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MINUTA DE REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS NORMA I Âmbito de Aplicação O complexo “Casa São João de Deus”, designado por Santa Casa da Misericórdia de Galizes, com acordo de cooperação para a resposta social de Lar Residencial celebrado com o Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, em 20/12/2006, pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Galizes (IPSS), rege-se pelas seguintes normas: NORMA II Legislação Aplicável Este estabelecimento/estrutura prestadora de serviços rege-se igualmente pelo estipulado no Despacho Normativo Nº 28 /2006. NORMA III Objectivos do Regulamento O presente Regulamento Interno de Funcionamento visa: 1. Promover o respeito pelos direitos dos clientes e demais interessados 2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento da estrutura prestadora de serviços

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MINUTA DE REGULAMENTO INTERNO

DE FUNCIONAMENTO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

NORMA I

Âmbito de Aplicação

O complexo “Casa São João de Deus”, designado por Santa Casa da Misericórdia de

Galizes, com acordo de cooperação para a resposta social de Lar Residencial

celebrado com o Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, em 20/12/2006,

pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Galizes (IPSS), rege-se pelas seguintes

normas:

NORMA II

Legislação Aplicável

Este estabelecimento/estrutura prestadora de serviços rege-se igualmente pelo

estipulado no Despacho Normativo Nº 28 /2006.

NORMA III

Objectivos do Regulamento

O presente Regulamento Interno de Funcionamento visa:

1. Promover o respeito pelos direitos dos clientes e demais interessados

2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento da

estrutura prestadora de serviços

3. Promover a participação ativa dos clientes e/ou dos seus representantes legais

a nível da gestão das respostas sociais

4. Promover estratégias de reforço da auto-estima, autonomia pessoal e social

dos utentes.

5. Possibilitar a dignificação do cidadão deficiente no seu quotidiano e promover o

seu bem-estar, respectivamente através do Lar Residencial e do Centro de

Actividades Ocupacionais.

NORMA IV

Serviços Prestados e Actividades Desenvolvidas

1. O Lar assegura a prestação dos seguintes serviços:

1.1Cuidados de Higiene

1.2Vestuário

1.3Alimentação

1.4Medicação

1.5Apoio Emocional e conforto Social

1.6Terapias (Psicologia, Reabilitação e Motricidade, Fisioterapia e Artes)

1.7Programa individualizado que visa a realização de atividades, optimizando o

desenvolvimento das capacidades e adaptabilidades individuais, de forma a reduzir as

suas limitações.

2. O Lar Residencial em articulação com o C.A.O. realiza ainda as seguintes

actividades:

2.1.Actividades de Desenvolvimento Social

2.2.Animação Cultural (Dança, Teatro, Expressão Corporal)

2.3.Actividades de Fisioterapia

2.4.Actividades de Desporto

2.5.Actividades de Valorização Pessoal

2.6.Actividades de Vida Diária

2.7.Actividades Sócio-culturais

2.8.Actividades Motoras Adaptadas

2.9.Actividades Expressivas

2.10.Pintura

2.11.Snoezelen

2.12.Têxteis

2.13.Jardinagem

2.14.Actividades em computadores – desenvolvimento integrado em Novas

Tecnologias

2.15.Actividades em ambientes naturais que promovam o contacto com

animais e a natureza

2.16.Promoção de vendas em eventos de dinamização local, tais como

exposições e feiras no Concelho de Oliveira do Hospital, bem como em

eventos promovidos por outras entidades

2.17.Actividades com entidades ou instituições similares e outras

2.18.Passeios temáticos e de lazer.

CAPÍTULO II

PROCESSO DE ADMISSÃO DOS CLIENTES

NORMA V

Condições de Admissão

São condições de admissão neste estabelecimento/serviço:

1. Ter mais de 16 anos

2. Ser portador de deficiência/dificuldade física ou intelectual

3. Haver vontade expressa do mesmo ou do responsável pelo cliente, no caso de

incapacidade para decisão do próprio, na institucionalização

4. Jovens e adultos que necessitem de apoios específicos, nomeadamente a nível

educativo, social ou psicológico;

5. A existência de uma deficiência que não permita o exercício de uma actividade

produtiva/laboral.

NORMA VI

Candidatura

1. Para efeitos de admissão, o cliente deverá candidatar-se através do

preenchimento de uma ficha de identificação que constitui parte integrante do

processo do cliente, devendo fazer prova das declarações efectuadas,

mediante a entrega da cópia dos seguintes documentos:

1.1. Bilhete de Identidade do cliente e do representante legal, quando

necessário (*);

1.2. Cartão de Contribuinte do cliente e do representante legal, quando

necessário (*);

1.3. Cartão de Beneficiário da Segurança Social do cliente e do representante

legal, quando necessário (*);

1.4. Cartão de Utente dos Serviços de saúde ou de subsistemas a que o

cliente pertença (*);

1.5. Boletim de vacinas e relatório médico, comprovativo da situação clínica

do cliente, quando solicitado;

1.6. Comprovativo dos rendimentos do cliente e do agregado familiar, quando

necessário;

1.7. Declaração assinada pelo cliente em como autoriza a informatização dos

dados pessoais para efeitos de elaboração de processo de cliente;

(*) São substituídos individualmente estes documentos pelo cartão do cidadão

2. O período de candidatura decorre em qualquer altura do ano no seguinte período:

2.1. O horário de atendimento para candidatura é o seguinte: de segunda a

sexta-feira das 9h às 13h e das 14h às 17h.

3. A ficha de identificação e os documentos probatórios referidos no número anterior

deverão ser entregues na S.C.M.G. no gabinete Técnico das 9h às 13h e das 14h

às 17h.

4. Em situações especiais pode ser solicitada certidão da sentença judicial que regule

o poder paternal ou determine a tutela /curatela.

5. Em caso de admissão urgente, pode ser dispensada a apresentação de

candidatura e respectivos documentos probatórios, devendo todavia ser desde

logo iniciado o processo de obtenção dos dados em falta.

NORMA VII

Critérios de Admissão

São critérios de prioridade na selecção dos clientes:

1. Situação de emergência social

2. Conflito familiar/marginalização/exclusão

3. Ausência ou indisponibilidade da família para assegurar os cuidados necessários

4. Residentes no Concelho de Oliveira do Hospital

5. A frequência de outra resposta social da instituição

6. Jovens ou adultos com um quadro de incapacidade que se adeque a este tipo de

resposta social.

Na aplicação dos critérios de prioridade é sempre tida em conta a situação de carência

sócio económica.

NORMA VIII

Admissão

1. Recebida a candidatura, a mesma é analisada por um técnico do Lar

Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Galizes, posteriormente

compete elaborar a proposta de admissão, quando tal se justificar, para se

submeter à decisão da entidade competente.

2. Existe uma entrevista realizada pela equipa técnica multidisciplinar da

instituição, a fim de avaliar a possibilidade de admissão do candidato, emitindo

posteriormente o seu parecer.

3. É competente para decidir a Mesa Administrativa.

4. Da decisão será dado conhecimento ao cliente no prazo de 30 dias.

NORMA IX

Acolhimento dos Novos Clientes

1.O acolhimento de um novo cliente no Lar Residencial terá um período de dois

meses, que se pretende que seja um período experimental. Durante esse tempo o

cliente terá oportunidade de verificar a sua motivação para as actividades existentes; e

a sua adesão a todas as outras actividades complementares essenciais que o Lar

Residencial propõe. Por sua vez a equipa técnica poderá verificar se o utente

beneficiará das actividades que o Lar Residencial apresenta;

2.Apresentação das instalações e serviços

3.Apresentação ao grupo de referência e à equipa

4.Durante este período o utente é sujeito a um processo de integração em estreita

cooperação com a família

5. Realizar-se-ão nesse período reuniões interdisciplinares para avaliar e definir as

estratégias mais adequadas para que o processo seja bem sucedido.

NORMA X

Processo Individual do Cliente

No processo individual constam os seguintes documentos:

i. Ficha de Inscrição

ii. Ficha de avaliação diagnostica

iii. Documentos pessoais (fotocópias)

iv. Contrato de prestação de serviços

v. Programa de acolhimento do cliente

vi. Ficha ou relatórios recebidos aquando da admissão

vii. Plano de Avaliação das necessidades e dos potenciais do cliente

viii. Avaliação das necessidades e dos potenciais do cliente

ix. PDI (Plano de Desenvolvimento Individual)

x. ASU (Actividades Socialmente Úteis), inserido no PDI

xi. Cuidados em Situações de Emergência e na Administração Terapêutica

xii. Nutrição e Alimentação

xiii. Identificação de Actividades de Inclusão

xiv. PAI (Plano de Actividades de Inclusão)

xv. Registo de Presenças

xvi. Fichas de Ocorrências

xvii. Relatórios e registos do serviço de Psicologia

xviii. Documentos da Área Económico-Financeira

xix. Documentos da Farmácia

NORMA XI

Lista de Espera

1. Caso o cliente não tenha admissibilidade ou a sua candidatura não seja

aprovada é informado por escrito, no prazo de oito dias;

2. Aquando do momento da avaliação são aplicados critérios de prioridade

(descritos anteriormente na Norma VII);

3. Com base na aplicação dos critérios de prioridade, será atribuída uma

pontuação, a qual determinará por sua vez a posição a ocupar na Lista de

espera. Será transmitido ao cliente, por escrito (no prazo de oito dias), a posição

que ocupa.

4. As fichas são arquivadas e mantidas em dossier próprio para o efeito; assim a

Lista de espera será ordenada de acordo com os resultados obtidos;

5. O processo será retirado da lista de espera aquando da admissão na respetiva

resposta social;

6. A renovação da inscrição é anual, devendo para o efeito, o candidato ou o seu

representante comunicar por escrito para a instituição o seu interesse na mesma.

Caso não haja renovação anual será retirado da Lista de espera.

CAPÍTULO III

INSTALAÇÕES E REGRAS DE FUNCIONAMENTO

NORMA XII

Instalações

1. O Lar Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Galizes tem como estrutura

residencial os objetivos de:

a)Disponibilizar alojamento e apoio residencial permanente ou temporário;

b)Promover condições de vida e de ocupação que contribuam para o bem estar

e qualidade de vida adequadas às necessidades específicas dos seus

destinatários;

c)Promover estratégias de reforço da auto estima, da valorização e autonomia

pessoal e social;

d)Assegurar condições de estabilidade aos destinatários, reforçando a sua

capacidade autonómica para a organização das atividades da vida diária;

e)Prestar apoio na integração escolar/académica, em centros de atividades

ocupacionais, na formação profissional, no emprego protegido ou no acesso ao

mercado normal de trabalho (nos casos em que tal é possível);

f)Privilegiar a interação com a família e com a comunidade, no sentido da

respetiva integração social.

2. Está sedeada na Rua da Misericórdia, nº60 – Galizes e as suas instalações são

compostas pelos seguintes espaços físicos: o Lar Residencial dispõe de quartos

individuais, duplos e triplos, salas de terapias, sala de Snoezelen, Refeitório, WC´s

para clientes e colaboradores, cozinha, refeitório, Gabinetes de Apoio Técnico,

ginásio, balneários e piscina.

NORMA XIII

Horários de Funcionamento

1. A Casa São João de Deus, na vertente social de, Lar Residencial, tem como horário

de funcionamento 24 Horas por dia, todos os dias da semana.

NORMA XIV

Entrada e Saída de Visitas

1. O horário das visitas é nos dias úteis, fins-de-semana e feriados das 14h30m às

15h30m e das 16h30m às 18h30m;

2. Nas horas de refeições não é permitido a entrada de visitantes.

3. As visitas permanecerão nas salas de convívio e não nos quartos dos utentes, salvo

se estiverem acamados e com aviso prévio ao colaborador de serviço.

4. Em situações excecionais e devidamente fundamentadas, poderá a Diretora ou

outro representante habilitado autorizar, fora dos horários estabelecidos, uma visita de

familiares, por períodos curtos.

NORMA XV

Pagamento da Mensalidade

Os Clientes deverão liquidar a contribuição mensal fixada, até ao dia 8 de cada mês. O pagamento é realizado através do vale de pensão..

NORMA XVI

Tabela de Comparticipações Familiares

1. A tabela de comparticipações familiares foi calculada(o) de acordo com a

legislação/normativos em vigor e encontra-se afixada(o) em local bem visível.

2. De acordo com o disposto na Circular Normativa n.º 3, de 02/05/97 e na

Circular Normativa n.º 7, de 14/08/97, da Direcção Geral da Acção Social

(DGAS), o cálculo do rendimento per capita do agregado familiar é realizado de

acordo com a seguinte fórmula:

R = RF – D

N

Sendo que:

R = Rendimento per capita

RF = Rendimento mensal ilíquido do agregado familiar

D = Despesas fixas

N = Número de elementos do agregado familiar

No que respeita às despesas mensais fixas, consideram-se para o efeito:

O valor das taxas e impostos necessários à formação do rendimento

líquido, designadamente do imposto sobre o rendimento e da taxa social

única;

O valor da renda de casa ou de prestação mensal devida pela aquisição

de habitação própria;

Os encargos médios mensais com transportes públicos;

As despesas com aquisição de medicamentos de uso continuado em

caso de doença crónica.

A comparticipação familiar mensal é efectuada no total de 12 mensalidades,

sendo que o valor do rendimento mensal ilíquido do agregado familiar é o

duodécimo da soma dos rendimentos anualmente auferidos. O seu cálculo é

realizado em função dos 14 meses dos rendimentos (caso se aplique), por

cada um dos seus elementos. Por analogia à circular nº3 é aplicada a

percentagem até 85% ,tendo em conta o seu grau de dependência, e com base

no valor do seu vale de pensão. Em caso de alteração à tabela em vigor será

efectuada uma revisão nas comparticipações familiares e entrará em vigor no

início do ano civil desse mesmo ano.

3. Será efetuada uma redução de 20%, no valor da comparticipação familiar, nos

casos em que se verifique a frequência do mesmo estabelecimento por mais

do que um elemento do agregado familiar.

4. Quando existe uma ausência superior a 15 dias não interpolados, a instituição

procede à redução de 25% da mensalidade, conforme indica a circular nº 3.

NORMA XVII

Refeições

1 - A instituição zela pela elaboração de ementa (s) saudável e equilibrada (s).

2 – As ementas terão integradas todas as refeições do dia, bem como os pratos de

dieta existentes.

3 – A afixação das ementas é feita com base num período de antecedência nunca

inferior a uma semana, realização das encomendas dos produtos e à consulta dos

interessados.

4 – As ementas a elaborar deverão permitir a correta gestão institucional,

salvaguardando, as regras da alimentação saudável e equilibrada.

5 – O Horário da tomada das refeições é distribuído do seguinte modo:

a) Pequeno-Almoço - 9h

b) Almoço - 12h às 14h

c) Lanche - 16h

d) Jantar - 19h

e) Ceia – 21h

6- A delineação dos horários do pessoal adstrito aos vários serviços deve ter em conta

os períodos de funcionamento dos mesmos, sem prejuízo do disposto nos normativos

gerais sobre regulamentação do trabalho.

NORMA XVIII

Actividades/Serviços Prestados

1) Alojamento em quarto com um ou mais utentes, com cama, mesa-de-cabeceira e

armário/roupeiro individuais;

2) Cuidados de Saúde: a “Casa S. João de Deus” dispõe de um médico responsável

pelo acompanhamento clínico do utente. A equipa é constituída por um médico e um

enfermeiro, que prestará os necessários cuidados ao utente de acordo com indicações

médicas.

2.1) O médico poderá sempre que necessário requisitar exames auxiliares de

diagnóstico e sugerir o posterior encaminhamento para médicos especialistas.

Instituirá os tratamentos adequados às diferentes patologias, sendo o transporte e

aprovisionamento dos artigos farmacêuticos da responsabilidade da Instituição. O

custo da medicação e material de enfermagem não estão incluídos na mensalidade;

2.2) A administração de medicamentos e a realização de tratamentos prescritos são

da responsabilidade da equipa de Saúde do Lar residencial. O utente não poderá

tomar qualquer medicação sem prescrição do médico da instituição ou sem o

conhecimento deste;

2.3) O Lar residencial garante o acompanhamento do utente em situações de

comprovada emergência, sendo o familiar responsável pelo utente avisado

telefonicamente, excepto se a emergência ocorrer entre as 21h00 e as 8h00. Nesse

caso será informado depois das 9h00;

2.4) Os familiares do utente poderão solicitar esclarecimentos ao médico da

instituição mediante marcação prévia;

3) Alimentação:

3.1) O Lar residencial fornece aos utentes o pequeno-almoço; almoço; lanche; jantar

e ceia.

3.2) A alimentação é adequada e equilibrada, procedendo-se sempre que necessário

à elaboração de dietas especiais sob orientação médica;

3.3) No sentido de fornecer uma alimentação equilibrada, os familiares que queiram

trazer alimentos para oferecer aos seus familiares, devem obrigatoriamente entregá-

los aos ajudantes de lar, que colocarão a respectiva identificação do utente, para

depois serem distribuídos nos momentos considerados adequados.

4) Cuidados de higiene:

4.1) Os auxiliares de lar asseguram aos utentes os necessários cuidados de higiene

diária, fomentando e estimulando a sua autonomia e a manutenção das suas

capacidades;

5) Tratamento de roupas:

5.1) Todas as roupas dos utentes são marcadas com um número sendo da

responsabilidade da marcação, a instituição;

5.2) A limpeza e tratamento das roupas são feitos na lavandaria da instituição;

5.3) Caso os familiares desejem trazer ou levar roupas ou bens do utente, devem

solicitar a presença do auxiliar de lar responsável, que acrescentará ou dará baixa

no inventário dos bens do utente.

6) Actividades desenvolvidas:

6.1) O Lar S. João de Deus promove as seguintes actividades ocupacionais com o

objectivo de estimular a manutenção de hábitos e convicções que traduzem a

história de cada utente. Estas actividades são implementadas pelas monitoras sob

orientação do/a Director/a Técnico/a, tentando sempre envolver os utentes na sua

organização sempre que o seu estado de saúde o permita;

6.1.1) Celebração de datas festivas (Carnaval, Páscoa, Santos Populares, S.

Martinho, Natal);

6.1.2) Organização de passeios a locais de interesse de acordo com as preferências

dos utentes;

6.1.3) Participação em iniciativas de âmbito local e regional;

6.1.4) Actividades religiosas (respeitando a liberdade individual dos utentes e suas

convicções),

6.1.5) Organização do Aniversário da “Casa S. João de Deus”

6.1.6) Actividades ocupacionais diárias: trabalhos manuais; pintura; leitura e treino

de leitura e escrita; jardinagem; actividades religiosas; ginástica em grupo;

snoezelen; realização de atividades da vida diária; preparação de festas; jogos de

mesa e tradicionais…

NORMA XIX

Quadro de Pessoal

1. O quadro de pessoal encontra-se afixado em local bem visível, contendo a

indicação do número de recursos humanos (direcção técnica, equipa técnica,

pessoal auxiliar e outros), formação e conteúdo funcional, definido de acordo com

a legislação/normativos em vigor.

2. O conteúdo funcional encontra-se descrito no Boletim do Trabalho e Emprego

nº47 1ª Série de 22 de Dezembro de 2001; com alterações publicadas no Boletim

do trabalho nº3, de 22 de Dezembro de 2010.

3. Descrição do quadro de pessoal:

Médico de clínica geral. — Efetua exames médicos, requisita exames auxiliares de diagnóstico e faz diagnósticos; envia criteriosamente o doente para médicos especialistas, se necessário, para exames ou tratamentos específicos; institui terapêutica medicamentosa e outras adequadas às diferentes doenças, afecções e lesões do organismo.

Enfermeiro. — Presta cuidados de enfermagem aos doentes, em várias circunstâncias, em estabelecimentos de saúde e assistência; administra os medicamentos e tratamentos prescritos pelo médico, de acordo com normas de serviço e técnicas reconhecidas na profissão; colabora com os médicos e outros técnicos de saúde no exercício da sua profissão.

Psicólogo. — Estuda o comportamento e mecanismos mentais do homem e procede a investigações sobre problemas psicológicos em domínios tais como o fisiológico, social, pedagógico e patológico, utilizando técnicas específicas que, por vezes, elabora; analisa os problemas resultantes da interacção entre indivíduos, instituições e grupos; estuda todas as perturbações internas e relacionais que afectam o indivíduo; investiga os factores diferenciais quer biológicos, ambientais e pessoais do seu desenvolvimento, assim como o crescimento progressivo das capacidades motoras e das aptidões intelectuais e sensitivas; estuda as bases fisiológicas do comportamento e mecanismos mentais do homem, sobretudo nos seus aspectos métricos.

Técnico de recursos humanos. — Recolhe, compila e sistematiza informação destinada à gestão previsional e provisional de pessoal e elementos administrativos relativos à movimentação e admissão de pessoal; recolhe e prepara cadastros de pessoal; recolhe elementos e prepara esclarecimentos sobre legislação, normas de regulamentação do trabalho, procede à sua interpretação e aplicação, à prestação de informações e à cooperação na elaboração de convenções colectivas de trabalho; elabora, calcula e verifica o processamento de remunerações e benefícios complementares, incluindo as obrigações fiscais e contributivas para a segurança social ou fundos complementares de reforma; actualiza e mantém ficheiros de pessoal e arquivos de documentação; colabora na recolha, análise e preparação de elementos destinados à elaboração de planos e orçamentos; participa no estudo, elaboração e alteração dos profissiogramas; participa na prospecção de elementos do potencial humano da instituição; recolhe, controla e sistematiza dados relativos a linhas de carreira e inventário de funções, tendo em vista a movimentação, admissão e selecção de pessoal e a participação na qualificação de funções; realiza o acolhimento de pessoal; participa na análise de indicadores de gestão de pessoal; dá apoio administrativo e organizacional à actuação no domínio da prevenção de acidentes e doenças profissionais e no âmbito da organização e realização da formação profissional. Organiza, coordena e orienta a actividade desenvolvida pelos encarregados de setor sob a sua responsabilidade; estabelece, em colaboração com os encarregados de sector, os horários de trabalho, escalas e dispensas de pessoal, bem como o modo de funcionamento dos serviços; mantém em ordem os inventários sob a sua responsabilidade. È igualmente responsável pelas compras/economato; procede à aquisição de géneros, mercadorias e outros artigos, sendo responsável pelo regular abastecimento da instituição; armazena, conserva, controla e fornece às secções as mercadorias e artigos necessários ao seu funcionamento; procede à recepção dos artigos e verifica a sua concordância com as respectivas requisições; organiza e mantém actualizados os ficheiros de mercadorias à sua guarda, pelas quais é responsável; executa ou colabora na execução de inventários periódicos.

Ajudante de lar e centro de dia. — Procede ao acompanhamento diurno e ou nocturno dos utentes, dentro e fora dos serviços e estabelecimentos; colabora nas tarefas de alimentação do utente; participa na ocupação dos tempos livres; presta

cuidados de higiene e conforto aos utentes; procede à arrumação e distribuição das roupas lavadas e à recolha de roupas sujas e sua entrega na lavandaria.

Trabalhador dos serviços gerais. — Procede à limpeza e arrumação das instalações; assegura o transporte de alimentos e outros artigos; serve refeições em refeitórios; desempenha funções de estafeta e procede à distribuição de correspondência e valores por protocolo; efectua o transporte de cadáveres; desempenha outras tarefas não específicas que se enquadrem no âmbito da sua categoria profissional.

Técnico superior administrativo. — Realiza análises e pesquisas, desenvolve conceitos, teorias e métodos e põe em prática os conhecimentos, estuda e emite pareceres na sua área de formação académica ou na área da instituição onde desenvolve funções; promove e desenvolve as actividades na área da instituição a que se encontra adstrito, podendo integrar grupos de trabalho bem como coordenar projectos ou exercer a chefia hierárquica de postos de trabalho de diferentes níveis de qualificação

Encarregado (serviços gerais). — Coordena e orienta a actividade dos trabalhadores da área dos serviços gerais sob a sua responsabilidade.

Ajudante de cozinheiro. — Trabalha sob as ordens de um cozinheiro, auxiliando-o na execução das suas tarefas: limpa e corta legumes, carnes, peixe ou outros alimentos; prepara guarnições para os pratos; executa e colabora nos trabalhos de arrumação e limpeza da sua secção; colabora no serviço de refeitório.

Cozinheiro. — Prepara, tempera e cozinha os alimentos destinados às refeições; contribui para a confecção das ementas; recebe os víveres e outros produtos necessários à sua confecção, sendo responsável pela sua conservação; amanha o peixe, prepara os legumes e a carne e procede à execução das operações culinárias; emprata-os, guarnece-os e confecciona os doces destinados às refeições, executa ou zela pela limpeza da cozinha e dos utensílios. Organiza, coordena, dirige e verifica os trabalhos de cozinha; contribui para a elaboração das ementas, tendo em atenção a natureza e o número de pessoas a servir, os víveres existentes ou susceptíveis de aquisição, e requisita às secções respectivas os géneros de que necessita para a sua confecção; dá instruções ao pessoal de cozinha sobre a preparação e confecção dos pratos, tipos de guarnição e quantidades a servir; acompanha o andamento dos cozinhados e assegura-se da perfeição dos pratos e da sua concordância com o estabelecido; verifica a ordem e a limpeza de todas as secções de pessoal e mantém em dia o inventário de todo o material de cozinha;

Monitor. — Planeia, prepara, desenvolve atividades com os utentes, utilizando métodos e técnicas pedagógicas adequados, definindo os objectivos e os conteúdos programáticos de acordo com as competências terminais a atingir; define critérios e selecciona os métodos essencialmente demonstrativos e as técnicas pedagógicas a utilizar de acordo com os objectivos, a temática e as características dos formandos; define, prepara e ou elabora meios e suportes didácticos de apoio, tais como documentação, materiais e equipamentos, ferramentas, visitas de estudo; desenvolve as sessões, transmitindo e desenvolvendo conhecimentos. Participa ativamente na supervisão/realização das atividades de vida diária dos utentes.

Fisioterapeuta. — Centra-se na análise e avaliação do movimento e da postura, baseadas na estrutura e função do corpo, utilizando modalidades educativas e

terapêuticas específicas, com base, essencialmente, no movimento, nas terapias manipulativas e em meios físicos e naturais, com a finalidade de promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiência, de incapacidade e da inadaptação e de tratar, habilitar ou reabilitar indivíduos com disfunções de natureza física, mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade de vida.

Técnico superior de serviço social. — Estuda e define normas gerais, esquemas e regras de actuação do serviço social das instituições; procede à análise de problemas de serviço social directamente relacionados com os serviços das instituições; assegura e promove a colaboração com os serviços sociais de outras instituições ou entidades; estuda com os indivíduos as soluções possíveis dos seus problemas (descoberta do equipamento social de que podem dispor); ajuda os utentes a resolver adequadamente os seus problemas de adaptação e readaptação social e protecção dos seus direitos enquanto cidadãos.

Gestor — Define e controla os procedimentos adequados para a implementação das políticas da instituição. Responde perante a mesa administrativa pelas medidas de coordenação implementadas no conjunto das áreas sectoriais existentes. Estabelece as previsões e recursos necessários para a prossecução dos objectivos a médio prazo aprovados pelas mesa administrativa e assembleia geral, e, bem assim os, objectivos fixados anualmente no plano de actividades. Colabora na execução dos planos plurianuais e do orçamento de exercício, controla e acompanhar a vida da instituição, mormente nos capítulos técnicos, económico-financeiro e dos recursos humanos, elabora resumos e relatórios de avaliação, que são apresentados superiormente, com vista a definir ou corrigir as linhas de orientação.

Diretor técnico de estabelecimento. — Técnico superior que exerce funções de direção técnica e é responsável pelo estabelecimento. Supervisiona os serviços ligados às diferentes respostas sociais nomeadamente: Lar residencial, Centro de Atividades Ocupacionais; Serviço de Apoio Domiciliário e Creche. Dinamiza e articula com os técnicos afetos à instituição de modo a existir coesão entre os diferentes serviços. Gere os colaboradores ligados diretamente a determinados cargos, supervisionando as suas tarefas e avaliando as mesmas, essencialmente as que estão de algum modo ligadas aos clientes e às suas necessidades. Supervisiona o funcionamento dos serviços diretamente ligados às atividades ocupacionais dos clientes, planifica e supervisiona a realização dessas atividades. Articula com as famílias dos clientes sempre que se adequa ou que é necessário. Realiza a articulação necessária entre os técnicos de saúde e outros que contribuem para o bem estar e equilíbrio psico emocional dos clientes.

Motorista de ligeiro e de pesados . — Conduz veículos ligeiros, possuindo para o efeito carta de condução profissional; zela, sem execução, pela boa conservação e limpeza dos veículos; verifica os níveis de óleo e de água e a pressão dos pneus; zela pela carga que transporta e efectua a carga e descarga. Conduz igualmente veículos automóveis com mais de 3500Kg de carga ou mais de nove passageiros, possuindo para o efeito carta de condução profissional.

NORMA XX

Direcção Técnica

A Direção Técnica do Lar Residencial compete a um técnico de acordo com o disposto

na Norma X do Despacho Normativo nº28/2006, de 03 de Maio. Diário da República –

I Série - cuja identidade está afixado em local bem visível.

CAPÍTULO IV

DIREITOS E DEVERES

NORMA XXI

Direitos dos Clientes

1.São direitos dos Clientes:

1.1) O respeito pela sua identidade pessoal e reserva de intimidade privada e

familiar, bem como pelos seus usos e costumes;

1.2) A prestação dos serviços solicitados e contratados pela cobertura das suas

necessidades, tendo em vista manter ou melhorar a sua autonomia;

1.3) A educação e reabilitação física, social e psicológica;

1.4) Ter acesso à ementa semanal afixada em local visível

1.5) Beneficiar da tomada de refeições, pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e

ceia, nas condições estabelecidas na “Casa São João de Deus”;

1.6) Beneficiar de actividades desportivas e culturais implementadas pelo Lar

Residencial

1.7) Conhecer todas as alterações respeitantes às condições de prestação de serviços;

1.8) O serviço de limpeza e higiene pessoal, quando impossibilitados de o

realizarem por si próprias;

1.9) Os serviços de lavandaria e rouparia;

1.10) A frequência, sempre que possível, de Centros de Actividades Ocupacionais,

estruturas de formação profissional, de emprego, actividades de lazer, desportivas

e outras, no sentido de contribuir para uma normalização de vida e para a

aquisição de um equilíbrio físico/psíquico facilitador do bem-estar em sociedade;

1.11) A assistência médica e de enfermagem praticadas no Lar, segundo as

prescrições clínicas.

NORMA XXII

Deveres dos Clientes

1. São deveres dos Clientes:

1.1) Colaborar com a equipa que lhe presta apoio;

1.2) Manter com os colegas e com a equipa técnica, relações de cordialidade e

correcção;

1.3) Comparticipar nos custos da prestação de serviços que lhe for estabelecido pela

instituição;

1.4) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens da instituição;

1.5) Cumprir atentamente as indicações de segurança e higiene que lhe forem dadas

no âmbito da sua actividade;

1.6) Utilizar os instrumentos e equipamentos de trabalho com cuidado e zelar pela sua

boa conservação;

1.7) Participar de modo activo, apresentando as sugestões, queixas e reclamações

que julguem convenientes, assim como os respectivos familiares;

1.8) Cumprir e fazer cumprir as normas do presente regulamento;

1.9) Respeitar os restantes utentes, a instituição e os seus representantes;

1.10) Não assumir comportamentos que prejudiquem a boa organização dos serviços,

as condições e o ambiente necessário à sua eficaz prestação;

1.11) Respeitar os funcionários que contribuem para o bom funcionamento do

equipamento;

1.12) Pagar mensalmente as comparticipações acordadas;

1.13) Avisar os responsáveis do Lar Residencial de qualquer alteração (morada,

contacto, agregado familiar, doença);

1.14) Manter um bom relacionamento com os funcionários e com a instituição em

geral;

Há a salientar que as famílias podem participar nas actividades realizadas na

instituição.

NORMA XXIII

Direitos da Entidade Gestora do Estabelecimento/Serviço

1. São direitos da entidade gestora da Santa Casa da Misericórdia de Galizes, Lar

Residencial:

1.1) Serem tratados com respeito e dignidade os Dirigentes e Funcionários;

1.2) Exigir o cumprimento do presente Regulamento Interno;

1.3) Receber atempadamente a mensalidade acordada;

1.4) Ver respeitado o seu património;

1.5) Proceder à averiguação dos elementos necessários à comprovação da

veracidade das declarações prestadas pelo utente e/ou familiares no acto da

admissão.

NORMA XXIV

Deveres da Entidade Gestora do Estabelecimento/Serviço

1. São deveres da entidade gestora da Santa Casa da Misericórdia de Galizes, Lar

Residencial:

1.1) Garantir a qualidade do serviço e o conforto necessário ao bem-estar do utente;

1.2) Proporcionar o acompanhamento adequado ao utente;

1.3) Zelar pelo asseio e ordem do espaço reservado ao funcionamento do Lar;

1.4) Proporcionar aos seus utentes actividades de acordo com os seus interesses,

competências e características;

1.5) Cumprir as normas de higiene, segurança e saúde no trabalho;

1.6) Cumprir o regulamento e assegurar o normal funcionamento da Instituição.

NORMA XXV

Negligência/Maus tratos aos clientes

1. Os maus tratos quando ocorrem poderão ter origem intencional ou por

negligência.

Os maus tratos intencionais são principalmente censuráveis, nomeadamente os

que implicam ofensas físicas, psicológicas, sexuais ou prejuízos patrimoniais. Os

maus tratos cometidos sem intenção de magoar, resultantes de ignorância,

incompreensão ou insensibilidade, como por exemplo, não facilitar o convívio do

cliente com a família ou outras pessoas significativas para ele; não dar a atenção

devida aos seus gostos, anseios, sofrimentos, medos, frustrações, descuidar

aspectos da intimidade e da sensibilidade do cliente, da sua higiene e conforto,

são também inaceitáveis dado que são direitos e necessidades fundamentais para

o equilíbrio psicoafetivo do cliente.

Os maus tratos podem ser cometidos por clientes sobre colaboradores ou outros

clientes. A vítima tem o direito de reagir desde que de forma adequada.

2. Para facilitar uma queixa de maus tratos ou de negligência o técnico da

instituição deverá:

● Ouvir o cliente com toda a atenção e confirmar tudo o que ele relatou, a fim de

verificar se percebeu corretamente o que ele descreveu;

● Fazer perguntas de resposta aberta que permitam ao cliente relatar o sucedido,

evitando perguntas que conduzam a respostas de apenas “sim “ou “não”.

● Mostrar que acredita nos factos

● Explicar ao cliente que a situação irá ser transmitida à Mesa administrativa

● Transmitir ao cliente que, eventualmente, mais pessoas terão que tomar

conhecimento da situação corrida, mas apenas as indispensáveis para garantir a

sua segurança.

● Assegurar ao cliente que tudo o que ele lhe relatou será tratado com

confidencialidade e com respeito.

3. Nos casos de ocorrência de maus tratos físicos e/ou sexuais deve realizar-se o

encaminhamento a uma unidade de saúde ou de medicina legal. Nestes casos o

cliente não deve tomar banho nem mudar de roupa.

NORMA XXVI

Negligência/Maus tratos aos clientes por parte de colaboradores

1. Quando um colaborador suspeita que um outro colaborador não está a

responder adequadamente às necessidades de um ou mais clientes (ex: rude

no trato grita ou desrespeita a privacidade…) deve abordar o assunto com esse

colega e posteriormente com o respetivo superior hierárquico.

2. Caso perceba que um colaborador esteja a maltratar um cliente:

a) Deve tentar acalmar o ambiente

b) Pedir de forma firme e assertiva que o colaborador altere o seu

comportamento, não o tratar de forma humilhante nem tentar enfrentá-lo

c) Se o comportamento do agressor se tornar violento e constituir uma ameaça a

sua prioridade deverá ser proteger-se a si, aos outros e pedir auxílio

d) Deve comunicar o episódio ocorrido aos superiores hierárquicos o mais rápido

possível

e) Toda a informação deve ser escrita na Ficha de Ocorrências para que não ser

esquecido qualquer detalhe e para que esse registo possa ser utilizado por

técnicos de outras áreas que venham a intervir no processo.

NORMA XXVII

Negligência/Maus tratos aos clientes fora da instituição

1.É explicado ao cliente como deve proteger-se de situações de risco (ex: evitando

locais isolados) e o que fazer se tais situações ocorrerem.

2. No que respeita ao contexto familiar é avaliado:

a) As caraterísticas da família

b) O grau de consciência dos direitos e necessidades da pessoa portadora de

deficiência

c) A qualidade do afeto

d) O sentido de responsabilidade dos familiares em relação ao portador de deficiência

e) O possível desgaste físico e/ou psicológico dos familiares face à situação

f) A natureza e grau das limitações da pessoa e a sua capacidade de defesa

3. Comunicar o caso ao superior hierárquico o mais breve possível

4. Escrever toda a informação na Ficha de ocorrências para que não se esquecer

de nenhum detalhe e par que esse registo possa posteriormente ser utilizado

por técnicos de outras áreas que venham a intervir no processo

NORMA XXVIII

Depósito e Guarda dos Bens dos Clientes

1. No acto da admissão dos clientes, será feita uma relação discriminada dos bens de

que os clientes se fazem acompanhar e cuja guarda confiam à Misericórdia, a qual,

depois de conferida e assinada pelo funcionário da Misericórdia responsável pela sua

elaboração e pelo cliente, seu representante legal ou familiar, será arquivada nos

serviços respectivos e colocada no seu processo pessoal.

2. Da referida relação será entregue duplicado ao cliente, ao seu representante legal

ou familiar.

3. A Santa Casa da Misericórdia de Galizes não se responsabiliza por quaisquer bens

ou valores, cuja guarda não lhe tenha sido expressamente confiada e de que esta não

tenha passado documento, comprovativo dessa entrega, com discriminação completa

desses bens e valores

NORMA XXIX

Interrupção da Prestação de Cuidados por Iniciativa do Cliente

A interrupção do serviço por parte do cliente (por motivo de internamento hospitalar

planeado ou férias com a família), deve ser comunicada ,em caso de férias, com 15

dias de antecedência, por escrito devidamente assinada pelos familiares responsáveis,

caso contrário, ficarão sujeitos ao pagamento das dívidas respectivas.

NORMA XXX

Contrato

Nos termos da legislação em vigor, entre o cliente ou seu representante legal e o Lar

Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Galizes deve ser celebrado, por escrito,

um contrato de prestação de serviços.

NORMA XXXI

Cessação da Prestação de Serviços por Facto Não Imputável ao Prestador

O contrato de prestação de serviços pode cessar por facto não imputável ao Lar

Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Galizes, nas seguintes circunstâncias:

1) Situações enquadráveis:

1.1) Rescisão do contrato por parte do cliente;

1.2) Falecimento do cliente;

1.3) Catástrofe natural;

1.4) Pandemia;

2) As situações referidas no ponto 1.1 e 1.2 procedem à substituição da vaga

3) As situações referidas no ponto 1.3 e 1.4 faz com que os clientes sejam

informados e as actividades retomadas assim que possível.

4) Por denúncia dos pais/ legais tutores, no prazo máximo de um mês;

5) Por outras circunstâncias avaliadas em devido tempo, pela Direcção da

Instituição.

NORMA XXXII

Livro de Reclamações

Nos termos da legislação em vigor, a Santa Casa da Misericórdia de Galizes possui

livro de reclamações, que está disponível permanentemente e que poderá ser

solicitado junto à colaboradora responsável sempre que desejado. As reclamações

e/ou sugestões deverão ser transmitidos à Diretora Técnica e ao Gestor de Qualidade

para tomada de conhecimento e respetivo encaminhamento.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

NORMA XXXIII

Alterações ao Regulamento

Nos termos do regulamento da legislação em vigor, os responsáveis pela Santa Casa

da Misericórdia de Galizes, deverão informar e contratualizar com os clientes ou seus

representantes legais sobre quaisquer alterações ao presente regulamento com a

antecedência mínima de 30 dias relativamente à data da sua entrada em vigor, sem

prejuízo do direito à resolução do contrato a que a estes assiste.

Estas alterações deverão ser comunicadas ao Instituto de Segurança Social, I.P

Centro Distrital de Coimbra, entidade competente para o acompanhamento técnico da

resposta social.

NORMA XXXIV

Integração de Lacunas

Em caso de eventuais lacunas, as mesmas serão pela Santa Casa da Misericórdia de

Galizes tendo em conta a legislação/normativos em vigor sobre a matéria.

NORMA XXXV

Disposições Complementares

1. Não são permitidos maus-tratos (verbais e físicos) por parte de utentes da

Instituição ou pelos seus familiares a outros utentes, funcionários ou outros

colaboradores da Instituição;

2. Se os familiares responsáveis pelo cliente se ausentarem da sua residência

habitual deverão deixar contacto ou indicar outras pessoas a contactar em caso de

necessidade;

3. Os familiares podem sempre que desejem levar o utente para passear ou passar

alguns dias fora da instituição, desde que avisem com antecedência possível (de

quatro dias) e sempre que não haja contra indicação médica. Devem preencher um

impresso próprio (modelo de comunicação de saídas)

NORMA XXXVI

Entrada em Vigor

O Presente Regulamento Interno, lido e aprovado em Conselho Geral da Mesa

Administrativa entra em vigor a ____________________________________.