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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE GALIZES CÓDIGO DE ÉTICA PREÂMBULO Santa Casa da Misericórdia de Galizes tem sobretudo a missiva de promover a valorização e dignificação da pessoa com deficiência intelectual ou motora, a pessoa idosa e a criança, sem nunca descurar o seu meio envolvente, no qual a família desempenha um importante papel. A instituição é, sobretudo, uma interlocutora na intervenção pedagógica, formativa, preventiva e reivindicativa junto das restantes IPSS e do Estado. Neste âmbito existe um conjunto de valores que sustentam orientações práticas de ação, funcionando como uma ferramenta essencial à prática de ações, essencial à promoção da qualidade das intervenções, ao reforço da identidade da instituição e, como consequência, à valorização e promoção dos direitos das pessoas com deficiência, idosos e crianças. Numa altura em que nos confrontamos com profundas alterações nos paradigmas da intervenção social, designadamente no que concerne à abordagem das diferentes tipologias de deficiência, afigura-se-nos com sentido questionar a oportunidade de se avançar para a construção de um Código de Ética, conhecido que é o grau de envolvimento que esta tarefa implica. A ética atinge um domínio fundamental na afirmação das dimensões humana e social de cada individuo e ganha particular relevância quando se estabelece na relação interpessoal a pessoa com desvantagens, que precisa claramente de apoio na tomada de decisões ou no exercício de direitos básicos de cidadania. A

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

CÓDIGO DE ÉTICA

PREÂMBULO

Santa Casa da Misericórdia de Galizes tem sobretudo a missiva de promover a

valorização e dignificação da pessoa com deficiência intelectual ou motora, a

pessoa idosa e a criança, sem nunca descurar o seu meio envolvente, no qual a família

desempenha um importante papel.

A instituição é, sobretudo, uma interlocutora na intervenção pedagógica, formativa,

preventiva e reivindicativa junto das restantes IPSS e do Estado.

Neste âmbito existe um conjunto de valores que sustentam orientações práticas de ação,

funcionando como uma ferramenta essencial à prática de ações, essencial à promoção

da qualidade das intervenções, ao reforço da identidade da instituição e, como

consequência, à valorização e promoção dos direitos das pessoas com deficiência,

idosos e crianças.

Numa altura em que nos confrontamos com profundas alterações nos paradigmas da

intervenção social, designadamente no que concerne à abordagem das diferentes

tipologias de deficiência, afigura-se-nos com sentido questionar a oportunidade de se

avançar para a construção de um Código de Ética, conhecido que é o grau de

envolvimento que esta tarefa implica.

A ética atinge um domínio fundamental na afirmação das dimensões humana e social de

cada individuo e ganha particular relevância quando se estabelece na relação

interpessoal a pessoa com desvantagens, que precisa claramente de apoio na tomada

de decisões ou no exercício de direitos básicos de cidadania.

A

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

Torna-se premente encontrar respostas urgentes para problemas que se colocam ao

nível da reabilitação das pessoas com deficiência. Para tal, torna-se imperativa uma

reflexão ética, sobre aquilo que institucionalmente se faz, sobre a forma e conteúdo do

trabalho desenvolvido, das relações enquanto pais, profissionais ou pessoas com

deficiência, sobre os processos de comunicação e participação. É também de extrema

importância a visualização do cenário de missão e visão, transversal na dimensão dos

conceitos, bem como o âmbito dos deveres deontológicos que estão inúmeras vezes

associados ao papel dos dirigentes, dos profissionais, voluntários, pais, pessoas

portadoras de deficiência, população idosa e crianças, enquanto referência primeira

em todo o plano de ação.

As organizações apresentam cada vez mais um papel determinante, tendo

necessariamente de estar abertas à mudança, apostando no essencial e rejeitando

fórmulas aparentes de sucesso mas que não “cabem” em qualquer outra organização.

Numa organização a ética deve ser assumida de forma objetiva, concretizada no

cliente e na sua participação, entendendo que deve dominar o universo referencial da

instituição.

De forma clara se entende que a SCMG defende uma atitude mobilizadora para com

clientes institucionalizados, famílias, crianças e idosos, num permanente debate técnico,

bem como adota a implementação de mecanismos de monitorização que possibilitam

uma intervenção ativa e direcionada para todos estes agentes.

Na instituição o desafio é promover um debate conjunto entre colaboradores e diretivos,

centrado em premissas essenciais de um código deontológico que, de forma geral,

identifique alguns deveres no exercício da sua atividade profissional.

Cada grupo de profissionais e equipa multidisciplinar deve dominar as relações

interpessoais em contexto de trabalho, para que estas facilitem uma verdadeira

reflexão e um reinventar de conceitos que imponham um caráter inovador, sendo a

procura de ideias, testadas por outras organizações, o resultado do sucesso e o alcance

de uma eficaz gestão de projetos.

Sendo a SCMG uma instituição com uma pluralidade reconhecida, dados os diferentes

serviços e / ou respostas que disponibiliza, é dever de todos consolidar uma cultura

ética, direcionada, sobretudo, para a abordagem da deficiência.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

ÉTICA, UM CONCEITO INSTITUCIONAL

ebatermos o conceito de ética é indispensável, pelo implícito nível de respeito

pela dignidade humana e pelos direitos que lhe estão inequivocamente

associados.

Para tal, torna-se compreensível abordar o referencial que traduz o conceito e a

substancial complexidade que pode surgir quando colocamos a análise num componente

prático.

Sublinhamos e subscrevemos que, independentemente do resultado que possa decorrer

do debate, só é possível atingir patamares seguros de dignidade e qualidade quando

a intervenção se firma na estrutura com base em referências éticas, que garantam

modelos de participação equilibrados e coerentes, entre todos quantos interagem no

domínio da deficiência.

Refletir eticamente aquilo que fazemos implica sobretudo promover uma aferição das

terminologias e conceitos que utilizamos em contexto de trabalho. Quando falamos em

igualdade de direitos e oportunidades, estamos a defender uma Sociedade onde a

desigualdade persiste. Talvez por isso, tenhamos de enquadrar o sentido que damos à

solidariedade. Mais do que um mero conceito, a SCMG defende a necessidade de

perceber como a Sociedade encara esta terminologia, o que nos poderá levar a

promover fatores de mudança, desmistificando a associação que múltiplas vezes a

conotam com caridade. Não! A nossa visão defende que solidariedade é um caminho de

exigência, alternativa, de respostas, de garantias de participação, no fundo, do debate

de ideias, da partilha de dúvidas e respostas, confrontando as nossas opiniões com as

certezas de outros, não aceitando que somos donos da verdade e cooperando com

diferentes agentes na procura de uma razão que nos defina e nos identifique.

O código de ética deve ajudar-nos na escolha de caminhos.

O significado dos valores organizacionais deve funcionar como um guião de conduta,

subjacentes à ação, tendo como ponto essencial o trabalho a desenvolver e a difusão

desses valores e princípios, que devem orientar as ações da instituição.

Institucionalmente devemos encarar a ética como um conjunto de orientações práticas

promotoras de um conjunto de valores essenciais para a construção de caminhos para a

D

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

realização plena de pessoas com deficiência, idosos, crianças, famílias e comunidade em

geral.

1

ÂMBITO DA APLICAÇÃO

presente Código aplica-se a todos os colaboradores da Santa Casa da

Misericórdia de Galizes, entendendo-se, como tal, todas as pessoas que

colaboram com a instituição qualquer que seja o seu nível hierárquico e vínculo

contratual, sem prejuízo de outras disposições legais ou regulamentares aplicáveis.

Aplica-se ainda a todas as pessoas que prestem serviço à instituição a título ocasional

ou permanente.

A Santa Casa da Misericórdia de Galizes garante o acesso ao Código de Ética a todas

as partes interessadas, através da sua disponibilização em locais acessíveis ao público,

nomeadamente, nas suas diversas unidades orgânicas e no seu sítio institucional.

FINALIDADE

1. O Código de Ética estabelece princípios e regras gerais de conduta que asseguram o

cumprimento dos valores estabelecidos para o exercício da atividade da Santa Casa da

Misericórdia de Galizes, dando corpo à identidade da Instituição, reforçando a sua cultura

organizacional e promovendo a concretização da sua missão.

2. A Missão da Santa Casa da Misericórdia de Galizes consiste em Promover serviços de

referência, garantindo qualidade de vida e integração social e bem – estar de clientes

institucionalizados e comunidade com rigor e profissionalismo, de acordo com os valores

definidos neste Código de Ética. Todas e cada uma das pessoas que a integram contribuem

com o seu papel específico, com o seu esforço e recursos, para o alcance deste objetivo.

3. Esta complementaridade só é possível com a construção e manutenção diária de um

sistema de valores partilhado que dá sentido e significado a todas as ações. Os valores

O

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

defendidos pela Santa Casa da Misericórdia de Galizes dão sentido à Missão

[Promover serviços de referência, garantindo qualidade de vida e integração social e

bem-estar de clientes institucionalizados e comunidade, com rigor e

profissionalismo] e estão agrupados em três áreas:

O cliente: neste conceito e entendendo o enquadramento de todo o meio

envolvente da Instituição, para além da atividade que a mesma

desenvolve e representa, na SCMG identificamos clientes / utentes

internos [institucionalizados] e clientes externos, conceito associado a

serviços com caráter empresarial – Farmácia, CMFR, Posto de Serviços e

Health Club. Também devemos considerar diferentes tipologias,

designadamente: clientes individuais (idade, sexo, situação social e

económica, enquadramento familiar, capacidades, necessidades),

familiares e/ou grupos específicos (tipologia quanto à dimensão e

constituição, problemática dominante, nível económico e social),

comunidade em geral (tipo de população, atividade profissional

dominante, características da habitação, equipamentos existentes,

capacidades e necessidades) e entidades públicas diversas (atividades,

estrutura e organização, recursos, necessidades atuais e futuras, serviços

contratualizados).

A gestão institucional: A Instituição pretende instrumentalizar um modelo

próprio que vise salvaguardar os interesses de clientes, apostando na

melhoria da qualidade de vida sem, no entanto, descurar princípios e /

ou objetivos estratégicos que possibilitem o assumir de um compromisso

de forma sustentada, sem no entanto perder o caráter institucional. É

fundamental pensar na criação de uma estrutura organizacional eficiente,

interligada com o recrutamento e formação de pessoal, substância vital

numa gestão de sucesso. A Santa Casa da Misericórdia de Galizes

fundamenta a sua intervenção através de diferentes mecanismos de

gestão, tendo em conta o enquadramento e / ou situação, sobretudo na

relação que impera entre a Mesa Administrativa e restantes Órgãos

Socais e entre estes e a estrutura de recursos humanos e físicos existentes.

Nesta lógica, entendemos pertinente esmiuçar as diferentes ramificações

da gestão que são aplicadas e servem de suporte à organização:

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

GESTÃO DE CUSTOS, baseada no controlo de custos, sendo

encarada como uma perspetiva de dever contínuo da gestão

de topo. No fundo, este tipo de visão deve ser encarada como

forma de antecipar uma possível perda de excedente [lucro na

área empresarial]. A essência desta gestão reside, em termos

de objetivos estratégicos, na redução a curto e médio prazo

[dado que a Mesa Administrativa muda de três em três anos],

estabilização ou mesmo correcção de custos operacionais,

possibilitando um aumento sustentável em termos de controlo

dos fluxos existentes e nem sempre detetáveis. Desta forma,

podemos enumerar três diferentes abrangências previstas, que

passam pelo planeamento de tendências de custo – adequar

os custos operacionais à realidade existente, de forma a

garantir a promoção de qualidade de vida de clientes;

redução dos níveis gerais de custos, encarada de forma

continuada e que contribui para o controlo de resultados e

melhoria da estrutura de riscos, funcionando como um

mecanismo de equilíbrio entre os custos fixos e os custos

variáveis. A aposta nesta visão da gestão possibilita que a

organização se torne menos vulnerável às flutuações das

políticas sociais, económicas e estruturais.

GESTÃO DE PESSOAL, utilizada de forma universal em

qualquer estrutura organizacional, deve ser encarada como o

recurso a um planeamento de pessoal, tendo por base a

planificação estrutural que se pretende a curto e médio prazo;

recrutamento de pessoal, no sentido em que existem recursos

suficientes para garantir os objetivos estratégicos delineados,

salvaguardando sempre que existem recursos humanos

adequados e em funções – chave na organização;

administração de pessoal, associado ao tipo de situações

contratuais, tendo em conta as reais necessidades e o peso da

massa salarial a longo prazo, salvaguardando também

possíveis despedimentos e manutenção e atualização de todos

os dados e / ou fichas de colaboradores, para além de uma

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

gestão consciente, no que se refere aos recursos por resposta

social / serviço e aos critérios de recrutamento e

aconselhamento de pessoal – fatores sociais; as instalações

adequadas a um bom desempenho; a formação como suporte

de melhoria no desempenho e sobretudo, um bom apoio

jurídico.

GESTÃO DE PROJETOS, fundamental na organização, no

seguimento da política de progresso, qualidade e inovação.

Neste âmbito é premente a existência de recursos humanos,

materiais e estruturais que possam contribuir para um

necessário cumprimento do plano previsto. Também aqui, é

fulcral que exista uma estreita “parceria” entre os quadros

superiores [coordenadores] e Mesa Administrativa.

GESTÃO DE RESIDUOS, pela cada vez maior necessidade de

corresponder com as exigências, mas também, pela

necessidade de assegurar maior segurança e proteção, sendo

fundamental o caráter ambiental existente.

GESTÃO OPERACIONAL, associada às tarefas e problemas

correntes, essencialmente conotada com a rapidez na tomada

de decisões e na forma como operacionalmente as políticas

são implementadas. É a gestão mais importante e inúmeras

vezes menos valorizada, sobretudo porque pode condicionar

alto risco, aflorar constrangimentos que estavam em fase de

resolução e sobretudo promover a aplicabilidade da

estratégia corrente, desvalorizada ou desconhecida inúmeras

vezes.

GESTÃO ESTRATÉGICA, em oposição à gestão operacional,

esta aposta em fases devidamente delineadas: fixar objetivos,

política estrutural e plano de ação. Nesta gestão, o mais

importante é a monitorização da estratégia e baseia-se

esquematicamente na identificação das oportunidades e riscos,

análise estratégica, através da identificação dos pontos fortes

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

e pontos fracos, que por sua vez dá origem à estratégia

alternativa, estratégia de decisão e estratégia de

implementação.

GESTÃO FINANCEIRA, direcionada para todas as decisões

de pagamentos e investimento da instituição. Para a SCMG a

gestão financeira apresenta-se com cinco importantes

objetivos: (1) Manter a solvência (ter dinheiro suficiente para

manter os compromissos financeiros, o que requer uma

importante gestão de tesouraria); (2) Calcular as necessidades

financeiras da instituição (para efeitos de investimento); (3)

Satisfazer estas necessidades (pedir emprestado); (4)

Controlar os gastos de capital; (5) Produzir o balanço anual e

conta de resultados líquidos a apresentar em Assembleia

Geral, em março, aberta a todos os irmãos da Irmandade.

Comunidade: A SCMG integra na sua génese uma filosofia de

Responsabilidade Social Ativa, consolidada pela importância na

intervenção junto da comunidade, através de diferentes âmbitos. A

criação de serviços tem sempre o pressuposto de corresponder com as

reais necessidades da comunidade onde a instituição está inserida.

4. Este Código é aberto e dinâmico. A sua revisão permanente deve-se ao envolvimento e

participação de todos os agentes, especialmente das vivências e experiências dos seus

destinatários.

5. O Código de Ética é mais um instrumento que se coloca ao dispor das pessoas que integram

a nossa Instituição para alcançar a meta a que nos propomos. Apelamos à ética, a todos os

valores partilhados pela Santa Casa da Misericórdia de Galizes onde têm origem os nossos

direitos e obrigações, para gerar ou modificar comportamentos. A técnica ajudará, mas a

técnica sem a ética nunca será suficiente. A qualidade só é possível com a junção das duas.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

OBJETIVOS DO CÓDIGO DE ÉTICA

Código de Ética da Santa Casa da Misericórdia de Galizes enuncia valores, princípios

e normas para que sirvam de guia ao comportamento dos distintos atores. O Código de

Ética aplica-se a todas as pessoas que têm qualquer tipo de responsabilidade na tarefa de

melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, independentemente do seu papel,

lugar de desempenho ou pessoas que sirvam.

O Código de Ética pretende, no fundo, ser um conjunto de razões e motivos que abra horizontes

e olhares, aponte lugares de segurança onde enraízem, com confiança, as nossas opções e

decisões. Não se trata apenas de melhorar as práticas mas, sobretudo, de melhorar e certificar

atitudes. Este instrumento de referência deve vincular e ser transversal às diferentes áreas

organizacionais, dado que todas são fundamentais para um elevado equilíbrio institucional.

Na construção deste documento devemos entender substancial o papel ativo dos objetivos que o

unificam e o tornam singular:

Promoção de mecanismos de participação ativa dos diferentes atores, com o propósito

de debater diferentes dinâmicas em questões eticamente relevantes;

Criar estruturas internas que possibilitem a abordagem sistémica das grandes regras

que traduzem o código de ética;

Enquadrar a questão da ética como ferramenta indispensável na promoção da

qualidade; e,

Reforçar o papel da SCMG como Instituição Particular de Solidariedade Social de

conduta ética na defesa da integração social, da melhoria da qualidade de vida,

reforçando o papel institucional, a forma como a comunidade deve ser encarada e a

interlocução que a mesma deve ter com a instituição, considerando o rigor e o

profissionalismo como missiva.

Na singularidade e na fundamentação em que o presente documento deve assentar, devemos

identificar as bases que o permitem construir e torná-lo exequível:

1. Identificar valores e princípios de ação que devem ser pressupostos de referência de

trabalho na instituição, considerando o reforço das relações entre os diferentes atores;

2. Consolidar a identidade da SCMG no domínio do apoio à população alvo;

O

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GALIZES

3. Criar mecanismos que facilitem a resolução de dilemas éticos que possam surgir no

quadro de atividades organizacionais, na relação entre os diferentes agentes e

comunidade;

4. Promover uma responsabilidade pública partilhada da organização, com o intuito de

promover um compromisso ético;

5. Facilitar o processo de adaptação de profissionais, órgãos sociais, irmãos e voluntários,

na abordagem dos diferentes clientes institucionalizados;

6. Fomentar condições de referência para a implementação da Certificação da

Qualidade;

7. Contribuir para a distinção de boas práticas, tendo como fundo a ética nas diferentes

áreas organizacionais – técnicas, administrativas e estratégicas;

SUBSIDIARIDADE

observância do presente Código de Ética não impede a aplicação simultânea das regras

de conduta específicas de grupos profissionais específicos.

ESTRUTURA

código de ética estrutura-se, consolidando os valores, fatores de referência institucional

consubstanciados pelos princípios de ação, sendo a partir deste que resultam normas ou

orientações éticas que constituem o Código Ético.

Como tal, os valores foram defendidos e identificados por toda a estrutura organizacional, com

recurso à auscultação dos diferentes intervenientes, o que denuncia que os mesmos são

fundamentais na própria regulamentação do presente documento, sendo por isso

impreterivelmente considerados e, sobretudo, relacionados com os princípios associados.

O seguinte quadro ilustra os valores organizacionais e respetivos princípios a eles associados.

A

O

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GALIZES

VALORES PRINCÍPIOS INTERLOCUÇÃO ENTRE OS VALORES

ORGANIZACIONAIS E OS PRINCÍPIOS

COMPREENSÃO COOPERAÇÃO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

ATRAVÉS DA COOPERAÇÃO DE CADA

COLABORADOR, TENDO EM CONTA QUE O

MESMO ASSIMILOU CONCEITOS, NUMA ATITUDE

TOLERANTE DE EQUIPA, PROMOVE EFICAZMENTE

A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS, REFORÇANDO A

SUA MAIS-VALIA EM EQUIPA, COM OS CLIENTES

E MESA ADMINISTRATIVA.

CONFIDENCIALIDADE CONTROLO DA INFORMAÇÃO

O SIGILO PROFISSIONAL DE TODOS OS FACTOS

PRESSUPÕE O PRINCÍPIO DE CONTROLO DA

INFORMAÇÃO RELATIVA À INSTITUIÇÃO,

NOMEADAMENTE NO QUE DIZ RESPEITO À

PRIVACIDADE DE CLIENTES

INSTITUCIONALIZADOS E DA INFORMAÇÃO DE

ÁREAS DIFERENCIADAS DA INSTITUIÇÃO.

ESPÍRITO DE EQUIPA AMIGABILIDADE DA ORGANIZAÇÃO

CARÁTER FUNDAMENTAL NA PROMOÇÃO DE UM

ESPÍRITO DE EQUIPA QUE REFORCE A ATITUDE

DOS COLABORADORES E ÓRGÃOS SOCIAIS

COM A PRETENSÃO DE PROMOVER RESULTADOS,

TENDO EM CONTA OBJETIVOS COMUNS.

ÉTICA COMUNICAÇÃO EFICAZ E EFICIENTE

ATENDENDO A QUE A ÉTICA NÃO É MAIS DO

QUE O CONJUNTO DE NORMAS DIRECIONADAS

PARA OS COLABORADORES, É FUNDAMENTAL

QUE HAJA UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO

EFICAZ E EFICIENTE.

HONESTIDADE COMUNICAÇÃO DE DADOS VÁLIDOS

CONSIDERANDO QUE O VALOR DA

HONESTIDADE, ASSOCIADA AO

COMPORTAMENTO SINCERO E COERENTE, NO

SENTIDO DE RESPEITAR OS VALORES DA JUSTIÇA

E DA VERDADE, IMPÕE-SE QUE SEJA IMPERATIVA

A PARTILHA E / OU REGISTO DE DADOS,

CONSIDERANDO O PAPEL DA COMUNICAÇÃO

FUNDAMENTAL.

INOVAÇÃO PROMOÇÃO DE MELHORIA CONTÍNUA

O PRINCÍPIO DA MELHORIA CONTÍNUA SÓ É

POSSÍVEL SE CONSIDERARMOS O PAPEL DA

INOVAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS

ABORDAGENS, INICIATIVAS E CONCEITOS QUE

TENHAM COMO PONTO ESTRATÉGICO

PROMOVER SERVIÇOS DE QUALIDADE E,

CONSEQUENTEMENTE, A SUA MELHORIA

SISTÉMICA E SUSTENTÁVEL.

INTEGRIDADE

CONTROLO DA INFORMAÇÃO

QUALQUER VALOR ASSOCIADO AO

COMPORTAMENTO INSTITUCIONAL TERÁ COMO

PANO DE FUNDO O PRINCÍPIO DO CONTROLO

DA INFORMAÇÃO, DADO QUE ESTÃO A SER

ABORDADOS CONCEITOS DE CONDUTA MORAL,

RESPEITO, SOLIDARIEDADE E AMIZADE.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE

GALIZES

LEALDADE COMUNICAÇÃO DE DADOS VÁLIDOS

MAIS UMA VEZ O PRINCÍPIO DA COMUNICAÇÃO

DE DADOS VÁLIDOS SE IMPÕE QUANDO

FALAMOS NO COMPROMISSO INSTITUCIONAL

TUTELADO POR CONCEITOS DE QUALIDADE,

SINCERIDADE E HONESTIDADE.

PRIVACIDADE INTERAÇÃO SENSATA

CONSIDERANDO QUE O SIGILO PROFISSIONAL

ESTÁ NA GÉNESE DA PRIVACIDADE, IMPÕE-SE

QUE SE ABORDE O CONCEITO COM RECURSO A

UMA INTERAÇÃO SENSATA ENTRE OS DIFERENTES

INTERLOCUTORES.

QUALIDADE ARTICULAÇÃO DA SEGURANÇA, SAÚDE E

HIGIENE

SE CONSIDERARMOS QUE O CONCEITO DE

QUALIDADE SE ADEQUADA ÀS BOAS PRÁTICAS,

EM CONFORMIDADE COM O QUE É EXIGIDO É

SEGURO DEFENDER O PRINCÍPIO DA

SEGURANÇA, SAÚDE E HIGIENE.

RESPEITO COMUNICAÇÃO EFICAZ E EFICIENTE

O PRINCÍPIO DA COMUNICAÇÃO EFICAZ E

EFICIENTE ESTÁ INTRÍNSECO AO CONCEITO

RELACIONADO COM DEVER E OBRIGAÇÃO,

IMPONDO-SE UMA CONDUTA DE RESPEITO A

TODOS OS AGENTES DENTRO DA INSTITUIÇÃO.

RESPONSABILIDADE SOCIAL ALINHAMENTO DA CONDUTA COM A MISSÃO E

VISÃO

TENDO EM CONTA QUE A MISSÃO E VISÃO DA

INSTITUIÇÃO SE FOCALIZAM NA PROMOÇÃO DE

SERVIÇOS DE REFERÊNCIA DIRECIONADOS PARA

CLIENTES INSTITUCIONALIZADOS E

COMUNIDADE, DEVERÁ IMPOR-SE O PRINCÍPIO

DE CONDUTA ALICERÇADO NA INTEGRAÇÃO

SOCIAL E PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA.

RIGOR FIABILIDADE DOS PROCESSOS

ENTENDENDO QUE O RIGOR E

PROFISSIONALISMO IMPERAM NA MISSÃO DA

INSTITUIÇÃO, ENTENDE-SE QUE O PRINCÍPIO DA

FIABILIDADE DOS PROCESSOS SEJA

PRESSUPOSTO DE GARANTIA ESTRATÉGICA.

SUSTENTABILIDADE

NORMALIDADE DOS PROCESSOS

SÓ É POSSÍVEL FALAR EM SUSTENTABILIDADE SE

APOSTARMOS CADA VEZ MAIS NA

NORMALIZAÇÃO DOS DIFERENTES PROCESSOS,

REFORÇANDO ALTERNATIVAS DE

FINANCIAMENTO, TOMADA DE DECISÕES EM

CONFORMIDADE COM AS NORMAS E

PROMOVENDO UMA GESTÃO QUE APOSTE EM

PROJETOS ALTERNATIVOS.

PROMOÇÃO DE MELHORIA CONTÍNUA

É IMPERATIVO QUE O PRINCÍPIO DE MELHORIA

CONTÍNUA ESTEJA INTERLIGADA COM A

DETEÇÃO DE NECESSIDADES IDENTIFICADAS

LEVADAS A CABO DE FORMA CAPAZ, TENDO EM

CONTA A IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS

INSTITUCIONAIS, APOSTANDO NA INOVAÇÃO,

CRIATIVIDADE, APRENDIZAGEM E VALORES.