ah - principal | 22 de junho de 2016

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Lajeado, quarta-feira, 22 de junho de 2016 Ano 13 - Nº 1618 Avulso: R$ 2,00 Fechamento da edição: 21h Conexão Fundado em julho de 2002 LAJEADO: pelo contrato, município deveria repassar à Corsan o abastecimento na cidade. Como a estatal não chega em todos os bairros, foi preciso mudar o acordo Página 6 Página 11 ANDERSON LOPES Dano ao ambiente motiva interdição de presídio O Judiciário de Venâncio Aires proibiu o ingresso de presos vindos de outras comarcas na penitenciária estadual da cidade. Complexo inaugu- rado há pouco mais de um ano apresenta uma série de falhas estrutu- rais, entre as quais, a insuficiência na rede de esgoto. Nublado com chance de chuva Mínima: 9°C - Máxima: 15ºC TEMPO NO VALE FONTE: CIH/UNIVATES Abastecimento de água pode mudar em 11 bairros SEGURANÇA PÚBLICA A Assembleia Legislativa realiza, ama- nhã, audiência pública para debater os limites dos municípios de Imigran- tes, Roca Sales, Colinas, Coronel Pilar, Boa Vista do Sul , Westfália e Teutônia. Equívocos nas elaborações dos mapas duran- te as emancipações causam problemas em lo- calidades onde a população recebe parte dos serviços públicos de uma cidade mesmo per- tencendo a outra. O encontro ocorre às 19h, no Centro Comunitário Evangélico Arroio da Seca, em Imigrante. Página 5 Problema de divisa motiva audiência LIMITES DE MUNICÍPIOS TÁXIS IRREGULARES Pedido por fiscalização Página 8 Motoristas profissionais de Teutônia relatam atuação ilegal de taxistas. Categoria pede mais atuação do município. MACIEL DELFINO Avanço do sistema de fiscalização deve eliminar sonegação de impostos. Diogo Chamun, Presidente do Sescon Página 10

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Page 1: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Lajeado, quarta-feira,22 de junho de 2016Ano 13 - Nº 1618

Avulso: R$ 2,00

Fechamento da edição: 21h

Conexão

Fundado emjulho de 2002

LAJEADO: pelo contrato, município deveria repassar à Corsan o abastecimento na cidade. Como a estatal não chega em todos os bairros, foi preciso mudar o acordo Página 6

Página 11

ANDERSON LOPES

Dano ao ambiente motiva interdição de presídio O Judiciário de Venâncio Aires proibiu o ingresso de presos vindos de

outras comarcas na penitenciária estadual da cidade. Complexo inaugu-

rado há pouco mais de um ano apresenta uma série de falhas estrutu-

rais, entre as quais, a insuficiência na rede de esgoto.

Nublado com chance de chuva

Mínima: 9°C - Máxima: 15ºC

TEMPONO VALE

FONTE: CIH/UNIVATES

Abastecimento de água pode mudar em 11 bairros

SEGURANÇA PÚBLICA

A Assembleia Legislativa realiza, ama-nhã, audiência pública para debater os limites dos municípios de Imigran-

tes, Roca Sales, Colinas, Coronel Pilar, Boa Vista do Sul, Westfália e Teutônia. Equívocos nas elaborações dos mapas duran-

te as emancipações causam problemas em lo-calidades onde a população recebe parte dos serviços públicos de uma cidade mesmo per-tencendo a outra. O encontro ocorre às 19h, no Centro Comunitário Evangélico Arroio da Seca, em Imigrante. Página 5

Problema de divisa motiva audiência

LIMITES DE MUNICÍPIOSTÁXIS IRREGULARES

Pedido por fiscalização

Página 8

Motoristas profissionais de

Teutônia relatam atuação ilegal

de taxistas. Categoria pede mais

atuação do município.

MACIEL DELFINO

Avanço do

sistema de

fiscalização deve

eliminar sonegação

de impostos.

Diogo Chamun,

Presidente do Sescon Página 10

Page 2: AH - Principal | 22 de junho de 2016

2 A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

[...] de acordo com o Sebrae, as pequenas e

médias empresas correspondem a mais de 90% [...]

Editorial

A situação do modelo

carcerário estadual

ultrapassou os limites

do tolerável. A mais

nova notícia seria cômica se não

fosse trágica. Pouco mais de um

ano após inaugurado, o presídio

de Venâncio Aires foi interdi-

tado, após o Judiciário verificar

problemas no sistema de esgoto.

Um descalabro com o dinheiro

público. Como é possível uma obra

tão recente estar repleta de imper-

feições? Justo em um setor como o

penitenciário, carente de investi-

mento e melhorias há décadas.

Com esse plano de fundo, a

realidade da segurança pública

como um todo é preocupante.

Ainda que o Vale do Taquari tenha

uma situação menos caótica em

comparação com Porto Alegre e

a Região Metropolitana, é possível

afirmar que o quadro é de falência

das instituições.

Por parte das ações gover-

namentais, em um ano e meio

de governo Sartori, não há um

diagnóstico claro sobre as neces-

sidades da sociedade. Segue-se a

análise defasada dos boletins de

ocorrência, como se não houvesse

outra forma de medir os índices

de criminalidade. Um trabalho

com dados distorcidos, reprodu-

zindo os mesmos erros cometidos

ano após ano, gestão após gestão.

Para o público, a divulgação das

informações é seletiva. A falta de

transparência serve para a repeti-

ção de clichês. O mais do mesmo

aparece no discurso do déficit de

efetivo, do pouco investimento, da

necessidade de mais presídios e de

leis mais restritivas e punitivas.

Não se abre o debate sobre

segurança pública. Como uma vi-

seira para cavalo, se olha apenas

para uma direção. Exemplos po-

sitivos, com adoção de sistemas

inteligentes de gestão, com mais

controle, monitoramento e análi-

se de informações, se perdem na

práxis tradicional.

As instituições de seguran-

ça pública não têm sistemas

integrados e compartilhamento

de informações. Os boletins de

ocorrência da Brigada Militar

continuam sendo repassados à

Polícia Civil da mesma forma,

sem a instantaneidade necessá-

ria nesta Era da Informação.

Com um governo que segue

alardeando aos quatro ventos

a impossibilidade de fazer

INDICADORES ECONÔMICOS

REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS

[email protected]

COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4210CEP 95900-000 - Lajeado - [email protected]

[email protected]@jornalahora.inf.br

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto

ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS

EXPEDIENTE

MOEDA COMPRA VENDA

Dólar Comercial 3,4070 3,4076

Dólar Turismo 3,3400 3,5300

Euro 3,8322 3,8329

Libra 4,9701 4,9727

Peso Argentino 0,2444 0,2446

Yen Jap. 0,0324 0,0324

ÍNDICE MÊSÍNDICE

MÊS (%)

ACUMU-LADO

ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 05/2016 0,67 4,25

IGP-DI (FGV) 05/2016 1,13 4,31

IGP-M (FGV) 05/2016 0,82 4,15

INPC (IBGE) 05/2016 0,98 4,60

INCC 05/2016 0,19 2,25

IPC-A (IBGE) 05/2016 0,78 4,05

BOLSAS DE VALORES

PONTOVARIAÇÃO

(%)FECHAMENTO

Ibovespa (BRA) 50838 1,01

cotação do dia anterior até 17h45min

Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10

S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42

Nasdaq (EUA) 4.844 0,14

DAX 30 (ALE) 10.016 0,54

Merval (EUA) 11.400 0,00

Cotação do dia anterior até 17h45min, Valor econômico.

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1290.0 cotação do dia 21/06/2016

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 50,65 em 21/06/2016

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)

MÊSÍNDICE

MÊS (%)ACUMULADO

ANO (%)

TJLP 7,5

Selic 14.25%(meta)

TR 05/16 0,2043 0,9361

CDI (Mensal) 05/16 1,1074 5,4955

Prime Rate 05/16 3.25 3,25 (Previsto)

Fed fund rate 05/16 0.50 0,25 (Previsto)

Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss

Diretor de Operações Fabricio de Almeida

Flavio Mantovani, coordenador do curso de ciência contábeis do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica Artigo

Sob o ponto de vista de certos

críticos, o empreendedorismo não

vem exercendo seu papel funda-

mental que é o de transformar a

realidade social. Esse grupo, em

geral, fundamenta suas teses

na falácia das medidas liberais

sobretudo pela incapacidade de

corrigir problemas estruturais

como o subemprego, a informali-

dade e a desigualdade.

Atribuem ao poder central a

responsabilidade pela gestão e

prestação dos serviços e abomi-

nam a discussão de temas como

privatização, flexibilização das

relações de trabalho e formas

de distribuição de renda. São

definitivamente contrários às

ideias neoliberais e chegam a

afirmar que o empreendedorismo

não cria novidades, não é solução

de desemprego e não muda de

centemente rombo de mais de R$

170 bilhões nas contas públicas

e ainda, como se não bastasse, o

estado lastimável que se encon-

tram as condições das áreas da

saúde, educação, previdência,

segurança, etc.

Esses críticos esquecem que,

de acordo com o Sebrae, as

pequenas e médias empresas

correspondem a mais de 90%

do total de empresas no Brasil,

e por essa razão, são as grandes

responsáveis pela geração de

empregos e renda. Em contraste,

o que tem feito a máquina cen-

tral para beneficiar e estimular

o empreendedorismo?

As pesquisas revelam que

o Brasil é um dos países que

praticam carga tributária seme-

lhante à de países desenvolvidos

e daqueles que menos retorno

produzem de benefício à socieda-

de. Mostram ainda as pesquisas

o atraso do país na condição de

liberdades econômicas, fomento

de pesquisas para inovação e

iniciativas de estímulo à criação

e desburocratização em relação

à criação de micro e pequenas

empresas.

Diante desse quadro, evidencia-

-se uma vez mais a incompetên-

cia da gestão pública, mostran-

do-se centralizadora, insuficiente

do ponto de vista financeiro e

excessivamente burocrata. Deve

o Estado sim criar políticas de es-

tímulo a iniciativas de liberdades

econômicas, desburocratizar o

sistema de cobrança de impostos,

diminuir o custo e o tempo de

abrir um negócio e prestigiar e

incentivar o empreendedorismo e

a inovação.

forma significativa a sociedade.

Pois bem, o país está passando

por um dos seus piores momen-

tos, em meio a uma crise política,

econômica, social, moral e ética.

As autoridades anunciaram re-

Por parte das ações governamentais,

em um ano e meio de governo Sartori,

não há um claro diagnóstico sobre

as necessidades da sociedade. Segue-se a análise defasada

dos boletins de ocorrência, como se não houvesse outra forma de

medir os índices de criminalidade.

algo novo devido à falta de

dinheiro, instituir uma políti-

ca de segurança pública é um

sonho distante. O projeto de

policiamento comunitário foi

fadado ao fracasso. Envolver

a sociedade civil no processo é

fundamental, pois institui um

trabalho em rede, no qual todos

atores locais se sentem parte.

Como está previsto no Código

Penal, o setor é responsabilida-

de de todos.

Se nas ruas as pessoas es-

tão cada vez mais à mercê da

bandidagem, também não há

qualquer plano governamental

para tornar os presídios espaços

que ofereçam possibilidade de

ressocialização dos detentos.

As políticas de segurança

devem também envolver a

educação. Adotar como meta a

evasão zero nas escolas públicas.

O fator principal para o avanço

da criminalidade é justamente o

distanciamento das políticas pú-

blicas das localidades carentes.

O perfil do preso é esse. Pessoas

pobres, com pouco estudo e que

foram cooptadas pelas facções

criminosas. E isso não se resolve

com mais prisões.

Page 3: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Opinião 3A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Fernando [email protected]

Consenso vira moda. Mas requer maturidade

Pelo visto, Westfália

está fazendo escola. O

consenso estabelecido

nas eleições de 2012,

que recolocou Sérgio Marasca

(PT) por mais quatro anos no

comando da prefeitura, aparece

como forte possibilidade em

pelo menos outros três municí-

pios da região.

Em Westfália, já está certo.

Otávio Landmeier (PMDB) é pré-

-candidato único, apoiado por

todos os demais partidos. Em

Coqueiro Baixo e Canudos do

Vale, a mobilização em torno de

consenso também cresce à medi-

da que a eleição se aproxima.

O mais recente município a

esboçar candidatura única é Co-

linas. A cassação do ex-prefeito

Gilberto Keller (PMDB) em 2013

estabeleceu um clima turbu-

lento entre líderes partidários

opostos. As divergências avan-

çaram sobre questões pessoais

e descambaram para brigas

familiares que nem o tempo está

conseguindo dirimir. Em um

município com cerca de dois mil

habitantes, desavenças desse

tamanho retardam o desenvolvi-

mento e travam políticas coleti-

vas. Não favorecem ninguém.

Os principais partidos de

oposição, como PP, PTB, PSDB e

A Facudade La Salle, de Estrela, promove mesa-redonda para

discutir o melhor uso do Porto. O encontro é uma iniciativa do

coordenador do curso de Logística da instituição, Marciano Bruch.

Participam do debate o prefeito Rafael Mallmann, presidente da

Cacis, direção do Porto e representante da CIC regional.

DEM, não descartam um acordo

com o PMDB e PT, que hoje

governam a cidade. A única e

imutável condição para cons-

truir o consenso é que o nome

indicado pelo PMDB não tenha

qualquer ingerência ou “dedo”

do ex-prefeito Keller.

Edelbert Jasper, professor

aposentado e prefeito por dois

mandatos pelo PMDB, ganha

em expressão. O nome dele,

inclusive, é citado com bom

grau de aceitação pelos partidos

oposicionistas. O próprio Jasper

aceitaria o desafio de tentar

reunificar famílias e afastar o

ódio que toma conta de muitos

corações e mentes de Colinas.

Ainda é prematuro e temerá-

rio sacramentar um consenso,

mas o fato de partidos com

histórico de brigas e desavenças

agudas mostrarem interesse

em sentar a mesma mesa para

propor entendimento merece o

registro.

Riscos. Uma eleição definida

por consenso não significa con-

luio ou conchavo sobre qual-

quer coisa ou fato. Estabelecer

candidatura única numa eleição

denota atitude de maturidade,

mas jamais deve ignorar o valor

do contraditório, premisa básica

num estado democrático.

Fazem bem os partidos dos

municípios acima citados em

admitir consenso. O desgaste e

o custo de uma eleição polariza-

da é muito maior do que aquela

em torno de um projeto único,

sustentado por uma chapa plu-

ripartidária, unindo situação e

oposição.

Se os acordos priorizarem o

desenvolvimento do municí-

pio e a qualificação do serviço

público, os consensos surgem

como ótima alternativa. O

exemplo de Westfália, com um

dos melhores índices de desen-

volvimento e renda da região, é

a receita a ser seguida.

Li no A Hora de sábado.

“Estado promete obras de

asfalto mais uma vez”.

O secretário estadual de

Transportes, Pedro Wes-

tphalen, esteve na região

nessa sexta-feira e falou

sobre as obras viárias do

Vale. Entre as garantias

de pavimentação, Wes-

tphalen cita a ERS-421,

no trecho entre Sério e Bo-

queirão do Leão. Falou

em anunciar “ordem de

início em breve”.

Além da ERS-421, tam-

bém com trecho inacaba-

do entre Forquetinha e

Sério, a região aguarda

pelo asfaltamento da ERS-

482 de Arroio do Meio

a Capitão, da ERS-129

de Colinas a Roca Sales

e em trecho de Arroio

do Ouro, em Estrela, da

VRS-811, de Arroio do

Meio a Travesseiro e,

por último, da ERS-425 de

Nova Bréscia a Coqueiro

Baixo.

Promessas como a de

Westphalen se repetem faz

décadas. Frente ao caos fi-

nanceiro no qual está mer-

gulhado o Estado, custa

acreditar no cumprimento

delas. Tomara que Wes-

tphalen e o atual governo

não insistam em frustrar e

alimentar esperança vazia

na população que aguarda

faz anos por essas obras.

Dá pra acreditar?

Estabelecer candidatura única

numa eleição denota atitude de maturidade,

mas jamais deve ignorar o valor do

contraditório, premisa básica num estado

democrático.”

Porto em debate

Page 4: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Política

A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 20164

Acordo pode definir candidato da situaçãoPROGRESSO – Mantida a coligação de 2012

entre PP e PDT, um acordo verbal define nos

próximos dias o nome para a o pleito de

outubro. O trabalhista Gilberto Constantin é

o favorito para concorrer à vaga deixada por

Edgar Cerbaro (PP). Na oposição, concorrem à

indicação do PMDB os ex-prefeitos Luís Paulo

Manini, Valmor Soletti e o presidente da câ-

mara, Darci Deboben. A indicação do vice na

chapa deve ficar a cargo do PTB.

Lajeado

O projeto para criação

dos cargos em função

gratificada de direto-

res geral, previdenciá-

rio e administrativo do Executivo

foi aprovado na sessão de ontem.

Eles devem atuar no acompa-

nhamento do fundo municipal

necessário ao Regime Próprio de

Previdência Social (RGPS), im-

plantado neste ano em função

de apontamentos do Tribunal de

Contas do Estado (TCE).

Conforme mensagem justifica-

tiva do projeto, os cargos serão

exclusivos para funcionários pú-

blicos concursados. Entre 29 de

abril e 9 de maio, a administração

municipal abriu edital de chama-

mento público para os interessa-

dos nas três vagas. Uma lei com-

plementar sugere eleição entre

funcionários para tal escolha.

Na sessão, ainda foram apro-

vados projeto de abertura de cré-

dito especial de R$ 8 mil na Se-

cretaria da Juventude (Sejel) para

pagamento de dívida referente a

2015, e outro de R$ 306. Também

recebeu parecer favorável a pro-

posta que denomina de rua Decio

Senir Zimmer uma via do bairro

Floresta. A proposição é do verea-

Executivo encaminha projeto sobre faixas de domínio em rodovias estaduais e federal

Vereadores aprovam criação de três cargos

dor Sérgio Rambo (PT).

Houve só um pedido de vistas

na sessão de hoje, para o proje-

to que autorizaria a abertura de

créditos especial e suplementar

de R$ 2,2 milhões para a área da

saúde. A maior fatia do recurso

servirá para custeio de terceiri-

zados. O restante está destinado

para ampliações das unidades

da Estratégia de Saúde das Fa-

mílias (ESF) nos bairros Morro

25 e Campestre.

Leis sobre cobranças fiscais

Ontem, o prefeito encaminhou

novos projetos à câmara. Um de-

les autoriza a Procuradoria Geral

do município a não ajuizar ações

ou execuções fiscais de débitos

tributários e não tributários de

valores consolidados iguais ou

inferiores a R$ 1,9 mil. Segundo

justificativa, é o valor médio gas-

to com execução de cobranças

que chegam a perdurar por até

dez anos.

Outro projeto autorizará os pro-

curadores do município a reque-

rerem a extinção das execuções

fiscais “as quais não é mais pos-

sível, comprovadamente, reaver o

crédito tributário, também conhe-

cido como ‘crédito podre’”. Para o

Executivo, determinadas dívidas,

entre elas de massas falidas, “aca-

bam por gerar execuções fadadas

ao insucesso, cujo prosseguimen-

to não só é inútil, bem como preju-

dicial as demais demandas”.

O Executivo também encaminhou proposta de alteração do mapa viário da cidade. O projeto institui mu-danças no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) de Lajeado, principal-mente em relação às faixas de domínio e edificantes em rodovias federal e estaduais que cruzam o município.

Para a BR-386, a ERS-130 e a RSC-453, por exemplo, a largura da faixa onde não são permitidas edificações precisa respeitar distância de até 15 metros da rodovia. Já nas ruas Pedro Theobaldo Breindenbach (ERS-421) e na Carlos Spohr Filho (ERS-413), vale conforme recuo de jardim já estabelecido pelo PDDI.

FAIXAS DE DOMÍNIO

Na sessão plenária, o vereador Waldir Gisch (PP) questionou prescrição de dívida com a Estofados Conforto

RODRIGO MARTINI

Estado

Um dia após confirmar o acor-

do para suspender o pagamento

da dívida com a União, o gover-

nador José Ivo Sartori afirmou

que isso não garante o paga-

mento integral da folha. Em co-

letiva realizada ontem no Palá-

cio Piratini, Sartori comemorou

o acordo que define cobrança

com desconto escalonado a par-

tir de janeiro de 2017.

Apesar de garantir ganhar

fôlego com a medida, o gover-

no segue afirmando que as difi-

culdades para pagar a folha do

executivo em dia. “Não resolve

nem os problemas da folha. O

que deixaremos de pagar, repre-

senta um quinto do total”, afir-

ma Sartori.

Congelamento de salários

Ao mesmo tempo, a base alia-

da trabalha para apresentar

projeto de congelamento dos sa-

lários dos três poderes. O proje-

to tem forte resistência entre os

parlamentares, tanto da oposi-

ção quanto da base aliada.

Além das dificuldades natu-

rais de uma proposta do gênero

ser aprovada, Sartori ainda terá

de enfrentar o descontamento

dos servidores que tiveram ven-

cimentos atrasados. A situação

colocou o funcionalismo em pé

de guerra com o executivo.

Afora isso, a proposta inter-

fere diretamente na autono-

mia orçamentária dos poderes.

Representantes do judiciário

condenaram o veto de Sarto-

ri ao reajuste de 8,13% para os

servidores aprovado na Assem-

Renegociação da dívida não garante pagamento em diableia. A Lei de Diretrizes e Bases

Orçamentárias (LDO) que prevê

o congelamento em maio, e até

agora não foi votada.

Uma das áreas mais criticadas da atual gestão do PMDB a frente do Pi-ratini, a segurança deve receber mais investimen-tos. Foi o que prometeu o governador ontem.

Sem definir valores ou prazos, Sartori disse afirmou que os investi-mentos no setor serão prioridades juntamente com o pagamento inte-gral da folha salarial.

VERBA PARA SEGURANÇA

Page 5: AH - Principal | 22 de junho de 2016

CidadesCodevat debate planejamento estratégico

SANTA CLARA DO SUL – O Conselho de

Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat)

promove hoje debate sobre planejamento estra-

tégico. O encontro ocorre no Centro Administra-

tivo, a partir das 9h. Estão convidados agentes

políticos, conselheiros, entidades organizadas,

sindicatos, associações, clubes e demais pessoas

da comunidade. A iniciativa do Codevat, com

apoio do governo do RS, visa fazer um diagnósti-

co nos municípios do Vale para a elaboração de

propostas e projetos que balizem ações regionais

e estaduais nos próximos 15 anos.

A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016 5

Hilario Bergmannagricultor

Ficamos divididos por uma briga

política e pertencemos a um

ou outro município, dependendo do resultado das

eleições.”

Vale do Taquari

Para solucionar proble-

mas quanto às divisas

municipais verificadas

em Imigrante, Roca Sa-

les, Colinas, Coronel Pilar, Boa

Vista do Sul, Westfália e Teutô-

nia, a Comissão de Assuntos Mu-

nicipais da Assembleia Legislati-

va realiza audiência amanhã, às

19h. O encontro ocorre no Centro

Comunitário Evangélico Arroio da

Seca, em Imigrante.

A falta de delimitações rígi-

das na época das emancipações

– em especial em 1995, quando

diversos municípios do Vale so-

licitaram o desmembramento –

provocou os equívocos na elabo-

ração do mapa.

Existem localidades onde a

população recebe serviços como

transporte escolar, atendimento

de saúde e incentivos no setor pri-

mário de um determinado muni-

cípio e pertence a outro.

Em Westfália, na comunidade

de Linha Berlim Fundos, seis famí-

lias usufruem dos serviços ofere-

cidos pelo Executivo, no entanto, o

território pertence a Boa Vista do

Sul. “Os agricultores têm carros

emplacados, talões de produtor e

recebem terraplanagem com nos-

sos recursos, mas a área não nos

pertence”, aponta o vice-prefeito

Otávio Landmeier. O impasse

ocorreu na época de emancipação

dos dois municípios.

Imigrante apresenta conflito

de divisas com cinco municípios

– Colinas, Coronel Pilar, Boa Vis-

ta do Sul, Westfália e Roca Sales,

onde existe o principal incômo-

do. Segundo o prefeito Celso Ka-

plan, os moradores de Linha Rex

residem a um quilômetro de Imi-

grante e 22 quilômetros da cida-

de de origem.

Para Kaplan, modificar o tra-

çado exige tempo. Caso todos

os envolvidos concordem com o

início do processo de regulariza-

ção, o projeto será encaminhado

– Os municípios, o governo do Estado ou o IBGE podem

solicitar a revisão das divisas por meio de ofício à Comis-

são de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa;

– Os deputados farão um projeto de lei, que será enca-

minhado à Divisão de Geografia e Cartografia da Secre-

taria Estadual de Agricultura, Pesca e Agropecuária;

– Os técnicos do Estado visitarão os municípios com a

lei de emancipação para verificar as incorreções. Os erros

dos mapas devem ser corrigidos de maneira mais eficaz,

pois, hoje, são usados o GPS;

– Com as correções confirmadas, os geógrafos de-

volvem o projeto aos deputados, que votarão as novas

delimitações.

Encontro em Imigrante discute alternativas para atualizar limites territoriais

Audiência aborda redefinição de limites

MOTIVOS DOS IMPASSES

A SOLUÇÃO

– Falta de regras rígidas para a elaboração de projetos

de emancipação;

– Em algumas leis de emancipação, as descrições eram

subjetivas. Em 1954, um município da Serra determinou

que a divisa ocorre conforme a sombra feita pelo mato de

uma comunidade;

– A chamada Farra das Emancipações, quando nos

anos de 1988, 1992 e 1995 diversas comunidades soli-

citaram o desmembramento. O estado, que no início da

década de 1980 tinha cerca de 250 municípios, passou

para 496;

– Quando as emancipações foram feitas, não existiam

aparelhos sofisticados, como o GPS;

– Quadro de geógrafos do estado, responsáveis pela

confirmação dos dados encaminhados, é insuficiente.

Cada solicitação demora cerca de 90 dias para ser aten-

dida e as visitas a campo duram de dois a três dias;

– Contratação de profissionais incapacitados para ela-

borar os mapas dos municípios desmembrados.

Fonte: Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa

às câmaras de vereadores e, com

aprovação, à Assembleia Legisla-

tiva. Depois será formada uma

comissão para buscar uma solu-

ção para discrepância. O censo re-

alizado pelo IBGE servirá de base

para oficializar os limites.

Distância motiva revisão Há seis anos, está formada uma

associação que luta para modifi-

car o limite territorial entre Bo-

queirão do Leão e Sério. Presidida

pelo agricultor Hilario Bergmann,

a entidade buscou em 2013 apoio

de assessores da Assembleia Legis-

lativa.

Segundo Bergmann, um proje-

to foi aprovado por unanimida-

de pelo Legislativo de Sério e a

governo arcou com custos para

delimitar o novo traçado entre os

municípios. No entanto, as nego-

ciações nunca avançaram por fal-

ta de acordo com o Executivo de

Boqueirão do Leão.

Cerca de 40 famílias vivem em

uma situação incômoda. Resi-

dem em território pertencente

a Boqueirão do Leão, porém, os

documentos como título de elei-

tor, talão de produtor e o reco-

lhimento de impostos estão em

Sério. “Moramos a 20 quilômetros

de Boqueirão do Leão e apenas

quatro de Sério, onde o trecho é

pavimentado. Parte da nossa co-

munidade nem consta no mapa

de Boqueirão.”

Problemas se repetem Em Progresso, cerca de 20 fa-

mílias da comunidade de São Luiz

são atendidos pelo município,

mas pertencem a Boqueirão do

Leão. Há indefinição também em

localidades que fazem divisa com

Canudos do Vale.

O problema também ocorre nas

divisas entre Forquetinha, San-

ta Clara do Sul e Marques de

Souza. Moradores mantêm talão

de produtor e título de eleitor em

cidades distintas.

Em Arroio Galdino, a igreja está em Sério e o ginásio em Boqueirão do Leão

FELIPE NEITZKE

Page 6: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Cidades6 A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Lajeado

O Executivo lança pro-cesso licitatório para concessão da rede de abastecimento de água

e esgotamento sanitário em áreas específicas do município. A aber-tura das propostas está agendada para 20 de julho. Os serviços de saneamento previstos no edital incluem a operação, manuten-ção, ampliação e cobrança direta aos usuários. A Corsan questiona a legalidade do processo, que im-pactará em pelo menos 12,5 mil lajeadenses.

Conforme o edital de licitação, já retirado por quatro empresas – uma com sede em São Paulo –, a área a ser concedida envolve pon-tos dos bairros Conventos, Cente-nário, Floresta, Moinhos d’Água, São Bento, Planalto, Bom Pastor, Olarias, Montanha, Igrejinha e Imigrante. O prazo de concessão é de dez anos, prorrogável por ou-tra década.

Essas áreas eram de respon-sabilidade da Corsan, conforme contrato firmado entre governo municipal e estatal, em 2008. Fato esse que sempre gerou reclama-ções por parte dos moradores. No entanto, conforme o secretário de Meio Ambiente (Sema), José Antu-nes, parte do acordo foi rompido.

Pelo contrato, diz o secretário, todo o município deveria ser aten-dido pela Corsan. Foi feito o rom-pimento parcial em função da fal-ta de atendimento da estatal em determinadas regiões. “Como pelo Plano de Saneamento tais redes não podem pertencer a particula-res, lançamos o edital”, informa.

Hoje, nos bairros previstos para a concessão, o abastecimento é realizado pela própria adminis-tração municipal, e também por associações de moradores e lotea-

Licitação prevê escolha de concessionária para abastecimento em 11 bairros

Executivo programa nova rede de água

doras. “Nem mesmo a prefeitura estaria apta, pois careceria de um setor ou departamento específico para coordenar os serviços”, co-menta o secretário.

O decreto de caducidade par-cial do contrato com a Corsan foi assinado pelo então prefeito em exercício, Vilson Jacques, em 12 de maio, e publicado no Diário Oficial Eletrônico do município quatro dias depois. As razões, segundo o assessor jurídico da prefeitura, Juliano Heisler, decorrem de uma série de pontos descumpridos no acordo. “Houve até apontamentos do Tribunal de Contas do Estado”, afirma.

Corsan pode recorrerDe acordo com o gerente da

unidade da Corsan em Lajeado, Alexsander Pacico, o contrato fir-mado em 2008 continua vigente. A estatal já investiu, por exemplo, quase R$ meio milhão no bairro Conventos. Ele não soube precisar

se entrará com recurso diante do decreto de caducidade divulgado pela administração municipal. A reportagem encaminhou essas questões, mas não houve respos-tas até o fechamento da edição.

Já o secretário da Sema alerta para problemas no contrato em áreas do município atendidas pela estatal. “Ela falha em outros pontos do contrato. Creio que a estatal, devido a esses problemas financeiros verificados no estado, não vá recorrer. Ela não tem mais estrutura para atender a todos os municípios onde mantém con-trato”, opina. “Ademais, a Corsan pode participar do edital”, acres-centa.

Comunidade preocupadaA dona de casa Virgínia da Ro-

cha, 55, teme que a mudança na administração da água do bairro

Conventos possa encarecer o ser-viço. Diz ter reduzido os gastos de-pois que se mudou do bairro São Cristóvão. “Pagava muito mais caro lá”, afirma.

Em licença-sáude por um pro-blema na coluna, Ernani da Silva, 49, diz ser contra a Corsan assu-mir os trabalhos, não só pelo va-lor, mas pela qualidade. A água de poço artesiano agrada mais os moradores. “Temos água direto da fonte.”

Detalhes do editalPelo documento, caso seja extin-

ta a concessão, “todos os bens a ela afetos, recebidos, construídos ou adquiridos pela concessionária reverterão ao poder concedente.” Além disso, cita que a empresa deve se responsabilizar, “integral e isoladamente, cível e criminal-mente, por todos e quaisquer da-

nos causados a terceiros, aos usu-ários dos serviços, a integrantes da administração municipal ”.

Constam ainda no edital os de-talhes sobre a forma de captação da água. Segundo o documento, a concessionária terá como fonte de abastecimnento águas “super-ficiais e subterrâneas”. Já para o tratamento de efluentes domés-ticos, o processo licitatório prevê que as soluções tecnológicas para o esgotamento sanitário poderão ser tratamentos individuais ou coletivos.

PROJEÇÃO POPULACIONAL

Ano População Lajeado População área concedida

2017 80.376 13.881

2021 85.630 14.788

2025 90.885 15.696

2029 96.140 16.603

2033 101.394 17.511

2037 106.649 18.418

2042 113.217 19.553

Hoje, moradores dos bairros previstos na lici-tação pagam em média R$ 30 por mês. O valor é menor para os sócios das associações de água, e pode ser mais caro, de-pendendo da área onde mora o usuário. Com a nova concessão, o preço da tarifa deve aumentar em função, principal-mente, do tratamento de esgoto.

Conforme o edital, a tarifa média de água a ser calculada será “aquela necessária para cobrir os custos, os investimentos e o próprio custo de oportunidade do capital, proporcionando a cobertura, além do total das despesas, da rentabi-lidade alternativa ”. Já os valores serão reajustados a cada 12 meses, por su-gestão da concessionária e avaliação do Executivo e da Agergs.

Em relação à tarifa de esgoto, será usada a prática das empresas de saneamento de adotar coeficiente de retorno de esgotos sobre o consumo de água. Esse coeficiente geralmente é estabele-cido em 0,80, conforme comprovações de testes empíricos no Brasil, que medem o volume de consumo de água das economias que retorna como esgoto para coleta, condução e tratamento.

TARIFA DEVE

AUMENTAR

Em Conventos, abastecimento decorre das associações. Comunidade demonstra preocupação com a possível mudança

ANDERSON LOPES

Page 7: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Cidades 7A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Lajeado

Com o tema “Amanhã

se faz Agora. Você está

Preparado?”, a Câmara

de Dirigentes Lojistas

(CDL) pretende trazer a reflexão

e o treinamento profissionais

aos empreendedores locais. A

16a Convenção da Câmara de Di-

rigentes Lojistas ocorre amanhã,

no Clube Tiro e Caça (CTC), a par-

tir das 8h30min. Serão ministra-

das cinco palestras para um pú-

blico estimado em 800 pessoas.

Para o vice-presidente de ca-

pacitação e coordenador da con-

venção, Ricardo Luís Diedrich,

desde o ano 2000, diversos for-

matos foram evoluindo para um

movimento mais democrático.

“Não é mais um evento regional,

tampouco lojista. Atende a todos

os profissionais que buscam o

aprimoramento”, comenta.

O momento mais esperado

do dia ocorre às 16h30min, na

Maestro João Carlos Martins será um dos palestrantes no evento de amanhã

Convenção lojista inspira novos desafios

palestra do maestro João Carlos

Martins, com o tema “Tocando

uma empresa”. Em entrevista

concedida ao A Hora, no dia 21

de abril, o maestro comparou o

funcionamento de uma empresa

com uma orquestra. “Não tem

como uma música sair perfeita

sem que todos realizem sua fun-

ção com maestria e dedicação.”

Aos 75 anos, o músico brasi-

leiro aparece no documentário

franco-alemão Martins Passion.

Foi destaque na revista New

York Magazine e no Boston Glo-

be, que ressaltaram o talento do

pianista, colocando-o como um

dos mais entusiastas intérpretes

de Bach, depois do legendário

Glenn Gould.

No fim de 2004, gravou as

Quatro Suítes Orquestrais de

Bach com a Bachiana Chamber

Orchestra. Hoje, o maestro é re-

conhecido como o mais fiel ar-

tista a ter executado Bach em

teclado.

Outras palestras O arquiteto e especialista em

Design Estratégico, Adriano

Braga, aborda as mudanças na

palestra “Inovação e estratégia

para obter melhores resultados”.

O cientista de dados, Ricardo Ca-

ppra, trata sobre “Marketing Ha-

cking: utilizando a informação

para agregar valor e construir

relacionamentos”. A jornalista

Giane Guerra e o mestre em Eco-

nomia, Lucas Schifino, analisam

os desafios para o varejo e qual

será o futuro do setor na pales-

tra intitulada “Rumos da econo-

mia pós-crise”.

A venda do último lote de in-

gressos está no valor de R$ 185

para associados CDL Lajeado e

R$ 195 para os demais.

Cientista de dados A palestra do cientista de da-

dos Ricardo Cappra servirá para

ajudar pessoas e empresas a to-

marem melhores decisões orien-

tadas por inteligência analítica.

Entre os principais clientes do

cientista, estão o governo dos

EUA, Coca-Cola, Whirlpool, Ban-

co Mundial, Rede Globo e Banco

Itaú.

Cappra usa a experiência em

tecnologia da informação para

potencializar negócios e anali-

sar performances. Participou de

importantes projetos ajudando

marcas como Obama, Barcelo-

na, Microsoft, Petrobras, Ameri-

canas, entre outras. Dedica-se a

encontrar formas de contribuir

para a evolução de negócios por

meio da ciência de dados.

Participação do maestro João Martins começa às 16h30min no salão CTC

DIVULGAÇÃO

Page 8: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Cidades8 A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Teutônia

A ausência de fiscais para

exigir o cumprimento

das normas e atender

reclamações permitem

a concorrência desleal entre taxis-

tas. Desde 2013, o Executivo defi-

niu a obrigatoriedade da padro-

nização dos veículos, instalação

de taxímetro com tarifa base e a

exigência de curso para exercer

a função. A medida foi adotada

para evitar abusos nas cobranças,

definir pontos e qualificar o servi-

ço. A administração municipal

também se comprometeu a con-

tratar profissionais para intensi-

ficar o controle.

Passados três anos, taxistas se

mostram descontentes quanto ao

cumprimento das promessas do po-

der público. Relatam ainda casos de

deslealdade dos colegas diante da

falta de fiscalização.

Sadi Schrammer, 48, exerce a

profissão faz cinco anos e sentiu o

impacto das mudanças. Antes con-

duzia um Gol vermelho e, para se

adequar às normas, teve que vender

o veículo e comprar um Grand Siena,

de cor branca. Além disso, instalou

taxímetro e colocou os adesivos late-

rais conforme regulamento. O inves-

timento superou R$ 30 mil.

Desde que o município passou

a exigir cobrança por tarifa, ele

notou a redução na cartela de

clientes. “Antes uma corrida até

a Boa Vista era R$ 8, agora chega

a R$ 14. Desde que foi colocado o

taxímetro, quem usa corretamen-

Concorrência desleal e não cumprimento das leis municipais preocupam a classe

Taxistas alertam para transporte ilegal

te tem menos serviço. Outros não

ligam o aparelho, fazem desconto

e tiram os clientes dos outros. Isso

não está certo.”

A sugestão é colocar fiscais nas

ruas para controlar o serviço. Se-

gundo Schrammer, há profissio-

nais com veículos registrados em

Paverama que trabalham dentro

de Teutônia. Outros não respei-

tam o ponto conforme definido

no setor de Trânsito e poucos têm

carteira de taxista. “O que pedi-

ram, estou fazendo, mas a parte

deles ainda não fizeram.”

Associação não é ouvida, diz representante

Criada em outubro de 2013, a

organização reuniu os profissio-

nais para discutir as demandas e

viabilidade para o setor. Conforme

o vice-presidente Paulo Roberto

Viana Ferreira, 30, falta a respos-

ta do poder público. As denúncias

de irregularidades são relatadas

nas reuniões e levadas à adminis-

tração municipal, mas nenhuma

providência é tomada. “As regras

só melhoraram para a prefeitura.

Fizemos o que foi exigido, mas não

teve a parte do poder público para

auxiliar. Não existe fiscalização.

Estamos sem reajuste na tarifa e já

ocorreram seis aumentos no preço

do combustível. A prefeitura dei-

xou a desejar.”

Outra demanda levantada pelo

grupo é a má distribuição dos

pontos de acordo com o fluxo de

pessoas. Segundo Ferreira, há em-

barque no final do Alesgut, onde

não há movimento. No supermer-

cado, em Languiru, oito taxistas

disputam clientes, enquanto na

rodoviária três táxis aproveitam

o fluxo de passageiros.

Sobre a leiA legislação vigente faz três anos

exige que os veículos tenham pre-

dominância na cor branca, com

faixas laterais identificando o pon-

to e dois números de telefone. O

brasão do município é obrigatório,

assim como o letreiro luminoso e o

taxímetro.

A tarifa é de R$ 4,50. Das 6h1min

às 21h59min, são acrescidos R$

2,40 por quilômetro rodado. Das

22h às 6h e nos domingos e feria-

dos, mais R$ 3,50 sobre a tarifa.

“Foram contratados três fiscais”, secretário do Planejamento

A Hora – Qual a dificuldade em contratar um fiscal de Trânsito?

Rudimar Büneker – Não é dificuldade. Podemos contra-tar um servidor para controlar o trânsito. Em determinado momento, ele vai exercer bem a função, até que esteja tudo controlado. Depois vai ficar um tempo ocioso. Sou fiscal e estou de licença porque assumi o Planejamento. Foram contratados três fiscais e a ideia é fazer um remanejamento para que cada um consiga fazer um pouco e então atender o trânsito. A ideia é essa, mas ainda não formatamos nada em específico, temos que sentar com secretário da Fazenda, de Obras e projetar.

Nos dois meses em que assumiu a Secretaria de Planejamento, recebeu alguma denúncia sobre irregu-laridades?

Büneker – Diretamente não. Se os profissionais fizeram alguma reclamação, foi para o responsável anterior pela secretaria.

Que orientação recebeu para lidar com as denún-cias?

Büneker – Pelo fato de ainda não ter ocorrido, nem saberia ter o comportamento ideal. Teríamos que ver a veracidade da denúncia. Se aparecer alguma, teremos que ir atrás. Nem todas as denúncias são possíveis de averiguar. Quando ocorre algo em um momento, até chegar lá já é outro momento. É difícil averiguar. Como não aconteceu ainda, teríamos que ver que tipo de denúncia. Teria que acontecer.

Mesmo com taxímetro, associação diz que alguns não ligam o aparelho

MACIEL DELFINO

Estado

Cerca de 12 mil servidores pú-

blicos estaduais foram desconta-

dos indevidamente pelo Banrisul

ontem. Os descontos foram re-

ferentes ao pagamento dos em-

préstimos do 13º, feito no ano

passado quando o Governo não

conseguiu cumprir com a obri-

gação. Os servidores que fizeram

empréstimo para assegurar o be-

nefício do ano passado ficaram

no negativo devido ao erro.

Segundo os administradores

do banco, o problema foi causa-

do por um erro operacional. Com

isso, o débito foi registrado nas

contas antes do crédito. Ao longo

do dia o presidente do Banrisul,

Luiz Gonzaga Veras Mota, garan-

tiu que o problema seria resolvi-

do até hoje.

Em entrevista à Rádio Guaíba

de Porto Alegre, garantiu que

a instituição não cobrará juros

dos clientes que ficaram negati-

vados. “Nenhum cliente vai ter

um centavo de prejuízo porque

a folha vai rodar com a data de

ontem, dia 20.”

Mota culpou o excesso de ope-

rações pelos problemas de on-

tem. “Essa folha tinha pratica-

mente o dobro das matrículas

dos servidores porque é operação

de entrada e saída.”

Cerca de 78 mil clientes opta-

ram por esperar para receber o

13º. Os valores deste grupo estão

depositado desde ontem, de acor-

do com o Banrisul.

Erro bancário deixa clientes negativados

Lajeado

A Secretaria de Obras e Ser-

viços Urbanos (Sosur) melho-

ra as condições da estrada

geral de Alto Conventos. Ca-

minhões, motoniveladora e

uma escavadeira hidráulica

foram deslocados realizam

a abertura de valetas para

escoamento pluvial, patrola-

mento da estrada com reves-

timento de material britado

seguido de compactação com

rolo.

As valetas irão servir para

escoar a água da chuva e evi-

tar o alagamento da estrada.

Esta é uma continuidade dos

trabalho realizados há cerca

de dois meses, quando um

rompedor hidráulico foi usa-

do para quebrar as lajes de

pedras junto à estrada.

Alto Conventos recebe melhorias na estrada

Page 9: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Cidades 9A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Santa Clara do Sul

Um ofício entregue

pelo prefeito Inácio

Herrmann ao secre-

tário estadual de

Transportes e Mobilidade, Pe-

dro Westphalen, reforça os pe-

didos por mais segurança na

ERS-130 e ERS-413. O documen-

to foi entregue na sexta-feira,

17, durante reunião do G8 e

teve apoio dos representantes

de Cruzeiro do Sul.

No material, demandas in-

dicadas como prioritárias nas

vias são destacadas, entre elas,

a duplicação da ponte sobre o

Arroio Saraquá, em São Bento,

e a construção de um viaduto

na ERS-130, no trevo próximo

à BRF.

De acordo com o prefeito,

as obras são importantes não

apenas aos moradores de San-

ta Clara do Sul, mas a todos

Representantes de municípios cobram melhorias na ERS-130 e na ERS-413

Investimento em rodovias volta ao debate

que transitam na ERS-413, no

bairro São Bento. Ela é uma

das principais ligações do mu-

nicípio com Lajeado e tem,

segundo estimativa da Polícia

Rodoviária Estadual, a circula-

ção média de 2,6 mil veículos

por dia.

Além dela, a construção de

um viaduto na ERS-130 compõe

as reivindicações. A construção

é uma alternativa para reduzir

os congestionamentos em ho-

rários de maior movimento.

De acordo com Herrmann,

os temas são de interesse local

devido à proximidade e efeitos

gerados no município. “Nos-

so objetivo é que a população

santa-clarense, as pessoas que

nos visitam e a comunidade

tenham uma boa estrutura vi-

ária, com condições seguras de

tráfego.”

Durante a atividade, o se-cretário renovou a promessa de dar atenção às reivindi-cações. Em maio, o repre-sentante do Corepe regional, Jonas Calvi, salientava a ne-cessidade de duplicar a ERS-130. Na época, ele indicava a estagnação no andamento do projeto perante o Estado.

A gestão dos trechos indica-dos é compartilhada entre o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), no caso da ERS-413, e Em-presa Gaúcha de Rodovias (EGR), na ERS-130.

No caso da ligação com Santa Clara do Sul, o debate para duplicação da pista ocorre desde 2002, quando

ela foi pavimentada. Apesar da promessa de diferentes governos, a obra nunca foi executada e a estrutura conti-nua com uma pista.

Há seis anos, a obra chegou a ser licitada, após ter recebido R$ 542,9 mil para execução do projeto. Na época, o Setor de Engenharia do Daer indicou problemas no projeto e a obra parou. Ao todo, dois projetos já foram encaminhados ao Estado. Um deles indica a constru-ção de uma segunda pista, paralela à atual ponte, já um segundo prevê uma nova passagem mais afastada da existente e a alteração do traçado original.

ATENÇÃO REGIONAL

Trevo na ERS-130 é um dos gargalos do trânsito. Ofício sugere investimentos

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Page 10: AH - Principal | 22 de junho de 2016

A tendência é de eliminar a sonegação”

Cidades10 A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Diogo Chamun

Presidente do Sescon-RS

As fiscalizações eram presenciais e as conferências nos documentos eram

manuais

A Hora – Diante das mudanças no sistema de fisca-lização da Receita Federal, quais os principais fatores que os contribuintes precisam estar atentos para evitar problemas com o fisco?

Diogo Chamun – É fundamental a informação. Eventos como o de hoje (ontem) divulgam situações de controles que já existem e que precisam ser de conhecimento dos empresários. Por muitos anos, a assessoria contábil se adonava desse tipo de informação, muitas vezes, sem o empresário saber o que estava acontecendo. Agora, com esse nível de aprofundamento que a Receita está entran-do, não é mais possível. O empresário e sua equipe pre-cisam estar próximos da assessoria contábil e com a infor-mação disponível de forma a avançar em seus controles internos de forma a não correr riscos. Evidente que para isso é preciso uma política fiscal interna que dê segurança para a empresa, porque a informalidade é uma exposição que hoje não tem nem como remediar. Para as empresas, o mais indicado é esse tripé entre informação, controle interno e estrutura fiscal

No caso das pessoas físicas, se percebe a cultura de deixar para a última hora situações como a en-trega das declarações de Imposto de Renda e outras obrigações fiscais. Até que ponto isso é um risco e o quais as ações mais indicadas para esses contribuin-tes?

Chamun – A cultura do brasileiro é para tudo e a parte tributária entra no mesmo pacote. A declaração de Impos-to de Renda pessoa física ganha mais dimensões por ser uma base maior de informações. Inclui os que declaram enquanto pessoas jurídicas e muitos outras. É preciso preciso estar consciente de que as despesas ao longo do ano são repassadas para o IRPF. Não adianta fazer toda a declaração sem os documentos do ano todo. A declara-ção de pessoa física tem um viés didático, mas qualquer coisa fora das questões mais básicas precisa de assesso-ria. Como um cidadão comum vai lidar com situações de herança e partilha, com situações de indenização, entre outras? A informação é a base de tudo, mas essa mudan-ça de cultura ainda vai levar algumas gerações.

Mesmo com todos esses mecanismos, a sonegação de imposto ainda representa um nível alto de sone-gação fiscal. O que a sonegação representa para o país, e até que ponto as mudanças estipuladas pela Receita são capazes de alterar esse panorama?

Chamun – Com certeza vai diminuir os índices. A tendência é de eliminar a sonegação. Não é exagero. A consequência e o custo da sonegação são enormes. É bem verdade que a carga tributária é muito alta no país, e boa parte da sonegação decorra desse fato. A ineficiên-cia do poder público em gerir as suas contas também é terrível e esse peso acaba sendo suportado por impostos. Em um mundo ideal, deveríamos ter uma carga tributária mais amigável, aumentar a base de contribuintes e baixar os percentuais de cobrança. Assim, teríamos um patamar de arrecadação interessante sem sobreonerar os que pa-gam. Para isso, é preciso também um choque de gestão na área pública.

A Receita tem capacidade, hoje, para apontar casos de enriquecimento ilícito ligados ao poder público? Por que ainda é difícil esse tipo de atuação?

Chamun – As condições para isso existem. No meu en-tendimento, com as informações disponíveis hoje, e tudo está exposto, há condições de acesso a qualquer tipo de ilicitude. Salvo no caso de notas que circulem sem regis-tro em instituições financeiras. Mas acho que as questões políticas ainda podem interferir.

Lajeado

O avanço nos sistemas de fiscalização da Re-ceita Federal pode cau-sar problemas para os

contribuintes desatentos. O aler-ta partiu do presidente do Sin-dicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado (Sescon-RS), Diogo Chamun, durante reunião--almoço ontem na Acil.

Conforme Chamun, o desenvol-vimento de novas tecnologias que permitem ao Fisco maior precisão nos cruzamentos de dados será capaz de eliminar a sonegação no país, mas também exige maior ri-gor aos contribuintes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

Sob o tema “E-Financeira: o contribuinte nas mãos do fisco”, a palestra mostrou o crescimento dos mecanismos de controle fiscal que culminaram na criação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). “É o Big Brother da Receita Federal.”

Ferramenta adicionada ao Sped, o E-financeira começa a valer em agosto, obrigando planos de saúde, seguradoras, operadoras de fundo de aposentadoria e instituições financeiras a apresentar dados so-bre seus clientes que antes eram si-gilosos. “Na prática, aumenta ain-da mais a precisão do cruzamento

Tecnologia ajuda a evitar sonegação de impostos

Sistema eletrônico aumenta rigor do Fisco

de dados do Fisco.”Diante do sistema, Chamun re-

força a necessidade de adotar me-didas de precaução. Mesmo situa-ções simples, como fazer compras em grande quantidade no cartão de crédito visando acumular mi-lhas, pode ocasionar problemas.

“Todas as informações são cru-zadas com a capacidade finan-ceira declarada pelo contribuinte para a Receita”, ressalta. Segun-do ele, o setor de inteligência do Fisco utiliza, inclusive, informa-ções e fotografias publicadas em redes sociais como forma a com-provar gastos acima da capaci-dade declarada.

Somente no segundo semestre de 2015, 277 autuações foram emitidas pela Receita Federal, re-sultando em multas que somadas chegam a R$ 125 bilhões. Na esfera criminal, foram emitidos 639 man-dados e realizadas 167 prisões no mesmo período.

Mudança drásticaO presidente do Sescon-RS lem-

bra as diferenças na fiscalização da Receita antes da instituição da nota fiscal eletrônica, em 2007, considerado o primeiro pas-so para a formação do Sped. “As fiscalizações eram presenciais e as conferências nos documentos eram manuais. Obviamente, tudo era por amostragem.”

Conforme Chamun, os diferentes bancos de dados também estavam separados, o que dificultava o cru-zamento de informações. “Hoje, todos os dados estão interligados e, com as auditorias eletrônicas, não precisam mais levantar da cadeira para fiscalizar.”

A agilidade das conferências também foi ampliada com o avan-ço tecnológico, afirma. Hoje, a Re-ceita dispõe de um supercomputa-dor com base nos Estados Unidos que, aliado a um software criado pelo ITA e pela Unicamp, é capaz de fazer análises completas dos contribuintes em segundos.

Chamun abordou o avanço dos sistemas de fiscalizações da Receita ontem durante reunião-almoço da Acil

THIAGO MAURIQUE

Page 11: AH - Principal | 22 de junho de 2016

João Francisco

Goulart Borges

Juiz de Venâncio Aires

PolíciaJovem é esfaqueado em tentativa de assalto

TAQUARI – Um DJ foi esfaqueado na saída

de uma festa na madrugada de domingo, 19.

A investigação da Polícia Civil aponta para

uma tentativa de assalto como motivação do

crime. O jovem de 19 anos foi atacado quando

foi ao banheiro, por volta das 5h. Ele trabalhou

na festa e foi encontrado sem o celular e a

carteira, reforçando a tese de assalto. A vítima

foi operada na segunda-feira, 20, em Canoas.

Segundo a polícia, seu quadro é estável.

A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016 11

Vale do Taquari

Com a interdição da Pe-

nitenciária de Venân-

cio Aires (Peva), deter-

minada ontem pelo

juiz João Francisco Goulart Bor-

ges, o acordo de transferência

dos detentos das comarcas de

Estrela e Teutônia no presídio

de Lajeado fica sem efetividade.

A medida, anunciada na sema-

na passada, buscava amenizar

o problema de superlotação no

Vale do Taquari.

“Eu nem cheguei a receber o

ofício para efetivar as transfe-

rências. Nem deu tempo de en-

caminhar algum preso”, diz o

diretor do presídio de Lajeado,

David Horn,

De acordo com ele, em um

primeiro momento, a interdição

não causa impacto direto. “Por

enquanto a situação está nor-

mal, apenas dois apenados se-

riam transferidos para a Peva.”

Apesar de garantir não ser afe-

tado imediatamente, Horn ques-

tiona a decisão.

Na avaliação de Horn, os pro-

blemas de Venâncio Aires são

parecidos com os que acontecem

em outros locais. Ele mostra

preocupação que medidas des-

se tipo possam ser tomadas em

outras cadeias. O risco é reduzir

ainda mais as já escassas vagas

no sistema prisional.

Risco ambiental e de saúde determinaram interdição

Na contramão de outros ma-

gistrados, João Francisco Gou-

lart Borges garante que segui-

rá realizando a interdição do

presídio caso ache necessário.

A decisão tomada ontem foi

motivada pelos problemas na

estação de tratamento e rede de

esgoto do local.

Segundo relatórios técnicos

apresentados ao longo dos últi-

Medida para reduzir superlotação em Lajeado é suspensa antes de entrar em prática

Interdição impede transferência de presos

mos meses, a capacidade da Es-

tação de Tratamento de Esgoto

está abaixo do necessário.

Além disso, a empresa con-

tratada para administrar o

sistema está sem receber faz

cerca de oito meses. Os atra-

sos impedem a manutenção de

equipamentos com bombas au-

xiliares. Outro fator decisivo à

decisão foi o transbordamento

do esgoto do local no fim de se-

mana passado.

Borges garante ter tomado a

medida para impedir que o es-

goto transborde de novo, mas

nas celas. “A possibilidade de re-

torno do esgoto bruto é grande.

Minha obrigação é impedir que

isso aconteça.”

Na Portaria de Interdição,

Borges lembra uma série de co-

municações, e inclusive multa

da Fundação Estadual de Prote-

ção Ambiental (Fepam), para o

governo resolver os problemas.

População

carcerária Lajeado

Regime fechado

Galeria A – 183

Galeria B – 106

Regime semiaberto

139

Regime aberto – 81

Prisão domiciliar – 6

Hospitalizados – 2

Juiz critica envio de presos para a comarca

De acordo com Borges, após

a regularização dos proble-

mas, o presídio pode voltar

a aceitar presos de outras co-

marcas. Em relação ao acor-

do com as entidades do Vale

do Taquari, ele reclama da

escolha dos presos encami-

nhados para a Peva.

“Queremos que mandem os

do regime fechado e não os

temporários.” De acordo com

o magistrado, a comarca não

tem estrutura para garantir

o deslocamento dos detentos

para as audiências. “Se en-

viarem temporários, damos

um jeito, mas Lajeado tem

de se responsabilizar pelo

transporte.” Penitenciária de Venâncio Aires foi inaugurada em abril de 2015. Desde o término da obra, complexo mostra problemas

ANDERSON LOPES

CONSIDERANDO o extravasamento de esgoto

bruto para o solo que desde a primeira inspeção

não cessa, pelo contrário, tem aumentado, em

especial agora que a PEVA tem sua lotação má-

xima, a indicar que a Estação de Tratamento de

Esgoto Compacta com vazão de 1,6 l/s é insufi-

ciente para o volume de dejetos gerados quando

se encontra com lotação máxima alcançada, ou

seja, 529 detentos;RESOLVE

a) INTERDITAR, por prazo indetermina-

do, a Penitenciária Estadual de Venâncio

Aires, a qual passará a receber presos

apenas de Venâncio Aires, pelo seu redu-

zido número, não impactam de forma

importante no agravamento do quadro

de dano ambiental verificado.

A possibilidade de

retorno do esgoto

bruto é grande.

Minha obrigação

é impedir que isso

aconteça.”

Page 12: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Campanha tem 95% do rebanho imunizadoESTADO – A campanha de vacinação contra a febre aftosa, iniciada em 29 de abril, imunizou mais de 95% do rebanho gaúcho, conforme dados cadas-trados no sistema do Estado. O prazo encerrou na sexta-feira. Dos 13,9 milhões bubalinos e bovinos,

apenas 13,3 mi foram vacinados durante o período. O total de animais imunizado ainda deve subir, uma vez que números novos serão acrescentados ao balanço final, dentro de um mês. Há 14 anos, o RS é considerado território livre da doença.

A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 201612

Vales do Taquari e Rio Pardo

A partir do dia 1º de julho, os produtores de tabaco precisam comprovar que pelo menos 30% da

renda na propriedade é gerada por meio de outras culturas para acessar crédito de investimento dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fa-miliar (Pronaf). Na safra 2017/18, a receita exigida é de 40% e 50% no ciclo seguinte. Hoje, o percentu-al necessário de outras atividades é de 20%.

A resolução 4.483 do Banco Cen-tral foi editada pelo governo fede-ral no dia 5 de maio e gera revolta entre os elos da cadeia produtiva. A medida é vista como mais um fator a prejudicar a diversificação das lavouras.

O assunto será tratado hoje, em Brasília, durante audiência com o ministro da Agricultura Blairo Maggi. Segundo o secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, restringir o crédito dificulta que o produtor coloque em prática ou-tras atividades para diminuir a

Para acessar Pronaf, 30% da receita precisa ser gerada por outras culturas

Restrição de crédito prejudica fumicultores

dependência da fumicultura. Na safra 2014/15, em torno de

51% da renda era proveniente do tabaco, enquanto o cultivo do milho respondeu por 22,5% e da soja por 7,8%. “As culturas alter-nativas são de subsistência, não geram valor comercial suficien-te para garantir renda familiar para investimentos”, argumen-ta. Medida semelhante foi publi-cada em 2012 e, após pressão do setor, foi revogada.

Durante a audiência, os líderes

cobrarão do governo federal a participação das entidades repre-sentativas do setor na 7ª Confe-rência das Partes (COP7) da Con-venção-Quadro para o Controle do Tabaco, a ser realizada entre os dias 7 e 12 de novembro, na Índia.

Direção contráriaO presidente do Sindicato In-

terestadual da Indústria do Ta-baco (SindiTabaco), Iro Schünke, afirma ser inviável os produtores desenvolverem outras culturas sem oferta de crédito. Destaca a diversificação na propriedade e os projetos desenvolvidos para estimular a menor dependência

da renda proporcionada pelo ta-baco. “Só neste ano o Programa Plante Milho e Feijão vai gerar R$ 650 milhões.”

Cobra mais equilíbrio por parte do governo para evitar que nor-mativas não acabem por transfe-rir a produção para outros países e, por consequência, a renda e os empregos gerados. “Enquanto existir demanda mundial por ta-baco, alguém vai produzir.”

Financiamento permite mudança

Em entrevista veiculada no caderno Agronotícias do mês de março, o agricultor Alcione José Zangalli, de Picada Serra, em Marques de Souza, evidenciou a importância da oferta de crédito para substituir o tabaco pela avi-cultura.

Ele financiou quase R$ 1 milhão para construir um aviário no mo-delo dark house, com capacidade de alojar em média 36 mil aves por lote, em 2015. “Trocar o taba-co pela criação de frangos só foi possível com a oferta de crédito.”

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e líder em exportações desde 1993. Em 2015, o produto re-presentou 1,14% do total das exportações, enviado a 97 países, com US$ 2,2 bilhões embarca-dos.

O volume total produ-zido chegou a 692 mil toneladas, sendo que 51% foram produzidos no RS, 29% em San-ta Catarina e 20% no Paraná. Abrange 615 mil pessoas no campo e gera 40 mil empregos diretos nas empresas do setor instaladas na Região Sul.

A cadeia produtiva

Com acesso ao crédito, Zangalli conseguiu substituir o tabaco pela avicultura

ANDERSON LOPES

Page 13: AH - Principal | 22 de junho de 2016

Gol do título do Amigos da Bola

foi marcado por Artur Stoll

quando restavam 27 segundos para o fim da partida.

Amigos da Bola vence no masculinoEletro Diesel Hirt supera o Malaguetas em clássico regional e ganha o feminino

Abertão de Futsal

A HORA · QUARTA-FEIRA,

22 DE JUNHO DE 2016

PATROCÍNIO:

Os campeões e destaques da quarta edição do Campeonato Aberto de Futsal de Marques de

Souz foram conhecidos na sexta--feira passada. Os jogos decisivos ocorreram no Ginásio da Socieda-de Escolar, no centro.

A noite de decisões iniciou com a disputa dos terceiros lugares. Na categoria feminino, o Mistura Loka levou a melhor sobre o 100 Noção aplicando 6 a 2. Na mas-culino, quem ficou com a terceira colocação foi o Sombras, que der-rotou o Maravilha por 4 a 1.

Na disputa do título feminino, o Eletro Diesel Hirt venceu o clássico regional diante da equipe Mala-guetas e ficou com a taça. Solan-ge, Ana e Fabiane marcaram os gols para o time campeão. Bárba-ra descontou para a Malaguetas.

No masculino, o Amigos da Bola, de Marques de Souza, derro-tou o Tulipas, de Arroio do Meio, em jogo equilibrado. Em bela jo-gada individual, Émerson Vargas abriu o placar para o Amigos da Bola quando faltavam três minu-tos para acabar o primeiro tempo.

Na segunda etapa, Rafael Dutra empatou o jogo aos 17 minutos.

MasculinoCampeão: Amigos da BolaVice-campeão: Tulipas3º colocado: Sombras4º colocado: MaravilhaDisciplina: Horriver PlateCraque: Emerson Vargas (Amigos da Bola)Goleador: Juninho Pavi (Maravilha)Goleiro menos vazado: Raul Wendt (Penetra's)

FemininoCampeã: Eletro Diesel HirtVice-campeã: Malaguetas3º colocada: 100 Noção4º colocada: Mistura LokaDisciplina: MalaguetasCraque: Ana Paula FranzGoleadora: Tânia Frozza (Eletro Diesel Hirt)Goleira menos vazada: Suzana Araújo (Eletro Diesel Hirt)

A 27 segundos do fim da partida, Artur Stoll chutou cruzado, a bola desviou na defesa do Tulipas e enganou o goleiro Gustavo. O gol selou o título do Amigos da Bola.

Amigos da Bola: Leonardo Souza, Fernando Borba, Matheus Brandão, João Renato Simonet-ti, Artur Stoll, Jornadi Impera-dor, Igor Joel da Costa, Emerson Vargas, Mateus Mann, Rodrigo Schwinn, Cristiano Cenci, Lucas Merlo, Leandro Pereira, Junior Si-monetti e Marlon Simonetti.

Eletro Diesel Hirt: Alana Schmitt, Julia Schuss, Solange Jungkenn, Tatiana Man, Ione Lang, Sinara Becker, Melisa Hirt, Ana Paula Franz, Fabiane Mo-raes, Cristiane Emmer, Karlin Nonnemacher, Viviane Ribeiro, Suzana Araújo, Naiara Pereira e Tânia Frozza.

DESTAQUES DA COMPETIÇÃO

Amigos da Bola foi campeão masculino com 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota Invicto, o Eletro Diesel Hirt, de Lajeado, conquistou a categoria feminina

FOTOS EZEQUIEL NEITZKE

Elencos campeões

Page 14: AH - Principal | 22 de junho de 2016

14 A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Revezamento da tocha

Cláudio Neis, condutor da tocha em Atlanta, palestrou para alunos da escola João de Deus

“Foi o momento mais marcante da minha vida”

A manchete: “A tocha em mãos gaúchas” estampava a capa de Zero Hora no dia 18 de

junho de 1996. Uma fotografia do universitário de Ivoti, Cláu-dio Neis, se destacava na prin-cipal página do meio impresso. Vinte anos se passaram e Neis continua classificando o aconte-cimento como o mais marcante da vida.

Ontem de manhã, o condutor da tocha nos Jogos Olímpicos de Atlanta de 1996 relatou a expe-riência para cerca de 160 alunos da Escola Estadual João de Deus, em Cruzeiro do Sul. Conforme

a diretora Silvane Sehn Dela-vald, a atividade “convida os alunos a se envolverem com os Jogos Olímpicos do Brasil.”

Neis foi selecionado para con-duzir a tocha nos Estados Uni-dos graças a uma campanha so-lidária da Coca-Cola. O objetivo era arrecadar alimentos para entidades carentes. A Feevale, onde ele cursava Educação Físi-ca, venceu com 20 toneladas de doações.

A corrida de revezamento de Neis com a tocha olímpica ocor-reu no dia 17 de abril. O gaúcho conduziu a chama por cerca de 400 metros, no subúrbio de Car-

tersville, em Atlanta. “É um mo-mento mágico, a gente sente a união e o poder do esporte.” Ao seu lado, estavam ícones do vô-lei de praia como Roberto Lopes (campeão mundial em 1993) e o então desconhecido Emanuel Rego (maior vencedor do Circui-to Mundial com dez títulos).

Após, Neis acompanhou a se-leção brasileira em uma partida de basquete contra os Estados Unidos (último jogo disputado por Oscar) e em dois jogos de voleibol (feminino e masculino).

Na opinião de dele, o reveza-mento da tocha serve para unir as comunidades e fazer com que a população “entre no clima dos

jogos” “As cidades param quan-do a tocha passa. Aqui no sul vai parar também.”

A emoção de Neis ao carregar a chama olímpica pode ser sen-tida por cerca de 12 mil brasilei-ros com o revezamento da tocha olímpica pelo país. Ela passa por 300 cidades até o dia 4 de agosto.

Hoje, a chama está em Porto Velho (RO). Chega ao RS no dia 3 de julho e passa pelo Vale do Taquari na manhã do dia 5. Dez condutores de Lajeado e sete de Encantado participarão do re-vezamento.

Tocha olímpica mais próxima do Vale

CRUZEIRO DO SUL SE MOBILIZA

Em Cruzeiro do Sul, não está prevista a parada da tocha olímpica. Entretanto, a administração municipal se mobiliza para acompa-nhar a passagem da cha-ma pela RS-130. Mais de mil cruzeirenses querem participar da atividade.

Conforme o coordena-dor da atividade, Rafael Mitchell, a ação se inspira no Caminho do Gol (evento realizado em Porto Alegre durante a Copa do Mundo com apresenta-ções artísticas no percurso até o estádio que sediava

os jogos). “A ideia aqui é fazer o 'Caminho da Tocha'.”

Mitchell informa que haverá participação de estudantes da rede municipal, cavaleiros do CTG Pagos, grupo de dança, músicos e repre-sentantes do consulado da dupla Gre-Nal. O grupo estará concentrado em um trajeto de 400 metros entre o pedágio e a Polícia Rodoviária Es-tadual. Mitchell convida a população a participar do evento. Cláudio Neis

Condutor da tocha em Atlanta

As cidades param quando a tocha passa. Aqui no sul vai parar

também.”

Palestra realizada ontem de manhã teve a participação de 160 estudantes da escola de Cruzeiro do Sul

FÁBIO KUHN

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15A HORA · QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2016

Rugby

Equipe adulta disputa a repescagem

F á b i o Ku h n

fab io@ jorna lahora . in f.b r

Centauros tem fim de semana de desafios

O tempo passaNesta semana lembrei de uma partida entre

ASTF e América, disputada em novembro de 2013 e válida pela final do Campeonato Gaúcho Série Prata. Na época, o Ginásio da Água parecia uma “chaleira” fervendo com a

presença dos mais de dois mil torcedores.Os times voltaram a se enfrentar nesse sába-

do pela fase de grupos da Série Ouro. Cerca de 200 pessoas acompanharam o confronto em Teutônia.

Mais uma da ASTF. Na foto, a aflição do técnico Christian Carniel durante o empate com o América.

Jaqueline Weber, de Teutônia, conquistou mais três medalhas no fim de semana. Pelos Jogos Universitários Gaúchos, venceu as provas de 800 metros e 1,5 mil metros, além de se classifi-car aos Jogos Universitários Bra-sileiros (competição que será dis-putada em novembro, no Mato Grosso do Sul).

Domingo, Jaqueline partici-pou da Rústica Sublime e come-morou a primeira colocação dos quatro quilômetros. Ela conta com o patrocínio da Languiru, Unisc, Fenabb e Associação Me-dalha de Ouro (Amo).

Click da Semana

Ganhou tudo

A s equipes do Centau-ros Rugby Clube, de Estrela, têm um fim de semana de desa-

fios pela frente. Neste sábado, o time juvenil vai a Ivoti enfren-tar o Brummers pela semifinal do Campeonato Gaúcho M19. A vitória dá vaga na final do Gau-chão. A outra semifinal é entre Charrua e Farrapos.

No domingo, o time adulto joga a repescagem do Campeo-nato Gaúcho de Rugby contra o campeão da segunda divisão, o Universitário, de Santa Maria. A

vitória garante a permanência na primeira divisão. A derrota rebai-xa o time estrelense para a segun-da divisão.

A equipe feminina do Centauros também se prepara para continu-ar a disputa do Campeonato Gaú-cho de Rugby Seves. Após vencer a primeira etapa, o time participou, como convidado, da etapa da Liga Sul que ocorreu em Porto Ale-

gre, no fim de semana passado. A competição serviu para dar rit-mo de jogo para as meninas, que voltam a campo pelo gaúcho de Sevens no dia 3, na capital.

Time adulto joga a repescagem do Gauchão contra o Universitário, de Santa Maria

DIVULGAÇÃO

Amador de Bom Retiro do Sul

Os finalistas do campeonato municipal de Bom Retiro do Sul foram conhecidos no domingo. Na categoria aspirante, o Floriano venceu o Grêmio por 3 a 1 e se ga-rantiu na decisão. Na final, o time enfrenta o Rudibar que eliminou a

Aecosajo ao ganhar por 2 a 1.Na titular, o Floriano venceu

o Palmeiras por 1 a 0. Com o re-sultado, a decisão da equipe fina-lista foi definida na cobrança de penalidades e o Floriano venceu por 5 a 3. Na outra partida, o Ru-dibar foi superior ao Aecosajo e se garantiu na decisão.

Rudibar e Floriano decidemtítulo na categoria titular

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Lajeado,quarta-feira, 22 de junhode 2016

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