secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · ... dinâmicas e potencialidades. ......

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

ATUALIZAÇÃO SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFERTA DOS

SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Com Ênfase no Acolhimento Institucional

CURSO

Facilitador(a): Tatiana Pereira

Módulos Unidades Temas

Módulo III:Média e Alta Complexidade24h

3.1

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos

(PAEFI)

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à

Comunidade (PSC)

Serviços Especializado em Abordagem Social

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

Serviço Especializado para Pessoas com Deficiência e Idoso

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)

3.2

Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes

Serviços de Acolhimento para Jovens entre 18 e 21 anos

Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com Deficiência

Serviços de Acolhimento para Adultos e Famílias

Serviço de Acolhimento para Mulheres em Situação de Violência

Serviço de Acolhimento para Pessoas Idosas

Serviço de Acolhimento em Situações de Calamidades Públicas e de

Emergências

3.3 Reordenamento dos serviços de acolhimento institucional

3.4 O SUAS e o Sistema de Justiça

• Apresentações (INDIVIDUAIS): nome, município e serviço

Vamos nos conhecer?

O que aprendemos e apreendemos até agora???

• Serviços da Proteção Social Especial de Média Complexidade

3.1

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Média Complexidade

Vínculos Fragilizados

CREAS

CENTRO POP

Centro Dia

Alta Complexidade

Vínculos Rompidos ou extremamente

fragilizados

UNIDADES DE ACOLHIMENTO

Unidades de Referência

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE

O que é a Proteção Social Especial de Média Complexidade?

A Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidadeorganiza a oferta de serviços, programas e projetos decaráter especializado que requerem maior estruturaçãotécnica e operativa, com competências e atribuiçõesdefinidas, destinados ao trabalho social com famílias eindivíduos em situação de violação de direitos. Devido ànatureza e ao agravamento dessas situações, é necessárioacompanhamento especializado, grupal e por vezesindividualizado, continuado e articulado com a redesocioassistencial, com a rede das demais políticas setoriais ede defesa de direitos e com o sistema de justiça.

Considerar no trabalho social comfamílias o contexto de vida –socioeconômico, político, cultural eambiental – e o território,identificando vulnerabilidades,riscos sociais, dinâmicas epotencialidades

CREAS MUNICIPAL

• Unidade Pública Estatal

• Abrangência Municipal ou Regional

• Famílias e indivíduos em situação de violação de direitos.

CENTRO POP

• Unidade Pública Estatal

• Abrangência Municipal

• População em situação Rua.

*Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

CENTRO DIA

• Unidade Pública Estatal ou não estatal

• Abrangência Municipal

• Pessoas com Deficiência e suas Famílias.

*Serviço de Proteção Especial para Pessoas com Deficiência e suas Famílias.

Unidades de referência para a oferta de serviços no âmbito de atuação da PSE de Média Complexidade

O que compete e o que não compete ao

CREAS???

Atividade

Competências do CREAS

O papel do CREAS no SUAS define suas competências que, de modo geral,compreendem:

ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuadopara famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, porviolação de direitos, conforme dispõe a Tipificação Nacional de ServiçosSocioassistenciais;

A gestão dos processos de trabalho na Unidade, incluindo acoordenação técnica e administrativa da equipe, o planejamento,monitoramento e avaliação das ações, a organização e execução diretado trabalho social no âmbito dos serviços ofertados, o relacionamentocotidiano com a rede e o registro de informações, sem prejuízo dascompetências do órgão gestor de assistência social em relação à Unidade.

Não compete ao CREAS:

Ocupar lacunas provenientes da ausência de atendimentos quedevem ser ofertados na rede pelas outras políticas públicas e/ouórgãos de defesa de direito;

Ter seu papel institucional confundido com o de outras políticasou órgãos, e por conseguinte, as funções de sua equipe com as deequipes interprofissionais de outros atores da rede, como, porexemplo, da segurança pública (Delegacias Especializadas, unidadesdo sistema prisional, etc.), órgãos de defesa e responsabilização(Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e ConselhoTutelar) ou de outras políticas (saúde mental, etc.);

Assumir a atribuição de investigação para a responsabilizaçãodos autores de violência, tendo em vista que seu papel institucionalé definido pelo papel e escopo de competências do SUAS.

É importante destacar...

O reconhecimento do papel e a delimitação das competências doCREAS podem ser fortalecidos com o mapeamento da rede econstrução de fluxos e protocolos intersetoriais de atendimento,com definição de papéis e responsabilidades. Esta construção pode,inclusive, contribuir para identificar lacunas e, até mesmo, conflitosde papéis e competências na rede.

É importante que o órgão gestor de Assistência Social sejaprotagonista na construção, junto ao órgão gestor das demaispolíticas e órgãos de defesa de direitos, de fluxos de articulação eprotocolos de atendimento intersetorial a famílias e indivíduos narede, os quais incluam o CREAS.

• Trabalho em grupo: “Leitura dos textos –Serviços da PSE de Média Complexidade e suas especificidades”

Atividade 1ª parte

• A partir da leitura do texto, considerando oServiço abordado, como na sua prática cotidianaeste Serviço relaciona-se com os demais tanto daPSB quanto da PSE de Alta e Média Complexidade– pensando na realidade do seu município e noseu entendimento de como deveria ser.

• Quais estratégias podemos vislumbrar para consolidar a atuação em rede intersetorial e socioassistencial?

Atividade 2ª parte

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos – PAEFI

“NÃO EXISTE CREAS SEM PAEFI !!!”

A ênfase dada ao PAEFI vem de sua importância junto ao CREAS, pois, além de ser obrigatório, se constitui em seu principal serviço, já que se trata de serviço estruturante dessa unidade.

Oferta apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seusmembros em situação de ameaça ou violação de direitos.

Compreende atenções e orientações direcionadas para:promoção de direitos;preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e; fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto decondições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal esocial.

Unidade de oferta: exclusivamente no CREAS

Formas de acesso: Encaminhamento da rede socioassistencial e de outras políticaspúblicas, órgãos de defesa de direitos, dentre outros. - Demanda espontânea.

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos – PAEFI

Quem são os usuários do PAEFI?

ATENÇÃO: As famílias em descumprimento de condicionalidades do PBF emdecorrência da violação de direitos também são público do Serviço.

EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CREAS

Porte do Município Nível de Gestão

Capacidade de Atendimento/ Acompanhamento

Equipe de Referência

Pequeno porte I (20.000 hab.) e II (20.001 a 50.000 hab.) e Médio Porte (50.001 a 100.000 hab.)

Gestão inicial, básica ouplena

50 casos (famílias e indivíduos)

1 Coordenador1 Assistente Social1 Psicólogo1 Advogado2 Profissionais de nível médio ou superior1 Auxiliar administrativo

Grande Porte (100.001 a 900.000 hab.), Metrópole (a partir de 900.001 hab.) e DF

Gestão inicial, básica ouplena

80 casos (famílias e indivíduos)

1 Coordenador2 Assistentes Sociais2 Psicólogos1 Advogado4 Profissionais de nível médio ou superior2 Auxiliares administrativos

Resolução nº 17 do CNAS, de 20 de junho de 2011 – Obrigatoriedade!

TRABALHO SOCIAL ESPECIALIZADO

Consiste em procedimentos técnicos realizados pelos profissionais doCREAS, de caráter continuado e planejado, por período de tempodeterminado, no qual, via de regra, faz-se necessário o estabelecimentode vínculos entre usuários e o serviço e requer a definição de objetivosa serem alcançados, a partir das situações, demandas e potencialidadesidentificadas.

Nesse processo, as aquisições alcançadas pela família/indivíduo devemser registradas e avaliadas em conjunto com os mesmos.

Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de

plano individual e/ou familiar

Acesso à documentação

pessoal

Orientação sociofamiliar

Diagnóstico Socioeconômico

Monitoramento e Avaliação do

Serviço

Orientações e encaminhamentos

Identificação da família extensa

ou ampliada

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Trabalho interdisciplinar

Referência e contra-referênciaOrientação

jurídico-social

Dimensões complementares do trabalho social especializado

ACOLHIDA

Acolhida inicial dos (as) usuários (as)

-Recepção acolhedora por parte dos profissionais compostura de não discriminação de qualquer natureza.

-Compreensão da situação e das demandas apresentadas.

- Início da construção de vínculos.

Postura acolhedora durante o período deAcompanhamento

- Essencial a toda a equipe, em todos os momentos daintervenção profissional. Refletida na:

- Na organização democrática.

- Na valorização da participação dos usuários.

- No respeito e consideração das suas trajetórias de vida.

Acompanhamento Especializado (Familiar e/ou Individual)

Pressupõe:

Atendimentos continuados (Individual, familiar, em grupos) eparticularizados

Construção participativa do Plano de Acompanhamento.

Espaço de acolhida, escuta qualificada e reflexão.

Estímulo à ampliação da conscientização sobre contexto familiar ecomunitário.

Empoderamento e fortalecimento da capacidade protetiva;

Fortalecimento de vínculos e construção de novas possibilidadesde relacionamentos familiares e comunitários, assim como acesso adireitos e às diversas políticas públicas.

Fortalecimento da participação social.

Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar

- Construído de forma participativa junto com os (as) usuários (as).

- Deve ser flexível, dinâmico e repactuado sempre que necessário.

- Reconhecimento da especificidade de cada situação atendida.

- Reflete necessidades e demandas dos (as) usuários (as) , bem comometas e objetivos traçados que se pretenda alcançar.

LEMBRE-SE: o Prontuário SUAS tem o espaço disponibilizado para oPlanejamento e para a avaliação do mesmo.

Metodologias e técnicas possíveis ao acompanhamento

-Entrevista Individual e/ou Familiar

- Atendimento Individual e/ou Familiar

-Orientação e Atendimento em Grupo

-Orientação jurídico-social

-Estudos de Caso

-Oficinas e Atividades de Convívio e Socialização

-Ações de Mobilização e Participação Social

- Encaminhamentos monitorados

- Registros de Informações no Serviço

ARTICULAÇÃO EM REDE

Encaminhamentos monitorados (rede socioassistencial; órgãos dedefesa de direitos; rede das demais políticas públicas – saúde,educação, trabalho etc.; encaminhamento para inclusão no CadastroÚnico para Programas Sociais e outros).

Pactuação de fluxos e protocolos.

Acompanhamento dos encaminhamentos realizados.

Comunicação permanente com outros partícipes da rede (reuniões,discussão de casos, realização de atividades em parceria).

Mobilização da rede e da sociedade: participação em campanhasde prevenção e enfrentamento.

ARTICULAÇÃO EM REDE

Rede de articulação nos territórios:

CRAS e outras unidades e serviços da rede socioassistencial;

Serviços socioassistenciais de Acolhimento;

Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – AEPETI.

Serviços de saúde mental e demais serviços da rede de Saúde.

Órgãos de Defesa de Direitos;

Educação e demais políticas públicas;

Instituições de Ensino Superior;

ONGs que atuam na defesa de direitos;

Movimentos Sociais, dentre outros.

Órgãos de defesa de direitos que compõem a rede de articulação do CREAS:

•Conselho Tutelar;

•Poder Judiciário;

•Ministério Público;

•Defensoria Pública;

•Delegacias/Delegacias Especializadas;

•Serviços de assessoramento jurídico e assistência judiciária;

•ONGs que atuam com defesa de direitos, a exemplo dos Centros de Defesa.

O que: trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nosterritórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças eadolescentes, situação de rua, dentre outras.

Onde: praças, entroncamento de estradas, fronteiras, espaços públicos onde serealizam atividades laborais, locais de intensa circulação de pessoas e existênciade comércio, terminais de ônibus, trens, metrô e outros.

Para quem: crianças, adolescentes, jovens, adultos , idosos e famílias queutilizam espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência.

Unidades de oferta: CREAS ou unidade referenciada; Centro POP

Equipe: 03 profissionais, sendo, pelo menos, 01 de nível superior.

O serviço deve buscar a resolução de necessidades imediatas e promover ainserção na rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas naperspectiva da garantia dos direitos.

Serviço Especializado em Abordagem Social

Proteção social pró-ativa;

EscutaArticulação da

redeConhecimento

do território

Orientações e encaminhamentos

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Informação, comunicação e defesa de direitos

Geoprocessamento e georeferenciamento de

informações

OBJETIVOS

Construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições deacesso à rede de serviços e à benefícios assistenciais;

Identificar famílias e indivíduos com direitos violados, a naturezadas violações, as condições em que vivem, estratégias desobrevivência, procedências, aspirações, desejos, e relaçõesestabelecidas com as instituições;

Promover ações de sensibilização para divulgação do trabalhorealizado, direitos e necessidades de inclusão social eestabelecimento de parcerias;

Promover ações para a reinserção familiar e comunitária.

AÇÕES E ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS

Identificação e avaliação das demandas;

Processo gradativo de aproximação para vinculação a serviços;

Trabalho integrado com outras áreas – atuação conjunta. Por ex: saúde;

Mapeamento dos territórios e locais onde se observam situações de riscopessoal e social e as ofertas existentes nos territórios (serviços, benefícios etc.)para informar aos (as) usuários (as);

Identificação de redes sociais de apoio que as pessoas dispõem nos locais ondeconvivem;

Estreita articulação com o Centro POP e serviços de acolhimento, e com oCREAS e Conselho Tutelar nos casos de crianças e adolescentes;

Orientações e encaminhamentos para documentação pessoal e inclusão noCadastro Único para Programas Sociais;

Intervenções na perspectiva preventiva – disseminação de campanhas,orientações, sensibilização.

ATENÇÃO!!!CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Comunicar ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária competente paraaplicação de medidas protetivas, sempre que necessário;

Identificar junto à criança/adolescente os motivos que conduziram à saídade casa e trabalhar pela busca ativa de familiares/pessoas de referência e redesocial de apoio que possam contribuir para a retomada do convívio econstrução do processo de saída da situação de rua. (considerar os registrosde famílias que procuram por crianças/adolescentes desaparecidos);

Sensibilizar a família para acompanhamento no PAEFI/CREAS e/ou trabalharpara a gradativa vinculação a serviço de acolhimento, junto ao CT e autoridadejudiciária;

Trabalho infantil – articular para a inserção no SCFV

O Trabalho da abordagem social tem o objetivo maior de prevenir situaçõesmais complexas e o agravamento da situação de risco a que crianças eadolescentes já se encontrem expostas.

Quais são as medidas socioeducativas em meio aberto?Configuram-se em resposta à prática de ato infracional, realizado poradolescentes entre 12 a 18 anos incompletos, devendo ter um caráter educativo,e não punitivo. O art. 112 do ECA afirma: “Verificada a prática de ato infracional, aautoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas emmeio aberto: I - advertência; II - obrigação de reparar o dano; III - prestação deserviços à comunidade; IV - liberdade assistida.

Na sua operacionalização é necessário a elaboração do Plano Individual deAtendimento (PlA) com a participação do (a) adolescente e da família, devendoconter os objetivos e metas a serem alcançados durante o cumprimento damedida, perspectivas de vida futura, dentre outros aspectos.

Unidades de oferta: CREAS ou unidade referenciada.

Serviço de proteção social a adolescentes em

cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade

Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade

(PSC)

ATIVIDADES ESSENCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DOPLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) DEADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDASSOCIOEDUCATIVAS:

• Matrícula e frequência à escola;• Preparação para o mercado de trabalho em cursosprofissionalizantes;• Atendimento a necessidades de saúde identificadas;• Inclusão em atividades de cultura, esporte e lazer; e• Sensibilização da família do adolescente para aparticipação na elaboração e acompanhamento do pia.

A Liberdade Assistida está prevista no art. 118 do ECA e implica,por um período de no mínimo seis meses, em restrição de direitos,mas mantém o adolescente no meio familiar e comunitário,acompanhado por um técnico de referência.

A Prestação de Serviços à Comunidade está prevista no art. 117 doECA e consiste na realização por parte do adolescente de serviçoscomunitários gratuitos e de interesse geral, como atividades emhospitais, escolas, creches, entidades e organizações de AssistênciaSocial, com duração máxima de seis meses.

O Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento demedida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação deServiços à Comunidade (PSC) tem por finalidade prover atençãosocioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens emcumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto,determinadas judicialmente.

Deve contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação devalores na vida pessoal e social dos (as) adolescentes e jovens.

Para a oferta do serviço faz-se necessário a observância daresponsabilização face ao ato infracional praticado, cujos direitos eobrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações enormativas específicas para o cumprimento da medida

Acolhida Escuta Estudo SocialConstrução de

plano individual e/ou familiar

Acesso à documentação

pessoal

Orientação sociofamiliar

Diagnóstico Socioeconômico

Monitoramento e Avaliação do

Serviço

Orientações e encaminhamentos

Articulação interinstitucional

Elaboração de relatórios

Trabalho interdisciplinar

Proteção social pró-ativaProdução de orientações

técnicas e materiais informativos

OBJETIVOS:

- Realizar acompanhamento social a adolescentes durante ocumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida e dePrestação de Serviços à Comunidade e sua inserção em outros serviçose programas socioassistenciais e de políticas públicas setoriais;

- Criar condições para a construção/reconstrução de projetos de vidaque visem à ruptura com a prática de ato infracional;

- Estabelecer contratos com o (a) adolescente a partir daspossibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido e normas queregulem o período de cumprimento da medida socioeducativa;

- Contribuir para o estabelecimento da autoconfiança e a capacidadede reflexão sobre as possibilidades de construção de autonomias;

- Possibilitar acessos e oportunidades para a ampliação do universoinformacional e cultural e o desenvolvimento de habilidades ecompetências;

- Fortalecer a convivência familiar e comunitária.

IMPORTANTE!!!

- O acompanhamento social ao (a) adolescente deve ser realizado de formasistemática, com freqüência mínima semanal que garanta oacompanhamento contínuo e possibilite o desenvolvimento do PIA.

- USUÁRIOS: Adolescentes de 12 a 18 anos incompletos, ou jovens de 18 a21 anos, em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistidae de Prestação de Serviços à Comunidade, aplicada pela Justiça da Infânciae da Juventude ou, na ausência desta, pela Vara Civil correspondente e suasfamílias.

Formas de acesso: encaminhamento da vara da infância e da juventude ou,na ausência desta, pela vara civil correspondente.

EQUIPE DE REFERÊNCIA

Municípios de Porte I e II e Médio

Demanda inferior a 10 adolescentes/jovens

com medidas socioeducativas

Equipe do CREAS existente

(Técnico de Referência )

Municípios Médio e Grande Porte, Metrópole

e o Distrito Federal

Demanda superior a 10 adolescentes/jovens

com medidas socioeducativas

Avaliar a necessidade de constituição de equipe técnica de referência

para o Serviço de MSE em Meio Aberto.

Resolução nº 119/2006 –CONANDA (dispõe sobre o

SINASE)

20 (vinte) adolescentes para cada técnico.

Município com grande demanda – 1 Advogado na

composição da equipe técnica do Serviço de MSE

em Meio Aberto.

- Sistema Nacional De AtendimentoSocioeducativo – SINASE (Lei nº 12.594/12);

- Plano Decenal de Medidas Socioeducativasem Meio Aberto do seu município (caso elepossua);

- Plano Estadual Decenal de AtendimentoSocioeducativo do Estado de Pernambuco2015-2024;

- Resolução CNAS nº 18/2014 – estabelecenovos critérios de cofinanciamento federal paraa execução do serviço, dispondo também sobrediretrizes e competências dos entes para ofortalecimento e a consolidação da articulaçãoentre o SUAS e o SINASE.

Definição... As pessoas em situação de rua de acordo com oDecreto Nº 7.053/2009

“...considera-se população em situação de rua o grupo populacionalheterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculosfamiliares interrompidos ou fragilizados e a inexistência demoradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicose as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, deforma temporária ou permanente, bem como as unidades deacolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.”

Serviço Especializado para Pessoas em

Situação de Rua

Serviço ofertado para pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradiae/ou sobrevivência.

Tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para odesenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculosinterpessoais e/ou familiares que oportunizem a construção de novos projetosde vida.

Unidades de oferta: Centro de Referência Especializado para

População em Situação – CENTRO POP.

O equipamento deve garantir:

Espaço para a realização de atividades coletivas e/ou comunitárias,

higiene pessoal, alimentação e espaço para guarda de pertences,

conforme a realidade local, com acessibilidade em todos seus

ambientes, de acordo com as normas da ABNT.

Usuários/as: Jovens, adultos, idosos (as) e famílias que utilizam as

ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência.

Formas de acesso: Encaminhamentos do Serviço Especializado em AbordagemSocial, de outros serviços socioassistenciais, das demais políticas públicassetoriais e dos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; demandaespontânea.

EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CENTRO POP

Capacidade de Atendimento/ Acompanhamento

Equipe de Referência

80 Casos (famílias ou indivíduos/ mês)

1 Coordenador2 Assistente Social2 Psicólogo1 Técnico de nível superior (preferencialmente c/ formação em: Direito,Pedagogia, Antropologia, Sociologia ou Terapia Ocupacional)4 Profissionais de nível médio ou superior para a realização do Serviço especializado em Abordagem Social (quando ofertado no Centro POP)2 Auxiliares administrativos

Resolução nº 09 do CNAS, de 18 de abril de 2013.I - municípios com quantitativo inferior ou igual a 150 (cento e cinqüenta) pessoas em situação de rua:cofinanciamento federal mensal para oferta do Serviço em cada unidade de Centro POP com capacidade deatendimento a 100 (cem) casos/mês;II - municípios e Distrito Federal com mais de 150 pessoas em situação de rua: cofinanciamento federal mensal daoferta do Serviço em Unidade (s) com capacidade de Legislação - Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) -atendimento a 200 (duzentos) casos/mês, observada a proporção de um Centro POP para cada 500 (quinhentas)pessoas em situação de rua, limitada a 2 (duas) novas Unidades.

Serviço para a oferta de atendimento especializado a famílias com pessoascom deficiência e idosos (as) com algum grau de dependência, que tiveramsuas limitações agravadas por violações de direitos, tais como:

exploração da imagem; isolamento ou confinamento; atitudes discriminatórias e preconceituosas no seio da família;falta de cuidados adequados por parte do cuidador;alto grau de estresse do cuidador; desvalorização da potencialidade/capacidade da pessoa;dentre outras que agravam a dependência e comprometem odesenvolvimento da autonomia.

Serviço de Proteção Social Especial para

Pessoas com Deficiência, Idosos(as)

e suas Famílias

A intervenção será sempre voltada a diminuir a exclusão socialtanto do dependente quanto do cuidador, a sobrecargadecorrente da situação de dependência/prestação de cuidadosprolongados, bem como a interrupção e superação das violaçõesde direitos que fragilizam a autonomia e intensificam o grau dedependência da pessoa com deficiência ou pessoa idosa.

OBJETIVOS:

- Promover a autonomia e a melhoria da qualidade de vida;

- Desenvolver ações especializadas para a superação das situaçõesvioladoras de direitos;

-Prevenir o abrigamento e a segregação dos usuários do serviço,

-assegurando o direito à convivência familiar e comunitária;

- Promover acessos a benefícios, programas de transferência de rendae outros serviços socioassistenciais, das demais políticas públicassetoriais e do Sistema de Garantia de Direitos;

-Promover apoio às famílias na tarefa de cuidar, diminuindo a suasobrecarga de trabalho

TRABALHO SOCIAL ESSENCIAL AO SERVIÇO:

Acolhida; escuta; informação, comunicação e defesa de direitos;articulação com os serviços de políticas públicas setoriais; articulaçãoda rede de serviços socioassistenciais; articulação interinstitucionalcom o Sistema de Garantia de Direitos; atividades de convívio e deorganização da vida cotidiana; orientação e encaminhamento para arede de serviços locais; referência e contra-referência; construção deplano individual e/ou familiar de atendimento; orientaçãosociofamiliar; estudo social; diagnóstico socioeconômico; cuidadospessoais dentre outros.

Formas acesso:- Demanda espontânea de membros da família e/ou da comunidade;- Busca ativa;- Por encaminhamento dos demais serviços socioassistenciais e das demaispolíticas públicas setoriais;-Por encaminhamento dos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.

ATENÇÃO: Os jovens e adultos com deficiência, as pessoas idosas querecebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as inseridas noCadastro Único dos Programas Sociais e/ou que vivenciam situações deviolação de direitos são considerados prioritários para o atendimento.

UNIDADE: Domicílio do usuário, Centro-dia, Centro de ReferênciaEspecializado de Assistência Social (CREAS) ou Unidade Referenciada.

CENTRO-DIA

Deve ofertar um conjunto variado de atividades durante o dia, a partir do PlanoIndividual e/ou Familiar de Atendimento. Inclui a oferta de cuidados diários ematividades básicas (como auxilio na ingestão de alimentos, higiene pessoal etc.) eatividades instrumentais de fortalecimento de vínculos familiares, comunitários esociais, participação social e nos processos de construção da autonomia.

Capacidade: até 30 usuários por turno.

Equipe: 01 Assistente Social, 01 Psicólogo, 01 Terapeuta Ocupacional e 10Cuidadores Sociais (nível médio).

Funcionamento: 5 dias da semana, 10h por dia – o usuário pode participar deturnos ou passar o dia todo.

Esse serviço não substitui os cuidados familiares nem os demais serviços prestados pelaspolíticas setoriais no território (saúde, educação, trabalho, cultura, habitação, entreoutros); soma-se a estes para ampliar as ofertas públicas na perspectiva de garantia dodireito de cidadania da pessoa com deficiência e suas famílias.

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -

PETI

1996• Criação do PETI – compromisso internacional – OIT (Organização Internacional do Trabalho.

2005

• Portaria nº 666/2005 estabeleceu a integração do Programa de Erradicação do TrabalhoInfantil (PETI) ao Programa Bolsa Família (PBF).

• Portaria MDS nº 385/2005, passando a atender qualquer tipo de trabalho realizado porcrianças/adolescentes com menos de 16 anos, exceto na condição de aprendiz.

2011

• Passou, legalmente, a integrar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com a Lei nº12.435/2011 (art. 24-C), sendo reconhecido como uma estratégia de âmbito nacional queacordou um conjunto de ações intersetoriais implementadas de forma articulada pelos entesfederados, com a participação da sociedade civil.

2013

• o PETI passou por uma reestruturação, cujo processo foi pactuado na CIT com a participaçãoda União, estados e municípios e aprovado no Conselho Nacional de Assistência Social(CNAS), por meio da Resolução nº 08, de 18 de abril de 2013.

• CNAS nº 01, de 21 de fevereiro de 2013, em que crianças e adolescentes em situação detrabalho passaram a ser atendidas como público prioritário no SCFV.

2014• Resolução nº 10, de 15 de abril de 2014, que definem corresponsabilidades aos entes federados e

aos órgãos de controle social para a sua concretização e passou a receber recursos federal.

• Sensibilização

• Mobilização Social

• Campanhas

• Audiências Públicas

I - Informação e Mobilização

• Busca Ativa:

• Notificação Integrada

• Registro CADÚNICO

II - Identificação

• Transferência de Renda

• Inserção em Serviços de Assistência Social, Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, e Trabalho p/ as famílias

III - Proteção

• Identificação

• Atendimento criança, adolescente e família;

• Metas pactuadas

V - Monitoramento

Parceiros/Atores: MDS, MTE, MS, MEC, SDH, MPT, MPE’s, MJ, MTur, MDA, MF (Receita

Federal) e articulação com a CONAETI

• Fiscalização e autuação do empregadores

• Aplicação de Medidas protetivas à família

IV - Defesa e Responsabilização

Plano Nacional dePrevenção e Erradicaçãodo Trabalho Infantil eProteção ao AdolescenteTrabalhador

Carta de Constituição deEstratégias em Defesa daProteção Integral dosDireitos da Criança e doAdolescente

• Serviços da Proteção Social Especial de Alta Complexidade

3.2

Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade

A Alta Complexidade compreende a oferta de serviços de acolhimento, emdistintas modalidades, para famílias e/ou indivíduos que se encontram semreferência familiar ou comunitária ou necessitam ser afastados do núcleofamiliar e/ou comunitário de origem, como forma de garantir a proteçãointegral. Destina-se a públicos diferenciados, como crianças e adolescentes,jovens entre 18 e 21 anos, jovens e adultos com deficiência, adultos e famílias,mulheres em situação de violência doméstica, idosos e famílias ou indivíduos desabrigados/desalojados.

Em geral, os serviços de acolhimento funcionam como moradias provisórias até queseja viabilizado o retorno à família de origem, o encaminhamento para famíliasubstituta – quando for o caso – ou o alcance da autonomia (moradia própria/alugadaou mesmo outras formas de usufruto desta).

Moradia provisória

Construção de novos

projetos de vida

Reintegração Familiar

Trabalho em rede

Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade

Mudança de Paradigma

Cultura da Institucionalização Garantia de Direitos

Segregação como resposta às situações de risco

Apoio sociofamiliar e inclusão nas práticas públicas

Abrigo como “internato do pobre” (FONSECA, 1995)

O abrigo como medida protetiva de caráter excepcional

Longa Permanância Provisoriedade no atendimento

Despotencialização dos usuários e suas famílias: rompimento dos vínculos

Potencialização dos usuários e suas famílias: fortalecimento/resgate dos vínculos, busca de reintegração familiar ou colocação em família substituta quando for o caso

Cuidados massificados Inserção na comunidade e preservação dos vínculos

Isolamento e segregação Reparação dos direitos violados

Violação de Direitos Proteção e Defesa

PIA e PPP: de que tratam?

O Plano Individual de Atendimento (PIA) é um instrumento técnico que contém objetivos,ações e metas, e orienta o trabalho de intervenção junto ao usuário durante suapermanência no serviço, visando à superação das situações que levaram ao acolhimento.O PIA deve ser elaborado de forma participativa desde o momento da chegada do usuáriono serviço, e, sempre que necessário, poderá contar com a participação de outrosprofissionais da rede local em sua construção. Esse plano também deve considerar ahistória de vida de cada usuário e a situação e dinâmica familiar, quando for o caso.

Plano Político Pedagógico – PPP - é um instrumento que orienta a proposta defuncionamento do serviço, tanto no que se refere ao seu funcionamento interno, quantoseu relacionamento com a rede de proteção local, as famílias e a comunidade. O PPP deveser elaborado de forma participativa pelos usuários e profissionais do serviço.

Quais são as modalidades de ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL?

Oferta de serviços de acolhimentode acordo com o público

Serviços de Acolhimento Tipificados

Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes

São serviços que acolhem Crianças e Adolescentes em medidas protetivas pordeterminação judicial, em decorrência de violação de direitos (abandono,negligência, violência) ou pela impossibilidade de cuidado e proteção por suafamília.O afastamento da criança ou do adolescente da família deve ser uma medidaexcepcional, aplicada apenas nas situações de grave risco à sua integridadefísica e/ou psíquica. O objetivo é viabilizar, no menor tempo possível, o retornoseguro ao convívio familiar, prioritariamente na família de origem e,excepcionalmente, em família substituta (por meio de adoção, guarda oututela).

O Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes pode ser ofertado nas seguintesunidades:

•Abrigo institucional : Acolhimento provisório com capacidade máxima para 20 crianças eadolescentes por unidade. O serviço deve ter aspecto semelhante ao de uma residência eestar inserido na comunidade, em áreas residenciais, não deve possuir placa deidentificação, oferecendo ambiente acolhedor e condições institucionais para oatendimento com padrões de dignidade.

EQUIPE: 1 Auxiliar de educador/cuidador (nível fundamental) p/ até 10 usuários, 1educador/cuidador para até 10 usuários, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos.

•Casa-Lar: Acolhimento provisório oferecido em unidades residenciais, com capacidademáxima para 10 crianças e adolescentes por unidade – trabalha um educador/cuidadorresidente.

EQUIPE: 1 Auxiliar de educador/cuidador (nível fundamental) p/ até 10 usuários, 1educador/cuidador para até 10 usuários, sendo, 1 coordenador 1 assistente social e 1psicólogo para até 20 usuários acolhidos em até 3 casas.

Acolhimento em Família Acolhedora

Serviço que organiza o acolhimento de crianças ou adolescentes, em residências defamílias acolhedoras cadastradas. Para fazer parte do serviço, as famílias devem passarpor um processo de seleção, capacitação e acompanhamento. O serviço proporcionao atendimento em ambiente familiar, garantindo atenção individualizada econvivência comunitária. Em cada Família Acolhedora são recebidas uma criança ouadolescente por vez, exceto quando se tratar de grupo de irmãos.

EQUIPE: 1 Coordenador por serviço, Assistentes Social e Psicólogo, sendo 1 paraacompanhamento de até 15 famílias de origem e 15 famílias acolhedoras.

A decisão de encaminhar criança ou adolescentepara essa modalidade de acolhimento é avaliadapelos setores participantes do Sistema deGarantia de Direitos da Criança e do Adolescente(Vara da Infância e da Juventude, MinistérioPúblico, Conselho Tutelar, Órgão Gestor daPolítica de Assistência Social, Equipe deSupervisão e Apoio aos Serviços deAcolhimento). Após aprovação final da decisão, éemitido por juiz competente o Termo Judicial deGuarda Provisória da criança ou adolescente.

PRINCÍPIOS DO ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

• Afastamento do Convívio familiar é EXCEPCIONAL;• Afastamento do Convívio familiar é PROVISÓRIO;• Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitáriosdevem ser preservados;• Respeito à diversidade e não-discriminação;• Atendimento personalizado e individualizado;• Liberdade de crença e religião deve ser garantida;• Respeito à autonomia da criança e do adolescente.

Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes

Serviços de Acolhimento para Jovens de 18 a 21 anos

Trata-se de serviço de acolhimento que oferece apoio e moradiasubsidiada a grupos de jovens em situação de vulnerabilidade eviolação de direitos, com vínculos familiares rompidos ouextremamente fragilizados, e que estão em processo dedesligamento de outros serviços de acolhimento, sempossibilidades de retorno à família de origem ou de colocação emfamília substituta e que não possuam condições de autosustento.

República para Jovens

Deve ser organizada para atender até 6 jovens por unidade, comseparação por gênero (unidades femininas e masculinas), com aestrutura de uma residência privada e acessibilidade. Este serviço deacolhimento deve estar localizado em áreas residenciais. Não hánecessidade de dispor de identificação na fachada externa. Sãoorganizadas em unidades femininas e masculinas.

EQUIPE: 1 Coordenador para até 4 unidades, Assistentes Sociale Psicólogo para até 24 jovens em até 4 unidades.

Equipe de Referência para supervisão da gestão

da moradia

Acompanhamento psicossocial dos acolhidos

Apoio à construção de novos projetos de vida

Preparo para o desligamento

Projeto Político Pedagógico

Direitos Sexuais e Reprodutivos

Identidade de Gênero

Proteção à Maternidade

Atividades da equipe Técnica

Supervisão da gestão coletiva da moradia, de modo a apoiar e dar suporte aosjovens;Seleção dos jovens para ingresso na república, atentando para afinidades evínculos preexistentes, inclusive com o envolvimento dos acolhidos noprocesso, sempre que isto for possível;Organização dos registros, prontuários e informações dos jovens;Preparação dos jovens para seu ingresso na unidade, e dos demais queresidem na república para acolher o novo colega;Elaboração do Projeto Político-Pedagógico da república, assegurada aparticipação dos jovens, nele estando prevista a preparação para a autonomia;Fomento da participação dos jovens em todos os processos de gestão darepública, tais como: elaboração de regras de convívio, atividades domésticascotidianas, gerenciamento de despesas, entre outros;

Residências Inclusivas – essas unidades funcionam 24 horas e recebem pessoascom deficiência que não têm condições de se sustentar e estão afastadas de suasfamílias.

Cada Residência tem capacidade para no máximo 10 pessoas com deficiência erecebe jovens e adultos entre 18 e 59 anos.

EQUIPE: Nível fund. – 1 Auxiliar de Cuidador p/ até 6 usuários, 1 Motorista paraaté 3 unidades e 1 trabalhador doméstico por unidade. N. médio – 1 cuidadorsocial p/ até 6 usuários. 1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo p/ até 3unidades.

São casas adaptadas às necessidades de seus moradores e contam com uma equipe técnicaespecializada. O serviço tem como objetivo integrar essas pessoas à vida em comunidade, dando àpessoa com deficiência oportunidades para acesso à vida independente, com autonomia e liberdade,e garantindo também àqueles que possuem limitações severas o cuidado por uma equipe deprofissionais habilitados e capacitados.

Serviços de Acolhimento para Jovens e Adultos com deficiência

Serviços de Acolhimento para Adultos e Famílias

Os Serviços de Acolhimento para Adultos e Famílias, assimtipificados, são ofertados para atendimento de pessoas adultasou grupos familiares (acompanhados ou não de filhos oudependentes) em situação de vulnerabilidade, violação ouameaça de violação de direitos, decorrentes de situação de ruae desabrigo por abandono, migração e ausência de residênciaou para pessoas em trânsito sem condições de autossustento.As crianças e adolescentes (de 0 a 18 anos incompletos) sópoderão ser atendidas neste serviço quando estiveremacompanhadas dos pais e/ou responsáveis.

Modalidade de serviço

Unidade de Referência

Características

Serviços deAcolhimentoInstitucional

Abrigo Institucional

Unidade de acolhimento provisório com características residenciais, defuncionamento ininterrupto, com o limite máximo de 50 pessoas porunidade e de 4 por dormitório.

Casa dePassagem

Unidade de acolhimento imediato e emergencial, de funcionamentoininterrupto, com o limite máximo de 50 pessoas por unidade. Devecontar com profissionais preparados para receber os usuários emqualquer horário do dia ou da noite, enquanto se realiza um estudodiagnóstico de cada situação para os encaminhamentos necessários.

Serviço deAcolhimento emRepública

República

Unidade desenvolvida em sistema de autogestão ou cogestão, paraatendimento até 10 usuários, possibilitando gradual autonomia eindependência de seus residentes. Indicada para pessoas adultas comvivência de rua em fase de reinserção social, que estejam em processode restabelecimento dos vínculos sociais e construção de autonomia.Sugere-se sua organização em unidades femininas e masculinas.

Unidade de Referência

Equipe de referência

Abrigo InstitucionaleCasa dePassagem

Nível fundamental – 1 Auxiliar de Cuidador para até 10 usuários,podendo ser aumentado em caso de usuários com demandasespecíficas;Nível Médio – 1 Cuidador Social para até 10 usuários podendo seraumentado em caso de usuários com demandas específicas;1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos em no máximo 2 unidades.

República1 coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos em no máximo 2 unidades.

Serviço de Acolhimento para Mulheres em Situação de violência

É o serviço que oferece acolhimento provisório para mulheres adultas, quetenham sofrido violência doméstica, sofrimento físico, sexual, psicológico oumoral, que precisam se afastar de casa por sofrerem ameaças e correrem riscode morte. Elas podem ser acolhidas juntamente com seus filhos. a articulaçãocom a rede de serviços da assistência social e do Sistema Esse serviço tem.

A unidade que oferece esse serviço deve ter característica de domicílio e sualocalização deve ser sigilosa.

Recomenda-se que o abrigo seja gerido pelas próprias mulheres abrigadas,como estratégia para promover sua autonomia.

O acesso ao Acolhimento Institucional paraMulheres em Situação de Violência pode ser feitopor requisição de serviços da Assistência Socialou de políticas públicas setoriais, do Centro deReferência Especializado de Assistência Social(CREAS), do Ministério Público ou do PoderJudiciário.

Unidade de Referência

Equipe de Referência

Abrigo Institucional

Nível fundamental – 1 Auxiliar de Cuidador para até 10 usuárias,podendo ser aumentado em caso de usuários com demandasespecíficas;Nível Médio – 1 Cuidador Social para até 10 usuárias podendo seraumentado em caso de usuários com demandas específicas;1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20usuários acolhidos em no máximo 2 unidades.

Serviço de Acolhimento para Pessoa Idosa

Acolhimento para idosos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos,independentes e/ou com diversos graus de dependência. A natureza doacolhimento deverá ser provisória e, excepcionalmente, de longa permanênciaquando esgotadas todas as possibilidades de autosustento e convívio com osfamiliares. É previsto para idosos que não dispõem de condições parapermanecer com a família, com vivência de situações de violência e negligência,em situação de rua e de abandono, com vínculos familiares fragilizados ourompidos.

Ministério da Saúde – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISARESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 283, DE 26 DE SETEMBRO DE 2005(Publicada em DOU nº 186, de 27 de setembro de 2005)Aprova o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para asInstituições de Longa Permanência para Idosos.

ATENÇÃO!!!

Idosos com vínculo de parentesco ou afinidade – casais,irmãos, amigos, etc., devem ser atendidos na mesmaunidade. Preferencialmente, deve ser ofertado aos casaisde idosos o compartilhamento do mesmo quarto. Idososcom deficiência devem ser incluídos nesse serviço, demodo a prevenir práticas segregacionistas e o isolamentodesse segmento.

Unidade Residencial Unidade Institucional

Até 10 idosos Profissionais habilitados Auxílio nas atividades da vida diária

Até 50 idosos Até 4 idosos por quarto Característica domiciliarAssegura convivência familiar

Unidade de Referência

Equipe de referência

Abrigo Institucional(ILPI)

Nível fundamental – Profissionais de limpeza, de alimentação e delavanderia;Nível Médio – Cuidadores sociais;1 Coordenador, 1 assistente social, 1 psicólogo e 1 profissional paradesenvolvimento de atividades culturais.

Casa-Lar

Nível fundamental – Auxiliar de Cuidador 1 p/ até 10 usuários, podendoser aumentado;Nível Médio – 1 Cuidador social para até 10 usuários podendo seraumentado caso haja demandas específicas;1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20 usuários emno máximo 2 unidades

República1 Coordenador, 1 assistente social e 1 psicólogo para até 20 usuários emno máximo 2 unidades .

Atenção!!!Recursos Humanos

Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de

emergências

O serviço promove apoio e proteção à população atingida porsituações de emergência e calamidade pública, com a oferta dealojamentos provisórios, atenções e provisões materiais,conforme as necessidades detectadas.Assegura a realização de articulações e a participação em açõesconjuntas de caráter intersetorial para a minimização dos danosocasionados e o provimento das necessidades verificadas.

• Trabalho em grupo: 1. “Plano Individual de

Atendimento”Quais são as informações/itens indispensáveis na composição de um PIA?

2. “Plano de Acompanhamento Familiar – PAF” Quais são as informações/itens indispensáveis no PAF?

Atividade

REORDENAMENTO DOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO

Reordenamento dos Serviços de Acolhimento

Atualmente muitos serviços de acolhimento encontram-se em processo dereordenamento. Isso ocorre porque boa parte desses serviços compunha umarede histórica que já funcionava antes mesmo do estabelecimento das normativasque regulam cada temática. Assim, para atender aos parâmetros nacionais defuncionamento, identificou-se a necessidade da construção de novos formatos,de readequação/reordenamento, em diversas 5 dimensões: I) Porte e Estrutura;II) Recursos Humanos; III) Gestão do Serviço; IV) Metodologias de Atendimento; eV) Gestão da rede.

• Trabalho em grupo: Leitura de texto - “De quem é o papel de acompanhar as famílias com crianças e adolescentes em acolhimento? ”

• Construção de Fluxo...

Atividade

Atividade prática obrigatória

Em sua região ou território,

1) Quais as metodologias e estratégias são utilizadas pelos serviços daPSE em que atua para realização do acompanhamento socioassistencialdestas violações identificadas?

2) De que forma estas situações são identificadas/diagnosticadas no seumunicípio (atuação da vigilância socioassistencial, registro nos sistemasde informação, indicadores sociais, estudos e pesquisas, levantamentossistemáticos, observação empírica, entre outros)?

3) Como serviços da PSE contribuem para a integralidade do atendimentoda rede de proteção social em relação à essas situações?

4) Como é realizado o monitoramento e a avaliação das situações derisco por violação de direitos que requerem a atuação da PSE?

Cada grupo apresentará aos demais a síntese da sua discussão.

O SUAS E O SISTEMA DE JUSTIÇA

Necessidade de estabelecer relações horizontais.

O SUAS e o Sistema de Justiça

Sistemas autônomos;Possuem regras e papéis distintos;

Atuam para o mesmo fim – Garantia de Direitos.

SISTEMA DE DEFESA E RESPONSABILIZAÇÃO

SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL

Aplicação de dispositivos legais e normativos para defesa de direitos, investigação e responsabilização (segurança pública, Defensoria Pública, Ministério Público, Poder Judiciário, Conselho Tutelar – é constituído por órgãos autônomos).

Oferta de políticas públicas para concretizar direitos sociais (saúde, educação, assistência social, trabalho, previdência social, habitação, alimentação, etc.).

A relação entre a PSE e o sistema de justiça é marcada, fundamentalmente,por requisições recebidas pela rede socioassistencial, tais como:

CREAS:

• o PAEFI: informações quanto a situações em que um membro da família é o agressor e está submetido à medida de afastamento; situações em que a violência seja revelada nos acompanhamentos realizados, exigindo medidas protetivas.

• O Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto de LA e PSC –aplicação da medida, que requer relatórios de acompanhamento e de desligamento.

• PETI: situações de exploração do trabalho infantil que demandem ações do sistema de justiça para responsabilizar, por exemplo, empregadores.

• Serviços de acolhimento: processo de acolhimento, de acompanhamento e de desligamento de crianças e adolescentes, de idosos, de pessoas com deficiência e de mulheres, em situação de violências, acolhidas, com aplicação de medida de proteção.

ATENÇÃO!!!

As requisições indevidas que derivam da insuficiência e ausênciade equipes multidisciplinares no sistema de justiça, como arealização de laudos periciais, de relatórios de inspeção, deestudo para guarda, de interdição, de tutela ou curatelasobrepõem a função de responsabilização à função de proteçãodos serviços socioassistenciais.

Nesse sentido, a equipe técnica deve contar com a atuação e orespaldo do gestor para responder, negativamente, ao sistema dejustiça quando a requisição ferir os objetivos da assistênciasocial. Não se trata de disputas, mas de fortalecimento de cadainstituição naquilo que é sua competência.

Trabalho em grupo: Leiturade texto - Nota TécnicaSNAS/MDS nº 2/2016 –Assunto: relação do SUAS eos órgãos do Sistema deJustiça.

Atividade

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Faculdade de Ensino Superior de Caruaru- ASCES

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096