saúde - 1º de março de 2015

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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Cuidados com os cabelos Páginas 4 e 5 DIVULGAÇÃO Mente sã em corpo são T oda vez que quer fa- lar sobre algo simples, mas que seja muito saudável e que real- mente funcione, o médico do esporte Fábio Cardoso, espe- cialista em medicina preven- tiva e longevidade, não pensa duas vezes em “passar os olhos” na medicina Ayurvédica. A Ayurveda, a ciência da vida, é um conjunto de conhecimen- tos e práticas muito antigas, proveniente da Índia, e é utili- zada tanto para o tratamento de doenças como também no processo de preveni-las. Para Cardoso, este estilo de vida ayurvédico tem sido respal- dado e validado por pesquisas médicas atuais, trazendo saú- de e felicidade para o indivíduo e sociedade. “Muita gente tenta trocar hábitos não muito saudáveis por outros melhores, mas às vezes falta praticidade nes- ses planos”, diz o médico. Por conta disso, Fábio Cardoso dá dez dicas simples, mas muito importantes, na Ayurveda, que advoga um regime diário para uma vida saudável. “São princípios relacionados com as estações do ano, ali- mentação e práticas pessoais, que geram benefícios físicos e psicológicos, e o melhor, adap- tados para o nosso mundo mo- derno”, acrescenta. Organismo e nutrientes Para dar início às práticas de bem-estar de acordo com a Ayurveda, um hábito simples, mas que muita gente deixa de lado: beber água. “A medicina Ayurvédica recomenda beber pelo menos três litros de água ao dia, dependendo da estação do ano”, ressalta. Para facilitar, o médico re- comenda entre 35 ml e 40 ml de água, para cada quilo que você pesa, por dia. “Os motivos são muitos, mas aqui vamos enfatizar um bem importante: Somos quase 70% água, e estar bem hidratado melhora nossa capacidade de funcio- nar como organismo, além de auxiliar no processo de remo- ção de toxinas, tão presentes hoje em qualquer coisa – ar, alimentos, líquidos, entre ou- tros”, observa Cardoso. Incluir proteínas na dieta também ajuda no bem-estar. De acordo com o médico, as mulheres têm uma tendência a ingerir pouca proteína, que é um dos macronutrientes mais negligenciados e que devemos dar muita atenção. “As fontes podem ser várias, animais e vegetais, e fazer o rodízio e ter variedade funciona muito bem para o nosso organismo”, diz. Outro bom hábito para come- çar a praticar este ano é o de comer nos horários certos. Isso porque a Ayurveda recomenda um esquema de horários para se alimentar. “Procure respeitá- lo. Pular o desjejum, almoço ou jantar leva, na visão Ayurvédi- ca, a um desarranjo digestivo e metabólico, e abre as por- tas quando acontece muitas vezes (mesmo se alimentan- do de forma saudável) para obesidade, hipertensão, dia- betes, entre outras doenças”, explica o profissional. Ainda falando em alimen- tação, é importante prestar atenção no que se come. Pode até parecer besteira, mas este hábito simples, de acordo com o médico, aumenta a digestão e metabolismo. “Não vire um ‘zumbi’ mastigando comida que você nem saboreia vendo TV, por exemplo. Evite comer quando está com pressa, es- pecialmente quando você está trabalhando ou dirigindo. Você verá que esse detalhe é muito importante, e parar para comer com calma irá tornar seu dia a dia até mais produtivo”. Além dessas dicas, o médico Fábio Cardoso diz, também, que é essencial acrescentar frutas à alimentação. “Coma uma fruta por dia. Adicione uma da es- tação (de preferência produ- zida na sua região, e o ideal é que ela esteja in natura). Suco pode, claro, mas a fruta in natura ganha de longe em vantagens”, destaca. Outro pon- to importante é variar a cada três ou quatro dias. Corpo e mente Uma vez nutrido interna- mente, o lado externo também precisa de cuidados. E, para isso, a Ayurveda recomenda a aplicação de óleos corpo- rais antes do banho. “Essa é uma das medidas mais efeti- vas para detoxificar o corpo. Massageie-se com óleo antes de tomar banho pelo menos uma vez por semana. Este hábito aumenta o fluxo cir- culatório na pele, e pode de- sacelerar o processo de enve- lhecimento cutâneo. E é uma delícia de se fazer”, aponta. Medicina Ayurvédica dá informações importantes sobre saúde em 2015 MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

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Leia o caderno de saúde deste domingo - Mente sã em corpo são

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Page 1: Saúde - 1º de março de 2015

SaúdeCa

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o F

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Cuidados com os cabelos

Páginas 4 e 5

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ÃO

Mente sã em corpo são

Toda vez que quer fa-lar sobre algo simples, mas que seja muito saudável e que real-

mente funcione, o médico do esporte Fábio Cardoso, espe-cialista em medicina preven-tiva e longevidade, não pensa duas vezes em “passar os olhos” na medicina Ayurvédica.

A Ayurveda, a ciência da vida,

é um conjunto de conhecimen-tos e práticas muito antigas, proveniente da Índia, e é utili-zada tanto para o tratamento de doenças como também no processo de preveni-las. Para Cardoso, este estilo de vida ayurvédico tem sido respal-dado e validado por pesquisas médicas atuais, trazendo saú-de e felicidade para o indivíduo e sociedade.

“Muita gente tenta trocar hábitos não muito saudáveis por outros melhores, mas às vezes falta praticidade nes-ses planos”, diz o médico. Por conta disso, Fábio Cardoso dá dez dicas simples, mas muito importantes, na Ayurveda, que advoga um regime diário para uma vida saudável.

“São princípios relacionados com as estações do ano, ali-mentação e práticas pessoais, que geram benefícios físicos e psicológicos, e o melhor, adap-tados para o nosso mundo mo-derno”, acrescenta.

Organismo e nutrientesPara dar início às práticas

de bem-estar de acordo com a Ayurveda, um hábito simples, mas que muita gente deixa de lado: beber água. “A medicina Ayurvédica recomenda beber pelo menos três litros de água ao dia, dependendo da estação do ano”, ressalta.

Para facilitar, o médico re-comenda entre 35 ml e 40 ml de água, para cada quilo que você pesa, por dia. “Os motivos

são muitos, mas aqui vamos enfatizar um bem importante: Somos quase 70% água, e estar bem hidratado melhora nossa capacidade de funcio-nar como organismo, além de auxiliar no processo de remo-ção de toxinas, tão presentes hoje em qualquer coisa – ar, alimentos, líquidos, entre ou-tros”, observa Cardoso.

Incluir proteínas na dieta também ajuda no bem-estar. De acordo com o médico, as mulheres têm uma tendência a ingerir pouca proteína, que é um dos macronutrientes mais negligenciados e que devemos dar muita atenção. “As fontes podem ser várias, animais e vegetais, e fazer o rodízio e ter variedade funciona muito bem para o nosso organismo”, diz.

Outro bom hábito para come-çar a praticar este ano é o de comer nos horários certos. Isso porque a Ayurveda recomenda um esquema de horários para se alimentar. “Procure respeitá-lo. Pular o desjejum, almoço ou jantar leva, na visão Ayurvédi-ca, a um desarranjo digestivo e metabólico, e abre as por-tas quando acontece muitas vezes (mesmo se alimentan-do de forma saudável) para obesidade, hipertensão, dia-betes, entre outras doenças”, explica o profi ssional.

Ainda falando em alimen-tação, é importante prestar atenção no que se come. Pode até parecer besteira, mas este

hábito simples, de acordo com o médico, aumenta a digestão e metabolismo. “Não vire um ‘zumbi’ mastigando comida que você nem saboreia vendo TV, por exemplo. Evite comer quando está com pressa, es-pecialmente quando você está trabalhando ou dirigindo. Você verá que esse detalhe é muito importante, e parar para comer com calma irá tornar seu dia a dia até mais produtivo”.

Além dessas dicas, o médico Fábio Cardoso diz, também, que é essencial acrescentar frutas à alimentação. “Coma uma fruta por dia. Adicione uma da es-tação (de preferência produ-zida na sua região, e o ideal é que ela esteja in natura). Suco pode, claro, mas a fruta in natura ganha de longe em vantagens”, destaca. Outro pon-to importante é variar a cada três ou quatro dias.

Corpo e menteUma vez nutrido interna-

mente, o lado externo também precisa de cuidados. E, para isso, a Ayurveda recomenda a aplicação de óleos corpo-rais antes do banho. “Essa é uma das medidas mais efeti-vas para detoxificar o corpo. Massageie-se com óleo antes de tomar banho pelo menos uma vez por semana. Este hábito aumenta o fluxo cir-culatório na pele, e pode de-sacelerar o processo de enve-lhecimento cutâneo. E é uma delícia de se fazer”, aponta.

Medicina Ayurvédica dá informações importantes sobre saúde em 2015

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Excelente fonte de antioxidantes. Esse é o grande motivo do sucesso do mirtilo, que está entre as frutas frescas com maior teor de antioxidantes que se conhece. Os antioxidantes neutralizam os radicais livres, que são compostos instáveis produzidos pelo corpo capazes de danifi car as células e causar doenças. Assim, a ação das antocianinas presentes no mirtilo podem ajudar a prevenir doenças cardíacas, câncer e até desacelerar o processo de perda de memória. Boa fonte de fi bras e poucas calorias. Em meia xícara de mirtilo fresco você encontra 2 gramas de fi bras e apenas 40 calorias. E ele ainda é docinho! Não tem opção melhor para o lanchinho da tarde.

Cinco benefícios do mirtilo (blueberry) para a saúde

Se você malha, tem mais um bom motivo para adotar o colágeno hidrolisado: ele é aliado das articulações. Em 2006, durante o encontro do American College of Sports Medicine, em Indianápolis, nos Estados Unidos, a apre-sentação de um estudo alemão com cem atletas, de 15 a 80 anos, mostrou que o consumo de colágeno hidrolisado traz uma melhora importante nas articulações. Após 12 semanas consumindo dez gramas do suplemento por dia, 79% dos participantes apresentaram maior mobilidade dos joelhos e dos quadris. A maioria relatou menos dor nas articulações ao realizar exercícios de esforço.

A proteína que beneficia as articulações dos atletas

RevisãoDernando MonteiroJoão Alves

DiagramaçãoAdyel Vieira

Práticas médicas no Talmude

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

Eram co-nhecidos os saberes médicos do Talmud, ple-nos de reco-mendações aos cuidados da saúde individual e coletiva em nível curati-vo”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Alterações nos joelhos

Humberto Figliuolo

farmacêutico

Do ponto de vista ósseo, a estrutura é instável, os ligamentos se tornam estáveis. Precisamos de amortece-dores e lubri-ficantes”

A maior e a mais complexa ar-ticulação do corpo. Quando eles não estão totalmente sadios é que nos damos conta da importância dos joelhos, são ossos, músculos, cartilagem, ligamentos e tendões trabalhando em harmonia, sime-tricamente para sustentar e man-ter a estabilidade e o fl exionamen-to do corpo. Cada estrutura tem sua função específi ca. Do ponto de vista ósseo, a estrutura é instável, os ligamentos se tornam estáveis. Como toda junta, precisamos de amortecedores e lubrifi cantes, pa-peis realizados pelos meniscos e o liquido sinovial.

Não bastasse essa complexi-dade anatômica, o joelho tende a apresentar alterações degene-rativas com o passar do tempo. O envelhecimento enfraquece os ossos, cartilagem e o liquido sino-vial. Ligamentos e tendões fi cam menos elásticos e mais suscetí-veis a rompimentos. Nossos maus hábitos aceleram o processo de degeneração da articulação, e o que seria apenas um desconforto pode evoluir para uma lesão mais séria. Não é de se estranhar que essas complicações incomodem pela dor ou, mais tarde, pela difi culdade de movimentos.

As patologias no joelho são bem democráticas, podendo aconte-cer em vários tipos de pacien-

tes, dos atletas aos sedentá-rios, passando por aqueles que se exercitam regularmente, mas que não são atletas por defi nição. Dentro dos grupos não atletas, as patologias mais comuns são condropatias patelares (proble-mas nas cartilagens) e lesões degenerativas como a artrose.

O sedentarismo provoca o en-fraquecimento e encurtamento muscular, que resulta em um fun-cionamento inadequado da arti-culação provocando sobrecarga em determinadas partes do joelho e levando à dor e ao desgaste precoce (artrose).

A obesidade, por sua vez, causa uma sobrecarga direta no joelho que passa a ter que suportar um peso maior que o adequado, forçan-do as estruturas, como meniscos e cartilagens, e também levando ao desgaste precoce da articulação. A associação obesidade e seden-tarismo são extremamente preju-diciais ao joelho e, por ainda nos idosos, porque existe um desgas-te natural de qualquer articulação com o passar dos anos.

O que podemos fazer para prevenir essas lesões? A melhor prevenção é ter uma vida ativa, praticando atividades físicas re-gularmente. Desse modo, a mus-culatura dos membros inferiores estará fortalecida e bem alon-

gada, o que favorece o melhor fortalecimento do joelho, prote-gendo-o em longo prazo.

Quem fi ca muito tempo em pé tem fadiga muscular mais preco-ce, o que expõe a articulação à sobrecarga pelo peso do corpo da pessoa. E fi car muito tempo em uma mesma posição, seja em pé, sentado ou deitado, leva problemas articulares, já que qualquer arti-culação necessita de movimentos para um bom funcionamento.

O tratamento com gelo funciona muito bem para lesões agudas, mas para lesões crônicas seu sucesso é menos signifi cativo. O gelo atua como um anti-infl amatório natural. Sua ação se dá pela contrição dos vasos (veias e artérias) da região através da ação do frio que diminui a saída dos mediadores infl ama-tória. Alem disso o gelo dá uma sensação de analgesia. Os anti-infl amatórios orais também têm sua efi cácia nas lesões agudas.

Há pesquisas de tratamentos de artrose com medicamentos e transplantes de cartilagem. Mas isso é para um futuro mais dis-tante. As melhores promessas em curto prazo estão mesmo nas artroplastias, cirurgia para a substituição das articulações defeituosas por próteses, inclusi-ve as desenvolvidas sob medida para cada paciente.

PERSONAL FITNESS

O Talmude é um livro sagrado dos judeus, que trata dos regis-tros rabínicos em torno da lei, da ética, dos costumes e da história do judaísmo. É composto de duas partes: a Mishná (200 d.C.), o pri-meiro compêndio escrito da Lei Oral, e o Guemará (500 d.C.), uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos abordando outros tópi-cos, expostos no Tanakh.

O Mishná foi redigido pelos mes-tres chamados Tannaim (“tanaí-tas”), termo que deriva da palavra hebraica que signifi ca “ensinar” ou “transmitir uma tradição”. Os ta-naítas viveram entre o século 1 e 3 d.C. A primeira codifi cação é do rabino Akiva (50-130); a segunda, do rabino Meir (entre 130 e 160 d.C.). As versões foram escritas no atual idioma aramaico, ainda em uso no interior da Síria.

Especialmente, no medievo euro-peu, os médicos judeus não seguiam as interferências dogmáticas do cristianismo nas práticas médicas que proibiam o estudo da ana-tomia humana, qualquer tipo de manuseio do sangue, inclundo as cirurgias. Além do mais, as autori-dades eclesiásticas trancavam, her-meticamente, nas bibliotecas dos conventos e abadias as publicações manuscritas greco-romanas. Para vencer essas barreiras, os médicos

judeus traduziram livros médicos greco-romanos, em especial, os de Hipócrates e Galeno.

É possível que essas alternativas para superar o isolamento tenham sido precipitadas após a proibição do imperador Teodósio, em 438, proibindo os médicos judeus na administração pública.

Eram conhecidos os impressio-nantes saberes médicos do Tal-mud, plenos de recomendações aos cuidados da saúde individual e coletiva em nível curativo e profi lático. Entre as centenas de referências, existem três particu-larmente interessantes:

- Pagamento pelo serviço do mé-dico: “Um médico que trabalha sem cobrar, não vale nada” (Baba cama 80a). Essa recomendação está li-gada à tradição babilônica, que considerava o serviço médico fruto de atividade profi ssional, devendo ser remunerada de acordo com o grupo social do doente. Essa cons-tatação está absolutamente clara no Código de Hammurabi, tendo esse avanço da Medicina como especialidade social sido absorvido pelos gregos e aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros séculos. Acabou abandonado a partir da aceitação coletiva da prévia cristã de que o ato de curar estava incor-porado na prática da caridade;

- Proibição dos médicos vindos de terras distantes atuarem sem o devido conhecimento das condi-ções locais de vida: “Uma pessoa não deve permitir que seja tratada por médico proveniente de terras distante, pois este não conhece sufi cientemente as características do melo ambiente e as infl uências do clima” (Baba cama 85a);

- Impõe cuidados com os remé-dios: “Não se devem fazer ensaio, com nenhum medicamento, ne-nhuma prescrição ou conjuro do Talmud, sem que se conheça o seu verdadeiro uso” (Yalcut).

O Talmud babilônico contém es-tudos de anatomia e fi siologia do esôfago, laringe, traquéia, pulmões, meninges, órgãos genitais, coração, fígado, baço, rins e intestinos. O sangue constitui o princípio vital e são reconhecidos 248 ossos.

Como os judeus, os outros povos, na antiguidade, habitavam territó-rios próximos dos lagos e rios pisco-sos com áreas alagadiças, as febres e as complicações hepáticas eram temidas. Outras doenças foram descritas, como a loucura, angina, a asma e a hemofi lia identifi cada como doença hereditária.

Os procedimentos cirúrgicos tam-bém estão citados no Talmud: a cirurgia da fístula anal, a redução das luxações e a cesariana.

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

A ‘montanha-russa’ de quem sofre doença raraOntem foi celebrado o Dia Mundial da Doença Rara, e a data pede uma reflexão sobre o calvário desses pacientes

Estima-se que 350 mi-lhões de pessoas, quase 5% da população mun-dial, convivam com uma

doença rara. Segundo o Minis-tério da Saúde, considera-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada cem mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas para cada dois mil indivíduos. Aproximadamente sete mil do-enças raras foram identifica-das. Destas, 80% têm causas genéticas, muitas são crônicas e podem levar à morte. O Mi-nistério da Saúde criou em 12 de fevereiro de 2014 a Política Nacional de Atenção integral às pessoas com doenças raras.

Estima-se que 75% das do-enças raras afetem crianças e 30% dos pacientes com doenças raras morram antes dos cinco anos de idade. De-vido à raridade dessas do-enças, o público, o paciente, seus familiares e o médico têm um conhecimento limi-tado dos sinais e sintomas de uma doença rara.

Conviver com uma doença rara pode mudar muito a vida de uma pessoa, pois inclui se-veras demandas físicas e prá-ticas, além de intensos altos e baixos emocionais. A variabili-dade diária dessas demandas

pode levar os pacientes e seus familiares a sentirem como se sua jornada com a doença fos-se uma “‘montanha-russa”.

MedicamentosAs doenças raras muitas

vezes se escondem por trás de sintomas de doenças mais comuns, tornando o diagnós-tico extremamente desafiador e muitas vezes equivocado. Os primeiros sintomas podem parecer sem importância, fa-zendo com que o paciente e seus familiares demorem a responder a estes.

Os médicos podem prescre-ver medicamentos para um sintoma específico que es-tão tratando, sem considerar outros sintomas que talvez o paciente também esteja sentindo. Isso retarda muito o diagnóstico. Ou podem se deparar com algumas des-sas condições raras apenas uma vez (ou nunca) durante suas carreiras. O tempo que o médico levará para o diagnós-tico vai depender do fato de ele ter conhecimento anterior sobre a doença rara.

Calcula-se que 40% dos pacientes com doen-ças raras já receberam um diagnóstico equivocado.

Para doenças raras, o tem-po médio desde o início dos sintomas até um diagnósti-co preciso é de aproximada-mente 4 a 8 anos. Quanto maior o tempo para o diag-nóstico de uma doença rara, mais médicos o paciente precisará consultar, tornan-do o processo ainda mais cansativo e frustrante.

A demora no diagnósti-co preciso pode postergar a administração adequa-da da doença, agravan-do-a desnecessariamente. A demora no diagnóstico também pode causar in-tervenções médicas inade-quadas, tais como cirurgia, uso de medicamentos e tra-tamento psicológico.

Essa difícil jornada para o diagnóstico e cuidados pode aumentar os encar-gos médicos, econômicos e sociais. Um paciente com doença rara normalmente se consulta com até oito médicos e recebe, em mé-dia, dois a três diagnósticos equivocados até receber um diagnóstico correto.

Diagnóstico e tratamento

Estima-se que 75% das doenças raras afetem crianças e 30% dos pacientes com doenças raras morram antes dos cinco anos

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Aproximada-mente 7 mil doenças raras foram identi-ficadas

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 F5

Mitos e verdades sobre

cabelosVeja seis mitos em que muita gente acredita e cinco dicas para escolher melhor os produtos para a sua cabeça

Não há dúvidas: os ca-belos são a moldu-ra do rosto, e tê-los bem cuidados signi-

fi ca um plus na autoestima. E é por isso que existem milha-res de produtos específi cos para essa parte do corpo, mas você sabe utilizá-los de for-ma correta? Uma tricologista – profi ssional especializada no estudo dos cabelos – explica que, além de escolher o sham-poo ideal para cada tipo de cabelo, é preciso saber como

utilizá-lo para potencializar os resultados. Ela afi rma, ainda, que você tem de lavar cor-retamente o couro cabeludo e nunca aplicar o shampoo diretamente nos fi os.

Você lava a cabeça ou os cabelos? Quantos tipos de shampoo você tem no boxe? Quando compra um shampoo, tem certeza de que aquele é o mais adequado para o seu caso? Apesar de ser uma pre-sença constante no dia a dia de qualquer pessoa, o sham-poo é um produto que pode gerar muitas dúvidas – e até prejudicar os cabelos se não for bem recomendado.

Para resolver as dúvidas mais comuns sobre o sham-poo, a tricologista, especia-lista em terapia capilar e pio-neira no assunto no Brasil, Patrícia Maciel, explica algu-mas situações essenciais.

Primeiro, diz a profi ssional, não é verdade que os fi os precisam ser esfregados para que a sujeira se elimine. “Isso é um mito: o fi o de cabelo nada mais é do que a parte morta da cabeça. Vivo é seu couro cabeludo – e é a ele que você deve dar toda a aten-ção. Por isso, o couro deve receber o shampoo e ser su-avemente massageado, em movimentos circulares, para

ativar a circulação e para que os ativos penetrem

nele”, diz. É a partir do couro cabelu-

do, completa

Patrícia, que os fi os recebe-rão nutrientes para fi carem saudáveis, portanto, doenças do couro cabeludo, alergias e uso inadequado de produtos fazem seus cabelos cair.

Outro mito que a profi s-sional desmente: o de que o shampoo só limpa e condicio-nador hidrata. “Na verdade, a função do shampoo é limpar, tratar e hidratar os cabelos, removendo o óleo e man-tendo a umidade dos fi os.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o condi-cionador não tem a função de tratar, mas sim de repor a oleosidade retirada pelo shampoo, que é importante para anular a tensão eletros-tática dos fi os, que deixa os cabelos arrepiados quando secos”, explica Patrícia.

Muitos produtos têm, na embalagem, o alerta: utilize e repita a operação. Mas será que isso é mesmo necessário? A tricologista afi rma que sim. “Lavar os cabelos duas vezes não é desperdício de produto, pois a primeira lavagem limpa e a segunda tem a função de tratar”, destaca.

A tricologista diz, in-clusive, que cada

lavagem pode ser feita com um shampoo diferente. “Para a primeira espumada, deve-se escolher um shampoo neutro, mais leve. Pode até mesmo ser um shampoo infantil, de preferência sem parabenos (conservantes) e sem sal”. Já para a segunda espumada, ela recomenda um shampoo que tenha propriedades para tratar o cabelo, repondo mi-nerais, regenerando, desen-gordurando ou nutrindo, de-pendendo do caso.

E, se você tem verdadeira fi xação com shampoo antir-resíduos e acredita que o produto é ideal para uma limpeza profunda dos fi os, fi que atenta: o shampoo an-tirresíduo elimina o resíduo e também as propriedades do cabelo, como vitaminas, minerais e óleo. “Por isso, ele pode fi car fraco, sem brilho e danifi cado. A limpeza profun-da deve ser feita apenas por um profi ssional, senão pode ser perigosa para a saúde dos fi os”, alerta a tricologista.

Outro mito derrubado pela especialista é o de que cabelo tingido é sinônimo de cabelo sensibilizado. De acordo com a especialista, cabelo sensi-bilizado é aquele que quebra com facilidade, por ter sido exposto a intempéries – sol, água salgada, vento – ou ou-tros fatores, como ter fi cado preso com elásticos.

“Cabelo sensibilizado ou quebrado precisa de sham-poo regenerador, com ativos como queratina, pantenol, vi-tamina A, murumuru e amino-ácidos”, recomenda Patrícia. Já o tingido necessita de produtos antioxidantes.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

ESPECIALISTAPara resolver as dúvi-das mais comuns sobre o shampoo, a trico-logista, especialista em terapia capilar e pioneira no assunto no Brasil, Patrícia Maciel, explica algumas situa-ções essenciais

Dicas infalíveis para escolher o shampoo ideal

A seguir, cinco dicas que vão ajudar a escolher o melhor produto.

1) O melhor shampooSegundo a especialis-

ta “o melhor é comprar o shampoo no salão de beleza, pois o profi ssio-nal vai poder orientar o que é mais adequado para cada tipo de cabelo e ajustar essa indicação conforme as necessida-des individuais”. Comprar shampoos sempre de em-presas bem conceituadas e que utilizem ativos na-turais em suas formula-ções é outra maneira de garantir a qualidade do produto. “Não adianta comprar um produto de boa qualidade e utilizá-lo em um tipo de cabelo diferente, pois o efeito será ruim”, alerta.

2) Sem sal é melhorDe acordo com Patrí-

cia Maciel, o cloreto de sódio é uma das subs-tâncias que funciona como espessante. “Um dos principais ativos de limpeza é o lauril, que não faz espuma. Por isso, são usados espessantes”, detalha a especialista. O shampoo com sal pode agredir o cabelo – prin-cipalmente aquele que é lavado diariamente – pois o sal deposita nos cabelos cristais de minerais que potencializam a absorção de raios UV.

3) Os ressecadosO shampoo deve ter

propriedades emolientes e nutritivas, com ativos umectantes (glicerina ou ceramidas), nutritivos (como o d’pantenol) e hidratantes (soja, ureia, algas marinhas e aloe vera – também conheci-da como babosa). Ativos como gergelim, macadâ-mia e damasco repõem a perda hídrica dos fios.

4) Já olhou o pH?Shampoos com pH mais

ácidos (entre 4 e 6,5) são mais suaves e não ressecam o cabelo. “Um shampoo com pH alto é pior do que um com adição de sal para cabelo”, alerta.

5) O melhor shampoo para cabelos oleosos

Procure ativos como ar-gila, lama negra, alecrim, jojoba, vitamina C e jabo-randi, que são substâncias secativas e desengordu-rantes, recomendadas para cabelos oleosos.

Você lava a cabeça ou os cabelos? Quantos tipos de shampoo você tem no boxe? Tire suas maiores dúvidas por aqui

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 F5

Mitos e verdades sobre

cabelosVeja seis mitos em que muita gente acredita e cinco dicas para escolher melhor os produtos para a sua cabeça

Não há dúvidas: os ca-belos são a moldu-ra do rosto, e tê-los bem cuidados signi-

fi ca um plus na autoestima. E é por isso que existem milha-res de produtos específi cos para essa parte do corpo, mas você sabe utilizá-los de for-ma correta? Uma tricologista – profi ssional especializada no estudo dos cabelos – explica que, além de escolher o sham-poo ideal para cada tipo de cabelo, é preciso saber como

utilizá-lo para potencializar os resultados. Ela afi rma, ainda, que você tem de lavar cor-retamente o couro cabeludo e nunca aplicar o shampoo diretamente nos fi os.

Você lava a cabeça ou os cabelos? Quantos tipos de shampoo você tem no boxe? Quando compra um shampoo, tem certeza de que aquele é o mais adequado para o seu caso? Apesar de ser uma pre-sença constante no dia a dia de qualquer pessoa, o sham-poo é um produto que pode gerar muitas dúvidas – e até prejudicar os cabelos se não for bem recomendado.

Para resolver as dúvidas mais comuns sobre o sham-poo, a tricologista, especia-lista em terapia capilar e pio-neira no assunto no Brasil, Patrícia Maciel, explica algu-mas situações essenciais.

Primeiro, diz a profi ssional, não é verdade que os fi os precisam ser esfregados para que a sujeira se elimine. “Isso é um mito: o fi o de cabelo nada mais é do que a parte morta da cabeça. Vivo é seu couro cabeludo – e é a ele que você deve dar toda a aten-ção. Por isso, o couro deve receber o shampoo e ser su-avemente massageado, em movimentos circulares, para

ativar a circulação e para que os ativos penetrem

nele”, diz. É a partir do couro cabelu-

do, completa

Patrícia, que os fi os recebe-rão nutrientes para fi carem saudáveis, portanto, doenças do couro cabeludo, alergias e uso inadequado de produtos fazem seus cabelos cair.

Outro mito que a profi s-sional desmente: o de que o shampoo só limpa e condicio-nador hidrata. “Na verdade, a função do shampoo é limpar, tratar e hidratar os cabelos, removendo o óleo e man-tendo a umidade dos fi os.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o condi-cionador não tem a função de tratar, mas sim de repor a oleosidade retirada pelo shampoo, que é importante para anular a tensão eletros-tática dos fi os, que deixa os cabelos arrepiados quando secos”, explica Patrícia.

Muitos produtos têm, na embalagem, o alerta: utilize e repita a operação. Mas será que isso é mesmo necessário? A tricologista afi rma que sim. “Lavar os cabelos duas vezes não é desperdício de produto, pois a primeira lavagem limpa e a segunda tem a função de tratar”, destaca.

A tricologista diz, in-clusive, que cada

lavagem pode ser feita com um shampoo diferente. “Para a primeira espumada, deve-se escolher um shampoo neutro, mais leve. Pode até mesmo ser um shampoo infantil, de preferência sem parabenos (conservantes) e sem sal”. Já para a segunda espumada, ela recomenda um shampoo que tenha propriedades para tratar o cabelo, repondo mi-nerais, regenerando, desen-gordurando ou nutrindo, de-pendendo do caso.

E, se você tem verdadeira fi xação com shampoo antir-resíduos e acredita que o produto é ideal para uma limpeza profunda dos fi os, fi que atenta: o shampoo an-tirresíduo elimina o resíduo e também as propriedades do cabelo, como vitaminas, minerais e óleo. “Por isso, ele pode fi car fraco, sem brilho e danifi cado. A limpeza profun-da deve ser feita apenas por um profi ssional, senão pode ser perigosa para a saúde dos fi os”, alerta a tricologista.

Outro mito derrubado pela especialista é o de que cabelo tingido é sinônimo de cabelo sensibilizado. De acordo com a especialista, cabelo sensi-bilizado é aquele que quebra com facilidade, por ter sido exposto a intempéries – sol, água salgada, vento – ou ou-tros fatores, como ter fi cado preso com elásticos.

“Cabelo sensibilizado ou quebrado precisa de sham-poo regenerador, com ativos como queratina, pantenol, vi-tamina A, murumuru e amino-ácidos”, recomenda Patrícia. Já o tingido necessita de produtos antioxidantes.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

ESPECIALISTAPara resolver as dúvi-das mais comuns sobre o shampoo, a trico-logista, especialista em terapia capilar e pioneira no assunto no Brasil, Patrícia Maciel, explica algumas situa-ções essenciais

Dicas infalíveis para escolher o shampoo ideal

A seguir, cinco dicas que vão ajudar a escolher o melhor produto.

1) O melhor shampooSegundo a especialis-

ta “o melhor é comprar o shampoo no salão de beleza, pois o profi ssio-nal vai poder orientar o que é mais adequado para cada tipo de cabelo e ajustar essa indicação conforme as necessida-des individuais”. Comprar shampoos sempre de em-presas bem conceituadas e que utilizem ativos na-turais em suas formula-ções é outra maneira de garantir a qualidade do produto. “Não adianta comprar um produto de boa qualidade e utilizá-lo em um tipo de cabelo diferente, pois o efeito será ruim”, alerta.

2) Sem sal é melhorDe acordo com Patrí-

cia Maciel, o cloreto de sódio é uma das subs-tâncias que funciona como espessante. “Um dos principais ativos de limpeza é o lauril, que não faz espuma. Por isso, são usados espessantes”, detalha a especialista. O shampoo com sal pode agredir o cabelo – prin-cipalmente aquele que é lavado diariamente – pois o sal deposita nos cabelos cristais de minerais que potencializam a absorção de raios UV.

3) Os ressecadosO shampoo deve ter

propriedades emolientes e nutritivas, com ativos umectantes (glicerina ou ceramidas), nutritivos (como o d’pantenol) e hidratantes (soja, ureia, algas marinhas e aloe vera – também conheci-da como babosa). Ativos como gergelim, macadâ-mia e damasco repõem a perda hídrica dos fios.

4) Já olhou o pH?Shampoos com pH mais

ácidos (entre 4 e 6,5) são mais suaves e não ressecam o cabelo. “Um shampoo com pH alto é pior do que um com adição de sal para cabelo”, alerta.

5) O melhor shampoo para cabelos oleosos

Procure ativos como ar-gila, lama negra, alecrim, jojoba, vitamina C e jabo-randi, que são substâncias secativas e desengordu-rantes, recomendadas para cabelos oleosos.

Você lava a cabeça ou os cabelos? Quantos tipos de shampoo você tem no boxe? Tire suas maiores dúvidas por aqui

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

www.personalfitnessclub.com.brPersonal Fitness Club

Nutrição ideal e exercício físico A nutrição esportiva abran-

ge as necessidades nutricio-nais de todas as pessoas que praticam exercícios regulares. Uma dieta adequada auxilia o desempenho, já que fornece os substratos energéticos e a prática de exercícios regulares melhora a habilidade do orga-nismo em utilizar os nutrientes. Conhecer um pouco mais sobre nutrição pode ajudar o pra-ticante de alguma atividade física a escolher melhor os alimentos de sua dieta.

Os carboidratos, as proteí-nas e os lipídeos são oxidados por diferentes vias metabó-licas, fornecendo dióxido de carbono, água e ATP. O ATP é uma molécula altamente ener-gética que a qualquer momen-to que o organismo necessite ele pode utilizá-la para respi-rar, digerir alimentos, ou correr muitos quilômetros. Durante o exercício, os músculos podem produzir ATP através dos sis-temas energéticos.

Os carboidratos são conside-rados como a fonte energética mais eficiente já que requerem menos oxigênio para a sua oxidação quando comparados aos lipídeos e as proteínas.

Eles exercem importan-tes funções, dentre elas a preservação da proteína, já que quando a quantidade de

carboidratos ingerida é insu-ficiente, a proteína pode ser utilizada como fonte energé-tica. O uso da proteína como fonte energética não é de-sejável já que sua principal função está relacionada com o crescimento, a manutenção e o reparo de tecidos e não ao fornecimento energético.

Portanto quantidades ade-quadas de carboidratos pou-pam as proteínas de serem utilizadas como substrato energético e este aspecto é muito importante durante o exercício quando a deman-da de energia e de proteí-nas pode estar aumentada. Deve-se ter muito cuidado na prescrição dietética para que o atendimento das necessida-des energéticas seja atingido e principalmente dos carboi-dratos, que devem contribuir com 60% do valor energético total da dieta.

A quantidade de proteína que deve ser ingerida pelo indivíduo fisicamente ativo dependerá do tipo, intensi-dade e duração do exercício, como também do seu consu-mo calórico. Caso a ingestão calórica seja inadequada, a proteína poderá ser oxida-da como fonte energética e não estará disponível para o aumento da massa muscular

(hipertrofia muscular). Além de apresentarem fun-

ção energética, os lípideos são utilizados na síntese de hormô-nios, participam da estrutura das membranas celulares e os alimentos ricos em gorduras são veiculadores de vitaminas lipossolúveis. Os praticantes de atividade física devem ser orientados a ingerir em torno de 20% do consumo calórico total sob a forma de lipídeos.

FluidosA água é considerada o nu-

triente mais essencial já que constitui 60 % do corpo e 90% do plasma sanguíneo.

Através da eliminação do suor, o organismo mantém a temperatura corporal e em caso de desidratação pode ocorrer redução do volume san-guíneo (hipovolemia) e prejuí-zos no sistema cardiovascular (taquicardia). Outros sinais de desidratação incluem a fadiga e o pequeno volume urinário de cor amarela intensa.

Segundo a literatura, as pessoas ativas são maiores consumidores de vitaminas e minerais do que indivíduos fisicamente inativos. As jus-tificativas para o uso de tais suplementos deve-se à possí-vel melhora do desempenho e alguns hábitos alimentares.

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Os carboidratos são considerados como excelente fonte energética para quem faz exercícios

Quantos quilos por mêsé saudável emagrecer?O emagrecimento muito rápido provoca, além da perda de gordura, a perda de água e uma boa parte dos músculos

Quando o assunto é perder peso muitas pessoas acabam fazendo dietas res-

tritas que ao invés de emagre-cer pode comprometer a sua saúde. As dietas restritas até emagrecem em curto prazo, porém, a pessoa não conse-gue manter o seu peso, além disso, elas não possuem a quantidade recomendada de nutrientes que o corpo ne-cessita para funcionar e, por isso, faz mal a saúde.

Para emagrecer de forma saudável, o Ministério da Saúde recomenda que sejam consumidas diariamente seis porções de cereais, raízes, batata e massas, três de fru-tas e sucos, três de leites e derivados, três de legumes e verduras, uma de feijão e sementes, uma de açúcar e doces, uma de carne e ovos e uma de óleo e gordura.

Segundo o nutrólogo André

Veinert, da clínica Healthme, o ideal não é aderir dietas restritas e sim procurar um especialista para orientar a perder de peso de forma saudá-vel. “Seguindo uma dieta com orientação é possível perder até 2 kg por mês de forma saudável, sendo possível man-ter o peso”, afirma.

O emagrecimento rápido provoca, além da perda de gordura, a perda de água e uma boa parte dos músculos, tendo como consequência a flacidez e diminuição posterior do metabolismo.

“Se você consome menos de 500 calorias por dia até consegue perder alguns quilos em poucos dias, mas pode não ter energia para fazer as ativi-dades do dia a dia e compro-meter a sua saúde”, esclarece o nutrólogo.

A boa notícia é que se você aliar uma alimentação sau-dável com exercícios físicos é possível notar os resultados em um mês. “Quando você segue uma dieta sem restrições nas

primeiras semanas à perda de peso pode até ser maior porque o corpo ainda está se adaptan-do a essa nova alimentação”, ressalta o Dr.André.

Drible o efeito sanfonaPara evitar a perda de peso

rápido é importante manter uma alimentação saudável rica em carboidratos, pro-teínas e fibras. “O consumo de fibras nessa fase é funda-mental, pois esses alimentos aumentam a sensação de sa-ciedade”, diz o especialista.

Confira algumas dicas para você seguir uma alimen-tação saudável e garantir o seu peso:

- Controle a ansiedade, pois ela pode induzir você a comer mais;

-Faça exercícios físicos diaria-mente;

-Beba mui-ta água, no m í n i m o 2 litros.

A água ajuda a hidratar o organismo e elimi-nar as toxinas;

-Consuma verdu-ras e legumes dia-riamente;

-Evite frituras e gorduras. Tenha o hábito de comer grelhados;

-Troque o pão e as massas brancas por integrais;

-Alimente-se de três em três horas;

-Troque as sobreme-sas por frutas.

O emagrecimento rápido provoca, além da perda de gordura, a perda de água e uma boa parte dos músculos

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

Escaras de decúbito: o que você precisa saberAs escaras ocorrem muito frequentemente entre idosos acamados que por alguma razão permanecem imobilizados

Para aliviar o desconforto

das escaras, a solução pode ser o colchão

pneumático

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Se você nunca ouviu a expressão e nem teve nenhum caso na família pode se consi-

derar privilegiado. As escaras costumam surgir em situa-ções de imobilidade, como nas doenças acompanhadas de paralisias, e se situam prin-cipalmente na região sacral, onde podem se infectar com facilidade, desenvolvendo ab-cessos. Em termos científi-cos, a escara é uma úlcera de pressão provocada por uma lesão da pele (necrose) devi-do à compressão das partes moles (pele e músculos) que ficam entre o osso e uma superfície externa dura.

As escaras ocorrem muito frequentemente entre ido-sos internados ou acama-dos e que por alguma razão permanecem imobilizados. Acometem tanto o paciente deitado como o sentado, que permanece longo tempo na mesma posição, como explica a farmacêutica Anna Luiza Szuster. “A escara é a principal lesão decorrente de pacientes acamados por longos perío-dos, o que por si só já é um grande problema quando não prevenido ou tratado”.

Quem tem ou teve um pa-ciente acamado que enfrentou o problema sabe como é difícil encontrar uma posição con-fortável para o enfermo. Para aliviar as dores e o desconfor-to provocados pelas escaras, a solução pode ser o colchão pneumático de pressão alter-nada antiescaras Bolha 110V J001 – MedLevensohn. A difu-são de pressão no corpo por meio da pressão alternada é realizada periodicamente a cada cinco minutos pelo motor. O movimento de in-flar e desinflar as células do colchão estimula a circulação. O colchão ajuda no tratamen-to das escaras, contribuindo

para manter afastada qual-quer possibilidade de apa-recer feridas causadas pela compressão da pele por um período prolongado. Mas, se-gundo Anna Luiza, “o colchão pneumático pode ser utilizado para qualquer tipo de lesão proveniente do excesso de pressão local, não limitando-se a úlceras de decúbitos”.

A escolha do colchão pneu-mático em comparação ao colchão de água pode ser um adicional de benefícios ao paciente acamado, con-forme ressalta Anna Luiza. “O colchão de água não possui alternância de pressão, logo, embora seja uma pressão ‘mais suave’, ainda mantém a pressão nos mesmos pontos do corpo. Já com o colchão de

pressão alternada, o próprio nome já sugere seu funcio-namento: ocorrem diferentes pressões em diferentes áre-as variando em ciclos, desta maneira promove circulação local, evitando maiores danos ao paciente acamado”.

Anna Luiza faz uma ressalva para quem quer comprar o colchão. “Não se tem compro-vações de restrições a nenhum paciente acamado, porém é sempre importante verificar o peso suportado pelo colchão, pois pode ter um limitante, uma vez que a média de cem quilos é facilmente atingida nos dias de hoje e poucas marcas conseguem ultrapas-sar este patamar de peso”.

MOVIMENTOSA difusão de pressão no corpo através da pressão alternada é re-alizada periodicamente a cada 5 minutos pelo motor. O movimento de inflar e desinflar as células do colchão estimula a circulação

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O primeiro sinal da for-mação da úlcera é uma ver-melhidão localizada em um ponto da pele, evolui com a lesão da pele e do músculo, aprofundando até o osso. Pode surgir mesmo em pou-cas horas de manutenção

em uma mesma posição. Na maioria das vezes pode ser evitada com cuidados de enfermagem, mas em ca-sos de imobilidade por um tempo muito prolongado é mais comum.

No caso de idosos, segundo

especialistas, o surgimento das escaras fica agravado pelo fato de o processo de cicatrização estar mais lento, e se acentua com a umida-de gerada por uma eventual incontinência urinária. Os locais mais frequentemente

comprometidos são os torno-zelos, calcanhares, nádegas (região sacral) e cotovelos. Como se não bastasse o incô-modo e as dores, existe outro risco que é a disseminação das feridas e a infecção óssea (osteomielite).

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F8 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015Saúde e bem-estar

‘Cinquenta Tons de Cinza’ x sadismo desmedido

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Fabiola Fonseca

Oi gente, atendendo a pedi-dos, tive que retornar com meus artigos, onde, aborda-remos de uma forma menos técnica e simples, temáticas que proporcionarão um me-lhor entendimento daqueles que têm interesse nos temas em questão da área “Psy”. Estou feliz por isso e acredito que voltaremos a interagir como antigamente, fazendo jus à confi ança depositada dos fi éis leitores desse reno-mado periódico.Bom, hoje venho tratar a res-peito do tão esperado fi lme que se tornou febre no mundo todo, refi ro-me à “Cinquenta Tons de Cinza”. E como profi s-sional e mulher, fui em busca de tentar entender, o que leva tantas pessoas quere-rem assistir cenas tão fortes de sadismo desmedido? Não quero que vocês pensem que recrimino A ou B por gostarem e usarem desses artifícios, a fi m de apimentar a relação a dois. Mas, quero fazer uma refl exão com vocês e tentar entender as formas da mente e do comportamento humano de sentir prazer com parafí-lias desse gênero, que são distúrbios do comportamen-to que ocasionam inúmeros problemas na vida das pes-soas que praticam.Mas, vamos entender melhor o que é sadismo? Segun-do o Dicionário de Psicolo-

gia Prática: É um desvio no comportamento sexual, no qual a satisfação não pode ser conseguida senão com a imposição de sofrimento ao parceiro. Por extensão, deno-mina-se sadismo o prazer em fazer mal aos outros, em mal-tratar pessoas ou animais. Este termo teve origem no nome do Marquês de Sade, que se celebrizou por seus crimes sexuais. Embora se afi rme que em todo ato se-xual, sobretudo no homem, há certa nota de agressivi-dade, de afi rmação violenta, não se pode confundir isto com atos de violência física. Estes podem ir desde atos sanguinários moderados até ao vampirismo, mutilações, antropofagia e estrangula-mento. As próprias violên-cias morais como insultos e humilhações, podem ser consideradas também como uma forma de sadismo. Em outros casos, podem ocorrer formas menos diretas, como o desejo de rasgar roupas das vítimas ou destruir seus objetos de estima. Forma mais ou menos atenuadas de sadismo são comuns em indivíduos violentos e agres-sivos. Segundo a psicanálise clássica, as manifestações acima citadas são tendências instintivas sádico-agressivas dos impulsos, comuns a todo indivíduo, envolvendo a ne-

Faço um alerta geral a quem real-mente estiver pensando em inovar agindo dessa forma e sentindo-se instigado ao assistir a esse fi lme”.

Psicólogacontato pelo fone:

991610218

cessidade de afi rmação de si, posse e domínio, impli-cando em atitudes de violên-cia e crueldade. A evolução perturbada de tais impulsos aparece em diferentes tipos de neuroses e psicoses. Erros de educação e fortes repres-sões na evolução normal da sexualidade podem acentuar determinadas tendências do indivíduo para o sadismo.Agora que adentramos no conceito de sadismo, faça-mos um auto questionamen-to a respeito do fi lme tão esperado, que mais ta para um roteiro horrendo de so-frimento humano em preto e branco,do que para tons de

cinza, que para mim é uma cor linda. As pessoas podem até dizer que não se deixam ou não se deixarão infl uenciar pelo casal. Mas, conhecendo um pouco da mente humana, quem não quer se permitir levar uns tapas, chibatadas, ser queimado por velas e etc? Apenas para ver como é que é? Mas, o problema não é só experimentar, é gostar! E com isso, se transformar num ser doente que só sentirá prazer, se exercer tal poder e propor-cionar sofrimento ao outro. Portanto, alerto que uma pes-soa sadia na tríade: mente, corpo e espírito, jamais se sentirá bem ou sentirá prazer,

sendo machucada. Ao contra-rio, ela se sentirá diminuída em todas as esferas. Faço um alerta em geral, quem realmente estiver pen-sando em inovar agindo dessa forma e sentindo-se instiga-do ao assistir esse fi lme. Por favor, procure imediatamen-te um especialista, com toda convicção você está precisan-do de ajuda. Relacionar-se de forma saudável, consiste em dar e sentir prazer de forma saudável. Podemos sim ser ecléticos no que tange às performances sexuais. Mas, acima de tudo respeitando e amando o outro e não o fazendo sentir dor.

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Relacionar-se de forma saudável, consiste em dar e sentir prazer de forma saudável

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