saúde - 22 de junho de 2014

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Corpo mostra quando não está bem Saúde e bem-estar F4 DIVULGAÇÃO T erceira idade é melhor com atenção e afeto O bom relacionamento e o cuidado dos familiares com o idoso só trazem benefícios e ajudam a evitar doenças O provérbio mente sã, corpo são traz consigo a mensa- gem de que quan- do a mente está saudável, o corpo também estará. Essa máxima é válida em todas as fases da vida, mas existe uma em que essa expressão requer apoio especial da família: a terceira idade. Nesta etapa, a presença dos familiares torna-se ainda mais importante e necessá- ria, em que é preciso manter o idoso ativo e saudável proporcionando bem-estar para ele e para todos os que estão ao seu lado. Terceira idade é uma fase em que isolamentos não são aconselháveis e a companhia da família é indispensável. “A transi- ção do estado adulto para a velhice é um processo que provoca grandes alte- rações na autoestima e au- toimagem destas pessoas. Os principais problemas no idoso consistem no iso- lamento social e em senti- mentos de solidão”, aler- tou Aline Lopes, psicóloga da Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (ASBP). Quando se sente ama- do e protegido o idoso se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive, interagindo e par- ticipando das atividades do dia a dia. Além disso, quando considerado uma referência de conhecimen- to e experiências, princi- palmente no contato com as gerações mais novas, a família demonstra seu respeito e admiração. “Ser um avô participante, no seio da família, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um impor- tante laço estruturante na educação dos mais novos”, afirmou Aline. Esse é o caso do aposen- tado Elias José Nascimento. Aos 79 anos, continua a exercitar sua “autoridade” no centro da família. “Tudo o que fazemos passa pelo crivo dele. Conversamos com ele, pedimos a opinião – ele sempre foi muito rea- lista e sempre disse o que achava ser melhor para nós, e quase sempre estava cer- to. Ele virou uma espécie de oráculo”, ri o administrador José Elias Oliveira. “Eu gosto de ter sempre meus filhos e netos ao meu redor. Jogo xadrez com os meus netos e sempre falei o que penso. Tem gente que acha que só porque está velho tem que ficar deitado, sem fazer nada. Acho que tem mais é que continuar vivendo, não pode desistir”, declarou seu Elias. Sem parar As atividades que exerci- tam a mente e o físico do idoso os ajudam a ter uma velhice mais saudável e um convívio mais fortalecido com sua família. É impor- tante que seus familiares o incentive a participar de grupos, cursos e aulas em que possa conviver com outros idosos. No entan- to, quando a pessoa chega a terceira idade e requer cuidados mais especiais, mas todos os familiares ao redor têm seu dia a dia de trabalho, não poden- do dispensar tempo diário ao parente, a solução, de acordo com vários espe- cialistas, são os espaços adequados para idosos. Em Manaus, o Parque Municipal do Idoso (Viei- ralves) é um espaço onde são desenvolvidas ativi- dades físicas, laborativas, recretativas, culturais, as- sociativas e de educação para a cidadania, com o ob- jetivo de melhorar a quali- dade de vida da população idosa da cidade. Homens e mulheres a partir dos 60 anos podem usufruir dos benefícios do local. A aposentada Maria Emí- lia Silveira, 64, não dispen- sa a dança. “Adoro dançar, me movimentar. Me sinto mais viva e mais satisfeita com tudo”, conta a ex-pro- fessora, revelando que os ritmos caribenhos são os seus favoritos. “Era o que eu e meu marido gostávamos de dançar, principalmente quando viajávamos, então sempre que tenho oportu- nidade, relembro nossos tempos de juventude com esses ritmos”. Outro fator importante é preservar a sua saúde, aten- tando para sua qualidade de vida, acompanhando-o em consultas médicas sempre que necessário e ajudando- o com medicamentos. De acordo com a psi- cóloga, “em caso de do- ença, estas necessidades encontram-se acentuadas e a presença da família é determinante para o acom- panhamento e qualidade de vida do idoso. A família representa a resposta mais adequada para o cuidado ao idoso, respeitando e dando muito amor. A ASBP oferece um departamento de psicologia, onde o ido- so conta os direcionamen- tos necessários para viver com satisfação e equilíbrio durante esse período da vida”, finalizou.

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Saúde - Caderno de saúde do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

dern

o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Corpo mostra quando não está bemSaúde e bem-estar F4

DIV

ULG

AÇÃO

Terceira idade é melhor com atenção e afeto

O bom relacionamento e o cuidado dos familiares com o idoso só trazem benefícios e ajudam a evitar doenças

O provérbio mente sã, corpo são traz consigo a mensa-gem de que quan-

do a mente está saudável, o corpo também estará. Essa máxima é válida em todas as fases da vida, mas existe uma em que essa expressão requer apoio especial da família: a terceira idade. Nesta etapa, a presença dos familiares torna-se ainda mais importante e necessá-ria, em que é preciso manter o idoso ativo e saudável proporcionando bem-estar para ele e para todos os que estão ao seu lado.

Terceira idade é uma fase em que isolamentos não são aconselháveis e a companhia da família é indispensável. “A transi-ção do estado adulto para a velhice é um processo que provoca grandes alte-rações na autoestima e au-toimagem destas pessoas. Os principais problemas no idoso consistem no iso-lamento social e em senti-mentos de solidão”, aler-

tou Aline Lopes, psicóloga da Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (ASBP).

Quando se sente ama-do e protegido o idoso se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive, interagindo e par-ticipando das atividades do dia a dia. Além disso, quando considerado uma referência de conhecimen-to e experiências, princi-palmente no contato com as gerações mais novas, a família demonstra seu respeito e admiração. “Ser um avô participante, no seio da família, representa uma fonte de gratifi cação para o idoso e um impor-tante laço estruturante na educação dos mais novos”, afi rmou Aline.

Esse é o caso do aposen-tado Elias José Nascimento. Aos 79 anos, continua a exercitar sua “autoridade” no centro da família. “Tudo o que fazemos passa pelo crivo dele. Conversamos

com ele, pedimos a opinião – ele sempre foi muito rea-lista e sempre disse o que achava ser melhor para nós, e quase sempre estava cer-to. Ele virou uma espécie de oráculo”, ri o administrador José Elias Oliveira.

“Eu gosto de ter sempre meus fi lhos e netos ao meu redor. Jogo xadrez com os meus netos e sempre falei o que penso. Tem gente que acha que só porque está velho tem que fi car deitado, sem fazer nada. Acho que tem mais é que continuar vivendo, não pode desistir”, declarou seu Elias.

Sem pararAs atividades que exerci-

tam a mente e o físico do idoso os ajudam a ter uma velhice mais saudável e um convívio mais fortalecido com sua família. É impor-tante que seus familiares o incentive a participar de grupos, cursos e aulas em que possa conviver com outros idosos. No entan-to, quando a pessoa chega

a terceira idade e requer cuidados mais especiais, mas todos os familiares ao redor têm seu dia a dia de trabalho, não poden-do dispensar tempo diário ao parente, a solução, de acordo com vários espe-cialistas, são os espaços adequados para idosos.

Em Manaus, o Parque Municipal do Idoso (Viei-ralves) é um espaço onde são desenvolvidas ativi-dades físicas, laborativas, recretativas, culturais, as-sociativas e de educação para a cidadania, com o ob-jetivo de melhorar a quali-dade de vida da população idosa da cidade. Homens e mulheres a partir dos 60 anos podem usufruir dos benefícios do local.

A aposentada Maria Emí-lia Silveira, 64, não dispen-sa a dança. “Adoro dançar, me movimentar. Me sinto mais viva e mais satisfeita com tudo”, conta a ex-pro-fessora, revelando que os ritmos caribenhos são os seus favoritos. “Era o que eu

e meu marido gostávamos de dançar, principalmente quando viajávamos, então sempre que tenho oportu-nidade, relembro nossos tempos de juventude com esses ritmos”.

Outro fator importante é preservar a sua saúde, aten-tando para sua qualidade de vida, acompanhando-o em consultas médicas sempre que necessário e ajudando-o com medicamentos.

De acordo com a psi-cóloga, “em caso de do-ença, estas necessidades encontram-se acentuadas e a presença da família é determinante para o acom-panhamento e qualidade de vida do idoso. A família representa a resposta mais adequada para o cuidado ao idoso, respeitando e dando muito amor. A ASBP oferece um departamento de psicologia, onde o ido-so conta os direcionamen-tos necessários para viver com satisfação e equilíbrio durante esse período da vida”, fi nalizou.

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

O desafi o está na qualidade dessa intera-ção, guardadas as proporções de expectati-vas, recursos e condições disponíveis da instituição. É preciso con-ciliar o lado técnico com o humano”

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Diz à teoria que o paciente é a razão de ser dos serviços pú-blicos de saúde, portanto temos que enfrentar ainda grandes de-safi os na qualidade da atenção e na gestão nas diferentes ações e instâncias do atendimento dos usuários para efetivar a garantia da atenção integral, resolutiva e humanizada.

A indignação contra o mau atendimento nos serviços de saúde em todas as atenções tem se transformado numa ira santa contra as causas do problema.

O melhor tratamento começa no diagnóstico preciso. Sempre ouvindo o usuário com qualida-de, resgatando assim o aspecto humano da saúde, preservando os direitos humanos e garantin-do à saúde, partindo do princípio de que a saúde é direito de todos e dever do Estado e que este direito não se restringe apenas ao acesso aos serviços de saúde, incluindo aí o acesso aos medicamentos, habitação, educação, lazer, trabalho com remuneração digna, meio am-biente e cultura, dentre outros.

O desafi o está na qualidade dessa interação, guardadas as proporções de expectativas, re-cursos e condições disponíveis da instituição. É preciso conciliar o lado técnico com o humano, e que isso seja feito como foco

de preocupação.Trata-se de um conjunto de

procedimento necessários à promoção, prevenção e preo-cupação da saúde no nível indi-vidual ou coletivo, centrados no atendimento de cada unidade de saúde e estando atento às nuances que às vezes escapam à primeira vista.

Em milhares desses encon-tros que acontecem todos os dias, em todas as unidades de saúde, a relação profi ssional de saúde (atendente) com o paciente, do acesso ao atendi-mento médico – paciente, dei-xa muito a desejar. O paciente fragilizado, por não saber o que tem. O desafi o está na qualida-de dessa interação, guardado as proporções de expectativas, para detecção e tratamento do problema de saúde.

Humanizar, portanto. Pois pesquisa está avaliando os fal-tosos (profi ssionais da saúde), às consultas em todos níveis e verifi ca que usuários são pouco ouvidos sobre o seu cotidiano. O ideal seria saber informá-lo, ajudá-lo de forma mais rápida e organizada, para que ele pudes-se ser diagnosticado e tratado o mais rapidamente possível e da melhor maneira.

O atendimento humanizado na saúde também envolve uma serie de questões que extrapo-

lam a relação entre funcionários e paciente para se exercer um melhor acolhimento. Fica difícil, porque sempre há fi las longas para o atendimento, o paciente chegando na unidade às 4h para garantir uma consulta ou exa-me. O resultado dessa prática vira manchete nos veículos de comunicação.

Quando falamos em humani-zação, os atores principais são os profi ssionais de saúde que atuam nas unidades de saúde e os que têm contato direto com os usuários. Mas, assim como em qualquer organização humana, por trás dos talentos individuas é preciso haver uma gestão que oriente os esforços e dê um sentido ao todo, com simplicidade e organizando os serviços com máxima cobertura dos serviços de saúde.

A superação das mazelas da saúde requer antes de tudo, vontade política para enfren-tar os que boicotam e se opõem com perfeita organização. O outro ponto importante da saúde básica no município de Manaus são as péssimas con-dições físicas das unidades: são pequenas e sem condições de funcionamento para que o povo realmente desfrute do social e qual ainda é pouco para atender às suas necessidades e alcançar seus propósitos.

Quer uma boa receita para ajudar a perder peso? Então, pegue meia colher de chá de sementes de cominho, duas folhas de manjericão, uma folha de canela ou um pau de canela pequeno, metade de um gomo médio de gengibre, suco de um limão e uma xícara de água quente. Fatie o gengibre em pedaços bem finos e o misture em uma xícara com as folhas de manjericão, a canela e o cominho. Coloque água fervente por cima, esprema o limão e tampe, deixando por 3 minutos. Após os 3 minutos, beba a mistura, enquanto estiver morna, e em seguida, beba um copo grande de água. Esta mistura deve ser bebida 15 minutos antes do almoço.

Receita simples e prática para perder peso

Assim como outras oleaginosas, a castanha-do-pará é rica em gorduras boas para a saúde. A frutinha apresenta uma alta concentração de gordura, mas que não é maléfica. São gorduras boas, monoinsaturadas (mesma do azeite) e poli-insaturadas. Por conta disso, ela tem propriedade antioxidante. Isso significa que há um combate às inflamações do organismo e as células funcionam muito melhor, sem acumular gor-dura. O resultado é ótimo para quem está querendo perder aqueles quilinhos extras: a castanha-do-pará emagrece, o corpo se mantém em forma e a circulação sanguínea acontece de maneira muito mais saudável, evitando as doenças cardiovasculares.

Castanha-do-pará ajuda a manter a forma

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoGracycleide DrumondLorena Lima

Alguns aspectos da bioética no Brasil

É possível res-gatar alguns eventos degra-dantes, nos anos 1950 e 1960, nos Es-tados Unidos, relacionados às pesquisas médicas”

Receita simples e prática

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humanização da saúde no atendimento

O surgimento da estrutura teórica que fundamentaria a bioética está ligado ao livro “Bioética: uma ponte para o futuro”, do médico can-cerologista Van Rensselaer Potter, em 1971. Para esse autor o termo “bioética” por ele proposto estaria vincula-do em dois alicerces: os sa-beres biológicos associados aos valores humanos da ética e da moral.

É possível resgatar alguns eventos degradantes, nos anos 1950 e 1960, nos Es-tados Unidos, relacionados às pesquisas médicas.

- Estudos experimentais em seres humanos, não au-torizados, da transmissão e complicações neurológicas da sífi lis, em pessoas de pele negra, depois da comerciali-zação da penicilina;

- Injeção de células can-cerosas vivas em doentes idosos para estudo da imuno-terapia em cancerologia;

- Injeção do vírus da he-patite B em crianças em um hospital de Nova York.

De igual importância, o livro do médico anestesista Henry Beecher, relacionan-do pesquisas médicas envol-vendo seres humanos, cha-mados de “segunda classe”, hospitalizados em hospitais de caridade, adultos com distúrbios mentais, crianças com graves retardos men-tais, idosos e presidiários, todos sem possibilidade de assumir postura ativa de questionamento junto ao pesquisador;

Esse conjunto de aconteci-mentos culminou, em 1974, nos Estados Unidos, na “Comis-são nacional para a proteção de sujeitos humanos na pes-quisa biomédica e comporta-mental”, que gerou o Relatório Belmont: respeito às pessoas; justiça e benefi cência.

A estruturação da bioéti-ca brasileira se iniciou em 1990. Em 1993, o Conselho Federal de Medicina lançou a revista científi ca “Bioética”, mantida até a atualidade, abrangendo os temas de interesse médico, social e

político relacionados à ética, moral e bioética.

Em 1996, foi criada a Sociedade Brasileira de Bio-ética, que reuniu os médicos e pesquisadores com focos comuns à bioética. Contu-do, o marco fundamental iniciando a construção da bioética brasileira é a reso-lução 196/1996, do Ministé-rio da Saúde, de abrangên-cia nacional, como ato de criação da Comité Nacional de Ética em Pesquisa (CO-NEP), instância reguladora dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP), instaladas nas instituições de ensino e hospitalares, públicas e privadas, para analisar eti-camente e acompanhar os projetos de pesquisas de qualquer natureza envolven-do seres humanos. Hoje, são mais de 600 CEPs registra-dos no Conselho Nacional de Saúde (CNS), onde as pesquisas envolvendo seres humanos, obrigatoriamente, são analisadas para aprova-ção ou rejeição.

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

Coisa de Mulher

Vampirismo emocional Muitas vezes fi co surpre-

sa como as pessoas aceitam determinadas situações cons-trangedoras apenas para não sentir solidão. O medo de fi car só e ter que conviver apenas com seu próprio eu pode ser uma armadilha tamanha que a pessoa aceita tudo de outrem para não passar por isso.

Mas aí me pergunto até que ponto isso é saudável, você aceitar uma relação, muitas vezes doentia, apenas para não se sentir só? Somente para poder dizer ao mundo que tem um namorado?

Entendo muito de carências, talvez até um pouco demais, mas entendo que somente superando nossas próprias carências poderemos ter re-lacionamentos saudáveis. Partindo do princípio de que

não posso esperar que o outro me complemente para que eu seja feliz, é essencial que eu me descubra, me conheça e me preencha de amor pró-prio para não esperar tudo do outro, afi nal, não seria isso responsabilidade excessiva, jogar sobre os ombros de ou-tra pessoa a responsabilidade sobre a minha felicidade?

Relacões saudáveis são ba-seadas no prazer mútuo da convivência. Eu não devo pre-cisar do outro e sim apreciar sua companhia porque ele me faz bem. A partir do momento em que eu preciso, ele tem a função - nada fácil - de me complementar naquilo que eu considero estar faltando.

Algumas pessoas são tão carentes, mas tão carentes, que não conseguem fi car

sem alguém para chamar de seu. Precisam de um ombro constante onde se apoiar, de palmas próximas quando es-tão bem ou lenços solidários quando se sentem tristes. Querem colo, querem braços estendidos 24 horas e mal percebem que estão usando os outros - ou o outro - como bengalas.

Vejo essas pessoas como vampiros emocionais. São criaturas altamente envolven-tes porque nos dão a falsa impressão que somos impor-tantes para elas, e isso muitas vezes mexe diretamente com o nosso ego. O que é um peri-go, porque aí nos envolvemos tanto que acabamos não per-cebendo que estamos em uma relação perniciosa onde um doa e o outro apenas recebe.

Nessa relação não há troca, existe apenas uma transferên-cia de energia, afeto ou seja lá o que for, de uma pessoa para outra, sem reciprocidade.

O mal dos vampiros emocio-nais é que eles nunca se sa-tisfazem com o que recebem e cada vez querem mais. E se não recebem tanto quan-to estavam acostumados se ressentem, acreditando que estão sendo menosprezados. Se o outro não estiver atento vai cair na armadilha e se sentir culpado. E não há nada pior que um sentimento de culpa para nos deixar à mercê dos outros.

Por isso é preciso estar aten-to para pequenos detalhes de uma relação que fazem muita diferença no contexto geral. É bom ter alguém? É. Sem

dúvida que ninguém nasceu para viver sozinho, Mas é im-portante - e nesse ponto eu insisto - que a pessoa tenha plena consciência que somen-te quando se sentir bem sozi-nha vai aprender a viver com outros sem cobranças exces-sivas, pressões exageradas, manipulações e paranoias.

Esse aprendizado não é fácil, requer muita intimidade de nós para nós mesmas. Mui-tas vezes, enfi ar o dedo em velhas feridas emocionais é um verdadeiro haraquiri. Mas pode valer a pena, porque somente o autoconhecimen-to nos permite avaliar nos-sas possibilidades, fraquezas e forças e assim, somente assim, podemos crescer, me-lhorar e ter uma boa relação com o nosso próximo.

[email protected]

Vera LimaEditora do Saúde

O mal dos vampiros emocionais é que

eles nunca se satis-fazem com o que recebem e querem

cada vez mais. E, se não recebem, fi cam

ressentidos

Copa do Mundo: Como proteger sua audição

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ULG

AÇÃO

Para evitar problemas auditivos, especialista recomenda o uso

de protetores de ouvido

Durante a Copa do Mundo, barulho é o que não falta: cor-netas, apitos, gritos,

música alta, televisões em volume máximo, fogos de ar-tifício, são ruídos frequentes. A festa é contagiante, mas barulhenta! E quem mais sofre são os ouvidos.

Como se proteger? Para ga-rantir uma diversão saudável durante a Copa, no meio dos torcedores, a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex So-luções Auditivas, aconselha o uso de protetores auriculares ou atenuadores, que diminuem o impacto do barulho.

“Os atenuadores, como o nome diz, reduzem o barulho que entra pelos ouvidos, mas permitem que as pessoas es-cutem os sons ao redor. Assim, o torcedor participa da festa,

sem descuidar de sua audição. Existem no mercado alguns tipos. Os atenuadores, por exemplo, diminuem o barulho ambiente em até 25 decibéis. São feitos em acrílico e molda-dos de acordo com a anatomia do ouvido de cada usuário”, explica Marcella Vidal.

Para quem assiste aos jo-gos nos estádios ou junto às torcidas de rua, o uso de atenuadores nos ouvidos é fundamental. Além disso, a fonoadióloga recomenda uma distância mínima de 10 metros de aglomerações barulhentas. No caso das crianças, os cuidados devem ser redobrados. O barulho em excesso pode trazer irritação, choro e elas podem sair da-quele ambiente com um forte zumbido no ouvido, sem que os pais percebam.

De acordo com especialis-tas, o ouvido humano suporta até 85 decibéis, mas, sem perceber, os torcedores estão expostos a sons bem mais al-

tos, que podem atingir até 120 decibéis, barulho semelhante ao de uma turbina de avião.

A perda de audição depende tanto da potência do som

como do período de exposi-ção ao ruído. “De imediato, por causa da intensidade do barulho, as pessoas podem ter a sensação de ouvido tampa-do, tontura, zumbido e difi cul-dades para ouvir”, afi rma a fonoaudióloga da Telex.

A perda auditiva é cumula-tiva. Dependendo da frequên-cia, do tempo de exposição ao som elevado e da pre-disposição, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada, ao longo da vida. Por isso, qualquer pessoa que fi car próxima a sons altos e estridentes pode sofrer - ou agravar - proble-mas de audição.

No Brasil, a Sociedade Bra-sileira de Otorrinolaringologia estima que 15 milhões de pes-soas sofrem algum problema

de audição e que cerca de 350 mil não ouvem qualquer tipo de som. Portanto, fi que atento. É necessário cuidar da audição também durante a Copa do Mundo.

IRRITAÇÃONo caso das crianças, o barulho em excesso pode trazer irritação, choro e elas podem sair do ambiente com um forte zumbido no ouvido, sem que os pais perce-bam. Isso pode trazer problemas mais tarde

A perda de audição de-pende tanto da potência do som como do período

de exposição ao ruído

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 F5

Quais são os sinais do corpo saudável?Em média, cada pessoa

elencou quatro sinais que o corpo dá quando está mal nutrido. De acordo com a pesquisa, mau humor, sono, cansaço e apetite irregular foram os problemas mais vivenciados pelos entrevista-dos nos 30 dias anteriores à realização da enquete.

Quando questionados so-bre a correlação entre os oito sinais e a alimentação, mau funcionamento intestinal, unhas quebradiças, apetite irregular e pele sem viço fo-ram os mais mencionados.

Ao analisar as informa-ções por gênero, os proble-mas mais mencionados são parecidos. Os três sintomas mais citados pelas mulheres foram mau humor, sono in-terrompido e apetite irregu-lar. Já os mais relatados por eles foram mau humor, sono interrompido e cansaço. Ape-sar disso, a percepção dos oito sinais do corpo saudável é diferente entre os grupos. Entre o universo de entre-vistados que disseram ter problemas com pele, cabelo e unhas, a maioria é mulher.

Homens e mulheres têm

hábitos alimentares e ne-cessidades nutricionais es-pecífi cas, assim a comple-mentação da alimentação com um multivitamínico também deve ser adequada a essas diferenças e defi ci-ências nutricionais.

O levantamento demons-tra que os pesquisados são conscientes sobre a impor-tância da alimentação para o bem-estar, mas têm difi -culdade em manter a dieta. “Sem consumir frutas, legu-mes, verduras e alimentos integrais fi ca difícil conse-guir todos os nutrientes de que se precisa para ter uma boa qualidade de vida”, ex-plica a nutróloga.

Complementar a alimen-tação com multivitamínicos, mesmo que provisoriamen-te é uma alternativa para conseguir os micronutrien-tes de que o corpo neces-sita. “Muitas vezes, após o uso do multivitamínico, a pessoa percebe que está se sentindo melhor, entende a importância da alimentação e passa a tentar adotar bons hábitos alimentares”, conti-nua a especialista.

Importância da alimentação

Oito aspectos do corpo bem nutrido são relacionados à qualidade da alimentação e sentidos de forma diferente por homens e mulheres

Crises de mau humor, difi culdade para dor-mir, falta de dispo-sição e imunidade

baixa são alguns dos sinais de alerta emitidos pelo corpo quando algo não vai bem. Mas, embora esses e outros problemas estejam diretamente relacionados aos hábitos alimentares, a associação não é óbvia para todos, sobretudo quando as pessoas acreditam seguir uma dieta adequada.

A Pesquisa Manifesto do Corpo Saudável, desenvol-vida pela Associação Brasi-leira de Nutrologia (Abran), em parceria com o multi-vitamínico Centrum, inves-tiga essas contradições. O levantamento, que ouviu 500 homens e mulheres acima de 18 anos das classes ABC, des-venda como o brasileiro com acesso à internet se sente em relação aos oito sinais corpo saudável – disposição, imu-nidade, bom humor, cabelo, pele e unhas saudáveis, sono restaurador, apetite regular, bom funcionamento intesti-nal e ossos e dentes fortes. A pesquisa revela ainda como essa população percebe os impactos negativos da dieta inadequada em sua saúde e bem-estar.

Mesmo não consumindo frutas, verduras e legumes regularmente, comendo poucos alimentos integrais e ingerindo muita comida industrializada e fast food, 68% dos brasileiros com acesso à internet afi rmam que sua alimentação é sau-

dável, entretanto menos de um terço ingere 6 porções de frutas, verduras e legumes por dia; 59% não comem alimentos integrais mais de três vezes/semana; 47% con-somem produtos industriali-zados (congelados, salgadi-nhos, chocolates, bolachas e refrigerantes) mais de três vezes/semana; e 23% optam pelo fast food mais de duas

vezes/semana.“As pessoas sabem o que

precisam fazer para ter uma alimentação melhor, mas não aplicam esse conhecimento no dia a dia e os dados da pesquisa comprovam isso”, afi rma a nutróloga Valéria Goulart, membro da Abran.

HábitosMesmo entre quem afirma

ter uma alimentação saudá-vel – 71% dos homens e 65% das mulheres –, o levantamento demons-tra que apenas uma par-cela de fato consegue manter hábitos alimentares ca-pazes de forne-

cer todos os micronutrien-tes (vitaminas e minerais) necessários para assegu-rar o bom funcionamento do organismo. Já é sabido que homens e mulheres têm necessidades nutricionais distintas e a forma como cada um cuida da alimenta-ção também, como revela a pesquisa (ver box 1).

ManifestoA carência de micronu-

trientes, conhecida como síndrome da fome oculta, colabora para o desenvolvi-mento de diversas doenças. Dados da Organização Mun-dial da Saúde (OMS-2004) revelam que uma em cada quatro pessoas sofre desse problema. Para ajudar a con-tornar esse cenário, a Abran e Centrum desenvolveram estudos que resultaram no lançamento do Manifesto do Corpo Saudável, em 2013, ferramenta para alertar e conscientizar a população sobre a importância dos hábitos alimentares.

PESQUISAMesmo não consumin-do frutas, verduras e legumes regularmente, comendo poucos alimen-tos integrais e ingerindo comida industrializada e fast food, 68% dos bra-sileiros afi rmam que sua alimentação é saudável

RELATO DOS SINAIS DO CORPO SAUDÁVEL POR GÊNERO NOS ÚLTIMOS 30 DIAS

53% dos entrevistados enfrentaram momentos de mau humor, sendo que desse universo,

50% dos pesquisados passaram por noites de sono interrompido, sendo que desse total,

49% dos entrevistados sentiram cansaço sem razão aparente, sendo que desse universo,

48% dos pesquisados tiveram apetite irregular (co-mendo mais ou menos do que o normal), sendo que desse total,

35% dos entrevistados tiveram mau funcionamento do intestino, sendo que desse universo,

29% dos pesquisados sentiram seu cabelo mais que-bradiço e opaco, sendo que desse total,

25% dos entrevistados acharam a pele sem brilho e viço, sendo que desse universo,

25% dos pesquisados notaram a unha quebradiça, sendo que desse total,

15% dos entrevistados fi caram mais doentes que o normal, sendo que desse universo,

15% dos pesquisados tiveram problemas com ossos e dentes, sendo que desse total,

59% são mulheres41% são homens

58% são mulheres42% são homens

56% são mulheres44% são homens

57% são mulheres43% são homens

57% são mulheres43% são homens

72% são mulheres28% são homens

69% são mulheres31% são homens

88% são mulheres12% são homens

59% são mulheres41% são homens

57% são mulheres43% são homens

Homens e mulheres têm hábitos alimentares e

necessidades nutricionais específi cas

PESQUISA REVELA COMO OS BRASILEIROS SE VEEM

Entre os que consideram sua alimentação saudável

comem 6 porções de frutas, verduras e legumes por dia.

consomem produtos industrializados

mais de três vezes/semana.

optam pelo fast food mais de duas vezes/ semana.

não comem produtos integrais mais de três vezes/semana.

bebem mais de 2 litros de água por dia.

homens mulheres

29% 31%

46% 48%

22% 24%

42% 41%

69% 56%

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Crises de mau humor, difi -culdade para dormir, falta de disposição e imunidade baixa são alguns dos sinais de alerta do corpo

F04 e 05 - SAÚDE.indd 4-5 6/20/2014 9:47:45 PM

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 F5

Quais são os sinais do corpo saudável?Em média, cada pessoa

elencou quatro sinais que o corpo dá quando está mal nutrido. De acordo com a pesquisa, mau humor, sono, cansaço e apetite irregular foram os problemas mais vivenciados pelos entrevista-dos nos 30 dias anteriores à realização da enquete.

Quando questionados so-bre a correlação entre os oito sinais e a alimentação, mau funcionamento intestinal, unhas quebradiças, apetite irregular e pele sem viço fo-ram os mais mencionados.

Ao analisar as informa-ções por gênero, os proble-mas mais mencionados são parecidos. Os três sintomas mais citados pelas mulheres foram mau humor, sono in-terrompido e apetite irregu-lar. Já os mais relatados por eles foram mau humor, sono interrompido e cansaço. Ape-sar disso, a percepção dos oito sinais do corpo saudável é diferente entre os grupos. Entre o universo de entre-vistados que disseram ter problemas com pele, cabelo e unhas, a maioria é mulher.

Homens e mulheres têm

hábitos alimentares e ne-cessidades nutricionais es-pecífi cas, assim a comple-mentação da alimentação com um multivitamínico também deve ser adequada a essas diferenças e defi ci-ências nutricionais.

O levantamento demons-tra que os pesquisados são conscientes sobre a impor-tância da alimentação para o bem-estar, mas têm difi -culdade em manter a dieta. “Sem consumir frutas, legu-mes, verduras e alimentos integrais fi ca difícil conse-guir todos os nutrientes de que se precisa para ter uma boa qualidade de vida”, ex-plica a nutróloga.

Complementar a alimen-tação com multivitamínicos, mesmo que provisoriamen-te é uma alternativa para conseguir os micronutrien-tes de que o corpo neces-sita. “Muitas vezes, após o uso do multivitamínico, a pessoa percebe que está se sentindo melhor, entende a importância da alimentação e passa a tentar adotar bons hábitos alimentares”, conti-nua a especialista.

Importância da alimentação

Oito aspectos do corpo bem nutrido são relacionados à qualidade da alimentação e sentidos de forma diferente por homens e mulheres

Crises de mau humor, difi culdade para dor-mir, falta de dispo-sição e imunidade

baixa são alguns dos sinais de alerta emitidos pelo corpo quando algo não vai bem. Mas, embora esses e outros problemas estejam diretamente relacionados aos hábitos alimentares, a associação não é óbvia para todos, sobretudo quando as pessoas acreditam seguir uma dieta adequada.

A Pesquisa Manifesto do Corpo Saudável, desenvol-vida pela Associação Brasi-leira de Nutrologia (Abran), em parceria com o multi-vitamínico Centrum, inves-tiga essas contradições. O levantamento, que ouviu 500 homens e mulheres acima de 18 anos das classes ABC, des-venda como o brasileiro com acesso à internet se sente em relação aos oito sinais corpo saudável – disposição, imu-nidade, bom humor, cabelo, pele e unhas saudáveis, sono restaurador, apetite regular, bom funcionamento intesti-nal e ossos e dentes fortes. A pesquisa revela ainda como essa população percebe os impactos negativos da dieta inadequada em sua saúde e bem-estar.

Mesmo não consumindo frutas, verduras e legumes regularmente, comendo poucos alimentos integrais e ingerindo muita comida industrializada e fast food, 68% dos brasileiros com acesso à internet afi rmam que sua alimentação é sau-

dável, entretanto menos de um terço ingere 6 porções de frutas, verduras e legumes por dia; 59% não comem alimentos integrais mais de três vezes/semana; 47% con-somem produtos industriali-zados (congelados, salgadi-nhos, chocolates, bolachas e refrigerantes) mais de três vezes/semana; e 23% optam pelo fast food mais de duas

vezes/semana.“As pessoas sabem o que

precisam fazer para ter uma alimentação melhor, mas não aplicam esse conhecimento no dia a dia e os dados da pesquisa comprovam isso”, afi rma a nutróloga Valéria Goulart, membro da Abran.

HábitosMesmo entre quem afirma

ter uma alimentação saudá-vel – 71% dos homens e 65% das mulheres –, o levantamento demons-tra que apenas uma par-cela de fato consegue manter hábitos alimentares ca-pazes de forne-

cer todos os micronutrien-tes (vitaminas e minerais) necessários para assegu-rar o bom funcionamento do organismo. Já é sabido que homens e mulheres têm necessidades nutricionais distintas e a forma como cada um cuida da alimenta-ção também, como revela a pesquisa (ver box 1).

ManifestoA carência de micronu-

trientes, conhecida como síndrome da fome oculta, colabora para o desenvolvi-mento de diversas doenças. Dados da Organização Mun-dial da Saúde (OMS-2004) revelam que uma em cada quatro pessoas sofre desse problema. Para ajudar a con-tornar esse cenário, a Abran e Centrum desenvolveram estudos que resultaram no lançamento do Manifesto do Corpo Saudável, em 2013, ferramenta para alertar e conscientizar a população sobre a importância dos hábitos alimentares.

PESQUISAMesmo não consumin-do frutas, verduras e legumes regularmente, comendo poucos alimen-tos integrais e ingerindo comida industrializada e fast food, 68% dos bra-sileiros afi rmam que sua alimentação é saudável

RELATO DOS SINAIS DO CORPO SAUDÁVEL POR GÊNERO NOS ÚLTIMOS 30 DIAS

53% dos entrevistados enfrentaram momentos de mau humor, sendo que desse universo,

50% dos pesquisados passaram por noites de sono interrompido, sendo que desse total,

49% dos entrevistados sentiram cansaço sem razão aparente, sendo que desse universo,

48% dos pesquisados tiveram apetite irregular (co-mendo mais ou menos do que o normal), sendo que desse total,

35% dos entrevistados tiveram mau funcionamento do intestino, sendo que desse universo,

29% dos pesquisados sentiram seu cabelo mais que-bradiço e opaco, sendo que desse total,

25% dos entrevistados acharam a pele sem brilho e viço, sendo que desse universo,

25% dos pesquisados notaram a unha quebradiça, sendo que desse total,

15% dos entrevistados fi caram mais doentes que o normal, sendo que desse universo,

15% dos pesquisados tiveram problemas com ossos e dentes, sendo que desse total,

59% são mulheres41% são homens

58% são mulheres42% são homens

56% são mulheres44% são homens

57% são mulheres43% são homens

57% são mulheres43% são homens

72% são mulheres28% são homens

69% são mulheres31% são homens

88% são mulheres12% são homens

59% são mulheres41% são homens

57% são mulheres43% são homens

Homens e mulheres têm hábitos alimentares e

necessidades nutricionais específi cas

PESQUISA REVELA COMO OS BRASILEIROS SE VEEM

Entre os que consideram sua alimentação saudável

comem 6 porções de frutas, verduras e legumes por dia.

consomem produtos industrializados

mais de três vezes/semana.

optam pelo fast food mais de duas vezes/ semana.

não comem produtos integrais mais de três vezes/semana.

bebem mais de 2 litros de água por dia.

homens mulheres

29% 31%

46% 48%

22% 24%

42% 41%

69% 56%

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Crises de mau humor, difi -culdade para dormir, falta de disposição e imunidade baixa são alguns dos sinais de alerta do corpo

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

Obesidade afeta a circulaçãoCuidar da alimentação e praticar atividades físicas diariamente são atitudes importantes para quem deseja evitar a obesidade e suas consequências

Mais de 50% dos brasileiros acima de 18 anos está com o peso aci-

ma do ideal. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença vem aumentando a cada ano. Pesquisas revelam que em 2012, pela primeira vez, o percentual de pessoas com excesso de peso superou mais da metade da população brasileira. Em 2006 o índice era de 43%.

O problema é que a obesida-de é um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas: cardíacas, diabetes do tipo 2 e colesterol alto. Mas você sabia que o excesso de peso também é vilão da saúde das nossas pernas? Segundo o angiolo-gista Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, pessoas obesas têm maior disposi-ção de desenvolver varizes por causa da quantidade de volume sanguíneo dentro das veias que se eleva.

Ou seja, com um maior vo-lume de sangue circulando no corpo, aumenta a pressão sanguínea dentro das veias, favorecendo a dilatação das

mesmas. “Como quem está acima do peso retém muito sódio no organismo contribui para o acúmulo de líquidos, di-ficultando a circulação. Além disso, a gordura acumulada dentro dos vasos sanguíneos também acarreta em uma má circulação”, descreve Elwing.

Como funciona a circu-lação?

De acordo com o angiolo-gista, a circulação sanguínea é ativada através da contra-ção muscular das pernas que manda o sangue de volta para o coração. “As veias levam o sangue ao coração, impul-sionado pela bomba muscu-lar das panturrilhas. Dessa forma, as válvulas venosas impedem que o sangue que é conduzido não retorne para as extremidades”, explica.

Porém, se o sangue que passa pelas pernas não con-segue voltar para o coração é em decorrência de uma falha nas válvulas venosas. “Devido a essa falha, o volume san-guíneo circulante nas pernas aumenta. Com as válvulas sobrecarregadas, as veias se dilatam e causam dores”, in-forma Elwing.

Problemas circulatórios decorrentes do sobrepeso

Um dos problemas circu-latórios que ocorre por cau-sa do mau funcionamento das válvulas venosas e que está relacionado ao aumento do peso é o surgimento de varizes. “Trata-se de veias dilatadas e deformadas que aparecem nas pernas e que causam queimação, formiga-mento persistente, câimbras noturnas, coceiras e incha-ço nos membros inferiores”, afirma o especialista em ci-rurgia vascular periférica e tratamento a laser.

Além das varizes, outra complicação que pode surgir entre obesos é a trombo-se em decorrência do mau bombeamento do sangue para o corpo inteiro, ge-rando doenças ligadas ao sistema vascular. “Caracte-rizada pela formação de um coágulo sanguíneo em uma veia localizada no interior de uma região do corpo, normalmente nas pernas, a trombose venosa profunda, chamada de tromboflebite profunda, ocorre devido a um bloqueio no fluxo san-guíneo”, diz Ary.

Para prevenir a incidência de problemas circulatórios, a recomendação é manter o controle do peso corpo-ral sempre em dia. “Evite alimentos industrializados, pois contêm grandes quan-tidades de sódio, gordura trans, açúcar e conservan-tes, sendo que estes coope-ram para o aumento do peso. Faça atividades físicas pelo menos três vezes na sema-na. A caminhada ou natação, por exemplo, estimulam a circulação sanguínea e atu-am no controle do peso”, sugere o angiologista.

O tratamento das microva-rizes ou telangiectasias nas

pernas pode ser feito com aplicação de raio laser ou aplicação de injeções após avaliação dos vasos, poden-do ser feito também uma mistura dos dois tratamen-

tos. “Quando a variz atinge tamanho acima de 4 mm de diâmetro e tanto laser quanto as aplicações por injeção não fazem mais efeito, o mais indicado é recorrer à cirurgia”, orienta o especialista

Cirurgia ou laserO procedimento cirúrgi-

co pode ser realizado tanto pelo método convencional como pelos métodos mais modernos, como cirurgia com laser endovascular e radiofrequência. “No caso da trombose, procure um médico o quanto antes para que ele indique o melhor tra-tamento”, finaliza Elwing.

Prevenção e tratamento corretoEXERCÍCIOSO ideal é praticar atividades físicas pelo menos três vezes na semana. A caminhada ou nata-ção, por exemplo, es-timulam a circulação sanguínea e atuam no controle do peso

Pessoas sedentárias devem ter um acompanhamento médico ao iniciar os exercícios

O problema é que a obesidade é um fator

de risco para o desen-volvimento de diver-

sas doenças

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Existem muitas vantagens de incorporar exercícios com bola nos seus treinos. Seja na aca-demia ou em casa, deve-se levar em conta que os exercí-cios com bola requerem ape-nas um equipamento o que acaba sendo muito econômico. No entanto, a maior vantagem de fazer exercícios com bola é que eles são muito eficazes para trabalhar os músculos ba-ses, aqueles músculos que são essenciais para a estabilidade e para a boa postura, mas que são muitas vezes ignorados ao exercitar com equipamento de posição fixa. Assim como em qualquer outro tipo de exercício, é importante fazer um aquecimento antes de fazer uma atividade físi-ca mais exigente. Além disso, para os exercícios com bola, é importante manter uma pos-tura adequada. Isso significa manter as costas direitas ou não deixar bloquear os joelhos na maioria dos exercícios. Fi-

nalmente, você deverá tentar se focar em respirar correta-mente. O processo respirató-rio correto é essencial para obter bons resultados. No PilatesA bola suíça tem se tornado um instrumento terapêutico muito bem aceito entre aque-les que buscam promover um estilo de vida saudável, pois promove uma ampla gama de aplicações clínicas e exercícios físicos. Mas é claro, o profissio-nal deve conhecer bem o seu paciente, os exercícios e usar o bom senso para um resultado mais seguro e eficiente.A atividade com a bola suíça apresenta uma variedade de movimentos simples para se obter um corpo forte e flexível de uma maneira divertida e confortável, ideal para todas as pessoas que buscam saúde e bem-estar.Cada vez mais popular no mun-do do fitness, o uso da bola

suíça é extremamente versá-til e muito eficaz. Exercitar-se com a bola permite que você se concentre em cada grupo muscular, fortalecendo e mo-delando áreas específicas.Ela é um dos principais acessó-rios de exercício para o Pilates que produz excelentes resulta-dos e auxilia na postura (cor-reção postural sobre a bola). A bola suíça pode ser utilizada na avaliação das deficiências de força, mobilidade, equilíbrio, coordenação e também na te-rapia manual.As sessões sobre a bola visam aplicações para:- Amplitude de movimento (as-sistência passiva/ativa);- Fortalecimento de tronco, membros inferiores e supe-riores;- Alongamento global;- Treino cardiopulmonar (me-lhorando oxigenação e portan-to nutrição celular);- Mobilização articular;- Manutenção de tônus mus-

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AÇÃO A bola suíça como instrumento de saúde

Exercícios com a bola suíça são seguros e muito eficientes

cular;- Propriocepção postural;- Relaxamento.Qualquer pessoa pode realizar a terapia sobre a bola suíça sem distinção de idade, porém existe a necessidade de uma avaliação anteriormente aos exercícios.A terapia com a bola, além de trazer resultados físicos, tam-bém trabalha com o emocional, pois é um trabalho de grande motivação para o paciente.

Suplemento de vitamina D varia segundo a idadeBebês prematuros, crianças e idosos estão entre os que mais se beneficiam com uma complementação diária

Embora existam con-trovérsias sobre o uso da vitamina D em estado puro para

evitar determinadas doenças, é reconhecido cientificamente que ela é importante para a manutenção da saúde geral do organismo. A ingestão diária recomendada de vitamina D varia de acordo com a idade e a incidência de luz solar na cidade onde se reside.

Segundo a dra. Marise La-zaretti Castro, chefe do setor de doenças metabólicas da Unifesp e membro da dire-toria da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), geralmente, um adulto precisa consumir de 400 a 2000 unidades por dia, levando-se em considera-ção fatores climáticos, idade e grau de exposição solar, sem o uso de protetor solar. Os idosos, em geral, devem consumir de 1000 a 2000 uni-dades por dia de vitamina D. “Mas, em média, o brasileiro, consome apenas de 80 a 100 unidades diárias”.

Embora a exposição ao sol seja considerada a principal forma de garantir a ingestão diária da vitamina, nem todas as pessoas têm esse tem-po disponível todos os dias. Assim, uma das maneiras de conseguir a quantidade ne-cessária da vitamina seria a alimentação. “O consumo de dois filés de peixes gordurosos de água fria como bacalhau, salmão e atum por dia supri-ria boa parte da demanda”, comenta a especialista.

“Mesmo em um país tropical e ensolarado como o Brasil, por causa da prevenção contra o câncer de pele, as pessoas se esquecem dos 20 minutos sem proteção e os peixes, principais fontes de vitamina D ainda não fazem parte do cardápio brasileiro com a fre-quência e a quantidade neces-sárias. Sendo assim, recorrer à ingestão da substância em sua forma pura é uma solução moderna”, explica.

A exposição ao sol é a maior garantia de in-gestão da vitamina, que também é vendida em farmácias e drogarias

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AÇÃO

Falta da vitamina traz graves prejuízosUm novo estudo coloca em

xeque uma das premissas médicas mais alardeadas dos últimos tempos: a de que suplementos de vita-mina D fortalecem o siste-ma de defesa e protegem contra doenças, como as cardiovasculares, o diabe-tes e o câncer. De acordo com a pesquisa, a falta do nutriente não é a causa de uma imunidade fraca, mas sim a consequência — um sistema imunológico com-prometido reduziria os ní-veis da vitamina.

É sabido que a vitamina

D ajuda na absorção do cálcio pelo organismo e na formação dos ossos, mas estudos sugeriam que níveis inadequados do nutriente poderiam aumentar o risco de uma série de doenças agudas e crônicas. Essa re-lação, no entanto, nunca foi totalmente compreendida.

A nova pesquisa revisou 462 estudos realizados até dezembro de 2012, que ana-lisaram os efeitos da vita-mina D sobre a saúde – exce-to a óssea, sobre a qual não pairam dúvidas. Segundo os autores, a capacidade de

o nutriente reduzir o risco de doenças cardíacas ou diabetes não foi confirma-da por estudos randomiza-dos. Esse benefício havia sido apontado somente por trabalhos prospectivos observacionais, que com-pararam a prevalência de doenças com os níveis do nutriente no organismo das pessoas.

“O que essa discrepância sugere é que a falta vita-mina D é um indicador de saúde deteriorada. Os pro-cessos de envelhecimento e de inflamação envolvidos

no surgimento de doenças reduzem os níveis de vita-mina D, o que pode explicar por que a deficiência no nutriente é relacionada a di-versos distúrbios”, explica Philippe Autier, professor do Instituto Internacional de Pesquisa em Prevenção em Lyon, na França, e co-ordenador do estudo.

Segundo os cientistas, es-ses resultados não eliminam completamente a possibili-dade de a vitamina D ser útil na prevenção de enfermida-des além das relacionadas ao enfraquecimento dos os-

sos. Eles acreditam, porém, que estudos clínicos mais ex-tensos são necessários para comprovar ou descartar os benefícios da suplementa-ção do nutriente.

Oito benefícios asso-

ciados à vitamina DGera bebês mais saudá-

veis; previne fraturas em idosos; combate o diabetes; evita o câncer; fortalece o sistema imunológico; faz bem para os pulmões; re-duz os efeitos do Alzhei-mer e afasta as doenças cardiovasculares.

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F8 MANAUS, DOMINGO, 22 DE JUNHO DE 2014Saúde e bem-estar

Homens também podem sofrer com as varizesEmbora as mulheres sejam mais afetadas pelo problema, homens a partir dos 40 anos também podem ter varizes

Alguns homens se queixam das dores, inchaço e sensação de peso nas pernas

provocadas pelas varizes no membro inferior. Os homens, principalmente aqueles que estão na faixa etária de 30 e 40 anos são as principais vítimas das varizes.

Segundo o dr. Fernando Bacalhau, cirurgião vascular com título de especialista pela Sociedade Brasileira de An-giologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a hereditariedade é uma das principais causas. “As varizes consistem em veias tortuosas que apresentam um defeito em suas válvulas fazendo com que o sangue se movimente no sentido contrá-rio”, explica.

Se a mãe tem varizes, au-menta as chances dos filhos também apresentar o quadro. “No homem, outros fatores como obesidade, sedentaris-mo ou permanecer muito tem-po em pé ou sentado contribui para o surgimento das varizes”, afirma o cirurgião vascular.

As varizes masculinas po-dem passar despercebidas pe-los homens, uma vez que o pelo masculino camufla as veias. “A maioria dos homens só desco-bre que tem varizes porque vão

procurar ajuda médica para aliviar os sintomas como dor e inchaço nas pernas”, ressalta o dr. Fernando.

Geralmente, é após dos 50 anos que muitos recorrem à ajuda. ”Se as varizes fossem diagnosticadas cedo o homem evitaria todo esse sofrimen-to”, comenta o especialista.

Como amenizar as vari-zes masculinas?

Um dos tratamentos indi-cados para tratar as varizes é o laser endovenoso. “O pro-cedimento consiste na incisão de uma agulha no interior da veia para levar a fibra ótica do laser de diodo. Dessa forma, as veias de grande calibre são desativadas e tratadas por uma microfibra ótica”, revela o dr. Fernando.

Outras técnicas podem ser aliadas na hora de combater as varizes. “Existe ainda a escleroscopia com espuma - técnica que trata veias finas e grossas com injeção”, finaliza o especialista.

Estudos apontam que as cirurgias de varizes aumen-taram 30% nos últimos 4 anos. Isso quer dizer que um núme-ro maior de homens estão aderindo ao tratamento ao perceber o problema.

A maioria dos homens só descobre que tem varizes porque vão procurar ajuda médica para aliviar sinto-mas como dor

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