sÃo paulo, 21 de outubro de 2015. - prefeitura.sp.gov.br · o filme era lúcio flávio, o...
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Hector Babenco e seu 'Amigo Hindu' iniciam a Mostra Internacional de
Cinema
Evento trará 312 filmes, de 62 países, em 22 pontos de SP.
É uma longa de história de afeto, a de Hector Babenco e a Mostra. Em 1977, o jovem
Babenco, com 31 anos, recebeu o prêmio do público na primeira edição do evento
criado por Leon Cakoff. O filme era Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia. Em 2007,
Babenco criou o cartaz da 31ª Mostra e, para muita gente, é um dos mais belos.
Caracterizado de Leon Cakoff, o diretor deixou-se fotografar como um homem-
sanduíche, carregando um cartaz em que anuncia comprar ouro. A metáfora era clara -
Cakoff, através da Mostra, garimpava ouro, isso é, grandes filmes, onde eles
estivessem. Naquele ano, foi um filme dele que inaugurou o evento - O Passado, uma
adaptação do livro de Alan Pauls.
Cabe agora, de novo, a Hector Babenco a honra e a responsabilidade de abrir o maior
evento de cinema da cidade, um dos maiores do Brasil (e da America Latina). A Mostra
fez história. Familiarizou o cinéfilo paulistano (e brasileiro) com novas tendências e
autores e, ao fazer, revolucionou o mercado. Isso para não falar do combate à censura
do regime militar. Hoje, fazem parte da lenda da Mostra histórias de como Cakoff
usava a mala diplomática de embaixadas amigas para contrabandear filmes proibidos
no País. A Mostra é essa história de amor pelo cinema, que Renata de Almeida
prossegue, com brilho e tenacidade.
Sua escolha para abrir a 39ª Mostra, na noite desta quarta-feira, numa sessão
exclusiva para convidados - no Auditório Ibirapuera -, é a prova. Meu Amigo Hindu, o
novo Babenco, inspira-se em histórias da vida do cineasta. Todo mundo sabe da luta
de Babenco contra o câncer. O amigo hindu, que ele nem sabe se sobreviveu, era um
garoto que dividia com ele a sala de quimio, num hospital nos EUA. Em um novo
momento difícil de sua vida, quando achou que ia (de novo) morrer, Babenco entrou
numa depressão violenta. Salvaram-no os diálogos imaginários com o amigo hindu,
que virou seu interlocutor. Salvou-o, também, e mais ainda, o amor ao cinema. O
desejo de voltar a filmar - nem que fosse o último filme.
Meu Amigo Hindu é esse ato de amor ao cinema. Que melhor filme para abrir a Mostra
de 2015? “Acho que você vai gostar, é um filme cheio de referências ao cinema”,
explica Babenco na sala de sua casa, na Vila Nova Conceição. É um filme tão pessoal
que parte dele foi rodado no Hospital Sírio-Libanês, onde Babenco já passou por
sucessivas internações, e em sua casa. “Aqui se passam 40% das cenas”, ele
contabilizou numa entrevista realizada em sua casa. Apontou para o jardim, onde foi
clicado. “Por aqui sai a morte.” A morte é personagem de Meu Amigo Hindu, jogando
xadrez com o protagonista, como no clássico de Ingmar Bergman, O Sétimo Selo. “São
várias referências. Meus amigos se divertem tentando se identificar na tela, mas, para
o cinéfilo, o jogo é outro. Não cito todos os filmes que me marcaram, mas alguns
poderão ser identificados por quem conhece.” Babenco agradece o golpe de sorte. Foi ver a montagem de Bob Wilson com Willem
Dafoe e Mikhail Baryshnikov no Sesc Pinheiros, The Old Woman. Saiu para jantar com
o elenco. Sentou-se ao lado de Dafoe. Trocaram gentilezas, mas algo houve, de mais
profundo. Dafoe conhecia seu trabalho. Queria saber de novos projetos. Babenco falou
do Amigo Hindu. Dafoe pediu para ler o roteiro. O diretor disse que ainda estava sendo
traduzido, ia demorar um pouco. Achou que o assunto morria ali. Ao chegar em casa,
havia um recado do tradutor, dizendo que conseguira terminar a tradução para o
inglês. Num impulso, Babenco deixou uma cópia no hotel, com um bilhete. Em três
semanas, Dafoe entrou em contato com ele. Queria fazer o filme. Filmaram em São
Paulo entre 27 de novembro do ano passado e 6 de fevereiro deste ano. Maria
Fernanda Cândido, Bárbara Paz e Reynaldo Gianecchini estão no elenco, o último como
Drauzio Varela. A morte que serve como afirmação da vida, e o amor pelo cinema.
Nesta quinta-feira, a Mostra começa para o público, com 312 filmes representando 62
países, em 22 pontos de exibição de São Paulo. Maratona, festa do cinema. Deem o
nome que quiserem. É a Mostra. E com Babenco.
SPFW: Alexandre Herchcovitch apresenta criações na Prefeitura e
recomenda utilização de transporte público
Assista, aqui.
Pensando no Frio
O estilista Ronaldo Fraga apresentou sua coleção de inverno no segundo dia da São
Paulo Fashion Week, na segunda (19), no prédio da Bienal, no parque Ibirapuera.
Circularam por lá a empresária e apresentadora Val Marchiori e as blogueiras Carol
Celico e Helena Bordon. As atrizes Isabel Wilker, Sophie Charlotte e Tania Khalill
também compareceram.
Boca no Trombone: José Paulo de Andrade comenta lei das sacolinhas e
reclama
Ouça, aqui.
Participação popular ajuda a enfrentar mudanças climáticas
Contribuições devem ser enviadas ao Ministério do Meio Ambiente até 21 de
novembro.
A participação popular será decisiva na elaboração do Plano Nacional de Adaptação à
Mudança do Clima (PNA), que vai definir ações para reduzir os impactos dessas
mudanças sobre as pessoas, atividades econômicas e os ecossistemas. O tema está
sendo discutido dentro de um processo de consulta pública conduzida pelo Ministério
do Meio Ambiente (MMA). As contribuições devem ser enviadas por meio de um
formulário no site do ministério até o dia 21 de novembro.
O trabalho envolve também integrantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI), com a participação de organizações da sociedade civil, de governos
estaduais e representantes do setor privado e acadêmico.
Segundo o MMA, há consenso nas Nações Unidas, seguindo as recomendações do
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de impedir que o aumento
de temperatura da Terra ultrapasse 2 ºC, o que deve afetar atividades cruciais como a
oferta de água e de alimentos no mundo.
O PNA busca promover a adaptação, em escala nacional, e diretrizes para cada 11
áreas: agricultura, biodiversidade e ecossistemas, cidades, gestão de risco aos
desastres, indústria e mineração, povos e populações vulneráveis, recursos hídricos,
segurança alimentar e nutricional, infraestrutura (energia, transporte e mobilidade
urbana), saúde e zonas costeiras.
O plano é necessário, segundo o MMA, para identificar onde o fenômeno será sentido
com maior intensidade e como reduzir seus impactos socioambientais e econômicos,
além de aproveitar oportunidades e evitar perdas e danos, principalmente em eventos
extremos, como enchentes, secas prolongadas e cheias, que representam ameaça às
populações e aos sistemas produtivos.
Após a consulta, será apresentada uma versão final do plano, considerando as
contribuições recebidas. As dúvidas sobre o plano ou sobre a consulta podem ser
enviadas para o e-mail: [email protected].
Negociadores sobre mudanças climáticas concordam que tempo é curto
Os representantes que negociam um acordo de luta contra as mudanças climáticas em
Bonn se mostraram de acordo nesta quarta-feira que é urgente entrar em acordo a
respeito de um texto, a três dias do fim da rodada, e também concordaram em fazer
todos um mea culpa.
"Não acredito que este trabalho nos conduza aonde queremos estar no fim desta
semana", advertiu, no entanto, em sessão plenária a negociadora-chefe da França,
Laurent Tubiana, que assumirá a organização das discussões na grande conferência do
clima em Paris, dentro de seis semanas.
Os negociadores de 195 partes da Conferência sobre as Mudanças Climáticas se
encontram em pleno combate em Bonn para redigir o primeiro grande acordo mundial
de luta contra as mudanças climáticas.
Este acordo deve ser fechado durante outros dez dias de negociações pelos ministros
do Meio Ambiente em Paris, em dezembro.
"É óbvio que se os ministros examinassem o parágrafo um (do texto) neste momento,
provavelmente muitos delegados perderiam a metade de seus salários", disse um dos
chefes do grupo de trabalho, Artur Runge-Metzer.
O texto, que tinha 20 páginas até segunda-feira, sofreu um grande retoque após os
protestos do grande grupo de nações em desenvolvimento, o chamado G77, assim
como a China.
O texto cresceu novamente para 34 páginas, e o trabalho, em sessões que se
prolongam até a noite, foi dividido por capítulos em vários grupos de trabalho.
"Houve um progresso substancial para corrigir desiquilíbrios no texto", observou a
porta-voz do chamado G77, que agrupa os países em desenvolvimento e a China, a sul-
africana Nozipho Mxakato-Diseko.
Nesta quarta-feira, em sessão plenária para recapitular o ritmo do trabalho, o
ambiente era de nervosismo.
"Todas as partes estão desanimadas ou porque não nos movemos suficientemente
rápido, ou porque não têm tempo de examinar todas as propostas", disse outro chefe
de grupo de trabalho, Frank Perrez.
A ambiciosa negociação aborda as medidas para combater o aumento da temperatura
do planeta, como cortar progressivamente a dependência das energias fósseis, o
financiamento de todas estas medidas e como controlar o progresso de forma mútua,
entre muitos temas.
O alcance destas propostas gera tensão basicamente entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento, mas as brigas também ocorrem no seio dos diferentes grupos e
regiões.
"Peço que discutam com seus pares" fora dos grupos de trabalho, implorou o
copresidente das negociações, o argelino Ahmed Djoghlaf.
Os contatos bilaterais ou em pequenos grupos são essenciais para acelerar o trabalho
de leitura do texto nos grupos de trabalho, lembraram os chefes da negociação.
Nesta fase, 150 Estados apresentaram à ONU sua "proposta de contribuição" para
reduzir as emissões no período de 2025-2030 visando à conferência de Paris.
Os países desenvolvidos já atingiram seu pico de produção de energia em geral, e seus
avanços tecnológicos permitem a eles buscar simultaneamente alternativas para
reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.
Agência abre 7 mil vagas em cursos gratuitos sobre água
A Agência Nacional de Águas (ANA) abre inscrições para 7 mil vagas em cursos
gratuitos, na modalidade de ensino a distância (EaD). Os interessados podem se
inscrever através do site http://eadana.hospedagemdesites.ws/ até o próximo dia 25
ou antes desta data, caso todas as vagas sejam preenchidas. A seleção será feita por
ordem de inscrição. A Agência oferecerá os seguintes temas:
• Água e Floresta: Uso Sustentável da Caatinga (1000 vagas);
• Comitê de Bacia: O que É e o que Faz? (500 vagas);
• Comitê de Bacia: Práticas e Procedimentos (500 vagas);
• Cuidando das Águas (1000 vagas);
• Gestão Integrada de Recursos Hídricos no Nordeste (1000 vagas)
• Lei das Águas (2000 vagas);
• Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias (1000 vagas).
Os interessados podem se inscrever em até dois cursos simultaneamente e receberão
a confirmação de matrícula no primeiro dia de cada capacitação. Os alunos que
conseguirem 60% de aproveitamento nas avaliações terão direito a um certificado,
sendo que o tempo de duração das atividades pode ser menor que o previsto,
conforme o desempenho de cada um. Para facilitar a aprendizagem, os conteúdos são
estruturados através de uma navegação sequencial entre módulos.
Oferecido pela ANA e pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o curso Água e Floresta:
Uso Sustentável da Caatinga, tem duração de dez horas. As turmas acontecem de 9 a
15 de novembro e de 16 a 22 de novembro, cada uma com 500 vagas. A capacitação
visa a apresentar noções básicas sobre práticas sustentáveis de uso dos recursos
florestais da Caatinga e sua relação com a água.
Previsto para acontecer de 27 de outubro a 8 de novembro com carga de 20 horas, o
curso Comitê de Bacia: o que É e o que Faz? busca ensinar as atribuições e
responsabilidades desses colegiados, além de incentivar a participação da sociedade
na gestão da água. Também com 20 horas de carga, o tema Comitê de Bacia: Práticas e
Procedimentos terá suas atividades entre 9 e 22 de novembro com foco no
funcionamento da estrutura organizacional dos comitês, visando a melhorar o
processo de gestão de recursos hídricos.
De 27 de outubro a 22 de novembro acontecerão dois cursos com carga de 40 horas:
Cuidando das Águas e Planejamento, Manejo e Gestão de Bacias. O primeiro busca
estimular os alunos a refletirem sobre a responsabilidade de cada um no uso
sustentável da água e sobre as possibilidades de melhoria da qualidade dos recursos
hídricos. O segundo tem o objetivo de apresentar os instrumentos de planejamento
dos recursos hídricos e de gestão de bacias.
Também há duas turmas para o curso Gerenciamento Integrado dos Recursos Hídricos
no Nordeste com um total de 1000 vagas e carga de dez horas. As atividades
acontecem de 27 de outubro a 1º de novembro e de 2 a 8 de novembro. A capacitação
aborda o gerenciamento de recursos hídricos no Nordeste, considerando as
peculiaridades da região no que diz respeito à disponibilidade hídrica.
O curso Lei das Águas tem carga de 20 horas e acontecerá em duas turmas: de 27 de
outubro a 8 de novembro e de 9 a 22 de novembro. A capacitação aborda a Política
Nacional de Recursos Hídricos e os conceitos básicos relacionados à gestão das águas.
Além disso, ensina os alunos a identificarem formas de atuação responsável para o uso
e gestão do recurso.
Capacitação
A ANA realiza capacitações para as entidades que compõem o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos e para toda a sociedade brasileira. O objetivo dos
cursos é estimular a conservação e o uso sustentável da água, além da participação
cidadã na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Em 2014, a
Agência capacitou mais de 22 mil pessoas. Para 2015, a expectativa é bater este
recorde com mais de 33 mil alunos. Saiba mais no Portal da Capacitação da ANA e
assista à animação sobre os cursos realizados pela Agência.
Após embargo, principal obra contra crise hídrica de SP reduz força
Bombeamento ficou um dia embargado e teve ser limitado a 1m³/s.
Ruas de Ribeirão Pires ficaram alagadas após início da transposição.
A obra de interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê, principal intervenção
contra a crise hídrica, sofreu um embargo no dia 8 de outubro, pouco mais de uma
semana após sua inauguração. A Secretaria de Meio Ambiente de Ribeirão Pires
informou que ruas do bairro de Ouro Fino ficaram alagadas após o início do
bombeamento na Represa Billings.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e a Prefeitura de Ribeirão Pires se
reuniram e foi acordado que o bombeamento, que vai até 4m³/s, teria que ficar
limitado a 1m³/s. Com isso, o desembargo foi realizado um dia depois, dia 9, e a
empresa pôde atuar em “operação assistida”, com monitoramento da prefeitura de
Ribeirão Pires e do DAEE.
Para a Sabesp poder voltar a operar, o DAEE teve que fazer o desassoreamento –
limpeza no fundo do rio - do Rio Taiaçupeba-Mirim. A empresa teria se comprometido
a fazer a limpeza da calha do rio até a divisa com Suzano.
“Eu te garanto que esses dias eles não bombearam por causa disso, porque tiveram
que fazer muita limpeza, e com as máquinas dentro do rio não tinha condições deles
bombearem”, disse nesta terça-feira (20) ao G1o secretário de meio ambiente de
Ribeirão Pires, Gerson Goulart.
Ainda nesta terça, após visita ao local das obras, o secretário voltou a falar com o G1 e
disse que constatou que a Sabesp voltou a bombear nesta segunda-feira (19) um
volume de 0,8m³/s.
Já a Sabesp afirma que a operação assistida já começou e a empresa está bombeando
o volume permitido desde o dia 9.
Ainda segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a obra da Sabesp terá que passar por
uma série de adequações para poder aumentar o volume do bombeamento e chegar
aos 4m³/s, como a instalação de sensores para o fechamento das válvulas em caso de
transbordamento.
Obra de interligação
A obra de interligação foi entregue no dia 30 de setembro pelo governador Geraldo
Alckmin. A interligação pode bombear até 4 m³/s da Billings para a represa de
Taiaçupeba, que integra o Sistema Alto Tietê. Isso vai aumentar a entrada de água em
cerca de 26%. A medida visa socorrer o Alto Tietê, que vive situação crítica segundo o
governo de São Paulo.
O Alto Tietê é responsável pelo abastecimento de 5 milhões de pessoas na Grande São
Paulo, a maioria parte na Zona Leste e municípios da região metropolitana.
Atraso
A obra havia sido anunciada inicialmente para maio deste ano. Em abril, a Sabesp já
havia destacado o tamanho da obra para justificar a impossibilidade de entregar a
interligação em maio: "tratam-se de ajustes normais dado o tamanho e a
complexidade de uma obra desse porte", informou a companhia à época. Alckmin
justificou durante a inauguração:
"Claro que nós gostaríamos que ficasse pronta antes. Mas uma obra desse tamanho,
você sempre depende de licenciamento ambiental, de uma série de coisas que às
vezes nem é o próprio governo que controla. Nós tivemos no Guaió, por exemplo, uma
ajuda importante da Petrobras, para passar os dutos. Mas eu diria que é um prazo
recorde, você fazer uma obra, em questão de meses, desse tamanho, dessa
dimensão", afirmou.