secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · estruturação e a oferta dos...

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO

SOCIAL ESPECIALCURSO

Módulo II e III :Provisões da Proteção Social Especial

de Média e Alta Complexidade

Facilitadora: Christiane Casal

A ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Nesta unidade, conversaremos sobre os processos deestruturação e a oferta dos serviços da PSE, de acordocom os níveis de complexidade.Esses conhecimentos são essenciais para a efetivação

da política de assistência social e deverão subsidiarsuas ações nos atendimentos junto ao público quedemanda a Proteção Social Especial.

Módulo II

..PELOS CAMINHOS DA...A ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Unidade 2

➢PROVISÕES DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

3) Conhecer os objetivos, as provisões, as equipes dereferência e o trabalho social de cada serviço de média

complexidade.

Módulo II

..PELOS CAMINHOS DA...

Unidade 3

➢ PROVISÕES DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTACOMPLEXIDADE

1)Contextualizar a proteção social especial de altacomplexidade no conjunto das ofertas de proteção socialdo SUAS;2) Compreender os parâmetros para a oferta dos serviços

de proteção social especial de alta complexidadetipificados;3) Conhecer os objetivos, as provisões, as equipes dereferência e o trabalho social de cada serviço de altacomplexidade.

Módulo II

..PELOS CAMINHOS DA...Unidade 1➢ GESTÃO DA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO SUAS

1)Conhecer os princípios, estratégias organizativas einstrumentos que orientam a gestão dos serviços eprogramas providos no âmbito da proteção social especial;2) Compreender o significado da prática de planejamentono contexto cotidiano da proteção social especial.

Unidade 21)Compreender os conceitos de intersetorialidade, integralidade e trabalho em rede como dimensões fundamentais para o êxito das políticas sociais; 3) articulações, fluxos e processos de trabalho com as políticas setoriais, o Sistema de Justiça e o Sistema de Garantia de Direitos.

Módulo III

BREVE APRESENTAÇÃO

• Nome • Função • Serviço/programa• Município • Tempo que atua na área de

Assistência Social

Como Faremos....

• METODOLOGIA: COMO O CURSO SERÁ REALIZADO?

• CRONOGRAMA: EM QUANTO TEMPO O PROCESSO SERÁ REALIZADO?

• AVALIAÇÃO: COMO SERÁ FEITA A AVALIAÇÃO

Facilitadora apresenta o passo a passo.....

POR QUE REFLETIR!

Questionarproblematizar

DialogarPerceber

ReagirCompreenderLutarMobilizarLibertarTransformar

Conhecimento - Os conceitos/valores são

materializados historicamente e

remetem a constituição do homem

enquanto sujeito histórico.

Aldaíza Sposati

IMPORTÂNCIA DO TRABALHADOR DO

SUAS

ANTES DE MAIS NADA É PRECISO ENTENDER QUE PARA OFERTA DE SERVIÇOS COM QUALIDADE

TÉCNICA E POLÍTICA :

O trabalhador deve ser chamado a

mergulhar, de modo mais profundo, em

sua reflexão, buscando detectar o que

está por trás das superfícies aparentes

do cotidiano nos processos de trabalho.

IMPORTÂNCIA DO TRABALHADOR DO

SUAS

Além disso, deve ser desafiado a assumir

seu papel de protagonista, ou seja, de se

manifestar, se posicionar, refletir para agir,

propor, deixar o lugar de expectador para

entrar em cena, acreditando na capacidade

que tem de tomar decisões e agir, no

contexto do coletivo, exercendo sua

autonomia e sua ação proativa para as

mudanças da realidade

IMPORTÂNCIA DO TRABALHADOR DO

SUAS

PARA ISSO É preciso.....

➢ Estimular a leitura reflexiva dos documentos

existentes que normatizam e/ou orientam a

organização e o funcionamento do Sistema

Único de Assistência Social (SUAS);

➢ Proporcionar momentos de debate com base na

prática da Assistência Social, vislumbrando as

mudanças necessárias no processo de trabalho,

tendo em vista os objetivos, princípios e

responsabilidades do SUAS.

➢ Identificar desafios e oferecer novas referências

para a superação dos desafios do cotidiano, no

contexto do SUAS.

IMPORTÂNCIA DO TRABALHADOR DO

SUAS

A relação dialética entre a Teoria e a

Prática é expressa pela:

Ação–Reflexão–Ação

PRÁXIS

DESSA FORMA ......

IMPORTÂNCIA DO TRABALHADOR DO

SUAS

➢Para isso é preciso fomentar uma prática

de formação permanente, que deve

estimular e favorecer o diálogo, espaços

de escuta e acolhimento. Promove uma

relação ética e dialógica entre os

diversos atores envolvidos.

IMPORTÂNCIA DO TRABALHADOR DO

SUAS

Para que seja possível a realização de

uma prática que atenda à integralidade, é

preciso exercitar efetivamente o trabalho

coletivo e estabelecer estratégias de

aprendizagem coletivas que favoreçam o

diálogo, a troca, a transdisciplinaridade

entre os distintos saberes formais e não-

formais. Este pensamento é fortalecido

pela referência do método freiriano.

QUEM DEMANDA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL NO

SUAS?

Complexidade das situações da Proteção Social Especial!

:

REVISANDO AS CONCEPÇÕES E CONCEITOS QUE

FUNDAMENTAM A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL!

É necessário relacionar as dimensões

macroestruturais e da violência social com as

situações de vulnerabilidades e de riscos pessoais

e sociais que vivenciam as famílias e os indivíduos,

uma vez que estas não decorrem somente de

elementos particulares à sua dinâmica, mas

refletem aspectos históricos e conjunturais, tais

como a desigualdade social, o desemprego, a

migração pela necessidade de busca pela

sobrevivência e novas alternativas de trabalho, a

discriminação por gênero e/ou raça, o aumento da

situação de pobreza e, correlata a tudo isso, a

exclusão material e simbólica.

A PNAS e a Tipificação / destacam que o público que demanda a atenção

da PSE vivencia a ocorrência de diversas formas de violação de direitos,

entre elas:• Violência física / psicológica; • Negligência • Maus tratos; • Violência Sexual (abuso e/ou exploração sexual); • Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida de proteção; • Tráfico de pessoas; • Situação de rua; • Abandono; • Vivência de trabalho infantil; • Discriminação orientação sexual e/ou raça/etnia; • Descumprimento de condicionalidades do PBF em decorrência de violação de direitos.

Complexidade das situações da PSE

“Devido à natureza e ao agravamento dessas situações,é necessário acompanhamento especializado, grupal epor vezes individualizado, continuado e articulado com arede socioassistencial, com a rede das demais políticassetoriais e de defesa de direitos e com o sistema dejustiça”.

Portanto, o que vamos prover Nos serviços da PSE?

IMPORTANTE:

As necessidades individuais e familiares chegam aos

serviços da PSE, porém impõem aos trabalhadores e

gestores o desafio de mediar o entendimento das

questões sociais, processar conjuntamente a análise

crítica do contexto social, econômico, histórico, político

e cultural e apoiar os usuários no processo de

superação das vulnerabilidades e violações de direitos.

3.1 – Estruturação e Oferta dos Serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade

PROTEÇÃO SOCIAL

Proteção Social BásicaProteção Social

Especial

Alta Complexidade

Média Complexidade

VIOLAÇÃO DE DIREITOS

Média Complexidade

Vínculos Fragilizados

CREAS

CENTRO POP

Alta Complexidade

Vínculos Rompidos ou extremamente

fragilizados

UNIDADES DE ACOLHIMENTO

Serviços da Proteção Social Especial

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Organiza a oferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado.

Objetivo: contribuir para a construção/fortalecimento devínculos familiares e comunitários, o fortalecimento depotencialidades e aquisições e a proteção de famílias eindivíduos para o enfrentamento das situações de riscopessoal e social, por violação de direitos.

Na organização das ações de PSE é preciso entender queo contexto socioeconômico, político , histórico ecultural pode incidir sobre as relações familiares,comunitárias e sociais, gerando conflitos, tensões erupturas, demandando, assim, trabalho socialespecializado.

Contexto

Família

Indivíduo

Acompanhamento e atendimentos continuados e especializados.

✓Centralidade na família.

✓Acompanhamento/atendimentos a indivíduos sem referência familiar.

✓Compreensão de que situações de risco social e violação de direitos se constroem em determinado contexto social e são multideterminadas.

✓Processo de mudança e enfrentamento inclui intervenções no campo:

•da subjetividade; •das relações familiares e comunitárias; •do acessos a direitos e inserção social.

✓Pressupõe necessária atenção à intersetorialidade e ao trabalho em rede.

Quais das situações de risco por violação de direitoscomparecem com maior frequência nos Serviços daPSE em que atua?

Quais são os desafios postos para oatendimento/acompanhamento às famílias eindivíduos em situações tão diversas de violações dedireitos?

RODA DE CONVERSA

O que é a Proteção Social Especial de Média Complexidade?

A Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidadeorganiza a oferta de serviços, programas e projetos decaráter especializado que requerem maior estruturaçãotécnica e operativa, com competências e atribuiçõesdefinidas, destinados ao atendimento a famílias eindivíduos em situação de risco pessoal e social, porviolação de direitos.

Unidades de referência para a oferta de serviços no âmbito de atuação da PSE de Média Complexidade

CREAS CENTRO POP CENTRO DIA

❖ Unidade Pública Estatal

❖ Abrangência Municipal ou Regional

❖ Famílias e indivíduos em situação de violação de direitos

❖ Unidade Pública Estatal

❖ Abrangência Municipal

❖ População em situação Rua.

❖ Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

❖ Unidade Pública Estatal ou não estatal

❖ Abrangência Municipal

❖ Pessoas com Deficiência e suas Famílias.

❖ Serviço de Proteção Especial para Pessoas com Deficiência e suas Famílias

Eixos norteadores do trabalho social no CREAS

1. Atenção especializada e qualificação do atendimento:

desenvolvimento de intervenções mais complexas;conhecimentos e habilidades técnicas mais específicas;conjunto de atenções específicas, de acordo com suasSingularidades; equipe profissional seja interdisciplinar;prevenção do agravamento das situações atendidas;ações de capacitação e educação permanente,momentos de integração em equipe, trocas deexperiência, estudos de caso e assessoria de profissionalexterno, dentre outras estratégias

2. território e localização:

O território permite compreender a forma comoas relações sociais se materializam numdeterminado espaço, as oportunidades e aexposição a riscos, que conformampotencialidades e vulnerabilidades próprias dadimensão territorial.

Assim, as situações de risco pessoal e social, porviolação de direitos, que incidem nas famílias eindivíduos sofrem influência e se expressamdiferentemente nos territórios, de acordo comas realidades sociais, econômicas, políticas eculturais de um determinado contexto.

3. Acesso a direitos socioassistenciais:

• Atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausente deprocedimentos vexatórios e coercitivos;

• Acesso à rede de serviços com reduzida espera e deacordo com a necessidade;

• Acesso à informação, enquanto direito primário docidadão, sobretudo àqueles com vivência de barreirasculturais, de leitura e de limitações físicas;

• Ao protagonismo e à manifestação de seus interesses;

• À convivência familiar e comunitária;

• À oferta qualificada de serviços.

4. Centralidade na família:

visa compreender, em um determinado contexto, como seconstroem e se expressam as relações familiares entre seusmembros.

Essa perspectiva não visa responsabilizar a família e seuscomponentes no tocante às vicissitudes que vivenciam no seucotidiano, mas contextualizar a situação vivida e recolocar o papeldo Estado como provedor de direitos por meio das políticas sociais,fornecendo instrumentos de apoio e sustentação necessários paraa proteção social das famílias.

A centralidade na família implica, ainda, reconhecer que esta podese configurar como um espaço contraditório, onde o lugar daproteção pode ser também o da violência e da violação dedireitos.

5. Mobilização e Participação Social

No que diz respeito às intervenções no território, pode-se destacarações como campanhas intersetoriais de mobilização para aprevenção e o enfrentamento de situações de risco pessoal e social,por violação de direitos, organizadas a partir de um esforço coletivoda rede, envolvendo a sociedade civil organizada, as diversas políticase os órgãos de defesa de direitos.

Quanto à participação social dos usuários, ressalte-se que esta devetambém orientar e permear o trabalho social no CREAS, uma vez queconstitui importante instrumento para o conhecimento e a defesacoletiva de direitos e, por conseguinte, para o exercício doprotagonismo. Nessa direção, cabe destacar as possibilidades: dosusuários participarem e/ou organizarem associações, movimentossociais e populares, comissões locais dentre outros.

6. Trabalho em Rede

O trabalho em rede tem como objetivo integrar as

políticas sociais, na sua elaboração, execução,

monitoramento e avaliação, de modo a superar a

fragmentação e proporcionar a integração das

ações, resguardadas as especificidades e

competências de cada área.

Monitoramento e Avaliação no CREAS

Coordenação do CREAS e o órgão gestor de Assistência Social tem afunção de monitorar e avaliar as ações realizadas, aperfeiçoando e/ouredimensionando as mesmas, no sentido de qualificar a prestação do(s) serviço (s) ofertado (s).

Medidas que podem qualificar o processo de monitoramento eavaliação do CREAS:•Padronização dos instrumentais de registro e coleta de dados einformações;•Desenvolvimento de ferramentas para armazenamento,sistematização e análise dos dados e informações;•Seleção/construção de indicadores, a partir dos objetivos daUnidade e do (s) Serviço (s) ofertado (s);•Participação dos usuários no processo de monitoramento eavaliação, com possibilidades de realizar proposições;•Integração com as ações da vigilância socioassistencial.

Registro de informações

• O registro de informação constitui procedimento a ser adotadopelo CREAS para gerar conhecimento e instrumentalizar a gestão, omonitoramento e a avaliação;

• Deve ser realizado por meio de instrumentais que permitamarmazenar um conjunto de informações pertinentes ao trabalhosocial desenvolvido;

• Recomenda-se que seja organizado de forma padronizada einformatizada;

• Observação de questões éticas: necessidade de sigilo eprivacidade;

• Importância de atentar-se para as recomendações dos conselhosde categoria profissional.

Registros sobre o acompanhamento familiar/individual

• Contribui para a organização e sistematização das informações decada situação acompanhada;• Deve ser restrita à equipe do CREAS, de modo a preservar o sigiloe a privacidade necessária.

Para este registro, pode-se adotar diferentes instrumentais, dentreos quais:

✓Prontuários ✓Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar✓Relatórios

Planejamento do Trabalho no CREAS

O trabalho interdisciplinar, base da atuação do CREAS,requer a adoção de estratégias que possibilitem aparticipação e o compartilhamento de concepções portodos os componentes da equipe. Nesse sentido, éfundamental considerar os distintos olhares econtribuições das diferentes áreas de formação, além daexperiência profissional de cada integrante e sua função noCREAS.

•Estudo de Casos:

tem como objetivo reunir a equipe para estudar, analisar e avaliar asparticularidades e especificidades das situações atendidas, de modoa ampliar a compreensão e possibilitar a definição de estratégias emetodologias de atendimento mais adequadas, além de serviços darede que deverão ser acionados, tendo em vista o aprimoramento dotrabalho.

Controle Social e o CREAS

Aos Conselhos de Assistência Social – CAS cabe realizar o controlesocial do CREAS, ou seja, acompanhá-lo e fiscalizá-lo desde a suaimplantação, de modo a garantir o seu pleno funcionamento nasdiversas localidades.

Observada a intersetorialidade do CREAS com outras políticaspúblicas e órgãos de defesa de direitos, ao CAS cabe, ainda, articular-se com os conselhos das demais políticas públicas e os conselhos dedireitos existentes, com o objetivo de fortalecer a integração dasações de acompanhamento a famílias e indivíduos em situação derisco pessoal e social, por violação de direitos.

Objetivos da atenção ofertada nos serviços

•O fortalecimento da função protetiva da família;

•A construção de possibilidades de mudança e transformação empadrões de relacionamento familiares e comunitários com violação dedireitos;

•A potencialização dos recursos para a superação da situaçãovivenciada e a reconstrução de relacionamentos familiares,comunitários e com o contexto social, ou construção de novasreferências, quando for o caso;

•O empoderamento e a autonomia;

•O exercício do protagonismo e da participação social;

•O acesso das famílias e indivíduos a direitos socioassistenciais e àrede de proteção social;

• A prevenção de agravamentos e da institucionalização.

✓ Estrutura FísicaPara promover uma acolhida adequada e escuta qualificada aosusuários, o ambiente físico do CREAS deve ser acolhedor e assegurarespaços para a realização de atendimentos familiar, individual e emgrupo, em condições de sigilo e privacidade.

✓ Equipamentos e MateriaisDisponibilização de equipamentos e recursos materiais essenciais quetoda Unidade deve dispor e, ainda, equipamentos e materiaisdesejáveis que possam contribuir para qualificar as ações e assegurara sua efetividade.

✓ Equipe TécnicaOs recursos humanos constituem elemento fundamental para aefetividade do trabalho e para a qualidade dos serviços prestados peloCREAS. A vinculação dos profissionais com a família/indivíduoconstitui um dos principais elementos que qualificam a oferta dotrabalho social especializado.

EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CREAS

Porte do Município Nível de Gestão

Capacidade de Atendimento/ Acompanhamento

Equipe de Referência

Pequeno porte I (20.000 hab.) e II (20.001 a 50.000 hab.) e Médio Porte (50.001 a 100.000 hab.)

Gestão inicial, básica ouplena

50 casos (famílias e indivíduos)

1 Coordenador1 Assistente Social1 Psicólogo1 Advogado2 Profissionais de nível médio ou superior1 Auxiliar administrativo

Grande Porte (100.001 a 900.000 hab.), Metrópole (a partir de 900.001 hab.) e DF

Gestão inicial, básica ouplena

80 casos (famílias e indivíduos)

1 Coordenador2 Assistentes Sociais2 Psicólogos1 Advogado4 Profissionais de nível médio ou superior2 Auxiliares administrativos

Resolução nº 17 do CNAS, de 20 de junho de 2011 – Obrigatoriedade!

O que compete e o que não compete ao

CREAS???

RODA DE CONVERSA

- Oferta de serviços especializados de caráter continuado;- Gestão dos processos de trabalho da unidade: Coordenar,

planejar, monitorar, registrar e o relacionamento com a rede

- Ofertar o que é de responsabilidade de outras políticas;- Ter seu papel institucional confundido com o de outras

instituições, o que acarreta indefinição de atribuições;- Assumir a atribuição de investigação para a responsabilização

dos autores de violência, tendo em vista que seu papelinstitucional é definido pelo papel e escopo de competências doSUAS

ATENÇÃO AO QUE COMPETE AO CREAS

ATENÇÃO AO QUE NÃO COMPETE AO CREAS

1. Mapeamento da rede e construção de fluxos, instrumentais e protocolos intersetoriais de atendimento, com definição de papéis e responsabilidades: Esta construção pode, inclusive, contribuir para identificar lacunas e, até mesmo, conflitos de papéis e competências na rede.

2. Que o órgão gestor de Assistência Social seja protagonista na construção, junto ao órgão gestor das demais políticas e órgãos de defesa de direitos, de fluxos de articulação e protocolos de atendimento intersetorial a famílias e indivíduos na rede, os quais incluam o CREAS.

PARA TANTO É PRECISO:

Oferta de serviços da PSE de Média Complexidade

1. Principal serviço do CREAS: Lugar onde se concretiza a diretriz da MATRICILIADE SOCIOFAMILIAR;

2. PAEFI estruturante dessa Unidade;

Portanto,

“Não existe CREAS sem PAEFI”.

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO À FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS

(PAEFI)

Quem são os usuários do PAEFI?

ATENÇÃO: As famílias em descumprimento de condicionalidades do PBF

em decorrência da violação de direitos também são público do Serviço.

A) Ofertas: Apoio (acessos), orientação (informações/apropriações) e acompanhamento (sistemático/planejamento) a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos.

B) Objetivos: - Promoção de direitos;- Preservação e o fortalecimento de vínculos familiares,

comunitários e sociais e;- Fortalecimento da função protetiva das famílias diante do

conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal e social;

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO À FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS (PAEFI)

Objetivos:- Romper ciclos de violência;- Prevenir reincidências – INTEGRAÇÃO com o Serviço

de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)- Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as

condições de autonomia dos usuários.

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO À FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS (PAEFI)

PARA O ENFRENTAMENTO AS DIVERSAS FORMAS DE VIOLÊNCIA E VIOLAÇÃO DEDIREITOS E DA DIVERSIDADE DO PÚBLICO, É PRECISO UMA EQUIPE TÉCNICA COMMÚLTIPLOS E DIVERSOS CONHECIMENTOS, SEM ESQUECER QUE:

CONHECIMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO E POLÍTICO-IDEOLÓGICO

E CONDIÇOES OBJETIVAS: SALÁRIOS, VÍNCULO DE TRABALHO NÃO PRECARIZADO,ESTRUTURA SUFICIENTE, GESTÃO COMPROMETIDA

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO À FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS (PAEFI)

COM ESSAS CONDIÇÕES DADAS, SEREMOS CAPAZES DE ENFRENTAR A

VIOLÊNCIA E AS VIOLAÇÃO DE DIREITOS:

1. Reconhecimento das distintas formas de violação dedireitos existentes;

2. Valores presentes nas relações;3. As formas de superação e de identificação de sinais que

representam risco de novas situações ou reincidência;4. Procedimentos jurídicos relacionados à defesa para as

orientações e encaminhamentos necessários;5. As relações sociais e culturais que marcam o cotidiano das

famílias e seus membros; e6. Identificação das potencialidades e das vulnerabilidades e

riscos sociais presentes no território.

Unidade de oferta: ➢ exclusivamente no CREAS

Formas de acesso:➢ Encaminhamento da rede socioassistencial e de

outras políticas públicas, órgãos de defesa dedireitos, dentre outros, ou demanda espontânea

SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO À FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS

(PAEFI)

Autonomia destas frente ao contexto social (doponto de vista das relações que ali seestabelecem), cultural (do ponto de vista doacesso à produção humana mais elaborada,expressa através dos comportamentoshistoricamente transmitidos), político (do pontode vista da autonomia ereconhecimento/engajamento nas lutas declasse) e econômico (do ponto de vista deassegurar sua sobrevivência e capacidadeprovedora no contexto do sistema capitalista).

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI: NO QUE CONSISTE?

NA PERSPECTIVA DE PREPARAR FAMÍLIAS E INDIVÍDUOS PARA INTERVIR EM SEUS TERRITÓRIOS E TRANSFORMÁ-LO

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI: NO QUE CONSISTE?

REQUER:

Procedimentos técnicos de caráter continuado e planejada, no qual, via de regra, faz-se necessário o estabelecimento de vínculos entre usuários e o serviço e requer a definição de objetivos a serem alcançados.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI

Esses procedimentos devem promover reflexões coletivas acercadas realidades vivenciadas e que contribuam para a sua percepçãocomo sujeitos de direitos e os estimulem à participação emespaços de controle social.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI

Importante:Promover desconstrução de concepções de culpabilização pelasociedade ou de autoculpabilização.Contribuir para o estabelecimento de novos padrões derelacionamento diante de conflitos e dificuldades.

Portanto, a mudança de sua dinâmica econsequentemente, a alteração do quadro dedificuldades apresentado pelas famílias ao longode sua vida ou em determinados momentos,especialmente das famílias em situação devulnerabilidade social, depende detransformações no conjunto de suas relações.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI

RODA DE CONVERSA

-COMO ESTA SENDO REALIZADO O TRABALHOSOCIAL JUNTO AS FAMILIAS NOS SERVIÇOSDA PSE ? (PONTUAR AS PRINCIPAIS AÇÕES)-COMO SÃO SITEMATIZADOS EENCAMINHADOS?

Estruturam o processo de conhecimento e a análise das situações familiares a partir de seis eixos:

1. Caracterização da família

2. Condições de vida

3. Relações Familiares

4. Direitos violados

5. Violação de direitos

6. Expectativas da família

CONSTRUÇÃO DE PARÂMETROS PARA O TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NA PROTEÇÃO SOCIAL DE MÉDIA

COMPLEXIDADE

A proposição das ações profissionais contempla três planos inter-relacionados:

1. Intervenção no campo da proposição, articulação da política social e portanto, demanda ações de natureza político-organizativas;

2. Intervenção no campo da organização e gestão dos serviços e por isso determina ações de gestão e planejamento;

3. Ações dirigidas às situações singulares que se caracterizam pelo caráter socioassistencial.

Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de

plano individual e/ou familiar

Acesso à documentação

pessoal

Orientação sociofamiliar

Diagnóstico Socioeconômico

Monitoramento e Avaliação do

Serviço

Orientações e encaminhamentos

Identificação da família extensa

ou ampliada

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Trabalho interdisciplinar

Referência e contra-referênciaOrientação

jurídico-social

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI: AÇÕES

VIVÊNCIA ACOLHEDORA SOB SEUS DOIS IMPORTANTES ASPECTOS

ACOLHIDA INICIAL- Identificação das necessidades- Estabelece vínculo- Base para a construção / continuidade Plano de acompanhamento

POSTURA ACOLHEDORAEssencial a toda equipe, em todosos momentos através:- organização democrática- Valorização da participação- Respeito trajetórias de vida.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI:

ACOLHIDA

ACOLHIDA

✓ Atendimentos continuados (Individual, familiar, em grupos e particularizados)

✓ Construção participativa do Plano de Acompanhamento. ✓ Espaço de acolhida, escuta qualificada e reflexão. ✓ Estímulo à ampliação da conscientização sobre contexto

familiar e comunitário.✓ Empoderamento e fortalecimento da capacidade protetiva; ✓ Fortalecimento de vínculos e construção de novas

possibilidades de relacionamentos familiares e comunitários, assim como acesso a direitos e às diversas políticas públicas.

✓ Fortalecimento da participação social

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI: ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO

✓Construído de forma participativa junto com os usuários. ✓Deve ser flexível, dinâmico e repactuado sempre que

necessário. ✓Reconhecimento da especificidade de cada situação

atendida. ✓Reflete necessidades e demandas dos usuários.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI:

PLANO DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL OU FAMILIAR

Metodologias e técnicas possíveis ao acompanhamento

✓ Entrevista Individual e/ou Familiar; ✓ Atendimento Individual e/ou Familiar; ✓ Orientação e Atendimento em Grupo; ✓ Orientação jurídico-social; ✓ Estudos de Caso; ✓ Oficinas e Atividades de Convívio e Socialização; ✓ Ações de Mobilização e Participação Social; ✓ Encaminhamentos monitorados; ✓ Registros de Informações no Serviço

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI:

PLANO DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL OU FAMILIAR

ARTICULAÇÃO EM REDE

Rede Socioassistencial – constituída pela articulação dos serviços, benefícios, programas e projetos governamentais e não governamentais, que têm uma relação de complementariedade, cooperação e corresponsabilidade, integrando-se ao SUAS.

Rede Intersetorial – formada pela articulação entre as diversas políticas sociais que atuam em um determinado território, atendendo a demanda que ultrapasse as competências do PAEFI.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI:

PLANO DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL OU FAMILIAR

ARTICULAÇÃO EM REDE

• Conselho Tutelar;

•Poder Judiciário;

•Ministério Público;

•Defensoria Pública;

•Delegacias/Delegacias Especializadas;

•Serviços de assessoramento jurídico e assistência judiciária;

•ONGs que atuam com defesa de direitos, a exemplo dos

Centros de Defesa.

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO PAEFI:

Serviço Especializado em Abordagem Social

Serviço Especializado em Abordagem Social

Caracterização

O que: trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nosterritórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças eadolescentes, situação de rua, dentre outras.

Onde: praças, entroncamento de estradas, fronteiras, espaços públicos onde serealizam atividades laborais, locais de intensa circulação de pessoas e existênciade comércio, terminais de ônibus, trens, metrô e outros.

Para quem: crianças, adolescentes, jovens, adultos , idosos e famílias que utilizamespaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência.

Unidades de oferta: CREAS ou unidade referenciada; Centro POP

Equipe: 03 profissionais, sendo, pelo menos, 01 de nível superior.

O serviço deve buscar a resolução de necessidades imediatas e promover a

inserção na rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas na

perspectiva da garantia dos direitos.

Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação

de Serviços à Comunidade (PSC)

Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medidasocioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços àComunidade (PSC)

Quais são as medidas socioeducativas em meio aberto?Configuram-se em resposta à prática de ato infracional, realizado poradolescentes entre 12 a 18 anos incompletos, devendo ter um caráter educativo,e não punitivo. O art. 112 do ECA afirma: “Verificada a prática de ato infracional, aautoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas emmeio aberto: I - advertência; II - obrigação de reparar o dano; III - prestação deserviços à comunidade; IV - liberdade assistida.

Na sua operacionalização é necessário a elaboração do Plano Individual deAtendimento (PlA) com a participação do (a) adolescente e da família, devendoconter os objetivos e metas a serem alcançados durante o cumprimento damedida, perspectivas de vida futura, dentre outros aspectos.

Unidades de oferta: CREAS ou unidade referenciada.

a)Parâmetros do serviço:• oferta estruturada em cada equipamento CREAS; • acompanhamento familiar integrado ao PAEFI; • composição do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo;• definição de ações intersetoriais e corresponsabilidade das outras

políticas setoriais, destacando-se as de Educação, Saúde, Cultura, Trabalho e Esporte;

• e complementariedade com outros serviços e programas do SUAS, em especial: a) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ofertado pela Proteção Social Básica; b) PAIF, ofertado no CRAS; c) PAEFI, ofertado no CREAS; d) Programa ACESSUAS – TRABALHO.

Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de

medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de

Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)

b. Diretrizes para o acompanhamento do adolescente:

• O acompanhamento deve se pautar por objetivos e metasestabelecidos no Plano Individual de Atendimento (PIA), elaborado pelo técnico do Serviço de MSE em Meio Aberto junto com o adolescente e sua família. • No caso do adolescente em cumprimento de medida de Liberdade Assistida, o prazo mínimo de acompanhamento é de 6 meses. • No caso de adolescente cumprindo medida de Prestação de Serviços à Comunidade, cabe ao CREAS encaminhá-lo para o local onde os serviços serão prestados, antecedido da preparação dos responsáveis pelo acompanhamento nas entidades correspondentes. A escolha do local (hospitais, escolas, creches, organizações de assistência social e estabelecimentos congêneres) deve levar em conta os interesses e as habilidades do adolescente.

b. Diretrizes para o acompanhamento do adolescente:

• É necessário que a execução da medida socioeducativa de PSC seja articuladaa uma rede de entidades parceiras, onde o adolescente desenvolverá suasatividades, que não se confundem com atividades laborais. O cumprimento damedida socioeducativa de PSC não pode dar margem à exploração do trabalhodo adolescente pela entidade, o que reafirma a necessidade do permanenteacompanhamento das atividades desenvolvidas pelo adolescente. Érecomendável que as entidades parceiras sejam orientadas e capacitadas deforma contínua pelo Serviço de MSE em Meio Aberto para acolher osadolescentes que cumprirão PSC em suas dependências. O cumprimento damedida não pode exceder o período de 8 horas semanais, de forma a nãoprejudicar o comparecimento do adolescente à escola e ou à jornada normal detrabalho.

IMPORTANTE!!!

- O acompanhamento social ao (a) adolescente deve ser realizado de formasistemática, com freqüência mínima semanal que garanta oacompanhamento contínuo e possibilite o desenvolvimento do PIA.

- USUÁRIOS: Adolescentes de 12 a 18 anos incompletos, ou jovens de 18 a21 anos, em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistidae de Prestação de Serviços à Comunidade, aplicada pela Justiça da Infânciae da Juventude ou, na ausência desta, pela Vara Civil correspondente e suasfamílias.

Formas de acesso: encaminhamento da vara da infância e da juventude ou,na ausência desta, pela vara civil correspondente.

Equipe: a equipe de referência do CREAS é responsável pela oferta doServiço.

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

3.6 – Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

Definição...As pessoas em situação de rua de acordo com o Decreto Nº 7.053/2009“...considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneoque possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidosou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza oslogradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e desustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades deacolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.”

3.6 – Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

Serviço ofertado para pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradiae/ou sobrevivência.

Tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para odesenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculosinterpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetosde vida.

Unidades de oferta: Centro de Referência Especializado para População emSituação – CENTRO POP.

O equipamento deve garantir:Espaço para a realização de atividades coletivas e/ou comunitárias, higienepessoal, alimentação e espaço para guarda de pertences, conforme a realidadelocal, com acessibilidade em todos seus ambientes, de acordo com as normasda ABNT.

Usuários/as: Jovens, adultos, idosos (as) e famílias que utilizam as ruas comoespaço de moradia e/ou sobrevivência.

Formas de acesso: Encaminhamentos do Serviço Especializado em

Abordagem Social, de outros serviços socioassistenciais, das demais

políticas públicas setoriais e dos demais órgãos do Sistema de Garantia

de Direitos; demanda espontânea.

Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias

3.7– Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias

Serviço para a oferta de atendimento especializado a famílias com pessoascom deficiência e idosos (as) com algum grau de dependência, que tiveramsuas limitações agravadas por violações de direitos, tais como:

✓exploração da imagem;✓ isolamento ou confinamento;✓ atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da família;✓falta de cuidados adequados por parte do cuidador;✓alto grau de estresse do cuidador;✓ desvalorização da potencialidade/capacidade da pessoa;✓dentre outras que agravam a dependência e comprometem odesenvolvimento da autonomia.

A intervenção será sempre voltada a diminuir a exclusão social tanto dodependente quanto do cuidador, a sobrecarga decorrente da situação dedependência/prestação de cuidados prolongados, bem como ainterrupção e superação das violações de direitos que fragilizam aautonomia e intensificam o grau de dependência da pessoa comdeficiência ou pessoa idosa.

Formas acesso:- Demanda espontânea de membros da família e/ou dacomunidade;- Busca ativa;- Por encaminhamento dos demais serviçossocioassistenciais e das demais políticas públicassetoriais;-Por encaminhamento dos demais órgãos do Sistema deGarantia de Direitos.

UNIDADE: Domicílio do usuário, centro-dia, Centro deReferência Especializado de Assistência Social (CREAS) ouUnidade Referenciada.

CENTRO-DIA

Capacidade: 30 usuários por turno.

Equipe: 01 Assistente Social, 01 Psicólogo, 01 TerapeutaOcupacional e 10 Cuidadores Sociais (nível médio).

Funcionamento: 5 dias da semana, 10h por dia.

➢ Plano Individual de Atendimento – PIA e, ou PlanoFamiliar de Atendimento.

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI):

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -

PETI

1996• Criação do PETI – compromisso internacional – OIT (Organização Internacional do Trabalho.

2005

• Portaria nº 666/2005 estabeleceu a integração do Programa de Erradicação do TrabalhoInfantil (PETI) ao Programa Bolsa Família (PBF).

• Portaria MDS nº 385/2005, passando a atender qualquer tipo de trabalho realizado porcrianças/adolescentes com menos de 16 anos, exceto na condição de aprendiz.

2011

• Passou, legalmente, a integrar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com a Lei nº12.435/2011 (art. 24-C), sendo reconhecido como uma estratégia de âmbito nacional queacordou um conjunto de ações intersetoriais implementadas de forma articulada pelos entesfederados, com a participação da sociedade civil.

2013

• o PETI passou por uma reestruturação, cujo processo foi pactuado na CIT com a participaçãoda União, estados e municípios e aprovado no Conselho Nacional de Assistência Social(CNAS), por meio da Resolução nº 08, de 18 de abril de 2013.

• CNAS nº 01, de 21 de fevereiro de 2013, em que crianças e adolescentes em situação detrabalho passaram a ser atendidas como público prioritário no SCFV.

2014• Resolução nº 10, de 15 de abril de 2014, que definem corresponsabilidades aos entes federados e

aos órgãos de controle social para a sua concretização e passou a receber recursos federal.

I - Informação e Mobilização

II -Identificação

III - Proteção V - Monitoramento

Parceiros/Atores: MDS, MTE, MS, MEC, SDH, MPT, MPE’s, MJ, MTur, MDA, MF (Receita

Federal) e articulação com a CONAETI

IV - Defesa e Responsabilização

Plano Nacional dePrevenção e Erradicaçãodo Trabalho Infantil eProteção ao AdolescenteTrabalhador

Carta de Constituiçãode Estratégias emDefesa da ProteçãoIntegral dos Direitos daCriança e doAdolescente

1. Em seu novo formato o enfrentamento do trabalho infantil, coordenado pelo PETI, compreende um conjunto de ações permanentes da rede socioassistencial.

2. O atendimento às crianças e adolescentes é realizado pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).

1. As famílias são acompanhadas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF/CRAS), ou pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI/CREAS).

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -PETI

EIXO INFORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

VALE DESTACAR

I – Envolve sensibilização de diversos atores e segmentos sociais;II – Envolve mobilização os agentes públicos, movimentos sociais, centrais sindicais, federações, associações e cooperativas de trabalhadores e empregadores para as ações de erradicação do trabalho infantil;III - Campanhas para difundir os agravos no desenvolvimento de crianças e adolescente;IV - apoio e acompanhamento da realização de audiências públicas promovidas pelo Ministério Público.

EIXO IDENTIFICAÇÃO

VALE DESTACAR

I – Busca ativa e identificação realizadas pelas equipes técnicas do SUAS e de forma articulada com as demais políticas públicas;II - registro obrigatório no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal -

EIXO PROTEÇÃO SOCIAL

VALE DESTACAR

I – Transferência de renda;

II - Inserção das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil e suas famílias, registradas no Cadastro Único, em serviços socioassistenciais;

III - Encaminhamento das crianças e adolescentes para os serviços de saúde, educação, cultura, esporte, lazer ou trabalho.

EIXO DEFESA E RESPONSABILIZAÇÃO

VALE DESTACAR

I - articulação com as Superintendências, Gerências

e Agências Regionais do Trabalho e Emprego para

fomento das ações de fiscalização ;

II - acompanhamento das famílias com aplicação de

medidas protetivas;

III - articulação com o Poder Judiciário e Ministério

Público para garantir a devida aplicação de medida

de proteção para crianças e adolescente em

situação de trabalho infantil; e

IV - articulação com os Conselhos Tutelares para

garantir aplicação de medida de proteção para a

criança e o adolescente em situação de trabalho

infantil;

EIXO MONITORAMENTO

VALE DESTACAR

I – Registro das crianças e adolescentes inseridos em serviços de assistência social, saúde, educação, dentre outros, em sistema de informação pertinente ao PETI;

II - monitoramento:a) do processo de identificação e cadastramento;b) do atendimento; c) ações estratégicas pactuadas com Estados e Municípios;

Agenda Intersetorial do PETI

A Agenda Intersetorial do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

compreende as ações das políticas públicas setoriais (assistência social,

saúde , educação, trabalho, direitos humanos e outras), em conjunto

com os atores que compõem a rede do território, para contribuir com a

prevenção e a erradicação do trabalho infantil nos estados e municípios.

DIAGNÓSTICO

PLANEJAMENTO

COMPROMISSOS PACTUADOS

RODA DE CONVERSA

- QUAIS DESSES SERVIÇOS DE MÉDIA

COMPLEXIDADE SÃO OFERTADOS EM SEUS

MUNICIPIOS;

- FAÇAM UMA BREVE AVALIAÇÃO DO SEU

FUNCIONAMENTO;

- QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS

NOS SERVIÇOS

“O homem, como um ser histórico, inserido num permanente movimento

de procura, faz e refaz constantemente o seu saber”.

(Paulo Freire)