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SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Auditoria no Programa Sinalização Rio 1
AUDITORIA OPERACIONAL NO PROGRAMA SINALIZAÇÃO RIO
Órgão Inspecionado: Companhia Municipal de Engenharia de Trânsito- CET- RIO
Marcos Antônio Paes
Presidente
Época da Inspeção: 01 de setembro a 22 de dezembro de 2005
Equipe Inspecionante: Alexandre Tenório de Albuquerque Assessor Matrícula 40/901.237 Marcos Henrique Coutinho Secretario II Matrícula 40/900.364 Flávio Tinoco Anache Técnico de Controle Externo Matrícula 40/901.364
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Relatório de Auditoria Operacional 2
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 6
1.1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 6
1.2. OBJETO DE AUDITORIA 6
1.3. O QUE FOI AVALIADO 7
1.4. POR QUE FOI AVALIADO 7
1.5. COMO SE DESENVOLVEU O TRABALHO 8
1.6. PAPÉIS DE TRABALHO 8
1.7. DIFICULDADES ENCONTRADAS 9
1.8. METODOLOGIA EMPREGADA 9
2. A MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO 10
2.1. INTRODUÇÃO 10
2.2. O QUE É TRÂNSITO? 10
2.3. O QUE É MUNICIPALIZAR O TRÂNSITO ? 10
2.4. POR QUE MUNICIPALIZAR ? 11
3. CET-RIO - FUNÇÃO, ESTRUTURA, AÇÕES E OBJETIVOS 11
4. GERÊNCIA DE CONTROLE DE TRÁFEGO - GCT 14
4.1. O CENTRO DE CONTROLE DE TRÁFEGO POR ÁREA (CTA) 14
4.2. CIRCUITO FECHADO DE CÂMERAS DE TV 16
4.3. IMPLANTAÇÕES DE NOVOS SEMÁFOROS 16
4.4. DIFICULDADES ORÇAMENTÁRIAS 17
4.5. PROJETOS FUTUROS 18
5. GERÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE TRÁFEGO - GIT 18
5.1. PONTOS CRÍTICOS 18
5.2. CADASTRO VIÁRIO - CAVIAR 18
5.3. ÍNDICE DE MOBILIDADE 19
5.4. SUPORTE A NOVAS IMPLANTAÇÕES 20
5.5. SIMULADOR DE TRÁFEGO 20
5.6. CAPACITAÇÃO DO PESSOAL 21
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6. COORDENADORIAS REGIONAIS DE TRÁFEGO 21
6.1. CARÊNCIAS 21
6.2. INDIVIDUALIDADES 22
7. CONTRATOS DE SINALIZAÇÃO GRÁFICA HORIZONTAL E VERTI CAL 23
8. CONTRATOS DE SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA 24
8.1. CONTRATO DE SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA PARA A ÁREA FORA DO CTA 25
8.2. DA EXECUÇÃO DO CONTRATO 29
9. DA SINALIZAÇÃO FOCADA PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA 29
10. DA IMPLANTAÇÃO DE PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO 32
11. DA PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO 33
12. PATRIMÔNIO 34
12.1. INVENTÁRIO DOS SEMÁFOROS 34
12.2. INVENTÁRIO DE PLACAS DE SINALIZAÇÃO 35
13. RECURSOS FINANCEIROS DO PROGRAMA 37
13.1. INTRODUÇÃO 37
13.2. DA PARCERIA COM O MINISTÉRIO DAS CIDADES 38
14. ANÁLISE STAKEHOLDER E ANÁLISE SWOT 39
15. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA 40
15.1. AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA 45
15.2. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA 46
16. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 47
17. CONCLUSÃO 47
17.1. RECOMENDAÇÕES À CET- RIO 47
17.2. OPORTUNIDADES DE MELHORIA 49
17.3. ESCLARECIMENTOS E JUSTIFICATIVAS JUNTO À CET- RIO 51
17.4. PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO 52
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Relatório de Auditoria Operacional 4
SUMÁRIO EXECUTIVO
A competência constitucional dos Tribunais de Contas pressupõe o dever de
exercer a fiscalização da correta aplicação dos recursos públicos, não apenas no que se
refere ao aspecto contábil e legal, mas à eficiência, eficácia e efetividade com que esses
recursos são aplicados, incluindo também o cuidado na preservação de todo o patrimônio
público, no qual o meio ambiente se inclui.
A escolha do programa de Sinalização Rio levou em consideração: (1) o crescente
aumento do número de automóveis circulando em nossa cidade; (2) o anseio de toda a
sociedade brasileira em reverter um quadro alarmante de violência no trânsito,
representado por um alto índice de acidentalidade e morte no trânsito, especialmente entre
a população mais jovem e; (3) a necessidade de se desenvolver a arquitetura urbana
focada na inclusão social de deficientes físicos em nossa cidade.
Como técnicas de auditoria: foram utilizadas a avaliação geral, inspeção, análise,
entrevistas e observação in loco. Foram empregadas ainda, ferramentas como a análise
Stakeholder e a Análise Swot.
As principais constatações foram:
I. Ausência de metas que traduzam eficácia da gestão pública em termos de
retorno ao cidadão;
II. Ausência de um sistema de monitoramento das ações/projetos
implementados no Programa de Sinalização Rio;
III. Ausência de indicadores de desempenho, ligados à Sinalização Gráfica.
IV. Carência de treinamento e intercâmbio para melhoria da capacitação do
quadro técnico;
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V. Ausência de investimento em campanhas de preservação dos
equipamentos urbanos de sinalização;
VI. Ausência de contratação de serviços de sinalização semafórica com
previsão de equipamentos sonoros ou afins a fim de atender aos cidadãos
portadores de deficiência;
VII. Alto índice de perda de equipamento e materiais de tráfego devido a furto e
vandalismo;
VIII. Falta de continuidade orçamentária que impede o planejamento adequado
de programas de implantação e de manutenção preventiva e corretiva.
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Relatório de Auditoria Operacional 6
1. INTRODUÇÃO
1.1. Fundamentação Legal
A Inspeção Ordinária de que trata o presente relatório tem sua legitimidade
conferida pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, art. nº 88, inciso IV, pela
Deliberação nº 034/1983 (Regimento Interno do Tribunal de Contas do Município do Rio de
Janeiro), art. 37, inciso III, bem como pelo Plenário desta Corte em Sessão Plenária de 24
de janeiro de 2005 (processo TCMRJ nº 040/000.056/2005), a qual aprovou o calendário de
Inspeções Ordinárias para o exercício de 2005. Esta inspeção faz parte de um projeto de
realização de auditorias que visa a contribuir para a melhoria do desempenho dos órgãos
jurisdicionados, assim como para a melhor utilização dos recursos públicos, por meio da
implementação de recomendações e oportunidades de melhorias decorrentes de auditoria
de avaliação operacional conduzida por esta Inspetoria.
Os exames foram realizados com bases em testes, no período de setembro a
outubro de 2005, de acordo com os Princípios de Auditoria, na extensão que se julgou
necessária e, portanto, podem não refletir necessariamente todos os problemas existentes.
Um dos requisitos necessários ao sucesso das auditorias de avaliação operacional
é a parceria entre a equipe de auditoria e os dirigentes e técnicos do programa avaliado.
Neste sentido, deve-se ressaltar que, durante a fase de execução da auditoria, a equipe
contou com a boa vontade e colaboração dos técnicos da Companhia de Engenharia de
Tráfego, tendo esta sido fundamental para a execução do plano de visitas em
complementação aos depoimentos prestados.
1.2. Objeto de auditoria
Para a presente inspeção, foi escolhido o PROGRAMA SINALIZAÇÃO RIO, que,
de acordo com o Plano Plurianual 2002/2005, encontra-se inserido no programa
077- Sinalização Rio, cujo objetivo geral é sinalizar para o trânsito as vias da cidade do Rio
de Janeiro .
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O Código de Trânsito Brasileiro estabeleceu em seus artigos 21 e 24, dentre
outras, a competência do Município para cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas
de trânsito e implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os
equipamentos de controle viário.
Define-se aí a competência do Município quanto ao gerenciamento dos serviços de
sinalização urbana.
1.3. O que foi avaliado
A auditoria buscou investigar as ações desenvolvidas no Município em relação à
implantação e manutenção da sinalização gráfica horizontal e vertical, bem como a
implantação e manutenção da sinalização semafórica, procurando avaliar as dificuldades e
sugerir oportunidades de melhoria. Cabe salientar que a sinalização implementada e
mantida corresponde àquela prevista no anexo II1 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
1.4. Por que foi avaliado
Na escolha deste tema para uma auditoria operacional foram levados em
consideração os seguintes fatores:
- A oportunidade de agregação de valor na política de diretrizes adotada pelo
Município para a sinalização da cidade levando-se em consideração o número
de acidentes ocorridos no trânsito, bem como a gestão da sinalização
implantada nas diversas APs; e
- a necessidade de fiscalização do patrimônio público - a competência
constitucional dos Tribunais de Contas pressupõe o dever de exercer a
fiscalização da correta aplicação dos recursos públicos, não apenas no que se
refere ao aspecto contábil e legal, mas à eficiência, eficácia e efetividade com
que esses recursos são aplicados, incluindo também o cuidado na preservação
de todo o patrimônio público.
1 disponível no endereço < http://www.presidencia.gov.br/ccivil/LEIS/1995_1997/anexo/9503-97.pdf>
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1.5. Como se desenvolveu o trabalho
Para a realização desta auditoria, o planejamento foi subdivido nas seguintes
fases:
1ª fase: Reunião com a equipe técnica da CET-RIO, com apresentação das equipes
objetivando dar conhecimento da proposta de trabalho a ser desenvolvido, linhas de
investigação e critérios adotados.
2ª fase: Visitas nas Coordenadorias selecionadas e entrevista com o coordenador regional
de cada Coordenadoria com aplicação de questionário, testes de aderência a fim de
averiguar a conformidade às normas contratuais previstas e conhecer a gestão dos
contratos de sinalização gráfica horizontal e vertical;
3ª fase: Entrevista com os responsáveis pelas Gerências de Informações de Tráfego e de
Controle de Tráfego, com aplicação de questionário visando conhecer detalhes da logística
dos trabalhos de apoio executados, bem como sobre a instalação, operação e manutenção
de semáforos no Município.
4ª fase: Análise da operacionalidade dos contratos celebrados com terceiros relativos à
implantação e manutenção da sinalização gráfica horizontal e vertical na cidade, bem como
aos contratos relativos à manutenção e implantação da sinalização semafórica no
Município.
1.6. Papéis de Trabalho
Os papéis de trabalho que deram suporte à presente inspeção encontram-se
arquivados nesta Inspetoria para eventuais consultas, tendo sido utilizada a seguinte
documentação:
a. anotações pessoais com informações fornecidas pelos servidores da CET-RIO;
b. dados obtidos por ocasião da verificação in loco nas Coordenadorias de
Trânsito, na Gerência de Informações de Trânsito (GIT), no Centro de Controle
de Tráfego por Área (CTA);
c. coleta de dados na internet e em bibliotecas; e
d. observação direta.
Para a análise dos dados obtidos foi utilizada a análise qualitativa.
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1.7. Dificuldades encontradas
A Engenharia de Tráfego é uma especialidade recente, com poucas publicações a
respeito do tema, particularmente no Brasil. Por ser um assunto muito específico e tratado
de maneira particular em cada município, é menos estruturado formal e pouco registrado,
observando-se ações pontuais, o que dificultou o conhecimento e a análise de boas práticas
em gestão de Engenharia de Tráfego adotadas no país.
1.8. Metodologia empregada
Para um exame mais aprofundado das questões de auditoria propostas, foram
realizadas entrevistas junto à Assessoria da Presidência da CET-RIO, às Coordenadorias
Regionais de Tráfego e ao CTA, utilizando-se questionários formulados com base na
legislação e na literatura técnica referentes à Engenharia de Tráfego, a fim de se conhecer
e avaliar a infra-estrutura existente, a utilização da mesma, e as atividades desenvolvidas
nessa área, de forma a se obter informações de caráter qualitativo, essenciais para
contribuir para as recomendações e/ou oportunidades de melhoria para o programa.
Dentre as Coordenadorias Regionais foram selecionados para visitação:
Área de Planejamento
Endereço Coordenador responsável
AP- 2.1 Rua Bartolomeu Mitre, nº 1297 – Leblon- Zona Sul Pedro Paulo de Souza Pereira Júnior
AP- 3.2 Av. Jequitibá, s/nº - praça da Prefeitura da UFRJ João Machado
AP- 4 Av. Airton Senna,nº 2001- Barra da Tijuca Marcos Couto
AP- 5.2 Rua Dom Pedrito, nº 01, Campo Grande Cláudio David Rios
AP- 5.3 Rua Fernanda, nº 155, Santa Cruz Alberto Zeraik
Um exame mais aprofundado das questões de auditoria propostas exigiu, nesses
contatos in loco, entrevistas com os coordenadores responsáveis pelas Coordenadorias
Regionais de Tráfego (CRT) e os gerentes da GIT e da Gerência de Controle de Tráfego
(GCT).
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2. A MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO
2.1. Introdução
O novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) introduziu, entre muitas inovações, o
conceito de municipalização de trânsito. As competências existentes no Código anterior
atribuídas a Estados e Municípios foram redistribuídas, dando mais responsabilidade a cada
órgão do Sistema Nacional de Trânsito - SNT.
O processo de municipalização do trânsito instituído pelo CTB tem como objetivo
despertar nos cidadãos as questões relativas ao trânsito urbano, assunto de interesse direto
das cidades e de seus habitantes. O Código introduziu direitos que, se corretamente
exercidos pela população, induzirão a maior qualidade dos padrões de segurança no
convívio dos usuários do sistema viário, estejam eles na condição de motoristas ou de
pedestres. Esta nova postura exige do órgão municipal responsável o conhecimento das
reais necessidades da população, procurando atender sua demanda com ações
preventivas, nelas incluída a implantação de sinalização horizontal, vertical, semafórica.
2.2. O que é trânsito?
O CTB considera trânsito como a utilização das vias por pessoas, veículos e
animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga e descarga. Também, é resultado da distribuição dos
diversos tipos de uso do solo das cidades e dos deslocamentos diários das pessoas para
trabalhar, educar-se, divertir-se, cuidar da saúde, retornar à residência etc.
2.3. O que é municipalizar o trânsito?
Pelo roteiro do DENATRAN, a municipalização do trânsito é o processo legal,
administrativo e técnico, por meio do qual o Município assume integralmente a
responsabilidade pelos seguintes serviços: engenharia, fiscalização, educação de trânsito,
levantamento, análise e controle de dados estatísticos e criação de juntas administrativas
de recursos de infrações - Jaris.
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2.4. Por que municipalizar?
É a forma de garantir ao administrador municipal as condições de atender,
diretamente, as necessidades da população. O administrador terá, sob sua jurisdição, a
implantação de uma política de trânsito capaz de atender as demandas de segurança e
fluidez e maior facilidade para a articulação das ações de trânsito, transporte coletivo e de
carga, e o uso do solo.
A cidade será tão mais saudável quanto mais seguro for o deslocamento de
pessoas e bens. Como a prefeitura é responsável pela autorização das construções de
edificações que causam o deslocamento de pessoas e veículos, situação que na maioria
dos casos contribui para o agravamento dos problemas de trânsito, nada mais justo que a
prefeitura vá ao encontro da solução dos problemas decorrentes.
No Município do Rio de Janeiro, a competência sobre assuntos de trânsito
encontra-se a cargo da Secretaria Municipal de Transporte - SMTR, da Superintendência
Municipal de Transportes Urbanos - SMTU e da Companhia de Engenharia de Tráfego do
Rio de Janeiro – CET-RIO.
3. CET-RIO - FUNÇÃO, ESTRUTURA, AÇÕES E OBJETIVOS
A Companhia de Engenharia de Tráfego2 tem sua estruturação, bem como as
funções, regulamentadas pelo Decreto Municipal nº 18.306 de 30/12/1999 que dispõe em
seu anexo II que a Companhia tem por finalidade administrar o sistema viário e de
circulação; operar e explorar os estacionamentos públicos e garagens próprias municipais;
e prestar consultoria em assuntos técnicos de sua especialidade.
2 Sociedade anônima de economia mista controlada pelo Município do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria Municipal de Transportes e criada pela Lei Municipal nº 881 de 11 de julho de 1986.
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Sua estrutura atual encontra-se de acordo com o organograma a seguir.
Fonte: Diretoria de Administração e Finanças/ CET - RIO
A fim de entender o modus operandi das ações que envolvem o programa, os
trabalhos foram focados nas gerências a seguir elencadas de acordo com suas funções.
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Setor Função
Centro de Manutenção
e Sinalização - CMS supervisionar a manutenção preventiva e corretiva, a reposição e a limpeza de
sinalização implantada e de equipamentos de sinalização;
supervisionar a fabricação e implantação da sinalização gráfica, de acordo com as
especificações dos projetos;
supervisionar o controle de qualidade dos materiais de sinalização
Gerência de
Informações de
Tráfego - GIT
Administrar e atualizar bancos de dados sobre transportes, uso do solo, população,
sistema viário, etc.
Desenvolver pesquisas referentes à acidente de trânsitos e circulação viária;
Manter intercâmbio com entidades afins visando às atualizações dos cadastros;
Manter contato com fabricantes de materiais de sinalização visando ao aprimoramento
da qualidade dos projetos, assim como da segurança do trânsito;
Gerência de Controle
de Tráfego - GCT
Operar o Centro de Controle de Tráfego, monitorando todas as interseções existentes;
Controlar e supervisionar as atividades de implantação e manutenção de semáforos;
Monitorar o sistema viário através de câmeras, monitores e painéis de mensagens
variáveis;
Funcionar como centro de operações da Companhia, recebendo e transmitindo
informações através de telefonia e radiofonia 24 horas por dia;
Implantar e gerenciar os planos de tráfego desenvolvidos para as áreas controladas;
Intervir nos planos de tráfego implantados, visando sanar situações de emergência;
Emitir boletins periódicos sobre as condições de tráfego dos principais corredores;
Acompanhar e detectar alarmes de defeito nos equipamentos da área controlada;
Providenciar reparo e manutenção para os equipamentos de sinalização;
Avaliar o desempenho e o funcionamento do sistema viário.
Coordenadoria
Regional de Tráfego -
CRT
Supervisionar e acompanhar, em sua respectiva área de atuação, as atividades de
planejamento, projeto e manutenção do sistema de tráfego, abrangendo: a implantação
de projetos de engenharia de tráfego; a fiscalização e a operação dos estacionamentos
(veículos, táxi, carga e descarga, embarque e desembarque) das ruas de pedestres e
serviço; a fiscalização de projetos e obras contratadas pela Companhia ou dos serviços
executados por terceiros que venham a interferir na circulação viária; a implantação e
manutenção preventiva e corretiva da sinalização luminosa do CTA e da sinalização
gráfica vertical e horizontal.
Fonte: Decreto nº 18.306/99
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Os serviços da Companhia são demandados através de ofícios, da Ouvidoria da
Prefeitura, carta, e-mail, memorando, projetos da equipe técnica da CRT, bem como
requisições de outros órgãos municipais.
A título de exemplificação, no período de 01/10/2004 a 30/09/2005, a Ouvidoria da
Prefeitura recebeu 7.371 solicitações referentes a diversos assuntos discriminados abaixo.
Assunto nº de
Solicitações
Sinalização das Vias 2666
Engenharia de tráfego 1714
Estacionamento- Rio rotativo 1020
Fiscalização eletrônica 477
Reboque 408
Quebra-mola 403
Diversos- CET-RIO 385
Fora do âmbito municipal- CET-RIO 35
Não especificados 263
Fonte: Sistema da Ouvidoria (SISO) atualizado até 09/05
4. GERÊNCIA DE CONTROLE DE TRÁFEGO - GCT
A Gerência de Controle de Tráfego tem como gerente o Sr. José Henrique Tigre.
4.1. O Centro de Controle de Tráfego por Área (CTA)
Em 1986, a CET-RIO foi criada com objetivo de atuar na sinalização horizontal e
vertical da cidade do Rio de Janeiro. Até aquele momento a sinalização semafórica estava
a cargo do Governo do Estado, através do DETRAN, e os equipamentos se encontravam
obsoletos, com mais de 20 anos de uso. A CET-RIO concluiu que para assumir a gestão do
controle semafórico, o ideal seria a implantação de um sistema inteiramente novo e
atualizado tecnologicamente. Foi criado o Centro de Controle de Tráfego por Área (CTA).
Nele, os semáforos, além de sincronizados e coordenados localmente, são controlados
remotamente via computadores centrais localizados em um Centro de Controle, permitindo
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a troca de parâmetros de temporização de sinais em qualquer instante e também
monitoração de falhas locais. As alterações de programação são feitas levando-se em
consideração as imagens captadas por câmeras ou monitoração on-line de contagem
volumétrica de tráfego e de velocidade utilizando diversos tipos de tecnologia3.
A implantação do CTA iniciou-se em 1995 e foi concluída no início de 1997,
controlando somente determinadas áreas. As demais ficaram a cargo da empresa RIO LUZ
que, gradativamente, providenciou a troca por equipamentos mais modernos, porém
descentralizados. A partir de 2001 todo o controle passou a ser realizado pela CET-RIO.
O CTA dividiu o município em 12 módulos de controle conforme figura a seguir. As
áreas onde os equipamentos são controlados remotamente são as inseridas nos módulos
1 a 7, as demais necessitam de operação local.
Fonte: Gerência de Controle de Tráfegos da CET – RIO.
3 Ex: laços indutivos, radares de efeito Doppler, infravermelho entre outros.
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4.2. Circuito fechado de câmeras de TV
O CTA trabalha com um circuito fechado de câmeras de TV instaladas em 92
pontos estratégicos da cidade, exibindo imagens ao vivo para o centro de controle de
tráfego da CET-RIO, distribuídas nas áreas do Centro, Zona Sul, Zona Norte e Zona Oeste
da Cidade. As câmeras estão fixadas em postes próprios e o operador, a partir do centro
de controle, tem o controle total de sua movimentação, podendo aproximar a imagem em
até 16 vezes. Com as imagens, é possível monitorar o trânsito ao longo do dia,
identificando pontos de congestionamento, que podem ser causados por diversos fatores4,
estando o centro de controle pronto a tomar as providências necessárias.
Segundo informações da Gerência de Controle de Tráfego - GCT, as imagens de
76 dessas câmeras estão disponíveis, durante 24hs do dia, para os usuários e visitantes no
site <http://transito.rio.rj.gov.br>. Estas reproduzem as condições do trânsito quase em
tempo real. Outro serviço colocado à disposição dos usuários são os Boletins de Trânsito
que informam, ao longo do dia, as condições do tráfego nas principais ruas da Zona Sul, do
Centro, da Tijuca e do Maracanã.
4.3. Implantações de novos semáforos
A rotina para novas implantações consiste primeiramente em receber as demandas
oriundas de diversos canais, tais como, comunidade, associação de moradores, políticos,
ouvidoria, etc. É feita uma análise prévia nas APs e nesse momento são descartadas
aquelas julgadas improcedentes. Posteriormente uma equipe do CTA vai a campo avaliar a
viabilidade técnica da nova implantação considerando, entre outros fatores, a morfologia da
via, geografia da região, volume de tráfego de veículos e pedestres e incidência de
acidentes.
As contagens de volumes de tráfego são solicitadas à Gerência de Informações.
Cada área da cidade tem uma cota de contagens por mês, estipulada previamente, o que
limita a quantidade de análise de pedidos e obriga a criação de uma rotina de priorização.
Os dados de incidência de acidentes no local, encaminhados pelo Corpo de Bombeiros,
auxiliam na redução desta limitação, pois, somente baseado neles, pode-se determinar a
4 acidentes, veículos enguiçados, estacionamentos irregulares, obras, carga ou descarga fora do
horário permitido, etc.
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necessidade da nova implantação. Apesar disto, não existe ainda um convênio formalizado
com esta entidade, o que gera um grande risco de perda destas informações.
O ideal seria a utilização de dados da Polícia Militar que contém informações mais
detalhadas e não se limitam aos acidentes com vítimas, incluindo todo o tipo de colisão e
atropelamento. Porém estão distribuídas nos diversos batalhões e não se encontram
digitalizadas, inviabilizando a logística de sua utilização.
Os pedidos em que se conclui pela não implantação de sinalização semafórica são
encaminhados para as Coordenadorias Regionais (CRT), onde se avaliará a
necessidade/viabilidade de outro tipo de sinalização.
Foi detectada carência de infra-estrutura (carros, rádios etc) e de mão-de-obra
disponibilizada para a fiscalização das implantações. Para o problema de infra-estrutura, foi
informado que existe um planejamento de se acrescer, no escopo dos próximos contratos
de manutenção, fornecimentos que possam suprir esta necessidade. Com relação à
mão-de-obra, está previsto o aproveitamento dos técnicos das Áreas de Planejamento.
4.4. Dificuldades orçamentárias
No ano de 2003, aproximadamente 300 demandas para instalação de semáforos
foram analisadas e aprovadas. Em dezembro daquele ano foi assinado um contrato que
atenderia somente a 50% das implantações devido à carência de recursos financeiros. Até
o momento, por motivos financeiros, somente 30% do contrato foi realizado. Durante este
período novas solicitações foram encaminhadas e as necessidades e prioridades sofreram
grande alteração. Sendo assim, quando ocorrer a liberação orçamentária, será feita uma
reavaliação total culminando com um novo cronograma de implantação a ser executado.
A quantidade de semáforos a ser implantada em um determinado período é
limitada pelo orçamento; as regiões que serão mais privilegiadas são definidas de acordo
com as diretrizes determinadas pela Secretaria Municipal de Trânsito; e, dentro de cada
região, a escolha é feita pelas respectivas gerências das APs. Geralmente, áreas
emergentes, em que estão ocorrendo mudanças demográficas e imobiliárias, são
privilegiadas.
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4.5. Projetos futuros
Devido à grande inserção de dados no atual sistema CTA, este se encontra
saturado e já apresentando dificuldade de manejo. No projeto de modernização do controle
semafórico da cidade está em estudo a criação de novos CTAs inserindo outras áreas e
desafogando o sistema atual. Existe a possibilidade de ser incluído no orçamento dos
Jogos Pan-americanos a criação de um CTA na Barra da Tijuca que atenderia a Zona Sul,
Barra e Jacarepaguá.
5. GERÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE TRÁFEGO - GIT
A Gerência tem como seu gerente o sr. Alexandre Sansão.
As funções desta Gerência encontram-se dispostas no Decreto Municipal
nº 18.306/99. Basicamente esta gerência atua desenvolvendo pesquisas referentes a
acidentes de trânsito e circulação viária. Os resultados destas pesquisas alimentam as
Coordenadorias Regionais de Tráfego através do programa de cadastro viário (CAVIAR) e
estas, por sua vez, utilizam estes dados como suporte para o planejamento dos projetos
desenvolvidos nas APs.
5.1. Pontos críticos
A GIT desenvolveu um trabalho de avaliação de pontos críticos que consistiu em
se levantar dados de cadastro viário, volume de tráfego, ocorrência de acidentes que foram
georeferenciados gerando uma planilha de pontos perigosos. O projeto-piloto deste
trabalho foi implantado na Zona Sul da Cidade e está sendo gradualmente expandido para
as demais áreas do município.
5.2. Cadastro Viário - CAVIAR
Segundo o Roteiro de Municipalização do Trânsito do DENATRAN, para melhorar o
trânsito, diminuir o risco de acidentes no futuro, é necessário saber o que está acontecendo
hoje. Para tanto, o controle e análise estatística são fundamentais. Assim sendo, é
necessário saber onde e quando os acidentes ocorrem, as causas/conseqüências dos
mesmos, as características das pessoas e dos veículos envolvidos etc. De posse desses
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dados, o gestor poderá priorizar intervenções, subsidiar projetos e campanhas educativas e
acompanhar a evolução dos acidentes através de séries históricas.
Neste sentido, uma ferramenta importante utilizada pela GIT é o CAVIAR. Este é
um banco de dados georeferenciado com fonte de informações oriunda do Corpo de
Bombeiros. Estes dados, após a verificação de sua consistência, são tratados e
georeferenciados. Feito isto, têm-se condições de analisar os dados sob a ótica da
Engenharia de Tráfego, com as seguintes ações: classificação do acidente, horário,
natureza, tipo da vítima etc.
O Caviar também armazena dados de fluxo de veículos, cadastro das vias com
dimensionamento físico das mesmas, índice de mobilidade, fluxo de pedestres etc. Estas
informações são utilizadas em conjunto com a literatura de Engenharia de Tráfego para
determinação das necessidades técnicas do sistema de sinalização.
O sistema está residente na rede de servidores da empresa, podendo as
informações serem acessadas somente pelas pessoas devidamente autorizadas5.
Entretanto, para as coordenadorias, as informações são gravadas periodicamente em mídia
magnética e instaladas nas máquinas locais.
5.3. Índice de mobilidade
Este índice foi criado recentemente para verificar a fluidez das vias. Veículos
equipados com GPS6 são programados para fazer determinados percursos em horários
estratégicos. O tempo de duração destes percursos é medido e associado com o mapa
geográfico, que possui as extensões em escala, gerando a velocidade média. O valor da
velocidade média gera o índice de mobilidade:
Velocidade média aferida Índice de mobilidade =
Velocidade máxima estabelecida para aquele trecho
Quanto mais próximo de 1 o índice estiver, mais próximo da condição ideal de
fluidez de tráfego. Em contrapartida, quanto mais próximo de 0, mais comprometida estará
a mobilidade no percurso selecionado.
5 GIT; DAF; Gabinete da Presidência 6 Global Positioning System
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Relatório de Auditoria Operacional 20
A metodologia empregada consiste na utilização de veículos que percorrem
determinados trechos nas diversas APs, geralmente em horários de maior incidência de
congestionamento, coletando dados sobre o tempo de percurso. As informações coletadas
estão sendo inseridas no banco de dados do sistema CAVIAR. Para isto, está sendo
utilizado um software específico.
5.4. Suporte a novas implantações
A GIT possui uma rotina de medições de fluxo de tráfego nas vias da cidade,
porém também realiza este tipo de serviço quando solicitado pelo CTA. Diversas são as
situações em que ocorrem as solicitações: antes da implantação de uma sinalização para
verificação da sua necessidade; após a implantação para verificação do impacto da mesma;
durante eventos programados; e outras necessidades. Estes dados servem de base para a
engenharia de tráfego da CET-RIO determinar novas implantações ou alterar sinalização
existente, inclusive reprogramação de tempos semafóricos.
5.5. Simulador de tráfego
O simulador de tráfego consiste num software que visa montar uma rede digital da
cidade, utilizando a informação dos equipamentos de sinalização instalados e dados de
censos de tráfego, possibilitando a geração de uma matriz de origem-destino. Em resumo,
esta matriz consiste em um banco de dados com as informações do fluxo de veículos entre
as grandes áreas da cidade dividida por dia e horário.
Quando da execução de um estudo de viabilidade de instalação de um novo
elemento de sinalização (semáforo, por exemplo), o sistema era calibrado para simular esta
situação. Após a calibração, o software distribuía o fluxo de veículos entre as diversas vias,
informando locais de possíveis congestionamentos.
Qualquer estudo de alteração no trânsito (inserção de viadutos, inversão de ruas,
instalação de sinalização, etc) poderia ser inserido digitalmente no sistema gerando
simulação de impactos no tráfego.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 21
Um grupo técnico foi treinado para utilização do software simulador de tráfego.
Porém, esses profissionais não estão mais na empresa e, conseqüentemente, esta
ferramenta não está sendo utilizada. Existe um planejamento para que novamente um
treinamento seja ministrado para capacitação de um novo grupo que atuaria junto à área de
Projetos. Não existe atualmente uma interface de comunicação desenvolvida entre o
Caviar e o simulador para possibilitar cruzamento de dados entre estas ferramentas.
5.6. Capacitação do pessoal
Foi entregue à equipe de inspeção listagem dos cursos ministrados para o pessoal
da CET-RIO durante os anos de 2002 a 2005 totalizando 31, incluindo seminários,
encontros e fóruns.
Não foram detectadas ações no sentido de se promover intercâmbio técnico de
forma a se buscar novas tecnologias e filosofias do tráfego.
6. COORDENADORIAS REGIONAIS DE TRÁFEGO
A descrição das atividades das coordenadorias, o número de coordenadorias
existentes, bem como o modus operandi encontram-se descritos no Anexo.
6.1. Carências
O principal problema enfrentado pelas Coordenadorias é o do orçamento. Não só
pela escassez de recursos financeiros, mas principalmente pela falta de continuidade das
medições. Isto impede o planejamento adequado de programas de implantação e de
manutenção preventiva e corretiva.
Outro problema observado refere-se à ausência de infra-estrutura para que os
técnicos realizem todas as atividades que lhes são demandadas.
Com o aumento da quantidade da sinalização implantada se faz necessária uma
política de incremento de investimentos com manutenção; entretanto não foram detectadas
evidências neste sentido.
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Relatório de Auditoria Operacional 22
6.2. Individualidades
Não se evidenciou, nas coordenadorias visitadas, nenhum planejamento com
relação às execuções contratuais de serviços de sinalização gráfica em função das
peculiaridades de cada área. Além disso, constatou-se que estas têm particularidades
inerentes à sua localização e características de seus moradores conforme se pode
exemplificar:
AP 2.1 - Zona Sul
� grande quantidade de eventos esportivos, culturais, etc
� participação ativa da comunidade com sugestões e solicitações.
AP 5.3 - Santa Cruz e Guaratiba
� alto índice de solicitação e implantação de quebra molas.
� pouca participação da comunidade.
� semáforos não sincronizados.
AP 5.2 Campo Grande
Cabe ressaltar a iniciativa desta coordenadoria no desenvolvimento de um software
para controle da manutenção preventiva de sinalização vertical e horizontal que quantifica
valor de mão-de-obra, produtividade e também possui cadastro do material instalado. O
objetivo é aumentar a vida útil do patrimônio instalado, reduzir o custo com o investimento e
ainda melhor alocá-lo, para auxiliar no dimensionando de equipe e equipamento. Utiliza
também dados estatísticos para estimativa de necessidades orçamentárias. A utilização de
ferramentas, como planilhas de preços da Fundação Getúlio Vargas, e as constantes
atualizações do software proporcionam confiabilidade às suas informações, que
posteriormente poderão ser utilizadas para a criação de indicadores.
Face à dificuldade de controle do grande volume de documentos que tramita na
coordenadoria, foi desenvolvido um outro software de cadastro de entrada e saída de
documentos (CESD), que, além de classificá-los, monitora sua localização e seu status. A
interface amigável com o usuário facilita o acesso a qualquer pessoa habilitada, permitindo
o conhecimento de informações básicas que podem ser utilizadas na ausência do
responsável pelo processo, bem como possibilita emissão de relatório consolidado com as
ações de sinalização implementadas num dado período.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 23
Considerando a qualidade dos softwares desenvolvidos e a carência existente nas
demais coordenadorias, conclui-se a necessidade da CET-RIO analisar a possibilidade de
oficializar estas ferramentas e posteriormente fornecê-las a todos de forma a atender às
necessidades e uniformizar os procedimentos.
7. CONTRATOS DE SINALIZAÇÃO GRÁFICA HORIZONTAL E VERTICAL
Na análise dos processos administrativos que versam sobre a Implantação de
Sinalização Gráfica Horizontal e Vertical no Município do Rio de Janeiro, foram verificados
tanto os aspectos formais da licitação do contrato quanto da execução contratual, bem
como os pagamentos efetuados, atestações, retenções e posteriores recolhimentos.
Os contratos firmados para a execução dos serviços foram decorrentes da
Concorrência nº 05/03, que, ao dar entrada neste Tribunal, formou o processo TCMRJ
nº 40/4644/03, conhecido e arquivado em sessão de 20/08/2003, nos termos do voto do
relator, Conselheiro Fernando Bueno Guimarães.
O orçamento inicial dos serviços foi estimado em R$ 8.000.000,00, divididos entre
a Secretaria Municipal de Transportes e a CET-RIO, sendo que, a partir do exercício de
2005, a responsabilidade passou totalmente para Companhia de Engenharia de Tráfego.
Os serviços foram divididos em 10 lotes abrangendo as diversas áreas de
planejamento (AP), dando origem aos contratos administrativos a seguir relacionados:
Lote / AP Contrato Valor(R$) Favorecido
1- Centro e adjacências 20/03 784.154,30 Trigonal Engenharia Ltda.
2 - Zona Sul 12/03 994.892,81 Planex Engenharia Ltda.
3 – Tijuca e adjacências 19/03 799.558,19 Sinape Sinalização e Segurança Ltda.
4 -Méier e adjacências 28/03 793.636,96 Cristacol Sinalização de Rodovias Ltda.
5 - Ilha e Leopoldina 18/03 994.999,81 Sinasc Sinalização e Conservação Ltda.
6 -Madureira e Irajá 16/03 796.004,42 Sinasc Sinalização e Conservação Ltda.
7 -Barra e Recreio 27/03 996.796,98 Sirga Engenharia Ltda.
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Relatório de Auditoria Operacional 24
- continuação -
Lote / AP Contrato Valor(R$) Favorecido
8 -Deodoro e Realengo 22/03 795.593,24 Serplex Engenharia Ltda.
9- Campo Grande e adj. 21/03 589.777,37 Jardiplan Urbanização e Paisagismo Ltda.
10- Santa Cruz, Guaratiba 13/03 394.002,34 Consladel Construtora Ltda.
Fonte: Processo Administrativo nº 003/200.632/2003.
8. CONTRATOS DE SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
Os serviços de manutenção preventiva e corretiva, incluindo a reposição do
material defeituoso, nos equipamentos semafóricos para os equipamentos pertencentes ao
sistema de Controle de Tráfego por Área (CTA) da cidade do Rio de Janeiro estão sendo
executados, por um período de 24 meses, pelas empresas abaixo relacionadas frutos da
licitação sob a modalidade de Concorrência nº 008/2003.
Módulos Contrato
(Nº)
Valor (R$) Favorecido Data de término
prevista
I 4 307.153,67 Telvent Brasil S.A. 11/02/2006
II 5 309.979,81 Telvent Brasil S.A. 11/02/2006
III 6 349.375,81 Telvent Brasil S.A. 11/02/2006
IV 7 337.215,52 Telvent Brasil S.A. 11/02/2006
VI e VII 9 275.448,00 Casa Verre Indústria e Comércio Ltda. 18/03/2006
V 10 326.762,40 Sirga Eng. E Controle de Qualidade Ltda. 05/05/2006
Fonte: Processo Administrativo nº 003/200.838/2003
Devido à falta de infra-estrutura de pessoal e logística para fiscalização destes
contratos, o pagamento foi estipulado com base em valor fixo mensal, obtido mediante
estudos desenvolvidos pela Gerência de Controle de Tráfego (GCT). Ou seja, através da
estatística histórica dos dados de índice de falhas, desgaste, quantidade de atendimentos,
entre outros, estimou-se um valor mensal para que a empresa mantivesse o sistema em
perfeito estado de funcionamento, aparência e obediência às normas técnicas pertinentes.
A vantagem deste sistema é que passa a ser interesse da contratada a maior eficiência do
sistema e o trabalho de fiscalização é facilitado.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 25
A manutenção nos equipamentos eletrônicos (Controladores Locais e Centrais de
Área) em nível de troca de placas de circuito impresso montadas ficou a cargo exclusivo
dos técnicos da CET-RIO. Todos os gastos com elementos de encaixe, proteção e fixação,
como parafusos, fusíveis, armários, porcas e toda peça necessária para esta finalidade,
bem como todo material necessário para fundação dos postes e bases, correm por conta da
contratada.
Nestes contratos, a manutenção corretiva consiste em eliminar os problemas
diagnosticados nos equipamentos, que são objeto do contrato, mantendo o perfeito estado
de funcionamento dos blocos semafóricos, colunas e suportes, cabos de comunicação,
laços indutivos e botoeiras.
Já a manutenção preventiva consiste em realizar mensalmente revisões gerais dos
equipamentos, inclui a conservação de sua aparência. No caso dos controladores
semafóricos incluirá a revisão geral da parte elétrica, limpeza interna e externa e pintura do
gabinete, sempre que determinado pela fiscalização da CET-RIO. Para os demais
equipamentos da interseção, consiste na limpeza das lentes, refletores e caixas de módulo
focal e pintura, quando necessária, de grupos focais, anteparos e colunas; revisão, limpeza,
recomposição/troca de anéis e de tampas das caixas de passagem e da rede de dutos.
8.1. Contrato de sinalização semafórica para a área fora do CTA
Para a área não abrangida pelo CTA, foi celebrado o Contrato nº 038/01 no valor
inicial de R$ 2.149.019,22, assinado em 12/11/01, que tem por objeto a prestação dos
serviços de manutenção semafórica preventiva e corretiva, implantação, remanejamento,
retirada, emergência, apoio às atividades de operação dos equipamentos e da sinalização,
além da manutenção corretiva e preventiva nos controladores eletromecânicos, eletro-
eletrônicos e eletrônicos. O termo contratual, Processo nº 40/4905/01, foi conhecido e
arquivado em Sessão de 03/02/03 nos termos do Voto do Relator, Conselheiro Maurício
Azedo, tendo sido aditivado pelos seguintes termos:
1) nº 075/02 (TCMRJ nº 40/6815/02), assinado em 08/11/02, tendo como objeto a
prorrogação do prazo por mais 12 meses com término previsto para 11/11/03 – conhecido e
arquivado em Sessão de 22/09/04.
2) nº 027/03 (TCMRJ nº 40/2844/03), assinado em 01/04/03, tendo como objeto o
acréscimo de quantitativo no valor de R$ 20.880,00 – conhecido e arquivado em Sessão de
22/09/04.
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Relatório de Auditoria Operacional 26
3) nº 089/03 (TCMRJ nº 40/6980/03), assinado em 10/11/03, tendo como objeto
prorrogar por mais 24 meses o prazo de vigência. A justificativa apresentada para a
prorrogação, aceita por esta Corte, foi a de que o valor a ser pago pelos serviços seria
consideravelmente menor (31%) se o contrato fosse prorrogado e corrigido pelo IPCAE,
conforme determina a Prefeitura, em vez de feita a atualização dos valores dos itens da
planilha de materiais e serviços pelo SISCOB – conhecido e arquivado em Sessão de
22/09/04.
Foram analisados os processos de pagamentos referentes aos exercícios de 2004
e 2005, com objetivo de verificar adequação dos mesmos às normas contratuais, com
referência aos valores pagos, retenção de tributos e seus devidos recolhimentos, não sendo
encontrada nenhuma divergência.
Selecionaram-se, para fins de verificação algumas notas fiscais onde constava
aquisição de controladores eletrônicos, sendo este o item de maior relevância econômica
dentre o material adquirido. De posse desses dados e acompanhado do Sr. Marcelo
Henrique da Silva Simões, fiscal do contrato, visitou-se o local de instalação dos
controladores não sendo possível a verificação da numeração patrimonial, uma vez que a
CET-RIO não utiliza plaqueta ou qualquer outro tipo de identificação nos equipamentos
urbanos instalados na rua.
Ressalta-se ainda que, embora os
controladores sejam instalados dentro de
gabinetes fechados e em local de difícil
acesso, estas precauções não impediram
o vandalismo, conforme fotos.
Foto1: Controlador violado na av. Lobo Junior
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 27
Verificou-se também a instalação recente de sinalização prevista no contrato,
conforme fotos a seguir:
Fotos 2 e 3 : Bloco repetidor da Rua Cambaúba substituído por outro devido a vandalismo.
No processo administrativo estava inserido o memorando nº 01 de 12/07/05
assinado pelo Sr. Adalberto Garcia Junior – matrícula nº 1.550.042-4 e pela Sra. Kriseida
C. P. Guedelha – matrícula nº 1.550.711-0, nomeados fiscais do contrato pela Portaria “P”
nº 086/05, de 30/06/05, onde solicitam: a) providenciar auditoria externa em todo o
processo, face às inúmeras dúvidas em relação à documentação e do ocorrido ao longo do
tempo de execução do contrato, quase quatro anos; b) a paralisação do contrato para que
se possa realizar a auditoria solicitada; c) que os casos de emergência sejam realizados,
somente com autorização da nova fiscalização e de acordo com as normas e
procedimentos a serem determinados pela Presidência da CET-RIO.
Não constava dos autos qualquer manifestação da Diretoria da CET - RIO a
respeito da solicitação feita pelos fiscais.
Esta equipe de inspeção solicitou uma listagem atualizada com a relação dos
processos de sindicância abertos no período de janeiro a outubro/05. Não se constatou
nenhum processo cujo objeto estivesse relacionado ao pleito em questão.
Indagada a respeito sobre a solicitação dos fiscais mencionados anteriormente, a
Diretora de Administração e Finanças (DAF) – Sra Deise Fuoco Ballona, forneceu
documentação onde consta:
1) Parecer da Assessoria Jurídica – onde destaca que a responsabilidade dos
fiscais, agora nomeados, não tem, nem poderia ter, qualquer relação com fatos ocorridos no
passado, antes da nomeação.
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Relatório de Auditoria Operacional 28
2) Esclarecimentos da DAF – dentre os quais destacam-se informações de que até
a presente data não foi possível definir qual o tipo de material deverá ser utilizado para
identificação dos bens instalados em vias públicas, em função da durabilidade, e que os
bens substituídos são baixados no patrimônio e a sucata fica sob a guarda da Divisão de
Manutenção Semafórica da GCT.
3) Parecer da Auditoria Geral da Controladoria Geral do Município – esclarecendo
que, pela análise dos documentos, não foi possível identificar a que se referem os fiscais
quando afirmam “inúmeras dúvidas que temos em relação à citada documentação e ao
ocorrido ao longo deste tempo, quase quatro anos, o qual não podemos nos
responsabilizar”. Entendendo que a substituição dos fiscais designados para fiscalização
dos contratos é um ato comum na Administração Pública e que deverá ser efetuada
seguindo rigorosamente os procedimentos previstos na legislação aplicável, no edital e no
contrato, e que a responsabilidade é cobrada a partir de suas designações e recairá sobre
seus atos e omissões a partir desse momento. No que se refere à solicitação de auditoria
para verificar e validar os procedimentos adotados anteriormente, a Auditoria Geral
esclarece que trabalha com planejamento anual, selecionando os objetos de suas análises
de acordo com sua metodologia de trabalho; e considerando que a Administração Pública
possui inúmeros contratos e que as substituições de fiscalização ocorrem freqüentemente,
a auditoria não deve realizar seus exames, necessariamente, no momento dessas
substituições. Entretanto, pode ensejar uma ação extraordinária o fato de ser constatado
pela fiscalização indícios de irregularidades, desde que a Auditoria Geral seja comunicada
formalmente, o que proporcionará prioridade em seu planejamento para a realização desse
trabalho.
4) Ofício nº 175/GAB – O Chefe do Gabinete/ CET-RIO – Sr. Dalny Araújo
Sucasas, face ao apontado pelos fiscais no memorando nº 01/05, solicita a inclusão desse
contrato na rotina de procedimento da Auditoria Geral.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 29
8.2. Da execução do contrato
As solicitações de serviços são destinadas aos fiscais que, após certificarem a
ocorrência, as repassam à empresa contratada, via rádio, e, posteriormente, formalizam as
mesmas, através de uma ordem de serviço. Findo cada serviço, também, via rádio, o fiscal
é avisado da realização do mesmo que posteriormente confere o seu resultado. Em
seguida, a contratada informa, via e-mail ou fax, o total de serviços realizados numa jornada
diária de trabalho para fins de atestação das devidas faturas.
A sistemática implantada não garante a segurança necessária, uma vez que a
fiscalização não terá condições de acompanhar o serviço, já que possuem outras
demandas de trabalho em suas respectivas Coordenadorias Regionais de Tráfego. Com
isso, as informações ficam nas mãos da contratada.
9. DA SINALIZAÇÃO FOCADA PARA PESSOAS
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
A Lei nº 10.098/94 estabelece normas e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. No
art.2º7, inciso I, a lei define o que é acessibilidade e ainda prevê, em seu art.9º8, que os
semáforos para pedestres deverão estar equipados com mecanismo sonoro que sirva de
guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, no caso
das vias com intenso fluxo de veículos.
7 art.2º Para os fins desta lei são estabelecidas as seguintes definições:
I- acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
8 art.9º- Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.
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Relatório de Auditoria Operacional 30
Da análise do edital de Concorrência nº 008/2003, cujo objeto é a manutenção
corretiva e preventiva dos conjuntos semafóricos, infra-estrutura e demais equipamentos
pertencentes ao Sistema de Controle de Tráfego por Área (CTA), com 10 orçamentos
discriminados por lote que varia de acordo com cada AP, não foram encontradas evidências
a respeito da previsão para o fornecimento de equipamentos de sinalização semafórica
especial voltados para atender o deficiente físico. O PPA 2002/2005 e as metas para 2005,
divulgadas na Prestação de Contas da CET-RIO para o exercício 2004, também não indica
qualquer tipo de ação neste sentido.
Segundo o último censo realizado pelo IBGE, no ano de 2000, 14,8% da população
carioca convive com algum tipo de deficiência9, isto é, 1 em cada 7 cariocas é portador de
deficiência.
O Instituto Municipal Pereira Passos realizou um trabalho publicado no Rio Estudos
nº 149, dando um retrato minucioso da realidade das pessoas com deficiência na cidade do
Rio de Janeiro objetivando subsidiar a ação gerencial das diversas instâncias da Prefeitura
com os dados necessários para favorecer a eficiência. Esse trabalho discriminou os dados
estatísticos por tipo de deficiência física. A seguir destaca-se o gráfico com a proporção de
pessoas com alguma dificuldade visual, segundo as regiões administrativas em 2000.
9 Deficiências abrangidas pelo Rio Estudos nº149: mental permanente, deficiência física, deficiência visual, deficiência auditiva
e deficiência motora.
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Fonte Rio Estudos nº 149 fls 11
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Relatório de Auditoria Operacional 32
10. DA IMPLANTAÇÃO DE PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO
Nas cidades com maior densidade demográfica, um dos problemas mais graves no
processo de urbanização reside na circulação de veículos, usualmente desordenada, e
incongruente com o número de vias terrestres, com a qualidade e largura das ruas e com a
grande quantidade de pessoas que se deslocam nos centros urbanos.
Diz o Estatuto da Cidade (Lei nº10.257/2001), em seu art.2º, VI, alínea d, que se
deve evitar “a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como
pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente”
De acordo com o Roteiro de Municipalização do Trânsito do DENATRAN, compete
ao órgão executivo a autorização das construções que vão atrair grande movimento de
pessoas, como por exemplo supermercados, shoppings, exposições, escolas e etc., os
chamados Pólos Geradores de Tráfego.
Embora na Prestação de Contas de 2004 da CET-RIO tenha sido informado que
foram analisados 419 empreendimentos caracterizados como pólos geradores de tráfego,
na prática, não se encontraram evidências de integração entre as Coordenadorias
Regionais de Tráfego (CRT), com outras áreas da prefeitura, como as Secretarias
Municipais de Habitação, de Urbanismo e de Meio Ambiente, no tocante à implementação
de novos programas efetuados pela própria Prefeitura e que possam funcionar como novos
pólos geradores de tráfego. Cita-se como exemplo a implantação de um conjunto
residencial do programa Morar Bem da Secretaria Municipal de Habitação na região de
Santa Cruz sem a devida aquiescência junto à CRT da região, que é o órgão responsável
pela fiscalização de projetos e obras contratadas pela companhia ou dos serviços
executados por terceiros que venham a interferir na circulação viária. Esta ação deveria
ocorrer ainda na fase de planejamento, permitindo que as secretarias municipais pudessem
atuar de maneira coordenada, e que as ações do governo pudessem ser articuladas com as
iniciativas não-governamentais.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 33
11. DA PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO
Segundo o Roteiro de Municipalização do Trânsito do DENATRAN, a boa
administração do trânsito é uma forma de aumentar a cidadania e aproximar a
administração municipal da população. A participação da população é o que vai fazer a
diferença cabendo ao órgão executivo de trânsito estimular as discussões, as sugestões e a
expressão de novos pontos de vista da população.O Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
estabelece que todo cidadão tem direito de solicitar ou sugerir alterações de trânsito e que
todo órgão executivo tanto municipal, estadual ou federal, deve responder no prazo mais
rápido possível.
Este canal de comunicação entre CET-RIO e população pode ser feito diretamente
através das Coordenadorias Regionais de Trânsito (CRT), pela Ouvidora do Município ou,
no caso de sinalização semafórica, através do telefone do disque-sinal :2508-5500.
Ao contrário da sinalização semafórica, qualquer pedido com relação à sinalização
gráfica, horizontal ou vertical, deverá ser encaminhada primeiramente para a Ouvidoria e,
posteriormente, encaminhada para a Companhia que, por sua vez, encaminhará à
respectiva Coordenadoria Regional de Tráfego para ser analisado e atendido.
Através da iniciativa promovida pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, foi
realizado, no mês de setembro de 2005, o 1º Fórum Municipal de Trânsito, com objetivo de
buscar parceria do cidadão com técnicos e administradores para discussão das questões
do trânsito. O evento foi realizado em três locais e datas distintas e os seguintes tópicos
foram abordados:
• Apresentação do trabalho realizado pela CET-RIO e suas dificuldades;
• Educação no trânsito;
• Apresentação dos recursos e relatórios da ferramenta Caviar;
• Divulgação dos canais de informações e solicitações tais como Ouvidoria, e-
mail etc;
• Entrega de questionário aos participantes para coleta de sugestões.
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Relatório de Auditoria Operacional 34
12. PATRIMÔNIO
Conforme Decreto ‘N’ nº 18.360 de 30 de dezembro de 1999, são funções da
Divisão de Patrimônio da CET-RIO, entre outras, elaborar inventário de equipamentos,
materiais permanentes e materiais comuns e manter o sistema de classificação de material
da companhia, através de identificação, codificação e catalogação dos itens em estoque.
Com relação à sinalização, detectaram-se dificuldades de execução dessas atividades,
devido principalmente, a grande ocorrência de furto, vandalismo e ausência de um sistema
confiável de inventário do material instalado.
12.1. Inventário dos semáforos
O inventário dos semáforos é feito basicamente por local instalado, ou seja, a
substituição de um semáforo em determinado ponto não resulta em baixa e/ou acréscimo
de patrimônio. Apesar das colunas receberem um número de identificação, ainda não foi
encontrada uma solução para os blocos semafóricos, pois as etiquetas perdem as
características adesivas com o passar do tempo devido às características do material
utilizado e o qual não pode receber rebites devido à infiltração que pode comprometer o
equipamento. Outro ponto importante a se ressaltar é que, devido a dificuldades
orçamentárias, os equipamentos não são adquiridos em lote o que impossibilita a entrega
dos mesmos por parte do fornecedor já com identificação de patrimônio.
A falta de identificação dos blocos semafóricos facilita a incidência de furto, pois
permite a reutilização dos mesmos em outro local sem indícios da irregularidade.
A ausência de um efetivo controle patrimonial, em muito reduz a segurança da
fiscalização, na execução de contratos de sinalização. Os diversos postes, com ou sem
braços projetados, os blocos semafóricos e os controladores de tráfego não possuem
número de patrimônio que venha possibilitar qualquer tipo de controle. No caso dos
controladores de tráfego, o mais caro destes materiais, cerca de R$ 5.000,00 por unidade,
existe a hipótese de ser substituído por um novo e de ser trocado alguns de seus
componentes, tornando-o apto a ser reutilizado. Entretanto, não se encontraram evidências
de como se processa esta devolução nem como se verifica o reparo efetuado.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 35
Em alguns casos pode ocorrer o reaproveitamento de peças de semáforos
danificados, montadas para formação de uma unidade perfeita. Entretanto não existe uma
rotina de controle efetivo destes materiais reaproveitados; mais uma falha no controle
patrimonial. Da mesma forma, não existe controle da destinação do material sucateado
recolhido pelas empresas contratadas.
Atualmente não existe um almoxarifado em boas condições de segurança,
organização, com registros de entrada e saída que inspire a confiabilidade indispensável
para execução de um controle eficaz, conforme fotos a seguir.
Fotos 4 e 5: almoxarifado no CMS.
O valor dos bens inventariados, segundo último levantamento efetuado pela
Divisão de Patrimônio, foi de R$ 7.789.275,78, incluindo os materiais instalados em campo.
Pelo controle atualmente executado, não é possível identificar as baixas
ocasionadas por vandalismo, furto e depreciação.
12.2. Inventário de placas de sinalização
As placas de sinalização não são inventariadas. Não existe identificação de
patrimônio nas mesmas. Com relação aos postes, somente os de fixação de maior
dimensão recebem codificação e são inventariados (tipos G1 e G2) possibilitando controle.
O índice de furto e vandalismo e de deteriorização deste material, segundo
informações prestadas pelos Coordenadores, é muito alto, e a ausência de um inventário
bem feito inviabiliza a estimativa precisa dos valores gastos com as reposições.
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Relatório de Auditoria Operacional 36
A existência de um Centro de Manutenção de Sinalização (CMS), localizado em
São Cristóvão, que executa fabricação e reparo de placas de sinalização, minimiza custos
com a deteriorização do patrimônio.
Não foi detectado um planejamento conciso, com cronograma, objetivos, metas e
parcerias, objetivando o desenvolvimento de novos materiais para confecção de placas de
sinalização vertical, com menor atrativo comercial, objetivando minimizar a incidência de
furto. Está em fase de teste a utilização de placas de material reciclável do tipo PET. A
princípio, a vida útil da mesma é menor, entretanto, considerando a redução do índice de
furto, a sua durabilidade seria maior.
Com relação ao vandalismo, não foi detectada uma política contínua de
conscientização junto à população.
Fotos 5 e 6: Vandalismo de bloco-repetidor e furto de bloco semafórico principal.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 37
13. RECURSOS FINANCEIROS DO PROGRAMA
13.1. Introdução
A CET-RIO iniciou o ano de 2005 com um orçamento inicial de R$ 54.871.700,00.
A seguir é demonstrada a distribuição do orçamento atualizado até novembro/2005,
comparativamente ao ano de 2004, pelos programas executados.
Em R$
Programas 2004 2005 (até 11/05)
Operação e Fiscalização de Trânsito (0074) 2.244.695,28 4.821.180,00
Sinalização Rio (0077) 13.113.139,83 25.786.700,00
Educação e Segurança para o Trânsito (0075) 50.120,00 41.480,00
Fonte: Relatórios extraídos do FINCON
Considerando-se apenas o Programa Sinalização Rio, a execução apresentava-se
da seguinte forma até novembro/2005:
Recursos destinados ao programa Sinalização RIO
0,00
5.000.000,00
10.000.000,00
15.000.000,00
20.000.000,00
25.000.000,00
30.000.000,00
Orçamento Previsto (R$) 20.197.483,64 19.974.855,33 17.314.504,00 25.786.700,00
Orçamento Executado (R$) 17.724.223,55 19.491.499,26 13.113.139,83 19.665.838
2002 2003 2004 2005 (até nov.)
Observa-se que, ao longo dos anos há sempre diferença entre a dotação
inicialmente prevista e a executada. Em 2004, esta foi de R$ 4.201.364,00 o que
corresponde a uma redução de 24,26%. Já em 2005, apesar do aumento na dotação
inicialmente prevista esta diferença foi da ordem de R$ 6.120.862,00, ou seja, 23,74%.
Segundo informações da Assessoria de Orçamento isto se deve a contenções
orçamentárias.
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Relatório de Auditoria Operacional 38
Os dados apresentados, todavia, não refletem todos os desembolsos efetuados
com o programa de sinalização Rio, uma vez que nos contratos de sinalização gráfica
horizontal e vertical celebrados pela CET-RIO houve um investimento, a partir de 2003, por
parte da Secretaria Municipal de Transportes – SMTR, da ordem de R$ 4,5 milhões, que
correspondeu a investimentos na implantação de sinalização gráfica horizontal e vertical na
cidade do Rio de Janeiro.
13.2. Da Parceria com o Ministério das Cidades
O Ministério das Cidades instituiu a Secretaria Nacional de Transporte e da
Mobilidade Urbana – SEMOB com a finalidade de formular e implementar a política de
mobilidade urbana sustentável, entendida como a reunião das políticas de transporte e de
circulação, e integrada com a política de desenvolvimento urbano, com a finalidade de
proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizando os modos de
transporte coletivo e os não-motorizados, de forma segura, socialmente inclusiva e
sustentável.
A atuação da SEMOB encontra-se centrada em três eixos estratégicos que
agrupam as questões a serem enfrentadas, quais sejam:
• Promover a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos
serviços públicos de transporte coletivo e do aumento da mobilidade urbana;
• Promover o aperfeiçoamento institucional, regulatório e da gestão no setor;
• Coordenar ações para a integração das políticas da mobilidade e destas com as
demais políticas de desenvolvimento urbano e de proteção ao meio ambiente.
No âmbito do Ministério das Cidades, no que tange ao transporte e mobilidade, a
Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana – SEMOB - é responsável por
diversas ações que compõem o Programa Mobilidade Urbana descrito a seguir.
O Programa Mobilidade Urbana é um dos programas do Ministério com o qual
pretende-se promover a articulação das políticas de transporte, trânsito e acessibilidade, a
fim de proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço de forma segura, socialmente
inclusiva e sustentável.
Para tanto, prioriza a implementação de sistemas de transportes coletivos , dos
meios não motorizados (pedestres e ciclistas), da integração entre as diversas modalidades
de transportes, bem como a implementação do conceito de acessibilidade universal para
garantir a mobilidade de idosos, pessoas com deficiência ou restrição de mobilidade.
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Auditoria no Programa Sinalização Rio 39
Ao valorizar o direito à circulação para todos os cidadãos, bem como a redução dos
efeitos negativos produzidos nos grandes centros urbanos – poluição, congestionamentos e
acidentes - , busca-se melhorar a qualidade de vida em nossas cidades.
Dentro deste programa, existe a ação “Apoio a projetos de acessibilidade para
pessoas com restrição mobilidade e deficiência” cuja finalidade é prestar apoio a projetos
que promovam a acessibilidade às pessoas com restrição de mobilidade e pessoas com
deficiência física ou sensorial, através da implantação de infra-estrutura que garanta sua
circulação pela cidade pela integração entre os sistemas coletivos e não-motorizados com
conforto e segurança.
Essa ação atua segundo os princípios da Acessibilidade Universal que trata da
implantação de intervenções que contribuam para a melhoria da acessibilidade para
pessoas com restrição de mobilidade e deficiência, tais como rampas, sinalização horizontal
(piso tátil), vertical (sinalização em braile), sinalização com sonorização e remoções de
barreiras arquitetônicas em geral. Neste sentido, caberia uma parceria entre o Município do
Rio de Janeiro e o Ministério das Cidades a fim de aumentar a inclusão social dentro da
cidade.
O município que desejar obter recursos da esfera Federal poderá integrar esta
ação do Orçamento da União apresentando um projeto envolvendo a acessibilidade
universal segundo os parâmetros previstos num roteiro que se encontra disponível no site
<http:// www.cidades.gov.br>. Nesta página, encontra-se o roteiro, bem como os requisitos
necessários para participar do programa.
14. Análise STAKEHOLDER e Análise SWOT
Na análise de Stakeholders, classificaram-se nove categorias para os stakeholders
externos e oito categorias para os stakeholders internos. Colocando-se os stakeholders
tabelados anteriormente em uma matriz de posicionamento, combinando a importância e a
influência relativas dos mesmos, obteve-se uma maneira conveniente de visualizar as
respectivas posições relativas.
A análise Swot foi empregada como uma técnica facilitadora da identificação dos
problemas que podem afetar o Programa, separando seu ambiente interno do externo em
pontos que identificam as Forças e Fraquezas, Oportunidades e Ameaças do Programa.
Ambas as ferramentas encontram-se discriminadas em anexo.
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Relatório de Auditoria Operacional 40
15. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA
Entende-se por monitoramento de um projeto ou de um programa o
acompanhamento físico, financeiro e analítico das atividades ou ações executadas; dos
produtos, resultados e impactos gerados; do processo de sua execução; do contexto em
que ele se realizou; ou de qualquer outra dimensão que se queira acompanhar. Uma
característica básica da prática de monitoramento é que a mesma se refere a um processo
em andamento: somente se monitora algo que está acontecendo. (WWF / USAI, 2000).
O monitoramento envolve a coleta de informações sobre insumos, produtos,
atividades e circunstâncias que são críticas e relevantes para a efetiva implementação do
programa ou projeto.
Foi constatado que o programa não dispõe de um monitoramento completo,
apresentando algumas deficiências que serão abordadas ao longo deste item.
Após a etapa de monitoramento, é possível a realização da avaliação das ações e
de seus resultados. A avaliação é um exercício que efetua juízos sobre o valor ou mérito do
projeto, considerando a relevância dos objetivos e estratégias, a eficácia no alcance dos
objetivos e metas esperadas, a eficiência no uso dos recursos, o impacto e a
sustentabilidade da intervenção.
O monitoramento e a avaliação, bem como o planejamento, constituem
instrumentos de gestão e sua adoção está intimamente ligada aos propósitos de
desenvolvimento e sustentabilidade organizacionais.
Para o delineamento de um sistema de monitoramento e avaliação adequados, é
importante o cumprimento de algumas etapas, como:
a. Objetivos do programa
Consta como objetivo geral do programa 077 – Sinalização Rio, sinalizar para o
trânsito as vias da cidade do Rio de Janeiro.
O objetivo geral ou impacto esperado deve estar relacionado aos resultados de
longo prazo, ou aos impactos que o projeto/programa pretende gerar ou contribuir para o
seu alcance. É a condição ideal para a qual o projeto pretende contribuir. Por isso, o
objetivo geral encontra-se carente de uma estipulação de resultados de longo prazo que
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 41
seja mais adequada ao programa. A ausência de um marco inviabiliza avaliar se o objetivo
geral deste programa está sendo cumprido ou não.
O objetivo específico definido para o Programa está discriminado abaixo segundo o
tipo de ação prevista no Plano Plurianual 2002/2005.
Nº Ação Objetivo Específico
0208 Sinalização de Trânsito Implantar, modernizar e manter a sinalização nas
vias da cidade
3047 Implantação de sinalização semafórica e de
sistemas auxiliares de controle de tráfego
Implantar a sinalização nas vias da cidade
4068 Manutenção de Sinalização Gráfica Modernizar e manter a sinalização nas vias da
cidade
4069 Implantação de sinalização semafórica e de
sistemas auxiliares de controle de tráfego
Implantar a sinalização nas vias da cidade
4535 Manutenção dos CTAs Implantar, modernizar e manter o controle de
tráfego por Área - CTAs nas vias da cidade
Fonte: PPA 2002/2005
O objetivo específico deve representar os efeitos desejados e diretamente
decorrentes das atividades ou ações desenvolvidas no âmbito do programa. É o resultado
que o programa pretende alcançar. Dentro desse enfoque, o objetivo específico do
programa encontra-se carente de uma maior especificidade, isto é, uma maior riqueza de
detalhes.
b. Metas do programa
Até o ano de 2002, não existia nenhum tipo de meta estipulada pela Companhia. A
partir de 2003, foram estipuladas metas físicas e orçamentárias para cada ação do
programa e seus respectivos produtos.
As Coordenadorias Regionais de Trânsito (CRT) são as responsáveis pelo
acompanhamento da execução e informam mensalmente à Assessoria de Orçamento
(AOR) as quantidades executadas da meta de cada ação. Através das entrevistas
efetuadas por esta equipe com os coordenadores, não se evidenciou a metodologia
adotada para a previsão das metas estipuladas.
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Relatório de Auditoria Operacional 42
De posse desses dados, a Assessoria de Orçamento faz uma planilha condensada
que integra o Anexo I – “Desempenho das Ações previstas no PPA” da Prestação de
Contas, cujos principais dados encontram-se relacionados a seguir.
2003
Ação nº
Descrição Meta física
prevista
Meta física alcançada
Orçamento previsto(R$)
Orçamento realizado(R$)
0426 Sinalização gráfica horizontal
implantada e mantida
40.000 m² 59.027 m² 3.293.921 2.702.909
0427 Sinalização gráfica vertical
implantada e mantida
8.580 un 9.228 un 2.523.866 1.454.741
0428 Sinalização Semafórica nas
Interseções Implantadas
64 un 90 un 4.024.141 3.829.577
2004
Ação nº
Descrição Meta física
prevista
Meta física
alcançada
Orçamento previsto(R$)
Orçamento realizado(R$)
0426 Sinalização gráfica horizontal
implantada e mantida
40.000 m² 45.741 m² 2.445.652,43 1.285.612,90
0427 Sinalização gráfica vertical
implantada e mantida
8.400 um 11.964 un 1.967.087,57 1.387.836,22
0428 Sinalização Semafórica nas
Interseções Implantadas
50 un 0 un 1.106.320,00 0,00
1060 Sinalização gráfica horizontal
implantada
2500 km 0 un 0,00 0,00
1061 Sinalização gráfica vertical
implantada
300 un 81 un 150.780,00 0,00
A justificativa para a distorção, porventura existente, entre as metas físicas
previstas e as metas alcançadas decorre de restrições orçamentárias. Com relação às
ações de nº 0428 e nº 1060, a sua não-realização se deu pelo fato de a dotação
orçamentária que daria cobertura à realização das metas físicas ter sido aprovada no
programa de trabalho da Secretaria Municipal de Transportes - SMTR.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 43
As metas físicas carecem de certo grau de valoração, ou seja, a Companhia pode
estipular como meta a confecção de 80 placas num ano sem determinar a dimensão dessas
placas e confeccionar com o mesmo recurso 120 placas de dimensões menores. Com isso,
embora, num primeiro momento, possa parecer que a Companhia apresentou uma maior
eficiência uma vez que produziu mais com os mesmos recursos, na prática não se
consegue evidenciar se tais placas, efetivamente, atenderam melhor aos objetivos do
programa.
A Meta é uma definição precisa dos objetivos específicos de um projeto/programa e
constitui uma forma de descrever os resultados esperados a partir das intervenções,
realizadas por um projeto ou programa. Na medida do possível, as metas devem
quantificar e/ou qualificar as situações esperadas e estabelecer prazos para sua realização.
Quanto melhor descrita e dimensionada estiver uma meta, mais fácil será definir os
indicadores que irão evidenciar o seu alcance. É uma explicitação detalhada dos resultados
esperados, a partir das ações que serão realizadas pelo projeto.
Muito embora já exista uma estipulação de metas para o programa, as mesmas
ainda se apresentam de forma inconsistente com relação ao Plano Plurianual, isto é, as
ações de uma maneira geral não discriminam o quanto já foi alcançado por esta em relação
ao definido, o que torna pouco claro se as metas pretendidas estão sendo alcançadas ou
não.
Além disto, para a gestão pública, é necessário que os objetivos e as metas
estejam diretamente ligados ao benefício gerado para a comunidade. A simples
quantificação das implantações executadas não pode servir como parâmetro de resultado à
população. São exemplos de utilização de objetivos e metas que traduzam melhorias de
qualidade de vida do cidadão a redução de acidentes e de congestionamentos.
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Relatório de Auditoria Operacional 44
c. Indicadores
De acordo com a publicação “Técnicas de Auditoria” do Tribunal de Contas da
União - TCU, é com base nos indicadores que se podem aferir os resultados alcançados
pelos administradores e, ainda, possibilitam a avaliação qualitativa e quantitativa do
desempenho global da instituição, por meio da avaliação de seus principais programas e/ou
departamentos.
O estabelecimento de indicadores para monitorar a implementação de um
programa ou projeto, fornecendo uma base para posterior avaliação dos resultados, é
essencial. Um indicador é uma medida utilizada para mostrar as mudanças numa condição
ou situação específica, num determinado período de tempo. Permite verificar o grau de
alcance ou progresso do programa ou projeto.
Atualmente a Gerência de Informações Técnicas (GIT) está trabalhando num
modelo de indicadores para avaliação da qualidade da sinalização. Basicamente, foi criado
um critério de avaliação que atribui, num período pré-fixado, notas em diversos quesitos
relevantes. Este modelo matemático está atualmente pronto, entretanto, necessitando ter
os seus parâmetros examinados em minúcias e o peso dos mesmos definidos para que
resulte em uma nota. Uma Comissão formada por integrantes do grupo de trabalho de
sinalização foi designada para definição destes parâmetros que levaram em conta
resumidamente:
a. manutenção (grau de desgaste);
b. visibilidade (grau de obstrução, refletividade);
c. eficiência (índice de acidentes);
d. qualidade (fabricação); e
e. destaque (grau de visibilidade comparado aos outros elementos da paisagem).
Após sua conclusão, o modelo será alimentado com valores estipulados por fiscais
em vistoria de campo e, através dos pesos, a nota final será calculada. Esta atividade será
realizada periodicamente possibilitando a comparação com as metas desejadas e
construção de uma série histórica. Com isso, as metas, que hoje são estipuladas
considerando fatores quantitativos de material instalado e mão-de-obra despendida,
poderão ser mensuradas de forma qualitativa.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 45
Esta experiência encontra-se em estágio de desenvolvimento e necessitará de um
período de ajuste até que os dados possam refletir efetivamente a qualidade da sinalização.
Aperfeiçoamento que não será restrito ao escritório, mas principalmente ao trabalho de
campo incluindo treinamento da equipe de avaliadores.
Os dados poderão ser posteriormente cruzados com os índices de acidentes para
se analisar não somente a qualidade da sinalização, mas também se a solução implantada
é a melhor para o local em termos de engenharia de trânsito.
Embora a Gerência de Informações Técnicas (GIT) venha desenvolvendo tais
indicadores técnicos não se encontrou nenhuma evidência sobre a elaboração de
indicadores de desempenho ligados à sinalização gráfica, horizontal e vertical.
Devido à escassez de publicações e estudos a respeito do tema em análise,
disponível na literatura acadêmica, esta equipe não conseguiu contribuir com a sugestão de
indicadores capazes de instrumentalizar o gestor na avaliação de eficácia, eficiência e
efetividade dos projetos implementados.
15.1. Avaliação da Eficácia
A eficácia é a qualidade daquilo que produz o resultado esperado, ou seja,
corresponde à consecução dos resultados econômicos e sociais, ou seja, é chegar à
solução do problema. Uma ação é considerada eficaz quando atinge os objetivos
propostos, sejam eles materiais ou não. Portanto, a eficácia é medida pela relação entre os
resultados efetivamente alcançados e os pretendidos, como demonstra a fórmula seguinte.
Resultados alcançados Eficácia =
Resultados pretendidos
De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2005 (Lei nº 3.819/04), o
programa 077– Sinalização Rio, previu as ações a seguir destacadas.
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Relatório de Auditoria Operacional 46
Ação Objetivo Específico Total
Implantação de Sinalização
Semafórica na Cidade
Implantação de semáforos nos seguintes logradouros: em frente ao nº
847, na estrada da Gávea, em São Conrado, Av. Dom Helder Câmara,nº
4045- Del Castilho- Rua Mar Grande, próximo ao
nº 10, na Cidade Alta, Cordovil- Rua Ana Teles, esquina com travessa
Pinto Teles, em Campinho
4
Implantação de Redutores
de Velocidade na Zona
Oeste
Implantar redutores de velocidade na zona oeste, especialmente na rua
Campo Alegre
4
Implantação de Sinal
Luminoso na AP.5
Implantar sinal luminoso na estrada da posse em Campo Grande 25
Fonte: Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2005.
Com relação à implantação de sinalização semafórica, não foram detectadas
evidências de sua realização. Segundo a Gerência de Controle de Tráfego - GCT, a falta
de recursos orçamentários impediu a execução das ações previstas na LDO/2005. Uma vez
que nenhuma das ações previstas na LDO foram implantadas, aplicando a fórmula de
eficácia, obtém-se o índice zero de eficácia.
Ressalta-se que estas metas, mesmo se realizadas, não deveriam traduzir eficácia
de gestão pública, pois as mesmas, por si só, não refletem ganhos sociais.
15.2. Avaliação da Eficiência
A eficiência encontra-se diretamente relacionada com a utilização racional dos
recursos. O incremento na eficiência representa proporcionalmente um aumento na
produtividade, pois uma ação eficiente torna melhor aquilo que já era feito. A eficiência
corresponde à relação entre resultados alcançados e recursos consumidos. Isso quer dizer
que a eficiência será atingida se, com os mesmos recursos (humanos, materiais, espaço,
tempo, etc.) consumidos, conseguem-se mais resultados, ou se consegue o resultado
esperado com um consumo menor de recursos.
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 47
O programa observado encontra-se carente de um controle dos custos na
implantação de um projeto de sinalização. Por conseguinte, a comparação dos resultados
alcançados e recursos consumidos ficar prejudicada, impedindo a medição do grau de
eficiência que as ações ligadas à implantação, modernização e manutenção de sinalização
nas vias da cidade alcançaram. Ademais, dada a particularidade com que cada projeto de
sinalização é tratado dentro de cada coordenadoria regional de tráfego, ficou difícil obter a
sua customização no presente momento.
16. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Toda a legislação aplicada, bem como a bibliografia utilizada neste trabalho
encontra-se em anexo.
17. CONCLUSÃO
Diante do exposto e visando contribuir para a melhoria do desempenho do
Programa Sinalização Rio, resguardada a discricionariedade da Jurisdicionada, a seguir são
apresentadas Recomendações e Oportunidades de Melhoria, bem como solicitados
Esclarecimentos/Justificativas.
17.1. Recomendações à CET- RIO
I. Que as metas físicas passem a traduzir eficácia da gestão pública em termos de
retorno ao cidadão de forma a desenvolver ferramentas de controle e avaliação das
ações, bem como seja dada a devida transparência no tocante à metodologia adotada
para a previsão das metas estipuladas ( subitem 15.b).
A análise ou avaliação das ações visa estabelecer se as intervenções
governamentais produzem os efeitos propostos, e para tanto, são necessários um
planejamento prévio e o estabelecimento de metas a serem alcançadas.
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Relatório de Auditoria Operacional 48
II. Que desenvolva indicadores de desempenho, ligados à Sinalização Gráfica, horizontal
e vertical objetivando instrumentalizar o gestor na avaliação da eficácia, eficiência e
efetividade dos projetos implementados, permitindo, inclusive, correções mais rápidas
e precisas, durante a fase de implementação (subitem 15.c).
III. Que seja reformulado o objetivo geral do programa a fim de que o mesmo passe a
estar relacionado aos resultados de longo prazo, ou aos impactos que o
projeto/programa pretende gerar ou contribuir para seu alcance (subitem 15.a).
IV. Que seja reformulado os objetivos específicos do programa a fim de adequá-los com
os efeitos desejados e diretamente decorrentes das atividades ou ações desenvolvidas
no âmbito do programa (subitem 15.a).
V. Implantar um sistema de Monitoramento das ações/projetos implementados no
Programa de Sinalização Rio ( item 15 ).
O monitoramento vem a se constituir num instrumento de interação entre o
planejamento e a execução, possibilitando a correção de desvios e a retroalimentação
permanente de todo o processo de planejamento, pela experiência vivenciada com a
execução.
Foi verificado que a CET-RIO não possui um sistema de monitoramento e
avaliação adequado.
VI. Que seja estudada a possibilidade de se desenvolver um sistema capaz de controlar
os custos na implantação de um projeto de sinalização a fim de possibilitar a
comparação entre os resultados alcançados e os recursos consumidos
(subitem 15.2).
VII. Que se institucionalize um registro consolidado sobre as placas e demais
equipamentos de sinalização existentes em cada logradouro sob vinculação das
coordenadorias.(subitem 12.2)
VIII. Que sejam programadas vistorias nas áreas de ação e elaborados relatórios
específicos que deverão registrar também o desaparecimento de placas e outros
equipamentos de sinalização (subitem 12.2).
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Auditoria no Programa Sinalização Rio 49
IX. Que se verifique a possibilidade de utilização de placas confeccionadas com material
de menor valor comercial (tipo pet, etc.), objetivando reduzir as despesas com este tipo
de serviço e evitar que as ruas fiquem sem a sinalização adequada devido a furtos.
( subitem 12.2)
X. Que se verifique a possibilidade de se uniformizarem os procedimentos que devem ser
observados em relação aos controles da execução dos serviços de sinalização gráfica,
visando aperfeiçoar as informações indispensáveis para o planejamento, execução e
controle das atividades desenvolvidas, a racionalização dos serviços, a sua
customização, o aperfeiçoamento do sistema, bem como a avaliação quanto à
prestação de serviços pelo contratado.(subitem 6.2)
XI. Que nos próximos certames objetivando a contratação de serviços de sinalização
semafórica haja previsão de equipamentos sonoros ou afins, objetivando atender o
disposto no art. 9º da lei nº 10.098/94. (item 9)
XII. Que seja treinada uma nova equipe para operar os simuladores de tráfego.
(subitem 5.5)
17.2. Oportunidades de Melhoria
A constatação de alguns pontos de deficiência na política de planejamento,
implantação e execução do programa Sinalização Rio neste Município enseja
oportunidades de melhoria a serem implementadas:
I. Que se viabilize a ampliação dos serviços de Boletim de Trânsito para as demais áreas
do CTA (Campo Grande, Santa Cruz, etc.) conforme mencionado no subitem 4.2;
II. Que se viabilize a ampliação das câmeras de TV para os demais módulos do CTA
( subitem 4.2);
Convênios
III. Que seja estudada a possibilidade de se efetuar convênio com as seguintes
entidades: Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros (subitem 4.3)
A atuação da Guarda Municipal nas operações de trânsito já é uma realidade na
cidade do Rio de Janeiro. Portanto, seria de grande valia firmar um convênio em que a
Guarda coopere com a CET- RIO na coleta de informações a respeito do estado de
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Relatório de Auditoria Operacional 50
conservação dos equipamentos de sinalização instalados nos diversos logradouros em
que aquela atue. Estes dados poderão ser fornecidos através de um relatório técnico
desenvolvido pelo corpo técnico da companhia. Isto permitiria um cadastro de dados
sobre as condições da sinalização implantada e mantida pela
CET-RIO, bem como ampliaria o poder de fiscalização da companhia sobre as
empresas terceirizadas que prestam tais serviços.
Por outro lado, a celebração de convênio junto ao Corpo de Bombeiros permitiria
uma continuidade no cadastro de informações a respeito dos acidentes de trânsito, o
que permitiria, à companhia, possuir uma série histórica dos acidentes de trânsito
ocorridos na cidade possibilitando, ainda, desenvolver uma série histórica sobre o
indicador de acidentes de trânsito ocorridos por mês.
IV. Que se viabilize uma conexão entre as diversas coordenadorias e o sistema CAVIAR
de forma que as mesmas possam acessar os dados atualizados a qualquer
instante(subitem 5.2);
Recursos humanos
V. Que se invista na especialização do quadro técnico da CET-RIO, bem como em sua
capacitação e atualização (subitem 5.6);
VI. Que se estude a viabilidade de intercâmbio técnico objetivando buscar novas
tecnologias e filosofias para a solução de problemas do trânsito (subitem 5.6);
VII. Que se viabilize uma forma de utilização dos softwares de controle desenvolvidos pela
AP 5.2 (Campo Grande) nas demais controladorias objetivando uniformizar os
procedimentos (subitem 6.2);
VIII. Que seja estudada a possibilidade de se promoverem estudos visando a uma maior
integração entre as Coordenadorias Regionais de Tráfego com as outras áreas da
Prefeitura, no tocante à implementação de novos programas efetuados pela Prefeitura
e que possam funcionar como novos pólos geradores de tráfego ( item 10 );
IX. Que sejam executados de ensaios em fábrica para se encontrar uma solução para a
identificação dos materiais, comprar equipamentos em lote e um almoxarifado em boas
condições físicas e operacionais são pontos fundamentais para melhorar o controle e
minimizar perdas de patrimônio (subitem 12.1);
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Auditoria no Programa Sinalização Rio 51
Conscientização da importância da Sinalização
X. Que se invistam maiores recursos em Campanhas de Preservação dos Equipamentos
Urbanos de Sinalização (subitem 12.2 );
Após a implantação da sinalização, é desejável que o poder público mantenha a
população mobilizada através de campanhas de sensibilização e de educação do
trânsito. Além disso, poderá ser disponibilizado na página da companhia um canal
direto de comunicação de denúncia de ações de furto /vandalismo no qual o cidadão
poderá efetuar a sua denúncia sem correr o risco de se expor.
Como exemplo de boas práticas a serem seguidas, pode-se citar o trabalho
desenvolvido pela operadora de telefonia fixa TELEMAR no sentido de minimizar as
ocorrências de vandalismo em orelhões. O projeto inclui a conscientização da
população da importância dos equipamentos através de campanhas de mídia,
panfletos e cartões telefônicos. Além disso, possui canais de denúncia através de
telefone e internet. Neste último, a pessoa pode formalizar a denúncia enviando um
correio eletrônico através do site < http://www.telemar.com.br/>.
A equipe de inspeção visitou a empresa TELEMAR e em contato com o gerente
responsável, Sr. Wilson Bôtto, informou que este tipo de campanha produziu
resultados significativos na redução dos vandalismos.
XI. Que se busquem parcerias com o Ministério das Cidades através da SEMOB (subitem
13.2).
17.3. Esclarecimentos e Justificativas junto à CET- RIO
I. Que se informe se existem planos de integrar todos os módulos do município ao CTA,
de forma a executar operações remotamente (subitem 4.1);
II. Que se informe qual a situação da licitação para os novos contratos de
implantação/manutenção e se nos mesmos serão contempladas infra-estrutura de
apoio às Coordenadorias Regionais (subitem 4.3);
III. Que se informe se existe confirmação da criação de um novo CTA na Barra de forma a
desafogar o sistema atualmente instalado (subitem 4.5);
IV. Que se justifique a ausência de continuidade das medições e esclarecer as ações que
estão sendo tomadas no sentido de evitá-la (subitem 6.1);
SCE / 6ª Inspetoria Geral de Controle Externo
Relatório de Auditoria Operacional 52
V. Que se informe qual é o tempo médio entre o recebimento das solicitações de
sinalização via Ouvidoria e o seu pronto atendimento pela respectiva Coordenadoria
Regional de Tráfego e se o mesmo é considerado adequado por parte da Companhia
(item 11).
17.4. Proposta de Encaminhamento
Por fim, submetendo o presente relatório à consideração superior, sugerimos o
encaminhamento de cópias do presente:
a) à Secretaria Municipal de Transportes- SMTR;
b) à Companhia de Engenharia de Tráfego- CET-RIO;
c) à Comissão Permanente de Transportes e Trânsito da Câmara Municipal.
Espera-se que a implementação das recomendações e oportunidades de melhoria,
formuladas por esta Inspetoria em decorrência de auditoria realizada, possa contribuir para
uma utilização mais efetiva dos recursos disponibilizados.
6ª IGE, em 16 de fevereiro de 2006.
Alexandre Tenório de Albuquerque
Técnico de Controle Externo
Matrícula: 40/901.237
Marcos Henrique Coutinho
Auxiliar de Controle Externo
Matrícula: 40/900.364
Flávio Tinoco Anache
Técnico de Controle Externo
Matrícula: 40/901.364