saúde - 22 de abril de 2012
DESCRIPTION
Saúde - Caderno de saúde e bem-estar do jornal Amazonas EM TEMPO www.emtempo.com.brTRANSCRIPT
SaúdeCa
dern
o E
e [email protected], DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012 (92) 3090-1017
Saúde e bem-estar 4 e 5
Especial: Os exames pré-nupciais
Os ‘extras’ da boa vida de casados
Rose, Hallison e o fi lho Tobias, em momento de descontração
Depois do casamento é quase inevitável o fato de grande parte dos casais ganhar aqueles quilinhos a mais. Mas, qual a explicação para isso?
Quem nunca ouviu dizer que “fulana” ganhou o marido pela barriga, ou,
que para encontrar aqueles amigos que casaram, só se for em um almoço ou jan-tar? Brincadeiras à parte, a verdade é que depois do casamento a rotina do casal é totalmente modi-fi cada pelas responsabili-dades com lar, família e trabalho, restando pouco tempo para atividades fí-sicas regulares.
Como consequência, res-tam os indesejados quili-nhos a mais, isso sem falar no estado físico menos re-sistente e mais indisposto. “Não tem jeito. O maior problema do casamento é a alimentação, ainda mais aqui em Manaus, onde exis-tem ótimas opções de res-taurantes por toda parte”, desabafa em tom humo-rado, a representante de vendas Juliane Macário.
Natural de Porto Velho, a jovem de 24 anos, casada há três, diz que com uma rotina intensa de trabalho e cuidados com a casa, ela e o marido, o jornalista esportivo Antônio Barros Jr, chegam em casa à noite e acabam comendo algo menos nutritivo e mais ca-lórico, devido ao cansaço. Mas, Juliane confessa que sempre gostou muito de comer. “Ele (o marido) até brinca que quem vai acabar morrendo de tanto comer é
ele e não eu”, brinca.Hoje, com dois números
acima de seu manequim, que saiu de 38 para 40, a representante de vendas diz que o casal está se or-ganizando para fazer cami-nhadas pela manhã. “Como dormimos tarde, acordar cedo se torna mais difícil”, lamenta, afi rmando que o projeto de se exercitarem não cairá no esquecimento, uma vez que não é só pela parte estética que ambos planejam as caminha-das, mas tam-bém pela saúde.
ALITA MENEZESEquipe EM TEMPO
A decoradora de festas infan-tis Roseane Claudina Campos Batista, 27 anos, é um ótimo exemplo de mudança no estilo de vida que pode melhorar o bem-estar físico e, de quebra, dar uma “sacudida” no casa-mento. Ofi cialmente declarada a senhora Batista desde 2004, Rose, como é conhecida, conta que além da rotina de dona de casa, as complicações em sua primeira gestação lhe rederam um peso bem acima do normal.
Devido a essa rotina estres-sante, Rose decidiu mudar, retornou para faculdade, passou a correr todos os dias e prezar por uma alimentação mais saudável. “Passei a gostar mais de mim, e isso refl etiu no meu relacionamento com o Hallison, que tam-bém emagreceu. Hoje temos um casamento sem dúvida mais sau-dável”, orgulha-se.
Mais vitalidade
lórico, devido ao cansaço. Mas, Juliane confessa que sempre gostou muito de comer. “Ele (o marido) até brinca que quem vai acabar morrendo de tanto comer é
uem nunca ouviu dizer que “fulana” ganhou o marido pela barriga, ou,
que para encontrar aqueles amigos que casaram, só se for em um almoço ou jan-tar? Brincadeiras à parte, a verdade é que depois do casamento a rotina do casal é totalmente modi-fi cada pelas responsabili-dades com lar, família e trabalho, restando pouco tempo para atividades fí-
Como consequência, res-tam os indesejados quili-nhos a mais, isso sem falar no estado físico menos re-sistente e mais indisposto. “Não tem jeito. O maior problema do casamento é a alimentação, ainda mais aqui em Manaus, onde exis-tem ótimas opções de res-taurantes por toda parte”, desabafa em tom humo-rado, a representante de vendas Juliane Macário.
Natural de Porto Velho, a jovem de 24 anos, casada há três, diz que com uma rotina intensa de trabalho e cuidados com a casa, ela e o marido, o jornalista esportivo Antônio Barros Jr, chegam em casa à noite e acabam comendo algo menos nutritivo e mais ca-lórico, devido ao cansaço.
ele e não eu”, brinca.Hoje, com dois números
acima de seu manequim, que saiu de 38 para 40, a representante de vendas diz que o casal está se or-ganizando para fazer cami-nhadas pela manhã. “Como dormimos tarde, acordar cedo se torna mais difícil”, lamenta, afi rmando que o projeto de se exercitarem não cairá no esquecimento, uma vez que não é só pela parte estética que ambos planejam as caminha-das, mas tam-bém pela saúde.
A decoradora de festas infan-tis Roseane Claudina Campos Batista, 27 anos, é um ótimo exemplo de mudança no estilo de vida que pode melhorar o bem-estar físico e, de quebra, dar uma “sacudida” no casa-mento. Ofi cialmente declarada a senhora Batista desde 2004, Rose, como é conhecida, conta que além da rotina de dona de casa, as complicações em sua primeira gestação lhe rederam um peso bem acima do normal.
Devido a essa rotina estres-sante, Rose decidiu mudar, retornou para faculdade, passou a correr todos os dias e prezar por uma alimentação mais saudável. “Passei a gostar mais de mim, e isso refl etiu no meu relacionamento com o Hallison, que tam-bém emagreceu. Hoje temos um casamento sem dúvida mais sau-
Mais vitalidade
Já que a maior dificul-dade para os casais é a falta de tempo para ir até a academia, então a per-sonal trainer da Academia Atala, Caroline Amoedo, recomenda que seja cria-da uma pequena área para musculação, em casa.
“Se a pessoa puder comprar uma esteira, se torna mais prático, mas caso não seja possível, a mesma atividade pode ser feita ao ar livre ou substituir por uma atividade na piscina. Entre os outros
objetos necessários estão alteres e caneleiras de 2 kg, elásticos e bolas para exer-cícios de academia, além de um ou dois colchonetes”, enu-mera a especialista.
Exercícios- Comece com um alon-
gamento, seguido de um aquecimento e 15 minutos de corrida leve em veloci-dade moderada.
- Agachamento livre. Com os pés afastados na direção do ombro, ponha as mãos
na cintura ou estenda à frente do corpo e faça um movimento como se fosse sentar e suba novamente. Duas séries de 18 repeti-ções ou três de 15.
- Elevação de joelho. Com as caneleiras e uma vassou-ra a frente do corpo, eleve e baixe o joelho até a altura do quadril. Duas séries de 18 repetições.
- Braços e costas. Com os halteres nas mãos, eleve os braços acima da cabeça e flexione os cotovelos, des-
cendo as mãos até a altura do ombro. Duas séries de 18 repetições.
- Glúteo. Sob o colchonete, apoie as mãos e joelhos, em seguida estenda e fl exione um das pernas estendendo até a altura do bumbum. Duas séries de 18 repetições.
- Flexão de braço. Ain-da na posição de quatro, afaste os braços e flexione, descendo a parte anterior do corpo até o chão, subin-do em seguida. Três série e 12 repetições.
Exercícios para fazer em sua casa
Antônio Jr. e Juliane pretendem fazer caminhadas diárias
FOTOS: ACERVO PESSOAL
DIVULGAÇÃO/STCK
E01 - SAÚDE.indd 8 19/4/2012 21:34:23
MANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012E2 Saúde e bem-estar
Enquanto milhões de brasileiros não conseguem comer todos os dias a quantidade mínima de ali-mentos necessária à manutenção da vida produtiva, outros 200 mil morrem anualmente, vitimas de doenças relacionadas ao excesso de peso. O ritmo alucinante da vida moderna, a péssima alimen-tação e até o desenvolvimento tecnológico transforma a obesi-dade em uma epidemia mundial do novo milênio. O total de obesos no mundo é calculado em torno de 2 bilhões de pessoas, cerca de 20 milhões deles estão no Brasil. Uma estimativa do Ministério da Saúde mostra que 12,4 dos ho-mens e 16,9 das mulheres estão acima do peso normal, em outras palavras são obesos. E mais: a obesidade infantil já atinge 16,6 meninas e 11,8 meninos. A causa é, principalmente, a alimentação muita rica em gorduras. Todas essas estatísticas comprovam que o excesso de peso não é apenas problema estético, mas grave fator de risco para pro-blemas cardíacos, diabéticos e câncer de mama. O obeso só se preocupa com sua alimentação, depois que algum problema sério é diagnosticado.
A obesidade é uma doença crônica e seu portador deve obrigatoriamente mudar seus hábitos. Você tem fome de quê? Alimentação balanceada pode ser o segredo de uma vida saudá-vel. Em cada momento da vida temos diferentes necessidades energéticas, que variam de acor-do com idade, sexo, altura, peso e atividades físicas. O importante é seguir as orientações médicas responsáveis e éticas, acabando com as fantasias das dietas mi-lagrosas e rápidas para atingir o peso ideal ou amenizar males emocionais e estéticos. As mulhe-res usam cada vez mais calmantes e medicamentos para emagrecer, em busca de solução.
Perder peso não requer sofri-mento e sim uma reeducação de hábitos da qual a alimentação faz parte, suprindo as necessidades do corpo sem o abuso de calorias. Tenha mais qualidade na sua vida: “Faça a coisa certa!”
Um fator que tem sido bas-tante estudado e que pode ser demonstrado na pessoa obesa ou predisposta à obesidade, refere-se à herança genética. A obesidade não é um mero problema estético, mas uma doença com um compor-
tamento genético importante. Os genes são fundamentais para de-terminar como será o metabolismo de cada indivíduo; o seu biótipo.
“Na segunda eu começo”. In-variavelmente esta é a frase pronunciada pela maioria das pessoas, principalmente as mu-lheres que pretendem emagrecer (mania nacional). Na segunda eu começo meu regime - os mais loucos possíveis: da lua, do sol, dos artistas, das frutas, da sopa, da ração humana e agora do óleo de coco. Dizem isso, e nisso fi cam. O excesso de peso continua.
Muito cuidado com as dietas e medicamentos milagrosos. O uso de medicamentos para emagrecer não é recomendado para todos que estão em dieta. Existem critérios para defi nir os pacientes que precisam de tra-tamento mais avançado.
Consumir medicamentos sem a orientação de um médico es-pecialista é extremamente pe-rigoso. Emagrecer com ou sem medicamentos? De mal com a balança? Disciplina, amor próprio, atividade física e obtenha re-sultados satisfatórios. Continue agindo, porque há um amanhã todos os dias.
Um problema de peso
Humberto Figliuolohfi [email protected]
Humberto Figliuolo
Humberto Figliuolo,
Farmacêutico
EditoraVera [email protected]
RepórteresAlita MenezesCamila Henriques
DiagramaçãoMarcelo RobertWeiner Auzier
RevisãoMarco Adolfs
Expediente
www.emtempo.com.br
DICAS DE SAÚDE
Ele tem o mesmo formato do macarrão instantâneo, mas as semelhanças param por aí. Feito de um tubérculo japonês, ele é gelatinoso, transparente e levinho - tem apenas 10 calorias em uma porção de 200 gramas. Na culinária oriental, seu consumo é milenar, mas só agora virou moda para emagrecer. O macarrão asiático é conhecido no Brasil como shirataki. O segredo? Ele tem 97% de água e 3% de glucomannan - um tipo de fi bra que dobra de volume no estômago, deixando você satisfeito com menos comida. Como ele quase não tem sabor nem nutrientes a dica é consumir na sopa ou junto com legumes e peixe grelhado. O produto está à venda em lojas de produtos orientais.
O macarrão que ajuda a reduzir medidas
Você já ouviu dizer que o chá verde acelera o meta-bolismo e queima a gordura, mas não é apenas a erva desidratada, a granel, que funciona. Segundo um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, a versão em pó solúvel, diluída em água fria ou quente, também emagrece. Mulheres obesas com idade entre 20 e 40 anos e que fi zeram dieta e beberam o chá preparado com 10 gramas do pó, de manhã e à tarde, perderam duas vezes mais peso em comparação àquelas que só reduziram calorias.”O mérito é das catequinas - antioxidantes do chá verde que, além de elevar o gasto energético, inibem uma enzima que atrapalha a queima de gordura.
Chá verde em sachês também funciona
Perder peso não requer sofrimento e sim uma reeducação de hábitos da qual uma alimentação faz parte, suprindo as necessidades do corpo sem abusos”.
Com a divisão do Império Ro-mano, iniciada pelo Imperador Constantino e consolidada por Teodósio, em fi ns do século 4, o Império Romano do Ocidente teve a sua capital em Milão, na Itália, e o Império Romano do Oriente em Constantinopla, atual Istambul, capital da Turquia.
O Império Romano do Ocidente sofreu profunda transformação sóciopolítica nos anos seguin-tes em consequência da invasão dos visigodos, da cristianização e da gradativa mudança do sis-tema mercantil-escravista para o feudal e, como não poderia deixar de ser, a prática médica foi envolvida e modifi cada pelas mudanças em curso.
Com a cristianização do Império Romano do Ocidente, a infl uên-cia exercida pela Igreja Católica na medicina foi se fazendo de forma gradativa e irreversível. A origem da interferência remonta aos tempos pré-cristãos, quando o pensamento judaico associava o aparecimento das doenças aos pecados. Progressivamente a do-ença passou a ser pecado e o único tratamento possível para o sofri-mento era o perdão de Deus.
A relação social com o binômio saúde-doença evoluiu sem alte-ração e se consolidou defi nitiva-mente no Ocidente com a ação
evangélica de Jesus Cristo, que incluía a capacidade de curar mi-lagrosamente inúmeras doenças, cujos relatos foram passados por meio das gerações pelos apóstolos do Novo Testamento.
Por razões não perfeitamente esclarecidas, os médicos laicos simplesmente desapareceram a partir do século 5. O atendimento médico e o combate às principais doenças passaram a ser feitas nos mosteiros por padres das diferen-tes ordens religiosas.
Entre os mosteiros que se des-tacaram no exercício da atividade médica está o de Monte Cassino, na Itália, construído sobre um an-tigo templo de Apolo. Ao mesmo tempo multiplicava-se também o uso de relíquias e talismãs para a proteção das doenças. Exemplos marcantes de como a superstição era o fundamento da medicina dessa época podem ser sentidos nas palavras de Santo Agostinho: O perfume de azeviche afugenta os demônios e seu uso desata e desfaz o quebranto, ligaduras e en-cantamentos e todos os fantasmas tristes e melancólicos.
Com o passar dos anos, os padres passaram a exercer a medicina fora dos muros dos mosteiros. Em consequência dos atritos criados pelos danos causados aos doentes, como a sangria, os religiosos foram
proibidos de exercer a atividade médica fora dos mosteiros, por de-terminação dos Concílios de Remis (1131) e de Roma (1139).
Essa situação evoluiu para a formação de escolas leigas de medicina , que foram, pouco a pouco, se formando junto aos mosteiros. A Escola de Salerno, no sul da Itália, fundada ao lado de um convento beneditino, foi a pri-meira de orientação puramente leiga. Essa escola foi responsável perante a história pela famosa frase: Primo, nou nuocere (Em primeiro, não façam mal).
Pouco tempo depois surgiu a Escola de Montpelier, na França, com as mesma características da Escola de Salerno, isto é, a fundamentação do ensino mé-dico era baseado nas obras de Hipócrates e Galeno.
Os estudos da anatomia hu-mana foram retomados pelas mãos de Mondino de Luzzi(1270-1326), professor da Universida-de de Bolonha, que realizou a sua primeira dissecção humana, na Europa, em 1315.
A cátedra universitária remonta a esse período. O professor sentado numa grande cadeira, daí o nome de cátedra, que ditava a aula aos alunos, calados e atentos, ávidos de conhecimentos, sem questionar as exposições do catedrático.
Medicina e igreja na Idade Média
João Bosco [email protected]
João Bosco Botelho
Com a cris-tianização do Império Romano do Ocidente, a infl uên-cia exercida pela Igreja Católica, na medicina, foi gradativa”.
João BoscoBotelho,
Doutor Honoris Causa na França
E02 - SAÚDE.indd 2 19/4/2012 21:19:26
MANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012 E3Saúde e bem-estar
Coisa de [email protected]
No fundo ou no raso?Falar de relacionamentos é
uma coisa meio complicada e pode melindrar meio mun-do, porque cada caso é um caso e as pesso-as agem de acordo com suas histórias de vida, portanto, o que serve para um difi cilmente ser-ve para outro. Mas, ainda assim, algumas regrinhas básicas po-dem ajudar quando a bússola do coração fi ca desregulada em razão de olhares mais profundos lançados em nossa direção, por pessoas que chegam aba-lando as estruturas.
Confi denciava-me um ami-go querido que está feito gato escaldado, correndo quilôme-tros com medo de água fria. Bom, segundo ele, depois de levar “bomba” em alguns rela-cionamentos, fi cou com medo de se machucar de novo e resolveu trancar portas e ja-nelas para ninguém invadir o seu espaço particular.
Não sei se funciona bem assim e se essa é a melhor maneira de viver. Primeiro, porque a vida é um risco por si só. Quem não se arrisca não vive plenamente e só come o pudim pelas beiradas, deixan-do de saborear a melhor parte e sem se dar o direito de se lambuzar, como se estivesse em uma festa. Vida regrada não é bem vivida e oportu-nidades perdidas difi cilmente voltam às nossas mãos.
Provavelmente eu não sou a pessoa mais indicada para fa-lar sobre relacionamentos, afi -nal, só casei uma vez e não tive coragem de repetir a façanha. Talvez a Gretchen seja muito
mais capacitada a tratar desse assun-to com todo o conheci-mento e experiência que os 16 casamentos já lhe trouxe-ram. Ainda assim, acho que fechar para balanço por um tempo longo demais pode ser uma atitude de pouca confi an-ça em si mesmo e na vida.
Quando entramos em uma relação nossa expectativa invariavelmente é que tudo dê certo e mesmo quando não estamos pensando em compromisso, também não estamos programados para quando as coisas desandam e acabamos sofrendo. Faz parte da vida, e mesmo quem não se envolve, sofre de ou-tros males tão ruins quanto desilusões amorosas, sofre com a solidão e isolamento.
Por isso, é bom tomar algu-mas precauções antes de ir fundo demais em uma relação sem conhecer pelo menos um pouco a pessoa com quem estamos. Quando alguém está disposto a conquistar o outro só mostra o lado mais simpá-tico e sedutor de sua persona-
lidade e, com isso, acabamos
fazendo uma ima-gem irreal daquela
pessoa. Só o tempo, a proximidade e a inti-midade mostram o que
cada um realmente é. e ainda assim, alguns aspectos da personalidade e do caráter de uma pessoa só surgem muitos anos depois, quando as circunstâncias permitem ou forçam tais revelações. Quan-tas vezes nos decepcionamos com pessoas que julgávamos conhecer e que, de repente, tomam atitudes que contra-riam tudo aquilo que esperá-vamos? As pessoas podem ser surpreendentes e, na maioria das vezes, o são.
Não temos como saber se a relação vai dar certo. Sem ten-tar, não temos como saber se a pessoa é o nosso número. A vida é feita de erros e acertos. Podemos até sair machuca-dos depois de alguns relacio-namentos. Mas, se olharmos para trás, poderemos perce-ber que, ainda que seja só pela experiência adquirida, saímos no lucro. Portanto, se você acha que vale a pena arriscar, vai fundo.
Vera LimaNo fundo ou no raso?
Falar de relacionamentos é uma coisa meio complicada e pode melindrar meio mun-do, porque cada caso é um caso e as pesso-as agem de acordo
olhares mais profundos lançados em nossa direção, por pessoas que chegam aba-
Confi denciava-me um ami-go querido que está feito gato escaldado, correndo quilôme-tros com medo de água fria. Bom, segundo ele, depois de
mais capacitada a tratar desse assun-to com todo o conheci-mento e experiência que os 16 casamentos já lhe trouxe-ram. Ainda assim, acho que fechar para balanço por um
lidade e, com isso, acabamos
fazendo uma ima-gem irreal daquela
pessoa. Só o tempo, a proximidade e a inti-midade mostram o que
Vera Lima
Suco dos milagresA moda de frutas e chás de sabores variados pode resultar em uma excelente combinação para aliviar o calor e desintoxicar o corpo, após excessos alimentares ou de bebidas alcóolicas, ou simplesmente pelo prazer da boa bebida
As altas temperatu-ras de uma cidade como Manaus pe-dem roupas leves e
bebidas refrescantes, como os famosos “suchás”. Nova mania nos restaurantes “na-turebas”, o suchá nada mais é que a mistura de sucos e chás de ervas naturais – ou seja, a união de um bom paladar com componentes bastante saudáveis.
Com sabores variados (aba-caxi, kiwii, morango, hortelã, etc), essa bebida é mais uma na longa lista de receitas natu-rais que refrescam, ao mesmo yempo que tratam e previnem doenças. Segundo a nutricio-nista e especialista em Se-gurança dos Alimentos, Yeda Neves, essa “febre” deve ser observada com olhos críticos. “Quem opta por ingerir esses sucos, atraídos pela isenção de calorias, pode estar dei-xando de lado o consumo de fi bras, vitaminas e de se ali-mentar com frutas, legumes e verduras. O suco com ervas é um complemento; tomá-lo não terá nenhum benefício, se você descuidar de uma alimen-tação balanceada e saudável, acreditando que a bebida é milagrosa”, pondera Yeda.
AlertaOutro ponto destacado por
Yeda é que o consumo desse tipo de bebida tem restrições para crianças, gestantes, mu-lheres, idosos e portadores de enfermidades.
Enquanto profi ssional da saúde, a nutricionista afi r-ma que deve investigar as condições reais do paciente
antes de determinar se um tratamento natural é ou não necessário. “São analisados quesitos como os dados pes-soais, queixa principal, coisas que remetem ao mecanismo de qualquer enfermidade e estágio em que se encontra. Depois, realizamos exames para traçarmos um plano de tratamento efi caz.
CAMILA HENRIQUESEquipe EM TEMPO
Não podemos receitar uma varie-dade de medica-
mentos ou produtos naturais ao pacien-te. Seria uma irres-
ponsabilidade
Yeda Neves, Nutricionista
Um dos benefícios que bebidas como o suchá apresenta é a melhora da pele e a diminuição da acne. Mas será que é apenas um paradigma ou uma realidade? De acordo com Yeda, não há comprovação. “A acne ocorre quando as glân-dulas sebáceas na base dos folículos pilosos da pele produzem sebo em excesso. Na maioria dos casos, ela é causada pela alimentação ina-dequada”, explica.
Portanto, a nutricio-nista recomenda uma alimentação rica em ce-reais e grãos integrais, verduras e hortaliças, frutas da época, leite ou iogurte desnatado. “As frutas e verduras cruas contém fi bras, regulam o intestino e desintoxi-cam o sangue. São os famosos alimentos de-purativos”, conclui.
Dicas para desintoxicar o organismo
Mistura de sucos naturais com chás pode ser benéfi ca para o corpo, mas deve ser equilibrada
DIVULGAÇÃO/STCK
E03 - SAÚDE.indd 3 19/4/2012 21:22:44
E4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012 E5
Indispensáveis
Engana-se quem acha que eles saíram de moda, além de serem uma tradição, os exa-
mes pré-nupciais são indis-pensáveis para a saúde do casal. Nessa penúltima edição do especial “Noivas” será pos-sível conferir um “check list” das principais prescrições mé-dicas que não podem deixar de ser cumpridas antes do tão sonhado dia do casamento.
De acordo com a ginecolo-gista Grasiela Correia Leite, chefe do departamento de ensino e pesquisa da Funda-ção Cecon, nem só de con-vites, bem-casados, fl ores e sessões de beleza devem ser pautados os preparativos do casal. “Independentemente de ser ou não virgens é impor-tante que os noivos busquem orientações sobre a saúde da vida íntima do casal”, destaca a especialista.
Em uma sociedade em que, cada vez mais, se valoriza a prevenção contra doenças, certamente o sexo seguro se torna ainda mais prazeroso por estar livre de dúvidas ou medos, uma vez que há uma tendência dos jovens inicia-rem na vida sexual muito cedo e tendo diversos parceiros an-tes do casamento.
É exatamente para ofere-cer uma maior tranquilidade e respeito mútuo ao casal que os exames pré-nupciais ainda
continuam em alta. E, não é só isso. Eles também se mos-tram uma ótima ferramenta para detectar possíveis difi -culdades de engravidar, seja por parte da mulher como também do homem. Por isso, a necessidade de que sejam cumpridos até por aqueles que ainda não tiveram sua primei-ra experiência sexual.
“A visita regular a um gine-cologista já deve ser rotina na vida de qualquer mulher”, alerta doutora Grasiela, bem
como a realização do exame preventivo contra o câncer de colo uterino Papanicolau. “Esse exame, por sua vez, não faz parte da lista pré-nupcial, principalmente se a noiva for virgem”, completa.
O Papanicolau deve ser fei-to pelo menos uma vez por ano, sendo iniciado três anos depois da primeira relação sexual, no caso de mulheres menores que 21 anos, dis-pensando-se esse tempo de espera após essa idade.
para a saúde do casalALITA MENEZESEquipe EM TEMPO
PREVENÇÃOOs exames que devem ser feitos tanto pela noiva como também pelo noivo são: HVI, sífi lis, HPV, teste san-guíneo geral (anemia, glicemia, triglicerideos, tipo sanguíneo, hepati-te), urina e fezes
Os exames pré-nupciais, além de detectar a presença de doenças venéreas, também contribuem para avaliar problemas do aparelho genital, como a infertilidade
Quando se fala de mulher e matrimônio, logo vem a mente a ideia da gesta-ção, aumentando assim a necessidade de cuidados extras durante os exames pré-nupciais da noiva. En-tre os exames adicionais, que objetivam a prevenção da saúde do bebê, estão o teste para toxoplasmose e o citomegalovirus.
Para a ginecologista Gra-siela Leite quando se fala de exames pré-nupciais é importante não restringir a consulta nos testes clíni-cos, priorizando também o dialogo aberto e a orienta-ção. “Depois de receitados todos os exames, partimos então para as recomenda-ções, como a imunização
contra rubéola e HPV, am-bas por meio de vacina”, diz a especialista.
Ela chama atenção para o fato do HPV ser respon-sável por 99% dos casos de câncer de colo uterino, bem como para os riscos que a rubéola pode tra-zer se adquirida durante a gravidez, comprometendo drasticamente a saúde do bebê. “Vale lembrar, que quando a noiva ainda não teve relação sexual é neces-sário a orientação sobre as particularidades do corpo feminino, e a prescrição conjunta do uso de preser-vativo e anticoncepcionais, caso ela não queira engra-vidar nos primeiros anos de casamento”, fi naliza.
Check-up completo da noiva
Para a mulher, os exames especiais são importantes
A noiva tem que tomar as vacinas contra rubéola e HPV
Antes do dia do casamento, as noivas devem atentar também para os cuidados com a saúde
Para a ala masculina a bateria de exames é bem mais restrita, mas não menos importante. É mais que conhecida a re-sistência que grande parte dos homens tem em ir ao médico e nessa hora a noiva não pode se deixar vencer e insistir na con-sulta a um urologista. O espermograma verifi ca se a quantidade e a qualidade de espermatozóides são normais observando seu volume e a consistência, sendo considerado normal a quantidade entre 3 e 5 ml, para homens até 40 anos.
Resultados com conta-gem abaixo de 1 ml podem indicar problemas e a con-sistência deve ser gelati-nosa nos primeiros 10 a
30 minutos, caso contrário pode ser sinal de poucos espermatozoides. O último passo do espermograma é o exame microscópico, que verifi ca o número de espermatozoides, como se movimentam e sua consti-tuição morfológica.
PróstataInclui-se ainda, no caso
de homens acima de 40 anos, o exame de próstata. Além desses dois especí-fi cos para os homens, os outros exames que devem ser feitos tanto pela noiva como também pelo noivo são: HVI, sífi lis, HPV, teste sanguíneo geral (anemia, glicemia, triglicerideos, tipo sanguíneo, hepatite), unira e fezes.
Cuidados para a ala masculina
Os homens são mais relutan-tes na hora de fazer exames
FOTOS: DIVULGAÇÃO/STCK
Os exames são essenciais para assegurar a saúde do casal
E04 e 05 - SAÚDE ok.indd 4-5 19/4/2012 21:37:56
E4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012 E5
Indispensáveis
Engana-se quem acha que eles saíram de moda, além de serem uma tradição, os exa-
mes pré-nupciais são indis-pensáveis para a saúde do casal. Nessa penúltima edição do especial “Noivas” será pos-sível conferir um “check list” das principais prescrições mé-dicas que não podem deixar de ser cumpridas antes do tão sonhado dia do casamento.
De acordo com a ginecolo-gista Grasiela Correia Leite, chefe do departamento de ensino e pesquisa da Funda-ção Cecon, nem só de con-vites, bem-casados, fl ores e sessões de beleza devem ser pautados os preparativos do casal. “Independentemente de ser ou não virgens é impor-tante que os noivos busquem orientações sobre a saúde da vida íntima do casal”, destaca a especialista.
Em uma sociedade em que, cada vez mais, se valoriza a prevenção contra doenças, certamente o sexo seguro se torna ainda mais prazeroso por estar livre de dúvidas ou medos, uma vez que há uma tendência dos jovens inicia-rem na vida sexual muito cedo e tendo diversos parceiros an-tes do casamento.
É exatamente para ofere-cer uma maior tranquilidade e respeito mútuo ao casal que os exames pré-nupciais ainda
continuam em alta. E, não é só isso. Eles também se mos-tram uma ótima ferramenta para detectar possíveis difi -culdades de engravidar, seja por parte da mulher como também do homem. Por isso, a necessidade de que sejam cumpridos até por aqueles que ainda não tiveram sua primei-ra experiência sexual.
“A visita regular a um gine-cologista já deve ser rotina na vida de qualquer mulher”, alerta doutora Grasiela, bem
como a realização do exame preventivo contra o câncer de colo uterino Papanicolau. “Esse exame, por sua vez, não faz parte da lista pré-nupcial, principalmente se a noiva for virgem”, completa.
O Papanicolau deve ser fei-to pelo menos uma vez por ano, sendo iniciado três anos depois da primeira relação sexual, no caso de mulheres menores que 21 anos, dis-pensando-se esse tempo de espera após essa idade.
para a saúde do casalALITA MENEZESEquipe EM TEMPO
PREVENÇÃOOs exames que devem ser feitos tanto pela noiva como também pelo noivo são: HVI, sífi lis, HPV, teste san-guíneo geral (anemia, glicemia, triglicerideos, tipo sanguíneo, hepati-te), urina e fezes
Os exames pré-nupciais, além de detectar a presença de doenças venéreas, também contribuem para avaliar problemas do aparelho genital, como a infertilidade
Quando se fala de mulher e matrimônio, logo vem a mente a ideia da gesta-ção, aumentando assim a necessidade de cuidados extras durante os exames pré-nupciais da noiva. En-tre os exames adicionais, que objetivam a prevenção da saúde do bebê, estão o teste para toxoplasmose e o citomegalovirus.
Para a ginecologista Gra-siela Leite quando se fala de exames pré-nupciais é importante não restringir a consulta nos testes clíni-cos, priorizando também o dialogo aberto e a orienta-ção. “Depois de receitados todos os exames, partimos então para as recomenda-ções, como a imunização
contra rubéola e HPV, am-bas por meio de vacina”, diz a especialista.
Ela chama atenção para o fato do HPV ser respon-sável por 99% dos casos de câncer de colo uterino, bem como para os riscos que a rubéola pode tra-zer se adquirida durante a gravidez, comprometendo drasticamente a saúde do bebê. “Vale lembrar, que quando a noiva ainda não teve relação sexual é neces-sário a orientação sobre as particularidades do corpo feminino, e a prescrição conjunta do uso de preser-vativo e anticoncepcionais, caso ela não queira engra-vidar nos primeiros anos de casamento”, fi naliza.
Check-up completo da noiva
Para a mulher, os exames especiais são importantes
A noiva tem que tomar as vacinas contra rubéola e HPV
Antes do dia do casamento, as noivas devem atentar também para os cuidados com a saúde
Para a ala masculina a bateria de exames é bem mais restrita, mas não menos importante. É mais que conhecida a re-sistência que grande parte dos homens tem em ir ao médico e nessa hora a noiva não pode se deixar vencer e insistir na con-sulta a um urologista. O espermograma verifi ca se a quantidade e a qualidade de espermatozóides são normais observando seu volume e a consistência, sendo considerado normal a quantidade entre 3 e 5 ml, para homens até 40 anos.
Resultados com conta-gem abaixo de 1 ml podem indicar problemas e a con-sistência deve ser gelati-nosa nos primeiros 10 a
30 minutos, caso contrário pode ser sinal de poucos espermatozoides. O último passo do espermograma é o exame microscópico, que verifi ca o número de espermatozoides, como se movimentam e sua consti-tuição morfológica.
PróstataInclui-se ainda, no caso
de homens acima de 40 anos, o exame de próstata. Além desses dois especí-fi cos para os homens, os outros exames que devem ser feitos tanto pela noiva como também pelo noivo são: HVI, sífi lis, HPV, teste sanguíneo geral (anemia, glicemia, triglicerideos, tipo sanguíneo, hepatite), unira e fezes.
Cuidados para a ala masculina
Os homens são mais relutan-tes na hora de fazer exames
FOTOS: DIVULGAÇÃO/STCK
Os exames são essenciais para assegurar a saúde do casal
E04 e 05 - SAÚDE ok.indd 4-5 19/4/2012 21:37:56
MANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012E6 Saúde e bem-estar
Personal Fitness ClubProfessor Marcos André Bandeira
Musculação para crianças e jovensPercebe-se na atual socie-
dade uma busca frenética por padrões de beleza e auto-imagem que são idealizadas e reforçadas pela mídia, que, em grande parte, é respon-sável pela influência de seu desenvolvimento.
A insatisfação precoce com a imagem corporal pode indu-zir o adolescente à submissão de atividades físicas com alta intensidade e grande volu-me de treinamento, levando muitas vezes a sobrepor à própria saúde, em decorrência da valorização do corpo e da imagem a qual idealizam e anseiam atingir.
Durante muitos anos o trei-namento de força para ado-lescentes era tido como algo prejudicial a essa faixa etá-
ria, descrevendo que poderia atrapalhar o desenvolvimento físico e o crescimento, além de proporcionar uma grande probabilidade de lesões.
A maioria dos pratican-tes de treinamento de força eram homens maduros que pretendiam esculpir seus corpos, tanto para a estéti-ca como para competições, como o fisiculturismo.
Portanto, um profundo co-nhecimento sobre as altera-ções que o corpo da crian-ça sofre durante a faixa de crescimento, bem como de que maneira estas alterações influenciam na capacidade fí-sica e na resposta ao exercício, é de grande valia para um programa seguro e saudável.
Um programa bem elabo-
rado, adequadamente super-visionado, com ênfase à boa técnica e execução dos movi-mentos, torna a sua realização quase que totalmente isenta de riscos e os seus bene-fícios se tornam inúmeros, entre eles:
.aumento de força muscular;
. diminuição das lesões re-lacionadas com o esporte e atividades recreacionais;
. flexibilidade;
. resistência e capacidade física, sem causar qualquer lesão ou atrapalhar o cresci-mento ósseo.
Na verdade, a musculação feita corretamente é um es-tímulo para o ideal e saudável crescimento de praticamente todos os sistemas fisiológicos da criança e do adolescente.As crianças só podem fazer determinados exercícios com a supervisão de um adulto
DIVULGAÇÃO/STCK
Ioga causa um impacto psicológico e emocionalUm estudo científico brasileiro mostra que a ioga traz vantagens palpáveis para quem a pratica com regularidade
O trabalho, conduzido por pesquisadores do Instituto do Cé-rebro da Universida-
de Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), preenche uma lacuna nos estudos sobre o impacto neuropsicológico da ioga. A maioria carece de controles adequados que ga-rantam o rigor ou a aplicação universal dos resultados.
Diferentemente do que ocorreu nas outras pesqui-sas, dessa vez os pesqui-sadores escolheram volun-tários saudáveis que não praticavam ioga. Eles foram recrutados no Batalhão Vis-conde de Taunay, em Natal, no Rio Grande do Norte.
Os cientistas conseguiram autorização do coronel Odilon Mazzine Júnior para realizar uma atividade atípica para o grupo de 17 soldados que participaram do estudo: ao longo de um semestre, eles praticaram uma hora de ioga, duas vezes por semana.
Outros 19 militares não participavam das aulas e serviram como grupo de con-trole. Isso é importante para que os resultados do grupo que praticou ioga possam ser comparados.
A bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do es-tudo, pratica ioga há cerca de uma década, mas nunca tinha colocado o exercício sob a lente da psicobiologia, sua área de pesquisa.
Animou-se, no entanto, quando o também biólogo
Kliger Kissinger Fernandes Rocha pediu que ela o orien-tasse no doutorado. Rocha é professor de ioga e reconhe-cia as limitações dos estu-dos sobre o tema. Por isso sugeriu abordá-lo em uma tese. O trabalho, publicado na revista científica “Cons-ciousness and Cognition”, é fruto desse interesse.
Os militares foram ava-liados no início e no fim do estudo. Foram aplicados testes de memória e formu-lários para averiguar o nível de estresse e outras condi-ções psicológicas, bem como testes fisiológicos. “Nota-mos uma melhora de 20% na memória, de longo prazo, nos militares que praticaram ioga”, afirma Rocha. “É um porcentual que indica um con-siderável ganho cognitivo”.
Ele recorda que também houve uma diminuição no nível de estresse “O corti-sol (hormônio associado ao problema) presente na saliva diminuiu 50% no grupo da ioga”, recorda o pesquisador, que aos 14 anos recebeu in-dicação médica para praticar ioga com a finalidade de ate-nuar as raízes psicológicas de uma gastrite nervosa.
Como não houve alterações significativas no grupo de con-trole, os pesquisadores des-cartam a atribuição da melho-ra aos exercícios físicos. Isso porque o grupo de controle realizava até mais exercícios do que o que se dedicou à prática da ioga.
A prática regular de posturas de ioga, comprovadamente ajudam a eliminar os sintomas de estresse e ansiedade
FOTOS: DIVULGAÇÃO/STCK
As posturas devem ser realizadas com a devida concentração
Os cientistas afirmam que os mecanismos neurofisio-lógicos responsáveis pela melhora cognitiva e afetiva ainda são desconhecidos. “Trabalhamos com a hipó-tese de que a meditação na ioga melhora a capacidade de concentração”, explica Regina. “Contudo, a dimi-
nuição do estresse também poderia explicar a melhora dos resultados nos testes que avaliaram a memória”.
Estudos incompletosA maioria dos estudos
sobre as consequências da prática da ioga tem lacu-nas. Alguns, por exemplo,
incluem, nos testes, indiví-duos doentes que já recebem tratamento. Não fica claro, portanto, o que é mérito da ioga e o que deve ser atribuí-do à terapia convencional.
Outros não aferem a condi-ção dos voluntários antes da primeira aula de ioga, o que impede qualquer conclusão
sobre o nível de melhora.Quase todos os estudos
científicos analisam popu-lações do Oriente, já predis-postas à prática. “Por isso, procuramos uma população saudável e o mais uniforme possível”, comenta a bióloga Regina Helena da Silva, co-ordenadora do estudo.
Pesquisa deixa questões sem respostas
E06 - SAÚDE.indd 6 19/4/2012 21:30:17
MANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012 E7Saúde e bem-estar
‘Slimlipo’, corpo magro em um prazo de 24 horas Procedimento rápido, livre de dores e hematomas, com rápida recuperação são as vantagens da lipoaspiração a laser
Muitas vezes é difícil para os pais estabelecer o momento certo para começar a ir retirando as fraldas das crianças
Agora não é mais pre-ciso tirar férias para poder fazer aquela lipoaspiração e se
livrar das incômodas gordu-rinhas localizadas. Uma tec-nologia recente, com apenas 15 representantes em todo o Brasil, a lipoaspiração a laser chega também a Manaus, tra-zendo a possibilidade de em procedimento estético rápido, que pode ser feito a qualquer momento e sem a necessidade de que a pessoa se afaste das atividades profissionais.
De acordo com a equipe médica da Clínica DaPele, for-mada pelo cirurgião plástico Roberto Vieira e pelos derma-tologistas Cristiany Pereira e Ilner Souza, se comparada com o procedimento tradi-cional a lipoaspiração a laser pode ser considerada uma revolução, pois completa as principais necessidades não alcançadas com a lipoaspira-ção por sucção.
“A lipo tradicional não é recomendada para pessoas que sofrem de flacidez, por-que agrava o problema, en-quanto a “slimlipo” atua no derretimento da gordura e na contração da pele, diminuindo a flacidez”, explica o doutor Ilner Souza. E, como a ponteira do aparelho da lipo a laser é bem mais fina que a por suc-ção, então o procedimento é quase que indolor, dificilmente deixando hematomas.
“Por ser uma cirurgia pouco invasiva, a técnica possibi-lita também a aplicação na parte interior dos braços e coxas, bem como na papa-da do pescoço”, acrescenta Cristiany Pereira. A anestesia é local e o paciente fica acor-dado durante o procedimento,
não havendo necessidade de internação. “No dia seguinte após se submeter ao slimlipo o paciente já pode voltar a trabalhar”, diz a especialista.
Cuidados básicosDurante o pós-operatório os
cuidados da lipo a laser são os mesmos da tradicional, com sessões de drenagem linfática e uso de cintas modeladoras. “Aqui na clínica priorizamos pela beleza saudável e procu-ramos otimizar os resultando reeducando os hábitos de vida da pessoa com orientações nutricionais e com o incentivo
da prática de exercícios físi-cos”, salienta Ilner Souza.
A exigência de exames e consultas pré-operatórias também é indispensável nes-se novo procedimento, a fim de avaliar se a pessoa pode ou não se submeter à cirurgia sem riscos à sua vida. “Ges-tantes, mulheres em fase de aleitamento, indivíduos que sofrem com diabetes e hi-pertensão descondensadas, além de pessoas com alte-ração na imunidade ou que façam o uso de drogas que alterem a coagulação do san-gue, não podem se submeter à cirurgia de slimlipo”, alerta o dermatologista. Ao contrário da lipo tradicional, no procedimento a laser a paciente pode retornar ao trabalho no dia imediato à cirurgia
“A slimlipo atua no derretimento da
gordura localizada e na contração da pele diminuindo a
flacidez”
Ilner Souzadermatologista
DIVULGAÇÃO/STCK
Desfraldamento não deve ser um terror para os paisQuem tem um bebê com mais de um ano já está acostumado às constantes novidades e mudanças de comportamento dos peque-nos, que “obrigam” os pais a se adequarem aos seus novos hábitos. O desfral-damento é o momento de a criança deixar a fralda e nem sempre é encarado com naturalidade pelos pais, que costumam ficar nervo-sos com a situação.
O tema, recorrente entre mães e conversas entre ami-gas, é tratado com preocu-pação, pois nem todos os pais identificam o momento correto do desfralde.
“É um processo gradativo que precisa ser adequado, aos poucos, à vida da crian-ça. As fraldas devem ser retiradas primeiro por um período do dia e os pais pre-cisam sempre informar para a criança de tudo o que está acontecendo”, alertou a psi-cóloga do sistema Hapvida de Saúde, Irle da Rocha.
De acordo com a especia-lista, a comparação com a ro-
tina dos pais facilita muito o processo das crianças. “Uma ótima tática é mostrar que, assim como a mãe (ou o pai), a criança vai começar a usar cueca ou calcinha. Mostrar que a criança está agindo como os pais, aumenta a sua segurança”, esclareceu a psicóloga.
Irle disse ainda que o des-fraldamento não deve ser conciliado com outros pro-cessos pelos quais a crian-ça precisa passar, como a retirada da mamadeira ou chupeta. “As informações precisam ser alinhadas aos poucos na mente da crian-ça. Tanta informação nova pode causar uma confusão, o que dificulta o sucesso nesses projetos”.
Mãe de uma menina de três anos, a publicitária Eli-sa Santos, 29, disse que há seis meses está incentivan-do a filha a usar o banheiro. “Precisamos fazer disso uma coisa natural, por isso ensino minha filha a pedir para ir ao banheiro sempre que tem vontade”, afirmou.
MEU BEBÊ DIVULGAÇÃO/STCK
ALITA MENEZESEquipe EM TEMPO
E07 - SAÚDE.indd 7 19/4/2012 21:30:00
E8 MANAUS, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2012Saúde e bem-estar
Óleo de coco, a novidadepara perder os excessos Eficiente na luta contra a balança, esse potente óleo também elimina a barriga, e tem se tornado “febre” de consumo
FOTOS IONE MORENO E JOEL ROSA
O óleo de coco está na moda por um sim-ples motivo: ajuda na busca do emagre-
cimento saudável. Depois do sucesso da semente de linhaça e da ração humana, o óleo se tornou um dos principais alia-dos para quem deseja reduzir peso. Segundo especialistas, se consumido com uma boa alimentação e a prática de atividades físicas, apresenta resultados significativos em um mês. E os benefícios não param por aí, o produto é poderoso na eliminação de gordura na barriga.
A nutricionista Raphaella Cabral, especialista em ge-rontologia e fisiologia do exercício, explica que o óleo de coco é termogênico (ace-lera a queima de gordura) e um poderoso antioxidante, além de atuar no combate ao colesterol alto. “Trabalho com o produto há três anos e percebo ótimos resultados em minhas pacientes. Além da diminuição do peso, e de gor-duras localizadas na região do abdômen, o óleo também é rico em vitaminas e mine-rais importantes para o nosso organismo”, revela.
O óleo de coco virgem é um produto que deriva do fruto da espécie cocos nucífera e é prensado a frio. Atualmen-te no mercado existem duas formas de venda: cápsula e líquida. Porém, os melhores re-sultados foram apresentados por pacientes que ingeriram a forma líquida.
De acordo com a especia-lista, o consumo deve ser moderado e cada pessoa deve ingerir apenas duas colheres de sopa ao dia, ou quatro cápsulas, sempre antes do almoço e do jantar. Altas do-sagens ou somado a outros produtos de emagrecimento podem trazer resultados con-
trários, ou simplesmente não fazer efeito. “Para se ter um bom resultado é necessário que a paciente tenha deter-minação. Não adianta ingerir o óleo e continuar comendo a mesma quantidade de ali-mento. O produto só apre-senta um bom efeito se for aliado com uma reeducação alimentar e a prática de ati-vidades físicas”, explica.
Pacientes satisfeitosQuem aderiu ao consumo
revela bons resultados. A técnica em enfermagem, Ro-seana Carvalho, 32, passou a usar o óleo após assistir um programa na televisão. Em quatro meses emagreceu três quilos e perdeu medidas, principalmente na região da cintura. “Pratico atividade fí-
sica há dois anos, mas tenho dificuldade para perder peso. Já tomei chá verde, linhaça e outros produtos que me indi-cavam, mas somente com o óleo de coco senti diferença. Até o meu manequim dimi-nuiu”, disse.
Apesar do produto não apre-sentar contraindicações, ela recomenda que um especia-lista seja consultado. “Sempre indicamos que a pessoa inte-ressada em fazer o consumo de qualquer produto fitoterá-pico procure um especialista, porque o que pode fazer bem para algumas pessoas, pode não servir para outras”, res-salta Raphaella Cabral.
RESULTADOSSegundo especialis-tas, o uso regular do óleo, aliado à prática de atividades físicas e uma dieta balan-ceada, pode ajudar a conquistar o peso desejado em um curto espaço de tempo
O empresário Lin-demberg Alves Feitosa, 32, proprietário do Em-pório & Cia, no Parque Dez, Zona Centro-Sul, disse que comerciali-za, por mês, 300 vidros do óleo de coco, e que o produto tem sido o “queridinho” nas dietas. “Faz um ano que traba-lhamos com a venda do óleo de coco ex-travirgem e a procura cresceu muito, após a divulgação de uma ma-téria em um programa na TV”, disse.
Déborah Lima Rodri-gues, 31, também pro-prietária do Empório, conta que a maioria das pessoas vai à loja comprar o produto atra-ída pelo fator de auxí-lio no emagrecimento e uma pequena parce-la de clientes busca os benefícios proporcio-nados ao coração. “É crescente o número de pessoas que estão bus-cando uma melhor qua-lidade de vida, e o óleo de coco é um produto que só apresenta bene-fícios”, acrescenta.
Para aderir à novi-dade, os consumidores terão à disposição as duas formas de comer-cialização do óleo de coco extravirgem. Um frasco com 60 cápsulas custa em média R$ 50. Já o produto líquido é vendido por R$ 25 com 200 ml e R$ 47 com 500 ml.
Crescimento de vendas em um ano
Os proprietários da Empório & Cia atualmente vendem uma média de 300 frascos por mês
Especialista em fitoterapicos, Raphaella Cabral recomenda uma avaliação médica preliminar
ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO
E08 - SAÚDE.indd 8 19/4/2012 21:32:06