31ª edição - jornal chico da boleia nacional

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Distribuição Gratuita O JORNAL PARA O CAMINHONEIRO AMIGO www.chicodaboleia.com.br Orgulho de ser caminhoneiro EDIÇÃO NACIONAL Chico da Boleia conversou com Flávio Benatti, presidente do Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), que falou sobre a Lei 12.619 Ano 03 - Edição 31 - Julho de 2014 Flávio Benatti fala sobre a atual situação da Lei 12.619 Pág. 05 Pág. 16 Pág. 06 A quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck deste domingo (20) mar- cou a realização de metade de toda a tem- porada, iniciada em março deste ano. Leandro Totti vence mais uma e já é campeão sul-americano A 16ª Feira e Congresso de Transporte e Logística, também conhecida como Trans- posul, aconteceu entre os dias 15 e 17 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. Transposul reúne especialis- tas do setor e representantes políticos em sua abertura Caminhoneiros e caminhoneiras da vida real Foto: Chico da Boleia Confira o ensaio em homenagem ao Dia do Motorista e o depoimento de amigos do trecho

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Fique sabendo de tudo o que acontece no setor do transporte.

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Page 1: 31ª Edição - Jornal Chico da Boleia Nacional

Distribuição Gratuita

O JORNAL PARA O

CAMINHONEIROAMIGOwww.chicodaboleia.com.br

Orgulho de ser caminhoneiro

EDIÇÃO NACIONAL

Chico da Boleia conversou com Flávio Benatti, presidente do Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), que falou sobre a Lei 12.619

Ano 03 - Edição 31 - Julho de 2014

Flávio Benatti fala sobre a atual situação da Lei 12.619

Pág. 05

Pág. 16

Pág. 06

A quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck deste domingo (20) mar-cou a realização de metade de toda a tem-porada, iniciada em março deste ano.

Leandro Totti vence mais uma e já é campeão sul-americano

A 16ª Feira e Congresso de Transporte e Logística, também conhecida como Trans-posul, aconteceu entre os dias 15 e 17 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.

Transposul reúne especialis-tas do setor e representantes

políticos em sua abertura

Caminhoneiros e caminhoneiras da vida realFoto: Chico da Boleia

Confira o ensaio em homenagem ao Dia do Motorista e o depoimento de amigos do trecho

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Sede: Rua José Ravetta, 07 - Itapira-SP, CEP 13977-150 Fone:(19) 3843-5778

Tiragem:

50.000 exemplares Nacional, 10.000 exem-plares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão Preto

Diretora-Presidente: Wanda Jacheta

Diretor Editorial: Chico da Boleia

Editor Responsável: Chico da Boleia

Coordenação / Revisão / Fotógrafa

Larissa J. Riberti

Diagramação / Fotógrafa

Pamela Souza

Suporte Técnico / FotógrafoMatheus A. Moraes

Video Maker / FotógrafoMurilo Abreu

Conselho Editorial:Albino Castro (Jornalista) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordena-dora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil)Responsabilidade social:ViraVidaLigue 100Na mão certa

02 EDITORIAL

ExpedienteEnfim o fim da copa e já estamos no se-gundo semestre

Por incrível que pa-reça aos olhos dos pessimistas a Copa do Mundo de Fu-tebol realizada no Brasil foi um suces-so na organização, na alegria, na hospi-talidade natural do nosso povo. Quem veio de fora gostou,

aprovou e diz que vai voltar!Porém dentro do gramado deu a lógica em um esporte onde isso não vale muito. Eu disse na edição anterior que qualquer re-sultado que não fosse a eliminação já na fase de grupos seria um milagre, ou obra de muitos juízes japoneses. Não houve mi-lagre muito menos juízes como no primeiro jogo. Passamos pela fase de grupos no sufoco, e assim foi até as quartas de final. No jogo contra a Colômbia parecia que tínhamos acordado, com exceção do Fred, que não fez nada, nada, nadica de nada durante os jogos que o técnico teve a infelicidade de escolhê-lo. Ledo engano! A falta crimino-sa em cima do pônei de circo (Neymar) e a expulsão do capitão do time por um ato infantil nos colocou de novo na realidade. Um time sem direção, sem estratégia, sem tática, só um amontoado de poucos talentos que ousamos chamar de “seleção. Veio a Alemanha e nos detonou, sim a nós torcedores, veio sacramentar aquilo que to-dos que apreciam ou acompanham um pou-

co do futebol do qual já fomos os melhores do mundo já sabíamos. Nem com todo cho-ro do mundo ou a “pseudo raça” em cantar o Hino a pleno pulmões, sem técnica, sem jogo de equipe, sem fundamentos básicos não haveria como pleitear alguma coisa como titulo. Mas a esperança é a ultima que morre! Mesmo na disputa do terceiro e quarto lugar a torcida fez seu papel, apoiou, incentivou, porem não foi o suficiente. A Holanda colocou mais três gols no goleiro que pediu mais uma chance para mostrar que poderia ser diferente e foi, sai da copa como um dos mais vazados do torneio.Na minha opinião, o erro foi quando demi-tiram Mano Menezes e trouxeram Felipe Scolari, este sim foi o apagão da cartola-gem. Perderam uma grande oportunidade de fazer algo serio, mas não, perderam o bonde da história.Parabéns a Alemanha pelo titulo merecido, parabéns a Argentina pela garra, pela fibra, parabéns para Holanda. E a nós, cabe re-conhecer poucos talentos individuais no nosso time, que sabe-se lá porque jogaram fora de suas posições que os fizeram bons jogadores.E vamos ao mundo do tapete negro da es-trada! Temos neste mês inúmeras festas ho-menageando nós caminhoneiros e carretei-ros em função do dia do Motorista e do dia de São Cristovão. Acompanhamos tudo de perto e trouxemos muitas novidades para nossos leitores. Além disso, sintam-se to-dos homenageados por construírem a cada dia rodado, um pedaço da história do nosso país. Os debates sobre a Lei 12.619 também con-tinuam. A legislação sofreu um grande gol-

pe ao ser alterada no Senado Federal. No entanto, o projeto voltou para a Câmara dos Deputados que retornou o que eles tinham votado, e agora vai a Sanção Presidencial que pode vetar no todo ou parcialmente, isso quer dizer que a briga continua.

Companheiro Caminhoneiro e Carreteiro vamos ficar atentos ao que acontece, pois neste segundo semestre temos as eleições e a definição de como nossa legislação ficará.

Fique atento.Por hoje é sóBoa leitura e até a próxima edição

Chico da Boleia sempre com Orgulho de ser Caminhoneiro.

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CHICO DA BOLEIA

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CHICO DA BOLEIA04 PAPO DE BOLEIA O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Se tiver alguma dúvida ou sugestão fale com a gente.

Nosso telefone é 019 3843 5778 ou 019 3843 6487, nos mande um e-mail [email protected] ou escreva em nosso site www.chicodaboleia.com.br

Um abraço e ate a próxima edição

Chico da Boleia Orgulhode ser Caminho-neiro

Chico da Boleia respondeLuiz: Chico, porque o dia do Caminhonei-ro é comemorado no dia 25 de Julho? Não deveríamos ter uma data exclusiva só para celebrar a nossa profissão?

Companheiro, dia 25 de Julho é Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, por isso, neste dia também se comemora o dia do caminhoneiro. Mas também existem outras datas para comemorar o Dia do Ca-minhoneiro. Por exemplo no Estado de São Paulo, dia 16 de Setembro é o Dia Estadual do Caminhoneiro. Já no dia 30 de junho é o Dia Nacional do Caminhoneiro. Fora isso temos outras datas que companheiros fes-tejam como dia do Caminhoneiro. Na ci-dade de Itabaiana, no Sergipe, considerada a capital nacional do caminhão, os compa-nheiros do trecho comemoram seu dia em 13 de Junho por ser também dia de Santo Antônio. Há aqueles também que comemo-ram no dia de Nossa Senhora Aparecida e assim vai.

O importante é que nós caminhoneiros, com o passar do tempo, sejamos cada vez mais reconhecidos pela importância da nossa atividade.

Irmãos Davoli apresenta novo pneu da Michelin

No dia 28 de junho, Chico da Boleia esteve na sede da Irmãos Davoli em Mogi-Mirim, uma das maiores e mais antigas concessio-nárias Mercedes-Benz do Brasil. Foi lá que aconteceu o evento de lançamento do pneu Michelin 275, linha Multi D, curiosamente no mesmo dia do jogo da seleção brasilei-ra contra o Chile. Os convidados puderam conhecer o novo modelo e também acom-panhar o jogo através de um telão monta-

do pela organização. Quem explicou tudo sobre a novidade foi Michele Cristina do Nascimento, supervisora de vendas de pneus da empresa. Confira!

Chico da Boleia: Michele, conta um pouco sobre o que está sendo lançado aqui hoje.

Michele: Na verdade estamos apresentan-do o 275 na linha Multi D. A Michelin tem desenvolvido novos pneus e já havia lan-

Foto: Matheus Moraes

çado o 295 que é um pneu tração pro eixo trativo, um pouco mais largo, com 10 mm de banda a mais que o modelo antigo. E se-guindo esse mesmo desenho agora lança-mos o 275, com o qual o cliente ganha em custo benefício, carga e estabilidade.

Chico da Boleia: E como está a aceitação desse pneu no mercado?

Michele: O 295 teve uma aceitação mui-to boa. O 275 foi lançado há dois meses e ainda estamos introduzindo o produto no mercado para termos uma resposta dos clientes. Mas os que já estão usando, estão elogiando muito.

Chico da Boleia: E como é esse desafio de fazer um lançamento de pneu em dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo?

Michele: É um desafio mesmo. Foi uma proposta que aceitamos, tivemos uma boa aceitação, os clientes compareceram e foi muito positivo porque também pudemos interagir com eles a partir do evento. Foi um convite duplo: relacionar-nos mais pro-ximamente com os clientes e apresentar o pneu.

Chico da Boleia: E as vendas?

Michele: Nós vendemos o volume espe-

rado para o evento e ainda temos algumas negociações já encaminhadas. Ficamos bastante satisfeitos.

Irmãos Davoli

No mercado há quase 7 décadas, o Gru-po Irmãos Davoli ganhou notoriedade e respeito entre as concessionárias de cami-nhões Mercedes-Benz no país, recebendo prêmios e certificações de qualidade e fi-gurando como um das mais antigas conces-sionárias da marca no país. Atualmente, a empresa está em Mogi-Mirim, Porto Fer-reira, Amparo e Jaú, totalizando uma área de abrangência de 50 municípios no inte-rior paulista.

Pelo oitavo ano consecutivo a Irmãos Da-voli teve seu trabalho reconhecido pela Mercedes-Benz que lhe concedeu mais um Prêmio Star Class Certificação Ouro de Qualidade. A certificação representa o ín-dice máximo de qualificação dos serviços prestados aos clientes.

Em 2013 a Empresa também recebeu, pelo segundo ano consecutivo, a qualificação “Ouro” em veículos comerciais Sprinter. Mais uma demonstração de seu comprome-timento com a satisfação dos clientes.

Redação Havaia Comunicação

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAFIQUE POR DENTRO 05

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Um abraço e ate a próxima edição

Chico da Boleia Orgulhode ser Caminho-neiro

Transposul reúne especialistas do setor e representantes políticos em sua aberturaA 16ª Feira e Congresso de Transporte e Logística, também conhecida como Trans-posul, aconteceu entre os dias 15 e 17 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. Realizado pelo Setcergs (Sin-dicato das Empresas de Transporte de Car-gas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul) e sob a coordenação do vice-presi-dente do Sindicato, Leandro Bortoncello, o evento reuniu as principais marcas do setor como montadores, empresas de implemen-tos e rastreadores.

O pontapé inicial das atividades da 16ª Transposul foi dado às 14 horas da terça--feira (15), com a cerimônia de abertura que contou com a presença de especialis-tas do setor, entidades sindicais e membros do governo. Leandro Bortoncello abriu os discursos e falou para um público de apro-ximadamente 300 pessoas.

“A Transposul é um grande evento anu-al de transporte e logística e nasceu há 16 anos, em um pequeno hotel em Canela. Hoje, somos um dos maiores eventos do país e continuamos crescendo a cada ano”, afirmou o coordenador. No ano passado, a Feira atingiu R$135 milhões em negócios, foram comercializados 479 caminhões, 25 implementos rodoviários, diversos in-sumos e equipamentos como sistemas de rastreamento, pneus, seguros, softwares de controle e gestão e equipamentos de segu-rança.

No entanto, a Transposul vai muito além do ambiente mercadológico, sendo um mo-mento de troca de experiências e conheci-mentos. “Ela é uma oportunidade de apre-sentarmos o setor para a opinião pública e uma chance de mostrarmos seu potencial produtivo, bem como os avanços e desa-fios que temos pela frente tanto no Brasil quanto no Rio Grande do Sul”, expressou Bortoncello. Realizador e idealizador do evento, o Se-tcergs é atualmente presidido por Sérgio Neto, também presente durante a abertura do evento. Com 56 anos de história, o Sin-dicato contribui para a Feira com suas es-tratégias de negócios e com suas parcerias profissionais.

“Essa Feira e Congresso tornaram-se um grande fórum de discussão dos problemas relacionados ao setor, momento de agregar valor às pessoas bem como uma oportu-nidade de congraçamento dos nossos for-necedores com os diretores e gestores das empresas e, por consequência, a porta de

realizações de grandes negócios para todos os que ali se encontram”, declarou anterior-mente.

Durante a cerimônia da abertura, Sérgio Neto também afirmou que a Transposul é o local de renovação do compromisso que o Sindicato tem com o setor do transporte ro-doviário de cargas. “A quantidade de pes-soas neste auditório hoje mostra o quanto o nosso setor é importante para o desenvol-vimento da logística e da economia deste país”, concluiu.

O Presidente do Setcergs também agrade-ceu a presença das inúmeras entida-des sindicais. Para ele, este é um sinal de união no setor. “Construímos juntos e com muito orgu-lho um Brasil mais forte, mais digno, transportando nas carrocerias dos nossos caminhões e ônibus muito mais do que as pes-soas comem, bebem, vestem, medicam ou sonham. Vocês exposi-tores e participantes tam-bém fazem parte daqueles que acreditam num Brasil maior.”, concluiu.

Entre as autoridades que compareceram ao evento estavam o Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), o Presidente da Assembleia Legislativa, De-putado Estadual Gilmar Sossella (PDT) e o Prefeito da cidade de Porto Alegre, José Fortunati (PDT).

Durante seu discurso, o Prefeito de Porto Alegre declarou imensa satisfação em ter um evento como a Transposul na cidade, já que ele movimenta não apenas negócios, mas trás consigo uma série de oportuni-

dades de aprendizado para o setor. Fortuna-ti ainda ressaltou que é preciso deixar para trás o péssimo corren-te entre os brasileiros que acham que o país nunca conseguirá avançar na infraestru-tura e ser capaz de re-alizar grandes feitos.

“Estamos há menos de 48 horas do térmi-

no de uma grande Copa do Mundo que esse país realizou. É impos-sível não fazer uma referência a este evento que durante muito tempo sofreu críticas. O pessimismo se abateu sobre o país, alegan-do que nossa estrutura não estaria pronta para receber nossos turistas. Contrariando isso, fizemos a Copa das Copas. É impor-tante nos lembrarmos disso, porque essa onde de pessimismo ainda está entre nós. Essa infelizmente continua sendo uma ten-dência muito forte entre aqueles que olham para o Brasil desde dentro.”, afirmou o Pre-feito.

Para Fortunati, esse pessimismo não se enquadra, por exemplo, na rea-

lidade da Transposul que reúne empresas sólidas,

competentes e que ao longo da história tem demonstra-do competência, capacidade e ousadia em seu trabalho. “Mas na tura lmente ,

vocês devem conviver com pes-

simistas que tentar minimizar os feitos

desses anos todos. Esse trabalho qualificado realizado

por vocês deve ser ressaltado e reconhe-cido”, concluiu o Prefeito que ainda acredi-ta que a base para um sistema logístico de qualidade está montada.

O Governador Tarso Genro também felici-tou a organização do evento pela dimensão que a Transposul adquiriu. De acordo com o representante executivo existem ainda muito desafios a serem enfrentados não só a nível local como também nacional quan-do se trata de infraestrutura logística. “Esse impasse que a sociedade brasileira está vivendo em sua área logística, também

já foi enfrentado por outros países e foi su-perado em função de circunstâncias muito agudas que pressionaram essas transforma-ções”, argumentou o governador que citou os casos da reforma logística estaduniden-se realizada após a grande crise de 1929 e as transformações na França com o Plano Marshall implementado no país após a Se-gunda Guerra Mundial.

Para Tarso Genro, que já foi Ministro da Educação, o Brasil pode superar seu impas-se logístico e tem a vantagem de não viver nenhum momento crítico nem econômico e nem politicamente. “Para isso acontecer, no entanto, a política deve passar por uma renovação de ideias em seu Parlamento, principalmente quando se trata das parce-rias público-privadas e da Lei de Conces-sões para que ambos os mecanismos fun-cionem em prol da sociedade”.

Quem também esteve na abertura do evento e falou ao público foi José Hélio Fernandes, Presidente da NTC & Logísti-ca. “A Transposul é um dos eventos mais importantes do Brasil e, uma vez por ano, o Setcergs proporciona essa oportunidade tão esperada onde podemos trocar experi-ências, conhecer as grandes novidades do mercado do setor e também encontrar ami-gos nesta tão hospitaleira cidade de Porto Alegre”, afirmou Fernandes.

O Presidente da NTC ainda ressaltou seu ponto de vista sobre as recentes alterações na Lei 12.619, conhecida como Lei do Mo-torista, aprovadas no Senado e que seguem em debate. “Vivemos um momento impor-tante, onde a tão esperada regulamentação aconteceu. Agora temos o mínimo de se-gurança jurídica para transportar as rique-zas deste país. As alterações aprovadas no Senado eram do interesse de muitos mem-bros do setor e representam uma carta de alforria para as empresas que agora podem contar com uma legislação mais explícita e flexível”, afirmou.

Vale ressaltar que entre os expositores pre-sentes, está a Sascar, um dos maiores no-mes em rastreadores de veículos do Brasil e antiga parceira do Chico da Boleia. Recen-temente, a Sascar foi adquirida pelo mesmo grupo que detém as ações da fabricante de pneus Michelin, e apresenta agora as novi-dades desse novo momento aos seus clien-tes. Em seu estande também foram distri-buídos brindes e pequenas guloseimas para os visitantes.

" A Transposul é um dos eventos mais importantes do Brasil e, uma

vez por ano, o Setcergs proporciona essa oportunidade tão esperada onde podemos trocar experiências, conhecer as grandes

novidades do mercado do setor e também encontrar amigos nesta tão hospitaleira

cidade de Porto Alegre "

- José Hélio Fernandes, Presidente da NTC & Logística

Autoridades e especialistas durante a cerimônia de abertura. Foto: Larissa J. Riberti

rado para o evento e ainda temos algumas negociações já encaminhadas. Ficamos bastante satisfeitos.

Irmãos Davoli

No mercado há quase 7 décadas, o Gru-po Irmãos Davoli ganhou notoriedade e respeito entre as concessionárias de cami-nhões Mercedes-Benz no país, recebendo prêmios e certificações de qualidade e fi-gurando como um das mais antigas conces-sionárias da marca no país. Atualmente, a empresa está em Mogi-Mirim, Porto Fer-reira, Amparo e Jaú, totalizando uma área de abrangência de 50 municípios no inte-rior paulista.

Pelo oitavo ano consecutivo a Irmãos Da-voli teve seu trabalho reconhecido pela Mercedes-Benz que lhe concedeu mais um Prêmio Star Class Certificação Ouro de Qualidade. A certificação representa o ín-dice máximo de qualificação dos serviços prestados aos clientes.

Em 2013 a Empresa também recebeu, pelo segundo ano consecutivo, a qualificação “Ouro” em veículos comerciais Sprinter. Mais uma demonstração de seu comprome-timento com a satisfação dos clientes.

Redação Havaia Comunicação

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CHICO DA BOLEIA06 FIQUE POR DENTRO

Na programação da 16a Feira e Congresso de Transporte e Logística (Transposul) de Porto Alegre também teve espaço para inú-meras discussões sobre o transporte rodovi-ário de cargas e outros assuntos pertinentes, como a situação economia atual no Brasil. Abrindo o segundo dia de atividades da Feira ocorrido na quinta-feira (16), o Painel “Cenário atual da economia brasileira” teve a participação do jornalista William Waak. De acordo com o debatedor, passamos por um momento em que a economia vive uma condição “medíocre”.

Waak ainda apontou indicadores como a inflação, que contribuem para esse quadro, assim como o fato de que o Brasil é um país que poupa e investe pouco. “Este cenário não é caracterizado por algum oposicionis-ta raivoso, nem por nenhuma pessoa que queira se opor ao governo, mas são núme-ros aceitos pelos economistas independen-temente de sua posição política”, argumen-tou.

Durante sua exposição, o jornalista também disse considerar fatores subjetivos como a confiança da população nas instituições que controlam a política. Para ele, a percepção que o consumidor brasileiro tem hoje sobre o mercado é negativa.

De acordo com a opinião do jornalista, o Brasil não possui problemas econômicos e sim políticos. “Não entramos numa guerra que tornasse escassos nossos recursos, tam-pouco tivemos tragédias naturais para aca-bar com eles. Então como explicar que um país com tantos recursos naturais e pesso-ais, tenha números de economia tão ruins, pessimismo e receio em relação ao futuro?

Na minha opinião, é a política.”, expressou. Para Waak, os programas sociais atuais do governo brasileiro são concessões de bene-fício sem o ganho da contrapartida. “É ób-vio que esse tipo de ajuda quando se torna um fim em si mesmo, passa a ser um pro-blema e não uma solução. A desigualdade social no Brasil parou de diminuir”, alegou o jornalista que acredita que a expansão dos gastos com benefícios sociais e as po-líticas de aumento do poder de compra dos brasileiros “precedem o ano de 2003”.

O jornalista ainda argumentou que o brasi-leiro tem a mania de acreditar que o tempo está a seu favor. “Acreditamos que o tempo é capaz de fazer cumprir nosso “Destino Manifesto” não nos preocupando com o cuidado com as instituições e com a políti-ca.”, expressou.

Durante sua exposição, Waak perguntou aos presentes quem se lembrava dos candi-datos nos quais votaram na última eleição. Diante da resposta pouco expressiva do pú-blico, que mostrou apenas algumas mãos levantadas, William defendeu seu ponto de vista de que esse tipo de “despolitização” – mesmo diante de um público formado pela “elite esclarecida”, segundo ele – demons-tra uma crise de representatividade.

“Isso tem a ver com o mau funcionamen-to do sistema político brasileiro, que é to-talmente distorcido. Do jeito que está não conseguirá sanar essa crise de representa-tividade.” De acordo com Waak esses pro-blemas já existiam e o atual governo conse-guiu intensificar os pontos negativos dessa realidade.

William também expos que vivemos uma

crise de autoridade, pois a popula-ção já não respeita aqueles que es-tão no poder. “Essa crise é recente,

aguda e perigosa. Faz com que nós brasilei-ros percamos o respeito pelas nossas insti-tuições e por aqueles que elegemos”.

Essas duas crises – de representatividade e de autoridade – podem explicar, de acordo com o debatedor, o problema econômico atual. “Nós temos uma sociedade ao mes-mo tempo desejosa que o poder público tra-ga para ela os benefícios descritos na Cons-tituição, mas ao mesmo tempo com um desprezo, uma desconfiança muito grande em relação ao poder público”, argumento. Ao final do seu discurso, o jornalista disse que as discussões políticas no Brasil pre-cisam estar isentas de brigas político-par-tidárias. “Não fizemos nenhuma reforma política nos últimos vinte anos. Isso é ruim! Olhamos para o futuro como se fosse uma ilha da fantasia”.

Chico da Boleia fez uma pergunta ao de-batedor: “80% dos meios de comunicação estão na mão de cinco famílias, então como democratizar esse setor e acabar com a ma-nipulação das informações? E qual linha política você faz parte?”

Como resposta, Waak disse. “Eu acho que há uma crença, não baseada nos fatos, que atribuiu a eles (mídia) um poderio e uma capacidade de manipulação. Desde que en-trei na televisão, ela é muito mais reativa aos conteúdos sociais e à atmosfera política do que a gente acha. A mídia não é capaz de impor conteúdos, formas de comportamen-to e opinião ao público. Todo mundo da mi-nha área que adotou essa postura de que a mídia impõe comportamentos se deu mal. Não é possível impor comportamentos. Eu acho que a teledramaturgia faz isso muito mais do que o telejornalismo”, expressou. Sobre a democratização da mídia, o jorna-lista disse: “Acredito que esse termo é um palavrão de pessoas que pensam em censu-ra. O que me importa é que exista imprensa livre, sem ser subordinada a nenhum inte-resse ideológico. Por quem ela é controla-da, não me importa. Se o conteúdo fere a lei, será punido pela lei. Não pode haver nada que impeça a liberdade da mídia. A chamada democratização da mídia apenas disfarça, e muito mal, a intenção de grupos políticos de calar aqueles que querem expor seus maus feitos. É ridículo falar em demo-cratização da mídia hoje quando, por outro lado, alguns grupos dizem que as redes so-ciais substituíram a mídia tradicional. Não sei então, porque estão tão preocupados”, respondeu o expositor que se diz seguidor

da linha política Social Democrata Alemã. Membro da nossa equipe, a historiadora Larissa Riberti, encaminhou a seguinte pergunta ao debatedor. “Você citou a crise da representatividade e de autoridade como fatores para a estagnação da economia brasileira, mas não citou, por exemplo, a opção dos governos anteriores pelo neoli-beralismo que favoreceu a lógica externa à interna, a privatização dos serviços e o fato de que não fortalecemos, ao longo de nossa história, uma indústria que produzisse bens de valor agregado, tendo priorizado a ex-portação de commodities. O que você opi-na sobre esses fatores econômicos?”.

De acordo com o expositor, a palavra ne-oliberal é um sentimento anticapitalista e arcaico.

Além deste painel sobre a economia brasi-leira, o segundo dia de evento contou com a presença de especialistas que debateram outros assuntos como questões corporati-vas e procedimentos jurídicos de importa-ção. O debatedor Adão de Castro Júnior fa-lou sobre novas tecnologias no transporte e Lúcio Fernando Garcia falou sobre o com-portamento ético do indivíduo no trânsito. A paz no trânsito e as atuais questões em torno da Lei 12.619 também foram temas de debate.

Desembargador João Pedro Silvestrin fala sobre a Lei

12.619

Durante o segundo dia de atividades da 16ª edição da Transposul em Porto Alegre, João Pedro Silvestrin falou sobre um dos temas mais importantes para o setor, a Lei 12.619. Vale lembrar que, recentemente, o Senado aprovou algumas alterações que pretendem flexibilizar a Lei aprovada em 2012. No en-tanto, o Projeto de Lei ainda precisa passar por todo o trâmite legislativo e ser sancio-nado pela presidência para vigorar.

Desembargador, Silvestrin atua no Tribu-nal Superior do Trabalho TST e no Tribu-nal Regional do Trabalho TRT 4a região e é membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o jurista, algumas das questões presentes na lei precisam ser esclarecidas para os empregadores como a carga máxima de trabalho diário. “Sempre dou o alerta para que as pessoas deem mais atenção às questões trabalhistas tendo uma boa assessoria jurídica, suporte na área de recursos humanos”, explicou.

Na visão do jurista, o principal marco da

Ciclo de palestras marca o segundo dia da Transposul

William Waak | Foto: Larissa J. Riberti

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 07FIQUE POR DENTRO

da linha política Social Democrata Alemã. Membro da nossa equipe, a historiadora Larissa Riberti, encaminhou a seguinte pergunta ao debatedor. “Você citou a crise da representatividade e de autoridade como fatores para a estagnação da economia brasileira, mas não citou, por exemplo, a opção dos governos anteriores pelo neoli-beralismo que favoreceu a lógica externa à interna, a privatização dos serviços e o fato de que não fortalecemos, ao longo de nossa história, uma indústria que produzisse bens de valor agregado, tendo priorizado a ex-portação de commodities. O que você opi-na sobre esses fatores econômicos?”.

De acordo com o expositor, a palavra ne-oliberal é um sentimento anticapitalista e arcaico.

Além deste painel sobre a economia brasi-leira, o segundo dia de evento contou com a presença de especialistas que debateram outros assuntos como questões corporati-vas e procedimentos jurídicos de importa-ção. O debatedor Adão de Castro Júnior fa-lou sobre novas tecnologias no transporte e Lúcio Fernando Garcia falou sobre o com-portamento ético do indivíduo no trânsito. A paz no trânsito e as atuais questões em torno da Lei 12.619 também foram temas de debate.

Desembargador João Pedro Silvestrin fala sobre a Lei

12.619

Durante o segundo dia de atividades da 16ª edição da Transposul em Porto Alegre, João Pedro Silvestrin falou sobre um dos temas mais importantes para o setor, a Lei 12.619. Vale lembrar que, recentemente, o Senado aprovou algumas alterações que pretendem flexibilizar a Lei aprovada em 2012. No en-tanto, o Projeto de Lei ainda precisa passar por todo o trâmite legislativo e ser sancio-nado pela presidência para vigorar.

Desembargador, Silvestrin atua no Tribu-nal Superior do Trabalho TST e no Tribu-nal Regional do Trabalho TRT 4a região e é membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o jurista, algumas das questões presentes na lei precisam ser esclarecidas para os empregadores como a carga máxima de trabalho diário. “Sempre dou o alerta para que as pessoas deem mais atenção às questões trabalhistas tendo uma boa assessoria jurídica, suporte na área de recursos humanos”, explicou.

Na visão do jurista, o principal marco da

Lei é que a partir da sua vigência a jor-nada de trabalho dos motoristas passou a ser objeto de obrigatório controle por parte dos empregadores, o que determina maior participação das partes nesta tarefa. Além disso, o controle do tempo de direção tam-bém se tornou um aspecto fundamental no exercício da profissão.

Silvestrin ainda ressaltou aos empresários que não se pode tratar a legislação trabal-hista de uma maneira tão simplória, porque isso pode fechar as portas de uma empresa. Ou seja, é preciso se informar sobre os pon-tos da Lei e participar dos debates sobre ela. “Outro alerta que dou é que vocês devem registrar os fatos ocorridos, porque quando se vai discutir em juízo, é preciso ter as pro-vas para recuperar. Isso tudo dá segurança jurídica. Por exemplo, na última enchente que tivemos no Sul, muitos caminhoneiros ficaram presos em determinados locais. Isso tem que ser registrado para mostrar que não houve descumprimento da Lei”, explicou.

Sobre a Lei 12.619, Silvestrin ainda disse que os vetos da presidência, na ocasião da sanção, tornou a Lei de difícil compreen-são para muitas pessoas. “Atualmente o que vimos é que, uma vez posto o jogo na Lei cada um olha o que mais lhe interessa e não quer negociar. É um dos problemas desse projeto de Lei que tramita atualmente no legislativo, onde existe uma divisão das opiniões e não se chega a um acordo”, ex-plicou.

Mais importante, no entanto, é que a Lei veio com a finalidade de dar um basta nos acidentes, na mortalidade, e na visão de que os caminhoneiros cometiam acidentes porque trabalhavam muitas horas seguidas sob o efeito de drogas, forçados por em-pregadores e para ganharem prêmios como a comissão, atualmente proibida pela Lei. Tal realidade não é contrariada por Silves-trin já que as estatísticas mostram que os acidentes acontecem quando o motorista já está no final da sua jornada.

Na visão do desembargador, no entanto, os prêmios deveriam existir – e isso não está na legislação vigente – para aqueles que reduzam o consumo de combustível, consigam diminuir a poluição ou atuem de forma defensiva no trânsito. Silvestrin ainda ressaltou que a atividade de motorista é uma das que representam maior risco para os profissionais. Para ele, nos ca-sos de acidente e danos é preciso, portanto, atribuir uma responsabilidade objetiva aos envolvidos.

“Para mim, a responsabilidade social da Lei é proteger não só os profissionais, mas também toda a sociedade brasileira. Somente com o decorrer do tempo, e me-diante analise de dados estatísticos é que poderemos saber se a Lei deu resultados objetivos”, concluiu.

O desembargador ainda apresentou outras questões relativas à Lei, como os momen-tos de parada, o repouso semanal e as es-calas de trabalho. É preciso que essas de-terminações sejam aplicadas as diferentes atividades dentro do setor, visto que nem todos os caminhoneiros rodam os mesmos trechos, carregam as mesmas cargas, nem viajam por períodos iguais. “A mesma coi-sa deve acontecer com a prestação de con-tas da hora extra que deve estar de acordo com o determinado pela Lei e não pode extrapolar o máximo permitido”, explicou. No final, Silvestrin alertou aos presentes que fiquem atentos em relação aos pontos da Lei. “Para aqueles empresários que ain-da acham que a Lei não vai ser aplicada, eu recomendo que se informem porque a cada ano que passa, se houver descumprimento da Lei, haverá acumulo de prejuízos”, fi-nalizou.

Gelson de Azevedo, ex-Ministro do Tribu-nal Superior do Trabalho, também esteve presente e expressou suas impressões so-bre a Lei. De acordo com o jurista a Lei do Motorista ainda carece de ajustes não só nos temas tratados, mas também em sua re-dação que possui imperfeições que podem gerar ambiguidades na hora de resolver possíveis conflitos.

Roubo de cargas: existe solução?

Se existe uma coisa que tira o sossego dos donos de transportadores e de caminhonei-

ros são os roubos de cargas que frequent-emente acontecem em diversos pontos do Brasil. Apesar das novas tecnologias como rastreadores, capazes de apontar a local-ização exata do veículo roubado, as cargas muitas vezes não conseguem ser intercep-tadas com a mesma eficácia. Tal realidade contribui para o aumento dos custos e da criminalidade.

Esta foi a pauta do “Seminário de combate ao roubo de cargas na Região Centro-Sul”, que aconteceu no terceiro e último dia (17 de junho) da 16a Transposul, em Porto Alegre. Para conduzir os debates estiveram presentes Edval Novaes, Delegado de Polí-cia Federal e Subsecretário de Tecnologia da Secretaria de Segurança Pública do Es-tado do Rio de Janeiro e Guilherme Yates Wondracek, Delegado Chefe da Polícia Civil Gaúcha, que atuou também como Diretor do DEIC e como Delegado titular da Delegacia de Roubo de Cargas no Rio Grande do Sul.

Em sua explanação, o delegado Edval No-vaes citou que o problema de roubos no Brasil não diz respeito somente às cargas, mas muitos outros itens, o que aflige os brasileiros diariamente. De acordo com os dados da NTC & Logística citados pelo de-batedor, o roubo de cargas evoluiu no Bra-sil desde 2011 e eles estão concentrados na região sudeste, que possui 80% dos casos. Só em 2013 foram 15.200 ocorrências de roubos de carga em todo o país.

“No entanto, existe um número positivo de apreensões que são realizadas pelo amplo e constante trabalho realizado pela PRF. Em 2013 tivemos mais de 30 mil apreensões que se relacionam com os mais variados ti-pos de roubos.”, explicou o delegado.

Segundo Edval, os registros de ocorrência

de roubo de veículos na maioria das uni-dades da federação também aumentaram nos últimos anos, tendo atingido um núme-ro de mais de 80 mil unidades roubadas em 2012. “No entanto, também podemos destacar um aumento das prisões, do cum-primento de mandados e da produtividade policial em estados como Amazonas, Es-pirito Santo, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Dis-trito Federal”, apontou.

Quem também apresentou dados sobre essa questão foi Jerry Adriane Dias Ro-drigues Superintendente Regional da Polí-cia Rodoviária Federal. A nível nacional, o responsável alegou que existem ações inte-gradas entre a Polícia Civil e o DEIC, bem como outras instituições públicas para ini-bir os crimes que acontecem nas rodovias. De acordo com Dias, também são realiza-das ações de rotina e ações educativas por meio de comandos. “Temos, por exemplo, o Cinema Rodoviário, no qual são exibidos vídeos. É uma oportunidade dos motoris-tas compartilharem suas dificuldades e in-teresses com a Polícia. Isso facilita nossa interação com o usuário da rodovia e faz crescer a confiança deles na atuação da polícia.”, explicou.

A PRF ainda está envolvida nas ações do Governo, como as do Ministério da Justiça e participações om organismos privados, para a troca de informações. “Nós temos também algumas ações específicas que ten-tam inibir o combate ao roubo organizado de cargas, que são planejadas e executadas por áreas de inteligência específicas”, ex-plicou.

De acordo com o policial, existem alguns desafios a serem enfrentados para o com-bate a esses crimes. O primeiro deles é envolver a sociedade e ganhar a confiança da mesma. Também é preciso registrar efetivamente as ocorrências. “Temos es-tatísticas que mostram que muitas vezes os boletins de ocorrência não são feitos. Isso dificulta o nosso trabalho porque não temos os registros para analisar”, afirmou.

É preciso também capacitar os envolvidos nas ações, bem como aqueles que fazem parte de entidades que trabalham em con-junto com a PRF. Os sistemas de informa-ção também integram os desafios, já que atualmente os dados coletados pelos dife-rentes organismos não ficam unificados em um mesmo banco de dados, dificultando as ações da polícia e o rastreamento de rou-bos.

Redação Chico da Boleia

Especialistas debatem a Lei 12.619 | Foto: Larissa J. Riberti

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA08 DIA DO MOTORISTA

João beirava os sessenta anos. Desde mui-to cedo na boleia, aprendeu a fazer das estradas o seu trabalho e do caminhão a sua casa. Aprendeu que nas rodovias nem sempre o caminho mais curto é o mais fá-cil e que atalhos podem esconder grandes riscos.

De riso frouxo e fácil, João enrolava sos-segadamente seu cigarro de palha em um posto na beira do seu caminho. Dormia sereno em sua boleia, único lugar onde se sentia realmente confortável. Mas não dispensava a hospitalidade dos amigos que fez ao longo de quase quarenta anos de profissão. Assim, João acumulava tan-tos “Tchaus. Vai com Deus” quantos “Seja bem vindo”.

Casado, João tinha seis filhos. Dois deles seguiram sua profissão, mas só ele ama-va imensamente estar na estrada. Fazia das toneladas da carga o dinheiro para o sustento da família. A cada despedida, uma saudade. A cada retorno, um montão de abraços saiam daqueles braços firmes e das mãos calejadas, preparadas para afagar mais uma vez os cabelos negros da esposa que diariamente aprendera a convi-ver com a solidão e com a espera do retor-no do marido.

Ao vê-la depois de tantos dias longe de casa, o caminhoneiro lembrava-se ime-diatamente da música “Nervos de aço”, composta por Lupicínio Rodrigues. Aquele João, no entanto, de olhos claros mareja-dos, sobrancelhas escuras e grossas e bi-gode aparado, possuía sangue nas veias e um coração continental. E quando via sua mulher mais uma vez, a loucura do amor o fazia entregar-se cansado naquele colo que, constantemente, lhe dava boas vindas mais uma vez.

João conhecia quase que o Brasil intei-ro. Seu lugar preferido, no entanto, era o Maranhão. Lá, ele fez amizades, algum amor secreto, talvez. De lá ele trouxe re-cordações e mais um pedaço para formar seu coração. Em terras maranhenses ele conheceu a farra do boi e pode compre-ender melhor do que em qualquer aula de história, o encontro das nossas três raças.

Com tantas idas e vindas, o cansaço não dava trégua. Aquela angústia de ter de sair na estrada mais uma vez apareceu por muitas vezes. Junto com ela, a incerteza do retorno e a certeza de muitos dias lon-ge de casa, da mulher e dos filhos. Longe também dos curiós, esses animaizinhos tão pequenos, capazes de encantar qualquer um que os escute. Sim! João era apaixonado por eles! “Uma vez quiseram me dar uma camionete em troca de um curió”, dizia indignado.

Mas João fez mui-tos amigos por essas andanças. A cada carga e a cada descarga, o senhor de bigode com voz bonita e cigarro de palha na mão, conquistava cada canto por onde passava. Ia levando causos, desafios e aventu-ras. Certa vez, foi surpreendido com uma festa de aniversário na beira da estrada. Sanfoneiro de primeiro João logo transfor-mou tudo em uma grande celebração en-tre amigos. Viraram a noite comemorando seu aniversário! A vida de caminhoneiro é assim! Nem sempre dá para planejar estar em casa nessas datas comemorativas como Natal, Ano Novo, aniversários, mas sempre

é possível celebrar a vida onde quer que se esteja.

Sua habilitação profissional era E. Para um caminhoneiro, a habilitação é como uma certidão de nascimento. Mas um ca-minhoneiro não é feito só de uma licença burocrática para cumprir seu trabalho. É preciso paixão pelo que se faz e serenida-de para enfrentar todas as dificuldades que o dia a dia nas estradas impõe. Os cami-nhoneiros são uma mistura de motorista, mecânicos, engenheiros, administradore e professores de geografia. Desde o carre-gamento, passando pela escolha da rota, a administração do tempo, o conhecimen-to do local e, finalmente, a entrega, tudo é gerido apenas pelo caminhoneiro que, com sorte, pode encontrar alguém que o ajude.

Ao nascer um caminhoneiro, nasce tam-bém uma boleia, espaço no qual

a maioria das memórias desse sujeito estarão

gravadas. É nela que um motorista de caminhão passa grande parte de sua vida. Às ve-zes carrega sua família, seus per-tences, os poucos

bens materiais que possui além do ca-

minhão.

E João muitas vezes pen-sava em parar, por conta das di-

ficuldades que enfrentava. Certa vez, não teve seu pagamento realizado, pois o re-cebedor alegou que o peso da carga era inferior a que havia solicitado. Depois de muita discussão, João foi ameaçado pelos seguranças da empresa e teve que se reti-rar. Felizmente, o bom coração dele havia conquistado muita simpatia por esse Bra-sil afora e naquele momento ruim ele pode contar com a ajuda de amigos que o hos-

pedaram, lhe emprestaram dinheiro e lhe deram de comer.

Quando refletia sobre o que conseguira es-tando atrás de um volante, João desistia de desistir. Seguia em frente porque o que o motivava era a família em casa esperando pelo seu retorno, os amigos que visitava a cada viagem e o sorriso certo que saia da sua boca a cada nova empreitada.

João sempre dizia: “Eu sou feito destas estradas”, pois seu coração era uma col-cha de retalhos nunca finalizada. Os peda-ços que faltavam eram aqueles coletados em cada novo lugar, a cada nova viagem. A cada nova partida, um novo pedaço de chão constituía a malha humano da qual João era feito. João se foi, mas sua história permanece marcada no asfalto das estra-das que cortam esse Brasil.

Esta, meu caro leitor e minha cara leitora, é a história de João, que cresceu e morreu trabalhando numa boleia. João era de ver-dade, pois esse ensaio foi inspirado nele. No entanto, poderíamos retratar a história do José, do Marcos, do Geraldo e da Antô-nia. Ela poderia ser a sua história, caminho-neiro e caminhoneira que roda por esse país afora levando sonhos, saudade, esperança e fé. Essa poderia ser a história de pessoas que já morreram e também de pessoas que ainda nem nasceram, de jovens, adultos ou idosos. Essa poderia ser a história de um país inteiro.

João, assim como milhões de brasileiros, ti-nha a estrada como amiga e confidente. Nas horas difíceis da vida real, colocava a mão no terço pendurado no retrovisor ou então tirava do bolso a imagem de São Cristóvão. Nos momentos de perigo, pedia ajuda aos amigos, e, se estivesse sozinho, apelava para Deus.

Existem incontáveis Joãos – e também Ma-rias – que cortam as estradas e rodovias

" Eu conheço quase que o Brasil inteiro. Com meu trabalho

eu já formei um filho na faculdade e os outros estão estudando "

- Manoel Barbosa Gomes, caminhoneiro há 35 anos

O HOMEM FEITO DE ESTRADAFoto: Chico da Boleia

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 09DIA DO MOTORISTA

" Sempre quis me tornar motorista de caminhão e com

alguém do lado é mais fácil"

- Francine Pereira Rebelo, 25 anos

deste país todos os dias. São eles que aju-dam a construir a nossa história. São eles que carregam as nossas necessidades. Eles agem em prol de uma nação inteira, con-seguindo chegar até lugares nunca antes vistos e conhecidos. Obstinados, eles mis-turam o Norte ao Sul e o Leste ao Oeste.

Caminhoneiros e caminhoneiras da vida real

Desde que nasceu o projeto Chico da Bo-leia temos convivido com inúmeros cami-nhoneiros. Eles passam por nós o tempo todo, muitas vezes anônimos. Essa é a hora de dar voz àqueles que contribuem para a escrita da história deste país. Nenhuma data seria mais pertinente, portanto, do que o mês de julho, no qual motoristas de todo o Brasil são celebrados e homenageados. Essa é mais uma singela forma de lembrar àqueles que todos os dias alimentam, ves-tem, informam e medicam.

Conhecemos Cristiano Teixeira na Feira do Carreteiro, em Aparecida do Norte. Coin-cidentemente, o jovem é de São Luís do Maranhão e está na profissão há três anos. Segundo conta, Cristiano viu na profissão a oportunidade de crescer na vida, já que na sua região tem uma grande oferta de fre-tes para todos os lugares do Brasil. “Gosto muito do que faço e não me vejo fora de uma boleia”, diz ele que é o primeiro da família a seguir essa carreira.

Já Pedro Santiago Medeiros, nasceu em Sarapuí, uma pequena cidade localizada nas proximidades de Sorocaba, interior de São Paulo. Há oito anos nas estradas, Pedro sempre gostou de caminhão, desde peque-no. “Meu pai era caminhoneiro e eu cresci na boleia. Estar dentro de um caminhão é como estar em casa”, expressou com feli-cidade.

Não é difícil encontrar pessoas como Pedro e Cristiano pelas estradas afora. Ainda que muitos caminhoneiros sigam a profissão de seus pais, avós ou parentes próximos, existem aqueles que ainda se interessam pelas estradas mesmo não tendo recebido nenhum legado. É como se elas lhes ofere-cesse ao mesmo uma profissão e uma opor-tunidade de descobrir os cantos mais es-condidos do país. É por isso que, para nós, os caminhoneiros são como professores de geografia, pois conhecem cada relevo, cada atalho, cada caminho e absorvem um pou-co de cada cultura.

Cláudio Aparecido de Oliveira, de Santa Barbara do Tugurio, cruzou o nosso cami-nho no mesmo final de semana da Feira do Carreteiro. Entusiasmado com o evento, o

caminhoneiro possui 20 anos de volante e a experiência só vai aumentando. “Eu gos-to do que eu faço e não vejo fazendo outra coisa. Comecei novo junto com meu pai e nunca mais larguei o volante”, explicou.

A história de Manoel Barbosa Gomes é muito parecida com a de Cláudio. Com 35 anos de profissão, o caminhoneiro coman-da um Volvo 270. Através do caminhão, ele conseguiu construir sua vida, constituir uma família e formar os filhos. “Meu pai era caminhoneiro, mas dirigia caminhões só pelo Rio. Já eu conheço quase que o Brasil inteiro. Com meu trabalho eu já for-mei um filho na faculdade e os outros estão estudando”, disse orgulhoso.

Ao lado de Manoel, estava Armando Vi-cente Moreira, também do estado do Rio de Janeiro e natural da cidade de São Vicente. Com 35 anos de profis-são, o senhor de fala mansa dirige um Ford 12000. “Comecei a ganhar minha vida como caminhoneiro, formei dois filhos e estou aqui até hoje. Não pretendo parar tão cedo”, explicou.

Assim como eles, Jaime Pi-nheiro possui muitos anos dentro de uma boleia. O motorista de um Ford Cargo pipa d’água está na profissão há 15 anos e já passou por incontáveis experiên-cias. De acordo com o morador de Campo Grande, Rio de Janeiro, tudo o que ele con-seguiu na vida foi através do caminhão.

No entanto, Jaime não gostaria que o filho seguisse sua profissão. “É muito desvalori-zada”, diz o motorista que vive a realidade de muitos brasileiros que pegam as estradas

todos os dias. Os dados não são exatos, mas de acordo com entidades sindicais, estima--se que atualmente existam mais de quatro milhões de caminhoneiros em todo o país, o que representa uma categoria trabalhista imensa.

Só recentemente, em 2012 para sermos mais exato, é que os caminhoneiros ganha-ram um respaldo trabalhista de fato com a aprovação e sanção da Lei 12.619. Ela fala sobre pontos antes já tratados pela CLT e pelo Código de Trânsito Brasileiro, como a jornada de trabalho e a necessidade de momentos de parada. No entanto, até en-tão, essas regras não eram respeitados pe-los empregadores e por muitos autônomos. Tal realidade criou um estigma em torno da profissão, já que muitos caminhoneiros

trabalham por horas a fio sem pa-radas e, muitas vezes, sob o

efeito de drogas.

O que também con-tribuiu para essa depreciação da categoria foram os baixos fretes pagos pelas via-

gens e também o pagamento por co-

missão – atualmente proibido pela Lei – que

permitia a entrega de “prêmios” aos motoristas que

conseguissem cumprir com maior rapi-dez a entrega das mercadorias. De acordo com pesquisas realizadas, alguns caminho-neiros chegavam a dirigir por mais de 20 horas sem interrupção. Isso tudo levou a profissão de motorista a ser uma das mais perigosas do país, com altos índices de aci-dente envolvendo também terceiros.

Após a Lei 12619 ser aprovada, porém, novos horizontes se abriram para a profis-

são. Ainda que a passos lentos, a nova le-gislação vem modificando o dia a dia dos caminhoneiros e já surte alguns efeitos po-sitivos, como a redução dos acidentes e o controle da jornada de trabalho.

Recentemente, algumas vozes contrárias a esse avanço conseguiram pressionar a Câ-mara e o Senado a aprovarem um Projeto de Lei que pretende flexibilizar a Lei, sob o argumento de que não há condições de cumprir as determinações de parada e de jornada de trabalho por falta de “infraes-trutura”.

Sabemos, no entanto, que esses argumentos não são se comprovam e que a flexibiliza-ção da Lei só interessa ao agronegócio e ao empresariado. Por enquanto, nenhuma alteração foi, de fato, concluída. E da nos-sa parte esperamos que não seja, já que os maiores interessados nessa questão são os trabalhadores das estradas, que merecem mais dignidade, respeito e segurança no trabalho.

E a nossa esperança de um futuro mais próspero para a profissão se confirmou em uma casual conversa entre a nossa coorde-nadora e Francine Pereira Rebelo. A cien-tista social de apenas 25 anos já colaborou com o nosso jornal quando na Edição de março deste ano gentilmente nos concedeu uma entrevista sobre sua monografia inti-tulada “AS BATONETES: Uma etnografia de mulheres caminhoneiras no Brasil”.

Para realiza-la, Francine precisou se apro-ximar de caminhoneiras e fez junto de al-gumas viagens para destinos como Santa Catarina. A pesquisa de campo também rendeu a produção do artigo “Exclusão e formas de resistência: uma etnografia de mulheres caminhoneiras”, com o qual ga-nhou o Prêmio Claude Lévi-Strauss – Mo-dalidade B, da Associação Brasileira de Antropologia. Nele, a autora conta as difi-culdades de uma mulher seguir na profissão e os desafios do dia a dia.

No bate-papo com nossa coordenadora, Francine contou que tem planos de virar motorista no próximo ano. Seu contato com esse mundo foi tão intenso que a pesquisa-dora está prestes a entrar de cabeça nele. Como primeiro passo, ela pretende tirar a licença para conduzir caminhão em breve. Francine conta ainda com o apoio de An-tônio Guerra, seu companheiro. Cientista politico, o jovem também possui mestrado e embarcou na ideia de cair na estrada no próximo ano. “Eu sempre quis ser motoris-ta de caminhão, mas com alguém fica mais fácil”, conta Francine. E pra quem acha que o casal entrou nessa

Foto: Chico da Boleia

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA10 DIA DO MOTORISTAsó por diversão, pode ir mudando o pensa-mento. Francine pesquisa essa realidade e possui as estradas no sangue. Em março, durante a entrevista que a pesquisadora nos concedeu, ela afirmou: “Meu avô foi mo-torista de caminhão durante toda sua vida, meu pai e meus tios também foram moto-ristas de caminhão, de ônibus, de kombi,

sempre no ramo dos transportes. Hoje em dia, meu pai tem uma transportadora e a família inteira continua envolvida nesse setor”.

São essas memórias de quem viveu e vive, e os planos daqueles que ainda viverão nas estradas, que nos motivaram a escrever

esse texto. Além disso, temos imensa ad-miração por aqueles e aquelas que todos os dias levantam cedo para cortar estradas de todos os cantos do país. Através de João, registramos no diário da vida a realidade de milhares de brasileiros dos quais nos orgu-lhamos. Assim, esperamos tocar e homena-gear os caminhoneiros e caminhoneiras de

todo esse país. A todos vocês que transpor-tam riquezas, sonhos, alegrias, tristezas e saudade, nosso muito obrigado do tamanho do Brasil inteiro.

Redação Chico da Boleia

PARABÉNS A TODOS OS MOTORISTAS!Uma homenagem da equipe Chico da Boleia a todos os motoristas

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O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 11GALERIA / 16ª TRANSPOSUL

Stand Sascar / 16ª Transposul| Foto: Larissa J. Riberti Stand Scania / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti Stand Iveco / 16ªTransposul | Foto: Larissa J. Riberti

Stand Volvo / 16ª Transposul| Foto: Larissa J. Riberti Stand Man Latin America / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti Stand Setcergs / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti

Stand Iveco/ 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti Stand Scania / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti Stand Mercedes - Benz/ 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti

Coordenador Leandro Bortoncello falando ao público. | Foto: Larissa Riberti Régis Boessio na 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti Stand Sascar/ 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti

Uma homenagem da equipe Chico da Boleia a todos os motoristas

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CHICO DA BOLEIA12 ESPORTESF-Truck. Leandro Totti vence mais uma e já é campeão sul-americano

A quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck deste domingo (20) mar-cou a realização de metade de toda a tem-porada, iniciada em março deste ano. Após 45 dias sem corrida, por causa da realiza-ção da Copa do Mundo, a categoria reto-mou suas atividades no Autódromo Inter-nacional Ziumar Beux de Cascavel, Paraná. O público, sempre animado e participativo, compareceu em peso nas arquibancadas e também no acampamento do local.

Líder absoluto, alguns já apostavam que Leandro Totti conquistaria sua quinta vitó-ria consecutiva este ano. E as expectativas se confirmaram. O piloto da RM Compe-tições largou em segundo, mas logo assu-miu a liderança e confirmou sua fama de “Marvado”. Ao lado dele, estiveram os companheiros de equipe André Marques, o terceiro melhor, e Felipe Giaffone, o quinto

colocado. Assim, a RM Competições vai confirmando o favoritismo e o bom traba-lho que vem desempenhando ao longo do ano.

Durante a coletiva de imprensa, realizada após a prova, Totti agradeceu o trabalho dos mecânicos e de toda a equipe. “Saimos para o Warm-up hoje de manhã e o cami-nhão não correspondeu, mas todos traba-lharam muito para colocar as coisas em ordem. A corrida aqui em Cascavel é muito difícil e o Cirino largou muito bem, mas por causa de um erro dele numa curva eu consegui assumir a liderança. Ainda assim eu percebi que ele a todo tempo tentava me ultrapassar. Acredito que daqui pra frente o campeonato será ainda mais disputado”, afirmou.

Wellington Cirino, da ABF Santos Team, teve um bom rendimento neste final de

semana, conquistan-do a pole position no sábado, durante a realização do Top Qualifying. “Estou muito contente com o desenvolvimento dos dois caminhões da nossa equie. Nós passamos dois anos difíceis e depois da etapa de São Paulo, quando o Presidente da Mercedes-Benz - Philipp Schiemer – visitou nosso box, nos aproximamos mais da fábrica e

conseguimos desenvolver equipamentos

Foto: Larissa Jacheta Riberti

junto com eles. Isso deu um salto de quali-dade para a equipe. Hoje durante a corrida, o arrefecimento dianteiro eu não liguei o suficiente para que resfriasse o motor e isso me causou problemas. Mas eu acho que foi um pega muito bacana, é sempre bom dis-putar com um piloto como o Totti”, frisou.

André Marques, companheiro de equipe de Totti, também frisou o trabalho de en-genharia da equipe e a liderança de Renato Martins. “Nossos caminhões estão ótimos e eu estava com saudade de um pódio. Tive várias oportunidades este ano, mas queimei radar duas vezes estando em posição de pó-dio. Estou muito feliz em estar de volta e esperamos fazer isso mais vezes”, afirmou.

Na quarta colocação esteve Geraldo Piquet, também piloto da ABF Santos Team. O pi-loto brasiliense tem feito um campeonato bastante conciso. Ele largou em quinto, melhorou e conseguiu manter-se na quarta posição durante toda a corrida, o que mos-tra uma estabilidade em pista bastante im-portante. “Cometi um erro na classificação e larguei em quinto. E isso implica calma para conseguir manter o caminhão sem bater, principalmente na largada. O que eu tentei foi segurar a posição, somando a isso o fato de que o caminhão está muito bom este ano”, declarou.

O pódio foi completado por Felipe Giaffo-ne, também da RM Competições. O piloto frisou que o traçado de Cascavel, o mais rá-pido do Brasil, dificulta as ultrapassagens. “A verdade é que meu caminhão depois que esquentou não teve o mesmo rendi-mento. Mas o Geraldo não errou e se pro-tegeu bem. Eu tentei ultrapassá-lo no final e não deu. Fiquei um pouco decepcionado porque eu sei que meu caminhão é melhor que isso, mas foi uma corrida muito boni-ta”.

Além dos 152 pontos conquistados no Campeonato Brasileiro até agora, Leandro Totti já é Campeão Sul-Americano, tempo-rada que será concluída em setembro, na etapa Argentina. Na tabela nacional, Felipe Giaffone segue em segundo com 89 pon-tos, seguido de Wellington Cirino, com 79. No entanto, na visão do piloto, ainda é cedo para falar em favoritismo. “Temos cinco corridas pela frente, tudo pode acontecer no Campeonato Brasileiro”, ponderou.

Para esta etapa a novidade foi a estreia do catarinense Gustavo Magnabosco, de 22

anos, que substituindo Fabiano Brito na ABF Motorsport. Ele será o companheiro de equipe da paulista Michelle de Jesus, que também cumpre seu primeiro ano na categoria. Brito passou a comandar sua própria equipe, a Falsi Falsi.

Representante da cidade de Catanduvas, Magnabosco passa a ser o mais jovem pi-loto da Fórmula Truck. Na corrida este do-mingo, ele sentiu as dificuldades de coman-dar um truck e não conseguiu completar a prova. No entanto, espera-se que, com o tempo, o jovem piloto possa adquirir expe-riência e ter bons resultados.

A próxima etapa da Fórmula Truck está marcada para o dia 17 de agosto e será rea-lizada no Autódromo de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul.

Redação Chico da Boleia

Foto: Larissa Jacheta Riberti

RM Competições e ABF Santos Team dominaram o pódio da etapa de Cascavel

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CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 13ESPORTES

FÓRMULA TRUCK 2014 - CASCAVEL / PR

GALERIA DE FOTOS

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti

Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. Riberti Foto: Larissa J. RibertiRiberti

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CHICO DA BOLEIA14 DE BOA NA BOLEIA

Festa do Carreteiro comemora 35 anos de vida e promove eleição da Carreteira do eventoConsiderada uma das mais tradicionais e esperadas festas do caminhoneiro, a Feira do Carreteiro chega à sua 35a edição neste ano. Realizada entre os dias 17 e 19 de Ju-lho, a Feira reuniu milhares de amantes das estradas e profissionais do volante no pátio da Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Chico da Boleia também esteve presente para conferir todas as novidades.

Durante a visitação, Chico da Boleia teve a oportunidade de realizar uma entrevista exclusiva com João Geraldo, responsável pela Revista O Carreteiro. De acordo com ele, a Feira é sempre organizada para atrair pessoas de todo o Brasil. “Pensamos neste espaço para que eles possam vir com a fa-mília, fazer truck test, se atualizar e apren-der mais sobre segurança e saúde nas estra-das”, afirmou.

No entanto, João Geraldo também disse que por causa do atual contexto de Copa do Mundo e queda no mercado nacional de caminhões, a Feira deu uma leve encolhi-da em relação ao ano passado. “Tivemos menos expositores esse ano porque muitas marcas já haviam comprometido seu orça-mento anual com eventos relacionados à Copa. Alguns dos parceiros que geralmente compareciam ano a ano, não puderam vir. Mas mesmo assim nossa Feira está muito bonita e sabemos que o mercado é assim mesmo”, explicou.

Dentre as principais atividades que di-vertem os presentes todos os anos estão o Truck Test e o Truck Service. O teste para conhecer os caminhões é feito em percurso de quatro quilômetros, dentro dos limites da Basílica, e contém todas as variáveis encontradas em subidas e descidas. A ativi-dade é realizada nos dois primeiros dias do evento e, este ano, ampliou em duas horas o período dos testes, das 8h as 19h. De acor-do com os números, no segundo dia de rea-lização do evento foram mais de 300 Truck Tests realizados.

Os carreteiros que tiveram a oportunidade de realizar os testes se surpreenderam com o conforto, segurança e eficácia dos mode-los disponibilizados. É o caso de William Benites, 27 anos, cinco de profissão, de Cuiabá/MT, que trabalha como emprega-do e ficou satisfeito com as tecnologias encontradas no Mercedes-Benz 2646 au-tomático que dirigiu. Ele definiu o veículo como “valente”, principalmente na subida e afirmou que o motor de 460 cv é bastante potente e confiável nas diversas situações encontradas no percurso. O conforto e a

posição dosbancos também foram itens destacados por ele como positivos no veí-culo. “Realmente é um caminhão excelente e com recursos que facilitam a direção e a vida do motorista”, afirmou.

Em sua primeira participação na feira, Val-dei Gomes Pereira, 42 anos, 10 de profis-são, de Itaborai/RJ, aproveitou para dirigir os caminhões e conhecer as novas tecnolo-gias. Um dos veículos testados por Valdei foi o Ford 2842. “Excelente. Muito bom o torque, o espaço interno da cabine, além de ser muito fácil de dirigir. Confesso que fiquei com vontade de ter um”, brincou. Valdei fez questão de dizer que sempre que tem oportunidade participa deste tipo de evento, pois acredita que hoje em dia é muito importante se manter atualizado.

Maciel dos Santos Alves, 29 anos e cin-co de profissão, de Roseira/SP, participa pela segunda vez da Feira do Carreteiro. Ele testou o Scania R620 e não poupou elogios ao desempenho do veículo. “Tudo funciona bem neste caminhão, é incrível. Nos trechos de subida o motor teve ótimo desempenho. O freio motor é sensacional e proporciona uma sensação de seguran-ça”, destacou. Maciel ressaltou que o fato do caminhão ser equipado com caixa auto-matizada o motorista faz menos esforço o que resulta em maior conforto nas viagens. “Descansar? Com esse tipo de veículo não precisa nem dormir”, brincou.

Dentre as atividades incluídas este ano, está o Salão da Mulher, um espaço exclu-sivo para todas as mulheres que ano a ano participam do evento, seja acompanhando os maridos e familiares caminhoneiros e carreteiros e também para as motoristas, já que esta realidade é crescente nas estradas

do Brasil todo.

Neste ano também foi eleita a Carreteira da Feira. “Tem uma senhora muito bacana, do Pará que dirige uma carreta e transporta eletroeletrônicos, motocicletas, fazendo a rota de Manaus. É uma pessoa que conhece o setor e está toda feliz porque a escolhe-

mos como a Carreteira da festa”, concluiu João Geraldo.

A Sala do Motorista ainda foi preparada para toda a família dos caminhoneiros. Nela, todos tiveram, gratuitamente, café da manhã, vestiários masculino e feminino, chuveiros quentes, sanitários, lavatórios e área de descanso com TV, vídeo e cadei-ras espreguiçadeiras. Além disso, o Salão da Criança ofereceu atividades para os pe-quenos.

Além das tradicionais atividades, os parti-cipantes puderam curtir shows musicais e conhecer as novidades do segmento através dos estandes das marcas participantes. As bandas Tchê Garotos e Trio Parada Dura fizeram shows e todas as apresentações foram gratuitas para os carreteiros e seus familiares credenciados na Feira. Ao todo, compareceram ao evento em torno de 50 mil pessoas.

Fonte: www.feiradocarreteiro.com.br

Redação Chico da Boleia

Festa do Carreteiro | Foto: Chico da Boleia

Foto: Chico da Boleia Foto: Chico da Boleia

Foto: Chico da Boleia Foto: Chico da Boleia

Foto: Chico da Boleia Foto: Chico da Boleia

Page 15: 31ª Edição - Jornal Chico da Boleia Nacional

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 15ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA?

Há mais de dez anos no mercado, a LZN Logística oferece soluções em transporte com qualidade, transparência e respeito pelo cliente. Referência entre as empresas do oeste paulista, na LZN você encontra serviços como o dedicado, o Frete Expres-so e a lotação. São mais de 150 veículos no-vos, totalmente equipados e operados por motoristas treinados, que transportam com eficiência e segurança, garantindo a entre-ga do produto. Recentemente foi inaugura-da mais uma filial da empresa, em Bauru, e toda a equipe do Chico da Boleia esteve lá para conferir. E como crescimento é uma das palavras de ordem da empresa, no último dia 17 de ju-lho foi entregue mais um lote de caminhões

Mercedes-Benz que ampliarão ainda mais a frota da LZN Logística. Os modelos Axor 2544 foram adquiridos por se aplicarem bem ao transporte rodoviário de cargas em médias e longas distâncias com baixo custo operacional, conforto e resistência.

Os caminhões, que possuem as linhas Es-tradeiro e Multiuso, têm capacidade máxi-ma de tração que pode variar de 50 a 80 toneladas dependendo da sua configuração. Além disso, o modelo vem equipado com trem-de-força Mercedes-Benz e o que di-ferencia as versões Estradeiro e Multiuso é a configuração do trem-de-força. O mo-tor BlueTec 5 de 6 cilindros e 439 cv de potência é o mesmo para ambas versões e assegura ótimo desempenho para rodar em

qualquer estrada do Brasil.

Os caminhões foram entregues por outra grande empresa, a Irmãos Davoli, que tam-bém possui uma empresa recém-instalada na cidade de Jaú. Uma das mais antigas concessionárias Mercedes-Benz do Brasil, a Irmãos Davoli possui uma parceria anti-ga, sólida e de muitos bons frutos com a LZN Logística.

Para os responsáveis pela empresa, a aqui-sição desses novos caminhões veio na hora certa para melhor atender aos clientes. Para eles, a renovação da frota é um dos precei-tos fundamentais da empresa, já que é pre-ciso atuar com eficiência e estar próximo das novas tecnologias que facilitam e me-lhoram os níveis de custo benefício do seg-mento. Com essa tríade formada por LZN Logística, Irmãos Davoli e caminhões da marca Mercedes-Benz, os clientes só tem a ganhar.

Conheça a LZN Logística e o Grupo Luizinho

Fundada em 1978, por Luiz Carlos Altima-ri, na cidade de Dois Córregos, a Comer-cial Luizinho construiu uma longa história junto aos seus clientes e fornecedores. Sua principal especialidade sempre foi comer-cializar cal e cimento na região central do estado de São Paulo.

Com o crescimento dos negócios, no en-tanto, a empresa passou a incorporar ve-ículos de grande porte em sua frota. Em

1990, inaugurou novas instalações no Dis-trito industrial da cidade, em prédio próprio e com 8.000 m² de área. A empresa cresceu e, em decorrência da ociosidade dos veícu-los da Comercial Luizinho, foi criada em 2003, a Luizinho Transportes e Logística, hoje chamada de LZN Logística. O foco da empresa é transportar insumos e, com filiais em diversas cidades, inclusive na capital do estado de São Paulo, conse-gue atender a todas as regiões do país.

A Comercial Luizinho e a LZN Logística passaram a fazer parte do Grupo Luizinho. Com uma frota renovada, a LZN Logísti-ca possui caminhões que rodam em média 8000 quilômetros por mês. Além disso, entre os seus principais parceiros figuram empresas como Duratex,Unilever e Ambev.

A Comercial Luizinho possui unidades nas cidades paulistas de Dois Córregos, Botu-catu, Itapeva, Tatuí e, agora, Bauru. Já a LZN Logística atua nas cidades de Dois Córregos, Itapevi, Indaiatuba, Tatuí, Bo-tucatu, Agudos, Itapetininga e Uberaba em Minas Gerais.

Quer saber mais sobre a Comercial Luizi-nho e a LZN Logística?

Acesse: http://www.luizinho.com/ ou então visite uma de suas unidades.

Irmãos Davoli entrega lote de caminhões Mercedes-Benz para a LZN Logística

Foto: Divulgação / Irmãos Davoli

Page 16: 31ª Edição - Jornal Chico da Boleia Nacional

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA16 DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA

No mês passado, o Plenário do Senado aprovou o projeto que flexibiliza o descan-so obrigatório dos motoristas profissionais. O PLC 41/2014 altera a Lei 12.619/2012 para aumentar o tempo permitido de dire-ção contínua, ou seja, sem intervalos de descanso. Tal ponto é considerado pelos defensores da Lei como um dos mais im-portantes, pois protege a integridade do motorista e evita que ele trabalhe por mui-tas horas sem nenhum controle.

Já a jornada máxima de trabalho, que pelo projeto original da Câmara poderia chegar a 12 horas, foi mantida em 10 horas, após acordo entre os senadores. De acordo com o texto, a jornada diária do motorista pro-fissional continua a ser de oito horas, com possibilidade de duas horas extras, totali-zando o máximo de dez horas. O texto da Câmara permitia a extensão das horas ex-tras, se decidido em convenção ou acordo coletivo, o que poderia levar a jornada de 12 horas.

O tempo de direção contínua, sem inter-valos, ficou como no texto enviado pela Câmara. A cada seis horas no volante, o motorista deverá descansar 30 minutos, mas esse tempo poderá ser fracionado, as-sim como o de direção, desde que o tempo dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 horas contínuas. Atualmente, o tempo má-ximo de direção é de 4 horas contínuas.

A ampliação do tempo tolerado de direção contínua foi duramente criticada pelo se-nador Roberto Requião (PMDB-PR). Se-gundo ele, estudos mostram que o risco de acidentes triplica com o aumento do tempo ininterrupto de direção de 4 horas para 5,5 horas. O senador também afirmou que a sonolência ao volante causa 22 mortes por dia no país.

Para Requião, a mudança “legitima o genocídio” nas estradas, faz dos mo-toristas potenciais suici-das e homicidas e man-tém a sociedade refém de um trânsito inseguro. Ele também defende que a questão econômica não pode se sobrepor às vidas das pessoas.

O senador Jayme Cam-pos (DEM-MT) discor-dou de Requião e ressal-

tou que um estudo não vale mais que a experiência dos motoristas. Aplaudido por representantes da categoria, que estavam nas galerias, Jayme disse considerar que o maior responsável pelos acidentes não é a sonolência, mas as más condições das es-tradas.

“O motorista tem responsabilidade sufi-ciente para saber se ele aguenta dirigir por cinco horas, seis horas, sete horas. Estabe-lecer duas horas de relógio após o almoço para descansar, nenhum motorista no Bra-sil quer, salvo os preguiçosos, os suga-san-gue”, defendeu.

Ainda que aprovado no Senado, o Projeto de Lei voltou para uma nova apreciação da Câmara dos Deputados e ainda precisa ser sancionado pela Presidenta da República. Enquanto isso não acontece, vale lembrar que a Lei 12.619 continua valen-do como entrou em vigor em 2012.

Fora do âmbito legis-lativo, as opiniões de caminhoneiros e li-deranças também es-tão divididas. Chico da Boleia conversou com Flávio Benatti, presidente do Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), que falou sobre a situação. Confira a entrevista na íntegra.

Chico da Boleia: Flávio, como você vê essa tentativa de alteração da Lei?

Flávio Benatti: Chico, na realidade, a Lei 12.619 foi resultado de uma série de tra-balhos realizados na sua construção, mas ela está longe de ser perfeita. Obviamente

ela sempre precisou de ajustes e isso nós defendemos desde o começo para que essa Lei pu-

desse efetivamente ser cumprida. Quando se começou a discutir a necessidade de existir uma legislação especifica para o ca-minhoneiro, foi em virtude daquelas ações que começaram no estado do Mato Grosso, com o pessoal que transporta grãos. Nós sempre colocamos que o transporte rodo-viário de cargas tem uma característica muito diferente da forma como ele vinha sendo tratado, por exemplo, pela fiscaliza-ção. Porque não havia na CLT esse capítulo do TRC, nós precisávamos então, criar um capítulo que tratasse do motorista profis-sional. O Ministério Público do Trabalho tem uma visão através da Constituição, das normas de trabalho e não leva em conside-ração as realidades do país.

O TRC é responsável pelo transporte de quase 100% das riquezas do país. Quando a gente fala do transporte de grande massa, nós representamos quase 100%. E nosso país é continental! Quer dizer, não existe oferta de outros modais. Claro que nós pre-cisávamos de uma regra que não tratasse o motorista de forma tão desumana como ele vinha sendo tratado. Nós temos casos retratados pela imprensa do motorista usar drogas e dirigir mais de 18 horas por dia. Isso não pode acontecer! O problema é que a Lei criou uma forma de descanso muito inflexível – 11 horas ininterruptas. Por isso, depois da promulgação da Lei 12.619, veio a necessidade de algumas correções para que a lei pudesse ser efetivamente cumpri-da.

Depois da promulgação levamos praticamente

mais dois anos de-batendo dentro do Congresso, mais especificamente na Câmara dos Depu-tados. Chegou-se a um consenso e a

votação aconteceu. O Senado entendeu

por bem fazer algumas correções nas alterações

propostas pela Câmara e aprovou o Projeto de Lei. E o pro-

cedimento é esse mesmo. E agora o PL vol-ta para a Câmara porque ele é oriundo desta casa legislativa. Então neste momento nós estamos aguardando que a Câmara apro-ve ou ainda altere as propostas do Senado em relação à Lei. Uma coisa é certa: com certeza esse novo texto da Lei 12.619 vem corrigir alguns aspectos que na realidade traziam um sério problema para a aplica-

bilidade da mesma. E é isso que nós quere-mos, que a Lei seja cumprida e o motorista seja respeitado.

Chico da Boleia: Nós que acompanhamos o dia a dia, sabemos que existe um embate muito grande em torno da Lei que envolve o agronegócio, as empresas e os cltistas. Foi criado o Fórum Nacional em Defesa da Lei 12619, por exemplo. Você acredita que, voltando para a Câmara é possível um consenso ou ainda haverá muita disputa em torno da Lei?

Flávio Benatti: Eu acredito num consenso porque, na realidade, a criação do Fórum em Defesa da Lei 12.619 estava um tanto quanto inflexível, pois querem a Lei como ela foi criada em 2012. Como eu disse an-tes, isso é impossível, porque não se conse-gue aplicar essa norma. Eu acredito sempre num consenso. Os homens são inteligentes o suficiente para encontrar um ponto de equilíbrio. Até os noventa minutos e mais a prorrogação é sempre possível encontrar ajustes e entendimentos.

Chico da Boleia: Falando agora do merca-do. Nós começamos 2014 com o mercado aquecido, agora há certa queda nesse qua-dro e muita gente preocupada com o resto do ano. Você, com sua experiência, como avalia o segundo semestre deste ano para o TRC?

Flávio Benatti: Na realidade o transporte vive exatamente um crescimento. O que nós estamos observando, lamentavelmente, é que há da parte do setor produtivo certa preocupação com o próprio andar da car-ruagem e com a política econômica. Essas incertezas fazer com que o setor empresa-rial recue em investimentos. E nós estamos terminando uma Copa do Mundo e entra-remos numa disputa eleitoral, ao que pare-ce, muito acirrada. Eu acho que esse ano é muito preocupante em matéria de cres-cimento no segundo semestre. Mas deve-mos manter os níveis e eles nos apontam um crescimento, se houver, muito baixo. Acho que é um momento de transição, de sermos um pouco mais “conservadores” em matéria de investimento e analisar com muita cautela os negócios que va-mos fazer.

Redação Chico da Boleia

"De acordo com o texto, a jornada diária do motorista

profissional continua a ser de oito horas, com possibilidade de duas horas

extras, totalizando o máximo de dez horas. O texto da Câmara permitia a

extensão das horas extras, se decidido em convenção ou acordo coletivo,

o que poderia levar a jornada de 12 horas."

Flávio Benatti fala sobre a atual situação da Lei 12.619

Flávio Benatti presidente do Fetcesp | Foto: Pamela Souza

Page 17: 31ª Edição - Jornal Chico da Boleia Nacional

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIAO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA 17SAÚDE NO TRECHO

Estudos comprovam que cigarro, colesterol e álcool são os principais responsáveis pelas doenças cardíacas

Por Instituto Lado a Lado pela Vida

Ter um coração saudável depende muito mais de bons hábitos até do que a própria condição genética. Isso porque tabagismo, colesterol e alcoolismo são considerados as principais causas de doenças cardiovas-culares e causam 17,5 milhões de mortes por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os médicos afirmam que os fatores de ris-co se dividem em dois grupos: principais e contribuintes. Os principais são aqueles cujo efeito de aumentar danos cardiovas-culares já foi amplamente comprovado: hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, tabagismo, sedenta-rismo, idade, predisposição genética e sexo (gênero). E os contribuintes que podem dar lugar a um risco cardiovascular maior, mas cujo papel exato na propensão às doenças cardíacas não foi definido ainda: estresse, hormônios sexuais, contraceptivos orais, café e álcool.

Diante disso, os médicos fazem um aler-ta para alguns hábitos. "O cigarro, o ál-cool e o sedentarismo estão envolvidos no aumento das chances de ter um infar-to. O cigarro é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e

também pode atuar de maneira isolada no desenvolvimento de infarto. O álcool e o sedentarismo também aumentam o risco cardiovascular, porém de maneira menos intensa que o cigarro. Estes últimos podem, juntamente com outros fatores de risco im-portantes, culminar em um infarto", expli-ca o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, que integra o board da Campanha Siga Seu Coração, promovida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida.

De acordo com os cardiologistas, no geral, homens têm mais chances que as mulheres de sofrerem um ataque no coração. Porém, a diferença é reduzida quando as mulheres entram na menopausa, porque o estrogênio (hormônio feminino ) ajuda a protegê-las contra doenças coronárias.

ENTENDA COMO OS FATORES DE RISCO MAIS COMUNS NO DIA A DIA

AGEM CONTRA A SAÚDE DO CORAÇÃO:

Cigarro: Pesquisas mostram que o tabagis-mo aumenta a frequência cardíaca, contrai as artérias e pode causar graves irregulari-dades nos batimentos cardíacos, aumentan-do a carga de trabalho do coração. Fumar também aumenta a pressão sanguínea, o que eleva o risco de acidente vascular ce-rebral em pessoas com hipertensão. Em linhas gerais, o cigarro agride as paredes vasculares, aumentando as chances de ate-rosclerose (doença que leva a formação de placas na parede das artérias), entre outros problemas graves.

Colesterol: O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores de risco cardio-vascular. Ao reduzir o nível de colesterol no sangue, reduz-se consideravelmente o risco de doenças no coração. O LDL se denomina mau colesterol porque acredita-

-se que níveis elevados desta substância contribuem para doença cardiovascu-lar. O excesso de LDL no sangue dá lugar a uma acumulação de gordura capaz de formar placas nas paredes das artérias, iniciando-se, assim, o processo de arteriosclerose.

Já as partículas de HDL trans-portam o colesterol das cé-lulas novamente ao fígado, onde pode ser eliminado pelo organismo. Este colesterol é

Saiba como cuidar bem do seu coração

conhecido como bom, porque acredita-se que níveis elevados desta substância redu-zem o risco cardiovascular.

Álcool: Beber muito álcool pode aumentar os níveis de algumas gorduras no sangue (triglicérides). O hábito também pode cau-sar hipertensão arterial, insuficiência cardí-aca e um aumento da ingestão de calorias, o que pode levar à obesidade e aumento do risco de diabetes. O consumo excessivo de álcool também pode ser um gatilho para acidente vascular cerebral, além de causar outros problemas, como cardiomiopatia (doença do músculo cardíaco), arritmia e morte súbita cardíaca.

Prevenção

Para evitar doenças cardiovasculares, de-ve-se manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente. Recomenda-se ao menos 30 minutos da atividade escolhida cinco vezes por se-mana, perder peso e não fumar. "Sobre a

alimentação, deve-se reduzir a quantidade de sal (sódio) nos alimentos, reduzir a in-gestão de álcool, evitar açúcares, frituras, leite integral e derivados, carnes vermelhas e gorduras, temperos prontos, alimentos industrializados e em conserva. Diminuir a carga de estresse e de ansiedade também podem contribuir para a redução do risco cardiovascular", alerta o cardiologista Mar-celo Ferraz Sampaio.

Além disso, os exames de check-up para o coração devem ser iniciados por volta dos 35 anos de idade, tanto para homens quanto para mulheres. Os principais exames solici-tados são: hemograma, glicemia, creatini-na, ureia, colesterol (total e frações – LDL e HDL), triglicérides, ácido úrico, urina I, exame de fezes (chamado de protoparasi-tológico), eletrocardiograma, teste ergomé-trico e radiografia de tórax. "Além, claro, de consulta médica, com uma boa história clínica e um bom exame físico", ressalta o cardiologista.

Page 18: 31ª Edição - Jornal Chico da Boleia Nacional

O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA18 CULTURA E EDUCAÇÃO

Recentemente, a ação conhecida como Maio Amarelo pretendeu instruir os usuá-rios das estradas e vias urbanas para maior atenção, cuidado e redução de acidentes. A iniciativa foi realizada por meio do Obser-vatório Nacional de Segurança Viária, uma organização não governamental sem fins lucrativos.

O organismo foi criado em 2013 a partir da iniciativa de profissionais de diferentes áreas (Educação, Fiscalização, Legislação, Veicular, Engenharia, etc.), que preocupa-dos com os altos índices de acidentes no trânsito brasileiro, decidiram fundar uma organização que atue como agente cata-lisador da sociedade brasileira no que diz respeito ao desenvolvimento e à gestão de ações de segurança viária e veicular.

De acordo com seu Estatuto, mais que um órgão consultivo, o Observatório nasceu como órgão de inteligência, destinado a promover os subsídios técnicos necessários para o desenvolvimento seguro do trânsito em prol do cidadão, por meio da educação, pesquisa, planejamento e informação. A ideia é executar ações que gerem soluções

eficientes, necessárias ao convívio harmô-nico entre pessoas, veículos e vias.“O significado da palavra “Observatório” reflete a forma como atuamos junto à so-ciedade brasileira: "Observatório (s.m.) - Local onde se: observa, examina, analisa, verifica, faz notar, pondera, replica, respei-ta, faz cumprir e obedecer.", explicam os responsáveis no Estatuto da organização.

A motivação para esta iniciativa foi a ne-cessidade de promover a educação e a se-gurança no trânsito, fatores essenciais para a redução dos acidentes e das mortes. Da-dos divulgados mundialmente pela Orga-nização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em novembro de 2009, após uma reunião ministerial com centenas de países de todo mundo, realizada em Moscou, mostraram a situação de calamidade que vive o trânsito em quase todos os lugares do mundo. Na ocasião muitas recomendações foram feitas no sentido de reduzir o número de aciden-tes de trânsito no planeta.

De acordo com o Relatório Global sobre a situação de Segurança Viária - primeira

Observatório Nacional de Segurança Viária promove educação e paz no trânsitoanálise detalha-da sobre 178 países que foi

publicado em 2009 pela OMS - ferimen-tos causados por acidentes de trânsito per-manecem um problema de saúde pública, principalmente nos países de média e baixa renda. Segundo a OMS, morrem no mundo cerca de 1,2 milhões de pessoas todos os anos por causa da violência do trânsito, en-quanto 20 a 50 milhões ficam feridas.

No referido relatório, a OMS ainda informa que, se continuarem nesse ritmo, as fatali-dades passarão do nono lugar (2004) para o quinto lugar (2030) entre os maiores fato-res de mortalidade no mundo, alcançando cerca de 2,4 milhões de mortos ao ano.

A grave crise mundial na segurança viária e veicular levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a proclamar nos próximos dez anos - 2011 a 2020 - Década de Ação pela Segurança no Trânsito, problema que se não for encarado com a devida serieda-de, pode afetar o desenvolvimento susten-tável de vários países.

Seguindo essa péssima tendência global, o cenário do trânsito no Brasil a cada ano que passa se torna mais caótico. O número cres-

cente de veículos (automóveis, motocicle-tas, etc.), somado à má formação do condu-tor, o mau comportamento de grande parte dos condutores, à sinalização inadequada, vias com má conservação, etc., geram pro-gressivamente um número de mortos e feri-dos absurdamente alto. Não se tem dúvida de que essa pandemia deva ser combati-da, pois a violência no trânsito mata mais crianças entre 5 e 14 anos em todo mundo do que a AIDS ou Malária, além de ser a principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos.

O Observatório Nacional de Segurança Viária tem como missão, “por meio de educação, estudos e pesquisas, dados e In-formação, promover os subsídios técnicos necessários para o desenvolvimento seguro do trânsito em prol do cidadão”, facilitando sempre o convívio harmônico entre pesso-as, veículos e vias. Para isso são realizadas ações como o Maio Amarelo, treinamentos e a divulgação de diversas informações pertinentes como materiais para educação de crianças sobre o trânsito, conscientizar ciclistas e motoristas sobre diversas situa-ções de risco.

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CHICO DA BOLEIA 19PASSATEMPOO JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO

CHICO DA BOLEIA

Dica. Cuidados com a postura na hora de pegar a estradaMesmo com muita experi-ência no volante, existem motoristas que dão pouca atenção à maneira correta de sentar, conduzir o veí-culo e, consequentemente, não percebem o quanto esta atitude pode comprometer a saúde. Uma das vantagens em adotar a posição correta ao enfrentar uma rodovia é evitar o desgaste físico, si-tuações de perigo e também

aumentar a segurança no trânsito, conforme o Con-selho Nacional de Trânsito (CONTRAN) através de sua apostila de Direção Defensi-va e de Primeiros Socorros publicada para orientar con-dutores de veículos automo-tores.

Segundo o CONTRAN, é importante segurar o volante com as duas mãos, na posi-

ção dos ponteiros do relógio marcando 9 horas e 15 mi-nutos, para que seja possível enxergar o painel e acessar os comandos do veículo, isso no caso de caminhões.

O cinto de segurança deve se ajustar firmemente e passar sobre o peito, nunca sobre o pescoço, posicionando-se de modo que possa visualizar as informações do painel,

onde verifica o funciona-mento de itens importantes.Confira abaixo, alguns cui-dados básicos com postura enquanto dirige.

- Deixar o banco com encos-to o mais reto que o conforto permita, o ideal é o banco e encosto da cabeça a 90º com relação ao assento;

- A coluna cervical deve es-tar retificada e apoiada no encosto de cabeça, ou seja, coluna e cabeça alinhadas;

- Os braços também não de-vem ficar muito estendidos, ligeiramente dobrados para diminuir as chances de le-sões;

- Não distanciar muito o as-sento do volante para que os joelhos possam ficar li-geiramente flexionados, é importante que eles estejam sempre acima da linha do quadril;

- Manter os calcanhares

apoiados no assoalho do ve-ículo;

- Evitar apoiar os pés nos pedais quando não os esti-ver usado;

- Usar calçados bem fixos aos pés, para que os pedais sejam acionados rapidamen-te e com segurança.

Fonte: http://pegapeso.com.br/

Page 20: 31ª Edição - Jornal Chico da Boleia Nacional

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