habitaÇÃo de interesse social em mossorÓ/rn: anÁlise do ... · habitaÇÃo de interesse social...
TRANSCRIPT
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM MOSSORÓ/RN: ANÁLISE DO
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA A PARTIR DO CONJUNTO
HABITACIONAL AMÉRICO SIMONETTI
Débora Bruna Félix Gomes
Discente da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN
1 - INTRODUÇÂO
Com o passar dos anos, e com o ser humano deixando de ser de nômade, e
passando a ser sedentário, cresce ainda mais a ideologia da casa própria. É evidente que,
para possuir uma moradia fixa, é necessário pagar pela posse do bem, seja ele alugado
ou próprio; e no Brasil não seria diferente. Desse período (paleolítico), até os dias de
hoje, inúmeras mudanças em termos de habitação vem ocorrendo, inclusive aqui no
Brasil, onde o crescimento imobiliário cresce numa perspectiva grandiosa.
“No Brasil, entre 1940 e 1980, deu-se verdadeira inversão quanto ao
lugar de residência da população brasileira, caracterizando a deno-
minada passagem do Brasil rural para o Brasil urbano. Com a
expansão dos sistemas de objetos e sistemas de ação (Santos, 1996)
voltados a dotar o território de fluidez para os investimentos
produtivos, os fatores locacionais clássicos são redimensionados,
ocorrendo uma descentralização da produção.” (PEQUENO; ELIAS,
2010, p. 442).
Sendo assim, o setor imobiliário no Brasil, vem apresentando um crescimento
significativo, uma vez que o mercado de imóveis surge numa ideia de gerar lucro, - já
que vivemos numa sociedade capitalista – mas o alvo principal do crescimento
imobiliário não é só este; outro ponto entra em questão, que é a tentativa de redesenhar
o espaço, modificando assim, certa área do bairro, cidade ou país. Assim, essa área que
recebe esse investimento, passa a ser mais valorizada dentro da cidade; recebe
infraestrutura, e começa a chegar benefícios que antes não eram ofertados em dada
localidade. “(...) Essa dinâmica expansiva do capital imobiliário se reproduz muito além
dos limites territoriais das grandes metrópoles nacionais. As cidades médias, por
exemplo, têm se mostrado, no presente momento, lugares bastante receptivos a esse tipo
de negócios. A emergência do período histórico, denominado por Santos (2008a) de
técnico-científico-informacional, que implica na reestruturação do território e da
produção, dotou e vem dotando os centros urbanos de porte médio de grande potencial
econômico.” (apud, NASCIMENTO; COSTA, 2011, p. 108).
Desta forma, Mossoró1 que é tida como uma cidade média, não fica de fora do
crescimento imobiliário, pelo contrário, é uma crescente neste setor. Nesta ótica, de casa
adquirida de forma financiada, temos por objetivo estudar o conjunto habitacional
Américo Simonetti, conhecido popularmente por Abolição V, devido a sua aproximação
com os bairros abolições na cidade de Mossoró. Sabemos então, que as casas oferecidas
neste conjunto são ofertadas pelo programa social do governo federal Minha Casa
Minha Vida2, em parceria com o banco Caixa Econômica, que é o financiador deste
programa. Abordaremos os investimentos nessa a área, em questão de infraestrutura;
veremos o público alvo e outras características do conjunto e de seus moradores.
2- OS PROBLEMAS DE HABITAÇÃO NO BRASIL
Um dos principais problemas encontrados hoje no Brasil referente à habitação é
sobre a construção de moradias populares, que se tornou uma prioridade e, e mais que
isso, é um direito que é ofertado a todo e qualquer cidadão. Prioridade essa, que não é
mais tratada como simplesmente uma moradia, uma vez que, hoje a maior discussão
está em torno do dinheiro empregado para a construção da casa e não na qualidade dela.
As habitações populares no Brasil têm aumentado significativamente nos últimos anos.
Isso, porque os projetos que facilitam a compra da casa própria têm gerado diversas
formas de pagamento, o que consequentemente, possibilita a apropriação de uma
moradia. Geralmente, as formas de pagamento vão desde financiamento até
empréstimos.
1 Mossoró é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte. Pertence à
mesorregião do Oeste Potiguar e à microrregião homônima, localizando-se a uma distância de 278 km a
noroeste da capital do estado, Natal. 2 O Minha Casa Minha Vida é um programa do governo federal que tem transformado o sonho da casa
própria em realidade para muitas famílias brasileiras. Em geral, o Programa acontece em parceria com
estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos.
O Brasil vem numa grande crescente no setor imobiliário, o mercado
imobiliário teve grande aumento da demanda de procura por habitações. Programas de
créditos criados pelo governo, como o Programa Minha Casa Minha Vida, só ratificam
o fortalecimento e crescimento do mercado imobiliário no Brasil.
“Nesta perspectiva, a criação de programas de crédito, a exemplo do
Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), responsável pela
geração de demanda efetiva para os imóveis, assim como os
dispositivos institucionais de proteção dos investimentos, figuram
como pressupostos essenciais para a ampliação e fortalecimento do
mercado imobiliário em território brasileiro.” (COSTA;
NASCIMENTO, 2011, p. 108).
Nesses termos, isso revela a nível Nacional que os programas de incentivos são
uns dos principais geradores de uma grande movimentação habitacional em escala
abrangente. Desenvolve-se assim, uma política de certa forma efetiva, embora possa
dizer que não compreende qualquer renda, e com isso, o mercado habitacional está em
plena forma, já que se fortalece com tais políticas e ganha destaque dentro do espaço
Urbano das nossas cidades, sejam elas pequenas ou de médio porte. Sendo assim, o
mercado imobiliário em consonância com o Governo Federal tem celebrado uma
parceria de construções habitacionais que proporciona a aquisição da moradia com
preço e formas de financiamento, que fazem com que a população se veja beneficiada.
Apesar de ser fundamental o Governo preocupar-se em proporcionar ao cidadão
a obtenção da casa própria, o que não se tem pensado, de fato, é se os municípios,
cidades, capitais, estão preparados para lidar com questões de ordem social no Brasil.
Nesse sentido, para fins de exemplificação em escala local trataremos aqui da
habitação na cidade de Mossoró-RN. Nessa perspectiva, Costa e Nascimento (2011, p.
122) assim se colocam a respeito dos programas sociais que buscam minimizar a
questão da casa própria:
“Torna-se possível afirmar que o atual programa habitacional do
governo federal Minha Casa Minha Vida (PMCMV) que, em tese,
busca resolver o grave problema de moradia entre as classes sociais de
menor poder aquisitivo em Mossoró, surge como grande obstáculo ao
acesso destas mesmas classes à moradia digna. Os imóveis
financiados por este programa apresentam preços que estão muito
além da realidade financeira da população sem teto do município.”
A partir dos questionamentos dos autores, podemos inferir que o Programa
Minha Casa Minha Vida não abrange todas as classes sociais como proposto, e que
muitas vezes torna-se, na verdade, um problema de segregação social. Levando em
conta, que ocorre um processo de especulação imobiliária, já que se encarece o valor da
moradia. Além disso, existem outros problemas causados pela questão da moradia
popular e a sua ocupação dentro do espaço intraurbano, evidenciando a carência de
políticas bem processadas e estruturadas. Sobre isso, Elias (2010, p. 448) afirma:
“Dessa forma, do crescimento urbano de Mossoró emergem, além de
formas precárias de moradia associadas à carência de redes de
infraestrutura urbana e de equipamentos sociais, os espaços de
riqueza, onde passam a predominar condomínios horizontais e verti-
cais, bem como centros comerciais e de serviços, estabelecendo um
quadro de segregação socioespacial, configurando-se intensas dispa-
ridades intraurbanas.”
3- POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO
As políticas públicas nacionais se caracterizam por um conjunto de programas,
ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, através da
participação de um grupo público ou privados, que visam assegurar ao homem
determinados direito á cidadania, para determinado seguimento social, cultural, étnico
ou econômico, onde esse contexto corresponda aos direitos assegurados
constitucionalmente, que é a lei suprema nacional ou que se afirmam ao reconhecimento
por parte da sociedade e os poderes públicos concretizando os direitos das pessoas,
comunidades, para que todos desfrutem de seus bens materiais ou imateriais. Segundo a
legislação brasileira, as políticas públicas são formuladas principalmente por iniciativa
dos poderes executivos, ou legislativos, a partir de uma demanda e propostas feitas pela
sociedade, em seus diversos seguimentos como educação, saúde, transporte,
infraestrutura, entre outros. Em todos os aspectos, as políticas públicas estão
constituídas por instrumentos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação,
encadeados de forma integrada e lógica, da seguinte forma: Planos; Programas;
Ações; Atividades.
1- PLANO - os planos estabelecem diretrizes, prioridades e objetivos gerais a serem
alcançados em períodos relativamente longos, sempre com o intuito de estabelecer
objetivos e metas estratégicas a serem alcançados pelos governos e pela sociedade ao
longo dos anos.
2- PROGRAMAS - os programas estabelecem, por sua vez, objetivos gerais e
específicos focados em determinado tema, direcionados ao público, conjunto
institucional ou área geográfica. O Programa Nacional de Capacitação de Gestores
Ambientais (PNC) é um exemplo temático e de público definido.
3- AÇÕES - As ações visam o alcance de determinado objetivo estabelecido pelo
Programa, e a atividade, por sua vez, visa dar concretude à ação em suas diferentes
especificidades.
O que mais precisa ser feito para que as políticas públicas sejam efetivamente
cumpridas é a elaboração de leis que ajudem aos responsáveis entender seus deveres,
dentro do espaço urbano, onde a principal lei que se caracteriza dentro do estatuto da
cidade pela Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta e é denominada por
"Política Urbana" da Constituição Federal, detalhando e desenvolvendo os artigos 182 e
183, criado durante o período dos anos 40 e 80 para dar garantia aos direitos da pessoa
humana ao espaço urbano e toda sua infra estrutura de forma igualitária. A ênfase
maior foi a necessidade da elaboração desta lei a partir do processo da saída do campo
para a cidade, onde aconteceram diversos movimentos sociais devido a cidade ser uma
área de profundas desigualdades onde existe áreas super valorizadas com ótima
infraestrutura de serviços possibilitando uma vida confortável e do outro lado uma área
precária com dificuldade de oferecer melhores condição de vida para a população.
O que aconteceu a partir da elaboração dessa lei foi a necessidade da elaboração
de um plano para que os governos cumprissem corretamente os deveres sem perder de
vista as necessidades da sociedade. Nesse contexto foi elaborado o plano diretor para
cada cidade, onde é obrigatório que possam oferecer aos seus moradores uma vida de
melhor qualidade.
São pontos fundamentais para o plano diretor;
• Como um Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a
implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos
agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)
• É um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, social,
econômica, política e administrativa da cidade, do município e de sua região,
apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento
socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das
redes de infra-estrutura e de elementos fundamentais da estrutura urbana, para a
cidade e para o município, propostas estas definidas para curto, médio e longo
prazos, e aprovadas por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238)
• Caracteriza-se por ser um plano, porque estabelece os objetivos a serem
atingidos, o prazo em que estes devem ser alcançados [...], as atividades a serem
executadas e quem deve executá-las. É diretor, porque fixa as diretrizes do
desenvolvimento urbano do Município. (SILVA, 1995, p. 124 – grifos no
original).
Em fim, o Plano Diretor pode ser definido como um conjunto de princípios e regras
orientadoras da ação dos agentes que constroem e utilizam o espaço urbano. (BRASIL,
2002, p. 40). Um dos direitos dos cidadãos mais importante que está inserido na lei das
políticas públicas é o direito a moradia, habitação, onde esta tem que ser digna de uma
vida com qualidade, porem isso não é possível para todas as classes. Diante da
dificuldade de habitação os governos passaram a dispor de projetos direcionados as
essas classes que não tem uma condição financeira para obtenção da moradia.
Ente os principais projetos de habitação, podemos citar alguns, como:
COHAB, INOCOOP, e o mais recente programa de habitação criado pelo atual Governo
Federal, Minha Casa Minha Vida, tendo as vezes que os cidadãos entrar com alguma
parte financeira para poder adquirir sua moradia como um dos direitos como cidadão.
Dentro dessa temática, está inserido o conjunto habitacional de moradia popular,
abolição V.
4- O CONJUNTO HABITACIONAL ABOLIÇÃO V: A QUESTÃO DA
MORADIA POPULAR
O conjunto Abolição V emerge em Mossoró, numa perspectiva da aplicação do
programa social de habitação na cidade, o qual como já antes mencionado é o “Minha
Casa Minha Vida”. Outros bairros da cidade também fazem parte de outras políticas
públicas, como a COHAB e O INOCOOP, porém a área a qual está sendo abordada não
é introduzida em nenhum desses programas.
“Ao analisar o processo de urbanização de Mossoró, Pinheiro (2006)
destaca que a produção habitacional com recursos do Sistema
Financeiro de Habitação através dos programas do BNH,
executados pela Cohab-RN e pelo Inocoop, representaram as
principais intervenções urbanas dos anos 1970 e 1980, influenciando
diretamente na configuração de um novo eixo de expansão da cidade
associado às direções para Fortaleza ao noroeste e para Natal ao
sudeste.
Cumpre ressaltar que as diferenças de público-alvo da Cohab-RN e do
Inocoop influenciaram na definição da localização dos mesmos. Os
conjuntos populares mais distantes, promovidos pela Cohab-RN,
voltaram-se para segmentos sociais de renda média-baixa situados na
direção noroeste, enquanto que outros, vinculados ao Inocoop,
abrigaram segmentos relativamente superiores, mais próximos das
áreas de interesse do mercado imobiliário,a oeste da área central, onde
mais tarde veio a se conformar um eixo de segregação residencial”.
(PEQUENO; ELIAS, 2010, p. 450-451).
Desta forma, a área em estudo – o conjunto habitacional Américo Simonette,
abolição V -, causa uma reestruturação no espaço geográfico desta área. Gerando uma
nova visão da área para o município de Mossoró; valoriza então o território que antes
era ocupado somente por uma favela.
Imagem 01 - Vista frontal do conjunto abolição V.
Fonte: Acervo do autor, 2016.
O conjunto abolição V é constituído por aproximadamente 850 casas; recebe
também uma praça e serviços de mobilidade urbana, como o transporte público mais
utilizado de Mossoró, o transporte coletivo (ônibus). Assim, o conjunto habitacional
traz para essa área da cidade serviços que antes não eram ofertados aos moradores
residentes em ruas próximas onde esse conjunto foi construído.
Imagem 02 – Serviços de transportes em benefícios dos moradores
Fonte:Acervo do autor, 2016.
Outros serviços como os espaços públicos3, também estão inseridos nessa
política habitacional. Espaços públicos esses que, são comuns a todos os bairros. No
caso do conjunto habitacional Américo Simonetti o Abolição V, o espaço público que
ganha destaque é praça; onde a mesma está localizada no centro do conjunto, onde todas
as ruas levam a ela. Praça essa que um referencial para o conjunto, servindo assim de
ponto de referência.
Imagem 03 – Praça do conjunto Abolição V.
3 O espaço público urbano é o conjunto de lugares de domínio do coletivo e geridos pelas instituições
governamentais, sendo proibida a sua utilização privada.
Fonte:Acervo do autor, 2016.
Uma das características das moradias populares, é que todas as casas são
construídas de maneira igual, se levado em conta à estrutura física da casa. Todas têm o
mesmo tamanho, a mesma quantidade de cômodos, ou seja, os moradores residentes
destes conjuntos recebem casas iguais, porém o que se ver na prática não é bem assim,
uma vez que muitos reestruturam suas casas e saem dessa igualdade. O perfil dos
moradores beneficiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, no conjunto abolição
V, proporcionam tais mudanças físicas nas casas. Uma vez, que são pessoas empregadas
e com uma renda considerável. Já em outas casas do referido conjunto, a mudança que
acontece é devido aos autônomos residente ali; eles criam o seu próprio comércio e
modificam suas casas para ter o seu comércio em casa. Na figura 05 ilustra um pouco
desse comércio, nomeado por “RODRIGUES”, encontrado numa das principais ruas do
conjunto, a Rua Manuel Guilherme de Souza.
Imagem 04 – Casas com sua origem de construção; casas já modificadas e o
comercio existente.
Fonte: Acervo do autor, 2016.
5- MORADIA POPULAR: UMA DIMINUIÇÃO NA COABITAÇÃO
O déficit habitacional no Brasil vem diminuindo ao longo dos anos; e um forte
indicativo para essa diminuição são os programas habitacionais do governo. Alguns
critérios que entram na questão do déficit são: O ônus excessivo, a moradia precária e a
coabitação. Porém, a coabitação é um dos itens que melhor representa essa diminuição
no déficit habitacional brasileiro, quando analisada no contexto dos programas
habitacionais em razão da moradia popular. Trazendo esse contexto da coabitação para
o nosso objeto de estudo em questão – Abolição V-, tivemos como objetivo analisar a
Rua Manoel Guilherme de Souza, onde alguns moradores desta rua são pequenas
famílias composta em suma maioria por pai, mãe e um filho. Com uma renda familiar
entre 2 ou 3 salários mínimos, famílias estas que moravam com os pais ou com outros
familiares. Sendo assim, essa política habitacional no Brasil, em termo dos programas
de habitação popular, contribui para uma redução no déficit e beneficia famílias
brasileiras, ajudando cada vez mais o brasileiro a conseguir uma moradia digna, não só
para ele, e sim para sua família.
Imagem 06 – Rua Manuel Guilherme de Souza, Abolição V.
Fonte: Google Imagens, 2016.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
No tocante as questões da habitação no Brasil, estão diversos problemas; e o
mais comentado, debatido, ou até o que ganha mais destaque na mídia está relacionado
com a busca pela casa própria. Para isso, ao longo dos anos as políticas públicas
direcionadas à habitação só cresce; e com isso surge o despertar do governo para os
programas habitacionais com interesse social. Uma vez que o país investindo nesse
setor, seu crescimento torna-se cada vez maior, pois o que entra em questão, não é só a
moradia oferecida ao cidadão, mas, uma série de investimento começa a surgir, ou
simplesmente são expandidos a outras áreas que antes não oferecia serviços de ordem
social. No Brasil, não é diferente, programas habitacionais surgem cada vez mais, o
financiamento da casa própria é cada vez mais comum, essa realidade já é notória em
nosso cotidiano, e na cidade de Mossoró essa questão da moradia cresce de forma
assustadora, sejam elas populares ou não. Esse crescimento modifica a paisagem e o
espaço da cidade, nas áreas onde são implantadas. Tanto os bairros nobres da cidade,
quanto nos bairros não tão valorizados em termos de localização ou preço da terra; pois
se sabe que ao comprar um imóvel, também está inserido em seu preço o valor da terra.
A partir daí, conclui-se se a moradia é popular ou não. Geralmente as moradias
populares são aquelas inseridas em programas sócias, são divididas em parcelas mensais
estendidas por um longo período e apresentam a mesma característica física.
REFERÊNCIAS
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, página visitada em 08 de Março de 2014.
Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/habitacao/mcmv/>
ELIAS, Denise; PEQUENO, Renato. Tendências da urbanização e os espaços
urbanos não metropolitanos. São Paulo, 2010.
LOPES, Brenner; AMARAL, Jefferson Ney; POLÍTICAS PÚBLICAS:
CONCEITOS E PRÁTICAS. Belo Horizonte,2008.
NASCIMENTO, Eduardo Alexandre do; COSTA, Ademir Araújo da. A expansão do
capital imobiliário em Mossoró: reestruturação territorial, dinâmica econômica e
desigualdade socioespacial. Natal, 2011. Página visita dia 08 de Março de 2014.