mossoró - rn, 1º de março de 2015 - nº 16.885 domingo...

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O MOSSOROENSE ENTREVISTA Mossoró - RN, 1º de março de 2015 - Nº 16.885 Capa Página 4 DOMINGO R$ 2,00 Universo www.omossoroense.com.br Hobbie A paixão de um colecionador pelas pérolas da Música Popular Brasileira Página 5 Ex-atleta, advogado e contador de causos relembra particularidades da Mossoró do passado. Cantor e compositor João Bosco se apresentará no Dix-huit Rosado Débora Nascimento vive primeira vilã da carreira como a sensual Sueli, em "Alto Astral". Receita Federal espera receber cerca de 60 mil declarações em Mossoró Página 5 (Cotidiano) Página 5 (Mais Tv) Capa (Cotidiano) Prazo para prestação de contas inicia amanhã. Informações podem ser entregues até 20 de abril. Rio Grande do Norte tem a maior matriz eólica do país Página 2 (Cotidiano) RN contabiliza 70 parques em operação, 31 em construção e 67 com autorizações liberadas. Potiguar e Baraúnas se enfrentam no primeiro clássico do ano Página 7 Com sete pontos cada, equipes de Mossoró travam duelo de olho no título do primeiro turno. Primeiros maus passos Mais TV Alcides Andrade Rigor da lei não impede venda de bebidas alcoólicas a menores de idade em Mossoró. proibida? Venda

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O MOSSOROENSE

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EVIS

TA

Mossoró - RN, 1º de março de 2015 - Nº 16.885

Capa

Página 4

DOMINGO R$ 2,00

Uni

vers

owww.omossoroense.com.br

HobbieA paixão de um colecionadorpelas pérolas da Música Popular Brasileira Página 5

Ex-atleta, advogado e contador de causos relembra particularidades da

Mossoró do passado.

Cantor e compositor João Bosco se apresentará

no Dix-huit Rosado

Débora Nascimentovive primeira vilã da

carreira como a sensualSueli, em "Alto Astral".

Receita Federal esperareceber cerca de 60 mildeclarações em Mossoró

Página 5 (Cotidiano) Página 5 (Mais Tv)

Capa (Cotidiano)

Prazo para prestação de contasinicia amanhã. Informações podem

ser entregues até 20 de abril.

Rio Grande do Nortetem a maior matriz

eólica do país

Página 2 (Cotidiano)

RN contabiliza 70 parques emoperação, 31 em construção e67 com autorizações liberadas.

Potiguar e Baraúnas seenfrentam no primeiro

clássico do ano

Página 7

Com sete pontos cada, equipesde Mossoró travam duelo de

olho no título do primeiro turno.

Primeirosmaus passos

Mais TV

Alcides Andrade

Rigor da lei não impede venda de bebidas alcoólicas a menores

de idade em Mossoró.

proibida?Venda

Page 2: Mossoró - RN, 1º de março de 2015 - Nº 16.885 DOMINGO ...p.download.uol.com.br/omossoroense/mudanca/pics/pdf/EDICAO_010315.pdfO MOSSOROENSE E NTREVISTA Mossoró - RN, 1º de março

ada um tem suas convicções, suasopiniões, que não nascem de umahora para a outra. É tudo fruto dainterpretação das informações que

recebemos ao longo da vida baseado no co-nhecimento adquirido. Por isso, muitas ve-zes é difícil aceitarmos o contraditório. Te-mos a tendência a crer que nós estamossempre certos e os outros errados.

Pela disputa entre correntes ideológi-cas como capitalismo, socialismo e comu-nismo, batalhas sangrentas, onde muitosmorreram, aconteceram. Naquele momen-to da história, os extremos talvez tenhamsido necessários, mas não é sobre ideolo-gia que quero falar. É sobre a dificuldadede aceitar que o outro pode estar certo esuas consequências.

No campo da política, isso é mais forte.Seja no Brasil ou pelo mundo. Em paísesonde o nível educacional é mais baixo, co-mo no nosso, as paixões quase sempre fa-lam mais alto que a razão. A mentira e amanipulação são armas poderosas, que,aliadas ao abuso de poder econômico e po-lítico daqueles que estão no poder, podemdestruir reputações ou mudar o rumo na-tural da história.

Se observarmos o cenário nacional, ve-mos uma guerra de informações, inclusi-ve com algumas mortes suspeitas e muitasprisões, envolvendo os maiores partidos dopaís, mas principalmente PT e PSDB. De-pois do mensalão, vemos agora o escânda-lo que está matando a maior empresa na-cional, que já foi uma das maiores do mun-do, a Petrobras.

Para a oposição, é tudo culpa e respon-sabilidade do PT, que, por sua vez, de umaforma confusa, tenta imputar a culpa detudo ao governo de FHC, terminado hámais de doze anos. A sociedade brasileiranão quer saber quem começou. Quer quepare e que os culpados paguem. Para o Go-verno, eles estão sempre certos e a oposi-ção sempre errada e vice-versa.

Nos tempos de gestão de Fafá Rosado eCláudia Regina, ambas do DEM, na Pre-feitura de Mossoró, vimos fartos exem-plos da intolerância e tentativa de intimi-dação ao contraditório através de blogs apó-

crifos, "jornalistas" pagos para agredir opo-sitores e até um exército pago com dinhei-ro público para atuar nas redes sociais.

No início da gestão do prefeito Silveira,essa prática tinha diminuído, mas nos úl-timos meses, principalmente através doexército virtual, não sei se pela queda ver-tiginosa na avaliação da gestão, os ataquesà oposição voltaram a ser frequentes e ca-da vez mais violentos. Na oposição tambémpodem ser vistos excessos, mas em menorescala, talvez até pelo poder de fogo redu-zido.

Como dito anteriormente, não queroaqui dizer quem está certo ou errado, massim fazer uma reflexão. Ninguém é tão bomque nunca erre, nem tão imbecil que nun-ca acerte. Nenhuma gestão é perfeita, prin-cipalmente em um país com tantas desi-gualdades sociais como o Brasil, acho im-possível consertar alguma possível falhase não se reconhece isso como falha.

Ora, se um gestor tem dificuldade dereconhecer erros, como poderia corrigi-los?O mesmo serve para a oposição. Essa se-mana o governador do Paraná reconhe-ceu em rede nacional de TV que havia er-rado ao enviar ao Legislativo daquele Es-tado uma matéria sem antes discutir e ne-gociar com as categorias envolvidas. É oque mais vemos por estas bandas e nenhumgoverno reconhece.

À sociedade não interessa a guerra, mui-to menos ataques abaixo da linha da cin-tura. Hoje temos as redes sociais onde on-das de informações e de opiniões surgem epodem, por exemplo, influenciar decisõesno Legislativo ou até mesmo o resultadode eleições. Quando as pessoas acordarempara esse poder que têm, alguns terão di-ficuldades para enfrentar a opinião públi-ca.

Definitivamente não é bom ao interes-se público o oito ou oitenta na guerra pelopoder. Quem está na situação ou ao ladodela precisa entender e aceitar críticas equem luta no campo da oposição precisaentender certas dificuldades, fazer críticasconstrutivas e estar muito vigilante aosdeslizes no trato com a coisa pública. La-do a lado reconhecendo erros e acertos.

CC

Lairinho RosadoNem 8 nem 80

Opinião2 www.omossoroense.com.brDomingo,1º de março de 2015

[email protected]

DROGASO Ministério Público do Rio Grande

do Norte resolveu enfrentar de frente ocombate às drogas em todo o Estado. Jáfoi pedido o apoio do governo estadualque confirmou de pronto pela palavra dogovernador Robinson. Eles vão atacar oproblema no tripé prevenção, tratamen-to e repressão.

JEEPA concessionária da marca Jeep

anuncia a abertura de uma loja de vendade veículos em Mossoró. Ela vai se localizarna avenida Wilson Rosado, imediaçõesda Estação Rodoviária Diran Ramos do

Amaral. Ainda sem data para tal.

A REPÚBLICADepois de 24 anos de sustação de sua

circulação, o jornal A República volta a cir-cular encartado no Diário Oficial do Es-tado. Trata-se de um dos jornais mais anti-gos do Estado lançado que foi há 125 anos.

DENGUEÉ verdade. As autoridades da saúde

pública querem nos fazer crer que adengue está controlada. Mas, esse climadura apenas até caírem as primeiras chu-vas. Depois disso, lá vem a dengue de no-vo para a pauta.

MÁRIO GÉRSONO padre Sátiro Dantas trata o nosso companheiro Mário Gérson em tom de

brincadeira chamando-o de "Judeu". No seu recente contato com Mário, o padreSátiro anunciou um curso de Direito para a Faculdade de Teologia da Diocese deMossoró.

LIVROEscritor e professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte -Uern,

Jionaldo Oliveira lançou o seu mais recente livro intitulado "Mossoró - Espaço Ur-bano e questões habitacionais".

Graco

O MOSSOROENSE

Editora de Jornais Ltda.Travessa O Mossoroense, 42, Centro - Mossoró – CEP 59.600-730

PABX: (0xx84) 3315-3200 – Fax: 3315-3208 Comercial: 3315-3203 – Redação: [email protected] – www.omossoroense.com.br

Alvanilson CarlosDiretor

administrativo

Cid AugustoDiretor

de redação

Márcio CostaEditor geral

stamos vendo o imponente pré-dio-sede do Cine Pax, na praçaRodolfo Fernandes. Ele foi

inaugurado em 23 de janeiro de 1943.Depois do período de crise vivida pe-los cinemas onde encerraram as suasatividades em Mossoró o "Centenário","Jandaia", "Rivoli", "Cine Cid","Caiçara" e por último o "Cine Pax"as suas instalações foram cedidas auma rede de lojas denominada"Marisa". Eles nos fizeram um favor

parcial. Destruíram apenas as insta-lações internas do cinema, mas man-tiveram as linhas arquitetônicasoriginais criadas por um arquitetofrancês (cujo nome eu não recordo) quedesenhou o Cine Pax. O fato é que eleaté hoje está preservado, embora umpouco desfigurado. Então, se a fotooriginal é de 1943 então...lá se vão...72anos no túnel do tempo da históriamossoroense. (Esta foto é dos arquivosde Élder Heronildes da Silva).

EE

"Lá se vão..."

Emery Costa

Jor-

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Política 3www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Senador é conhecido por ser implacável na cobrança ética em relação ao PT, mas agora está na mira do MP

Agripino em situação contraditória

Lairinho fez análise de mensagem anual

Envolvimento na “Operação Sinal Fechado”coloca José Agripino em situação contraditória

Imagem

Atitude

PosiçãoBRUNO BARRETOEditor de Política

Há uma semana o se-nador José Agripino, pre-sidente nacional do DEM,deixou a condição de pe-dra para a de vidraça. Omundo dele caiu quandose viu denunciado peloempresário George Olím-pio, delator da "OperaçãoSinal Fechado".

O parlamentar é acu-sado de receber um milhãode reais para usar na cam-panha eleitoral em trocade convencer a então go-vernadora RosalbaCiarli-ni, na época aliada, a man-ter a inspeção veicularacertada nas gestões deWilma de Faria e IberêFerreira de Souza, ambosdo PSB.

A informação teve re-percussão em rede nacio-nal através de reportagemdo programa “Fantásti-co”. O senador confirmouo encontro com GeorgeOlímpio, mas negou ter re-cebido dinheiro do empre-sário para usar na campa-nha.

Mas, uma gravação deconversa entre o delatore o já falecido ex-deputa-do federal João Faustinomostra que havia umacerto.

Um dia antes dessagravação vazar, Agripinotinha um pronunciamen-to marcado no Senado. Eleiria abordar o assunto,

O vereador LairinhoRosado (PSB) ocupou aTribuna da Câmara Mu-nicipal para analisar oconteúdo da mensagemanual do prefeito Francis-co José Júnior (PSD).

O parlamentar detec-tou uma constante faltade projetos no discursoque é materializada nasagendas que cumpre emBrasília. "É lamentávelque o prefeito vá bater emBrasília sem projetos. Látem dinheiro, mas temque ter projetos. É issoque faltou nessa mensa-gem anual", analisou.

Para Lairinho, a men-sagem é vazia de conteú-do. "Me chamou a atençãoa leitura da mensagemanual do prefeito e se vo-cês pedirem a minha ava-liação da mensagem an-ual eu diria que foi vazia.Não tem um norte, nãoaponta um caminho a serseguido na cidade", des-tacou.

O parlamentar aindaatestou que a maioria daspromessas anunciadaspossui o mesmo conteúdodas do ano passado. "En-graçado, se não fosse cô-mico, porque ainda na in-terinidade o prefeitoanunciava que tinha fei-to um acordo com os anes-tesiologistas e que as ci-rurgias eletivas estariamgarantidas. Na deste ano,antes mesmo de dar bom-dia, ele anunciou outroacordo com esses mesmos

anestesiologistas que es-tavam há oito meses pa-rados", declarou.

O vereador tambémcobrou a retomada do pro-jeto gabinete popular."Lembram do projeto ga-binete popular que sóexistiu na interinidade?Vocês têm notícias se elerecebe alguém? Agora eleatende é um dia por sem-ana em Natal e não é nemem Mossoró", acrescen-tou.

Outro tema abordadoforam as contradições en-tre o prometido e o quefoi feito. "Ano passado oprefeito anunciou a devo-lução de carros alugados,mas sabe quanto foi o con-trato de aluguel que o pre-feito assinou no final doano passado? 19 milhõesde reais. O prefeito anun-ciou que estava economi-zando em propaganda.Não é verdade. Em 2013a Prefeitura de Mossorógastou R$ 5,1 milhões.Em 2014 foram R$ 6,2 mi-lhões. Isso é economia?",questionou.

O parlamentar aindacitou o não cumprimentoda promessa de construiro Centro de Reabilitação,ele falou da obrigação decumprir a lei do piso dosprofessores, da GuardaRural que nunca foi cria-da e a promessa de um no-vo aeroporto. "Este anoele diminuiu a promessae já fala em reforma", con-cluiu.

Lairinho Rosado dizque faltam projetospara Mossoró

O vereador GenivanVale (Pros) utilizou a tri-buna da Câmara Muni-cipal de Mossoró (CMM)para cobrar melhoriaspara o sistema de trans-porte público. O parla-mentar criticou a falta demedidas efetivas para so-lucionar o problema dainsuficiência de ônibuse a falta de qualidade doserviço.

Como exemplo desteproblema, ele citou querecebeu de um cidadão acópia de um abaixo-assi-nado de moradores doconjunto Vingt Rosado

que foi entregue à Prefei-tura de Mossoró e ao Mi-nistério Público (MP), nointuito de pedir um me-lhor transporte públicopara a área.

A situação, na avalia-ção do vereador, se tor-na mais grave a partir domomento em que, maisuma vez, a Prefeiturasuspende a abertura doprocesso de licitação pa-ra aquisição de mais ôni-bus. "É preciso ações efe-tivas para resolver o pro-blema. A Prefeitura gas-ta aproximadamente dezmilhões em festas por

ano, e não investe umúnico real em transpor-te público, que é um di-reito do cidadão", ponde-ra.

Ele ressalta que en-quanto a Prefeitura fazgrandes gastos em fes-tas, problemas prioritá-rios assolam a cidade, co-mo a ineficiência dotransporte público, atra-so no pagamento de for-necedores, ameaça desuspensão de atendi-mento aos pacientes comcâncer por causa de atra-so no repasse do Execu-tivo municipal.

"Enquanto vários se-tores da cidade passampor dificuldades, o prefei-to viaja a Brasília, semlevar nenhum projeto pa-ra Mossoró, e ainda con-centra esforços na ten-tativa de buscar recursospara resolver problemasde outros municípios. Épreciso que o prefeito fo-que em sua gestão. E queantes de tentar solucio-nar as deficiências dasdemais cidades do Esta-do, resolva, primeira-mente, os problemas desua cidade, que são mui-tos", conclui.

Vereador Genivan Vale sugere melhoriaspara o transporte público de Mossoró

mas foi aconselhado peloslíderes da oposição a nãose manifestar até que asgravações fossem divulga-das.

A semana terminou eAgripino preferiu adotaro silêncio. Não se mani-festou a respeito das no-

vas gravações.As denúncias atingem

um dos principais críticosdos governos do PT. Pormuito tempo, Agripino foia principal voz do DEM noCongresso Nacional.

Agora ele está em situa-ção contraditória e com di-

ficuldades para denunciaros escândalos de corrupçãodo PT. O parlamentar es-tá enfraquecido.

Isso acontece justamen-te no momento em que asdenúncias da “OperaçãoLava Jato” se aprofundamainda mais.

Assessoria

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Política4 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

O novo marco legal é visto pela indústria química e de cosméticos como fundamentalpara o avanço da pesquisa genética e desenvolvimento de novos produtos.

Expectativa

Senado enfrenta desafio de aprovar marcoda biodiversidade até o início de abril

Agência Senado

Facilitar a pesquisacom plantas e animais na-tivos e a repartição de be-nefícios gerados pelo usocomercial desse patrimô-nio genético e do conheci-mento sobre ele desenvol-vido por indígenas e comu-nidades tradicionais. Es-se é o objetivo do projetoque institui o marco legalda biodiversidade, quetramita no Senado em re-gime de urgência e preci-sa ser votado até dez deabril, ou passará a trancara pauta do Plenário.

O texto em exame (PLC2/2015) é um substituti-vo da Câmara ao projetoenviado pelo Executivo.Seu propósito é substituira MP 2.186-2001, que ho-je rege a pesquisa sobre abiodiversidade brasileirae é considerada excessiva-mente exigente por algunssetores da economia.

O consultor do SenadoHabib Faxe Neto explicaque a MP foi editada pa-ra combater a biopirata-ria e por isso prevê diver-sos mecanismos de contro-le, o que resultou em de-sestímulo à pesquisa cien-tífica e tecnológica no país.

— E não estamos falan-do de [dificuldades de] em-presa estrangeira, mastambém de pesquisadoresde Embrapa, que têm umadificuldade enorme paradesenvolver produtos debiotecnologia que necessi-tem acesso ao patrimôniogenético nacional. Por ou-tro lado, tem sido uma nor-ma importante por regu-lar dispositivos da conven-ção sobre diversidade bio-lógica — frisou.

Hoje, para pedir aoConselho de Gestão do Pa-trimônio Genético (CGen)autorização para iniciara prospecção de uma espé-cie nativa da fauna ou daflora, o pesquisador deveapresentar um contratode repartição de benefíciosque poderão ser geradospela futura exploraçãoeconômica do recurso. Is-so antes mesmo de se co-nhecer o potencial de uti-lização comercial do mes-mo.

Pela nova lei, a exigên-cia passará a ser apenasde preenchimento de ca-dastro eletrônico a ser dis-ponibilizado pelo conse-lho. Quando se tratar depedido de investigação so-bre uma prática de umacomunidade indígena outradicional, será exigidoo consentimento préviodos detentores do conhe-cimento.

O substitutivo também

acaba com a necessidadede autorização para re-messa de material genéti-co entre instituições den-tro do país, mantendo aexigência de cadastro pa-ra remessas ao exterior. Eempresas estrangeirassem vinculação com ins-tituições nacionais pode-rão solicitar autorizaçãopara acesso ao patrimôniogenético brasileiro.

O novo marco legal évisto pela indústria quí-mica e de cosméticos comofundamental para o avan-ço da pesquisa genética edesenvolvimento de novosprodutos.

REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOSO novo marco lega tam-

bém trata da repartiçãodos benefícios gerados pe-la venda de produto oriun-do de pesquisa envolven-do conhecimento tradicio-nal sobre um patrimôniogenético. Como explicaLuciano Póvoa, consultordo Senado, trata-se deuma compensação peloserviço prestado à ciênciapor esse saber local.

— O conhecimento deuma comunidade indíge-na sobre uma planta, umaraiz, usada como medica-mento ou alimento, demo-raria muito tempo paraser obtido sem a experiên-cia daquela população e oacesso dos pesquisadoresa ela — explica ele.

Para essa situação, oprojeto determina que ofabricante do produto fi-nal oriundo do conheci-mento tradicional assegu-re uma compensação quepode ser monetária, a tí-tulo de royalties, ou nãomonetária, na forma detransferência de tecnolo-gia, quebra de patentes oudistribuição de produtos.

No caso de compensa-ção financeira à comuni-dade tradicional, o textoestabelece o pagamentoequivalente a 1% da recei-ta líquida anual obtidacom a venda do produtoacabado. Esse percentualpoderá ser reduzido a até0,1%, por acordos setoriaiscom o governo. O paga-mento é obrigação do fa-bricante do produto finale não precisa ser pago nasetapas de pesquisa e de-senvolvimento tecnológi-co.

Quando se tratar depesquisa que não envolveconhecimento tradicional,uma investigação sobrecomponentes de umaplanta nativa, por exem-plo, há a necessidade de sedeterminar o destinatárioda compensação. Habib

Fraxe explica que uma flo-resta que está dentro deuma propriedade privadanão pertence ao dono des-se imóvel rural.

— As florestas são bensde uso comum do povo,tanto que para desmataruma floresta é preciso au-torização do poder públi-co para isso — informa.

Nesse caso, a reparti-ção de benéficos pode en-volver a União ou o esta-do e os recursos serãodestinados ao Fundo Na-cional para Repartiçãode Benefícios, criado pe-lo novo marco legal paraa proteção do patrimôniogenético e do conheci-mento tradicional asso-ciado.

AGRICULTURAO texto original excluía

da nova lei pesquisas re-lacionadas à agricultura,que continuariam regidaspela Medida Provisória2.186/01, mas isso foi mo-dificado no substitutivoaprovado na Câmara. Otexto agora estende a sim-plificação de regras paraa investigação genética deespécies nativas em as-pectos que possam sertransferidos para culturase criações.

É o caso de investiga-ções de genes que, porexemplo, fazem uma plan-ta nativa mais resistenteà seca e a transferênciadessa característica a cul-turas comerciais como so-ja ou café. Nesse caso, oprojeto determina que nãohaverá repartição de be-nefícios, pois o produto fi-nal (o grão produzido) éfruto de pesquisa com es-pécie exótica.

O substitutivo da Câ-mara determina que seráo Ministério da Agricultu-ra, e não o Ministério doMeio Ambiente, como pre-via o texto original, o res-ponsável pela fiscalizaçãodas pesquisas com inter-

face com atividades agro-pecuárias.

MULTASO projeto prevê meca-

nismo para sanar irregu-laridades ocorridas até apublicação da nova lei, co-mo exploração econômi-ca não autorizada de pa-trimônio genético ou re-messa irregular de mate-rial genético ao exterior. Aregularização se dará pormeio da assinatura de umtermo de compromisso.

Feito isso, estarão sus-pensas sanções adminis-trativas e reduzidas em90% as multas aplicadasao infrator, que terá a pos-sibilidade de converter osdemais 10% das multasem modalidade de repar-tição de benéficos não mo-netária.

Caso o acesso irregu-lar ao patrimônio genéti-co ou ao conhecimento tra-dicional tenha sido uni-camente para fins de pes-quisa científica, o usuá-rio estará dispensado dotermo de compromisso epoderá se regularizar pormeio de cadastro ou auto-rização da atividade.

A pessoa física que des-cumprir o novo marco legalestará sujeita a multas quevariam de R$ 1 mil e R$ 100mil e a pessoa jurídica, amultas entre R$ 10 mil aR$ 10 milhões, além deapreensão de amostras einterdição do estabeleci-mento ou atividade.

TRAMITAÇÃOAntes de ser votado em

Plenário, o PLC 2/2015tramitará simultanea-mente em quatro comis-sões do Senado: Constitui-ção e Justiça (CCJ), As-suntos Econômicos(CAE), Ciência e Tecno-logia, Inovação, Comuni-cação e Informática (CCT)e Meio Ambiente, Defesado Consumidor e Fiscali-zação e Controle (CMA).

Projeto tramita no Senado em regime de urgência

[email protected]

Barreto

ara o senso co-mum o cristão

evangélico é um cida-dão acima de qualquersuspeita. Uma pessoaséria, que valoriza afamília, conservador eque dedica o tempo li-vre à religião.

Mas para toda re-gra existe exceção.Atualmente o mais fa-moso dos evangélicosbrasileiros é o presi-dente da Câmara dosDeputados, EduardoCunha (PMDB/RJ).Ele contraria a lógicado evangélico bonzi-nho.

Não que ele não de-fenda ideias conserva-doras. Defende comfervor a criminaliza-ção do aborto, comba-te o casamento gay eo direito dos homosse-xuais adotarem crian-ça. A primeira é atécompreensível. Masas outras duas é deuma insanidade ab-surda. Quero saber oque afeta na minha vi-da ou na sua o direitodos homossexuais ca-sarem no civil? O queafeta na minha vidaou na sua um casalgay adotar uma crian-ça que está fadada àmarginalidade em umorfanato fétido.

Mas Eduardo Cu-nha não pensa assime faz de tudo para bar-rar os avanços em nos-sa sociedade.

Nos bastidores dapolítica os valorescristãos de EduardoCunha são esqueci-dos. O homem nuncadá a outra face parabater. Pelo contrário,se puder dar nasduas faces de quemcruza o seu caminhoo faz sem a menorculpa. O homem é umtrator.

Eduardo Cunha éum político sinistro.Em abril do ano pas-sado, tive a oportuni-dade de entrevistá-loem Natal. Confessoter ficado admiradocom a carga negativadaquele homem quetrabalhava para serpresidente da Câma-ra dos Deputados, me-ta alcançada.

Fora os projetos que

tiram direitos dos ho-mossexuais, você jáouviu falar em algo deinteresse social feitopor esse parlamentar?A resposta, certamen-te, será não.

A atuação políticade Cunha é semprenas sombras. Articu-la, conspira e prepa-ra táticas para aper-tar o governo Dilma ouquem estiver no Palá-cio do Planalto.

O interesse nunca éconseguir mais recur-sos para o Rio de Ja-neiro ou projetos quemelhorem a vida dosbrasileiros. A meta é ade sempre: cargos.Cargos e mais cargos.O interesse é o poderpelo poder.

Evangélicos, umpolítico assim te re-presenta? Acreditoque não.

Mas, se está em dú-vida apresento umalista de processos con-

tra ele: responde atrês ações por irregu-laridade quando pre-sidiu a Companhia deHabitação do Estadodo Rio de Janeiro (Ce-hab-RJ). São acusa-ções de crime contraa ordem tributária e fépública.

O polêmico deputa-do está muito distan-te de ser um típicoevangélico, aqueleque segue preceitoscomo amor ao próxi-mo.

O amor de EduardoCunha é ao próximo...o próximo cargo queestiver desocupado noGoverno Federal.

PO evangélico do mal

Nos bastidores dapolítica os valorescristãos de EduardoCunha sãoesquecidos. O homemnunca dá a outra facepara bater. Pelo contrário, se puderdar nas duas faces dequem cruza o seucaminho o faz sem amenor culpa. Ohomem é um trator.

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Opinião 5www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Domingo (1/3)TV Cine Pirates! The Band Of Misfits, de Peter

Lord e Jeff Newitt. EUA, 2012. A emisso-ra não informou a classificação etária.

Animação - O Capitão Pirata é um dosmais trapalhões piratas dos sete mares,e sua maré de azar anda incomodando.Para piorar, ele é louco para derrotar BlackBellamy e Cutlass Liz na premiação Pi-ratas do Ano, mas sua tripulação atra-palhada acaba complicando os planos.Para completar, o capitão vai ter de en-carar uma enfezada Rainha Victoria nacompanhia do famoso pesquisadorCharles Darwin.

Piratas Pirados (Globo, 14:10 h)

TERÇA, 03/03Tá Todo Mundo Louco (Globo, 14:50 h)Rat Race, de Jerry Zucker. Com Rowan Atkinson, John Cleese e Whoopi Goldberg.

EUA, 2001. A emissora não informou a classificação etária.Comédia - Em busca de diversão, um grupo de bilionários inventa um novo jogo.

Eles organizam seis grupos de pessoas que não se conhecem, em Las Vegas, para com-petirem em uma corrida cheia de imprevistos e situações cômicas. O time que chegarprimeiro leva dois milhões de dólares.

QUARTA, 04/03

Nova York Sitiada (Globo, 2:05)The Siege, de Edward Zwick. Com Denzel Washington, Annette Bening e Bruce

Willis. EUA, 1998. A emissora não informou a classificação etária. Ação - Um agente especial do FBI, um oficial da CIA e um general unem forças

para capturar um perigoso grupo de terroristas em Nova Iorque.

DOMI

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SEGU

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O Menino da Porteira, de Jere-mias Moreira Filho. Com Daniel, JoaoPedro Carvalho e Vanessa Giacomo.Brasil, 2009. A emissora não infor-mou a classificação etária.

Drama - No vilarejo de Rio Boni-to, Diogo conduz uma grande boia-da até a fazenda Ouro Fino. Ao pas-sar pelo sítio Remanso, ele conheceRodrigo, um garoto que sonha emse tornar boiadeiro. Logo, eles se tor-nam amigos e acabam teste-munhando juntos as injustiças queocorrem na região.

O Menino da Porteira (Globo, 14:50 h)

Notas da Redaçã[email protected]

INCUBADORA - O Insti-tuto Federal de Edu-cação, Ciência e Tec-nologia do Rio Grande doNorte (IFRN) abriu se-leção para ingresso decinco empreendimentosna Incubadora Tec-nológica de Mossoró (IT-MO). As inscrições estãoabertas.

INCUBADORA 2 - Os em-preendimentos a seremincubados devem estarlegalmente registradoscomo EmpreendedoresIndividuais, Micro ou Pe-quena Empresa (MPE)ou empreendimentoscooperados/associados.Informações no sitewww.ifrn.edu.br.

MAIS ELEIÇÕES Eleitores continuam a eleger prefeito mais de dois

anos após o pleito municipal. Neste domingo, voltamàs urnas, em eleição suplementar, cidadãos de Itápo-lis (SP) e Almirante Tamandaré do Sul (RS).

FUNCIONAMENTO Durante o mês de março a Secretaria Municipal

de Tributação funcionará em horário diferenciado.O atendimento ao público será das 7h às 17h, devi-do ao aumento da demanda por conta do prazo depagamento do IPTU.

MEDIDA O governador Robinson Faria assinará na próxi-

ma terça-feira um decreto que visa disciplinar a com-petência das Delegacias da Mulher.A medida visasanar um dos problemas enfrentados pelas DEAMs:a ausência de critérios no atendimento.

TEMPO - Pancada dechuvas e trovoadas é aprevisão do tempo parahoje, Na região Oeste,segundo o boletimdiário do Instituto Na-cional de Meteorologia(Inmet).

OUTRA - Até o mo-mento, para os próxi-mos meses, está mar-cada uma nova eleiçãoem Pedra Grande (RN),no dia 12 de abril desteano, segundo o TribunalSuperior Eleitoral.

iscutir o transporte coletivo ur-bano no presente evoca a ne-cessidade de considerar, em

sua abordagem, aspectos e funda-mentos que envolvem um conjuntosignificativo e complexo de condi-ções. Dentre eles, podemos mencio-nar os componentes estruturais emsi (as vias urbanas e seus acessos,as estações ou paradas, os veículospropriamente, etc.), a legislação ur-bana e urbanística, a gestão urba-na (administração municipal), a so-ciedade enquanto componente cen-tral, entre outros. Pretendo, a par-tir deste artigo, discorrer algumasconsiderações sobre esta questão naatualidade de Mossoró, ao longo daspróximas semanas.

Começo neste texto com a consi-deração de que é notório e plenamen-te definido o problema referente aesta contenda na cidade de Mosso-ró, isto é, existe de fato um dramade complexa definição, mas que po-de ser (e deve) ser definido como so-cial. E isso não facilita sua conside-ração, porque, como problemáticasocial, exige um aprofundamento erigor nos procedimentos e ações in-teressados em interpretá-lo e, maisimportante, solucioná-lo. Todavia,pelo fato de ser direta sua conside-ração como um problema, em tesejá foi dado um passo na perspectivade alcançar as soluções. Praticamen-te toda a população percebe que háum grande problema no sistema detransporte coletivo mossoroense. Opoder público municipal, a reboquedas restritas manifestações sociaise setores da sociedade (segmentosde classe, mídia, etc.), também o ad-mitiu.

Há tempos o transporte coletivoé discutido como questão exigentenas cidades, claro que não somenteno Brasil. Na atualidade se nota suasimplicações, principalmente em na-ções pobres (subdesenvolvidas, pe-riféricas, semi-periféricas (?)...) co-mo a brasileira. Na medida em quea dinâmica urbana das cidades as-sume novas definições, o transpor-te de passageiros exige o acompa-nhamento das mudanças, entre ou-tros motivos, porque é sempre ne-cessário que os processos que com-põem a reprodução da cidade (seusmovimentos) tenham muitas coe-rências para controlar ou evitar ascrises.

Neste sentido, o problema dotransporte coletivo de passageirosexistente em Mossoró impõe refle-xões, entre outras razões, pela suadimensão escandalosa. Assim, o des-

vendamento e interpretação do ca-so requisita a atenção a um recor-rente traço de exclusão social e ne-gligência ao atendimento da legis-lação em vigor. Entender com deta-lhes esses apontamentos exige a in-terrelações de períodos históricos,que coincidem com momentos da re-produção do contexto político e so-cial do Brasil. Em pesquisas que de-senvolvi ao longo dos últimos anosjustifico que a realidade urbana deMossoró tem muitos reflexos da di-nâmica urbana nacional, ou seja,grande parte dos problemas urba-nos relatados na dinâmica urbanade cidades grandes e médias do paíssão claramente perceptíveis emMossoró. O do trânsito e o de trans-porte público de passageiros sãoexemplos convincentes. Uma cida-de que possui uma importância naoferta de ensino universitário temnesta demanda específica uma im-portância na questão que ora colo-co aqui.

O IBGE, no documento Regiõesde Influência das Cidades, na edi-ção de 2008, revela que Mossoró éum centro regional que influencia58 municípios, todos no estado doRio Grande do Norte. Sabemos, nãoobstante, que a dinâmica socioeco-nômica deste município pode alcan-çar áreas específicas dos estados daParaíba e Ceará. Tal expressão étraduzida também por um proces-so de rede urbana, centrada e he-gemonizada por Mossoró, a qualcontribui para a noção de que estacidade tem, como reflexo desta pre-ponderância, uma marcante ascen-dência econômica, social e políti-ca. E isso, de uma forma ou de ou-tra, chega a toda esta região de in-fluência. É nisto que o IBGE se ba-seia neste estudo.

Com estes apontamentos per-gunta-se: onde eu quero chegar nes-te texto? Em que sentido o trans-porte coletivo se insere nesta discus-são? Começo com a afirmação de queum centro urbano com a expressão,neste caso interna e externa aos seuslimites municipais, como a que pos-sui Mossoró tem muitas demandaspara dar conta do atendimento da-queles que vivem e/ou frequentamseu espaço. Uma delas é a disponi-bilidade de um serviço de transpor-te coletivo que viabilize a todos (to-dos mesmo) o direito constitucionalde circular para atender a suas ne-cessidades e interesses. É neste pon-to que podemos considerar que o pro-blema em questão tem uma gravi-dade exponencial: atinge mais di-

retamente os menos favorecidos, osmais pobres, àqueles que têm me-nos autonomia de, na ausência deum serviço essencial como este detransporte público, recorrer a umtransporte particular que lhes ga-ranta conforto e segurança para sedeslocar na cidade. E, quando nãotêm a alternativa do serviço públi-co, se esforça para adquirir, de dife-rentes formas, um veículo, o que con-tribui para congestionar vias e so-brecarregar o trânsito. Se admitir-mos a correção deste pensamento,vamos à consideração de que há ne-gligência da instância administra-tiva responsável diretamente pelagestão da cidade, isto é, o municí-pio. Isto já foi definido pelo Estatu-to da Cidade (Lei 10.257/2001). Nes-te propósito o único e exclusivo res-ponsável pelo problema (escandalo-so) do transporte coletivo urbanode Mossoró é a gestão municipal.Se um aspecto do percalço é que aquestão teve início há muito tem-po, se tornou mais complexo ao lon-go dos últimos anos, não tem rele-vância nesta minha consideração. Oproblema, pela sua condição, impõe,exige intervenção. Vejamos o diz aConstituição Federal:

"Art. 30. Compete aos Municípios:...V - organizar e prestar, direta-

mente ou sob regime de concessãoou permissão, os serviços públicosde interesse local, incluído o de trans-porte coletivo, que tem caráter es-sencial;"

Esta não é a única referência delei que pode dar amparo ao poder pú-blico de Mossoró para intervir dian-te do caos presente do transportecoletivo municipal. Não especifiqueitópicos do Estatuto da Cidade, nemdo Plano Diretor Municipal, leis queregulamentam o texto constitucio-nal referente a política urbana. Oque abordarei nos próximos artigos.Embora pareça redundante fazeraqui estas citações de tópicos de leiscom indicações tão óbvias, conside-ro relevante para a confirmação deuma contradição insistente na re-produção do espaço urbano do paíse que em Mossoró tem assento pri-vilegiado.

Para concluir faço referência a ar-quiteta e urbanista Ermínia Mari-cato que diz: 'Não é por falta de pla-nos e nem de legislação urbanísticaque as cidades brasileiras crescemde modo predatório'. Mossoró, naquestão do transporte coletivo (e por-que não de outras questões) pode-ria não endossar esta interpretação.

TRANSPORTE COLETIVO EM MOSSORÓ: TRANSTORNOSJIONALDO PEREIRA DE OLIVEIRA - Professor Dr. do Departamento de Geografia (DGE/FAFIC) da UERN

D

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Um policial é morto acada 32 horas no Brasil,segundo pesquisa

Um policial é assassina-do a cada 32 horas no Bra-sil, revela levantamentofeito pela Folha de S.Pau-lo nas secretarias esta-duais de Segurança Públi-ca dos estados brasileiros.

Conforme a reporta-gem, os dados oficiais apon-tam que ao menos 229 po-liciais civis e militares fo-

ram mortos neste ano nopaís, sendo que a maioriadeles, 183 (79%), estava defolga.

Entretanto, este núme-ro pode ser ainda maior,uma vez que Rio de Janei-ro e Distrito Federal nãodiscriminam as causasdas mortes de policiais fo-ra do horário de expedien-

te. O Maranhão nãoenviou dados.

Para se ter uma ideiada violência contra policiaisno Brasil, somente na últi-ma quarta-feira, segundo aFolha de S.Paulo, nove po-liciais foram baleados noRio de Janeiro, tendo qua-tro deles morrido, em umespaço de 24 horas.

Policiais protestaram na capital e no interior

Na última quarta-feira, foram realizados protestos contra a violência na capital e no interior

Polícia6 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Policiais civis e militares são alvosconstantes de assassinatos e atentados

Insegurança

Nos últimos três anos mui-tos policiais militares foram ví-timas de violência por parte docrime organizado no Brasil,que se estendeu por todos osEstados da Federação, causan-do preocupação nos comandosdas corporações e medo nas fa-mílias dos policiais.

Somente no Rio Grande doNorte, 30 policiais, entre mi-litares e civis, foram assassi-nados na capital e no interior,mostrando a fragilidade na se-gurança das vítimas, que mes-mo quando não estão de ser-viço são alvos de criminosos.

Diante da problemática, naúltima quarta-feira(25) poli-ciais civis e militares em todoo país realizaram um ato deprotesto em prol dos colegasmortos e em favor da própriasegurança dos policiais e suasfamílias.

Na ocasião, um ato simultâ-neo, nas capitais e em cidadesdo interior, paralisaram as mi-lhares de guarnições policiaispor um minuto e permanece-ram com o giroflex e sirenesligadas.

Conforme as entidades e as-sociações organizadoras doprotesto, no RN, levantamen-to de uma pesquisa, com baseem 2012,aponta que no RN,nos últimos três anos, 30 poli-

ciais militares foram mortos.A secretária de Segurança

Pública, Kalina Leite, emitiunota garantindo apoio ao atodos policiais potiguares. "Éuma forma de prestar uma ho-menagem às vítimas, profis-sionais da segurança pública,que morreram em defesa da so-ciedade, e de solidariedade aosamigos e familiares", destacou.

Em todo o RN, manifesta-ções foram registradas exata-mente às 15h, momento emque as sirenes e os giroflex dasviaturas foram ligadas.

MedoO policial militar, que pre-

feriu não ser identificado, de-vido ter sofrido dois atentados,quando chegava em sua casano bairro Nazaré, em Natal,após ter prestado serviço emvários municípios do Médio eAlto Oeste potiguar, conta quedevido seu trabalho sério e aus-tero, conseguiu uma lista mui-to grande de inimigos.

"Quando eu trabalhava emPau dos Ferros atiraram naminha casa e perseguiram mi-nha esposa com meus dois fi-lhos pequenos, na saída deuma escola. Tive que mudar decidade, pois também fui víti-ma de uma emboscada", ex-plicou o militar.

Ele conta também que pe-

diu transferência para Natal,devido ser uma cidade maiore passar mais segurança, po-rém não foi o suficiente parafugir dos inimigos, tendo sidovítima de tiros quando chega-va a sua residência.

"Quando entrei na rua decasa percebi um carro me se-guindo, eu estava de moto eacelerei para dar a volta noquarteirão, momento em queos suspeitos passaram e ati-raram em minha direção,mas, felizmente, não meatingiram", destacou.

Para o militar, o jeitoé dobrar a segurança ain-da mais e tentar se li-vrar dos atentados."Vou continuar traba-lhando e não tenhomedo de morrer, sefor preciso entrarem confrontocom os inimigos,estarei pronto",concluiu.

A Delega-cia Geralda PolíciaC i v i l(Dege-pol) in-f o rmouque váriospoliciais civistambém já fo-

ram vítimas de atentados eaté mesmo mortos, mas esteano, devido uma política ado-tada em redobrar a seguran-ça, tem evitado os atentados eas mortes.

www.blogdoalexmaia.com

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Para o jogo de hoje em Mossoró o policiamento esta-rá reforçado. Além dos militares têm os guardas muni-cipais que podem auxiliar. Não deveria ser assim, mascomo existem aqueles que insistem em não assistir aojogo e promover baderna, recomendamos rigor absolu-to no trato. Tolerância zero, antes que seja tarde.

Em situação igual, Potiguar e Baraúnas se enfrentam hojeClássico

Atração

Frasqueirão

Já disse na matéria, mas vou repetir. O clássico é aque-le jogo no qual se deixa de lado todos os problemas e en-cara a situação como se fosse um campeonato à parte.Com Potiguar e Baraúnas não é diferente, ou seja, pra-ticamente se olha a competição e a própria temporadade hoje para frente, ou seja, quem ganhou e quem per-deu. Vencedor, dias de tranquilidade, ao perdedor, amea-ça de crise que pode levar à derrocada se não for bemdigerida. Mas, é importante que se diga, que a ideia é ten-tar encarar a situação, mesmo observando sua impor-tância, como mais um jogo. Se não vencer hoje, outrosclássicos virão e o campeonato continua. O fim de tudoé que deve ser o alvo maior, tentar, no mínimo, lutar emcampo em todos os jogos para garantir posição de des-taque que leve a uma vaga em competições a serem dis-putadas no segundo semestre, por exemplo. Que o bomfutebol e a paz possam reinar na tarde de hoje no Noguei-rão.

O jogo da rodada, peitando a importância dos clássicos,é o confronto do estádio Barretão entre Globo e Força e Luz.Agora, verdade seja dita, hoje em situação normal, sem assurpresas que nos trazem o futebol, é jogo para o Globo go-lear. É muito superior e, nem mesmo o fato do dois times se-rem bancados pelo mesmo empresário pode ser usado. Mas,de qualquer maneira, a vitória do Globo pode derrubarABC ou América. Eis o ponto maior da questão.

NO Frasqueirão,a segurança terá que conter os âni-mos no clássico ABC e América.

NESSE aspecto, a Arena das Dunas seria mais reco-mendável, porém, a tabela marcava Frasqueirão.

UM bom momento para Cambalhota do Baraúnasquebrar o jejum de gols. O clássico.

AGORA, para isso, terá que superar um excelente-goleiro, Santos, do Potiguar.

DOPINGOs tais atletas de alto rendimen-

to na verdade estão em boa parte,turbinados, na base de substânciasproibidas. Mas um atleta brasilei-ro foi pego em exame antidoping.O novo flagrado é o nadador de no-me João Gomes Jr. Lamentável di-zer mais uma vez que os ídolos têma obrigação de dar bom exemplo,mas hoje alguns fazem justamen-te o caminho inverso.

ARBITRAGEMEsse já é um trabalho difícil e

se torna missão para profissionalpreparado e experiente, quando sefala na arbitragem de um clássico.Para Potiguar e Baraúnas os nomesescolhidos foram estes: árbitro cen-tral será Ítalo Medeiros de Azeve-do, auxiliado por ValdomirAntoniode A. Júnior e Alex Batista da Sil-va. Tarso Rocha Lula Pereira atua-rá como quarto árbitro.

PAZVamos tentar fazer um clássico

de paz. Fora do campo é difícil con-trolar a situação dos vândalos, masno campo de jogo a responsabili-dade é dos jogadores de suas co-missões técnicas. No último con-fronto entre Potiguar e Baraúnas,acabou com a punição do tricolorde atuar, em 2015, cinco jogos forade Mossoró. Por isso, cabeça fria.

POLICIAMENTO

Abrindo uma nova ro-dada, depois de uma se-mana de jogos difíceis,chegou o momento damoeda mais forte do fu-tebol de Mossoró dentrodo Campeonato Esta-dual. Hoje, com bola ro-lando a partir das 17h, oestádio Nogueirão abreseus portões para abrigarmais um clássico entrePotiguar e Baraúnas, ri-validade que sempre pro-porciona confrontos me-moráveis.

É o momento em que seesquece de qualquer difi-culdade existente para en-frentar aquele que podeser o jogo do ano. A vitó-ria, além do avanço naclassificação, também re-

presenta muito no aspec-to motivacional, ou, do con-trário, a derrota pode de-cretar até mesmo uma cri-se, pela pressão e o ladosimbólico e emotivo queenvolve o clássico no fute-bol.

Depois de um iníciomelhor do Baraúnas, osdois hoje se encontrampraticamente na mesmasituação. O Potiguar, como empate contra o ABC,chegou aos 7 pontos, amesma do tricolor que umdia antes havia sido der-rotado pelo Alecrim. O de-sempate só acontece pe-lo critério técnico no itemsaldo de gols, com um po-sitivo para o Leão. Hoje,o Baraúnas deposita suas

“Leão do Oeste” começou melhor o Campeonato Estadual, mas o alvirrubro encostou

Potiguar e Baraúnas estão prontos para mais um clássico

Confronto Globo contra o Força e Luzdivide atenção com os clássicos

Apesar dos clássicosem Mossoró (Potiguar xBaraúnas) e em Natal(ABC x América) existeuma partida na sexta ro-dada do 1º turno doCampeonato Estadualconseguindo dividir asatenções. O confrontoentre Globo e Força eLuz, às 17h, no estádio

Barretão, em Ceará-Mirim, desperta o inte-resse pela relação umbi-lical entre os dois clubes.

O Força e Luz, que an-dava afastado das com-petições oficiais, retor-nou à primeira divisãodepois de conquistar oEstadual da segunda di-visão, uma espécie de

triangular, com o apoiodo presidente do Globo,Marcone Barreto. O For-ça e Luz utilizou prati-camente toda a estrutu-ra do time de Ceará-Mirim, inclusive jogado-res e até comissão técni-ca.

Essa situação geroualguns questionamen-

tos, mas seus dirigentesse defendem afirmandonão existir nenhum atoilícito em forma de ar-mações para beneficiaro principal time, o Glo-bo. Acontece que, napartida de hoje a vitó-ria pode representar aliderança do time deCeará-Mirim ou, no mí-

nimo, tomando a segun-da posição de ABC ouAmérica-RN. Em rela-ção aos números, o Glo-bo mostra-se superior aoForça e Luz, ocupandoa terceira posição, com10 pontos, enquanto seuadversário é o último co-locado e ainda não pon-tuou.

América defendeliderança, e ABC tenta evitar a crise

Mais uma vez a li-derança do 1º turnodo Campeonato Es-tadual estará em dis-puta, sem que qual-quer equipe tenhaconseguido umamargem segura depoder administrar asituação. Diferentedas últimas tempo-radas quando sem-pre tinha um time dointerior entre os doisprimeiros, a dispu-ta em 2015 volta aser a mais tradicio-nal, reunindo asduas maiores forçasdo futebol potiguar,América e ABC.

Por enquanto,mesmo sem uma zo-na de conforto, a van-tagem é do time al-virrubro, que chegouaos 13 pontos, en-quanto na segundaposição o alvinegrosoma 11. Mas, paranão quebrar a tradi-ção recente, apare-ce logo atrás na ter-ceira colocação, 10pontos somados, aequipe do Globo,atual vice-campeãodo Estado, e que ficana torcida por trope-ço do América ou atémesmo o empate.

A vantagem ame-ricana sobre o rivalnão é por acaso. Nocertame potiguar otime rubro vem rea-lizando boa campa-nha, com um futebolmelhor praticado,enquanto o ABC ain-da tenta ajustar seutime, sem, no entan-to, conseguir conven-cer que pode melho-rar com a atual estru-tura, em termos deelenco. A crise só nãose instalou de vez noalvinegro por contada sua posição na ta-bela, porém, umaderrota hoje pode re-presentar mudançasprofundas no clube.Depois de muita po-lêmica, o clássico das18h30 ficou manti-do para o estádioFrasqueirão, e nãona Arena das Dunas,como queriam osseus administrado-res.

BATENDO DE FRENTEE a diretoria do ABC, defendendo seus direitos, re-

solveu bater de frente contra o interesse daqueles quequeriam mexer na tabela do Campeonato Estadual e,levou a melhor. Disse, contra todos, que não jogaria naArena das Dunas e teve sua vontade atendida.

Vários foram os argumentos contrários, mas o alvi-negro segurou a tese de que a tabela marcava o clássicocontra o América para o Frasqueirão e, fez valer o queestava escrito. Diferente com o Baraúnas, que tiramseu jogo contra o América, que seria em Macau, sem se-quer ouvir a diretoria tricolor, como disse na época opresidente Zé Peixeiro. Com o ABC, a conversa foi outrae ninguém impôs nada. Pontos para os dirigentes do al-vinegro.

BARRETÃO

Esporte 7www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

SÉRGIO OLIVEIRA

[email protected]

Esportivo

Marcelo Diaz-ACDP

maiores chances de golem Fabinho Cambalhota,apesar de não haver mar-

cado no campeonato, en-quanto no Potiguar o des-taque tem sido exatamen-

te aquele que tem a mis-são de impedir o gol ad-versário, o goleiro Santos.

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Cur

ta-M

etra

gem

Social8 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

DIOCESANO EM FESTAO Colégio Diocesano San-

ta Luzia amanhece a segun-da-feira comemorando 114anos de sua fundação. No pro-grama terá missa em ação degraças no Ginásio Carecão,ce-lebrada pelo bispo diocesanodom Mariano Manzana e coma presença de alunos, profes-sores funcionários, ex-alunose admiradores da instituiçãocentenária. Não fica por aí, oseventos comemorativos se-guem durante todo o ano comatividades culturais, pedagó-gicas e recreativas.

CARMEN STEFFENSO movimento no Partage

Shopping Mossoró na tarde-noite da última quinta-feiraficou por conta de Sânzia Fer-nandes que, lançou, ao mes-mo tempo em que todas asfranqueadas do país, a cole-ção Outono-Inverno 2015 daCarmem Steffens. Inspiradae irresistível a CS aposta nasferragens, animal print emuito dourado para enfren-tar a estação de baixas tem-peraturas. Além de um buffetde delícias do Requinte, mú-sica de Dj Juninho e Dicas deMake Beleza da multitare-fas Lilianne Oliveira - aniver-sariante do dia que ganhouparabéns e bolo de TerezaCristina Fernandes.

@ Mudam de idade hoje e recebem oscumprimentos da coluna:Wallyson Araújo,Lu-ara Rosado Fernandes,Laila Ester,Kécia Alvese André Luis. Parabéns!

@ O Rio de Janeiro "continua lindo" O Riode Janeiro continua sendo (como diz o poeta)amais bela cidade do Brasil. Comemora 450 desua fundação. Vivas para a “Cidade Maravil-hosa!”

@ A predominância da propaganda sobrea informação tem dado o tom dos boletins-co-municados-releases da Secretaria de Comu-nicação da Prefeitura de Mossoró. Talvez porfalta de um "modelo" próprio.

@ A apresentadora Xuxa Meneghel convi-da a imprensa e faz suspense com a sua estreiana Rede Record.Xuxa,Record e imprensa estarãojuntos no próximo dia 5, às 15h, para "um im-portante comunicado" que, segundo eles, Xuxae Record, marcará a história da televisãobrasileira. Tchan, tchan, tchan...!

@ Uma "louraça Belzebu", como diz o po-eta Fausto Fawcett, tem tirado o sono de pro-motores de eventos e de autoridades dascidades onde esses eventos acontecem, compedidos de benesses e exigências de regalias.A bonita usa seu código genético na identifi-cação e pra ter suas reivindicações atendidas.

@ "PS. Chicão, Traços e Cores", mostrando osúltimos trabalhos do artista plástico-tatuador Chicão,poderá ser vista na Galeria Surto Cultural, em Na-tal,de 4 a 14 de março,e em Mossoró, no PartageShopping, de 18 a 22 de março. A curadoria damostra em Natal é de Clarissa Arruda e em Mossoróde Mathews Aires e Denyse Barreto

@"Rio do mistério que seria de mim se melevassem a sério?" (PAULO LEMINSK). Um bomdomingo!

Sânzia Fernandese Isabel conferemo lançamento da ColeçãoOutono-Inverno da CS nas redessociais.

[email protected]

Pinto

Telefone: 84 9194 5192

Liliane Oliveira -aniversário com direito a

bolo by Tereza Cristinano lançamento Outono-Inverno

da CS

Cartilha apresenta novas regras do seguro-desemprego e do abono salarial

Mudança

Da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg

Uma cartilha com infor-mações sobre as novas re-gras do seguro-desem-prego e do abono salarialfoi lançada na última sex-ta-feira pelo Ministério doTrabalho. A partir de ago-ra, o trabalhador terá quecomprovar vínculo com oempregador pelo menospor 18 meses nos 24 me-ses anteriores à primeiravez em que requerer o se-guro-desemprego. Na se-gunda solicitação do bene-fício, ele terá de ter traba-lhado por 12 meses nos 16meses anteriores. A partirdo terceiro pedido, a carên-cia voltará a ser de seis me-ses.

As alterações no se-guro-desemprego foramanunciadas em dezembrodo ano passado e começama valer para quem for de-mitido a partir de agora.Segundo o Ministério, omanual tem o intuito de es-clarecer de maneira didá-

tica e prática as eventuaisdúvidas dos trabalhadorese empregadores, por meiode perguntas e respostas

“Quem sofreu desem-prego antes de 28 de feve-reiro de 2015, será regidopela legislação anterior,segundo a qual é necessá-rio ter recebido salário re-lativo a cada um dos seismeses anteriores à data dadispensa, tendo direito,nesse caso, ao benefício”,informa a cartilha.

O manual também in-forma que a comprovaçãodo recebimento dos salá-rios de forma ininterrup-ta não será necessária pa-ra a primeira e a segundasolicitações. “Essa exigên-cia somente é necessáriapara a terceira solicitaçãoe para as posteriores, nasquais é necessário compro-var os seis salários rece-bidos em cada um dos úl-timos seis meses anterio-res à data da dispensa.”

Por isso, o trabalhadorpoderá usar outros víncu-los empregatícios que es-

A cartilha também traz informações sobre as mudanças na concessão do abono salarial

tejam dentro do períododos últimos 36 meses, con-tados da data da dispensaatual, como referência pa-ra aumentar o número deparcelas.

A cartilha também trazinformações sobre as mu-danças na concessão doabono salarial. Segundo apublicação, “para o calen-

dário que se inicia este ano,como o ano-base é 2014,as regras que valerão se-rão as que estavam em vi-gor anteriormente”. As no-vas regras “serão exigidaspara o calendário de pa-gamento que tem início emjulho de 2016 e que temcomo ano-base o ano de2015”.

Antes, quem traba-lhava somente um mêse recebia até dois salá-rios mínimos tinha aces-so ao abono salarial. Ago-ra, o prazo será de no mí-nimo seis meses ininter-ruptos. Outra mudançaserá o pagamento pro-porcional ao tempo tra-balhado, do mesmo mo-

do que ocorre atualmen-te com o décimo terceirosalário, já que, pela re-gra atual, o benefício erapago igualmente para ostrabalhadores, indepen-dentemente do tempotrabalhado.

A cartilha com todas asinformações está no site doMinistério do Trabalho.

O trabalhador terá que comprovar vínculo pelo menos por 18 meses nos 24 meses anteriores à primeira vez em que requerer o seguro-desemprego

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A decisão tomadapela Câmara Fede-

ral no dia 24 de feve-reiro passado, que cor-

roborou a determina-ção tomada antes pelo

Senado Federal, promo-verá uma série de mudan-

ças no Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA)

no que tange à venda de be-bida alcoólica a menores de

18 anos. O novo texto deter-mina penas que vão de dois a

quatro anos de prisão paraquem "vender, dar ou servir ál-cool a menores, além de multade R$ 3 mil a R$ 10 mil para osestabelecimentos que descum-prirem a lei.

A decisão dos parlamentares

depende agora da sanção da pre-sidenta Dilma Rousseff. Casoseja sancionada deverá bater defrente com uma prática muitocomum em bares e clubes deMossoró, onde o consumo e avendas de álcool a menores pre-dominam.

De acordo com o conselheirotutelar Flávio Roberto, há maisde um ano os agentes judiciáriosde proteção, responsáveis pelafiscalização de bares e estabe-lecimentos, não realizam estetrabalho por falta de estruturae apoio da Prefeitura Municipalde Mossoró (PMM). A expecta-tiva é que com as mudanças nalei, o trabalho ostensivo possaser retomado.

"O consumo de bebidas por

menores é uma realidade mui-to comum em Mossoró, que seagravou quando os agentes deproteção deixaram de atuar.Nossa proposta é que, com a no-va lei, a Guarda Civil Municipalpossa atuar conosco, fiscalizan-do bares, restaurantes, mas,principalmente, supermercadose hipermercados", explicou oconselheiro.

Segundo Flávio Roberto, pe-lo menos 25% dos casos denun-ciados na 34ª zona do ConselhoTutelar se referem ao abuso dedrogas lícitas e ilícitas por me-nores. Ele explica que hoje a úni-ca maneira de identificar os ca-sos de vendas de álcool para me-nores é através de denúnciasde pais ou a comunidade.

Mudanças na lei endureceram pena para quem vende bebida a crianças e adolescentes

Crime

COTIDIANO

Venda de bebidas alcoólicas a menores de idade é

prática comum em Mossoró

DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 FISCO

Receita Federal de Mossoróespera receber cerca de60 mil declarações de IR

PÁGINA 5

O conselheiro tutelar Flá-vio Roberto comenta que emMossoró, o maior foco de ven-das de bebidas para menoresde idade não são os bares e res-taurantes, mas os supermer-cados e hipermercados, queainda encontram muitas difi-culdades em impedir a vendados produtos.

Gerente de uma granderede de supermercados da ci-dade, Bruno Cavalcanti dizque a princípio a empresa en-controu dificuldades paracoibir a venda, mas que como passar dos anos, e a me-lhoria no treinamento deatendentes e caixas, o pro-blema foi superado.

"Hoje as operadoras decaixa passam por um trei-namento específico que res-salta a proibição da venda debebidas a menores. Quandoelas identificam que o com-prador pode ser um menor,só vendem o produto median-te apresentação do documen-to de identificação. Se eles

compram é através de ami-gos adultos que pagam e de-pois repassam para eles", ex-plica.

Bruno Cavalcanti comen-ta que desconhecia as mu-danças previstas no Estatu-to da Criança e do Adolescen-te (ECA), e o supermercadoagora irá se preparar para

uma série de medidas paraintensificar o combate à ven-da de bebidas a crianças eadolescentes. "Vamos reali-zar um novo treinamento,atualizando os funcionáriosdas mudanças, além de am-pliarmos os avisos no super-mercado da proibição à ven-da", esclareceu.

Supermercados são principal ponte para compra de bebidas

Vender bebidas alcoólicas a crianças e jovens é crime

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Gerais2 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Estadoconta 70 parques eólicos em operação e 31 em construção

Destaque

RN possui a maior matriz eólica do país

A Agência Nacional deEnergia Elétrica (Aneel)liberou no mês de feverei-ro a operação comercial demais quatro usinas eólicasno Rio Grande do Norte. Aotodo, os quatro empreen-dimentos têm capacidadepara geração de 94 MW.A notícia positiva é só maisuma entre os avanços, queo setor tem alcançado nosúltimos anos. Pode-se di-zer que o Rio Grande doNorte começou o ano de2015 comemorando, o Es-tado possui hoje a maiormatriz eólica estadual doBrasil e também a maiorcapacidade instalada.

Segundo a Agência Re-guladora de Serviços Pú-blicos, (Arsep), responsá-vel pela fiscalização dosparques eólicos no Estado,o RN hoje é autossuficien-te na produção de energialimpa, conta 70 parqueseólicos em operação, 31 emconstrução e 67 já com au-torização para serem ini-ciados. Em 2015 a agên-cia reguladora vai realizar37 fiscalizações. As fiscali-zações são divididas emdois tipos, Operações Ro-tineiras, executadas emparques, que já estão emfuncionando e Expansãode Oferta, realizadas emparques, em fase de cons-trução. A função da Arsepé assegurar que as obrassejam feitas dentro dosprazos e que obedeçam asnormas técnicas de execu-ção e funcionamento.

Para a diretora-presi-dente da Arsep, engenhei-ra Kátia Pinto, a fiscali-zação é fundamental pa-ra que o Estado continueavançando de forma efi-ciente na produção deenergia limpa. "Ficamoshonrados por nosso Esta-do ser autossuficiente nageração de energia, prin-cipalmente num momen-to como esse de crise ener-gética. O papel da agên-cia é importante, porquecontrola a produção e aexecução desses parques,verificando se o cronogra-ma contratado com a Aneeldurante o leilão está sen-do cumprido e se a produ-ção de energia limpa estáacontecendo de forma cor-reta para que a populaçãoseja beneficiada. É impor-tante que o governo fede-ral se preocupe com os lei-lões, mas também com aslinhas de transmissão quelevam a energia produzi-da aqui, para todo o Bra-sil", comentou a gestora.

Segundo o Centro deEstratégias em RecursosNaturais e Energias Reno-váveis (Cerne), a estimati-va é que o setor no RN te-nha recebido nos últimos5 anos, de R$ 3 a 4 bilhõesem investimentos. A ex-pectativa até 2018, é quea capacidade produtiva do

Torres se espalham pelo Rio Grande do Norte

Estado chegue a5.006.063(kW) e esses nú-meros podem subir. A Em-presa de Pesquisa Energé-tica, (EPE) cadastrou 521projetos para um leilãoA-3, a ser realizado no dia24 de julho. O Rio Grandedo Norte saiu na frentemais uma vez. Dos 521 pro-jetos cadastrados, 132 sãovoltados para a produçãode energia eólica no Esta-do potiguar. Um leilãoA-3 é um tipo de processoonde os empreendimentosvencedores devem entrarem operação no prazo detrês anos, a partir da assi-natura do contrato.

A energia eólica é umafonte de energia limpa, pa-ra a construção de uma usi-na é necessária uma gran-de extensão de terra, poisas turbinas precisam teruma distância específicaentre si. Esse distancia-mento evita que a pertur-bação causada no escoa-mento do vento atrapalhea outa unidade. Não impos-sibilitando porém que o es-paço do parque possa serutilizado para outras ati-vidades. Em alguns casosas empresas ganhadorasdos leilões de energia sim-plesmente compram os ter-renos onde pretendem ins-talar seus parques, en-quanto em outros, os es-paços são arrendados e osproprietários passam a re-ceber pagamentos fixos pe-la produção de energia nolocal, o montante é calcu-lado pelo percentual da re-ceita que cada equipamen-

to instalado gera.O custo de produção da

energia eólica é conside-rado alto, em comparaçãoa outras fontes, também ti-das como ecologicamentecorretas, mas em contra-partida a energia eólica éconsiderada a fonte deenergia mais limpa do pla-neta. Em um período on-de alternativas sustentá-veis estão cada vez maisnecessárias, a energia eó-lica se tornou um caminho,na tentativa de preservaros recursos naturais e con-sumir de forma responsá-vel. Além de ser uma novaopção ao modelo priorita-riamente utilizado no Bra-sil de construção de hidre-létricas. Apesar de limpo,o uso do nosso potencial hi-dráulico causa mais im-pacto ambiental e estámais suscetível a crises, jáque depende da quantida-de de chuvas, que sofremais variações, que o níveldos ventos.

O Rio Grande do Nor-te entra nesse cenário comalguns privilégios natu-rais. Localizado, como sediz popularmente, na "es-quina do continente", o Es-tado recebe em boa partedo seu território ventos re-gulares. Segundo o coorde-nador da Câmara Setorialde Gás, da Agência Regu-ladora de Serviços Públi-cos (Arsep), Ezequiel Re-bouças, é importante queesses ventos não possuamvariações bruscas em fre-quência e velocidade. "Co-mo as condições climáticas

no Rio Grande do Norteoferecem essa regularida-de, temos um ambiente na-turalmente vocacionadoa esse tipo de atividade",explica.

Além disso, o Estadovem trabalhando nos úl-timos sete anos e se tor-nando um destaque nacio-nal. Entre 2009 e 2014 oRio Grande do Norte con-quistou o primeiro lugarnacional em novos leilõesfederais envolvendo fontesrenováveis de energia. Nosúltimos cinco anos, passouda condição de importadordo recurso para provedorregional. A autossuficiên-cia no setor representa in-vestimentos e uma situa-ção de tranquilidade ener-gética, que facilita a atra-ção de outras cadeias pro-dutivas.

Até 2017, estima-se quea as atividades no setor eó-lico sejam responsáveis pe-la geração de 30 mil empre-gos diretos ou indiretos.Apesar de ser uma ati-vidade, com uma mão deobra bastante restrita naoperacionalização dos par-ques, durante a constru-ção dos equipamentos onúmero de pessoas envol-vidas é bastante superiore prioritariamente local.Atualmente o Estado jáconta com capacitaçãomais técnica, como um cur-so de graduação em ener-gias renováveis no campusdo Instituto Federal deEducação, Ciência e Tec-nologia do Rio Grande doNorte (IFRN) no polo deJoão Câmara, e cursos depós-graduação na Univer-sidade Federal do RioGrande do Norte (UFRN),no polo de Natal.

A nível nacional tam-bém vivemos um bom mo-mento, hoje o Brasil ocu-pa o 11º lugar no rankingdos países com maior ca-pacidade de geração eóli-ca em todo o mundo, ape-sar do setor ainda sofrer amorosidade da implanta-ção das linhas de transmis-são, avanços têm aconteci-do. No ano passado, hou-ve um aumento de 126,7%na capacidade instaladadas usinas eólicas em ope-ração no país. As usinas eó-licas após contratadas de-vem entrar em operação noprazo de três anos, caso ar-rematadas em leilõesA-3, ou em cinco anos, searrematadas em leilõesA-5, contando a partir daassinatura do contrato.Com uma série de exigên-cias a serem compridas,principalmente ambien-tais, muitos projetos de es-coamento da produção eó-lica não conseguem ser fi-nalizados no mesmo perío-do que os parques eólicos,o que representa prejuízospara o consumidor de ener-gia elétrica.

Assecom ArsepRN

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Gerais 3www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Colégio Diocesano SantaLuzia completa 114 anos dehistória nesta segunda-feira

Celebração

Crescimento

O Colégio DiocesanoSanta Luzia, um dos es-tabelecimentos de ensinomais tradicionais de Mos-soró, comemora amanhã114 anos de atividades. Acomemoração será reali-zada no ginásio o "Care-cão" (nas dependênciasdo colégio), onde umamissa será ministradapelo bispo dom MarianoManzana, a partir das7h30.

Segundo o diretor doDiocesano, padre Char-les Lamartine, a progra-mação deste aniversáriodará início aos festejos de115º aniversário da insti-tuição em 2016. Ele expli-ca que a data é muitoaguardada e será come-morada com muita festae uma série de homena-gens a ex-alunos e profes-sores.

"Neste aniversárioestaremos celebrandouma missa, mas no de-correr do ano vamos or-ganizar uma série de ati-vidades, incluindo bai-les e encontros, que vãocongregar nossos alunose personalidades que fi-zeram parte da históriado Diocesano. As festascontinuarão até nossopróximo aniversário, em2016", explicou o padre

Número de mulheres empreendedorasaumentou 40% nos últimos anos

Programação terá missa presidida pelo bispo dom Mariano Manzana

Colégio Diocesano Santa Luzia é um dos mais antigos de Mossoró

Charles, lembrando quenesse ínterim deverá serrealizado um encontroentre todos os Diocesa-nos da região Nordeste,que também fará partedo calendário comemo-rativo.

O diretor comentou aemoção de fazer parte dahistória de uma das maisantigas instituições deensino do Estado. "O Dio-cesano é uma escola que,antes de tudo, têm a vercom a vida do povo de

Mossoró. Participar des-ta trajetória é muito sig-nificativo para mim, prin-cipalmente quando lem-bro que por esta institui-ção passaram grandespersonalidades desta ci-dade", concluiu.

Cacau

Segundo dados doAnuário das Mulheres Em-preendedoras e Trabalha-doras em Micro e PequenasEmpresas, o número demulheres empresáriassubiu de 87 mil para 122mil no Rio Grande do Nor-te entre os anos de 2002 e2012, o que representa umcrescimento de 40,2%. EmMossoró, ramos normal-mente dominados por elas,como o de beleza, estão en-tre os que mais registramformalizações.

"Iniciar um negócio re-quer preparo, conheci-mento e planejamento pa-ra minimizar os riscos deinsucesso. Essa lição asmulheres que empreen-

dem já aprenderam deforma bem mais contun-dente que os homens. Ochamado sexo frágil estáocupando cada vez maisespaço no mundo dos ne-gócios", declara o Sebraeem nota.

No ano passado, Mos-soró registrou mais de cin-co mil formalizações deMicroempreendedoresIndividuais (MEI). Até omês de novembro foram5.238, o que representa8,62% do total de MEI for-mal do Estado. Dentre asatividades que mais cha-maram a atenção pelo nú-mero de formalizações es-tão às de cabeleireiro e ati-vidades ligadas à comer-

cialização de alimentos. A participação de mu-

lheres nos pequenos ne-gócios tem crescido ano aano. Enquanto o númerode mulheres empreende-doras cresceu mais de40% no período analisa-do, entre os homens o au-mento foi menor, de27,2%, passando de 176mil para 224 mil em-preendedores do sexomasculino no Estado.

Contudo, o número deempregadores homenscontinua sendo maior,mesmo com crescimentomais acelerado do núme-ro de mulheres empreen-dedoras. Em 2002, o RNcontava 10 mil mulheres

empregadoras, númeroque saltou para 15 mil em2011. No mesmo período,a quantidade de homensempregadores saiu de 27mil para 31 mil.

Levantamento feitopelo Serviço Brasileiro deApoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae),em parceria com o Depar-tamento Intersindical deEstatística e Estudos So-cioeconômicos (Dieese),revela ainda que, nos úl-timos 10 anos, 55% dasempreendedoras forma-lizadas tinham pelo me-nos iniciado o Ensino Mé-dio. Já entre os homens,esse percentual é de38,5%.

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SEMANA DETOXA hora é essa de dar uma desin-

toxicada no nosso organismo. E nadamelhor que participar da semana doDetoxGourme já aprovadíssimo , comcardápio elaborado pelas nutri-cionistas dra. Kathleen Veras e dra.Roberta Brito, no Maison Gastrono-mia. Informações na Clínica Seres oupelo (84) 9404-7239.

OLHOS DO BEMDr. Maltez Benjamim chegou de

mala e cuia na nossa cidade. Ele saiumuito cedo para se dedicar aos es-tudos e seguir o caminho da profis-são do pai Lucas. Com umabagagem recheada de bons apren-dizados, de dedicação, competên-cia e amor à oftalmologia, ele ini-cia seus atendimentos na Nossa Clíni-ca e na Climaf. Sucesso e mais suces-so é o que desejamos nessa sua no-va caminhada que com certeza seráde colher os frutos plantados em tan-tos anos da sua vida. Mossoró a-gradece por você escolher cuidar davisão do nosso povo.

Social4 Domingo, 1º de março de 2015

Que

ntes

e F

rias

Carol [email protected]

Viva sempre à vida da iluminada dra. Rejane Holanda,

um anjo de muita luz!

Hoje nosso destaque é o dr. Maltez Benjamim, que retorna

a Mossoró para deixar a nossa oftalmologia mais completa

A vovó Gracinha Filgueira paparicando o pequeno Gustavo, seu sexto neto. Momento único e especial!

Sthenia Amora toda paparicada pelas amigas do coração na sua data

querida de feliz aniversário. Ser amada é assim...

Quanta beleza de uma vez só nessa família Ferreira. Kandyce, a mamãe

Rafaella, Mariana e Karine. Todas comprometidas e felizes...

www.omossoroense.com.br

Acompanhando a filhota Maria Cla-

ra ao shopping, o querido Francisco

Soares ao lado do irmão Franklin co-

locando os assuntos em dia.

A dupla Mathws Aires e Denyse Bar-

reto prepara a exposição "PS. Chicão,

traços e cores", através da artista plás-

tica Clarissa Torres, no período de 4 a

14 em Mossoró e de 18 a 22 na galeria

Cultural e Natal em homenagem ao ta-

tuador Chicão que foi assassinado no fi-

nal de 2014.

Agradecemos o convite para os 15

anos da dócil Maria Tereza, filha de

Francivan Amorim e Leda Gurgel, que

acontecerá no próximo dia 13, no Gar-

bos Recepções.

O tempo passa voando e já é hora

de comemorar e agradecer a Deus pe-

lo 1º aninho do pequeno Heitor, filho de

minha amiga de infância Málaga Veras

e de Neto Benjamim.

No forno do grupo SF vem sendo pre-

parado um grande lançamento para es-

te ano. Aguardem!

Viva para os nossos aniversarian-

tes: Lydianne Silveira, Wagner Freire,

Luiz Henrique Azevedo, Carolina Ma-

lala,Flavinho Adour,Karla Carmo,Karl-

la Amorim, Rosily Ribeiro, Ana Cristi-

na Silveira, Layla Ester, Isadora Rosa-

do, Camila Oliveira, Nayara Souza.

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Gerais 5www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Prazo para prestar contas com o Fisco inicia amanhã e declarações podem ser entregues até 20 de abril

Receita Federal recebeu 57 mil declarações no ano passado

Uern oferece 124 vagas para o Nead

Receita Federal de Mossoró espera receber cercade 60 mil declarações do Imposto de Renda

"Leão"

Uern divulga resultado deselecionados para vagasremanescentes do curso de educação a distância

Seleção

Especialista orienta contribuinte sobre como escapar da malha fina

A partir de amanhãserá iniciado o prazo pa-ra a entrega da declara-ção do Imposto de Ren-da (IR) 2015, ano-base2014. Dessa forma, ocontribuinte já pode co-meçar a reunir os docu-mentos exigidos para fa-cilitar o acerto de con-tas com o Fisco. Na De-legacia da Receita Fede-ral em Mossoró, que en-globa 70 municípios, sãoesperadas cerca de 60mil declarações, que de-verão ser entregues até20 de abril.

De acordo com o dele-gado da Receita em Mos-soró, Willo Marques, em2014 foram recebidas efe-tivamente 57 mil decla-rações. Ele explica que oaumento no número dedocumentos é natural, eimpulsionado pelo au-mento da renda. O dele-gado também ressaltouque o rascunho do impos-to, novidade disponibili-zada pela Receita em2015, facilitou a vida doscontribuintes.

"O rascunho simplifi-cou este processo, poispermitiu que o contri-buinte faça um cálculoaproximado de quantopagará em seu imposto derenda desde dezembro doano anterior, isso permi-te que as pessoas se pre-parem para o compromis-so", explicou o delegado.

Está obrigado a apre-sentar declaração quemrecebeu, em 2014, rendi-mentos tributáveis supe-riores a R$ 26.816,55 ourendimentos isentos - nãotributáveis ou tributadossomente na fonte - cujasoma seja superior a R$40 mil. Ainda, quem ob-teve, em qualquer mês,ganho de capital na alie-nação de bens ou direitos,sujeito à incidência de im-posto, ou realizou opera-ções em bolsas de valores,de mercadorias e futuros.Por fim, quem auferiu ga-nhos ou tem bens ou pro-priedade rurais de acor-do com os valores esta-belecidos pela Receita.

A orientação da Recei-ta é de que os contribuin-tes providenciem a docu-mentação com antece-dência para evitar pro-blemas na hora de decla-rar o IR. De acordo cominformações do GovernoFederal, a Receita espe-

Arquivo

A reportagem do OMossoroense consul-tou um especialista emcontabilidade, que co-mentou formas paraevitar que o contribuin-te caia na famosa ma-lha fina. O professor docurso de Contabilidadeda Universidade do Es-tado do Rio Grande doNorte (Uern), AurisMartins, explicou quea organização e cum-primento dos prazos éa melhor forma de fugirde dores de cabeça.

"Cai na malha finaquem erra sua declara-ção, conscientementeou por não saber das re-gras da Receita. Os er-ros ou omissões maiscomuns são: fazer usode dedução de despesasmédicas não ocorridasou cujo recibo seja comvalor diferente do infor-

mado; Não informarcorretamente os rendi-mentos tributáveis ouomitir rendas, mesmoaquelas eventuais; Nãoinformar rendimentosde dependentes; Nãolançar resgates tribu-táveis de previdênciaprivada; Não lançarpensão alimentícia re-cebida; Não preenchera ficha de ganhos de ca-pital para quem ven-deu bens; Omitir ren-das com aluguéis", enu-merou.

|Auris relembrouque um dos grandes pe-rigos de quem declarao IR reside na tentati-va de deduzir impostosa todo o custo. O que po-de causar inclusive pro-blemas judiciais parao contribuinte. Ele ex-plica que o melhor é ar-car com os gastos neces-

sários e deduzir só o querealmente for justo.

"A legislação do Im-posto de Renda não ésubjetiva, é objetiva.Tem gente que cria o so-brinho de fato, masnunca fez o percurso ju-rídico de pedir a guar-da oficial da criança.Mas, lança como de-pendente, e fica corren-do sérios riscos. O con-tribuinte paga o planode saúde dos pais, masestes não são seus de-pendentes legais, outroerro. Lance despesascom colégio de filhosmas exclua os juros ca-so o pagamento tenhasido feito em atraso.Lance despesas médi-cas só aquelas que ocontribuinte possui re-cibo e recibo em seu no-me ou de dependenteslegais", explica Auris.

ra receber este ano apro-ximadamente 27,5 mi-lhões de declarações do

Imposto de Renda PessoaFísica (IRPF), númeromaior do que o registra-

do em 2014, quando fo-ram recebidas 26,8 mi-lhões de declarações.

O Núcleo de Educa-ção a Distância(Nead), da Universi-dade do Estado do RioGrande do Norte(Uern), informou queo resultado do proces-so seletivo para opreenchimento dasvagas remanescentesdo curso de graduaçãoa distância em Letrasserá divulgado ama-nhã. A relação estarádisponível no sitewww.uern.br.

Esta é a primeiraturma de curso na mo-dalidade a distânciaoferecido pela Univer-sidade. Ao todo foramofertadas 124 vagasnesta seleção simpli-ficada para os polos da

Universidade Abertado Brasil (UAB), queficam localizados nosmunicípios de Caraú-bas, São Gonçalo doAmarante e Guama-ré.

A Universidade re-cebeu 816 inscriçõesde estudantes interes-sados em concorrer àsvagas remanescentesdo curso. As inscriçõesforam encerradas naúltima quinta-feira(26).

Além do resultadoda seleção, amanhãtambém será divulga-do um edital com in-formações sobre o lo-cal e horário de matrí-culas para os candida-tos aprovados.

IR 2015: Que despesas podem ser deduzidas?

* Despesas com dependentes - limite anual é de R$ 2.156,52* Educação - Limite anual de R$ 3.375,83 para cada membro da família.* Saúde - Pode ser deduzida integralmente* Pensão alimentícia - Podem ser deduzidas integralmente.* Previdência Social - Integralmente* Previdência Privada - as contribuições às entidades de previdência privada quecorresponderem a até 12% da sua renda tributável podem ser deduzidas da basede cálculo do IR.* Aposentadorias e pensões de maiores de 65 anos - 1.787,77 por mês, incluindo o13º salário* Previdência Social do empregado doméstico - Máximo de R$ 1.152,88 (incluindo13º salário e férias)

Convite Missa de 1º Aniversário

Eder Andrade de Medeiros x Jerônimo Rosado Cantídio16/02/1932 24/11/1933

+ 02/03/2014 + 28/02/2014

Local: Capela Santa Teresinha (Mossoró)Data: 01/03/2015 Horário: 11h

Agradecem a todos que comparecem a esse ato defé e solidariedade cristã.

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Cidades6 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Marinha realizará “Corrida da Paz” hojeNatal

Secretários vão à zona rural inspecionar equipamentos eanunciar melhorias no sistema de abastecimento de água

Areia Branca

Hoje, militares se uni-rão para a difusão da paze o incentivo à prática deesporte, com a realizaçãoda “Corrida da Paz”. EmNatal, o aquecimento se-rá às 8 horas, com larga-da às 9 horas, saindo doCentro de Turismo (an-tigo Presídio), indo em di-reção à Ladeira do Sol,contornando a rotatóriaem frente à Ponta do Mor-cego e seguindo até a For-taleza dos Reis Magos, pe-la avenida Presidente Ca-fé Filho, com um percur-so de 3,2 km.

Além da Marinha, par-ticiparão militares doExército e Aeronáutica erepresentantes da PolíciaMilitar, do Corpo de Bom-beiros e da Guarda Muni-cipal.

Em Natal, mais de 500

atletas farão parte da ini-ciativa. Na área de juris-dição do Comando do 3ºDistrito Naval, além deNatal, a “Corrida da Paz”será realizada nas cida-des de Recife, João Pes-soa, Maceió e Fortaleza.As ruas serão parcial-mente interditadas du-rante a passagem dos pe-lotões.

A CORRIDATrata-se de um evento

com abrangência mundial,criado pelo Conselho Inter-nacional do Esporte Mili-tar (CISM) e que consisteem uma jornada esportivade corrida e/ou caminha-da, com a intenção de pro-mover a prática esportivano âmbito das Forças Ar-madas e assim contribuirpara a Paz Mundial.

O Conselho Interna-cional do Desporto Mili-tar é uma organizaçãotransnacional, com sedeem Bruxelas, criada em1948, com a finalidade defomentar a paz e a ami-zade, entre os militares,por meio do desporto.

É conhecida pelas si-glas CISM, da denomina-ção em francês Conseil in-ternational du sport mi-litaire, sendo atualmen-te composto pela reuniãode 127 países de quatrocontinentes. Organiza adisputa de CampeonatosMilitares Mundiais, Con-tinentais e Regionais devárias modalidades des-portivas. Tem como lemaa frase Friendshipthrough Sport, ou seja,Amizade por meio do des-porto.

Valter Campanto/Agência Brasil

Corredores passarão pela Fortaleza dos Reis Magos

AREIA BRANCA – Ostitulares das secretariasmunicipais de ServiçosPúblicos, Urbanismo eObras, da Agricultura ePesca, e da Gerência Exe-cutiva de Recursos Hídri-cos, empreenderam visitade inspeção à zona ruraldo município na quarta-feira, 25. Por determina-ção da prefeita Luana Bru-no (PMDB) a equipe foi

avaliar o andamento deobras em execução e anun-ciar novos benefícios quevão contemplar diversascomunidades.

No roteiro da equipecomposta pelos secretá-rios Juliana Rebouças(Serviços Públicos), AriFélix (Agricultura) e JoséSena (Recursos Hídricos)constou inspeção nos re-servatórios utilizados no

armazenamento da águaque é distribuída nas loca-lidades rurais.

A primeira comunida-de visitada foi São José,onde a equipe informouque nesta segunda-feira,2 de março, terá início aconstrução de uma casi-nha para proteger osequipamentos e a bombado sistema adutor do po-ço tipo amazonas que

abastece aquela povoa-ção.

A equipe também visi-tou o Poço 3 REP-14, lo-calizado em terras de umantigo projeto agroindus-trial entre as comunida-de de Redonda e São Jo-sé, que foi doado pela Pe-trobras para reativar aAdutora Santos Reis-Casqueira, neste municí-pio, garantindo água de

boa qualidade para as fa-mílias assentadas.

A secretária JulianaRebouças disse que naárea do poço será construí-do um abrigo que serviráde apoio para os vigilan-tes que trabalham no lo-cal.

Em Redonda e Ponta doMel, foi constatado pelaequipe técnica da prefei-tura que as caixas d´água

existentes necessitam dereparos. Diante disso, foianunciado que a prefeitu-ra providenciará uma re-forma na estrutura das re-feridas unidades.

Ainda em Ponta doMel, a equipe visitou o lo-cal onde está sendo cons-truída, pela Petrobras, asede própria da Associa-ção das Marisqueiras davila-praia.

Ruas da capital serão parcialmente interditadas durante a passagem dos pelotões de corredores

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Cidades 7www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

QUASE LÁO ex-deputado Henrique Alves deve ser

nomeado nos próximos dias para ser minis-tro do Turismo ou da Integração Nacional.Essa notícia que foi veiculada essa semanana imprensa já havia sido antecipada aquihá meses e muitos não acreditavam nessa hi-pótese. Isso porque o deputado já foi consi-derado inocente das acusações que tinha econtinua forte dentro do PMDB, o que ago-ra abre mais espaço para ele. Agora é aguar-dar porque o governo Dilma precisa muito doPMDB e de gente articulada.

SEM RESULTADOSAté o momento o Polo Costa Branca tem

ensaiado muitas reuniões e substituído pre-sidentes e de concreto nada foi realizado ain-da. Agora o polo é novamente revitalizadocom a esperança de conseguir unir os pre-feitos das cidades com potencial turístico eviabilizar obras de infraestrutura para fo-mentar essa atividade na região. Assumea presidência o prefeito de Tibau, Naldi-nho Cunha, que tem a missão de fazer essaassociação sair do papel, coisa que até aquinão ocorreu. Vamos aguardar para ver oque acontece.

ÚLTIMO PRESIDENTEPor falar em Polo Costa Branca, o último

presidente foi o deputado estadual ManoelCunha “Souza”, que nada conseguiu à fren-te daquela instituição e agora coloca nova-mente o seu braço direito e primo, o prefeitode Tibau, Josinaldo Marcos (Naldinho), pa-ra presidir a associação que assim continuano seu comando. “Souza” agora com manda-to poderá dá o suporte que Naldinho preci-sa e fazer algo para que a associação saia dozero que na sua gestão não conseguiu. O de-putado tem essa responsabilidade de con-tribuir para o desenvolvimento da sua região.Aguardemos as ações!

A DECEPÇÃO DO POVO BRASILEIROO início do segundo governo Dilma Rousseff (PT) não tem sido muito generoso com

a população brasileira. Enterrado em escândalos de corrupção que o prejuízo já ultra-passa os oitenta bilhões de reais aos cofres públicos, o governo do PT cobra essa contade quem nada tem a ver com a situação, ou seja, o povo.

Por esse motivo, o país começa a dar sinais negativos deixando transparecer nasações governamentais que a coisa não está boa e o aperto é grande, gerando conse-quências graves para o bolso da população, principalmente para os mais pobres quetêm dificuldade de se manter empregado ou com algum tipo de renda.

O certo é que o governo Dilma está forçando o povo a pagar uma conta que não é dele.E isso tem sido o grande dilema, já que a presidente vê sua popularidade despencar e atéo movimento pró-impeachment sendo formado, embora ainda com pouca força.

O momento é delicado para o governo e para o Brasil, a falta de recurso é eminentee a decisão tomada para reduzirem essa ausência só tem penalizado a população taiscomo aumento de gasolina, aumento de energia, redução dos investimentos, reduçãode direitos trabalhistas, aumento dos alimentos etc, isso tem deixado muita gente emsituação difícil em virtude de mexer em toda cadeia econômica produtiva e afetar di-retamente o salário do trabalhador de todas as classes.

Por isso, a decepção do povo brasileiro para com esse governo ser grande. O povo estáse sentindo traído por promessas de campanha não cumpridas e ainda por cima está ten-do que amargar um pacote de medidas que só que praticamente só dificulta as suas vidas.Assim, o Partido dos Trabalhadores vai perdendo sua essência e se tornando igual ou pi-or do que os demais, sem dó nem piedade daqueles que ajudaram a construí-lo como tam-bém dos seus admiradores e partidários. Infelizmente, o PT marcha para um caminhomuito negativo que pode trazer sérias consequências para o seu futuro. Anotem!

[email protected] Carlos

do InteriorNotícias

A governadora Rosalba Ciar-lini saiu do governo sem ter no seucurriculum nenhum envolvi-mento em escândalo e em nadaque desabone sua conduta comogestora. Rosalba e seu esposo Car-los Augusto, inclusive, cance-laram a tal inspeção veicular quevinha sendo realizado pelo em-presário delator George Olímpiono governo anterior. Um ato decoragem da ex-governadora quenão aceitou que seu governotivesse esse tipo de barganha.

FALTA O JULGAMENTOA ex-governadora Rosalba Ciarli-

ni, mesmo tendo uma decisãomonocrática a condenando em proces-so e a deixando inelegível por oito anos,pode perfeitamente recorrer ao plenoe conseguir reverter sua situação. Is-so, inclusive, pode acontecer tambémcom o ex-deputado federal BetinhoRosado, ou seja, a Rosa ainda não es-tá fora de qualquer disputa política atéque o julgamento final seja realizado.Essa é a situação de momento. Por-tanto, é aguardar para poder fazerqualquer análise sobre a políticamossoroense em 2016.

E AS CIRURGIAS?As cirurgias de câncer se acumulam

por vários meses, formando uma filade mais de 300 pessoas, agora o hospi-tal quase fecha e tudo passa desperce-bido e nada é feito. Enquanto isso,sofrem os pacientes e milhares de pes-soas das famílias que são obrigados aver o sofrimento de seus entes queridos,muitas vezes até a morte chegar e na-da poderem fazer. Tudo por falta de com-promisso das pessoas que deveriam daro suporte mínimo que era repassar odinheiro que vem do SUS enviado peloGoverno Federal. Lastimável mesmo.

ATO

DE CO

RAGE

M

Dr. Cure Medeiros, figura da semanaque gritou para salvar o Hospital do

Câncer do fechamento

VERGONHOSOEssa semana, se o dr. Cure Medeiros

não tivesse gritado e aberto para a im-prensa que o Hospital do Câncer estavacom mais de três milhões de reais parareceber da prefeitura e do governo do es-tado e por isso iria fechar as portas, na-da seria feito para impedir um verdadeiromassacre na saúde de Mossoró. Depoisdisso tanto a prefeitura quanto o gover-no do estado se comprometeram a pagara dívida. Uma vergonha para uma cidadedo nosso porte. Mossoró está ficando pe-quena diante de tantos problemas quesão colocados para debaixo do tapete enenhuma autoridade faz nada. Cadê oMinistério Público?

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Verso e ProsaSAIA QUE EU QUERO PASSAR...

O povo é quem diz na ruaO meu programa é o deleMeu locutor é aquele Que traz a notícia cruaE que faz verso pra LuaAqui e em qualquer lugarE o povo a acompanharO meu verso inteligenteSe não sabe andar na frenteSaia que eu quero passar.

Sou um poeta trovadorLalauzinho é o meu nomeVi muito gado com fomeNa Linha do EquadorSou metido a aboiadorE quando pego a aboiarO peixe pula do marE catraca da correnteSe não sabe andar na frenteSaia que eu quero passar.

Só mesmo Barack ObamaQue carrega a minha corSe fosse um locutorDisputava o meu programaSei que o barro vem da lamaO peixe vem lá do marO canto vem do sabiáE o veneno da serpenteSe não sabe andar na frenteSaia que eu quero passar

(lalauzinhodelalau.blogs-pot.com.br)

[email protected] Júnior

VaqueiroClube do

A CaipiraQuer comer galinha caipira? É só me ligar e fazer sua encomenda pelo telefone

9964-3833. Vendemos galinhas vivas e abatidas.

Rancho Azevedo A vaquejada de Monte Alegre começou na última sexta-feira (27) pontualmente às

6h com os vaqueiros profissionais. À tarde, a pista de competição foi aberta para osvaqueiros amadores e aspirantes. Hoje, tem disputa de todas as categorias, começan-do com amador. Serão distribuídos R$ 300 mil em prêmios. Vaquejada show.

Circuito dos AmigosNo dia 2 de maio, começará o Circuito dos Amigos 2015 no Parque Beltran Duarte,

em Mossoró. Circuito que traz várias novidades. O dobro de etapas e aberto a toda avaqueirama. 1º lugar R$ 2.000,00, de 2º ao sexto R$ 800,00, todos acompanhados detroféus. 2ª Circuito dos Amigos, Será show.

Cidades8 Domingo, 1º de março de 2015 www.omossoroense.com.br

Potro do Futuro Agreste LeilõesTodos os caminhos levam os fãs do es-

porte que mais cresce no Brasil para o ser-tão pernambucano. Dia 12 de março acon-tecerá o Potro do Futuro Agreste Leilões,que agita o Parque Rufina Borba, na ci-dade de Bezerros. A organização garanteuma boiada de primeira e estrutura dife-renciada com a inauguração da nova pis-ta do Parque Rufina Borba. Premiação to-tal de R$ 25 mil para os vencedores da com-petição e plantel com animais de primei-ra. O 1º lugar da disputa leva para casaR$ 10 mil, o 2º R$ 7.500 e o 3º ou do 3º ao5º lugar R$ 7.500.

Vaquejada do Parque Ivandro Cunha Lima Atenção, fãs do esporte! A 21ª Vaqueja-

da do Parque Ivandro Cunha Lima, na ci-dade de Campina Grande (PB), prometefortes emoções para a vaqueirama entre osdias 5 e 8 de março. Os competidores dis-putarão R$ 150 mil em prêmios. Trata-seda etapa do Circuito Paraibano de Vaque-jada 2015. Na categoria Profissional, o pri-meiro colocado leva pra casa R$ 20 mil. En-quanto isso, o vencedor da categoria Ama-dor fica com R$ 10 mil. Já o campeão dacategoria Aspirante vai abocanhar R$ 3mil. Portanto, a disputa vai pegar fogo!

3º Leilão Haras BonSucessoO remate promovido por Sérgio Miran-

da tem um grande diferencial: todos os 46lotes são de criação do Haras BonSucesso.Obstinado em fazer do seu plantel um dosmelhores do país em reserva genética deVaquejada e Trabalho, o criador põe à ven-da, no dia 27 de março, 46 lotes. O garanhãoque dá nome ao leilão conquistou o Brasilna temporada 2011, montado pelo vaquei-ro Neco Menezes. Durante o leilão, 14 fi-lhos do Special Silver AD serão ofertadosaos criadores de todo o país. O Canal doBoi fará a transmissão ao vivo a partir das16h da sexta-feira, 27 de março.

Campeões Circuito Assovarn: Caio Fernandes, Fernando Filho (campeões Amador), Lucas Miranda e Raphael do Leite (campeões Aspirante)

Interino: Adriano Ronald Gonçalves

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Mais querida,a colunista

LiegeBarbalho,

aniversariantedo dia,

comemorandocom os amigosEdmilson Alvese Nalva Lopes

Competência: Abelardo Filho, prefeitode Alto do Rodrigues, levando a sua

mensagem anual à Câmara Municipal

a crista da ondaLocalizada no litoral norte potiguar, Galinhos é um dos cartões-postais mais encantadores do Rio Grande do Norte. O cenário do mar, do rio, das dunas e do farol

torna a magia do local ainda mais atraente. A praia sedia até hoje o Circuito Petrobrasde Vela.

[email protected]

Almeida

N

IniciativaEsporte, saúde e educação am-

biental são as propostas do even-to que reunirá crianças, jovens,pescadores,moradores e visitantes.Dentro da programação, estão asapresentações dos programas daPetrobras, que são realizados nasregiões participantes do Circuito.

MerecemosA presidente do Lions Macau,

Cal. Terezinha Menezes, apresen-tou o balaço financeiro do Baile daSaudade,promovido pelo clube naprimeira semana de fevereiro. Osassociados tiveram acesso a umaplanilha com receita e despesas dafesta. Em seguida foi aberta a pa-lavra aos companheiros para apre-sentar sugestões para a destina-ção da renda que superou os 32mil reais.

SustentávelQue somos fãs da Natura, isso

não é novidade alguma. Mas ago-ra estamos apaixonados pela líderdo setor de cosméticos,uma das pre-cursoras na indústria da perfumarianacional.Em um novo passo,a Natu-ra acaba de lançar as primeiras em-balagens para a perfumaria feitascom vidro reciclado pós-consumo. Aempresa é pioneira no Brasil aousar o material em uma das formasmais nobres do vidro: o frasco deuma fragrância. Os primeiros fras-cos contêm em média 20% de suamassa constituída por vidro reci-clado pós-consumo. Aplaudimos!

Cidades 9www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Maré baixaApós liderar o topo dos municípios

em arrecadação de royalties, Macauperde mais de R$ 1 milhão no mês defevereiro, ficando na 4ª posição dos mu-nicípios que recebem o repasse da ANP– Agência Nacional de Petróleo, GásNatural e Bicombustíveis, segundo bo-letim divulgado pela própria ANP.

Mais do mesmoO município de Serra do Mel assu-

miu a liderança dos municípios querecebem royalties, ficando com ummontante de R$ 4.601.906,56, após oprefeito Fabinho conseguir reverteruma decisão que vinha há anos pena-lizando o município.

Corta-fitasNa última sexta-feira, 27, Macau

ganhou a loja Schalk , grife masculi-na e feminina que é referência em qua-lidade e sofisticação em seus produ-tos de vestuário, com coleções queacompanham o mundo da moda em to-do o globo terrestre. O empreendimen-to é chancelado pelo empresário Die-go Silva.

CompromissoA queda nos últimos meses na ar-

recadação do município de Macau foimotivo de planejamento por parte doexecutivo macauense. O prefeitoKerginaldo Pinto tratou de tranquili-zar os funcionários públicos e princi-palmente os projetos em andamento nomunicípio, graças ao planejamento eo compromisso da gestão.

Juliano Bezerra comemorando com sua musa, a enfermeira

Luciana, mais uma primavera

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DestaquesCosta Branca Reunidos a convite do depu-

tado estadual Manoel CunhaNeto, "Souza Neto" (PHS), pre-feitos da região aprovaram areativação da Associação dosMunicípios do Polo Costa Bran-ca. O encontro aconteceu dia 21,no auditório do Hotel Vitória,em Mossoró. No ato, o prefeitode Tibau, Josinaldo Marcos deSouza, "Naldinho" (PSD), foieleito presidente da associação,tendo como vice-presidente aprefeita de Areia Branca, Lua-na Bruno (PMDB); segundovice-presidente, o prefeito deSerra do Mel, Fábio Bezerra deOliveira, "Fabinho" (PMDB); esecretário executivo, o prefeitode Grossos, José Maurício Filho,

"Mauricinho" (PMDB).

Câmara Municipal O presidente da Câmara Mu-

nicipal de Areia Branca, Fran-cisco José de Souza Neto, "Neti-nho Cunha" (PSB), anuncia pa-ra terça-feira, 3, o início do calen-dário de sessões ordinárias re-ferente a 2015. Ao todo serão 45sessões ordinárias no decorrer doano. As reuniões dos vereadoresareia-branquenses acontecem asterças e quintas-feiras, no horá-rio regimental das 9h.

Ano letivo A Prefeitura de Areia Branca,

por meio da Secretaria Munici-pal de Educação, confirma paraesta segunda-feira, 2, o início do

ano letivo de 2015 na rede mu-nicipal de ensino. Buscando pro-porcionar mais comodidade aospais, este ano a prefeita LuanaBruno (PMDB) ofertará o far-damento para o alunado até o no-no ano. Com o aumento do núme-ro de alunos matriculados nas es-colas do município, a gestora ado-tou medidas no sentido de nãodeixar nenhuma criança em ida-de escolar fora da sala de aula.

Técnico em CooperativismoA Estação Digital Areia Bran-

ca está com inscrições abertaspara preenchimento de 34 vagasno curso Técnico em Cooperati-vismo, por meio de processo se-letivo simplificado. O curso é na

modalidade subsequente oferta-do à distância pela Escola Agrí-cola de Jundiaí (EAJ)/Univer-sidade Federal do Rio Grande doNorte (UFRN). As inscrições vãoaté o dia 13 de março nos horá-rios das 8h às 12h e das 14h às17h30 na Estação Digital AreiaBranca, situada à avenida De-putado Manoel Avelino, 211,Centro. Não há cobrança de ta-xa de inscrição.

Cadastro rural A Unidade Municipal de Ca-

dastro, que funciona na Secre-taria Municipal de Agriculturae Pesca já realizando o cadas-tramento dos proprietários deimóveis no município no Certi-

ficado de Cadastro de ImóveisRurais (CCIR). O fornecimentodo documento é uma parceriacom o Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária (In-cra).

Cursos para aquaviários O Centro de Ensino Maríti-

mo (Cenmar) está com inscri-ções abertas para a segundaturma do curso de formação deMoço de Máquinas, Moço deConvés, Marinheiro de Máqui-nas e Marinheiro de Convés. Asaulas iniciam imediatamenteapós a formação da turma. Maisinformações os interessados po-dem entrar em contato com Re-charlis Vale, ligando para (84)8707-4916.

Cidades10 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Festa coletivaInovando, o presidente da

Câmara Municipal de AreiaBranca, "Netinho Cunha", deci-

diu que agora os aniversáriosdo mês serão comemorados to-dos num único dia. Em feverei-

ro rasgaram folhinha com direi-to a festa no último dia 27, o

servidor Paulo Gomes (dia 1º),vereador Alderi Batista (dia 5),servidor Mairlon Mello (dia 6),

vereadores João Paulo Borja(dia 10) e "Tonho da Cohab"

(dia 28) e o assistente de plená-rio Raimundo Nonato (dia 28).

[email protected]

OliveiraLucianoAreia Branca

Ação social Secretária de Assistência Social, Verônica Pe-

drosa definiu o cronograma de trabalho da pastapara 2015, dando ênfase aos programas sociaisdirecionados a milhares de pessoas, priorizandoas famílias de baixa renda. Verônica se diz moti-vada com as boas perspectivas da atual gestão pa-ra o ano em curso.

SERVIDORES EM ALTADurante reunião com representantes do Sindicato

dos Servidores e sua assessoria jurídica, a prefeita Lua-na Bruno oficializou a concessão de reajuste de 13,01%do piso nacional dos professores, disse que até o dia 20deste mês divulgará o calendário anual de pagamen-to dos servidores e que enviará à Câmara Municipalprojeto de lei que regulamenta a Guarda Municipal.

Polo atuneiro Proposta do deputado estadual Souza Neto (PHS),

o município de Areia Branca poderá se transformarem um polo atuneiro. O parlamentar defende que ainstalação do polo nesta cidade, que produz anual-mente 10 mil toneladas de atum, será importantenão só para o município, mas também para o RioGrande do Norte.

Nova diretora Desde o dia 14 de fevereiro Sirley Azevedo é a no-

va diretora do Hospital Sara Kubitschek e Mater-nidade Dr. Willon Alves Cabral. Competente e bemrelacionada com os profissionais da saúde, Sirleyempreendeu uma sistemática de trabalho que jácomeça a apresentar resultados positivos. A saúdepública municipal agradece.

Expediente bancário Por determinação do Banco Central, a partir

de 30 de março o horário de funcionamento daagência Banco do Brasil de Areia Branca será oseguinte: atendimento externo (ao público) das10h às 15h; atendimento interno, das 8h às 18h.

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CLÁUDIO PALHETA JR Repórter de cultura

Não faz muito tempo que discosde vinil (long-plays ou LPs) e Com-pact Discs (CDs) eram artigos ex-tremamente comuns na casa de to-dos os brasileiros. Não era estranhover estantes abarrotadas com as mí-dias. Hoje, porém, com o advento dainternet, CDs e LPs já viraram, emsua maioria, artigos de coleciona-dor, muitas vezes comercializadosa altos valores.

Colecionar e música são dois dosprincipais hobbies do servidor pú-blico Ricardo Alves, um aficionadopela 1ª arte que possui mais decinco mil CDs, dois mil LPs, alémde uma biblioteca com cerca de300 títulos voltados para a históriade grandes artistas e dos principaisgêneros musicais que compõem amúsica popular brasileira.

“Eu fui criado na cidade de BeloHorizonte (MG), e minha casa sem-pre foi permeada por boa música,graças à influência dos meus pais.Comecei a trabalhar aos12 anos deidade e todo o meu dinheiro era des-tinado à compra de discos de vinil.Ainda na juventude eu já haviamontado uma boa coleção dos maisdiversos cantores”, comenta Ricar-do, mostrando a coletânea “Histó-ria da música popular brasileira”,composta por 75 discos e compra-da por ele antes dos 18 anos.

O servidor, que nas horas vagastambém ataca como radialista, co-menta que com o passar dos anos foicriando amizade com vendedoresde lojas de discos, que contribuírammuito para o crescimento de suacoleção. Ele explica que o hobbie

de assistir shows (só de artistas na-cionais, já são mais de 300) lhe apre-sentou novos nomes na música bra-sileira, que hoje tem seus espaçoscativos na estante de discos.

“Minha artista favorita na infân-cia e juventude foi Dalva de Olivei-ra, por quem ainda sou apaixona-do. Gosto muito também de Elis Re-gina, Gonzaguinha, Cida Moreira,Elza Soares e Gal Costa. Mas nadase compara a Maria Bethânia e Ney

Matogrosso, ar-tistas que

possuo ab-soluta-

m e n t etudo quefoi publicadoem LP, CD EDVD”, afirmaRicardo, mostran-do um CD exclusivoda cantora baiana,com tiragem de apenas 500 cópiase valor estimado em cerca de 5 milreais.

INTERNET E POPULARIZAÇÃO DE CDsRicardo comenta que a internet

tem sido uma importante aliadana manutenção de sua coleção.

“Através da rede eu baixo os artis-tas e escuto os trabalhos, aquelesque eu mais gosto eu compro osCDs ou DVDs, tambématravés da internet, emsites especializados,através de ferra-mentas de comprae venda de usa-dos”, explica.

De acordocom Ricardo,o CD hoje jánão é um ar-tigo tão ca-ro quantoera an-t i -

ga-m e n t e ,

mas a qualidadedos trabalhos dis-ponibilizados a ní-

vel comercial tambémcaiu muito. Segundo oservidor, que compraentre 30 e 50 CDspor mês, os princi-pais trabalhos damúsica popularbrasileira, quesão feitos commaior cuida-do e prepa-ro, em ge-ral conti-nuam aum preçomais ele-vado.

Ricardo Alves possui mais de 5 mil CDs, 2 mil LPs e 300 livros sobre a MPB

ColeçãoA paixão de um colecionador pelas

pérolas da Música Popular Brasileira

A paixão de RicardoAlves pela música po-pular brasileira vai ga-nhar as ondas sonorasda FM 93 Resistência.A rádio deve estrear nopróximo mês o progra-ma “Canção em doistempos”, apresentadopor Ricardo, e que fará

um resgate da históriada MPB e apresentaráos novos nomes do gêne-ro, pouco conhecidos pe-lo grande público.

“Eu já apresenteiprogramas de rádio naextinta “Sal da Terra”,na rádio comunitáriaAnatália de Mello Al-

ves, e por seis anos nauniversitária da Uern,sempre fazendo esteresgate da MPB. O pro-grama é focado na his-tória de um grande ar-tista, apresentamos u-mas músicas e um pou-co de sua biografia, epor fim, algumas de

suas canções interpre-tadas na voz de novoscantores”, explica Ri-cardo.

De acordo com ele,alguns compositores se-rão figuras carimbadasno espaço. “Chico Buar-que, Chico César, Pau-lo Vanzolini, Milton

Nascimento, Zeca Ba-leiro, Nelson Cavaqui-nho, Lucas Santana,Paulinho da Viola, NoelRosa e tantos outroscertamente estarãopresentes em nossa pro-gramação”, afirmou.

O programa seráapresentado ao domin-

gos, no horário das 21hà meia-noite, e abriráespaço para a músicapotiguar. “Traremosnomes regionais quetêm se destacado e fei-to belos álbuns, como ascantoras natalenses LizRosa e Valéria Olivei-ra”, concluiu.

“Júnior Pirata” faladas suas memórias, daMossoró do seu tempo

e dos seus “causos”.

“Canção em dois tempos” será novidade cultural da FM 93

UNIVERSOMOSSORÓ-RN - DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

PÁGINA 4

ENTREVISTA

Cacau

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cabeça estáfervilhando.Depois de mui-to tempo ar-

ranchado sob o mesmoteto, sinto que é chega-da a hora de tomar ou-tros rumos.

A choupana que meabriga já não abriga di-reito as minhas neces-sidades e não se vive so-mente de amor, não sevive somente de causas,não se vive de sonhos.

Mesmo relutante, jácogito a possibilidade depegar a estrada depoisde tanto tempo planta-do no mesmo chão. Be-bendo da mesma água,acompanhando o cres-cer de cada rua. Se forpreciso, lamentarei pro-fundamente, mas tereique ir.

Se for preciso, so-

mente se for preciso,ajuntarei todos os ensi-namentos, todos os sen-timentos e, juntamente

com um balaio de sau-dades, colocarei numsaco e rumarei para ou-tros mares, onde haja o

peixe para a sobrevi-vência digna minha edos meus.

Esta ainda não é uma

canção de despedida,mas é preciso ser pruden-te em determinadas si-tuações. Já não tenho osvinte e poucos anos queeu tinha quando aquiaportei meus sonhos.

Se eu for, acho que es-crevi páginas interes-santes, deixarei algumlegado, fiz o meu papelcomo bom estrangeiroque sou.

Conheci a noite, es-carafunchei todas asruas, dormi nos bares,conheci os boêmios, ser-vi cachaça aos bêbados,amei, sofri, mas se eufor, fui feliz.

Calma, esta aindanão é uma carta de des-pedida, mas ou as coisastomam um novo rumoou tomo eu. Não soumais menino, não tenhomais tempo a perder.

Et c

eter

a...

Poesia2 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

A partir desta semana,poetas que estejam interessa-dos em enviar poemas parao suplemento especial do DiaNacional da Poesia deste jor-nal, podem encaminhar pa-ra o meu e-mail. Todos osanos O Mossoroense tem si-do parceiro desta data.

A POEMA - Poetas e Prosa-dores completa 18 anos de ati-vidade. Nos últimos anos timi-damente, quer queira, quer não,a instituição é responsável portoda esta ebulição poética que ho-je se testemunha na cidade.

Cefas Carvalho lançarána próxima quarta-feira (4)o romance “Carla Lescaut”,na Livraria Nobel da Salga-do Filho, em Natal, a partirdas 18 horas. O livro foi umdos contemplados do ProjetoRota Batida IV. Um dos me-lhores do concurso.

Muito louvável a ideia de reu-nir as telas do saudoso tatua-dor e artista plástico Chicão emuma exposição em Natal e Mos-soró. Uma linda forma de per-petuar a memória deste jovemque tão covardemente foi tiradodo seu meio e dos que o amavam.

RECITANDA

A

[email protected]

Caio Novos rumos

POESIAJosé AugustoMossoró-RN

Pra mim poesia é O cheiro do bom café,

O canto do MenestrelSem caneta, sem papel.

É a lida de seu Zé Que não perde sua fé Empurrando um carrossel

De sonhos, conto e cordel.

É aquele pensamento Em que nasce a cantoria Na pisada de Maria.

É a visita do vento No pingo do meio-diaNum dia de poesia.

ENÓLOGOCefas Carvalho(Natal/RN)

De vinhos, sei do taninoE da embriaguezNada sei de sermões,de leis, missais...Sei dos vãos abissaisdas fendas nas rochasDas erosões e dos coraisDe vinhos, sei das garrafasQue aprisionam devaneiosSei de umbraisDe obsessõese de receios

Nos entremeios,Pisoteio as uvasE nada mais

SERTÃO ENCANTADOEmmanuel Arruda(Princesa Isabel/PB)

No céu azul brilhante desse sertão elevadoGarças deslizam e são seus anjos celestesCom vaqueiros divinos protegem o NordesteCavaleiros que reinam o império ensolarado

Existem onças aladas com seu bote armadoSeus dentes afiados espanta cabra da pestePodendo varar toda armadura que ele vesteAo abrir suas asas com seu brilho dourado

Oração e reza forte feita com um terço azulEssa casa-castelo fica por dentro protegidaEm cima do telhado sua gárdula é um urubu

Carniceiro a espantar toda praga proferidaComo velho bode rei se alimenta do umbuDa árvore encantada que renova e dá vida.

PECADO CARNALClauder ArcanjoMossoró-RN

Se da tua carne,Eu surgi, paizinho Lourenço,Meu avô paterno,Pequei por omissão.Não te consolei,Quando te vi prostrado,Mijado e cabisbaixo;E eu, junto a ti,Calado, omissoE incomodado, masSem nada dizer por ti.Como da tua carne,Eu advim, paizinho,Sofro, até hoje,Com tão pecado carnal.

...* Ângela Rodrigues GurgelMossoró-RN

E, de repente este nóPreso na gargantaQue não desce pelos olhosNem escapa em palavras - Desencanto!

SER POETA DE VERDADEÉ SER FAZEDOR DE VERSOCaio César Muniz(Mossoró/RN)

Não tenho a felicidadeDe rimar pro povo verDe repente, pra dizer,SER POETA DE VERDADEPra falar sobre saudade,Pra dizer do universo,Fico o dia inteiro imersoInvejando o cantadorEsta arte sim, doutor,É SER FAZEDOR DE VERSO.

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omeça na próximaquarta-feira (4) emNatal a exposição

"PS. Chicão, Traços e Co-res" reunindo 19 telas dotatuador e artista plásti-co Francisco de Assis daCosta, mais conhecido co-mo “Chicão Tatoo”, víti-ma de assassinato emMossoró em novembro doano passado.

A exposição acontece-rá na Galeria Surto Cul-tural, no bairro de Pon-ta Negra, e permanece-rá até o dia 14. A partirdo dia 18 até 22 de mar-ço a exposição estará dis-ponível para o públicomossoroense no PartageShopping.

Segundo os organiza-dores, amigos e familia-

res do artista, a exposi-ção foi um sonho queChicão almejava, masnão chegou a realizar:"Dentre os vários obje-tivos que ele não tevetempo de realizar em vi-da, estava o sonho de ex-por as suas telas. Pen-sando nisso, tomamos ainiciativa de realizar aexposição de suas obras,homenagem mais quejusta para alguém queamava moda, culturapop e fazia do mundo umgrande parque de diver-são".

A exposição será com-posta por três catego-rias: "Old School" comdez telas da fase "inocen-te" do artista, como fri-sam os amigos. "Tatua-

gem", apresenta quatrotelas com os traços maiscaracterísticos da arteda pintura em pele e es-tilo de rua. E "Fantasia"remete aos trabalhosmais abstratos de Chi-cão: "São cinco telas, o es-tilo mais lúdico, imagi-nário e obscuro do artis-ta é evidenciado. Se per-cebe uma técnica maisorgânica", informa os or-ganizadores.

O QUÊ: Exposição "PS.Chicão, Traços e Cores"Quando: De 4 a 14 de marçoOnde: Surto CulturalGaleria - Av. Praia dePirangi 2262, Ponta Ne-gra - Natal/RN

Variedades 3www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Geraldo [email protected]

manhã, 2 de mar-ço de 2015, o Colé-gio Diocesano San-

ta Luzia completa 114anos de atividades. É umadata importante não sópara a cidade de Mossorócomo também para todoo Rio Grande do Norte, jáque pelos bancos do San-ta Luzia passaram diver-sas personalidades queatuaram e atuam nosinúmeros campos do co-nhecimento humano.

A ideia da fundação doColégio Diocesano SantaLuzia surgiu quando da1ª visita pastoral do Bis-po Dom Adauto Auréliode Miranda Henriques,em 30 de janeiro de 1900.Durante o tempo que du-rou a visita, Dom Adauto,em conversa com os pa-roquianos, sentiu que amaior aspiração do povomossoroense era a criaçãode uma "casa de educaçãomoldada nos princípiosevangélicos". Foi pensan-do em atender a essa ne-cessidade que o bispo reu-niu os cidadãos de maior

projeção da cidade paradiscutir a possibilidadeda instalação de um edu-candário, já no ano se-guinte, que preenchesseos requisitos mais indis-pensáveis à formação in-telectual dos jovens, den-tro dos princípios cris-tãos. Aceita a ideia dacriação do educandário,os presentes se compro-meteram a adquirir pré-dio e mobiliário que seadaptasse a tal fim. Pa-ra tanto, foi compostauma comissão formadapor: Cel. Miguel Faustinodo Monte, comerciante;Dr. João Dionísio Filguei-ra, Juiz de Direito da Co-marca e o Dr. FranciscoPinheiro de Almeida Cas-tro, médico e político. Semperda de tempo, a comis-são angariou, junto a to-das as classes sociais, osrecursos necessário paraa aquisição de cinco casas,na rua 30 de Setembro,hoje rua Dix-sept Rosado,onde se localiza atual-mente a Agência Centraldo Banco do Brasil.

No dia 22 de fevereirode 1901 chegou a essa ci-dade o Cônego Estevão Jo-sé Dantas, para em nomede S. Excia. Revma. o Sr.Bispo Diocesano, fundar

e dirigir um colégio de ins-trução primária e secun-dária. Foi assim que em2 de março de 1901, numdia de sábado, às doze ho-ras, no prédio onde deve-ria funcionar o colégio, sereuniram autoridades ecidadãos mossoroenses,sob a presidência do Reve-rendíssimo Cônego Este-vão José Dantas, para ofi-cializar o ato de fundaçãodo estabelecimento de en-

sino, que passaria a sechamar: "Collegio Dioce-sano de Sancta Luzia deMossoró", conforme cons-ta na Ata de instalação docolégio.

Em princípios de outu-bro de 1901, foi iniciadaa construção de um novoedifício, no mesmo localdas velhas casas, paraatender as necessidadescrescentes de um colégioque abrigava não só alu-nos de Mossoró, comotambém de comunidadesvizinhas que entregavama educação de seus filhosaos cuidados do CônegoEstevão Dantas.

O jornal "O Mossoroen-se" em seu nº 86 de 30 denovembro de 1905, comen-tava o encerramento da-quele ano letivo com as se-guintes palavras: “A 25 docorrente fechou o ciclo deseu primeiro lustro letivoo Colégio Diocesano quenesta cidade funciona soba invocação de Santa Lu-zia e obedece à competen-te direção do respeitávelSenhor Cônego EstevãoJosé Dantas. Três são ospoderosos fatores a queMossoró deve este impor-tante instituto de educa-ção e instrução que tão re-levantes serviços vai pres-tando à mocidade deste edos Estados vizinhos: àbem inspirada iniciativado Exmo. Sr. Bispo DomAdauto e o concurso gene-roso e franco da populaçãoabastada desta cidade deum lado e a ação decidida,perseverante e orientadado Cônego Estevão Dan-tas, de outro, a quem, emboa hora, fora confiada amelindrosa e pesada tare-fa da fundação e direção do

estabelecimento, desde aconstrução do edifício atéà completa organizaçãotécnica do instituto. Gran-des foram as dificuldadesa superar no desempenhodessa tarefa utilitária, asquais longe de entibiarem,ao contrário, foram outrostantos incitamentos aosresolutos desígnios do ope-roso paladino da nobreideia em ação”.

O Cônego Estevão per-maneceu na direção doColégio Diocesano SantaLuzia desde a sua funda-ção em 2 de março de 1901até 17 de fevereiro de1907, quando solicitouafastamento para trata-mento de saúde. Já haviacumprido sua missão:plantou a semente de umeducandário que há 114anos vem prestando re-levantes serviços ao po-vo de Mossoró, conservan-do o mesmo pensamentoque é o de dotar os jovensde conhecimentos indis-pensáveis à formação in-telectual, dentro dos prin-cípios cristãos.

Colégio Diocesano Santa Luzia - 114 anos de fundaçãoA

Tatuador e artista plástico foi vítima deassassinato em novembro do ano passado

C

Grupo organiza exposição"PS. Chicão, Traços e Cores"com telas de Chicão Tatoo

HomenagemDivulgação

Page 22: Mossoró - RN, 1º de março de 2015 - Nº 16.885 DOMINGO ...p.download.uol.com.br/omossoroense/mudanca/pics/pdf/EDICAO_010315.pdfO MOSSOROENSE E NTREVISTA Mossoró - RN, 1º de março

O Mossoroense:“Júnior Pirata”, den-tre suas muitas face-tas, você foi despor-tista, jogador e trei-nador de times ven-cedores em Mossoróno voleibol. Nos faleum pouco desta his-tória.

Alcides Andrade:Realmente, fui de tudoum pouco. Joguei volei-bol até os 40 anos, quan-do ainda tinha 76 quilos,após essa idade as cirur-gias de joelho e calca-nhar me impediram decontinuar e para não fi-car sem fazer nada, re-solvi comer e beber. Au-mentei uns quilinhos, éclaro. Inicialmente, meformei em Educação Fí-sica e logo após ingres-sar na faculdade passeia lecionar no ColégioDom Bosco, isso no anode 1976. Fui campeãodos Jogos Escolares, danossa regional, por in-contáveis vezes, inclusi-ve, sendo campeão doEstado. Fui campeão,também como jogador,em Natal, pelo JiquiCountry Club, joguei emBrasília, Fortaleza, ten-do sido campeão como jo-gador e treinador de vo-leibol, do estado do RN.Joguei ainda, em nívelde ensino médio, bas-quete, handebol e fute-bol. Além de nadar e re-mar. Também fui joga-dor do juvenil e chegueia jogar no profissional doBaraúnas. Enfim, umavida quase inteira de ati-vidades esportivas.

OM: Que lembran-ças têm da Mossoródo seu tempo?

AA: Difícil não fazeruma comparação com aMossoró da atualidade,que não diferencia emmuito do restante dopaís. Minhas lembran-ças alcançam aos anossessenta e setenta, épo-ca de minha infância eadolescência, época emque o país era dirigidopelos militares. Podía-mos dormir de portasabertas e andar desar-mados a qualquer horado dia ou da noite sem

ser importunado. Ficá-vamos nas praças pales-trando até altas horasda madrugada e nuncaapareceu um agente darepressão para nosmandar ir para casa oumuito menos saber o quefazíamos. Praticamen-te não havia crimes de

homicídio e quando ha-via isso nos deixavacompletamente perple-xos. Lembro-me aindaque na nossa casa de ve-raneio em Tibau, quan-do descíamos à praiadeixávamos a casa comas portas e janelas com-pletamente abertas. Is-so sem falar no aspectolúdico de cidade interio-rana. Havia um respei-to generalizado, todos serespeitavam, as pessoaseram respeitadas pelosimples fato de seremmais velhas, por seremprofessores, padres, po-liciais etc. Qualqueracontecimento ganhavauma importância gran-diosa. Concurso de mis-ses, jogos escolares, fes-tas em clubes, “A MaisBela Voz” e assim pordiante. A política parti-dária também tomavade paixão toda a popula-ção e a vida corria lentae suavemente. Pelo me-nos, para nós, jovens,que não tínhamos con-tas a pagar ou qualqueroutra preocupação, se-não, às de ordem ilusio-nária, que eram nossaspaixões platônicas pornossas colegas de esco-la. Ressalte-se que hou-ve uma grande valoriza-

ção do funcionalismopúblico por volta do anode 1976, quando melho-ramos ainda mais o nos-so poder de compra, umavez que meu pai era fun-cionário federal.

OM: E a veia humo-rística, vem desdequando?

AA:Desde sempre.Não me recordo sem es-sa faceta. Inicialmente,em casa, para logo após,colégios, faculdades e vi-da social, enfim. Desta-co, inclusive, uma pas-sagem ocorrida comigono colégio em que estu-dei em Brasília, quan-do no primeiro dia de au-la, os professores, procu-rando conhecer a turma,faziam a chamada e per-guntavam de onde o alu-no tinha vindo. Daí, quetodos respondiam quehaviam vindo do Mac-kenzie, em São Paulo,outro que tinha vindo deMassachusetts, nosUSA, outro do Sacre Curde Marie, no Rio de Ja-neiro e eu comecei a fi-car intrigado a ter quedizer que tinha vindo doDiocesano, de Mossoró.Daí, à medida que a cha-mada ia sendo executa-da eu ia aumentandominha ansiedade, aí,quando a professorachamou por meu nome eme perguntou de ondeeu tinha vindo, eu res-pondi, na cara de pau noprimeiro encontro comminha turma: DE CA-SA! Por causa disso, pas-sei a ser chamado deMossoró.

OM:Quanto tem deverdade e de mentiranos seus "causos"? Játeve problemas comalguém por conta dis-to?

AA: Mentira, nenhu-ma! Existe minha dra-maticidade, meu enfei-te, mas mentira, nenhu-ma. Tanto que mencio-no os protagonistas.Verdade, que, em al-guns poucos, para evitarconstrangimentos, etambém pela falta de in-timidade com esses pro-tagonistas, omito seus

nomes. Também, seriaperda de tempo, alguémse chatear comigo, só vaifazer mal a ele. Algumasindenizações, milioná-rias, talvez!

OM: A experiênciade passar isto para li-vro, como foi?

AA: Olha, isso foiguardado em minha me-mória ao longo de minhaexistência. Certa vez, ti-ve vontade de publicá-los e mostrei a um editorque me disse que nãoachou interessante, ale-gando que humor temque ser para que todosentendam e não só umaparte do público. Sendoo meu apenas regional,ele não achou interes-sante. Posteriormente,com o advento da inter-net, meu filho AndréSanta Rosa fez um blogpara que eu pudessepassar para as pessoasde nosso convívio meuscausos, e foi um suces-so inesperado. Toman-do conhecimento dessescausos, um amigo meperguntou se eu gosta-ria de publicar um livri-nho e que ele podia via-bilizar isso pela ColeçãoMossoroense. De início,fiquei um pouco surpre-so, pois não achava,nunca, que ia receberum convite desses. Me-temos a cara e lançamoso bicho, em grande esti-lo, no OBA Restauran-te, redundando num su-cesso absoluto para anossa surpresa.

OM:Vem livro no-vo por aí. O que espe-rar da nova obra?

AA: Acho que vai que-brar a premissa de queo primeiro sempre é me-lhor que o segundo. Des-ta feita, será mais apri-morado em relação àqualidade e contará coma possível participaçãodo grande chargistaLaércio Eugênio, artis-ta plástico renomado,que fará algumas ilus-trações com sua genia-lidade e criatividade.

OM:Vemos semprevocê opinando sobre

a política. Tem algu-ma pretensão nestesentido? Como vê omomento atual da po-lítica brasileira?

AA: Sou da famíliaEscóssia, entretanto,acho que já demos nos-sa contribuição. Não te-nho e nunca sequer pen-sei nisso, apesar de meualtruísmo. Gosto muitode poder ajudar, muitoembora tenha poucacondição financeira pa-ra tanto, mas, se quise-rem um conselho, umaopinião, estou às ordens.Gosto mesmo é de gozarcom os amigos, sem, noentanto, pretendermagoá-los.

OM: Em Mossoró,tivemos grandes per-das de nomes impor-tantes da política lo-cal na última eleição.Como você avalia es-te quadro?

AA: Perdemos mui-to com a não eleição depolíticos como Sandra,Larissa e Betinho Ro-sado. Avalio e reputoSandra como uma dasgrandes políticas dessepaís. Muito atuante edestemida. Portanto, fi-camos sem político depeso para defender nos-sos interesses.

OM:E o Direito, co-mo surgiu no seu ca-minho. Como vê aárea atualmente?

AA: O Direito surgiuem minha vida pelavontade de ajudar aspessoas. Acho que essaprofissão, como a deMagistério, que, inclu-sive, acumulo, são ver-dadeiros sacerdócios.Não se deveria exercê-las somente por dinhei-ro e destaque. Claro quedependemos de nossacondição financeira pa-ra manter nossa famí-lia. Talvez seja daí a ra-zão pela qual não tenhatido sucesso financeiro.Como frisei, anterior-mente, sou altruísta, enem espero que o clien-te peça um menor pre-ço, eu mesmo já vou pe-chinchando por ele eacabo por pedir quan-

tias irrisórias. Como tu-do na vida e na huma-nidade, as coisas vão seaprimorando a cadadia, e na área do Direi-to não poderia ser dife-rente. Essa juventudeque conclui a gradua-ção, atualmente, a cadadia é mais qualificada.Todavia, vejo com preo-cupação o número deprofissionais que vãosurgir a cada ano, umavez que nossa cidadedispõe de quatro facul-dades de Direito, jogan-do profissionais no mer-cado.

OM: Você temadentrado no meiocultural da cidade re-centemente. Partici-pou de defesas de ins-tituições como a Fun-dação Vingt-un Rosa-do. Tem sido um im-portante divulgadordo Sêbado. Como vo-cê avalia a cultura lo-cal atualmente?

AA: Seria leviano deminha parte avaliar acultura local somentepelo Sêbado, que é umgrande referencial dacultura local e onde tu-do transpira em proldesse fator tão impor-tante para qualquer po-vo. Mas, posso dizer que,como tudo, também temevoluído e muito, há al-guns anos Mossoró nãopossuía sequer um tea-tro no qual pudéssemosreceber um grande ar-tista ou uma grande pe-ça teatral. Entretanto,faço uma ressalva quan-to aos apoios e patrocí-nios culturais, que emnossa cidade pratica-mente inexistem. En-tendo que se deixamosse extinguir o que "já te-ve", certamente, perde-remos o referencial e aprópria história que é oque não nos deixa repe-tir os erros do passado.De modo, que não enten-do a ausência do poderpúblico municipal emdeterminadas ativida-des culturais como a Co-leção Mossoroense, tra-balho árduo de tantosbaluartes de nossa cul-tura.

“Gosto mesmo é de gozar com

os amigos, sem, noentanto, pretender

magoá-los.“

Alcides Andrade de Oliveira Júnior, também con-hecido como “Júnior Pirata”, é uma das figuras maisemblemáticas de Mossoró. Advogado, ex-atleta etreinador de times de voleibol na cidade, contadorde causos, ele nesta entrevista fala das suas facetase lembranças da Mossoró do seu tempo.

Alcides Andrade

Variedades4 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Por Caio César Muniz [email protected]

trev

ista

cedida

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Variedades 5www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Clauder [email protected]

oesia para mim é alumbramento, é motivo de êxtase,arroubo, clímax, gozo e encantamento; até quando elacanta, declama e proclama: o inútil, o império do ocasio-

nal ou o mais insignificante e vão momento.Poesia, para mim, não escolhe dia, lugar nem instante;

brota no lodo, no roçado, na praia, na montanha, no sertão ena beira de um acostamento; faz-se manjar de glória, bemcomo se apresenta no atrativo palco da memória ou no sótãoescuro do esquecimento. Não anuncia exclusivamente o bri-lho da vitória, nem tão só os feitos maiores do heroísmo; o-bra o milagre de encontrar ventura na saga de um roto men-digo, ou no triste fim da vida, ou na dor que pulsa e corrói,aparentemente sem a mínima valia.

Poesia não combina só com o reinado do sol, muito menossomente com o cheiro lúbrico da maresia. Já flagrei o seucoito com a prenhez da lua, com a manhã pesadamente nu-blada, sem citar o seu conluio com o pântano malcheiroso dealgumas tardes em que nos amasiamos com a infinita, des-mesurada, louca desdita e a infausta adversidade.

Poesia não se aprende no banco da escola, pois para oseu nascimento há que ter havido o mercurial parto-sangueda vida, o sentido da existência a roer o tutano dos seus os-sos e uma certa, bem certa, dose de alquímica vivência. Vi-vência que não significa anos, porém cativa e alerta sensi-bilidade. Sensibilidade a tudo o que nos cerca, enleva, a-trai e vitimiza.

Poesia, para mim, não é escrever em forma de versos. Is-to é até uma arte menor; outra coisa: rimar, por rimar não éo cerne da telúrica lírica. Poesia não é rabiscar no tapete dabeleza; muitas vezes, sempre desconfio, há mais poética nafeiúra do que na mais afoita e real beleza. Já fui surpreendi-do por uma estrofe que me tocou os nervos, no exato momen-to em que sujou os meus dedos de vidro com a porca borra,até então, não pressentida.

Na infância, eu encontrava poesia em casa, nos becos e narua; no bico e no ninho dos pássaros; no sacrário do alvorecer;

no discurso de alguns prosaicos bêbados de Licânia; no en-tardecer com a sua ruidosa algaravia do passaredo, que re-tornava para o sono nos encorpados e vetustos benjamins; nasinfonia dos incrédulos e desprezados pardais sempre festi-vos; no voo atávico e atabalhoado dos morcegos; no bojo do anoi-tecer com os seus medos e as suas sugestivas bruxarias; aténas conversas nas calçadas, onde as senhoras desfiavam a gra-ça da sina alheia, ao tempo em que se fiavam na proteção cas-tiça e imaculada da Virgem Maria; ou nos gestos lúbricos daanimália, a copularem quando da lida da minha província.Não sabia que aquilo tudo se "chamava" Poesia; contudo,pouco depois, ao flagrar o soneto "O Palhaço", de Padre Antô-nio Tomás:

Ontem viu-se-lhe em casa a esposa mortaE a filhinha mais nova tão doente!Hoje, o empresário vai bater-lhe à porta,Que a plateia o reclama impaciente.

Ao palco em breve surge... Pouco importaO seu pesar àquela estranha gente...E ao som das ovações que os ares corta,Trejeita, e canta, e ri nervosamente.

Aos aplausos da turba ele trabalhaPara esconder no manto em que se embuçaA cruciante angústia que o retalha,

No entanto a dor cruel mais se lhe aguçaE enquanto o lábio trêmulo gargalha,Dentro do peito o coração soluça.

Um soneto! - entusiasmei-me. Enquistado no bronze emplena praça pública da minha Sant'Anna. Pasmo, pergunteio que era aquilo; e o meu pai, sereno e bondoso, quase mesussurrou, melífluo, aos ouvidos: "Poesia, filho!". Dormi, na-

quela noite, com um misto de torpor e cândida primazia, sa-bendo que descobrira uma rica botija; botija que me traria oouro da palavra, encoberto com o fulgor da prata do verbomelodia.

Ainda bem jovem, conheci Patativa, Cecília, Bandeira,Drummond, e o caso ganhou foros de excelsa graça, benditae louca extasia. Nunca mais quis saber de ler a vida no com-passo do insosso, na dança do sensaborão, no bagaço insípi-do do desenxabido. Pouco tempo depois, já residindo em For-taleza, sou apresentado ao soneto "Contraste", de Padre An-tônio Tomás. Li e reli-o numa mescla de angústia, arrebata-mento e deleite:

Quando partimos no verdor dos anos,Da vida pela estrada florescente,As esperanças vão conosco à frente,E vão ficando atrás os desenganos.

Rindo e cantando, céleres e ufanos,Vamos marchando descuidosamente...Eis que chega a velhice de repente,Desfazendo ilusões, matando enganos.

Então nós enxergamos claramenteComo a existência é rápida e falaz,E vemos que sucede exatamente

O contrário dos tempos de rapaz:- Os desenganos vão conosco à frenteE as esperanças vão ficando atrás.

Enfim, caro leitor, Poesia, para mim, é, pura e simples-mente, o sal da vida. Ou, como melhor ensina o Conde de Ca-juais da Serra, o mestre François Silvestre: "A poesia é o salque afugenta a podridão". E tenho dito. Bom e poético do-mingo.

POESIA, PARA MIM, É...P

O cantor, composi-tor e violonista minei-

ro João Bosco, com40 anos de carreirae uma obra de gran-

de relevância paraa Música Popular

Brasileira, é atraçãoem show voz e violão do

projeto MPB Petrobrasno dia 7 de março, às

20h30, no Teatro Dix-huitRosado, em Mossoró.

Depois dem a i s

d e

40 anos de carreira e cen-tenas de músicas compos-tas com Aldir Blanc, for-mando uma das maioresduplas da história da mú-sica brasileira, João Bos-co chega ao CD, show e tur-nê homônimos "Não voupro céu, mas já não vivo nochão" que, apesar de nãoser explicitamente auto-biográfico, soa como es-pécie de síntese de suavida e carreira,além decon-

c i -l iar

g l o -r i o so

passa-do mu-sical do

a r t i s t acom um fu-

turo nãomenos pro-

missor.Do passa-

do, João retomasua histórica e mí-

tica parceria com AldirBlanc. Para o futuro, Joãoconfirma a excelência deseu mais recente parceiroconstante, o próprio filhoFrancisco Bosco, ensaísta,poeta e letrista que, de tãomão cheia, impossibilitaqualquer possível acusa-

ção denepo-t i s -m o .

O pró-p r i o

mestre Al-dir Blanc declarou

à imprensa recente-mente que o jovem Fran-cisco está mais maduro co-mo letrista do que ele pró-prio, Aldir, quando tinha aidade dele.

Assim, meio sem que-rer, no seu novo show, JoãoBosco repassa toda suatrajetória musical. Vê-lodesfiando seu amplo lequemusical em "Não vou procéu, mas já não vivo nochão" é, como o título indi-ca, voar pela própria histó-

ria singular da música bra-sileira.

Com ingressos a preçospopulares: R$ 40,00 (intei-ra) e R$ 20,00 (meia), oMPB Petrobras chega aMossoró para promover amúsica popular brasilei-ra nacional e local e demo-cratizar o acesso a espetá-culos de qualidade. Os in-gressos podem ser adqui-ridos na bilheteria do Tea-tro Dix-huit Rosado.

ATRAÇÃO LOCALSymara Tâmara uma

artista que passeia entreos campos da música e daliteratura. Com formaçãoacadêmica em Letras epós-graduada em Litera-tura, é autora de três livros- dois de poemas e um so-bre Clara Nunes -, alémde ser membro, como só-cia fundadora, da Acade-mia Feminina de Letras eArtes Mossoroense. Ela foia escolhida para fazer oshow de abertura de JoãoBosco.

Estrela da MPB vem a Mossoró com show "Não vou pro céu, mas já não vivo no chão"

Cantor e compositor João Bosco se apresenta no Dix-huit Rosado no próximo sábado

Música

Divulgaçaõ

A poesia é o sal que afugenta a podridão.(François Silvestre)

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oce encanto de mu-lher, articula formi-davelmente liberda-

de e grilhões como formade demonstrar altivez, so-nho, encantos, fantasias,sendo impossível passardespercebida devido atri-butos físicos e psicológicosque fazem-na ímpar na ex-pressão literal do termo,na singularidade absolu-ta que marca a grandezafeminina.

Altiva e irresoluta,rompe barreira buscandoafirmação negada ao gê-nero imemorialmente,tem a certeza que conquis-tas e vitórias são passos agalga-se talvez a médioprazo. Não mede distân-cia intuindo conquistar es-paços, objetivando novoshorizontes que perto, nãomuito longe, trazem con-sigo marcas de merecidavitória por lutas incansá-veis, travadas em prol decausa nobre, digna e hon-rada, como o próprio nomeque notabiliza de forma or-gulhosa sua existência.

Como chama flamejan-te, inebriou-me feitiço inau-dito lançado em forma decarinho compenetrado nagrandeza de seus princí-pios, no estoicismo que mar-ca sua bravura de mulher.

Impossível não render-se ao seu charme, ao seudestaque de mulher. Im-possível não ser fisgadopelo congregar absolutoda liberdade e dos grilhõesque a segue inexorável poronde passa, por onde an-da, na sua irretocável emarcante ênfase aos pre-ceitos inerentes à própriaevolução necessária aopróprio gênero humano.

Mulher, sem medo delutar, sem medo das pro-vações, dos desafios, dasintempéries que castigamos eleitos, pois é na essên-cia da própria intercala-ção da liberdade com osgrilhões que assume pos-tura firme e decidida afimde conquistar merecidodestaque entre bilhões decriaturas que habitam oplaneta terra.

Prostrado aos sus pés,escravizado diante de suabeleza descomunal, dian-te de sua capacidade ilimi-tada de amar e de contri-buir para o benefício dosseus semelhantes, pois do-tada de competência ím-par torna-se elo de frater-nidade, de paz e de com-preensão.

Liberdade e grilhões,não há como deixar-sesurpreender por gestos

magnânimos que fazemparte de sua notável ín-dole guerreira, marco ab-soluto de uma existênciaextraordinária que enri-quece galeria sagrada de-dicada às pessoas ex-traordinárias que trazemo signo da felicidade e daharmonia.

Segura e decidida, vis-lumbra educação e cultu-ra como molas propulso-ras de todo processo evo-lutivo, pois assim estaráde todas as formas imple-mentando marca indelé-vel em sua passagem nes-te plano cheio de desafios.

Não consegui evitar achama flamejante queseus olhos expressam en-quanto metáfora de mis-térios insondáveis, masque na verdade expres-sam meiguice de umacriança em formade mulher.

Madura suficiente pa-ra saber o que quer de ver-dade, não há como deixarde raciocinar sobre a for-ma como modula seus ob-jetivos enquanto parâme-tros para assinalar a di-cotomia que envolve a ma-neira como liberdade e gri-lhões se efetivam.

Liberdade em lutar porum mundo melhor, gri-lhões enquanto símbolosde raízes culturais que nãopode desprezar, pois en-volvida em preceitos ar-raigados, diversas vezesse nega a plena felicidade,à conquista de um amormarcado por preconceitoshistoricamente marcan-tes e definido em sólidasbases morais que carac-terizam todo um modus vi-

vendi de um povo.

Conflitos frequentessão atenuados pelas ba-ses racionais que expo-nencializam extraordi-nariamente sua condutaforte de mulher. No amorverdadeiro se encontra-rá, indubitavelmente, achave de merecida felici-dade, independente dequalquer outra subjeti-vidade que possa desme-recer o mais belo de to-dos os sentimentos queos seres humanos podemdesenvolver, seja emquestão de segundos oude anos.

É na liberdade que seafirma a dignidade hu-mana, mas não observara permanência de gri-lhões que atormentamtoda uma relação, comoindecisão eausência de

certa força de vontade,significa também trilharcaminhos tortuosos cor-roborados pela inflexibi-lidade de comportamen-to que ainda precisa serrepensado.

Emoção, encanto emflor, carinho, respeito,admiração e amizadepermeiam o sentimentomagistral que desper-tou-me no ensejo neces-sário à ênfase à liberda-de e seus grilhões que ne-cessitam ser despedaça-dos para que triunfe efe-tivamente todo amor quequero nessa vida, verda-deiro e nobre como ja-mais senti em toda mi-nha existência marcadapor traumas incomensu-ráveis.

Sulla [email protected]

oanópolis é um muni-cipio brasileiro do Es-tado de São Paulo na

microrregião de BragançaPaulista, nos contrafortesda Serra da Mantiqueira,divisa com Minas Gerais.Devido ao seu clima, rele-vo ideal para trilhas e for-mado por um povo antigo,a região atrai muitos turis-tas paulistanos. A cidadeé famosa por ter a Cachoei-ra dos Pretos, um ponto tu-rístico maravilhoso. A ca-choeira tem 154 m de que-da d'água. Uma das maio-res do Estado de São Pau-lo, oferece uma visão queimpressiona, permite ba-nho e contemplação, tam-bém conta com área de es-tacionamento e Restau-rante, Quiosque e artesa-nato. Sua história é relacio-nada a uma Família de ori-gem portuguesa Preto deOliveira, que deram ori-gem ao nome do bairro eda cachoeira. E como todacidade tem seus mitos, Joa-nópolis não poderia ficar defora, a cidade é a "Terra doLobisomem". O mito do lo-bisomem não é uma tradi-

ção apenas do povo brasi-leiro, mas foi lá na cidadede Joanópolis que ele ga-nhou força e hoje atrai vi-sitantes curiosos de diver-sas localidades. São váriasas teorias para o surgimen-to da Fera. Uma delas afir-ma que quando uma famí-lia tem sete filhos homensé necessário que o primei-ro filho batize o último, ca-so contrário, um deles vira-rá lobisomem. Acredite nahistória ou não, o fato é queem Joanópolis não é nadadifícil encontrar morado-res, principalmente osmais antigos, que afirmemjá ter visto o lobisomemrondando pela cidade emnoite de lua cheia. Do mi-to surgiu a tradição que osmoradores da cidade cul-tivam até hoje. Antes temi-do, hoje o lobisomem deJoanópolis é atrativo dosturistas, e a cidade possuiaté uma Associação dosCriadores de Lobisomens,que é sediada na Casa doArtesão e oferece aos turis-tas diferentes tipos de ar-tesanatos muitos deles li-gados ao mito, em especial,

a visita à casinha do bebêlobisomem, diversão ga-rantida para as crianças.Mas não é só de mitos quevive Joanópolis. Quem nãoquiser se aventurar pelas

histórias locais pode bus-car diversão e aventura nosmuitos atrativos naturaisque a cidade possui, comoO Gigante Adormecido ouSerra do Lopo proporcio-na uma boa caminhada portrilha de mata nativa pelasdivisas com Minas Gerais,

além de existir no localuma das trincheiras da Re-volução de 1932 - bem pre-servada e com placa come-morativa. Os mitos semprepovoaram as mentes dos

homens, desde os mais re-motos tempos o homemviaja em busca de seu ima-ginário, em busca do encon-tro com o sobrenatural,com o sagrado, com as pos-síveis aventuras com oinesperado. Tornou-se umaventureiro, visitando lo-

cais que acreditava possuirenergias diferentes, mons-tros, deuses e até mesmopassar por um portal má-gico que o levasse a outrosmundos. Foram criados lu-gares sagrados de peregri-nação em todos os perío-dos da história, decorridomilênios, o homem conti-nua em sua viagem em bus-ca dos seus mitos, de seusmedos, de sentimentossubjetivos. "Só para se teruma ideia, o governo da Ro-mênia, onde situa-se aTransilvânia, pretendegastar trinta e dois milhõesde dólares num dos proje-tos que visa intensificar avisita a cidade de Sighisoa-ra, onde está o castelo queviveu o Conde VladDracul,popularizado e distorcidocomo Conde Drácula. O La-go Ness na Escócia conti-nua sendo visitado até ho-je e todos sonham comuma foto do tal monstro,no Brasil Varginha no Es-tado de Minas Gerais, vi-rou ponto referencial napossibilidade de se ver umextraterrestre, que pode-mos afirmar ser um mito

moderno, São Tomé dasLetras, também no mes-mo Estado é amplamentevisitada e pessoas juramque além dos Etsvêemgnomos e toda sorte de se-res fantásticos. Algunsmunicípios estão apostan-do nos sacis, outros em se-res encantados dos rios ecachoeiras, assim sendo,por que não investiríamosno lobisomem? Um mitoforte, dinâmico, antigo,presente em todas as cul-turas e preservado no so-pé da Mantiqueira. O lo-bisomem saído dos anti-gos feiticeiros, das maldi-ções dos deuses gregos, ex-comungados pela intole-rância cristã da Idade Mé-dia, satanizados por radi-cais religiosos, transfor-mado num pobre amaldi-çoado com a sina de cor-rer a noite inteira, vira empoucos anos, o bom cãozi-nho. Antes todos corriamdo lobisomem, hoje as pes-soas correm atrás dele".Simbora conhecer Joanó-polis e tentar um autógra-fo da fera famosa. #Fica adica

Joanópolis x LobisomemJ

Variedades6 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

DD

Liberdade e grilhõesJOSÉ ROMERO ARAÚJO CARDOSO

Geógrafo. Escritor. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

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Variedades 7www.omossoroense.com.br Domingo, 1º de março de 2015

Curiosidades

Curiosidades II

[email protected] DicasGramaticais

Rap

idin

has

Continuação...3. Na Rússia, uma das mais altas formas de recon-hecimento oficial era um beijo do czar. No século XV,os nobres franceses podiam beijar qualquer mul-her que quisessem.4. Na Itália, entretanto, se um homem beijasseuma donzela em público naquela época era obriga-do a se casar com ela imediatamente.5. Beijo francês é aquele em que as línguas se en-trelaçam. A expressão foi criada por volta de 1920.6. Na linguagem dos esquimós, a palavra que des-igna beijar é a mesma que serve para dizer cheirar.Por isso, no chamado “beijo de esquimó?, eles es-fregam os narizes.7. Em 1909, um grupo de americanos que consid-eravam o contato dos lábios prejudicial à saúde criou

a Liga Antibeijo.8. Boatos no final do século XIX atribuíam à está-tua do soldado italiano Guidarello Guidarelli, obrado século XVI assinada por Tullio Lombardo, o poderde arranjar casamentos fabulosos a todas as mul-heres que a beijassem. Desde então, mais de 7 mil-hões de bocas já tocaram a escultura em Veneza.9. Por causa do chefe de polícia de Tóquio, que acha-va o ato de beijar sujo e indecoroso, foram apaga-dos dos filmes norte-americanos mais de 243.840metros de cenas de beijos.10. Oliver Cromwell, no século XVII, proibiu que fos-sem dados beijos aos domingos na Inglaterra. Osinfratores eram condenados à prisão.

(fonte: www.sitedecuriosidades.com)

Significação

Feminismo é um movimento político, filosóficoe social que defende a igualdade de direitos entre mul-heres e homens.

O "embrião" do movimento feminista surgiu naEuropa em meados do século XIX, como uma conse-quência dos ideais propostos pela Revolução France-sa, que tinha como lema a "Igualdade, Liberdade eFraternidade". As mulheres queriam estar inseridasnas mudanças sociais que estas revoluções trazi-am, principalmente para se sentirem mais cidadãsem uma sociedade regida pelo patriarquismo.

No entanto, o feminismo só começou a se popu-larizar no mundo ocidental nas primeiras décadasdo século XX, questionando o poder social, político eeconômico monopolizado pelos homens. O feminis-mo, como muitos pensam erroneamente, não é ummovimento de sexista, ou seja, que defende a figurafeminino sobre o masculino, mas sim uma luta pelaigualdade entre ambos os gêneros.

Atualmente, não são apenas as mulheres que seintitulam ou compartilham de pensamentos femi-nistas - assim como existem muitas que tambémapoiam o esquema de uma sociedade machista - al-guns homens, que se sentem "pressionados" ou in-comodados com as "regras de comportamento socialdo machismo", partilham da mesma visão de liber-dade e direitos igualitários entre os sexos.

Machismo é o comportamento, expresso poropiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa aigualdade de direitos e deveres entre os gêneros, fa-vorecendo o sexo masculino sobre o feminino.

Em um pensamento machista existe um "sistemahierárquico" de gêneros, onde o masculino está sem-pre em posição superior ao que é feminino. Ou seja,o machismo é a ideia errônea de que os homens são"superiores" às mulheres.

A ideologia do machismo está impregnada nasraízes culturais da sociedade há séculos, tanto no sis-tema econômico e político mundial, como nas re-ligiões, na mídia e no núcleo família, este último apoia-do em um regime patriarcal, onde a figura masculi-na representa a liderança.

Neste caso, a mulher encontra-se num estado desubmissão ao homem, perdendo o seu direito de livreexpressão ou sendo forçada pela sociedade machistaa servir e assistir as vontades do marido ou do pai,caracterizando um tradicional regime patriarcal.

BeijoEm praticamente todas as culturas, o beijo é consi-derado uma demonstração de afeto. Beijar é muitobom, mas também pode ser muito perigoso quandobeijamos a pessoa errada. Segundo os médicos, exis-tem várias doenças que podem ser transmitidaspelo beijo na boca. No beijo de língua, os parceirostrocam saliva, o que em outras circunstâncias éconsiderado algo delicioso e nesse caso pode servirpara aumentar a excitação. A cada beijo, são trans-mitidas 250 mil bactérias.Vejamos 10 curiosidades antigas sobre o beijo.1. Os romanos tinham três tipos de beijos: o basi-

um, trocado entre conhecidos; o osculum, dado ape-nas em amigos íntimos; e o suavium, que era o bei-jo dos amantes. Os imperadores romanos permitiamque os nobres mais influentes beijassem seus lábios,enquanto os menos importantes tinham de beijarsuas mãos. Os súditos podiam beijar apenas seus pés.2. Antigamente, na Escócia, o padre beijava os lábiosda noiva no final da cerimônia de casamento. Dizia-se que a felicidade conjugal dependia dessa bençãoem forma de beijo. Depois, na festa, a noiva deveriacircular entre os convidados e beijar todos os home-ns na boca, que em troca lhe davam algum din-heiro.

CaduDa redação

diretor italianoFederico Felliniera o cineasta do

delírio nostálgico.Na con-tramão do neorrealismodos anos 1950, em que te-mas políticos mostravama realidade social e eco-nômica no período do pós-guerra, a alegria melan-cólica dos seus filmesapresentava o desloca-mento dos seus persona-gens por meio do sonho,da ilusão e da fantasia.

Em Fellini, somente oaspecto subjetivo da vidaseria capaz de determi-nar o destino dos seus he-róis – por isso sua obra re-flete sobre a memória, so-bre o efeito do tempo naconstrução do mundo,numa trajetória sempreligada ao encantamentodo passado. É, como dis-se o crítico francês An-dré Bazin, o cinema da al-ma, pois é o mais atentoàs aparências, onde o ol-har tem mais importân-cia porque justifica o sen-tido do humano. Porque,ao contrário da tradiçãoanalítica e dramática docinema político italiano,mesmo pequenos gestospodem ser o sinal do des-

tino dos seus persona-gens. O realismo em Fel-lini, desde logo se vê, dálugar à contemplaçãopoética da vida. As preo-cupações esté-ticas e existen-ciais do ho-mem Fellinitêm explicaçãono menino e norapaz Fellini.

Em Osboas-vidas – IV i t e l l o n i(1953), Federi-co Fellini con-ta a história decinco amigosnuma peque-na cidade no li-toral da Itálianos anos 1950que vivem emeterno tédio,sem perspecti-va e sem futu-ro certo. Elescompartilhamsonhos, planos e esperan-ças. Numa vida ociosaque passa vagarosamen-te, eles festejam numaboemia inerte que serveunicamente para aplacara angústia da falta desentido de suas vidas.

Cada um dos amigos

encarna um desalento di-ferente: Alberto é o brin-calhão que ainda moracom a mãe e a irmã e ésustentado por elas;

Fausto é o sedutor, umDon Juan de interior queé incapaz de se envolveremocionalmente; Leo-poldo é o intelectual frus-trado, escritor de peçassem expressão que sonhacom a fama e o prestígioliterário; Ricardo (Ricar-

do Fellini, irmão do pró-prio diretor) é o cantorlírico da turma e vive àcusta do pai; e, por fim,Moraldo, o mais novo do

grupo, introspectivo,perdido e engastado nofracasso e no vazio da vi-da dos seus amigos.

Depois de ter dirigidoMulheres e Luzes – Lu-ci del varietà (1950) eAbismo de um sonho – Losceicco bianco (1952), Fe-

derico Fellini, em parce-ria com Tullio Pinelli –mesmo roteirista de LaDolce Vita – e EnnioFlaiano, escreveu uma

história de transição, demovimento de saída paraa grande cidade. Pois I Vi-telloni é um filme de pas-sagem, ao mesmo tempode encontros com a vidaem seus aspectos míni-mos de realidade. Moral-do é o próprio Fellini em

Rimini, sua cidade natal,antes de sua partida pa-ra Roma. Suas questõesserão as questões de Mar-celo Rubini, persongemde Mastroianni em LaDolce Vita (1960).

A que distância, en-tão, de que ponto longín-quo das lembranças faz-se a transição da memó-ria de infância, do pri-meiro homem, ao adultona cidade grande, entre-gue à luxúria e ao esque-cimento afetivo, é o ques-tionamento primordialque faz de Os boas-vidasum filme central paracompreender Fellini.

E dessa maneira, co-mo na cena final, em queMoraldo vai embora dacidade atrás dos seus so-nhos, passando de trempor todos os seus compa-nheiros de farra, aindainertes e em profundo so-no, a vida passa, na pe-numbra e no vazio, comose o fim da noite nuncachegasse – com ressacae solidão, repetindo sem-pre o que o narrador dofilme diz: "E agora? Émais um dia que se vai.Só nos resta voltar paracasa".

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Os boas-vidasC

INEM

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TecnologiaArgolante Lopes

Tecnologia8 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

s benefícios que asempresas obtêm aomigrar suas apli-

cações de computadorespara serviços em nuvemestão se mostrando mui-to mais complexos do queselecionar um parceiro eapertar uma tecla, dizemexecutivos que fizerama transição. Na ausênciade controles adequadosde custos, eles dizem quea computação em nuvempode causar desperdíciosde recursos valiosos.

O que observar? Espe-cialistas dizem parasempre ter os custos fu-turos em mente quandoplanejar a mudança. En-tre os erros mais comunsestão a contratação emexcesso de capacidadecomputacional, não pro-gramar a desativação deprogramas fora do expe-diente, não usar ferra-mentas para monitoraros ciclos de computaçãodesperdiçados ou deixaros programadores pen-sarem que os ciclos sãogratuitos. Nesse sentido,podem ser úteis as liçõesaprendidas por pioneirosna migração para a nu-vem, como o Netflix Inc.,que oferece vídeos porstreaming, e a ThermoFisher Scientific Inc.,uma empresa de equipa-mentos e serviços deciência da vida.

Adrian Cockcroft, umex-arquiteto de compu-tação em nuvem do Net-flix que comandou atransição que a empre-sa fez de seu centro de da-dos próprio para a unida-de de serviços de internetda Amazon Inc., diz queos engenheiros do Netflixcriaram um software queautomaticamente desli-gava os sistemas em mo-mentos de menor de-

manda e podiam prevera hora de voltar a operar.Outro programa custo-mizado do Netflix moni-tora os recursos em nu-vem consumidos por ca-da região ou serviço.

“Se você cria aplicati-vos que consideram que

as máquinas são efême-ras e podem ser substi-tuídas em alguns minu-tos ou segundos, entãovocê acaba desenvolven-do aplicativos que levamo custo em considera-ção”, diz Cockcroft, sócioda empresa de capital derisco Battery Ventures.

O argumento econômi-co para a adoção da com-putação em nuvem é ba-seado na ideia de que con-sumir recursos à medidaque eles são necessárioscusta menos que o capitalinvestido numa salacheia de servidores e asdespesas com a manuten-ção deles. Mas a facilida-de com que os departa-mentos podem acessarmais recursos on-line

apenas com um cartão decrédito corporativo podeser um problema. Contra-tar muita capacidade decomputação pode ser tãofácil como pedir comidademais em um restau-rante ou deixar a tornei-ra aberta em casa.

Cerca de 60% dos ser-vidores de aplicações emnuvem podem ser reduzi-dos ou eliminados porqueas empresas os contrata-ram em excesso, diz Bo-ris Goldberg, um dos fun-dadores e diretor de tec-nologia da Cloudyn Ltd.,que cria software paramonitorar e gerenciar acomputação em nuvem.

Mark Field, vice-pre-sidente de tecnologia dainformação da ThermoFisher, lembra-se do diaem que descobriu que oatrativo de “pagar peloque usar” da computaçãoem nuvem tinha um ou-tro lado. A empresa con-tratou capacidade decomputação da AmazonWeb Services para de-

sempenhar pequenas ta-refas. Mas, às sextas-fei-ras, os engenheiros dei-xavam tarefas sendo pro-cessadas por todo o fimde semana, anulandoqualquer possibilidadede redução de custos.Field ordenou que qual-

quer solicitação de servi-ços em nuvem passassepelo seu departamento.Toda semana ele analisaas contas dos serviços emnuvem e encontra servi-dores subutilizados ouque ficam ligados quan-do não estão em uso.

LIÇÃO CRUCIALComo o Netflix, a

Thermo Fisher criou umsoftware que pode iniciarou interromper sistemasde computadores intei-ros de acordo com a de-manda. Fisher tambémpreferiu trocar mais má-quinas caras por serviçosmais baratos da AmazonWeb Services porqueconcluiu que os servido-res que estava usando ti-

nham mais capacidadedo que precisava. Em de-zembro, a Thermo Fisherreduziu em US$ 20 milsua conta com a AmazonWeb Services em relaçãoao mês anterior.

A capacidade de admi-nistrar os custos da com-

putação em nuvem está vi-rando uma prioridade pa-ra as empresas à medidaque a tecnologia se tornacada vez mais importan-te. Os investimentos mun-diais em serviços públi-cos em nuvem devem atin-gir um total de US$ 59,5bilhões, ante US$ 45,7 bi-lhões em 2013, segundo afirma de pesquisa IDC. Omercado de computaçãoem nuvem deve apresen-tar uma taxa de cresci-mento anual composta de23% até 2017.

Gautam Roy, vi-ce-presidente de infraes-trutura e operações de TIda Waste ManagementInc., possui “cicatrizesdas batalhas” de suasprimeiras tentativas de

usar a computação emnuvem. Quando ele ge-renciava a infraestrutu-ra de TI e sistemas desoftware da bolsa de op-ções de Chicago, a Chica-go Board Options Ex-change, em 2009, os cus-tos dos serviços em nu-vem excederam as esti-mativas em 35% porqueengenheiros deixavamtarefas sendo executa-das quando não estavamtrabalhando.

Na Waste Manage-ment, Roy depende hojemuito das tecnologias devirtualização de servido-res e de desktop. A em-presa usa alguns serviçosem nuvem para fazer agestão das vendas, masRoy diz que pode adotarmais soluções em nuvemporque o mercado ama-dureceu muito desde suaépoca na bolsa.

James Cutler, diretorde TI da petrolífera QEPResources Inc, recomen-da negociar e planejar acustomização de softwa-re como parte da estraté-gia de migrar para a com-putação em nuvem. Numexemplo, ele precisou defuncionalidades custo-mizadas de um fornece-dor de serviços em nu-vem que não pôde aten-dê-lo no prazo desejado.Como resultado, a QEPestá pagando, tambémoutro provedor de aplica-ções fisicamente instala-das para garantir a fun-cionalidade necessária.

Cutler diz que essa foiuma lição crucial que eleagora adota enquantoanalisa serviços de ar-mazenamento e a recu-peração de dados em nu-vem no caso de desastres.No futuro, diz, “vamosser mais cuidadosos como que colocar em nuvem”.

OO

O lado obscuro e caro da computação em nuvemPor Clint Boulton

Reproduzido do Valor Econômico/Wall Street Journal - no Observatório da Imprensa

Interino

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8 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Em ce

naAs cenas inéditas de destaque

da próxima semana nas novelasMOSSORÓ-RN - DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

MAISTVMAIS TV

Não pode ser vendido separadamente

"Alto Astral" Globo 19:15 h

Chantagememocional

Nas próximas cenas de "Al-to Astral", Úrsula interrompea homenagem que está sendoprestada a Maria Inês e acusaa amiga de ser amante de seumarido. No meio da confusão,a mulher de Marcelo fingepassar mal. Aproveitando-seda situação, Úrsula pede aMaria Inês que espere elamorrer para ficar com Marce-lo. Diante da chantagem e-mocional da esposa, Marcelopromete voltar para casa.

"Império" Globo 21:10 h

Cofre vazioNesta semana de "Império",

Maurílio se prepara para sur-preender José Alfredo, mas a-caba preso ao apontar a armapara ele. Já na delegacia, o vilãoacusa Marcão de ser seu cúm-plice. Sentindo-se acuado, Mau-rílio revela para Danielle a sen-ha de seu cofre. No entanto, JoséAlfredo é mais esperto e con-segue abrir o cofre do rivalprimeiro.

Primeiros maus passos PÁGINA 5

"Boogie Oogie" Globo 18:15 h

Armação do bemNos próximos capítulos de "Boogie Oogie", Elísio termina seu romance com Leo-

nor, que fica triste. Sabendo da novidade, Vitória tem uma ideia para unir o militare Beatriz. Por causa da filha, os dois ficam presos no elevador para conversar e fazeras pazes. Entretanto, Elísio e Beatriz descobrem a armação de Vitória.

"Malhação" Globo - 17:35 h

Ajuda deamigoApós Jade revelar que Bian-

ca pagou Pedro para namorar Ka-rina, João sugere um plano paraque o amigo reconquiste a luta-dora, nos próximos capítulos de"Malhação". Pedro, Nando e aturma da Galera da Ribalta sepreparam para colocar o planoem ação, enquanto João passaas instruções. O garoto colocauma câmera escondida na Acad-emia Khan, quando Karina ficasozinha na academia e Pedro seprepara para encontrá-la.

5 PerguntasFora do casulo

No ar em ''Império", Klebber Toledoinveste em papéis mais densos na tevê

PÁGINA 2

DÉBORA NASCIMENTO

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De olho na mídia

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MAIS TV

Quando Klebber Toledo começou a gravar suascenas em "Império", já sabia que estava diante de umpersonagem que iria mudar sua trajetória na tevê. Ao

se aproximar do último capítulo da trama de Aguinaldo Silva, o in-térprete do frágil Leonardo se mostra dividido entre a tristeza definalizar mais um trabalho e a sensação de ter marcado uma boapresença. Após alguns papéis de destaque em novelas como "Morde& Assopra'' e ''Lado a Lado", o ator de 28 anos experimenta, pelaprimeira vez, a repercussão e a visibilidade de um folhetim dasnove. "Uma novela do horário nobre tem essa força de catapultarum personagem. Tive demandas grandes em outros horários, masnada comparado com 'Império'", avalia.

Criado em Bom Jesus dos Perdões, interior de São Paulo, Kleb-ber começou a investir na carreira de ator logo após sair de casa,aos 15 anos, para jogar vôlei na capital. Em 2005, se inscreveu naOficina de Atores da Globo e sua estreia foi com uma pequena par-ticipação em ''Sinhá Moça'', de 2006. "Sempre tive curiosidade nomeio artístico, mas minha cidade era muito pequena e não tinhapor onde começar. Com o vôlei, percebi que podia correr atrás dascoisas sozinho e me sustentar", lembra ele, que, aos poucos, foideixando o esporte de lado para se dedicar inteiramente à atu-ação. "O vôlei era uma paixão antiga, mas abriu novos caminhos.Comecei a me questionar quando adolescente sobre o que fazerda minha vida", completa.

P - Na reta final de"Império'', que balançovocê faz desse trabalho?

R - Foi um projeto posi-tivo em todos os sentidos.Tive a sorte de pegar umpapel diferente. Um per-sonagem com inúmeros al-tos e baixos e que atingiudiversos pontos pertinen-tes do dia a dia. A trama éum sucesso e o público tor-ce pelo Leonardo. Venho deuma sequência de bons pa-péis na Globo, mas uma no-vela das nove tem o poderde projetar com mais forçae gerar uma visibilidademaior. Foi um personagemque me instigou em mui-tos aspectos e foi totalmen-te fora da curva na minhatrajetória.

P - Como assim?

R - Pude mostrar para opúblico que estou prontopara fazer qualquer perso-nagem. O que o ator buscasão projetos variados. OLeonardo chegou em umafase muito boa da minha vi-da. Hoje, me sinto mais se-guro, maduro e com maiscerteza de até onde possoir. Fui consumido por essetrabalho desde o início.

P - Quais foram suasprincipais referênciaspara compor o papel?

R - Assisti a filmes e con-versei com psicólogos. Nãoconsegui enxergar o Leo-nardo em ninguém próxi-mo a mim. No começo, meinspirei em ''O Segredo deBrokeback Mountain'', deAng Lee, para a relaçãocom Cláudio (José Mayer).

Mas, ao longo da trama,aconteceram tantas coisasque isso acabou fugindo.

P - Por quê?R - Fui redescobrindo o

Leonardo ao longo dos capí-tulos. Ele passou por mui-tas nuances a partir do rom-pimento com o Cláudio. Te-ve a fase como mendigo, arelação com a Amanda(Adriana Birolli) e, agora,o relacionamento com Ete-valdo (André Gonçalves). AKátia Achcar, preparadorade elenco e psicóloga, meajudou a traçar o perfil psi-cológico do papel. Tinha deestar preparado para nãoperder a essência dele du-rante os picos da história.Ele me tirou de qualquer zo-na de conforto.

P - Por causa das suas

feições clássicas - louroe de olhos azuis - , vocêchegou a temer ficarpreso aos mocinhos ouaos ''playboy'' na televi-são?

R - Não. Eu mesmo nãome deixei seguir por essecaminho. Não tive receio derótulos em momento ne-nhum. Trabalho para nãome repetir em cena. O pú-blico não vai me ver fazen-do a mesmo coisa seja na te-vê, no teatro ou cinema. Equero transitar por essastrês áreas sempre. Mas aspessoas julgam bastantepela belezas ou biotipo,sim. No entanto, beleza nãomantém porta aberta. Épreciso ter conteúdo, talen-to, dedicação e responsa-bilidade.

Fora do casulo

O

No ar em ''Império", Klebber Toledoinveste em papéis mais densos na tevê

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Domingo, 1º de março de 2015

IMPÉRIO Globo – 21 h

CHIQUITITAS SBT - 20:30 h

Segunda (02/03) -Junior vai até o orfanato para tentar fazer as pazescom Carol pelo ciúme excessivo em relação a Fernando. Junior volta pramansão e Andreia diz que Diego queria sair com ele, mas estava com ver-gonha. Junior responde que, se for para sair, será ele e o filho, sem An-dreia. Carmen entra aos berros no orfanato acompanhada do doutor Mendes.Carmen acusa Carol de roubo e diz que ela transferiu dinheiro da doaçãopara sua conta particular. Carol chora e tenta explicar que não fez nada.Carmen diz que ela já esteve envolvida em caso similar durante o períodoque trabalhou no Café Boutique. Mendes informa que Carol não pode per-manecer no cargo de diretora até que se prove o contrário, afinal, todas asprovas apontam para ela.

Terça (03/03) - As crianças ficam sabendo que Carol foi acusada in-justamente de roubo. Juca diz para Bia que está feliz que ela topou fugir comele. O garoto avisa que eles irão para uma estação de trem e, em seguida,seguir para uma outra cidade. Bia deixa um recado avisando ao tio que foiembora. Carol liga desesperada para Junior. Enquanto isso, no apartamentode Cintia, Carmen ri e comemora com Cintia e Matilde o sucesso do plano para

afastar Carol da direção do Raio de Luz. Junior chega com Diego no orfanato,deixa o menino com as crianças e vai até a direção conversar com Carol, quechora com a falsa acusação.

Quarta (04/03) - Carol conversa com as chiquititas sobre deixar a di-reção do orfanato. Todo mundo chora. Junior avisa que fará de tudo para provara incidência de Carol. Apesar de triste, Vivi pensa que Cintia na direção do or-fanato seria bom, pois ela ensinaria coisas de modelo para ela. Na rua, Ger-aldo encontra Bia, que estava emocionada. O verdadeiro pai de Bia conversacom a adolescente, que revela os acontecimentos que a levou a tomar a de-cisão de fugir com Juca. Geraldo leva Bia de volta à casa de Edgard. Junior tirasatisfação com Carmen sobre a falsa acusação da tia sobre Carol. Carmen dizque Andreia deve encontrar uma maneira de separar logo Junior e Carol.

Quinta (05/03) - Carmen vai até o Raio de Luz e avisa as chiquititasque, enquanto não encontrarem uma nova diretora, ela mesma ficará no car-go. Todos dizem que Carol é insubstituível. Na mansão dos Almeida Campos,Andreia ironiza Junior por acreditar que Carol não roubou o orfanato. Helena

diz que Carmen fez bem em assumir a direção do orfanato. Carol chega parapegar suas coisas e ver as crianças, mas Carmen lhe chama de ladra, diz queela não pode mais ir até lá e exige que Carol devolva as chaves do Raio de Luz.Cintia liga para Vivi e conta que possui boas notícias para ela, mas que pre-cisam se encontrar pessoalmente. Maria diz que Marian não parece ser filhade Gabi e Miguel, pois não é uma boa pessoa.

Sexta (06/03) - Na sorveteria, Cintia diz para Vivi que acha melhorninguém saber que o pai dela mora na comunidade. Gabi e Mili visitamCarol na casa dela. Andreia finge para Junior que seu estado de saúde pi-orou muito. Junior comenta que a aparência dela está ótima, mas Andreiadesconversa. A mulher finge estar emocionada e faz um último pedido: vi-ajar com ele e Diego. Junior não aceita a proposta de Andreia, que insistee usa até o filho para convencê-lo. Andreia decide mentir para o própriofilho para usá-lo a seu favor. Diego fala para Junior que Andreia estavachorando por ele não querer viajar com os dois. O menino diz que ficariafeliz se o pai aceitasse viajar come eles. Mili conta para Carol que a con-vivência com Marian não está fácil.

VITÓRIA Record – 22:15 h

POR CAROLINE BORGESTV PRESS

Segunda (02/03) - Determinado, Artur diz para Netto que eles irãoconseguir pegar William. Priscila e Paulão se escondem para aguardar achegada do informante de Iago, na tentativa de descobrir a identidade dele.William avisa que Priscila não conseguirá descobri-lo e informa o localonde deixará o dinheiro. Netto vê o detetive deixando um pacote próximoa uma árvore e Artur fotografa a ação. Desconfiados, Priscila e Paulão pe-dem para um morador de rua pegar o pacote em troca de recompensa. Aoavistá-lo, Netto sai apressado para confrontá-lo, mas o morador corre como pacote. Artur cruza o carro e consegue detê-lo. Assustado, o morador con-ta que recebeu ordens de um casal.

Terça (03/03) - Sabrina se frustra ao saber que o plano de flagrarWilliam, Priscila e Paulão não deu certo. Diana descobre que Artur mentiuque iria ao banco e decide ir atrás dele, acompanhada de Luciene. Katia eBárbara avisam a Diana e Luciene que Artur não esteve na delegacia. Sab-rina alerta que Artur precisará explicar a ausência para Diana. Priscila ePaulão acusam William de ter feito uma armadilha para prendê-los e con-tam que um homem apareceu para flagrá-los. O detetive identifica pela de-scrição que era Netto. William fala para Sabrina mandar um alerta para a

polícia do Rio, pois Netto foi visto por lá. A delegada sai para pegar o rádioe William fica chocado ao perceber um chiclete mascado no cinzeiro, de-duzindo que Netto está ali.

Quarta (04/03) - Sabrina é firme e finge acreditar que Netto é o as-sassino de Ramiro, deixando Katia e Bárbara frustradas. William revelaque Sabrina está acobertando Netto e Iago ordena que Priscila e Paulãomatem-no. Bernardo percebe a desconfiança de Diana e defende que Arturquer participar da investigação com a polícia, mas sem envolvê-la com pre-ocupações. Priscila e Paulão chegam à casa de Sabrina. William tenta dis-farçar a aflição e resolve distrair a delegada, chamando-a para jantar. Clariceconfessa para Bernardo que Artur está distante e dando motivos para Di-ana achar que está sendo traída. Magoada, Diana chora e pede que Arturpare de mentir. Priscila e Paulão se preparam para entrar na casa de Sabri-na, enquanto William tenta avisar que a missão está suspensa.

Quinta (05/03) - William grita o nome de Sabrina antes que ela en-tre em casa. Priscila e Paulão escutam a voz do policial e se escondem atempo. Sabrina e Netto preparam o jantar. William liga anonimamente para

a delegacia e diz que o casal de neonazistas foi visto em Petrópolis. Katiaavisa a Sabrina sobre a denúncia. Priscila e Paulão desistem de assassinarNetto e fogem. Diana conversa com Bia e Mossoró. Artur diz para Mossoróque não pode revelar o verdadeiro motivo dos encontros com Sabrina, masafirma que não está traindo Diana. Dentro da cela, Iago pede para Williamchamar Priscila e Paulão para ajudar em sua fuga. Priscila, Paulão e os ca-pangas de Iago se preparam para invadir a delegacia.

Sexta (06/03) - Iago avisa para Enzo que eles fugirão da prisão. Aluz se apaga e os homens contratados por Iago cercam a delegacia. Sab-rina pega a arma e deixa sua sala. Priscila e Paulão imobilizam Katia eBárbara. A delegada fica tonta com o efeito do gás lacrimogêneo, enquantoIago e Enzo são resgatados por Priscila e Paulão. William se vê obrigadoa render os fugitivos. Enzo ameaça matar Sabrina, mas William atiranele primeiro. Furioso, Paulão tenta agredir o policial e é atingido porum tiro disparado por Sabrina. Priscila desiste de esperar Paulão e fogede carro. Sabrina fala com Netto ao telefone e conta sobre as mortes dePaulão e Enzo. Iago conversa com William e diz que Priscila terá de se-questrar o filho de Diana.

Segunda (02/03) - Maurílio se prepara para surpreender JoséAlfredo. Maria Marta decide visitar Silviano. Xana ouve Antônio dizerpara Naná que se atrasará para o encontro com a diretora da casa deacolhimento. Maria Clara acerta com Cláudio os preparativos para suafesta de casamento. Téo afirma a Érika que publicará todo o conteúdoda entrevista de Silviano. Elivaldo e Tuane criticam Cristina por a-ceitar ser a madrinha de casamento de Maria Clara. Xana finge serAntônio para a diretora da casa de acolhimento. Severo confirma aMagnólia que eles estão falidos. Maurílio observa José Alfredo ao la-do de um acompanhante misterioso. Cristina vê Maurílio apontar suaarma para José Alfredo.

Terça (03/03) - Maurílio acusa Marcão de ser seu cúmplice. JoséAlfredo orienta Maria Marta a dar continuidade a seu plano. Danielletenta abrir o cofre de Maurílio. Marcão é preso. Bruna ajuda José Alfre-do a abrir o cofre de Maurílio. Carmem entrega a Jonas o cheque de Orville.Maurílio revela para Danielle a senha de seu cofre. José Alfredo abre ocofre de Maurílio. Etevaldo diz a Xana que Míriam que ver seu casa-mento com Naná. Antônio se aconselha com Vicente. Silviano procuraMerival. Cristina conta para Elivaldo que Marcão era informante deMaurílio. Carmem ateia fogo à loja de Jonas, mas acaba presa entre as

chamas. Silviano fala com Maurílio na delegacia.

Quarta (04/03) - Silviano pensa em pedir para Merival libertarMarcão. Carmem tenta falar com Orville. Danielle vai para a delegacia eBruna conta para Maria Marta. Merival pergunta se Silviano é FabrícioMelgaço. Danielle avisa a Maurílio que seu cofre estava vazio. Enrico pedepara cozinhar com Vicente. Orville ouve o recado de Carmem e se de-sespera. José Alfredo pensa na prisão de Maurílio. Marcão decide con-tar o que fez a mando de Maurílio. Xana é irônico com Maria Clara. Is-mael manda Lorraine devolver o presente que ganhou de Silviano. Orvilleconstata a morte de Carmem e Helena acalma Salvador. Lorraine vêJosé Pedro deixar o prédio de Silviano.

Quinta (05/03) - Até o fechamento desta edição, a emissora nãodivulgou o capítulo.

Sexta (06/03) - Até o fechamento desta edição, a emissora nãodivulgou o capítulo.

Sábado (07/03) - Até o fechamento desta edição, a emissora nãodivulgou o capítulo.

Page 29: Mossoró - RN, 1º de março de 2015 - Nº 16.885 DOMINGO ...p.download.uol.com.br/omossoroense/mudanca/pics/pdf/EDICAO_010315.pdfO MOSSOROENSE E NTREVISTA Mossoró - RN, 1º de março

Resumo das NovelasMALHAÇÃO Globo – 17 h

ALTO ASTRAL Globo – 19:15 h

Segunda (02/03) - Úrsula interrompe a homenagem que está sendoprestada a Maria Inês e acusa a amiga de ser amante de seu marido.Marcelo diz a Fernando que Úrsula só aceita fazer exames na clínica deCelso. Úrsula finge passar mal e Maria Inês sente-se culpada. Marcosofende a mãe por seu envolvimento com Marcelo. Bia faz sucesso nodesfile da Celebrar. Samantha denuncia Pepito para os organizadoresdo concurso da Celebrar, informando que os documentos do enfermeirosão falsos. Celso comunica a Maria Inês que Úrsula está mal e desejavê-la.

Terça (03/03) - Celso mente e afirma que Úrsula pode falecer aqualquer momento, deixando Maria Inês arrasada. Pepito é desclassifica-do do concurso da Celebrar por causa da denúncia de Samantha. Úrsula pedea Maria Inês que espere ela morrer para ficar com Marcelo. Sueli aconsel-ha Marcos a ficar do lado da mãe para retomar a diretoria do hospital.Marcos pede a Sueli que volte a ser sua secretária. Pepito aparece na casade Samantha furioso e cobra explicações sobre a denúncia que causou suaeliminação do concurso.

Quarta (04/03) - Samantha confessa que foi ela quem denunciou Pepi-

to. Manuel avisa a Bélgica que ela não participará mais do concurso. Bélgicainventa para Nicolas que seu pai a agride e o fotógrafo a convida para ficarem São Paulo com ele. Suzana comenta com Aurélia que foi seguida por al-guém quando tentava incendiar a roupa de Oscar. Vicente fica inconforma-do ao saber que Laura reatou com Caíque. Diante da chantagem emocionalde Úrsula, Marcelo promete voltar para casa. Manuel avisa aos filhos queBélgica precisa ser encontrada antes de Tina voltar para casa. Suzana e Au-rélia encontram as roupas de Oscar na bancada da cozinha. Nicolas apresentasua mãe para Bélgica.

Quinta (05/03) - Bélgica e Tina se disfarçam e não deixam Nicolasperceber que se conhecem. Suzana desconfia de que foi Heitor quem aseguiu e colocou a roupa de Oscar na cozinha. Tina revela seu segredo paraBélgica. Kitty não resiste às tentativas de sedução de Gustavo e acaba bei-jando o menino. Morgana avisa a Samantha que ela e Pepito irão para o Ori-ente Médio. Meire pede a Salvador que não faça nada contra Afeganistão.Samantha recebe um pedido de premonição de um sultão árabe, que lhe prom-ete uma recompensa milionária. Marieta diz a Samantha que Maktub é umacidade perigosa e tenta proibir a filha de viajar. Marcos observa Caíque eLaura se beijando.

Sexta (06/03) - Marcos se enfurece ao saber que Laura e Caíque es-tão juntos novamente. Tina comenta com Lúcia que Bélgica está mentindoao contar que Manuel lhe agrediu. Bélgica confronta Tina. Maria Inês decideterminar o romance com Marcelo. Itália não acredita na mudança de César.Israel liga para a linha de ajuda e tenta marcar um encontro com Bia. Suzanaé atacada por um homem dentro de casa e afirma a Aurélia que foi Oscar.Nildes desconfia quando Sueli diz que voltará a trabalhar no hospital depoisde ter sido deixada por Marcos no altar. Marcos orienta Sueli a se aproximarde Caíque e conquistar a confiança do irmão. Pepito e Samantha se assus-tam ao chegar a Maktub.

Sábado (07/03) - Sueli avisa a Marcos que conseguiu o emprego comCaíque na Ala Espiritual. Suzana teme ao descobrir que Fernando é o psiquiatraque irá atendê-la nas consultas. Nazir avisa a Samantha que as passagensenviadas a ela são apenas de ida. Bélgica tenta chantagear Tina. Bélgicaconta ao pai que está na casa de tia Conceição. Ricardo beija Cidinha. Pepi-to avisa a Samantha que entregou seus passaportes para Nazir. Gaby avisaà família que está namorando Emerson. Samantha recebe um vestido dedançarina do ventre para usar no encontro com o sultão. Laura descobre queKitty não se casará com um conde e a questiona sobre a mentira.

BOOGIE OOGIE Globo – 18 h

Segunda (02/03) - Lobão e Gael se enfrentam e Karina passa mal. Dalvaincentiva Duca e Bianca a ficarem juntos. Jade conta todas as armações paraEdgard, prometendo que será uma boa pessoa. Lobão inventa que tinha um casocom Ana e Gael se desespera. Karina decide ir embora com Lobão e Cobra garantea Gael que acompanhará os dois. Dandara tenta falar com René para descobrir averdade sobre Ana e Lobão, mas não consegue falar com o ex-marido. Karina vaipara a casa de Nat e Cobra avisa a Gael, que pede para Duca conferir o estado dafilha. Delma e Marcelo tentam animar Pedro. Lobão pede segredo a Luiz sobre afalsificação do exame de DNA. Karina se prepara para lutar na Khan quando Gaelsurge para levá-la dali.

Terça (03/03) - Lobão se recusa a entregar Karina e incentiva a menina adisputar o campeonato Warriors. Delma pede que Nando converse com Pedro.Gael interrompe a luta entre Karina e Diego e a menina deixa a academia acom-panhada de Lobão. Bianca avisa a Edgard que não tem condições de atuar. Nando

convence Pedro a tentar reconquistar Karina. Heideguer pede que Lobão desistade brigar pela guarda de Karina. Jade se desculpa com Bianca por suas armações.Lobão entrega a Karina uma cópia da inscrição do Warriors e Cobra e Nat se ofer-ecem para treinar com ela. Jade afirma que é uma nova pessoa, mas Barbara de-sconfia da declaração.

Quarta (04/03) - Lobão decide que Pedro enfrentará todos os lutadores daacademia. Para proteger Pedro dos outros adversários, Karina golpeia fortementeo ex-namorado. Lucrécia e Edgard parabenizam Jade pela interpretação de Juli-eta. Pedro garante a Delma que voltará à academia para ver Karina. Jade revelapara Lucrécia e Edgard todos os seus erros e, na presença de Cobra, afirma à mãeque não voltará a ficar com o rapaz. Henrique conta para Heideguer que Duca es-tá envolvido com Nat. Bianca se afasta da Ribalta e pede ajuda a Dandara paraconfortar Gael. Pedro volta à Khan e Lobão ordena que Luiz lute com o menino.Nando e a Galera da Ribalta chegam para ajudar Pedro.

Quinta (05/03) - Lobão ameaça os integrantes da Galera da Ribalta. Jadetenta convencer Bianca e Duca de sua mudança. Pedro se declara para Karina, masela ignora o ex-namorado. Dandara incentiva os alunos a darem uma segunda chancepara Jade. Sol e Wallace se oferecem para cuidar do bebê para que Jeff e Mari pos-sam ir para a Ribalta. João sugere um plano para Pedro reconquistar Karina. Natconversa com Karina sobre Pedro. Jade apoia Lucrécia e afirma que ajudará Joaquinaa ficar com Lírio. Com a produção de Jade, Joaquina encanta Lírio.

Sexta (06/03) - João repassa as instruções do plano com os integrantes dabanda. Lírio se interessa por Joaquina e Jade comemora a boa ação. Wallace se a-trapalha com Joaquim e pede ajuda a Barbara. João coloca uma câmera escondi-da na Academia Khan. Joaquina e Lírio se beijam, mas o menino foge quando elavolta a recitar poemas. Nando fica preso no duto do ar-condicionado da Khan. Bar-bara ajuda Wallace a cuidar de Joaquim. Karina fica sozinha na academia e Pedrose prepara para encontrá-la.

MAIS TV6 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015 MAIS TV 3www.omossoroense.com.br

Domingo, 1º de março de 2015

Entr

evis

ta

O nosso convidado para as5 perguntas é o cantor e radia-lista Xavier Araújo.

==1 Se não fosse ra-dialista, o que seria ou gos-taria de ser?

Minhas duas paixões são orádio e a música e graças a Deusfaço as duas coisas.

==2 Quem é a suagrande inspiração na comu-nicação?

Aprendi muito e sempre meinspirei em Jomar Valença, quefoi um grande comunicador daRádio Libertadora AM.

== 3 O que você gosta-ria de fazer em termos decomunicação que ainda nãofez?

Minha profissão no rádio écomo operador de áudio, hoje eufaço um programa na FM 98.7.Então sou realizado.

== 4 Momento mar-cante na carreira?

Primeiro, ser o operadorexclusivo de um programa líderde audiência (Programa JomarValença, na Rádio LibertadoraAM); segundo, ouvir minha mú-sica tocar no rádio; terceiro,aprender e trabalhar com Hor-lando Perez no programa Clubedos Cafonas (Rádio Difusora AM);por último, quando recebi o con-vite de Ugmar Nogueira paraapresentar um programa de for-ró no 98.7 FM.

== 5 O que acha da im-prensa local?

Temos bons profissionais ea cada dia mais ganhamos a con-fiança da população. Por issoacho que o trabalho é feito comresponsabilidade.

De olho na MídiaPor Gilson Cardoso

TV COSTA BRANCAOs telespectadores mossoroenses já podem captar o

sinal da sua afiliada à Rede Globo na cidade. A TV Cos-ta Branca está em fase experimental no canal 18 emHD. Será a 1ª emissora comercial de canal aberto local.

ESTREIAAté 27 de março a TV Costa Branca já deve estar no

ar com sua programação local, sendo que alguns te-lejornais ainda serão de Natal. O certo é que o noticiá-rio das 19h será de Mossoró. Na grade ainda um pro-grama de entretenimento aos sábados pela manhã eum voltado para o tema rural.

BAND NATALA coluna reclamava dia desses que a Band Natal

não ligava para a região Oeste. Fomos informados quea emissora colocará aqui uma sucursal, como tambémirá melhorar o seu sinal aberto, que também sumiu.

REDE TVJá a Rede TV segue se movimentando por aqui tam-

bém. Tem um sinal aberto, canal 16, de qualidade. Aemissora aposta em programas locais para entrar bemno mercado. Jomar Silva, Ângela Berth e Carlos Caval-cante são as apostas da Rede TV RN em Mossoró.

MÍDIAAcompanhando os investimentos em mídia nos gran-

des centros, percebo que o rádio tem a sua atenção de-vida. Aqui, algumas agências caminham para traz, pre-

ferindo outros meios ao veículo mais tradicional do pla-neta.

Wh6 Registro aqui o trabalho da agência Wh6, que vê no

veículo um meio forte para fazer uma campanha deco-lar. Os resultados estão aí. Todos os clientes da Wh6com quem conversei são satisfeitos com o trabalho.

RÁDIO VENDE Eu sou até suspeito, pois sou apaixonado pelo rádio.

Mas digo aqui sem medo de errar: o rádio vende o quevocê imaginar. Já anunciei produtos que, a princípio, ocliente nem acreditava que daria certo, o resultado foiincrível. Então, o devido respeito com a "latinha".

JAEDSON FREITASUma das gratas surpresas na narração espor-

tiva no rádio potiguar, o locutor Jaedson Freitas vaipremiar seu público com um blog voltado para omundo do futebol, em especial as coisas locais.www.jaedsonfreitas.blogspot.com.

BLOGS Ainda no tema de blogs, me permita, caro leitor, in-

dicar mais duas páginas voltadas para o tema futebol.O ex-jogador e comentarista da equipe de esportes da93, Agnaldo Fidelis, comanda o seu Jogando na Área eo radialista Fábio Oliveira tem seu www.f9.net.br, on-de os lances e gols do campeonato potiguar são posta-dos logo após a partida.

Segunda (02/03) - Elísio termina seu romance com Leonor. Elísio, Beat-riz, Cláudia, Otávio e Rafael fazem uma surpresa no aniversário de Sandra.Fernando, Madalena, Ricardo, Luísa e Beto comemoram o aniversário de Vitória.Carlota tenta falar com Ágata. Vitória se anima ao ver Rafael chegar à sua fes-ta. Ágata chega à Boogie Oogie. Danielle flagra Carlota discutindo com Ágatae comenta com Vitória e Rafael. Pedro vai atrás de Sandra. Fernando e Home-ro perseguem a delegada.

Terça (03/03) - Fernando se esconde e Homero foge em seu carro. Pedrointimida Sandra. O atropelador faz mais uma vítima. Célia conta para Beatriz

que será sócia da Star Trip. Vitória tem uma ideia para unir Elísio e Beatriz. Madale-na avisa a Beto que Fernando voltará para a Vip Turismo. Tadeu e Ana temem oresultado do julgamento de Susana. Elísio e Beatriz ficam presos no elevador.Luísa e Ricardo entregam os recibos da Vip Turismo para um contador.

Quarta (04/03) - Elísio e Beatriz descobrem a armação de Vitória parauni-los. Ricardo decide vender a Boogie Oogie. Sandra e Rafael se reúnem comLeonor para acertar os detalhes de seu casamento. Augusta se desespera quan-do Pedro afirma que Sandra ficará com ele. Susana se prepara para seu julga-mento. Carlota furta o passaporte de Beto. Beatriz e Elísio depõem no julga-

mento de Susana. Ana repreende Susana. Márcia chega ao tribunal.

Quinta (05/03) -Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgouo capítulo.

Sexta (06/03) - Até o fechamento desta edição, a emissora não divul-gou o capítulo.

Sábado (07/03) - Até o fechamento desta edição, a emissora não di-vulgou o capítulo.

ALCANCE 93 FMCom a utilização da rede social WhatsApp na 93 FM, a participação de ouvintes de outras cidades do

RN e CE aumentou de forma considerável. Mesmo acostumado com a interação do público de lugares maislongínquos, percebi que cresceu demais a participação do pessoal de fora.

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MAIS TV4 www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

Perf

il

MAIS TVPrimeiros maus passos Amor à distância

Mar de possibilidades

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5www.omossoroense.com.brDomingo, 1º de março de 2015

A principal motivação de Débora Nascimento como atriz é ter a chancede experimentar vidas distantes da sua realidade. E é grande a quan-tidade de perfis que ela sonha um dia poder interpretar. "Quero fazeruma maluca, uma drogada, uma virgem, uma freira, um transexual...Tem uma infinidade de pessoas que eu posso me tornar", imagina.

Dona de uma beleza inquestionável, Débora sabe que alguns dospapéis lhe são oferecidos também por conta de sua aparência. O quenão chega a ser um problema para a atriz. "A beleza nunca me atra-palhou porque sei que faz parte de um conjunto e uso ela a meu favor,não contra. Eu não sou só isso", afirma.

# O primeiro trabalho de DéboraNascimento na televisão foi uma par-ticipação em "Paraíso Tropical", de2007.

# Tessália, personagem que inter-pretou em "Avenida Brasil", foi um "divi-sor de águas" na carreira da atriz."Deixouo meu trabalho mais exposto", observa.

# Débora tem o hábito de assistiràs suas cenas em "Alto Astral" paraacertar detalhes de sua atuação.

# "A Malvada", filme de Joseph L.Mankiewicz protagonizado por BetteDavis, serviu como uma das referênciaspara a composição de Sueli.

TV C

ine

O filme "Loucamente Apaixonados", dirigido por Drake Doremus, trata as clássicas histórias de amor sem esbarrar em clichês.Com um modesto orçamento de cerca de 250 mil dólares, o longa tem um resultado positivo tecnicamente. Além disso, o casal deprotagonistas vivido pelos atores Anton Yelchin e Felicity Jones, recentemente indicada ao Oscar de Melhor Atriz por "A Teoria deTudo", também merece destaque por seus personagens Jacob e Anna. A dupla representa de forma consistente o drama de man-ter um relacionamento à distância. Na trama, o fato de Anna ignorar o tempo limite de permanência nos Estados Unidos custa caroao casal. Por conta disso, ela precisa voltar para a Inglaterra e tem problemas para tirar um novo visto, o que os afasta ainda mais.

As vulnerabilidades do relacionamento entre Jacob e Anna tornam o filme algo muito próximo da realidade. Isso também o d-iferencia de muitos outros roteiros com os quais o público já está acostumado. Além de cenas cotidianas, o longa deixa um clima deincerteza sobre o futuro feliz do casal protagonista e até mesmo apresenta novos personagens no meio da narrativa, que se a-paixonam por Jacob e Anna em seus respectivos países de origem. Com algumas reflexões sobre a vida a dois, "Loucamente A-paixonados" é um filme sensível e que tem tudo para agradar por não ser açucarado demais.

DOMINGO, 01/03Piratas Pirados(Globo, 14:10 h)

Pirates! The Band Of Misfits, de Peter Lord e Jeff Newitt. EUA,2012. A emissora não informou a classificação etária.

Animação - O Capitão Pirata é um dos mais trapalhões piratasdos sete mares, e sua maré de azar anda incomodando. Parapiorar, ele é louco para derrotar Black Bellamy e Cutlass Liz

na premiação Piratas do Ano, mas sua tripulação atrapalhadaacaba complicando os planos. Para completar, o capitão vai

ter de encarar uma enfezada Rainha Victoria na companhia dofamoso pesquisador Charles Darwin.

Triplo X(Globo, 00:35 h)

XXX, de Rob Cohen. Com Vin Diesel, Samuel L. Jackson e AsiaArgento. EUA, 2001.

Ação - Xander Cage é um atleta de esportes radicais, famosopor suas performances em público. Quando é recrutado porum agente, ele integra uma organização que decifra crimes

não solucionados por espiões comuns.

SEGUNDA, 02/03O Menino da Porteira

(Globo, 14:50 h)O Menino da Porteira, de Jeremias Moreira Filho. Com Daniel,Joao Pedro Carvalho e Vanessa Giacomo. Brasil, 2009. A emis-

sora não informou a classificação etária.Drama - No vilarejo de Rio Bonito, Diogo conduz uma grandeboiada até a fazenda Ouro Fino. Ao passar pelo sítio Reman-so, ele conhece Rodrigo, um garoto que sonha em se tornarboiadeiro. Logo, eles se tornam amigos e acabam testemu-

nhando juntos as injustiças que ocorrem na região.

Resgate Sem Limites(Globo, 2:45 h)

Belly Of The Beast, de Ching Siu Tung. Com Steven Seagal, By-ron Mann e Monica Lo. EUA, 2003. A emissora não informou a

classificação etária.Suspense - Um aposentado agente da CIA é obrigado a voltarà ativa quando sua filha e um colega são sequestrados na Tai-lândia. Com a ajuda de um amigo, agora monge, ele vai atrás

das duas crianças.

TERÇA, 03/03Tá Todo Mundo Louco

(Globo, 14:50 h)Rat Race, de Jerry Zucker. Com Rowan Atkinson, John Cleese eWhoopi Goldberg. EUA, 2001. A emissora não informou a clas-

sificação etária.Comédia - Em busca de diversão, um grupo de bilionários in-venta um novo jogo. Eles organizam seis grupos de pessoasque não se conhecem, em Las Vegas, para competirem em

uma corrida cheia de imprevistos e situações cômicas. O timeque chegar primeiro leva dois milhões de dólares.

Fúria de Titãs 2 (SBT, 23 horas)

Wrath of the Titans, de Jonathan Liebesman. Com Sam Wor-thington, Liam Neeson e Ralph Fiennes. EUA, 2012. Classifica-

ção etária: 12 anos.Aventura - O semideus Perseu, há tempos do seu último ato

heróico, vive como um simples pai e pescador. Agora, uma lu-ta de força entre titãs e deuses, leva Zeus a ser capturado elevado para o submundo. Diante da ameaça, Perseu volta à

cena e embarca em uma perigosa busca para derrotar os titãse salvar Zeus e a humanidade.

QUARTA, 04/03Os Três Desejos(Globo, 14:50 h)

Three Wishes, de Martha Coolidge. Com Patrick Swayze, MaryElizabeth e Mastrantonio. EUA, 1995. A emissora não infor-

mou a classificação etária.Drama - Acidentalmente, Jeanne atropela Jack Mccloud e,

sentindo-se culpada, o convida para ficar em sua casa até quese recupere da perna quebrada. O marido de Jeanne desapa-receu na guerra da Coréia e ela enfrenta sozinha o desafio de

cuidar de seus dois filhos. Magicamente, Jack transforma odestino destas pessoas e ensina uma lição de coragem e es-

perança que eles jamais esquecerão.

Nova York Sitiada(Globo, 2:05)

The Siege, de Edward Zwick. Com Denzel Washington, AnnetteBening e Bruce Willis. EUA, 1998. A emissora não informou a

classificação etária.

Ação - Um agente especial do FBI, um oficial da CIA e um ge-neral unem forças para capturar um perigoso grupo de terro-

ristas em Nova Iorque.

QUINTA, 05/03Noiva em Fuga(Globo, 14:50 h)

Runaway Bride, de Garry Marshall. Com Julia Roberts, RichardGere e Joan Cusack. EUA, 1999. A emissora não informou a

classificação etária.Comédia - Maggie possui um grave problema: não consegue

se casar. Já tentou por três vezes, mas, na hora da cerimônia,ela sempre foge do altar. Quando a história chega aos ouvi-dos de Ike, um jornalista machista da cidade grande, Maggievira notícia nos jornais. Mas, por não confirmar a história an-tes de publicá-la, Ike acaba demitido. Decidido a recuperar o

emprego, ele parte para a cidade de Maggie para provar que ahistória da noiva é verídica.

Coach Carter - Treino Para Vida(Globo, 1:55 h)

Coach Carter, de Thomas Carter. Com Samuel L Jackson, As-hanti e Rob Brown. EUA, 2005. A emissora não informou a

classificação etária.Drama - O dono de uma loja de artigos esportivos aceita sero técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiuquebrar muitos recordes. Para a surpresa de muitos, ele im-põe um regime rígido, mas quando a resistência inicial dos

jovens acaba, o time acaba se tornando imbatível.

SEXTA, 06/03Grande Menina, Pequena Mulher

(Globo, 14:50 h)Uptown Girls, de Boaz Yakin. Com Brittany Murphy, Dakota

Fanning e Marley Shelton. EUA, 2003. A emissora não infor-mou a classificação etária.

Comédia - Molly é uma jovem mimada que vive da fortu-na deixada por seu pai, um astro do rock falecido. Apóster toda sua herança roubada pelo contador, ela é obri-gada a deixar as regalias de lado e procurar emprego.

Molly começa então a trabalhar como babá de Ray, umagarota precoce de 8 anos que acaba lhe ensinando muito

sobre a vida.

POR RAQUEL RODRIGUESTV PRESS

POR LUANA BORGESTV PRESS

Interpretar um vilão é sonho de consumo da maioria dosatores. Por isso, Débora Nascimento está tão empolgada. De-pois de se acostumar a dar vida a mulheres românticas e dobem, como a Tessália de "Avenida Brasil" e a Taís de "Flor doCaribe", ela estreou no cobiçado posto na pele da ardilosa Sueli,em "Alto Astral". "O vilão é um personagem muito ativo, quemovimenta a trama. Você tem uma licença poética para colo-car todos os monstrinhos para fora",diverte-se. Assim que recebeu o con-vite para a novela das sete, Déborapercebeu que tinha uma grande re-sponsabilidade em mãos. Afinal, alémde Sueli ser a vilã da trama de DanielOrtiz, trata-se do papel de maiorrelevância em sua carreira. "Não ba-teu um medo, mas uma ansiedade porser a maior personagem que já peguei,a mais complexa e com um volumede cenas muito maior", explica.

No início do folhetim, Déboraaproveitou para conversar bastantecom o autor e com o diretor Jorge Fer-nando sobre o tom de Sueli. Nahistória, a personagem renega suafamília e tem vergonha de admitir suaorigem simples. Mas, volta e meia,se arrepende por destratar a mãe eos irmãos. Por isso, era fundamentalque a atriz encontrasse um equilíbrioentre o lado vilanesco do papel e osentimental. "O que me encantou nes-sa personagem foi exatamente isso,tudo tem um porquê, um motivo, nãoé vilania por vilania. No ponto de vistada Sueli, ela está fazendo bem emnão expor a família no meio de pes-soas ricas e influentes. Olha eu já de-fendendo a personagem!", ri. Para en-tender melhor o universo do papel,Débora, contou com o auxílio da"coach" Andréa Cavalcanti. "Ela me ajudou muito a achar es-sa humanidade da Sueli. E, na verdade, vivo cada cena. Ca-

da sequência que chega, eu estudo e faço de verdade", salien-ta.

A dedicação de Débora surtiu efeito. Pelo menos, a reper-cussão de seu trabalho tem sido positiva nas ruas. Apesar deviver uma personagem de caráter duvidoso, a atriz recebe abor-dagens carinhosas. Vez ou outra, escuta um "sermão" de brin-cadeira, quando alguém diz: "Você precisa tratar bem a sua

mãe!". "Foi uma surpresa todo esse car-inho do público, mas acho que, por seruma vilã mais humana, que sofre, queé maltratada e procura o amor, o pes-soal se identificou", avalia ela, que ad-mite estar bem mais à vontade na pelede Sueli depois de quatro meses de nov-ela no ar. "A gente arranca os cabelosquando começa, mas agora está orgâni-co. Depois de um mês com a personagemtodo santo dia, quando vou para a ce-na, já vem tudo da Sueli: a sensualidade,aquele olhar de cobra, a relação com oMarcos, com a família...", conta,referindo-se ao vilão interpretado porThiago Lacerda.

O processo de caracterização tam-bém foi de suma importância para Déb-ora. Na história, quando não está como uniforme de secretária, Sueli vesteroupas elegantes e sedutoras. "Tudo quea personagem conseguiu na vidaprimeiramente foi através de suabeleza. Ela não tem nem outra refer-ência de como se aproximar e isso é re-fletido nas roupas e na forma como ol-ha quando precisa de alguma coisa",ressalta. Dona de belos cabelos cac-heados, a atriz precisa escovar os fiosdiariamente para a novela. Tudo porquesua personagem jamais sairia de casacom um visual crespo. "Sueli renegatotalmente qualquer vínculo com a

família, com sua origem. Então, ela fez escova progressiva econtinua fazendo chapinha", esclarece.