sacie sua sede de conhecimento 28 de outubro - dia do servidor, dia muito especial neste dia tão...

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sacie sua sede de

conhecimento

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r e a l i z a ç ã o

DIRETORIADO FORO

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Índice:

Apresentação ......................................................... 05

Metas A3p .............................................................. 06

O que a Justiça Federal já realizou ........................... 07

Reciclagem nos Fóruns ........................................... 10

Como separar o lixo e qual a sua destinação ......... 12

A água e os rios ....................................................... 17

Saiba mais ................................................................ 23

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28 de outubro - Dia do Servidor, dia muito especial

Neste dia tão importante, a comemoração guarda olhar voltado para a coletividade.

Escolhemos, então, como tema, o meio ambiente, direito fundamental expressamente previsto na Carta Política de 1988.

De acordo com os dizeres do art. 225, caput, da Constituição da República, “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Segundo Édis Milaré1 , “O reconhecimento do direito a um meio ambiente sadio configura-se, na verdade, como extensão do direito à vida, quer sob o enfoque da própria existência e saúde dos seres humanos, quer quanto ao aspecto da dignidade dessa existência – a qualidade de vida -, que faz com que valha a pena viver”.

E a proteção do meio ambiente, para as presentes e futuras gerações, impõe, sempre, a adoção de condutas de prevenção e vigilância, de modo a evitar a ocorrência de danos que, invariavelmente, geram prejuízos irreversíveis.

Aqui está a nossa colaboração: neste trabalho, buscamos orientar e aprender juntos de que forma, no âmbito do nosso Tribunal, devemos agir para preservar o meio ambiente, cuidando da água, dos rios, da reciclagem e destinação do lixo, com vistas à sustentabilidade.

O caminho é longo e precisamos da ajuda e do comprometimento de todos, para a conquista de um mundo melhor e de uma vida digna, para as gerações atuais e futuras.

Juiz Federal Paulo Alberto SarnoIntegrante da Coordenadoria - A3P

1 Milaré, Edis. Direito do Ambiente. A Gestão Ambiental em foco. Editora Revista dos Tribunais, 7ª. edição, p. 1.065.

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2) Metas A3P

Metas a serem atingidas:

1- Redução dos impactos ambientais negativos gerados na execução das atividades judiciais e administrativas.

2- Promoção da Gestão Ambiental de resíduos, por meio de coleta seletiva, servindo-se, sempre que possível, de cooperativas de catadores ou empresas que promovam a separação e destinação adequada dos materiais recicláveis ou reaproveitáveis.

3- Sensibilização e capacitação dos servidores e demais atores envolvidos.

4- Adoção das licitações sustentáveis, com o máximo de rigor.

5- Promoção da integração de ações ambientais e de qualidade de vida dentro e fora do trabalho.

6- Divulgação ostensiva e permanente da Cartilha Ambiental da JFSP, das ações e programas adotados e dos resultados obtidos.

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3) O que a JFSP já realizou

1. Criação de vídeos veiculados na Convenção do Dia do Servidoredições 2012 e 2013, disponíveis em:

Sustentabilidade

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=R8OVSWfu7gY

A3P

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=I-CSUtTnZtY

Água

https://www.youtube.com/watch?v=LeafrSctEfw

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2. Capacitação de agentes multiplicadores por meio do curso online Direito Ambiental e Práticas Sustentáveis na Administração Pública, que está divulgando as ações da JFSP na agenda do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e fomentando reflexões, debates e ações sobre o tema. O curso já capacitou cerca de 409 servidores da JFSP, bem como uma turma de 25 servidores do TRF3.

3. Confecção e distribuição de adesivos sobre economia de energia, água e copos descartáveis, para afixação junto aos bebedouros, interruptores e torneiras, que são distribuídos mediante solicitação das áreas.

4. Criação de página web da A3P na intranet: www.jfsp.jus.br/a3p, na qual os servidores encontram informações sobre a adesão à A3P, fórum de discussão e modelos de cartazes da campanha de sustentabilidade que podem ser impressos e afixados nos locais de trabalho visando economia de recursos naturais.

5. Implantação de programas de coletas seletivas na subseção da capital (recicláveis e eletrônicos) por meio de parceria com cooperativas de catadores, com início em agosto/2014.

6. Preparação de campanha de coleta seletiva na capital, a ser veiculada após a implantação da coleta seletiva e replicada para as demais subseções.

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A campanha envolve a sensibilização dos servidores e terceirizados, a partir de um plano de trabalho que prevê a atuação de agentes multiplicadores de cada fórum.

7. Comemoração do Dia do Meio Ambiente, com a realização do “Minicurso em Comemoração ao Mês do Meio Ambiente”,

online, de 1 hora, disponibilizado na plataforma Moodle, no período de 05/06 a 05/07/2014, para

divulgação das ações da A3P e sensibilização dos servidores, tendo servidores 369 inscritos.

8. Levantamento de dados referentes ao Diagnóstico Socioambiental, em cumprimento ao Plano de Trabalho da A3P, o que está sendo realizado junto às áreas administrativas dos Fóruns.

9. Participação em eventos sobre Sustentabilidade na Adm. Pública,

como o 8º Fórum da A3P, do MMA e o I Seminário de Planejamento

Estratégico Sustentável do Poder Público, do CNJ, que proporcionou reflexão, debate

e intercâmbio de ideias e práticas com membros de outros órgãos.

10. Enquete disponibilizada na plataforma Moodle para levantamento das realidades e necessidades das diversas áreas

quanto à gestão ambiental, compilada para integrar o relatório inicial da A3P.

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4) Reciclagem nos Fóruns(convênios com as cooperativas)

O programa de Coleta Seletiva na capital é parte das ações da Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P.

Juntamente com os colaboradores terceirizados, foram definidas as estratégias para o descarte e a coleta de resíduos em cada unidade. Serão disponibilizados sacos coloridos em todas as lixeiras, visando identificar os tipos de materiais a serem descartados.

A divisão é um pouco mais simples que a convencional(apenas 2 cores para os recicláveis):

PRETO: lixo não reciclável.AZUL: papel sulfite,

a unidade pode optar porcontinuar separando os papéis

sulfite em caixas de papelão.

AMARELO, VERMELHO ou VERDE: para descarte de todos os demais recicláveis (vidro, metal, plástico, papelão etc.). Os materiais recicláveis serão encaminhados para cooperativas localizadas na Capital. A campanha depende da colaboração de cada um de nós para tornar-se efetiva.

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Lixo não reciclável

O lixo orgânico e os demais rejeitos não recicláveis (como papel de bala, chiclete, lenço de papel etc.) serão descartados nas lixeiras localizadas sob as mesas de trabalho. Também serão disponibilizados sacos pretos nas lixeiras das copas e dos banheiros.

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5) Como separar o lixo e qual a sua destinação(óleo, pilhas, baterias de celulares, etc.)

Não devem ser colocados nas lixeiras:

- frascos de remédio (algumas drogarias recolhem esses materiais);

- pilhas e baterias (teremos, em breve, um programa de coleta seletiva próprio para esses materiais);

- lixo tóxico, como frascos de inseticidas e pesticidas (é responsabilidade do usuário entregar esses materiais nas indústrias ou ecopontos);

- resíduos eletrônicos (teremos, em breve, um programa de coleta seletiva próprio para esses materiais).

Perguntas Frequentes

1. Em toda Vara ou Núcleo haverá uma lixeira de cada cor (azul, vermelho, amarelo e verde) em que serão depositados os recicláveis? Não. Serão disponibilizados sacos de lixo na cor AZUL para os papéis sulfite (caso a unidade não tenha optado por utilizar caixas de papelão para acondicioná-los) e nas cores AMARELO, VERMELHO ou VERDE para os demais recicláveis, ou seja, tais sacos poderão ter a cor variada ao longo da semana. Futuramente, será eleita uma cor oficial para todos os recicláveis.

2. O papel sulfite e o papelão têm a mesma destinação final? Não. Os papéis sulfite são transformados em novas folhas de papel, enquanto que os papelões e papéis coloridos são usados para produzir outros materiais, como caixas de ovos e outras embalagens.

3. Os papelões podem ser descartados juntamente com os papéis sulfite? Não. O papelão tem destinação diferente e, por isso, não deve ser descartado juntamente com o papel sulfite mas, sim, com os demais recicláveis (vidros, plásticos, metais etc.)

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4. Se o papel sulfite estiver sujo de café ou outro líquido, ainda assim poderá ser reciclado? Não. O papel sulfite contaminado perde a sua capacidade de reciclagem.

5. Eu posso optar por ter uma lixeira de recicláveis na minha mesa ao invés de lixeira para lixo orgânico? Neste momento do programa, não. Caso tenha alguma sugestão nesse sentido, entre em contato com a Escola de Servidores ([email protected]) – tel. (11) 2172-6231/6248.

6. Posso amassar o papel sulfite antes de descartá-lo? Não. Se o papel sulfite estiver amassado, as fibras ficam destruídas, inviabilizando a sua reciclagem para transformá-lo em outra folha de sulfite. Nesse caso, deverá ser descartado nas lixeiras AMARELA, AZUL ou VERMELHA.

7. As lixeiras coloridas existentes em alguns fóruns serão usadas para a coleta seletiva? Sim. Os terceirizados foram orientados a fazer o adequado recolhimento dos resíduos dessas lixeiras.

8. É preciso fragmentar todos os papéis antes de retirá-los do prédio? Não. Não é preciso fragmentar os papéis (caso essa medida não passe a ser obrigatória), pois a cooperativa possui a máquina fragmentadora.

9. Na dúvida em saber se um lixo é reciclável ou não, como proceder? Desde que não seja alimento ou tóxico, o resíduo pode ser colocado na lixeira de recicláveis, pois a cooperativa faz uma nova triagem posterior. Você também poderá contatar a SUEV ([email protected]) – Tel. (11) 2172-6231/6248.

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10. Se um funcionário terceirizado retirar os papéis da unidade em sacos pretos significa que os mesmos não serão reciclados? Não. Na fase de implantação do programa, alguns ajustes serão necessários, podendo, em alguns locais, ainda serem usados os sacos pretos (somente no caso do papel sulfite). Independentemente disso, os colaboradores terceirizados foram orientados acerca do local previamente acordado para o estoque dos papéis. Em breve, essa situação será regularizada.

11. Como proceder se houver objeto de vidro quebrado para descartar? O procedimento é acondicionar o material em caixa ou outro material que garanta segurança no manuseio do saco de lixo. Você poderá solicitar o auxílio dos colaboradores da limpeza, que já estão treinados para agir nesse tipo de situação.

12. É preciso lavar o frasco ou embalagem antes de colocar na lixeira? Não é obrigatório, mas sugerimos que, na medida do possível, o usuário limpe o recipiente com um papel ou um pouco de água, somente para retirar o excesso de resíduos orgânicos.

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6) A água e os riospor Aparecida Rangel Ramos (Escola de Servidores)

Planeta Água

A água é uma substância fundamental na Terra. Embora seja apenas um composto mineral, propiciou as condições necessárias ao surgimento da vida no planeta. Cobre cerca de 70% do globo terrestre e forma mais de 60% do nosso corpo. As quantidades de água em circulação no planeta (1.386 milhões de km³) têm permanecido constantes há pelo menos 500 milhões de anos, mas somente 35 milhões de km³ são de água doce. A água de fácil acesso, na superfície, soma apenas 105 mil km³ (REBOUÇAS, 1999). Em termos de percentuais, as quantidades estocadas nos diferentes reservatórios da Terra têm a seguinte distribuição:

• Aproximadamente 97,5% do volume total da água formam os mares e oceanos,

• 2,5% são de água doce, sendo que deste total, menos de 1% está disponível na superfície, formando os rios, lagos e demais cursos d’água.

Ciclo

A dependência que os seres vivos têm dos recursos hídricos sempre existiu e decorre das funções vitais da água, como saciar a sede, dessedentar animais e irrigar plantações, bem como de outras atividades como pesca, navegação, escoamento de resíduos (esgoto), recreação, produção industrial e de energia. Por isso, as primeiras comunidades humanas instalaram-se de forma natural e espontânea em locais onde a água e outros recursos naturais eram abundantes e facilmente exploráveis.

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Contudo, a humanidade desenvolve sentimentos contraditórios em relação à água. As secas e as tempestades, os maremotos e as cheias estão relacionados a esses sentimentos. Se, por um lado, é um símbolo de purificação, fertilidade e produtividade biológica, por outro, representa destruição, diante da qual o ser humano se sente impotente. Para entender a dinâmica dessa relação do Homem com os recursos hídricos, é importante considerar que a água depende de um ciclo que se repete há bilhões de anos: evaporação > chuva > absorção pelo solo e retorno para os cursos d’água, lagos e pântanos> evaporação ou retorno para os mares, onde o ciclo recomeça (CHRISTOFOLETTI, 1974).

Escassez

Atualmente, observa-se uma intensificação da intervenção humana no ciclo hidrológico, o que tem contribuído para a escassez da água. Os principais motivos são:

• Interferência humana na natureza• Poluição hídrica

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• Má gestão dos recursos hídricos • Distribuição hídrica desigual entre as regiões geográficas do planeta

Intervenções humanas

Muitas são as interferências antrópicas na água e no seu ciclo vital, provocando as mais significativas alterações climáticas, como o aquecimento global e a desertificação, decorrentes principalmente de ações oriundas da captação desordenada de água líquida, desmatamento, poluição dos mananciais, mudança nos cursos d’água, construção de represas para servir a hidrelétricas (SILVA et al., 2009). O aquecimento global está entre os resultados mais impactantes dessas intervenções. As piores previsões de aquecimento para o século XXI preveem grandes alterações nos níveis de evaporação das águas dos solos e de precipitação, com aceleração do ciclo hidrológico, de tal forma que haverá cada vez menos água das chuvas atingindo os rios. Estas alterações serão acompanhadas por novos padrões de precipitação e intempéries, resultando na ocorrência cada vez maior de secas fora dos padrões já registrados e inundações inesperadas (UNDP).

Poluição hídrica

A água poluída por esgoto, lixo e efluentes não tratados resulta também na sua escassez, à medida que fica imprópria para o consumo. A utilização da água contaminada para saciar a sede ou em atividades humanas pode causar diversos efeitos prejudiciais à saúde como doenças

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de transmissão hídrica, contaminação de animais de corte e proliferação de vetores causadores de doenças (BASSOI et al., 2004).

Gestão

Pressionadas pela expansão urbana, nossas fontes de água estão cada vez mais sujeitas à contaminação, seja por esgotos irregulares, supressão da mata no entorno dos rios e reservatórios, como pelo próprio funcionamento das cidades. Atualmente, os mananciais brasileiros - que são fontes de onde se retira a água para abastecimento e consumo da população e outros usos, como indústria e agricultura - encontram-se bastante deteriorados, tendo como consequências imediatas o comprometimento da saúde, da qualidade do meio ambiente e a própria extinção dos mananciais (BASSOI et al., 2004).Em termos globais, temos o fato de que a água está distribuída de forma extremamente desigual entre as regiões geográficas. Essa carência nem sempre tem simetria com o estágio de desenvolvimento dos países, como é

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o caso de potências econômicas petrolíferas, já que a precipitação, ou seja, a quantidade de chuva em determinadas áreas, é eminentemente sazonal e varia muito no tempo e no espaço (SILVA et al., 2009). Assim, um dos grandes problemas associados à gestão dos recursos hídricos está relacionado à avaliação da capacidade das reservas, importando encontrar-se o equilíbrio entre as formas de uso da água o volume de tais reservatórios, o que pode ser garantido através de infraestruturas e gestão adequadas. Como os países distinguem-se muito em termos de capacidade de reserva, há implicações na segurança da água, referentes à sua qualidade, quantidade, continuidade, cobertura e custo. Havendo infraestruturas de armazenamento e reposição limitadas e bacias hidrográficas mal protegidas, essas oscilações expõem milhões de pessoas à ameaça ora das secas ora das cheias. Nunca essas implicações foram tão evidentes como agora, ante o crescente aquecimento global que vivenciamos. De acordo com especialistas na área, esta realidade somente poderá ser controlada com a ajuda de uma infraestrutura de base forte e a exigência de um plano de

gestão que permita inserir as mudanças e ajustes de acordo com o processo de desenvolvimento. Dado que a água, ao contrário da alimentação ou do petróleo, não é facilmente transferível em grandes quantidades, o raio de ação para atenuar esses desequilíbrios é reduzido, fazendo com que ela esteja entre os interesses vitais com potencial de produzir grandes atritos neste século, principalmente por causa da falta de água potável.

Estatísticas

De acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso à água a quantidades mínimas diárias de água. Segundo a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a ameaça de esgotamento das reservas hídricas já afeta grande parte da população mundial.

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Ainda de acordo com a CETESB, 43% da população mundial não contam com serviços adequados de saneamento básico, tendo como consequência a morte de dez milhões de pessoas, anualmente.Em março de 2012, a Organização das Nações Unidas – ONU lançou seu quarto relatório sobre água e desenvolvimento, com projeções que mostram a relação direta entre água e bem-estar da população e atividades econômicas básicas.

As projeções para o futuro são preocupantes:• A população poderá aumentar dos 7 bilhões atuais para 9 ou 10 bilhões nos próximos 40 anos, dobrando a população de sedentos até 2025.• Esse crescimento demográfico, somado ao desenvolvimento das economias emergentes, deverá elevar em 70% a demanda por alimentos, o que exigirá muito mais água.

Brasil

O Brasil detém 11% da água doce do mundo, onde correm 12 mil rios que respondem por 16% de todo volume hidrológico enviado ao mar pelas bacias fluviais do planeta. Segundo cálculos apresentados pela National Geographic, num mapeamento sobre a distribuição hídrica no planeta, “não há fartura semelhante em outros cantos do globo: considerando essa abundância, teoricamente cada brasileiro teria à disposição 34 milhões de litros de água por ano, uma quantidade fabulosa, 17 vezes maior do que a ONU considera a média confortável de consumo”. Apesar da enorme disponibilidade hídrica, a maior parte desse recurso (73%) está na Bacia Amazônica, região habitada por menos de 5% da população do país. Milhões de pessoas que habitam a região semiárida, que abrange nove estados, experimentam regularmente faltas de água crônicas (REBOUÇAS, 1999).

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Outras implicações

Água Virtual

É a água direta ou indiretamente na produção de um bem ou serviço. A “água virtual”, também chamada de “embutida” ou “incorporada”, é a utilizada durante os processos da cadeia produtiva, mas que não é aferível pelo consumidor final. Trata-se de um conceito desenvolvido por John Anthony Allan, professor britânico, que recebeu por este estudo o “Prêmio Estocolmo da Água 2008” (Water Prize 2008), atribuído anualmente pelo Instituto

Internacional da Água de Estocolmo. O consumo indireto de água passa a ser uma das grandes preocupações ambientais, já que, a cada dia um ser humano consome entre dois mil e cinco mil litros de “água virtual”. O comércio global movimenta um volume anual de água virtual da ordem de 1000 a 1340 km³, segundo a UNESCO. O Brasil é o sétimo maior exportador de água virtual, representando a saída do país de 186 milhões de m³/dia desse recurso natural fundamental. Por isso, falar de preservação da água significa refletir também sobre o consumismo.

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Valor econômico De acordo com a legislação brasileira, a água é um bem natural dotado de valor econômico, implicando a necessidade de estabelecer instrumentos de cobrança e um preço pelo seu uso, discussão que fica a cargo dos Comitês de Bacias Hidrográficas, numa tentativa de descentralização da gestão e respeito às peculiaridades de cada bacia hidrográfica. Desde 1997, empreendimentos que consomem muita água, como indústrias, hidrelétricas e fazendas, pagam pela retirada deste recurso natural dos mananciais. Existem diferentes razões para a cobrança da água, que incluem retorno do investimento, redistribuição de renda, melhoria da sua alocação e conservação. A quase totalidade dos países discute a necessidade de taxação volumétrica, da medição e de não considerar tarifas uniformes, mas sim de acordo com o verdadeiro custo da água quando usada como um bem econômico, levando-se em conta a capacidade de pagamento das comunidades. Por tudo isso, a água figura no alto da agenda dos interesses vitais a serem abordados neste século, principalmente por causa da falta de água potável. Para garantir a sua preservação, faz-se imperativa a mudança de hábitos da sociedade, responsabilidade que deve ser assumida por cada um de nós.

Referências bibliográficas

BASSOI, Lineu José; GUAZELLI, Milo Ricardo. Curso de Gestão Ambiental – NISAM/USP, Organizado por Arlindo Philippi Jr. et al., Manole, 2004, cap. 3. Controle Ambiental da Água. p. 53/99.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia, São Paulo, Edgard Blucher – EDUSP, 1974, cap. 3. Geomorfologia Fluvial, p. 78.

REBOUÇAS, A C, BRAGA, B., TUNDISI, J.G. Águas Doces no Brasil. Capital Ecológico, Uso e Conservação, São Paulo, IEA-USP/Escrituras, p. 6/24, 1999.

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SILVA, Deise Marcelino da, FACHIN, Zulmar. Acesso à água potável: aspectos jurídicos e sociológicos. X Congresso Nacional de Sociologia Jurídica. Córdoba, Novembro de 2009.

SNIRH. A dependência da água das diferentes civilizações. Disponível em <http://snirh.pt/junior/trabalhos_escolas/flavioferreiracinfaes/AnaAmanda_AnaCoelho/dependencia%20civila%C3%A7%C3%B5es.htm>. Acesso mar. 2013.

UNDP. Disponível em <http://hdr.undp.org/en/media/05-Chapter4_PT.pdf> Acesso mar. 2013.

7) Saiba mais:

Acesse:

• VÍDEO SOBRE A ÁGUA

• VÍDEO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Leia:

• BROCHURA A3P

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Material emcomemoração ao

Dia do Servidor Público

2014