secretaria de desenvolvimento social · secretaria estadual da justiça e defesa da cidadania ......
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SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin
Secretário de Estado de Desenvolvimento Social Floriano Pesaro
Secretário Adjunto Felipe Sartori Sigollo
Chefe de Gabinete Mendy Tal
Presidente do Conselho Estadual do Idoso Henrique Rubens Jerozolimski
COMISSÃO ORGANIZADORA DA CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO
Secretaria Estadual da Cultura
Akiko Oyafuso
Sociedade Civil / Região de São José do Rio Preto
Elaine Cristina dos Santos
Secretaria Estadual de Educação
Marcia Cristina Volpati
Sociedade Civil / Região de Sorocaba
Maria Antonieta de Melo
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social
Marly Lautenschlager Cortez Alves
Sociedade Civil / Região da Baixada Santista
Tarcísio de Almeida
Sociedade Civil / Região de Bauru
Ubaldo Benjamim
Sociedade Civil / Região de Campinas
Wilson Solani Brinkmann
Sociedade Civil / Região Central (Araraquara)
Yara Carvalho Blank
CONSELHO ESTADUAL DO IDOSO – CEI/SP
REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS
Secretaria Estadual da Cultura
Titular: Akiko Oyafuso
Suplente: Alaíde Siqueira Cesar
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social
Titular: Marly Lautenschlager Cortez Alves
Suplente: Elaine Cristina Silva de Moura
Secretaria Estadual da Educação
Titular: Marcia Cristina Volpati
Suplente: Veralice Prudente de Morais Miranda
Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho
Titular: Jiane da Penha Caldeira
Suplente: Antonio Sérgio Torquato
Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude
Titular: Antonio Oswaldo Salani
Suplente: Elaine Cristina Sales de Oliveira
Secretaria Estadual da Habitação
Titular: Tatiane Gonçalves Rodrigues
Suplente: Maria Claudia da Costa Brandão
Secretaria Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania
Titular: Flávio Antas Corrêa
Suplente: Adriana Luzia Pereira Vianna
Secretaria Estadual do Meio Ambiente
Titular: Marcelo Pagliusi Chaves
Suplente: Luzia Ribeiro de Andrade
Secretaria Estadual da Saúde
Titular: Claudia Fló
Suplente: Dayana Nicolleti Braga
Secretaria Estadual de Turismo
Titular: Ivete Terezinha de Camargo
Suplente: Regis Ayres Lacerda
Casa Civil - Fundo de Solidariedade
Titular: Diva Carvalho
Suplente: Ricardo Enrico Ventura Rodrigues
Defensoria Pública do Estado São Paulo
Titular: Leandro de Marzo Barreto
Suplente: Lúcia Thomé Reinert
Ministério Público
Titular: Maricelma Rita Meleiro
Suplente: Patrícia Salles Seguro
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL
Região de Araçatuba
Titular: Ilda Caetano Louzada (Cidade Muritinga do Sul)
Suplente: Luiz Antonio Adriano da Silva*
Região da Baixada Santista
Titular: Tarcísio de Almeida (Cidade: Praia Grande)
Suplente: Creusa Aparecida Nogueira Roca (Cidade: Santos)
Região de Bauru
Titular: Ubaldo Benjamim (Cidade de Bauru)
Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*
Região de Campinas
Titular: Henrique Rubens Jerozolimski (Cidade de Mococa)
Titular: Wilson Solani Brinkmann (Cidade de Atibaia)
Região Central (Araraquara)
Titular: Yara Carvalho Blank (Cidade de Araraquara)
Suplente: Nilma Helena França Gibertoni (Cidade São Carlos)
Região de Franca
Titular: Alcione de Oliveira (Cidade de Franca)
Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*
Região de Marília
Titular: Dulce Bittencourt Bosan (Cidade de Ourinhos)
Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*
Região Metropolitana
Titular: Sergio Rubens Choueri (Cidade de Santo André)
Região de Ribeirão Preto
Titular: Diva Gonçalves dos Santos Palucci (Cidade de Ribeirão Preto)
Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*
Região de São José do Rio Preto
Titular: Elaine Cristina dos Santos (Cidade de Fernandópolis)
Suplente: Maralise Cristina Siqueira (Cidade de São José do Rio Preto)
Região de São José dos Campos
Titular: José Maurílio Lemes da Silva (Cidade de Pindamonhangaba)
Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*
Região de Sorocaba
Titular: Maria Antonieta de Melo (Cidade de Itu)
Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*
________________________________________________________________
*Luiz Antônio Adriano da Silva (Cidade São Paulo) eleito como suplente das
regiões.
Secretaria Executiva
João Carlos Bertoni
Viviane Aparecida Luiz Ribeiro
Consultoria
UNA Marketing de Eventos
Assessoria
Longevida Capacitação e Treinamento
Colaboradores Coordenadores dos Eixos:
Gioia T.Tosi
José Carlos Ferrigno
Sandra Rabello de Frias
Zally Queiroz
Facilitadores:
Adriana de R. de Almeida Prado
Hermínia Brandão
Apoio Técnico e Logístico
Europatur
A Conferência é um espaço privilegiado para avaliarmos a Política Estadual
relativa à Pessoa Idosa e propormos diretrizes para o seu aperfeiçoamento.
O presente documento é síntese da participação direta de 318 pessoas (entre
delegados, membros do conselho estadual e convidados). Mas não podemos
esquecer que a XIV Conferência Estadual é produto das conferências municipais.
Neste ano, as 321 conferências municipais do estado mobilizaram cerca de
29.000 pessoas. Pessoas estas, que vivenciam o dia – a – dia das políticas e que
possuem um ideal comum: tornar o Estado de São Paulo cada vez mais Amigo da
Pessoa Idosa.
A Secretaria de Desenvolvimento Social assume o compromisso de discutir e
incorporar as deliberações da XIV Conferência Estadual do Idoso, cujo tema foi o
protagonismo e o empoderamento da pessoa idosa.
Ressalto a relevância do tema, já que o número de idosos deverá representar
22% da população mundial em 2050 e, pela primeira vez, haverá mais idosos que
crianças no planeta.
No Estado de São Paulo, a transformação etária populacional já é uma realidade.
Hoje a população idosa representa 12,2% da população total do Estado de São
Paulo (cerca de 5,4 milhões de pessoas) a projeção para 2030 é de 9.316.614
(Fonte: SEADE). As regiões do Estado se comportam de maneira distinta, com
índices de envelhecimento bastante elevados nas regiões Noroeste, Baixada
Santista e Grande São Paulo.
Temos que unir esforços para que o idoso qualifique sua participação na
sociedade e seja o agente da mudança de que tanto necessitamos.
Com a XIV Conferência Estadual do Idoso, escreveremos mais uma página do
futuro do nosso Estado. Temos oportunidade de nos apropriarmos de cada
proposta e traçarmos, juntos, estratégias para tornarmos todas as cidades
paulistas cidades amigas de todas as idades.
Boa Leitura!
Secretário de Estado de Desenvolvimento Social
Floriano Pesaro
ÍNDICE APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 1 PROCESSO DE REALIZAÇÃO E PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS ................................................................................ 3
CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS ............................................................................. 4 PROCESSO DE REALIZAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .. 4
Metodologia de Trabalho ........................................................................................ 5 Caracterização dos grupos de trabalho .................................................................. 5 Dinâmica dos Trabalhos ......................................................................................... 6 Informações Gerais e Resultados Obtidos ............................................................. 6
REGIMENTO INTERNO XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO - 2015 ........ 7 ABERTURA DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .............................. 19 AUTORIDADE – Henrique Rubens Jerozolimski .................................................... 19 PALESTRA MAGNA: “PROTAGONISMO E EMPONDERAMENTO DA PESSOA IDOSA – POR UM BRASIL DE TODAS AS IDADES” ............................................. 22
PALESTRANTE: Fábio Ribas .............................................................................. 22 PALESTRANTE - Carlos Uehara ......................................................................... 31
CONSIDERAÇÕES GERAIS DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO IDOSO ....... 37 AUTORIDADE - Antônio Nogueira .......................................................................... 38 AUTORIDADE - Floriano Pesaro ............................................................................ 38 AUTORIDADE – Akiko Oyafuso .............................................................................. 43 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA IDOSOS ................................................................. 48
AUTORIDADE - Marly Cortez .............................................................................. 48 DELIBERAÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO ...................... 54
EIXOS TEMÁTICOS ............................................................................................ 54 EIXO I - Propostas Priorizadas pelo grupo ........................................................... 54 Propostas de nível Federal .................................................................................. 54 Propostas de nível Estadual ................................................................................. 54 Eixo II: Propostas Aprovadas em plenária ........................................................... 55 Propostas de nível Federal .................................................................................. 55 Propostas de nível Estadual ................................................................................. 56 Eixo III: Propostas Aprovadas em plenária .......................................................... 56 Propostas de nível Federal .................................................................................. 56 Propostas de nível Estadual ................................................................................. 57 Eixo IV: Propostas Aprovadas em plenária .......................................................... 58 Propostas de nível Federal .................................................................................. 58 Propostas de nível estadual ................................................................................. 58
MOÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .................................. 59 MOÇÃO 1: Recomendação de Cumprimento da lei de letra legível em receituários. ......................................................................................................... 59 MOÇÃO 2: Moção de apelo ao Congresso para encaminhamento aos senadores Paulo Paim Renan Calheiros ............................................................................... 59 MOÇÃO 3: Cumprimento legal do cadastramento da população idosa ............... 60 MOÇÃO 4: Moção de Repúdio ............................................................................. 60 MOÇÃO 5: Moção de apelo ao Governo Federal ................................................ 60 MOÇÃO 6: Moção de apoio à criação de Fóruns Regionais Permanentes ......... 60 MOÇÃO 7: Moção de apelo ao Conselho Nacional de Trânsito - Contran .......... 61 MOÇÃO 8: Recomendação – Revisão do Estatuto do Idoso ............................... 61 MOÇÃO 9: Recomendação – Inserção no site do Conselho Estadual do idoso os contatos dos Conselhos Municipais do Idoso. ..................................................... 61
MOÇÃO 10: Apelo ao Prefeito Fernando Haddad ................................................ 61 MOÇÃO 11: Proposta de alteração do Decreto 61.115 de 02/2015 .................... 62 MOÇÃO 12: Solicitação para que os Conselhos Municipais do Idoso sejam deliberativos ......................................................................................................... 62 MOÇÃO 13: Moção de Repúdio ........................................................................... 62 MOÇÃO 14: Recomendação – Conselhos municipais do idoso tenham caráter consultivo e deliberativo ....................................................................................... 63 MOÇÃO 15: Recomendação – Benefício de Prestação Continuada – BPC aos 60 anos. .................................................................................................................... 63 MOÇÃO 16: Moção de Repúdio ........................................................................... 63
DELEGAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA .................................................. 64 AVALIAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .............................. 71
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APRESENTAÇÃO A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e
o Conselho Estadual do Idoso - CEI, seguindo as orientações do Conselho
Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI apresentam os Anais da XIV
Conferência Estadual do Idoso, realizada no Hotel Vacance, na cidade de
Águas de Lindóia/SP entre os dias 28 a 30 de setembro de 2015. A
Conferência oficializada por meio do Decreto nº 61.468 de 02 de setembro
de 2015 e normatizada pela Deliberação CEI/SP nº 008 de 03 de setembro
de 2015 teve como tema “O Protagonismo e o Empoderamento da Pessoa
Idosa: por um Brasil de todas as idades”. Deste tema desdobraram-se quatro
eixos: Gestão (Programas, projetos e ações), Financiamento (Fundo do
Idoso e orçamento público), Participação (política e controle social) e Sistema
de Direitos Humanos (violência contra o idoso).
A Conferência é um espaço privilegiado de avaliação e proposições de
diretrizes da política estadual relativa à pessoa idosa. Este espaço é de suma
importância, uma vez que também no Estado de São Paulo a transformação
etária populacional já é uma realidade. Hoje a população idosa representa
12,2% da população total do estado (cerca de 5,4 milhões de pessoas). A
projeção para 2030 é de 9.316.614 de idosos (Fonte: Fundação Seade).
A XIV Conferência Estadual do Idoso propiciou reflexão, debate e
deliberação sobre o protagonismo e o empoderamento do idoso, o que
resultou em propostas de aperfeiçoamento para as diversas políticas
públicas na garantia dos direitos para esta população.
A XIV Conferência escreve desta forma, mais uma página do futuro do nosso
estado e a Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo ciente da
relevância do seu papel na implantação e condução das políticas públicas,
assumiu o compromisso de discutir e incorporar as deliberações tiradas
desta Conferência, tornando assim, o Estado de São Paulo cada vez mais
Amigo da Pessoa Idosa.
Ademais, a XIV Conferência Estadual foi marcada por seu caráter
2
democrático e deliberativo, onde estiveram presentes 248 delegadas e
delegados eleitos nas Conferências Municipais, além dos membros do
Conselho Estadual do Idoso, convidados e observadores, totalizando 318
pessoas.
Os presentes Anais contemplam as principais informações sobre a XIV
Conferência Estadual do Idoso e as contribuições resultantes de esforços e
reflexões coletivas sobre o presente.
3
PROCESSO DE REALIZAÇÃO E PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS
O Conselho Estadual do Idoso de São Paulo, com o objetivo de organizar e
preparar a XIV Conferência Estadual do Idoso e ainda, orientar e mobilizar os
municípios paulistas nas Conferências Municipais promoveu em parceria com a
Diretoria Regional de Desenvolvimento e Assistência Social - DRADS entre os
meses de abril e maio de 2015, 07 (sete) reuniões em 06 (seis) macrorregiões, a
saber:
DIVISÃO DAS MACRORREGIÕES1
MACRO I Campinas, Mogiana, Piracicaba, Sorocaba
MACRO II Alta Sorocabana, Alta Noroeste, Alta Paulista,
Fernandópolis, São José do Rio Preto
MACRO III Araraquara, Barretos, Franca Ribeirão Preto
MACRO IV Bauru, Itapeva, Marília, Avaré, Botucatu
MACRO V Baixada Santista, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira
MACRO VI GSP Norte, GSP Leste, GSP Oeste, GSP ABC, São
Paulo
O público alvo destas reuniões foi os Gestores municipais, os funcionários das
DRADS e os Conselheiros Municipais, além de grupos da sociedade civil. E a
participação ficou em torno de 960 pessoas, somando todas as reuniões; o que
reflete a capacidade de divulgação e articulação das DRADS.
As reuniões foram estruturadas para discussões em torno do tema da Conferência
deste ano, e para tanto a metodologia utilizada foi a apresentação do vídeo:
“Envelhecimento Ativo” produzido pelo Projeto Ações Preventivas na Escola –
APE, que desenvolve o eixo saúde no Programa Escola da Família da Secretaria
de Estado da Educação, seguida de Palestra: “Protagonismo e Empoderamento
da Pessoa Idosa – por um Brasil de todas as idades e eixos temáticos, proferida
pela Conselheira Suplente Elaine Moura.
Após isto houve as orientações gerais para realização e mobilização da XIV
Conferência Estadual do Idoso.
Todas estas reuniões contaram com material de apoio. Foram distribuídos aos
participantes os seguintes materiais impressos:
• Manual de orientações sobre a Conferência, produzido pela Secretaria de
Desenvolvimento Social – SEDS e elaborado pelas Conselheiras Márcia Cristina
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Volpati e Elaine Moura.
• Deliberação nº 005/2015, retificada em 22/04/2015, que dispõe sobre as
orientações e mobilização para a realização das Conferências Municipais e
Estadual do Idoso.
• Outros materiais disponibilizados pelos convidados e participantes, conforme
cada região.
CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS
Contabilizou-se 321 Conferências Municipais realizadas no Estado de São Paulo.
Este número representa 49,77% dos municípios do Estado. Dos municípios que
disponibilizaram informação sobre o número de participantes, computou-se
aproximadamente 29.000 pessoas.
Deste total de 299 Conferências, 19 (dezenove) Municípios, apesar de realizarem
Conferência no prazo, não a organizaram sob os eixos temáticos, fazendo uma
discussão geral em cima dos problemas apontados pela população, trabalhadores,
e outros participantes. Porém, conseguiram, mesmo assim, enviar propostas para
a Conferência Estadual.
Além disto, 09 (nove) municípios enviaram seus relatórios fora do prazo
estipulado, apesar de contar com um total de 385 participantes, não conseguiram
enviar as propostas em tempo hábil para serem sistematizadas.
E, um total de 13 (treze) Municípios realizaram Conferência, mas não enviaram
propostas em seus relatórios.
Estes números demonstram o quanto de trabalho ainda há para ser realizado,
tanto no que diz respeito à sensibilização ao tema como à capacitação nos
munícipes para uma participação efetiva na consolidação dos Direitos da Pessoa
Idosa.
PROCESSO DE REALIZAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO
A XIV Conferência Estadual do Idoso, coerentes com as orientações emanadas do
Conselho Estadual do Idoso – CEI adotou como Tema Central: “Protagonismo e
Emponderamento da Pessoa Idosa: Por um Brasil de Todas as Idades.
Com o objetivo de aprofundar os temas propostos nos quatro eixos a partir do
tema central da Conferência “O Protagonismo e o Empoderamento da Pessoa
Idosa – Por um Brasil de todas as idades” a metodologia utilizada considerou que
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os participantes devessem ser instrumentalizados e orientados por coordenadores
e facilitadores especialistas em políticas públicas na área do envelhecimento.
Os eixos trabalhados foram:
I. Gestão (programas, projetos e ações)
II. Financiamento (Fundo do Idoso e Orçamento Público)
III. Participação (Política e controle social)
IV. Sistema de Direitos Humanos
Tendo caráter deliberativo, os grupos contaram com a participação de,
aproximadamente, 250 delegados eleitos, bem como 19 delegados natos e 10
observadores e convidados, representando o poder público e a sociedade civil. Os
grupos se organizaram para a votação das propostas sistematizadas, advindas
das 299 Conferências Municipais, que reuniram 4.000 propostas. Estas, após a
realização da sistematização, constituíram 184 deliberações.
As propostas aprovadas nos grupos foram 10 para o nível estadual e 10
para o nível federal, encaminhadas para votação na Plenária.
Metodologia de Trabalho
Os grupos foram compostos por um mínimo de 46 e o máximo de 80 pessoas em
cada eixo.
Cada grupo de trabalho contou com a participação de:
- 01 Coordenador Especialista
- 01 Facilitador Especialista
- 01 Relator
Caracterização dos grupos de trabalho
Eixos Temáticos Nº
Participantes Nº
Propostas Coordenador Facilitador Relator
Gestão: Programas, projetos
e ações 80 60 Zally Queiroz
Marisa Aciolly
Michael
Cerqueira
Financiamento: Fundo do Idoso
e Orçamento Público 64 37 Gioia T. Tosi
Adriana de
R. de
Almeida
Prado
Beatriz
Kipnis
Participação: Política e
Controle Social 58 43
Sandra
Rabello de
Frias
Maria Cristina
P. Biz Rafael Leite
Sistema de Direitos Humanos 46 44 José Carlos
Ferrigno
Hermínia
Brandão
Victória
Chermont
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Dinâmica dos Trabalhos
As reuniões dos grupos ocorreram durante todo o dia 29 de setembro, sendo que
no período da manhã o grupo iniciou com uma palestra do coordenador sobre o
tema, seguida da apresentação, também pelo coordenador da metodologia a ser
seguida para o trabalho do grupo. Após os esclarecimentos, houve a subdivisão
em 5 grupos para debaterem as propostas do eixo. Esta estratégia foi escolhida
com o propósito de estimular a participação de todos, uma vez que o
protagonismo foi o tema central da Conferência e isto inclui saber ouvir, respeitar
as diferenças, ser solidário e compreensivo com o semelhante. A divisão foi feita a
priori pela comissão organizadora.
Os cinco subgrupos de cada eixo discutiram as propostas utilizando o material de
apoio (documentos norteadores) e com o apoio do coordenador e facilitador,
elencaram as deliberações prioritárias para a política pública do idoso.
Isto posto, as prioridades elencadas em cada subgrupo foram colocadas em
discussão para que se chegasse no resultado final de 10 deliberações a serem
encaminhadas à Plenária Geral.
Informações Gerais e Resultados Obtidos Foram priorizadas 80 propostas nos quatro Eixos Temáticos da Conferência (em
âmbito estadual e da União).
As propostas foram apresentadas na plenária final. Após os apontamentos de
destaques e possíveis alterações a votação final foi feita de forma eletrônica e
resultou em 05 propostas do âmbito Estadual e 05 propostas em âmbito da União,
em cada Eixo Temático.
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REGIMENTO INTERNO XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO - 2015
Aprovado em Plenária em 28/09/2015
CAPÍTULO I DA SEDE, DURAÇÃO E DO TEMA
Art. 1º. A XIV Conferência Estadual do Idoso será realizada nos dias 28, 29 e 30
de setembro de 2015, na cidade de Águas de Lindóia/SP.
Parágrafo Único: O presente regimento é um instrumento que estabelece normas
de organização e funcionamento da XIV Conferência Estadual do Idoso.
Art. 2º. A XIV Conferência Estadual do Idoso, oficializada pelo Governo do Estado
de São Paulo, através do Decreto nº 61.468 de 02 de setembro de 2015 e
normatizada pela Deliberação CEI/SP nº 008 de 03 de setembro de 2015, terá
como tema “PROTAGONISMO E EMPODERAMENTO DA PESSOA IDOSA –
POR UM BRASIL DE TODAS AS IDADES”.
Art. 3º. A XIV Conferência Estadual do Idoso de São Paulo estará organizada em
quatro eixos temáticos, a saber:
I - Gestão (programas, projetos e ações);
II - Financiamento (Fundo do Idoso e orçamento público);
III – Participação (Política e Controle Social);
IV - Sistema Nacional de Direitos Humanos (violência contra o idoso).
CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS
Art. 4º. São objetivos desta Conferência:
I. Fortalecer a relação entre o governo e a sociedade civil para uma maior
efetividade na formulação, execução e controle da política para pessoas idosas;
II. Identificar, socializar os avanços e desafios obtidos na implementação das
políticas públicas priorizadas na III Conferência Nacional e na XIII Conferência
Estadual do Idoso.
III. Discutir e avaliar a implementação, os avanços e desafios da Política Nacional
do Idoso nas esferas de governo federal, estadual e municipal;
IV. Debater os temas relevantes para o campo do envelhecimento, assim como os
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avanços e desafios da Política Nacional do Idoso, na perspectiva da consecução
dos objetivos do Estatuto do Idoso;
V. Firmar o compromisso dos diversos setores da sociedade e do governo com o
atendimento, a defesa e a garantia dos direitos da pessoa idosa, indicando
prioridades de atuação para os órgãos governamentais, nas três esferas de
governo;
VI. Promover, qualificar e garantir a participação de idosos na formulação e no
controle das políticas públicas;
VII. Mobilizar a população do Estado, em especial o cidadão idoso, para a
conquista do direito ao envelhecimento digno;
VIII. Deliberar as prioridades sobre cada eixo temático, apontando estratégias e
competências de cada nível de governo.
IX. Eleger 108 (cento e oito) delegados para a IV Conferência
Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO DA CONFERÊNCIA Art. 5º. Os participantes da XIV Conferência Estadual do Idoso são
representantes da sociedade civil e do poder público, eleitos nas Conferências
Municipais, respeitando-se a proporcionalidade da população idosa em cada uma
das Regiões DRADS – Diretoria Regional Assistência e Desenvolvimento Social,
conforme Deliberação CEI/SP nº005/2015.
Art. 6º. A composição dos participantes na XIV Conferência Estadual do Idoso
fica assim estabelecida:
I. 26 (vinte e seis) Conselheiros Titulares do Conselho Estadual do Idoso
(CEI/SP), como delegados natos;
II. 334 (trezentos e trinta e quatro) delegados (as) eleitos(as) nas diversas
Conferências Municipais, respeitando-se a proporcionalidade. (Vide Deliberação
nº 005/2015 de 12 de fevereiro de 2015, alterada em 22/04/2015);
III. 03 (três) funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social – SEDS, para
apoio técnico;
IV. 05 (cinco) palestrantes;
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V. Convidados e observadores. §1º. Os representantes citados no caput, considerados delegados municipais,
poderão candidatar-se como Delegados à IV Conferência Nacional dos Direitos
da Pessoa Idosa, de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento da
Conferência.
§2º. Todos os Delegados participantes desta Conferência têm direito a voz e
voto, podendo manifestar-se oralmente ou por escrito durante o período dos
debates, por meio de comentários ou perguntas pertinentes ao tema, limitado a
03 (três) intervenções por participante.
Art. 7º. A XIV Conferência Estadual do Idoso tem a participação de convidados e
observadores escolhidos dentre representantes que atuam na área da política do
envelhecimento humano ou na defesa dos direitos dos idosos.
Parágrafo único – Os convidados e observadores têm o direito somente a voz
nos grupos de trabalhos e na plenária.
CAPÍTULO IV DO CREDENCIAMENTO
Art. 8º. O credenciamento ocorrerá mediante apresentação de documento de
identidade com foto a partir das 16h do dia 27/09 e das 08h até 13h do dia 28 de
setembro de 2015, no hall de entrada do Vacance Hotel em Águas de Lindóia.
§ 1º. No caso de substituição do Delegado, o suplente será credenciado
mediante documento emitido pela Comissão de Organização Municipal.
§ 2º. O substituto não será aceito no credenciamento sem a devida
documentação.
§ 3º. O credenciamento será feito por funcionários contratados, destacando a
ordem alfabética, sendo supervisionado pela Comissão de Organização da XIV
Conferência Estadual.
Art. 9º. O crachá de delegado é o instrumento que dá direito ao equipamento de
votação eletrônica na Conferência e não poderá ser utilizado por outra pessoa
que não seu titular.
10
Parágrafo único: Em caso de perda do crachá, o mesmo não poderá ser
substituído.
Art. 10. O credenciamento dos convidados e observadores será realizado no
período previsto no artigo 8º deste Regimento.
CAPÍTULO V DA ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
Art. 11. Os trabalhos da XIV Conferência Estadual do Idoso têm início após
apreciação e aprovação deste Regimento Interno.
Art. 12. A XIV Conferência Estadual do Idoso realizar-se-á de acordo com o
regulamento elaborado pela Comissão Organizadora da Conferência,
constituindo-se parte integrante deste Regimento.
Art. 13. A Comissão Organizadora da Conferência atenderá as normas definidas
pelo CNDI e as próprias do CEI/SP, na realização da XIV Conferência Estadual
do Idoso.
Art. 14. A XIV Conferência Estadual do Idoso está organizada em quatro eixos,
como seguem:
I – Gestão (Programas, projetos e ações);
II – Financiamento (Fundo do Idoso e Orçamento Público);
III – Participação (política e controle social);
IV – Sistema Nacional de Direitos Humanos (violência contra o idoso).
Art. 15. A XIV Conferência Estadual do Idoso terá a seguinte estrutura e
organização:
I. Solenidade de Abertura;
II. Palestra Magna sobre o tema central; III. Apresentação da síntese das prioridades apontadas pelos municípios;
IV. Eixos/ Grupos Temáticos de Trabalho V. Eleição de Delegados para a IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa
11
Idosa
VI. Plenária Final. Parágrafo Único: Os Grupos temáticos de trabalho apresentarão e discutirão as
deliberações priorizadas e aprovadas nas Conferências Municipais para a
Estadual.
Art. 16. A XIV Conferência Estadual do Idoso será dirigida por 01 (uma) mesa
diretora constituída e presidida por membros indicados pela Comissão de
Organização Estadual.
Art. 17. À Presidência da mesa caberá conduzir as sessões, cumprir e fazer
cumprir o Regimento Interno, adotar as medidas atinentes ao bom
desenvolvimento dos trabalhos e resolver as questões de ordem, apurar as
votações e proclamar os resultados consultando a mesa diretora.
§ 1º. A Presidência não poderá discutir ou interferir no conteúdo do debate a não
ser para esclarecimentos sem interromper quem estiver no correto uso da palavra
dentro das normas regimentais.
§ 2º. Quando quem presidir desejar discutir qualquer assunto deverá antes
passar a Presidência da sessão ao seu substituto legal.
§ 3º. A Presidência dará por encerrada a intervenção do participante que exceder
o tempo determinado ou que se referir a matéria alheia à sessão ou que
prejudique seu bom andamento.
CAPÍTULO VI DOS GRUPOS DE TRABALHO
Art. 18. Os Grupos de Trabalho são instâncias de debate e votação das
propostas provenientes das Conferências Municipais, consolidadas segundo
cada eixo, e terão em sua composição delegados, convidados e observadores,
conforme distribuição prévia, realizada pela Comissão Organizadora da
Conferência, entre os segmentos da sociedade civil e do setor público.
Art. 19. Os coordenadores, facilitadores e relatores de cada eixo de trabalho
serão profissionais da assessoria especializada que conduzirão as discussões e
a sistematização das propostas, supervisionados pela Comissão Organizadora
12
da XIV Conferência Estadual.
Art. 20. A dinâmica adotada para os grupos de trabalhos será a descrita na
metodologia.
Art. 21. A Mesa Coordenadora de cada grupo de trabalho será constituída pelo
coordenador, o facilitador, um membro do Conselho Estadual do Idoso e o
relator.
Art. 22. A Coordenação do eixo terá a função de conduzir as discussões do
grupo de Trabalho, avaliar o processo de verificação de quórum, controlar o
tempo e organizar a participação dos delegados.
Art. 23. Os delegados e convidados poderão manifestar-se em relação ao tema
do eixo, por escrito ou verbalmente, durante o período do debate, garantindo-se a
ampla oportunidade de participação.
§ 1º - Os observadores e convidados terão direito somente a voz. § 2º - O tempo máximo para cada manifestação será de 2 (dois) minutos.
§ 3º - Haverá prioridade para manifestação de participantes inscritos pela
primeira vez.
Art. 24. O quórum mínimo para qualificação da votação das propostas/diretrizes
deve ser de 50% (cinquenta por cento) mais 1 (um) dos delegados presentes, por
eixo;
Art. 25. Os grupos de trabalho devem deliberar prioridades por eixo, destacando
até 10 (dez) diretrizes para a instância estadual e até 10(dez) diretrizes para a
instância federal, para serem colocadas em votação na Plenária Final, na
conformidade do Regulamento e Deliberação do Conselho Nacional dos Direitos
do Idoso – CNDI.
CAPÍTULO VII DA PLENÁRIA FINAL
Art. 26. A Plenária da XIV Conferência Estadual do Idoso será constituída pelos participantes credenciados e será coordenada por membros indicados pela Comissão Organizadora. Art. 27. A Plenária terá a competência de discutir, aprovar ou rejeitar, em parte
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ou na totalidade, as propostas dos grupos de trabalho.
§ 1º. A manifestação ou intervenção dos membros da plenária ocorrerá após lida
cada proposta, mediante inscrição na mesa coordenadora.
§ 2º. A aprovação das propostas será por maioria simples, por meio eletrônico ou
por contagem dos crachás.
§ 3º. Cada delegado terá direito a um voto. Art. 28. A leitura das propostas acontecerá por eixos específicos, sendo que a
plenária poderá apresentar destaques durante a leitura, observando o §2º do
artigo 6º.
§ 1º. Não será permitida em plenária a apresentação de propostas não discutidas
e aprovadas nos grupos de trabalho.
§ 2º. Os destaques poderão contar com até 04 (quatro) delegados, sendo (02)
dois para defesa e (02) dois para encaminhamento em contrário, permitindo-se a
cada um até (02) dois minutos para a manifestação.
Art. 29. Os delegados que apresentarem destaques deverão encaminhar as
propostas para a mesa após a leitura, antes do início da votação.
§ 1º. Os destaques deverão ser apresentados por escrito, em formulário próprio,
para a mesa de apoio.
Art. 30. A Coordenação do eixo conduzirá a mesa de apoio para receber os
destaques durante a discussão das propostas do Grupo de Trabalho.
Art. 31. Após a leitura, a votação dos destaques será encaminhada da seguinte
maneira:
I. A mesa coordenadora comunica o número de delegados que compõe os
percentuais mínimos para as votações, segundo a lista de delegados do Grupo
de Trabalho.
II. Haverá a projeção no telão das propostas com os respectivos destaques;
III. Os integrantes da mesa de coordenação farão a leitura da primeira proposta
do Grupo de Trabalho, apresentam os destaques, encaminham a discussão para
14
verificar se o grupo está esclarecido para a votação e prosseguem para a
segunda proposta, e assim sucessivamente;
IV. As votações de “Destaque” serão avaliadas pela plenária e colocadas para
serem votadas (votação com uso de crachás). A votação final da proposta será
feita de forma eletrônica e deve haver pessoas disponíveis para tirar dúvidas dos
delegados sobre o uso dos keypads. Caso ocorra empate entre propostas
priorizadas, cabe à plenária votar e realizar o desempate. Esta votação de
desempate deverá ser feita por meio eletrônico.
V. Não serão discutidos novos destaques para os itens aprovados;
VI. Quando o grupo não estiver esclarecido, a mesa concederá a palavra ao
delegado que se apresentar para defender o destaque e ao delegado que se
apresentar para defender posição original da proposta, cabendo para cada
intervenção 02 (dois) minutos;
VII. Será permitida uma segunda defesa, a favor e contra, se o Grupo não se
sentir devidamente esclarecido para a votação;
VIII. A votação será realizada na seguinte ordem: a proposta do relatório
consolidado do Grupo de Trabalho e o(s) destaque(s).
IX. Não será permitido o levantamento de questões após a votação do destaque.
X. Em regime de votação não será permitida questão de ordem. Art. 32. As propostas que não receberem destaque durante a leitura serão
consideradas aprovadas.
Art. 33. O encaminhamento das Diretrizes Prioritárias, conforme orientação do
Conselho Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI, dar-se-á nesta conformidade:
I. Até 05 (cinco) Diretrizes Prioritárias, por eixo, de âmbito estadual, para o
Governo do Estado;
II. Até 05 (cinco) Diretrizes Prioritárias, por eixo, de âmbito nacional, para a IV
Conferência Nacional do Idoso;
III. 2 (duas) experiências exitosas do Estado, à escolha da Comissão
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Organizadora da XIV Conferência Estadual do Idoso, após consultas aos
Conselhos Municipais do Idoso pelo site do CEI/SP.
Art. 34. A mesa coordenadora do Grupo de Trabalho avaliará e poderá assegurar
o direito de pedido de “questão de ordem” aos delegados, quando dispositivos
deste Regimento não estiverem sendo observados.
Art. 35. As propostas de encaminhamento somente serão acatadas pela mesa
coordenadora quando se referirem às propostas em debate, com vistas à
votação, e que não estejam previstas neste Regimento.
Art. 36. Quando a proposta obtiver mais de 50% (cinquenta por cento) mais 1
(um) dos votos dos presentes nos Grupos de Trabalho será considerada
aprovada e levada para conhecimento da Plenária
CAPÍTULO VIII DOS DELEGADOS PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL
Art. 37. A delegação do Estado de São Paulo, por decisão do CNDI, será
constituída de 134 (cento e trinta e quatro) delegados, sendo 115 (cento e
quinze) eleitos na XIV Conferência Estadual do Idoso e seus respectivos
suplentes, calculados na proporção da população idosa, respeitando as 26 (vinte
e seis) Regiões Administrativas – DRADS, e os 19 (dezenove) Conselheiros
Titulares do CEI/SP presentes na XIV Conferência Estadual do Idoso como
delegados natos, conforme quadro abaixo:
26 DRADS DELEGADOS
Alta Noroeste em Araçatuba 2
Alta Paulista em Dracena 1
Alta Sorocabana em Presidente Prudente 2
Araraquara 2
Avaré 1
Baixada Santista em Santos 6
Barretos 1
Bauru 3
Botucatu 1
Campinas 12
16
Capital em São Paulo 31
Fernandópolis 2
Franca 2
Grande São Paulo ABC em Santo André 7
Grande São Paulo Leste em Mogi das Cruzes 3
Grande Norte São Paulo em Guarulhos 3
Grande São Paulo Oeste em Osasco 6
Itapeva 1
Marília 2
Mogiana em São João da Boa Vista 2
Piracicaba 4
Ribeirão Preto 3
São José do Rio Preto 4
Sorocaba 6
Vale do Paraíba em São José dos Campos 7
Vale do Ribeira em Registro 1
TOTAL 115
Art. 38. Os delegados participantes da XIV Conferência Estadual do Idoso com
direito a candidatar-se como delegados à IV Conferência Nacional dos Direitos
da Pessoa Idosa devem corresponder às representações estabelecidas no
regulamento da Conferência, conforme Deliberação nº 008 de 03 de setembro
de 2015 publicada no DOE de 4 de setembro de 2015, estabelecendo 60% das
vagas para a sociedade civil e 40% para o poder público.
Art. 39. Somente poderão candidatar-se delegados presentes na Conferência
Estadual e eleitos nas Conferências Municipais.
§ 1º. A escolha dos Delegados, representantes da delegação do Estado de São
Paulo, para a IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, será
definida por maioria simples e realizada mediante contagem eletrônica ou por
apresentação dos crachás.
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§ 2º. Os suplentes somente participarão da IV Conferência Nacional dos Direitos
da Pessoa Idosa em caso de ausência dos delegados eleitos, mediante
justificativa devidamente apresentada e ratificada pela Comissão Organizadora
da Conferência Estadual até 15 (quinze) dias antes da realização da IV
Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.
Art. 40. A votação para a escolha dos delegados ocorrerá da seguinte forma:
Os delegados se reunirão por DRADS em grupos identificados por placas na I
plenária geral, e nos espaços disponíveis do lado de fora da plenária, para que
não se perca muito tempo no deslocamento. A mesa coordenadora irá
descrever na plenária onde cada DRADS deverá se reunir, conforme orientação
da equipe. Membros da comissão organizadora e dos grupos de trabalho
acompanham e registram a escolha feita pelos delegados.
II.Cada participante pode votar em até 2 pessoas.
III.O participante pode votar em si mesmo.
IV. Caso o participante vote na mesma pessoa duas vezes, será contabilizado
apenas um voto.
V. O participante vota apenas nos candidatos da DRADS de origem.
VI. A votação será por maioria simples e o segundo mais votado será o suplente.
VII. Será elaborada lista de delegados eleitos e suplentes que será lida na
Plenária Final.
VIII. Os delegados eleitos deverão ser referenciados pela Plenária Final.
CAPÍTULO IX DAS MOÇÕES
Art. 41. Os (as) delegados (as) poderão apresentar moções que contenham, no mínimo, 50 (cinquenta) assinaturas, com nomes legíveis dos participantes, redigidas em formulário próprio elaborado pela Comissão Organizadora da Conferência e encaminhadas à Mesa Diretora até, impreterivelmente, às 18h do dia 29 de setembro de 2015. § 1º. Os formulários que não estiverem devidamente preenchidos implicarão na
desconsideração da moção formulada.
§ 2º. Considerar-se-ão irregulares as moções que não contiverem o número
mínimo de assinaturas previstas no caput ou que não apresentarem, em todas
suas folhas, a descrição na íntegra do conteúdo da moção, impreterivelmente até
às 18 horas do dia 29 de setembro de 2015.
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§ 3º. A aprovação das moções será por maioria simples, por meio eletrônico ou
crachás.
CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 42. O presente regimento elaborado pela Comissão Organizadora da Conferência, apreciado e deliberado pelo Conselho Estadual do Idoso deve ser aprovado em Plenária na XIV Conferência Estadual do Idoso. Art. 43. Será divulgado pela Comissão Organizadora, após o término do
credenciamento, o número de delegados.
Art. 44. Serão conferidos certificados de participação na XIV Conferência
Estadual do Idoso aos delegados, aos integrantes da Comissão Organizadora ou
Grupo de Trabalho, aos convidados, aos observadores e aos relatores,
especificando a condição da participação na Conferência.
Art. 45. Os casos não previstos neste Regimento Interno serão resolvidos pela
Comissão Organizadora da XIV Conferência Estadual do Idoso.
Art. 46. O presente Regimento entrará em vigor após aprovação da Plenária da
XIV Conferência Estadual.
São Paulo, Setembro de 2015
Comissão Organizadora da XIV Conferência Estadual do Idoso.
Henrique Rubens Jerozolimski Presidente do CEI/SP
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ABERTURA DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO
Águas de Lindóia, 28 de setembro de 2015
CERIMONIALISTA: Ouviremos agora as palavras do Sr. Henrique Jerozolimski,
presidente do Conselho Estadual do Idoso.
AUTORIDADE – Henrique Rubens Jerozolimski
Mais uma vez bom dia a todos. Inicialmente eu quero agradecer a presença do Sr.
Secretário Floriano Pesaro; agradecer a presença do Sr. Prefeito Toninho
Nogueira; da Nicole presidente do CONSEAS e do Sr. Vitor presidente do
Conselho da Criança Estadual; a Claudia Fló, nossa conselheira representando o
secretário do gabinete. Agradecer os dois palestrantes que estiveram aqui
ilustrando a nossa conferência, Sr. Fabio Ribas e Sr. Carlos Uehara, espero que
vocês tenham aproveitado muito bem as palavras deles. Agradecer a presença do
Sr. Rogerio Hamam, ex-secretário do estado de desenvolvimento social e hoje
secretário nacional do futebol. Agradecer ao Pierre que é secretário municipal de
desenvolvimento social aqui de Águas de Lindóia. Agradecer também a presença
da Juraci nossa ex-conselheira de Mogi das Cruzes. Agradecer a presença e o
apoio das duas equipes técnicas que estão ajudando no desenvolvimento dessa
Conferência, a presença do Sr. Alípio da Europatur e da Daniele da Una Marketing
de Eventos. Agradecer também o apoio que nós tivemos da Rita Dalmasio e a
presença das representantes das diretorias regionais de assistência social. E
agradecer a todos os presentes aqui, conselheiros municipais, presidentes de
conselhos municipais, e representantes de secretarias municipais.
Eu estou com três folhas, mas não são as três não que eu vou ler. O Vitor está
rindo porque ele acordou agora, mas ele já tomou café, tá tranquilo, né?
Estamos iniciando mais uma Conferência Estadual do Idoso, e a 14ª no Estado de
São Paulo. Já se passaram 4 anos desde a realização da última, ocorrida em
2011, e apesar dos avanços que o Estado de São Paulo tem dado no
fortalecimento das garantias e bem estar da população idosa, muitas das
propostas registradas nos anais da última conferencia ainda não foram
devidamente atendidas. Sabemos do rápido crescimento da população idosa
registrado nos últimos anos em todo o mundo, especialmente nos países em
desenvolvimento como o Brasil, e dos desafios que temos pela frente com o
atendimento das demandas que esta população nos apresenta. Estes desafios
não são exclusivos do poder público, como a constituição e o próprio estatuto do
idoso determinam, são também da sociedade e da família. Equacionar o papel
que cada um tem neste contexto é tarefa de todos e devemos exercitar
continuamente.
20
Foi na constituição de 1988 que pela primeira vez enfatizaram-se as garantias dos
idosos. Não devemos confundir garantias de direitos com privilégios, queremos
apenas ser tratados com respeito e dignidade, assim como devemos no mesmo
modo tratar os demais.
O Estatuto do idoso criado pela Lei 10.741/2003 é um marco na garantia dos
direitos das pessoas com mais de 60 anos. Ainda que em seus 12 anos de
vigência necessite de ajustes e acréscimos que vão surgindo no decorrer do
tempo, o estatuto é o documento mais importante no amparo ao idoso, e em
temos como responsabilidade conhecer, cumprir e fazer cumprir, como bem
anotou a professora Pérola Nelicia Braga: "Quando se trata do idoso, o direito à
vida engloba não apenas longevidade, mas ao envelhecimento com dignidade,
respeito, proteção e inserção social. No que se refere ao direito à liberdade deve
ser ele propiciado ao idoso por meio de providências reais por parte do Estado e
da sociedade".
O que mais me incomoda são o preconceito e as dificuldades advindas dele para
continuarmos como parte da sociedade. A invisibilidade é um golpe que nos atinge
no fundo do nosso coração. Envelhecer é um privilégio negado a muitos, e nem
por isso quem atinge essa etapa da vida é um anjo, defeitos e virtudes são
comuns a todos os seres humanos.
Nestes dias de conferência contamos com a participação de todos para
elencarmos as dificuldades que os idosos enfrentam e sugerimos formas de
enfrentamento a essas dificuldades. Cerca de 92% dos municípios de São Paulo
com conselho municipal ativo aderiram a proposta e realizaram as suas
conferências, e boa parte pela sua primeira vez.
O tema protagonismo e empoderamento da pessoa idosa - por um Brasil de todas
as idades, é o ponto de partida de reflexão para uma efetiva participação nas
definições das políticas públicas. A conferência inicia-se agora para terminar daqui
a três dias, mas o acompanhamento de seus resultados será ato contínuo desse
Conselho, pois somente assim o idoso estará visível para a sociedade e para o
poder público.
Eu agradeço mais uma vez e quero registrar aqui o agradecimento aos
funcionários do conselho estadual do idoso, o João e a Viviane, que muito tem nos
ajudado nessa luta.Uma boa conferência a todos e muito obrigado.
CERIMONIALISTA: Antes de mais nada, eu quero comunicar que nós vamos
fazer uma pequena inversão na programação por necessidade de compromisso
que o secretário está participando agora cedo; e, a posse é uma formação muito
importante para nós do Conselho Estadual. O Conselho Municipal de Águas de
Lindóia está tomando posse agora pela manhã, e o Conselho Municipal convidou
o Secretário Floriano para participar dessa posse. Após, o Conselho Municipal virá
aqui participar com a gente da Conferência e nós faremos uma posse simbólica
com muito orgulho do Conselho Municipal de Águas de Lindóia.
21
Em virtude disso, nós resolvemos para não atrasar os trabalhos, nós vamos
inverter a programação da manhã. Primeiro faremos a apresentação da fanfarra
da terceira idade da cidade de Sumaré, depois nós faremos a apresentação das
duas palestras técnicas com o Professor Flavio Ribas e com o Doutor Carlos
Uehara, e após as palestras então nós teremos a montagem da mesa oficial, com
a abertura oficial desta Conferência.
A fanfarra da terceira idade de Sumaré é patrocinada pela Prefeitura de Sumaré
através da Secretaria de Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social por meio
do Centro de Convivência da Terceira Idade criou do projeto área cultural voltada
a musicalização a fanfarra da terceira idade. Essa fanfarra existe na cidade de
Sumaré desde 2007 e segundo consta é a primeira e única fanfarra do Brasil.
Eu gostaria que vocês dessem uma salva de palmas ao maestro, à fanfarra e
vamos assistir à apresentação deles.
APRESENTAÇÃO DA FANFARRA
MAESTRO: Muitíssimo obrigado pelas palmas é um prazer enorme estar aqui
nesse momento tão lindo acontecendo no nosso Estado, no nosso país mais uma
vez a nossa melhor idade dando seu exemplo, a sua força, a sua sensibilidade,
sua dignidade. Parabéns a vocês por esse evento e obrigado mais uma vez
por estar aqui, e aqui eu digo para vocês que esta música, é uma música do
folclore italiano, é um desafio para qualquer fanfarra, e esta fanfarra com todo o
treinamento que nós temos toca com toda atenção que esta parada pede, as
tarantelas napolitanas e italianas para o deleite de vocês. Obrigado.
CONTINUIDADE DA APRESENTAÇÃO DA FANFARRA
CERIMONIALISTA: A fanfarra é constituída por 40 integrantes sendo regida pelo
Maestro Branco Bonano e pelo assistente Mario César do Amaral.
Caros e caras participantes, convidados, convidadas, sejam bem vindos a XVI
Conferência Estadual do Idoso, essa Conferência é organizada pelo Conselho
Estadual do Idoso do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria de
Desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Teremos agora a palestra magna com o Doutor Fábio Ribas, consultor e
pesquisador em políticas e programas voltados aos direitos da pessoa idosa,
diretor executivo da PRATTEIN, Educação e Desenvolvimento Social, organização
que assessora projeto de diagnóstico e planejamento de políticas na área de
envelhecimento envolvendo Conselhos de Direitos do idoso, governos municipais,
organizações de sociedade civil e empresas. É autor das seguintes publicações:
“Conhecer para transformar – guia para diagnóstico e formação política municipal
de garantia dos direitos da pessoa idosa”, “Manual do fundo dos direitos do idoso”.
Uma salva de palmas ao palestrante dessa manha Doutor Fabio Ribas.
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PALESTRA MAGNA: “PROTAGONISMO E EMPONDERAMENTO DA PESSOA IDOSA – POR UM
BRASIL DE TODAS AS IDADES”
Águas de Lindóia, 28 de Setembro de 2015
PALESTRANTE: Fábio Ribas
Bom dia a todos. Com muito animo estamos todos aqui para começar a conversar
e a pensar um pouco sobre as políticas para o envelhecimento. Eu quero, antes
de mais nada, agradecer ao Henrique e a todos os membros do Conselho pelo
convite.É um momento em que a gente pode compartilhar e trazer um pouquinho
da experiência. Espero que seja para vocês de valor o que eu posso trazer. Eu sei
que aqui estamos com representantes dos Conselhos Municipais do Idoso e o
tema da Conferência que é o protagonismo da pessoa idosa eu acho que uma boa
forma da gente começar falar sobre isso é falando sobre os Conselhos do Idoso
porque participar dos Conselhos, a existência deles, talvez seja uma das mais
importantes formas de protagonismo da população idosa, na maioria dos
Conselhos as pessoas idosas estão presentes, não apenas elas, mas estão
presentes.
Então, pensando no tema da nossa Conferência que é o protagonismo e
empoderamento, eu acho difícil falar disso sem a gente discutir o ponto de vista
político, com o P maiúsculo, o que é o papel do Conselho do Idoso, para que ele
existe, a importância dele, não apenas de ir para as políticas para o
envelhecimento, mas para o próprio fortalecimento da democracia no Brasil.
Então eu queria dizer para vocês isso, a minha fala vai tentar pegar 3 grandes
itens: democracia, conselhos, e aí chegando ao fundo do idoso, tentar fazer um
resumo, uma síntese como essas coisas estão entrelaçadas.
Então ali está o papel dos Conselhos Municipais, e eu estou focalizando os
municipais porque vocês são de municípios, eu acho que no Brasil é muito
importante a gente pensar na qualificação da política no plano dos municípios.
Então o papel dos Conselhos Municipais: proposição no controle das políticas
públicas e na gestão dos fundos do idoso. Vamos ver como é que essas coisas
estão entrelaçadas.
Nós vamos começar a pensar um pouco então de forma mais ampla, na própria
idéia da democracia, e é um momento muito importante para a gente pensar
nisso, eu creio que talvez eu não precise nem justificar porque nós vivemos numa
crise sem precedentes no Brasil, política e econômica, então a questão da
democracia está no centro do debate dessa discussão. Por isso eu quero começar
a conversa justamente falando um pouquinho sobre o conceito de democracia. Já
tentei explicar um pouco porque eu optei por este início, Conselhos são
23
mecanismos de democracia participativa.
Então retomando um pouco o conceito de democracia: democracia é um sistema
de governo orientado pelo bem comum. Muitas pessoas falam que ela tem muitos
defeitos, muitas dificuldades, mas ainda não se inventou um sistema melhor de
governo, o contrário disso seria o totalitarismo ou a ditadura, que muitos de nós
acompanhamos seguramente a transição da ditadura para uma democracia que
vem tentando se firmar, então, acho que não precisamos discutir, porque a
democracia é um valor.
Mas a democracia é um sistema orientado por um bem comum onde a população
escolhe quem vai tomar as decisões, isso é chamada democracia representativa.
Nós elegemos os governantes, os legisladores, que vão tomar decisões em nosso
nome, tanto discutindo questões públicas, de interesse público, como de forma
transparente. Muita gente fala que democracia é um sistema de governo orientado
para o bem comum, para os interesses públicos. Essa palavra público tem dois
sentidos, público no sentido de coletivo, é o que interesse a todos nós, e público
no sentido de não secreto, de transparente, esse também não preciso nem dizer
por que estar na pauta, está na pauta porque a gente vive em um tempo de várias
formas de gerir o dinheiro público, a questão da corrupção está na pauta. Então a
democracia como um sistema do bem comum, o sistema onde as coisas têm que
acontecer de forma transparente. Interesse público e transparência fazem parte do
conceito de democracia.
Ali está então garantia de acesso a informação. O acesso a informação é outro
eixo fundamental hoje no Brasil, nós temos o tema que discute a questão da lei de
acesso as informações, fazê-la se refletir. Quanto mais o cidadão tiver acesso aos
fundamentos das decisões, e daqui a pouco a gente vai falar um pouco dos
orçamentos todos, mais a gente pode dizer que estamos aprofundando e
aprimorando a nossa democracia.
Eu acabei de falar então dos fundamentos das decisões e o emprego dos
recursos, então agora vamos fazer uma síntese da democracia como sistema
quando pessoas em nosso nome tomam decisões, mas nós precisamos exigir que
elas sejam cada vez mais transparentes e bem fundamentadas, para isso nós
precisamos participar, não podemos ficar só olhando essas decisões acontecerem
sem saber de onde elas vieram e às vezes desconfiando da fundamentação delas.
Muito bem, aí nós podemos falar então da família citada. Falar da democracia
representativa, nós podemos pensar que existe mais um modelo de democracia.
O modelo da democracia representativa é essa que nós conhecemos, aquela que
nós conhecemos porque votamos de tempos em tempos nos governantes e nos
parlamentares. Mas nós podemos pensar também em uma democracia que
alguns chamam de direta. O que seria uma democracia direta? É aquela que lá
naquele tempo antigo da Atenas, da Grécia Antiga, as pessoas se reuniam na
praça para deliberar e tomar decisões, é como se disséssemos que nem
24
precisaríamos dos representantes, nós mesmos nos reuniríamos para tomar as
decisões, mas isso é muito difícil nas sociedades modernas, complexas, tão
numerosas e com tantas demandas, então nós podemos pensar que entre a
democracia representativa e essa direta, que não seria legal principalmente em
um país com as dimensões do Brasil, nós podemos incrementar a democracia
com mais participação, então essa ideia de uma democracia participativa seria um
incremento da democracia representativa por meio de mecanismos de
participação.
Aí nós chegamos aqui na nossa sala. Os Conselhos de Políticas Públicas são
mecanismos de democracia participativa. Assim quando nós conselhos
constituídos, os conselheiros designados, representantes da sociedade civil e dos
governos, conjuntamente discutimos nossas decisões, nós estamos exercitando o
mecanismo da democracia participativa, que ampara e compõe a democracia
representativa o sistema de governança.
Vejam que a gente não é apenas membro de alguma área temática, tentando
fazer alguma coisa pelo bem público, somos isso também, mas estamos
participando politicamente do sistema de democracia brasileiro, ajudando a
aprimorar, nós podemos fazer isso, daí a importância dos Conselhos. Essa ideia
que queria deixar bastante acentuada porque me parece que é o apontamento
maior do trabalho de vocês, do trabalho dos conselheiros de políticas públicas,
olha só a palavra: Políticas Públicas. Políticas públicas que têm interesse coletivo,
e que se são públicas têm que ser decididas de forma transparente, e para serem
decididas de forma transparente precisam estar fundamentadas em um
diagnóstico e vivência de campo.
A democracia no Brasil hoje, eu recortei ali artigo 1º da Constituição Federal de
1988, nossa constituição atual, e é interessante é um artigo que nem sempre a
gente lembra dele, embora seja o primeiro artigo da constituição, que diz que
“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente (...)”, olha que interessante eu acabei de falar de democracia direta,
portanto nossa constituição valida e legitima a democracia direta, porque o poder
vai ser exercido por meio de representantes eleitos ou diretamente. Eu acho que
os conceitos estão fundamentados no artigo primeiro da constituição porque nós
enquanto conselheiros e vocês conselheiros representantes da sociedade civil,
estão participando de decisões que não são tomadas então só pelos
representantes eleitos, e alguma forma vocês estão influenciando, aqui quando os
conselhos propuserem certamente terá que passar pelos parlamentos e pelas
casas municipais, mas é o maior momento do conceito de democracia. Está no
título da nossa Conferência empoderamento, participação. Empoderamento
significa termos mais poder, e ter poder não significa recolher só para si poder,
mas é distribuir esse poder, participar, é o conceito da democracia.
Os conselhos de políticas públicas então, dentre eles o conselho dos direitos do
idoso, e todos demais do Brasil, nós temos seguramente algumas dezenas de
conselhos, temos da criança e do adolescente, temos da mulher, da pessoa com
25
deficiência, do meio ambiente, temos inúmeros conselhos de desenvolvimento
local, então todos esses conselhos estão lá nesse conceito de democracia. Então
esses conselhos de políticas públicas, dentre os quais o nosso conselho dos
direitos do idoso, ele pode conferir ao poder brasileiro de democracia como ali
está sugerido, mais controle social, e mais qualidade nas decisões, este é o
conceito fundamental que sustenta os nossos conselhos.
Muito bem, o principal tema dessa abertura, me parece fundamental e por isso
escolhi esse tema, eu diria que já que somos mecanismos de democracia
participativa, nós ajudamos a desconcentrar aquela tradição brasileira, quando
decisões e poder vão ser concentrados, muito concentrados verticalmente com
quem está governando. Isso você pode observar que se houve uma eleição, a
própria população decidiu que esse seria o gestor foi escolhido, e assim foi e por
isso é válido do ponto de vista democrático, mas a concentração do poder no
Brasil ela seria uma tradição muito forte na nossa história, e essa concentração é
tanta que às vezes quem se elege se entende como dono do poder.
Recentemente voltou muito essa discussão que um importante estudioso
brasileiro chamado Ramon Paolo chamou de patrimonialismo, Ramon falou e têm
um livro interessante chamado “Os donos do poder”, onde ele define essa
expressão chamada patrimonialismo, como se dissesse assim quem se elege, se
elege no Brasil, na nossa história, como se fosse dono, por um tempo, às vezes
por muito tempo, como dono do poder. Então esse patrimonialismo, quando a
gente pensa nos conselhos e na possibilidade de influenciar as decisões ele
começa a ser modificado. Outro dia até ouvi alguém dizer que quando um
governante no Brasil é eleito existe aquela cerimônia da posse, ele é empossado,
ora posse, o que é posse? Posse é de um veículo, posse de uma propriedade, é
quase como fosse dizer posse de uma propriedade privada por um tempo que
aquilo ficasse na mão daquele dono no poder. Ora esse conceito é
completamente incompatível com os conceitos dos conselhos de políticas
públicas, ou instâncias que ajudam a deliberar, que ajudam a controlar. Quem se
elege não tem posse coisa nenhuma, ele é um funcionário público, por mais
graduado que possa ser, ele está ali apenas para representar aquele programa,
aquelas ideias que a própria população legitimou por meio do voto, e os conselhos
como eu disse antes se amarram, eles ajudam, e não estou falando
absolutamente dos conselhos como órgãos, os governantes, eu prefiro até pensá-
los como instâncias de cooperação. O que é cooperar? Não é estar subordinado.
É operar conjuntamente, cooperar. Os conselhos existem, inclusive como eles são
formados, metade por representantes indicados pelo prefeito, pelo governador, e a
outra metade por pessoas da sociedade civil, eles são aqueles lugares que dentro
das diferenças regionais se buscará consenso para colaborar para o que deve ser
feito na área, por exemplo, do envelhecimento. Então eles têm essa ideia de uma
cooperação sem subordinação.
Então eles poderiam ampliar as transparências, enriquecer os fundamentos,
aprimorar a qualidade da gestão, e, no entanto, em muitos contextos, isso eu
26
queria acentuar para prosseguir, eles são incompreendidos, não são valorizados e
às vezes eles são até subordinados. Alguém até apoiou a seguinte expressão:
“em muitas cidades existe uma prefeiturização dos conselhos”, como se dissesse
assim, os conselhos são totalmente dependentes, subordinados a prefeitura, ou a
mesma pessoa me falou, ela é representante do conselho pela sociedade civil, eu
perguntei o que é o conselho para você? E ela disse: "é o lugar onde a gente faz
uma resistência da sociedade civil”, eu pensei puxa eu até compreendo essa
pessoa, ela é do Maranhão, eu entendi muito bem porque ela falou isso, porque ali
havia um coronelismo muito forte no norte do Brasil, como existe só lá, e eu
discutindo com ela falei assim: “olha a gente precisa avançar mesmo, porque o
conselho não foi pensado para ser nem um subordinado da prefeitura, e tão pouco
como um meio de resistência da sociedade civil, ele foi pensado para sociedade
civil e governo nas diferenças, discutiriam como operariam, poderia até ter um
debate muito forte, mas para se chegar a acordo, porque democracia é a
capacidade de se chegar a um acordo que é ter um interesse comum, nem
sempre é fácil, muitas vezes vai ser penoso, mas é preciso caminhar nessa
direção. Então é preciso superar essa situação dos conselhos dependente do
governo ou às vezes se sentindo completamente recluso, é evidente que estou
dizendo isso ainda vai haver, antagonismos existem, mas é preciso deliberar,
chegar a um consenso para todos.
Então os Conselhos do Idoso são instancias de representação e defesa de
interesse, interesses gerais da população idosa. Há vezes o risco dos conselhos
se tornarem espaços de defesa de interesses de parte da população idosa, às
vezes aquela população que tem mais ênfase, mais participação, mas nós temos
que pensar no conjunto. Tem muitas parcelas da população que estão em
situação de fragilidade, não tem muita voz, é preciso que sua voz chegue até os
conselhos. Também os conselhos que ali estão, para que eles possam influenciar,
eles precisam, uma coisa que eu vou acentuar muito, ter bons diagnósticos da sua
realidade local.
Agora no café eu conversava com uma pessoa de um município aqui de São
Paulo que falou assim de uma forma muito efusiva: “nós acabamos de finalizar
nosso diagnóstico da situação da população idosa”, eu falei: “parabéns, porque
sem um bom diagnóstico você não vai conseguir exercer a sua função propositiva
e deliberativa”. Então desde já eu quero convidar vocês, se vocês ainda não
começaram, comecem um diagnóstico municipal da situação da população idosa,
e da situação do sistema de atendimento nas várias áreas. Isso é muitíssimo
importante, sem isso vai ser até difícil vocês se empoderarem, como diz o título
dessa Conferência, não há forma de empoderamento que passe sem bons
argumentos, e boas propostas requerem fundamentos ou diagnósticos.
Veja, qual é o papel então dos conselhos do idoso, seria ao mesmo tempo
deliberativas ou construtivas? Eu já respondo para vocês. Não são só
construtivos, eles são deliberativos. E como fazer para deliberar? O que é
deliberar? Deliberar é resolver, é decidir, é ter propostas, é encaminhar, é
acompanhar até que elas se efetivem. O que diz a política nacional do idoso sobre
27
os conselhos do idoso? São órgãos deliberativos responsáveis pela formação das
políticas. Aí eu me questiono assim: ”Ué, mas a política da saúde quem formou foi
o gestor da saúde”. Sim, mas sobre os conselhos. E a política da educação, se a
gente vai para as DRADS do Brasil, uma parcela muito grande da população idosa
ainda tem baixa escolaridade, até mesmo analfabeta em muitos lugares do Brasil,
então isso daí é fundamental a gente entender que os conselhos são
deliberativos.
As suas atribuições então são formular políticas, elaborar proposições, indicar
prioridades. E aqui eu trago uma frase que eu quero ler para vocês: “Para
deliberar de forma consistente, o conselho deve supor de um bom diagnóstico.
Bons diagnósticos revelarão como os problemas se manifestam, apontarão
prioridades, permitirão mobilizar forças para ação, estimulando uma boa
articulação entre o Estado e a sociedade, pela melhoria das condições de vida da
população idosa e na busca de recursos.
Então, vamos avançar. Eu quero chegar até a falar um pouquinho do fundo do
idoso. Eu vou até correr um pouquinho, em face do nosso tempo, para que a
gente chegue nessa questão no fundo do idoso.
Os diagnósticos, o que tem que orientar um diagnóstico sobre a situação da
população idosa? Eu poderia dizer que o estatuto do idoso identificou ali todos os
direitos fundamentais. É saber como anda o direito à vida, é saber como anda
atenção à saúde. Liberdade, respeito e dignidade, nós sabemos que a população
idosa, boa parte dela, é submetida a muitas violências e violações, de vários
níveis. Alimentação, saúde, isso tudo são os direitos identificados no estatuto, ora
um diagnóstico, é claro que ele não vai ser feito em uma semana, nem um mês.
Ele tem que estar pensando como anda a atenção a cada um desses direitos. E
um outro marco orientador é esse conceito que nós podemos chamar de sistema
de garantia de direitos. O sistema de garantia de direitos do idoso ele é esse
conjunto das instituições, de serviços e programas, que existem ou deveriam
existir no município, na sua região, dependendo da área, até evidentemente tem
município que não vai poder oferecer todos os serviços, eles são compartilhados
com o Estado, em alguns casos até com a própria Federação, mas no município
de alguma forma está ali o sistema de garantia. Como é que andam os serviços,
como que andam os programas, a assistência social, aqueles serviços que
existem e o que deveriam existir? Então se eu fosse definir o que é um
diagnóstico, é uma moeda com duas faces, na face de cá os direitos, estão sendo
atendidos nas diversas áreas? Na face de cá os serviços, garantem a atenção
desses direitos? O idoso é alcançado? Aqueles outros territórios, os distritos mais
distantes nós sabemos como está? Às vezes até mesmo na área urbana, na área
mais central, nós temos seguimentos da população que não está sendo alcançada
pelos serviços.
Muito bem, o ponto de partida do diagnóstico somos nós mesmos, nossos
conselhos, como nossos conselhos estão? Estamos em condições de operar?
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Estamos constituídos? Estamos com uma legislação que explicita bem o que
fazemos? Onde estão nossas forças e fragilidades?
Eu desenvolvi um guia, em parceria com outras pessoas lá na nossa instituição,
que chama-se “Conhecendo”. Esse guia propõe cinco passos, a primeira etapa a
gente pensava como está nosso conselho, forma uma comissão municipal, uma
comissão que vem a fazer esse diagnóstico. Aí levantamos dados, os conceitos
que avaliam esses dados, faria as análises sobre a situação dos idosos. Na etapa
seguinte mapearia como anda o tal sistema de garantia de direitos, nas várias
áreas, saúde, educação, habitação, transporte, entre outras. E aí, formularia
propostas e finalmente encaminharia essas propostas para inclusão no orçamento
do município, isso é fundamental. Eu perguntava para aquela senhora que é
conselheira na cidade dela se as propostas do diagnóstico, que ela me disse de
forma tão contente que tinha feito, haviam sido encaminhadas para inclusão na
LOA, na lei orçamentária, e ela me disse: “Bom, esse passo a gente precisa andar
um pouco mais”. Porque veja, as propostas só têm existência, inclusive existência
financeira, se elas forem incluídas na lei orçamentária, os conselhos existem para
influenciar o orçamento que existe, para discutir. Não é muito fácil, ainda mais no
tempo de crise que nós estamos, olha de fato, mas é preciso que os conselhos
para se empoderarem, como é o tema da nossa Conferencia. Não tem forma de
se empoderar se você não influenciar o orçamento da sua cidade.
Então para sintetizar, eu mencionei o artigo 1 da Constituição, agora vou
mencionar a outra lei mais importante, é a lei do orçamento. Aquele ministro Leinz
Brito, do Supremo Tribunal, falou que no Brasil as duas leis mais importantes são
1º a Constituição e 2º a Lei do Orçamento, porque sem existência orçamentária,
que nós subsistíamos praticamente, para existirem medidas públicas.
Muito bem, os problemas que os diagnósticos têm mostrado, eu analisei já pelo
menos umas 20 cidades em acompanhamento deste diagnóstico, são vários e as
propostas são muitas. Eu vou só mencionar alguns que nós temos assim,
portanto.
Então nós temos:
a) Violência doméstica. Aparece muito. O que tem surgido como proposta:
programas de acolhimento temporário; comparecimento da assistência nos
programas de apoio a família; qualificação dos serviços de convivência de
fortalecimento de vinculo para a pessoa idosa.
São propostas que saem do diagnóstico feito pelos conselhos. Isso aqui é síntese
do que os conselhos têm proposto. Eles têm proposto e têm levado à frente
muitas dessas ações.
b) Violência financeira. Essa é uma questão que tem aparecido muito. Violência
financeira contra a pessoa idosa intrafamiliar, uma violência familiar. Então, têm
surgido propostas de programas de fiscalização em parceria com o ministério
público, poder judiciário, segurança, até programa de educação financeira. Tem
até um Município que eu acompanhei que eles puseram um programa de
educação financeira, para além dos cuidados, em relação à invasão de conta
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bancária, de créditos que não deveriam ter sido realizados, a avançar para
qualquer aplicação financeira da população idosa.
A área da saúde é uma das que mais aparece a falta de qualificação do serviço
para o atendimento da população, então têm surgido propostas de capacitação de
profissionais na área do envelhecimento com participação nos planos de
assistência na saúde e na família e assim por diante.
Bem aqui são vários exemplos, eu quero dizer que eu vou deixar essa
apresentação, vocês podem ter acesso a ela. Então são vários os itens, por
exemplo, dificuldades dos idosos até para acesso às aposentadorias e pensões;
falta de transporte, e aí surgem propostas de qualificação dos serviços que é uma
questão crítica porque tem muitas cidades que nem tem área de transporte, é
meio confusa, falta de controle, e eu estou falando de Brasil, minha experiência
com municípios de todo o Brasil, é comum.
Então veja, vamos concluir, e eu prometo que agora sim eu concluo, falando um
pouco do fundo. Se você estiver com os diagnósticos e tiver propostas sua
pergunta é: "Sim, mas como é que nós vamos implantar, precisando de recursos”?
O fundo dos direitos do idoso assegura tudo. Inclusive é uma conta que
normalmente apresenta uma certa instabilidade, ás vezes para mais, às vezes
para menos, em muitos municípios o fundo está só começando, ele ainda não
chegou a receber ainda recursos. Mas ele é muito importante. Muito importante
porque, primeiro é o conselho que rege garantia sobre este fundo, isso já é um
ponto importante. Esse fundo não é o governo que controla. O governo controla
porque metade do conselho é governo, então o governo também controla, mas
sociedade civil está no conselho e também vai controlar o fundo.
Então como é que funciona o fundo? Ele funciona com orçamentos entrando neste
fundo, que tanto podem ser orçamentos públicos com as doações dedutíveis do
imposto de renda, então essas doações do imposto de renda, as pessoas que
fazem a declaração do imposto, e muitas fazem, a pessoa física pode destinar até
6% para o fundo e a pessoa jurídica até 1%. Entrando o recurso, e tendo o
diagnóstico, o conselho vai direcionar esses recursos, decidir se é para
organizações não governamentais ou governamentais, e o controle das ações vai
ser feito tanto pelo conselho, e a própria prefeitura junto, quanto externamente
pelo poder legislativo, pelo tribunal de contas e o ministério público. E quem
destinar recurso para o fundo face uma atuação, destinação de empresa ou
pessoa física, também pode acompanhar, então por isso o fundo dos direitos do
idoso é tão importante. Quem faz destinação, o cidadão ou empresa, pode
também receber informações, não vão poder dizer o que vai ser feito, quem vai
dizer é o conselho, mas eles podem acompanhar. Então por isso a gente chama
esse fundo, até esse mecanismo, de cidadania tributária, porque pagar imposto é
uma obrigação, mas decidir direcionar 1% se eu sou empresa para o fundo, aquilo
que eu tenho que pagar 1% vai para o fundo, e se eu sou pessoa física 6%, eu
que decido, é uma decisão. Eu sou obrigado a pagar imposto, mas eu que decido
30
direcionar para o fundo. Então eu gostaria de fazer uma boa campanha na
sociedade, junto a outras pessoas e outras empresas nesse sentido.
Olha ali estão então algumas dicas, algumas informações, vocês depois com mais
calma podem olhar. Vocês podem olhar com mais calma todas as informações. É
importante saber, por exemplo, que está no Senado Federal um projeto para
permitir que pessoa física faça doação no ato da declaração, isso vai facilitar para
muitas pessoas físicas destinarem no ato da declaração, porque elas podem
destinar para o conselho para o fundo dos direitos do idoso, comprovado pelos
conselhos.
Então, para concluir, eu quero chegar aqui para mostrar para vocês o primeiro
potencial que nós temos. Eu vou dizer logo em São Paulo quanto que é. Olha só,
no Brasil, se todo mundo que pudesse destinar, destinasse, em 2012, pegamos os
dados mais recentes tabulados, 804 milhões de reais viriam das empresas e 4,3
bilhões de reais viriam de pessoas físicas, de todo o Brasil. Em São Paulo viria
1,47 bilhões só de pessoa física. Sabiam disso? Se todas as pessoas físicas que
podem, que declaram pelo modelo completo, declaração do imposto de renda, se
todo mundo destinasse para o fundo do idoso, no Estado de São Paulo, todas as
cidades, seria 1 bilhão. É muito dinheiro, né gente?
Muito bem, os dados mostram que tem um tremendo espaço para caminhar, e é
só começar a organizar. Não vai ser do dia para a noite, mas tem um tremendo
espaço para caminhar.
E concluindo, essa minha última transparência, eu quero sugerir, estimular vocês,
a terem uma estratégia para mobilizar esse recurso para o fundo do idoso. Então
vejam, em síntese, vocês teriam que ter um diagnóstico mostrando quais são as
prioridades, as propostas, e aí, constituir lá no grupo de vocês, do conselho, para
dizer: temos o fundo na cidade? Destine seus recursos; você é pessoa física? Faz
declaração de imposto modelo completo? Você pode destinar até 1%; 6% ao
nosso fundo, 1% se for empresa. E tem empresas importantes perto de vocês? É
visitar essas empresas, mostrar essa possibilidade. Então veja o lugar que está o
fundo, avalia o potencial da destinação, de repente lá na cidade de vocês a rede é
grande. Eu sei que vocês vão ter uma palestra com a professora Jóia da Receita
Federal, ela vai dizer para vocês, eles têm uma planilha que diz: olha lá na tua
cidade o potencial de arrecadação para o fundo é tanto, aí você vai olhar lá seus
números, mas até agora não consegui muita coisa, mas vai atrás porque tem
como fazer. E finalmente então vocês têm que ir com jeito e mostrar que vocês
têm prioridades.
Então última coisa que eu vou falar, se o morador lá do seu município for alguém
que pode destinar para o fundo, primeira pergunta que eu faria é assim: Ta eu vou
destinar meu recurso para o fundo de vocês, o que vocês vão fazer com esse
dinheiro? Ah, não sei, nós vamos pedir propostas. Ta seria legal se vocês
tivessem prioridades, medidas com base em um bom diagnóstico.
31
Enfim, fortalecer os conselhos significa ter um diagnóstico, comece agora, ele vai
se melhorando a cada ano; propostas, discutir com o poder público que estas
propostas são importantes; abrir a caixa do orçamento, ver quanto é que tem o
orçamento para medida de saúde, de educação, da assistência; acompanhe;
encaminhe as propostas; e faça uma boa propaganda, uma boa divulgação do
fundo, porque aí vocês vão estar se empoderando e fazendo avançar as políticas
de arrecadação do fundo.
CERIMONIALISTA: Senhores, eu gostaria de acrescentar só um detalhe, que as
apresentações que estão disponíveis serão colocadas no site do conselho, então
vocês podem depois acessar o site e conseguir as apresentações que estão aqui
na tela. Só um minuto, agora nós vamos continuar com a palestra do Doutor
Carlos Uehara.
Dando continuidade aos trabalhos desta manhã, ouviremos agora a palestra
magna do Doutor Carlos Uehara. Doutor Carlos André Uehara é médico geriatra,
diretor executivo do centro de referência do idoso da zona norte de São Paulo, e
vice-presidente da sociedade brasileira de geriatria, seção São Paulo.
Doutor Carlos irá abordar em sua fala a importância dos idosos assumirem seu
protagonismo na sociedade e os impactos desse comportamento em uma
população que envelhece rapidamente.
PALESTRANTE - Carlos Uehara
Bom dia a todos, eu gostaria de agradecer a presença de todos vocês e agradecer
o Henrique pelo convite e a comissão organizadora.
Meu desafio hoje aqui é falar para vocês um pouco da questão do protagonismo, o
empoderamento do idoso nesse novo século XXI, qual o papel social do idoso,
quais são os novos desafios nesse novo século frente à visão antiga que nós
temos do século passado.
Objetivo: discutir com os participantes como a velhice é compreendida pela
sociedade e qual o papel do idoso nas relações sociais.
Resumidamente, o que é o protagonismo questionado ontem? Protagonista é a
personagem principal de uma história. Sobre ela a trama é desenvolvida, as
principais ações são realizadas por ela ou sobre ela. Pode ser um indivíduo, um
adulto, e aquele que protagoniza sua própria história, que representa a si mesmo.
Ser protagonista é assumir o centro da cena e tornar-se ator social e político.
O que é empoderamento? Empoderamento vindo de Palmers, e muito usado no
mundo corporativo, a gente falando de colaboradores. É o poder das pontas, é dar
condições para aquele ator social, aquela pessoa que está lá na frente, distante
de onde se tomam as decisões no poder, e aquela pessoa que tem atitude mais
32
ativa, buscar novos desafios lá na ponta, sem depender tanto do poder estatal.
Essa consciência ultrapassa a tomada da iniciativa individual, de conhecimento e
superação de uma unidade que se encontra. Só um panorama geral, do
envelhecimento do Brasil, vocês sabem melhor do que eu em relação a isso, em
2009 11,3% da população tinham 60 anos ou mais e 7,8% da população tinham
mais 65 anos. O Brasil apesar de estar envelhecendo rapidamente, ainda não é
considerado um país velho porque como nós usamos o parâmetro 60 anos aqui é
diferente dos países desenvolvidos. Nos países desenvolvidos a idade de corte é
65 anos, e, é considerado um país envelhecido, mais velho, aqueles países que
têm corte de 10% da população que tem mais de 65 anos.
Em 2013 haviam 26 milhões de idosos e a projeção é que em 2060 a gente
chegue a 58 milhões, a chance de dobrar, ou mais que dobrar essa população,
percentual que na metade do século passado eram apenas 2 milhões de idosos
no Brasil.
A expectativa de vida ao nascer também tem evoluído ao longo do tempo. Tem
muita gente aqui que nasceu antes da década de 50, quando nasceu a
expectativa de vida era menor do que 50 anos. Era extremamente raro ver alguma
pessoa com mais de quarenta, cinquenta anos. E hoje é extremamente comum
vermos pessoas com mais de 80 anos, e a população de 80 anos ou mais é a
fração da população que mais tem crescido nos últimos anos.
Falando um pouco dados de São Paulo, onde está localizado o meu serviço, tem
alguns locais na cidade de São Paulo que já existem mais idosos do que pessoas
adolescentes da faixa etária abaixo de 15 anos, e isso tem impacto grande nos
serviços de saúde, nas demandas sociais e tudo relacionado a essa população.
Esse é um ano histórico, pelas projeções da Organização Nacional, da OMS, a
população acima de 65 anos vai passar a população de menores de 5 anos, isso é
a primeira vez na história que acontece e isso também tem grande impactos. Os
Estados Unidos tem uma projeção que em 2025 a 2030 a população de idosos vai
ultrapassar as pessoas com menos de 15 anos. E como está isso no Brasil?
O processo no Brasil é muito rápido. Começou na década de 70, e diferente dos
estados dos países europeus, dos Estados Unidos que são países desenvolvidos
que ao longo de 100 anos esse processo de envelhecimento vem acontecendo
com o aumento, com melhoria da economia. Os países enriqueceram e
envelheceram posteriormente. O Brasil não. O Brasil tem o desafio de enriquecer
e ao mesmo tempo esse processo de envelhecimento vem muito rápido. Pelo
ENADE do ano passado havia 26,1 milhões de idosos, pessoas acima de 60 anos,
como eu disse nos países desenvolvidos 65 anos é a idade de corte, e no Brasil é
60 anos. A expectativa de vida nesse ano no Brasil é 74,9 para população geral,
78,6 para as mulheres e 71 anos para os homens, as mulheres vivem em média 7
anos a mais que os homens.
33
Tem alguns geriatras que dizem que os homens vão morrer e que as mulheres
vão virar imortais.
Nos Estados mais desenvolvidos a expectativa de vida média é de 76,7 anos e
uma característica que eu já disse é a prematurização do envelhecimento.
Hoje quais são as características do Brasil de mais de 60 anos, como já disse são
26 milhões, 13% da população, 6 milhões de analfabetos, 45% dos analfabetos do
Brasil são idosos e essa população se concentra principalmente no nordeste
(norte/nordeste), 20% da renda nacional que é consumido no Brasil provem da
renda população idosa, cerca de 60% desses idosos são os arrimos de família,
são eles é que mantém a maior parte das despesas da família, e cerca de 45%
desta população também vive com ½ salário a 1 salário per capita, e também
muito importante os idosos são 24,2 milhões de eleitores do Brasil, são 17% da
população que pode votar são idosos. Isso é um peso enorme. É equivalente a
população com menos de 25 anos. Isso considerando que tem muito idoso com
mais de 70 anos que não é obrigatório votar que continua votando.
Em 2009 os idosos eram menos dependentes em relação à renda de sua família.
Como eu disse, a maior parte dos idosos eram chefes de família. E hoje como o
idoso é visto? Apesar de tudo isso que eu disse, tem um papel no parâmetro
social, importância de renda, hoje tem muito idoso além de aposentado trabalha
também, contribui com essa renda de casa. Apesar de tudo isso o que a gente
vê? Como a sociedade enxerga o idoso? Quais são as imagens associadas a
esses idosos?
O símbolo hoje do envelhecimento são: principalmente o preconceito, o idoso é
sempre visto com alguém que vive a parte da sociedade, é um peso para o Estado
e para a sociedade, acham que o idoso vai se aposentar, vai ficar em casa sem
fazer nada, um sujeito à toa, ele é sempre visto como um problema, nunca, são
raríssimas as vezes que nós vemos alguma coisa na mídia, na imprensa, alguém
falando que o envelhecimento não seja um problema, a maior parte das vezes é
um problema do crescimento.
Essas são as imagens que muitas vezes a gente pergunta para a população o que
vocês pensam quando falamos de idoso, são essas imagens de pessoas à toa,
pessoas acamadas, com insuficiência financeira, e essa imagem que prevalece. E
vocês são prova disso que não é isso.
Então na velhice atual existe um problema na previdência, sempre a culpa é do
idoso, culpabilização de quem envelhece, de quem necessita de cuidados, tem
muita gente envelhece que tem vergonha, tem medo de pedir para a família, de
solicitar auxilio, acha sempre que é um estorvo, mesmo porque as famílias
também estão mudando, os grupos familiares estão cada vez menores.
Quais são os valores atuais? Porque essa visão do idoso? O que leva a isso?É o
mundo capitalista que vivemos, que o positiva, é a beleza, é a aparência, é a
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juventude, é a força, a virilidade, agilidade muitas vezes privilegiou o ter e não o
ser. E o negativo é a velhice, a degeneridade, impotência, dependência.
E muitas vezes levamos a isso, paga a conta dessas pessoas, mas acho que a
maior parte da população que envelhece não pode ter esses signos também. Não
podemos ater ao signo do Peter Pan, que é o nunca envelhecer, a questão do
anti-age, achar que o envelhecimento é ruim e não ver o lado bom de envelhecer.
E quais são as consequências? A infantolatria, a adolescência estendida, a
geriatrofobia, a discriminação daquele idoso, e infantilização do idoso. O idoso é
sempre visto como coitadinho, bonzinho, quietinho naquele cantinho, sempre no
diminutivo.
A questão social do envelhecimento cabe ao Estado estabelecer políticas públicas
para atender a essa população. As políticas públicas são medidas de proteção
social implementadas pelo Estado para garantir a cidadania. Só que essas
políticas públicas não partem do Estado por iniciativa própria, muitas vezes ela
vem por um anseio da sociedade que se organiza, se mobiliza para requerer
aqueles direitos, aquela nova política.
Alguns marcos legais das políticas sociais do envelhecimento: em 1982 tem a
Conferência Mundial na Espanha; a Constituição cidadã de 1988; a PNI 94 que
cominou no Estatuto do Idoso em 2003, foram 8 anos de batalha. Tanto o PNI
quanto o estatuto do idoso, eles vieram principalmente da mobilização de algumas
organizações que começaram a debater esses assuntos e cobraram do Estado a
propor uma política do idoso, não veio da organização da população da sociedade
idosa. Em 2005 o documento produzido a partir da OMS foi traduzido para o
Brasil, mas o documento originalmente é de 2002, e a política internacional da
saúde é de 2006.
Qual que é o nosso grande desafio? Mudar essa imagem de que o idoso é um
problema, de que ele deve viver a parte da sociedade. Nós temos que fazer com
que o idoso seja visto como um protagonista, com um papel importante na
sociedade. Diferente da visão ocidental do idoso de que como ele deixa de ser
produtivo, ele não tem mais um papel. Eu prefiro um pouco a visão oriental do
idoso, que ele mesmo após a aposentadoria ele tem um papel importante na
sociedade.
O protagonismo e o empoderamento são a segunda onda de um processo que
começou lá trás, e os idosos precisam exercer seu papel de cidadão, buscar seus
direitos, principalmente exercer seus deveres, e era a oportunidade. A cidadania é
o exercício dos direitos e deveres de um indivíduo, ou Estado. Muitas vezes nós
achamos que cidadania é só os direitos, mas não, os deveres são muito
importantes. Os direitos e deveres de um cidadão devem sempre andar juntos
uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente em uma obrigação
de outro cidadão. O direito é o poder de agir e o dever a obrigação de fazer.
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E como fazer isso? Na minha visão, a melhor forma de nós desenvolvermos o
protagonismo e o empoderamento da população idosa é através da política do
desenvolvimento ativo, que começou lá em 2002, em Madri, que responsabiliza o
Estado nas questões de políticas públicas para o idoso e também propõe algumas
ações que devem ser realizadas. Ele foi proposto em 2002, traduzido para o
português em 2005, e esse ano houve uma atualização lançada lá fora, mas a
versão em português vai ser lançada nesse mês de outubro agora no Rio de
Janeiro, no IMC.
Ponto chave dessa expectativa é o momento de termos um novo paradigma, que
perceba os idosos como participantes ativos de uma sociedade de integração da
idade, contribuintes ativos, e beneficiários do desenvolvimento. Envelhecer é uma
oportunidade, sempre se lembrar disso. Os repugnantes do desenvolvimento ativo
são determinantes econômicos, sociais de saúde, determinantes
comportamentais, determinantes postuais, políticos, e determinantes sociais. A
vida social determinante depende da organização da população, determinantes
sociais, vestuais e comportamentais. Essa busca ativa do que fazer.
Os pilares que já nessa valorização já foram atualizados. Os pilares do
desenvolvimento ativo são: os pilares de saúde, aprendizado contínuo,
participação e segurança. Desses pilares, os mais importantes para desenvolver o
empoderamento da política do idoso são: a participação; e o aprendizado
contínuo. Na participação é necessário que as pessoas sejam vistas e se
relacionem, o idoso precisa participar das decisões, principalmente nos conselhos,
nas associações; compartilhar saberes; ajudar e ser ajudado; viver atividades em
grupo e aplicar-se em projeto coletivo. Coletivo aqui não é só coletivo de idoso,
mas também tentar se desenvolver com outros grupos também que atuam na
sociedade. Então nessa participação é necessária uma atitude ativa, ações de
questões nacionais, empoderar e melhorar a atuação dos conselhos dos idosos
nas conferencias. Um exemplo que eu tenho é a associação de aposentados dos
Estados Unidos. Lá eles têm 50 milhões de pessoas associadas e é um dos
maiores nomes atuantes dos Estados Unidos. Eles conseguem atuar no
Congresso, resolver políticas, conseguir benefícios para a população idosa, e
também atuar nas organizações que trabalham em prol dos idosos e não tem
somente idosos trabalhando em seus grupos, como a sociedade de geriatria e o
SESC, por exemplo.
Voluntariado é importantíssimo no envelhecimento ativo. É aquele idoso que não
precisa trabalhar, não tem um projeto maior, e pode trabalhar como voluntário.
Ações internacionais mostraram que você tem um papel importante, eu gosto
muito da questão da contação de histórias, pegar crianças mais jovens, trabalhar
com elas contando histórias, relatar aquelas experiências.
E o aprendizado contínuo, com eu disse, não é porque as pessoas envelhecem
que não tem porque aprender coisas novas, aprender novas línguas, aprender a
mexes no computador, no celular, no smartphone, e também alfabetizar-se. Como
eu disse grande parte dos analfabetos são idosos. A aprendizagem permanece ao
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longo da vida, não tem hora para acabar, e ainda permanece na vida de quem deu
para outro. Isso a gente não vê com naturalidade e eles estão dando o
aprendizado contínuo.
E são muitos os desafios hoje no Brasil. A questão do idoso, de gênero, de raça,
questão da depressão da população mais jovem, como o poder público vai
responder a tudo isso? Vai privilegiar um ou outro? O ideal é que a gente trabalhe
em conjunto, sair da face do encarte, do isolamento, e incluir as outras questões
também. A sociedade precisa ser mais inclusiva, a participação é crucial, como fim
e como meio. Parar de usar nós contra eles, nossas ações e eles ficam de lado. A
participação não seria que ele participa do nosso programa, mas que todos
participamos juntos para satisfazer as necessidades e desejos comuns. Tirar o
idoso da questão do gueto. Ter um lugar que só tenha idosos, um lugar que só
tenha crianças é muito ruim. O ideal é que a gente consiga integrar todas as
gerações, todas as idades, não só os extremos. Não é fácil fazer junto, esperar o
tempo do outro, mudar hábitos, rever conceitos. Acreditar que juntos podemos
crescer. Crianças, jovens, com idosos, muita gente não quer isso, todo mundo vê
como uma barreira, e a gente tem que tentar ultrapassar isso. Por isso há tantas
pessoas cansadas de tentar fazer sozinhas tarefas que exigem a participação de
outros. Muita gente faz muita coisa sozinho e acaba um momento que ela não
está mais lá e aquilo não perpetua, acaba naquilo mesmo. Cada pessoa precisa
ser reconhecida como ator essencial na construção da sociedade. Isso vale para
todos, independentemente de cor, de raça, de ter estudado ou não.
Quais são as estratégias? O Firrimino propôs isso em 2003 na publicação dele.
Apoiar troca de ideias, por meio da educação; do estimulo a renovação de
lideranças baseado nos valores e nas necessidades dos envolvidos; cooperação;
lideração; interdependência; compartilhamento de ideais; reciprocidade; a
diversidade. Entender que há diferença entre as pessoas. Negociação constante;
inflexão de atitude inflicta; objetivos comuns; superconhecimento; consciência
coletiva.
E o desafio é construir um ponto novo que caiba o jovem e o velho, pessoas com
ou sem instrução, aquelas periferias que cuidam e precisam ser cuidadas, para
todos os credos e raças, proporcionando a todos uma oportunidade para viver
mais e melhor.
Então protagonize-se. Potencial para os idosos que escolhem a base para
desenvolver o próprio futuro, que permite a sociedade ver cada vez mais as
competências, as experiências e sabedorias dos idosos. Os idosos são os
guardiões da sabedoria da população. Não só para o incentivo de sua própria
sabedoria, mas também para participar ativamente de toda sociedade.
Isso aqui são elementos que estão na cartilha da conferência, veio de lá.
Mantenha-se informado, o conhecimento é muito importante. Busque se informar
sobre seus direitos, e o que o seu município oferece à população idosa, ou sobre
outros assuntos de seu interesse. Participe das atividades do seu bairro, pense
37
localmente, aja localmente, não só globalmente. Nossos objetivos têm que
começar perto de casa. Conheça novos lugares, pratique novas atividades,
estabeleça novos contatos com diferentes grupos de pessoas de todas as idades.
Em termos de capitular, acho que isso vale muito para a população idosa: Se o boi
soubesse a força que tem, não puxava carroça. Obrigado.
CERIMONIALISTA: Os slides e as fotos deste evento estarão disponíveis depois
dessa Conferência no site www.conselhodoidoso.sp.gov.br. Após ouvirmos as
palestras do Doutor Fabio Ribas e Doutor Carlos Uehara, iremos fazer um
intervalo de 15 minutos para o coffee que será servido na entrada desse salão.
Pedimos aos participantes que após 15 minutos retornem para a abertura oficial
da XIV Conferência Estadual do Idoso.
CONSIDERAÇÕES GERAIS DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO IDOSO
CERIMONIALISTA: Bom dia mais uma vez, sejam bem-vindos a XIV Conferência
Estadual do Idoso. A Conferência foi organizada pelo Conselho Estadual do Idoso
do Estado de São Paulo, órgão que emplaca a Secretaria de Desenvolvimento
Social do Estado de São Paulo. O tema central do nosso evento é: “Protagonismo
e empoderamento da pessoa idosa, por um Brasil de todas as idades”.
Aqui temos delegados, representantes de 92% dos municípios com conselhos
municipais ativos no Estado. Essa expressiva representação demonstra a
importância desse evento, e o interesse dos que estão aqui presentes em
melhorar e aprimorar as políticas públicas voltadas para a população idosa do
Estado de São Paulo.
Para darmos início a nossa cerimônia de abertura quero convidar as autoridades
presentes para compor a mesa. Primeiramente quero convidar o Deputado
Federal Floriano Pesaro, secretário do Estado de Desenvolvimento Social. O
prefeito da instância de Águas de Lindóia Sr. Antônio Nogueira; o presidente do
Conselho Estadual do Idoso o Sr. Henrique Jerozolimski; a Sra. Nicole
Hoedemaker presidente do Conselho Estadual da Assistência Social; Sr. Vitor
Pegler presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente.
Composta a mesa para os trabalhos desta manhã, ouviremos agora o hino
nacional brasileiro.
HINO NACIONAL BRASILEIRO
CERIMONIALISTA: Nesse momento eu quero convidar também para compor a
mesa para os trabalhos dessa manhã Dra. Cláudia Fló, coordenadora da área de
saúde, e representando o secretário do Estado, e vice-presidente do Conselho
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Estadual do Idoso.
Também queremos registrar e agradecer as demais autoridades presentes neste
evento, a Sra. Rita de Cássia Dalmasio, coordenadora de ação social da
secretaria de desenvolvimento social; o Sr. Epitácio Luiz Epaminondas,
representando o Conselho Nacional do Idoso; o Sr. Paulo Maulos, vice-presidente
do Conselho Nacional do Idoso.
CERIMONIALISTA: Nesse momento ouviremos as palavras do prefeito de Águas
de Lindóia Sr. Antônio Nogueira.
AUTORIDADE - Antônio Nogueira
Bom dia a todos. Quero agradecer a presença de todos e dizer que é uma
satisfação estar aqui com vocês hoje, porque hoje também a gente está formando
nosso conselho de idosos de Águas de Lindóia, está tomando posse hoje. E
também porque já sou idoso, já faço parte. Além de desejar para vocês uma boa
conferência, digo para vocês que vai sobrar tempo para vocês desfrutarem da
nossa cidade, da cidade pequena, mas acolhedora. Estejam a vontade em Águas
de Lindóia, sejam bem vindos, e que vocês aproveitem bastante. Muito obrigado.
CERIMONIALISTA: Ouviremos agora as palavras do deputado federal Floriano
Pesaro, Secretário do Estado de Desenvolvimento Social.
AUTORIDADE - Floriano Pesaro
Bom dia. Que prazer enorme estar aqui com vocês. Que lugar bonito, que bom
hotel, que boa conferência. Eu fico muito feliz, realmente agradeço ao Prefeito
Antônio Nogueira pela cidade que nos acolhe, cidade de Águas de Lindóia. Essa
cidade que em tempo continua sendo essa cidade calorosa, gostosa, própria para
esse tipo de evento.
Quero agradecer ao Dr. Henrique, presidente do conselho estadual do idoso. Dr.
Henrique que é um homem com uma seriedade incrível, correto, dedicado,
preocupado e parceiro, parceiro do poder executivo. O Henrique e todo o conselho
estadual do idoso foram guerreiros na confecção dessa conferência. Não foi fácil.
Um ano difícil, um ano de profunda crise econômica. Falta de dinheiro para todo
mundo, União, Estado, os Municípios. E mesmo assim, nós fomos insistentes, e
sobre a liderança do Dr. Henrique nós conseguimos realizar, nestes próximos
dias, a partir de hoje, a Conferência Estadual do Idoso, a XIV Conferência
Estadual do Idoso. Parabéns Henrique, e parabéns conselheiros.
Quero cumprimentar dois amigos, parceiros e guerreiros. Uma mulher, que já é
guerreira pela própria natureza por ser mulher, muito especial, que é a Nicole
presidente do Conselho Estadual da Assistência Social (CONSEAS), e realiza já
na próxima semana a nossa Conferência Estadual da Assistência Social também
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aqui em Águas de Lindóia. E eu espero Nicole que nós possamos nos inspirar nos
mais velhos e fazer aqui a nossa conferência da assistência inspirada no sucesso
dessa conferência dos idosos. Parabéns Nicole pelo seu trabalho e eu estou ao
seu lado para que nós possamos fazer uma grande conferência estadual também.
Vitor, você já fez a sua. O Vitão já fez a Conferência da Criança e do Adolescente,
um sucesso absoluto. Foi a maior conferência da criança e do adolescente da
história de São Paulo e o Vitão conseguiu um feito inédito, que foi a liberação de
30 milhões de reais do fundo da criança e do adolescente do Estado para projetos
sociais que já foram selecionados no âmbito da criança e do adolescente.
Eu digo isso porque nós faremos a mesma coisa com os idosos. O governador
assinou a mais ou menos um mês um decreto (13 de julho, então faz um pouco
mais de um mês), um decreto no qual ele obriga as empresas estaduais a
depositarem parte do seu imposto de renda devido (1% do imposto de renda
devido) ao fundo do idoso, como as empresas já faziam no fundo da criança e do
adolescente. Então agora nós estamos ativando o fundo estadual do idoso que
hoje tem 4 milhões, e eu disse ao Henrique que nós vamos lutar para que ele
tenha 40 milhões de reais, dez vezes mais, para financiar projetos no campo dos
idosos, é isso que nos interessa. Captar recursos das prefeituras através das
empresas instaladas nas prefeituras para o fundo do idoso. E vocês tem um
papel fundamental nisso, porque vocês podem alertar os seus prefeitos, como eu
alertei o Toninho Nogueira, que é para conversar com os empresários das
cidades. Conversem com os empresários. Toda empresa da sua cidade pode
deixar 1% do imposto de renda devido, que ela já vai pagar, no fundo estadual do
idoso, ou municipal; é que se for no estadual nós garantimos que o repasse seja
direcionado às entidades sociais que trabalham com idosos nos seus municípios,
a gente faz essa ligação. Isso é muito importante. A vinculação da atuação ao
serviço que vai ser prestado é muito importante.
Essa foi uma briga longa nossa, especialmente no campo da criança, mas agora
no campo do idoso, porque tanto o ministério público quanto organizações não
governamentais muitas vezes achavam que o dinheiro, como era imposto devido,
ou seja, já ia pagar para a União, não podia ser direcionado. Mas aquele que
direciona o imposto de renda devido, ele quer ver o resultado. Assim como nós
todos que pagamos impostos também queremos ver os resultados das políticas
públicas, e muitas vezes a gente não enxerga, ainda mais se o dinheiro vai todo
para Brasília. Então, não há nenhum problema, nenhum problema em pedir que
um empresário deixe 1% do imposto para o fundo estadual do idoso, e diga qual
projeto social ele gostaria, ou qual projeto social ele gostaria de financiar. O nosso
papel como poder público é fiscalizar, certificar a entidade social, e certificar o
trabalho que vai ser feito. Simples assim. Todo resto é para complicar, e nós não
queremos complicar. Nós queremos ter políticas públicas que atendam aos idosos
que precisam.
Eu queria cumprimentar a Claudia nossa parceira da saúde. Dizer que a saúde é
um componente muito importante na política pública para o idoso, em alguns
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casos ele é o mais importante. Mas, Claudia, quero te dizer que não é o nosso
desejo. O nosso desejo não é tratar a questão do idoso como uma questão de
saúde. Nós queremos tratar a questão do idoso como uma questão de atividade,
de ativismo, de participação, de protagonismo. A gente quer tratar o idoso como
uma pessoa absolutamente incluída na sociedade, e que vive por muito tempo, e
que pode contribuir muito para o desenvolvimento da nossa sociedade.
Mas sem dúvida nenhuma não dá para dispensar a saúde. Tanto a saúde
preventiva, que é aquela que a gente quer apostar, uma alimentação melhor,
dizem que a saúde entra pela boca, então uma alimentação melhor, uma
orientação para uma alimentação melhor. A atividade física para mexer o
esqueleto, mexer o corpo para que a gente tenha mente sã e corpo insano, mente
saudável e corpos saudáveis. É isso que a gente quer.
Quero cumprimentar duas pessoas maravilhosas que trabalham comigo, é um
privilégio. Quero cumprimentar a Marly Cortez que é a secretaria executiva do
Conselho Estadual do Idoso, e toda a equipe técnica que cuida do idoso na nossa
secretaria, ao lado da Rita Dalmasio, a nossa chefe da proteção social. Queria
dizer que a Rita e a Marly fazem um trabalho maravilhoso e por isso eu tenho
tanta confiança que faremos uma boa gestão. Ninguém faz nada sozinho, a gente
faz com parceria. Nós temos que ter humildade todos os dias para escutar os
técnicos, para tomar uma decisão que tenha um caráter técnico, acima de tudo
técnico. E para isso a gente também obriga os técnicos a escutarem os usuários,
os usuários do sistema de proteção social, porque é o povo, é quem tá na ponta
que sabe melhor o que tem que ser feito.
Por isso a importância dessas conferências a cada dois anos. Não é a segunda
conferência, é a 14 ª conferência. E, nessa conferência o que nos interessa é que
vocês falem. Nos interessa é escutá-los, saber o que vocês estão pensando.
Porque nós estamos passando por um momento de profunda transformação na
nossa sociedade. Todo mundo diz que a nossa sociedade está ficando mais
idosa. Mas não é só que está ficando mais idosa, está ficando idosa por mais
tempo, as pessoas estão vivendo mais. Então quando se fala em se aposentar
aos 60 e aos 65 anos, nos dias de hoje não faz mais sentido. Hoje nós temos que
pensar em uma aposentadoria a partir dos 70, entre 70 e 75, porque aos 60 e 65
vocês estão em plena capacidade de trabalho, em plena capacidade intelectual. E
a sociedade precisa de vocês.
Mas eu vou dizer outra coisa para vocês. Hoje dizem que a gente vive por mais
tempo. Então a gente se aposenta aos 60 e vai viver até os 80, 90, vai viver trinta
anos. Trinta anos que nós precisamos ter atividade, porque se a gente ficar trinta
anos em casa nós estamos liquidados. E não são só os idosos, é toda a
sociedade. Dizem que as mulheres vivem um tempo mais que os homens, em
torno de 10 a 15 anos mais que os homens. Dizem que com toda a alimentação,
com toda a qualidade de vida que foi conquistada ao longo dos anos, e nós
sabemos disso, até o início dos anos 80 as pessoas morriam com 70 anos de
idade, 65 a 70. Hoje não morrem mais. E dizem que os homens vão chegar a 100,
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e como diz o governador, as mulheres não vão morrer mais.
Mas olha, essa é uma discussão importante. Nós temos feitos políticas para que
os idosos, mesmo aposentados, voltem a ter atividades. As empresas perceberam
que contratar idosos é um grande negócio para elas. É sobre isso que nós
estamos falando. É sobre viver 30 anos aposentado. Não é qualquer tempo, é
uma outra vida. Quando a gente fala da terceira idade hoje é uma terceira idade
para valer, porque as pessoas estão na quarta idade. Vocês viram aqui hoje que
quando a gente fala em terceira idade, nós estamos vendo a primeira idade, aos
25 anos; a segunda idade, até os 50, 60 anos; e depois nós vamos para a terceira
idade, e são mais 30 anos de vida. E o que nós vamos fazer com mais 30 anos de
vida? Com toda a capacidade intelectual que a escola da vida nos deu, com todo
o poder que nós temos hoje, físico, vigor físico que as pessoas têm. Nós
precisamos pensar firmemente quais são as políticas públicas que nós vamos ter
no futuro próximo para nosso envelhecimento saudável. E para isso passa pelos
núcleos de convivência de idosos, os centros de convivência, os centros dia, as
atividades, o agita sampa, todas as políticas que estão sendo discutidas por aí.
Mas passa essencialmente pelo reconhecimento da sociedade da importância que
os idosos têm e continuarão tendo na formação e no desenvolvimento do nosso
povo. É fundamental esse respeito, esse reconhecimento. É fundamental que a
gente pense que tratar o idoso ou a questão do idoso hoje não é tratar mais a
doença, mas é tratar a vitalidade, é tratar o potencial que vocês têm de contribuir
com a sociedade. E nós, os mais jovens, e nós os formuladores das políticas
públicas, ao lado de vocês, com o conhecimento de vocês, nós não podemos
deixar o desperdício de uma parcela da sociedade que pode contribuir, e que
muitas vezes é vista pelos outros, especialmente pelos mais jovens, como gente
que deveria estar em casa. Nós não vamos deixar. Nós não podemos deixar. Nós
temos que ter esse olhar, essa visão estratégica.
Eu vou contar uma coisa para vocês. Na Coréia do Sul (claro, porque na Coréia
do Norte ninguém sabe o que acontece) nós tivemos uma onda inversa a onda
brasileira. Lá o governo começou a pagar para os jovens ficarem estudando.
Então, os jovens saiam da escola, e ao invés de ter o primeiro emprego, o
governo pagava para o jovem fazer uma pós-graduação, estudar mais tempo.
Então passou a estudar 11 anos. Quando entrava no mercado de trabalho, aos 30
anos, e não aos 18 anos como é no Brasil, entrava com uma capacidade de
conhecimento, uma capacidade técnica extremamente competitiva. E deu no que
deu. Todos esses aparelhos que a gente tem, que a gente fala no telefone, é tudo
coreano, é a maior produtora de tecnologia do mundo é a Coréia. Na outra ponta
da régua social, a Itália, ou seja, do outro lado, o que eles fizeram, eles
possibilitaram que os idosos continuassem no mercado de trabalho. Lá a
aposentadoria é aos 70, 75 anos. Porque? Porque aqui os jovens entram no
mercado de trabalho aos 18, 19 anos com conhecimento precário, sem
experiência e com baixa remuneração. Ao entrar essa quantidade enorme de
jovens no primeiro emprego, empurra do outro lado os idosos para fora do
mercado de trabalho. Eu estou falando idoso, mas nem sempre é idoso, às vezes
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com 50, 55 anos já tira a pessoa do mercado de trabalho, e a pessoa não
consegue mais ter a sua renda. E quando se aposenta no Brasil, se aposenta com
uma renda pequenininha que mal dá para pagar os custos da aposentadoria, ou
seja, remédio, aluguel muitas vezes, alimentação, atividades de lazer.
Tudo isso nós precisamos pensar. Porque lá o que eles fizeram? Da mesma forma
que eles mantiveram os jovens por mais tempo estudando eles deram a
oportunidade para que as pessoas mais idosas, com mais conhecimento, com
mais experiência, pudessem continuar contribuindo com a sociedade.
Eu não preciso dizer que a sociedade coreana hoje é uma das mais desenvolvidas
do mundo, e nós temos que nos inspirar nas boas soluções, naquilo que já foi
pensado, naquilo que está sendo testado.
Portanto, o que eu proponho aqui, e parte dos debates dessa conferência, dessa
XIV Conferência, que trata do empoderamento e do protagonismo do idoso na
nossa sociedade, que a gente vá além do respeito e da dignidade que todos vocês
merecem, mas que a gente possa realmente propor para a sociedade brasileira a
participação do idoso como sujeito de direito, e como protagonista do
desenvolvimento da nossa sociedade. Vocês têm muito a contribuir, têm muita
experiência, muito conhecimento, e nós precisamos de vocês. Uma boa
conferência a todos.
CERIMONIALISTA: Informando aos participantes para verificarem se o nome está
correto no crachá, caso esteja algum nome incorreto, passar na secretaria para
fazer a correção para serem emitidos os certificados.
Nesse momento será desfeita a mesa dos trabalhos dessa manhã para que
possamos ouvir as considerações gerais sobre a XIV Conferência Estadual do
Idoso com a coordenadora da comissão organizadora a Sra. Akiko Oyafuso. Peço
uma salva de palmas para a mesa de trabalhos dessa manhã.
AUTORIDADE - Floriano Pesaro
Pessoal, eu só esqueci de agradecer a presença da Sra. Sandra que foi quem
mais me orientou do ponto de vista das políticas do idoso na cidade de São Paulo.
A Sandra é uma das coordenadoras técnicas dessa conferência, agradecer a
Sandra e a toda equipe técnica que está nos dando todo o apoio.
CERIMONIALISTA: Nesse momento convido para subir ao palco a Sra. Akiko
Oyafuso coordenadora da comissão organizadora da XIV Conferência Estadual do
Idoso.
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AUTORIDADE – Akiko Oyafuso
Bom, já nós nos vimos ontem, já nos vimos hoje, e continuamos nos vendo. Acho
que aqui começa nessa conferencia a comemorar uma festa possível através da
democracia participativa a favor do idoso. Eu vou falar um pouquinho porque eu
tenho certeza que cada um de vocês, nos seus conselhos municipais, nos seus
municípios, e nós aqui no conselho estadual não começamos a conferência hoje.
Hoje é uma das etapas em relação a preparação que começou desde novembro
do ano passado. Então eu só vou fazer uma pequena retrospectiva, e que a gente
pudesse ir percebendo que o tema proposto para esta conferência que é o
protagonismo e o empoderamento da pessoa idosa - no Brasil de todas as idades,
perceber que ele está embutido na nossa pequena retrospectiva até chegarmos
esta data de hoje, dia 28 de setembro, XIV Conferência Estadual.
Nós começamos a praticamente a pensar na previdência a partir de novembro do
ano passado quando foi instituída a comissão organizadora da conferência, onde
diferentes conselheiros do estado, e também aqui da capital, compuseram essa
comissão.
Então a comissão organizadora dessa conferência que todos vocês estão
participando é composta pelos conselheiros titulares: Elaine Cristina dos Santos
que é da região de São José do Rio Preto; pela Maria Antonieta de Melo que é da
região de Sorocaba e é do conselho municipal de Itu; pelo Tarcísio de Almeida
que é nosso relator e da região da Baixada Santista; pelo Ubaldo Benjamim que é
da região de Bauru; e pelo Wilson Brinkmann que é da região de Atibaia; e Yara
Carvalho Blank que é da região de Araraquara.
Nós temos pelo poder público eu mesmo, Akiko Oyafuso, Secretaria do Estado da
Cultura e representante junto ao conselho; nós temos a Márcia Cristina Volpati
representante do conselho pela Secretaria do Estado da Educação; e também a
Marly, que o secretário também apresentou, que é representante da Secretaria
Estadual do Desenvolvimento Social.
Eu só gostaria de ressaltar porque também vocês município formaram a sua
comissão organizadora, de uma certa forma, o que une essas comissões
organizadoras é o entendimento que a conferência é um espaço privilegiado para
que nós possamos praticar a favor do idoso. Algumas pessoas que se oferecem
para serem voluntários dessas comissões, com certeza também nos municípios,
assumiram uma carga maior em relação a conferencia municipal que vocês
realizaram.
Então quando a gente começa a fazer (e a gente não pode perder a história) uma
pequena retrospectiva, é de qual é a importância do momento que nós estamos
vivendo. Começamos lá no município através dos conselhos municipais para
podermos chegar com as suas deliberações até a conferência estadual.
Então, nós temos lá a deliberação nº 05, isto é a deliberação que definiu o número
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de participantes delegados municipais, e definiu também o número 108 que será o
número que vai corresponder aos delegados retirados nesta conferência para a
conferência nacional. No último dia, nós vamos ter então também a eleição dos
delegados para a conferência nacional.
O que é que aconteceu nesse período desde novembro? Uma das primeiras
atividades nossas, e que realmente ocupou bastante tempo, foi definir quais são
as diretrizes, ou quais seriam as diretrizes para a conferência estadual. Então nós
definimos que a conferência deveria ser inclusiva, e ela deveria ser representativa,
e ela deveria ser participativa e deliberativa. Então veja só, quando pensamos nós
definimos que a conferência deveria ter estas diretrizes, e ela fosse inclusiva.
E qual foi nossa ação em relação a questão da inclusão? É pegar o tema do
protagonismo e empoderamento da pessoa idosa, e tentar trocar isso em miúdos.
Nós pensamos que o tema talvez para algumas pessoas podemos ter essas
palavras no seu cotidiano, dizer o seguinte: "Nossa ontem eu fui protagonista em
uma palestra; nossa o protagonismo", mas acho que não faz parte ainda do nosso
vocabulário cotidiano.
Então uma iniciativa nossa, por isso que eu estou colocando em caráter intrínseco
da conferência, foi desmistificar, trocar em miúdos o tema da conferência. Porque
nada adiantaria se nós dissemos é o protagonismo e o empoderamento da pessoa
idosa por um Brasil de todas as idades. É preciso compreender o que significa
esses conceitos, protagonismo, empoderamento para um Brasil de todas as
idades, para que pudéssemos começar a conversa.
Então, eu não sei, alguns participaram das questões descentralizadas, nós
publicamos uma pequena cartilha verde, um livretinho verde, que foi de autoria,
que é de autoria de duas das nossas conselheiras, a Márcia Volpati da educação,
e Elaine Moura da secretaria de desenvolvimento social.
Uma cartilha modesta, e se vocês já viram tem até uma tira de desenho onde um
menininho diz assim: "Nossa é do idoso? Nós vamos tratar desse tema?", aí outro
responde: "Mas nós somos muitos.", aí outro diz assim: "É preciso então nos
reunirmos. É preciso então acoplar."
Então, quando nós começamos o trabalho essa iniciativa de estar trocando em
miúdos, veja só qual é a preocupação. Se queremos incluir, se queremos ampliar,
se queremos envolver, se queremos considerar, é preciso que a fala, que a
comunicação seja compreensível para que o outro possa ser o interlocutor.
Então quando eu digo que na conferência o caráter inclusivo faz parte da diretriz
foi nesse sentido. Aproximar para que o tema proposto fosse algo compreensível
para que pudéssemos estar incluindo mais pessoas, mais idosos na questão da
conferência.
Quando nós falamos que ela é representativa, vocês viram que neste ano nós não
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tivemos as conferências regionais, nós fizemos apenas as conferências
municipais obrigatórias, porque são obrigatórias de acordo com o conselho
nacional, mas usamos o critério da proporcionalidade. Municípios com maior
número de idosos, como na capital São Paulo que tem 1 milhão e 200 mil aqui na
capital, tem uma delegação de 93 delegados. Municípios menores tem um número
menor de delegados. Então a questão da proporcionalidade foi entender que o
número de idosos do município é aquele número que vai ser o fator de definição
também do número de delegados. Então a questão da representatividade tem a
ver com a proporcionalidade que nós utilizamos na definição de delegados.
E a participação, ela se deu, nessa aproximação dos conselhos municipais, ela se
deu através de uma série de reuniões descentralizadas que realizamos no Estado.
Nós tivemos uma reunião em São José do Rio Preto, uma reunião em Bauru,
Araraquara, Campinas, Santos, Capital São Paulo e Grande São Paulo.
Então essas 7 reuniões descentralizadas, elas tiveram dois objetivos básicos: 1)
de orientar com relação a competência; 2) de mobilizar. E nesse sentido, essas
reuniões descentralizadas foram um sucesso principalmente porque focamos em
diferentes parcerias locais. Nós do conselho estadual temos claro que o
fortalecimento dos conselhos municipais, ela corresponde ao ser protagonista
naquele município na questão do idoso. Nessas reuniões descentralizadas nós
tivemos um apoio muito grande das DRADS locais, prefeituras e universidades,
para que nós pudéssemos ter quase mil pessoas durante esse percurso tratando
dessa nossa conferência.
Então, nessa descentralizada, é claro, o tema é o mesmo, protagonismo,
empoderamento da pessoa idosa por um Brasil de todas as idades. E tem os
eixos também. Então o que é que nós estamos fazendo juntos?
Começando dos municípios, das questões que tangem, que tocam o idoso
naquele município, e que estão passando a limpo o tema protagonismo e
empoderamento através dos eixos, e que vamos fazer agora para o Estado. Então
vamos se dizer assim, o primeiro eixo diz então como é o protagonismo e o
empoderamento no meu município na questão da gestão. Então os eixos (são
quatro eixos) onde nós vamos checar como é que o tema proposto é trabalhado,
ele é existente ou não, como é que está nosso município neste tema, neste eixo.
Quando nós falamos do financiamento, como o Fábio Ribas falou muito bem hoje
de manhã, sonhar é super joia, é bem legal. Mas é preciso ter os pés no chão.
Sem a pontuação, sem o detalhe, sem o aparecimento da questão do idoso no
orçamento municipal, eu não vou ter ferramenta, o conselho não terá ferramenta
para transformar em realidade esse sonho. Só que nós já somos, eu já sou idosa
certo, nós podemos apontar acerca das dificuldades, mas nós temos que usar
nossa sabedoria, como falou o Carlos Uehara, nós vamos tentar.
Eu acho que esse é o caminho, através da conferência, nessa instância tentar
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analisar nossos eixos (participação, gestão, financiamento, direitos humanos) a
luz do tema. Como é a questão da participação no meu município? Como é que
eu vejo se existe um protagonismo do idoso? Como é que ele é senhor de si?
Como é que ela é senhora de si? Como é que eu me coloco em relação ao
financiamento no meu município?
Esse então foi o trabalho desenvolvido de uma certa forma até aqui. Isso aí são
cenas que acho que quase muita gente aqui participou. Então nós temos nas
reuniões descentralizadas em São José do Rio Preto, em Araraquara, Bauru,
Campinas, Santos, São Paulo.
De uma certa forma, é como se nós tivéssemos ampliando através dos conselhos
municipais essa possibilidade de ter uma discussão objetivada, categorizada, e
saber como encaminhar. Vocês devem estar lembrados, quem participou dessas
reuniões descentralizadas, que nós falamos o seguinte, vamos trabalhar até 14
deliberações por eixo, poderia ser 1, 2 até 14. O que for do município encaminhar
para a prefeitura; para o secretário de desenvolvimento social, se tiver; para a
primeira dama, se ela tiver haver com a questão do idoso; encaminhar o que é do
município encaminhar para o município. Como aquilo que for do Estado será
encaminhado para o próprio Estado.
Então a gente está querendo, esperando, que a gente possa, ao discutir as
deliberações que vieram do município, cada um desses grupos vai ter a presença
de diferentes municípios naquele mesmo eixo. Dali é que nós vamos verificar o
que é de amplitude estadual, o que é de âmbito estadual e o que é federal.
Mesmo que seja um processo longo, eu acho que nós vamos ter a possibilidade
através da conferência de fazer um exercício, de conhecer o outro, de fazer um
exercício de sintetizar, de fazer um exercício de priorizar, o que todo mundo saber
fazer no seu dia a dia. Então agora vamos fazer, vamos ter esse desempenho
nessa conferência.
Como falou nosso presidente Henrique, nós tivemos 340 municípios que
realizaram a conferência municipal. Isso significa um dado extremamente
saudável, extremamente positivo em relação ao conjunto de conselhos que nós
temos ativos no Estado. Nós temos ainda muito o que fazer. Mas em relação aos
municípios que têm conselho municipal, então nós temos 340 que realizaram a
sua conferência municipal, e muitos realizaram pela primeira vez a sua
conferência mesmo não tendo conselho, que não é o caso aqui de Águas de
Lindóia que criou seu conselho municipal durante essa semana do idoso.
O processo dá muito trabalho. Porque abraçar causa pública dá muito trabalho.
Mas abraçar causa pública é um exercício de solidariedade com o outro. É difícil,
porém eu acho que nós estamos avançando pouco a pouco. Eu penso que após
esta conferência, esse dia de conferência, elas farão uma pequena diferença em
relação à minha volta do município, uma diferença positiva.
O que nós temos como resultado até agora? Nós temos lá: mobilização e
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orientação para quase mil pessoas nas reuniões macrorregionais. Durante essas
reuniões macro nós envolvemos quase mil pessoas durante esse processo, que é
aliás é um dos objetivos aqui da administração do Henrique, que nós possamos
ter cada vez mais uma articulação com os conselhos municipais do idoso, porque
nós temos o mesmo papel em instâncias diferentes. E que nós tivemos também
aproximação com os conselhos municipais existentes; o estímulo a criação dos
conselhos municipais, e muitas vezes a realização da primeira conferência
municipal; 340 municípios realizaram a conferência municipal do idoso; 359
municípios possuem o conselho do idoso ativo. E tivemos também, uma das
perguntas do relatório foi experiência exitosa; 87 municípios apresentaram as
suas experiências, até duas experiências exitosas, e nós vamos estar
publicizando através no nosso site. O nosso site está bem atual, nós estamos
colocando como sendo realmente uma ferramenta de comunicação em relação ao
público geral. Por sinal, foi através do site, e perguntando, fazendo uma pequena
enquete né Márcia, do que é que pega mais o idoso as duas questões que mais
apareceram nessa enquete foram: a violência contra o idoso; e a questão do
financiamento, ou a criação do fundo municipal do idoso. E frente a colocação do
nosso secretário, e frente ao decreto assinado pelo governador, a criação do
fundo municipal é urgente. É uma forma de você, o conselho, enquanto
deliberativo, deliberar sobre o fundo no seu próprio conselho.
Eu só concluí fazer uma pequena retrospectiva porque eu tenho a impressão que
cada um que está presente aqui deve ter passado, trilhado esse mesmo caminho
no seu município. E o fato de vocês estarem aqui (ou de nós estarmos aqui que é
melhor) é extremamente esperançoso. Esperançoso para quem? Para os 5
milhões, 100 mil de idosos que esse Estado de São Paulo tem. Esse é o nosso
universo. Em 2050 seremos 25% da população do Estado. Mas eu acho que nós
estamos no caminho certo, e de uma forma alegre, porque nós apostamos na
vida. Nós apostamos no idoso quanto cidadão, quanto pessoa humana, enquanto
pessoa à vida.
Então eu só queria dizer assim, ao encerrar um pouco a minha fala, dizer assim:
talvez nós cheguemos quarta-feira podendo dizer "eu me amo", que é o
protagonismo, e "amo muito o que me é de direito", é essa a nossa busca.
Obrigada a cada um. Obrigada pela boa vontade por estar nessa confusão que
nós já criamos, tá certo? Mas que tem um sujeito muito claro, o idoso do Estado
de São Paulo. Obrigada.
CERIMONIALISTA: Pessoal, só para constatar é uma formalidade: eu declaro
aberta a XIV Conferência Estadual do Estado de São Paulo.
Eu tive pensando outro dia que a gente tem a imagem do Japão, os idosos
caminhando na rua, os idosos participando de atividades físicas, o idoso
trabalhando. Aqui no Brasil eu fico imaginando onde a gente encontra os idosos?
Ou é na farmácia, ou é na fila do banco.
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Agora eu vou apresentar para vocês qual vai ser o cronograma a partir de agora.
Lembrando que os slides e as apresentações dessa manhã, e a pauta do evento
estão no site www.conselhodoidoso.sp.gov.br; os senhores podem acessar depois
do evento.
Lembrando que agora teremos um intervalo para o almoço e depois as 13:30,
nesse salão, teremos políticas públicas para o idoso.
Em seguida orientações sobre a votação eletrônica e uso do keypad. É importante
que todos os presentes venham para o auditório com o crachá.
Em seguida teremos a leitura e aprovação do regimento interno. Logo mais
teremos informativos e palestras em geral sobre os eixos temáticos. E no final
desse dia de trabalho teremos interação com a plateia.
Amanhã, terça-feira, teremos o dia de trabalho nas salas do 10º andar com os
eixos temáticos (eixo de gestão; eixo de financiamento; eixo de participação; e
eixo de sistema nacional de direitos humanos). Na quarta-feira, neste salão,
teremos a distribuição das propostas dos eixos temáticos, apresentação para
aprovação e votação. Depois do almoço teremos a votação final; a eleição dos
delegados para a conferência nacional; e a plenária de encerramento com a
apresentação dos delegados, das propostas finais e monções. E o encerramento
se concentrará em comemoração ao dia nacional do idoso.
Para todos um bom almoço. Está encerrado o trabalho desta manhã da XIV
Conferência Estadual do Idoso com tema protagonismo e empoderamento da
pessoa idoso - por um Brasil de todas as idades. Muito obrigado.
AUTORIDADE – Akiko Oyafuso
Agora nós vamos dar início então a parte da tarde da nossa conferência, e eu
tenho a honra de chamar para falar sobre políticas públicas para idosos, Marly
Cortez que é secretaria executiva do programa São Paulo amigo do idoso.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA IDOSOS
AUTORIDADE - Marly Cortez
Boa tarde a todos. Eu vou aqui para cumprir uma obrigação minha, mas com
bastante prazer. Eu queria contar para vocês como é que se encontra o programa
amigo do idoso. Como todos sabem, foi criado em maio e 2012, portanto nós
temos aí três anos de execução do programa.
O programa São Paulo amigo do idoso foi criado por decreto em 20 de maio de
2012, e este mesmo decreto que criou o programa, criou uma comissão
intersecretarial composta por onze secretarias para construir as diretrizes do
49
programa. E agora em fevereiro, através de decreto, o fundo social da
solidariedade foi feito para integrar a comissão que representa o programa.
Bom, o São Paulo Amigo do Idoso baseia-se no conceito do envelhecimento ativo
da ONU, como os senhores sabem o professor Alexandre Kalache, a Sandra
Gomes, Claudia Fló, Marina Person, e esse pessoal histórico da área da saúde,
foram consultores do programa, nos ajudaram a defini-lo, como também o
Alessandro Moura Ferreira da Fundação Getúlio Vargas.
Os conceitos de envelhecimento ativo e os princípios dele inspiraram o nosso
programa, e nós construímos então quatro pilares: proteção, educação, saúde e
participação. E nesses pilares estão sendo desenvolvidas ações em várias
secretarias.
O que significa o envelhecimento ativo para o Estado de São Paulo? Significa
oferecer a essa população de mais de 60 anos a oportunidade de viver em
sociedade; demonstrar suas opiniões; tomar suas decisões políticas; circular pela
cidade; consumir a arte, cultura; relacionar-se, e principalmente, ter saúde física e
mental.
Então aí, exatamente essa tela da América antiga, eu preciso atualizar. Mas foi
assim que foi concebido o programa, assim que ele foi apresentado a três anos
atrás. Então, ações nos pilares da proteção, educação, saúde e participação.
No pilar da proteção, nós lá da secretaria de desenvolvimento social, onde eu
trabalho junto com o secretário Floriano que é o secretário atual, nós estamos
desenvolvendo, construindo centros de convivência do idoso. Nós temos previstos
205 centros de convivência do idoso, 8 já foram inaugurados. Como os senhores
sabem, os centros de convivência do idoso são para idosos de situação de
vulnerabilidade, principalmente beneficiários de BPC, originários de famílias de
transferência de renda, os idosos que apresentam experiência de isolamento,
ausência de acesso aos serviços e oportunidade de convívio familiar é
complicado.
A secretaria de desenvolvimento social transfere para o município, por meio de
convênio, 250 mil reais, e a gestão do serviço é da prefeitura.
Este centro de convivência do idoso, que é da proteção social básica, é para as
cidade de pequeno porte II, ou seja, até 50 mil habitantes. Já foram inaugurados
centros de convivência do idoso em Aparecida do Oeste, Adolfo, Boracéia,
Cristais Paulista, Floreal, Itapuí, Monções e Potirendaba. E vamos em frente aí
para construir esses 200 faltantes.
Bom, isso eu já disse para os senhores. Os centros de convivência do idoso pode
atender até 200 idosos em grupos de 25.
50
Nós temos umas fotografias bonitas, esse é o centro de Capão Bonito. Obrigada
Elaine pelas fotos.
O centro dia, nós também construímos, por meio de convenio, o centro dia que
são as casas destinadas a prover acolhimento, proteção e convivência a idosos
semi-dependentes, cujas famílias não tem condições de prover esses cuidados
durante o dia, ou parte deles.
São 42 CDIs inaugurados, quando o programa São Paulo Amigo do Idoso
começou nós já tínhamos um grande número de CDIs inaugurados, da gestão
anterior, com recursos da gestão Serra.
Estão previstos mais 67 equipamentos, e o que eu queria contar que é bastante
bom, embora a gente esteja caminhando muito mais devagar do que nós
gostaríamos, portanto com as dificuldades que nós conhecemos agora, com a
baixa arrecadação do Estado, nós já temos 224 convênios assinados para os
CCIs e CDIs, então vejam só.
Eu tenho alguns amigos que me cobram muito que não sabem nas cidades onde
esses equipamentos estão instalados, então eu vou fazer questão que vocês
leiam aqui, nós temos: Agudos, Americana, Araraquara, Avaré, Barretos,
Bebedouro, Bocanha, Botucatu, Bragança Paulista, Capão Bonito, Capela do Alto,
Dois Córregos, Dracena, Espírito Santo do Pinhal, Ibitinga, Ilha Solteira, Ilha Bela,
Itapetininga, Itapeva, Itatiba, Itatinga, Itu, Jaguariúna, Jaú, Leme, Marília,
Miguelópolis, Monte Alto, Osvaldo Cruz, Poá, Pompéia, Ribeirão Preto, Socorro,
Vinhedo, Votorantim, Votuporanga, Santo Antônio da Alegria, Mogi Mirim, Araras,
Franca e Piracicaba. Falta inaugurar ainda Olímpia e Paranapanema.
É muito importante que nós saibamos onde que tem esses equipamentos, que nós
todos exerçamos o controle social. Que a gente utilize esses equipamentos, que a
gente dê retorno. O que vocês sentiram nesses equipamentos, como é que estão
os serviços oferecidos? A gente tem que fazer uma rede assim.
É na secretaria também que existe o parceiro amigo do idoso, que é ofertado a
idosos em situação de idade, acima de oitenta anos.
Uma outra política que é bastante importante, é muito pouco conhecida, é de
excelência, estamos vendo a dignidade, que é fruto de uma parceria entre a
secretaria de habitação (CDHU) e a nossa secretaria de desenvolvimento social.
São moradias assistidas em pequenas vilas, adequadas a população, que
incorporam um desenho universal, com a área de convivência social.
Esses municípios que estão na tela, eu não vou ler, para não vai ficar muito
cansativo, eu só tenho meia hora. Estão aí. A minha apresentação fica para todos.
Eu tô aqui disponível para a gente conversar sobre eles. O último se eu não me
engano foi o inaugurado em Mogi das Cruzes, e a Juraci contou coisas
maravilhosas restituindo a dignidade em Mogi das Cruzes.
51
Educação também, neste pilar educação, os senhores conhecem os centros de
pesquisa; o núcleo de graduação e pós-graduação em gerontologia na USP Leste,
na faculdade de medicina da USP; nas universidades abertas a terceira idade que
já atenderam mais de 100 mil alunos. E os cursos também de aprendizado digital
que a gente coloca nesse pilar, pilar de educação.
No pilar saúde, serão construídos 6 novos. AMEs, são ambulatórios de
especialidades. Nós chamávamos de CRIs (CRI Norte e CRI Leste), e passam a
chamar AME. Nós temos mais dois na capital prontinhos para serem inaugurados,
na Vila Mariana e na Lapa. E há uma previsão de mais quatro novos.
Essas unidades com atividades voltadas para idosos são alas hospitalares com
um espaço de convalescência pós alta, com situações, por exemplo, da retirada
de sonda, fortalecimento para caminhar, para o idoso reaprender a escrita, cuidar
de uma cicatrização de escaras, tomar remédios sem demora. Nós temos 2
inaugurados, um em Ipuã e outro em Pedregulho, e há previsão de construção
dessas alas hospitalares especializadas para idosos em convalescência, em
Araçatuba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e em Marília.
O selo hospital amigo do idoso será ofertado para grandes hospitais, e todos os
hospitais aceitaram o desafio de desenvolverem ações ligadas a familiares e aos
idosos. Nós temos aqui em São Paulo os 12 maiores hospitais prontinhos para
receberem o selo hospital amigo do idoso, e os senhores serão informados.
No pilar participação nós temos o programa melhor viagem, que é para viagem de
idosos em baixa temporada direcionada para idosos. São quatro diárias, para
viagens de segunda a sexta, com hospedagem e refeição completa, e atividades
de lazer e entretenimento. Já foram visitadas as cidades de Praia Grande, Mogi,
Vargem, Itanhaém, Atibaia e Caraguatatuba. Doze mil e trezentos idosos já foram
contemplados com essa viagem.
Este é o cartão, acho que todos também já conhecem, é o cartão atividade do
programa vida ativa. É repassado no cartão magnético R$ 57,00 por mês para que
o idoso possa frequentar a academia, e o recorte limite que nós temos é de idosos
com até 3 salários mínimos. Em 2015 foram entregues 958 novos cartões, em
quatro regiões do Estado, 3 mil pessoas atendidas, 85 academias credenciadas,
17 cidades atendidas, um investimento anual aproximado de 3,5 milhões. Esse
decreto, é um decreto que transferiu o Conselho Estadual do Idoso da secretaria
da justiça para a nossa secretaria de desenvolvimento social.
Eu fiz um mapeamento do Fundo Estadual do Idoso, a nossa preocupação, a
minha preocupação grande enquanto presidente. Esse fundo foi criado pela minha
gestão, não por mim evidentemente, é uma lei estadual, do governador Geraldo
Alckmin de 1º de outubro de 2012. Nós temos agora, no conselho, por volta de 4
milhões. Nós estamos aqui, com o secretario Floriano e todos os conselheiros e o
presidente Henrique, muito animados com a possibilidade de até o final do ano
conseguir aumentar muito esses recursos do fundo através de campanhas de
sensibilização ao empresariado e à pessoa física também. Esses são os nossos
52
números lá do conselho, a nossa conta, agência.
Eu queria falar no final um pouquinho sobre o selo amigo do idoso. Nós criamos
esse selo como uma estratégia, para que não só a secretaria de estado, mas
também todos os municípios do nosso estado se envolvessem em ações
referenciadas pelo programa. E uma forma, de convencer os municípios, de
animar essas parcerias, é certificar o município como amigo do idoso.
Nós temos aproximadamente, gente, 350 municípios desenvolvendo ações
bastante próximos de receber o selo de município amigo do idoso. Nós temos 639
municípios paulistas se candidataram ao selo, que é bastante importante essa
adesão, este entusiasmo.
O que venha a ser o selo? O selo é dividido em 3 fases: nós temos o selo inicial,
selo intermediário e o selo prêmio. O selo inicial é exatamente a fase que nós
estamos agora, o município tem que desenvolver 7 ações. A primeira ação
obrigatória, nós temos tido uma resposta muito forte, é criar o conselho municipal
do idoso. A segunda ação obrigatória é realizar diagnóstico de gestão sobre as
políticas; e a terceira é realizar diagnóstico com os idosos do município.
A comissão intersecretarial criou um instrumental que chama IDEA (índice de
desenvolvimento de envelhecimento ativo), IDEA gestor e IDEA idoso. São dois
cadernos com perguntas, o professor Kalache trabalhou muito em um deles, para
repetir mais ou menos o desenho daquele cidade amiga.
Então este diagnóstico tem sido feito no Estado todo, os municípios realizam
oficinas com os idosos, oficinas com os gestores, e as questões são respondidas
de maneira consensual, é sim/não/parcialmente. É um instrumento bastante
lúdico, a gente usa cores para o não vermelho, para o sim verde e para o
parcialmente amarelo. Então, ao cabo de todas as questões a gente consegue ter
uma visão bastante clara, de que eixo do município não convém e quais setores
tem que ser trabalhados. Então esse é o IDEA gestor, são essas quatro réguas
com 10 questões cada uma, 40 questões. IDEA idoso que é baseado no modelo
global de análise do idoso.
No selo intermediário o município tem que continuar organizando ações. Como
nós temos quatro eixos no programa, o município tem que escolher 1 ação pelo
menos por eixo, e a ação que ele não executar nessa fase intermediaria, o eixo
faltante tem que ser escolhido na fase final do procedimento.
As ações obrigatórias, então, são mais três, para completarem dez, são dez as
obrigatórias: cadastrar todos os idosos no CAD único dentro dos critérios do
cadastro único; cadastrar os idosos nas unidades da área de saúde com
identificação das suas necessidades de saúde; criar programação de participação
e formação dos funcionários envolvidos com o transporte público, quando houver.
Para receber o selo prêmio, então, como eu disse aos senhores, o município tem
53
que desenvolver a ação que está faltando; e, tem que refazer o diagnóstico. Esse
é um diagnóstico de percepção, para o município entender e para os idosos se
manifestarem e dizer depois de três anos de ações voltadas para os idosos se
eles têm uma percepção melhor das políticas.
Então, a função de cada parceiro nos selos. O município realiza as ações para o
selo ser concedido, seja inicial, intermediário ou prêmio. Preenche os indicadores
no sistema. O que eu esqueci de contar para os senhores, que a fundação
SEADE criou o sistema de monitoramento online. Nós temos nas 26 diretorias
regionais da nossa secretaria, uma pessoa, um interlocutor para o programa que
recebe login e senha, e em cada um dos centros, tem 139 municípios que
aderiram ao programa, nós temos lá também um interlocutor, indicado pelo
prefeito, que recebe login e senha, e ele vai atualizando o sistema conforme o
município vai realizando aquela ação. Esta ação, muitas delas, a maioria, também
tem uma parte documental, por exemplo, o município criou o conselho municipal
do idoso e ele tem que mandar a lei de criação para a diretoria regional. Então lá
na diretoria regional, nós temos 639 processos de cadastros montados, e lá então
a diretoria regional instrui os processos e valida, e essa validação então sobe para
a secretaria e aí eu recebo, lá na minha máquina, eu vejo todos os dias o
andamento dos 639 municípios.
Esse é outro exemplo do fluxo do processo, exatamente ali o sistema de
monitoramento, como é o fluxo.
Essa é uma fala do governador que e gosto muito: "São Paulo não quer ser só o
primeiro na força econômica, o Estado que tem tamanho de país, cujo o PIB é
quase duas vezes o PIB da Argentina, é o segundo maior da América do Sul. Nós
queremos ser o primeiro em acolhimento, o primeiro em atender as pessoas, o
primeiro Estado que não deixa ninguém para trás, o Estado que atenda as
questões sociais, que ajuda as pessoas, que reconhece".
Vou finalizar meu discurso por aqui. Estou à disposição dos senhores, aqui
durante a conferência, e todos os dias na secretaria. Esse é o meu telefone. Por
favor liguem para mim para dizer as coisas que estão indo bem, e as coisas que
não estão indo bem.
Se, por ventura, eu disse um município que tem o CCI, que os senhores
conhecem, tem alguma coisa para nos contar, eu e a Elaine cuidamos com muito
carinho tudo que nos chega. Nós temos lá a área da proteção social básica
especial, pela política do idoso, nós vamos ter um olhar bastante atento para que
esses equipamentos funcionem, para os serviços sejam oferecidos da forma que
estão tipificados na assistência social.
Uma boa conferência a todos, e foi um prazer poder falar um pouquinho do
programa para vocês.
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DELIBERAÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO
EIXOS TEMÁTICOS
Propostas de nível Federal
1. Revisão dos critérios de renda para concessão do BPC: Não incluir o
benefício da pessoa com deficiência na renda de famílias que possuam pessoas
idosas. Alterar o valor da renda per capita de ¼ para ½ salário mínimo e
reconhecimento do idoso a partir de 60 anos como sujeito de direitos para receber
o benefício de acordo com o Estatuto do Idoso.
2. Aumentar as cotas para moradia de idosos de 3% para 10% nos projetos e
programas habitacionais públicos. Incentivar a construção de condomínios
para idosos. Garantir a locação social para idosos.
3. Atualizar diretrizes, criar modelos e garantir financiamento para construção
de Centros-Dia e Instituições de Longa Permanência Pública para Idosos – ILPI.
4. Investimento em instalações e infraestrutura afim de incrementar e
incentivar a realização de projetos sociais, atividade física, de esporte, cultura e
lazer, visando desenvolver ações de sensibilização e comprometimento com o
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários em relação a pessoa idosa.
5. Criar diretrizes e garantir financiamento para a implantação de Hospitais Dia
para tratamento aos idosos com demência grave e necessidades específicas de
acordo com estudos de avaliação de demanda loco regional.
Propostas de nível Estadual
1. Facilitar o fluxo de aquisição e aumentar o rol de medicamentos fornecidos
pelo SUS. Garantir o fornecimento ininterrupto de medicamentos de uso contínuo
e desenvolver um plano de logística para entregar a domicílio, principalmente para
idosos acamados e com baixo nível de locomoção.
2. Implantar Centros de Referência de Saúde especializada para idosos e que
tenham médicos geriatras, dentistas e equipe multiprofissional para prevenção,
manutenção de saúde do idoso e campanhas para o envelhecimento ativo.
3. Aumentar as cotas para moradia de idosos de 3% para 10% nos projetos
e programas habitacionais públicos. Incentivar a construção de condomínios
EIXO I - Propostas Aprovadas em plenária
55
para idosos. Garantir a locação social para idosos.
4. Implantar clínica geriátrica e de retaguarda, de natureza pública para
pacientes de longa permanência, níveis III e IV e cuidados paliativos.
5. Garantir que seja cumprido pelo estado de acordo com o artigo 15 do
Estatuto do Idoso, o fornecimento de órtese, prótese e outros recursos relativos ao
tratamento de reabilitação.
Propostas de nível Federal
1. Garantir, nas três esferas de governo, recursos para capacitar os
conselheiros dos Conselhos do Idoso na área orçamentária para que os mesmos
possam participar ativamente da construção e acompanhamento do Plano
Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
2. Fomentar recursos financeiros nas três esferas de governo para implantação
de modalidades de serviços e equipamentos públicos, como a criação/
implantação/ ampliação de Instituições de Longa Permanência para Idosos - ILPI,
Centro Dia, Centro de Convivência, Centro de Acolhida da Pessoa Idosa em
Situação de Rua, República para Idosos, Atendimento Domiciliar, Leitos de
Cuidados Continuados e Integrados, Centros de Referência de Saúde para a
Pessoa Idosa e Hospital Dia para tratamento aos idosos com demência grave e
necessidades específicas importantes para assegurar a Proteção Básica e
Especial à pessoa idosa, bem como ampliar recursos destinados às ILPIs públicas
e conveniadas de forma a garantir adequações necessárias e condições de ofertar
atendimento digno à pessoa idosa.
3. Promover a participação efetiva em todas as esferas do governo na discussão
e elaboração do orçamento, de forma a garantir recursos para a implementação
de programas de acordo com a demanda, garantindo que a proposta orçamentária
anual destinada aos programas de assistência aos idosos seja examinada e
aprovada no âmbito dos conselhos dos direitos do idoso.
4. Cofinanciar moradia do idoso pelas diversas políticas públicas. Parceria
público-privada para construção de residência para idosos de baixa renda.
5. Destinar percentual de 2% da arrecadação das loterias estaduais e federais e
eventos: esportivos, shows’ para os fundos nacional, distrital, estaduais e
municipais do idoso.
Eixo II: Propostas Aprovadas em plenária
56
Propostas de nível Estadual
1. Fomentar recursos financeiros no âmbito do governo estadual para
implantação de modalidades de serviços e equipamentos públicos, como a
criação/ implantação/ ampliação de Instituições de Longa Permanência para
Idosos - ILPI, Centro Dia, Centro de Convivência, Centro de Acolhida da Pessoa
Idosa em Situação de Rua, República para Idosos, Atendimento Domiciliar, Leitos
de Cuidados Continuados e Integrados, Centros de Referência de Saúde para a
Pessoa Idosa e implantação de Hospital Dia para idosos com demência grave
importantes para assegurar a Proteção Básica e Especial à pessoa idosa, bem
como ampliar recursos destinados às ILPIs públicas e conveniadas de forma a
garantir adequações necessárias e condições de ofertar atendimento digno à
pessoa idosa.
2. Garantir nas leis orçamentárias estaduais e federal a destinação de uma
porcentagem dos recursos provenientes das diversas fontes de arrecadação para
serem aplicadas especificamente no planejamento e implementação da Política de
Direitos da Pessoa Idosa com execução impositiva.
3. Promover campanhas esclarecedoras sobre o Orçamento Público,
especificamente sobre os fundos, intensificando a divulgação sobre a sua
existência, com o intuito de empoderar e aumentar a participação da população
nas decisões da aplicação dos recursos, estimulando a destinação por parte de
pessoas jurídicas e físicas.
4. Promover a participação efetiva em todas as esferas do governo na discussão
e elaboração do orçamento, de forma a garantir recursos para a implementação
de programas de acordo com a demanda, garantindo que a proposta orçamentária
anual destinada aos programas de assistência aos idosos seja examinada e
aprovada no âmbito dos conselhos dos direitos do idoso.
5. Garantir a disponibilização e a acessibilidade dos mecanismos de
transparência na utilização dos recursos dos Fundos do Idoso.
Propostas de nível Federal
1. Fortalecer a Política do Idoso pelas bases da educação, onde a questão do
direito seja trabalhada desde a infância, incluindo nas disciplinas, de forma
transversal e intergeracional, temas relativos aos direitos da pessoa idosa, de
acordo com o capítulo V art. 22 do Estatuto do Idoso.
Eixo III: Propostas Aprovadas em plenária
57
2. Ampliar os mecanismos de controle social sobre o funcionamento das
ouvidorias, defensorias, promotorias públicas, delegacias, juizados e varas
especializadas na proteção dos direitos da pessoa idosa, por meio de um
Observatório Nacional da Política Nacional do Idoso.
3. Qualificar as informações e a comunicação nos órgãos públicos e nas mídias
para maior divulgação dos direitos da pessoa idosa, por meio da distribuição de
materiais educativos como cartilhas, material impresso e digital sobre a importância
da participação da pessoa idosa como sujeito ativo na formulação, planejamento e
implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
4. Implementar e garantir o funcionamento dos Conselhos de Direitos da Pessoa
Idosa nos estados e municípios, através de formação e educação permanente dos
conselheiros e da população.
5. Fomentar ações intergeracionais e inclusivas que garantam os direitos da
pessoa idosa de participar efetivamente de espaços coletivos de decisões no
controle social das políticas públicas fortalecendo vínculos familiares e
comunitários.
Propostas de nível Estadual
1. Efetivar a participação dos Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa na
elaboração do orçamento público estadual (em suas três peças: Plano Plurianual,
Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual), nos fóruns,
seminários, conferências, entre outras atividades referenciadas à pessoa Idosa.
2. Fortalecer a Política do Idoso pelas bases da educação, onde a questão do
direito seja trabalhada desde a infância, incluindo nas disciplinas, de forma
transversal e intergeracional, temas relativos aos direitos da pessoa idosa, de
acordo com o capítulo V art. 22 do Estatuto do Idoso.
3. Incentivar e capacitar os Conselhos de forma que estes oportunizem aos
idosos o conhecimento e as formas de acesso aos seus direitos e deveres, para
que os mesmos sejam multiplicadores para a comunidade, familiares etc. visando
o protagonismo e a organização social.
4. Garantir a participação social da pessoa idosa de forma democrática e
descentralizada, incentivando a realização de encontros, fóruns interestaduais
com agenda permanente. Promover reuniões periódicas com representantes de
cada conselho para discutir e definir ações comuns, pensar questões locais
(exemplo: acessibilidade, serviços, etc.), promover eventos de cidadania
integrando vários serviços.
5. Criar mecanismos de fiscalização em parceria com o Conselho Nacional dos
58
Direitos do Idoso e com o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência para o
cumprimento de lei de acessibilidade no transporte interestadual (ônibus, trem e
avião) e ampliar o número de assentos destinados à pessoa idosa, conforme o
capitulo X artigo 39 parágrafo único do Estatuto do Idoso.
Propostas de nível Federal
1. Criar Centros de Referência e Apoio a Vítima – CRAVI 24 (vinte e quatro)
horas, com atendimento jurídico, especializados em idosos vítimas de violência
doméstica, com possibilidade de encaminhamento a abrigos com atendimento
diferenciado para idosos, bem como, implantar um serviço para atender o Disque
Denúncia.
2. Garantir e fortalecer o atendimento intersetorial nas redes de políticas
públicas, melhorando a integração das redes de atendimento à pessoa idosa
(Conselho Municipal do Idoso, Defensoria Pública, Ministério Público, Policia Civil
e Militar, Sistema Único de Saúde, Sistema Único de Assistência Social, Disque
100 e outros), assegurando o direito à proteção, acolhimento e escuta qualificada.
3. Equipar e capacitar continuamente, em nível nacional, as equipes
multiprofissionais das delegacias especializadas no atendimento ao idoso ou
órgão congênere de atendimento ao idoso.
4. Destinar recursos provenientes do Fundo Nacional do Idoso aos fundos
estaduais e municipais do segmento para o custeio da elaboração de diagnóstico
local da violência contra o idoso e planejamento nos municípios e estados,
possibilitando assim a construção de indicadores sólidos no direcionamento das
políticas públicas voltadas a este segmento.
5. Regulamentar os planos de saúde sem discriminação para a população idosa,
regulando os valores para que não sejam abusivos e garantindo atendimento em
todos os níveis de atenção da saúde, priorizando também o atendimento no SUS.
Propostas de nível estadual
1. Promover fóruns com as redes de atendimento que articulem as demandas, necessidades e recursos de proteção a pessoa idosa em situação de violação de direitos, divulgando nas mídias os canais de denúncia e violência contra a pessoa idosa.
Eixo IV: Propostas Aprovadas em plenária
59
2. Ampliar e capacitar continuamente os agentes públicos de toda rede de atendimento a pessoa idosa, Delegacias do Idoso, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselhos, de modo a garantir a defesa dos direitos da pessoa idosa, prevenindo toda a forma de assédio moral, violência e discriminação, inclusive na execução e ampliação das políticas públicas e punição dos violadores.
3. Criar Centros de Referência e Apoio a Vítima – CRAVI 24 (vinte e quatro) horas, com atendimento jurídico, especializados em idosos vítimas de violência doméstica, com possibilidade de encaminhamento a abrigos provisórios, de acordo com o artigo 44 e 45 do Estatuto do Idoso, bem como, implantar um serviço para atender o Disque Denúncia em todos os municípios do estado.
4. Promover a realização de campanhas que garantam o acesso à informação do Sistema de Garantia de Direitos, de forma clara e objetiva, e movimentos de sensibilização da sociedade sobre a questão do envelhecimento e sobre as violências mais comuns nessa etapa de vida, garantindo que essas ações estejam associadas a mecanismos de coibição de abuso, maus tratos contra os idosos, abandono e todo tipo de violência seja física, patrimonial ou psicológica, no ambiente doméstico, espaços públicos e transportes coletivos.
5. Promover amplas e contínuas campanhas educativas a respeito do Estatuto do Idoso nas escolas públicas, particulares, universidades, cursos técnicos e demais centros de ensino para devida capilarização das propostas em todos os municípios do estado de São Paulo.
MOÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO
MOÇÃO 1: Recomendação de Cumprimento da lei de letra legível em receituários.
Responsável: Ananias Ribeiro
Assinaturas: 50 (cinquenta) Texto: Fazer valer a lei, que obriga os médicos em geral, principalmente em
Hospitais públicos e privados a preencham os receituários, exames, receitas e
pedidos com letra legível ou digitado para entendimento.
MOÇÃO 2: Moção de apelo ao Congresso para encaminhamento aos senadores Paulo Paim Renan Calheiros
Assunto: Apoio à lei que destina recursos do Imposto de Renda ao
Fundo do Idoso
Responsável: Aridelson Carlos C. Turíbio
Assinaturas: 73 (setenta e três)
60
Texto: Apoiamos a proposta de alteração da legislação pertinente a destinação de
recursos do IR ao Fundo do Idoso, a fim de possibilitar a efetiva destinação no período
da Declaração do IR (PL 304/PAULO PAIL 2009).
MOÇÃO 3: Cumprimento legal do cadastramento da população idosa
Responsável: Edivaldo Ferreira dos Santos
Assinaturas: 65 (sessenta e cinco) Texto: Cumprimento legal do cadastramento da população idosa em base
territorial, com fundamento no parágrafo 1º do artigo 15 do Estatuto do Idoso (a
prevenção e a manutenção da saúde do idoso será efetivada por meio de:
um cadastramento da população idosa em base territorial).
MOÇÃO 4: Moção de Repúdio
Assunto: Repúdio à atitude da mídia com relação aos idosos aposentados.
Responsável: Geraldo José da Cunha
Assinaturas: 75 (setenta e cinco)
Texto: A XIV Conferência Estadual do Idoso vem repudiar a atitude da mídia,
imprensa falada e escrita, que coloca os idosos como responsáveis pelas crises
financeiras, pois geramos riquezas durante décadas e contribuímos com a
economia desta nação brasileira. Hoje vivemos crise de negócio e a
aposentadoria não deverá ser a salvadora dos ricos.
MOÇÃO 5: Moção de apelo ao Governo Federal
Assunto: normatização de 6% do IRPF para os Fundos do Idoso e CMDCA
Responsável: Luiz Carlos Peruchi e Marcia Inês V. P. Peruchi
Assinaturas: 52 (cinquenta e dois)
Texto: Propor a elaboração de lei para normatizar que o Governo Federal
autorize a destinação de 6% do IRPF, da Declaração modelo simplificado para os
Fundos C.I e CMDCA.
MOÇÃO 6: Moção de apoio à criação de Fóruns Regionais Permanentes
Assunto: apoio à criação de Fóruns Regionais Permanentes, paritários e
deliberativos.
Responsável: Márcia Cristina Freitas
61
Assinaturas: 75 (setenta e cinco) Texto: Os presentes à XIV Conferência Estadual do Idoso, devidamente
amparados pela legislação vigente e nos termos do Regimento Interno da
Conferência, aprovaram a presente moção, a ser encaminhada ao Secretário sr.
Floriano Pesaro, solicitando apoio para a criação de Fóruns Regionais
Permanentes Paritários e Deliberativos dos Conselhos Municipais do Idoso no
âmbito do Estado de São Paulo.
MOÇÃO 7: Moção de apelo ao Conselho Nacional de Trânsito - Contran
Assunto: solicitar que as multas referentes ao artigo 41 do Estatuto do
idoso sejam direcionadas ao Fundo do idoso
Responsável: Maria do Socorro
Assinaturas: 55 (cinquenta e cinco) Texto: Solicitar ao CONTRAN, que as multas referentes ao artigo 41 do Estatuto
do Idoso (É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5%
(cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais
deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.),
sejam direcionadas ao Fundo do Idoso nas esferas do governo municipal,
estadual e nacional.
MOÇÃO 8: Recomendação – Revisão do Estatuto do Idoso
Responsável: Maria Lúcia Secoti
Assinaturas: 101 (cento e uma)
Texto: Solicitamos a revisão do Estatuto do Idoso por uma equipe qualificada
com a participação de pesquisadores e estudiosos, além de profissionais que
atuam no atendimento à população idosa. Ressaltando que o texto deve ser
readequado para leitura e entendimento dos usuários.
MOÇÃO 9: Recomendação – Inserção no site do Conselho Estadual do idoso os contatos dos Conselhos Municipais do Idoso.
Responsável: Maria Lúcia Secoti
Assinaturas: 67 (sessenta e sete) Texto: Inserir no site do Conselho Estadual os endereços/contatos/horários de
funcionamento dos Conselhos Municipais. Que cada prefeitura publique um site
do Conselho Municipal de sua cidade, com técnico de apoio garantindo a
transparência das ações.
MOÇÃO 10: Apelo ao Prefeito Fernando Haddad
62
Assunto: Proposta de alteração na lei de criação do Conselho Municipal
do Idoso e regulamentação do Fundo do Idoso
Responsável: Marly Cortez
Assinaturas: 56 (cinquenta e seis) Texto: Os presentes à XIV Conferência Estadual do Idoso, devidamente
amparados pela legislação vigente e nos termos do Regimento Interno da
Conferência, aprovaram a presente Moção, a ser encaminhada ao Prefeito do
Município de São Paulo Sr. Fernando Haddad, propondo que seja alterada a Lei
de Criação do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo (CMI) tornando-o
paritário e deliberativo e ainda que o Fundo Municipal do Idoso de São Paulo,
seja devidamente regulamentado de maneira a ser gerido pelo CMI de forma
autônoma e independente.
MOÇÃO 11: Proposta de alteração do Decreto 61.115 de 02/2015
Responsável: Nilda Abdo Gorayb
Assinaturas: 75 (setenta e cinco) Texto: Os presentes à XIV Conferência Estadual do Idoso, devidamente
amparados pela legislação vigente e nos termos do Regimento Interno da
Conferência, aprovaram a presente Moção, propondo que seja alterado o Decreto
61.115 de 05 de fevereiro de 2015, incluindo no artigo 2º, inciso IV, os Jogos
Estaduais do Idoso - JEI, bem como os Jogos Municipais do Idoso – JOMI.
MOÇÃO 12: Solicitação para que os Conselhos Municipais do Idoso sejam deliberativos
Responsável: Rita de Cássia Siqueira
Assinaturas: 50 (cinquenta) Texto: Solicitamos intervenção das autoridades para a garantia de que todos os
Conselhos Municipais do estado de São Paulo tenham o caráter deliberativo
viabilizando que os mesmos possam assumir a gestão dos Fundos Municipais do
Idoso.
MOÇÃO 13: Moção de Repúdio
Assunto: moção de repúdio à unificação da Conferência Nacional de
Direitos Humanos
Responsável: Simone Garcia
Assinaturas: 52 (cinquenta e duas)
63
Texto: repúdio à unificação da Conferência Nacional de Direitos Humanos.
MOÇÃO 14: Recomendação – Conselhos municipais do idoso tenham caráter consultivo e deliberativo
Responsável: Simone Garcia
Assinaturas: 64 (sessenta e quatro) Texto: Que o Conselho Estadual do Idoso recomende e oriente aos gestores
municipais que os Conselhos Municipais tenham característica de ser consultivo
e deliberativo fortalecendo a participação social.
MOÇÃO 15: Recomendação – Benefício de Prestação Continuada – BPC aos 60 anos.
Responsável: Simone Garcia
Assinaturas: 55 (cinquenta e cinco) Texto: Que o Benefício de Prestação Continuada – BPC seja concedido a partir
de 60 anos, conforme o Estatuto do Idoso.
MOÇÃO 16: Moção de Repúdio
Assunto: Moção de repúdio ao governo Federal com o corte do convênio
com as Farmácias Populares
Responsável: Vera
Assinaturas: 109 (cento e nove) Texto: Nós participantes da XIV Conferência Estadual do Idoso – SP,
encaminhamos moção de repúdio à sra. Presidente Dilma Roussef, em medida
da contenção de despesas, através do corte do convênio com as “Farmácias
Populares”, comprometendo ainda mais a já frágil qualidade de vida do brasileiro.
64
DELEGAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA
O número de delegados eleitos por Diretoria Regional de Assistência e
Desenvolvimento Social – DRADS consta do Regimento da Conferência, assim
como os Conselheiros Titulares do CEI/SP presentes na XIV Conferência Estadual
do Idoso como delegados natos.
Na Conferência Estadual, 40% das vagas foram destinadas aos delegados
representantes governamentais e 60% aos delegados representantes da sociedade
civil.
Delegados do poder público: foram indicados entre os gestores e técnicos do
órgão gestor municipal a que se está vinculado o Conselho Municipal do Idoso,
bem como entre os demais órgãos que atuam na defesa, promoção e garantia dos
direitos da pessoa idosa.
Delegados da sociedade civil: foram eleitos entre as pessoas idosas e
representantes das entidades que atuam na defesa, promoção ou garantia dos
direitos da pessoa idosa.
DELEGADOS NATOS
REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO
SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA AKIKO OYAFUSO
SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
MARLY LAUTENSCHLAGER CORTEZ ALVES
SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO MÁRCIA CRISTINA VOLPATI
SECRETARIA ESTADUAL DE ESPORTE, LAZER E JUVENTUDE
ELAINE CRISTINA SALES DE OLIVEIRA
SECRETARIA ESTADUAL DA JUSTIÇA E DEFESA DA CIDADANIA
FLAVIO ANTAS CORRÊA
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE MARCELO PAGLIUSI CHAVES
SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE CLAUDIA FLÓ
SECRETARIA ESTADUAL DO TURISMO IVETE TEREZINHA DE CAMARGO
CASA CIVIL - FUNDO DE SOLIDARIEDADE DIVA CARVALHO
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL
BAIXADA SANTISTA TARCÍSIO DE ALMEIDA
BAURU UBALDO BENJAMIM
CAMPINAS HENRIQUE RUBENS JEROZOLIMSKI WILSON SOLANI BRINKMANN
CENTRAL / ARARAQUARA YARA CARVALHO BLANK
MARÍLIA DULCE BITTENCOURT BOSAN
RIBEIRÃO PRETO DIVA GONÇALVES DOS SANTOS PALUCCI
65
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ELAINE CRISTINA DOS SANTOS
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS JOSÉ MAURÍLIO LEMES DA SILVA
SOROCABA MARIA ANTONIETA DE MELO
DELEGADOS ELEITOS
ALTA NOROESTE - ARAÇATUBA - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR MARCOS FRANCISCO ALVES Poder Público Araçatuba
RAUL LÚCIO DO CARMO Sociedade Civil Ilha Solteira
SUPLENTE ANA MARIA ZACARIN Poder Público Valparaíso
ARARAQUARA - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR MARIA ALICE DO CARMO FERRO MARTINEZ Sociedade Civil Araraquara
SUPLENTE SANDRA MÁRCIA LINS DE ALBUQUERQUE Sociedade Civil São Carlos
AVARÉ - 1 VAGA (PP ou SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR CASSIA DE OLIVEIRA IZIDIO Poder Público Ourinhos
BARRETOS - 1 VAGA (PP ou SC)
Status Nome do Delegado Municipal Município
TITULAR SONIA MARIA TOMAZ Sociedade Civil Guaíra
SUPLENTE WALTER FORTUNATO DA SILVA Sociedade Civil Barretos
OSWALDO MOREIRA Sociedade Civil Colina
BAURU - 3 VAGAS (1 PP – 2 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
KARLA GIMENES ANTIQUERA CARLOS Poder Público Bauru
MARIA JOSÉ PRECIOSO Sociedade Civil Lençóis Paulista
ILSE C. MARTINS PÉSCIO Sociedade Civil Dois Córregos
SUPLENTE ANA MARIA DE M. BENJAMIM Sociedade Civil Bauru
MARIA MENDES STOPPA Sociedade Civil Bauru
CAMPINAS - 12 VAGAS (5 PP – 7 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
JOÃO GUILHERME OLIVEIRA SANTOS Poder Público Jundiaí
MARIA APARECIDA SANTOS MIGUEL Poder Público Jaguariúna
ROSANA DAVANÇO DE ALCANTARA Poder Público Pedreira
KLEBER RODOLFO ALBINO FERREIRA Poder Público Campinas
ANDERSON GONÇALVES Poder Público Sumaré
SANDRA MARGARETH ZAMPOLA Sociedade Civil Campinas
VERA LUZIA DO NASCIMENTO FRITZ Sociedade Civil Valinhos
MILTON CALZAVARA Sociedade Civil Jundiaí
66
TEREZINHA PEREIRA UDOVIC Sociedade Civil Várzea Paulista
RENATO BATISTA SOZZI Sociedade Civil Atibaia
JOÃO DAS GRAÇAS SILVA Sociedade Campinas
MARIA LUCIA SECOTI FILIZOLA Sociedade Civil Campinas
SUPLENTE
CLEUZA NEIRE CAVOLI Sociedade Civil Jundiaí
NELSI RODRIGUES DA CONCEIÇÃO Sociedade Civil Sumaré
JAMILE ARAUJO SILVA Sociedade Civil Jarinu
JORCIVAL FERNANDES DE OLIVEIRA Sociedade Civil Paulínia
ALTA PAULISTA - DRACENA - 1 VAGA (PP ou SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR EMILENE TEIXEIRA DA SILVA Sociedade Civil Junqueirópolis
MARIA ANA DA SILVA Sociedade Civil Pacaembu
FERNANDÓPOLIS - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR GRACIANO JOSÉ RIBEIRO Sociedade Civil Fernandópolis
SUPLENTE AVELINO MUNHOZ Sociedade Civil Santa Fé do Sul
FRANCA - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR MIRIAM TERESA DA FREIRIA YEDA Poder Público Batatais
ROSA HELENA BONFIM NOSTRE Sociedade Civil Franca
SUPLENTE
NEUSA DE PAULA CHICONE Sociedade Civil Ituverava
NANCI SOARES Poder Público Franca
VICTALINA MARIA PEREIRA DI GIANNI Sociedade Civil Franca
GRANDE SÃO PAULO ABC - SANTO ANDRÉ - 7 VAGAS (3 PP -4 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
CARMEN CÉLIA LOVERBECK Poder Público São Bernardo do Campo
PATRÍCIA BATISTA DE OLIVEIRA PELLIM Poder Público São Bernardo do Campo
JURANDIR DE SOUSA Poder Público Diadema
SIMONE GARCIA Sociedade Civil São Caetano do Sul
RAIMUNDO JOSÉ DA SILVA Sociedade Civil São Bernardo do Campo
DIVA ALVES DA SILVA Sociedade Civil Mauá
INES APARECIDA DE ANDRADE RIOTO Sociedade Civil Santo André
SUPLENTE
NORIVAL GIROLDO Sociedade Civil São Bernardo do Campo
GUARACIABA OLIVEIRA PINTO Poder Público São Bernardo do Campo
ROSELI DE FÁTIMA BARBOSA MAGALHÃES Sociedade Civil Diadema
ARTUR PAES ARANÁO Sociedade Civil São Bernardo do Campo
GILBERTO FERREIRA ANÍSIO Poder Público Santo André
SOLANGE APARECIDA ZILLI Poder Público Mauá
67
MARIA ROSEGLEY BARBOZA Sociedade Civil Santo André
GRANDE SÃO PAULO ABC - SANTO ANDRÉ - 7 VAGAS (3 PP -4 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
MÁRCIA CRISTINA FREITAS RAMOS Poder Público Biritiba Mirim
JOÃO PEDRO DE LIMA Sociedade Civil Suzano
SÔNIA MARIA DOS SANTOS MERLIN Sociedade Civil Ferraz de Vasconcelos
SUPLENTE
MARIA JOSÉ REIS Sociedade Civil Arujá
CARMEM RODRIGUES VERGARA Sociedade Civil Poá
NELSON ALBISSU Poder Público Mogi das Cruzes
GRANDE SÃO PAULO NORTE - GUARULHOS - 3 VAGAS (1 PP – 2 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
ADEMIR SIQUEIRA Poder Público Guarulhos
INALDO ANTÔNIO DE GUSMÃO Sociedade Civil Guarulhos
JOÃO BATISTA NUNES Sociedade Civil Guarulhos
SUPLENTE
ELISÂNGELA ARANTES DE SOUZA CAVALCANTE
Poder Público Guarulhos
LUCY VINCE DE OLIVEIRA Sociedade Civil Caieiras
ANTÔNIO LEITE DE LIMA Sociedade Civil Guarulhos
GRANDE SÃO PAULO OESTE - OSASCO - 6 VAGAS (2PP – 4SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
ARIDELSON CARLOS CESAR TURÍBIO Poder Público Osasco
ELAINE CRISTINA COLEN SANTOS Poder Público Barueri
KELEN GARCIA Sociedade Civil Cotia
NILZETE RODRIGUES COQUEIRO SILVA Sociedade Civil Santana de Parnaíba
SUELI ALVES DA SILVA BERNICE Sociedade Civil Itapevi
JOÃO TADEU FERNANDES Sociedade Civil Carapicuíba
SUPLENTE
EMENAIDE SOARES DE A. A. AFFONSO Poder Público Carapicuíba
LÍDIA RITSOKO MATSUBARA Sociedade Civil Itapecerica da Serra
JACI RODRIGUES CHAVES Sociedade Civil Osasco
JUSSARA MACHADO Sociedade Civil Embu das Artes
ITAPEVA - 1 VAGA (PP ou SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR JOSÉ MARIA ROCHA Sociedade Civil Itararé
SUPLENTE ARLETE MACHADO CORRÊA GONÇALVES Poder Público Itapeva
MARÍLIA - 2 VAGAS (1PP – 1SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR MARIA APARECIDA CIDRÃO Poder Público Marília
ROSA BRAS QUINHONEIRO Sociedade Civil Paraguaçu Paulista
MOGIANA - SÃO JOÃO DA BOA VISTA - 2 VAGAS (1PP – 1SC)
Status Nome do Delegado Municipal Rep Município
TITULAR
LUIZ DOMINGUES Poder Público Itapira
BENEDITO OSVALDO RAMOS Sociedade Civil São João da Boa Vista
ANDREIA PEREIRA DA COSTA Poder Público Espírito Santo do Pinhal
68
SUPLENTE ENEDINA APPARECIDA FRANCO DE AGUIAR Sociedade Civil São José do Rio Pardo
CLARA MARIA ELEUTÉRIO Sociedade Civil Mogi Mirim
PIRACICABA - 4 VAGAS (2PP – 2 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
JOSÉ ANTONIO DE MORAES PEREIRA Poder Público Limeira
ALEARDO JOSÉ MARTINS Sociedade Civil Rio Claro
SILVIA REGINA MASCARIN Sociedade Civil Cordeirópolis
SUPLENTE
FERNANDA FIDELIS Sociedade Civil Piracicaba
INEZ MACHADO DE LIMA Sociedade Civil Piracicaba
MARIA DIAS DA SILVA Sociedade Civil Limeira
ALTA SOROCABANA - PRESIDENTE PRUDENTE - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR DENISE CASSIANA FLORÊNCIO DE SOUZA Poder Público Presidente Prudente
JOSEFA HORTILDE DA COSTA Sociedade Civil Pirapozinho
SUPLENTE DANIELA OLIVEIRA FARIAS Poder Público Presidente Venceslau
SEBASTIÃO RANGEL Sociedade Civil Narandiba
RIBEIRÃO PRETO - 3 VAGAS (1PP – 2SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
MARCOS EMOY R. FAVARETTO Poder Público Sertãozinho
IDALINA AZENHA Sociedade Civil Ribeirão Preto
JOSÉ RODRIGUES POVÔA Sociedade Civil Ribeirão Preto
SUPLENTE VAGNER ALVES CARDOSO Poder Público Ribeirão Preto
APARECIDA MARCUCI DE SOUZA DE ARAÚJO
Sociedade Civil Serrana
BAIXADA SANTISTA - SANTOS - 6 VAGAS (2PP -4SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
ANA CAROLINA TANI KADER Poder Público Santos
LUCIANA DUVARESCH SEWRINSCKINS Poder Público São Vicente
ELIZA MONTREZOL Sociedade Civil Santos
ABMAEL MARCELO DOS SANTOS Sociedade Civil Guarujá
MARIA ODILA PADULA Sociedade Civil Praia Grande
MARIA APARECIDA NIEBLAS CUCULO Sociedade Civil Mongaguá
SUPLENTE
FLÁVIA VALENTINO Sociedade Civil Santos
IVONE DA SILVA Sociedade Civil São Vicente
DEVANIR PAZ Poder Público Santos
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - 4 VAGAS (2PP – 2SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
WASHINGTON LUIZ MOREIRA GOMES Poder Público São José do Rio Preto
MARCIA APARECIDA FORTES Poder Público Itajobi
VLAMIR MONTANHEZ DE ARAÚJO Sociedade Civil São José do Rio Preto
HERMINIA DE JESUS CRISPIM Sociedade Civil Novo Horizonte
SUPLENTE ANTONIO DINIZ PINTO Sociedade Civil José Bonifácio
JOSEFA BERNARDO LOPES Sociedade Civil São José do Rio Preto
69
SETSUKO NASU INOUE Sociedade Civil Nova Granada
SÃO PAULO - CAPITAL - 31 VAGAS (12PP – 19SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
MARIA YVANY RODRIGUES Poder Público São Paulo
ELIZABETH APARECIDA JOÃO Poder Público São Paulo
AIDEÊ MIRANDA SOUZA Poder Público São Paulo
DIEGO FÉLIX MIGUEL Poder Público São Paulo
MARGARETH MARTINS DE Poder Público São Paulo
GODOY FREITAS Poder Público São Paulo
VERA LÚCIA MARIANO DA SILVA Poder Público São Paulo
MARGARIDA MARIA LÁZARO SILVERIO Poder Público São Paulo
LEONARDO JOSÉ COSTA DE LIMA Poder Público São Paulo
DORALICE SEVERO DA CRUZ Poder Público São Paulo
DINEIA MENDES DE ARAÚJO CARDOSO Poder Público São Paulo
VALÉRIA SILVESTRE Poder Público São Paulo
RITA DE CÁSSIA MONTEIRO DE LIMA SIQUEIRA
Poder Público São Paulo
OLGA LUISA LEON DE QUIROGA Sociedade Civil São Paulo
MARIA APARECIDA RIBEIRO COSTA Sociedade Civil São Paulo
ELOÍSA HELENA CLARO GATO Sociedade Civil São Paulo
ANTONIO SANTOS DE ALMEIDA Sociedade Civil São Paulo
MARIA LUIZA ALVES FERREIRA Sociedade Civil São Paulo
MARIA RISOMAR DE ALMEIDA Sociedade Civil São Paulo
VANIDE DE OLIVEIRA Sociedade Civil São Paulo
EDVALDO FERREIRA DOS SANTOS Sociedade Civil São Paulo
HELOISA LOPES VERZEGNASSI Sociedade Civil São Paulo
MIRIAN ITO TANAKA Sociedade Civil São Paulo
NEUZA MARIA FERREIRA CAMARGO Sociedade Civil São Paulo
NEIDE DUQUE SILVA Sociedade Civil São Paulo
NILDA ABDO GORAYB FLORIO Sociedade Civil São Paulo
REMO VITÓRIO CHERUBIN Sociedade Civil São Paulo
RUBENS CASADO Sociedade Civil São Paulo
PLÍNIO RANGEL JÚNIOR Sociedade Civil São Paulo
WALDOMIRA DE PAULA Sociedade Civil São Paulo
ZAYRA DA SILVA BORTOLOMASI Sociedade Civil São Paulo
THEREZA MONTEIRO MARCHESINI Sociedade Civil São Paulo
SUPLENTE
ABIGAIL DE LOURDES SANTOS Sociedade Civil São Paulo
BERNARDO JAZENUCH Sociedade Civil São Paulo
CLEONICE C. CRISPIM Sociedade Civil São Paulo
DAMIANA DOS SANTOS RODRIGUES Sociedade Civil São Paulo
DIRCE DA SILVA MAINARDES Sociedade Civil São Paulo
JANETE AZEVEDO DO NASCIMENTO Sociedade Civil São Paulo
MARIA DO SOCORRO ALVES Sociedade Civil São Paulo
MARIA DA CONCEIÇÃO S. AMARAL Sociedade Civil São Paulo
OLAVO DE ALMEIDA SOARES Sociedade Civil São Paulo
SUFIA GONÇALVES DUARTE Sociedade Civil São Paulo
70
JAILDES DE OLIVEIRA SANTOS Sociedade Civil São Paulo
MARIA ROSARIA PAOLONE Sociedade Civil São Paulo
DEISE ACHILLES Sociedade Civil São Paulo
ROBERTO SOARES DE SENA Poder Público São Paulo
MEIRE RODRIGUES FERREIRA DE ABREU Poder Público São Paulo
MARIZA MARIA DE LIMA RANGON Poder Público São Paulo
MARIA DE FÁTIMA SANTOS Poder Público São Paulo
KARINA GAVRILOFF DA SILVA Poder Público São Paulo
ANA RITA EDUARDO Poder Público São Paulo
FLÁVIA MARIA DE MOURA REIS Poder Público São Paulo
AMAURI DOS SANTOS LEITE Poder Público São Paulo
RACHEL VAINZOFF KATZ Poder Público São Paulo
JANDIRA RIBEIRO DE PAULA DA SILVA Poder Público São Paulo
SILVIA KUHL DA SILVA RODRIGUES Poder Público São Paulo
DIRCE MARIA DE ANGELI Poder Público São Paulo
SOROCABA - 6 VAGAS (2PP – 4SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
ELISABETE APARECIDA DE MORAIS Poder Público Cesário Lange
LUIZ ANTÔNIO GONÇALVES GILDES Poder Público Sorocaba
VICTOR PREVITALI Sociedade Civil Porto Feliz
HUDSON MARCEL BRACHER BEILKE Sociedade Civil Sorocaba
ARIOVALDO CORDEIRO SILVA Sociedade São Roque
MARIA DAS DORES DE MORAIS Sociedade Civil Salto
SUPLENTE
ANANIAS RIBEIRO NEVES Sociedade Civil Araçoiaba da Serra
SONIA MARIA MOIA DE CAMPOS Sociedade Civil Mairinque
RITA DE CÁSSIA VIEIRA GUARNIERI Poder Público Itapetininga
VALE DO PARAÍBA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 7 VAGAS (3PP – 4SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR
LUCIA ELENA DO CARMO SALVIATO Poder Público São José dos Campos
FERNANDA NISHINA DE AZEVEDO Poder Público Piquete
LILIAN PATRÍCIA DE OLIVEIRA ZANCA Poder Público Taubaté
MARIA EVELINA PEREIRA FARIA Sociedade Civil São Sebastião
CYNIRA MONTEIRO MATTÊA Sociedade Civil Guaratinguetá
MARLENE DE OLIVEIRA Sociedade Civil Taubaté
WÂNIA DE ARAUJO COELHO Sociedade Civil São José dos Campos
SUPLENTE
EDUVIRGES NONATO ROSA Sociedade Civil São José dos Campos
BENEDITO APARECIDO DA SILVA Sociedade Civil Caraguatatuba
JOÃO BATISTA ANTUNES Sociedade Civil Ubatuba
VALE DO RIBEIRA - REGISTRO – 1 VAGA (PP ou SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR ANDRE LUIZ SIMÕES RATO Poder Público Juquiá
BOTUCATU – 1 VAGA (PP ou SC)
Status Nome do Delegado Municipal Representação Município
TITULAR NÃO ELEGEU
71
AVALIAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO Foram distribuídos formulários para avaliação dos vários aspectos que envolveram a Conferência Estadual, desde estrutura física até o conteúdo trabalhado. Foram devolvidas 151 avaliações, as quais aparecem tabuladas abaixo: 1) Município escolhido para realização da conferência: 109 pessoas consideraram ótimo; 029 pessoas consideraram bom; 003 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.
2) Qualidade das instalações físicas do local (som, iluminação, acústica, ventilação, etc): 117 pessoas consideraram ótimo; 007 pessoas consideraram bom; 001 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.
72
3) Qualidade do material oferecido: 107 pessoas consideraram ótimo; 007 pessoas consideraram bom; 001 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.
4) Credenciamento: 119 pessoas consideraram ótimo; 008 pessoas consideraram bom; 003 pessoas consideraram regular; 002 pessoas consideraram ruim.
73
5) Alimentação: 120 pessoas consideraram ótimo; 023 pessoas consideraram bom; 000 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.
6) Cumprimento da programação: 48 pessoas consideraram ótimo; 71 pessoas consideraram bom; 30 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.
74
7) Palestra: 75 pessoas consideraram ótimo; 59 pessoas consideraram bom; 13 pessoas consideraram regular; 01 pessoas consideraram ruim.
8) Condução das Plenárias: 45 pessoas consideraram ótimo; 68 pessoas consideraram bom; 34 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.
75
9) Tempo destinado à discussão dos Eixos: 45 pessoas consideraram ótimo; 71 pessoas consideraram bom; 30 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.
10) Discussão dos Eixos: 48 pessoas consideraram ótimo; 71 pessoas consideraram bom; 30 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.
76
11) Permanência das Propostas: 35 pessoas consideraram ótimo; 78 pessoas consideraram bom; 20 pessoas consideraram regular; 01 pessoas consideraram ruim.
Pontos Positivos
Local.
Empresa organizadora.
Votação eletrônica.
Dra Gioia, condução do eixo II.
Explicação dos itens.
Composição da mesa.
Alimentação.
Limpeza.
Educação da empresa organizadora.
Material didático.
Palestrantes.
Entrosamento dos participantes.
Formação de subgrupos.
Participação nos debates.
Valorização do protagonismo e empoderamento da pessoa idosa num
espaço democrático.
Pontos Negativos
Falta de respeito em algumas discussões.
Falta de comprometimento das pessoas com a conferência.
77
Conversar paralelas.
Pessoas desengajadas com o foco da conferência.
Má condução da mesa na plenária.
Coordenação da plenária.
Agressividade demasiada.
Definição do número de conselheiros p CEI e posterior redução.
Vagas de delegados.
Não havia farmácia no hotel (falta de preocupação com o idoso).
Falta de comprometimento com o horário da programação.
Cronograma muito longo considerando que o evento é para idosos – 3 dias
inteiros.
Localização do Hotel – longe do centro.
Falas discriminatórias contra participação de jovens e poder público no
evento.
Necessidade de esclarecimentos muitas vezes.
Credenciamento – muito demorado.
Faltou dinamismo na plenária para condução das discussões.
Autoritarismo de alguns delegados.
Sugestões
Hotel próximo ao centro.
Cumprimento do horário.
Farmácia/caixa eletrônico/outras opções de alimentação no Hotel.
Reduzir a carga horária da conferência.
Mais tempo para lazer no Hotel.
Envolver os conselhos municipais na compilação das propostas antes da
CEI.
Orientar e argumentar a forma de divisão das vagas para delegados.
Ampliar divulgação das ações do CEI para que haja valorização por parte
dos participantes.
Melhor capacitação aos Conselheiros.
78