa nft0 appr0vará, nfto

pos devem cada um singularmente r,assimo que confirmou

estar de direito submetüdos à júris-dicção dos Pontífices romanos, mas

que ha direito de impor esta submis-

eâo á universalidade dos Bispos. Qial

é com effiito a verdadeira razfto de

ser a natureza do fundamento? E'

salvaguardar a unidade e a soli-

dez antes da todo o edifbio do quede cada uma de suas paris. Isto 6 tfto

verdadeiro relativamente ao assum-

pto de que tratamos quanto Nosso

Sonhor Jeaua Cbriato quiz pela virtu-

de do fundamento de sua Egrej» ob-

ter que as portas do inferno nfto pos-sara prevalecer sontra e\U. Ninguém

pôde deixar de convir que essa pro-messa divina se deve entender da

Egreja universal e nfto de cada uma

deauaa partes singularmente enci-

radas, porque estas podem realmen-

te ser vencidas pelo esíorço dos in-

fernoa, o que tom realmente aconte-

cido mais de uraa vez que singular-

mente tenham sido vencidos. Além

, disto aquelle que foi collocado á tes

póle vigorar, assimo que confirmoucora a sua sentença ha sido recebido

por toda a Egreja. »(3) Era verdaderactificar ou infirmar as sentenças eos decretos dos concilios tem sidosempre exclusivo direito dos Pontifi-cea roraano3. Leão Magno annullaos actos do conciliabulo d'Epheso ;Damaso rejeitou os de Rimini;Adriano I os de Constantinopla ; e ovigésimo oitavo canon do concilio de

Chalcedooia, porque lhe faltou a ap-

provação e autoridade da Sô acosto-lica, ficou, corao se sabe, sem vigore sem eíTeito. E' pois com razão queno quinto concilio de Latr&o,Lefto X lavrou o seguinnte decreto ;« Consta manifestamente nâo só dostestemunhos d* Eacriptura Santa,das palavras dos Padres e dos outrosPontífices romanos e dos decretosdos sagrados cânones, mas ainda deconfissão formal dos próprios con-cilios, que unicamente o Pontíficeromano, que entfto existir, goza de

desde logo pela sabedoria de Deos,

por cujo conselho foi temperada emodereda a constituição deste go-verno. Demais, deve ae notar que a

perturbarçfto na ordem e relaçõ39mutuas viria da coexistência, emuma sociedade, de duas autoridadesdo mesmo gráo, sem estar uma su-

jeita a outra. Mas a autoridade doPontifica romano é soberana, uni-versai e plenamente independente,a Seria inconveniente que dous Pas-torea fossam instituídos com igualautoridade sobre o mesmo rebanho.Mas que dous superiores, dos quaesum eslá abaixo do outro, sejam ins-tituidos para os mesmos subditos,nfto ha inconveniência; e assim omesmo povo e governado immedia-tamente pelo Parodio, pelo Bispo e

pelo Papa. o (5).(Continua)

O APÓSTOLO{ti ia.

fiio, *,& ffufulno de Jéoé.

O ESPIRITISMO

disto aquelle que foi couocaao s »«- uma yeztad.rib.nb. total»*.». MMi'-CfllliWí»obt„*,». con-

te

ti

. i.'í

rhraente possuir o império nfto só

sobre as ovelhas diapersas mas sobre

todo o conjuncto das ovelhas remi-

das. Por ventura a universalidadedas ovelhas e governada e conduzida

paio seu pastor? Por ventura os sue-

cessores dos Apóstolos, completa-

mente unidos, sfto o fundamento so-

bre que o sucsesaor de Pedro se

apoia para achar a solidez?

Quem possue as chavas do reino

doscóostera evidentemente direito

e autoridade nfto sò sobre as provin-das singulares mu sobra todos ao

mesmo tempo ; e assim como os Bis-

po*, cada ura em seu tarritorio, go-vernam com uma. verdadeira autori-

dade nfto somente cada indivíduo,mas toda a comraunida de, do mes-

mo modo os Pontífices rominos cuja

cilios, para convooal-os, tran^feril-oae dissolvel-os. » (t)

A* Lettras Santas attestam clara-mente que as chaves do reino do cóoforam sò confiadas a Pedro e tam-bem que o poder de ligar e desligarfora conferido ao Apóstolos conju-ctamente com Pedro; mas jamaisninguém attestou donde os Aposto-los tenham recebido o summo polersem Pedro e contra Pedro.

Portanto o decreto do concilio do.

Continua a grassar e de um raodoextraordinário vai se propagandonesta capital tv-kmoura do espiri-tismo !

Nfto sabemos se por curiosidade,ao por falia de educação moral ouem conseqüência da separação daEgreja do Estado, julgando-se umareligião a tal loucura; mas o certoé que vai elle contaminando a mui-tos e penetrando nas famílias, quepor uma curiosidade inexplicável,ou por sentimentos supersticiosos,acceitam-no sem medirem suas con-seqüências que ernquanto enviamloucos para o hospital inundam de

lagrimas o lar.Jà tivemos de noa oecupar desta

questão e demonstrámos que sendoverdadeira superstição, ou raanifes-tações diabólicas, é também a tx-

ploraçâo dos tolos, dos sentimenta-listas pslos expertos que vfto saben-do aproveitar-se da ignorância dos

I curiosos, acerescendo ser prejudicialera todos os sentidos.

Continuaremos e nfto ficaremoscallados. Suboremo* cumprir nossa

fazendo revelações (1) de acòordp comos médium-, qoe nfto deixam de im-

pressionar os consultantes que seracham sob qnalqoer irapre-eâo,maior ou menor, segundo o preparotheatral de qne ae revestem as ses-

sõ^s,o sentimentalismo e estado ner-

{voso da victima.Nfto negamos o espiritismo, antes

reconhecemos soa existência, quonâo sendo a influencia do diabo so-bre as creaturas, é verdadeira burlacorao o que suecede entre nós, sendoelle explorado por qualqner esper-talhâo que se consíitua médium oumesmo medico para melhor attrahiros tolos e os pobres que acreditam

que possam se curar ou conhecerdo futuro ou do desconhecido pelasrevelações dos fallecidosl

Já declafàmos que o espiritismonâo ó conquista deste século, porémdescoberta de Sirafto Mago, que foi

o primeiro espirita que fez experien-cia e deu uma sessão solemne, da

qual resultou ficar com as pernasquebradas.

Assim ccmprehendara os catholi-cos que nfto passando o espiritismode uma superstição ou de uma ma-

nifestaçftr ou influencia diabólica,nfto podem assistir suas sessões, e

assistindo 6 uma apostasia ou rene

gaçâo da fé.S. Paulo mesmo, como que pre-

vendo os tempos actuaes, nos previnira contra as tentaçõaa dos falsos

prophetas quando dissera: ainda

quo ura anjo do céo venha pregar-me ura outro evangelho q.e nfto

seja o da Egreja, eu nfto acreditaria.E' a verdade. Fora da Egreja nfto

ha outro ensino ou doutrina sobre a

religião.O espiritismo é uma mentira, uma

superstição e uma pratica condem-naval, condemn&da e perigosa.

Porque não se vende logo?

O Sr. Serzedello Qftirèa, rehtordo orçamento da receita, apresen-tou ante-hontem na câmara um pro-jpçto, de sua inici*tiv» privada,autoriBando"o governo a faz*r umaoperação de credito tendo por basea Estrada de Ferro Central doBrasil.

O que tem de empenhar-se, ven-da-se logo, diz o povo.

Pois bem: o Sr. Glycerio querempenhar todos os Bancos, rendasdo Brasil, títulos e todos os fundosdepositados de orphãos, ausentes,etc, pjrum empréstimo pequeno !

Agora o Sr. Serzedello quer empe-nhar a estrada de ferro 1

Depois que teremos mal* para,empenhar ?

Assim venda-se tudo, liquide-se,

ponha-se o Brasil em leilão, porqueessas sonhadas operações de cre-dito nfto podendo concertar asflnan-

çasdo Brasil, aspeiorarfto trazendo

para o futuro novas complicações,outras difflculiades e maiores com-

proraissos.Que crise, que futuro nos aguarda!

Jornal de modas

Recebemos o n. 37 do anno XVllldo importante jornal de modas pa-riaiensea, o Pelit echode Ia Mode, corabeilo texto e elegante* figurinos»trazendo ainda um molde de tama-nho natural.

E* agente delle o Sr. A. F. R*y-naud, a quem agradecemos a of-,ferta.

Os nascimentos na França

Os nascimentos na França tem ul-timamente descido a 25 sobre 1,000habitantes, o que na eí-talislica da.nascimentos está inferior à Irlanda,

que ô esgotada pela fome e pelaemigração.

Este phenomeno, posto que sejaobjecto de estudo e apprehensõesde quantos se interessam pelo bem

¦V-'

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sedia,

Festa da Piedade1 Q8 UUHU1U3 o. im»iw»i»-. r~— .

Na egreja da Cruz do* Militares da p(ltriai ô attribuido á corrupçãocelebrará amanhã, às li horas do do8 c09tumes entrada pelas escolasdo dos costumes entrada pelas escolas

a festa de Nossa Senhora da! jejgagPiedade, com missa solemne e ser-mâo ao Evangelho.

A' noite haverá Te-Deum, pregando

j missão diante da propaganda quo Amara'.Vaticano, que definio a natureza o|com tanta vitalidade se desenvolvea força do primado do Pontífice r°-|c()m

gran(ie prej<iizo da paz e har-mano, nâo introduzio uma opiniãonova, mas firmou a antiga e cons-

tante fô de todos os séculos.Entretanto, a submissão dos mes-

mos subditos a esse poder gêmeo

AerostatoA ;„vw!mvi..i --••¦ O profeesor Assman. da Sociedade

o Rvm. Sr. Conego J»sé Gurgei do \ Aerostatica de Berlim, acaba depu-' blicar o resultado de; 47 ascençõea

effectua^as pela sociedade

mo modo os fonniiow iuw.»«« «-^ «- .... »juri.dicí». ab.ro, lod. . so.iedad.

jnlo M confio n. .dm.nn.lr.ca..

christà, teu todas as partes dessa

sociedade reunidas em uma*ó,sub- (l) H*drianoIl, m Ailoc. lll ada.'.- . - a»., nndflr Svn. Rotn. an.869. cf. Acttonem

mettidas e obedientes a seu poder. .m^* con3Unlinop. VI.N„«oS.nh.r 3jm Chri-o. N6..| LXXXV[ >dtemos dito sufflcientemente, deu n «-> -\H

monia das familiaB, ou da mentali-dade desses ouriosos tolos que sedeixara enganar pelos mediums I

Diante do que se passa entre nòs,

parece que jà estamos próximo aofim do mundo, tantos sâo os falsos

prophelas de que no* previnio NossoSenhor Jesu* Christo afim de quepor elle* nfto nos devassemos ar-rastar ou seduzir.

Por toda a parte conferências es-

Mez do Rosário

Começou hontem no Mosteiro deS. Bento a devoção do Rosário,sendo feita nos dias ulois ás 8 horasda manhã, e aos domingos e dias»santifleados às 9 horas, por occasiãoda missa.

Matriz da Candelária

Acha-se interi ramente no gover-no da freguezia da Candelária o

Verificou-se que a maior elevaçãoattingida por ura balão conduzindohomens foi de 9.151 metros. Cora obalão de registros chamado Cirrusfoi attingida a altura de 18.500 me-tro*. Na eltura de 7.700 metros osaeronantas registraram uma lempa-^ratara de 36* 1/2 abaixo de zero. A'%9.150 metros o frio ora de 48*.

« Archivo do Districto Federal »

Recebemos o n. 8 desta interas-temos dito sutncien»9iuoia.D, -w—luMiasllíBii * "" " r • «no ua ,"'8UW" "" w" "I *•w—Pedro e s seus suecessores o raunus^10™ piritas e sessões onde os espmtos ap- 9Q amiga e zeloso Vigário deUnte publicação de documenta

de ser seus Vigário, o de exercer par- ^(3) E*p. XXVI ad Ep. Dardan.oo,, ......

petuamente na Egrejo o mesmo po- • _

der que elle exerceu durante sua * (4) Ses*. IV, csP. III.

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,6) s Tll0m„, lo IV ,en., di.lJs-Jo.é. Mona.nbor ViC.rtoo J«* par. . Wa».>iada.ta cidadã.

lxVll,a,V.adq.4ad3. IdaCuats. I Agradeoemoi.|¦¦.'¦-¦

¦^¦V

Sexta-feira â tle Outubro de 1896

'& :

m

EXPEDIENTE DO ÃRCEB1SPÃD0

Casamentos

Passaram-se as seguintes provi*soes:

Josó Vieira Goulart Júnior comElvira dos Anjos Linhares Borges.

João Netto com Carolina Antoniadoe Santos.

Aflonso Pimenta Velloso comAlda Marinha Leito Alves.

Antônio Monteiro Victoria comCândida Teixeira Magalhães.

Manoel Rodrigues de Carvalho Ju-nior com Idalina Tavares da Silva.

José Antônio Fernandes com Ma-ria Cândida Rodrigues.

Anníbal Josó de Carvalho comThereza <Je Jesus.

Josó da Fonseca com J >aqaina do,vas, pouco instruídas e mal educaEspirito Santo. das, mas ainda aviltando so outra

Archanjo Virginio de Sant'Anna raça por conta de uma civilisaçâocom Maria da Conceição. oxcopcional, producto do terror, por

Eugênio Cordeiro da Silva com um lado, e da ambição de ouro, porCarolina Rosa Moura. [outro lado, introduzindo no traba-

lho de suas terras o elemento es-cravo em voz do elemento livre!

Mas nâo foi o gênio americanoDISCURSOPronunciado pelo Padre Bellarmlno Josó de ,,•.•«-, i

Souia no dia 27 de Setembro de 1896, por fi»« creou aquella instituição de-oecaslio de tomar assento no Instituto Hls-' gradante —foi o gênio europeu maistorteo e Qeoítaphlco Brasileiro. I amigQ dQ trafioo nQ 0xlrang6Ír0 quQ

[Conclusão)II

Tratando-se de instruir, corrigir ooducar uma nação ainda infanta,quo apenas nasce, solta o primeiro

Domingos Samparo c^ra Maria de vagido no moio da cornmoção doJesus F'gueirede. sou século, e preciso verificar se

Antônio Pinto de Almeida Guima- as impressões do terror do seeulorães com Mai ia Armind-» de Aze- passado e da ambição guerreiravedo.

Donienico Cornara com MariaJoria.

Foriunato Netto com JosephaDiôr.

Leopoldo Augusto Proença Gomesccui Lucinda Ramoâ Mello.

Felisberto Antônio Serodio comErmelinda Rosa Lrp 8.

Joaquim José do Oliveira comJoonna da Costa Frera*.

José Ferreira da Silva com JoannaCtz?r da Silveira Gircez.

Antônio de Paiva e Silva comAdelina Teixeira.

Carlos Barbosa Guesta com AliceMarquos Dias.

Ernesto Nesi com J.iia da CostaFzrreirn.

Româo da Silva com Alzira Fer-nandes Marques.

José Pan >zo com Thereza Apinell'.Antônio Pereira de Rezende com

Francisco Brito de Souza.Jo?ó Ribeiro França com Antonia

Rosa Nuner.Antônio Jotiquim Fernandes com

Marie Joanne.Miguel Joaquim Messias com Ma-

ria Bernardina Bo-ge-.Antônio Manoel Enleves cora M -

ria Julia Mourão.Deraetrio Ferreira de Castro com

Conceição Maria Gonçalves.Constantna Hansch cora Ceciiia

Teimo.Nicanor Pompeu da Cruz Sobral

com Francisca de 0'iveira.Bonifácio Lista com Maria Joso

pha Salanos.Gregorio Tnomaz Vieira com

Francisca da Conceição P^zo.Joaquim Teixeira Pinto com Emi-

lia D^minguea da C ata.Paulo Thom; z com Maria Donati.Antorio do Oliveira com Isabel

Maria.Marcellino Marques da Cruz com

Maria dos Pi azares.Agostinho Pereira da Silva com

Maria Lopes de Carvalho.Nicoláj Andréa som Maria Panza.Avelino Pereira Neves com Julia

Maria da Pnrficaçâr.Manoel Forreira F rtunoto cora

M iiiòi da Conceição.João Teixeira Mesquita com Lau*

dina deSani'Arna.Luiz José da Rocha Silveira cora

Presciliana Iria Corro».Joaquim Antônio Pires com Julia

Vieira Cardoso.Josó Rodrigues Xavier Gouvôa

com Gertrudes Cândida.Francisco Joíó de Faria com An-

geliua Augusta.Jofto Baptista Reinaud com Mtria

Andrelini pourroy. I

dos primeiros annos deste, actua-ram no espirito, nos costumes, nareligião, na política das novas na-ções da America latina.

Eu penso que sim, sonhoros, porquo ao primeiro grito de nossa in-dependência, quo ó facto natural oexpontâneo ontro povos quo nuncase deixam escravisar, e aos quaesse dá a consagração de um direitoindisputável particularmente tra-tando-so dos habitantes de um con-tinente rico, o ardor das idóas revo-lucionarias exerceu poderosa influeneia na formação dos novospaizesda nossa America, retarnan-do o sou progresso e movimentan-do-os om sentido contrario a índolereconhecidamente laboriosa, crentee pacifica dos nossos povos.

Porque, pergunto, excepção doBrasil, em logar de uma grandeconfederação do Pacifico, como nóssomos do Attlantico, appareceramalli diversos Estados independemos?Que causa motivou a divisão da*quelles povos? A lingua ? Não, quoelles faliam a mesma lingua; o sangue? Não, que ollos nutrem o mesmo sanguo, o possuom os mesmoshábitos de vida ; a religião? Tam-bom não, que toda aquella raça temo gonio da devoção, sendo de láeleita a paclrooira do toda a Amo-rica ; (1) sò separada pelo egoísmoquo o falso patriotismo, em nomedas idóas separatistas, creou con-tra a unidado da mesma raça ; con-deranada a viver armada om guer-ras de extermínio simultâneo.

Não podemos dar o facto por con-ta daquollas constanlos lutas ontreas tribus do lá, porquo as mesmasguerras selvagens oxistiram ontroas de cá, não determinando, poreste motivo, a divisão de nossa pa-tria. Depois seria confundir o es*tado bárbaro com o estado civilisa*do, quo as transformou mudandoa ferocidade nativa em costumesbrandos e aperfeiçoados.

Eu encontro o efleito em outras!causas. A America meridional naluralmonte sonhadora, desejosa do

do trabalho livre, desvirtuando, poresta fôrma, a intenção civilisadorados primeiros obreiros do Evange-lho, conforme diz o padre AntônioVieira em uma do suas cartas aorei do Portugal, faltando do Brasil:

«Sâo os Inhoiguaras gento degrande resolução e valor, e total-mente impaciento de sujeição; etondo-so retirado com suas armasaos logaros mais oceultos e defen-saveis das suas brenhas, em distan-cia mais de 50 léguas lá foram bus-cados, achados, cercados, rendidose tomados quasi todos, sem damnomais quo de dois indios nossos, le-vemente feridos. Ficaram prisionei*ros 240, os quaes, conforme as leisde Vossa Magostade, a titulo de have-rem impedido a pregação do Evangelho,foram julgados por escravos e repartidosaos soldados. »(2)

Tríplice argumento eu formo dofacto exposto: em primoiro logar,contra a inoxatidão das leis de SuaMagostade, mandando escravisarindios por impedirem a pregação doEvangelho, quando, pelo contrario,muitas vozes só a imagem do Cruci-ficado era um missionário entre astribus mais rebeldes; em segundologar, contra a revolução do seeulo,que em nada modificou o sontimentoretrogrado o bárbaro dos conquis-tadores do seeulo XVII, sendo quoaquella revolução, debaixo de cujainfluencia se fizeram as novas na-ções, é outra mentira om sous efiei-tos o doutrina; em terceiro logar,contra esta colonisação aventureiraquo se procura introduzir no paizom opposição aos costumes, ás tra-dições o ás crenças dos naturaes.

Como se explica que, om nomeda omancipaçâo dos povos difinidapola revolução social, viesse a es-cravidáo para um continente do li-berdade? Eis um facto problema-tico quo não tem solução lógica nosprincípios geraes da sociologia, nodomínio da philosophia da historia.

Só parece quo os conquistadoresdeste século quizeram ganhar naAmerica o quo perderam na Europacom as suas revoluções. Acabarampor lá a sua acção devastadora, ecomeçaram por aqui pelo caminhoda servidão alheia, na dosesporaçâodo perdas soflridas, fraccionando ocontinonte para traficarem naquel-les paizes, onde as nações indígenas,perseguidas, haviam recebido já o

João Clemente Bandeira cora Gui* só princípios, doutrinas e theorias ainda aquella bella paz, que eralhermina de Araújo. (de grande peso para gerações no^para gosar como paiz opulento da

- mais opulenta rogião do globo, on deo maná da abundância ó distribuídocom equidade pela mão da Provi-dencia; único paiz onde não temlogar a guerra pela fome, onde aquestão operaria, que agita a Euro-pa nestes últimos annos, está por simesma resolvida pela extensão deseu território, pela fecundidade deseu solo.

Nós, povos conquistados, temoslutado muito, para caminharmos,contra antigos preconceitos herda-dos. Fizemos uma revolução pelaindependência, outra revolução polaliberdade, e uma terceira revoluçãocujas conseqüências actuam sus-pensas sobre as nossas cabeças comtoda a força de uma trovoada.

Virá uma quarta revolução, quemsabe? Será política, religiosa, finan-ceira ?

A historia do Brasil está cheia desuecessos desordenados, escripta co-mo se fora uma lenda, sem aquelleapoio dos conceitos que, na narra-ção dos acontecimentos, poderiamofierecer abundante cabedal de en-sinamentos positivos para uma com-pleta reforma e segura orientação.

Abramos porta larga aos auxilia-res de boa vontade que preenchamos grandes fins desta associação,revolvendo com espirito imparcial ecalmo a historia de quasi um séculode vida nacional.

Taes são as considerações quefaço em velha prosa com os volhossócios do Instituto Histórico, ondeoecupo esta cadeira mais por uraacto do benevolência das commis-soes, quo me julgaram, do que pelomerecimento próprio que faço subs-tituir pelo amor ao trabalho, aoculto que devo ás letras pátrias e ávenerabilidade do Instituto.

baptismo da civilisaçâo christã, oi por conseguinte de sua liberdade.

SENADOO DIVORCIO

entrar no goso dos direitos qu, a . Fomog naç&0 ^^ qs ^revolução doutrinai do seeulo XVIll limog clarões do g.;andQ incondioe continuada neste seeulo qualifi- revolucionario Aqui[Io efa Qcou de direto, do homem, precipitou- fumQ rubrQ de consuraidorse muito, adiantando-se nas idóas do forças cohesiva8j de fralernidaderevolucionárias do tempo e inspi ',,„,„„_. i. «li... jK' . v humana, de consciências, de cararando-se nellas para se fraccionar „,„rAa „„„-„»., - u a^ actoros, pareceu .nos luz benéfica deem pequenas nações da mesma „,„„-„„„„ „«.. . j-K t esperança para todos os direitos eraça* para todas as conquistas do tra-

A nossa America começou por jjauJ0onde a Europa acabou—por um errode applicação, accommodando não

Pura iiluôao 1 O Brasil não leve

(1) Santa Rosa de Lima. j (2) Antônio Vieira—Carta ao reide Portugal-1660.

: Discarão pronunciado na sessãode 17 de Julho de 1896

(Continuação do n. 113}

O Sr. Alberto Gonçalves—Desdoa primeira pagina do livro do Gene-süt, encontramos que o Creador, do-pois do haver estabelecido os funda-montos da Torra, ordenado seuselementos e creado as forças vivas,tratou do ornal-a para receber seurei; e, depois de haver formadoAdão de um pouco do barro, dou-lhe um sopro do vida ; mas, vondoque, como disso honlom o illustrosenador pelo Maranhão, Adão, ape-zar de tor todas as felicidades noParaizo, ainda não poderia ter ocomplemento do sua ventura estan-do só, resolveu dar lhe uma companheira tirada de sua própria na-tureza, e á sua vista, de seu coraçãocheio de ura novo arnor, escapa ocelebro opithalamio quo revela aomundo futuro a essência o assentasleis do casamento:

Ei* o osso de meus ossos, a carne deminha carne ; por causa de sua mulher,o homem deixard seu pae e sua mãe,unir-se-ha a ella e serão dous em umasó carne. E Doos respondeu a essegrito de amor, por uma benção fe-cunda, donde aahio a humanidade:Crescei e multiplicai-vos, dominai ospeixes que nadam no profundo dos ma-res, etc.

E' justamente esto o casamentoquo serve de typoe rnodoloa todosos casamentos. E' o {que refere ahistoria,

O Sr. Joakim Catunda — A histo-ria, nâo, senhor.

O Sn. Alberto Gonçalves—Estoucitando as Escripturas, com o fim dotirar argumento conlra o nobre se-nador autor do projecto que dollasse servio. Parece que V, Ex. estáum pouco distraindo.

Apezar destas leis do matrimônioserem as mais santas possíveis, coma multiplicação da espécie, foramsendo esquecidas. Então Deosesco-lheu um povo que guardasse as san-tas tradições; o elle honrou o casa-mento muito mais que qualquoroutro povo.

Mas este povo de cabeça dura— dura cervice — era violento, obsti-nado por temperamento, robusto porconstituição, expunha-se a violen-cias capazes de ensangüentar o lardoméstico, mesmo por causa do seucommercio, de suas relações com ospovos idolatras, com os quaes visi-nhava; de modo que o legisladorhebreu vio-se forçado a relaxar oslaços da instituição primitiva. Moy-sés perraittio o repudio ; mas esteacto era cercado do tantas precau-ções legaes que se podem consido-rar como outros tantos protestosdos desejos de Deos contra sua in-dulgoncia ; o aquelles que delia soaproveitam durante o longo períododo êxodo ató o captiveiro sâo tãoraros que nem a historia santa dei-les faz menção, diz um autor.

Mas, depois que veio o divino le-gislador, com a sua autoridade di-vina declara quo vem abrogar essapermissão quo a dureza de coraçãohavia extorquido a Moysós e disso:não lestes que o Creador fez no principioo Iwmem e a mulher e disse; por causadelia o homem deixard seu pae, sua mãee ligar-se-ha a sua mulher e serão dousem uma sò carne? Não se atreva o ho-mem a separar aquillo que Deos unio.

Em outro logar:Todo aquelle que deixar sua mulher,

se não fôr por causa de infidelidade, edesposar uma outra, commeUerd umadultério.

O Sr. Coelho Rodrigues — Logo,no caso do infidelidade não com-mette.

O Sr. Alberto Gonçalves — Estaconclusão do illustre senador ó quenão oslà aqui.

O Sr. Coelho Rodrioubs —• Masestá na lógica.

O Sr. Alberto Gonçalves — Ellaó muito mais extensa do quo JesusChristo quiz, o o honrado senadorverá. Este texto contóm duas par-les. A primoira comprehonde odi-roito que o marido tom de separar-se de sua mulher por causa de infl-delidado. Na segunda Josus Christoexplica o quo ó prohibido ao maridodepois de soparar-so da mulhor;isto ó, prohibo que ello se case, sobpona de commetter também um adul-terio.

O illustro senador não ignora,justamonte por ler os Evangelhos,aquelle preceito deS. Pedro quo dizquo a interpretação das Escripturasnão so devo fazer por conta própria.

O Sr. Coelho Rodrigues — Refe-rindo-so ás Epístolas de S. Paulo,tenho idéa de um texto assim.

O Sr. Alberto Gonçalves —Não,referindo so ás passagens da Escri*ptura.

E nada mais natural. Assim comoseria inepto o governo que entre»gassa o seu código, a sua consti-tuição política á livro interpretaçãodos cidadãos o nâo estabelecesseum tribunal para explicar-lho o sen-tido; assim também Jesus Christo

. '

'¦"' ::'

Sexta-feira £ de Outubro de 1896 3

teria dado um triste attestado de, Com n.urns saudades desped-mesua sabedoria e previdência se nâo !da terra ttr.a Ia de meu berço, ondeoreasso tambem um tribunal para jaindaco itiriuam os entea mais carosdar a verdadeira interpretação, o,de meu coração de filho e irmão,verdadeiro sentido de suas pala-i No Maranhão fui em terra, ondevras e de sua doutrina. Por issoiOfierecea-me ura opiparo alrnoç > ofoi que elie fundou a sua Egreja, à *

qual confiou esta missão.(Continua.)

CORRESPONDÊNCIA

MANÁOS

8 da Agosto de 1803.

(ContiaaçuSo do n. 113)

Marquei rainha partida para oAmazonas o dia 14.

Eram meus companheiros o Viga-rio Joào Bandeira, o DK BelisarioTevora o o fizjaUiiro J;ào CarlosPacheco de Queiroz.

Da-caiiçàuioa na villa do Riachodo Sangue,

Nessa tardo o Vigário Bandeiraseguio directamente para o Q lixada,onde ia tou.ar o trem e noa outrostomámo? outra estrada, que nos cm-dúzia para a ftze.ida G)neralCla-rindo, do nôo fazendeiro e proprie-tario capitão Francisco de AssisHollanda, sogro do Dr. Bdhario Ta-vora.

Chegámos ao Carindo na noitede lõ, onde a mais doce e affavelhospedagem nos o*perava. Estivemos ahi todo o dia 16 o na manhãde 17 partirms para o Q lix idá.

O capilâo Hollanda tem cinco fa-zendas, sendo de tres oa nomes sa-

guintes: Saldanha da Gama, OuroPreto e General Clarindo.

Passámos no grando açude doQ lixada, onde nos recebeu com mui-ta bondade o engenheiro chefe Dr.Josó Banto da Cunha Figueiredo.

K'uma obra gigantes..Falta 41/2metros para sua conclusão. Percor-remos a parede toda ; dà vertigem.Vai ser a mais notável obra hydrau-lica do Brasil.

Náo se pôde calcular a prosperi-dade futura do Quixadá com obratâo monumental. Precisa já esUbe-lecer um bond a vapor entre a cidadeeo açude. Dará grande resultado.

Seguimos vitgeni e deauançáraosalguma cousa na cidade. Cjui muitabondade noa tratou o padre AntônioLúcio.

Partimos á tarde e fomos pernoi-tar na fazenda Flora do coronol Bil-thazar Lopes de Lima, que se achaenfermo de uma congestão.

O coronel Dada (npellido porque ôconhecido pelo povo), ó irmão docipitâo_ Francisco de H ollanda e acrôr no que dizem possuo maia dedois mil contos.

E' casado com uma creatura vir»tuosissima, D. Maria Libania Lopesde Lima ; nâo tem filhos.

Dada não póie fallar, mas temconsciência do seu estado. Chorouquando me vio, recordando nossavelha amizade e o seu triste estado.

Na manhã de 18 tomámos o tremna estação do Jurno. Chegámosnesse mesmo dia na capital.

No dia seguinte houve muita festaealegna no seminário, dirigi lo pelos (progredir de modo maravilhoso,

padres da Missão deS. Vicente de Bellissimos palacetes e Btiu nobrespaa|a [estão sendo construidas era todo o

O lempo nfto chegou psrs abrir 0:PerÍQ'«tr0 da cidado' ° ,uxo- a Pr°8'coração sos velhos amigos e conhe-. Peridftde e grande*â futu™ dâ M*

tenente-coronel Francisco Xavier deCarvalho, chefe de numerosa e dis-tincta fimilía.

No Pará demorou-se o navio maisde dois dias, deixando alli 6,490 vo-lumes.

Tive occasiào de conhecer pessoal-menlo o Monsenhor Riy mundoAmando de Miranda, uma das maispoderosas inlellige.ogias do clerobrasileiro. E' um homem ds estaturamediana ; mas com bastante força ecapacidade para agüentar todo opeso do episcopado. Com iguaespredicados está ao sou lado o Dr.Maneio C tétano Ribeiro, temívelpolemista e sacerdote de grande me-recimento.

Deixámos o Pará na manhã de 28.Tínhamos a bordo bons camaradas.Joaquim Rocha dos Sant09, jorna-lista da escola do Rio, espalhavaconstantemente flores nos salões doAlagoas. O desembargador Salus-tiano Gomes, juiz seccional e umadas maiores glorias da magistraturabrasileira, muito suavisara a mono-tonia da marcha de um paquete.Além destes muitos outros compa-nhei 05.

Pelas 2 horas da tarde de 31 deJulho aportou o Alogôis na formosaChicago brasileira.

Dapois das visitas do estylo todossaltaram era terra, sempre admi-rando o progresso de Manáns.

No dia 23 de Julho passado assu-mio a administração deste grande efuturoso Estudo o Dr. Fileto PiresFerreira, por ter findado o seu qua-triennio administrativo o Dr. Eiuar-do Gonçalves Ribeiro.

O Dr. Eduardo Ribeiro inaugurou«Iguraas obras publicas, jâ conclui-das, antes de deixar o govorno.c >moo jardim em frente á calhe Irai, a 1*o 2' ponte da rua Municipal e a via-ção férrea circulando a cidade, alómde moitas outras inauguradas du-ranle nua administração.

A opposição aceusa-o de ter gasto45 mil contos em quatro anno3 ; masnâo são as ...soinm^s de dinheiro gaa-tas pelos governos que constituemerros econômicos, e sim a conserva-ção desde dinheiro em cofre semap:dical-o em beneficio publico.

Nem me-ímo a divida, ás vezes, óum crime era econonomia politiza.

A'* vezes ô necessário dever oin-ooenta mil contos para depois h tverduzentos mil, como se está dandoera S. Paulo, cuja prosperidade sôpôde ser perturbada no futuro pelapreponderância do eloraenlo extran-geiro.

S. Paulo jâ ó mais italiano do quebrasileiro.

A absorpçâo do elemento nacio-nal pelo extrangeiro ha de dar-sefatalmente.

A cidade de Manáos continua a

COMMÜNICADO

0 pa^re Antônio Pinheiro de SouzaBrandão

cidos.Tomei passagem na tarde de 21 no

pxcellenle paquete Aligèis, quo con-duzio para o desterro a Familia Im-perial, o almirante Wandenkolk, eultimamente foi revoltoso com o ai-mirante Mello.

Q tem ha ahi, era toda a vasta zonado Norte de Minas,quo nfloconbeç»,que n3o ame, que não venere o nomeabençoado que exarna estas linhas,cuja vida austera e exemplar temsido um continuo Apostolado doBem?

E quem se não honrará em cobrirde beijos suas mãos bemfezejas, tâocedo santificadas no exercício con-stunte das mais sublimes virtudeschriatâs ?

Qae o digam os orphaos, as viu-vas, os pobres, os desamparados, osaf3'ctos, os infelizes de toda a sorte,para os quaes vivera sempre abertosos thesouros inexhauriveis de seubondoso coração.

O padre Antônio Pinheiro é filhoda cidade do Serro, deste pequenoe abençoado torrão de Minas, o qual,mais que pelo ouro de seus ricosveios, mais que pelos diamantes desuas preciosas minas, se distinguepelo talento, pelas virtudes e pelopatriotismo de seus filhos.

Sim ! Qae para o Serro parece te-rem sido escriplos os bellos versosde Aureliano Lessa, cujalyra inspi-rada alli por tanto tempo desferioseus primorosos carmes:

Tu tene, ó rival de Ophir,Outras jóias, outros brilhos;Teu thesouro hão teus filhos,Tua gloria ó seu porvir I

E quando, para prova de nossoasserto, muitos outros distinetissi-mos brasileiros alli não tivessem tidoseu berço ; quando elle nao fosse apátria doa O.tonis, dos Felicios dosSantos, do Exn. Sr. B:spo da Dia-mantina—¦ gloria puríssima, não eòdo episcopado brasileiro, mas detodo o catholicismo, bastava lhe ternascido em seu seio o Dr. Vieira deAndrade, o medico illustradissimo,o talento ü'escol, o caracter adaman-tino e o coração de ouro, que, comoha pouco ao subsoriptor destas li-nhasdisseo conselheiro Malta Mi-chado, é uma verdadeira gloria, nãodo Serro, não de Minas, não do Bra-sil, mas de toda a humanidade.

Causa realmente assombro, nesteséculo de scepticismo atroz, de in-diííerontismo glacUl, este vulto In-raerico e sobreh imano, que, como omonge Alphus da lenda deSchubert,merece ser aponta io com o dedocomo um homem vindo de outrosmundos, batendo-se, oomo um gi-gante, pelos bellos ideaos do chiis-tianismo, ideaes que hoje de&lura-bram nossos olho?, embaçados pelasdoutrinas materialistas; reencarnan-do, em pleno século XIX, as almasde Brulus, de Catão, de Aristóteles ede S. Vicente de Paula 1

Pois foi tambem nesse recantoabençoado de Minas que, era 1861,nasceu o padre An.onio Pinheiro,ignorandiseo dia, que sua exage-rada modéstia não deixa transpare-cer, para evitar assim as bênçãos eas manifestações de gratidão de seusnumerosos beneficiados.

E nesse meio onde viveu tantosannos o Dr. Vieirs de Andrade, ondeperdura o perdurará indelével suamemória queri la- íôcj perenne dasmais actyaolad s virtudes —, ó dif-fiicilituo, ô quasi impossível a ura

Par* iiso ibí será preciso sahirmoi'o fórn do c í.nraum dos homens,elevar se muitíssimo no exercíciodas virtudes ch isiâs, ter um coraçãoverdadeiramente privilegiado, umaorganisaçái especial, destas que aGraça de Usos tó fôrma quan io, nodizer de Balmes, quer derramar so-bre a lerra o thesouro de suasbênçãos.

E tal é o virtuoso sacerdote que.desconhecido do mundo, vive a es-palhar benefícios a fiux pelos sertõe*de Minas, lembrando-nos, a cidapasso, admiráveis passagens da vidade Frei Barth>lomeu dos M^rtyros,tâo bem traçadas por Frei Iviiz deSouza; a cada passo nos trazendo àmemória lances sublimes do typoadorável de Myriel, tfto magistralmente esboçado por Victor H igo.

(Continúi).

———

nãos vão abrir bói 1. e dsoisiva luetacom a própria capital fedoral,

N» noite de 2 deste mez houvegrande illuminaçáo marítima e era ! pobre mortal conseguir, pela praticaterra em honra do Dr. Eduardo Ri- j do bem, mormente pela caridadebeiro. Foi am espsctaculo deaJura-' evangélica e pela generosidtde, im-brantitsimo. ' pôr-se à admiração geral.

APEOÍDOS

Padre Trigueiro

Dia 3 deste deu almt ao Creador,padre Antônio José da Silva Tri-gueiro, e dia 5 desappareceu davista do mundo, foi sepultado na suatorra natal, onde era Vigário, cida-de do Bomflra, e da Comarca Ec-clesiastica 1

Padre Trigueiro foi grande emtudo, até para morrer l Feliz e nâopodi» ?erDor menos, nt Egreja umzelo e poliiez invejável; verdadeiroministro de J<?su» Christo !

Cora sua maneira aff.vol chimavaattenção de tmlo.8 com geito e graça,assim todos amavam.

Latino grande, philosopho respei-tavel, rhetorico bom, tinha o dom deconvicção, sabia angiriar, captiv.r,prendera? aitençõe.s cira sua lógicaprofunda, tudo, tudo com profundahumildade, virtude rara em homumde sua côr e saber I Padre Trigueirono ifltar tinha um aspecto respeita-vel, na cadeira da verdade ou p íl-pito satisfazia pnfeitarnente o logarque d'gnamenie oecupava, nada dei-xava a desejar.

No civil entendido, q ie oa forma-dos reconheciam o seu saber, defen-sor sul lime e polido nunca causoudesafiem aos órgãos da justiça, em-fim padre Trigueiro ora homemsingular.

Nos festins seus brindes interes-santes e jocosos, dando sempre ma-nifosto de seu talento e pjli iez.

Musico de força, tocava todos osinstrumentos, quer de sopro comode cordas, e no pinho en insigne,nas canções encantador, para tudocom muita graça.

Feliz e tflo feliz ató para morrer!Como? Tava uma revelação queseus dias estavam confaios, e queera tempo ; preparou se com os sacramentos para viagem eterna, dei-xando em pranto a cidade do Bom-fim, perdeu ella seu pastor, seufilho amado, homem popular e arai-go sincero, que de sous lábios sópartiam palavras de fcffictos, defôrma quo iodos o queriam bem.

Padre Ttigneiro foi fingular navida e na morte. A terra lhe sejalevo.

S. José do Paraopjba, 5 de Setem-bro de 1806.

Padre Domingos Gomes Carmo.

ANNUNCIOS

PIAISi.uio.\m.\s

de diaersn, modelos», acham-•aa a venda no e«tlal>eleeiuien-todeF. GUIGOl*,

9 RUÍDOS OURIVES 9Alifta-H, e«a:triam-aa > afiaaa-it

PIANOS

0 HI il OÜT0RR0ou

o mi do Santíssimo rosárioDO

Conego José Marcellino de SouzaBittencourt

Cura da Cathedral do Porto Alegro1 volume bem encadernado com

575 paginas em p-»noo chagrin,3S500. Pelo correi • 4$000.

Já se aeba à v^nda e*tt* orecio.solivrinho que está em sua 3* «liçáo,approvado po* 16 Prelad t. brasilei-ros, 11 dos qu'>b* conferiram indul*gencias aos «eu* diocesanos ; aben-coado e honrado c ipa uma carta doCardeal sficretario «m nome do San-to Padre Leão XIII.

O autor envia para qualquer pon-to sem augmento de porte; »ssiincomo os Sermões do grande Monte-feltro pregados em R ma (30), ernbrochura 8S000. O 1ois volumesencadernados em um 103000.

c-o Ligams. luiz de mm

NA

Cachoeira da TijucaÍOiaiOlDO PBLO

DR. PADRE E. LEDUC

A reabertura dasi aulas teve Io-«ar no dia * de «Tulho.

O director, Padre K. LEDUC.

«RIO DI ÍÉiRO»OBaXo |3ENÜINA1£ZNTE MOHAltCHlSTA

80B A. DiaBKCÇlO DO

Dr. Cavalcanti MelloComeçou a sua publicação na Corto ou Rio

de Janeiro, a 3 de Setembro do 1895.O segundo jornal monarchista quo appa-

roceu depois da cataslrophe nacional do 15de Novembro do 1889.

ASSIONjVTüaAS PARA. jVS PROVÍNCIAS

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