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SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin

Secretário de Estado de Desenvolvimento Social Floriano Pesaro

Secretário Adjunto Felipe Sartori Sigollo

Chefe de Gabinete Mendy Tal

Presidente do Conselho Estadual do Idoso Henrique Rubens Jerozolimski

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COMISSÃO ORGANIZADORA DA CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO

Secretaria Estadual da Cultura

Akiko Oyafuso

Sociedade Civil / Região de São José do Rio Preto

Elaine Cristina dos Santos

Secretaria Estadual de Educação

Marcia Cristina Volpati

Sociedade Civil / Região de Sorocaba

Maria Antonieta de Melo

Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social

Marly Lautenschlager Cortez Alves

Sociedade Civil / Região da Baixada Santista

Tarcísio de Almeida

Sociedade Civil / Região de Bauru

Ubaldo Benjamim

Sociedade Civil / Região de Campinas

Wilson Solani Brinkmann

Sociedade Civil / Região Central (Araraquara)

Yara Carvalho Blank

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CONSELHO ESTADUAL DO IDOSO – CEI/SP

REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS

Secretaria Estadual da Cultura

Titular: Akiko Oyafuso

Suplente: Alaíde Siqueira Cesar

Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social

Titular: Marly Lautenschlager Cortez Alves

Suplente: Elaine Cristina Silva de Moura

Secretaria Estadual da Educação

Titular: Marcia Cristina Volpati

Suplente: Veralice Prudente de Morais Miranda

Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho

Titular: Jiane da Penha Caldeira

Suplente: Antonio Sérgio Torquato

Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude

Titular: Antonio Oswaldo Salani

Suplente: Elaine Cristina Sales de Oliveira

Secretaria Estadual da Habitação

Titular: Tatiane Gonçalves Rodrigues

Suplente: Maria Claudia da Costa Brandão

Secretaria Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania

Titular: Flávio Antas Corrêa

Suplente: Adriana Luzia Pereira Vianna

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Secretaria Estadual do Meio Ambiente

Titular: Marcelo Pagliusi Chaves

Suplente: Luzia Ribeiro de Andrade

Secretaria Estadual da Saúde

Titular: Claudia Fló

Suplente: Dayana Nicolleti Braga

Secretaria Estadual de Turismo

Titular: Ivete Terezinha de Camargo

Suplente: Regis Ayres Lacerda

Casa Civil - Fundo de Solidariedade

Titular: Diva Carvalho

Suplente: Ricardo Enrico Ventura Rodrigues

Defensoria Pública do Estado São Paulo

Titular: Leandro de Marzo Barreto

Suplente: Lúcia Thomé Reinert

Ministério Público

Titular: Maricelma Rita Meleiro

Suplente: Patrícia Salles Seguro

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REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

Região de Araçatuba

Titular: Ilda Caetano Louzada (Cidade Muritinga do Sul)

Suplente: Luiz Antonio Adriano da Silva*

Região da Baixada Santista

Titular: Tarcísio de Almeida (Cidade: Praia Grande)

Suplente: Creusa Aparecida Nogueira Roca (Cidade: Santos)

Região de Bauru

Titular: Ubaldo Benjamim (Cidade de Bauru)

Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*

Região de Campinas

Titular: Henrique Rubens Jerozolimski (Cidade de Mococa)

Titular: Wilson Solani Brinkmann (Cidade de Atibaia)

Região Central (Araraquara)

Titular: Yara Carvalho Blank (Cidade de Araraquara)

Suplente: Nilma Helena França Gibertoni (Cidade São Carlos)

Região de Franca

Titular: Alcione de Oliveira (Cidade de Franca)

Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*

Região de Marília

Titular: Dulce Bittencourt Bosan (Cidade de Ourinhos)

Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*

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Região Metropolitana

Titular: Sergio Rubens Choueri (Cidade de Santo André)

Região de Ribeirão Preto

Titular: Diva Gonçalves dos Santos Palucci (Cidade de Ribeirão Preto)

Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*

Região de São José do Rio Preto

Titular: Elaine Cristina dos Santos (Cidade de Fernandópolis)

Suplente: Maralise Cristina Siqueira (Cidade de São José do Rio Preto)

Região de São José dos Campos

Titular: José Maurílio Lemes da Silva (Cidade de Pindamonhangaba)

Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*

Região de Sorocaba

Titular: Maria Antonieta de Melo (Cidade de Itu)

Suplente: Luiz Antônio Adriano da Silva*

________________________________________________________________

*Luiz Antônio Adriano da Silva (Cidade São Paulo) eleito como suplente das

regiões.

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Secretaria Executiva

João Carlos Bertoni

Viviane Aparecida Luiz Ribeiro

Consultoria

UNA Marketing de Eventos

Assessoria

Longevida Capacitação e Treinamento

Colaboradores Coordenadores dos Eixos:

Gioia T.Tosi

José Carlos Ferrigno

Sandra Rabello de Frias

Zally Queiroz

Facilitadores:

Adriana de R. de Almeida Prado

Hermínia Brandão

Apoio Técnico e Logístico

Europatur

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A Conferência é um espaço privilegiado para avaliarmos a Política Estadual

relativa à Pessoa Idosa e propormos diretrizes para o seu aperfeiçoamento.

O presente documento é síntese da participação direta de 318 pessoas (entre

delegados, membros do conselho estadual e convidados). Mas não podemos

esquecer que a XIV Conferência Estadual é produto das conferências municipais.

Neste ano, as 321 conferências municipais do estado mobilizaram cerca de

29.000 pessoas. Pessoas estas, que vivenciam o dia – a – dia das políticas e que

possuem um ideal comum: tornar o Estado de São Paulo cada vez mais Amigo da

Pessoa Idosa.

A Secretaria de Desenvolvimento Social assume o compromisso de discutir e

incorporar as deliberações da XIV Conferência Estadual do Idoso, cujo tema foi o

protagonismo e o empoderamento da pessoa idosa.

Ressalto a relevância do tema, já que o número de idosos deverá representar

22% da população mundial em 2050 e, pela primeira vez, haverá mais idosos que

crianças no planeta.

No Estado de São Paulo, a transformação etária populacional já é uma realidade.

Hoje a população idosa representa 12,2% da população total do Estado de São

Paulo (cerca de 5,4 milhões de pessoas) a projeção para 2030 é de 9.316.614

(Fonte: SEADE). As regiões do Estado se comportam de maneira distinta, com

índices de envelhecimento bastante elevados nas regiões Noroeste, Baixada

Santista e Grande São Paulo.

Temos que unir esforços para que o idoso qualifique sua participação na

sociedade e seja o agente da mudança de que tanto necessitamos.

Com a XIV Conferência Estadual do Idoso, escreveremos mais uma página do

futuro do nosso Estado. Temos oportunidade de nos apropriarmos de cada

proposta e traçarmos, juntos, estratégias para tornarmos todas as cidades

paulistas cidades amigas de todas as idades.

Boa Leitura!

Secretário de Estado de Desenvolvimento Social

Floriano Pesaro

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ÍNDICE APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 1 PROCESSO DE REALIZAÇÃO E PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS ................................................................................ 3

CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS ............................................................................. 4 PROCESSO DE REALIZAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .. 4

Metodologia de Trabalho ........................................................................................ 5 Caracterização dos grupos de trabalho .................................................................. 5 Dinâmica dos Trabalhos ......................................................................................... 6 Informações Gerais e Resultados Obtidos ............................................................. 6

REGIMENTO INTERNO XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO - 2015 ........ 7 ABERTURA DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .............................. 19 AUTORIDADE – Henrique Rubens Jerozolimski .................................................... 19 PALESTRA MAGNA: “PROTAGONISMO E EMPONDERAMENTO DA PESSOA IDOSA – POR UM BRASIL DE TODAS AS IDADES” ............................................. 22

PALESTRANTE: Fábio Ribas .............................................................................. 22 PALESTRANTE - Carlos Uehara ......................................................................... 31

CONSIDERAÇÕES GERAIS DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO IDOSO ....... 37 AUTORIDADE - Antônio Nogueira .......................................................................... 38 AUTORIDADE - Floriano Pesaro ............................................................................ 38 AUTORIDADE – Akiko Oyafuso .............................................................................. 43 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA IDOSOS ................................................................. 48

AUTORIDADE - Marly Cortez .............................................................................. 48 DELIBERAÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO ...................... 54

EIXOS TEMÁTICOS ............................................................................................ 54 EIXO I - Propostas Priorizadas pelo grupo ........................................................... 54 Propostas de nível Federal .................................................................................. 54 Propostas de nível Estadual ................................................................................. 54 Eixo II: Propostas Aprovadas em plenária ........................................................... 55 Propostas de nível Federal .................................................................................. 55 Propostas de nível Estadual ................................................................................. 56 Eixo III: Propostas Aprovadas em plenária .......................................................... 56 Propostas de nível Federal .................................................................................. 56 Propostas de nível Estadual ................................................................................. 57 Eixo IV: Propostas Aprovadas em plenária .......................................................... 58 Propostas de nível Federal .................................................................................. 58 Propostas de nível estadual ................................................................................. 58

MOÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .................................. 59 MOÇÃO 1: Recomendação de Cumprimento da lei de letra legível em receituários. ......................................................................................................... 59 MOÇÃO 2: Moção de apelo ao Congresso para encaminhamento aos senadores Paulo Paim Renan Calheiros ............................................................................... 59 MOÇÃO 3: Cumprimento legal do cadastramento da população idosa ............... 60 MOÇÃO 4: Moção de Repúdio ............................................................................. 60 MOÇÃO 5: Moção de apelo ao Governo Federal ................................................ 60 MOÇÃO 6: Moção de apoio à criação de Fóruns Regionais Permanentes ......... 60 MOÇÃO 7: Moção de apelo ao Conselho Nacional de Trânsito - Contran .......... 61 MOÇÃO 8: Recomendação – Revisão do Estatuto do Idoso ............................... 61 MOÇÃO 9: Recomendação – Inserção no site do Conselho Estadual do idoso os contatos dos Conselhos Municipais do Idoso. ..................................................... 61

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MOÇÃO 10: Apelo ao Prefeito Fernando Haddad ................................................ 61 MOÇÃO 11: Proposta de alteração do Decreto 61.115 de 02/2015 .................... 62 MOÇÃO 12: Solicitação para que os Conselhos Municipais do Idoso sejam deliberativos ......................................................................................................... 62 MOÇÃO 13: Moção de Repúdio ........................................................................... 62 MOÇÃO 14: Recomendação – Conselhos municipais do idoso tenham caráter consultivo e deliberativo ....................................................................................... 63 MOÇÃO 15: Recomendação – Benefício de Prestação Continuada – BPC aos 60 anos. .................................................................................................................... 63 MOÇÃO 16: Moção de Repúdio ........................................................................... 63

DELEGAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA .................................................. 64 AVALIAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO .............................. 71

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1

APRESENTAÇÃO A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e

o Conselho Estadual do Idoso - CEI, seguindo as orientações do Conselho

Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI apresentam os Anais da XIV

Conferência Estadual do Idoso, realizada no Hotel Vacance, na cidade de

Águas de Lindóia/SP entre os dias 28 a 30 de setembro de 2015. A

Conferência oficializada por meio do Decreto nº 61.468 de 02 de setembro

de 2015 e normatizada pela Deliberação CEI/SP nº 008 de 03 de setembro

de 2015 teve como tema “O Protagonismo e o Empoderamento da Pessoa

Idosa: por um Brasil de todas as idades”. Deste tema desdobraram-se quatro

eixos: Gestão (Programas, projetos e ações), Financiamento (Fundo do

Idoso e orçamento público), Participação (política e controle social) e Sistema

de Direitos Humanos (violência contra o idoso).

A Conferência é um espaço privilegiado de avaliação e proposições de

diretrizes da política estadual relativa à pessoa idosa. Este espaço é de suma

importância, uma vez que também no Estado de São Paulo a transformação

etária populacional já é uma realidade. Hoje a população idosa representa

12,2% da população total do estado (cerca de 5,4 milhões de pessoas). A

projeção para 2030 é de 9.316.614 de idosos (Fonte: Fundação Seade).

A XIV Conferência Estadual do Idoso propiciou reflexão, debate e

deliberação sobre o protagonismo e o empoderamento do idoso, o que

resultou em propostas de aperfeiçoamento para as diversas políticas

públicas na garantia dos direitos para esta população.

A XIV Conferência escreve desta forma, mais uma página do futuro do nosso

estado e a Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo ciente da

relevância do seu papel na implantação e condução das políticas públicas,

assumiu o compromisso de discutir e incorporar as deliberações tiradas

desta Conferência, tornando assim, o Estado de São Paulo cada vez mais

Amigo da Pessoa Idosa.

Ademais, a XIV Conferência Estadual foi marcada por seu caráter

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democrático e deliberativo, onde estiveram presentes 248 delegadas e

delegados eleitos nas Conferências Municipais, além dos membros do

Conselho Estadual do Idoso, convidados e observadores, totalizando 318

pessoas.

Os presentes Anais contemplam as principais informações sobre a XIV

Conferência Estadual do Idoso e as contribuições resultantes de esforços e

reflexões coletivas sobre o presente.

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PROCESSO DE REALIZAÇÃO E PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS

O Conselho Estadual do Idoso de São Paulo, com o objetivo de organizar e

preparar a XIV Conferência Estadual do Idoso e ainda, orientar e mobilizar os

municípios paulistas nas Conferências Municipais promoveu em parceria com a

Diretoria Regional de Desenvolvimento e Assistência Social - DRADS entre os

meses de abril e maio de 2015, 07 (sete) reuniões em 06 (seis) macrorregiões, a

saber:

DIVISÃO DAS MACRORREGIÕES1

MACRO I Campinas, Mogiana, Piracicaba, Sorocaba

MACRO II Alta Sorocabana, Alta Noroeste, Alta Paulista,

Fernandópolis, São José do Rio Preto

MACRO III Araraquara, Barretos, Franca Ribeirão Preto

MACRO IV Bauru, Itapeva, Marília, Avaré, Botucatu

MACRO V Baixada Santista, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira

MACRO VI GSP Norte, GSP Leste, GSP Oeste, GSP ABC, São

Paulo

O público alvo destas reuniões foi os Gestores municipais, os funcionários das

DRADS e os Conselheiros Municipais, além de grupos da sociedade civil. E a

participação ficou em torno de 960 pessoas, somando todas as reuniões; o que

reflete a capacidade de divulgação e articulação das DRADS.

As reuniões foram estruturadas para discussões em torno do tema da Conferência

deste ano, e para tanto a metodologia utilizada foi a apresentação do vídeo:

“Envelhecimento Ativo” produzido pelo Projeto Ações Preventivas na Escola –

APE, que desenvolve o eixo saúde no Programa Escola da Família da Secretaria

de Estado da Educação, seguida de Palestra: “Protagonismo e Empoderamento

da Pessoa Idosa – por um Brasil de todas as idades e eixos temáticos, proferida

pela Conselheira Suplente Elaine Moura.

Após isto houve as orientações gerais para realização e mobilização da XIV

Conferência Estadual do Idoso.

Todas estas reuniões contaram com material de apoio. Foram distribuídos aos

participantes os seguintes materiais impressos:

• Manual de orientações sobre a Conferência, produzido pela Secretaria de

Desenvolvimento Social – SEDS e elaborado pelas Conselheiras Márcia Cristina

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Volpati e Elaine Moura.

• Deliberação nº 005/2015, retificada em 22/04/2015, que dispõe sobre as

orientações e mobilização para a realização das Conferências Municipais e

Estadual do Idoso.

• Outros materiais disponibilizados pelos convidados e participantes, conforme

cada região.

CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS

Contabilizou-se 321 Conferências Municipais realizadas no Estado de São Paulo.

Este número representa 49,77% dos municípios do Estado. Dos municípios que

disponibilizaram informação sobre o número de participantes, computou-se

aproximadamente 29.000 pessoas.

Deste total de 299 Conferências, 19 (dezenove) Municípios, apesar de realizarem

Conferência no prazo, não a organizaram sob os eixos temáticos, fazendo uma

discussão geral em cima dos problemas apontados pela população, trabalhadores,

e outros participantes. Porém, conseguiram, mesmo assim, enviar propostas para

a Conferência Estadual.

Além disto, 09 (nove) municípios enviaram seus relatórios fora do prazo

estipulado, apesar de contar com um total de 385 participantes, não conseguiram

enviar as propostas em tempo hábil para serem sistematizadas.

E, um total de 13 (treze) Municípios realizaram Conferência, mas não enviaram

propostas em seus relatórios.

Estes números demonstram o quanto de trabalho ainda há para ser realizado,

tanto no que diz respeito à sensibilização ao tema como à capacitação nos

munícipes para uma participação efetiva na consolidação dos Direitos da Pessoa

Idosa.

PROCESSO DE REALIZAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO

A XIV Conferência Estadual do Idoso, coerentes com as orientações emanadas do

Conselho Estadual do Idoso – CEI adotou como Tema Central: “Protagonismo e

Emponderamento da Pessoa Idosa: Por um Brasil de Todas as Idades.

Com o objetivo de aprofundar os temas propostos nos quatro eixos a partir do

tema central da Conferência “O Protagonismo e o Empoderamento da Pessoa

Idosa – Por um Brasil de todas as idades” a metodologia utilizada considerou que

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os participantes devessem ser instrumentalizados e orientados por coordenadores

e facilitadores especialistas em políticas públicas na área do envelhecimento.

Os eixos trabalhados foram:

I. Gestão (programas, projetos e ações)

II. Financiamento (Fundo do Idoso e Orçamento Público)

III. Participação (Política e controle social)

IV. Sistema de Direitos Humanos

Tendo caráter deliberativo, os grupos contaram com a participação de,

aproximadamente, 250 delegados eleitos, bem como 19 delegados natos e 10

observadores e convidados, representando o poder público e a sociedade civil. Os

grupos se organizaram para a votação das propostas sistematizadas, advindas

das 299 Conferências Municipais, que reuniram 4.000 propostas. Estas, após a

realização da sistematização, constituíram 184 deliberações.

As propostas aprovadas nos grupos foram 10 para o nível estadual e 10

para o nível federal, encaminhadas para votação na Plenária.

Metodologia de Trabalho

Os grupos foram compostos por um mínimo de 46 e o máximo de 80 pessoas em

cada eixo.

Cada grupo de trabalho contou com a participação de:

- 01 Coordenador Especialista

- 01 Facilitador Especialista

- 01 Relator

Caracterização dos grupos de trabalho

Eixos Temáticos Nº

Participantes Nº

Propostas Coordenador Facilitador Relator

Gestão: Programas, projetos

e ações 80 60 Zally Queiroz

Marisa Aciolly

Michael

Cerqueira

Financiamento: Fundo do Idoso

e Orçamento Público 64 37 Gioia T. Tosi

Adriana de

R. de

Almeida

Prado

Beatriz

Kipnis

Participação: Política e

Controle Social 58 43

Sandra

Rabello de

Frias

Maria Cristina

P. Biz Rafael Leite

Sistema de Direitos Humanos 46 44 José Carlos

Ferrigno

Hermínia

Brandão

Victória

Chermont

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Dinâmica dos Trabalhos

As reuniões dos grupos ocorreram durante todo o dia 29 de setembro, sendo que

no período da manhã o grupo iniciou com uma palestra do coordenador sobre o

tema, seguida da apresentação, também pelo coordenador da metodologia a ser

seguida para o trabalho do grupo. Após os esclarecimentos, houve a subdivisão

em 5 grupos para debaterem as propostas do eixo. Esta estratégia foi escolhida

com o propósito de estimular a participação de todos, uma vez que o

protagonismo foi o tema central da Conferência e isto inclui saber ouvir, respeitar

as diferenças, ser solidário e compreensivo com o semelhante. A divisão foi feita a

priori pela comissão organizadora.

Os cinco subgrupos de cada eixo discutiram as propostas utilizando o material de

apoio (documentos norteadores) e com o apoio do coordenador e facilitador,

elencaram as deliberações prioritárias para a política pública do idoso.

Isto posto, as prioridades elencadas em cada subgrupo foram colocadas em

discussão para que se chegasse no resultado final de 10 deliberações a serem

encaminhadas à Plenária Geral.

Informações Gerais e Resultados Obtidos Foram priorizadas 80 propostas nos quatro Eixos Temáticos da Conferência (em

âmbito estadual e da União).

As propostas foram apresentadas na plenária final. Após os apontamentos de

destaques e possíveis alterações a votação final foi feita de forma eletrônica e

resultou em 05 propostas do âmbito Estadual e 05 propostas em âmbito da União,

em cada Eixo Temático.

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REGIMENTO INTERNO XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO - 2015

Aprovado em Plenária em 28/09/2015

CAPÍTULO I DA SEDE, DURAÇÃO E DO TEMA

Art. 1º. A XIV Conferência Estadual do Idoso será realizada nos dias 28, 29 e 30

de setembro de 2015, na cidade de Águas de Lindóia/SP.

Parágrafo Único: O presente regimento é um instrumento que estabelece normas

de organização e funcionamento da XIV Conferência Estadual do Idoso.

Art. 2º. A XIV Conferência Estadual do Idoso, oficializada pelo Governo do Estado

de São Paulo, através do Decreto nº 61.468 de 02 de setembro de 2015 e

normatizada pela Deliberação CEI/SP nº 008 de 03 de setembro de 2015, terá

como tema “PROTAGONISMO E EMPODERAMENTO DA PESSOA IDOSA –

POR UM BRASIL DE TODAS AS IDADES”.

Art. 3º. A XIV Conferência Estadual do Idoso de São Paulo estará organizada em

quatro eixos temáticos, a saber:

I - Gestão (programas, projetos e ações);

II - Financiamento (Fundo do Idoso e orçamento público);

III – Participação (Política e Controle Social);

IV - Sistema Nacional de Direitos Humanos (violência contra o idoso).

CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS

Art. 4º. São objetivos desta Conferência:

I. Fortalecer a relação entre o governo e a sociedade civil para uma maior

efetividade na formulação, execução e controle da política para pessoas idosas;

II. Identificar, socializar os avanços e desafios obtidos na implementação das

políticas públicas priorizadas na III Conferência Nacional e na XIII Conferência

Estadual do Idoso.

III. Discutir e avaliar a implementação, os avanços e desafios da Política Nacional

do Idoso nas esferas de governo federal, estadual e municipal;

IV. Debater os temas relevantes para o campo do envelhecimento, assim como os

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avanços e desafios da Política Nacional do Idoso, na perspectiva da consecução

dos objetivos do Estatuto do Idoso;

V. Firmar o compromisso dos diversos setores da sociedade e do governo com o

atendimento, a defesa e a garantia dos direitos da pessoa idosa, indicando

prioridades de atuação para os órgãos governamentais, nas três esferas de

governo;

VI. Promover, qualificar e garantir a participação de idosos na formulação e no

controle das políticas públicas;

VII. Mobilizar a população do Estado, em especial o cidadão idoso, para a

conquista do direito ao envelhecimento digno;

VIII. Deliberar as prioridades sobre cada eixo temático, apontando estratégias e

competências de cada nível de governo.

IX. Eleger 108 (cento e oito) delegados para a IV Conferência

Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO DA CONFERÊNCIA Art. 5º. Os participantes da XIV Conferência Estadual do Idoso são

representantes da sociedade civil e do poder público, eleitos nas Conferências

Municipais, respeitando-se a proporcionalidade da população idosa em cada uma

das Regiões DRADS – Diretoria Regional Assistência e Desenvolvimento Social,

conforme Deliberação CEI/SP nº005/2015.

Art. 6º. A composição dos participantes na XIV Conferência Estadual do Idoso

fica assim estabelecida:

I. 26 (vinte e seis) Conselheiros Titulares do Conselho Estadual do Idoso

(CEI/SP), como delegados natos;

II. 334 (trezentos e trinta e quatro) delegados (as) eleitos(as) nas diversas

Conferências Municipais, respeitando-se a proporcionalidade. (Vide Deliberação

nº 005/2015 de 12 de fevereiro de 2015, alterada em 22/04/2015);

III. 03 (três) funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social – SEDS, para

apoio técnico;

IV. 05 (cinco) palestrantes;

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V. Convidados e observadores. §1º. Os representantes citados no caput, considerados delegados municipais,

poderão candidatar-se como Delegados à IV Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa Idosa, de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento da

Conferência.

§2º. Todos os Delegados participantes desta Conferência têm direito a voz e

voto, podendo manifestar-se oralmente ou por escrito durante o período dos

debates, por meio de comentários ou perguntas pertinentes ao tema, limitado a

03 (três) intervenções por participante.

Art. 7º. A XIV Conferência Estadual do Idoso tem a participação de convidados e

observadores escolhidos dentre representantes que atuam na área da política do

envelhecimento humano ou na defesa dos direitos dos idosos.

Parágrafo único – Os convidados e observadores têm o direito somente a voz

nos grupos de trabalhos e na plenária.

CAPÍTULO IV DO CREDENCIAMENTO

Art. 8º. O credenciamento ocorrerá mediante apresentação de documento de

identidade com foto a partir das 16h do dia 27/09 e das 08h até 13h do dia 28 de

setembro de 2015, no hall de entrada do Vacance Hotel em Águas de Lindóia.

§ 1º. No caso de substituição do Delegado, o suplente será credenciado

mediante documento emitido pela Comissão de Organização Municipal.

§ 2º. O substituto não será aceito no credenciamento sem a devida

documentação.

§ 3º. O credenciamento será feito por funcionários contratados, destacando a

ordem alfabética, sendo supervisionado pela Comissão de Organização da XIV

Conferência Estadual.

Art. 9º. O crachá de delegado é o instrumento que dá direito ao equipamento de

votação eletrônica na Conferência e não poderá ser utilizado por outra pessoa

que não seu titular.

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Parágrafo único: Em caso de perda do crachá, o mesmo não poderá ser

substituído.

Art. 10. O credenciamento dos convidados e observadores será realizado no

período previsto no artigo 8º deste Regimento.

CAPÍTULO V DA ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Art. 11. Os trabalhos da XIV Conferência Estadual do Idoso têm início após

apreciação e aprovação deste Regimento Interno.

Art. 12. A XIV Conferência Estadual do Idoso realizar-se-á de acordo com o

regulamento elaborado pela Comissão Organizadora da Conferência,

constituindo-se parte integrante deste Regimento.

Art. 13. A Comissão Organizadora da Conferência atenderá as normas definidas

pelo CNDI e as próprias do CEI/SP, na realização da XIV Conferência Estadual

do Idoso.

Art. 14. A XIV Conferência Estadual do Idoso está organizada em quatro eixos,

como seguem:

I – Gestão (Programas, projetos e ações);

II – Financiamento (Fundo do Idoso e Orçamento Público);

III – Participação (política e controle social);

IV – Sistema Nacional de Direitos Humanos (violência contra o idoso).

Art. 15. A XIV Conferência Estadual do Idoso terá a seguinte estrutura e

organização:

I. Solenidade de Abertura;

II. Palestra Magna sobre o tema central; III. Apresentação da síntese das prioridades apontadas pelos municípios;

IV. Eixos/ Grupos Temáticos de Trabalho V. Eleição de Delegados para a IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa

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Idosa

VI. Plenária Final. Parágrafo Único: Os Grupos temáticos de trabalho apresentarão e discutirão as

deliberações priorizadas e aprovadas nas Conferências Municipais para a

Estadual.

Art. 16. A XIV Conferência Estadual do Idoso será dirigida por 01 (uma) mesa

diretora constituída e presidida por membros indicados pela Comissão de

Organização Estadual.

Art. 17. À Presidência da mesa caberá conduzir as sessões, cumprir e fazer

cumprir o Regimento Interno, adotar as medidas atinentes ao bom

desenvolvimento dos trabalhos e resolver as questões de ordem, apurar as

votações e proclamar os resultados consultando a mesa diretora.

§ 1º. A Presidência não poderá discutir ou interferir no conteúdo do debate a não

ser para esclarecimentos sem interromper quem estiver no correto uso da palavra

dentro das normas regimentais.

§ 2º. Quando quem presidir desejar discutir qualquer assunto deverá antes

passar a Presidência da sessão ao seu substituto legal.

§ 3º. A Presidência dará por encerrada a intervenção do participante que exceder

o tempo determinado ou que se referir a matéria alheia à sessão ou que

prejudique seu bom andamento.

CAPÍTULO VI DOS GRUPOS DE TRABALHO

Art. 18. Os Grupos de Trabalho são instâncias de debate e votação das

propostas provenientes das Conferências Municipais, consolidadas segundo

cada eixo, e terão em sua composição delegados, convidados e observadores,

conforme distribuição prévia, realizada pela Comissão Organizadora da

Conferência, entre os segmentos da sociedade civil e do setor público.

Art. 19. Os coordenadores, facilitadores e relatores de cada eixo de trabalho

serão profissionais da assessoria especializada que conduzirão as discussões e

a sistematização das propostas, supervisionados pela Comissão Organizadora

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da XIV Conferência Estadual.

Art. 20. A dinâmica adotada para os grupos de trabalhos será a descrita na

metodologia.

Art. 21. A Mesa Coordenadora de cada grupo de trabalho será constituída pelo

coordenador, o facilitador, um membro do Conselho Estadual do Idoso e o

relator.

Art. 22. A Coordenação do eixo terá a função de conduzir as discussões do

grupo de Trabalho, avaliar o processo de verificação de quórum, controlar o

tempo e organizar a participação dos delegados.

Art. 23. Os delegados e convidados poderão manifestar-se em relação ao tema

do eixo, por escrito ou verbalmente, durante o período do debate, garantindo-se a

ampla oportunidade de participação.

§ 1º - Os observadores e convidados terão direito somente a voz. § 2º - O tempo máximo para cada manifestação será de 2 (dois) minutos.

§ 3º - Haverá prioridade para manifestação de participantes inscritos pela

primeira vez.

Art. 24. O quórum mínimo para qualificação da votação das propostas/diretrizes

deve ser de 50% (cinquenta por cento) mais 1 (um) dos delegados presentes, por

eixo;

Art. 25. Os grupos de trabalho devem deliberar prioridades por eixo, destacando

até 10 (dez) diretrizes para a instância estadual e até 10(dez) diretrizes para a

instância federal, para serem colocadas em votação na Plenária Final, na

conformidade do Regulamento e Deliberação do Conselho Nacional dos Direitos

do Idoso – CNDI.

CAPÍTULO VII DA PLENÁRIA FINAL

Art. 26. A Plenária da XIV Conferência Estadual do Idoso será constituída pelos participantes credenciados e será coordenada por membros indicados pela Comissão Organizadora. Art. 27. A Plenária terá a competência de discutir, aprovar ou rejeitar, em parte

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ou na totalidade, as propostas dos grupos de trabalho.

§ 1º. A manifestação ou intervenção dos membros da plenária ocorrerá após lida

cada proposta, mediante inscrição na mesa coordenadora.

§ 2º. A aprovação das propostas será por maioria simples, por meio eletrônico ou

por contagem dos crachás.

§ 3º. Cada delegado terá direito a um voto. Art. 28. A leitura das propostas acontecerá por eixos específicos, sendo que a

plenária poderá apresentar destaques durante a leitura, observando o §2º do

artigo 6º.

§ 1º. Não será permitida em plenária a apresentação de propostas não discutidas

e aprovadas nos grupos de trabalho.

§ 2º. Os destaques poderão contar com até 04 (quatro) delegados, sendo (02)

dois para defesa e (02) dois para encaminhamento em contrário, permitindo-se a

cada um até (02) dois minutos para a manifestação.

Art. 29. Os delegados que apresentarem destaques deverão encaminhar as

propostas para a mesa após a leitura, antes do início da votação.

§ 1º. Os destaques deverão ser apresentados por escrito, em formulário próprio,

para a mesa de apoio.

Art. 30. A Coordenação do eixo conduzirá a mesa de apoio para receber os

destaques durante a discussão das propostas do Grupo de Trabalho.

Art. 31. Após a leitura, a votação dos destaques será encaminhada da seguinte

maneira:

I. A mesa coordenadora comunica o número de delegados que compõe os

percentuais mínimos para as votações, segundo a lista de delegados do Grupo

de Trabalho.

II. Haverá a projeção no telão das propostas com os respectivos destaques;

III. Os integrantes da mesa de coordenação farão a leitura da primeira proposta

do Grupo de Trabalho, apresentam os destaques, encaminham a discussão para

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verificar se o grupo está esclarecido para a votação e prosseguem para a

segunda proposta, e assim sucessivamente;

IV. As votações de “Destaque” serão avaliadas pela plenária e colocadas para

serem votadas (votação com uso de crachás). A votação final da proposta será

feita de forma eletrônica e deve haver pessoas disponíveis para tirar dúvidas dos

delegados sobre o uso dos keypads. Caso ocorra empate entre propostas

priorizadas, cabe à plenária votar e realizar o desempate. Esta votação de

desempate deverá ser feita por meio eletrônico.

V. Não serão discutidos novos destaques para os itens aprovados;

VI. Quando o grupo não estiver esclarecido, a mesa concederá a palavra ao

delegado que se apresentar para defender o destaque e ao delegado que se

apresentar para defender posição original da proposta, cabendo para cada

intervenção 02 (dois) minutos;

VII. Será permitida uma segunda defesa, a favor e contra, se o Grupo não se

sentir devidamente esclarecido para a votação;

VIII. A votação será realizada na seguinte ordem: a proposta do relatório

consolidado do Grupo de Trabalho e o(s) destaque(s).

IX. Não será permitido o levantamento de questões após a votação do destaque.

X. Em regime de votação não será permitida questão de ordem. Art. 32. As propostas que não receberem destaque durante a leitura serão

consideradas aprovadas.

Art. 33. O encaminhamento das Diretrizes Prioritárias, conforme orientação do

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI, dar-se-á nesta conformidade:

I. Até 05 (cinco) Diretrizes Prioritárias, por eixo, de âmbito estadual, para o

Governo do Estado;

II. Até 05 (cinco) Diretrizes Prioritárias, por eixo, de âmbito nacional, para a IV

Conferência Nacional do Idoso;

III. 2 (duas) experiências exitosas do Estado, à escolha da Comissão

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Organizadora da XIV Conferência Estadual do Idoso, após consultas aos

Conselhos Municipais do Idoso pelo site do CEI/SP.

Art. 34. A mesa coordenadora do Grupo de Trabalho avaliará e poderá assegurar

o direito de pedido de “questão de ordem” aos delegados, quando dispositivos

deste Regimento não estiverem sendo observados.

Art. 35. As propostas de encaminhamento somente serão acatadas pela mesa

coordenadora quando se referirem às propostas em debate, com vistas à

votação, e que não estejam previstas neste Regimento.

Art. 36. Quando a proposta obtiver mais de 50% (cinquenta por cento) mais 1

(um) dos votos dos presentes nos Grupos de Trabalho será considerada

aprovada e levada para conhecimento da Plenária

CAPÍTULO VIII DOS DELEGADOS PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL

Art. 37. A delegação do Estado de São Paulo, por decisão do CNDI, será

constituída de 134 (cento e trinta e quatro) delegados, sendo 115 (cento e

quinze) eleitos na XIV Conferência Estadual do Idoso e seus respectivos

suplentes, calculados na proporção da população idosa, respeitando as 26 (vinte

e seis) Regiões Administrativas – DRADS, e os 19 (dezenove) Conselheiros

Titulares do CEI/SP presentes na XIV Conferência Estadual do Idoso como

delegados natos, conforme quadro abaixo:

26 DRADS DELEGADOS

Alta Noroeste em Araçatuba 2

Alta Paulista em Dracena 1

Alta Sorocabana em Presidente Prudente 2

Araraquara 2

Avaré 1

Baixada Santista em Santos 6

Barretos 1

Bauru 3

Botucatu 1

Campinas 12

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Capital em São Paulo 31

Fernandópolis 2

Franca 2

Grande São Paulo ABC em Santo André 7

Grande São Paulo Leste em Mogi das Cruzes 3

Grande Norte São Paulo em Guarulhos 3

Grande São Paulo Oeste em Osasco 6

Itapeva 1

Marília 2

Mogiana em São João da Boa Vista 2

Piracicaba 4

Ribeirão Preto 3

São José do Rio Preto 4

Sorocaba 6

Vale do Paraíba em São José dos Campos 7

Vale do Ribeira em Registro 1

TOTAL 115

Art. 38. Os delegados participantes da XIV Conferência Estadual do Idoso com

direito a candidatar-se como delegados à IV Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa Idosa devem corresponder às representações estabelecidas no

regulamento da Conferência, conforme Deliberação nº 008 de 03 de setembro

de 2015 publicada no DOE de 4 de setembro de 2015, estabelecendo 60% das

vagas para a sociedade civil e 40% para o poder público.

Art. 39. Somente poderão candidatar-se delegados presentes na Conferência

Estadual e eleitos nas Conferências Municipais.

§ 1º. A escolha dos Delegados, representantes da delegação do Estado de São

Paulo, para a IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, será

definida por maioria simples e realizada mediante contagem eletrônica ou por

apresentação dos crachás.

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§ 2º. Os suplentes somente participarão da IV Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa Idosa em caso de ausência dos delegados eleitos, mediante

justificativa devidamente apresentada e ratificada pela Comissão Organizadora

da Conferência Estadual até 15 (quinze) dias antes da realização da IV

Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.

Art. 40. A votação para a escolha dos delegados ocorrerá da seguinte forma:

Os delegados se reunirão por DRADS em grupos identificados por placas na I

plenária geral, e nos espaços disponíveis do lado de fora da plenária, para que

não se perca muito tempo no deslocamento. A mesa coordenadora irá

descrever na plenária onde cada DRADS deverá se reunir, conforme orientação

da equipe. Membros da comissão organizadora e dos grupos de trabalho

acompanham e registram a escolha feita pelos delegados.

II.Cada participante pode votar em até 2 pessoas.

III.O participante pode votar em si mesmo.

IV. Caso o participante vote na mesma pessoa duas vezes, será contabilizado

apenas um voto.

V. O participante vota apenas nos candidatos da DRADS de origem.

VI. A votação será por maioria simples e o segundo mais votado será o suplente.

VII. Será elaborada lista de delegados eleitos e suplentes que será lida na

Plenária Final.

VIII. Os delegados eleitos deverão ser referenciados pela Plenária Final.

CAPÍTULO IX DAS MOÇÕES

Art. 41. Os (as) delegados (as) poderão apresentar moções que contenham, no mínimo, 50 (cinquenta) assinaturas, com nomes legíveis dos participantes, redigidas em formulário próprio elaborado pela Comissão Organizadora da Conferência e encaminhadas à Mesa Diretora até, impreterivelmente, às 18h do dia 29 de setembro de 2015. § 1º. Os formulários que não estiverem devidamente preenchidos implicarão na

desconsideração da moção formulada.

§ 2º. Considerar-se-ão irregulares as moções que não contiverem o número

mínimo de assinaturas previstas no caput ou que não apresentarem, em todas

suas folhas, a descrição na íntegra do conteúdo da moção, impreterivelmente até

às 18 horas do dia 29 de setembro de 2015.

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§ 3º. A aprovação das moções será por maioria simples, por meio eletrônico ou

crachás.

CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42. O presente regimento elaborado pela Comissão Organizadora da Conferência, apreciado e deliberado pelo Conselho Estadual do Idoso deve ser aprovado em Plenária na XIV Conferência Estadual do Idoso. Art. 43. Será divulgado pela Comissão Organizadora, após o término do

credenciamento, o número de delegados.

Art. 44. Serão conferidos certificados de participação na XIV Conferência

Estadual do Idoso aos delegados, aos integrantes da Comissão Organizadora ou

Grupo de Trabalho, aos convidados, aos observadores e aos relatores,

especificando a condição da participação na Conferência.

Art. 45. Os casos não previstos neste Regimento Interno serão resolvidos pela

Comissão Organizadora da XIV Conferência Estadual do Idoso.

Art. 46. O presente Regimento entrará em vigor após aprovação da Plenária da

XIV Conferência Estadual.

São Paulo, Setembro de 2015

Comissão Organizadora da XIV Conferência Estadual do Idoso.

Henrique Rubens Jerozolimski Presidente do CEI/SP

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ABERTURA DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO

Águas de Lindóia, 28 de setembro de 2015

CERIMONIALISTA: Ouviremos agora as palavras do Sr. Henrique Jerozolimski,

presidente do Conselho Estadual do Idoso.

AUTORIDADE – Henrique Rubens Jerozolimski

Mais uma vez bom dia a todos. Inicialmente eu quero agradecer a presença do Sr.

Secretário Floriano Pesaro; agradecer a presença do Sr. Prefeito Toninho

Nogueira; da Nicole presidente do CONSEAS e do Sr. Vitor presidente do

Conselho da Criança Estadual; a Claudia Fló, nossa conselheira representando o

secretário do gabinete. Agradecer os dois palestrantes que estiveram aqui

ilustrando a nossa conferência, Sr. Fabio Ribas e Sr. Carlos Uehara, espero que

vocês tenham aproveitado muito bem as palavras deles. Agradecer a presença do

Sr. Rogerio Hamam, ex-secretário do estado de desenvolvimento social e hoje

secretário nacional do futebol. Agradecer ao Pierre que é secretário municipal de

desenvolvimento social aqui de Águas de Lindóia. Agradecer também a presença

da Juraci nossa ex-conselheira de Mogi das Cruzes. Agradecer a presença e o

apoio das duas equipes técnicas que estão ajudando no desenvolvimento dessa

Conferência, a presença do Sr. Alípio da Europatur e da Daniele da Una Marketing

de Eventos. Agradecer também o apoio que nós tivemos da Rita Dalmasio e a

presença das representantes das diretorias regionais de assistência social. E

agradecer a todos os presentes aqui, conselheiros municipais, presidentes de

conselhos municipais, e representantes de secretarias municipais.

Eu estou com três folhas, mas não são as três não que eu vou ler. O Vitor está

rindo porque ele acordou agora, mas ele já tomou café, tá tranquilo, né?

Estamos iniciando mais uma Conferência Estadual do Idoso, e a 14ª no Estado de

São Paulo. Já se passaram 4 anos desde a realização da última, ocorrida em

2011, e apesar dos avanços que o Estado de São Paulo tem dado no

fortalecimento das garantias e bem estar da população idosa, muitas das

propostas registradas nos anais da última conferencia ainda não foram

devidamente atendidas. Sabemos do rápido crescimento da população idosa

registrado nos últimos anos em todo o mundo, especialmente nos países em

desenvolvimento como o Brasil, e dos desafios que temos pela frente com o

atendimento das demandas que esta população nos apresenta. Estes desafios

não são exclusivos do poder público, como a constituição e o próprio estatuto do

idoso determinam, são também da sociedade e da família. Equacionar o papel

que cada um tem neste contexto é tarefa de todos e devemos exercitar

continuamente.

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Foi na constituição de 1988 que pela primeira vez enfatizaram-se as garantias dos

idosos. Não devemos confundir garantias de direitos com privilégios, queremos

apenas ser tratados com respeito e dignidade, assim como devemos no mesmo

modo tratar os demais.

O Estatuto do idoso criado pela Lei 10.741/2003 é um marco na garantia dos

direitos das pessoas com mais de 60 anos. Ainda que em seus 12 anos de

vigência necessite de ajustes e acréscimos que vão surgindo no decorrer do

tempo, o estatuto é o documento mais importante no amparo ao idoso, e em

temos como responsabilidade conhecer, cumprir e fazer cumprir, como bem

anotou a professora Pérola Nelicia Braga: "Quando se trata do idoso, o direito à

vida engloba não apenas longevidade, mas ao envelhecimento com dignidade,

respeito, proteção e inserção social. No que se refere ao direito à liberdade deve

ser ele propiciado ao idoso por meio de providências reais por parte do Estado e

da sociedade".

O que mais me incomoda são o preconceito e as dificuldades advindas dele para

continuarmos como parte da sociedade. A invisibilidade é um golpe que nos atinge

no fundo do nosso coração. Envelhecer é um privilégio negado a muitos, e nem

por isso quem atinge essa etapa da vida é um anjo, defeitos e virtudes são

comuns a todos os seres humanos.

Nestes dias de conferência contamos com a participação de todos para

elencarmos as dificuldades que os idosos enfrentam e sugerimos formas de

enfrentamento a essas dificuldades. Cerca de 92% dos municípios de São Paulo

com conselho municipal ativo aderiram a proposta e realizaram as suas

conferências, e boa parte pela sua primeira vez.

O tema protagonismo e empoderamento da pessoa idosa - por um Brasil de todas

as idades, é o ponto de partida de reflexão para uma efetiva participação nas

definições das políticas públicas. A conferência inicia-se agora para terminar daqui

a três dias, mas o acompanhamento de seus resultados será ato contínuo desse

Conselho, pois somente assim o idoso estará visível para a sociedade e para o

poder público.

Eu agradeço mais uma vez e quero registrar aqui o agradecimento aos

funcionários do conselho estadual do idoso, o João e a Viviane, que muito tem nos

ajudado nessa luta.Uma boa conferência a todos e muito obrigado.

CERIMONIALISTA: Antes de mais nada, eu quero comunicar que nós vamos

fazer uma pequena inversão na programação por necessidade de compromisso

que o secretário está participando agora cedo; e, a posse é uma formação muito

importante para nós do Conselho Estadual. O Conselho Municipal de Águas de

Lindóia está tomando posse agora pela manhã, e o Conselho Municipal convidou

o Secretário Floriano para participar dessa posse. Após, o Conselho Municipal virá

aqui participar com a gente da Conferência e nós faremos uma posse simbólica

com muito orgulho do Conselho Municipal de Águas de Lindóia.

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Em virtude disso, nós resolvemos para não atrasar os trabalhos, nós vamos

inverter a programação da manhã. Primeiro faremos a apresentação da fanfarra

da terceira idade da cidade de Sumaré, depois nós faremos a apresentação das

duas palestras técnicas com o Professor Flavio Ribas e com o Doutor Carlos

Uehara, e após as palestras então nós teremos a montagem da mesa oficial, com

a abertura oficial desta Conferência.

A fanfarra da terceira idade de Sumaré é patrocinada pela Prefeitura de Sumaré

através da Secretaria de Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social por meio

do Centro de Convivência da Terceira Idade criou do projeto área cultural voltada

a musicalização a fanfarra da terceira idade. Essa fanfarra existe na cidade de

Sumaré desde 2007 e segundo consta é a primeira e única fanfarra do Brasil.

Eu gostaria que vocês dessem uma salva de palmas ao maestro, à fanfarra e

vamos assistir à apresentação deles.

APRESENTAÇÃO DA FANFARRA

MAESTRO: Muitíssimo obrigado pelas palmas é um prazer enorme estar aqui

nesse momento tão lindo acontecendo no nosso Estado, no nosso país mais uma

vez a nossa melhor idade dando seu exemplo, a sua força, a sua sensibilidade,

sua dignidade. Parabéns a vocês por esse evento e obrigado mais uma vez

por estar aqui, e aqui eu digo para vocês que esta música, é uma música do

folclore italiano, é um desafio para qualquer fanfarra, e esta fanfarra com todo o

treinamento que nós temos toca com toda atenção que esta parada pede, as

tarantelas napolitanas e italianas para o deleite de vocês. Obrigado.

CONTINUIDADE DA APRESENTAÇÃO DA FANFARRA

CERIMONIALISTA: A fanfarra é constituída por 40 integrantes sendo regida pelo

Maestro Branco Bonano e pelo assistente Mario César do Amaral.

Caros e caras participantes, convidados, convidadas, sejam bem vindos a XVI

Conferência Estadual do Idoso, essa Conferência é organizada pelo Conselho

Estadual do Idoso do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria de

Desenvolvimento do Estado de São Paulo.

Teremos agora a palestra magna com o Doutor Fábio Ribas, consultor e

pesquisador em políticas e programas voltados aos direitos da pessoa idosa,

diretor executivo da PRATTEIN, Educação e Desenvolvimento Social, organização

que assessora projeto de diagnóstico e planejamento de políticas na área de

envelhecimento envolvendo Conselhos de Direitos do idoso, governos municipais,

organizações de sociedade civil e empresas. É autor das seguintes publicações:

“Conhecer para transformar – guia para diagnóstico e formação política municipal

de garantia dos direitos da pessoa idosa”, “Manual do fundo dos direitos do idoso”.

Uma salva de palmas ao palestrante dessa manha Doutor Fabio Ribas.

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PALESTRA MAGNA: “PROTAGONISMO E EMPONDERAMENTO DA PESSOA IDOSA – POR UM

BRASIL DE TODAS AS IDADES”

Águas de Lindóia, 28 de Setembro de 2015

PALESTRANTE: Fábio Ribas

Bom dia a todos. Com muito animo estamos todos aqui para começar a conversar

e a pensar um pouco sobre as políticas para o envelhecimento. Eu quero, antes

de mais nada, agradecer ao Henrique e a todos os membros do Conselho pelo

convite.É um momento em que a gente pode compartilhar e trazer um pouquinho

da experiência. Espero que seja para vocês de valor o que eu posso trazer. Eu sei

que aqui estamos com representantes dos Conselhos Municipais do Idoso e o

tema da Conferência que é o protagonismo da pessoa idosa eu acho que uma boa

forma da gente começar falar sobre isso é falando sobre os Conselhos do Idoso

porque participar dos Conselhos, a existência deles, talvez seja uma das mais

importantes formas de protagonismo da população idosa, na maioria dos

Conselhos as pessoas idosas estão presentes, não apenas elas, mas estão

presentes.

Então, pensando no tema da nossa Conferência que é o protagonismo e

empoderamento, eu acho difícil falar disso sem a gente discutir o ponto de vista

político, com o P maiúsculo, o que é o papel do Conselho do Idoso, para que ele

existe, a importância dele, não apenas de ir para as políticas para o

envelhecimento, mas para o próprio fortalecimento da democracia no Brasil.

Então eu queria dizer para vocês isso, a minha fala vai tentar pegar 3 grandes

itens: democracia, conselhos, e aí chegando ao fundo do idoso, tentar fazer um

resumo, uma síntese como essas coisas estão entrelaçadas.

Então ali está o papel dos Conselhos Municipais, e eu estou focalizando os

municipais porque vocês são de municípios, eu acho que no Brasil é muito

importante a gente pensar na qualificação da política no plano dos municípios.

Então o papel dos Conselhos Municipais: proposição no controle das políticas

públicas e na gestão dos fundos do idoso. Vamos ver como é que essas coisas

estão entrelaçadas.

Nós vamos começar a pensar um pouco então de forma mais ampla, na própria

idéia da democracia, e é um momento muito importante para a gente pensar

nisso, eu creio que talvez eu não precise nem justificar porque nós vivemos numa

crise sem precedentes no Brasil, política e econômica, então a questão da

democracia está no centro do debate dessa discussão. Por isso eu quero começar

a conversa justamente falando um pouquinho sobre o conceito de democracia. Já

tentei explicar um pouco porque eu optei por este início, Conselhos são

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mecanismos de democracia participativa.

Então retomando um pouco o conceito de democracia: democracia é um sistema

de governo orientado pelo bem comum. Muitas pessoas falam que ela tem muitos

defeitos, muitas dificuldades, mas ainda não se inventou um sistema melhor de

governo, o contrário disso seria o totalitarismo ou a ditadura, que muitos de nós

acompanhamos seguramente a transição da ditadura para uma democracia que

vem tentando se firmar, então, acho que não precisamos discutir, porque a

democracia é um valor.

Mas a democracia é um sistema orientado por um bem comum onde a população

escolhe quem vai tomar as decisões, isso é chamada democracia representativa.

Nós elegemos os governantes, os legisladores, que vão tomar decisões em nosso

nome, tanto discutindo questões públicas, de interesse público, como de forma

transparente. Muita gente fala que democracia é um sistema de governo orientado

para o bem comum, para os interesses públicos. Essa palavra público tem dois

sentidos, público no sentido de coletivo, é o que interesse a todos nós, e público

no sentido de não secreto, de transparente, esse também não preciso nem dizer

por que estar na pauta, está na pauta porque a gente vive em um tempo de várias

formas de gerir o dinheiro público, a questão da corrupção está na pauta. Então a

democracia como um sistema do bem comum, o sistema onde as coisas têm que

acontecer de forma transparente. Interesse público e transparência fazem parte do

conceito de democracia.

Ali está então garantia de acesso a informação. O acesso a informação é outro

eixo fundamental hoje no Brasil, nós temos o tema que discute a questão da lei de

acesso as informações, fazê-la se refletir. Quanto mais o cidadão tiver acesso aos

fundamentos das decisões, e daqui a pouco a gente vai falar um pouco dos

orçamentos todos, mais a gente pode dizer que estamos aprofundando e

aprimorando a nossa democracia.

Eu acabei de falar então dos fundamentos das decisões e o emprego dos

recursos, então agora vamos fazer uma síntese da democracia como sistema

quando pessoas em nosso nome tomam decisões, mas nós precisamos exigir que

elas sejam cada vez mais transparentes e bem fundamentadas, para isso nós

precisamos participar, não podemos ficar só olhando essas decisões acontecerem

sem saber de onde elas vieram e às vezes desconfiando da fundamentação delas.

Muito bem, aí nós podemos falar então da família citada. Falar da democracia

representativa, nós podemos pensar que existe mais um modelo de democracia.

O modelo da democracia representativa é essa que nós conhecemos, aquela que

nós conhecemos porque votamos de tempos em tempos nos governantes e nos

parlamentares. Mas nós podemos pensar também em uma democracia que

alguns chamam de direta. O que seria uma democracia direta? É aquela que lá

naquele tempo antigo da Atenas, da Grécia Antiga, as pessoas se reuniam na

praça para deliberar e tomar decisões, é como se disséssemos que nem

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precisaríamos dos representantes, nós mesmos nos reuniríamos para tomar as

decisões, mas isso é muito difícil nas sociedades modernas, complexas, tão

numerosas e com tantas demandas, então nós podemos pensar que entre a

democracia representativa e essa direta, que não seria legal principalmente em

um país com as dimensões do Brasil, nós podemos incrementar a democracia

com mais participação, então essa ideia de uma democracia participativa seria um

incremento da democracia representativa por meio de mecanismos de

participação.

Aí nós chegamos aqui na nossa sala. Os Conselhos de Políticas Públicas são

mecanismos de democracia participativa. Assim quando nós conselhos

constituídos, os conselheiros designados, representantes da sociedade civil e dos

governos, conjuntamente discutimos nossas decisões, nós estamos exercitando o

mecanismo da democracia participativa, que ampara e compõe a democracia

representativa o sistema de governança.

Vejam que a gente não é apenas membro de alguma área temática, tentando

fazer alguma coisa pelo bem público, somos isso também, mas estamos

participando politicamente do sistema de democracia brasileiro, ajudando a

aprimorar, nós podemos fazer isso, daí a importância dos Conselhos. Essa ideia

que queria deixar bastante acentuada porque me parece que é o apontamento

maior do trabalho de vocês, do trabalho dos conselheiros de políticas públicas,

olha só a palavra: Políticas Públicas. Políticas públicas que têm interesse coletivo,

e que se são públicas têm que ser decididas de forma transparente, e para serem

decididas de forma transparente precisam estar fundamentadas em um

diagnóstico e vivência de campo.

A democracia no Brasil hoje, eu recortei ali artigo 1º da Constituição Federal de

1988, nossa constituição atual, e é interessante é um artigo que nem sempre a

gente lembra dele, embora seja o primeiro artigo da constituição, que diz que

“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou

diretamente (...)”, olha que interessante eu acabei de falar de democracia direta,

portanto nossa constituição valida e legitima a democracia direta, porque o poder

vai ser exercido por meio de representantes eleitos ou diretamente. Eu acho que

os conceitos estão fundamentados no artigo primeiro da constituição porque nós

enquanto conselheiros e vocês conselheiros representantes da sociedade civil,

estão participando de decisões que não são tomadas então só pelos

representantes eleitos, e alguma forma vocês estão influenciando, aqui quando os

conselhos propuserem certamente terá que passar pelos parlamentos e pelas

casas municipais, mas é o maior momento do conceito de democracia. Está no

título da nossa Conferência empoderamento, participação. Empoderamento

significa termos mais poder, e ter poder não significa recolher só para si poder,

mas é distribuir esse poder, participar, é o conceito da democracia.

Os conselhos de políticas públicas então, dentre eles o conselho dos direitos do

idoso, e todos demais do Brasil, nós temos seguramente algumas dezenas de

conselhos, temos da criança e do adolescente, temos da mulher, da pessoa com

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deficiência, do meio ambiente, temos inúmeros conselhos de desenvolvimento

local, então todos esses conselhos estão lá nesse conceito de democracia. Então

esses conselhos de políticas públicas, dentre os quais o nosso conselho dos

direitos do idoso, ele pode conferir ao poder brasileiro de democracia como ali

está sugerido, mais controle social, e mais qualidade nas decisões, este é o

conceito fundamental que sustenta os nossos conselhos.

Muito bem, o principal tema dessa abertura, me parece fundamental e por isso

escolhi esse tema, eu diria que já que somos mecanismos de democracia

participativa, nós ajudamos a desconcentrar aquela tradição brasileira, quando

decisões e poder vão ser concentrados, muito concentrados verticalmente com

quem está governando. Isso você pode observar que se houve uma eleição, a

própria população decidiu que esse seria o gestor foi escolhido, e assim foi e por

isso é válido do ponto de vista democrático, mas a concentração do poder no

Brasil ela seria uma tradição muito forte na nossa história, e essa concentração é

tanta que às vezes quem se elege se entende como dono do poder.

Recentemente voltou muito essa discussão que um importante estudioso

brasileiro chamado Ramon Paolo chamou de patrimonialismo, Ramon falou e têm

um livro interessante chamado “Os donos do poder”, onde ele define essa

expressão chamada patrimonialismo, como se dissesse assim quem se elege, se

elege no Brasil, na nossa história, como se fosse dono, por um tempo, às vezes

por muito tempo, como dono do poder. Então esse patrimonialismo, quando a

gente pensa nos conselhos e na possibilidade de influenciar as decisões ele

começa a ser modificado. Outro dia até ouvi alguém dizer que quando um

governante no Brasil é eleito existe aquela cerimônia da posse, ele é empossado,

ora posse, o que é posse? Posse é de um veículo, posse de uma propriedade, é

quase como fosse dizer posse de uma propriedade privada por um tempo que

aquilo ficasse na mão daquele dono no poder. Ora esse conceito é

completamente incompatível com os conceitos dos conselhos de políticas

públicas, ou instâncias que ajudam a deliberar, que ajudam a controlar. Quem se

elege não tem posse coisa nenhuma, ele é um funcionário público, por mais

graduado que possa ser, ele está ali apenas para representar aquele programa,

aquelas ideias que a própria população legitimou por meio do voto, e os conselhos

como eu disse antes se amarram, eles ajudam, e não estou falando

absolutamente dos conselhos como órgãos, os governantes, eu prefiro até pensá-

los como instâncias de cooperação. O que é cooperar? Não é estar subordinado.

É operar conjuntamente, cooperar. Os conselhos existem, inclusive como eles são

formados, metade por representantes indicados pelo prefeito, pelo governador, e a

outra metade por pessoas da sociedade civil, eles são aqueles lugares que dentro

das diferenças regionais se buscará consenso para colaborar para o que deve ser

feito na área, por exemplo, do envelhecimento. Então eles têm essa ideia de uma

cooperação sem subordinação.

Então eles poderiam ampliar as transparências, enriquecer os fundamentos,

aprimorar a qualidade da gestão, e, no entanto, em muitos contextos, isso eu

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queria acentuar para prosseguir, eles são incompreendidos, não são valorizados e

às vezes eles são até subordinados. Alguém até apoiou a seguinte expressão:

“em muitas cidades existe uma prefeiturização dos conselhos”, como se dissesse

assim, os conselhos são totalmente dependentes, subordinados a prefeitura, ou a

mesma pessoa me falou, ela é representante do conselho pela sociedade civil, eu

perguntei o que é o conselho para você? E ela disse: "é o lugar onde a gente faz

uma resistência da sociedade civil”, eu pensei puxa eu até compreendo essa

pessoa, ela é do Maranhão, eu entendi muito bem porque ela falou isso, porque ali

havia um coronelismo muito forte no norte do Brasil, como existe só lá, e eu

discutindo com ela falei assim: “olha a gente precisa avançar mesmo, porque o

conselho não foi pensado para ser nem um subordinado da prefeitura, e tão pouco

como um meio de resistência da sociedade civil, ele foi pensado para sociedade

civil e governo nas diferenças, discutiriam como operariam, poderia até ter um

debate muito forte, mas para se chegar a acordo, porque democracia é a

capacidade de se chegar a um acordo que é ter um interesse comum, nem

sempre é fácil, muitas vezes vai ser penoso, mas é preciso caminhar nessa

direção. Então é preciso superar essa situação dos conselhos dependente do

governo ou às vezes se sentindo completamente recluso, é evidente que estou

dizendo isso ainda vai haver, antagonismos existem, mas é preciso deliberar,

chegar a um consenso para todos.

Então os Conselhos do Idoso são instancias de representação e defesa de

interesse, interesses gerais da população idosa. Há vezes o risco dos conselhos

se tornarem espaços de defesa de interesses de parte da população idosa, às

vezes aquela população que tem mais ênfase, mais participação, mas nós temos

que pensar no conjunto. Tem muitas parcelas da população que estão em

situação de fragilidade, não tem muita voz, é preciso que sua voz chegue até os

conselhos. Também os conselhos que ali estão, para que eles possam influenciar,

eles precisam, uma coisa que eu vou acentuar muito, ter bons diagnósticos da sua

realidade local.

Agora no café eu conversava com uma pessoa de um município aqui de São

Paulo que falou assim de uma forma muito efusiva: “nós acabamos de finalizar

nosso diagnóstico da situação da população idosa”, eu falei: “parabéns, porque

sem um bom diagnóstico você não vai conseguir exercer a sua função propositiva

e deliberativa”. Então desde já eu quero convidar vocês, se vocês ainda não

começaram, comecem um diagnóstico municipal da situação da população idosa,

e da situação do sistema de atendimento nas várias áreas. Isso é muitíssimo

importante, sem isso vai ser até difícil vocês se empoderarem, como diz o título

dessa Conferência, não há forma de empoderamento que passe sem bons

argumentos, e boas propostas requerem fundamentos ou diagnósticos.

Veja, qual é o papel então dos conselhos do idoso, seria ao mesmo tempo

deliberativas ou construtivas? Eu já respondo para vocês. Não são só

construtivos, eles são deliberativos. E como fazer para deliberar? O que é

deliberar? Deliberar é resolver, é decidir, é ter propostas, é encaminhar, é

acompanhar até que elas se efetivem. O que diz a política nacional do idoso sobre

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os conselhos do idoso? São órgãos deliberativos responsáveis pela formação das

políticas. Aí eu me questiono assim: ”Ué, mas a política da saúde quem formou foi

o gestor da saúde”. Sim, mas sobre os conselhos. E a política da educação, se a

gente vai para as DRADS do Brasil, uma parcela muito grande da população idosa

ainda tem baixa escolaridade, até mesmo analfabeta em muitos lugares do Brasil,

então isso daí é fundamental a gente entender que os conselhos são

deliberativos.

As suas atribuições então são formular políticas, elaborar proposições, indicar

prioridades. E aqui eu trago uma frase que eu quero ler para vocês: “Para

deliberar de forma consistente, o conselho deve supor de um bom diagnóstico.

Bons diagnósticos revelarão como os problemas se manifestam, apontarão

prioridades, permitirão mobilizar forças para ação, estimulando uma boa

articulação entre o Estado e a sociedade, pela melhoria das condições de vida da

população idosa e na busca de recursos.

Então, vamos avançar. Eu quero chegar até a falar um pouquinho do fundo do

idoso. Eu vou até correr um pouquinho, em face do nosso tempo, para que a

gente chegue nessa questão no fundo do idoso.

Os diagnósticos, o que tem que orientar um diagnóstico sobre a situação da

população idosa? Eu poderia dizer que o estatuto do idoso identificou ali todos os

direitos fundamentais. É saber como anda o direito à vida, é saber como anda

atenção à saúde. Liberdade, respeito e dignidade, nós sabemos que a população

idosa, boa parte dela, é submetida a muitas violências e violações, de vários

níveis. Alimentação, saúde, isso tudo são os direitos identificados no estatuto, ora

um diagnóstico, é claro que ele não vai ser feito em uma semana, nem um mês.

Ele tem que estar pensando como anda a atenção a cada um desses direitos. E

um outro marco orientador é esse conceito que nós podemos chamar de sistema

de garantia de direitos. O sistema de garantia de direitos do idoso ele é esse

conjunto das instituições, de serviços e programas, que existem ou deveriam

existir no município, na sua região, dependendo da área, até evidentemente tem

município que não vai poder oferecer todos os serviços, eles são compartilhados

com o Estado, em alguns casos até com a própria Federação, mas no município

de alguma forma está ali o sistema de garantia. Como é que andam os serviços,

como que andam os programas, a assistência social, aqueles serviços que

existem e o que deveriam existir? Então se eu fosse definir o que é um

diagnóstico, é uma moeda com duas faces, na face de cá os direitos, estão sendo

atendidos nas diversas áreas? Na face de cá os serviços, garantem a atenção

desses direitos? O idoso é alcançado? Aqueles outros territórios, os distritos mais

distantes nós sabemos como está? Às vezes até mesmo na área urbana, na área

mais central, nós temos seguimentos da população que não está sendo alcançada

pelos serviços.

Muito bem, o ponto de partida do diagnóstico somos nós mesmos, nossos

conselhos, como nossos conselhos estão? Estamos em condições de operar?

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Estamos constituídos? Estamos com uma legislação que explicita bem o que

fazemos? Onde estão nossas forças e fragilidades?

Eu desenvolvi um guia, em parceria com outras pessoas lá na nossa instituição,

que chama-se “Conhecendo”. Esse guia propõe cinco passos, a primeira etapa a

gente pensava como está nosso conselho, forma uma comissão municipal, uma

comissão que vem a fazer esse diagnóstico. Aí levantamos dados, os conceitos

que avaliam esses dados, faria as análises sobre a situação dos idosos. Na etapa

seguinte mapearia como anda o tal sistema de garantia de direitos, nas várias

áreas, saúde, educação, habitação, transporte, entre outras. E aí, formularia

propostas e finalmente encaminharia essas propostas para inclusão no orçamento

do município, isso é fundamental. Eu perguntava para aquela senhora que é

conselheira na cidade dela se as propostas do diagnóstico, que ela me disse de

forma tão contente que tinha feito, haviam sido encaminhadas para inclusão na

LOA, na lei orçamentária, e ela me disse: “Bom, esse passo a gente precisa andar

um pouco mais”. Porque veja, as propostas só têm existência, inclusive existência

financeira, se elas forem incluídas na lei orçamentária, os conselhos existem para

influenciar o orçamento que existe, para discutir. Não é muito fácil, ainda mais no

tempo de crise que nós estamos, olha de fato, mas é preciso que os conselhos

para se empoderarem, como é o tema da nossa Conferencia. Não tem forma de

se empoderar se você não influenciar o orçamento da sua cidade.

Então para sintetizar, eu mencionei o artigo 1 da Constituição, agora vou

mencionar a outra lei mais importante, é a lei do orçamento. Aquele ministro Leinz

Brito, do Supremo Tribunal, falou que no Brasil as duas leis mais importantes são

1º a Constituição e 2º a Lei do Orçamento, porque sem existência orçamentária,

que nós subsistíamos praticamente, para existirem medidas públicas.

Muito bem, os problemas que os diagnósticos têm mostrado, eu analisei já pelo

menos umas 20 cidades em acompanhamento deste diagnóstico, são vários e as

propostas são muitas. Eu vou só mencionar alguns que nós temos assim,

portanto.

Então nós temos:

a) Violência doméstica. Aparece muito. O que tem surgido como proposta:

programas de acolhimento temporário; comparecimento da assistência nos

programas de apoio a família; qualificação dos serviços de convivência de

fortalecimento de vinculo para a pessoa idosa.

São propostas que saem do diagnóstico feito pelos conselhos. Isso aqui é síntese

do que os conselhos têm proposto. Eles têm proposto e têm levado à frente

muitas dessas ações.

b) Violência financeira. Essa é uma questão que tem aparecido muito. Violência

financeira contra a pessoa idosa intrafamiliar, uma violência familiar. Então, têm

surgido propostas de programas de fiscalização em parceria com o ministério

público, poder judiciário, segurança, até programa de educação financeira. Tem

até um Município que eu acompanhei que eles puseram um programa de

educação financeira, para além dos cuidados, em relação à invasão de conta

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bancária, de créditos que não deveriam ter sido realizados, a avançar para

qualquer aplicação financeira da população idosa.

A área da saúde é uma das que mais aparece a falta de qualificação do serviço

para o atendimento da população, então têm surgido propostas de capacitação de

profissionais na área do envelhecimento com participação nos planos de

assistência na saúde e na família e assim por diante.

Bem aqui são vários exemplos, eu quero dizer que eu vou deixar essa

apresentação, vocês podem ter acesso a ela. Então são vários os itens, por

exemplo, dificuldades dos idosos até para acesso às aposentadorias e pensões;

falta de transporte, e aí surgem propostas de qualificação dos serviços que é uma

questão crítica porque tem muitas cidades que nem tem área de transporte, é

meio confusa, falta de controle, e eu estou falando de Brasil, minha experiência

com municípios de todo o Brasil, é comum.

Então veja, vamos concluir, e eu prometo que agora sim eu concluo, falando um

pouco do fundo. Se você estiver com os diagnósticos e tiver propostas sua

pergunta é: "Sim, mas como é que nós vamos implantar, precisando de recursos”?

O fundo dos direitos do idoso assegura tudo. Inclusive é uma conta que

normalmente apresenta uma certa instabilidade, ás vezes para mais, às vezes

para menos, em muitos municípios o fundo está só começando, ele ainda não

chegou a receber ainda recursos. Mas ele é muito importante. Muito importante

porque, primeiro é o conselho que rege garantia sobre este fundo, isso já é um

ponto importante. Esse fundo não é o governo que controla. O governo controla

porque metade do conselho é governo, então o governo também controla, mas

sociedade civil está no conselho e também vai controlar o fundo.

Então como é que funciona o fundo? Ele funciona com orçamentos entrando neste

fundo, que tanto podem ser orçamentos públicos com as doações dedutíveis do

imposto de renda, então essas doações do imposto de renda, as pessoas que

fazem a declaração do imposto, e muitas fazem, a pessoa física pode destinar até

6% para o fundo e a pessoa jurídica até 1%. Entrando o recurso, e tendo o

diagnóstico, o conselho vai direcionar esses recursos, decidir se é para

organizações não governamentais ou governamentais, e o controle das ações vai

ser feito tanto pelo conselho, e a própria prefeitura junto, quanto externamente

pelo poder legislativo, pelo tribunal de contas e o ministério público. E quem

destinar recurso para o fundo face uma atuação, destinação de empresa ou

pessoa física, também pode acompanhar, então por isso o fundo dos direitos do

idoso é tão importante. Quem faz destinação, o cidadão ou empresa, pode

também receber informações, não vão poder dizer o que vai ser feito, quem vai

dizer é o conselho, mas eles podem acompanhar. Então por isso a gente chama

esse fundo, até esse mecanismo, de cidadania tributária, porque pagar imposto é

uma obrigação, mas decidir direcionar 1% se eu sou empresa para o fundo, aquilo

que eu tenho que pagar 1% vai para o fundo, e se eu sou pessoa física 6%, eu

que decido, é uma decisão. Eu sou obrigado a pagar imposto, mas eu que decido

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direcionar para o fundo. Então eu gostaria de fazer uma boa campanha na

sociedade, junto a outras pessoas e outras empresas nesse sentido.

Olha ali estão então algumas dicas, algumas informações, vocês depois com mais

calma podem olhar. Vocês podem olhar com mais calma todas as informações. É

importante saber, por exemplo, que está no Senado Federal um projeto para

permitir que pessoa física faça doação no ato da declaração, isso vai facilitar para

muitas pessoas físicas destinarem no ato da declaração, porque elas podem

destinar para o conselho para o fundo dos direitos do idoso, comprovado pelos

conselhos.

Então, para concluir, eu quero chegar aqui para mostrar para vocês o primeiro

potencial que nós temos. Eu vou dizer logo em São Paulo quanto que é. Olha só,

no Brasil, se todo mundo que pudesse destinar, destinasse, em 2012, pegamos os

dados mais recentes tabulados, 804 milhões de reais viriam das empresas e 4,3

bilhões de reais viriam de pessoas físicas, de todo o Brasil. Em São Paulo viria

1,47 bilhões só de pessoa física. Sabiam disso? Se todas as pessoas físicas que

podem, que declaram pelo modelo completo, declaração do imposto de renda, se

todo mundo destinasse para o fundo do idoso, no Estado de São Paulo, todas as

cidades, seria 1 bilhão. É muito dinheiro, né gente?

Muito bem, os dados mostram que tem um tremendo espaço para caminhar, e é

só começar a organizar. Não vai ser do dia para a noite, mas tem um tremendo

espaço para caminhar.

E concluindo, essa minha última transparência, eu quero sugerir, estimular vocês,

a terem uma estratégia para mobilizar esse recurso para o fundo do idoso. Então

vejam, em síntese, vocês teriam que ter um diagnóstico mostrando quais são as

prioridades, as propostas, e aí, constituir lá no grupo de vocês, do conselho, para

dizer: temos o fundo na cidade? Destine seus recursos; você é pessoa física? Faz

declaração de imposto modelo completo? Você pode destinar até 1%; 6% ao

nosso fundo, 1% se for empresa. E tem empresas importantes perto de vocês? É

visitar essas empresas, mostrar essa possibilidade. Então veja o lugar que está o

fundo, avalia o potencial da destinação, de repente lá na cidade de vocês a rede é

grande. Eu sei que vocês vão ter uma palestra com a professora Jóia da Receita

Federal, ela vai dizer para vocês, eles têm uma planilha que diz: olha lá na tua

cidade o potencial de arrecadação para o fundo é tanto, aí você vai olhar lá seus

números, mas até agora não consegui muita coisa, mas vai atrás porque tem

como fazer. E finalmente então vocês têm que ir com jeito e mostrar que vocês

têm prioridades.

Então última coisa que eu vou falar, se o morador lá do seu município for alguém

que pode destinar para o fundo, primeira pergunta que eu faria é assim: Ta eu vou

destinar meu recurso para o fundo de vocês, o que vocês vão fazer com esse

dinheiro? Ah, não sei, nós vamos pedir propostas. Ta seria legal se vocês

tivessem prioridades, medidas com base em um bom diagnóstico.

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Enfim, fortalecer os conselhos significa ter um diagnóstico, comece agora, ele vai

se melhorando a cada ano; propostas, discutir com o poder público que estas

propostas são importantes; abrir a caixa do orçamento, ver quanto é que tem o

orçamento para medida de saúde, de educação, da assistência; acompanhe;

encaminhe as propostas; e faça uma boa propaganda, uma boa divulgação do

fundo, porque aí vocês vão estar se empoderando e fazendo avançar as políticas

de arrecadação do fundo.

CERIMONIALISTA: Senhores, eu gostaria de acrescentar só um detalhe, que as

apresentações que estão disponíveis serão colocadas no site do conselho, então

vocês podem depois acessar o site e conseguir as apresentações que estão aqui

na tela. Só um minuto, agora nós vamos continuar com a palestra do Doutor

Carlos Uehara.

Dando continuidade aos trabalhos desta manhã, ouviremos agora a palestra

magna do Doutor Carlos Uehara. Doutor Carlos André Uehara é médico geriatra,

diretor executivo do centro de referência do idoso da zona norte de São Paulo, e

vice-presidente da sociedade brasileira de geriatria, seção São Paulo.

Doutor Carlos irá abordar em sua fala a importância dos idosos assumirem seu

protagonismo na sociedade e os impactos desse comportamento em uma

população que envelhece rapidamente.

PALESTRANTE - Carlos Uehara

Bom dia a todos, eu gostaria de agradecer a presença de todos vocês e agradecer

o Henrique pelo convite e a comissão organizadora.

Meu desafio hoje aqui é falar para vocês um pouco da questão do protagonismo, o

empoderamento do idoso nesse novo século XXI, qual o papel social do idoso,

quais são os novos desafios nesse novo século frente à visão antiga que nós

temos do século passado.

Objetivo: discutir com os participantes como a velhice é compreendida pela

sociedade e qual o papel do idoso nas relações sociais.

Resumidamente, o que é o protagonismo questionado ontem? Protagonista é a

personagem principal de uma história. Sobre ela a trama é desenvolvida, as

principais ações são realizadas por ela ou sobre ela. Pode ser um indivíduo, um

adulto, e aquele que protagoniza sua própria história, que representa a si mesmo.

Ser protagonista é assumir o centro da cena e tornar-se ator social e político.

O que é empoderamento? Empoderamento vindo de Palmers, e muito usado no

mundo corporativo, a gente falando de colaboradores. É o poder das pontas, é dar

condições para aquele ator social, aquela pessoa que está lá na frente, distante

de onde se tomam as decisões no poder, e aquela pessoa que tem atitude mais

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ativa, buscar novos desafios lá na ponta, sem depender tanto do poder estatal.

Essa consciência ultrapassa a tomada da iniciativa individual, de conhecimento e

superação de uma unidade que se encontra. Só um panorama geral, do

envelhecimento do Brasil, vocês sabem melhor do que eu em relação a isso, em

2009 11,3% da população tinham 60 anos ou mais e 7,8% da população tinham

mais 65 anos. O Brasil apesar de estar envelhecendo rapidamente, ainda não é

considerado um país velho porque como nós usamos o parâmetro 60 anos aqui é

diferente dos países desenvolvidos. Nos países desenvolvidos a idade de corte é

65 anos, e, é considerado um país envelhecido, mais velho, aqueles países que

têm corte de 10% da população que tem mais de 65 anos.

Em 2013 haviam 26 milhões de idosos e a projeção é que em 2060 a gente

chegue a 58 milhões, a chance de dobrar, ou mais que dobrar essa população,

percentual que na metade do século passado eram apenas 2 milhões de idosos

no Brasil.

A expectativa de vida ao nascer também tem evoluído ao longo do tempo. Tem

muita gente aqui que nasceu antes da década de 50, quando nasceu a

expectativa de vida era menor do que 50 anos. Era extremamente raro ver alguma

pessoa com mais de quarenta, cinquenta anos. E hoje é extremamente comum

vermos pessoas com mais de 80 anos, e a população de 80 anos ou mais é a

fração da população que mais tem crescido nos últimos anos.

Falando um pouco dados de São Paulo, onde está localizado o meu serviço, tem

alguns locais na cidade de São Paulo que já existem mais idosos do que pessoas

adolescentes da faixa etária abaixo de 15 anos, e isso tem impacto grande nos

serviços de saúde, nas demandas sociais e tudo relacionado a essa população.

Esse é um ano histórico, pelas projeções da Organização Nacional, da OMS, a

população acima de 65 anos vai passar a população de menores de 5 anos, isso é

a primeira vez na história que acontece e isso também tem grande impactos. Os

Estados Unidos tem uma projeção que em 2025 a 2030 a população de idosos vai

ultrapassar as pessoas com menos de 15 anos. E como está isso no Brasil?

O processo no Brasil é muito rápido. Começou na década de 70, e diferente dos

estados dos países europeus, dos Estados Unidos que são países desenvolvidos

que ao longo de 100 anos esse processo de envelhecimento vem acontecendo

com o aumento, com melhoria da economia. Os países enriqueceram e

envelheceram posteriormente. O Brasil não. O Brasil tem o desafio de enriquecer

e ao mesmo tempo esse processo de envelhecimento vem muito rápido. Pelo

ENADE do ano passado havia 26,1 milhões de idosos, pessoas acima de 60 anos,

como eu disse nos países desenvolvidos 65 anos é a idade de corte, e no Brasil é

60 anos. A expectativa de vida nesse ano no Brasil é 74,9 para população geral,

78,6 para as mulheres e 71 anos para os homens, as mulheres vivem em média 7

anos a mais que os homens.

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Tem alguns geriatras que dizem que os homens vão morrer e que as mulheres

vão virar imortais.

Nos Estados mais desenvolvidos a expectativa de vida média é de 76,7 anos e

uma característica que eu já disse é a prematurização do envelhecimento.

Hoje quais são as características do Brasil de mais de 60 anos, como já disse são

26 milhões, 13% da população, 6 milhões de analfabetos, 45% dos analfabetos do

Brasil são idosos e essa população se concentra principalmente no nordeste

(norte/nordeste), 20% da renda nacional que é consumido no Brasil provem da

renda população idosa, cerca de 60% desses idosos são os arrimos de família,

são eles é que mantém a maior parte das despesas da família, e cerca de 45%

desta população também vive com ½ salário a 1 salário per capita, e também

muito importante os idosos são 24,2 milhões de eleitores do Brasil, são 17% da

população que pode votar são idosos. Isso é um peso enorme. É equivalente a

população com menos de 25 anos. Isso considerando que tem muito idoso com

mais de 70 anos que não é obrigatório votar que continua votando.

Em 2009 os idosos eram menos dependentes em relação à renda de sua família.

Como eu disse, a maior parte dos idosos eram chefes de família. E hoje como o

idoso é visto? Apesar de tudo isso que eu disse, tem um papel no parâmetro

social, importância de renda, hoje tem muito idoso além de aposentado trabalha

também, contribui com essa renda de casa. Apesar de tudo isso o que a gente

vê? Como a sociedade enxerga o idoso? Quais são as imagens associadas a

esses idosos?

O símbolo hoje do envelhecimento são: principalmente o preconceito, o idoso é

sempre visto com alguém que vive a parte da sociedade, é um peso para o Estado

e para a sociedade, acham que o idoso vai se aposentar, vai ficar em casa sem

fazer nada, um sujeito à toa, ele é sempre visto como um problema, nunca, são

raríssimas as vezes que nós vemos alguma coisa na mídia, na imprensa, alguém

falando que o envelhecimento não seja um problema, a maior parte das vezes é

um problema do crescimento.

Essas são as imagens que muitas vezes a gente pergunta para a população o que

vocês pensam quando falamos de idoso, são essas imagens de pessoas à toa,

pessoas acamadas, com insuficiência financeira, e essa imagem que prevalece. E

vocês são prova disso que não é isso.

Então na velhice atual existe um problema na previdência, sempre a culpa é do

idoso, culpabilização de quem envelhece, de quem necessita de cuidados, tem

muita gente envelhece que tem vergonha, tem medo de pedir para a família, de

solicitar auxilio, acha sempre que é um estorvo, mesmo porque as famílias

também estão mudando, os grupos familiares estão cada vez menores.

Quais são os valores atuais? Porque essa visão do idoso? O que leva a isso?É o

mundo capitalista que vivemos, que o positiva, é a beleza, é a aparência, é a

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juventude, é a força, a virilidade, agilidade muitas vezes privilegiou o ter e não o

ser. E o negativo é a velhice, a degeneridade, impotência, dependência.

E muitas vezes levamos a isso, paga a conta dessas pessoas, mas acho que a

maior parte da população que envelhece não pode ter esses signos também. Não

podemos ater ao signo do Peter Pan, que é o nunca envelhecer, a questão do

anti-age, achar que o envelhecimento é ruim e não ver o lado bom de envelhecer.

E quais são as consequências? A infantolatria, a adolescência estendida, a

geriatrofobia, a discriminação daquele idoso, e infantilização do idoso. O idoso é

sempre visto como coitadinho, bonzinho, quietinho naquele cantinho, sempre no

diminutivo.

A questão social do envelhecimento cabe ao Estado estabelecer políticas públicas

para atender a essa população. As políticas públicas são medidas de proteção

social implementadas pelo Estado para garantir a cidadania. Só que essas

políticas públicas não partem do Estado por iniciativa própria, muitas vezes ela

vem por um anseio da sociedade que se organiza, se mobiliza para requerer

aqueles direitos, aquela nova política.

Alguns marcos legais das políticas sociais do envelhecimento: em 1982 tem a

Conferência Mundial na Espanha; a Constituição cidadã de 1988; a PNI 94 que

cominou no Estatuto do Idoso em 2003, foram 8 anos de batalha. Tanto o PNI

quanto o estatuto do idoso, eles vieram principalmente da mobilização de algumas

organizações que começaram a debater esses assuntos e cobraram do Estado a

propor uma política do idoso, não veio da organização da população da sociedade

idosa. Em 2005 o documento produzido a partir da OMS foi traduzido para o

Brasil, mas o documento originalmente é de 2002, e a política internacional da

saúde é de 2006.

Qual que é o nosso grande desafio? Mudar essa imagem de que o idoso é um

problema, de que ele deve viver a parte da sociedade. Nós temos que fazer com

que o idoso seja visto como um protagonista, com um papel importante na

sociedade. Diferente da visão ocidental do idoso de que como ele deixa de ser

produtivo, ele não tem mais um papel. Eu prefiro um pouco a visão oriental do

idoso, que ele mesmo após a aposentadoria ele tem um papel importante na

sociedade.

O protagonismo e o empoderamento são a segunda onda de um processo que

começou lá trás, e os idosos precisam exercer seu papel de cidadão, buscar seus

direitos, principalmente exercer seus deveres, e era a oportunidade. A cidadania é

o exercício dos direitos e deveres de um indivíduo, ou Estado. Muitas vezes nós

achamos que cidadania é só os direitos, mas não, os deveres são muito

importantes. Os direitos e deveres de um cidadão devem sempre andar juntos

uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente em uma obrigação

de outro cidadão. O direito é o poder de agir e o dever a obrigação de fazer.

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E como fazer isso? Na minha visão, a melhor forma de nós desenvolvermos o

protagonismo e o empoderamento da população idosa é através da política do

desenvolvimento ativo, que começou lá em 2002, em Madri, que responsabiliza o

Estado nas questões de políticas públicas para o idoso e também propõe algumas

ações que devem ser realizadas. Ele foi proposto em 2002, traduzido para o

português em 2005, e esse ano houve uma atualização lançada lá fora, mas a

versão em português vai ser lançada nesse mês de outubro agora no Rio de

Janeiro, no IMC.

Ponto chave dessa expectativa é o momento de termos um novo paradigma, que

perceba os idosos como participantes ativos de uma sociedade de integração da

idade, contribuintes ativos, e beneficiários do desenvolvimento. Envelhecer é uma

oportunidade, sempre se lembrar disso. Os repugnantes do desenvolvimento ativo

são determinantes econômicos, sociais de saúde, determinantes

comportamentais, determinantes postuais, políticos, e determinantes sociais. A

vida social determinante depende da organização da população, determinantes

sociais, vestuais e comportamentais. Essa busca ativa do que fazer.

Os pilares que já nessa valorização já foram atualizados. Os pilares do

desenvolvimento ativo são: os pilares de saúde, aprendizado contínuo,

participação e segurança. Desses pilares, os mais importantes para desenvolver o

empoderamento da política do idoso são: a participação; e o aprendizado

contínuo. Na participação é necessário que as pessoas sejam vistas e se

relacionem, o idoso precisa participar das decisões, principalmente nos conselhos,

nas associações; compartilhar saberes; ajudar e ser ajudado; viver atividades em

grupo e aplicar-se em projeto coletivo. Coletivo aqui não é só coletivo de idoso,

mas também tentar se desenvolver com outros grupos também que atuam na

sociedade. Então nessa participação é necessária uma atitude ativa, ações de

questões nacionais, empoderar e melhorar a atuação dos conselhos dos idosos

nas conferencias. Um exemplo que eu tenho é a associação de aposentados dos

Estados Unidos. Lá eles têm 50 milhões de pessoas associadas e é um dos

maiores nomes atuantes dos Estados Unidos. Eles conseguem atuar no

Congresso, resolver políticas, conseguir benefícios para a população idosa, e

também atuar nas organizações que trabalham em prol dos idosos e não tem

somente idosos trabalhando em seus grupos, como a sociedade de geriatria e o

SESC, por exemplo.

Voluntariado é importantíssimo no envelhecimento ativo. É aquele idoso que não

precisa trabalhar, não tem um projeto maior, e pode trabalhar como voluntário.

Ações internacionais mostraram que você tem um papel importante, eu gosto

muito da questão da contação de histórias, pegar crianças mais jovens, trabalhar

com elas contando histórias, relatar aquelas experiências.

E o aprendizado contínuo, com eu disse, não é porque as pessoas envelhecem

que não tem porque aprender coisas novas, aprender novas línguas, aprender a

mexes no computador, no celular, no smartphone, e também alfabetizar-se. Como

eu disse grande parte dos analfabetos são idosos. A aprendizagem permanece ao

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longo da vida, não tem hora para acabar, e ainda permanece na vida de quem deu

para outro. Isso a gente não vê com naturalidade e eles estão dando o

aprendizado contínuo.

E são muitos os desafios hoje no Brasil. A questão do idoso, de gênero, de raça,

questão da depressão da população mais jovem, como o poder público vai

responder a tudo isso? Vai privilegiar um ou outro? O ideal é que a gente trabalhe

em conjunto, sair da face do encarte, do isolamento, e incluir as outras questões

também. A sociedade precisa ser mais inclusiva, a participação é crucial, como fim

e como meio. Parar de usar nós contra eles, nossas ações e eles ficam de lado. A

participação não seria que ele participa do nosso programa, mas que todos

participamos juntos para satisfazer as necessidades e desejos comuns. Tirar o

idoso da questão do gueto. Ter um lugar que só tenha idosos, um lugar que só

tenha crianças é muito ruim. O ideal é que a gente consiga integrar todas as

gerações, todas as idades, não só os extremos. Não é fácil fazer junto, esperar o

tempo do outro, mudar hábitos, rever conceitos. Acreditar que juntos podemos

crescer. Crianças, jovens, com idosos, muita gente não quer isso, todo mundo vê

como uma barreira, e a gente tem que tentar ultrapassar isso. Por isso há tantas

pessoas cansadas de tentar fazer sozinhas tarefas que exigem a participação de

outros. Muita gente faz muita coisa sozinho e acaba um momento que ela não

está mais lá e aquilo não perpetua, acaba naquilo mesmo. Cada pessoa precisa

ser reconhecida como ator essencial na construção da sociedade. Isso vale para

todos, independentemente de cor, de raça, de ter estudado ou não.

Quais são as estratégias? O Firrimino propôs isso em 2003 na publicação dele.

Apoiar troca de ideias, por meio da educação; do estimulo a renovação de

lideranças baseado nos valores e nas necessidades dos envolvidos; cooperação;

lideração; interdependência; compartilhamento de ideais; reciprocidade; a

diversidade. Entender que há diferença entre as pessoas. Negociação constante;

inflexão de atitude inflicta; objetivos comuns; superconhecimento; consciência

coletiva.

E o desafio é construir um ponto novo que caiba o jovem e o velho, pessoas com

ou sem instrução, aquelas periferias que cuidam e precisam ser cuidadas, para

todos os credos e raças, proporcionando a todos uma oportunidade para viver

mais e melhor.

Então protagonize-se. Potencial para os idosos que escolhem a base para

desenvolver o próprio futuro, que permite a sociedade ver cada vez mais as

competências, as experiências e sabedorias dos idosos. Os idosos são os

guardiões da sabedoria da população. Não só para o incentivo de sua própria

sabedoria, mas também para participar ativamente de toda sociedade.

Isso aqui são elementos que estão na cartilha da conferência, veio de lá.

Mantenha-se informado, o conhecimento é muito importante. Busque se informar

sobre seus direitos, e o que o seu município oferece à população idosa, ou sobre

outros assuntos de seu interesse. Participe das atividades do seu bairro, pense

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localmente, aja localmente, não só globalmente. Nossos objetivos têm que

começar perto de casa. Conheça novos lugares, pratique novas atividades,

estabeleça novos contatos com diferentes grupos de pessoas de todas as idades.

Em termos de capitular, acho que isso vale muito para a população idosa: Se o boi

soubesse a força que tem, não puxava carroça. Obrigado.

CERIMONIALISTA: Os slides e as fotos deste evento estarão disponíveis depois

dessa Conferência no site www.conselhodoidoso.sp.gov.br. Após ouvirmos as

palestras do Doutor Fabio Ribas e Doutor Carlos Uehara, iremos fazer um

intervalo de 15 minutos para o coffee que será servido na entrada desse salão.

Pedimos aos participantes que após 15 minutos retornem para a abertura oficial

da XIV Conferência Estadual do Idoso.

CONSIDERAÇÕES GERAIS DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO IDOSO

CERIMONIALISTA: Bom dia mais uma vez, sejam bem-vindos a XIV Conferência

Estadual do Idoso. A Conferência foi organizada pelo Conselho Estadual do Idoso

do Estado de São Paulo, órgão que emplaca a Secretaria de Desenvolvimento

Social do Estado de São Paulo. O tema central do nosso evento é: “Protagonismo

e empoderamento da pessoa idosa, por um Brasil de todas as idades”.

Aqui temos delegados, representantes de 92% dos municípios com conselhos

municipais ativos no Estado. Essa expressiva representação demonstra a

importância desse evento, e o interesse dos que estão aqui presentes em

melhorar e aprimorar as políticas públicas voltadas para a população idosa do

Estado de São Paulo.

Para darmos início a nossa cerimônia de abertura quero convidar as autoridades

presentes para compor a mesa. Primeiramente quero convidar o Deputado

Federal Floriano Pesaro, secretário do Estado de Desenvolvimento Social. O

prefeito da instância de Águas de Lindóia Sr. Antônio Nogueira; o presidente do

Conselho Estadual do Idoso o Sr. Henrique Jerozolimski; a Sra. Nicole

Hoedemaker presidente do Conselho Estadual da Assistência Social; Sr. Vitor

Pegler presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente.

Composta a mesa para os trabalhos desta manhã, ouviremos agora o hino

nacional brasileiro.

HINO NACIONAL BRASILEIRO

CERIMONIALISTA: Nesse momento eu quero convidar também para compor a

mesa para os trabalhos dessa manhã Dra. Cláudia Fló, coordenadora da área de

saúde, e representando o secretário do Estado, e vice-presidente do Conselho

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Estadual do Idoso.

Também queremos registrar e agradecer as demais autoridades presentes neste

evento, a Sra. Rita de Cássia Dalmasio, coordenadora de ação social da

secretaria de desenvolvimento social; o Sr. Epitácio Luiz Epaminondas,

representando o Conselho Nacional do Idoso; o Sr. Paulo Maulos, vice-presidente

do Conselho Nacional do Idoso.

CERIMONIALISTA: Nesse momento ouviremos as palavras do prefeito de Águas

de Lindóia Sr. Antônio Nogueira.

AUTORIDADE - Antônio Nogueira

Bom dia a todos. Quero agradecer a presença de todos e dizer que é uma

satisfação estar aqui com vocês hoje, porque hoje também a gente está formando

nosso conselho de idosos de Águas de Lindóia, está tomando posse hoje. E

também porque já sou idoso, já faço parte. Além de desejar para vocês uma boa

conferência, digo para vocês que vai sobrar tempo para vocês desfrutarem da

nossa cidade, da cidade pequena, mas acolhedora. Estejam a vontade em Águas

de Lindóia, sejam bem vindos, e que vocês aproveitem bastante. Muito obrigado.

CERIMONIALISTA: Ouviremos agora as palavras do deputado federal Floriano

Pesaro, Secretário do Estado de Desenvolvimento Social.

AUTORIDADE - Floriano Pesaro

Bom dia. Que prazer enorme estar aqui com vocês. Que lugar bonito, que bom

hotel, que boa conferência. Eu fico muito feliz, realmente agradeço ao Prefeito

Antônio Nogueira pela cidade que nos acolhe, cidade de Águas de Lindóia. Essa

cidade que em tempo continua sendo essa cidade calorosa, gostosa, própria para

esse tipo de evento.

Quero agradecer ao Dr. Henrique, presidente do conselho estadual do idoso. Dr.

Henrique que é um homem com uma seriedade incrível, correto, dedicado,

preocupado e parceiro, parceiro do poder executivo. O Henrique e todo o conselho

estadual do idoso foram guerreiros na confecção dessa conferência. Não foi fácil.

Um ano difícil, um ano de profunda crise econômica. Falta de dinheiro para todo

mundo, União, Estado, os Municípios. E mesmo assim, nós fomos insistentes, e

sobre a liderança do Dr. Henrique nós conseguimos realizar, nestes próximos

dias, a partir de hoje, a Conferência Estadual do Idoso, a XIV Conferência

Estadual do Idoso. Parabéns Henrique, e parabéns conselheiros.

Quero cumprimentar dois amigos, parceiros e guerreiros. Uma mulher, que já é

guerreira pela própria natureza por ser mulher, muito especial, que é a Nicole

presidente do Conselho Estadual da Assistência Social (CONSEAS), e realiza já

na próxima semana a nossa Conferência Estadual da Assistência Social também

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aqui em Águas de Lindóia. E eu espero Nicole que nós possamos nos inspirar nos

mais velhos e fazer aqui a nossa conferência da assistência inspirada no sucesso

dessa conferência dos idosos. Parabéns Nicole pelo seu trabalho e eu estou ao

seu lado para que nós possamos fazer uma grande conferência estadual também.

Vitor, você já fez a sua. O Vitão já fez a Conferência da Criança e do Adolescente,

um sucesso absoluto. Foi a maior conferência da criança e do adolescente da

história de São Paulo e o Vitão conseguiu um feito inédito, que foi a liberação de

30 milhões de reais do fundo da criança e do adolescente do Estado para projetos

sociais que já foram selecionados no âmbito da criança e do adolescente.

Eu digo isso porque nós faremos a mesma coisa com os idosos. O governador

assinou a mais ou menos um mês um decreto (13 de julho, então faz um pouco

mais de um mês), um decreto no qual ele obriga as empresas estaduais a

depositarem parte do seu imposto de renda devido (1% do imposto de renda

devido) ao fundo do idoso, como as empresas já faziam no fundo da criança e do

adolescente. Então agora nós estamos ativando o fundo estadual do idoso que

hoje tem 4 milhões, e eu disse ao Henrique que nós vamos lutar para que ele

tenha 40 milhões de reais, dez vezes mais, para financiar projetos no campo dos

idosos, é isso que nos interessa. Captar recursos das prefeituras através das

empresas instaladas nas prefeituras para o fundo do idoso. E vocês tem um

papel fundamental nisso, porque vocês podem alertar os seus prefeitos, como eu

alertei o Toninho Nogueira, que é para conversar com os empresários das

cidades. Conversem com os empresários. Toda empresa da sua cidade pode

deixar 1% do imposto de renda devido, que ela já vai pagar, no fundo estadual do

idoso, ou municipal; é que se for no estadual nós garantimos que o repasse seja

direcionado às entidades sociais que trabalham com idosos nos seus municípios,

a gente faz essa ligação. Isso é muito importante. A vinculação da atuação ao

serviço que vai ser prestado é muito importante.

Essa foi uma briga longa nossa, especialmente no campo da criança, mas agora

no campo do idoso, porque tanto o ministério público quanto organizações não

governamentais muitas vezes achavam que o dinheiro, como era imposto devido,

ou seja, já ia pagar para a União, não podia ser direcionado. Mas aquele que

direciona o imposto de renda devido, ele quer ver o resultado. Assim como nós

todos que pagamos impostos também queremos ver os resultados das políticas

públicas, e muitas vezes a gente não enxerga, ainda mais se o dinheiro vai todo

para Brasília. Então, não há nenhum problema, nenhum problema em pedir que

um empresário deixe 1% do imposto para o fundo estadual do idoso, e diga qual

projeto social ele gostaria, ou qual projeto social ele gostaria de financiar. O nosso

papel como poder público é fiscalizar, certificar a entidade social, e certificar o

trabalho que vai ser feito. Simples assim. Todo resto é para complicar, e nós não

queremos complicar. Nós queremos ter políticas públicas que atendam aos idosos

que precisam.

Eu queria cumprimentar a Claudia nossa parceira da saúde. Dizer que a saúde é

um componente muito importante na política pública para o idoso, em alguns

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casos ele é o mais importante. Mas, Claudia, quero te dizer que não é o nosso

desejo. O nosso desejo não é tratar a questão do idoso como uma questão de

saúde. Nós queremos tratar a questão do idoso como uma questão de atividade,

de ativismo, de participação, de protagonismo. A gente quer tratar o idoso como

uma pessoa absolutamente incluída na sociedade, e que vive por muito tempo, e

que pode contribuir muito para o desenvolvimento da nossa sociedade.

Mas sem dúvida nenhuma não dá para dispensar a saúde. Tanto a saúde

preventiva, que é aquela que a gente quer apostar, uma alimentação melhor,

dizem que a saúde entra pela boca, então uma alimentação melhor, uma

orientação para uma alimentação melhor. A atividade física para mexer o

esqueleto, mexer o corpo para que a gente tenha mente sã e corpo insano, mente

saudável e corpos saudáveis. É isso que a gente quer.

Quero cumprimentar duas pessoas maravilhosas que trabalham comigo, é um

privilégio. Quero cumprimentar a Marly Cortez que é a secretaria executiva do

Conselho Estadual do Idoso, e toda a equipe técnica que cuida do idoso na nossa

secretaria, ao lado da Rita Dalmasio, a nossa chefe da proteção social. Queria

dizer que a Rita e a Marly fazem um trabalho maravilhoso e por isso eu tenho

tanta confiança que faremos uma boa gestão. Ninguém faz nada sozinho, a gente

faz com parceria. Nós temos que ter humildade todos os dias para escutar os

técnicos, para tomar uma decisão que tenha um caráter técnico, acima de tudo

técnico. E para isso a gente também obriga os técnicos a escutarem os usuários,

os usuários do sistema de proteção social, porque é o povo, é quem tá na ponta

que sabe melhor o que tem que ser feito.

Por isso a importância dessas conferências a cada dois anos. Não é a segunda

conferência, é a 14 ª conferência. E, nessa conferência o que nos interessa é que

vocês falem. Nos interessa é escutá-los, saber o que vocês estão pensando.

Porque nós estamos passando por um momento de profunda transformação na

nossa sociedade. Todo mundo diz que a nossa sociedade está ficando mais

idosa. Mas não é só que está ficando mais idosa, está ficando idosa por mais

tempo, as pessoas estão vivendo mais. Então quando se fala em se aposentar

aos 60 e aos 65 anos, nos dias de hoje não faz mais sentido. Hoje nós temos que

pensar em uma aposentadoria a partir dos 70, entre 70 e 75, porque aos 60 e 65

vocês estão em plena capacidade de trabalho, em plena capacidade intelectual. E

a sociedade precisa de vocês.

Mas eu vou dizer outra coisa para vocês. Hoje dizem que a gente vive por mais

tempo. Então a gente se aposenta aos 60 e vai viver até os 80, 90, vai viver trinta

anos. Trinta anos que nós precisamos ter atividade, porque se a gente ficar trinta

anos em casa nós estamos liquidados. E não são só os idosos, é toda a

sociedade. Dizem que as mulheres vivem um tempo mais que os homens, em

torno de 10 a 15 anos mais que os homens. Dizem que com toda a alimentação,

com toda a qualidade de vida que foi conquistada ao longo dos anos, e nós

sabemos disso, até o início dos anos 80 as pessoas morriam com 70 anos de

idade, 65 a 70. Hoje não morrem mais. E dizem que os homens vão chegar a 100,

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e como diz o governador, as mulheres não vão morrer mais.

Mas olha, essa é uma discussão importante. Nós temos feitos políticas para que

os idosos, mesmo aposentados, voltem a ter atividades. As empresas perceberam

que contratar idosos é um grande negócio para elas. É sobre isso que nós

estamos falando. É sobre viver 30 anos aposentado. Não é qualquer tempo, é

uma outra vida. Quando a gente fala da terceira idade hoje é uma terceira idade

para valer, porque as pessoas estão na quarta idade. Vocês viram aqui hoje que

quando a gente fala em terceira idade, nós estamos vendo a primeira idade, aos

25 anos; a segunda idade, até os 50, 60 anos; e depois nós vamos para a terceira

idade, e são mais 30 anos de vida. E o que nós vamos fazer com mais 30 anos de

vida? Com toda a capacidade intelectual que a escola da vida nos deu, com todo

o poder que nós temos hoje, físico, vigor físico que as pessoas têm. Nós

precisamos pensar firmemente quais são as políticas públicas que nós vamos ter

no futuro próximo para nosso envelhecimento saudável. E para isso passa pelos

núcleos de convivência de idosos, os centros de convivência, os centros dia, as

atividades, o agita sampa, todas as políticas que estão sendo discutidas por aí.

Mas passa essencialmente pelo reconhecimento da sociedade da importância que

os idosos têm e continuarão tendo na formação e no desenvolvimento do nosso

povo. É fundamental esse respeito, esse reconhecimento. É fundamental que a

gente pense que tratar o idoso ou a questão do idoso hoje não é tratar mais a

doença, mas é tratar a vitalidade, é tratar o potencial que vocês têm de contribuir

com a sociedade. E nós, os mais jovens, e nós os formuladores das políticas

públicas, ao lado de vocês, com o conhecimento de vocês, nós não podemos

deixar o desperdício de uma parcela da sociedade que pode contribuir, e que

muitas vezes é vista pelos outros, especialmente pelos mais jovens, como gente

que deveria estar em casa. Nós não vamos deixar. Nós não podemos deixar. Nós

temos que ter esse olhar, essa visão estratégica.

Eu vou contar uma coisa para vocês. Na Coréia do Sul (claro, porque na Coréia

do Norte ninguém sabe o que acontece) nós tivemos uma onda inversa a onda

brasileira. Lá o governo começou a pagar para os jovens ficarem estudando.

Então, os jovens saiam da escola, e ao invés de ter o primeiro emprego, o

governo pagava para o jovem fazer uma pós-graduação, estudar mais tempo.

Então passou a estudar 11 anos. Quando entrava no mercado de trabalho, aos 30

anos, e não aos 18 anos como é no Brasil, entrava com uma capacidade de

conhecimento, uma capacidade técnica extremamente competitiva. E deu no que

deu. Todos esses aparelhos que a gente tem, que a gente fala no telefone, é tudo

coreano, é a maior produtora de tecnologia do mundo é a Coréia. Na outra ponta

da régua social, a Itália, ou seja, do outro lado, o que eles fizeram, eles

possibilitaram que os idosos continuassem no mercado de trabalho. Lá a

aposentadoria é aos 70, 75 anos. Porque? Porque aqui os jovens entram no

mercado de trabalho aos 18, 19 anos com conhecimento precário, sem

experiência e com baixa remuneração. Ao entrar essa quantidade enorme de

jovens no primeiro emprego, empurra do outro lado os idosos para fora do

mercado de trabalho. Eu estou falando idoso, mas nem sempre é idoso, às vezes

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com 50, 55 anos já tira a pessoa do mercado de trabalho, e a pessoa não

consegue mais ter a sua renda. E quando se aposenta no Brasil, se aposenta com

uma renda pequenininha que mal dá para pagar os custos da aposentadoria, ou

seja, remédio, aluguel muitas vezes, alimentação, atividades de lazer.

Tudo isso nós precisamos pensar. Porque lá o que eles fizeram? Da mesma forma

que eles mantiveram os jovens por mais tempo estudando eles deram a

oportunidade para que as pessoas mais idosas, com mais conhecimento, com

mais experiência, pudessem continuar contribuindo com a sociedade.

Eu não preciso dizer que a sociedade coreana hoje é uma das mais desenvolvidas

do mundo, e nós temos que nos inspirar nas boas soluções, naquilo que já foi

pensado, naquilo que está sendo testado.

Portanto, o que eu proponho aqui, e parte dos debates dessa conferência, dessa

XIV Conferência, que trata do empoderamento e do protagonismo do idoso na

nossa sociedade, que a gente vá além do respeito e da dignidade que todos vocês

merecem, mas que a gente possa realmente propor para a sociedade brasileira a

participação do idoso como sujeito de direito, e como protagonista do

desenvolvimento da nossa sociedade. Vocês têm muito a contribuir, têm muita

experiência, muito conhecimento, e nós precisamos de vocês. Uma boa

conferência a todos.

CERIMONIALISTA: Informando aos participantes para verificarem se o nome está

correto no crachá, caso esteja algum nome incorreto, passar na secretaria para

fazer a correção para serem emitidos os certificados.

Nesse momento será desfeita a mesa dos trabalhos dessa manhã para que

possamos ouvir as considerações gerais sobre a XIV Conferência Estadual do

Idoso com a coordenadora da comissão organizadora a Sra. Akiko Oyafuso. Peço

uma salva de palmas para a mesa de trabalhos dessa manhã.

AUTORIDADE - Floriano Pesaro

Pessoal, eu só esqueci de agradecer a presença da Sra. Sandra que foi quem

mais me orientou do ponto de vista das políticas do idoso na cidade de São Paulo.

A Sandra é uma das coordenadoras técnicas dessa conferência, agradecer a

Sandra e a toda equipe técnica que está nos dando todo o apoio.

CERIMONIALISTA: Nesse momento convido para subir ao palco a Sra. Akiko

Oyafuso coordenadora da comissão organizadora da XIV Conferência Estadual do

Idoso.

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AUTORIDADE – Akiko Oyafuso

Bom, já nós nos vimos ontem, já nos vimos hoje, e continuamos nos vendo. Acho

que aqui começa nessa conferencia a comemorar uma festa possível através da

democracia participativa a favor do idoso. Eu vou falar um pouquinho porque eu

tenho certeza que cada um de vocês, nos seus conselhos municipais, nos seus

municípios, e nós aqui no conselho estadual não começamos a conferência hoje.

Hoje é uma das etapas em relação a preparação que começou desde novembro

do ano passado. Então eu só vou fazer uma pequena retrospectiva, e que a gente

pudesse ir percebendo que o tema proposto para esta conferência que é o

protagonismo e o empoderamento da pessoa idosa - no Brasil de todas as idades,

perceber que ele está embutido na nossa pequena retrospectiva até chegarmos

esta data de hoje, dia 28 de setembro, XIV Conferência Estadual.

Nós começamos a praticamente a pensar na previdência a partir de novembro do

ano passado quando foi instituída a comissão organizadora da conferência, onde

diferentes conselheiros do estado, e também aqui da capital, compuseram essa

comissão.

Então a comissão organizadora dessa conferência que todos vocês estão

participando é composta pelos conselheiros titulares: Elaine Cristina dos Santos

que é da região de São José do Rio Preto; pela Maria Antonieta de Melo que é da

região de Sorocaba e é do conselho municipal de Itu; pelo Tarcísio de Almeida

que é nosso relator e da região da Baixada Santista; pelo Ubaldo Benjamim que é

da região de Bauru; e pelo Wilson Brinkmann que é da região de Atibaia; e Yara

Carvalho Blank que é da região de Araraquara.

Nós temos pelo poder público eu mesmo, Akiko Oyafuso, Secretaria do Estado da

Cultura e representante junto ao conselho; nós temos a Márcia Cristina Volpati

representante do conselho pela Secretaria do Estado da Educação; e também a

Marly, que o secretário também apresentou, que é representante da Secretaria

Estadual do Desenvolvimento Social.

Eu só gostaria de ressaltar porque também vocês município formaram a sua

comissão organizadora, de uma certa forma, o que une essas comissões

organizadoras é o entendimento que a conferência é um espaço privilegiado para

que nós possamos praticar a favor do idoso. Algumas pessoas que se oferecem

para serem voluntários dessas comissões, com certeza também nos municípios,

assumiram uma carga maior em relação a conferencia municipal que vocês

realizaram.

Então quando a gente começa a fazer (e a gente não pode perder a história) uma

pequena retrospectiva, é de qual é a importância do momento que nós estamos

vivendo. Começamos lá no município através dos conselhos municipais para

podermos chegar com as suas deliberações até a conferência estadual.

Então, nós temos lá a deliberação nº 05, isto é a deliberação que definiu o número

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de participantes delegados municipais, e definiu também o número 108 que será o

número que vai corresponder aos delegados retirados nesta conferência para a

conferência nacional. No último dia, nós vamos ter então também a eleição dos

delegados para a conferência nacional.

O que é que aconteceu nesse período desde novembro? Uma das primeiras

atividades nossas, e que realmente ocupou bastante tempo, foi definir quais são

as diretrizes, ou quais seriam as diretrizes para a conferência estadual. Então nós

definimos que a conferência deveria ser inclusiva, e ela deveria ser representativa,

e ela deveria ser participativa e deliberativa. Então veja só, quando pensamos nós

definimos que a conferência deveria ter estas diretrizes, e ela fosse inclusiva.

E qual foi nossa ação em relação a questão da inclusão? É pegar o tema do

protagonismo e empoderamento da pessoa idosa, e tentar trocar isso em miúdos.

Nós pensamos que o tema talvez para algumas pessoas podemos ter essas

palavras no seu cotidiano, dizer o seguinte: "Nossa ontem eu fui protagonista em

uma palestra; nossa o protagonismo", mas acho que não faz parte ainda do nosso

vocabulário cotidiano.

Então uma iniciativa nossa, por isso que eu estou colocando em caráter intrínseco

da conferência, foi desmistificar, trocar em miúdos o tema da conferência. Porque

nada adiantaria se nós dissemos é o protagonismo e o empoderamento da pessoa

idosa por um Brasil de todas as idades. É preciso compreender o que significa

esses conceitos, protagonismo, empoderamento para um Brasil de todas as

idades, para que pudéssemos começar a conversa.

Então, eu não sei, alguns participaram das questões descentralizadas, nós

publicamos uma pequena cartilha verde, um livretinho verde, que foi de autoria,

que é de autoria de duas das nossas conselheiras, a Márcia Volpati da educação,

e Elaine Moura da secretaria de desenvolvimento social.

Uma cartilha modesta, e se vocês já viram tem até uma tira de desenho onde um

menininho diz assim: "Nossa é do idoso? Nós vamos tratar desse tema?", aí outro

responde: "Mas nós somos muitos.", aí outro diz assim: "É preciso então nos

reunirmos. É preciso então acoplar."

Então, quando nós começamos o trabalho essa iniciativa de estar trocando em

miúdos, veja só qual é a preocupação. Se queremos incluir, se queremos ampliar,

se queremos envolver, se queremos considerar, é preciso que a fala, que a

comunicação seja compreensível para que o outro possa ser o interlocutor.

Então quando eu digo que na conferência o caráter inclusivo faz parte da diretriz

foi nesse sentido. Aproximar para que o tema proposto fosse algo compreensível

para que pudéssemos estar incluindo mais pessoas, mais idosos na questão da

conferência.

Quando nós falamos que ela é representativa, vocês viram que neste ano nós não

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tivemos as conferências regionais, nós fizemos apenas as conferências

municipais obrigatórias, porque são obrigatórias de acordo com o conselho

nacional, mas usamos o critério da proporcionalidade. Municípios com maior

número de idosos, como na capital São Paulo que tem 1 milhão e 200 mil aqui na

capital, tem uma delegação de 93 delegados. Municípios menores tem um número

menor de delegados. Então a questão da proporcionalidade foi entender que o

número de idosos do município é aquele número que vai ser o fator de definição

também do número de delegados. Então a questão da representatividade tem a

ver com a proporcionalidade que nós utilizamos na definição de delegados.

E a participação, ela se deu, nessa aproximação dos conselhos municipais, ela se

deu através de uma série de reuniões descentralizadas que realizamos no Estado.

Nós tivemos uma reunião em São José do Rio Preto, uma reunião em Bauru,

Araraquara, Campinas, Santos, Capital São Paulo e Grande São Paulo.

Então essas 7 reuniões descentralizadas, elas tiveram dois objetivos básicos: 1)

de orientar com relação a competência; 2) de mobilizar. E nesse sentido, essas

reuniões descentralizadas foram um sucesso principalmente porque focamos em

diferentes parcerias locais. Nós do conselho estadual temos claro que o

fortalecimento dos conselhos municipais, ela corresponde ao ser protagonista

naquele município na questão do idoso. Nessas reuniões descentralizadas nós

tivemos um apoio muito grande das DRADS locais, prefeituras e universidades,

para que nós pudéssemos ter quase mil pessoas durante esse percurso tratando

dessa nossa conferência.

Então, nessa descentralizada, é claro, o tema é o mesmo, protagonismo,

empoderamento da pessoa idosa por um Brasil de todas as idades. E tem os

eixos também. Então o que é que nós estamos fazendo juntos?

Começando dos municípios, das questões que tangem, que tocam o idoso

naquele município, e que estão passando a limpo o tema protagonismo e

empoderamento através dos eixos, e que vamos fazer agora para o Estado. Então

vamos se dizer assim, o primeiro eixo diz então como é o protagonismo e o

empoderamento no meu município na questão da gestão. Então os eixos (são

quatro eixos) onde nós vamos checar como é que o tema proposto é trabalhado,

ele é existente ou não, como é que está nosso município neste tema, neste eixo.

Quando nós falamos do financiamento, como o Fábio Ribas falou muito bem hoje

de manhã, sonhar é super joia, é bem legal. Mas é preciso ter os pés no chão.

Sem a pontuação, sem o detalhe, sem o aparecimento da questão do idoso no

orçamento municipal, eu não vou ter ferramenta, o conselho não terá ferramenta

para transformar em realidade esse sonho. Só que nós já somos, eu já sou idosa

certo, nós podemos apontar acerca das dificuldades, mas nós temos que usar

nossa sabedoria, como falou o Carlos Uehara, nós vamos tentar.

Eu acho que esse é o caminho, através da conferência, nessa instância tentar

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analisar nossos eixos (participação, gestão, financiamento, direitos humanos) a

luz do tema. Como é a questão da participação no meu município? Como é que

eu vejo se existe um protagonismo do idoso? Como é que ele é senhor de si?

Como é que ela é senhora de si? Como é que eu me coloco em relação ao

financiamento no meu município?

Esse então foi o trabalho desenvolvido de uma certa forma até aqui. Isso aí são

cenas que acho que quase muita gente aqui participou. Então nós temos nas

reuniões descentralizadas em São José do Rio Preto, em Araraquara, Bauru,

Campinas, Santos, São Paulo.

De uma certa forma, é como se nós tivéssemos ampliando através dos conselhos

municipais essa possibilidade de ter uma discussão objetivada, categorizada, e

saber como encaminhar. Vocês devem estar lembrados, quem participou dessas

reuniões descentralizadas, que nós falamos o seguinte, vamos trabalhar até 14

deliberações por eixo, poderia ser 1, 2 até 14. O que for do município encaminhar

para a prefeitura; para o secretário de desenvolvimento social, se tiver; para a

primeira dama, se ela tiver haver com a questão do idoso; encaminhar o que é do

município encaminhar para o município. Como aquilo que for do Estado será

encaminhado para o próprio Estado.

Então a gente está querendo, esperando, que a gente possa, ao discutir as

deliberações que vieram do município, cada um desses grupos vai ter a presença

de diferentes municípios naquele mesmo eixo. Dali é que nós vamos verificar o

que é de amplitude estadual, o que é de âmbito estadual e o que é federal.

Mesmo que seja um processo longo, eu acho que nós vamos ter a possibilidade

através da conferência de fazer um exercício, de conhecer o outro, de fazer um

exercício de sintetizar, de fazer um exercício de priorizar, o que todo mundo saber

fazer no seu dia a dia. Então agora vamos fazer, vamos ter esse desempenho

nessa conferência.

Como falou nosso presidente Henrique, nós tivemos 340 municípios que

realizaram a conferência municipal. Isso significa um dado extremamente

saudável, extremamente positivo em relação ao conjunto de conselhos que nós

temos ativos no Estado. Nós temos ainda muito o que fazer. Mas em relação aos

municípios que têm conselho municipal, então nós temos 340 que realizaram a

sua conferência municipal, e muitos realizaram pela primeira vez a sua

conferência mesmo não tendo conselho, que não é o caso aqui de Águas de

Lindóia que criou seu conselho municipal durante essa semana do idoso.

O processo dá muito trabalho. Porque abraçar causa pública dá muito trabalho.

Mas abraçar causa pública é um exercício de solidariedade com o outro. É difícil,

porém eu acho que nós estamos avançando pouco a pouco. Eu penso que após

esta conferência, esse dia de conferência, elas farão uma pequena diferença em

relação à minha volta do município, uma diferença positiva.

O que nós temos como resultado até agora? Nós temos lá: mobilização e

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orientação para quase mil pessoas nas reuniões macrorregionais. Durante essas

reuniões macro nós envolvemos quase mil pessoas durante esse processo, que é

aliás é um dos objetivos aqui da administração do Henrique, que nós possamos

ter cada vez mais uma articulação com os conselhos municipais do idoso, porque

nós temos o mesmo papel em instâncias diferentes. E que nós tivemos também

aproximação com os conselhos municipais existentes; o estímulo a criação dos

conselhos municipais, e muitas vezes a realização da primeira conferência

municipal; 340 municípios realizaram a conferência municipal do idoso; 359

municípios possuem o conselho do idoso ativo. E tivemos também, uma das

perguntas do relatório foi experiência exitosa; 87 municípios apresentaram as

suas experiências, até duas experiências exitosas, e nós vamos estar

publicizando através no nosso site. O nosso site está bem atual, nós estamos

colocando como sendo realmente uma ferramenta de comunicação em relação ao

público geral. Por sinal, foi através do site, e perguntando, fazendo uma pequena

enquete né Márcia, do que é que pega mais o idoso as duas questões que mais

apareceram nessa enquete foram: a violência contra o idoso; e a questão do

financiamento, ou a criação do fundo municipal do idoso. E frente a colocação do

nosso secretário, e frente ao decreto assinado pelo governador, a criação do

fundo municipal é urgente. É uma forma de você, o conselho, enquanto

deliberativo, deliberar sobre o fundo no seu próprio conselho.

Eu só concluí fazer uma pequena retrospectiva porque eu tenho a impressão que

cada um que está presente aqui deve ter passado, trilhado esse mesmo caminho

no seu município. E o fato de vocês estarem aqui (ou de nós estarmos aqui que é

melhor) é extremamente esperançoso. Esperançoso para quem? Para os 5

milhões, 100 mil de idosos que esse Estado de São Paulo tem. Esse é o nosso

universo. Em 2050 seremos 25% da população do Estado. Mas eu acho que nós

estamos no caminho certo, e de uma forma alegre, porque nós apostamos na

vida. Nós apostamos no idoso quanto cidadão, quanto pessoa humana, enquanto

pessoa à vida.

Então eu só queria dizer assim, ao encerrar um pouco a minha fala, dizer assim:

talvez nós cheguemos quarta-feira podendo dizer "eu me amo", que é o

protagonismo, e "amo muito o que me é de direito", é essa a nossa busca.

Obrigada a cada um. Obrigada pela boa vontade por estar nessa confusão que

nós já criamos, tá certo? Mas que tem um sujeito muito claro, o idoso do Estado

de São Paulo. Obrigada.

CERIMONIALISTA: Pessoal, só para constatar é uma formalidade: eu declaro

aberta a XIV Conferência Estadual do Estado de São Paulo.

Eu tive pensando outro dia que a gente tem a imagem do Japão, os idosos

caminhando na rua, os idosos participando de atividades físicas, o idoso

trabalhando. Aqui no Brasil eu fico imaginando onde a gente encontra os idosos?

Ou é na farmácia, ou é na fila do banco.

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Agora eu vou apresentar para vocês qual vai ser o cronograma a partir de agora.

Lembrando que os slides e as apresentações dessa manhã, e a pauta do evento

estão no site www.conselhodoidoso.sp.gov.br; os senhores podem acessar depois

do evento.

Lembrando que agora teremos um intervalo para o almoço e depois as 13:30,

nesse salão, teremos políticas públicas para o idoso.

Em seguida orientações sobre a votação eletrônica e uso do keypad. É importante

que todos os presentes venham para o auditório com o crachá.

Em seguida teremos a leitura e aprovação do regimento interno. Logo mais

teremos informativos e palestras em geral sobre os eixos temáticos. E no final

desse dia de trabalho teremos interação com a plateia.

Amanhã, terça-feira, teremos o dia de trabalho nas salas do 10º andar com os

eixos temáticos (eixo de gestão; eixo de financiamento; eixo de participação; e

eixo de sistema nacional de direitos humanos). Na quarta-feira, neste salão,

teremos a distribuição das propostas dos eixos temáticos, apresentação para

aprovação e votação. Depois do almoço teremos a votação final; a eleição dos

delegados para a conferência nacional; e a plenária de encerramento com a

apresentação dos delegados, das propostas finais e monções. E o encerramento

se concentrará em comemoração ao dia nacional do idoso.

Para todos um bom almoço. Está encerrado o trabalho desta manhã da XIV

Conferência Estadual do Idoso com tema protagonismo e empoderamento da

pessoa idoso - por um Brasil de todas as idades. Muito obrigado.

AUTORIDADE – Akiko Oyafuso

Agora nós vamos dar início então a parte da tarde da nossa conferência, e eu

tenho a honra de chamar para falar sobre políticas públicas para idosos, Marly

Cortez que é secretaria executiva do programa São Paulo amigo do idoso.

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA IDOSOS

AUTORIDADE - Marly Cortez

Boa tarde a todos. Eu vou aqui para cumprir uma obrigação minha, mas com

bastante prazer. Eu queria contar para vocês como é que se encontra o programa

amigo do idoso. Como todos sabem, foi criado em maio e 2012, portanto nós

temos aí três anos de execução do programa.

O programa São Paulo amigo do idoso foi criado por decreto em 20 de maio de

2012, e este mesmo decreto que criou o programa, criou uma comissão

intersecretarial composta por onze secretarias para construir as diretrizes do

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programa. E agora em fevereiro, através de decreto, o fundo social da

solidariedade foi feito para integrar a comissão que representa o programa.

Bom, o São Paulo Amigo do Idoso baseia-se no conceito do envelhecimento ativo

da ONU, como os senhores sabem o professor Alexandre Kalache, a Sandra

Gomes, Claudia Fló, Marina Person, e esse pessoal histórico da área da saúde,

foram consultores do programa, nos ajudaram a defini-lo, como também o

Alessandro Moura Ferreira da Fundação Getúlio Vargas.

Os conceitos de envelhecimento ativo e os princípios dele inspiraram o nosso

programa, e nós construímos então quatro pilares: proteção, educação, saúde e

participação. E nesses pilares estão sendo desenvolvidas ações em várias

secretarias.

O que significa o envelhecimento ativo para o Estado de São Paulo? Significa

oferecer a essa população de mais de 60 anos a oportunidade de viver em

sociedade; demonstrar suas opiniões; tomar suas decisões políticas; circular pela

cidade; consumir a arte, cultura; relacionar-se, e principalmente, ter saúde física e

mental.

Então aí, exatamente essa tela da América antiga, eu preciso atualizar. Mas foi

assim que foi concebido o programa, assim que ele foi apresentado a três anos

atrás. Então, ações nos pilares da proteção, educação, saúde e participação.

No pilar da proteção, nós lá da secretaria de desenvolvimento social, onde eu

trabalho junto com o secretário Floriano que é o secretário atual, nós estamos

desenvolvendo, construindo centros de convivência do idoso. Nós temos previstos

205 centros de convivência do idoso, 8 já foram inaugurados. Como os senhores

sabem, os centros de convivência do idoso são para idosos de situação de

vulnerabilidade, principalmente beneficiários de BPC, originários de famílias de

transferência de renda, os idosos que apresentam experiência de isolamento,

ausência de acesso aos serviços e oportunidade de convívio familiar é

complicado.

A secretaria de desenvolvimento social transfere para o município, por meio de

convênio, 250 mil reais, e a gestão do serviço é da prefeitura.

Este centro de convivência do idoso, que é da proteção social básica, é para as

cidade de pequeno porte II, ou seja, até 50 mil habitantes. Já foram inaugurados

centros de convivência do idoso em Aparecida do Oeste, Adolfo, Boracéia,

Cristais Paulista, Floreal, Itapuí, Monções e Potirendaba. E vamos em frente aí

para construir esses 200 faltantes.

Bom, isso eu já disse para os senhores. Os centros de convivência do idoso pode

atender até 200 idosos em grupos de 25.

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Nós temos umas fotografias bonitas, esse é o centro de Capão Bonito. Obrigada

Elaine pelas fotos.

O centro dia, nós também construímos, por meio de convenio, o centro dia que

são as casas destinadas a prover acolhimento, proteção e convivência a idosos

semi-dependentes, cujas famílias não tem condições de prover esses cuidados

durante o dia, ou parte deles.

São 42 CDIs inaugurados, quando o programa São Paulo Amigo do Idoso

começou nós já tínhamos um grande número de CDIs inaugurados, da gestão

anterior, com recursos da gestão Serra.

Estão previstos mais 67 equipamentos, e o que eu queria contar que é bastante

bom, embora a gente esteja caminhando muito mais devagar do que nós

gostaríamos, portanto com as dificuldades que nós conhecemos agora, com a

baixa arrecadação do Estado, nós já temos 224 convênios assinados para os

CCIs e CDIs, então vejam só.

Eu tenho alguns amigos que me cobram muito que não sabem nas cidades onde

esses equipamentos estão instalados, então eu vou fazer questão que vocês

leiam aqui, nós temos: Agudos, Americana, Araraquara, Avaré, Barretos,

Bebedouro, Bocanha, Botucatu, Bragança Paulista, Capão Bonito, Capela do Alto,

Dois Córregos, Dracena, Espírito Santo do Pinhal, Ibitinga, Ilha Solteira, Ilha Bela,

Itapetininga, Itapeva, Itatiba, Itatinga, Itu, Jaguariúna, Jaú, Leme, Marília,

Miguelópolis, Monte Alto, Osvaldo Cruz, Poá, Pompéia, Ribeirão Preto, Socorro,

Vinhedo, Votorantim, Votuporanga, Santo Antônio da Alegria, Mogi Mirim, Araras,

Franca e Piracicaba. Falta inaugurar ainda Olímpia e Paranapanema.

É muito importante que nós saibamos onde que tem esses equipamentos, que nós

todos exerçamos o controle social. Que a gente utilize esses equipamentos, que a

gente dê retorno. O que vocês sentiram nesses equipamentos, como é que estão

os serviços oferecidos? A gente tem que fazer uma rede assim.

É na secretaria também que existe o parceiro amigo do idoso, que é ofertado a

idosos em situação de idade, acima de oitenta anos.

Uma outra política que é bastante importante, é muito pouco conhecida, é de

excelência, estamos vendo a dignidade, que é fruto de uma parceria entre a

secretaria de habitação (CDHU) e a nossa secretaria de desenvolvimento social.

São moradias assistidas em pequenas vilas, adequadas a população, que

incorporam um desenho universal, com a área de convivência social.

Esses municípios que estão na tela, eu não vou ler, para não vai ficar muito

cansativo, eu só tenho meia hora. Estão aí. A minha apresentação fica para todos.

Eu tô aqui disponível para a gente conversar sobre eles. O último se eu não me

engano foi o inaugurado em Mogi das Cruzes, e a Juraci contou coisas

maravilhosas restituindo a dignidade em Mogi das Cruzes.

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Educação também, neste pilar educação, os senhores conhecem os centros de

pesquisa; o núcleo de graduação e pós-graduação em gerontologia na USP Leste,

na faculdade de medicina da USP; nas universidades abertas a terceira idade que

já atenderam mais de 100 mil alunos. E os cursos também de aprendizado digital

que a gente coloca nesse pilar, pilar de educação.

No pilar saúde, serão construídos 6 novos. AMEs, são ambulatórios de

especialidades. Nós chamávamos de CRIs (CRI Norte e CRI Leste), e passam a

chamar AME. Nós temos mais dois na capital prontinhos para serem inaugurados,

na Vila Mariana e na Lapa. E há uma previsão de mais quatro novos.

Essas unidades com atividades voltadas para idosos são alas hospitalares com

um espaço de convalescência pós alta, com situações, por exemplo, da retirada

de sonda, fortalecimento para caminhar, para o idoso reaprender a escrita, cuidar

de uma cicatrização de escaras, tomar remédios sem demora. Nós temos 2

inaugurados, um em Ipuã e outro em Pedregulho, e há previsão de construção

dessas alas hospitalares especializadas para idosos em convalescência, em

Araçatuba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e em Marília.

O selo hospital amigo do idoso será ofertado para grandes hospitais, e todos os

hospitais aceitaram o desafio de desenvolverem ações ligadas a familiares e aos

idosos. Nós temos aqui em São Paulo os 12 maiores hospitais prontinhos para

receberem o selo hospital amigo do idoso, e os senhores serão informados.

No pilar participação nós temos o programa melhor viagem, que é para viagem de

idosos em baixa temporada direcionada para idosos. São quatro diárias, para

viagens de segunda a sexta, com hospedagem e refeição completa, e atividades

de lazer e entretenimento. Já foram visitadas as cidades de Praia Grande, Mogi,

Vargem, Itanhaém, Atibaia e Caraguatatuba. Doze mil e trezentos idosos já foram

contemplados com essa viagem.

Este é o cartão, acho que todos também já conhecem, é o cartão atividade do

programa vida ativa. É repassado no cartão magnético R$ 57,00 por mês para que

o idoso possa frequentar a academia, e o recorte limite que nós temos é de idosos

com até 3 salários mínimos. Em 2015 foram entregues 958 novos cartões, em

quatro regiões do Estado, 3 mil pessoas atendidas, 85 academias credenciadas,

17 cidades atendidas, um investimento anual aproximado de 3,5 milhões. Esse

decreto, é um decreto que transferiu o Conselho Estadual do Idoso da secretaria

da justiça para a nossa secretaria de desenvolvimento social.

Eu fiz um mapeamento do Fundo Estadual do Idoso, a nossa preocupação, a

minha preocupação grande enquanto presidente. Esse fundo foi criado pela minha

gestão, não por mim evidentemente, é uma lei estadual, do governador Geraldo

Alckmin de 1º de outubro de 2012. Nós temos agora, no conselho, por volta de 4

milhões. Nós estamos aqui, com o secretario Floriano e todos os conselheiros e o

presidente Henrique, muito animados com a possibilidade de até o final do ano

conseguir aumentar muito esses recursos do fundo através de campanhas de

sensibilização ao empresariado e à pessoa física também. Esses são os nossos

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números lá do conselho, a nossa conta, agência.

Eu queria falar no final um pouquinho sobre o selo amigo do idoso. Nós criamos

esse selo como uma estratégia, para que não só a secretaria de estado, mas

também todos os municípios do nosso estado se envolvessem em ações

referenciadas pelo programa. E uma forma, de convencer os municípios, de

animar essas parcerias, é certificar o município como amigo do idoso.

Nós temos aproximadamente, gente, 350 municípios desenvolvendo ações

bastante próximos de receber o selo de município amigo do idoso. Nós temos 639

municípios paulistas se candidataram ao selo, que é bastante importante essa

adesão, este entusiasmo.

O que venha a ser o selo? O selo é dividido em 3 fases: nós temos o selo inicial,

selo intermediário e o selo prêmio. O selo inicial é exatamente a fase que nós

estamos agora, o município tem que desenvolver 7 ações. A primeira ação

obrigatória, nós temos tido uma resposta muito forte, é criar o conselho municipal

do idoso. A segunda ação obrigatória é realizar diagnóstico de gestão sobre as

políticas; e a terceira é realizar diagnóstico com os idosos do município.

A comissão intersecretarial criou um instrumental que chama IDEA (índice de

desenvolvimento de envelhecimento ativo), IDEA gestor e IDEA idoso. São dois

cadernos com perguntas, o professor Kalache trabalhou muito em um deles, para

repetir mais ou menos o desenho daquele cidade amiga.

Então este diagnóstico tem sido feito no Estado todo, os municípios realizam

oficinas com os idosos, oficinas com os gestores, e as questões são respondidas

de maneira consensual, é sim/não/parcialmente. É um instrumento bastante

lúdico, a gente usa cores para o não vermelho, para o sim verde e para o

parcialmente amarelo. Então, ao cabo de todas as questões a gente consegue ter

uma visão bastante clara, de que eixo do município não convém e quais setores

tem que ser trabalhados. Então esse é o IDEA gestor, são essas quatro réguas

com 10 questões cada uma, 40 questões. IDEA idoso que é baseado no modelo

global de análise do idoso.

No selo intermediário o município tem que continuar organizando ações. Como

nós temos quatro eixos no programa, o município tem que escolher 1 ação pelo

menos por eixo, e a ação que ele não executar nessa fase intermediaria, o eixo

faltante tem que ser escolhido na fase final do procedimento.

As ações obrigatórias, então, são mais três, para completarem dez, são dez as

obrigatórias: cadastrar todos os idosos no CAD único dentro dos critérios do

cadastro único; cadastrar os idosos nas unidades da área de saúde com

identificação das suas necessidades de saúde; criar programação de participação

e formação dos funcionários envolvidos com o transporte público, quando houver.

Para receber o selo prêmio, então, como eu disse aos senhores, o município tem

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que desenvolver a ação que está faltando; e, tem que refazer o diagnóstico. Esse

é um diagnóstico de percepção, para o município entender e para os idosos se

manifestarem e dizer depois de três anos de ações voltadas para os idosos se

eles têm uma percepção melhor das políticas.

Então, a função de cada parceiro nos selos. O município realiza as ações para o

selo ser concedido, seja inicial, intermediário ou prêmio. Preenche os indicadores

no sistema. O que eu esqueci de contar para os senhores, que a fundação

SEADE criou o sistema de monitoramento online. Nós temos nas 26 diretorias

regionais da nossa secretaria, uma pessoa, um interlocutor para o programa que

recebe login e senha, e em cada um dos centros, tem 139 municípios que

aderiram ao programa, nós temos lá também um interlocutor, indicado pelo

prefeito, que recebe login e senha, e ele vai atualizando o sistema conforme o

município vai realizando aquela ação. Esta ação, muitas delas, a maioria, também

tem uma parte documental, por exemplo, o município criou o conselho municipal

do idoso e ele tem que mandar a lei de criação para a diretoria regional. Então lá

na diretoria regional, nós temos 639 processos de cadastros montados, e lá então

a diretoria regional instrui os processos e valida, e essa validação então sobe para

a secretaria e aí eu recebo, lá na minha máquina, eu vejo todos os dias o

andamento dos 639 municípios.

Esse é outro exemplo do fluxo do processo, exatamente ali o sistema de

monitoramento, como é o fluxo.

Essa é uma fala do governador que e gosto muito: "São Paulo não quer ser só o

primeiro na força econômica, o Estado que tem tamanho de país, cujo o PIB é

quase duas vezes o PIB da Argentina, é o segundo maior da América do Sul. Nós

queremos ser o primeiro em acolhimento, o primeiro em atender as pessoas, o

primeiro Estado que não deixa ninguém para trás, o Estado que atenda as

questões sociais, que ajuda as pessoas, que reconhece".

Vou finalizar meu discurso por aqui. Estou à disposição dos senhores, aqui

durante a conferência, e todos os dias na secretaria. Esse é o meu telefone. Por

favor liguem para mim para dizer as coisas que estão indo bem, e as coisas que

não estão indo bem.

Se, por ventura, eu disse um município que tem o CCI, que os senhores

conhecem, tem alguma coisa para nos contar, eu e a Elaine cuidamos com muito

carinho tudo que nos chega. Nós temos lá a área da proteção social básica

especial, pela política do idoso, nós vamos ter um olhar bastante atento para que

esses equipamentos funcionem, para os serviços sejam oferecidos da forma que

estão tipificados na assistência social.

Uma boa conferência a todos, e foi um prazer poder falar um pouquinho do

programa para vocês.

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DELIBERAÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO

EIXOS TEMÁTICOS

Propostas de nível Federal

1. Revisão dos critérios de renda para concessão do BPC: Não incluir o

benefício da pessoa com deficiência na renda de famílias que possuam pessoas

idosas. Alterar o valor da renda per capita de ¼ para ½ salário mínimo e

reconhecimento do idoso a partir de 60 anos como sujeito de direitos para receber

o benefício de acordo com o Estatuto do Idoso.

2. Aumentar as cotas para moradia de idosos de 3% para 10% nos projetos e

programas habitacionais públicos. Incentivar a construção de condomínios

para idosos. Garantir a locação social para idosos.

3. Atualizar diretrizes, criar modelos e garantir financiamento para construção

de Centros-Dia e Instituições de Longa Permanência Pública para Idosos – ILPI.

4. Investimento em instalações e infraestrutura afim de incrementar e

incentivar a realização de projetos sociais, atividade física, de esporte, cultura e

lazer, visando desenvolver ações de sensibilização e comprometimento com o

fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários em relação a pessoa idosa.

5. Criar diretrizes e garantir financiamento para a implantação de Hospitais Dia

para tratamento aos idosos com demência grave e necessidades específicas de

acordo com estudos de avaliação de demanda loco regional.

Propostas de nível Estadual

1. Facilitar o fluxo de aquisição e aumentar o rol de medicamentos fornecidos

pelo SUS. Garantir o fornecimento ininterrupto de medicamentos de uso contínuo

e desenvolver um plano de logística para entregar a domicílio, principalmente para

idosos acamados e com baixo nível de locomoção.

2. Implantar Centros de Referência de Saúde especializada para idosos e que

tenham médicos geriatras, dentistas e equipe multiprofissional para prevenção,

manutenção de saúde do idoso e campanhas para o envelhecimento ativo.

3. Aumentar as cotas para moradia de idosos de 3% para 10% nos projetos

e programas habitacionais públicos. Incentivar a construção de condomínios

EIXO I - Propostas Aprovadas em plenária

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para idosos. Garantir a locação social para idosos.

4. Implantar clínica geriátrica e de retaguarda, de natureza pública para

pacientes de longa permanência, níveis III e IV e cuidados paliativos.

5. Garantir que seja cumprido pelo estado de acordo com o artigo 15 do

Estatuto do Idoso, o fornecimento de órtese, prótese e outros recursos relativos ao

tratamento de reabilitação.

Propostas de nível Federal

1. Garantir, nas três esferas de governo, recursos para capacitar os

conselheiros dos Conselhos do Idoso na área orçamentária para que os mesmos

possam participar ativamente da construção e acompanhamento do Plano

Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

2. Fomentar recursos financeiros nas três esferas de governo para implantação

de modalidades de serviços e equipamentos públicos, como a criação/

implantação/ ampliação de Instituições de Longa Permanência para Idosos - ILPI,

Centro Dia, Centro de Convivência, Centro de Acolhida da Pessoa Idosa em

Situação de Rua, República para Idosos, Atendimento Domiciliar, Leitos de

Cuidados Continuados e Integrados, Centros de Referência de Saúde para a

Pessoa Idosa e Hospital Dia para tratamento aos idosos com demência grave e

necessidades específicas importantes para assegurar a Proteção Básica e

Especial à pessoa idosa, bem como ampliar recursos destinados às ILPIs públicas

e conveniadas de forma a garantir adequações necessárias e condições de ofertar

atendimento digno à pessoa idosa.

3. Promover a participação efetiva em todas as esferas do governo na discussão

e elaboração do orçamento, de forma a garantir recursos para a implementação

de programas de acordo com a demanda, garantindo que a proposta orçamentária

anual destinada aos programas de assistência aos idosos seja examinada e

aprovada no âmbito dos conselhos dos direitos do idoso.

4. Cofinanciar moradia do idoso pelas diversas políticas públicas. Parceria

público-privada para construção de residência para idosos de baixa renda.

5. Destinar percentual de 2% da arrecadação das loterias estaduais e federais e

eventos: esportivos, shows’ para os fundos nacional, distrital, estaduais e

municipais do idoso.

Eixo II: Propostas Aprovadas em plenária

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56

Propostas de nível Estadual

1. Fomentar recursos financeiros no âmbito do governo estadual para

implantação de modalidades de serviços e equipamentos públicos, como a

criação/ implantação/ ampliação de Instituições de Longa Permanência para

Idosos - ILPI, Centro Dia, Centro de Convivência, Centro de Acolhida da Pessoa

Idosa em Situação de Rua, República para Idosos, Atendimento Domiciliar, Leitos

de Cuidados Continuados e Integrados, Centros de Referência de Saúde para a

Pessoa Idosa e implantação de Hospital Dia para idosos com demência grave

importantes para assegurar a Proteção Básica e Especial à pessoa idosa, bem

como ampliar recursos destinados às ILPIs públicas e conveniadas de forma a

garantir adequações necessárias e condições de ofertar atendimento digno à

pessoa idosa.

2. Garantir nas leis orçamentárias estaduais e federal a destinação de uma

porcentagem dos recursos provenientes das diversas fontes de arrecadação para

serem aplicadas especificamente no planejamento e implementação da Política de

Direitos da Pessoa Idosa com execução impositiva.

3. Promover campanhas esclarecedoras sobre o Orçamento Público,

especificamente sobre os fundos, intensificando a divulgação sobre a sua

existência, com o intuito de empoderar e aumentar a participação da população

nas decisões da aplicação dos recursos, estimulando a destinação por parte de

pessoas jurídicas e físicas.

4. Promover a participação efetiva em todas as esferas do governo na discussão

e elaboração do orçamento, de forma a garantir recursos para a implementação

de programas de acordo com a demanda, garantindo que a proposta orçamentária

anual destinada aos programas de assistência aos idosos seja examinada e

aprovada no âmbito dos conselhos dos direitos do idoso.

5. Garantir a disponibilização e a acessibilidade dos mecanismos de

transparência na utilização dos recursos dos Fundos do Idoso.

Propostas de nível Federal

1. Fortalecer a Política do Idoso pelas bases da educação, onde a questão do

direito seja trabalhada desde a infância, incluindo nas disciplinas, de forma

transversal e intergeracional, temas relativos aos direitos da pessoa idosa, de

acordo com o capítulo V art. 22 do Estatuto do Idoso.

Eixo III: Propostas Aprovadas em plenária

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57

2. Ampliar os mecanismos de controle social sobre o funcionamento das

ouvidorias, defensorias, promotorias públicas, delegacias, juizados e varas

especializadas na proteção dos direitos da pessoa idosa, por meio de um

Observatório Nacional da Política Nacional do Idoso.

3. Qualificar as informações e a comunicação nos órgãos públicos e nas mídias

para maior divulgação dos direitos da pessoa idosa, por meio da distribuição de

materiais educativos como cartilhas, material impresso e digital sobre a importância

da participação da pessoa idosa como sujeito ativo na formulação, planejamento e

implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas.

4. Implementar e garantir o funcionamento dos Conselhos de Direitos da Pessoa

Idosa nos estados e municípios, através de formação e educação permanente dos

conselheiros e da população.

5. Fomentar ações intergeracionais e inclusivas que garantam os direitos da

pessoa idosa de participar efetivamente de espaços coletivos de decisões no

controle social das políticas públicas fortalecendo vínculos familiares e

comunitários.

Propostas de nível Estadual

1. Efetivar a participação dos Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa na

elaboração do orçamento público estadual (em suas três peças: Plano Plurianual,

Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual), nos fóruns,

seminários, conferências, entre outras atividades referenciadas à pessoa Idosa.

2. Fortalecer a Política do Idoso pelas bases da educação, onde a questão do

direito seja trabalhada desde a infância, incluindo nas disciplinas, de forma

transversal e intergeracional, temas relativos aos direitos da pessoa idosa, de

acordo com o capítulo V art. 22 do Estatuto do Idoso.

3. Incentivar e capacitar os Conselhos de forma que estes oportunizem aos

idosos o conhecimento e as formas de acesso aos seus direitos e deveres, para

que os mesmos sejam multiplicadores para a comunidade, familiares etc. visando

o protagonismo e a organização social.

4. Garantir a participação social da pessoa idosa de forma democrática e

descentralizada, incentivando a realização de encontros, fóruns interestaduais

com agenda permanente. Promover reuniões periódicas com representantes de

cada conselho para discutir e definir ações comuns, pensar questões locais

(exemplo: acessibilidade, serviços, etc.), promover eventos de cidadania

integrando vários serviços.

5. Criar mecanismos de fiscalização em parceria com o Conselho Nacional dos

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58

Direitos do Idoso e com o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência para o

cumprimento de lei de acessibilidade no transporte interestadual (ônibus, trem e

avião) e ampliar o número de assentos destinados à pessoa idosa, conforme o

capitulo X artigo 39 parágrafo único do Estatuto do Idoso.

Propostas de nível Federal

1. Criar Centros de Referência e Apoio a Vítima – CRAVI 24 (vinte e quatro)

horas, com atendimento jurídico, especializados em idosos vítimas de violência

doméstica, com possibilidade de encaminhamento a abrigos com atendimento

diferenciado para idosos, bem como, implantar um serviço para atender o Disque

Denúncia.

2. Garantir e fortalecer o atendimento intersetorial nas redes de políticas

públicas, melhorando a integração das redes de atendimento à pessoa idosa

(Conselho Municipal do Idoso, Defensoria Pública, Ministério Público, Policia Civil

e Militar, Sistema Único de Saúde, Sistema Único de Assistência Social, Disque

100 e outros), assegurando o direito à proteção, acolhimento e escuta qualificada.

3. Equipar e capacitar continuamente, em nível nacional, as equipes

multiprofissionais das delegacias especializadas no atendimento ao idoso ou

órgão congênere de atendimento ao idoso.

4. Destinar recursos provenientes do Fundo Nacional do Idoso aos fundos

estaduais e municipais do segmento para o custeio da elaboração de diagnóstico

local da violência contra o idoso e planejamento nos municípios e estados,

possibilitando assim a construção de indicadores sólidos no direcionamento das

políticas públicas voltadas a este segmento.

5. Regulamentar os planos de saúde sem discriminação para a população idosa,

regulando os valores para que não sejam abusivos e garantindo atendimento em

todos os níveis de atenção da saúde, priorizando também o atendimento no SUS.

Propostas de nível estadual

1. Promover fóruns com as redes de atendimento que articulem as demandas, necessidades e recursos de proteção a pessoa idosa em situação de violação de direitos, divulgando nas mídias os canais de denúncia e violência contra a pessoa idosa.

Eixo IV: Propostas Aprovadas em plenária

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59

2. Ampliar e capacitar continuamente os agentes públicos de toda rede de atendimento a pessoa idosa, Delegacias do Idoso, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselhos, de modo a garantir a defesa dos direitos da pessoa idosa, prevenindo toda a forma de assédio moral, violência e discriminação, inclusive na execução e ampliação das políticas públicas e punição dos violadores.

3. Criar Centros de Referência e Apoio a Vítima – CRAVI 24 (vinte e quatro) horas, com atendimento jurídico, especializados em idosos vítimas de violência doméstica, com possibilidade de encaminhamento a abrigos provisórios, de acordo com o artigo 44 e 45 do Estatuto do Idoso, bem como, implantar um serviço para atender o Disque Denúncia em todos os municípios do estado.

4. Promover a realização de campanhas que garantam o acesso à informação do Sistema de Garantia de Direitos, de forma clara e objetiva, e movimentos de sensibilização da sociedade sobre a questão do envelhecimento e sobre as violências mais comuns nessa etapa de vida, garantindo que essas ações estejam associadas a mecanismos de coibição de abuso, maus tratos contra os idosos, abandono e todo tipo de violência seja física, patrimonial ou psicológica, no ambiente doméstico, espaços públicos e transportes coletivos.

5. Promover amplas e contínuas campanhas educativas a respeito do Estatuto do Idoso nas escolas públicas, particulares, universidades, cursos técnicos e demais centros de ensino para devida capilarização das propostas em todos os municípios do estado de São Paulo.

MOÇÕES DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO

MOÇÃO 1: Recomendação de Cumprimento da lei de letra legível em receituários.

Responsável: Ananias Ribeiro

Assinaturas: 50 (cinquenta) Texto: Fazer valer a lei, que obriga os médicos em geral, principalmente em

Hospitais públicos e privados a preencham os receituários, exames, receitas e

pedidos com letra legível ou digitado para entendimento.

MOÇÃO 2: Moção de apelo ao Congresso para encaminhamento aos senadores Paulo Paim Renan Calheiros

Assunto: Apoio à lei que destina recursos do Imposto de Renda ao

Fundo do Idoso

Responsável: Aridelson Carlos C. Turíbio

Assinaturas: 73 (setenta e três)

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60

Texto: Apoiamos a proposta de alteração da legislação pertinente a destinação de

recursos do IR ao Fundo do Idoso, a fim de possibilitar a efetiva destinação no período

da Declaração do IR (PL 304/PAULO PAIL 2009).

MOÇÃO 3: Cumprimento legal do cadastramento da população idosa

Responsável: Edivaldo Ferreira dos Santos

Assinaturas: 65 (sessenta e cinco) Texto: Cumprimento legal do cadastramento da população idosa em base

territorial, com fundamento no parágrafo 1º do artigo 15 do Estatuto do Idoso (a

prevenção e a manutenção da saúde do idoso será efetivada por meio de:

um cadastramento da população idosa em base territorial).

MOÇÃO 4: Moção de Repúdio

Assunto: Repúdio à atitude da mídia com relação aos idosos aposentados.

Responsável: Geraldo José da Cunha

Assinaturas: 75 (setenta e cinco)

Texto: A XIV Conferência Estadual do Idoso vem repudiar a atitude da mídia,

imprensa falada e escrita, que coloca os idosos como responsáveis pelas crises

financeiras, pois geramos riquezas durante décadas e contribuímos com a

economia desta nação brasileira. Hoje vivemos crise de negócio e a

aposentadoria não deverá ser a salvadora dos ricos.

MOÇÃO 5: Moção de apelo ao Governo Federal

Assunto: normatização de 6% do IRPF para os Fundos do Idoso e CMDCA

Responsável: Luiz Carlos Peruchi e Marcia Inês V. P. Peruchi

Assinaturas: 52 (cinquenta e dois)

Texto: Propor a elaboração de lei para normatizar que o Governo Federal

autorize a destinação de 6% do IRPF, da Declaração modelo simplificado para os

Fundos C.I e CMDCA.

MOÇÃO 6: Moção de apoio à criação de Fóruns Regionais Permanentes

Assunto: apoio à criação de Fóruns Regionais Permanentes, paritários e

deliberativos.

Responsável: Márcia Cristina Freitas

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Assinaturas: 75 (setenta e cinco) Texto: Os presentes à XIV Conferência Estadual do Idoso, devidamente

amparados pela legislação vigente e nos termos do Regimento Interno da

Conferência, aprovaram a presente moção, a ser encaminhada ao Secretário sr.

Floriano Pesaro, solicitando apoio para a criação de Fóruns Regionais

Permanentes Paritários e Deliberativos dos Conselhos Municipais do Idoso no

âmbito do Estado de São Paulo.

MOÇÃO 7: Moção de apelo ao Conselho Nacional de Trânsito - Contran

Assunto: solicitar que as multas referentes ao artigo 41 do Estatuto do

idoso sejam direcionadas ao Fundo do idoso

Responsável: Maria do Socorro

Assinaturas: 55 (cinquenta e cinco) Texto: Solicitar ao CONTRAN, que as multas referentes ao artigo 41 do Estatuto

do Idoso (É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5%

(cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais

deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.),

sejam direcionadas ao Fundo do Idoso nas esferas do governo municipal,

estadual e nacional.

MOÇÃO 8: Recomendação – Revisão do Estatuto do Idoso

Responsável: Maria Lúcia Secoti

Assinaturas: 101 (cento e uma)

Texto: Solicitamos a revisão do Estatuto do Idoso por uma equipe qualificada

com a participação de pesquisadores e estudiosos, além de profissionais que

atuam no atendimento à população idosa. Ressaltando que o texto deve ser

readequado para leitura e entendimento dos usuários.

MOÇÃO 9: Recomendação – Inserção no site do Conselho Estadual do idoso os contatos dos Conselhos Municipais do Idoso.

Responsável: Maria Lúcia Secoti

Assinaturas: 67 (sessenta e sete) Texto: Inserir no site do Conselho Estadual os endereços/contatos/horários de

funcionamento dos Conselhos Municipais. Que cada prefeitura publique um site

do Conselho Municipal de sua cidade, com técnico de apoio garantindo a

transparência das ações.

MOÇÃO 10: Apelo ao Prefeito Fernando Haddad

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Assunto: Proposta de alteração na lei de criação do Conselho Municipal

do Idoso e regulamentação do Fundo do Idoso

Responsável: Marly Cortez

Assinaturas: 56 (cinquenta e seis) Texto: Os presentes à XIV Conferência Estadual do Idoso, devidamente

amparados pela legislação vigente e nos termos do Regimento Interno da

Conferência, aprovaram a presente Moção, a ser encaminhada ao Prefeito do

Município de São Paulo Sr. Fernando Haddad, propondo que seja alterada a Lei

de Criação do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo (CMI) tornando-o

paritário e deliberativo e ainda que o Fundo Municipal do Idoso de São Paulo,

seja devidamente regulamentado de maneira a ser gerido pelo CMI de forma

autônoma e independente.

MOÇÃO 11: Proposta de alteração do Decreto 61.115 de 02/2015

Responsável: Nilda Abdo Gorayb

Assinaturas: 75 (setenta e cinco) Texto: Os presentes à XIV Conferência Estadual do Idoso, devidamente

amparados pela legislação vigente e nos termos do Regimento Interno da

Conferência, aprovaram a presente Moção, propondo que seja alterado o Decreto

61.115 de 05 de fevereiro de 2015, incluindo no artigo 2º, inciso IV, os Jogos

Estaduais do Idoso - JEI, bem como os Jogos Municipais do Idoso – JOMI.

MOÇÃO 12: Solicitação para que os Conselhos Municipais do Idoso sejam deliberativos

Responsável: Rita de Cássia Siqueira

Assinaturas: 50 (cinquenta) Texto: Solicitamos intervenção das autoridades para a garantia de que todos os

Conselhos Municipais do estado de São Paulo tenham o caráter deliberativo

viabilizando que os mesmos possam assumir a gestão dos Fundos Municipais do

Idoso.

MOÇÃO 13: Moção de Repúdio

Assunto: moção de repúdio à unificação da Conferência Nacional de

Direitos Humanos

Responsável: Simone Garcia

Assinaturas: 52 (cinquenta e duas)

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Texto: repúdio à unificação da Conferência Nacional de Direitos Humanos.

MOÇÃO 14: Recomendação – Conselhos municipais do idoso tenham caráter consultivo e deliberativo

Responsável: Simone Garcia

Assinaturas: 64 (sessenta e quatro) Texto: Que o Conselho Estadual do Idoso recomende e oriente aos gestores

municipais que os Conselhos Municipais tenham característica de ser consultivo

e deliberativo fortalecendo a participação social.

MOÇÃO 15: Recomendação – Benefício de Prestação Continuada – BPC aos 60 anos.

Responsável: Simone Garcia

Assinaturas: 55 (cinquenta e cinco) Texto: Que o Benefício de Prestação Continuada – BPC seja concedido a partir

de 60 anos, conforme o Estatuto do Idoso.

MOÇÃO 16: Moção de Repúdio

Assunto: Moção de repúdio ao governo Federal com o corte do convênio

com as Farmácias Populares

Responsável: Vera

Assinaturas: 109 (cento e nove) Texto: Nós participantes da XIV Conferência Estadual do Idoso – SP,

encaminhamos moção de repúdio à sra. Presidente Dilma Roussef, em medida

da contenção de despesas, através do corte do convênio com as “Farmácias

Populares”, comprometendo ainda mais a já frágil qualidade de vida do brasileiro.

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64

DELEGAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A IV CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

O número de delegados eleitos por Diretoria Regional de Assistência e

Desenvolvimento Social – DRADS consta do Regimento da Conferência, assim

como os Conselheiros Titulares do CEI/SP presentes na XIV Conferência Estadual

do Idoso como delegados natos.

Na Conferência Estadual, 40% das vagas foram destinadas aos delegados

representantes governamentais e 60% aos delegados representantes da sociedade

civil.

Delegados do poder público: foram indicados entre os gestores e técnicos do

órgão gestor municipal a que se está vinculado o Conselho Municipal do Idoso,

bem como entre os demais órgãos que atuam na defesa, promoção e garantia dos

direitos da pessoa idosa.

Delegados da sociedade civil: foram eleitos entre as pessoas idosas e

representantes das entidades que atuam na defesa, promoção ou garantia dos

direitos da pessoa idosa.

DELEGADOS NATOS

REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO

SECRETARIA ESTADUAL DA CULTURA AKIKO OYAFUSO

SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

MARLY LAUTENSCHLAGER CORTEZ ALVES

SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO MÁRCIA CRISTINA VOLPATI

SECRETARIA ESTADUAL DE ESPORTE, LAZER E JUVENTUDE

ELAINE CRISTINA SALES DE OLIVEIRA

SECRETARIA ESTADUAL DA JUSTIÇA E DEFESA DA CIDADANIA

FLAVIO ANTAS CORRÊA

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE MARCELO PAGLIUSI CHAVES

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE CLAUDIA FLÓ

SECRETARIA ESTADUAL DO TURISMO IVETE TEREZINHA DE CAMARGO

CASA CIVIL - FUNDO DE SOLIDARIEDADE DIVA CARVALHO

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

BAIXADA SANTISTA TARCÍSIO DE ALMEIDA

BAURU UBALDO BENJAMIM

CAMPINAS HENRIQUE RUBENS JEROZOLIMSKI WILSON SOLANI BRINKMANN

CENTRAL / ARARAQUARA YARA CARVALHO BLANK

MARÍLIA DULCE BITTENCOURT BOSAN

RIBEIRÃO PRETO DIVA GONÇALVES DOS SANTOS PALUCCI

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SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ELAINE CRISTINA DOS SANTOS

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS JOSÉ MAURÍLIO LEMES DA SILVA

SOROCABA MARIA ANTONIETA DE MELO

DELEGADOS ELEITOS

ALTA NOROESTE - ARAÇATUBA - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR MARCOS FRANCISCO ALVES Poder Público Araçatuba

RAUL LÚCIO DO CARMO Sociedade Civil Ilha Solteira

SUPLENTE ANA MARIA ZACARIN Poder Público Valparaíso

ARARAQUARA - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR MARIA ALICE DO CARMO FERRO MARTINEZ Sociedade Civil Araraquara

SUPLENTE SANDRA MÁRCIA LINS DE ALBUQUERQUE Sociedade Civil São Carlos

AVARÉ - 1 VAGA (PP ou SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR CASSIA DE OLIVEIRA IZIDIO Poder Público Ourinhos

BARRETOS - 1 VAGA (PP ou SC)

Status Nome do Delegado Municipal Município

TITULAR SONIA MARIA TOMAZ Sociedade Civil Guaíra

SUPLENTE WALTER FORTUNATO DA SILVA Sociedade Civil Barretos

OSWALDO MOREIRA Sociedade Civil Colina

BAURU - 3 VAGAS (1 PP – 2 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

KARLA GIMENES ANTIQUERA CARLOS Poder Público Bauru

MARIA JOSÉ PRECIOSO Sociedade Civil Lençóis Paulista

ILSE C. MARTINS PÉSCIO Sociedade Civil Dois Córregos

SUPLENTE ANA MARIA DE M. BENJAMIM Sociedade Civil Bauru

MARIA MENDES STOPPA Sociedade Civil Bauru

CAMPINAS - 12 VAGAS (5 PP – 7 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

JOÃO GUILHERME OLIVEIRA SANTOS Poder Público Jundiaí

MARIA APARECIDA SANTOS MIGUEL Poder Público Jaguariúna

ROSANA DAVANÇO DE ALCANTARA Poder Público Pedreira

KLEBER RODOLFO ALBINO FERREIRA Poder Público Campinas

ANDERSON GONÇALVES Poder Público Sumaré

SANDRA MARGARETH ZAMPOLA Sociedade Civil Campinas

VERA LUZIA DO NASCIMENTO FRITZ Sociedade Civil Valinhos

MILTON CALZAVARA Sociedade Civil Jundiaí

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TEREZINHA PEREIRA UDOVIC Sociedade Civil Várzea Paulista

RENATO BATISTA SOZZI Sociedade Civil Atibaia

JOÃO DAS GRAÇAS SILVA Sociedade Campinas

MARIA LUCIA SECOTI FILIZOLA Sociedade Civil Campinas

SUPLENTE

CLEUZA NEIRE CAVOLI Sociedade Civil Jundiaí

NELSI RODRIGUES DA CONCEIÇÃO Sociedade Civil Sumaré

JAMILE ARAUJO SILVA Sociedade Civil Jarinu

JORCIVAL FERNANDES DE OLIVEIRA Sociedade Civil Paulínia

ALTA PAULISTA - DRACENA - 1 VAGA (PP ou SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR EMILENE TEIXEIRA DA SILVA Sociedade Civil Junqueirópolis

MARIA ANA DA SILVA Sociedade Civil Pacaembu

FERNANDÓPOLIS - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR GRACIANO JOSÉ RIBEIRO Sociedade Civil Fernandópolis

SUPLENTE AVELINO MUNHOZ Sociedade Civil Santa Fé do Sul

FRANCA - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR MIRIAM TERESA DA FREIRIA YEDA Poder Público Batatais

ROSA HELENA BONFIM NOSTRE Sociedade Civil Franca

SUPLENTE

NEUSA DE PAULA CHICONE Sociedade Civil Ituverava

NANCI SOARES Poder Público Franca

VICTALINA MARIA PEREIRA DI GIANNI Sociedade Civil Franca

GRANDE SÃO PAULO ABC - SANTO ANDRÉ - 7 VAGAS (3 PP -4 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

CARMEN CÉLIA LOVERBECK Poder Público São Bernardo do Campo

PATRÍCIA BATISTA DE OLIVEIRA PELLIM Poder Público São Bernardo do Campo

JURANDIR DE SOUSA Poder Público Diadema

SIMONE GARCIA Sociedade Civil São Caetano do Sul

RAIMUNDO JOSÉ DA SILVA Sociedade Civil São Bernardo do Campo

DIVA ALVES DA SILVA Sociedade Civil Mauá

INES APARECIDA DE ANDRADE RIOTO Sociedade Civil Santo André

SUPLENTE

NORIVAL GIROLDO Sociedade Civil São Bernardo do Campo

GUARACIABA OLIVEIRA PINTO Poder Público São Bernardo do Campo

ROSELI DE FÁTIMA BARBOSA MAGALHÃES Sociedade Civil Diadema

ARTUR PAES ARANÁO Sociedade Civil São Bernardo do Campo

GILBERTO FERREIRA ANÍSIO Poder Público Santo André

SOLANGE APARECIDA ZILLI Poder Público Mauá

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MARIA ROSEGLEY BARBOZA Sociedade Civil Santo André

GRANDE SÃO PAULO ABC - SANTO ANDRÉ - 7 VAGAS (3 PP -4 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

MÁRCIA CRISTINA FREITAS RAMOS Poder Público Biritiba Mirim

JOÃO PEDRO DE LIMA Sociedade Civil Suzano

SÔNIA MARIA DOS SANTOS MERLIN Sociedade Civil Ferraz de Vasconcelos

SUPLENTE

MARIA JOSÉ REIS Sociedade Civil Arujá

CARMEM RODRIGUES VERGARA Sociedade Civil Poá

NELSON ALBISSU Poder Público Mogi das Cruzes

GRANDE SÃO PAULO NORTE - GUARULHOS - 3 VAGAS (1 PP – 2 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

ADEMIR SIQUEIRA Poder Público Guarulhos

INALDO ANTÔNIO DE GUSMÃO Sociedade Civil Guarulhos

JOÃO BATISTA NUNES Sociedade Civil Guarulhos

SUPLENTE

ELISÂNGELA ARANTES DE SOUZA CAVALCANTE

Poder Público Guarulhos

LUCY VINCE DE OLIVEIRA Sociedade Civil Caieiras

ANTÔNIO LEITE DE LIMA Sociedade Civil Guarulhos

GRANDE SÃO PAULO OESTE - OSASCO - 6 VAGAS (2PP – 4SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

ARIDELSON CARLOS CESAR TURÍBIO Poder Público Osasco

ELAINE CRISTINA COLEN SANTOS Poder Público Barueri

KELEN GARCIA Sociedade Civil Cotia

NILZETE RODRIGUES COQUEIRO SILVA Sociedade Civil Santana de Parnaíba

SUELI ALVES DA SILVA BERNICE Sociedade Civil Itapevi

JOÃO TADEU FERNANDES Sociedade Civil Carapicuíba

SUPLENTE

EMENAIDE SOARES DE A. A. AFFONSO Poder Público Carapicuíba

LÍDIA RITSOKO MATSUBARA Sociedade Civil Itapecerica da Serra

JACI RODRIGUES CHAVES Sociedade Civil Osasco

JUSSARA MACHADO Sociedade Civil Embu das Artes

ITAPEVA - 1 VAGA (PP ou SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR JOSÉ MARIA ROCHA Sociedade Civil Itararé

SUPLENTE ARLETE MACHADO CORRÊA GONÇALVES Poder Público Itapeva

MARÍLIA - 2 VAGAS (1PP – 1SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR MARIA APARECIDA CIDRÃO Poder Público Marília

ROSA BRAS QUINHONEIRO Sociedade Civil Paraguaçu Paulista

MOGIANA - SÃO JOÃO DA BOA VISTA - 2 VAGAS (1PP – 1SC)

Status Nome do Delegado Municipal Rep Município

TITULAR

LUIZ DOMINGUES Poder Público Itapira

BENEDITO OSVALDO RAMOS Sociedade Civil São João da Boa Vista

ANDREIA PEREIRA DA COSTA Poder Público Espírito Santo do Pinhal

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68

SUPLENTE ENEDINA APPARECIDA FRANCO DE AGUIAR Sociedade Civil São José do Rio Pardo

CLARA MARIA ELEUTÉRIO Sociedade Civil Mogi Mirim

PIRACICABA - 4 VAGAS (2PP – 2 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

JOSÉ ANTONIO DE MORAES PEREIRA Poder Público Limeira

ALEARDO JOSÉ MARTINS Sociedade Civil Rio Claro

SILVIA REGINA MASCARIN Sociedade Civil Cordeirópolis

SUPLENTE

FERNANDA FIDELIS Sociedade Civil Piracicaba

INEZ MACHADO DE LIMA Sociedade Civil Piracicaba

MARIA DIAS DA SILVA Sociedade Civil Limeira

ALTA SOROCABANA - PRESIDENTE PRUDENTE - 2 VAGAS (1 PP – 1 SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR DENISE CASSIANA FLORÊNCIO DE SOUZA Poder Público Presidente Prudente

JOSEFA HORTILDE DA COSTA Sociedade Civil Pirapozinho

SUPLENTE DANIELA OLIVEIRA FARIAS Poder Público Presidente Venceslau

SEBASTIÃO RANGEL Sociedade Civil Narandiba

RIBEIRÃO PRETO - 3 VAGAS (1PP – 2SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

MARCOS EMOY R. FAVARETTO Poder Público Sertãozinho

IDALINA AZENHA Sociedade Civil Ribeirão Preto

JOSÉ RODRIGUES POVÔA Sociedade Civil Ribeirão Preto

SUPLENTE VAGNER ALVES CARDOSO Poder Público Ribeirão Preto

APARECIDA MARCUCI DE SOUZA DE ARAÚJO

Sociedade Civil Serrana

BAIXADA SANTISTA - SANTOS - 6 VAGAS (2PP -4SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

ANA CAROLINA TANI KADER Poder Público Santos

LUCIANA DUVARESCH SEWRINSCKINS Poder Público São Vicente

ELIZA MONTREZOL Sociedade Civil Santos

ABMAEL MARCELO DOS SANTOS Sociedade Civil Guarujá

MARIA ODILA PADULA Sociedade Civil Praia Grande

MARIA APARECIDA NIEBLAS CUCULO Sociedade Civil Mongaguá

SUPLENTE

FLÁVIA VALENTINO Sociedade Civil Santos

IVONE DA SILVA Sociedade Civil São Vicente

DEVANIR PAZ Poder Público Santos

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - 4 VAGAS (2PP – 2SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

WASHINGTON LUIZ MOREIRA GOMES Poder Público São José do Rio Preto

MARCIA APARECIDA FORTES Poder Público Itajobi

VLAMIR MONTANHEZ DE ARAÚJO Sociedade Civil São José do Rio Preto

HERMINIA DE JESUS CRISPIM Sociedade Civil Novo Horizonte

SUPLENTE ANTONIO DINIZ PINTO Sociedade Civil José Bonifácio

JOSEFA BERNARDO LOPES Sociedade Civil São José do Rio Preto

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SETSUKO NASU INOUE Sociedade Civil Nova Granada

SÃO PAULO - CAPITAL - 31 VAGAS (12PP – 19SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

MARIA YVANY RODRIGUES Poder Público São Paulo

ELIZABETH APARECIDA JOÃO Poder Público São Paulo

AIDEÊ MIRANDA SOUZA Poder Público São Paulo

DIEGO FÉLIX MIGUEL Poder Público São Paulo

MARGARETH MARTINS DE Poder Público São Paulo

GODOY FREITAS Poder Público São Paulo

VERA LÚCIA MARIANO DA SILVA Poder Público São Paulo

MARGARIDA MARIA LÁZARO SILVERIO Poder Público São Paulo

LEONARDO JOSÉ COSTA DE LIMA Poder Público São Paulo

DORALICE SEVERO DA CRUZ Poder Público São Paulo

DINEIA MENDES DE ARAÚJO CARDOSO Poder Público São Paulo

VALÉRIA SILVESTRE Poder Público São Paulo

RITA DE CÁSSIA MONTEIRO DE LIMA SIQUEIRA

Poder Público São Paulo

OLGA LUISA LEON DE QUIROGA Sociedade Civil São Paulo

MARIA APARECIDA RIBEIRO COSTA Sociedade Civil São Paulo

ELOÍSA HELENA CLARO GATO Sociedade Civil São Paulo

ANTONIO SANTOS DE ALMEIDA Sociedade Civil São Paulo

MARIA LUIZA ALVES FERREIRA Sociedade Civil São Paulo

MARIA RISOMAR DE ALMEIDA Sociedade Civil São Paulo

VANIDE DE OLIVEIRA Sociedade Civil São Paulo

EDVALDO FERREIRA DOS SANTOS Sociedade Civil São Paulo

HELOISA LOPES VERZEGNASSI Sociedade Civil São Paulo

MIRIAN ITO TANAKA Sociedade Civil São Paulo

NEUZA MARIA FERREIRA CAMARGO Sociedade Civil São Paulo

NEIDE DUQUE SILVA Sociedade Civil São Paulo

NILDA ABDO GORAYB FLORIO Sociedade Civil São Paulo

REMO VITÓRIO CHERUBIN Sociedade Civil São Paulo

RUBENS CASADO Sociedade Civil São Paulo

PLÍNIO RANGEL JÚNIOR Sociedade Civil São Paulo

WALDOMIRA DE PAULA Sociedade Civil São Paulo

ZAYRA DA SILVA BORTOLOMASI Sociedade Civil São Paulo

THEREZA MONTEIRO MARCHESINI Sociedade Civil São Paulo

SUPLENTE

ABIGAIL DE LOURDES SANTOS Sociedade Civil São Paulo

BERNARDO JAZENUCH Sociedade Civil São Paulo

CLEONICE C. CRISPIM Sociedade Civil São Paulo

DAMIANA DOS SANTOS RODRIGUES Sociedade Civil São Paulo

DIRCE DA SILVA MAINARDES Sociedade Civil São Paulo

JANETE AZEVEDO DO NASCIMENTO Sociedade Civil São Paulo

MARIA DO SOCORRO ALVES Sociedade Civil São Paulo

MARIA DA CONCEIÇÃO S. AMARAL Sociedade Civil São Paulo

OLAVO DE ALMEIDA SOARES Sociedade Civil São Paulo

SUFIA GONÇALVES DUARTE Sociedade Civil São Paulo

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JAILDES DE OLIVEIRA SANTOS Sociedade Civil São Paulo

MARIA ROSARIA PAOLONE Sociedade Civil São Paulo

DEISE ACHILLES Sociedade Civil São Paulo

ROBERTO SOARES DE SENA Poder Público São Paulo

MEIRE RODRIGUES FERREIRA DE ABREU Poder Público São Paulo

MARIZA MARIA DE LIMA RANGON Poder Público São Paulo

MARIA DE FÁTIMA SANTOS Poder Público São Paulo

KARINA GAVRILOFF DA SILVA Poder Público São Paulo

ANA RITA EDUARDO Poder Público São Paulo

FLÁVIA MARIA DE MOURA REIS Poder Público São Paulo

AMAURI DOS SANTOS LEITE Poder Público São Paulo

RACHEL VAINZOFF KATZ Poder Público São Paulo

JANDIRA RIBEIRO DE PAULA DA SILVA Poder Público São Paulo

SILVIA KUHL DA SILVA RODRIGUES Poder Público São Paulo

DIRCE MARIA DE ANGELI Poder Público São Paulo

SOROCABA - 6 VAGAS (2PP – 4SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

ELISABETE APARECIDA DE MORAIS Poder Público Cesário Lange

LUIZ ANTÔNIO GONÇALVES GILDES Poder Público Sorocaba

VICTOR PREVITALI Sociedade Civil Porto Feliz

HUDSON MARCEL BRACHER BEILKE Sociedade Civil Sorocaba

ARIOVALDO CORDEIRO SILVA Sociedade São Roque

MARIA DAS DORES DE MORAIS Sociedade Civil Salto

SUPLENTE

ANANIAS RIBEIRO NEVES Sociedade Civil Araçoiaba da Serra

SONIA MARIA MOIA DE CAMPOS Sociedade Civil Mairinque

RITA DE CÁSSIA VIEIRA GUARNIERI Poder Público Itapetininga

VALE DO PARAÍBA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 7 VAGAS (3PP – 4SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR

LUCIA ELENA DO CARMO SALVIATO Poder Público São José dos Campos

FERNANDA NISHINA DE AZEVEDO Poder Público Piquete

LILIAN PATRÍCIA DE OLIVEIRA ZANCA Poder Público Taubaté

MARIA EVELINA PEREIRA FARIA Sociedade Civil São Sebastião

CYNIRA MONTEIRO MATTÊA Sociedade Civil Guaratinguetá

MARLENE DE OLIVEIRA Sociedade Civil Taubaté

WÂNIA DE ARAUJO COELHO Sociedade Civil São José dos Campos

SUPLENTE

EDUVIRGES NONATO ROSA Sociedade Civil São José dos Campos

BENEDITO APARECIDO DA SILVA Sociedade Civil Caraguatatuba

JOÃO BATISTA ANTUNES Sociedade Civil Ubatuba

VALE DO RIBEIRA - REGISTRO – 1 VAGA (PP ou SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR ANDRE LUIZ SIMÕES RATO Poder Público Juquiá

BOTUCATU – 1 VAGA (PP ou SC)

Status Nome do Delegado Municipal Representação Município

TITULAR NÃO ELEGEU

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AVALIAÇÃO DA XIV CONFERÊNCIA ESTADUAL DO IDOSO Foram distribuídos formulários para avaliação dos vários aspectos que envolveram a Conferência Estadual, desde estrutura física até o conteúdo trabalhado. Foram devolvidas 151 avaliações, as quais aparecem tabuladas abaixo: 1) Município escolhido para realização da conferência: 109 pessoas consideraram ótimo; 029 pessoas consideraram bom; 003 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.

2) Qualidade das instalações físicas do local (som, iluminação, acústica, ventilação, etc): 117 pessoas consideraram ótimo; 007 pessoas consideraram bom; 001 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.

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3) Qualidade do material oferecido: 107 pessoas consideraram ótimo; 007 pessoas consideraram bom; 001 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.

4) Credenciamento: 119 pessoas consideraram ótimo; 008 pessoas consideraram bom; 003 pessoas consideraram regular; 002 pessoas consideraram ruim.

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5) Alimentação: 120 pessoas consideraram ótimo; 023 pessoas consideraram bom; 000 pessoas consideraram regular; 000 pessoas consideraram ruim.

6) Cumprimento da programação: 48 pessoas consideraram ótimo; 71 pessoas consideraram bom; 30 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.

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7) Palestra: 75 pessoas consideraram ótimo; 59 pessoas consideraram bom; 13 pessoas consideraram regular; 01 pessoas consideraram ruim.

8) Condução das Plenárias: 45 pessoas consideraram ótimo; 68 pessoas consideraram bom; 34 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.

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9) Tempo destinado à discussão dos Eixos: 45 pessoas consideraram ótimo; 71 pessoas consideraram bom; 30 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.

10) Discussão dos Eixos: 48 pessoas consideraram ótimo; 71 pessoas consideraram bom; 30 pessoas consideraram regular; 02 pessoas consideraram ruim.

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11) Permanência das Propostas: 35 pessoas consideraram ótimo; 78 pessoas consideraram bom; 20 pessoas consideraram regular; 01 pessoas consideraram ruim.

Pontos Positivos

Local.

Empresa organizadora.

Votação eletrônica.

Dra Gioia, condução do eixo II.

Explicação dos itens.

Composição da mesa.

Alimentação.

Limpeza.

Educação da empresa organizadora.

Material didático.

Palestrantes.

Entrosamento dos participantes.

Formação de subgrupos.

Participação nos debates.

Valorização do protagonismo e empoderamento da pessoa idosa num

espaço democrático.

Pontos Negativos

Falta de respeito em algumas discussões.

Falta de comprometimento das pessoas com a conferência.

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Conversar paralelas.

Pessoas desengajadas com o foco da conferência.

Má condução da mesa na plenária.

Coordenação da plenária.

Agressividade demasiada.

Definição do número de conselheiros p CEI e posterior redução.

Vagas de delegados.

Não havia farmácia no hotel (falta de preocupação com o idoso).

Falta de comprometimento com o horário da programação.

Cronograma muito longo considerando que o evento é para idosos – 3 dias

inteiros.

Localização do Hotel – longe do centro.

Falas discriminatórias contra participação de jovens e poder público no

evento.

Necessidade de esclarecimentos muitas vezes.

Credenciamento – muito demorado.

Faltou dinamismo na plenária para condução das discussões.

Autoritarismo de alguns delegados.

Sugestões

Hotel próximo ao centro.

Cumprimento do horário.

Farmácia/caixa eletrônico/outras opções de alimentação no Hotel.

Reduzir a carga horária da conferência.

Mais tempo para lazer no Hotel.

Envolver os conselhos municipais na compilação das propostas antes da

CEI.

Orientar e argumentar a forma de divisão das vagas para delegados.

Ampliar divulgação das ações do CEI para que haja valorização por parte

dos participantes.

Melhor capacitação aos Conselheiros.

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