revista condomÍnios - 22 junho 2010

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N° 22 Junho 2010 Finalmente implementado, promete fortalecer o turismo e a pesquisa na região do homem mais antigo das Américas. Parque do Sumidouro:

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CONDOMÍNIOS. A Revista de Lagoa Santa/MG

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Page 1: REVISTA CONDOMÍNIOS - 22 JUNHO 2010

N° 22 Junho 2010

Finalmente implementado, promete fortalecer o turismo e a pesquisa na região do homem mais antigo das Américas.

Parque do Sumidouro:

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REVISTA CONDOMÍNIOS JUNHO 20104

Direção Geral: Euvaldo Black

JorNaliSta reSPoNSável: Mariana Pimenta - MG09642JP

arte: Sempre Viva Comunicação

FotoS: Chico FotógrafoPubliciDaDe:

Amaury Colen - 9212-3748Janaína Pinheiro - 3681-5324

Secretária: Eliane Machado Teles

tiraGem: 5.000 exemplares

[email protected]

Editorial

FOTO CApA: ChICO FOTógRAFO

P ronto, taí o Parque do Sumidouro entregue à população. Ipês, aro-eirinhas e jatobás do campo podem crescer

tranquilas; micos-estrelas, tatus-ga-linhas, e os veados-catingueiros po-dem circular à vontade; biguás e ire-rês podem voar solenes... A gruta da Lapinha, agora com gestão estadual, ganhará nova iluminação em breve e poderá mostrar toda sua exuberância. A Casa Fernão Dias, a Capela de Nossa Senhora do Rosário, as fazendas Poço Azul e Samambaia, edificações históri-cas da época da Colonização e do Ciclo do Ouro podem seguir erguidas. Cien-tistas de todo o mundo também co-memoram: alguns dos registros mais antigos da presença humana no con-tinente americano agora têm casa pró-pria. Peter Lund, Annette Laming-Em-peraire e pesquisadores da região que já se foram agora podem descansar mais em paz. E os mineiros, especial-mente os moradores do Vetor Norte da

EuvaldoBlack

Parque eStaDual Do SumiDouroConhEçA MAiS SoBrE ESTE ESPAço

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o Parque é NoSSo

18coNStruçãoFiquE ATEnTo nA horA dA iMPErMEABilizAção

moDaBoinAS E GorroS São AliAdoS E uM ChArME A MAiS PArA o inVErno

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cultura7º EnConTro dE CulTurA dE rAiz nA lAPinhA

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mouNtaiN bike PiloTo ConTA CoMo Foi PArTiCiPAr dE uMA dAS MAiorES ProVAS do Mundo

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exPoSítioCoBErTurA dA FEirA quE Foi SuCESSo ToTAl

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aqueça a Sua caSa diCAS dE lArEirAS E SiSTEMA dE AquECiMEnTo dE áGuA

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eNtreviStaAnASTASiA FAlA SoBrE o dESEnVolViMEnTo do VETor norTE dA rMBh

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30Decoração

CuidAdoS nA horA dE CoMPrAr MóVEiS PlAnEJAdoS

coNDomíNioS em DeStaque ESTânCiAS dAS AMEndoEirAS E quinTAS dA lAGoA

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Região Metropolitana de BH já podem usufruir de toda essa natureza, cultura, história e pré-história à vontade. O Par-que do Sumidouro é nosso!

A implantação desse parque tem um sabor especial para os moradores e ambientalistas da região. Criado em 1980, foram 30 anos de luta até chegar-mos à sua inauguração. Nesse tempo, muitos defenderam a área de invasões, pressionaram os órgãos ambientais, fizeram passeios e limpeza da lagoa para conscientização... Da nossa parte, falamos no assunto desde a matéria es-pecial publicada no O CORREIO DE LA-GOA, edição número 27, de março de 2003. De lá pra cá, publicamos várias matérias de conscientização da popu-lação e defendendo sua implantação em inúmeras páginas do jornal Em-presarial e da Revista Condomínios. É com orgulho que recebemos esse ver-dadeiro santuário paisagístico, cultural e histórico de nossa região. Gostaria de parabenizar todos esses incansáveis batalhadores pelo meio ambiente e cultura, destacando a atuação do nos-so amigo Rogério Tavares, atual geren-te do Parque. A história deste parque se confunde com a história do Rogério.

Como não vivemos só de parques, brindamos o leitor com uma entrevista com o atual Governador Antônio Anas-tasia e interessantes matérias sobre o inverno, construções, moda, esporte, cultura e, claro, sobre condomínios e a Acolasa. Além do habitual show de nossos colunistas com os assuntos mais variados.

Taí a edição número 22 da Revista Condomínios. Faça um bom proveito e mande suas opiniões. A revista é nossa!

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REVISTA CONDOMÍNIOS JUNHO 2010

Louvo a equipe pelo fato da Re-vista Condomínios estar, cada vez, melhor! A seleção de notícias está em pleno acordo com os nossos in-teresses, como moradores na região. E, vale ressaltar, também, o alto nível das mesmas.

Abraço grande,Fátima Gouveia

Gostaria de retificar uma informa-ção do editorial passado que falava que há 6 anos não existia nenhuma publicação em Lagoa Santa, além do Jornal Empresarial e a Revista Condo-mínios.

O Jornal Alecrim está nas ruas des-de 2002, isto é, estamos há oito anos na cidade. (...) Hoje o Alecrim pode ser considerado o veículo ativo mais anti-go de Lagoa Santa. Obrigada pelo es-paço e abraços a toda equipe da Black Comunicação.

Cláudia Batista de AndradeEdição/Direção de Arte Jornal Alecrim

Gostaria de lhes informar que na página 16, da edição 21 - Abril de 2010, no último parágrafo da repor-tagem sobre o condomínio Canto do Riacho não condiz com a realidade. “Temos ainda um sistema de comuni-cação interna via ramais, entre as resi-dências”, diz o texto. Sou moradora do referido condomínio e nele não existe sistema de comunicação via ramais internos. (...) Por entender que este é um instrumento de comunicação sé-rio e responsável achei que devia en-viar esta retificação aos responsáveis.

Joseane Marchezine

Resposta Revista Condomínios

Cara Joseane,Realmente houve um erro. A atu-

al administração do Canto do Riacho explicou que a comunicação interna via ramais é um dos projetos em an-damento e que será levado para dis-cussão em assembleia. Agradecemos sua colaboração!

Estou de volta para Lagoa Santa, cidade do meu coração, e tive a grata surpresa de ver a revista totalmen-te remodelada, muito mais bonita! Estou sabendo que está fazendo o maior sucesso em toda a cidade. Pa-rabéns! Comunique que estou vol-tando com os shows, festas e even-tos particulares. Meus contatos: (31) 9894.1900 e 8761.1410.

Waleska Gouvêa, voz e violão

Sou morador de Lagoa Santa há exatamente um ano. Vim para cá, após me aposentar na carreira de En-genheiro e aqui pretendo ficar por muitos anos. (...) Recentemente te-nho acompanhado pela imprensa a discussão sobre a verticalização ou não da cidade. Inicialmente, confes-so que fiquei apreensivo ao me de-parar com opiniões favoráveis a este assunto. No entanto, pelo que pude avaliar mais recentemente me parece que o bom senso vai prevalecer com a limitação de gabaritos para cons-truções. (...) Parabenizo aos senho-res vereadores por esta iniciativa e a Revista Condomínios pela excelente abordagem na edição número 21, tratando assunto com clareza, profis-

sionalismo e de forma democrática. Manifesto aqui meu apoio para que tenhamos uma cidade que ofereça mais qualidade de vida, tanto para nós quanto para as gerações futuras.

Não a Verticalização de Lagoa Santa!

Eng. Fernando Paoliello

Os alunos da 8ª série do Maxxi Edu-cacional utilizaram a edição 21 da Re-vista Condomínios em um trabalho de produção de texto com o tema: Minha opinião sobre a verticalização na orla da lagoa. Os textos foram enviados como Cartas para a nossa redação, que selecionou alguns trechos:

“Eu acho que a verticalização deve acontecer, mas com consciência. A cidade precisa crescer e a verticaliza-ção ajudaria nisso. Só não podemos deixar que estrague nossa paisagem tão antiga. É importante que as pes-soas deixem suas opiniões para que a decisão certa seja tomada.” Bruno Prado Prates

“A verticalização é boa para Lagoa Santa porque vai proporcionar mais empregos e mais consumidores. Por outro lado, ela tem que ser feita em uma área que não afete as lagoas (principalmente a central, que basi-camente é o único ponto turístico) e a vegetação.” Ana Flávia

“Como morador de Lagoa Santa eu não concordo com a verticaliza-ção da lagoa, pois que diferença faria se isso acontecesse em outras áreas da cidade? Para que fazer na orla da lagoa?” Gabriel Pereira Gusman.

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Seção de Cartas

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Pode comemorar, o Parque estadual do Sumidouro é uma realidade

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Localizado entre Pedro Leo-poldo e Lagoa Santa, o Par-que Estadual do Sumidou-ro foi criado pelo Decreto 20.375, em 1980. A unidade

de conservação proposta como compen-sação ambiental à construção do Aeropor-to Internacional Tancredo Neves, durante décadas, existiu apenas nos mapas do go-verno. Quem visitava o local encontrava o cerrado transformado em pasto e patrimô-nios mal conservados e desprotegidos. Não havia sequer a área do parque delimitada ou uma portaria.

Hoje, quem chega na Gruta da Lapi-nha ou na Quinta do Sumidouro encontra grandes portais, anunciando a entrada na área do Parque, que tem cerca de dois mil hectares. No dia 13 de junho de 2010, no-vas infraestruturas foram inauguradas pelo governo estadual o Parque do Sumidouro abre as suas portas, ainda que timidamen-te (a Gruta da Lapinha continua fechada e deve ser reaberta para visitação no final do ano, junto com a inauguração do Centro de Espeologia Peter Lund). A Casa de Fernão Dias, construção do século XVIII, foi revita-lizada para receber turistas e exposições. Foram construídos também dois pórticos, marcando a estrada Lapinha – Sumidouro; a Casa de Pesquisadores e a Sede Adminis-trativa, localizada em antiga sede de fazen-da revitalizada.

Rogério Tavares, gerente do Parque do Sumidouro, destaca que além do aumento de arrecadação do ICMS Ecológico para as cidades, a unidade oferece uma base de pesquisa que já propicia a estadia e a re-tomada dos estudos científicos na região cárstica de Lagoa Santa. “O Parque está incluído no Projeto Rota Lund, um roteiro científico cultural que está em andamento e que a partir de sua estruturação divulgará a região internacionalmente. Creio que alia-

do a um projeto de educação ambiental e utilização do parque como instrumento para este fim, teremos gerações sendo formadas para buscar o desenvolvimento com sustentabilidade para a região”, acre-dita Rogério.

O gerente explica que o Parque é geri-do por um plano de manejo, com a parti-cipação do Conselho Consultivo e colabo-ração de parceiros. “Estamos iniciando um programa de capacitação para condutores, gestão de pequenos negócios e formação de redes de serviços locais em parceira com a Associação Circuito das Grutas e com foco nas comunidades de entorno”, fala Rogério, que como morador da Quinta do Sumi-douro conhece bem as dificuldades da po-pulação local, que vivia principalmente da exploração da pedra Lagoa Santa na área onde hoje está o Parque.

AtraçõesSegundo Fátima Gouveia, membro do

Conselho Consultivo do Parque do Sumi-douro, grande novidade será a implantação de três trilhas temáticas: Circuito da Lapi-nha, com visita à parte interna e externa da famosa gruta; Circuito do Sumidouro que permitirá ao visitante ver o paredão de pin-turas rupestres milenares e apreciar a vista da lagoa e do típico cerrado da região; e a travessia entre a Gruta da Lapinha e a Lagoa do Sumidouro, com 3,5km de caminhada.

“Iniciou-se a construção do Receptivo Turístico P.W. Lund, na Gruta da Lapinha, que irá receber peças coletadas por Lund na região. A iluminação da gruta também foi trocada por sistema de lâmpadas tipo LED, programado para gerar até 16 milhões de tonalidades e economia de cerca de 90% no consumo de energia”, fala Fátima com entusiasmo.

ImportânciaO biólogo, arqueólogo e antropólogo

Walter Neves, responsável pelo Laborató-

rio de Estudos Evolutivos Humanos da USP, descreve a importância do Parque do Sumi-douro como monumental: “Só para com-paração, corresponderia mais ou menos a proteger as pirâmides de Gisé no Egito, ou Partenon, na Grécia”.

Ele explica que o grande debate científico sobre a origem dos humanos no continente americano se deu com as pesquisas de Lund no Sumidouro. “Minha opinião é que o Parque deve ser transformado também em Patrimônio da Humanidade junto à Unesco. Lund não só mudou a história da América com as pesquisas que realizou, como também inscreveu para sempre na história da hu-manidade, a importância da região de La-goa Santa para o estudo da Pré-História americana”, argumenta.

“Em primeiro lugar, a criação do Par-que faz finalmente justiça a importância do maciço e da lagoa do Sumidouro e de seu entorno para a ciência mundial”, fala ele que é responsável pelo estudo de Luzia, o esqueleto humano mais antigo do continente americano. Walter Neves ainda acredita que, se bem explorado turisticamente, a unidade de conserva-ção poderá ter um impacto marcante nas futuras gerações de brasileiros, atraindo jovens para estudos arqueológicos, pale-ontológicos e paleoantropológicos.

“O Parque do Sumidouro deve ser ra-zão de imenso orgulho por parte da co-munidade local. Eu estou muito emocio-nado com sua instalação e espero sempre poder ajudar de alguma forma”, finaliza.

Serviço: A Casa Fernão Dias fica aber-ta de terça a domingo, das 8h às 17h. Lá, os visitantes podem conferir a Mostra sobre a Rota Lund. Também podem ser agendadas visitas à trilha Circuito do Su-midouro.

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o marco da origem do povoamento de mG ao nosso alcance!

Junho é um mês de grandes comemo-rações: festa junina, dia dos namorados e, este ano em particular, Copa do Mundo. Os amantes da natureza, da cultura e da História ganharam mais um motivo para se alegrarem. Dia 13 de junho de 2010 foi entregue à população o complexo de obras do Parque do Sumidouro e a restau-ração da Casa de Fernão Dias, localizados na Quinta do Sumidouro, Pedro Leopoldo.

O Parque do Sumidouro, além de suas belezas naturais, guarda um gran-de significado para a História e Ciência Mundial. Em suas cavernas, o naturalista dinamarquês Peter W. Lund (1801-1880) encontrou fósseis que revolucionaram o conhecimento sobre a ocupação humana no planeta e na América. Em 1843, depa-rou-se com ossadas humanas na mesma camada geológica de ossadas de animais extintos e percebeu que tinham caracte-rísticas morfológicas distintas dos ances-trais dos índios americanos. A partir de seus achados no Sumidouro, Peter Lund concluiu que o homem primitivo coexistiu com a megafauna extinta, que a ocupação humana da América era bem anterior ao que se supunha e que os povos primitivos do Vale do Rio das Velhas assemelhavam-se mais com os africanos e os chamou de Homem de Lagoa Santa. Essas eram idéias inovadoras na Ciência Mundial.

Ana Paula A. Marchesotti

A Casa de Fernão Dias é um marco ainda mais remoto da História de Minas Gerais. Trata-se de uma pequena casa na beira da estrada, a cerca de 800m do Rio das Velhas. Serviu de pouso temporário para os bandeirantes paulistas que desbra-varam as terras mineiras e, anos mais tarde, foi um apoio à mineração que se efetivava no leito do rio das Velhas. Ela representa o começo do processo de formação dos pri-meiros núcleos urbanos mineiros.

Seu ilustre morador - Fernão Dias Paes (1606-1681) - foi um reconhecido bandei-rante paulista que chegou à região por vol-ta de 1674 ao perseguir o sonho de encon-trar a Terra das Esmeraldas, a mítica Serra de Sabarabuçu.

Partiu de São Paulo com uma nume-rosa Bandeira e percorreu vasto território antes de chegar à Quinta do Sumidouro ou, na língua tupi, Anhonhecanhuva (água que some no buraco). No local, construiu uma casa e a charmosa capela de Nossa Senhora do Rosário, plantou roças, criou animais e transformou o lugarejo em pouso e abastecimento dos bandeirantes. Chamou-o de Arraial de São João do Sumi-douro.

Desde que os portugueses chega-ram ao Brasil, Entradas e Bandeiras eram realizadas no interior do país em busca de riquezas minerais e indígenas para se-rem escravizados. Porém, nenhuma delas contribuiu para a ocupação do território mineiro. Na verdade, promoviam o despo-voamento na medida em que deslocavam a população nativa para as fazendas ou simplesmente a exterminava em conflitos. Foi a partir da Bandeira de Fernão Dias que se iniciou o povoamento e o surgimento dos primeiros núcleos urbanos em Minas Gerais.

Fernão Dias nunca encontrou suas tão sonhadas esmeraldas. Chegou a acreditar que sim ao se deparar com turmalinas. Enviou ao rei de Portugal amostras desta pedra, mas morreu antes de saber do que realmente se tratava. Seu sonho e sua ex-pedição, porém, foram responsáveis pela descoberta de ouro e início da ocupação do território mineiro. O povoamento efeti-

vo, entretanto, só ocorreu a partir do final do século XVI.

A bucólica Quinta do Sumidouro foi palco de duas mortes históricas. A primei-ra, do filho de Fernão Dias – José Dias – as-sassinado pelo próprio pai após participar de uma Insurreição contra ele. Era um mo-mento difícil da Bandeira. O desânimo e a revolta aplacavam o grupo diante da falta de resultado das buscas, constantes baixas sofridas, falta de recursos e dificuldades de abastecimento. Alguns voltavam para a casa, outros tramavam uma revolta contra o líder Fernão Dias. Este foi implacável com os insurgentes e não perdoou o seu filho.

Outro crime ocorreu após a morte de Fernão Dias. Seu genro, Borba Gato, foi acusado de armar uma tocaia contra o Ad-ministrador Geral das Minas, D. Rodrigo de Castelo Branco, enviado pelo rei. Era uma disputa de poder pelas riquezas recém-descobertas. Por esse crime, Borba Gato fugiu e ocultou-se nas entranhas de Minas Gerais por mais de 10 anos, onde encon-trou outros veios auríferos. Mais tarde rea-pareceu propondo uma negociação com o governo: o arquivamento do seu processo em troca da revelação dos locais onde en-controu jazidas de ouro. Borba Gato não só conseguiu o perdão como também cargo de confiança na administração das minas.

A imagem criada em torno da figu-ra dos Bandeirantes guarda um grande paradoxo. Alguns os veem como heróis, desbravadores, corajosos, descobridores e povoadores do país. Outros os veem como bandidos, assassinos de índios, mercená-rios e cruéis. Certamente são um pouco de tudo isso, mas não podemos julgá-los com os olhos e valores do século XXI.

Numa época em que “Os portugueses andavam como caranguejos, arranhando o litoral.” (Frei Vicente Salvador), os bandei-rantes cumpriram um importante papel na ocupação do território brasileiro. No caso de Minas Gerais, o bandeirante Fernão Dias e seus seguidores fizeram a diferença em nossa História. Agora é só fazermos uma pequena viagem até Quinta do Sumidou-ro para realizarmos uma longa viagem his-tórica até nossas origens.

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a iNeSGotável DiamaNtiNa

Em 1728 foram descobertos uns pequenos cristais nos arredores do Arraial do Teju-co. Enviados a Europa para análise, trouxeram enormes

mudanças para a região. Três anos depois, chegou uma carta do rei, com a informa-ção de que as pedrinhas eram diamantes, e que o portador da mesma passava a ter plenos poderes para governar o recém-criado distrito diamantino, prender e enforcar todo aquele que fosse pego em atividade de garimpo, transformada em monopólio da Coroa. Nas décadas se-guintes, a região da futura cidade de Dia-mantina se tornou a mais rica do mundo de então, e uma das sociedades mais iso-ladas, rígidas e estratificadas, com patru-lhamento militar em seus limites. Até que a descoberta dos diamantes na África de-terminasse a decadência dos garimpos de Minas Gerais, foi a maior supridora mun-dial dessas gemas.

Pode-se chegar a Diamantina por ter-ra, pela Estrada Real ou por asfalto. Nesta opção, após a cidade de Curvelo, atra-vessam-se os rios das Velhas e Paraúna, iniciando-se então a subida do Espinhaço. A paisagem muda subitamente, com pre-domínio quase exclusivo de quartzitos, com suas formas bizarras, cheias de pon-tas – relevo ruiniforme. Antes de Gouveia, veem-se as hélices da usina eólica de Ca-melinho, por enquanto a única do Estado. Logo à frente, no trevo de Datas, já se des-cortina o vale do Jequitinhonha abaixo e o pico do Itambé. Pouco à frente, veem-se inusitadas plantações de morangos, intro-duzidas há poucos anos nestas paisagens serranas. A estrada segue então pela cris-ta, atinge a altitude máxima de 1.370m e desce suavemente para a capital dos dia-mantes.

Oficialmente, Diamantina está a 1.100m sobre o mar (altitude da prefei-tura). Contudo, a área urbana chega aos 1.500m no morro do Cruzeiro, iluminado à noite e visível de todo o centro. Deste último, tem-se boa vista da cidade. Tam-bém pairando entre as nuvens, o Pico do Itambé, com seus 2.002m, pode ser bem fotografado de vários pontos. A cidade é

Virgílio Melo

profundamente encravada num canyon de quartzito. Os moradores das cidades vizinhas brincam que os diamantinenses só tomam sol ao meio-dia... O clima é de montanha, com a luminosidade do sol do norte de Minas. São proverbiais a hospita-lidade, a alegria e a vocação musical dos moradores. Programações como a tradi-cional Vesperata (apresentação de orques-tra e corais com músicos e cantores nas sacadas dos casarões da praça principal), além de corais de crianças, recitais de mú-sica sacra, serenatas e corais de lavadeiras com repertório do folclore do vale do Je-quitinhonha realizam-se regularmente nos fins de semana. Andar a pé por suas vielas e ladeiras, visitar as igrejas e o velho mercado, cujos arcos dizem ter inspirado Niemeyer para desenhar as colunas do pa-lácio do Planalto, é agradabilíssimo. Mas estas são atrações bem descritas pelos guias turísticos. Nosso foco principal são as belezas naturais.

A uns 5km do centro, a gruta do Salitre é visita obrigatória. Com acesso por carro, é na realidade uma falha, nome técnico das fendas e cavidades em quartzito. Tem acústica excepcional e nela têm sido orga-nizadas apresentações musicais.

Bem no centro histórico inicia-se uma excepcional trilha de trekking: o Caminho dos Escravos. Bem sinalizado, com placas explicando todo o roteiro, dispensa a pre-sença de guias. Começa no mercado e vai até a cidade de Mendanha em 23km. Po-de-se também atalhar 4km do trecho ur-bano inicial, iniciando a caminhada onde a trilha cruza o acesso asfaltado ao morro do Cruzeiro. Era importante caminho para todo o norte de Minas e Bahia, tendo seus trechos mais íngremes calçados em pedra, com drenagem pluvial e às vezes, largura para passagem de duas carruagens lado a lado. Langsdorf, naturalista que esteve por aqui estudando nossas plantas em torno de 1830, comparou a estrada às melhores da Europa de então.

Saindo da cidade, a trilha segue em subida suave, entrando nos campos de al-

titude, e placas alertam os visitantes para a localização dos pontos de referência mais usados pelos antigos: os picos do Itambé e Dois Irmãos. Quase sempre o tempo é nublado, com algum frio matinal. Após uma hora de caminhada, atravessa-se um trecho de pedras recobertas pela típica vegetação rupestre: bromélias, orquídeas, cactus, amarantinas, melostomatáceas, sempre-vivas. Com mais alguns minutos, passa-se próximo a uma casa de fazenda. A trilha segue em frente, cruzando uma es-tradinha vicinal. Pode-se optar por descer a estradinha à esquerda. Esta conduz, em suave descida que se torna depois som-breada, a Cachoeira dos Cristais, próxima à vila de Biribiri. Neste caso, a caminhada seria diminuída em 5km.

Prosseguindo no Caminho dos Escra-vos, inicia-se descida forte rumo ao Je-quitinhonha, e logo surge o mais longo e refinado calçamento de pedras, com uns 8km de extensão, dentro de vegetação de mata seca, uma variante local da mata atlântica. Terminado este último trecho, ainda restam uns 3km em terreno plano até o rio. Bem próximo à cidadezinha, po-de-se fazer um desvio de uns 500m à es-querda, até a cachoeira de Santa Apolônia, para refrescar o corpo suado. Seu poço é amplo e convidativo.

Finalmente, chega-se a Mendanha, onde a igreja, situada numa colina, domi-na a paisagem. Abaixo, o rio Jequitinho-nha, num ponto em que dava passagem a vau, em grande parte do ano. O primeiro pároco local, de sobrenome Mendanha, mandou então construir a ponte antiga que se vê próxima à igreja, para que pes-soas e cavaleiros atravessassem também durante as enchentes, e cobrava pedágio. A povoação então prosperou em torno da ponte.

Realmente, o caminho é longo, mas bonito e cheio de interesse histórico: uma das grandes trilhas de Minas. E se os dia-mantes praticamente se esgotaram, os atrativos de Diamantina e arredores são quase inesgotáveis.

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Paisagens mineiras

Vírgílio Melo, colunista da Revista Con-domínios, é autor de uma das cinco fotos finalistas do Concurso Fotográfico Paisa-gens Mineiras, promovido pelo jornal Es-tado de Minas. A fotografia foi feita do alto do pico da Lapinha da Serra, na Serra do Cipó. Até o dia 16/09/10 a votação popu-lar acontece pelo site www.paisagensmi-neiras.com.br – entre e vote!

FIQUE ATENTO PARA O “SELO DE QUALIDADE”, PORQUE IMÓVEL SE NEGOCIA ASSIM!

“ASSIM – Associação das Imobili-árias de Lagoa Santa” reúne empre-sas do mercado imobiliário da cidade com a intenção de unir o máximo de imobiliárias com os mesmos objetivos: organizar e normatizar o setor; atu-ar perante o legislativo e o executivo, buscando esclarecer e ajudar nas so-luções das dificuldades encontradas pelo setor e pela população em geral. A associação conta hoje com oito em-presas: CIDADE IMÓVEIS, UNIVERSO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, IMÓVEIS.COM, CASA IMÓVEIS, VMT IMÓVEIS, CJ IMÓVEIS, MORADA IMÓ-VEIS E SMEL, tendo mais duas empre-sas em fase de filiação e algumas em processo de negociação.

Não poderíamos nos omitir diante do enorme crescimento do segmen-to imobiliário de Lagoa Santa, inicia-do com a reativação do aeroporto de Confins, e consequente construção da linha verde, melhorando substancial-mente o acesso à região.

Seria inevitável que com todos es-

tes melhoramentos não viessem ou-tras grandes obras, empreendimentos, investimentos e investidores para nos-sa região, tais como:

•Ampliação do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR)

•Implantação do Centro de Capaci-tação Aeroespacial

•Construção do Centro de Manu-tenção da GOL

•Instalação do Pólo de Micro Eletrô-nica em Vespasiano

•Construção da Faculdade de Ciên-cias Médicas (FELUMA)

Não bastasse tudo isto, veio a CI-DADE ADMINISTRATIVA que já se en-contra em funcionamento e pela sua localização obriga seus milhares de funcionários e prestadores de servi-ços a se transferirem para uma região próxima pela facilidade de locomoção. Não existe outra cidade mais atrativa que Lagoa Santa.

Devemos salientar que todo este crescimento vem sendo acompanha-do de perto pela Administração Mu-

nicipal e com uma competente parti-cipação da Secretaria de Planejamento e meio-ambiente que tem trabalhado e participado muito de todo este pro-cesso.

Então a “ASSIM – Associação das Imobiliárias de Lagoa Santa” que tem em seu quadro empresários que lutam pelo bem de Lagoa Santa, e sabendo que isto é só o início de muitas outras novidades que virão, está atenta para juntamente com a população e a Ad-ministração Pública lutar para que este crescimento que passa inevitavelmen-te pelas Imobiliárias, seja por elas filtra-do com ética, união e parceria, propor-cionando um crescimento ordenado e com segurança, gerando estabilidade e mantendo nossa qualidade de vida.

NaSce a “aSSim” Informe Publicitário

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REVISTA CONDOMÍNIOS JUNHO 201012

o que o governador tem a dizer do crescimento do

vetor Norte da rmbH?Aeroporto Internacional, Ae-

roporto Indústria, Cidade Admi-nistrativa, Linha Verde... e por aí segue a lista de investimentos que o governo estadual vem fa-zendo no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizon-te. Um crescimento esperado e, de repente, tão rápido que fica a dúvida: estamos preparados?

A Revista Condomínios foi em busca das respostas de um professor que conhe-ce do assunto e, desde abril de 2010, ocupa o cargo de Governador de Minas Gerais. Ele é Antônio Augusto Junho Anastasia e res-ponde nossas questões sobre preparação da mão de obra local, Parque Estadual do Sumidouro, infraestrutura para as cidades da região e desenvolvimento sustentável.

Revista Condomínios: O Aeropor-to Internacional Tancredo Neves é porta de entrada para o estado e o Aeroporto Indústria abrigará diversas empresas. Pre-cisamos de mão de obra preparada, prin-cipalmente porque receberemos milhares de visitantes para a Copa do Mundo de Fu-tebol. Quais as ações do governo estadual visando à formação desta mão de obra?

Antonio Augusto Anastasia: A Copa de 2014 é uma prioridade para nós em Mi-nas. Já estamos trabalhando na oferta de cursos de qualificação de recursos huma-nos, principalmente, por meio da Usina do Trabalho da Secretaria de Desenvolvimen-to Social. No ano passado, foi realizado o Curso de Capacitação Profissional e Exce-lência no Atendimento ao Turista da Copa, oferecido gratuitamente, com a proposta de ensinar noções básicas de inglês e espa-nhol para taxistas da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Estão previstos outros cursos para aten-der trabalhadores de várias áreas, como hotelaria, bares e restaurantes e todos os que têm condições de ter correspondência com os turistas que virão para a Copa do Mundo, e também para as Olimpíadas de 2016, que deverá ter Minas como uma das sedes das competições de futebol.

Devo também destacar a criação do Polo de Aviação Civil, que deixa o mercado de trabalho na área ainda mais atraente, especialmente para os jovens. Para aten-

der às necessidades de qualificação dessa importante mão de obra, introduzimos o Curso Técnico de Manutenção de Aerona-ves no Programa de Educação Profissional (PEP). O curso é oferecido gratuitamente pelo Governo de Minas, além dos cursos de mecânica e administração de empresas que são interessantes para o setor. Este ano temos perto de duas mil vagas só para essa área.

Importante ainda lembrar que o Go-verno de Minas atua em parceria também com o objetivo de qualificar os trabalhado-res e inserí-los no mercado de trabalho. Um bom exemplo disso é a parceria com a em-presa Trip Linhas Aéreas, que já resultou na oferta de dois cursos de qualificação pro-fissional: assistentes de almoxarifado para suprimentos técnicos de avião e agentes de aeroportos.

RC: Recentemente foi inaugurado o Parque Estadual do Sumidouro, que por 30 anos existiu apenas no papel. O que pode-mos esperar deste parque?

AAA: Entregamos, no último dia 13, as obras de infraestrutura do Parque Estadual do Sumidouro, um dos marcos referenciais da Rota Lund, projeto extremamente ou-sado de novo destino turístico e dos mais importantes em implantação pelo Gover-no de Minas. O turismo é uma das âncoras da economia no mundo contemporâneo e precisa de infraestrutura adequada para se desenvolver.

O Parque do Sumidouro é considera-do o berço da paleontologia, espeleologia

e arqueologia no Brasil. Além do Centro Receptivo Fernão Dias, o parque também ganhou nova sede administrativa e centro avançado de pesquisas, que vai abrigar cientistas de todo o país. A manutenção é de responsabilidade da Secretaria de Esta-do de Meio Ambiente.

O projeto da Rota Lund estrutura um destino turístico que reúne preservação ambiental, educação, cultura, turismo e desenvolvimento regional. Começa no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, no bairro Coração Eucarístico, em Belo Ho-rizonte, e vai até a Gruta de Maquiné, no município de Cordisburgo, um percurso de 120km, que inclui as grutas Rei do Mato e da Lapinha e outros atrativos do Parque do Sumidouro.

Estamos atendendo uma demanda de 30 anos das comunidades ambientalista e científica mineiras. São R$17 milhões em investimentos!

RC: A Cidade Administrativa acelerou o crescimento das cidades da região e os problemas enfrentados são muitos. As prefeituras afirmam não terem condições de investir sozinhas. Como o Governo de Minas trabalha para garantir o crescimento sustentável da região?

AAA: Digo sempre e volto a repetir: nenhum governo trabalha sozinho. O Go-verno de Minas, desde 2003, trabalha com parcerias, compartilhando com toda a so-ciedade – prefeituras, empresários, traba-lhadores, organizações sociais – a busca de soluções criativas e a implantação de ações

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para o desenvolvimento econômico e social de nosso Estado. A parceria com os municípios é fundamental.

Para o esperado crescimento dos municípios do Vetor Norte planejamos diversas ações em conjunto com as pre-feituras. Uma das ações de maior rele-vância para tratar as questões da Região Metropolitana da capital, promovendo o desenvolvimento de seus municípios de forma integrada, articulada, com respeito mútuo, foi a criação da Agên-cia de Desenvolvimento Metropolitano. Além de elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, a Agência é responsável por promover a implan-tação de planos, programas e projetos de investimento estabelecidos no Plano Diretor, por elaborar estudos técnicos de interesse regional e propor normas para compatibilizar os planos diretores dos municípios.

Em outras frentes, o Governo de Minas investe firme na infraestrutura da região: a melhoria da MG-424, a implantação de uma nova via de acesso ao Aeroporto In-ternacional Tancredo Neves a partir da MG-424, o acesso Sul e Norte em Lagoa Santa para chegar a Jaboticatubas, a duplicação da MG-020 e da MG-806 em Ribeirão das Neves, além da pavimentação de vias em Santa Luzia, Vespasiano e BH, próximas ao Centro Administrativo.

O Governo de Minas, por meio da Co-pasa, está construindo Estações de Tra-tamento de Esgoto (ETE’s) e novas redes coletoras. Também estamos trabalhando no gasoduto para o Vetor Norte de forma a atender as novas empresas que estão se instalando na região. Por meio da Ce-mig, nos próximos meses vamos entregar uma nova e moderna subestação (SE) de energia que, além de abastecer a Cidade Administrativa e os bairros do entorno, fornecerá energia para Vespasiano, Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Lagoa Santa, atendendo ao crescimento da demanda na região e melhorando a qualidade do fornecimento.

Podemos citar muitas outras ações como a ampliação da fiscalização para

evitar ocupações irregulares, os projetos de requalificação de áreas centrais de municípios, o plano de saneamento para a sub-bacia do Ribeirão da Mata, e os im-portantes investimentos na saúde, como a aplicação de R$ 26 milhões no Hospital Risoleta Tolentino Neves, que atende aos pacientes dos municípios da região.

Enfim, é um rol de ações, obras e pro-gramas que vem sendo executados para amparar com firmeza o desenvolvimento do Vetor Norte da RMBH.

RC: Quem conhece Lagoa Santa há muitos anos se assusta com o ritmo do crescimento da cidade. O que podemos esperar para a região nos próximos anos?

AAA: Nós preparamos todo o nosso planejamento e a execução das ações, um esforço que sempre buscamos fazer no Governo de Minas, exatamente com obje-tivo de termos um equilíbrio positivo entre o desenvolvimento e a sustentabilidade. Não é diferente para o Vetor Norte.

Então, é isso o que esperamos; o pro-gresso, com a elevação da qualidade de vida de seus habitantes e o respeito ao ambiente, à história e ao patrimônio dessa tradicional e bela região mineira.

Especificamente sobre Lagoa Santa,

além das ações citadas, destaco alguns investimentos realizados nos últimos anos pelo Governo de Minas, como na área da saúde, que recebeu R$ 2,8 milhões; educa-ção, com R$ 1,5 milhão; e, segurança públi-ca, R$ 3,4 milhões.

Lembro que, nesse mês de junho, as-sinamos convênio com a Prefeitura Mu-nicipal de Lagoa Santa e repassamos R$ 2 milhões para obras de melhoria da infraes-trutura do município.

RC: Em sua opinião, o que precisa ser feito pelo governo estadual nos próximos anos para promover o desenvolvimento sustentável da região?

AAA: É importante ficar atento aos desdobramentos das ações porque a ad-ministração pública é dinâmica, sempre te-mos mais a fazer; aprimorar os programas e projetos, consolidar e manter o que vem sendo executado.

Agora, para alcançar os objetivos, acre-dito que é imprescindível a participação das prefeituras, das lideranças políticas e comunitárias dos municípios, porque é preciso conhecer as necessidades, ouvir as demandas de quem está mais próximo ao cidadão para planejar e executar as ações no âmbito do Estado.

Governador Anastasia em visita a Gruta da Lapinha para conhecer nova iluminação.

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lapinha museu vivoIrmandade de

Atores da Pândega

Entre os dias 25 e 27 de junho acontece na área externa da Gruta da La-pinha, o Lapinha Museu Vivo – 7º Encontro de

Cultura de Raiz. O objetivo é propiciar o encontro das novas gerações com sua ancestralidade cultural e histórica.

O evento é realizado pela Associa-ção Cultural Eu Sou Angoleiro e co-ordenado pela frente de trabalho Ir-mandade dos Atores da Pândega. São três dias destinados a intercâmbios e troca de saberes com mestres antigos e entre manifestações culturais distin-

tas - Guarda de Congo e Moçambique, capoeira angola, artesanato, dança afro, teatro e percussão. O Encontro de Cultura de Raiz, que acontece em Lagoa Santa desde 2003, traz rodas de conversas, espetáculos, vídeos, apresentações artísticas e culturais, oficinas e vivências, além da exposi-ção e venda de produtos culturais. Visitantes são bem vindos ao Lapinha Museu Vivo, que já chegou a atingir público de mais de três mil pessoas. Mais informações e inscrição: www.eusouangoleiro.org.br e [email protected]

Em 1998, nasce um cortejo dramático in-titulado “O Homem-Boi”. Gercino Alves, Re-nata Otto e Alexandra Simões, os fundado-res, contavam com a referência dos mestres da história da dança-teatro: Marita Carlos e Geraldo Vidigal, dançarinos e pesquisadores do Ballet Folclórico Aruanda, de sedimentar a arte na cultura popular. O encontro com o mestre de capoeira angola João Angoleiro e com a Guarda de Moçambique e Congo Tre-ze de Maio de Nossa Senhora do Rosário foi fundamental para o florescimento da Irman-dade dos Atores da Pândega.

O grupo achou no bairro Várzea, em Lagoa Santa, terreno fértil para o trabalho. Com a chegada de novos parceiros que trouxeram suas contribuições para a forma-ção dos atores dançarinos, o grupo ganhou a rua e deu vida a incríveis personagens da cultura popular: mulheres da pândega, bê-bados, caboclos, mulheres que viram cobra, macacos safados, vaqueis e o Boi: o lendário totem da folia.

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“Gosto muito de gorros”, comenta a cantora lírica Isabela Santos entre uma troca e outra de modelos na loja da es-tilista Virgínia Barros, na Savassi. “Sou adepta, uso bastante. Coloridos, estam-pados, lisos, de lã, pano... de todo jeito eu gosto”, continua nossa modelo que mostra muita intimidade com as boinas.

Ela conta que esteve na Alemanha em dezembro passado para cantar em con-certos natalinos e para se proteger do inverno europeu usava gorros e boinas.

A conversa continua e outras pessoas presentes (jornalista, amigos, fotógrafo) também opinam e muitos concordam que o mineiro é sempre discreto e eco-nômico no uso de acessórios, inclusive os de inverno, como gorros e cachecóis. Virgínia que já conhece esse mercado há alguns bons anos conta que o uso vem aumentando e ganha impulso quando as personagens das novelas utilizam destes acessórios.

“Neste inverno, as pessoas devem ino-var. O mineiro tem medo do ridículo e está na hora de perceber que indumentária é comunicação, alegria, leveza. Não é ficar preocupado se alguém vai achar que está feio ou ridículo. O importante é você se sentir bem”, aconselha Virgínia que define o acessório como a cereja do bolo.

A estilista ainda indica que gorros e cachecóis ficam bem para adultos e crianças, homens e mulheres. Como cui-dado, ela alerta para as ocasiões muito formais.

Nas fotos, Isabela Santos (myspace.com/isabelacantora) usa gorros artesa-nais da marca Virgínia Barros (www.virgi-niabarros.com.br).

Virgínia Barros, estilista especialista em acessórios.

boinas protegem do frio e são um charme a mais no inverno

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Na hora de construir, lembre-se de impermeabilizar

Você sabia que a água exis-tente no solo pode infil-trar pela parede e atingir alturas superiores a 1,5m? Roberto Mendonça Silva,

engenheiro civil, explica que a umidade ascendente é causada pela umidade pro-veniente do solo e é uma das patologias mais comuns nos imóveis de Lagoa Santa. “A água atravessa as cintas de fundação e

sobe pelas paredes através de pequenos canais existentes no concreto, na argamassa e nos tijolos. Quando essa água atinge a alvenaria, deteriora o reboco e causa bolhas na pintura. Cria um aspecto horrível na edifica-ção, torna o ambiente insalubre e desvaloriza o imóvel”, detalha o engenheiro e alerta: “tudo isso pode ser evitado se atentarmos para a importância da imperme-abilização na execução de qual-quer tipo de construção”

Segundo Roberto, a impermeabiliza-ção é um sistema que não permite erros. “Qualquer falha, a água infiltra. É um siste-ma de extrema importância, com custo re-lativamente baixo (entre 1% a 4% do custo total da edificação) que deve ser elabora-do por um profissional capacitado para esse fim”, ressalta. Quando a impermea-bilização não é feita ou apresenta falhas,

a correção pode chegar a custar 15% do valor da edificação.

Para quem vai começar a construir, Roberto indica a procura de um enge-nheiro civil apto a propor um projeto de impermeabilização com as melhores so-luções para as necessidades da edifica-ção. Esse profissional deve acompanhar a execução, garantindo que esses sistemas sejam empregados corretamente desde o início da obra.

•Aumenta a vida útil das estruturas;•Impede a corrosão das armaduras do concreto;•Protege as superfícies da umidade, manchas, fungos, etc;•Garante ambientes salubres;•Preserva o seu patrimônio contra in-tempéries.

Por que vale a pena investir na hora de construir?

Roberto Mendonça, engenheiro civil.

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a importância da análise de solo

Rui Lara de Assis

Você sabe qual o pH de sua terra? Sua terra é ácida ou neutra? Quais os teores de cálcio e magnésio? É preciso aplicar calcário ou

não? Qual o tipo e quantidade de calcário a utilizar? Os teores de fósforo e potássio estão adequados? Qual a quantidade de adubo a colocar para o gramado e para as frutíferas do pomar? Sua área tem a presen-ça constante de cupins e formigas? Qual é o nível de micronutrientes encontrados em sua terra? Qual é o teor de matéria or-gânica? Seu solo é arenoso ou argiloso? E em função desta resposta, quanto de água devo aplicar através de cada irrigação? To-das essas perguntas são respondidas com a avaliação do resultado de análise do solo.

São muitas as respostas para uma pe-quena quantidade de solo considerada no laboratório de química agropecuária – aná-lise de solos. São enviados cerca de 400g de solo para avaliação e desta quantidade são retirados uma porção equivalente a uma colher de sopa bem cheia.

É muito importante a realização de análise do solo de seu sítio ou chácara, o que já foi relatado em uma edição anterior

de como deve ser a cor-reta coleta de terra para amostra composta repre-sentativa do local.

De posse do resultado, normalmente é recomen-dado a calagem que é a adição de calcário dolo-mítico para a correção da acidez. A grande maioria dos solos de nossa região apresenta pH baixo, altos teores de alumínio, baixo teores de cálcio, magné-sio e fósforo; e com teores médios a altos de potás-sio. É também muito comum a realização de adubação fosfatada corretiva, pois os teores são baixos em cerca de 80% dos so-los brasileiros, principalmente nas áreas de cerrado.

O calcário é um insumo muito barato, sendo comercializado em sacos plásticos com capacidade de 50 kg nas melhores casas de produtos agropecuários, a menos de R$10,00 a unidade. Para que ocorra o seu efeito desejável na correção da acidez é necessário que o mesmo seja misturado ao solo, em uma profundidade mínima de 20 centímetros e que haja a presença de umi-dade para que as reações químicas possam ocorrer.

É importante ressaltar que não adian-ta realizar a aplicação anual sistemática de adubos na projeção de copa das plantas ou mesmo sobre os gramados se o pH está baixo, indicando que o solo requer uma correção com aplicação de calcário, pri-meiramente. Esta incoerência é constatada na maioria dos sítios existentes na região metropolitana. Os adubos assim aplicados não são absorvidos pelas plantas e são totalmente perdidos, podendo inclusive, contaminar o meio ambiente atingindo os mananciais. E o pior, não traz o tão espera-do benefício às plantas, que é a satisfação de sua nutrição.

Outra informação muito valiosa prove-niente da avaliação do resultado de uma

análise de solo é sobre o tipo de textura ou granulometria das partículas do solo, ou seja, a proporção entre os teores de areia, silte e argila. Em função desta avaliação é determinada a quantidade ideal de água que o solo pode receber, sem haver perdas desnecessárias e o intervalo desejável entre as irrigações.

Outro fato constatado normalmente é que ocorrem maiores infestações de in-setos pragas, tais como cupins e formigas cortadeiras, em áreas de solos ácidos, com-pactados, sem vegetação, lavados pelas constantes enxurradas e que não apresen-tam cobertura morta; ou gramados mal manejados e sem a correta adubação.

O custo de uma análise composta de solo, com resultados sobre fertilidade de rotina, micronutrientes e granulometria chega a R$50,00. Pela tecnologia investida nos laboratórios de análises em equipa-mentos, pessoal qualificado, na aquisição dos reagentes, que na maioria das vezes, é importado; conclui-se que é muito barato pela sua alta significância.

Portanto, é de vital importância a reali-zação de análise de solo para que se possa estipular o manejo correto da fertilidade do sítio, das operações de plantio, podas, transplantios, cortes dos gramados e os ní-veis adequados de irrigação, contribuindo para o uso racional dos recursos naturais disponíveis. Procure um técnico da área e mãos à terra.

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amendoeiras

Histórico: corria o ano de 1975 e um empresário imaginava encontrar um local para o lazer de seus diretores e amigos, nos

fins de semana. Idealista, realizador por excelência, colocou em campo a estrutura técnica das suas empresas para encontrar o local desejado. Depois de alguns meses de busca, descobre – ele mesmo – o Dr. Sa-bino Corrêa Rabello, uma área, cujas carac-terísticas principais: localização, topografia, clima, qualidade de solo, disponibilidade de água, etc. seriam satisfatórias. Em meio à vegetação natural, onde pastavam e eram abatidas as rezes do Sr. Herculano, o que havia era muita cobra e um autêntico “carrapatal”. Superadas as dificuldades e entraves, Dr. Sabino empenhou-se na cons-trução daquilo que sonhara. Nos moldes de um clube de campo da Alemanha, foi desenvolvido o projeto. A urbanização se baseou em uma avenida central vencen-do a colina que se lhe despontava à frente. As ruas partem da avenida rigorosamente sobre as curvas de nível de todo o terreno.

O condomínio foi entregue em 1979 com asfaltamento; duas barragens no ribeirão; iluminação a vapor de mercúrio nas ruas (Cemig); recuperação de antigo galpão de fazenda que ali existia; praça de esportes com piscinas e quadras poliesportivas; vestiários providos de duchas; quatro po-ços artesianos; caixa d’água superior para 700 mil litros; bombas de recalque; rede de distribuição de água; vários quiosques pro-vidos de churrasqueiras na praça de espor-tes; portaria com portão de acionamento eletrônico e escritório. Nos seus mais de 30 anos de existência, o condomínio recebeu várias obras de manutenção. As principais são a reforma do salão de festas, constru-ção da Estação de Tratamento de Água, re-forma da portaria, ampliação do escritório, iluminação das divisas, pista de Cooper, etc.

Projetos em andamento: Ceame – (Centro Ambiental do Amendoeiras), Reci-clagem, Compostagem, Segurança, Cães nas divisas, Iluminação e Proteção nas divi-sas, Troca de veículos e Manutenção.

Dificuldades: Agradar a todos de for-ma geral.

Vantagens: Valorização das cháca-ras e alegria de morar em um condomí-nio seguro e com áreas de lazer.

Total de lotes: 323Casas construídas: 227Imóveis em construção: 18Lotes vagos: 78Moradores: 93Área total: 1.354.243,50m²Área verde: 190.507m²Área institucional: 35.604m²Abastecimento de água e esgoto:

particular (poços artesianos) e uso de fossa nas residências.

Recolhimento de lixo: próprio.Nº de empregados do condomínio:

53, sendo 43 do condomínio e 10 tercei-rizados.

Nº de trabalhadores diários no con-domínio: 460, entre caseiros, domésticos, obras e empreiteiros.

Endereço : Av. João Azeredo Coutinho, 68.

Contato: Carlos Otoni Ferreira, Geren-te – [email protected] e Síndico, Ivo Farah Mitre – [email protected]

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quintas da lagoaHistórico: o condomínio surgiu em 2000.Projetos em andamento: monitoramento eletrônico e sede social.Metas: Integração dos moradores e murar todo o condomínio.Dificuldades: financeiras.Vantagens: áreas verdes.Total de lotes: 78Casas construídas: 45Imóveis em construção: 10

Lotes vagos: 23Área total: 507.000m²Área verde: 80.000m²Área institucional: 40.000m²Abastecimento de água: particularRecolhimento de lixo: interno no condomínio e a Prefeitura reco-lhe para o aterro.Síndico: João Luiz P. Rouxinol

transfira seu registro de veículo e ao emplacar novos carros prefira lagoa Santa.

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Palestras para comemorar o meio ambiente

calendário Festas acolasa

Arraial dos Condomínios

A Exposítio marcou um gol de placa neste difícil mercado de feiras e pos-sibilitou à ACOLASA re-ceber seus associados e

convidados em seu estande. Ali, conversa-mos sobre os mais variados temas. Duran-te este evento fizemos o lançamento do nosso vídeo institucional e de nosso site. Muita alegria e muita emoção das pesso-as ao assistirem ao vídeo que contou com maestria a história dos condomínios em Lagoa Santa. Muitos se tocaram com as diversas narrativas através de personagens importantes da nossa história em especial

A ACOLASA realizou no dia 12 de ju-nho, em comemoração a Semana do Meio Ambiente, um ciclo de palestras sobre “Paisagismo e Jardinagem” – promovida pela empresa Jardins da Jaguara – e sobre “Reciclagem e Compostagem” – proferida pelo Sr. Wanderson Luiz Nunes. As palestras aconteceram no Colégio M2 e oferecidas aos associados e prestadores de serviços no horário de 8h às 12h.

“Tivemos 28 participantes, todos muito preocupados com o tema meio ambiente”, conta Cléber Lima Prado, diretor adjunto de Meio Ambiente da ACOLASA. Ele narra que

foram distribuídos: mudas de ibisco, adubo orgânico, apostilas e folders educativos.

Cléber afirma que com o sucesso deste primeiro curso, já está nos planos da asso-ciação uma segunda edição em setembro. Os interessados devem ficar atentos, pois em breve será anunciada a nova data. In-formações: www.acolasa.com.br

Paulo Delgado, Presidente

Palavra do Presidente

com as dos condôminos Vicente Pimenta do Amendoeiras e Joaquim Marques do Condados da Lagoa, pioneiros desta his-tória de sucesso, e da nossa condômina Vera Fernandes, hoje do Vivendas, viúva do nosso amigo e criador da ACOLASA Inácio Paulo Fernandes, a quem eu tive o prazer de compartilhar esforços aqui em Lagoa Santa e na nossa Cemig, trabalhando lado a lado. Outros depoimentos foram deste presidente, da ex-presidente da Associação Comercial, Márcia Rocha, da ex-presidente da Acolasa Silze Watson e da condômina e ex-vereadora Rosangela Rosa, autora de lei que legitimou as estruturas condominiais no município.

No convívio destes dias de feira, pude-mos ter a certeza que as metas traçadas no nosso Plano de Trabalho estão aderentes aos interesses dos condôminos. Com a implantação do nosso site, vamos colocar em funcionamento uma série de ações para beneficiar os nossos associados. Uma iminente será o espaço para indicação de prestadores de serviços. Entre lá e faça as indicações que você achar conveniente. É bom para todos e mais segurança para quem está contratando um profissional. Parabéns aos condomínios Village do Gramado, Vivendas, Condados da Lagoa,

Canto do Riacho, Pontal da Liberdade e Bouganville pela premiação recebida pe-los organizadores da Exposítio como os condomínios que tiveram maior número de condôminos presentes ao evento. É isto aí, precisamos estar presentes apoiando iniciativas que sejam de interesse da cole-tividade. Outra iniciativa foi a realização de um curso em 12 de junho no Colégio M2 sobre Paisagismo, Jardinagem, Reciclagem e Compostagem, durante as comemora-ções da Semana do Meio Ambiente. Sala cheia com a presença de condôminos e de prestadores de serviços. Queremos cum-primentar ao Sr. Carlos Alberto e toda a sua equipe pela vitória na eleição para o co-mando da Associação Comercial (ACIAS). Esperamos um trabalho inovador e que agregue novos conceitos e novas ações a essa importante instituição.

26 de junho – Vivendas e

Estâncias das Petúnias.

3 de julho – Morada dos

Pássados e Amendoeiras.

10 de junho – Contados

da Lagoa e Quintas da Lagoa.

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uma animação para adultos

Pequeno cidadão

Acostumamos-nos, des-de a infância, a associar desenho animado, ou qualquer outro tipo de animação, com produ-

ções exclusivas para o público infantil. Nos últimos tempos, várias produções do tipo vêm repletas de referências ao universo adulto, mas continuam essen-cialmente infantis. Raros são os filmes de animação concebidos para adultos. Re-centemente tivemos “Persépolis”, sobre a condição feminina no Irã pós-Revolução

E ssa vai pra garotada! A banda que aqui apre-sento é o Pequeno Ci-dadão.

Essa banda nasceu de uma ideia de Taciana Barros que sentiu a necessidade de tocar com os filhos e dividir o tempo que pas-sava nos palcos com suas crias. Logo apresentou a ideia ao amigo Arnaldo Antunes que aderiu no ato. Arnaldo, por sua vez, trouxe o amigo e par-ceiro musical de muito tempo, Edgar Scandurra acompanhado também de Antônio Pinto.

Alexandre Miranda

TiagoAlencar

Islâmica e “Valsa com Bashir”, sobre as memórias de um soldado israelense na Guerra do Líbano nos anos 80 do século passado. Agora é a vez de “Mary e Max” conquistar os mais velhos com uma his-tória no mínimo insólita, apesar de base-ada em fatos reais.

Tudo começa quando Mary, uma garotinha australiana que vive em uma família complicada, com um pai apático, uma mãe alcoólatra e somente um galo como amigo, resolve escrever uma carta para um nome que escolheu aleatoria-mente no catálogo de telefones da cida-de de Nova York. Movida pela curiosidade sobre a origem das crianças e insatisfeita com a resposta que lhe dão, ela faz a per-gunta ao destinatário, Max, um senhor de quarenta e quatro anos, solitário, que so-fre de Síndrome de Asperger, uma forma menos grave de autismo. A carta provoca uma desordem no mundo de Max, que custa a perder a ansiedade com aquela relação inusitada que surgiu repentina-mente em sua vida. Apesar da resistência inicial, eles acabam iniciando uma longa e intensa correspondência em que tro-cam, além de impressões diversas sobre a vida, chocolates, fotografias e miniaturas de personagens de TV. A amizade entre os dois dura mais de vinte anos, tempo

em que as agruras da vida de cada perso-nagem vai, de uma certa maneira, fortale-cendo essa amizade. Mary, apesar de não ser solitária como Max, não é menos infe-liz, mesmo tendo cursado faculdade e se casado. Ao longo do filme, temas como solidão, suicídio, depressão, alcoolismo e bulling são tratados de uma maneira mais suave, graças à opção pelo stop motion, técnica de animação com massinhas. Se fosse realizado com pessoas reais, talvez o filme se tornasse um dramalhão.

O diretor australiano Adam Elliot já foi vencedor do “Oscar de Melhor Curta de Animação” em 2004. Neste seu pri-meiro longa-metragem, acerta em cheio ao compor seus personagens presos em seus próprios mundos, uma Nova York cinzenta para Max, uma Austrália em tons de marrom para Mary. Através da amizade por correspondência cada um dos personagens percebe que não está só e que existe outro ser humano como referência em suas vidas, mesmo apesar da distância e do fato de nunca terem se encontrado pessoalmente. O resultado final é um filme mágico, cativante e emo-cionante que, apesar das desventuras dos personagens, deixa uma mensagem positiva pelo valor que dá à amizade e às pessoas, sejam elas quem forem.

O projeto foi fluindo e a banda se formando. Com os filhos por perto, as músicas foram sendo criadas natural-mente e essa onda positiva foi con-tagiando a todos. Isso é transmitido também pra quem está escutando. O som agrada grandes e pequenos, muito criativo e surpreendente, como a mente de toda criança.

Além das músicas, a banda tem uma estética visual muito legal: nos shows, através de telões, no vídeo clipes e no encarte do disco, com de-senhos de Jimy Leroy que soube sin-tetizar a ideia da banda através das ilustrações.

É uma gran-de banda! Aliás, grande em to-dos os sentidos, pois Taciana Barros traz as filhas, Arnaldo traz o filho Brás Antunes, Edgar traz os filhos. Além dos artis-tas circenses, que os acom-panham nos shows e o res-tante da banda, que traz toda a

sua tropa. E o show é um espetáculo a parte, pois no meio da plateia vão surgindo personagens das músicas, como, uirapuru, lagartixa e o sapo-boi. Sem falar da criançada que é mui-to afinada, afinal elas tiveram a quem puxar.

Fica aí a dica para as mamães e pa-pais que quiserem botar pra tocar um pouco de boa música para seus filhos e, de tabela, curtir esse som que nos leva ao mundo lúdico das crianças. Nunca é tarde para ser um pequeno cidadão.

http://www.myspace.com/peque-nocidadao

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tradição antiga

T ão antigo quanto a pró-pria cultura humana, o funeral é uma cerimô-nia feita há pelo menos 300.000 anos, segundo a

Wikipédia americana. Como exemplo, o artigo cita que esqueletos de Nean-dethal foram encontrados cobertos por camadas de pólen na caverna Sha-nidar, no Iraque; Pontnewydd Cave, no País de Gale e em outros sítios pela Europa e Oriente Médio, como sinal que esses ancestrais do Homo Sapiens cobriam de flores seus mortos.

Os costumes funerários compre-endem o complexo de crenças e prá-ticas utilizadas por uma cultura para lembrar seus mortos. Esses costumes variam amplamente entre culturas e entre religiões. No Leste Asiático, a cor que representa o luto é o branco e usar vermelho (cor da felicidade) nes-sas cerimônias é sinal de desrespeito. Na cidade americana de Nova Orleans, em Louisiana, acontece uma tradição única de funerais, que surgiu da com-binação de práticas espirituais afri-

canas, francesas e tradições musicais afro-americanas. Um típico Funeral Jazz traz uma marcha dos familiares, amigos e uma banda de jazz entre o local do velório e o cemitério. Ao lon-go da marcha, a banda toca músicas fúnebres. Uma vez que a cerimônia se encerra, a marcha segue do cemitério para um local onde a música solene é substituída por canções dançantes para os presentes celebrarem a vida do falecido.

Uma novidade que surgiu em Nova Iorque e já chegou a algumas cidades brasileiras é o velório on line. As em-presas oferecem a opção de transmitir ao vivo pela internet o velório e enter-ro, apenas disponível através de login e senha, para familiares e amigos se-parados pela distância, tempo ou cir-cunstância.

Com o intuito de oferecer assis-tência nas homenagens aos entes queridos falecidos, empresas como a Metropax, de Belo Horizonte, trazem opções variadas que vão desde a exe-cução por músicos do hino do time de

futebol do finado até lenços persona-lizados e coroas de flores. O trabalho destas empresas que cuidam de todo o serviço burocrático e de cerimonial nesta hora tão difícil para a família é sempre bem vindo, quando feito de forma solene e respeitosa. Inclusive, muitas pessoas já deixam o serviço con-tratado com intenção de não gerar des-gastes e custos para aqueles que ficam.

A contratação de serviços fúne-bres também é um costume antigo. Entre os anos de 1600 e 1900, existi-ram duas profissões na Europa que agora estão praticamente esquecidas. Uma delas é o Mudo, que tinha o ob-jetivo de ficar no funeral com a face triste, próximo a porta da residência ou da igreja. A outra profissão é Carpi-deira, função normalmente desempe-nhada por mulheres que choravam e rasgavam suas roupas para incentivar as demonstrações de tristeza dos pre-sentes. Desde o século XIX, as carpi-deiras perderam força na Europa, ape-sar de serem muito comuns em rituais africanos.

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me dá o meu aí

Dia desses, banquei o repórter de TV nas ruas. Perguntei a um sem número de pes-soas: você sabe o que

é isonomia? Ninguém sabia, claro. Aí me dei conta de quanto estava sendo imbecil. Isonomia é algo que não afe-ta o cotidiano das pessoas comuns. É uma figura jurídica que, na maioria das vezes, só é admitida nas classes privi-legiadas do funcionalismo público. Na prática funciona como a maneira legal de equiparar salários e vantagens entre detentores de funções iguais ou simi-lares. Dito assim, parece um princípio para ser aplicado de maneira restrita. Por exemplo, um juiz do trabalho deve ter salário igual a um juiz federal de mesmo nível. Se ocorresse o contrário, seria uma injustiça a este ou àquele. É fácil compreender. Difícil é entender por que um delegado de polícia teima em ter os mesmos vencimentos de um procurador. Ou por que um oficial da polícia se julga no direito de ter o mes-

E m agosto, o IBGE vai começar as entrevistas do Censo 2010 que irá visitar todos os domi-cílios do país, inclusive

aqueles localizados em condomínios fechados. É um trabalho e tanto e se-gundo o Agente Censitário de Lagoa Santa, Alfredo Ancântara, é impres-cindível a colaboração de todos os moradores, síndicos e funcionários. “É de suma importância que todos estejam cientes que esta colabora-ção só trará benefícios para a cidade. Por isso peço a todos os residentes em condomínios que atendam o re-censeador”, fala Alfredo.

“O Censo é muito importante, pois mostra com exatidão aspectos

fundamentais da realidade munici-pal (população, saúde, economia, educação, faixa etária, etc)”, explica Alfredo e completa: “A análise de to-dos os censos já realizados possibili-ta identificar problemas e progressos no município e projeções pelos ór-gãos competentes para a elaboração de programas e projetos visando o bem estar da população”. Outro fator relevante é que a contagem da popu-lação influencia no repasse de verbas do Fundo de Participação dos Muni-cípios (FPM).

Para que todos se sintam seguros, o agente do IBGE estará devidamen-te identificado com um colete azul e um crachá de identificação. Caso necessário, o nome e o número de

matrícula que constam no crachá podem ser confirmados através de ligação gratuita para o telefone 0800 721 8181 ou pela internet - www.censo2010.ibge.gov.br.

Hilton Ferreira

mo salário do delegado. Não é um juízo de valor. O policial militar pode ganhar mais ou menos: só não há razão em atre-lar os vencimentos de duas carreiras dis-tintas. O pior de tudo é que nossa Cons-tituição serve também para acobertar e eternizar privilégios. Os delegados não querem apenas melhorias salariais. Eles querem uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional), de modo que nunca mais, em tempo algum, poderão ter seus salários e vantagens desvinculados do Ministério Público, sob pena de in-constitucionalidade.

Já o Ministério Público há muito, conseguiu equiparar-se às carreiras do Judiciário.

Isonomia pra lá, isonomia pra cá, os fiscais de todas as atividades do governo raciocinam que cumprem obrigações de valores equivalentes em termos de responsabilidade, competência e resul-tados. Os auditores da receita – antigos fiscais – foram muito valorizados em função do apetite tributário insaciável do governo. Atrás deles, em nome da isonomia, vieram os fiscais do trabalho, os fiscais sanitários e por aí afora.

Tudo isso já era conhecido. O fato novo é o Projeto de Lei Complementar 62 – olha aí o engessamento à Consti-tuição – que o governador Anastasia enviou à Assembleia pelo qual fica libe-rado o exercício da advocacia privada aos integrantes da Advocacia Geral do Estado (AGE). Segundo declara, candi-damente, o advogado geral do estado, trata-se de equiparar situações diver-gentes. Antigos procuradores detinham o privilégio de advogar particularmente, menos contra os interesses do estado. Já os novos procuradores não podiam

montar suas bancas de advogado em razão de proibição expressa no PLC 81.

Quando leu essa matéria no jornal, esse incauto colunista perguntou a si mesmo: por acaso os juízes não são im-pedidos de advogar e exercer quaisquer outras funções particulares, exceto o magistério? Se os procuradores têm os mesmos vencimentos dos juízes, esse PLC 62 não vai criar uma grave distorção remuneratória? E perguntei mais: com tantas responsabilidades constitucio-nais, os procuradores teriam tempo dis-ponível para exercer a advocacia parti-cular? De duas, uma: ou eles vão relegar as tarefas da Procuradoria para segundo plano, ou de fato eles não têm tanto serviço como fazem crer à sociedade. O pior foi minha imaginação paranoica. No futuro, divaguei, quando os juízes se sentirem frustrados com seus vencimen-tos comparativamente aos rendimentos dos procuradores – salários mais hono-rários advocatícios -, por que não reivin-dicar alguma coisa que restabeleça o ponto de equilíbrio? Que tal uma grati-ficação especial, baseada na média dos rendimentos que os procuradores ob-têm na advocacia particular? Seria a ma-neira de recuperar a isonomia. Ou não? A conta... ora a conta, isso é problema do executivo.

Os procuradores antigos podiam ad-vogar porque ganhavam pouco. Foi um erro acobertando outro. Mas em direito adquirido não se mexe. Hoje os procu-radores ganham muito bem. Mas se os novos não têm os mesmos direitos dos antigos, estabelece-se clara ofensa à iso-nomia. Direito adquirido e isonomia são irmãos siameses do setor público: aqui e ali dão ares de legalidade à imoralidade.

colabore!

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De lagoa Santa para a áfrica do Sul

O engenheiro Bru-no Moterani Cos-ta Reis foi um dos 600 pilotos de mountain bike a

completar a ultramaratona Cape Epic, um dos maiores eventos deste esporte no mundo. Foram 722km (mais de 14.000m de subidas acu-muladas) percorridos entre os dias 21 e 28 de março de 2010, na par-te oeste do território sul africano. Bruno conta que a maioria dos seus treinos são feitos em Lagoa Santa, cidade que frequenta desde a infân-cia, por seu pai ser proprietário an-tigo de uma casa no Condados da Lagoa. “Gosto das trilhas ao redor da cidade: Gabiroba, Perdidas e Rio das Velhas”, cita o atleta.

Bruno comenta que o Cape Epic está entre as corridas mais disputa-das e árduas do planeta e que ficou muito satisfeito com a colocação, em 94º lugar. “O resultado é espe-tacular, levando em consideração que estávamos disputando com os melhores do mundo. Todos os cam-peões mundiais de MTB estavam presentes no evento”, relata.

A prova é disputada em du-plas. Rogério Chaves foi quem embarcou com Bruno nesta aven-tura. Ambos são pilotos da equipe Mountain Bike BH, que tem como patrocinadores: UOL, Atex, Body Shape, Damatta e Katiane Nutri-ção Esportiva. A dupla de pilotos passou por vales intocados, cru-zou montanhas com a temperatu-ra quase 10° C, vinhedos famosos, florestas de pinheiros, com trilhas de tirar o fôlego. “Correr em dupla

é uma lição de vida de como tra-tar as pessoas nos momentos mais difíceis, pois a paciência se acaba à medida que o cansaço aumenta. É preciso muita amizade e compa-nheirismo”, ensina Bruno.

Quando questionado se pre-tende voltar, o piloto responde que sim, mas antes quer completar ou-tras ultramaratonas, como a Trans Rockies, no Canadá e Trans Alpes, na Suiça. A motivação, segundo ele, é o desafio de vencer os próprios li-mites do corpo.

Para esta primeira participação na Cape Epic, Bruno, que há três anos tem acompanhamento de treinador, conta que o treinamento envolveu seis dias na semana, com 18h de pedaladas semanais duran-te um ano. “Fazia treinos de 6h de pedal no sábado e mais 6h no do-mingo, além de duas horas durante a semana, pois trabalho durante o dia e tenho o tempo limitado”, fala ele que tem 20 anos de MTB. Além das trilhas na região de Lagoa Santa, Bruno buscou trilhas em Campos do Jordão, por causa da dureza da Serra da Mantiqueira.

E para todos que esperam uma ultramaratona de MTB no Brasil, Bru-no traz uma notícia boa. “Este ano estreia no país a ultramaratona Cla-ro Ride Brasil que tem tudo para, em alguns anos, alcançar importância no cenário mundial de MTB”. O Claro Ride Brasil acontece entre os dias 14 e 19 de novembro e será realizado na Chapada Diamantina/BA. Serão mais de 600km de prova, também disputada em duplas. Mais informa-ções: www.brasilride.com.br

Acervo pessoal

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Sucesso garante continuidade para exposítio

marcamos presença na exposítio

Entre os dias 21 e 25 de abril, aconteceu em Lagoa Santa a pri-meira edição da feira Exposítio, que con-

tou com dezenas de expositores e milhares de visitantes da região metropolitana de Belo Horizonte. O tamanho sucesso da feira, com alta avaliação pelos visitantes e empresas participantes, assegura a continuidade e crescimento do evento, que tem tudo para fincar raízes na cidade.

A Acias sediou, no dia 13 de maio, cerimônia de premiação ofe-recida pelos organizadores da feira aos parceiros que mais promoveram e contribuíram para a notoriedade do evento. Entre os condomínios: Village do Gramado, Vivendas, Con-dados da Lagoa, Canto do Riacho, Pontal da Liberdade e Bougainville foram os agraciados com o prêmio por terem contabilizado o maior número de condôminos presentes ao evento, entre os participantes cadastrados.

A Revista Condomí-nios lançou duran-te a feira Exposítio 2010 a edição 21, que trouxe novida-

des no layout. Com novo formato, diagramação e aumento na tiragem, a Revista de Lagoa Santa aproveitou seu estande na feira para receber seus colunistas, parceiros e amigos. Na foto, a equipe da Revista se reúne,

alegre com a aprovação das novida-des pelo público.

Para marcar o início da distribui-ção da edição na feira, a Irmandade de Atores da Pândega, grupo de teatro de Lagoa Santa, apresentou a peça O Primitivo, causando estranhamento, curiosidade e encantamento entre os presentes. A intervenção artística faz referência aos homens primitivos e hábitos do Homem de Lagoa Santa.

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o foudue

Fondue de carne no vinho Para os apreciadores de Fondue, esta é uma receita diferente,

mas igualmente deliciosa. Não deixe de experimentar!

MauroBretas

O fondue é um prato clássico para as noites frias de inverno. Consiste em uma mistura de queijos com conhaque ou vi-nho branco seco, que deve ficar sempre aquecido enquanto é consumido, mo-lhando pedaços de pão neste creme. Hoje também são feitos os de carne e de cho-colate. O prato tem origem na Suíça e na França. A tradução correta seria “derretido”.

Os queijos são colocados numa caça-rola especial chamada de “caquelon ou rechaud”, mas antes deve-se lubrificar com um dente de alho cortado ao meio e esfre-gado no fundo da panela, com o objetivo de dar mais sabor ao prato. Os convidados servem-se todos dessa mesma caçarola. Se você quer experimentar um dos clássi-cos faça a receita do fondue de queijo.

As variações do pratoPara quem deseja inovar vale a pena

experimentar o fondue de filé. Nesta ver-são cada convidado espeta pedacinhos

Ingredientes:500 ml vinho tinto seco de boa qualidade, porque a

carne pega o gosto do vinho mais fraco;1 cebola média;Cravinhos;Carnes a gosto conforme reportagem em cubos pe-

quenos;

Modo de Preparação:Coloque o vinho na panela de fondue. Na metade para cima

da cebola espete cravinhos deixando um espaço de mais ou menos 1cm entre eles. Leve a cebola à panela com o vinho e sobre o rechaud aqueça o mesmo até atingir o ponto ideal de fervura para cozinhar os cubos de carne. Cozinhe os cubos de carne no vinho e sirva com molhos da sua preferência.

de carne crua com o garfo e frita a seu gosto no óleo fervendo (que deve ser es-quentado no fogão previamente). Depois é só molhar sua carne no molho que es-colher. Experimente o molho de hortelã para fondue ou ainda o molho de alho para fondue que darão mais sabor ao prato. Os molhos podem ser a gosto, use a criatividade! Use uma lata de pomarola, um copo de requeijão, molhos prontos para fondue! Este tipo de fondue também pode ser feito com peixes, peito de frango, camarão, lombo sem a gordura, linguiças salsichas, pode até substituir o filé por uma outra carne de primeira, eu já fiz até com picanha.

Fondues docesO fondue de chocolate também é

bem-vindo. Nesse caso, uva itália, maçã picada, banana picada, morangos, abaca-xi, mexericas, melão, biscoito wafer e até pedaços de bolo (desde que consisten-te) são mergulhados pelos convidados em um creme de chocolate quente! Ex-perimente também o fondue de marsh-mallow que faz uma combinação perfeita com pedaços de bolo de chocolate!

Além de delicioso, o fondue, tanto doce quanto salgado, também serve para reunir os amigos para uma noite agradá-vel e apetitosa. Mas não se esqueça de al-guns cuidados na hora de servir o fondue:

.: Nunca coloque a panela sobre uma mesa que não esteja firme no chão, pois há óleo quente, ou queijo derretido e ál-cool nessa panela;

.: Mantenha distante de crianças;

.: Cuidado para não levar à boca o quei-jo derretido ou a carne frita muito quentes.

.: Fique atento para que o óleo não esquente demais e cuidado para não co-locar os garfinhos molhados com água, seque bem antes de utilizá-los.

.: Fique atento se o queijo não está queimando no fundo. Se isso acontecer, apague o fogo sem assoprar, utilizando o utensílio apropriado.

Harmonização com vinhos para fondues:

Vinhos brancos estruturados: Quinta Pinotage, Pinot Noir, Merlot, Chardon-nay ou tintos de grande estrutura. Esses vinhos aromáticos e definidos, com uma abertura sedosa e um final de gosto equi-librado devem ser consumidos a 16º/18ºC com pratos de confecção forte, de queijos fortes, típicos de fondue de queijo.

Vinhos tintos de boa estrutura, de pre-ferência mais maduros, com notas espe-ciarias e acidez equilibrada, como os tin-tos italianos, além dos fortificados secos, como Cabernet Sauvignon, Malbec ou Carmenere devem ser consumidos a 18ºC com fondue de carnes.

Vinhos brancos como Chardonnay, Sauvignon Blanc ou vinho Branco Verde podendo ser usado um vinho do porto de boa qualidade. Prato de sabor bastante marcante, com textura e grande doçura, como o fondue de chocolate.

Mas não adianta harmonizar o prato com o vinho, se não agradar ao seu pala-dar. A verdadeira harmonia está na ponta da sua língua.

Receita

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O frio pode ser muito gostoso, desde que estejamos bem aque-cidos. Não há nada pior que passar frio,

aquela sensação de desconforto e ten-são muscular, ainda mais em seu pró-prio lar. A casa da gente tem que ser sempre um lugar quentinho e acon-chegante, onde descansamos e relaxa-mos.

As opções são diversas, de tapetes a pisos com calefação, lareiras tradicio-nais a modelos modernos, aquecidos por gás ou eletricidade. Ao procurar por lareiras no www.criadesignblog.pop.com.br encontram-se charmosos fornos lareiras, de design francês; ou ainda um modelo circular, alimentada por bioetanol, que pode ser “rolada” para qualquer lugar ou uma fixa ao teto que gira 360° garantindo o aquecimen-to de todo ambiente. A criatividade é infinita...

Mais acessíveis e práticos, o mer-cado de aquecedores de ambientes oferece modelos elétricos, a óleo e a gás, nos formatos convencionais, tor-re e chapéu. Para ambientes fechados, como quartos, salas e escritórios, os aquecedores podem ser elétricos ou a óleo. Os aquecedores tipo torre são mais procurados, por ocuparem menos espaço e mais fáceis de guardar quan-do não estão em uso. O modelo chapéu costuma ser usado em ambientes ex-ternos. Bares e restaurantes com áreas sem cobertura ou casas e apartamen-tos com grandes áreas externas são melhores aquecidos por esse formato.

Além do ambiente agradável, o banho bem quentinho é essencial e o conforto de torneiras com água morna faz toda diferença. Sem falar os bene-fícios de uma piscina aquecida para natação e lazer no inverno. O reconhe-cido site de busca por produtos online www.buscape.com.br traz informações para o consumidor que começa no processo de escolha do melhor siste-ma de aquecimento de água para sua residência. Hoje, no mercado, existem aquecedores de diversos tipos, cada um armazenando energia com uma tecnologia diferente.

“São os aquecedores elétricos, a gás e solares. Todos têm suas vantagens, que devem ser consideradas conforme suas necessidades de uso. Os aquece-dores elétricos não utilizam gás ou fogo

para o aquecimento e, por isso, não são poluentes. O fornecimento de energia é automático e constante, o que garan-te precisão no controle do volume e temperatura da água. Os aquecedores a gás têm uma pressão de água melhor que nos modelos elétricos e uma eco-nomia de 60 a 85% com relação ao mo-delo elétrico. Já os aquecedores solares são mais caros, porém proporcionam grande economia de energia. É um sis-tema que utiliza energia limpa, segura e ecológica, possui instalação simples e melhor eficiência térmica”, informa texto no site Busca Pé.

E você, qual a sua experiência com sistemas de aquecimento? Envie a sua opinião, história ou dúvida sobre o assunto para redaçã[email protected]

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Sua casa quentinha para o inverno

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móveis planejados, o que é importante na hora de comprar?

Exclusivos e feitos especial-mente para você e para a sua casa, os móveis planejados podem ser a solução ideal para residências e comér-

cios. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados para evitar arrependimentos e problemas. Confira:

•Relacione as empresas que você tem interesse e faça uma pesquisa no Procon para saber como elas se comportam com seus clientes. Busque referências, conheça trabalhos anteriores das empresas, conver-se com outros clientes sobre prazos e se sa-bem interpretar os desejos do consumidor.

•Na visita às lojas, peça o vendedor para detalhar no orçamento tudo o que for combinado e certifique-se ainda sobre as regras de garantia.

•Peça ao projetista da loja escolhida para tirar as medidas pessoalmente nos ambientes.

•Descreva para o projetista a função do móvel, o espaço que ele vai ocupar, o estilo do ambiente e peça sugestão de materiais de qualidade. É importante ainda definir os hábitos e necessidades de quem vai utilizar os móveis.

•O projeto deve levar em considera-ção aspectos técnicos como: materiais de acabamento, que devem ser adequados à função do espaço e de fácil manutenção e limpeza; iluminação e ventilação natural e compatibilização do projeto de mobiliário com instalações elétricas, hidráulicas, gás, equipamentos, eletrodomésticos.

•Leia atentamente o contrato de com-pra e venda. Observe se o documento traz a forma de pagamento, as numerações do cheque e as condições de cancelamento.

•Logo após a instalação, teste a abertu-ra de portas e gavetas. Se houver alguma peça riscada ou torta, entre em contato

imediatamente com a empresa. Ela terá 30 dias para fazer o conserto, sem custos. Do contrário, você pode recorrer ao Procon.

CozinhasO segredo da cozinha é a sua distribui-

ção, levando-se em conta seus elementos fundamentais: refrigerador, fogão e pia, sem esquecer-se de uma bancada para o preparo de alimentos. Atualmente, outros eletrodomésticos ganham espaço na co-zinha, como o freezer, lava-louças, micro-ondas, centrífuga, multiprocessador e ou-tros. Com uma distribuição racional desses utensílios, o trabalho na cozinha ganha rapidez e eficiência. Independente da di-mensão da sua cozinha, o mais importan-te é a possibilidade de circulação que ela oferece.

Próximo ao refrigerador, o ideal é ter uma bancada de apoio com no mínimo 60cm de largura para ajudar na colocação e retirada de alimentos de geladeira. No se-tor da pia, são necessários duas bancadas,

uma de cada lado da pia, para separar a louça suja da limpa. Perto do forno e do fo-gão é conveniente ter um balcão de apoio com tampo resistente ao calor. Também é importante ficar atento à posição do fogão e do forno, por uma questão de seguranças das pessoas que circulam pelo ambiente.

Os armários suspensos devem ficar 140 e 170 cm do chão. A altura ideal para pias proporcionarem conforto é 90 a 95cm. Já os armários sobre bancadas devem ter 50cm de distância do tampo, com profun-didade mínima de 30cm. Os gabinetes in-feriores devem ter profundidade de 60cm e ficar suspensos 20cm do piso, para facili-tar a limpeza. Caso fiquem sobre uma base, esta deve ser recuada 5cm para a acomo-dação dos pés.

As cozinhas exigem ainda dobradiças resistentes. Dê preferência para as de aço inox com boa mola de pressão, afinal o uso é constante. Quanto às gavetas, a varieda-de de tamanhos ajuda na hora de guardar panelas e formas.

Cozinha planejada, feita pela decoradora Gláucia Tamietti.

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