anno xvi sexta-feira 16 de dezembro de 4881...

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ANNO XVI SEXTA-FEIRA 16 DE DEZEMBRO DE 4881 NUMEROyi li ^ÜB REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO 14—16 Rua Nova Ouvidor 14—16 irtüftí { .;;:^l> ..fl.{:¦': I '''.¦Í.f'í-J //!.*¦' ¦ -:l'-.i' '¦''*• H MW^tf PUBLICA-SE ÁS QUARTAS, SEXTAS E DOMINGOS PREÇO DA ASSIGNATURA ADIANTADA Por anuo . 15$00Q | Por semestre 8$000 Dum lucem habeti3, credite in luoem. (S. João, <up. 12, v. 36.) Clama itaque, clama, ne cesses. (Carta de Pio IX á redação do Apóstolo.) A imprensa catholica è uma verdadeira missão perpetua. (Palavras de LeJo XIII.) AOS NOSSOS ASSIGNANTES Pedimos aos' nossos as- signantes em atrazo, man- dem satisfazer suas assig- naturas,' para nao sermos obrigados a suspender a remessa da folha. 0 APÓSTOLO Rio, 16 de Dezembro de 1881. -Causaram-nos agradável impressão os salões da Exposição Industrial, não pela multiplicidade de objectos, que attestara a nossa industria, como pela boa ordem e dis- posição d'elles. Desde a entrada ató' ao mais elevado re- partimento do edifício tudo é bello, tudo desperta a attenção do visitante e lhe incita a vontade de um exame serio e reflectido. A industria nacional está, não ha duvidar, alii bem representada em perfeição de obra, em intelligencia do fabricante, mas estará também, no que é essencial, nacommodi- dade de preços e na abundância de consu- nador? E' o que nos parece mais duvidoso : entre- tanto, é uma questão essencial, de vida ou ÕVmorte para a industria e para o industrial. Produzir bem, e não ter consumidor, é expor a uma morte inevital a producção. Por duas causas se pôde realizar este per- nicioso effeito : ou pela elevação do preço, que afasta o consumidor e o leva à concur- rencia estrangeira pela barateza do similiar ou pela falta absoluta de patriotismo, que é o maior consumidor do que é estrangeiro. •O modo de combater astes dous grandes males, para nós, que não somos economistas, parece que é um, o proteccionismo bem en- tendido. .Pará pôr a industria à mão de todos, pro- tek^e o industrial, dando-se-lhe a matéria- mima-estrangeira e nacional descarregada do imposto, afim de que a obra produza possa ser vendida com commodidade de preço e fique *o alcance de todos. -D-este modo a elevação do imposto sobro a obra importada e a sua baixa sobre a matéria-prima, podem estabelecer a bara- ttíza da industria e crear o consumidor. ¦ - ¦Temos entre nós industria que exclue a estrangeira, e que mais impulso teria s, a matéria-prima, que importamos, fosse ainda menos onerada. O nosso calçado supre perfeitamente as necessidades do consumidor, e teria excluído a concurrencia estrangeira, se a matéria- prima estivesse em proporções mais baixas no imposto. Como esta ha outras industrias, por exem- rio as mobilias, que preenchem eficazmente as nossas necessidades, figuram na exposição perfeitamente acabadas, mas o seu custo estará na mesma razão de commodidade? Com certeza não, e eis porque o fabricante do paiz tem competidor no fabricante estran- g Ota, se nas mobilias eítrangeiras se carre- gáíse o imposto de modo que excluísse para fo5etim do apóstolo ella o consumidor, cora certeza a nossa in- dustria de mobilias produziria o resultado desejado, o bem do consumidor e do pro- ductor. N'esta hypothese ninguém seria prejudi- cado senão o que gosta da industria estran- geira, porque ó estrangeira, e n'este caso então pague elle a sua falta de patriotismo e soffra as conseqüências do luxo, entrando com a differença em bem da industria na- cional. >-M Entre muitos industrias intelligentes ap- parecera alii, cora honra ô amor ao trabalho, os Srs. Rohe & Irmãos, cuja secção de obras ó importantíssima e chama logo a attenção do visitante, entretanto o governo não olha com o cuidado necessário para esses indus- triaes, que com sacrifícios extraordinários proseguem na industria que seus progeni- tores lhes legaram. Como os Srs. Rohe & Irmãos, ha os expo- sitores-de machinas e de muitos outros pro- duetos de iudustria, dos quaes fallaremos era outros artigos e â proporção de nossas visitas aos salões da exposição. Sentimos muito, e desde manifestamos o nosso pezar, a falta na secção de Bellas- Artes; em pintura a pobreza é extraordi- naria. Esperamos que os interessados na indus- tria nacional não descansem, nem se limitem a esta exposição. Quanto mais insistirem na animação ao artista e no pedido de favores ao Estado para elle, quanto mais repetidas forem as exposições, tanto maior será a sua gloria e a graudeza da nossa industria. Acreditamos muito na iniciativa parti- cular para a grandeza de um povo industrial, mas esta inícitiva deve ser tanto produtora como consumidora para que o resultado seja real. E o Estado, que tira grande vantagem da industria nacional, deve por isso animar os industriaes, proporcionar-lhes os meios de que precisarem para arredar embaraços, em uma palavra Res non verba. regado de' pagamentos, que se oceultou e pôde fugir, e assaltando lojas. A causa 6 o atraso de pagamentos. (Do Jornal do Commercio) FOLHINHA CATHOLICA Dezembro 16.Sext. (Têmporas, jejum). Os SS. Valentim e seu filho Concordio, Navales e Agrícola, mm.; os três meninos Ananias, Azarias.e Misaol; S. Albina, v. m.; S. Adon, b.; S. Beano.b.; S. Irenião, b. Trasladação dn sagrada casa de Loreto; o B. Sebastião Maggio, conf. 17.Sabb. (Têmporas, jejum). S. Lázaro, ressusci- tado, b.; os SS. Floriano, Calanico e mais cin- coenta e oito companheiros, mm.; S. Stur- mio, ubb.; S. Vivina, v.; S. Olympiades, viuva; a B. Begga, viuva. Trasladação do corpo de S. Ignncio, b. m.; a B. Margarida, v. sinado o direito, entra modestamente nas i frucções da maioria catholica e liberal, para saber se aquelles partidos querem se encar- regar juntos ou separados de formar o go- verno do império e com qne condições. Peregrinação de penitencia.—Os ca- tholicos francezes que ultimameute se réu- niram em assembléa gorai na cidade de Lille resolveram unanimemente fazer uma gran- de peregrinação de penitencia aos santos logares de Jerusalém. SECÇÃO NOTICIOSA TELEGRAMMAS Vienna, 12 de Dezembro. sobe a 900 pessoas o numero das victínlS? W . incêndio do theatro Rings ; é provavol que ainda não se conheça o algarismo exacto, pois que esta somma representa o numero de pessoas recla- madas. Pariz, 13 de Dezembro. O Sr. Naquet apresentou de novo a câmara do8 deputados o' seu projecto de lei sobre o divorcio. A câmara, consultada, decidio que tomaria em consideração o projecto apresentado. Pernambuco, 13 de Dezombro. No vapor Ilanri IV, sabido hoje,'seguo em trans- ito o secretario da legação franceza, em Monte- vidéo. Washington, 13 de Dezembro. O Sr. Blain deu a sua demissão de secretario de estado; em seu logar foi nomeado o Sr. Frclin- gbnysen. Dbstkrko, 14 de Dezembro. Deu-se distúrbios em Warnou, districto de Blu- menau, ameaçando 800 colonos a vida do encar- OU ftS SOCIEDADES SEGRETAS NA ITÁLIA OBRA HISTÓRICA PELO Padre . Antomo' Bresciani .*>"*V» TOMO I Solemnidades religiosas. No pro- ximo doraiugo, 18 do corrente, terá logar a festa de Nossa Senhora do Parto, ua sua egreja, seudo a missa cantada com sermão ás 11 horas e o Te-Deum ás 7 1/2 da tarde. Corte.—Partiram hontem para Petropolis SS. AA. Iraperiaes. Uma distineçao bem merecida.— No último congresso pedagógico, celebrado em Milão, uma professora de Caudia, diocese de Vercelli, susteuta com invicta coragem con tra o ministro Baccelli a necessidade do ensi- no religioso nas escolas. Depois de ter recebido numerosas felicita- ções, tanto do Sr. Arcebispo, como de outras distinetas personageus, a Sra. professora Cesaro teve a subida honra de receber um precioso mimo, que lhe enviou o Santo Padre, apenas teve conhecimento do facto. Consiste o delicado presente em um magni- fico camapheu engastado em ouro e repre- sentando a Santissima Virgem. Fez a entrega do presente o Rvd. Poggi, secretario do Sr. Arcebispo, em publica sessão. A distiucta professora ficou surprehendida, porque até o momento de receber o lindo camapheu, nada sabia do especial obséquio, que ia receber do Santo Padre. QilS a nrofessora Cesaro ache imitadoras entre nós é o que desejamos. Pallecimento.—Acaba de entregar sua alma a Deus o Rvd. padre A. Dufau, da companhia de Jesus, o grande promotor da devoção do Sagrado Coração de Jesus, na Bélgica. Distineçao pontifícia.—Sua Santidade querendo dar um signal de sua estima parti- cular ao Reitor magnífico da universidade de Louvain, acaba de elevar Monsenhor Pieraerts á dignidade de seu Prelado Doméstico. foro ao presbyterio. Noticia o Univers que o Sr. Connelly, conselheiro do tribunal de Cassation, deu demissão para abraçar o estado sacerdotal. Depois de ter por toda a sua vida defendido a justiça e en- fileiras do clero, hoje era dia tão perseguido Bello exemplo I Regimento.—O illustrado Sr. director interino da câmara dos Srs. deputados reu- nio em um bello Iivrinho, tanto ua fôrma, como no fundo, o regimeuto interno da ca- raara dos Srs. deputados, o regimento com- mura, a Constituição política do Império, o acto áddicional, a lei da interpretação, da responsabilidade de ministros e dos conse- lheiros d'fistado. Tantos documentos esparsos e de continua consulta, colleccionados como estão em um volume, são de grande vantagem e actualmeute de fácil manuseamento. Ao seu digno e illustrado organisador, o Sr. Dr. Dodsword, nossos parabéns. Agradecemos o que nos foi offertado. Padrão-typo do metro. Lê-se no Jornal do Commerci}>: « Tendo chegado pelo paquete Niger, segundo annunciamos, o padrão-typo do metro, pertencente ao Brazil, o Sr. ministro da agricultura mandou recolher o mesmo padrão ao archivo publico do Império com a acta original da recepção e o documento que suramaria os caracteres do padrão, demon- strados por numerosas observações. O padrão-typo brazileiro do metro tem o numero 5, da serie X, provindo a sua mate- ria do pedaço de platina de 250 kilogrammas, fundido a 13 de Março de 1874. O peso total da platina do metro e da amostra, que o acompanha, é de 3 kilogrammas e 351 grammas. Das numerosas observações e comparações feitas entre o padrão brazileiro e o metro dos archivos (n. 23 da mesma série), ambos fabri- cados da platina fundida em 1874, resultou com a mais satisfactoria exactidão que o com- primento dos dous padrões apenas differe de menos de meio milésimo de milliraetro. Para garantia da sua authenticidade traz o padrão as assignaturas do Sr. Antônio de Araújo, delegado do governo imperial para este effeito, e dos Srs. Fiz.eau e Tresca, membros da secção, franceza da commissão internacional do metro. » Lei sobre ò ensino religioso na Hespanha. Um telegramma de Madrid do dia 17 do passado, diz que nos circulos políticos fallava-se muito de uma carta do Vaticano dirigida aos Bispos e aos senadores rogando lhes que tomassem parte na dis- cussão da lei sobre o ensino e instrucção religiosa, Umjudêo condecorado.—Foi pelo rei de Hespanha conferido o grande cordão de Izabel a catholica, a Abrahão Camendo. O grande cordão de Izabel a catholica servindo para recompensar um judêo, pelo facto de ser um grande banqueiro, eis o que se pôde chamar uma curiosidade do século XIX. ¦ Bismarck em apuros.—A Gazelte de 1'AUemagne du Nord diz que o príncipe de Bismarck pedio ao imperador plenos poderes que o autorizem a negociar com as duas VIII ' s ' : ' AS SOCIEDADES SECRTAS (Continuação do n. 140) « Se designam alguém para a morte por meio do «tvíete ou do veneno, procuram primeiro que tudo 2 o neccar, para que morra em peccado e seja i XVo seu interior, oram por nds como 'SÓmmos pela sua conversão; aspiram, aos sete lcad<»StaeS,como nds ao Espirita-Santc, e aos LSS dons. Conheci um d'ellos que estudava o cuíode moral de Santo Afíonso de Liguon, afim 7 Lhrítrar n'elle novos peccados e novos modos í stí «•*» mos **"e m Jírtudes dos santos afim de os imitar. a Também dão o nomo das virtudes mais subli- mes aos crimes horrendos ; de caslidade íi soberba, de caridade ao amor mais brutal, de humildade á debilitação da alma jacento no lodaçal da crápula, de mortificação á enfermidade do corpo, que se dis- solve na devassidão, de sabedoria divina concu- picencia. Mde as obras de Balzac, de Dumas, de Victor Hugo, de Jorge Sand, de Fournier, Victor Considérant, e sobretudo as obras mais recentes dos communistas da Alleraanha. «Mas o que.me demonstra mais.formalmente ainda este culto do .demônio, é que taes autores o descrevem feição por feição .nos seus /loiiffifl? |?<?ía?»- cos. O demônio apparece n'elles com o olhar, o sorriso, o rosto contraliido, ps dentes cerrados, os movimentos do corpo sacudidos o ínterpepíados, o veneno hypocrita da palavra, a firmeza irresistível da physionomia; enáara-vos como um cão, e faz- vos entrar n'alma o consternamento. que vos gela e vos petrifica, Um d'estes homens vos djz: Quero, e obedecem-lhe; Para, e param ; Cala-te, ô a pala- vra fica comprimida non dentes; Vem, e cada um deixa-ue conduzir, ató mesmo ãs fauces de ura dragão, « Meu querido Bartoio, eis os relâmpagos que fuzilam a todo o momento n'essas tragédias e n'esses romances; mas no Spiridion de Jorge Sand, se mudares a mysteriosa palavra de Ideal na do Satanaz ou de demonolatria, o véo levanta-se, e o interno qua vôdes aberto ante os olhos, Este Spiri- dlon que apparece debaixo da figura de um frade velho, despresivel feiticeiro, vil astrologo, que se gloriflca e so gaba das suas iniquidades, emprega os dous terços do livro endoutrlnar na sua per- versidade um fervoroso noviço que, ao ouvir taes blftsphemias, exclama : « Meu padre, então não somos nds catholicos 1 n De que catholicos queres tu fallar 1 respon- de o intame ancião, de que catholicos ?, nem sequer christãos, nem mesmo raciona listas, nem pagãos... E"entretanto temos fé, ura culto, ura dogma; cremos, esperamos, adoramos.,, « —. O que ? exclama o noviço estupefacto. « O que ? acrescenta o astuto ancião : o Ideal I » « E no meio de todos estes ambages onde se envo}ve tão prolixo aprasoado, vô-se perfeitamente que o ideal 6 Satanaz I » (1) Bartoio, ao ouvir estas reflexões, cahio em pro- funda meditação, e se algum tempo tinha duvi- ciado, agora atterrava-se de ver tanta perversidade no coração h"T!WO- M^s ° Cardeal, pegando-lhe na mão, disse-lhe i Bartoio, não desanime em presença da guerra que Satana?! move a Réus. DeYemog repordar-nos que elle é um rnbelde, vencido e agrilhoado por Jesus Christo; pôde soltar gritos, mas não morder. Quando mesmo elle desencadeasse o inferno contra np!s todos, não seria capaz de transpor uma linha ajém dos limites que Deus lhe traçou. os mãos chriBtãos é que são mordidos por elle, quando o merecem pelas suas faltas. Deus não perraitte todos estes combates porçtrq, a sua Egr.e,ja senão para lhe fazer alcançnr novos triumphos e novas coroas. Os tempos que corrnm são tristes na ver- dade, mas ao verdadeiro christão nem a nem ns esperanças se lhe abalam. Estas horríveis abomi- naçOes "de que o mundo é theatro, s5o a prova Foi publicado o Relatório e Synopses da câmara dos deputados nas sessões do anno de 1880, acompanhados de differeutes documentos,, quadros e informações, organi- sado na secretaria da câmara dos deputados. E' um trabalho bem' organisado e de alto interesse para quem deseja' acompanhar o nosso movimento parlamentar, pois tem . n'elle um resumo do que se tratou na ca- mara temporária. O Sr. Dr. Jorge João Dodsword, director interino da secretaria da câmara dos Srs. de- putados, tem n'este sentido bem compre- hendido o honroso logar que oecupa. Agradecemos o exemplar que ri'ò/» Foi offe- recido. O Papa retirar-se-ha de Roma?- De Roma escrevem o seguinte a Perseve- ranza : « Posso dizer-vos, por informações que. tenho das mais altas espheras do Vaticano, que a determinação do Papa de deixar a cidade de Roma é mais firme do que geral- * mente se pensa. Está à espera de uma oceasião mais ao menos próxima que possa provocar ou justificar tal decisão. Pelo dizer de um Cardeal, que frequeute- mente assiste ás reuniões particulares do Papa e do secretario de Estado, semelhante oceasião poderia bem dar-lha o futuro con- gresso dos livres pensadores, ou então qual- quer demonstração publica, na qual a pessoa do Santo Padre fosse objecto de offensas ou de ameaças.. Posso também acerescentar que o Cardeal Jacobiui favorece os projectos do Papa, que é apoiado pelos Cardeaes maia influentes. » Tudo isto vai por contada Perseve- ranza. Na companhia de magistrados. Comparece á policia um celebre gatuno que, tendo apenas 30 annos foi condemnado dez vezes. ²Como, diz o delegado, cora tão pouca idade, tem V. chegado a tal gráo de de- pravação I Provavelmente hão de ter sido as. más companhias que o tenham,, deitado a perder. ²Qual, meu senhor I se tenho passado quasi toda a rainha vida com os magistrados. Notas do thesouro. Estão-se substi- tuindo na caixa da amortização as seguintes: > De 20$, estampa (são as que têm como emblema avista de uma parte do porto do Rio de Janeiro). O. prazo de substituição Analisa a 31 de Junho de 1882.* De 1001?, 4* estampa, o prazo termina também a 31 de Juuho. De 500$, 4* estampa, cujo prazo de sub- (1) N'uraa carta particular que por acaso nos vejo parar á mão, um amigo de Tpscana esceevia em 1848, em Pariz. a Vicente CHoberti : «O autor do Judeu de Verona, attribue ao Car- deal Mezzofanti parvaices inauditas. » Se esse italiano lesse o IÇnsaio sobre o Socializo (Turim, }851), veria claramente que o pantheisraa pratico conduz em direitum ú demonolatria, evidente da vida eterna que nos esta roservada, depois da prova da nossa fé, no valle da nossa peregrinação. IX CONJURAÇÃO DE 17 DE JULHO Entretanto, Polyxona não estava satisfeita. De- pois do celebre banquete do mez de Maio, Alisa tinha soecumbido a uma profunda melancolia, espécie de fraqueza, que annuncia mais um pezar do coração do que um soffrlmentô physico. Sahia raras vezes, e aos. domingos nem por isso se mos- trava mais alegra e mais amável para com as suas companheiras. Gostava de estar sdsinha no spu quarto, e passava o tempo a ler romances, dos quaes tinha uma collecção completa no gabinete de Polyxena, e sobretmlo os de Balzae, que pre- feria a quaesquer outros, Mas havia cinco ou seis dias qne fura accommettida de uma febre e de gobresaltos nervosos, que lhe tinham causado ta- manha agitação, que os médicos lhe haviam orde- nado ficasse de pama. Seguia-se <PaC(ui que Poly- xena estava do continuo junto d^lla, e não podia sahir nunca para se concertar com os afilhados da cfiusa italiana. O próprio Sterbini tinfia sabido do Roma para popularisar as. suas doutrinas revolu- ojonarias no Ernica. Vendo-se Polyxena limitada ao palácio, e não se atrevendo a pretextar fosse o que fosse para sahir ppr nm instante, com receio de despertar as sus- peitas de Bartoio (porque ella julgava oa seus passos perfeitamente ignorados), resolveu escrever um bilhete a Agostini, que era o correio da seita, e que, para esto offloio, valia quanta pesava, Aproveitou a ocoasifiQ em que Alisa dormia pro- fundamente, e, encostando-se ao lado delia, na posição dc uma enfermeira attenta, escreveu a pressa estas palavras: « Amigo e fiel italiano.-Estouro de cólera e de raiva por não poder tirar um momento para fallar-vos, nem a Pinto, nem a Guerrini, nem a ' nenhum dos outros irmãos, e por saber que começam a desconfiar dos nossos pròjectós. Esta maldita policia esta sempre acordada, e não nos deixa com os seus seiscentos olhos; Freddi eNar- doni cada um d'elles tem cem por sua conta» Que deveremos lazer? E' preciso encontrar um meio de os cegar. Crôdo que emquanto os criados do palácio Madama fizerem rondas como cães gdsos -. nós nunca poderemos obter cousa alguma. E d'ahi que è o que fazemos, ociosos è com as mãos vazias? Quereis, porventura, derrubar os.reis com,avelãs ou conter em respeito os que nos são contrários sem armas? Não ó possivel. Pegai na carabina e' vel-os-heis esgueirar-se na vossa frente. «Pio IX éPapa, e isto basta. Pio IX imagina entreter-nos com confeUi, ou dar-nos mel pelos beiços com reformas. Que nos tudo quanto queira sem mistura, e então o consideraremos como uma entrada. Mas, se não estivermos ar- mados não chegaremos ao jantar; tudo acabará entre duas fatias do pão cora manteiga. Queremos liberdade em ponto grande e á larga. Pio IX apenas nos quer dar o bastante para satisfazer um periquito. Ou tudo ou nada! Quo elle nolacon- ceda verdadeira e sincera, ou então nós a toma- remos por meio do estratagema ou da forma. O mundo charaar-nos-ha ingratos, perjuros, impios \ mas deixemos fallar os tolos. Entretanto què nossos irmã03 juram fidelidade ao Papa, nds não temos nem espada, nem bayoneta; quando as ti- vermos, que oousa oiais faoil do que cortar o no" de todos os nossos juramentos? Viva a nossa causai(Continua)

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Page 1: ANNO XVI SEXTA-FEIRA 16 DE DEZEMBRO DE 4881 NUMEROyimemoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1881_00141.pdf · • impressão os salões da Exposição Industrial, não só pela multiplicidade

ANNO XVI SEXTA-FEIRA 16 DE DEZEMBRO DE 4881 NUMEROyi

li ^ÜB

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

14—16 Rua Nova dò Ouvidor 14—16

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PUBLICA-SE ÁS QUARTAS, SEXTAS E DOMINGOSPREÇO DA ASSIGNATURA ADIANTADA

Por anuo . 15$00Q | Por semestre 8$000

Dum lucem habeti3, credite in luoem. (S. João, <up. 12, v. 36.) Clama itaque, clama, ne cesses. (Carta de Pio IX á redação do Apóstolo.) A imprensa catholica è uma verdadeira missão perpetua. (Palavras de LeJo XIII.)

AOS NOSSOS ASSIGNANTESPedimos aos' nossos as-

signantes em atrazo, man-dem satisfazer suas assig-naturas,' para nao sermosobrigados a suspender aremessa da folha.

0 APÓSTOLORio, 16 de Dezembro de 1881.

-Causaram-nos agradável • impressão os

salões da Exposição Industrial, não só pelamultiplicidade de objectos, que attestara a

nossa industria, como pela boa ordem e dis-

posição d'elles.Desde a entrada ató' ao mais elevado re-

partimento do edifício tudo é bello, tudo

desperta a attenção do visitante e lhe incita

a vontade de um exame serio e reflectido.

A industria nacional está, não ha duvidar,

alii bem representada em perfeição de obra,

em intelligencia do fabricante, mas estará

também, no que é essencial, nacommodi-

dade de preços e na abundância de consu-

nador?E' o que nos parece mais duvidoso : entre-

tanto, é uma questão essencial, de vida ou

ÕVmorte para a industria e para o industrial.

Produzir bem, e não ter consumidor, é

expor a uma morte inevital a producção.Por duas causas se pôde realizar este per-

nicioso effeito : ou pela elevação do preço,

que afasta o consumidor e o leva à concur-

rencia estrangeira pela barateza do similiar

ou pela falta absoluta de patriotismo, que é

o maior consumidor do que é estrangeiro.•O modo de combater astes dous grandes

males, para nós, que não somos economistas,

parece que é um, o proteccionismo bem en-

tendido..Pará pôr a industria à mão de todos, pro-

tek^e o industrial, dando-se-lhe a matéria-

mima-estrangeira e nacional descarregada

do imposto, afim de que a obra produza

possa ser vendida com commodidade de

preço e fique *o alcance de todos.-D-este modo a elevação do imposto sobro

a obra importada e a sua baixa sobre a

matéria-prima, podem estabelecer a bara-

ttíza da industria e crear o consumidor. ¦ -

¦Temos entre nós industria que exclue a

estrangeira, e que mais impulso teria s, a

matéria-prima, que importamos, fosse

ainda menos onerada.O nosso calçado supre perfeitamente as

necessidades do consumidor, e teria excluído

a concurrencia estrangeira, se a matéria-

prima estivesse em proporções mais baixas

no imposto.Como esta ha outras industrias, por exem-

rio as mobilias, que preenchem eficazmente

as nossas necessidades, figuram na exposição

perfeitamente acabadas, mas o seu custo

estará na mesma razão de commodidade?

Com certeza não, e eis porque o fabricante

do paiz tem competidor no fabricante estran-

g Ota, se nas mobilias eítrangeiras se carre-

gáíse o imposto de modo que excluísse para

fo5etim do apóstolo

ella o consumidor, cora certeza a nossa in-dustria de mobilias produziria o resultadodesejado, o bem do consumidor e do pro-ductor.

N'esta hypothese ninguém seria prejudi-cado senão o que gosta da industria estran-

geira, só porque ó estrangeira, e n'este casoentão pague elle a sua falta de patriotismoe soffra as conseqüências do luxo, entrandocom a differença em bem da industria na-cional. >-M

Entre muitos industrias intelligentes ap-

parecera alii, cora honra ô amor ao trabalho,os Srs. Rohe & Irmãos, cuja secção de obrasó importantíssima e chama logo a attençãodo visitante, entretanto o governo não olhacom o cuidado necessário para esses indus-triaes, que com sacrifícios extraordinários

proseguem na industria que seus progeni-tores lhes legaram.

Como os Srs. Rohe & Irmãos, ha os expo-sitores-de machinas e de muitos outros pro-duetos de iudustria, dos quaes fallaremosera outros artigos e â proporção de nossasvisitas aos salões da exposição.

Sentimos muito, e desde já manifestamoso nosso pezar, a falta na secção de Bellas-Artes; em pintura a pobreza é extraordi-naria.

Esperamos que os interessados na indus-tria nacional não descansem, nem se limitema esta exposição.

Quanto mais insistirem na animação aoartista e no pedido de favores ao Estado

para elle, quanto mais repetidas forem asexposições, tanto maior será a sua gloria ea graudeza da nossa industria.

Acreditamos muito na iniciativa parti-cular para a grandeza de um povo industrial,mas esta inícitiva deve ser tanto produtoracomo consumidora para que o resultado seja

real.E o Estado, que tira grande vantagem da

industria nacional, deve por isso animar os

industriaes, proporcionar-lhes os meios de

que precisarem para arredar embaraços, em

uma palavra — Res non verba.

regado de' pagamentos, que se oceultou e pôdefugir, e assaltando lojas. A causa 6 o atraso depagamentos.

(Do Jornal do Commercio)

FOLHINHA CATHOLICADezembro

16. Sext. (Têmporas, jejum). Os SS. Valentim eseu filho Concordio, Navales e Agrícola, mm.;os três meninos Ananias, Azarias.e Misaol;S. Albina, v. m.; S. Adon, b.; S. Beano.b.;S. Irenião, b. Trasladação dn sagrada casa deLoreto; o B. Sebastião Maggio, conf.

17. Sabb. (Têmporas, jejum). S. Lázaro, ressusci-tado, b.; os SS. Floriano, Calanico e mais cin-coenta e oito companheiros, mm.; S. Stur-mio, ubb.; S. Vivina, v.; S. Olympiades,viuva; a B. Begga, viuva. Trasladação docorpo de S. Ignncio, b. m.; a B. Margarida, v.

sinado o direito, entra modestamente nas i frucções da maioria catholica e liberal, parasaber se aquelles partidos querem se encar-regar juntos ou separados de formar o go-verno do império e com qne condições.

Peregrinação de penitencia.—Os ca-tholicos francezes que ultimameute se réu-niram em assembléa gorai na cidade de Lilleresolveram unanimemente fazer uma gran-de peregrinação de penitencia aos santoslogares de Jerusalém.

SECÇÃO NOTICIOSA

TELEGRAMMAS

Vienna, 12 de Dezembro.Já sobe a 900 pessoas o numero das victínlS? W .

incêndio do theatro Rings ; é provavol que aindanão se conheça o algarismo exacto, pois que estasomma só representa o numero de pessoas recla-madas.

Pariz, 13 de Dezembro.

O Sr. Naquet apresentou de novo a câmara do8deputados o' seu projecto de lei sobre o divorcio.

A câmara, consultada, decidio que tomaria emconsideração o projecto apresentado.

Pernambuco, 13 de Dezombro.No vapor Ilanri IV, sabido hoje,'seguo em trans-

ito o secretario da legação franceza, em Monte-vidéo.

Washington, 13 de Dezembro.O Sr. Blain deu a sua demissão de secretario de

estado; em seu logar foi nomeado o Sr. Frclin-gbnysen.

Dbstkrko, 14 de Dezembro.Deu-se distúrbios em Warnou, districto de Blu-

menau, ameaçando 800 colonos a vida do encar-

OU

ftS SOCIEDADES SEGRETAS NA ITÁLIAOBRA HISTÓRICA

PELO

Padre . Antomo' Bresciani.*>"*V»

TOMO I

Solemnidades religiosas. — No pro-ximo doraiugo, 18 do corrente, terá logar afesta de Nossa Senhora do Parto, ua suaegreja, seudo a missa cantada com sermãoás 11 horas e o Te-Deum ás 7 1/2 da tarde.

Corte.—Partiram hontem para PetropolisSS. AA. Iraperiaes.

Uma distineçao bem merecida.— Noúltimo congresso pedagógico, celebrado emMilão, uma professora de Caudia, diocese deVercelli, susteuta com invicta coragem contra o ministro Baccelli a necessidade do ensi-no religioso nas escolas.

Depois de ter recebido numerosas felicita-ções, tanto do Sr. Arcebispo, como de outrasdistinetas personageus, a Sra. professoraCesaro teve a subida honra de receber um

precioso mimo, que lhe enviou o SantoPadre, apenas teve conhecimento do facto.Consiste o delicado presente em um magni-fico camapheu engastado em ouro e repre-sentando a Santissima Virgem.

Fez a entrega do presente o Rvd. Poggi,secretario do Sr. Arcebispo, em publicasessão.

A distiucta professora ficou surprehendida,

porque até o momento de receber o lindocamapheu, nada sabia do especial obséquio,

que ia receber do Santo Padre.

QilS a nrofessora Cesaro ache imitadorasentre nós é o que desejamos.

Pallecimento.—Acaba de entregar suaalma a Deus o Rvd. padre A. Dufau, dacompanhia de Jesus, o grande promotor dadevoção do Sagrado Coração de Jesus, naBélgica.

Distineçao pontifícia.—Sua Santidadequerendo dar um signal de sua estima parti-cular ao Reitor magnífico da universidadede Louvain, acaba de elevar MonsenhorPieraerts á dignidade de seu PreladoDoméstico.

Dô foro ao presbyterio. — Noticia oUnivers que o Sr. Connelly, conselheiro dotribunal de Cassation, deu demissão paraabraçar o estado sacerdotal. Depois de ter

por toda a sua vida defendido a justiça e en-

fileiras do clero, hoje era dia tão perseguidoBello exemplo I

Regimento.—O illustrado Sr. directorinterino da câmara dos Srs. deputados reu-nio em um bello Iivrinho, tanto ua fôrma,como no fundo, o regimeuto interno da ca-raara dos Srs. deputados, o regimento com-mura, a Constituição política do Império, oacto áddicional, a lei da interpretação, daresponsabilidade de ministros e dos conse-lheiros d'fistado.

Tantos documentos esparsos e de continuaconsulta, colleccionados como estão em umsó volume, são de grande vantagem eactualmeute de fácil manuseamento.

Ao seu digno e illustrado organisador, oSr. Dr. Dodsword, nossos parabéns.

Agradecemos o que nos foi offertado.

Padrão-typo do metro. — Lê-se noJornal do Commerci}>:

« Tendo chegado pelo paquete Niger,segundo annunciamos, o padrão-typo dometro, pertencente ao Brazil, o Sr. ministroda agricultura mandou recolher o mesmo

padrão ao archivo publico do Império com aacta original da recepção e o documento quesuramaria os caracteres do padrão, demon-strados por numerosas observações.

O padrão-typo brazileiro do metro tem onumero 5, da serie X, provindo a sua mate-ria do pedaço de platina de 250 kilogrammas,fundido a 13 de Março de 1874. O peso totalda platina do metro e da amostra, que oacompanha, é de 3 kilogrammas e 351grammas.

Das numerosas observações e comparaçõesfeitas entre o padrão brazileiro e o metro dosarchivos (n. 23 da mesma série), ambos fabri-cados da platina fundida em 1874, resultoucom a mais satisfactoria exactidão que o com-primento dos dous padrões apenas differe demenos de meio milésimo de milliraetro.

Para garantia da sua authenticidade traz opadrão as assignaturas do Sr. Antônio deAraújo, delegado do governo imperial paraeste effeito, e dos Srs. Fiz.eau e Tresca,membros da secção, franceza da commissãointernacional do metro. »

Lei sobre ò ensino religioso naHespanha. — Um telegramma de Madriddo dia 17 do passado, diz que nos circulospolíticos fallava-se muito de uma carta doVaticano dirigida aos Bispos e aos senadoresrogando lhes que tomassem parte na dis-cussão da lei sobre o ensino e instrucçãoreligiosa,

Umjudêo condecorado.—Foi pelo reide Hespanha conferido o grande cordão deIzabel a catholica, a Abrahão Camendo.

O grande cordão de Izabel a catholicaservindo para recompensar um judêo, só

pelo facto de ser um grande banqueiro, eis o

que se pôde chamar — uma curiosidade doséculo XIX. ¦

Bismarck em apuros.—A Gazelte de1'AUemagne du Nord diz que o príncipe deBismarck pedio ao imperador plenos poderesque o autorizem a negociar com as duas

VIII

• ' s ' : ' AS SOCIEDADES SECRTAS

(Continuação do n. 140)

« Se designam alguém para a morte por meio do

«tvíete ou do veneno, procuram primeiro que tudo

2 o neccar, para que morra em peccado e seja

i XVo seu interior, oram por nds como'SÓmmos

pela sua conversão; aspiram, aos sete

lcad<»StaeS,como nds ao Espirita-Santc, e aos

LSS dons. Conheci um d'ellos que estudava o

cuíode moral de Santo Afíonso de Liguon, afim7 Lhrítrar n'elle novos peccados e novos modos

í stí «•*» d° mos **"e mJírtudes dos santos afim de os imitar.

a Também dão o nomo das virtudes mais subli-mes aos crimes horrendos ; de caslidade íi soberba,de caridade ao amor mais brutal, de humildade ádebilitação da alma jacento no lodaçal da crápula,de mortificação á enfermidade do corpo, que se dis-solve na devassidão, de sabedoria divina Já concu-

picencia. Mde as obras de Balzac, de Dumas, deVictor Hugo, de Jorge Sand, de Fournier, déVictor Considérant, e sobretudo as obras maisrecentes dos communistas da Alleraanha.

«Mas o que.me demonstra mais.formalmenteainda este culto do .demônio, é que taes autores odescrevem feição por feição .nos seus /loiiffifl? |?<?ía?»-cos. O demônio apparece n'elles com o olhar, osorriso, o rosto contraliido, ps dentes cerrados, osmovimentos do corpo sacudidos o ínterpepíados, oveneno hypocrita da palavra, a firmeza irresistívelda physionomia; enáara-vos como um cão, e faz-vos entrar n'alma o consternamento. que vos gelae vos petrifica, Um d'estes homens vos djz: Quero,e obedecem-lhe; Para, e param ; Cala-te, ô a pala-vra fica comprimida non dentes; Vem, e cada umdeixa-ue conduzir, ató mesmo ãs fauces de uradragão,

« Meu querido Bartoio, eis os relâmpagos quefuzilam a todo o momento n'essas tragédias en'esses romances; mas no Spiridion de Jorge Sand,se mudares a mysteriosa palavra de Ideal na doSatanaz ou de demonolatria, o véo levanta-se, e ointerno qua vôdes aberto ante os olhos, Este Spiri-dlon que apparece debaixo da figura de um fradevelho, despresivel feiticeiro, vil astrologo, que se

gloriflca e so gaba das suas iniquidades, empregaos dous terços do livro endoutrlnar na sua per-versidade um fervoroso noviço que, ao ouvir taesblftsphemias, exclama :

« — Meu padre, então não somos nds catholicos 1n — De que catholicos queres tu fallar 1 respon-

de o intame ancião, de que catholicos ?, nem sequerchristãos, nem mesmo raciona listas, nem pagãos...E"entretanto temos fé, ura culto, ura dogma;cremos, esperamos, adoramos.,,

« —. O que ? exclama o noviço estupefacto.« — O que ? acrescenta o astuto ancião : o

Ideal I »« E no meio de todos estes ambages onde se

envo}ve tão prolixo aprasoado, vô-se perfeitamenteque o ideal 6 Satanaz I » (1)

Bartoio, ao ouvir estas reflexões, cahio em pro-funda meditação, e se algum tempo tinha duvi-ciado, agora atterrava-se de ver tanta perversidadeno coração h"T!WO- M^s ° Cardeal, pegando-lhena mão, disse-lhe i

— Bartoio, não desanime em presença da guerraque Satana?! move a Réus. DeYemog repordar-nos

que elle é um rnbelde, vencido e agrilhoado porJesus Christo; pôde soltar gritos, mas não morder.Quando mesmo elle desencadeasse o infernocontra np!s todos, não seria capaz de transpor umalinha ajém dos limites que Deus lhe traçou. Só osmãos chriBtãos é que são mordidos por elle, quandoo merecem pelas suas faltas. Deus não perraittetodos estes combates porçtrq, a sua Egr.e,ja senão

para lhe fazer alcançnr novos triumphos e novascoroas. Os tempos que corrnm são tristes na ver-dade, mas ao verdadeiro christão nem a fé nem nsesperanças se lhe abalam. Estas horríveis abomi-naçOes

"de que o mundo é theatro, s5o a prova

Foi publicado o Relatório e Synopsesda câmara dos deputados nas sessões doanno de 1880, acompanhados de differeutesdocumentos,, quadros e informações, organi-sado na secretaria da câmara dos deputados.

E' um trabalho bem' organisado e de altointeresse para quem deseja' acompanhar onosso movimento parlamentar, pois tem .n'elle um resumo do que se tratou na ca-mara temporária.

O Sr. Dr. Jorge João Dodsword, directorinterino da secretaria da câmara dos Srs. de-putados, tem n'este sentido bem compre-hendido o honroso logar que oecupa.

Agradecemos o exemplar que ri'ò/» Foi offe-recido.

O Papa retirar-se-ha de Roma?-De Roma escrevem o seguinte a Perseve-ranza :

« Posso dizer-vos, por informações que.tenho das mais altas espheras do Vaticano,que a determinação do Papa de deixar acidade de Roma é mais firme do que geral-

*mente se pensa. Está só à espera de umaoceasião mais ao menos próxima que possaprovocar ou justificar tal decisão.

Pelo dizer de um Cardeal, que frequeute-mente assiste ás reuniões particulares doPapa e do secretario de Estado, semelhanteoceasião poderia bem dar-lha o futuro con-gresso dos livres pensadores, ou então qual-quer demonstração publica, na qual a pessoado Santo Padre fosse objecto de offensas oude ameaças..

Posso também acerescentar que o CardealJacobiui favorece os projectos do Papa, queé apoiado pelos Cardeaes maia influentes. »

Tudo isto vai por contada Perseve-ranza.

Na companhia de magistrados. —Comparece á policia um celebre gatuno que,tendo apenas 30 annos já foi condemnadodez vezes.

Como, diz o delegado, cora tão poucaidade, já tem V. chegado a tal gráo de de-pravação I Provavelmente hão de ter sido as.más companhias que o tenham,, deitado aperder.

Qual, meu senhor I se tenho passadoquasi toda a rainha vida com os magistrados.

Notas do thesouro. — Estão-se substi-tuindo na caixa da amortização as seguintes: >

De 20$, 6« estampa (são as que têm comoemblema avista de uma parte do porto doRio de Janeiro). O. prazo de substituiçãoAnalisa a 31 de Junho de 1882. *

De 1001?, 4* estampa, o prazo terminatambém a 31 de Juuho.

De 500$, 4* estampa, cujo prazo de sub-

(1) N'uraa carta particular que por acaso nosvejo parar á mão, um amigo de Tpscana esceeviaem 1848, em Pariz. a Vicente CHoberti :

«O autor do Judeu de Verona, attribue ao Car-deal Mezzofanti parvaices inauditas. »

Se esse italiano lesse o IÇnsaio sobre o Socializo(Turim, }851), veria claramente que o pantheisraapratico conduz em direitum ú demonolatria,

evidente da vida eterna que nos esta roservada,depois da prova da nossa fé, no valle da nossaperegrinação.

IX

CONJURAÇÃO DE 17 DE JULHO

Entretanto, Polyxona não estava satisfeita. De-pois do celebre banquete do mez de Maio, Alisatinha soecumbido a uma profunda melancolia,espécie de fraqueza, que annuncia mais um pezardo coração do que um soffrlmentô physico. Sahiararas vezes, e aos. domingos nem por isso se mos-trava mais alegra e mais amável para com as suascompanheiras. Gostava de estar sdsinha no spuquarto, e passava o tempo a ler romances, dosquaes tinha uma collecção completa no gabinetede Polyxena, e sobretmlo os de Balzae, que pre-feria a quaesquer outros, Mas havia cinco ou seisdias qne fura accommettida de uma febre e degobresaltos nervosos, que lhe tinham causado ta-manha agitação, que os médicos lhe haviam orde-nado ficasse de pama. Seguia-se <PaC(ui que Poly-xena estava do continuo junto d^lla, e não podiasahir nunca para se concertar com os afilhados dacfiusa italiana. O próprio Sterbini tinfia sabido doRoma para popularisar as. suas doutrinas revolu-ojonarias no Ernica.

Vendo-se Polyxena limitada ao palácio, e não seatrevendo a pretextar fosse o que fosse para sahirppr nm instante, com receio de despertar as sus-peitas de Bartoio (porque ella julgava oa seuspassos perfeitamente ignorados), resolveu escreverum bilhete a Agostini, que era o correio da seita,e que, para esto offloio, valia quanta pesava,

Aproveitou a ocoasifiQ em que Alisa dormia pro-fundamente, e, encostando-se ao lado delia, na

posição dc uma enfermeira attenta, escreveu a •pressa estas palavras:

« Amigo e fiel italiano.-Estouro de cólera e deraiva por não poder tirar um só momento parafallar-vos, nem a Pinto, nem a Guerrini, nem a 'nenhum dos outros irmãos, e por saber que jácomeçam a desconfiar dos nossos pròjectós. Estamaldita policia esta sempre acordada, e não nosdeixa com os seus seiscentos olhos; Freddi eNar-doni cada um d'elles tem cem por sua conta» Quedeveremos lazer? E' preciso encontrar um meiode os cegar. Crôdo que emquanto os criados dopalácio Madama fizerem rondas como cães gdsos -.nós nunca poderemos obter cousa alguma. E d'ahique è o que fazemos, ociosos è com as mãos vazias?Quereis, porventura, derrubar os.reis com,avelãsou conter em respeito os que nos são contráriossem armas? Não ó possivel. Pegai na carabina e'vel-os-heis esgueirar-se na vossa frente.

«Pio IX éPapa, e isto basta. Pio IX imaginaentreter-nos com confeUi, ou dar-nos mel pelosbeiços com reformas. Que nos dô tudo quantoqueira sem mistura, e então o consideraremoscomo uma entrada. Mas, se não estivermos ar-mados não chegaremos ao jantar; tudo acabaráentre duas fatias do pão cora manteiga. Queremosliberdade em ponto grande e á larga. Pio IXapenas nos quer dar o bastante para satisfazer umperiquito. Ou tudo ou nada! Quo elle nolacon-ceda verdadeira e sincera, ou então nós a toma-remos por meio do estratagema ou da forma. Omundo charaar-nos-ha ingratos, perjuros, impios \mas deixemos fallar os tolos. Entretanto quènossos irmã03 juram fidelidade ao Papa, nds nãotemos nem espada, nem bayoneta; quando as ti-vermos, que oousa oiais faoil do que cortar o no"de todos os nossos juramentos? Viva a nossacausai (Continua)

Page 2: ANNO XVI SEXTA-FEIRA 16 DE DEZEMBRO DE 4881 NUMEROyimemoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1881_00141.pdf · • impressão os salões da Exposição Industrial, não só pela multiplicidade

Sexta-feira 16 de Dezembro de 1881

etituiçao foi prorogado ató 30 de Junho de1882. >

Todas estas notas são estampadas ompapel branco.

EXPEDIENTE DO BISPADO

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ffiji'¦'.;-•='.:

CasamentosDe 21 de Novembro a 3 de Dezembro pas-

saram-se as seguintes provisões:Antônio" Machado de Souza com Rosaliua

Maria Borges. .Manoel de Cândido Nothario com Crês-

cencia Gonçalves Padilha.Procopio Coelho de Ávila com Maria dos

Santos Coelho.José Luiz-Lopes com Erailia Cândida.Agostiuho Dias Martins com Rita Vianna

Maia. ¦João Cabral Teixeira com Anna de Souza

Macedo.Antônio José de Porciuncula Júnior com

Maríanna Cândida de Medeiros.Francisco Marcellinò. Henrique do Nasci-

mento com Anna Jaçintha da Conceição.Luiz Henrique de Oliveira com Maria

Ignacia dé Oliveira. ,Francisco Marques da Silva com Maria

Geralda da Natividade.Joaquim Benedicto com Maria Augusta.João Pinto Soares com Maria Victoria.José Nunes Martins com Adelaide Maria

Pçreira... .Ouofre Vieira de Gouvêa com Bi'asiliana

Vieira Machado.Mathias dos Santos Branco com Anna

Rosa da Luz.Philippe Hechert com Bertha Orthuman.iAnastacio José Pereira com Marcellina

Pedro Rosa de Jesus.Monasino Bolbenó de Souza com Será»

pi; lua Maria de Jesus.Pedro Zeu e Clementina Montebello;José Soares Braga, viuvo, com Maria Car-

lota Alves.Carlos Costa com Julieta Izahel da Gloria

Fernandes.Antônio Joaquim de Oliveira com Caro-

lina Ventura.José Martins de Barros com Cecilia Maria

de Jesus.Honorio de Azevedo Bastos, viuvo, com

Anna Maria Castelpoggi.Manoel Luiz Rodrigues com Zepherina

Maria das Chagas.José Gomes com Belizanda Franciscà Pi-

nheiro.-Manoel Joaquim Caetano de Oliveira com

Joaquina Gomes da Silva.Antônio Bandeira com Maria Augusta

Coelho.Baptista Dufan com Maria José de Faria.Marianno Muniz com Maria José do Couto.

-.Antônio Alves Loürenço com Rosa Au-

gusta Coelho.José DominguesBrazil com MariaLuiza.José Quaresma de Macedo com Maria de

Jesus Pereira.João Gonçalves de Souza com Catharina

Ignacia Pacheco.Brito Alves da Costa com Ümbeliua Fer-

nandes da Silva.i Joaquim José Pereira dos Santos, viuvo,

com Idalina Maria da Conceição.Zèpherino Agostinho Pedroso cõm Leopol-

dina Maria de Jesus.Manoel Ferreira. Serra com Innocencia

Maria da Rocha.Jeronymo Joaquim Penna Bastos com

Maria Pogós.Francisco Rodrigues Cavalheiro com Ma-

ria de Jesus Bastos.-Caetano José da Silva com Amélia Luiza

Henriqués.Raphael Curtazzo com Caetana Lourenzzò.Miguel Henrique Rittineyer com Magda-

lena Hingel.Manoel Coelho da Silva Valente com Deo-

linda¦'Marte de Souza;Humes José. Alves Rangel com Maria de

Miraüda Fraga.Boaventura da Cruz Alves com Mana da

Cruz Alvez.-Luiz Francisco de Oliveira1 Gago com

Maria Angélica de Aguiar.João MarcelÜuo, da, Silva com Maria de

Souza Silva Nunes-, viuva.Manoel Gomes Ribeiro com Arminda

Duarte da Silva.-'José Moreira de Aguiar com, Rosa Maria

da Conceição.Hilário Nunes de Abreu com Maria Luiza

Guimarães".Manoel Soares de Queiroz com Margarida

Cabral'.Arttiur Constando de Carvalho e Almeida

com CaroHna Maria Nunes.,João Rastrup com Alice Eugenia Backeu-

ser;-João Rodrigues da Silva com Ludovina

Cândida da Silva.,Egydio da Fonseca Lima cora Umbelina

Maria da Conceição.

PROVISÕES EXPEDIDAS PELA CÂMARAEGCLESIASTÍCA

De 21 de Nòvemb. a 3 de Dezemb; 58Pe7 de Janeiro a 19 de Novembro 1.377

Total...... PMIIil 1.435

NOTICIAS ESTRANGEIRAS1Roma

No dia 25 do passado e no dia 2 do cor-rente deviam terjjhavido consistorios.

Eram esperados em Roma os Exms.Srs. Arcebispo de, Reims e Bispo de Arras.

.-~j O Em. Cardeal Ledochouscki foi no-meado membro da Sagrada Congregação daInquisição.

No consistorio do dia 18 do passado oSanto Padre fez as seguintes promoções: oExm. Sr. Moreno Mazon, Bispo de Cueuca,foi transferido para o Patriarchado das índiasOccidentaes; o Exm. Sr. Bento Sanz y Forez,Bispo de Oviedo, para, o Arcebispado deValladoiid ; o Exm. Sr. Antônio Maria Petti-nari, Bispo de Nocera, para o Arcebispadode Urbino.

Foram igualmente preconisados osSrs. Bispos de Sarzana, Nicosia, Pinerolo eAsti.

Para o novo Arcebispado de Serajevofoi precouisado Monsenhor Stadler, para onovo Bispado de Mostar, Monsenhor Bu-conic; para o de Montaubau, MonsenhorFiard: para o de Montevidéo, MonsenhorYeregui; para o novo Bispado de Tabaco(México), Monsenhor Torres; para o novoBispado de Tunja (Columbia), MonsenhorGarcia; para a Sé Episcopal de Troves, Mon-senhor Korura; e para a de Fulda, Monse-nhor Kopp, já nomeados por Breves.

Monsenhor Fregaro foi nomeado coad-jutor de Séez, com o titulo de Bispo in par-tibus de Doliche (Syria).

O Sr. Schloezer, que ha mezes foienviado a Roma pelo governo da Prússiapara entabolar negociações com a Santa Só,e que fora mandado em missão especial aosEstados-Unidos, deve brevemente chegar aBerlim, de onde voltará de novo para Rpraana qualidade de representante official daRússia junto da Santa Só.

Igualmente era esperado em Romaum dos dous enviados do governo da Russsiapara proseguirem as negociações que foramcomeçadas entre aquelle governo e a SantaSé.

-— O governo de Berlim está tratando como Vaticano da nomeação de um novo Arce-bispo de Friburgo em Brisgan.

FrançaPresidente do conselho e miuistro dos es-

trangeiros, Leão' Gambetta ; ministro da jus-tiça, Casot; ministro do interior, WaldeckRousseau; ministro das finanças, Allan-Targé; ministro da guerra, general Cam-penou; ministro da marinh, Goujeard; mi-nistro da instrucção publica e cultos, PauloBert; ministro das obras publicas, Raynal;ministro do commercio e das colônias, Mau-ricio Rouvier; ministro dos correios e tele-graphos, Cochery ; ministro da agricultura,Deves; ministro das artes, Proust; eis ogrande ministério francez esperado comtanta soffreguidão I

Não ha duvida: é preciso reconhecer-se ahabilidade de Gambetta, sahio-se perfeita-mente. No novo gabinete não ha senão umsó ministro, que é Gambetta, que rodeou-sede fieis servos.

A nomeação de Bert para ministro doscultos não é, porventura, a continuação daguerra declarada á Egreja ? Não ha quemnão conheça os sentimentos anti-religiososd'aquelle charlatão, falso sábio e plagiariosem dignidade.

Diz um jornal francez que a nomeação dePaulo Bert ó o principio de cafcastrophes defi-nitivas e o fim da França. Séu nome é umprogramma, quer dizer guerra a Deus,guerra á Egreja Catholica, guerra ao ensinoreligioso, á consciência dos pais4de família,guerra sem trégua.

Tôm havido manifestações demago-gicas em Lyon, Pariz e Saint-Etienne. EmPariz especialmente foi içada a bandeira dopetróleo, e diversos oradores revolucionáriosproclamaram a necessidade de uma revoluçãoimmediata.

Por oceasião do anniversario da exe-cução dos decretos famosos contra as ordensreligiosas foram celebradas numerosas missastanto em Pariz corrn nas outras cidades.Quasi todas as casas dos religiosos expulsosforam, durante todo o dia, visitadas por nu-merosos. catholicos, e nas portas das capellasforam collocadas .muitas coroas.

No dia 4 do passado foi celebrada naegreja dos carmelitas de Pariz a missa doEspirito-Santo por oceasião da abertura doscursos do Instituto Catholico. Oficiou Mou-senhor Richard, Bispo coadjutor do Sr. Arce-bispo de Pariz.

A população marítima, de Boulogne-sur-mer acaba de soffrer uma terrível des-graça. Naufragaram seis navios de pesca,perecendo afogados 114 pescadores, quedeixam na viuvez 76 viuvas e 280 orphãos.

Partio para Roma o Sr. Bispo deAutun.

O prefeito de Vaucluse mandou pro-cessar 24 pessoas que tomaram parte na ma-nifestação organisada em favor dos Irmãosdas escolas christãs. . «

Partio para Roma o Exm. Sr. Lange-nieux, Arcebispo de Reims.

—• Tendo o Sr. Bispo .de Saint-Die recu-

•'Badov retirar o parodio de Gironcourt a pe-dido do prefeito dos Vosges, a mesma auto-toridade negou-lho o pagamento de suacongrua.

Em Tours os catholicos organisararagrandes festas em honra de S. Martinho.Foi pregador durante a novena o Rvd. padroJenner, da Companhia do Jesus. ,

Fez-se com muita solemnidade a aber-tura dos cursos das faculdades catholicas doLille. Assistio o Sr. Arcebispo de Cambrai,que foi recebido no meio de unanime oração.

Corria em Grenoble o boato de iremser expulsos os Rvds. padres Cartuchos. Oábons religiosos já encaixotaram sua ricabibliotheca e os apetrechos necessários paraseu famoso licor Chartreuse e preparara-separa se retirarem para a Áustria.

Falleceu o prefeito de Isóre. Teve amorte do justo, recebendo com muita resi-gnação os Sacramentos da Egreja. Nos seusúltimos momentos foi assistido por Monse-nhor Fava, Bispo de Grenoble.

Em Cahors ganharam os Irmãos daDoutrina Christã um esplendido triumpho.Era plena sessão da câmara municipal foiproposta a socularisação da escola publica.Houve escrutinio secreto que deu em resul-tado 17 votos a favor dos religiosos e 10contra.

O? 10 membros que votaram contra osIrmãos deram sua demissão e foram substi-tuidos por outros tantos cidadãos honradose apologistas resolutos do ,eusiuo religioso.

C0LLAB0RAÇÃ0

Amemos a JVCarla Santls-slma

PELO PADRE JOSÉ FRASSINETTI

Traduzido do italiano

Por quem muito deve a Maria Santíssima, c muitodesejaria vêl-a por todos amada e servida; obse-quio esse que lhes seria galardoado durante avida com sua sempre efflcaz protecçSo, e lá nocéo, mediante a sua intercessSo, com eternaventura.

VIII

Quem ama a Maria 'Santíssima ama aJesus

Pessoas ha que mostram ser devotos deMaria Santíssima, venerando suas imagens,visitando seus sanetuarios e ornando sousaltares ; que fazem suas novenas, celebramo mez mariauo, rezam seu oíficio e rozario,cantam seus louvores, etc, mas entretantonão amam a Jesus, até mesmo mostram seseus inimigos, vivendo no peccado. Não sãoprobos em seus negócios, conservam ódioaos que os offendem, tora os corações cheiosde impureza, e não são castos, nem era obrasnem em palavras 1 Míseros 1 Que devoçãoserá,a d'elles ? Acaso são cegos e insensatos?Poder-se-ha, por ventura, amar a Mãi e aomesmo tempo injuriar e ultrajar graveraeute o Filho ? Um inimigo de Jesus, poderáser verdadeiro devoto de Maria Santíssima ?

Ah I possam elles abrir os olhos e vêr seuengano 1 Não poderão nunca amar verdadei-rameute a Maria Santíssima, sem que pri-meiro amem a Jesus-Christo, seu DivinoFilho, isto ó : sem que vivam em sua graça,odiando o peccado mortal e d'elle fugiudo.Façam, pois, uma boa confissão de seuspeccados, purifiquem sua alma desgraçada,ponham-se por esse modo, na graça e ami-zade de Jeses-Christo e poderão então dizercom segurança, que amam verdadeiramentea Maria Santíssima.

Mas então deverão por ventura, emquantouão cumprem com essas obrigações, abando-nar todas as praticas devotas com que hou-ram a Maria Santíssima ? Não deverão fazermais nada emquanto não se puzerem emestado de graça ? Não I isto seria um verda-deiro engano e má resolução I Não dizemosque devem deixar todo o bem que fazemera obséquio a Maria Santisssima, mas simque a esse bem tão grande que já fazem,juntem um outro, também muito grande enecessário, afim de que suas almas fiquemem bom estado, e elles possam ser enume-radas entre os servos fieis e filhos amorososde- Maria, excelsa Rainha do Céo e Mãi deDeus.

Essas obras pias que praticam em honrade Maria Santíssima,, são-lhes proveitosaspor diversos modos, e comquanto não sejammerecedoras de graça ou gloria, por seremfeitas estando a alma em'estado de culpa,são-lhes todavia úteis jpara qtie alcancem mi-sericordia ; o.que, ptfirém,.ó de indispensávelnecessidade é que sedivrem do terrível estadodo peccado mortal, pois se n'elle permane-cerem, embora continuem suas devotas pra-ticas, podem de um momento para o outroserem precipitados nos ,abysmps eternos.

Se acaso, ó leitor, te. achas no numerod'esses devotos inconsiderados, toma tento ;reflecte que essa devoção a Maria Santíssima,hão é a que te pôde salvar, pois não é acotn-panhada pela devoção a Jesus, a qual con-siste em seu amor e suagraça.

Emquanto não amas a Jesus, não. se pôdedizer que amas verdadeiramente a MariaSantíssima, e persuade-te bem que lhe agra-dará mais urna Ave-Maria rezada por ti emestado de graça e isento de peccado, do queum cento de rozarios e. novenas, de peregri-

nações e mezes Maríanos offerecidos em seulouvor, estando tu fora da graça de Jesus,pelo peccado mortal. Livra-te, pois, do pec-cado, ama a Jesus, e amarás então verdadei-ramente a Maria, sendo seu devoto pelomodo por que Ella os quer; e assim os nu-merosos obséquios feitos em seu louvor,serão de muito merecimento para ti, e sum-tnaraente agradáveis á Virgem Santíssima.Sim, amemos a Jesus, que só assim pode-mos verdadeiramente amar a Maria.

Esta verdade, porém, isto ó, que aquelleque ama a Maria, ama a Jesus, ó tão clara emanifesta, que para proval-a não são precisosargumentos nem reflexões ; quem ama a Mãiama o Filho e não pôde ser de outro modo ;por conseguinte, o que devemos procurar óqual o meio mais enicaz de conservar eaugmentar sempre era nós, o amor de Jesus.

(Continua)

SECÇiO DOUTRINARIAO Arsenal OathoUco

Ou demonstração dos dogmas e moral da Egreja1Catholica, com resposta ás objecções mais com-muns, que actualmente fazem os incrédulos, oshereg-es, os semi-christãos e indiferentes, porCloet.

(Continuação do n. 140)

CAPITULO XXXII

Na morte não acaba lado?Resumo.—1. Não acaba tudo na morte? Não. Pro-

vas.—II. Ha outra vida além da actual 1—III.Qual! ha pessoas que dizem que na morte tudoacaba. O que convém pensar d^sta humilhantedoutrina e d'aquelles que a professam.—IV. Qualé nossa sorte além do túmulo ? nossa alma paraonde vai? nosso corpo também? Resposta.—V.Deve-se acreditar que os corpos resuscitarão ?Resposta.—VI. Como se pude operar a resur-reiçãogeral? Resposta.—VII O mesmo assumpto.—VIII. Profissão de fó catholica. Esperançachristã.—IX. Conclusão.

INão acaba tudo cora a morte ?

Não. Quando a planta secca não torna areverdecer, acaba de uma vez. Quando asaves do gallinheiro se matam para abastecervossa mesa, conservando-vos a vida, ellasmorrem para sempre. Se esmagais com opé alguns iusectos, cessam de existir comple-tamente.

Não nos acontece o mesmo, pois o homemnão é planta nem semente animal. E' certoque ha u'elle, como nos últimos, algunsphenomenos que dependem unicamente daorganisação, e que constituem a vida ani-mal. Mas ao ' lado d'estes phenomenos,observam-se outros que fazem o homem umente á parte e lhe assignalam especial desti-no;são: a actividade do seu entendimento quese eleva acima dos sentidos, para penetrar oinfinito, e a liberdade que preside a seusactos e o faz capaz de praticar o bem ou omal, de merecer ou desmerecer.

O homem uão tem somente sensações, temtambém percepções, intellectuaes e idéasmoraes ; tem a faculdade de querer, e quererlivremente ; de fôrma que pôde elevar-se atóá noção do dever, e d'elle depende seguir-lheas normas ou desviar-se d'estas. O homemé um ente moral.

Todos os povos comprehenderam que ohomem que transgride seus deveres merececastigo, assim como aquelle que os cumpreé digno de recompensa., Com effeito; Deus,não pôde encarar da mesma forma a obe-diencia ou transgressão de suas leis, nemtratar de modo igual o justo que se conformaaos desígnios da sua Providencia e o impioque os despreza. A lei religiosa tem, pois,sua saneção, recompensas e castigos. Se as-sim não fosse, Deus seria o mais vulgar doslegisladores, e poder-se-hia dizer que nãosoube organisar sua lei; o que é ainda maisabsurdo do que o impio.

Todavia é certo que ás vezes no mundoes máos tôm prosperidade, emquanto os jus-tos permanecem opprimidos e infelizes, queo vicio fica impume e a virtude sem recom-pensai A justiça não se completa, pois, naterra. Não havendo saneção na vida actual,existe em outra parte. D'isto se segue logi-camente, que existe um estado em que Deusexerce sua justiça, e onde o homem de bem'acha a felicidade'qtie debalde procurou naterra.

« Quando eu não tivesse, diz Rousseau,outras provas da immortalidade da alma,além do triumpho dos máos e da oppressãodos justos no mundo, isto só me impediriaa duvida a este respeito.

Tão repugnante dissonância na harmoniauniversal me faria empregar esforços paraexplical-a; eu pensaria; nem tudo acabacom a. vida, por meio da morte se consolidae estabelece a ordem. »

O philosopho tem razão. Se Deus enca-rasse com igualdade o mal e o bem em queconsistiria siia justiça e santidade, se dei-xasse o scelerado dormir em paz ao lado doinnocente no trauquillo repouso do túmulo ?

Feliz por meio da iniqüidade, cercado deriquezas e prazeres, o máo opprimiria ainnocencia, farto de crimes, acabaria empaz sua nefanda vida, emquanto ó justo,victima de suas violências, passaria sua vidano infortúnio e lagrimas. Deus, testemunhade taes desordens, que seria directamenteoffendido pelos ultrajes feitos á virtude,havia de permanecer era eterno silencio I

Não haveria outra vida em que sua jus-tiça restaurasse a ordem, mudasse as sortes,'o aquilatasse os méritos e deméritos doshomens I Em que Deus se levantasse emfim,julgasse sua cara e castigasse como Senhorjustamente irritado 1

Afirmamos que o Supremo Deus não de-mora tanto os castigos, não desfecha comtanto custo os golpes de sua cólera, senãoporque dispõe da Eternidade inteira parafulminar os culpados. Deus é paciente porquesendo eterno, os peccadores não podem es-capar á sua justiça : Paliem est quiawternus est,

Por isso a vida do homem na terra óapenas um período da sua existência, umadas phases de seu destino : ó tempo de pro-vação que antecipa e indica o da justiça, edurante a qual o homem escolhe sua futurasorte. .. ....

Em si evidente, esta verdade é confirmadapela crença do gênero humano.

Em toda a parta e sempre o homem teve aconvicção da sua immortaíidade.Nas nações barbaras assim como nas civi-

Usadas, achara-se debaixo de fôrmas e nomesdiversos, a crença em futura habitação defelicidade para os bons, como em um logarde supplicio para os máos. Isto ó indeléveltradicção que tem a raiz na natureza dohomem assim como na revelação divina,e que, por conseguinte, são autheníico teste-'munho e prova incontestável do dogma queaffirmam.

II

Ha pois outra vida ?O dogma da vida futura, como acabo de

dizer, encontra evidente confirmação no con-senso unanime de todos os povos. Póde-sepercorrer umaipor uma todas as partes douniverso, investigarem-se as mais longin-quas e inaccessiveis ilhas; pódem-se atéjInterrogar ás tribus selvagens a quem aeivilisação não ensinou nada: em parte ai-guina achareis povo sem Religião, nem ne-nhuma d'estas que não admitta a immorta-Jidade da alma no numero de seus dogmasque não tenha Campos Elysios e Tartaro, sobdiversos nomes.

Se ha indivíduos incrédulos ou matéria-listas, nunca povo algum desceu tão baixo.

Este accordo de nações tão diferentes em ...clima, linguagem, costumes, não procede doshomens; ó o próprio Deus que gravou estaverdade no fundo de todos os corações. Sealgumas vozes oppostas querem perturbareste accordo universal, o que podem valerèm face do gênero humano?

Se não existe outra vida depois d'esta,porque motivo na terra nada pôde contenta*o coração do homem ? Tem sede de felfojldade, etn toda a parte a procura, pede-a atudo que o cerca, e não a acha em lp,gar a[.gum. Como a abelha no outono, debalde per-corre as poucas flores que existem, e denoite volta á colmea fatigada e desprovida;assim, o homem n'este wvinào em vão di-vaga de objecto em objecto. Antes de os pos-suir, julgava achar n'elles a felicidade, mas ,em breve reconhece seu erro. Volta-se paraoutro lado; encontra igual decepção. N'estaaillusões se escoam os mais bellos dias da suavida; emfim, desgostoso de tudo, ó forçadoa exclamar: Vaidade das vaidades! tudonúterra é vaidade I

Porque motivo os bens da terra são insuf-ficientes para contentar nossos desejos ? enada achamos que possa fixar-nos? Porquecausa irresistível o transporte eleva nossocoração para o futuro? Oh! Senhor! con..sola nos acreditar que nossa pátria não éaqui; é terra estranha, em que de passa-gem recebemos da natureza um. alimentoque não pôde saciar-nos. Vós nos creastespara mais alto destino ; conhecemos istopelos nobres instinetos que encaminhampara vós todos os corações generosos, Daviddizia,: « Senhor I meus olhos desde a ma-drugada se voltam para vós, e minha almatem sede de vós: Sitivit in te anima mèa£S.Paulo diz: «Soffro.mas nãó esmoreço;'-'sei a quem confiei meu deposito, e ha derestituir-m'o no ultimo dia. » E' também adoutrina que resumia S.. Agostinho, quandodizia: «Senhor, para vós nos creastes, }nosso coração não tem repouso ató que possadescançar em vós: Fecisti nos ad te; irre-qaietnm est cor nostrum áoneot requies •cat in te. »

Porém, se não houvesse nada além do tu-mulo, se o bem-estar por que anhelamos for-çadamente, só fosse chimera, e o homem jo7guete de grosseira illusão ; sua ardente sedede felicidade, a vida de sua vida e a alma desua alma, apenas seriam um erro; seriamos,pois, creados para a illusão e o nada. Entãoa humanidade seria Tantalo, o deus da fa-bula, que nos pintam devorado com fomeque nada pôde saciar, e com sede impossívelde satisfazer. Quem ousaria dizer semelhanteblasphemia? Pelo contrario, adraittindocomo ultimo fim do .homem, a-posse dasuprema felicidade, tudo entra na ordem, ese explica. As faculdades humanas .tôm sea;objecto ; o invencível amor pela bemaven-turança encerra em si razoáveis fundameü*tos; ei Deus, autor da nossa' natureza, comsuas inclinações universaes e invencíveisestá então de accordo cotnsigo.,

[Continua)

I

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Sexta-feira 16 de Dezembro de 1881

DIOCESE DE MARIANNAPalácio episcopal de Mariauna, 3 de De-

zembro de 1881.Illms. e Rvms. Srs.-—Tendo recebido da

Santa Só automação para com o consenti-mento do Rvm. Cabido nomear por dezannos dez examinadores pro-synodaes paraos exames dos concursos às egrejas paro-chiaes, resolvi nomear os Rvms. Srs. Arce-diago José de Souza Telles Guimarães, Co-negos Bernardino Ferreira Brandão, JoséMaria Rodrigues de Moraes, Pretextato Ba-ptista. Americano, Antônio Augusto da SilvaLagoa, padre-mestre Estevão Pedro Cotta,professor Aureliano Deodato Brazileiro, Vi-garios Manoel Mendes Pereira de Vascou-cellos, Aífonso Henriques de FigueiredoLemos e João José Roriz, ficando a espera doconsentimento e deliberação do Rvm. Cabidopara se expedirem as respectivas provisões.

Deus Guarde â V. Rvma.—f Antônio,Bispo de Marianna.

Illms. e Rvms. Srs. Arcediago José deSouza Telles Guimarães, presidente e mem-bros do Rvm. Cabido. da Santa Egreja Ca-tbedral de Marianna.

Exm. e Rvm. Sr.—Os abaixo assignados,membros do Cabido da Santa Egreja de Ma-rianná, reunidos hoje em sessão extraordi-naria tiveram a honra de ouvir a leitura dooflicio de V. Ex. Rvma., de 3 do correntemez, em que V. Ex. Rvma. offerece aomesmo Cabido os dez sacerdotes, que pordez annos, devem exercer o mwius de exa-minadores pro-synodaes, conforme foi outor-

gado â V. Ex. Rvma. pela Santa Sé, sobcondição de haver o consentimento do Ca-bido. Os mesmos abaixo assignados, conhe-cendo o acerto com ,que V. Ex. Rvma. pro-cede em todos os seus actos, e em particularo d'esta presente nomeação pelo verdadeiromerecimento e habilitações dos sacerdotes in-dicadós, cheias de contentamento dão con-sentimento pleno á nomeação dos mesmos, eesperam que no desempenho de tão inelin-droso oflicio corresponderão de modo digno& confiança e escolha de V. Ex. Rvma.

Os mesmos aproveitam-se do presente en-sejò para mais uma vez significar â V. Ex.Evraa. seus sentimentos de submissão, deunião e de amor á sagrada pessoa de V. Ex.Rvma.

Deus guarde á V. Ex. Rvma.Illm. Exm. e Rvm. Sr. D. Antônio Maria

Corrêa de Sà e Benevides, digníssimo Bispoda diocese de Marianna.

Sala das sessões capitulares, aos 3 de De-

zembro de 1881.—Arcediago José de SouzaTelles Guimarães, Arcypreste MonsenhorSilverio Gomes Pimenta, Chantre TobiasBernardino de Souza Cunha, Conego JoséMaria Rodrigues de Moraes, Conego Joa-

quim Corrêa de Carvalho, Conego Júliode Paula, Dias Bicalho, Conego José Cae-iano de Faria, Conego Dr. Domingos Eu-

gênio Nogueira, Conego Pretextato Ba-

ptista Americano, Conego Antônio Au-

gusto da Silva Lagoa.

claustro as ruas da cidade, como clausura aobediência, como grades o temor de Deus, ecomo véo a santa e perfeita modéstia. »

Se alguma vez visitastes o cemitério domonte Parnaso, sem duvida obscrvastes naentrada, um primeiro cemitério, de aspectopobre, mas apezar de sua pobreza alegre,apresentando parte do bom humor que asirmãs de Caridade mostram sempre fazendo obem. Vedes seu ultimo asylo na terra. Per-correi suas sepulturas: aqui so distingue apedra que cobre as cinzas da irmã Rosalia, aquem o imperador Napoleão III deu a estrellaque se chama legião de honra.

As outras sepulturas se assemelham todas.De todos os lados ledes epitapliios : A irmãLuiza morreu aos 19 annos I A irmãVicente aos 23 annos I A irmã Anastáciamorreu com 20 annos 1 Apenas aqui eacolá, com graudes intervallos, vedes enta-lhado ná.pedra ou madeira : A irmãSophiamorreu com 40 annos 1 A irmã Paulinaaos 50 annos I

O maior numero d'estas pobres donzellasacabou na flor da mocidade ; cahiram comobotões entreabertos, a terra só vio d'ellasraios e perfumes. São dignas de lastima ?não penso isto. Seria uma injuria, pois comodiz Meandro, « morre joven aquelle que osdeuses amam ; » antes d'elle, dissera aS. Bíblia :

« Elle soube encerrar nos breves dias quelhe foram concedidos as virtudes de longavida. »

Uma pequena anecdota vai finalisar estasreflexões.

A irmã Maria, que eu tenho a honra doconhecer um pouco, disse-me um dia :

Quando Deus me chamou para a vidareligiosa, eu era bastante vaidosa I Ha seisannos 1 «fu completava 16 annos, tinha muitocabello, mui fino e comprido. Attrahia-meelogios... Apezar dJ. resolvida a consagrar-me a Deus, estava vilmente afterrada ásmadéixas. Fil-os cortar antes de entrar noconvento, e guardei os com cuidado, afãs-taudo-me do espirito da nossa regra, durautedois ou tres annos.

Penso eu que isto era peccado muivenial.

Oh 1 não. Por isso os dei uma manhã aum de nossos pobres, bom velho de 70 annos,avô e bisavô, cuja numerosa familia preci-sava muito de algum dinheiro. Quantodesejo que elle os vendesse, e bem vendidos I

A confidencia da irmã Maria, que ainda é

VARIEDADESÀÍ irmã do Caridade

A mais admirável obra de S. Vicente de

Paulo, sem duvida ó a instituição das Irmãs

de Caridade, ou por outro nome, Servas

dos pobres e doentes. (1634).A caridade tem incomprehensivel doçura

nos olhos e sorriso de uma mulher ; ha irre-

sestiveis invenções de bondade n'estes cora-

ções e espiritos què parecem especialmente

próprios para penetrar no:amago de nossos

espiritos e corações. Embora desamparado

por todos, distante da pátria mil legoas, um

d'éstes entes encantadores nos recorda nossa

mSi e irmã; as lagrimas nos açodem aos

olhos, e agradecendo e abençoando, abrimos

os ouvidos as palavras affectuosas, haurimos

o licor da salutifera taça... somos felizes 1

As, irmãs com vestes escuras e toucas

brancas, foram muitas vezes csmparadas aos

anjos, ao ideal que imaginamos d'elles, e a

expressão não é exagerada.Onde se não encontram ellas ? No asylo,

eduwim e instruem as crianças com a mais

matertfa solicitude ; no hospital, suavisara,

para o moribundo as vascas dolorosas, as in-

quietações, esperanças e pezares terabem que

precedem a derradeira hora da vida. Os velhos

dizem: ininha filhai Os mancebos dizera:

minha irmã 1 todos às saudara com respeito.

Ellas têm a mansidão e singeleza, dos cor-

deiíòs. Mas na guerra, durante a batalha, as

Ürmãs de caridade desenvolvem o valor do

leão, não combatendo, mas para levantar e

reanimar os que cahem.-£ Não ó minha defunta mãi que vos

envia 1 dizia um pobre soldado da Criméa a

uma d'eUas que curava sua perna cortada.

— Sim, foi vossa mãi, respondeu a joven

irmã; e sorrio-se suavemente

O pobre soldado sorrio-s

doçura. „.,.,. .Estas religiosas são livres; como S. Vicente

Aa Paulo ordenou, « ellas ordinariamente só-ÍL icomo convento as casas dos doentes,

„*¦ ,cella um aposento alugado,, como

c5« » *«* dt m (alstt™' Com°

minha parenta, me commoveu sem me sur-prender. Havia n'isto a iunocencia de umaSanta I esqueci etn menos de 8 dias a nar-ração.

Estando no fim de alguns mezes, na lojade um cabelleireiro da cidade de **, emquan-to me faziam a barba, ouvi dous ou tresfreguezes da casa, dizerem uns aos outros :

Ah l que bellas madéixas tem a mar-

queza de F.São lindos, finos e bellos cabellos lCabellos como Titiano os pinta, e como

já os não lm.0 barbeiro, que não é mais discreto do que

seus collegas, interrompeu os sujeitos queconversavam, e com um modo altivo disse :

Caluda l caluda, disse elle. Estes ma-

gnificos cabellos eu os conheço IJá os penteaste ?Não, vendi-os Ahi eu os tinha

comprado por 50 francos a um pobre velhotremendo de frio, e sera lenha para sé aque-cer. Foi uma obra baa, que me aproveitou.Vendi-os por 1,500 libras ? aceresceutoucom o modo pretencioso de um cabelleireiro

que deseja ser tido como litterato.Eram cabellos do velho ? perguntei eu.Pois não I elle me confiou que os rece-

bera de uma irmã de caridade que lhedissera : Vendei isto, se vos fôr possivel. eDeus vos abençoe.

Caros leitores, eraquanto a marquezade ** triutnphava com as louras madéixasde 16 aunos, a irmã Maria curava a peruade ura soldado doente, abaixada como umaescrava, mas satisfeita de ter fornecido lenha

para o lar de uma familia indigente.Ella até ignora o nome [da marqueza

de w.

pupillas e nos põem os objectos áconvenien-te situação.

Que bellas mudanças IComo isto se transforma em morada prin-

cipesca 1O silencio que nos cercava ainda agora

alongou-se mais até ' alóm, aquelle altomontanhoso.

As nuvens tôm intervallos delicadíssimos:ao atravóz coa-se um esplendor argenteo eceleste, que nos avisa da presença de umser superior.

Se virá ainda o sol com o seu oceano lu-minoso desfazer estas notas sentiraentaes damanhã d'outono?...

A consciência humana'èstá interrogando oespectaculo da natureza que faz em voltad'ella um sussurro indefinido, vago e incoer-eivei, mas que nos impressiona solemnemen-te em toda a profundeza do nosso sentimento.

As vozes da natureza são como iusectosinvisíveis que volitam era redor do ouvidoque escuta para vêr se apprehende o infinitoque nos attrahe para o seu seio I

Já o dia se accoutúa nais esplendido.Vê-se o fumo das casinhas do campo su-

Liado direito para o alto; e mais acima poreutro os vapores começam a descobrir-seilhas caprichosas e incertas, tingidas de umazul aqui mais escuro, alóm mais verde-mar.

Chegou afinal a luz do sol, pallida e cam-biante, traduzida sobre a terra em reflexosmulticores, indisceruiveis e infinitos. Oslados inferiores das nuvens são carregados,parecem uodoas grandes, inoveis e fluetuan-tes ; sombras maiores cahem para o poentedas montanhas.

O azul do céo è mais ridente e formoso ;o disco do sol que ainda agora parecia um

pleui-lunio descorado e sem poesia assumioum fulgor fulminante, e uma pupilla, umalente abrazadora, que cega, desvaira, fereos olhos e nos obriga a desvial-os da linharecta em que elle vibra o raio vertical doseu jogo immenso 1

Quem acceudeueste raio, quem inflammoueste sol?

A eloqüência, esta muda eloqüência doastro que nos dá o calor envolto nas grandesvibrações da sua luz, esta eloqüência physi-ca que já converteu alguns homens em divi-nisadores do astro-rei — o sabeismo — passacomo águia oceulta acima do horisontevisual ejá'não inove o coração a impulsostrauscendentes. O sol ó uma muralha daChina para o celeste império do horisonte,em vez de ser o caminho da alma para oinfinito da creação, infinito que elle nosentreabre com a sua chave de ouro, abando-naudo nos depois á liberdade do pensamento,que nos respeita como um anjo revelador doEvangelho da natureza.

Quem accendeu este raio,quem inflammoueste sol?

Os olhos dilatam-se e interrogam.A poesia cessa seus cantos para deixar

logar á soberania da razão.Esta indaga, inquire, vôa, percorre os

espaços, os tempos, consulta, argumenta,mede as suas forças, e termina a luta titani-ca dizeudo a sua esposa—a poesia :

— Existe Deus ILouva-o tu ; ahi tens a teus pós o meu

débil poder, que ainda assim é o mais fortada natureza.

- Semeia flores nos meus raciocínios; faz-me a vida formosa, dá-me os prazeres quesão dos anjos e de que tu és a irmã, ó esposada razão, ó poesia divina do meu Deus?...

Vê como a creação ó esplendida ICanta o amor, emquanto estudo 1...

A. da Beira..

sigo uma cousa de que até alli não faziacaso,

Eu sou povo.Era a segunda premissa do syllogismo.A partir d'aqui, começou a dar-se toda a

importância, a intromettor-se na politica,dando um pouco de mão ao trabalho doalvião, do martello, da encho, para dar umavista d'olhos ás gazetas, ás lojas de barbeirosás de bebidas, ás sociatas de tavernas, ondese respigavam noticias frescas sobre os nego-cios do mundo.

Não importa que n'isto perdesse a econo-mia domestica, os trabalhos agrícolas eindustriaes.

O que perdia n'estas cousas, ganhava-ona ignorância dos seus mais caros deverese no conhecimento de que também era gentee sabia cavalgar: Nos quoque gens sumuset cavalgare sabemus. Era assaz.

Podia ter algumas liberdades, o compa-dre João precisava d'elle nas eleições e entãohavia de valer-lhe era qualquer aperto.Podia folgar, porque os theatros estavamabertos, e os patrões podiam dar mais paraestas bambuchatas.

- Emíim, elle tinha o direito de philosophará sua maneira, e de dar credito a todos osseus raciocínios com a mesma segurança quequalquer erudito.

Entretanto, a folgança, a philosophia, oromance, a irapiedade têm compromettidotanto as suas finanças, como pervertido oseu coração. N'estes apertos, recorrendomais á philosophia, em um esforço supremotira a conclusão:

Eu sou aucloridade.Basta I chegou onde tinha a chegar,postos

aquelles principios.Note-se, senhores, que não fallo dos prin-

cipios em theoria, ou no campo especulativo,refiro-me aos mesmos na sua applicação.

O povo ó essencialmente pratico. O philo-sopho idóalisado, falia ; mas o povo pratica.

Trata-se aqui do syllogismo revoluciona-rio pratico.

O povo está chegado á conclusão: en souaucloridade.

Eu posso governar ; os governantes queahi estão, quanto a mira deixam de o ser,não passam de criados meus; hoje colloquei-os alli, amauhã, se fòr da minha vontade;

posso de lá derrubal-os. Eu ó que governo,realmente eu sou o verdadeiro soberano.Ora, um soberano deve ser independente,senhor da sua vontade e rico ; não admitto,

pois, nenhuma auetoridade, que não seja aminha, nem poderosos de qualquer espéciesem minha ordem ; tenho a força, tenho odireito, sou irresponsável, porque nem Deusme tira .contas, visto não existir, segundodizem os sábios. Quem me detém ?

Logo, abaixo a auetoridade, abaixo os ri

midas ou frias, quer nas tropicaes ou tor-ridas.

Segundo o citado autor da geographiauniversal, no Brazil se dão perfeitamente,alóm de todos os produetos indígenas o simi-lares das regiões africanas e asiáticas, as daEuropa, não só apropriadas á alimentaçãodomestica, como á botânica, em grandeescala. Entre os primeiros, se notam a cannade assucar, o arroz, o café, o algodão, ofumo e o matte, etc, entre os segundos, senotam : o milho, o feijão, a batata e outrossemelhantes de fácil cultivo. Além d'isso,produz o Brazil uma grande quantidade devariadas madeiras próprias para construcção,marcenaria e exportação.. ' •

\ §¦

Entre os produetos naturaes e agrícolas demaior importância para exportação, contam-se, em primeiro logar o café, o assucar, aborracha, a aguardente,, o,fumo, o algodão,o matte, a carne secca, os couros seccos e sal-gados, e finalmente a madeira própria paramarcenaria. '•'.'!'' •"'

Dos produetos agrícolas do Brazil, segun-do os dados históricos, vê-se que a canna deassucar foi importada da ilha da Madeira,em cujo território, em outro tempo, ella secultivava com vantagem, e para onde ellafora transportada da Gicilia, assim como avinha o fora da ilha de Candia, uuia e outramandadas buscar pelo famoso infanteD. Henrique. •••'•'

SEm 1501 se participava d'aquella ilha ã

el-rei D. Manoel, haverem-se fabricadon'esse anno 63,800 arrobas de assucar.

E quando Barros escrevia as Décadas,dizia, que uma porção de terras de tres le-guas dava ao quinto (*) mais de 60,000 ar-robas.

Bluteau, nos principios do século passado,escrevia que na ilha houvera em algumtempo 150 engenhos d'assucar (**).

Foi também, e naturalmente, d'esta ilha,da de S. Thomé e de Çeylão que foi transpor-tada a planta do café para o Brazil,, posto,que no paiz houvesse também o café indi-gena, cuja cultura não era até então, talvez,conhecida dos estrangeiros.

§ ['Si*

TRANSCRIPÇÃO

cos! abaixo a propriedade 1 viya o amorilivre I viva a anarchia I morra a religião.

Estes gritos ferozes, que hoje se ouvefiide todas os cantos do mundo, são os do so-cialismo, d'essa, vasta associação que sedesenvolve com a rapidez do contagio da

peste por todo o mundo. O socialismo, pois,é a consieucia dos principios do liberalismoinfernal, e é aquelle que se encarrega de pôrmuito positivamente por obra a conclusãodo syllogismo revolucionário:

Logo eu sou auetoridade.Contra isto só a sua antithese :Toda a aucloridade vem de Deus.Não ha meio termo ; querem Deus ou o

demônio ? Se Deus, escolhei os catholicos esegui o que elles vos disserem ; se o demônioescolhei o' povo, onde elle agora estáincarnado.

O conselho não ó prematuro; se o nãotomais já, cedo vos arrependereis, e tarde

querereis retroceder.C. do O.

-se com igual

Poesia Oampestre

São 14 de Outubro e achamo-nos em uma

quinta distante do gentio das cidades.

O dia amanheceu pardacento e sombrio.O nevoeiro entra-nos pelajanella em bel-

los branqueados e com débeis reflexos deluz prateada.

As massas de vapores aquosos e plúmbeosdeslisam mansamente e vão rolando pelasgargantas dos vales e eminência dos montes.

No fundo tristonho das nuvens ouve-sea voz da cotovia, lindíssima voz insubstitui-vel n'este concerto de tantas cousas que nosencantara.

Se virá ainda o sol com o seu oceanoluminoso desfazer estas notas sentiraentaesda manhã d'outono?...

Ha pouco não se via aquella serra em queos castanheiros verdes semeiam o movimento

por entre os rochedos queimados e immoveisd.a massa bruta.

Grande syllogismo revo-lucionario

Foi Deus quem creou o mnndo : diz-nol-oeloqüentemente toda a creação, segreda-nol-oa nossa natureza ao coração e sabe o pelobom senso o povo. Tudo nos falia de Deus eda sua omnipotencia. Só o orgulho philoso-phico, á força de raciocinar, foi obliteraudono espirito e varrendo do coração uma idéa

que deveria adherir á nossa intellectualidadetão essencialmente como a alma ao corpo,

para sermos homens.De quanto não é capaz a nossa razão em

desvario 1E o facto é que esta gragrena intellectual

communicon-se, os espiritos fortes rebenta-ram de todos os pontos mais bastos do queos cogumelos nas hortas, podendo dizer-seque esta geração de pseudos homens é a queconstituo a parte predominante

'da huma-nidade.

Quando esta raça começou a tornar-sesaliente, esquecendo que toda a auetoridadevem de Deus, estabeleceu a opposta, comopremissa maior de um syllogismo :

Toda a aucloridade vem do povo.Propagou-se a idéa, nos livros, nos jornaes

nas escolas, nas conversas, uob palácios e naschoupanas, sem excepção de ninguém.Então o povo começou a philosophar tam-bem, e vendo que era chamado á urna, quelhe davam vinho e dinheiro para votar, quelhe rendiam amabilidades homens d ecasaca

PUBLICAÇÕES A PEDIDOMatéria econômica

AGRICULTURA,. COLONISAÇÃO, ETC. ETC.

(Continuação do n.

V

140)

Todos estes preliminares da historia eco-nomica do paiz, em cujo período as artes, aindustria e a agricultura estiveram por ai-gurii tempo como que em embryão, se de-ram no tempo dos vice-reis, que lhes n3odavam o verdadeiro impulso.

Em 1807, os fraucèzes, invadindo Portu-gal, obrigaram a corte e o rei D. João VI aretirarem-se para ó Brazil. M

D'ahi era diante começou como que uma'nova era para o novo Estado. O RiodeJa-neiro foi o ponto escolhido pela corôa.paraJsua residência, onde a .corte se demoroudesde aquella época até 1821, quando voltoude novo para Portugal, deixando D. Jo8o VI,no Brazil o príncipe regente D. Pedro, comoseu lugar-tenente com poderes illimitados,Este, em conseqüência das manifestações de1817, foi acclamado Imperador do Brazil,em 1822, dando aos seus subditos uma Con-stituição liberal, à semelhança da dos Es-tados Unidos.

Foi d'ahi por diante que o Brazil tomoumaior incremento.

A lista civil era n'esse tempo (dé 1822 â1823) de 1,250,000 francos, isto ó, 5.00iOÒÕ$,'aproximadamente, ao cambio de 400 rs. porfranco ; a renda do Estado era de 40,000,000de francos, equivalentes â 16.000:000g000,e a divida publica era então, apenas'de75,975,905 francos.jôto é, de 30.390:3628000;computando-se n'esse tempo era 40,000 ho-mens as forças militares do Brazil para co-briras suas immensas fronteiras ¦ marítimase terrestres.

N'esse tempo o governador percebia umpequeno imposto sobre a exportação; mas,a importação pagava um direito de entradadel5a20°/o.

O dia vai aclarando a scena da natureza

E'já um brilho finíssimo que nos dilata as ! que uão estava habituado a vêr, disso com-

Desde que as machinas á vapor, princi-piando pelas de navegação accelebrada,trans-

puzerara as distancias, e que a industriamechanúa, fabril e agrícola, puzerara essesdous agentes da riqueza publica (o ferro e ocarvão) ao seu serviço para os misteres in-dustriaes, quantos milhões de toneladas deum e de outro produeto não são introdu-zidos e consumidos no paiz ? I..

Para se avaliar de tal importância, bastaattentar-se para as companhias das estradasde ferro e navegação á vapor, e para as fer-rarias e as fundições, em que o ferro e ocarvão são empregados simultaneamente.

E' este um dos ramos de producção na-cional que deverá merecer a maior attenção

para o seu grande desenvolvimento no paizem larga escala e vantajosa concurrenciacora o do estrangeiro, não só pelo seu grandeconsumo, como pela grande quantidade eboa qualidade do minério.

Passando para a parte agrícola, vemos

que o paiz é susceptível de toda a casta de

producção, quer nas zonas temperadas, hu-

D'essa época em diante, o Brazil foi pro-gredindo a olhos vistos, apezas das suascommoções políticas. A sua agricultura fora.grandemente augmentada pela íntrodúcçãòde braços, quasi gratuitos, os negros africa-nos, que attingem á maior altura, chegandoa agglomerar-se em diversasjfazendas dasprovíncias do Rio de Janeiro, Bàftiá, Minas,S.Paulo e outras, cèhtenares dé escravoscomprados a baixo preço aos traficantesnegreiros, que, ousados contrabandistas,conseguiram atravessar osVÓrúzeiros portu-guezes, francezes e inglezes!...

A costa da Mina, o Gongo, Benguela, Mo^çambiqué, Zánzibàr' e outros' pontos daCosta d'Africa, eram então os viveiros quealimentavameonstantemente o novel Brazild'esses passivos agentes ia. riqueza publi»ca (?.!) eparticular \...

Pela mesma razão, o commercio de impor-tação se foi desenvolvendo' à medidacrescia o da exportação."

. —(') Tributo pago á metrópole.(") E' preciso notar que a ilha tem apenas 18léguas de comprido sobre 8 na sua maior largura.

que

>.

Page 4: ANNO XVI SEXTA-FEIRA 16 DE DEZEMBRO DE 4881 NUMEROyimemoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1881_00141.pdf · • impressão os salões da Exposição Industrial, não só pela multiplicidade

Sexta-feira 40 de Dezembro de 1881

&''..

.'.,

%M'y.

ilv

Os principaes productos do Brazil, o cafó, ,o assucar, o algodão, o fumo, o multo, a 'aguardente, a madeira, além do outros domenor importância commercial, começaram ¦a inundar os mercados da Europa, da Ame-rica do Norte e do Sul, em vantajosa concur-,rencia com os de outras procedências,

Então o vapor, substituindo as velas, veio ifacilitar o transporte d'esses gêneros já con-siderados de primeira necessidade, e comoprincipal permulação da importação, desenvolvida em alta escala.

As rendas publicas foram então, e pela .mesma fôrma, augraentando na razão directa ;da importação e da exportação, elevando-seao duplo, ao triplo, ao| quádruplo, ao sextu-pio e mais do que era antes; e tudo fazia ¦crer que um prospero e feliz futuro esperava,não em remota era, o Brazil, que, a exemplodas nações cultas, acompanhava as idéas do .

progresso.Mas como o destino está acima da previ-,

dencia humana, o Brazil, que apezar deser um paiz novo e que vivera por dezenas jde annos desaffrontado, vio-se obrigado, (pelas suas commoções políticas, a contrahir iempréstimos internos e externos pela sua jindependência, e depois d'ella, em 1852,1858, 1860, 1865,1868, 1871, 1875, e 1879,e grande somma de apólices geraes, alémdo papel circulante, em importância tal queassoberbaram o seu credito, estabelecendo-se, conseguintemente, o desequilíbrio dassuas finanças pela grande verba de jurose amortisação a pagar, para fazer face, ao

que, a receita geral não tem actualmente,ao que parecer,margem assáz suficiente.

Novembro de 1881.(Contínua)

NOTICIAS MARÍTIMAS

VAPORBS ESPBBADOS

Soutliampton o escalas, Douro 10Hamburgo por Lisboa, Corricnles 17Havre o escalas, llcnri IV 18Liverpool o oscalas, Olbors 18RiodaPrata, Tcniers 18Rio da Prata por Santos, Hamburij 13

VAVORES A SAHIR

Itapemerim, Victoria, etc, A lice 1(5Portos do sul, Cervanks 17Santos, Douro 17Portos do sul, Ilio-Ncgro 20Portos do norte, Bahia 20mÊmçÊmÊmiÊimmmmÊimmmnimÊiÊÊiÊKmmmÊmmtiÊmmmmÊÊiÊÊÊma

SECÇÃO DE ANNUNCIOS

Hiiim i du lisno

APÓSTOLOEste estabelecimento dispondo de três pre-

los mechanicos, abundância e variedade detypos novos e pessoal habilitado para a cora-posição do trabalhos de todo o gênero, aceitae imprime relatórios, livros, folhetos, contas,recibos e tudo quanto concerne á arte typo-graphica com a maior brevidade, nitidez ecommodidades de preço.

0 LIVRO DE ArMTOMGOContos brazileiros, por Gabriella de Jesus

Ferreira França, approvados pelo conselhoda instrucçào publica e adoptados pelo go-verno para as escolas. Vendem-se na rua doSenado n. 11, sobrado; na rua de S. Josén. 60, e n'esta typographia. Preço : avulsos18500, em porção faz-se abatimento.

Aguu DentaSENIIOll GAUME

¦io Século XIS..—Mon-. 1 v. enc. 2}}500, br. 28000

S. .PauloQuem no dia 28 do mez próximo passado,

passasse pelo velho convento deS. Francisco,hoje convertido em faculdade de direito,

notaria ura movimento não commum, após

a promulgação do decreto que tornou o

estude, queríamos dizer o ensino livre. Era

que n'esse dia devia terminar sua carreira¦ acadêmica ura moço distinctissirao, que

antes de ser laureado oficialmente, já era

considerado altamente pela imprensa e pelas

primeiras intelligencias do paiz ; queremosfallar d"ü Sr. Estevam Leão Bourroul.

O acto esteve tocante. Após a recepão do

gráo, os parentes e amigos do novo bacharel

correram á estreital-o no» braços, offerecendo-

lhe ricos rãmilhetes de flores naturaes,

livros, etc. Eraquanto isso, tocava uma

banda marcial, no claustro do convento-

academia, o Hymno Acadêmico.

Ao chegar à casa, encontrou ainda o

D'r. Bourroul, postada aporta, a banda do

corpo policial que saturava os ares com

flsus mavio8os accordes emquanto outros

parentes e amigos felicitavam-n'o tambam.

Era seguida foi offerecido pelo novel lan-

reado um lunch e á noite um sarau dansante

em casa do Dr. Raphael Tobias. Tanto no

lunch como no sarau trocaram-se diversos

importantes brindes, dos quaes já deu conta

o Monitor Catholico.Era realmente digna de tantas provas de

consideração aquelle moço de caracter illiba-

do e crenças firmes, um dos mais denodadosdefensores da causa catholica n'esta diocese.

Inda bem I Prova isto que a fé não está

totalmente extincta no coração dos brazi-

leiros.Agora, espera a egreja paulopolitana do

novo bacharel serviços mais relevantes do

que aquelles que já lhe ha prestado, e esta-

anos firmemente convictos de que se não illu-

dirá em sua esperança.8 de Dezembro de 1881.

M.

SECÇÃO COMMERCIAL

MERCADO DE CAMBIO

Dez. 13—Inglez..> 14- > ..

>>»

>

13—Francezí14— » ...13—Hamb...14—Port....

bane.22217/8

431e 432433534244 •/„

part.

-,221/8, 22 1/166 22

429, 430 e 432

13-N. York. 28300 por dollar

Dezembro Alfand.) a 13-1.345:2951922

14- 152:5118710

RENDIMENTOSReceb.

494:575823674:4948520

M. prov.100:046803317:7828542

l'.497:8078632 569:0698756 117:8288575

CAFÉ

No dia 13 do Corrente venderam-se 10,400saccas de cafó e no dia 14 17,500.

O embarque de café foi do dia 10 do cor-rente de 16,350 saccas, no dia 12 de 22,279e no dia 13 de 29,788.

PROFESSORANa fazenda de S. Gabriel, propriedade de

Gabriel Antônio de Barros, precisa-se deuraa senhora habilitada para ensinar portu-guéz, francez, geographia, arithraetica,desenho e musica, e de bom comportamentomoral e religioso, para completar a instruc-ção de uma menina, que já tem princípiosde todas as matérias referidas, e para dirigirseis meninas pobres,

N'estas condições de instrucção, rnoralida-de e religião se lhe recompensa bem o tra-balho, e será o melhor possível o tratamentodoméstico.

A senhora que quizer incumbir-se d'estamissão, pôde dirigir-se na corte ao Rvm. Sr.Monsenhor José G. Ferreira, Travessa doOuvidor 14 e 16, ou á Gabriel Autoniode Barros, na sua Fazenda de S. Gabriel—Estação do Parahybuna Estrada de Ferro deD. Pedro II.

Rio de Janeiro, 11 de Dezembro de 1881.—Gabriel Antônio de Barros.

uNo escriptorio da redacção do Monitor

Catholico tiram-se provisões de Vigários,dispensas de casamento (na secretaria Eccle-slastica e na Internunciatura Apostólica),requer-se e prómove-se pagamento de con-gruas, trata-se de acçOes de divorcio e detodos os negócios affectos ao juizo ecclesías-tico.

Cartas a Estavam LeãoBourroul.

I11.MIIWM»!MEDICO E OPERADOR

Pôde ser encontrado todos os dias demanhã até ás 10 horas, na rua do Lavradion. 6, e em outra qualquer hora do dia o danoite, em sua residência, á rua do Conde deBomfim n, 152.

Acham-se â venda na casa de D. MariaSallaberry, â rua de S. José n. 60, as obrasseguintes do padre AntlielmoOoud:

O MUNDO INVISÍVELNO <

MUNDO VISÍVEL1 vol. de 545 paginas.

AS MARAVILHAS 'po

CREDO CATHOLICO1 vol. de 550 paginas.

A ETERNIDADEou

ESTINOS FUTUROS DO HOMEM, DO M1D0 E DApMIDADB1 vol. quasi igual.

1JÜ1ÍAncora da Salvaeíío.— Padre Mach.

—Ornada de estampas. E' um livro ondeestá em resumo o que ha de mais provei-toso para a salvação da alma, e o seu leitormuito lucrará, 1 28500

A. Heroina por Excellencia, ou NovoMez Mariano, pelo Conego Dr. M. C.Honorato, 3" edição, approvado por todoo epíscopado brazileioo, e indulgenciado

Selos Srs". Arcepispos da Bahia e Bispos

e S, Paulo, de Maríanna, do Maranhão edeCuyaba.enc........... 8ÃQ.Q0

Actualidade,—-Brochura .'. ;¦ #300Amar a Deus é a minha vida ou co-

loquios da alma com o seu Creador. PadreC.*** lv.br... ., 18000

Angelus mo século XIX.—MonsenhorGaume'. 1 v. enc. 2S500, br 28000

A vida 6 depois» da morte, ou o grandeerro no século XIX.—Monsenhor Gaume.1 v. enc 38000

ilpustolos (Os).— Escurou-.— 3 v.. 98000Apologia do Christianisnío.— Dr.

Francisco Hettinger.—Excellente obraapprovada por muitos Bispos, traduzidada 5" edição allemã pelo conde de Saino-dães, 5 v. enc 208000

IlaMidoN d'aima.—Custodio Velloso.—Breves dissertações sobre assumptos dereligião, philosophia e litteratura. 1 v.enc 38000

Itreviarium Itoiiimiimi. —(EdiçãoGrande de Lisboa):.-4 368000

Bibliotlieca da Juventude.—-ConegoCustodio Schimith.— Três bellissiraos con-tos moraes em um volume cartouado edourado 28000

Breve Exposição dos caracteres da ver-dadeira religião.—Cardeal J. S. Gaudil.—1 v. br 8500

Caramurú, poema épico de Fr. José deSanta Rita Durão, adoptado para o usodas escolas publicas da corte, enc. 28000

Compêndio do Rliotoricn e Poe-tica, pelo Conego Dr. M. C. Honorato,4a edição, adoptado no Imperial CollegioPedro II, nas províncias de Pernambuco edo Maranhão, e nos seminários do Cearáe da Diamantina enc 58000

Cartas a uni sceptico em matéria dereligião.—D. Jayme Baiíies.—1 volumeenc 38000

Coração nas nulos ou Memórias de umaMãi.—Escrich.—1 grande v. enc. 58000

Catechismo de Guillois.—Aiiiiade A.Guillois.—Explicação histórica, dogma-tica, moral, liturgica e canonica do cate-chismo, com a resposta ás objecções extra-hidas da sciencia contra a religião. Obrahonrada com uín Breve do SantíssimoPadre Pio IX e approvada por vários Car-deaes, Arcebispos e Bispos, traduzida da12a edição de Pariz, por Francisco Luiz deSeabraj parocho de Cacia, 4 grossos v.in-8° grande, enc 168000

Cemitério no século XIX.— Monse-nhor Gaume.—1 v. enc 38000

Conferências sobre o socialismo reci-tadas na egreja de N. S. de Grenoble du-rante a quaresma de 1876.—Padre Feux.-1 v. enc. 28, br 18200

Caridade christã.—Escrich.—Segundaparte do Cura da Aldêa, 3 v. enc. e comestampas 88000

Critério, philosophia pratica.—D. JaymeBalmes.—1 v. enc 38000

Conversas sobre o protestantismo ho-dierno.—Monsenhor Ségur. — Tráducçaodo padre Senna Freitas, 1 v. br.. 18000

Curso tlieorfco pratico de poda-gogia.—Miguel Charbonneau, directorda Escola Normal de Melum.—Traduzidoda 3" edição por José Nicolâo Raposo Bo-telho, 1 V. enc 38000

Curso abreviado de religião ou ver-dade e belleza da religião christã.—PadreF. X. Schouppe.—1 v. enc 58000

Cantos Matutinos.—F. Gomes de Amo-rim.—Collecção de excellentes poesias ni-tidamente impressas em um grosso v.hr 28500

Cnra da Aldêa.—Escrich,—3 volumesenc 88000

Catacumbas de Boina e a DoutrinaCatholica.—D. Mauro Voelte.—1 volumebr 18000

Concilio (O).—Monsenhor Ségur. —1 v.br ,.,.,...,,.,.,.;.... 8500

Catechismo exemplificado ou dou-trina catholica explicada com muitos e-notáveis factos históricos, parobolas ecomparações.—Dr. D. Miguel PratmansBispo de Tortosa. 1 v. enc. 38, br. 28000

€on(es$or da infância e da mocidade—Padre Gros, da Companhia de Jesus.—3a edição, traduzida pelo padre F. Mar-noco e Souza, 1 v. enc. 28, br... Ig200

Compêndio d° philosophia. — FreiFirmino Centelhas.—1 v. %v.... 8#000

Contra resposta ao Velho Liberal.—lv.br .' 8800

Uiçcionnrio de educação e ensino,—Camillo Castpllq BttA-NOQ.— Contendoo mais esseneial da sabedoria humana,2 grossos Y. enc.,,..,,,,.,,,, 208000

Oeveres tia família.—Bispo do Pará.—1 v. br 8500

]|irccção para viver christaanentc,—Padre Quadrupanis.—í v. br... 8400

Doutrina ChristtK (Lições de) em fôrmade catechismo. adoptadas para o ensino dareligião catholica no imperial collegio dePedro II, ordenadas pelo respectivo pro-fessor F, M. F. A, 1 vol. cart,...,. 2g000

Desenho linear geomoíriçot—A.' M~Silva Dias e S. Botelho.—2 v. enc. 58,/br 38000

Descrlpçilp topographica e histórica dailha do Bom Jesus e do Asylo dos Invarlidos da Pátria e da cidade de Corrientes,com 2 estampas, pelo Conego Dr. M. C.Honorato, broch 38000

Diccionario topographico, estatístico ehistórico da provincia de Pernambuco,pelo Conego Dr, M, Ç, Honorato, bro-

. chado 38000Dons mezes de prisão sob o governo

daCommuna.—P. Paulo Perny. —1 vol.br 18200

Discurso recitado na abertura do semi-n&rio dò Porto e sermão recitado na eathe-.dral da mesma cidade na quinta-feirasanta de 1879 pelo conego Manoel Ignacioda Silveira Borges. 1 v. br 8600

Desobriga.—Monsenhor Ségur.—Tradu-zida da 19a edição. 1 v. br 8400

Dia feliz ou recordação da primeira com-munhão.—Padre Mach.—1 v. cart. 8400

Diccionario prosódico. — João deDBUS.-1 v. 38000

Discursos do conselheiro Zacarias e sena-dor Cândido Mendes, proferidos no Su-premo Tribunal de Justiça, na sessão de21 de Fevereiro de 1874, por oceasião dojulgamento do Exm,' e Rvm. Sr. Bispo deOlinda, iv.br ,.,, 8800

Descanso uo domingo,—Monsenhor8400

Poeta.—1 v. encDirecção para s

Desgraçados (Os).—Escrich. — Obra il-£, lustrada, 1 v. contendo: Io, O Millio-

nario; 2o, Magdalena—A Vizinha do 58000

jar as almas timo-ratas 8400

Existe um Deus que se oecupa de nós ?—Monsenhor Ségur. —1 v. b.... 8300

Exercícios de perfeição o doutrinaespiritual para extinguir vícios o adquirirvirtudes. — Padre Affonso Rodrigues.1 v. enc 28000

Erancos-MIaçSes; o que são, o que fazeme o que querem.—Monsenhor Segur.— 1v.br S500

Eabiola ou a Egreja das Catacumbas.—Cardeal Wiseman.—E' a historia do es-tado da Egreja Christã na sua primeiraidade média, e, por assim dizer a epopéado heroísmo catholico, o poema do mar-tyrio evangjlico e o cântico dos trium-phos da fó. Escriptasob a fôrma de ro-mance, coraFabiola tem

simplicidade elegante, ao grande merecimento de

SÉGUR.-—1 v. br.

estar ao alcance de todas as intelligencias,a propriedade de estylo e a pureza da dou-trina recommendam tão famosa obra, queé digna do illustre autor da klampadado Santuário. 1 grosso v. cora umabonita cartonagem vinda de Pariz, enca-dernado 68000

Franca llaçouaria e a Revolução. —Padre F. X. Gautrelei—Cora a approva-ção da autoridade ecclesiastica; traduzidapelo Conde de Saraodães. 3 v. enc 68000

Flor dos Pregadores ou collecção se-lecta de sermões dos mais' celebres ora-dores contemporâneos, para todas as do-mingas e principaes festas do anno.—F.Luiz de Seabra. 9 v. enc 328000

Pavores do Céo a Portugal.—Fran-cisco Lopes— 1 v. br 28000

Vim da vida.—Roger.—1 v. enc. 48000Guerra Eranco-Gennauica. 1 v.br 8400

Herdes Catholicos.—Henri Conscien-ce.—Scenas históricas do século V, versãode Cunha Vianna ; o Io v. cora oerca de300 paginas e o 2o v. enc 58000

Bistoria Ecclesiastica. — Padre Ri-vaux.—Traduzida da 6.a edição considera-velmente augmentada e continuada até1876, por Francisco Luiz de Seabra. AIa, 2«, 3a, 4a, 5a, 6a, 7a, 8a, 9a, 10a, 11%12a cadernetas, cada uma com 96 paginase contendo uma d'ellas o retrato de Pio IX.As 12 cadernetas '.. 128000

Itália, Elucidario do Viajante.—AntônioAlves Mendes da Silva Ribeiro.—1 v.enc 58000

Igreja Catholica, o Sr. Bispo Diocesanoe o Maconismo. —Padre João Esberard.—1 v. br 8500

Igreja Triuinphante no Concilio doVaticano. — D. Miguel Souto Mator.—Explicação dogmática, philosophica e his-torica dos decretos do Concilio Ecumênico.Um bello v. in-8° de 300 paginas, enc.38, br 28000

Inferno e Paraizo. — Por um egressoda Ordem de S. Bento.—1 v. br. 18500

Instrucçào Pastoral sobre o Protostan-tismo dirigiaa aos seus diocesanos peloBispo do Porto D. Américo. 1 v. br. 8500

Jesus-Christo e a critica moderna, umfolheto br ,,,.. 8800

Jesuítas.—Paulo Féval. — Obra tradu-zida livremente do francez e anuotadapelo padre Senna Freitas, 2 v, enc, 48br 38000

Lei de Deus.—D. Maria del Pilar.—Collecção de lendas, baseadas nos pre-ceitos do Decalogo. E' um livro digno deser lido por todas as famílias, Contêmlendas interessantíssimas 9 muito edifi-cantes, 1 bello v, de oerca de 300 pagnas.enc.. 38000

Liberdade Beligiosa. — Resposta aoDr. A. J. de Macedo Soares, 1 v. br. 8500

Murtyr do ÇJolgotha.—Escrich.—Tra-dições do Oriente, um dos melhores ro-mances e que tem tido muita aceitação.2v. enc ,,,,.,... 98000

Hisçellauia religiosa philosophica elitteraria.—D. Jaymes Balmes.— 3 venc ,.. 68000

Mulher forte.—Tráducçao de AlfredoCampos,,-rrQa 10a edição franceza. Estelivro deve ser lido por todas as. famíliascatholicas. 1 v. enç, '..,'., 48000

Mez de Maria Portuguez ou Mea deMaio.—-Padre José de Souza Amado.—Meditações para todos os dias do Mez. 1Y, enc,'. 38000

Mnná do Sacerdote decorado oom umabella Estampa.— Padre Màch,— 1 v.cart ,,.., 28500

M«z de Maria.—Frei. Caetano de Mes-sina.—Exercícios devotos para o Mez deMaria, instituido no dia 30 de Abril de,1860 na Egreja de S. Sebastião do Morrodo Castello. 1 v.br.... 8500

Manual de Missa e de Confissão,-J. J. Roquette.—Nova Edição augmenta-da com varias devoções.—Um bello v. nitidamente impresso, dourado e com finasEstampas, enc 38000

Meios de precaver a mocidade con-tra o materialisms e a irreligião.—PadreSonier— 1 v. br 8400

Missões Ultramatinas, por ManoelAugusto m, Soyu Pw de Lima,— 1 v.br 8600

Mez de Jesus ou Mez de Janeiro,—PadreJosé de Souza Amado.—lv.br.. 18000

Morte ao Clericalismo,ou Resurreiçaodo Sacrifício Humano.—Por MonsenhorGaume.—1 v.br 18200

Manual dos Devotos do Divino CoraçãodeJesus, compilado e traduzido do italiano,2a edição correcta e augmentada com aNovena do Sagrado Coração de Maria eCânticos devotos. 1 v. br 18500

Nossa Senhora de Lourdes.—Obrahonrada com um breve especial de SuaSantidade o Papa Pio IX, traduzida emportuguez. — H. Lasserre.—Recommen-damos muito aos catholicos essa excellenteobra que narra a appárição de Mciâsa, Se*nhora de Lourdes e os grandes prodígiosque se tem operado na gruta de Lourdes.A obra de H. Lasserre ó a melhor que ha,e tem sido traduzida em diversas línguas.1 v, eno 48000

mo Prebysrerio e no Templo.—PadreSenna Freitas.—Litteratura christã, ser-mões, praticas, etc. 2 v. enc 78000

Ho Céo nos reconheceremos.— P.Blot.—Cartas de consolação, traduzidasda décima nona edição franceza. 1 v. enc.18000 br g600

Noites amenas (contos).—Escrich. Seisv. contendo : O violino do didabo; Talarvore, tal frueto; Um filho o povo ;Quem tudo quer tudo perde; A verdadenúa e crua; Por bem fazer mal haver;As culpas dos pais; Um hospital dedouãos.A obra enc. em 3 118000

Onde estamos ?—Monenhor Gaume.—1 v. enc 38000br 28000

Oflicio da Semana Santa. 1 v.enc 38000

Orações fúnebres.—Monsenhor Fonse-ca Lima.— 1 v. br 28000

Oflicio Novíssimo pro Dioecesi Fluminis.Januarii a Summis Pontificibus approbataet concessa a mencis plurimis aceuratissi-me expurgata et a superiori anetoritaterecognita. Opera et studio unius Sacerdo-tis Fluminensis. 1 v. br 8.500

O Papa é infallivel.— Monsfnhor.Ségur.—Traduzida da 11* edição, 1. v.br 8300

Philosophia fundamental.—D. JatmbBalmes.—2 v. enc. 128, br 8800

Promessa sagrada. — Escrich. — Ro-mance de costumes. 4 v. enc... 880Ô00

Partido catholico no Brasil.—Por umcatholico brasileiro.—1 v. br... 18000

Protestantismo comparado com o catho-,licismo.-^4 v. enc. 128, br 88000

Padre sautificado ou necessidade emeios de adquirir e aperfeiçoar a santi-dade sacerdotal. — Abbade M. Dubois.Traduzida para o portuguez pelo padre M.J. Valente. 1 v. enc. 4g000

Pio IX. Sua vid.».—José Blum.—Obrapopular vertida da terceira edição allemã,annotadae editada por Francisco de Azeve-do Teixeira de Aguillar, conde de Samo-dães, ornada com um retrato do Santis-simo Padre. 1 v. enc 38000£r ••••• '.. 20000Gaume.—1 v.br g3000Pontificado Romano.—Padre ThomazVitale.—1 v. br ,,, g3QQRecursos d coroa.—Dr. Braz Floren-tino Henrique de Souza.—A propósito daLei approvada pela Câmara doe Deputadosna sessão de 1866, revogando o art. 21 doDec. n. 1,911 de 28 de Marco de 1857 1„y-br 38000Ritos e ceremonias da missa ver-

tido e resumido do latim por Antônio Fer-nandes Cardoso, Presbytero do bispado daGuarda. 1 v. enc. 28, br 1JJ500

Raccolta ou collecção de Orações e ObrasPias, ás quaes os Sumraos Pontífices têmannexo indulgências. Publicada por ordemde Sua Santidade Pio IX. Traduzida porFrancisco Luiz de Seabra, parocho deCacia. 1 v. enc. 285Q0, br 1J800

Refutação das principaes objecções de .alguns protestantes contra a instrucçãoPastoral do Exm. Sr. D. Américo, Bispodo Porto, sobre o protestantismo.—Ma-noel Felippe Coelho, doutor em theolo-gia. I v, br, 1$200

Rcdempcao.—Honoiuta MinelvinaCar-neiro.—Poema em seis cantos e um proe-mio, 1 v. br.., 5400

Recordações de viagens e Memóriasde um Lúcido, 1 v. br. $401}Synopso da Gramnaatica Inglesa.pelo Conego Dr. &. C. Honorato, enca-aemado,. 1S00O

Soberania social de Jesus-Christo..—Dr. Luiz Maria da Silva Ramo?,.—1 v. br jjQQQSciencia da civllisaçtto. — Tj. J0ã0Maria Pereira de Amaral e Pimemtel.—Curso elementar e completo da educaçãosuperior religiosa, individual e social1 v. enc. 48, br .' 3^000

Serões da aldêa.— Joio de Lemos1 v- enc 38000

Sermões sclectos. — Padre MartinhoAntoniq Pereira da Silva.—Coordenadospelo Dr. Luiz Maria da Silva Ramos. 3 v-sf -.•••'•• 12g000

Satyras, epigrammas e outras poesias.— Padre José Joaquim Corrêa de Almeida.—E' uma collecção interessante eque foi recebida cora'muitos applausospor toda a imprensa. Um bello volumecom cerca de 200 paginas br..... 28000

Signal da Cruz.—Monsenhor Gaume— ¦1 v. enc. 28500, br 18500

Sermão pronunciado por Monsenhor Man-ning ao abrir-se a egreja de S. Franciscoem Wert Gorton, no dia 26 de Setembrodel872. lv,br mo

Tratado sobre, divorcio. — Dr. Romualdo Antônio de Seixas.—1 v. enca-dernado g^oaTheologia moral em quadros.—Arbad^Martin,—Estudo ordenado e methodWde todas as questões e doutrinas tijolo-gico-moraes. Dous grandes v. e.lic. 88,br > t 68000Tructatus de Censuris.—JÚtta Gurtcum commentario super Constitutione SSD. N. Papa Pii IX. Die 19 Octobris 1869edita, ly.br......... _ umTho°telte mop»1- —Debreyne - 1 V.enc, 38500, br 28500

Thesouro do sacerdote, repertório dasprincipaes cousas que o padre deve saberpara se santificar e aos outros.—PadrbMach.—O Io e 2o vs. enc. 108, br. 8800Q

Tenda do mestre Lucas. — PAr,ttESenna Freitas.—Historia de um pobrede Deus contada por elle mesmo, 1 v.enc ili( 38000Vozes propheticas ou apparições e pre-dicções, tiradas principalmente dos annaesda Egreja, a respeito dos grandes aconte-cimentos do século XIX e do próximo fimdos tempos. — Padre J. M. Ourique.—

.,lv.-br '••¦ ígoooVários sermi.es e discursos.—Mon,.

senhor Fonseca Lima.— 1 v. br. 28000Zuavo du liberdade.—Dr. A. SeciosoMoreira de Si.— 1 v. br 2

Typ. do Apóstolo, rua Mova do Ouvidor n. U e 18,