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Sucesso o está em suas mãos Rodrigo Cardoso Autor do best-seller Faça Diferente, Faça a Diferença

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Sucessooestá em suasmãos

Rodrigo CardosoAutor do best-seller Faça Diferente, Faça a Diferença

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Sumário

Introdução

1. O primeiro passo

2. O poder da crença

3. O voo livre

4. O inesperado

5. O poder da gratidão

6. O que você realmente quer?

7. É só colocar no papel e agir!

8. A lei da atração

9. Medos

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Sumário10. Ser, fazer e ter

11. Segurança ou liberdade financeira?

12. Escreva suas metas

13. Agora, ação!

14. A energia para realizar as metas

15. Paradigmas

16. O controle emocional

17. O software do sucesso

18. O sucesso está em suas mãs

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Meu nome é Rodrigo Ubiratan Cardoso e convido você a

ler este livro até o fim, para que encontre as respostas

que tem procurado, a fim de se tornar uma pessoa mais

feliz e mais realizada. E preciso alertar você de uma

verdade muito importante antes de começarmos:

“Sua felicidade está no caminho percorrido para realizar

seus sonhos.”

No entanto, para percorrer esse caminho, é preciso que

você tenha seus sonhos bem claros e definidos. Você

precisa realmente saber responder a pergunta:

“O que você realmente deseja em sua vida?”.

Para chegar a essa resposta, reflita com estas perguntas:

Você gostaria de ter liberdade financeira?

Gostaria de ser próspero o suficiente para que a falta de

dinheiro não fosse um inconveniente em sua vida?

O que faria se dinheiro e tempo não fossem problemas

para você?

Se você não tivesse dívida alguma, como seria sua vida?

A que horas você acordaria, se pudesse escolher?

Seria com o despertador ou na hora em que seus olhos

abrissem?

Que viagens faria?

Que lugares do Brasil e do mundo gostaria de conhecer?

Onde você iria morar?

No campo, na praia, em um apartamento de cobertura

ou numa casa?

Quem você ajudaria?

Alguém de sua família precisa que você tome uma

decisão definitiva em sua vida?

O caminho começa com o primeiro passo.

E chegou a hora de você dar esse passo!

Então, vamos juntos dar este passo, nos próximos

capítulos desse e-book…

Introdução

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Primeiro passoNão existem fracassos.O que existem são resultados.

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Você certamente conhece um provérbio que começa

assim: “Diga-me com quem andas e...”.

Aposto que completou a frase com “te direi quem és”,

não foi? Pois é, mas, para mim, o

provérbio deveria ser: “Diga-me com quem andas e te

direi para onde vais em sua vida!”.

Ele traduz a importância que as crenças, as quais nor-

malmente compartilhamos com as pessoas mais próxi-

mas, têm sobre nossa vida. As crenças que desenvolve-

mos, sobretudo no começo da vida, são decisivas para

sermos ou não bem-sucedidos.

Agora, somos nós que escolhemos em quem acreditar.

Cabe a nós a decisão sobre o que queremos ser. Nisso

consiste o primeiro passo.

Li certa vez uma reportagem de jornal sobre a vida de

dois irmãos gêmeos, na época com 35 anos de idade. Um

era usuário de drogas, praticava roubos e acabara de ser

preso.

O outro era empresário, tinha vida estável e bem-suce-

dida.

Em comum, além de serem irmãos gêmeos, os dois

tiveram a infância marcada pelo pai, que era alcoólatra,

violento, batia na mulher e terminou a vida em uma

prisão. Agora, veja que interessante: um dos irmãos

escolheu seguir o mesmo exemplo do pai (diga-me com

quem andas...), enquanto que o outro escolheu um

caminho bem diferente, de certo porque levar uma vida

como a do pai era tudo o que não queria para si.

Essa história ilustra o fato de que não importam as difi-

culdades que você teve no passado, tampouco o ambi-

ente em que vive: o que conta é sua decisão sobre a reali-

dade que quer viver.

As lembranças de minha vida me levam de volta ao

tempo em que eu tinha sete anos. Algumas são impor-

tantes, outras eu mesmo decidi que não significam nada,

porque não deixei que influenciassem na escolha do

caminho que segui.

Precisamos deixar para trás certos aspectos do passado,

experiências negativas ou indesejáveis que não nos

ajudarão em nada. Já as vivências positivas, que nos

fortalecem, essas, sim, valem a pena serem guardadas

como bons exemplos a seguir.

Minha mãe era uma mulher incrível, cheia de energia e

garra. Dedicou sua vida a proporcionar o melhor para

todos, sempre com criatividade e empreendedorismo.

Meu pai biológico é uma pessoa de coração muito espe-

cial, com quem estou tendo a felicidade de conviver

agora, após praticamente trinta anos de afastamento

pela distância e por circunstâncias da vida. Já minha avó

paterna era o tipo de pessoa positiva, perseverante, que

se coloca mais a serviço dos outros do que de si mesma. 6

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Ela exerceu uma influência muito forte sobre minha

infância e me ajudou a acreditar que eu poderia ser um

vencedor. Não é por menos que é a ela que dedico este

livro.

Nasci em São Paulo. Quando ainda era bem pequeno,

meus pais se separaram. Minha mãe casou-se pela

segunda vez com um engenheiro e nos levou (a mim e a

minha irmã) para Gurupi, em uma região onde hoje é o

Estado do Tocantins. Gurupi era um município tão

pequeno que tinha uma só rua asfaltada e um único

semáforo. Morávamos em uma casa enorme e estávamos

muito bem de vida. Meu “outro pai” tinha várias fazen-

das, onde me diverti muito. Até os 10 anos, tive o que se

pode chamar de uma excelente infância em uma cidade

do interior. Mas, a partir daí, tudo mudou. O marido de

minha mãe começou a beber e se afundou no vício, a

ponto de tomar um litro de uísque por dia. Para resumir

a história, ele acabou morrendo. Minha mãe, minha irmã

e eu voltamos para São Paulo com uma situação finan-

ceira muito difícil. Vi meu padrão de vida mudar drasti-

camente. Saí de uma casa com o tamanho de um quar-

teirão inteiro para morar de favor na casa de meus avós

maternos. Passava semanas sem ver minha mãe, pois ela

se casou novamente, foi morar com o novo marido e

trabalhar incansavelmente para nos sustentar. Foi uma

fase de mudanças muito dramáticas, e nesse momento

da vida escolhi que faria uma faculdade, teria um bom

emprego e não deixaria minha família passar por situ-

ações difíceis. Essa decisão estava muito clara e bem

definida para mim.

Lembro-me de como foi difícil enfrentar minha primeira

nota zero. Em Gurupi, havia sido sempre bom aluno, mas

em São Paulo estava com muita dificuldade para acom-

panhar os estudos e ainda por cima era humilhado pelos

“queridos coleguinhas” que me chamavam de “caipira

boca mole”, pois falava com um forte sotaque do Norte.

Lembro-me que, quando telefonei para minha mãe para

contar do meu zero, eu esperava levar uma tremenda

bronca.

Para minha surpresa, ela só respondeu: “Tudo bem,

filhão, sei que você vai se recuperar. Acredito em você!”.

Foi então que entendi que o destino de minha vida

dependiaapenas de minhas decisões e ações. Adquiri

minha primeira crença fortalecedora e estabeleci a

primeira meta de minha vida, mesmo sem saber o que

isso significava: eu seria um engenheiro!

Assim minha mãe contava sobre mim, na infância:

Era um domingo frio de junho. A garoa caía fina e eu

corria com minha filha Giselle, com quatro anos de

idade, pela Avenida Lins de Vasconcelos. Tinha pressa

para não perder o ônibus e chegar em casa, no bairro de 7

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Indianópolis, a tempo de assistir ao jogo do Brasil, afinal

era a Copa do Mundo de 1970.

Grávida de nove meses, eu mostrava ao mundo minha

felicidade incrível, um absoluto orgulho pela gestação

tranquila, embora trabalhasse dezoito horas por dia ven-

dendo roupas de porta em porta. Era uma autêntica

“sacoleira” da década de 1970.

Eu sabia que esperava um menino e que ele seria um

doutor da eletricidade, famoso por sua energia positiva.

Foi o que havia previsto uma velha senhora.

O Brasil venceu a Inglaterra por 1 a 0 e eu fui para a

maternidade São Paulo. Ali, na madrugada de segun-

da-feira, dia 8 de junho, meu filho nasceu com a ajuda do

Dr. Eduardo Martins Passos.

O destino se cumpria. Rodrigo Ubiratan Cardoso foi um

menino lindo, simpático e de uma alegria contagiante.

Por ter crescido no interior de Goiás, ele se sentia inse-

guro na Grande São Paulo, para onde retornou aos 12

anos. Seu intenso medo de se perder na multidão me

preocupava.

“Vamos vencer este medo”, pensava eu. Só não sabia

como. Mas a oportunidade apareceu certa tarde, quando

passávamos ao lado de uma estação do metrô. Naquele

dia, Rodrigo me perguntou:

— Mãe, se eu tomar o metrô aqui, chego na casa da vovó

Y?

— Com certeza. Se eu deixar você aqui na estação SãoJu-

das, você compra um bilhete, toma o trem na direção de

Santana e desce na estação Vila Mariana. Estarei lá espe-

rando por você. Quer ir?

— Quero — respondeu Rodrigo.

E eu pensei: vencemos o medo!

Abri a porta do carro e o deixei na estação de metrô. Meu

coração estava apertado e eu, tentando demonstrar uma

segurança que estava longe de sentir, disse apenas:

— Vai!

Voei para a estação Vila Mariana, encostei o carro e

aguardei sete eternos minutos. Ele saiu da estação

dançando e dizendo:

— Mãe, consegui! Não foi tão difícil quanto pensei que

seria!

Com o coração em festa, eu o beijei e respondi:

— Você pode tudo. Basta querer, meu filho!

*

Essa experiência gerou dentro de mim uma crença de

que eu era capaz, o que me fortaleceu e me ajudou muito

nos estudos.

Curioso como sempre fui, queria entender as “mágicas”

da eletricidade. Tornei-me o melhor aluno da classe.

Sabe como?

Andando com o melhor aluno da sala! “Diga-me com 8

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quem andas, que eu te direi para onde vais...”, lembra?

Cursei um excelente colégio em São Paulo. Atravessei o

segundo grau com uma das melhores médias da escola,

mas sempre pensando na faculdade, e não na prova de

amanhã.

Tinha um sonho, tinha uma meta e estava focalizado

nela.

Não posso deixar de dizer que a pessoa a quem dedico

este livro foi uma grande responsável por minha

ascendência na escola. Embora eu fosse bom aluno em

Goiás, na época meu nível de estudo deixava muito a

desejar, especialmente quando comparado com o de São

Paulo.

Paciente, minha avó estudava comigo e com os meus

amigos da escola, fazendo teatro, resumos diagramados

e tudo o mais. Como já mencionei, foi uma grande men-

tora em minha vida. Minha querida vovó Cy costumava

dizer:

Vocês podem imaginar como incentivar adolescentes a

estudar sem se valer de música, esportes ou passeios de

carro?

Só mesmo quando eu lhes transmitia minhas experiên-

cias anteriores e apelava para o teatro é que conseguia

efetivamente ensiná-los. Apelei para encenações de

tragédias gregas, resumos diagramados e sinopses de

trechos literários.

E deu certo!

Em minha opinião, Rodrigo herdou de sua bisavó (minha

mãe) a vontade de vencer. Apesar de ter começado a vida

como empregada doméstica, tornou-se a primeira

mulher a trabalhar com corretagem de imóveis no

estado de São Paulo.

Isso me deu a oportunidade de ter uma educação apri-

morada e uma estabilidade financeira com a qual

poderei contar até o fim da vida.

*

Passei no vestibular da Universidade de São Paulo e

entrei na Escola Politécnica, mas não no curso que real-

mente desejava fazer. Desde os 12 anos de idade, queria

ser engenheiro eletricista. Porém, minha média no

vestibular só me permitiu niciar a Faculdade de Engen-

haria Civil. A única possibilidade de mudar para Eletrici-

dade era se tivesse as melhores notas no primeiro seme-

stre.

Esforcei-me ao máximo naqueles primeiros seis meses.

Quando chegou o dia de buscar os resultados de minha

avaliação, do qual me lembro até hoje, fui à secretaria da

faculdade e lá recebi a notícia: eu seria um Engenheiro

Eletricista! 9

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Na verdade, essa foi a minha interpretação, porque tudo

o que eu havia conseguido até aquele momento era a

transferência para o curso que eu realmente queria

fazer, o de engenharia elétrica. Daí a me tornar um

engenheiro eletricista de fato, teria de fazer muitas

outras escolhas.

Por isso, gostaria de interromper minha narrativa neste

ponto e pedir a você, meu amigo leitor, que volte ao pas-

sado e procure se lembrar de suas pequenas vitórias na

vida. Você se lembra daquele seu trabalho sobre germi-

nação, do pezinho de feijão crescendo dentro de um

copo com algodão molhado, que fazíamos na escola

primária, ou ensino fundamental, como é chamado

atualmente? Da apresentação da feira de ciências, de

teatro ou do festival de música? Lembre-se agora da

vitória no futebol ou no vôlei, da promoção no trabalho,

da aprovação em um concurso ou processo de seleção

de uma empresa. Tente, por um momento, lembrar-se

de todas as vitórias que você já experimentou na vida,

por menores que tenham sido. Utilize o espaço abaixo

para listar todas elas.

Se você não puder se disponibilizar para esse importante

exercício agora, peço que se planeje para fazê-lo o mais

brevemente possível. Isso é muito importante, pois a

ntenção do livro é proporcionar a você, leitor, resultados

reais em sua vida — e isso só será possível se existir ação.

Então, vamos lá! Pegue uma caneta e escreva!Após

escrever, leia com atenção suas vitórias passadase

comece, a partir de agora, a criar novas crenças que o

ortalecerão para o sucesso, tais como:

• Se eu consegui uma única vez, posso repetir.

• Eu sou uma pessoa vencedora.

• Posso realizar qualquer meta a que me propuser, se

essameta não ferir minha integridade nem prejudicar

alguém.

• Para tudo há solução, menos para a morte.

• A demora de Deus não é uma negativa.

• Nunca passarei por um desafio que não seja capaz de

vencer ou, no mínimo, com o qual possa aprender.

• Nada acontece por acaso, e todo acontecimento tem

propósito de crescimento pessoal.

• Aconteça o que acontecer, temos de assumir a

responsabilidade por nossas escolhas. Quem aprende a

fazer isso, ganha uma força essencial; enquanto quem

não aprende, torna-se enfraquecido para as próximas

batalhas. Diga: “sou responsável e cuidarei disso”.

• Não é necessário entender de tudo para que se possa

ter capacidade de usar tudo.

• Trabalho é prazer.

• As pessoas são nossos maiores recursos.

• Tenho muito que aprender e muito a crescer. 10

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• Não existem fracassos; o que existem são resultados.

Você pode e deve escolher as crenças que o fortalecerão

em sua vida! E talvez você esteja com vontade de me

perguntar: “Mas, afinal, o que é crença e qual é sua

origem?”. Pois bem, o que chamo de crença é uma regra

que adotamos para a vida, com base em valores pessoais.

Ela pode ser originada pelos seguintes fatores:

1. Influências do ambiente em que fomos criados.

2. Experiências positivas ou negativas do passado.

3. Pequenos ou grandes acontecimentos da vida.

4. O conhecimento adquirido por meio de estudos.

5. E o melhor: a criação de uma experiência futura em

sua mente.

Sim! Temos o poder de criar experiências fortalecedoras

por cmeio de exercícios específicos de visualização. O

momento presente é o que existe de fato — é o exato

momento em que você lê esta linha. Passado e futuro são

apenas imagens em nosso cérebro. Você tem total con-

trole sobre essas imagens.

Portanto, se criar uma imagem de seu futuro e pensar

nela como se fosse algo que já aconteceu, será como se

já tivesse vivido a experiência.

Esteja pronto para criar um futuro de prosperidade e

felicidade, estabelecendo para si mesmo um novo con-

junto de crenças.

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O poder da crençaSe você acredita que pode, você está certo. Se acredita que não pode, também está certo!

- Henry Ford

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Da mesma forma que aquilo em que acreditamos com

grande intensidade pode destruir nossa vida, também

pode salvá-la. E vice-versa. Certa vez, li uma história

muito interessante no livro do Dr. Lair Ribeiro. Era sobre

um mendigo nos Estados Unidos chamado Charles

Harris. Numa tarde de sexta-feira, Charles procurava um

lugar para se abrigar durante a noite. Encontrou, em

uma estação ferroviária, um vagão aberto e entrou. Ao

fechar a porta, deu-se conta de que havia entrado numa

fria, literalmente, pois ali era um vagão frigorífico!

Tentou abrir a porta, mas não tinha como fazê-lo pelo

lado interno do vagão. Começou a sentir frio, encontrou

uma caneta pilot no chão, dessas para marcar a carne, e

começou a descrever suas sensações na parede do

vagão.

Sentia suas mãos congelando, os dentes rangiam de frio

e começou a imaginar como seria na segunda-feira,

quando encontrassem seu corpo sem vida. Estava exper-

imentando os efeitos do congelamento gradativo do seu

corpo. Foi quando, sem forças para continuar, desfale-

ceu no local. Porém, nesta história tem um detalhe fun-

damental: o vagão estava em manutenção naquele fim de

semana, isto é, estava desligado! Em nenhum momento,

a temperatura baixou para menos de 10° C.

Com esse exemplo, espero ter dado a você, leitor, uma

pequena amostra do poder da crença. Esse poder é a

explicação para o que aconteceu em minha vida, pois aos

poucos fui estabelecendo um sistema de crenças que

direcionou meus pensamentos. Pensamento gera com-

portamento, que gera ação consistente, que gera hábitos

positivos, que geram resultados, que geram novas cren-

ças, gerando, assim, novos pensamentos...

Eis o ciclo do sucesso! Coloque seu foco nisso.

Se você acha que é um vencedor, deve pensar como um

vencedor e então se comportará como tal. Como resul-

tado, suas ações e atitudes serão vencedoras, gerando o

resultado positivo que o fará acreditar que é realmente

um vencedor, e assim pensará como vencedor com

muito mais intensidade, e então...

Percebe onde isso vai parar?

Da mesma forma que aquilo em que acreditamos com

grande intensidade pode destruir nossa vida, também

pode salvá-la.

E vice-versa.

Existem dois ótimos filmes que demonstram o poder da

crença: O Segredo, que fala sobre a Lei da Atração (dis-

cutiremos isso mais adiante), e Quem Somos Nós?, base-

ado nos princípios da Física Quântica, com depoimentos

e explicações de cientistas.

Se você ainda não os assistiu e tem interesse em saber 13

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mais sobre o poder da crença, recomendo-os.

Em O Segredo, por exemplo, é contada a história de

Morris Goodman, conhecido como “Homem Milagre”.

Seu depoimento é fantástico e vale a pena toma-lo como

inspiração:

“Minha história começa em 10 de março de 1981, o dia

que mudou toda a minha vida e do qual jamais esquec-

erei.

O avião em que estava viajando caiu e acabei no hospital

completamente paralisado. Minha espinha dorsal foi

quebrada, perdi a capacidade de engolir, não podia beber

ou comer, não podia respirar sozinho. Tudo o que podia

fazer era piscar os olhos. Os médicos me informaram

que eu viveria como um vegetal pelo resto da vida.

Foi o que disseram, mas isso não importava. O que

importava era o que eu pensava. Eu me imaginei uma

pessoa normal de novo, saindo daquele hospital andan-

do. A única coisa que eu tinha de trabalhar durante a

internação era a minha mente. E, uma vez que você

tenha domínio sobre sua mente, você pode colocar as

coisas no lugar.

Eu respirava por intermédio de um aparelho. Os médicos

diziam que eu jamais respiraria sozinho de novo, pois o

meu diafragma fora destruído.

Quando voltei a respirar por mim mesmo, eles não con-

seguiam explicar ou compreender como isso tinha sido

possível. Eu não podia deixar que nada me distraísse de

minha meta e minha visão. Estabeleci o objetivo de sair

do hospital no dia de Natal, e assim foi! Saí andando

sobre minhas próprias pernas, a despeito daquela sen-

tença terrível que os médicos haviam me dado. Esse é

um dia do qual jamais esquecerei. Para as pessoas que

estão assistindo a esse filme agora, se uma frase pudesse

resumir minha vida e o que as pessoas são capazes de

fazer, seria: “O homem se torna aquilo em que ele

pensa”.”

Impressionante essa história, não é? O impossível pode

ser apenas uma crença que você nutre. Mas você ainda

não viu tudo. Fazia pouco tempo que eu havia tomado

conhecimento dessa história e acabava de transcrevê-la

para o livro, quando algo mágico e muito especial acon-

teceu comigo. Permita-me agora compartilhar com

você, caro leitor, a experiência que tive, pois tenho

certeza de que não ocorreu por acaso.

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O voo livreEstava muito entusiasmado com a ideia de buscar as correntes térmicas e ex-perimentar um voo “de verdade”.

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Eu estava na cidade de Governador Valadares, em Minas

Gerais, e escrevia este livro. Tinha ido para lá porque é

um dos melhores lugares do Brasil para a prática

de voo livre, onde se pode contemplar uma bela decola-

gem a partir do pico de Ibituruna.

Ser piloto de parapente foi uma das metas que defini

anos atrás, pois sempre fui apaixonado

pela sensação de liberdade proporcionada pelos

esportes aéreos. Era dezembro de 2006, e eu havia

tirado alguns dias para me dedicar unicamente ao voo

livre e à redação deste livro.

Era dia 19 de dezembro e eu acabara de transcrever o

trecho do Homem Milagre. Faria um voo e, em seguida,

entraria no avião de volta para São Paulo. Pela primeira

vez, eu usaria um aparelho chamado variômetro, que

emite um sinal sonoro para avisar que estamos subindo

com uma corrente de ar. Estava muito entusiasmado

com a ideia de buscar as correntes térmicas e experi-

mentar um voo “de verdade”; segundo os praticantes do

esporte, este é um voo em que você ganha as alturas.

Meu professor havia me orientado a ficar muito atento

à vela (nome dado à “asa” que sustenta o piloto no ar)

enquanto estivesse em uma térmica, e lá fui eu. Depois

de uma bela decolagem, procurei voar próximo a um

bando de urubus para encontrar uma corrente ascen-

dente. De repente, fui apanhado por uma delas, o que fez

meu aparelho apitar, e aí cometi meu primeiro erro:

olhar para a vela apenas no momento em que o

variômetro soou. O segundo erro foi não perceber que

ultrapassei a corrente ascendente e entrei em uma

descendente.

Estava girando como os pássaros planadores, mas, em

vez de subir, eu descia. E muito mais depressa do que o

normal. O aparelho soava de um modo diferente,

enquanto eu descia rápido. Teria de fazer um pouso de

emergência, pois já estava muito baixo, e precisava

decidir rapidamente onde aterrissar. Não seria possível

chegar à pista principal, que ficava perto do centro da

cidade, a apenas vinte minutos do hotel. Pensei em

descer até a pista de emergência, para onde os alunos

novatos eram levados, já que lá se podia fazer um pouso

mais fácil.

O problema, pensei eu inocentemente, era que de lá até

o hotel levaria duas horas de caminhada com o equipa-

mento nas costas, o que me faria perder o avião para São

Paulo.

Tudo isso me passava pela cabeça em frações de segun-

dos. Foi então que avistei o Clube Minas e decidi pousar

em seu campo de futebol. De lá, seria fácil pegar um táxi

de volta ao hotel e, assim, eu não perderia o avião. Já

havia pensado em pousar lá um dia, mas infelizmente não 16

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tivera a oportunidade de compartilhar a ideia com meu

professor ou com os colegas. Se tivesse feito isso, eles teriam

me desencorajado imediatamente, pois era perigoso. Ao

decidir fazer o pouso ali, eu cometi meu terceiro, último e pior

erro.

Iniciei o procedimento de pouso e... surpresa! O extenso

campo que eu avistara lá de cima era, na verdade, dois

campos separados por um alto e gigantesco alambrado,

rodeados por enormes árvores. De repente, o espaço que eu

tinha para o pouso havia sido dividido pela metade, e a

situação estava ficando realmente séria. Como eu correria

risco de morte se batesse contra a cerca divisória, decidi

cruzá-la e tentar a descida no segundo campo.

Quando me aproximava do chão, fui pego por uma corrente

ascendente e ganhei altura. Aquilo era tudo o que não podia

acontecer em um espaço de pouso tão limitado! Precisava

agir rápido ou cruzaria o campo e bateria contra as árvores,

ou talvez caísse no rio que corria adiante do campo.

Fiz uma curva brusca para a esquerda, com o intuito de

perder altura. Porém, com a manobra, minha velocidade

aumentou e me colocou em rota de colisão contra as árvores.

Fiz nova curva, dessa vez para a direita, para corrigir meu

pouso.

Tarde demais.

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O InesperadoEu, que me sentia chateado por estar longe da família, vi que existem pessoas dispostas a deixar de lado seus interesses pessoais para alegrar um pouco a vida dos outros, mesmo que desconhecidos.

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Caí com forte impacto no solo e

bati violentamente as costas. Os pilotos de parapente

são treinados para virar as costas para o chão em situ-

ações como essa, pois nosso equipamento tem uma

espécie de airbag dorsal que protege a coluna. Na hora

do choque, vi estrelas, literalmente. Minha primeira

reação foi movimentar os dedos do pé, e me senti alivia-

do ao constatar que podia senti-los. Fiquei estendido no

chão, imóvel, até porque era impossível movimentar o

corpo com a dor intensa que latejava

em cada célula. Apenas gritei por socorro.

Então começaram a aparecer

o que chamo de “os anjos em minha vida”. A solidariedade

incondicional que não pede nada OvOOem troca, a von-

tade de ajudar, tudo isso mostra que existem pessoas

boas de verdade neste mundo.

O nome dos primeiros anjos eu nunca vou saber, apenas

me lembro deles. A criança de 9 ou 10 anos que me deu

água para beber, enquanto eu esperava o resgate chegar.

As pessoas que incansavelmente ligavam de seus celu-

lares para cobrar mais rapidez da ambulância. COs

homens que me resgataram.

Depois de quase cinquenta minutos, eu dava entrada no

hospital, esperançoso de que os médicos viessem me

esclarecer que tudo não passara de uma pancada forte,

receitassem algum analgésico e me liberassem para

pegar o avião de volta para São Paulo.

Fiz alguns exames, mas ninguém me comunicou o que eu

tinha. O tempo passava rápido e tive de me conformar

com a perda do voo. Comecei a ficar ansioso para saber

meu diagnóstico, e isso só aconteceu horas depois do

acidente, quando enfim um médico me passou a “sen-

tença”:

— O quadro é sério. Você fraturou a coluna vertebral e

tem muita sorte de ainda poder se movimentar. Não

sabemos ao certo se lesionou a medula ou não, precisa-

mos de uma tomografia. Você ficará internado e,

provavelmente, precisará de uma cirurgia.

A notícia me deixou atordoado. Estava sozinho naquela

cidade, sem ninguém da família por perto. Foi então que

apareceu mais um anjo de quem nunca esquecerei:

Ariene, a moça da farmácia. Não tenho palavras para

expressar como foi importante receber seu auxílio

naquele momento e nos longos dias que ainda passaria

naquele hospital. Ariene se aproximou de mim para

saber se eu precisava de alguma ajuda, e me emprestou

seu celular. Telefonei para os meus familiares e para o

escritório.

Depois, fui levado para uma enfermaria, onde fiquei com

outros três pacientes. Todos eram mais velhos, mas eu

era o único imobilizado. Foi ali que conheci outro anjo, 19

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alguém que ajuda as pessoas por amor. Seu nome é Zez-

inho, e ele estava internado havia quase um mês à espera

de um laudo médico que viria de Belo Horizonte, sobre a

necessidade de realizar uma angioplastia.

Zezinho é o tipo de pessoa que está sempre sorrindo.

Alegrava a todos daquele quarto, oferecia suas frutas,

emprestou-me um ventilador de mão para que eu

pudesse aliviar um pouco o calor que sentia.

A única vez que percebi lágrimas em seus olhos foi

quando lhe perguntei sobre sua história. Ele me contou

que quatro horas depois de ter dado entrada no hospital

com problemas cardíacos, sua esposa, que o acompan-

hava, teve um ataque fulminante e faleceu. Não houve

nada que os médicos pudessem fazer.

Que força de espírito tinha aquele homem! Eu, que me

sentia chateado por estar longe da família, vi que existem

pessoas dispostas a deixar de lado seus interesses pes-

soais para alegrar um pouco a vida dos outros, mesmo

que desconhecidos.

No segundo dia de internação, comecei a tratar de minha

transferência para o hospital de São Paulo, no qual tenho

assistência, a Beneficiência Portuguesa. Mais uma vez,

recebi o auxílio de Ariene, que me ajudou a providenciar

um meio de transporte. Em São Paulo, um exército de

amigos e parentes também se mobilizava para a trans-

ferência.

Era impraticável viajar de avião, pois eu tinha de me

manter imóvel e em posição horizontal. Além disso, a

pressão no interior da aeronave poderia agravar minha

situação. Depois de muitos contatos e providências —

inclusive a confecção em tempo recorde de um colete

rígido para eu vestir — deixei o hospital de Governador

Valadares às 5 horas da manhã do terceiro dia após o

acidente. Foram 18 horas de viagem a bordo de uma

ambulância, em companhia de mais dois anjos: o motor-

ista e a bondosa enfermeira Seudina, que me trataram

com delicadeza e paciência.

*

Os momentos que passei no hospital me fizeram perce-

ber como eu era abençoado, e passei a agradecer por

tudo o que tinha. A possibilidade de voltar a andar, poder

respirar, poder ver; a oportunidade de me reaproximar

de meu pai; a ajuda que tive de minha mãe; a atenção

recebida do pessoal do hospital... Entre os enfermeiros,

minha gratidão especial é por André, pelas situações em

que demonstrou extraordinário valor como profissional

e ser humano.

Recebi meu presente de Natal (aliás, o melhor presente

de minha vida) no dia 26 de dezembro, quando o Dr.

Montanaro entrou no quarto, sentou-se na beirada da

cama e me revelou: 20

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— Não sei de que altura você caiu, mas teve muita sorte.

Sua vértebra T12 está esmagada e, por muito pouco, a

medula não foi atingida. Graças a isso, poderemos fazer

um procedimento cirúrgico ainda muito novo no Brasil.

O procedimento se chama cifoplastia e o Dr. Montanaro

era um dos poucos médicos brasileiros, na época, capac-

itados a fazê-lo. A cirurgia é pouco invasiva, proporciona

rápida recuperação e vida normal. Se eu fosse tratado do

modo tradicional, ficaria pelo menos seis meses em

recuperação, teria uma enorme cicatriz nas costas e não

poderia fazer alguns movimentos, como abaixar e levan-

tar a coluna.

A notícia me fez chorar. Fiquei muito emocionado pela

dádiva, pelo presente, pelo milagre que Deus estava me

proporcionando.

Tinha consciência de estar recebendo uma nova chance

na vida e decidi não desperdiçá-la. Nisso você pode apo-

star! Fui operado no dia 28 de dezembro. Correu tudo

bem, e o médico enfatizou que a recuperação depender-

ia só de mim.

Por volta das cinco horas da tarde daquele mesmo dia,

dei os primeiros passos depois de ter permanecido

quase dez dias deitado na mesma posição. Lembra-

va-me, a todo instante, do trecho que havia transcrito no

livro, sobre o Homem Milagre.

Curiosamente, até então eu não tinha assistido ao filme “O

Segredo”, apenas lido um texto sobre o filme recebido por

e-mail. Foi durante minha estada no hospital que o vi pela

primeira vez, depois que meu querido amigo Roney o

trouxe de presente para mim.

Uma semana depois da cirurgia, eu já caminhava sem o

colete e até dirigia meu carro. Não havia ficado com nen-

huma sequela. Meu andar era um pouco duro, um “andar

de robô”, mas isso melhoraria com o tempo. Afinal, tinham

se passado apenas sete dias de recuperação!

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O poder da gratidãoSe você tem o hábito de reclamar e focalizar a atenção naquilo que não quer, tenho uma péssima notícia: você acaba atraindo ainda mais situações que não quer.

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Depois de passar pela experiência do acidente, aprendi a

importância de agradecermos cada pequeno aconteci-

mento ou detalhe de nossa vida. E descobri que uma das

chaves do sucesso está ligada à energia que geramos e ao

modo como nos sentimos na maior parte do tempo.

Muitas pessoas têm o hábito de reclamar. Reclamam do

trânsito, do chefe, do trabalho, das dívidas, do tempo

chuvoso ou do calor. Se você tem o hábito de reclamar e

focalizar sua atenção naquilo que não quer, tenho uma

péssima notícia: você acaba atraindo ainda mais situ-

ações que não quer. “Você atrai aquilo que teme”, declara

Rhonda Byrne, autora do livro O Segredo. É isso mesmo.

Faça uma breve retrospectiva de sua vida e veja como

isso é verdadeiro.

Com base nessa afirmação, você poderia me perguntar,

por exemplo: “Quer dizer então, Rodrigo, que você atraiu

seu acidente?”. Pois é com muito pesar que eu lhe

respondo: sim, eu atraí meu acidente. E esse foi outro

grande aprendizado que tive com a experiência. Toda

vez que eu voava, tinha o pensamento de que eu não

poderia sofrer um acidente de jeito nenhum, pois precis-

ava trabalhar e fazia isso com muita satisfação, ajudando

várias pessoas. Esta era minha grande preocupação: não

sofrer um acidente. E o que aconteceu? Acabei atraindo

o que eu mais temia, como você já sabe. Depois disso,

passei a vigiar meus pensamentos e, principalmente,

minhas emoções.

O fato de estar lendo esse livro é um ponto a favor de

mudanças positivas em sua vida, pois você atraiu essa

leitura, buscou por isso. Permita-se, a partir de agora,

vigiar seus pensamentos e emoções. Fazer isso é mais

simples do que parece.

Já reparou que, nos dias em que você acorda de mau-hu-

mor, parece que nada acontece como gostaria? No

entanto, há dias em que tudo dá certo, certamente

porque você está feliz e acaba atraindo oportunidades,

pessoas e situações maravilhosas.

Pois aí está o segredo: SINTA-SE BEM!

Verifique como estão suas emoções neste exato momen-

to. Basicamente, só existem dois tipos de emoções: as

boas e as ruins. E quer saber da boa notícia? É você quem

escolhe como se sentir. Quanto mais criar o hábito de

estar feliz, grato pelas pequenas coisas da vida e focado

naquilo que quer (e não naquilo que teme), mais rapida-

mente atrairá o sucesso para você.

Persista nessa prática, ela realmente traz resultados. Bob

Proctor, discípulo de Napoleon Hill e autor do best seller

internacional You Were Born Rich, afirmou: “Por que

você acha que 1% da população ganha cerca de 96% de

todo o dinheiro que circula? Você acha que isso acontece

por acaso? Não, é tudo planejado. Esse 1% entende algo.

Eles entendem o segredo. Essas pessoas sabem de 23

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alguma coisa que agora você também sabe. Elas escol-

hem o que querem, focam no que desejam e decidem se

sentir bem diariamente. Lembre-se disso sempre que

você reclamar. Talvez uma voz interna esteja contestan-

do o que você lê neste momento, argumentando com

algum pensamento do tipo: “Ele não diria essas coisas se

conhecesse meus problemas...”.

Tenha cuidado! Nada é tão ruim que não possa piorar

ainda mais. Se você reclama que o seu trabalho é ruim,

reconheça que há muitos desempregados. Se reclama

que tem dívidas, saiba que há pessoas ainda mais endivi-

dadas. Se reclama da saúde, pense nas pessoas em

estado muito mais grave.

Qual é, então, o segredo para sentir-se bem todos

os dias? A resposta é: AGRADECER! Isso mesmo!

Agradeça por aquilo que você já tem, agradeça pelas pes-

soas que estão à sua volta, agradeça por tudo o que con-

seguiu até hoje na vida. Esse é o caminho mais

curto para que você obtenha muito mais! O estado de

graça faz você se tornar um ímã de coisas boas e tudo

começa a dar certo em sua vida. As pessoas ao seu redor

não conseguem entender como isso é possível, mas

para você não há mais mistério, pois descobriu como é

importante manter-se em estado de gratidão.

Há quem possa estar pensando agora: “Ah, Rodrigo, mas

você não conhece as pessoas que convivem comigo, não

imagina como é difícil lidar com elas...”! Posso imaginar,

sim; a maioria de nós tem algum relacionamento difícil

na vida. A dica para esses casos é focalizar a atenção nas

qualidades da pessoa. Faça uma lista de seus pontos pos-

itivos, porque com certeza ela os tem, e comece a olhá-la

pelo que tem de bom. Se persistir nisso, com o tempo

sua atitude em relação a esta pessoa mudará — e, como

num espelho, a dela com relação a você também.

Que tal colocar em prática essa dica? Escreva o nome de

uma ou mais pessoas com quem seu relacionamento não

esteja muito bom. Depois, ao lado do nome de cada uma,

relacione as qualidades ou características que você

admira ou gosta nelas. Vamos, faça uma forcinha. Se não

conseguir pensar em nenhuma qualidade, pergunte a si

mesmo: se existisse algo de bom nessa pessoa, o que

seria?

Talvez seja uma pessoa disciplinada, persistente, batal-

hadora. Talvez tenha muitos defeitos, talvez ame você

apenas do jeito que sabe amar e não do jeito que você

gostaria de ser amado. Pode ser que alguma vez ela

tenha feito algo que o agradou, mesmo que seja algo

pouco importante. Ou quem sabe seja uma pessoa que

nas horas difíceis muda de atitude e fica ao seu lado.

Pense um pouco e escreva. Faça isso agora, se puder.

Ou, se preferir, existe outra lista que pode ajudá-lo a

cuidar de si mesmo e a criar o hábito de sentir-se bem 24

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diariamente: a lista sobre as coisas pelas quais hoje você

é grato.

Imagino que você tenha seus problemas, certo? Mas

quem não tem? Talvez tenha tido uma infância compli-

cada ou uma juventude difícil, mas isso é passado. O que

importa é sua vida daqui para a frente: como você quer

que ela seja? Saiba que ela não precisa, nem deve, ser

uma repetição do passado. O ex-primeiro ministro da

Inglaterra, Winston Churchill, declarou certa vez: “Não

sou quem eu gostaria de ser; não sou quem eu poderia

ser; ainda não sou quem eu deveria ser. Mas, graças a

Deus, não sou mais quem eu era!”.

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Portanto, reconheça o que há de bom em sua vida e agradeça. Agradeça por sua saúde, seu tra-balho, as pessoas de sua vida, as conquistas que realizou, por menores que tenham sido. Decida sentir-se bem! Faça sua lista e leia-a todas as manhãs, não como quem cumpre um ritual rotineiro e mecânico, mas sim como quem verdadeiramente vive tudo aquilo. Este livro pode ser mágico em sua vida se você realizar os exercícios. Uma coisa é apenas ler, outra é praticar. A diferença entre os bem-sucedidos e os que apenas querem o sucesso é que os pri-meiros partem para a ação. Escol-ha o melhor momento para você escrever e entre em ação!

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Garanto que esse estado de felicidade e reconhecimento pelas coisas boas sobre

a sua vida e sobre as pessoas que você ama lhe fará maravilhas a partir de agora.

Fique atento e verá que as coisas começarão a melhorar. Mas seja persistente: se

você deixar de agradecer e voltar a reclamar, estragará tudo.

Lembre-se: leia a sua lista diariamente, deixando que o sentimento de gratidão

tome conta de você todas as manhãs. E por que todas as manhãs? Porque nosso

estado emocional nos primeiros momentos do dia tem forte influência sobre

como será o resto do dia, determinando se você atrairá oportunidades e momen-

tos felizes, ou situações difíceis e desagradáveis.26

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O que vocêrealmente quer?As pessoas não planejam fracassar. Fracassam por falta de planejamento!

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Imagine que você está chegando ao aeroporto e se dirige

à moça no balcão da companhia aérea, solicitando:

— Por favor, senhorita, poderia me vender uma pas-

sagem?

O que você acha que ela vai perguntar logo em seguida?

Certamente, algo parecido com:

— Para onde o senhor deseja viajar?

É claro! Afinal, pedir a passagem não basta! Você tem de

informar para onde quer ir. Existem situações ainda

piores, como a daquele senhor que, ao entrar no eleva-

dor, ouviu do ascensorista a pergunta:

— Para que andar o senhor deseja ir?

E ele respondeu:

— Para qualquer um, já estou no prédio errado mesmo!

Pode até parecer maluquice, mas pense: quantas pessoas

você conhece que vivem dessa forma, somente indo, sem

saber exatamente para onde?

Se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar

serve. Mas talvez não seja essa a sua situação. Imagino

que o fato de estar procurando por conhecimento

significa que tem pelo menos uma ideia de onde quer

chegar. Existe uma chama em você!

Agora, uma pergunta muito importante: você tem suas

metas claras, definidas e, principalmente, expressas por

escrito?

Vou contar um caso que ilustra como isso é importante:

Em 1953, foi feita uma pesquisa com estudantes de uma

universidade americana a respeito de metas. Pergun-

tou-se quantos tinham metas claramente definidas, e o

resultado foi o seguinte: 87% não sabiam o que fariam

após terminar a faculdade: 10% tinham uma ideia do que

queriam fazer, como montar seu próprio negócio,

trabalhar em uma grande corporação, voltar para a

cidade em que nasceram, trabalhar com o pai, prestar

um concurso;

3% tinham metas claramente definidas e por escrito.

Passados 20 anos, os pesquisadores procuraram os

entrevistados para saber como estavam suas vidas. E

constataram que a soma da renda daqueles 3% que

definiram suas metas era maior que a soma da renda dos

97% restantes.

Coincidência? Pode apostar que não! Os estudantes que

haviam escrito suas metas sabiam muito bem para onde

estavam indo. As pessoas não planejam fracassar, mas

fracassam por falta de planejamento!

Não estou insinuando que basta ter metas escritas para

tudo acontecer como que por encanto. É claro que apa-

recerão obstáculos e surgirão “pedras no caminho”. Mas

devemos ser gratos até pelas pedras, porque com as

adversidades aprendemos a ser fortes: muitas vezes, elas

nos ensinam e nos dão experiência.

A propósito, a experiência muitas vezes é o resultado de 28

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maus julgamentos. Bons julgamentos são resultados da

experiência. E o sucesso é o resultado de bons julgamen-

tos!

Pense em duas pessoas. A primeira tem metas definidas,

enquanto que a outra não tem. Imagine que elas estão

indo para o mesmo lugar, como se seus trajetos fossem

duas linhas paralelas. A pessoa que não tem metas está

apenas vivendo um dia após o outro, enquanto que a que

tem metas claras está entusiasmada com a vida. Tem um

comportamento altruísta e coerente com o que quer

para sua vida. Um bom exemplo de comportamento das

pessoas que sabem onde querem chegar é o fato de que

leem um livro durante pelo menos 15 minutos por dia, a

fim de ser um pouquinho melhores hoje do que foram

ontem.

Embora pareçam, as trajetórias das duas pessoas não

estão paralelas. Há um pequeno ângulo entre elas, quase

imperceptível a curto prazo. Porém, depois de alguns

anos, a distância entre elas se torna gigantesca. Bastam

uns poucos graus de diferença na rota de um avião para

levá-lo a Tóquio em vez de para Nova Iorque.

É como diz Anthony Robbins no livro Poder Sem Limites:

“Que diferença faz uma década na vida de uma pessoa

que tem metas traçadas, definidas e por escrito!” Ele

conta que, quando esse pensamento lhe passou pela

cabeça, cruzava o estado americano da Califórnia em seu

helicóptero a jato, indo de Los Angeles para Orange

Country, onde daria um de seus seminários. Ao

sobrevoar a cidade de Glendale, reconheceu um prédio

grande. Observou-o melhor e percebeu que era o lugar

onde trabalhara como zelador apenas 12 anos antes!

Naquele tempo, sua maior preocupação era que seu

Volkswagen 1960 não se desmanchasse no percurso de

trinta minutos de casa até o trabalho. Hoje, ele é um

homem que faz diferença na vida de milhares de pessoas

por todo o mundo, aconselhando desde esportistas con-

sagrados, como Andre Agassi, até presidentes de

grandes países.

Tenho muita admiração por Anthony Robbins, que foi um

de meus mentores. Estive com ele em Orlando, na Flóri-

da, e também na Austrália, participando de seu programa

de treinamento conhecido como Date With Destiny (En-

contro com o Destino).

Sua vida é mais uma prova da diferença que faz uma

década na vida de uma pessoa com metas!

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É só colocar nopapel e agirNão se preocupe se outras pes-soas acharem graça de seus objetivos. Isso é bom, é sinal de que suas metas são grandiosas.

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Eu era uma daquelas pessoas para quem você olha e diz:

“Hum, essa aí não vai dar em nada”. Era um jovem tímido,

inseguro, de baixa autoestima. Lembro que, em 1993,

quando estava terminando a faculdade, morava em uma

casa que era do tamanho da cozinha de onde moro hoje.

Trabalhava numa construtora e não tinha metas, muito

menos consciência da importância de tê-las.

O que eu tinha era apenas uma sensação de desconforto

quando olhava para o meu chefe e percebia que não

queria ter aquele mesmo estilo de vida ao chegar à idade

dele. Não queria estar dirigindo um carro como o dele

após vinte anos de trabalho. Não queria acordar à mesma

hora que ele acordava todos os dias. Não queria nem

mesmo ser tratado por meu chefe como ele era tratado

pelo dele.

Assim era eu, muitos anos atrás, tendo uma leve noção

do que eu não queria ser, mas sem ter a mínima ideia de

quais eram meus planos e meus sonhos. Nunca havia

escrito metas. Devo confessar que só comecei

a fazer isso porque me falaram que era importante.

Sinceramente, eu não imaginava que traçar metas era

tão poderoso assim!

Você já teve a experiência de escrever na agenda uma

lista de tarefas a fazer e ir riscando-as à medida que ia

terminando? Percebeu a energia que você gera quando

risca uma atividade concluída? Não dá uma sensação de

“missão cumprida”?

Pois então, a energia é muito mais intensa quando você

risca uma meta conquistada. É difícil expressar com

palavras a sensação de realizar algo que você pos no

papel um dia, quando aquilo parecia impossível.

Isso fortalece a crença de que você pode ir muito

mais longe. Você começa a registrar metas maiores. A

possibilidade de realizar seus sonhos está ali, mostran-

do- se materializável.

Foi exatamente o que aconteceu comigo. Comecei a

fazer listas de metas, gostei da brincadeira e passei a por

no papel até os desejos que, na época, pareciam impos-

síveis, como:

Saltar de quatro mil metros de altura, acima das nuvens,

vendo o mar e a praia, “voar” por cinquenta segundos em

queda livre.

Mergulhar com tartarugas, tubarões, ver o namoro de

um casal de golfinhos em um dos lugares mais lindos do

mundo: Fernando de Noronha.

Acordar em uma escuna com o reflexo ofuscante do

nascer do sol na superfície do oceano, ouvindo os gritos

dos pássaros famintos anunciando sua pescaria; sentir o

balanço do barco entre as ilhas, em alto-mar; contem-

plar a esplêndida paisagem selvagem de um dos lugares

mais privilegiados do Brasil: o arquipélago de Abrolhos. 31

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E me empolgava cada vez mais: voar de asa delta, para-

pente e ultraleve, conhecer a terra do Mickey, aprender

kite-surf, fazer um curso de dança; abrir meu próprio

negócio, ministra palestras em todo o Brasil e em todo o

mundo; ter o carro dos meus sonhos, com bancos de

couro, ar-condicionado e câmbio automático; ser dono

do meu tempo e... adivinhe? Escrever um livro!

O que posso dizer é que se passaram uns poucos anos e

já alcancei todas essas metas — e você está participando

comigo de uma delas ao ler este livro.

Por isso, quando você escrever as suas, não se censure.

Sonhe alto. Visualize que está vivendo a situação, isso é

muito importante. Pense grande! Não se preocupe se

outras pessoas acharem graça de seus objetivos; isso é

bom, é sinal de que suas metas são grandiosas. Infeliz-

mente, a maioria das pessoas tem condicionamentos e

crenças limitadas que as impedem de pensar grande.

Isso me faz lembrar pulgas adestradas. Sabe como se

adestram pulgas? Elas são colocadas em um recipiente

de vidro transparente com uma tampa. Começam a

pular, mas batem na tampa. Pulam e batem na tampa

repetidamente, até que desistem de pular. Quando isso

acontece, pode-se tirar a tampa do vidro porque elas não

mais tentarão sair, nunca mais pularão alto. Nascem seus

filhotes e eles também não saem do vidro, porque seus

modelos, os pais, não pulam alto.

Quantos de nós acalentamos crenças enfraquecedoras,

acreditando que não somos capazes de “pular alto”

porque as pessoas que consideramos modelos não são

capazes? Será que isso acontece com você? Pense

grande! Onde você quer estar daqui a cinco anos?

Escreva suas metas com o coração, com paixão, como se

o “gênio da lâmpada” estivesse à sua disposição com

muito mais do que apenas “três pedidos”.

E, por falar nisso, recomendo o livro A mágica de pensar

grande, de David Schwartz. Um livro extraordinário!

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A lei da atraçãoNão olhe para os desafios que surgem no caminho, olhe para o resultado que deseja conquistar!

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Se você continuar fazendo as mesmas coisas, obterá

sempre os mesmos resultados. E para obter resultados

diferentes, precisa usar a Lei da Atração, uma lei simples,

mas extremamente poderosa, segundo a qual atraímos

tudo o que mais queremos e também o que mais temem-

os. Falamos um pouco sobre isso no capítulo em que

contei sobre meu acidente, lembra? Por isso, você preci-

sa vigiar, ou melhor, observar constantemente seus

pensamentos e emoções. São as suas emoções que vão

revelar se você está atraindo coisas boas ou ruins.

Tudo é vibração, tudo é energia. Então, se no momento

em que está lendo essas linhas, você está se sentindo

bem, com esperança no futuro, motivado, pode apostar

que está atraindo coisas boas, oportunidades e fatos que

irão ajudá-lo a cumprir suas metas. E pode apostar: a

vida se encarregará de ajudá-lo! É muito importante

saber lidar com a Lei da Atração para que você possa

conquistar e manter tudo o que deseja de bom na vida,

como bons relacionamentos, liberdade financeira, vida

saudável e carreira próspera. Para tanto, o primeiro

passo é se lembrar sempre de que quando traçamos

nossas metas, não devemos nos preocupar com o “como”

vamos consegui-las, pelo menos não no início.

Se você traça uma meta e já conhece o plano de ação,

provavelmente é porque se trata de uma meta pequena

ou

de curto prazo. Já no caso das grandes metas, as de

longo prazo, é muito difícil saber como iremos atingi-las

logo que as traçamos. Mas não importa: todo e qualquer

sonho que você tiver, coloque-o no papel e não se

preocupe com o “como” chegará lá.

Não importa onde você está hoje, não importa se você é

uma pessoa tímida, ou talvez esteja com a autoestima

baixa. O que importa é aonde você quer chegar! É a sua

capacidade de acreditar em seus sonhos e trans-

formá-los em metas a serem alcançadas. O que importa

é o seu potencial para fazer a vida acontecer.

Não olhe para os desafios que surgem no caminho, olhe

para o resultado que deseja conquistar! Você só precisa

ter a energia suficiente para lutar por seus sonhos,

porque a esperança no futuro gera energia no presente.

Em última instância, suas metas e objetivos de vida

geram motivação. O que é motivação? A etimologia

dessa palavra é clara: é um motivo para entrar em ação.

que motivação nada tem a ver com felicidade. Motivação

te faz pular da cama mais cedo. Motivação faz seu

sangue ferver nas veias. Motivação faz seus olhos brilha-

rem. Por outro lado, felicidade tem a ver com aceitação,

com agradecer o que você já tem e parar de reclamar do

que você ainda não tem. Esse é o caminho mais eficiente

para conseguir aquilo que quer em sua vida. Eu chamaria 34

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essa atitude de “um poderoso atalho emocional para

realização das suas metas”.

A Lei da Atração diz: Peça, Acredite e Receba.

Meu amigo Aldo Novak, escritor e palestrante e o único

brasileiro autorizado formalmente a abordar e represen-

tar o “The Secret” (O Segredo) em nosso país, fez uma

analogia fenomenal em sua palestra para que não só pos-

samos aprender melhor o significado e a abrangência

dessas três palavras, como também usá-las com maior

eficácia em nosso favor.

Pedir, segundo ele, significa pensar com consistência.

Todas as vezes que você visualiza o que deseja em sua

vida com a fé inabalável de que você é merecedor de

receber o seu desejo, todas as vezes que você fala sobre

o que quer, todas as vezes que você pensa em seu objeti-

vo, então de fato você está pedindo. Portanto, pedir é

pensar. Mas apenas pensar não basta para que sua meta

e objetivo se concretizem;

é necessário acreditar. Nesse ponto, muitas pessoas se

perdem. Elas imaginam que acreditar superficialmente é

o suficiente. Não, não é. É preciso ter força em sua

crença. É preciso ter alma em sua crença. A partir de

então, por tão verdadeiramente acreditar, você começa a

sentir aquilo que pensa e deseja.

Ou seja, é preciso sentir-se merecedor de verdade,

sentir que seu sonho e objetivo são realizáveis e que você

os merece. Sentir como se já os tivesse hoje. Sentir-se

positivo e feliz, independente de ainda não ter realizado

tudo o que deseja. Sentir que você pode e que, mesmo

sem usufruir ainda dessa meta, você é capaz de agrade-

cer por todas as outras conquistas que já fez em sua vida

e pelas dádivas naturais que você já possui. Só assim os

sentimentos de felicidade e gratidão o acompanharão,

facilitando ainda mais a sensação desse desejo específi-

co.

Por fim, e talvez a mais importante das compreensões do

poder da Lei da Atração, esteja na última faceta desta

eficaz trilogia:

o significado da ordem “receber”. Receber não significa

ficar sentado esperando seu desejo cair do céu. Muitas

pessoas entenderam de forma equivocada esse ponto da

Lei.

Imaginaram que se pedissem acreditando fortemente,

iriam receber seus sonhos realizados no colo, sem pre-

cisar empregar nenhum tipo de esforço para isso. No

entanto, não há resultado sem atitudes coerentes, sem

escolhas que estejam em sintonia com o que você

pensou e sentiu. Receber significa, portanto, agir!

Sem ação não existe resultado. É necessário que você

saia da zona de conforto, que você se mova, que faça

acontecer. A boa notícia é que se essa busca estiver alin- 35

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hada com o seu pensamento e com o seu sentimento,

isto é, com o “pedir e acreditar”, é muito provável que

você não fique patinando e nem batendo em tantas

portas erradas, como a maioria das pessoas que age sem

acreditar de verdade que merece receber o que pediu,

achando que o universo é escasso e que se alguns já con-

seguiram, nada sobrou para ela.

Certa vez, sentindo-me repleto por esse sentimento de

abundância e gratidão, recebi um telefona de Aldo Novak

convidando-me para fazer parte de um documentário

que seria lançado no Brasil com o título “O Código da

Atração”.

Durante a filmagem, ao ar livre, no Parque Ibirapuera,

conheci uma jornalista e escritora, autora do livro “O

Poder da Gentileza”, que também faria parte do docu-

mentário. Trocamos olhares, cumprimentos e terminei

descobrindo que ela conduzia um programa de entrevis-

tas.

Descrevo esse episódio em minha vida como uma

demonstração da força que existe na Lei da Atração.

Pouco depois, fui convidado para participar do programa

de entrevistas de Rosana Braga, aquela escritora que

havia conhecido no Parque. Uma mulher linda, simpáti-

ca, extremamente inteligente e dotada de um talento

único para escrever. Uma habilidade nata e ainda mais

refinada com o próprio tempo e vida dessa escritora

surpreendente.

Não tardou para que ficássemos amigos. Descobrimos

muitas afinidades, entre elas, a prática da meditação.

“Coincidentemente” ela havia estudado esta prática na

mesma escola que eu acabara de fazer o curso. E numa

noite eu a convidei para irmos praticar na referida

escola. Após algumas horas de meditação, saímos para

jantar e, naquele dia, começamos um namoro arquiteta-

do pelo universo.

Após alguns meses, e por indicação da Rosana, participei

daquela que seria uma das maiores experiências de

minha vida. Um curso de autoconhecimento chamado

Processo Hoffman da Quadrinidade. Já estudei muito em

minha vida e fiz vários cursos, mas nada parecido com

que vivenciei naquela semana. Recomendo fortemente

ao leitor que busca profundas e reais transformações em

sua essência. Assim que puder, faça-o.

Ao voltar deste curso, com uma sensação indescritível

de luz, consciência e amor pela vida, fui recebido por ela

e minha família em uma inesquecível festa de aniversário

surpresa.

No dia 12 de junho de 2009, convidei a Rosana para pas-

sarmos o dia dos namorados em Campos de Jordão.

Naquela noite, eu a pedi em casamento. Quero passar o

resto de minha vida ao lado desta maravilhosa mulher. 36

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No dia 12 de junho de 2010 nos casamos em São Paulo

e fomos viver em Florianópolis, num lugar paradisíaco,

a 70 metros do mar, como eu sempre sonhei. Meu amor,

Rosana Braga, chegou para completar a felicidade em

minha vida. Hoje, quanto mais o tempo passa, mais nos

amamos. É maravilhoso encontrar uma pessoa com

quem você pode compartilhar sua vida com sinceridade,

lealdade, honestidade e principalmente, com quem pode

viver o agora, juntos.

Rosana também é autora do livro “Faça o Amor

Valer a Pena”! Quando penso na “sorte” que tenho

por ser casado com uma das maiores especialistas em

relacionamento do Brasil, e sei que ela faz o que ensina,

já que sou testemunha diária deste fato, acredito com

todas as células do meu corpo que a Lei da Atração é real,

que você pode e merece o melhor dessa vida e que você

atrai, a cada segundo, aquilo que transmite. A abundân-

cia existe e você merece vivenciá-la!

O universo é extremamente abundante e saiba, sobretu-

do, que a fonte de toda abundância não está fora de você

e sim em seu interior. Ela é parte de quem você é. Pro-

cure viver em estado de graça, atento aos menores

detalhes, compreendendo que a vida é resultado da

soma de todos eles. Permita-se sentir o calor do sol

sobre sua pele, observar as flores com suas magníficas

formas e cores, olhar para o céu de vez em quando para

contemplar os pássaros voando, ouvi-los quando estiver

caminhando próximo às árvores, sentir o sabor de uma

fruta suculenta.

A plenitude da vida está presente a cada passo, a cada

instante. Ao se dar conta disso, você inicia o processo de

despertar a abundância interior em sua vida. Fica claro

que você já tem tudo o que precisa para ser feliz e, assim,

torna- se alguém disposto a doar.

A partir daí, a vida lhe devolverá tudo de bom numa

velocidade espantosa. Você doa com amor, com com-

paixão e com o coração e não como uma técnica para

que possa receber seus desejos o mais rapidamente pos-

sível.

Um sorriso para um estranho, um bom dia animado, uma

gentileza de deixar alguém passar à sua frente, entre

outras pequenas atitudes alinhadas com o melhor que

existe em você, já promovem um ciclo de energia positi-

va para a abundância do universo.

E o mais incrível é que, ao se perguntar “como posso

fazer uma diferença na vida das pessoas? Como posso

dar, neste caso? Como posso prestar um serviço, nesta

situação?”

você descobre que não precisa ser dono de nada para ter

a verdadeira abundância. Se conseguir sentir com toda a

sua sabedoria, que já a possui, é praticamente certo que 37

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as coisas comecem a acontecer em sua vida. A abundân-

cia só chega para aqueles que já sentem que a têm.

Como diz Eckhart Tolle, autor do livro O Poder do Agora:

“Parece um tanto injusto, mas é claro que não é. É uma

lei universal. Tanto a fartura como a escassez são esta-

dos interiores que se manifestam como nossa realidade”.

Essa fartura a que ele se refere tem a ver com a aceitação

de cada momento em sua vida, exatamente da maneira

com que esse momento se apresenta, buscando a ação

consciente e intuitiva para as mudanças que forem

necessárias; não por achar que o que está acontecendo

não deveria ser assim, mas pela consciência de que tudo

é exatamente como tem de ser e se não está acontecen-

do como você gostaria, então – sem criticar, sem recla-

mar – mude e comece a agir de maneira consciente.

Imagine, por exemplo, que você esteja esperando para

ser atendido por um cliente. É a sua oportunidade de

fechar um grande negócio que faz parte de seus objeti-

vos. Faz mais de quarenta minutos que você está sentado

na sala de espera para uma importante reunião e

ninguém veio chamá-lo ainda. Você tem três opções:

1. Ir embora, pois afinal de contas é uma enorme falta de

respeito fazê-lo esperar por tanto tempo.

2. Ficar, porém totalmente nervoso e sem paciência pela

circunstância; e muito provavelmente esse sentimento

irá refletir em sua reunião de forma negativa. Ou:

3. Aceitar a situação como ela se apresenta naquele

exato instante e compreender que, na hora certa, se

tiver de ser, você conseguirá falar com o seu cliente.

No início de minha carreira como engenheiro, passei por

uma situação bem semelhante. Estava esperando há

muito tempo para entrar numa sala de reunião com o

dono de tornar um importante cliente. Eu tinha todos os

motivos para perder a paciência, afinal de contas, o que

eu tinha para apresentar também era vantajoso para ele

e tive de esperar por quase uma hora antes de ser

chamado.

Escolhi, intuitivamente, a terceira opção. Fiz algo para

mudar sim: abri um livro, que na época era o clássico de

Napoleon Hill “Pensa e Enriqueça”, e aproveitei positiva-

mente aquele atraso. Aceitei a situação como ela se

apresentava. Não de maneira passiva, mas apenas optei

por não resistir àquele momento presente, por não des-

perdiçar o meu tempo lutando contra o que a vida apre-

sentava a mim.

Transformei-o na melhor forma possível que encontrei,

conscientemente, com a leitura de mais algumas páginas

daquele fabuloso livro até que, finalmente, o cliente me

chamou à sua sala.

Eu estava calmo e paciente e ele, surpreso com minha

serenidade, pediu mil desculpas, justificou seu atraso 38

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devido a uma importante ligação internacional. Senti que,

diante da minha reação pacífica, ele demonstrava um

desconfortável sentimento de culpa e sentia-se na

obrigação de me ressarcir de alguma forma. Fechou um

contrato comigo e tornou-se um dos meus melhores clien-

tes por muitos anos.

Será que valeu a pena aceitar o que o fluxo da vida me apre-

sentava naquele momento? Pode apostar que sim! Aliás,

pode apostar que sempre vale, mesmo quando o resultado

não é, naquele instante, o melhor que você esperava.

Se pensarmos bem, todos nós temos razões o bastante

para nos sentirmos mal e nos lamentarmos. A decisão de se

sentir bem, agradecer pelo que tem e sonhar com suas

metas precisa ser uma escolha consciente, porque ela pode

– e muito provavelmente vai! – mudar a sua vida.

Já sabe o que você tem de fazer, não é? Pense grande, colo-

que suas metas no papel e leia-as todos os dias. Observe

seus pensamentos e sentimentos e foque no positivo, no

agora, para atrair coisas boas. Por fim, parta para a ação.

Porém, como muitas vezes nossas atitudes são freadas e

dominadas pelos medos, barreiras e inseguranças que

sentimos, precisamos urgentemente vencê-los, como

verdadeiros guerreiros, para que possamos finalmente

vivenciar o máximo possível de emoções, sentimentos e

especialmente resultados positivos.

E para que possamos pensar, sentir e agir de modo coer-

ente e sincronizado, deixando-nos conduzir harmoniosa-

mente em direção à realização de nossos sonhos, basta nos

mantermos entregues e confiantes.

Foi assim que os grandes mestres e os maiores ícones de

coragem de todos os tempos alcançaram seus objetivos.

Que possamos aprender com eles para que percebamos,

extasiados, o quanto podemos atrair tudo de bom, simples-

mente porque é isso que temos transmitido!

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MedosNossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que sempre poderíamos ganhar, por medo de tentar.

- Willian Shakespeare

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Não acredite em fracassos, acredite em resultados.

Thomas Edison havia tentado fazer a lâmpada elétrica

acender quase dez mil vezes, sem sucesso. Então lhe

perguntaram: “Sr. Edison, como o senhor se sente tendo

fracassado dez mil vezes?”. E ele sabiamente respondeu:

“Meu

caro amigo, eu não fracassei dez mil vezes: eu aprendi

dez mil maneiras de como não se acende a lâmpada

elétrica!”.

Para as outras pessoas, parecia incrível que Edison con-

tinuasse tentando fazer dar certo um experimento no

qual havia fracassado tantas vezes. Quantos de nós não

faríamos nem dez tentativas antes de desistir?

Um ou outro talvez insistisse algumas dezenas de vezes,

mas será que conseguiria fazer mais de cem tentativas?

Imagine então fazer dez mil: haja persistência!

Para os vencedores, porém, tal comportamento não

surpreende, pois na sua visão o fracasso não é o fim. Na

verdade, eles consideram que o fracasso não existe: o

que existe são resultados de suas ações presentes, refle-

tidos no futuro.

Se há algo que possa ser chamado de “fracasso” é a inér-

cia, a escolha por ficar parado, estático, não mudar nem

tomar decisões. Em outras palavras, o fracasso não é

aquilo que acontece quando você cai, mas sim quando

você desiste de se levantar pelo menos mais uma vez!

Nos treinamentos que ministro Brasil afora, de acordo

com a necessidade da empresa, passo um trecho do

filme Fernão Capelo Gaivota, baseado no livro homôni-

mo de Richard Bach. Não sei se você conhece essa

história, mas por via das dúvidas vou lhe contar do que

se trata. Fernão foi uma gaivota que sempre quis voar

diferente; sabia que poderia dar mergulhos pelo céu em

alta velocidade e caçar seus próprios peixes, sem ficar

brigando com seus irmãos por restos de comida em um

lixão.

Ao colocar em prática seu plano de voar diferente,

Fernão se atrapalhou em um mergulho arriscado e quase

se deu mal. Depois do susto, debruçado em um pedaço

de madeira que flutuava no oceano, ele começou a se

questionar: “Será que eu realmente nasci para voar

diferente? Deveria aceitar-me do jeito que sou, porque

se tivesse nascido para voar rápido, teria asas de falcão,

comeria ratos e não peixes... Acho que

a partir de hoje vou ser como todas as outras gaivotas.

Não vale a pena tanto esforço para tentar ser mais!”.

Pensamentos como o de Fernão são muito comuns em

nossa vida, você não acha? Quantas vezes achamos

melhor nos contentar com o que somos, tentando evitar

a dor da frustração e da mudança? Isso já aconteceu com

você? 41

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No entanto, se você tem uma inquietude interior, uma

chama que arde em seu peito, uma inexplicável sensação

que vibra em seu corpo e garante que você nasceu para

mais, acaba reagindo a esses momentos de frustração,

aprende com eles, encontra uma solução e descobre o

caminho.

Foi o que aconteceu a Fernão naquele momento. Ele

reagiu e exclamou: “Não! Eu não nasci para morrer neste

mar! Posso escolher morrer aqui sozinho ou me forçar a

voltar para casa. Está em mim! ESTÁ EM MIM!”!

Então ele se ergue e inicia uma difícil decolagem em

pleno mar aberto. Essa é uma passagem muito emocio-

nante do filme, sempre aplaudida entusiasticamente

pela plateia.

Na vida real é assim que funciona: quando reage rápido,

você cria novos resultados, não passa mais pela vida

como vítima e sim como alguém atuante e responsável

por sua própria história!

Portanto, leitor, não acredite em fracassos, acredite em

resultados.

Voltando agora à história de Thomas Edison, num outro

momento lhe perguntaram o que faria se não tivesse

conseguido fazer a lâmpada funcionar. Ele respondeu:

“Não estaria conversando com você agora. Estaria lá,

tentando uma nova maneira de conseguir!”.

Entendeu o recado? Se você ainda não alcançou os

resultados desejados, é porque existe um aprendizado

pela frente. Assim, agradeça à adversidade, pois ela o

torna mais forte, mais experiente e preparado para o

sucesso.

Isso me faz lembrar uma parábola bastante interessante

que li certa vez. Havia um médico muito religioso que

vivia na Suíça, em uma região de frio rigoroso, bem

afastada do vilarejo local. Sua mulher falecera havia dois

anos e ele morava em uma casa de madeira com seu

único filho. Certo dia, um senhor bateu em sua porta

pedindo-lhe que fosse correndo até o vilarejo, pois havia

uma criança com febre alta, correndo risco de morte.

O médico não tinha com quem deixar seu filho; então,

pediu a Deus que tomasse conta do menino e foi direto

ao vilarejo com seu trenó puxado por cachorros, o mais

rápido possível.

Chegando lá, correu para dentro do quarto em que

estava a criança febril e conseguiu diagnosticar a tempo

sua doença e fazer a febre baixar.

Quando voltava para casa, resolveu cortar caminho por

dentro de uma floresta, pois estava ficando tarde e ele

estava preocupado com o filho sozinho em casa.

Ao adentrar a floresta, escutou ameaçadores uivos de

lobos selvagens e acelerou o trenó. Dois lobos aparece-

ram por detrás de uma árvore e começaram a segui-lo. 42

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Ele gritou com os cachorros, para que fossem ainda mais

rápido, porém mais lobos apareceram. O médico

começou a se lamentar: “Meu Deus, por que estás man-

dando esses lobos atrás de mim? Acabei de salvar uma

criança, sempre fiz tudo de bom, por que me acontece

isso? Não entendo!”.

O médico fez os cães correrem a toda velocidade e con-

seguiu sair da floresta, escapando dos lobos. Foi vela

havia caído próximo à cortina e o fogo rapidamente se

espalhara. Foi

o tempo de entrar e salvar o menino, e a casa veio abaixo.

Deus havia mandado os lobos para que o médico corres-

se e chegasse a tempo de salvar seu filho.

Quantas vezes, em nossa vida, temos “lobos” atrás de nós

e não entendemos o porquê. Praguejamos, falamos de

azar, reclamamos sem parar! Você mesmo pode estar

com problemas que o atordoam ou mudanças inespera-

das que o obrigam a tomar uma atitude, e não percebe

que esses acontecimentos são positivos e até mesmo

necessários, principalmente na época em que vivemos.

Não tenha medo da mudança, ela é uma certeza con-

stante em sua vida!

Não falo isso só da boca para fora, pois tive de mudar

também. Tive de abandonar um emprego “estável” para

me aventurar numa pequena empresa de um amigo. Mas,

por favor, não me interprete mal: não estou insinuando

que você abandone seu emprego. Minha intenção é

encorajá-lo a encarar as mudanças sem medo. Você

pode muito bem desenvolver seus talentos como um

executivo de uma ótima empresa, pode ser um profis-

sional de sucesso em qualquer área que quiser e pela

qual tenha paixão. De uma coisa você pode ter certeza,

repito: se continuar fazendo o que sempre fez, continu-

ará obtendo sempre os mesmos resultados ou até resul-

tados piores.

A ideia não é parar o que está fazendo hoje, mas fazer

algo a mais, ou mesmo fazer o que faz de maneira

extraordinária! Você deve gostar do que faz, ter paixão

por sua atividade!

Se a atividade que desempenha hoje é algo que não lhe

traz entusiasmo, você deve mudar, sem receio, e procu-

rar algo que lhe dê energia, que o apaixone — seja em

outro departamento de sua empresa atual, num negócio

próprio ou mesmo em um novo empreendimento. É

importante você ter o mínimo de autoconhecimento,

entender sua personalidade, seus limites, sua capaci-

dade de lidar com a insegurança. Nem todas as pessoas

têm perfil de empreendedor, por exemplo, nem todos

convivem bem com a ideia de ter custos fixos e receita

variável, se é que me entende. Há quem se assuste com a

ideia de acordar “desempregado” todos os dias e ter de 43

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“caçar um leão por dia”, já que “não existe leão na jaula”.

Se for o seu caso, você poderá correr sérios riscos, pois

na vida de um empreendedor eventualmente não entra a

receita — mas nem por isso os custos deixam de existir.

Por isso, se você for um profissional que faz carreira

como colaborador ou executivo de uma empresa, peço

que considere a ideia de ser o melhor naquilo que faz.

Este é o seu desafio: perceber o que pode fazer melhor

hoje do que fez ontem. Seja um profissional extraor-

dinário, pois essa é a maior garantia que há para a

evolução de sua carreira. Seu chefe não vai querer per-

dê-lo!

Entenda que ser extraordinário não significa ser um

“super- homem” ou uma “mulher maravilha”. É mais sim-

ples do que parece. Você precisa vencer uma única

batalha: aquela contra você mesmo! E, principalmente,

ser melhor no que faz a cada dia. Buscar a melhoria con-

stante e incessante. Para sempre! No entanto, é

necessário ter entusiasmo, paixão, vontade.

E como fazer isso? É simples. considerar ótimo em seu

trabalho hoje? O que você tem a agradecer (e o que em

outro lugar não teria)? Faça uma lista dos pontos positi-

vos de sua empresa.

Segundo: tornar claros os seus motivos! Sim, suas metas,

seus sonhos. Unir o fato de ser o melhor no que você faz

com um pouco de disciplina financeira pode transformar

sua vida!

Walt Disney declarou certa vez: “A melhor maneira de

realizar seus sonhos é por intermédio do seu trabalho”.

Com um espírito empreendedor, aprendi a ver oportuni-

dades em tudo o que aparece na minha frente. Para isso,

procure ver as coisas de maneira abrangente: avalie se

existem pessoas que precisam de seu produto, ideia,

serviço ou conhecimento. Avalie se você pode ajudá-las.

Fazendo essa análise, você certamente enxergará a

oportunidade. É simples!

O próximo passo é responder à seguinte pergunta: como

essas pessoas saberão que você pode ajudá-las? Como

você chegará até elas ou elas chegarão até você?

O segredo é fazer as perguntas certas. Mesmo que você

não obtenha a resposta imediatamente, o fato de formu-

lar a pergunta lançará um propósito para o seu cérebro e

ele ficará à procura da resposta, dia e noite.

Tenha sempre em mente a ideia de ajudar as pessoas.

Não pense somente em você, mas em como passar por

este mundo e ser lembrado como alguém que fez

diferença, que deixou sua contribuição.

Como afirmou o escritor americano Zig Ziglar: “A única

forma de se conquistar o que se quer é ajudando um

número suficiente de pessoas a conquistarem o que elas

querem também”. 44

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Se você se tornar alguém que faz diferença na vida dos

outros, ficará impressionado com as maravilhas que

começarão a acontecer rapidamente em sua vida.

Para ajudar as pessoas, você não precisa mudar o

mundo. Eu mesmo tinha a crença enfraquecedora de que

seria muito difícil fazer diferença e que, se não fosse de

maneira grandiosa, nem tentaria me esforçar. Mas, certa

vez, mudei de ideia, e a fábula que escutei, e que vou lhe

contar agora, foi decisiva. Ela é um pouco antiga e talvez

você já a conheça, mas, mesmo assim, vale a pena ler de

novo.

É a história de um velhinho que andava pela praia logo

cedo, apanhava cada estrela-do-mar que encontrava em

seu caminho e jogava-a de volta para o mar. Havia cente-

nas de estrelas na orla, o sol começava a ficar cada vez

mais forte e o velhinho apanhava uma a uma, sem parar,

na tentativa de salvá-las de morrerem esturricadas pelo

sol.

Foi então que um garoto apareceu e perguntou:

— Vovô, o que o senhor está fazendo?

— Estou salvando as estrelinhas-do-mar, meu filho.

— O senhor está maluco? Olhe quantas existem. Daqui a

pouco o sol vai subir e matar todas elas. Que diferença o

senhor acha que está fazendo?

O velhinho fitou o menino, olhou para a próxima

estrelinha, abaixou, pegou-a e a lançou de volta para a

água. Depois, vapontando para o local em que ela havia

caído, virou-se para o garoto e respondeu:

— Para aquela ali eu fiz toda a diferença do mundo!

Ou seja, meu caro amigo leitor, saiba que vale a pena

ajudar, contribuir para o bem de pelo menos uma pessoa.

Não se preocupe em mudar o mundo. Mude primeiro a

você mesmo. Acorde amanhã com a intenção de ser

alguém um pouco melhor do que foi no dia de hoje.

Dificilmente existirá um sucesso solitário. Você o com-

partilhará com várias pessoas, e isso é muito gratificante.

Trace suas metas e desfrute do caminho. Conheça a

verdadeira paixão pela vida!

Você talvez esteja ansioso para definir suas metas e

esteja se perguntando quando o fará. Realmente esse

momento está chegando, mas antes é preciso entender

como o nosso cérebro funciona para que essas

definições tenham um efeito real. Aprenderemos no

próximo capítulo a diferença entre as metas de ser, fazer

e ter.

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Ser, fazer e terQuando você determina um prazo para a realização da meta, suas chances de concretizá-la são grandes. Porém, se isso não acontecer, simplesmente substitua a data por outra. Tenha a certeza de que estará muito mais perto de conseguir o que quer!

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Antes de escrever suas metas, há uma coisa muito

importante

que você deve saber sobre o seu cérebro: ele “funciona”

muito melhor com imagens do que com ideias abstratas.

Digamos que você tenha como meta SER o melhor

médico do Brasil. Então você coloca isso com toda clare-

za no papel, mas talvez não baste. Para que seu cérebro

“entenda” de forma muito mais clara a sua meta,

vocêpode criar imagens de fatos, eventos e situações do

que seria sua vida como o melhor médico do Brasil e

vivenciá-las com toda intensidade, como se estivesse

de fato experimentando cada sensação, cada situação

que deseja ardentemente. Não basta só pensar, é

necessário sentir, lembra?

Já sobre as metas relacionadas a TER, você fará algo

ainda mais interessante. Volte ao exemplo anterior e

imagine que você é o melhor médico do Brasil,

bem-sucedido, daqueles que só têm horário na agenda

para daqui a vários meses, com um consultório bem

localizado e vários funcionários. Um médico que faz a

diferença na vida de muitas pessoas e não tem prob-

lemas financeiros.

Agora, uma pergunta: se você fosse essa pessoa, qual

seria o seu carro? Pense por um momento. Vamos lá, é

importante. Qual seria? Um carro popular, importado,

esportivo, uma Mercedes ou uma BMW?

Agora, veja que interessante: falei para você pensar em

um carro, mas não pedi para pensar na cor dele, nem

para você vê-lo por dentro ou por fora, de lado ou de

frente. Não perguntei se ele estava com o motor ligado

ou desligado. Mas você já tem todas essas respostas

porque viu o carro em sua mente.

Quando faço esse exercício com as pessoas, algumas o

vêem de frente, outras de lado. Algumas estão dentro

dele. Algumas vêem essa imagem como se fosse uma

cena de filme, com o barulho do carro e tudo; outras

vêem como uma fotografia parada.

Vamos brincar um pouco com isso agora. Qual é a cor do

carro que você viu? Vamos lá, se ainda não sabe, dê-lhe

uma cor! Qual seria essa cor? Se viu o carro de fora,

entre nele. Imagine-se abrindo a porta, talvez você possa

até imaginar o cheirinho de couro do banco, sentar-se

confortavelmente atrás do volante, fechar a porta, virar a

chave e escutar o barulho do motor. Muito bem, agora

engate a primeira marcha ou coloque no drive (afinal,

seu carro pode ser automático), pise no acelerador e

divirta-se!

Que tal a sensação? Percebe onde quero chegar?

Observe como o cérebro cria imagens com característi-

cas auditivas, visuais e cinestésicas. São as característi-

cas necessárias para as metas de TER. 47

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Você pode achar que tudo isso parece uma brincadeira

de criança, mas o fato é que realmente funciona. E não

pare por aí. Faça um test drive com o carro dos seus

sonhos para senti-lo realmente e depois recriar

a sensação em seu cérebro. Recorte uma foto dele e

coloque-a no mural de seu escritório ou na porta da

geladeira da sua casa.

Melhor ainda será se conseguir que alguém tire uma foto

de você dentro desse carro, para a imagem ficar bem

clara e nítida em seu cérebro. Vale também fazer uma

montagem com a foto do carro e uma foto sua. Use esses

recursos para tudo o que você deseja TER. Para a casa

de seus sonhos, por exemplo. Onde ela seria? Na cidade,

na praia ou no campo? Como seria a entrada principal?

Procure visualizá-la o mais nitidamente possível.

Para as metas de FAZER não é diferente. Qual o curso

que deseja fazer em sua vida? Que idiomas deseja domi-

nar? Quais esportes ou hobbies você deseja praticar? E

as viagens? Qual é a viagem dos seu sonhos? Vá em uma

agência de turismo e haja como se já tivesse o dinheiro

para viajar hoje. Peça todas as informações, não se

esqueça de pegar fotos do local onde vai ficar.

Lembre-se de que as crenças se originam de imagens

que você cria em sua mente. Você precisa agir hoje como

se já tivesse alcançado suas metas, precisa ser hoje a

pessoa que será quando já tiver obtido os resultados.

Não estou falando para gastar o dinheiro hoje, mas sim

para ter hoje as atitudes, as crenças, os pensamentos

vencedores.

Mesmo que todos os seres humanos um dia passem a

viver com o coração e a almejar o que querem, nem

todos buscarão as mesmas coisas. Nem todos querem

uma BMW, nem todos querem a mesma pessoa nem as

mesmas experiências, nem as mesmas roupas. Há o sufi-

ciente para todos! Se você acreditar nisso, se puder ver e

agir, isso lhe será mostrado, pois é a verdade.

Transcrevo, a seguir, mais um trecho do filme O Segredo,

que muito me emocionou:

“Em 1995, comecei a criar um negócio que chamei de

Quadro da Visão, onde colocava figuras de coisas que

gostaria de conquistar ou atrair, como um carro, um

relógio ou a alma gêmea dos meus sonhos. Todos os dias

ficava em meu escritório olhando para o quadro e criava

a sensação de que eu já tinha conquistado cada um

daqueles desejos. Algum tempo depois, fiz uma mudança

e o quadro ficou guardado em uma caixa. Nos cinco anos

seguintes, passei por três mudanças de endereço e

acabei indo morar na Califórnia, onde comprei uma casa

que havia passado por um ano de reformas. Então levei

todas as minhas caixas de mudança para a nova casa, até

as caixas de cinco anos antes. Certo dia, às 7h30 da 48

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manhã, meu filho entrou em meu escritório e começou a

mexer em uma daquelas caixas, que estava ao lado da

porta. Ele batia os pés nela, e eu pedi que parasse com

aquele barulho, pois eu estava tentando trabalhar. Meu

filho então perguntou o que havia na caixa. Respondi que

eram os meus Quadros de Visão e expliquei para que

serviam. Ele não entendeu, pois tinha apenas cinco anos

e meio de idade, e assim decidi mostrar os quadros, para

que pudesse entender melhor. Abri a caixa e retirei um

dos quadros, no qual havia a foto de uma casa que eu

usava em minhas visualizações cinco anos antes. Fiquei

chocado, pois nós estávamos morando naquela casa. Não

era uma casa similar, mas igual à da foto. Eu havia com-

prado a casa dos meus sonhos e não sabia. Comecei a

chorar, pois estava abismado. Meu filho me perguntou

por que eu chorava e eu lhe disse que finalmente enten-

dia a Lei da Atração, o poder da visualização, tudo o que

eu tinha lido e seguido minha vida inteira.

Definir suas metas e visualizá-las como se já as estivesse

vivendo. Esse é o segredo!

Mas, se você criar esses resultados para sua vida, não

se esqueça de algo muito importante: coloque data nas

metas! As datas nos dão um sentido de urgência. Preste

atenção nisto: sonho sem data é uma ilusão; sonho com

data é uma meta.

Não basta dizer “um dia eu vou conhecer a Disney com

meus filhos”. Esse dia será sempre postergado, e é

provável que não faça coisa alguma para atingir essa

meta. Agora, se você disser algo como “em dezembro do

ano x, passarei o Natal com minha família na Disney”,

muda tudo!

Se você definir uma meta com data, amanhã cedo fará

alguma coisa, por menor que seja, para conquistá-la.

Talvez você leia um livro de mensagens positivas por

quinze minutos todo dia, talvez leve um DVD de trein-

amento para assistir em casa, talvez procure sites de

viagens na internet — enfim, você terá energia para agir,

ou o que você quer não acontecerá na data planejada.

Agora, é preciso ter senso de realidade. Não adianta

escrever que fará a viagem amanhã se isso for completa-

mente impossível nas atuais circunstâncias de sua vida.

Seja razoável consigo mesmo!

Metas que você não faz ideia de “como” atingirá geral-

mente se concretizam a médio ou longo prazo. Mesmo

assim, comece a agir: mude suas atitudes no trabalho ou

nos relacionamentos para que, em breve,

de alguma maneira, o “como” apareça em sua vida, seja

na forma de uma oportunidade de crescimento em sua

empresa, de um novo nicho de mercado para atuação ou

talvez de uma ideia que aumente consideravelmente os

lucros de seu trabalho! 49

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Quando tracei a meta de conhecer Fernando de

Noronha, em 1995, não tinha dinheiro nem a mínima

ideia de como conseguiria. É mais caro ir para lá do que

para Miami, nos Estados Unidos! Escrevi que faria a

viagem em setembro de 1997, e na verdade foi em out-

ubro do mesmo ano. Você acha que fiquei frustrado? É

obvio que não!

As metas não devem ser escritas para frustrá-lo, e sim

para estimulá-lo a agir. Com certeza, se eu não tivesse

escrito a meta e colocado data, conhecer aquela ilha

ainda seria um sonho; ou melhor: uma ilusão.

Quando você determina um prazo para a realização da

meta, suas chances de concretizá-la são grandes; porém,

se isso não acontecer, simplesmente substitua a data por

outra. Tenha a certeza de que estará muito mais perto de

conseguir o que quer!

Lembre-se também do que afirmei no começo deste

livro: a felicidade está no caminho, e não no destino em

si. Só existe um lugar e um momento para você ser feliz:

o agora! Pois o momento presente é o único que existe

realmente em nossa vida.

Será que agora confundi sua cabeça? Você pode estar

questionando: se só o que existe é o agora, por que então

precisamos de metas? É simples: para lhe dar uma

direção, um motivo para entrar em ação, ou seja:

motivação!

Você pode traçar metas para qualquer área da vida:

profissional, familiar, financeira, intelectual, social,

espiritual e de saúde. Você pode, por exemplo, tornar-

se melhor marido ou esposa, pai ou mãe; desenvolver o

hábito de escutar seu cônjuge ou ser mais paciente com

as pessoas em geral. Pode perder peso, melhorar a saúde

ou arrumar um hobby.

Eu mesmo emagreci oito quilos em cerca de 45 dias.

Havia estabelecido essa meta e fixado uma data para

concretizá- la. Lembro-me, como se fosse ontem, da

instrutora da academia de ginástica me explicando que,

para pesar o que eu queria, seria necessário um período

de quatro meses de exercícios físicos regulares e uma

mudança em meus hábitos alimentares. Respondi que o

prazo para alcançar minha meta era muito menor do que

quatro meses, mas ela parecia não acreditar que aquilo

fosse possível. Porém, eu insisti: “Você precisa conhecer

o poder de uma meta clara, definida e por escrito.

Quando você escreve uma meta e já sabe como alca-

nçá-la, só precisa definir o plano de ação”.

Daquele dia em diante comecei a correr de cinco a oito

quilômetros diariamente e mudei meus hábitos alimen-

tares, passando a comer apenas frutas pela manhã e

muitas verduras e legumes nas refeições. Com a elimi-

nação de alimentos nocivos ao meu organismo, não só 50

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consegui alcançar a meta como a ultrapassei.

Não importa se você é gordinho, magrinho, alto, baixo,

com ou sem cabelo, o que importa é gostar de si mesmo.

Se não está satisfeito com algum aspecto físico seu, faz

sentido mudar. Mas, se está feliz com a saúde ou a forma

física, seja você! Curta-se, goste-se, ame-se... E seja feliz!

Você pode, ainda, ter como meta garantir um futuro

tranquilo, em que talvez nem mais precise trabalhar...

Para isso, será preciso saber lidar com dinheiro, um

assunto tão importante que resolvi abordá-lo à parte,

como você verá no próximo capítulo.

51

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Segurança ouliberdadefinanceiraSe você guardar 10% do seu salário por mês, poderá gastar praticamente um salário por ano naquilo que lhe dá prazer!

52

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Se a realização das metas de

SER depende de sua atitude e comportamento, e a real-

ização das metas de FAZER, de sua motivação e entusias-

mo, a concretização das metas de TER depende de

dinheiro, é claro!

Você, com certeza, deseja ter a

casa dos seus sonhos, um bom automóvel e alguns con-

fortos materiais, e para isso precisará usar a Lei da

Atração para trazer dinheiro à sua vida. Mas saiba que

atrair cifrões para sua conta bancária ainda não é tudo: é

preciso ter inteligência para administrá-los e, assim,

manter um bom padrão de vida.

E aqui entram dois conceitos importantes: segurança

financeira e liberdade financeira. Segurança financeira é

ter uma reserva de dinheiro capaz de sustentá- lo por

alguns meses, no caso de ficar impossibilitado de

trabalhar ou sem fonte de renda. Por sua vez, liberdade

financeira é ter dinheiro investido gerando uma renda

capaz de sustentá-lo sem que precise trabalhar, pelo

resto da vida.

Já pensou em ser livre para viver como quiser, podendo

escolher se quer continuar trabalhando ou não, e mesmo

assim mantendo um padrão de vida confortável para

você e sua família? Isso é liberdade financeira! Essa é a

grande meta de minha vida, embora eu não tenha a

menor intenção de parar de trabalhar porque amo o que

faço. Aliás, melhor ainda se eu continuar trabalhando,

pois poderei continuar investindo e aumentando meu

“pé-de-meia”.

E você, que tal incluir em suas metas a segurança ou a

liberdade financeira? Bem, para realizá-las você precis-

ará fazer mais do que apenas colocá-las no papel. Precis-

ará conhecer os fundamentos de finanças pessoais, um

assunto muito valorizado hoje em dia e sobre o qual há

ótimos livros, como os do americano Robert Kiyosaki,

autor do famoso “Pai rico, pai pobre”, Donald Trump e os

de meu grande amigo Gustavo Cerbasi, autor de “Din-

heiro, os segredos de quem tem” e “Casais inteligentes

enriquecem juntos”. Recomendo os livros do Gustavo.

Para ter dinheiro, é necessário estudar. A ignorância

financeira pode custar muito caro.

Achei conveniente abordar os conceitos mais básicos

das finanças pessoais, pois poderão ser muito úteis tanto

para a definição como para a conquista de suas metas.

Para começar, vamos falar de ativos e passivos. Ativo é

tudo o que gera renda, como seu salário, um imóvel

alugado ou um investimento. Passivo é tudo o que gera

despesa, como a casa em que você mora, suas dívidas,

seu carro.

Pois bem, se você tiver como meta a segurança ou a

liberdade financeira, terá de administrar seus ativos e 53

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passivos de modo que possa ter uma sobra de dinheiro

para investir. Esse investimento então se torna um ativo

que gera renda sem que você precise trabalhar.

Houve uma época em que eu tinha carro importado e

casa na praia (que, aliás, foram metas que realizei), bens

que geravam uma enorme despesa para serem mantidos.

Com meu amadurecimento e, especialmente, a partir da

convivência com Gustavo Cerbasi, comecei a rever algu-

mas decisões. Cheguei à conclusão de que era mais

interessante, por exemplo, não ter carro importado, cujo

seguro e o IPVA são altíssimos, e aplicar o dinheiro que

eu gastaria com ele. Na verdade, hoje tenho um carro

confortável, econômico, seguro e com baixa

manutenção. Finalmente entendi o que o Gustavo me

ensinou sobre ativos e passivos.

Escolhas desse tipo dependem muito da fase da vida e do

perfil de cada um, é claro. Ao longo dos anos, nossos

valores pessoais mudam. Os meus mudaram. Acredito

que isso seja um reflexo de inúmeros livros e cursos que

fiz sobre finanças pessoais. No livro “Casais inteligentes

enriquecem juntos”, Cerbasi descreve cinco perfis difer-

entes, o que nos ajuda a identificar nossos pontos fortes

e fracos e a saber como lidar com eles.

Os poupadores, por exemplo, têm muita disciplina e

pensam no futuro, mas conformam-se com um padrão

de vida modesto e são conservadores, não se permitem

novas experiências.

Os gastadores são mais abertos para novas experiências

e têm facilidade em mudar seus hábitos, mas são

extremamente dependentes de uma fonte de renda e

têm insegurança em relação ao futuro.

Os desligados têm folgas financeiras e espaços para

reduzir custos se necessário, mas não têm muito con-

trole e resistem a tudo que implique disciplina.

Os descontrolados... bem, nesses é até difícil achar um

ponto forte. Descontrole financeiro é algo que costuma

sair muito caro!

Por fim, há os financistas, que controlam seu dinheiro

com rigor, têm facilidade e satisfação em empregar bem

seus recursos. O problema deles é que, muitas vezes, são

incompreendidos pela família, considerados chatos e até

mesquinhos.

Agora eu pergunto: e você, leitor, com que perfil mais se

identifica? Independentemente de qual seja, a boa notí-

cia é que você pode maximizar seus pontos fortes e min-

imizar os fracos. Vou lhe dar umas dicas que podem

ajudar.

A primeira teoricamente é óbvia, mas nem sempre fácil

de colocar em prática: ser capaz de viver com menos do

que se ganha. E aí há duas opções: ganhar mais ou gastar

menos. 54

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Isso funciona de maneiras diferentes, conforme o tipo de

atividade de cada um. Quem é empregado e recebe

salário tem uma receita fixa, enquanto quem é autôno-

mo, vendedor ou empreendedor, normalmente tem

receitas variáveis.

Acredito que a situação mais confortável é a de alguns

profissionais que prosperam em suas carreiras, como-

que são promovidos constantemente, ou profissionais

autônomos, vendedores, investidores ou empreende-

dores que conseguem garantir uma receita muitas vezes

crescente. Vendedores de seguro e/ou previdência com

carteiras de clientes que geram renda residual, por

exemplo, têm sua receita aumentada a cada novo cliente.

Um caso interessante é o da minha agência de publici-

dade. Leandro Correia, dono da Ideal Propaganda, é um

rapaz ainda muito jovem, porém extremamente talento-

so e abençoado com uma inteligência incrível nas

questões de posicionamento de mercado, propaganda e

marketing, podendo trabalhar em qualquer lugar onde

possa conectar seu computador à internet. Tanto faz

para ele morar na praia, no interior, perto ou longe dos

clientes. Não precisa nem mesmo ter escritório! Ele tem

uma receita mensal fixa e garantida por seus clientes,

que aumenta a cada novo contrato. Atualmente, a tecno-

logia permite uma ótima qualidade de vida para quem

estiver atento a isso.

Agora veja o meu caso. Em minha atividade como escri-

tor e palestrante, em que as receitas são absolutamente

variáveis, tento viver com 70% do que ganho; os demais

30% distribuo em três “baldes”. Um deles é o balde do

lazer, uma reserva de dinheiro para gastar com

diversões, viagens, passeios de final de semana, restau-

rantes, teatro etc. Se você guardar 10% do salário por

mês, poderá gastar praticamente um salário por ano

naquilo que lhe dá prazer! Essa é uma boa estratégia para

poder usufruir do seu dinheiro sem culpa, especialmente

se tiver um perfil mais gastador.

O segundo é o balde da contribuição. Nele você coloca o

dinheiro com o qual poderá ajudar pessoas da família,

instituições de caridade, pessoas carentes ou sua igreja,

dependendo de sua religião. Acho importante ter o

balde da contribuição, porque com isso exercitamos a

generosidade e o desapego. Se você tem o que doar e

doa cada vez mais, é porque também está ganhando cada

vez mais! Você se torna um ímã que atrai dinheiro.

O terceiro balde é o da segurança e liberdade financei-

ras. Você começa a colocar dinheiro nesse balde para ter

uma reserva capaz de sustentá-lo por seis meses, caso

tenha de ficar sem trabalhar ou receber. Mantendo o

hábito de poupar, com o passar dos anos você passa a ter

o balde da liberdade financeira, que lhe garantirá um 55

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futuro tranquilo.

Segundo Gustavo Cerbasi, se uma pessoa começar a

poupar e investir 10% de seu salário com 18 anos, poderá

ter algo em torno de um milhão de reais quando chegar

aos 60 anos!

Agora, para que isso realmente aconteça, você tem de

saber como investir bem, tirando o melhor proveito dos

três fatores dos investimentos:

• Liquidez • Rentabilidade • Risco

O investimento em imóveis, por exemplo, tem baixíssimo

risco, pode até ter uma boa rentabilidade, mas é de baixa

liquidez — você não consegue sacar rapidamente o

dinheiro investido, caso precise dele. Já o investimento

em ações tem liquidez imediata e pode dar ótima rentab-

ilidade, mas tem alto risco, por isso recomenda-se inve-

stir em ações apenas aquele dinheiro que você puder

deixar aplicado

por vários anos. Enfim, são várias as modalidades de

investimentos, e é preciso entender como eles funcio-

nam.

Uma coisa importante sobre seus baldes é que está em

suas mãos definir o tamanho que eles terão, conforme

seu momento de vida e prioridades. Eu mesmo tive uma

fase em que guardava 30% de meus ganhos no balde da

segurança financeira, pois estava formando uma reserva

capaz de me sustentar, caso ficasse seis meses sem ser

contratado para dar palestras. Felizmente, nunca preci-

sei usar o conteúdo desse balde, e hoje minha agenda

vive lotada, tenho compromisso de trabalho pratica-

mente todos os dias. Meu balde da segurança financeira

transformou-se no da liberdade financeira, e continuo

colocando dinheiro lá.

Meu conselho para você é que viva o momento presente,

mas pense também no futuro. Ser indisciplinado ou

desligado com suas finanças hoje, pode custar caro lá na

frente. É melhor fazer um sacrifício temporário agora

para ter uma recompensa duradoura amanhã do que ter

uma recompensa temporária hoje e fazer um sacrifício

duradouro amanhã... Pense nisso.

Bem, está chegando o momento de você traçar suas

metas.

É o que fará no próximo capítulo, e é importante que o

leia em um lugar tranquilo, onde possa estar sozinho e

não seja interrompido, pois fará reflexões, exercícios de

relaxamente visualizações. Você precisará de lápis e

papel. Se possível, escolha um local em que possa ouvir

uma música que você considera relaxante. Seu momento

pode ser daqui a 30 segundos, pode ser amanhã ou

depois, semana que vem, não importa: o que importa é

que você esteja consciente do quanto ele é especial para

sua vida e não deixe de fazê-lo. Vamos lá! 56

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Escreva suas metasA diferença entre ler e sentir é como a que existe entre estar no campo, no jogo, e sentado na arquibancada.

57

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Para que você tenha metas reais, que lhe trarão energia

para agir, é importante que possua um sentimento de

urgência. Com o exercício de relaxamento e visualização

que proponho a seguir, você poderá alcançar esse senti-

mento.

Coloque a música que

você escolheu. Inspire o ar calmamente, contando de 1 a

5, devagar. Segure a respiração contando até cinco. Solte

vagarosamente o ar, de novo contando até cinco.

Mantenha essa respiração ritmada, sinta-se calmo e

relaxado. Feche os olhos por alguns instantes, silencian-

do seus pensamentos, sempre com a atenção voltada à

sua respiração.

Isso, muito bem; ao voltar à leitura, enquanto respira,

observe seus pensamentos sem julgá-los, apenas

tentando aos poucos diminuir o volume de sua voz inter-

na e silenciá- la, como se tivesse um controle remoto em

sua mão. Diminua o volume de seus pensamentos.

Você visualizará uma situação que se passa daqui a cinco

anos. Você caminha sozinho, tranquilo, em paz, num

dia ensolarado. Imagine que está em um grande campo

gramado, sem nenhuma nuvem no céu.

Talvez você possa sentir uma leve brisa em seu rosto,

escutar os passarinhos cantarem, sentir-se em paz,

muita paz. Então, enxerga um grupo de pessoas reuni-

das. Elas estão um pouco distantes e você só consegue

ver suas silhuetas. Fica curioso e começa a se aproximar

do grupo.

Ao chegar mais perto, percebe que são rostos familiares.

São seus pais, sua esposa ou seu marido, seus filhos, até

seu vizinho... Olhe! Seu amigo do trabalho ou da escola...

Seu melhor amigo ou sua melhor amiga... Aquele profes-

sor de quem você gostava muito... você olha com muita

atenção, procurando se lembrar de cada rosto. E se

sente cada vez mais curioso para saber por que estão

todos juntos ali.

E de repente você nota que, estranhamente, ninguém

percebe sua presença. É como se você estivesse invisível.

Até que, finalmente, você se dá conta de que se trata de

um velório. Então chega próximo ao caixão para desco-

brir quem morreu e percebe que foi você. Ali está acon-

tecendo o seu próprio velório.

Você agora está no meio do grupo, ao lado do professor

de quem mais gostava. Quem é ele? Lembre-se do rosto

dele. Escute o que ele diz. Seu professor está falando de

você, de suas qualidades como aluno, de situações posi-

tivas que viveram juntos. Ele conta dos trabalhos que

você fez, talvez esteja falando sobre as boas notas que

tirou nas provas, dos elogios que recebeu. Escute-o

atentamente.

Agora você se aproxima de seu melhor amigo (ou amiga). 58

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Ele está contando às outras pessoas sobre a falta que

você faz, a saudade que está sentindo de você. Está

descrevendo como você era, contando um fato que

marcou sua amizade. Feche os olhos por alguns instan-

tes e imagine o que seu melhor amigo diz a seu respeito.

Como você agia quando lhe pediam um favor? Você

estava sempre disposto a ajudar ou só queria ser ajuda-

do, mas na sua vez, terminava arranjando desculpas?

Como você era para guardar um segredo? Seus amigos

podiam confiar em você? Ou você não se continha e con-

tava o segredo para outra pessoa na primeira oportuni-

dade? Reflita por um momento: que tipo de amigo você

era?

Agora, peço que visualize a pessoa mais importante de

sua vida. Talvez existam várias, porém peço que escolha

uma delas, aquela que mais precisa de suas mudanças,

aquela que realmente é importante para você.

Imagine que ela esteja conversando com outras que

também são muito importantes para você. Quem são

elas? Seu marido ou esposa? Seu filho ou filha? Sua mãe

ou pai? Quem está neste grupo de pessoas?

Quem é a pessoa mais importante na sua vida, que fala

sobre você agora? Imagine que ela esteja falando das

saudades que sente de você, mas seu semblante está

feliz, pois sabe, mais do que ninguém, de tudo o que você

construiu nos últimos cinco anos de sua vida.

A pessoa mais importante de sua vida conta como você

era quando entrava em casa. Você estava sempre feliz ou

vivia reclamando da vida? Reflita sobre isso...

Você jantava com a família ou sempre sozinho e com

pressa?

Perdia a calma facilmente ou mantinha-se positivo na

maior parte do tempo, sempre com algo bom a dizer?

Você apreciava o momento presente, os pequenos detal-

hes da vida?

Lembre-se de como a pessoa mais importante de sua

vida o ajudou a realizar suas metas. Aquelas metas que

você escreveu que alcançaria e alcançou de fato!

Como foi ter alcançado seus sonhos e encontrado o que

tanto buscou? Como foi viver sabendo aproveitar suas

realizações e conquistas? Muito bem...

Imagine agora que essa pessoa está falando da viagem

que vocês fizeram. Para onde vocês foram? Viajaram de

avião, de navio, de trem, de carro... como foi? E quando

você chegou lá, qual foi a sensação? O que você viu?

O que escutou?

Como foram seus dias nessa viagem? Imagine tudo em

detalhes. O almoço, o jantar. Os passeios. Como foi a

volta para casa?

Alguém daquele grupo pergunta o que mais você real-

izou após ter escrito as metas. Quantas pessoas você 59

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ajudou? Ou qual foi a pessoa para quem você fez

diferença de verdade? Por que essa pessoa ficará eterna-

mente grata por você ter existido na vida dela?

Pense por um momento: como foi sua vida nos últimos

cinco anos? O que você realizou logo depois de ter escri-

to as metas, de seis a doze meses depois? O que conse-

guiu ser, fazer e ter após um a dois anos? E o que conse-

guiu ser, fazer e ter após dois a cinco anos?

Pare por um instante a leitura, segure o livro entre suas

mãos e reflita como foi a vida dos seus sonhos. Como foi

poder contribuir com alguém. Como foi poder experi-

mentar, viver, sentir o que sempre quis e sonhou. Como

foi viver cada momento, apreciando

e agradecendo.

Se você simplesmente leu o exercício de visualização

que acabamos de fazer, procure reler essa passagem

calmamente, sentindo cada palavra, visualizando as

respostas, visualizando a sua história, o seu futuro.

Caso tenha optado apenas por ler, sem SENTIR o que foi

lido, saiba que, quando quiser, poderá fazer o exercício

completo. A diferença entre ler e sentir é como a que

existe entre estar em campo, no jogo,

e sentado na arquibancada.

Meu caro amigo leitor, esse exercício não foi feito para

ser divertido, e sim para proporcionar-lhe o sentimento

de urgência!

Por acaso, você vive “apagando incêndios” em sua vida?

Vive correndo atrás de resolver situações de emergên-

cia? Esquece coisas importantes como o tempo para a

família?

Se você só tivesse mais seis meses de vida, o que faria?

Talvez daria um abraço de amor na pessoa que está

ao seu lado em casa. Talvez pararia numa floricultura

agora e levaria flores para seu cônjuge ou alguém da

família. Talvez iniciaria aquele curso que você estava

postergando. Não sei o que poderia ser, mas lhe digo:

decida agora fazer algo que seja importante! Quantas

pessoas passam uma vida inteira sobrevivendo de mês

em mês e depois olham para trás e se arrependem do

que poderiam ter feito?

Lembre-se de que você primeiro precisa ser, tendo as

atitudes e os pensamentos da pessoa que deseja se

tornar. Depois precisa fazer, realizando as ações

necessárias e buscando as oportunidades. Daí, sim,

então, você poderá ter as coisas boas que merece nesta

vida!

Pegue sua caneta agora para escrever as metas de curto

prazo (6 a 12 meses), médio prazo (1 a 2 anos) e longo

prazo (2 a 5 anos). Se você já fez esse exercício antes e

conhece o poder das metas, então poderá traçar algu-

mas para realizar em um período de dez a vinte anos. 60

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Tudo depende do alcance de sua visão.

Em um primeiro momento, não se preocupe com o

“como”, apenas escreva as ideias, como se você pudesse

escolher o seu destino. Aproveite e seja generoso consi-

go mesmo. Pense grande. Você merece!

Vamos ver algumas possibilidades de metas para sua

vida:

METAS PROFISSIONAISQue cargo você quer alcançar em sua empresa? Que

empreendimento quer realizar? Em que atividade profis-

sional deseja investir seu tempo? O que o motiva profis-

sionalmente? Vamos lá, escreva agora! Talvez,

se você não fizer isso agora, não fará mais... e estará per-

dendo uma oportunidade incrível em sua vida!

METAS FINANCEIRASQuanto você quer estar ganhando no próximo ano? E no

outro? E daqui a cinco anos? Quanto dinheiro quer ter

em investimentos? Em que tipo de investimento? Pense

nisso. Escreva isso!

METAS ESPIRITUAISQuer ter um relacionamento mais próximo de Deus,

independentemente da religião que você professa? Quer

fortalecer sua fé e buscar mais serenidade? Esteja pre-

sente. Viva a sua única verdade: o agora. Para isso, o que

precisa ser feito? Talvez focar naquilo que você faz da

melhor maneira possível. Escreva ações específicas para

voltar a acreditar de verdade em seus sonhos.

METAS SOCIAISSe você participa de algum clube, associação beneficen-

te, grupo de solidariedade ou igreja, o que quer fazer no

futuro? Se não participa, deseja participar? Quais são as

ações que devem ser realizadas no presente para que, no

futuro, você faça diferença na vida das pessoas?

METAS DE SAÚDEQue esporte ou exercício deseja fazer? Com que

frequência? Onde? Que tipo de hábitos alimentares

gostaria de ter? Como você quer estar fisicamente no

futuro? Com que peso? Vestindo roupas de que número?

Que condição física deseja alcançar?

METAS FILANTRÓPICASQuem você gostaria de ajudar? Crianças abandonadas,

pessoas idosas, portadores de necessidades especiais,

instituições de ensino? Vamos lá! Escreva.

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METAS DE LAZERQue tipo de lazer ou hobby gostaria de praticar? Com

que frequência? Onde? Que viagens gostaria de fazer?

Com quem? Por quanto tempo?

METAS DE DESENVOLVIMENTO PESSOALQue cursos gostaria de fazer: faculdade, MBA, pós- grad-

uação, idiomas? De que treinamentos gostaria

de participar? Que habilidades gostaria de adquirir?

Escreva também a quantas palestras pretende assistir

por ano, quantos livros lerá, a quantos DVDs de trein-

amento assistirá. Você pode, ainda, incluir em suas

metas bens materiais como casa ou carro, objetivos para

os seus relacionamentos com as pessoas, metas

de qualidade de vida e outros. As metas são suas, peça o

que quiser!

Agora que você já tem alguma ideia do que realmente

quer em cada área de sua vida, procure distribuir as

metas ao longo do tempo, usando o bom senso. Use as

categorias de tempo abaixo, elas irão ajudá-lo. Você

também pode definir metas para prazos ainda maiores,

como dez, quinze ou vinte anos. Para as de longo prazo,

pergunte-se: “Como gostaria que minha vida fosse em X

anos?”.

Curto prazo – de 6 a 12 meses

Médio prazo – de 1 a 2 anos

Longo prazo – de 2 a 5 anos (ou mais)

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Agora, AÇÃO!A ação cura o medo. Se ficar pensando muito, “vou ou não vou, faço ou não faço”, você ali-menta o medo. Se a ação é coer-ente com suas metas, então aja!

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De nada adianta você ter metas e não entrar em ação. Se

você definiu que quer fazer um curso, por exemplo,

comece a procurá-lo. Informe-se sobre as instituições que

o oferecem, verifique horários, preços, o início da próxima

turma. Coloque em prática o plano de ação para realizar

suas metas. Vamos lá, você já sabe o que tem de fazer!

Ou será que não sabe?

Você talvez esteja se perguntando: “Mas não tenho a

menor ideia de por onde começar”. O melhor começo é ler

suas metas todos os dias. E procurar ser melhor a cada

dia, a cada manhã, quando acordar.

A partir do momento em que você decide o que quer, o

Universo começa a conspirar a seu favor e as oportuni-

dades batem à sua porta. Esteja preparado para elas!

Talvez elas venham como se fosse um trem, que pára e

abre as portas diante de você. E você decide se vai ou não

entrar.

Oportunidades surgem todos os dias e talvez você não

tenha percebido muitas das que já apareceram. Mas agora

que já sabe para qual “estação” está indo, fica mais fácil

reconhecer as oportunidades e agarrá-las.

Também pode ser que a oportunidade se apresente sob a

forma de uma ideia que surge em sua mente. Não tenha

medo, coloque-a em prática, acredite em sua intuição!

Quantos profissionais são promovidos, tornam-se direto-

res, vice-presidentes, presidentes das organizações

porque exerceram seus talentos, tiveram coragem de

ousar e, consequentemente, realizaram seus objetivos?

Tenha certeza de uma coisa: a ação cura o medo. Se ficar

pensando muito, “vou ou não vou, faço ou não faço”, você

alimenta o medo. Se a ação é coerente com suas metas,

então aja!

E se a ação não der em nada, não surtir efeito? Mude a

estratégia e faça uma nova tentativa. Persista! Faça ajustes

e aprenda com a experiência, mas não desista. Nunca.

Parece simples, não? E é.

Lembre-se de onde você quer chegar e inicie o plano. Seja

uma pessoa de ação! Seja aquele que coloca as ideias em

prática e não tenha medo de errar. Como disse Walt

Disney: “Você erra 100% dos chutes que não dá”. Meu

caro, portanto, comece a chutar o quanto antes!

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A energia pararealizar metasTodos nós somos muito mais fortes do que imaginamos, tanto psicológica quanto fisicamente.

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Para tudo o que fazemos na vida, precisamos de energia.

A energia provém de sua alimentação, dos seus hábitos,

de sua fisiologia e, principalmente, dos seus sonhos!

Você pode alcançar um estado de máxima energia que o

impulsionará para todas as conquistas. É um estado que

eu ensino a atingir em treinamentos corporativos com

mais de oito horas. Chama-se peak state (estado de alta

performance), o mesmo estado em que Ayrton Senna

ficava quando fazia uma ultrapassagem em alta velocid-

ade na Fórmula 1 ou quando segurava nossa bandeira

para todo o mundo admirar nosso Brasil. É o que sente

um paraquedista no momento em que abre a porta do

avião.

O mesmo estado pulsante que toma conta do artilheiro

do seu time em uma decisão de campeonato, quando

passa pelo último zagueiro e tem, a sua frente, apenas o

goleiro e o gol.

É o estado em que os torcedores pulam e gritam:

GOOOLLLL!!!

Mais adiante, ensinarei uma prática diária para atingir

esse ESTADO. Você ficará impressionado ao se deparar

com a pessoa que verdadeiramente é quando se dispuser

a ser o melhor em tudo o que faz, dia após dia.

Depois de participar de meus treinamentos longos, as

pessoas decidem, por exemplo, mudar os hábitos

alimentares e emagrecem cinco, dez, quinze quilos ou

até mais, de acordo com suas necessidades. Uma de

minhas ex-alunas decidiu emagrecer quarenta quilos e,

no primeiro mês, eliminou sete, simplesmente pratican-

do uma alimentação mais saudável e caminhando todas

as manhãs. Ela disse que nunca havia se sentido tão bem

e que, após inúmeras tentativas frustradas de emagreci-

mento, estava, finalmente, realizando um sonho, quilo a

quilo – para menos, é claro!

Lembro-me de outra ex-aluna que passava por uma fase

muito difícil e estava com a autoestima abalada. Depois

do falecimento de sua irmã, vinha ajudando a cuidar

dos sobrinhos e estava sem trabalhar havia dois anos.

Duas semanas depois de ter feito o curso, participou do

processo de seleção em uma empresa de São Paulo com

56 candidatos para três vagas, e foi a número 1!

E o melhor é que, antes de iniciarem as dinâmicas seleti-

vas, ela já sabia que a vaga seria dela, pois, como ela

própria dizia, ninguém ali estava tão determinado

quanto ela, ninguém merecia tanto!

O QUE ACONTECEU COM ELA?Uma verdadeira mudança em sua autoestima. O fato é

que ela sempre poderia ter sido assim, uma pessoa

vencedora, mas foi preciso um gatilho externo para

fazê-la acreditar nisso. 66

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Muitas vezes, uma palestra pode fazer isso por você, um

livro, um treinamento de dois dias, uma frase, um

momento.

Nas palestras, utilizo também uma ponderosa dinâmica

de quebra da madeira para simbolizar a superação dos

medos que nos bloqueiam, liberando energia para as

realizações. As pessoas conseguem atingir resultados

incríveis depois que se permitem vivenciar essa

experiência: aumentam significativamente seus númer-

os em vendas, conseguem promoção no trabalho,

superam o medo de altura, de água, de dirigir. Todos nós

somos muito mais fortes do que imaginamos, tanto

psicológica quanto fisicamente.

Você já ouviu falar de pessoas que realizaram feitos

sobrehumanos em situações extremas, como erguer um

carro sozinhas para salvar alguém que estava ali

embaixo? Foi algo assim que aconteceu com Hélio Janny

Teixeira e sua esposa. Em 1996, eles passeavam pelo

parque Everglades, na Flórida, quando seu filho Alexan-

dre, de apenas 7 anos, caiu em um pântano e foi atacado

por um crocodilo. Os pais atiraram-se no pântano e, em

um ato de extrema força e coragem, conseguiram tirar o

filho de dentro da boca do animal. Alexandre foi salvo

apresentando apenas ferimentos leves.

Acontecimentos como esses são possíveis porque,

diante de uma ameaça, nosso sistema neurológico tem o

poder de mobilizar toda a musculatura, criando uma

força descomunal por frações de segundo. É essa força

incrível que as pessoas encontram ao passar pela

experiência de quebrar um pedaço de madeira de uma

polegada de espessura, no qual escrevem todos os

medos e as crenças que os limitam. Já vi pessoas de todas

as idades quebrarem a madeira, porque fazer isso não

está ligado à força física: está ligado ao peak state, àquele

estado de extrema energia mobilizada que citei antes.

Ela é criada a partir de uma força emocional, motivada

pela vontade de livrar-se definitivamente de medos e

barreiras que limitam nosso sucesso. Quebram a madei-

ra como guerreiros, como quem não aguenta mais as

coisas escritas ali como, por exemplo, ansiedade exces-

siva, preocupação, medo de errar, medo de não dar certo

novamente.

Essa é uma poderosa metáfora que os ajuda a destruir

defintivamente seus medos e barreiras.

Essa energia que nos faz entrar em movimento e agir me

fez lembrar a anedota do rapaz que parou em um posto

de gasolina na beira da estrada. Enquanto estava parado,

abastecendo o carro, reparou que havia ali perto um

cachorro ganindo baixinho. Perguntou, então, ao dono

do posto, por que o cachorro gemia.

— É que ele está deitado em cima de um prego — respon- 67

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deu o homem.

— Ora, e por que ele não sai dali? — replicou o rapaz.

— Porque não deve estar doendo tanto assim!

Meu caro amigo, pare de se conformar com dores

desnecessárias e saia do prego. Algumas pessoas não

conseguem quebrar a madeira porque, embora vivam

situações que incomodam, conformam-se e argumen-

tam para si mesmas que “não dói tanto assim”. Só de

olhar nos olhos de quem se prepara para quebrar a

madeira, sou capaz de dizer se elas conseguirão ou não,

pois é visível se têm essa energia que emana da vontade

de vencer.

Quando você utiliza somente a força física, a mão fica

vermelha e pode até doer. Mas, quando utiliza a energia

que vem de dentro, de quem realmente não aguenta

mais levar uma vidinha mais ou menos, o estado de peak

state vem à tona e a madeira parece um pedaço de papel,

um isopor: fica muito fácil quebrá-la. De uma forma ou

de outra, nunca permito que um participante dessa

metáfora saia do treinamento com a madeira inteira:

sempre encontramos um jeito de quebrá-la!

Quando a pessoa acredita que não vai conseguir e con-

segue, acontece uma quebra de paradigma pessoal. Elas

pensam: “se eu fui capaz de realizar algo que parecia

impossível, quantas outras coisas em minha vida que eu

acreditava serem impossíveis são, na verdade, apenas

impossibilidades mentais?”.

A experiência de quebrar a madeira também se relaciona

com mudanças — com a quebra dos paradigmas, comov-

eremos a seguir.

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ParadigmasPenso que o desemprego, difer-entemente do que dizem, não é uma crise, e sim uma tendência do mundo moderno.

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Há muitos anos, acreditava-se que a Terra era o centro do

universo e que o Sol girava em torno dela. Imagine-se

vivendo naquela época. Imagine que você acordava pela

manhã e via o Sol nascendo de um lado. Durante o dia, o

astro percorria todo o céu e punha-se do lado oposto ao

que havia nascido.

Então, de repente, surge um “maluco” dizendo que o

fenômeno que você viu se repetir por toda sua vida era uma

grande mentira. Que não era o Sol que girava, e sim a Terra.

Sob esse ponto de vista, dá até para entender por que Gali-

leu quase foi condenado à morte. Suas ideias representa-

vam a quebra de um paradigma universal.

Existem inúmeros exemplos de quebras de paradigmas na

história da humanidade. Isaac Newton, por exemplo, atirou

dois objetos do alto de uma torre para provar aos alunos da

universidade que corpos de massas diferentes caem à

mesma velocidade. Ainda assim, por muito tempo continu-

ou-se ensinando que corpos mais pesados caem a velocid-

ades maiores.

Mas nem é preciso retroceder muito na história. Se há

alguns anos eu escrevesse neste livro que havia descoberto

uma forma de mandar uma carta para o Japão em menos de

trinta segundos, você, amigo leitor, fecharia o livro e diria:

“Esse Rodrigo é doido!”. Um dia inventaram o aparelho de

fax, que em pouco tempo foi sendo substituído pelo envio

de documentos digitalizados via e-mail.

Na Era Agrícola, o volume de informações dobrava

a cada vinte anos. Na Era Industrial, o volume de infor-

mações dobrava a cada dez anos. Já na Era da Informação,

começamos a perceber o intenso ritmo das mudanças em

nossa vida. Mudanças significativas, que antes aconteciam

de vinte em vinte anos, passaram a ocorrer em intervalos

de um ano e meio. Estamos agora no que alguns chamam

de Era do Conhecimento, outros de Era da Comunicação,

em que as mudanças estão acontecendo a cada três meses.

A maioria dos equipamentos e eletrodomésticos que tere-

mos em casa nos próximos anos não foi inventada ainda.

Devemos estar preparados para mudanças que ainda virão.

Em nenhuma outra época da evolução da humanidade

existiram tantas oportunidades.

Há um século, um homem iniciava um negócio, seu filho

dava continuidade e seu neto, se fosse muito alinhado com

as metas do pai e do avô, poderia enriquecer. Hoje pode-se

conquistar liberdade econômica e financeira sem a neces-

sidade de trabalhar de trinta a quarenta anos na vida, nem

depender de aposentadoria.

Penso que o desemprego, diferentemente do que

dizem, não é uma crise, e sim uma tendência do mundo

moderno. Cada vez mais pessoas abrirão seu próprio

negócio ou serão empreendedoras da própria carreira,

sendo disputadas por diversas organizações, podendo ter 70

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uma qualidade de vida muito melhor do que em qualquer

outro momento de nossa história.

Ter metas e saber onde se quer chegar, sem dúvida, é

fundamental para ajustar-se a essa nova realidade e a

qualquer outra que surgir. Mas também é muito impor-

tante ter habilidades para se comunicar bem, já que esta-

mos em plena Era da Comunicação.

Vamos compreender um pouco melhor como a comuni-

cação pode fazer maravilhas para a realização de nossas

metas e para o alcance da felicidade que tanto almejamos.

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O controle emocionalTer o domínio de suas emoções faz grande diferença em sua vida. Melhora o humor, seus resultados financeiros, profissionais, o rela-cionamento familiar e até mesmo a saúde.

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Para que você tenha metas reais, que lhe trarão energia

para agir, é importante que possua um sentimento de

urgência. Com o exercício de relaxamento e visualização

que proponho a seguir, você poderá alcançar esse senti-

mento.

Coloque a música que

você escolheu. Inspire o ar calmamente, contando de 1 a

5, devagar. Segure a respiração contando até cinco. Solte

vagarosamente o ar, de novo contando até cinco.

Mantenha essa respiração ritmada, sinta-se calmo e

relaxado. Feche os olhos por alguns instantes, silencian-

do seus pensamentos, sempre com a atenção voltada à

sua respiração.

Isso, muito bem; ao voltar à leitura, enquanto respira,

observe seus pensamentos sem julgá-los, apenas

tentando aos poucos diminuir o volume de sua voz inter-

na e silenciá- la, como se tivesse um controle remoto em

sua mão. Diminua o volume de seus pensamentos.

Você visualizará uma situação que se passa daqui a cinco

anos. Você caminha sozinho, tranquilo, em paz, num

dia ensolarado. Imagine que está em um grande campo

gramado, sem nenhuma nuvem no céu.

Talvez você possa sentir uma leve brisa em seu rosto,

escutar os passarinhos cantarem, sentir-se em paz,

muita paz. Então, enxerga um grupo de pessoas reuni-

das. Elas estão um pouco distantes e você só consegue

ver suas silhuetas. Fica curioso e começa a se aproximar

do grupo.

Ao chegar mais perto, percebe que são rostos familiares.

São seus pais, sua esposa ou seu marido, seus filhos, até

seu vizinho... Olhe! Seu amigo do trabalho ou da escola...

Seu melhor amigo ou sua melhor amiga... Aquele profes-

sor de quem você gostava muito... você olha com muita

atenção, procurando se lembrar de cada rosto. E se

sente cada vez mais curioso para saber por que estão

todos juntos ali.

E de repente você nota que, estranhamente, ninguém

percebe sua presença. É como se você estivesse invisível.

Até que, finalmente, você se dá conta de que se trata de

um velório. Então chega próximo ao caixão para desco-

brir quem morreu e percebe que foi você. Ali está acon-

tecendo o seu próprio velório.

Você agora está no meio do grupo, ao lado do professor

de quem mais gostava. Quem é ele? Lembre-se do rosto

dele. Escute o que ele diz. Seu professor está falando de

você, de suas qualidades como aluno, de situações posi-

tivas que viveram juntos. Ele conta dos trabalhos que

você fez, talvez esteja falando sobre as boas notas que

tirou nas provas, dos elogios que recebeu. Escute-o

atentamente.

Agora você se aproxima de seu melhor amigo (ou amiga). 73

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Ele está contando às outras pessoas sobre a falta que

você faz, a saudade que está sentindo de você. Está

descrevendo como você era, contando um fato que

marcou sua amizade. Feche os olhos por alguns instan-

tes e imagine o que seu melhor amigo diz a seu respeito.

Como você agia quando lhe pediam um favor? Você

estava sempre disposto a ajudar ou só queria ser ajuda-

do, mas na sua vez, terminava arranjando desculpas?

Como você era para guardar um segredo? Seus amigos

podiam confiar em você? Ou você não se continha e con-

tava o segredo para outra pessoa na primeira oportuni-

dade? Reflita por um momento: que tipo de amigo você

era?

Agora, peço que visualize a pessoa mais importante de

sua vida. Talvez existam várias, porém peço que escolha

uma delas, aquela que mais precisa de suas mudanças,

aquela que realmente é importante para você.

Imagine que ela esteja conversando com outras que

também são muito importantes para você. Quem são

elas? Seu marido ou esposa? Seu filho ou filha? Sua mãe

ou pai? Quem está neste grupo de pessoas?

Quem é a pessoa mais importante na sua vida, que fala

sobre você agora? Imagine que ela esteja falando das

saudades que sente de você, mas seu semblante está

feliz, pois sabe, mais do que ninguém, de tudo o que você

construiu nos últimos cinco anos de sua vida.

A pessoa mais importante de sua vida conta como você

era quando entrava em casa. Você estava sempre feliz ou

vivia reclamando da vida? Reflita sobre isso...

Você jantava com a família ou sempre sozinho e com

pressa?

Perdia a calma facilmente ou mantinha-se positivo na

maior parte do tempo, sempre com algo bom a dizer?

Você apreciava o momento presente, os pequenos detal-

hes da vida?

Lembre-se de como a pessoa mais importante de sua

vida o ajudou a realizar suas metas. Aquelas metas que

você escreveu que alcançaria e alcançou de fato!

Como foi ter alcançado seus sonhos e encontrado o que

tanto buscou? Como foi viver sabendo aproveitar suas

realizações e conquistas? Muito bem...

Imagine agora que essa pessoa está falando da viagem

que vocês fizeram. Para onde vocês foram? Viajaram de

avião, de navio, de trem, de carro... como foi? E quando

você chegou lá, qual foi a sensação? O que você viu?

O que escutou?

Como foram seus dias nessa viagem? Imagine tudo em

detalhes. O almoço, o jantar. Os passeios. Como foi a

volta para casa?

Alguém daquele grupo pergunta o que mais você real-

izou após ter escrito as metas. Quantas pessoas você 74

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ajudou? Ou qual foi a pessoa para quem você fez

diferença de verdade? Por que essa pessoa ficará eterna-

mente grata por você ter existido na vida dela?

Pense por um momento: como foi sua vida nos últimos

cinco anos? O que você realizou logo depois de ter escri-

to as metas, de seis a doze meses depois? O que conse-

guiu ser, fazer e ter após um a dois anos? E o que conse-

guiu ser, fazer e ter após dois a cinco anos?

Pare por um instante a leitura, segure o livro entre suas

mãos e reflita como foi a vida dos seus sonhos. Como foi

poder contribuir com alguém. Como foi poder experi-

mentar, viver, sentir o que sempre quis e sonhou. Como

foi viver cada momento, apreciando

e agradecendo.

Se você simplesmente leu o exercício de visualização

que acabamos de fazer, procure reler essa passagem

calmamente, sentindo cada palavra, visualizando as

respostas, visualizando a sua história, o seu futuro.

Caso tenha optado apenas por ler, sem SENTIR o que foi

lido, saiba que, quando quiser, poderá fazer o exercício

completo. A diferença entre ler e sentir é como a que

existe entre estar em campo, no jogo,

e sentado na arquibancada.

Meu caro amigo leitor, esse exercício não foi feito para

ser divertido, e sim para proporcionar-lhe o sentimento

de urgência!

Por acaso, você vive “apagando incêndios” em sua vida?

Vive correndo atrás de resolver situações de emergên-

cia? Esquece coisas importantes como o tempo para a

família?

Se você só tivesse mais seis meses de vida, o que faria?

Talvez daria um abraço de amor na pessoa que está

ao seu lado em casa. Talvez pararia numa floricultura

agora e levaria flores para seu cônjuge ou alguém da

família. Talvez iniciaria aquele curso que você estava

postergando. Não sei o que poderia ser, mas lhe digo:

decida agora fazer algo que seja importante! Quantas

pessoas passam uma vida inteira sobrevivendo de mês

em mês e depois olham para trás e se arrependem do

que poderiam ter feito?

Lembre-se de que você primeiro precisa ser, tendo as

atitudes e os pensamentos da pessoa que deseja se

tornar. Depois precisa fazer, realizando as ações

necessárias e buscando as oportunidades. Daí, sim,

então, você poderá ter as coisas boas que merece nesta

vida!

Pegue sua caneta agora para escrever as metas de curto

prazo (6 a 12 meses), médio prazo (1 a 2 anos) e longo

prazo (2 a 5 anos). Se você já fez esse exercício antes e

conhece o poder das metas, então poderá traçar algu-

mas para realizar em um período de dez a vinte anos. 75

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O software do SucessoProcure perceber se as pessoas com quem você se relaciona têm hábitos, gostos e atitudes compatíveis com os seus. Então reflita: elas o estão levando para mais perto da realização de suas metas?

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Ébem conhecida a analogia entre cérebro e computador,

o que, aliás, eu acho muito apropriado. É bem verdade

que, mesmo no atual estágio de desenvolvimento da

tecnologia, não existe computador que chegue perto da

capacidade de processamento e funções do cérebro

humano. De qualquer forma, o cérebro funciona

de modo semelhante a um computador e também preci-

sa de uma “programação”.

Vou lhe passar as instruções do “programa” que venho

utilizando há alguns anos e que me ajudou muito no

aprendizado sobre como plantar sementes para o futuro.

É uma programação simples, mas poderosa, que poderá

lhe fazer maravilhas. Eu a chamo de Software do Suces-

so, e ela tem três elementos:

1. Associação com as pessoas certas.

2. Leitura e eventos para desenvolvimento pessoal. 3.

Uso consciente do poder da palavra.

ASSOCIAÇÃOLembra-se do ditado que citei no começo do livro: “diga-

me com quem andas e eu te direi para onde vais”? Agora,

imagine que seu filho começasse a sair com colegas que

bebem e usam drogas ilícitas. Ainda que confie plena-

mente nele e na educação que lhe deu, você gostaria que

ele andasse com essas pessoas? Se a resposta é “não”, é

porque você entende a importância da associação.

A questão é: se nos preocupamos tanto com nossos filhos,

por que esquecemos que o mesmo vale para nós? Procure

perceber se as pessoas com quem você se relaciona têm

hábitos, gostos e atitudes compatíveis com os seus. Então

reflita: elas o estão levando para mais perto da realização

de suas metas? Se não, mude de companhia!

Devo encorajá-lo a se aproximar de pessoas positivas,

que estão indo para algum lugar, com quem você possa

aprender. Aproxime-se daqueles que estão onde você

gostaria de estar ou estão indo para o mesmo lugar que

você. Procure aprender com eles! Não se preocupe com

a possibilidade de o rejeitarem, pois isso não acontecerá.

Se hoje você tivesse muito sucesso e alguém batesse à

sua porta para saber como chegou lá, você se negaria a

onversar com a pessoa? Pode apostar que não, porque,

se há alguma coisa de que todo mundo gosta, é de falar

sobre si mesmo!

Pois, então, procure descobrir em cada pessoa que

encontrar o que ela faz melhor do que você. Pergunte,

escute e aprenda! Fazendo isso, você conquistará muitos

amigos e ganhará experiência em alta velocidade.

Se eu tiver o privilégio de conhecê-lo pessoalmente,

meu amigo leitor, tenha a certeza de que ficarei muito

feliz em aprender alguma habilidade ou conhecimento

que você possui e eu ainda não. 77

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Compartilhe suas experiências, suas vitórias, erros

e acertos, eles podem ajudar muitas pessoas. Então, lem-

bre-se: associe-se com pessoas positivas, tenha as

mesmas atitudes que elas têm, aja como elas agem e

pense como elas pensam! E prepare-se para obter os

mesmos resultados.

LEITURA E EVENTOSVi certa vez, mas não me lembro onde, uma frase que

dizia: “Cada livro significa uma vida de experiência com-

pilada em páginas”. Daí a importância da

leitura para sua vida: você pode aprender com as

experiências de outras pessoas sem ter de passar pelas

mesmas dificuldades que elas passaram para solidificar

seu aprendizado.

Você merece os parabéns, pois ao ler este livro já está

carregando seu “computador”. A leitura pode ser um

bom programa, mas cuidado: dependendo do que você

ler, pode pegar um tremendo vírus! É o caso dos jornais

populares, aqueles que só noticiam desgraças.

Leituras desse tipo nos fazem estacionar numa zona

de conforto, levando-nos a pensar que a vida lá fora

é horrível e que, se temos uma casa para morar e um

emprego, estamos seguros. Comparar nossa vida com

a de pessoas que estão em situação difícil é válido, pois

nos faz constatar que a nossa situação não está assim tão

ruim como parecem. Mas é bom ir parando por aí, pois

nada impede que tenhamos uma vida magnífica, se assim

quisermos. O preço do sucesso é mais barato que o do

fracasso!

A leitura fez enorme diferença em minha vida. Não me

esqueço do primeiro livro na linha de autoajuda que

li: Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Car-

negie, já recomendado por mim anteriormente.

Esse livro deveria ser obrigatório nas escolas e nas

universidades. Trata-se de um manual de relacionamen-

to humano, com regras simples como não criticar nem

condenar os outros, não se queixar... foi nesse livro que

li: “Se não tiver algo de bom para falar dos outros, então

não fale nada.”

Em seguida, li A mágica de pensar grande, de David J.

Schwartz; Pense e enriqueça, de Napoleon Hill; Poder

sem limites, de Anthony Robbins; Além do topo, de Zig

Ziglar... E não parei mais de ler! Esses livros, aliás, são

muito bons para aqueles que querem realizar algo gran-

dioso na vida.

Se você é uma pessoa que não gosta muito de ler, perde

a concentração depois das primeiras páginas, sente sono

ou tem de reler trechos inteiros porque se distraiu, faça

um curso de leitura veloz e eficaz (eu também era assim

e fiz). Ajuda muito. Com isso, você conseguirá ler com 78

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cerca de 120 páginas em menos de uma hora! E com

compreensão total.

Cheguei a ler uma média de quatro livros por mês.

Parece muito, mas não é nada se comparado a Anthony

Robbins, que leu oitocentos livros em dez anos e proferiu

a frase que mencionei páginas atrás: “Que diferença faz

dez anos na vida de uma pessoa com metas?”.

Ele, que era zelador de um prédio e, passados dez anos,

tornou-se proprietário de um helicóptero a jato, mora-

dor de um castelo de quatro milhões de dólares à beira

da praia, conselheiro de presidentes — inclusive dos

Estados Unidos — e patrocinador da distribuição de

alimentos para milhares de famílias carentes no dia de

Ação de Graças. E adivinhe? Ele é um leitor dinâmico.

Quando o adquirimos, o hábito da leitura se torna praze-

roso, como se estivéssemos assistindo a um filme. Mas o

principal benefício é adquirir, em pouco tempo, a

experiência de anos e anos da vida de outras pessoas.

Quanto aos eventos, que são outra parte importante do

Software do Sucesso, procure sempre participar de

seminários, cursos de desenvolvimento pessoal e profis-

sional, palestras promovidas em sua cidade ou em sua

empresa.

Conheça as produções em vídeo de pessoas bem- suce-

didas. Colecione gravações em áudio para ouvir no carro,

trocando o tempo improdutivo dos congestionamentos

por um tempo produtivo de aprendizado.

E por falar em tempo, você pode estar questionando se

terá tempo para ler, participar de eventos e assistir a

programas de desenvolvimento pessoal, já que sua vida

parece suficientemente ocupada. Eu também tive esse

problema e procurei me informar sobre gerenciamento

do tempo.

Esse é um assunto tão vasto que daria para escrever

outro livro. Mas, para encurtar a história, conheci

o maior especialista no Brasil nessa área, Christian Bar-

bosa, um grande profissional e amigo querido. Apliquei

os conceitos de sua criação — A Tríade

do Tempo — alinhada com a busca da realização de

minhas metas. E deu certo! Passei a diferenciar as tarefas

importantes das urgentes e circunstanciais. Muitas pes-

soas vivem ocupadas fazendo as coisas urgentes e deix-

ando as importantes para depois. Experimente priorizar

o que é importante e avalie os resultados.

O PODER DA PALAVRAVocê pode fazer tudo certo: estar associado às pessoas

certas, ler os melhores livros, assistir a bons programas,

participar de cursos, seminários e palestras... E, ainda

assim, o que você deseja pode não acontecer como você

imagina. Por que será? 79

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Provavelmente, o motivo é o que você fala: palavras que

geram dúvidas, frases incongruentes. Guarde bem isso: a

palavra falada tem poder! Fale apenas o que você quer,

nunca o que não quer.

Vamos supor que você esteja envolvido em um projeto

novo e, em vez de falar dos excelentes resultados

que ele proporcionará à sua vida, você fala sobre as con-

sequências de uma eventual falha. Comentários do tipo

“e se eu fracassar de novo?” ou “e se eu não conseguir a

verba?”...

Perguntas como essas lançam dúvidas em seu “com-

putador”, em sua mente, enquanto tudo de que você mais

precisa é da certeza de que vai dar certo!

Não há nada de errado em ter um plano de contingência,

um plano B, estar preparado para o pior. Uma vez traça-

do esse plano, trabalhe com o entusiasmo de quem tem

a convicção de que receberá o melhor! É nesse momento

que deve evitar que imagens de eventos negativos em

seu cérebro ponham tudo a perder.

Caso apareçam, é simples: diminua as imagens de

tamanho, deixe-as em preto-e-branco, faça-as perder a

força de alguma maneira. E, principalmente, pare de

falar sobre elas! Não deixe os pensamentos se cristaliza-

rem no verbo, na palavra falada! Isso é muito importante.

O problema não é ter dúvidas, que são legítimas e com-

preensíveis. O problema é verbalizá-las, dando a elas um

peso de obstáculo, de fracasso. Portanto, não fale!

Lembre-se de que o que gera dúvidas são os medos. E do

que você precisa para manter-se firme na palavra falada

é de fé. Isso mesmo, fé. Sabia que fé e medo são dois

lados da mesma moeda? Ambos podem ser definidos da

mesma maneira:

“VISUALIZAR ALGO QUE AINDA NÃO ACONTECEU.”Porém, para o medo, essa visualização é negativa, e para

a fé, essa visualização é positiva!

Tenha fé. Fale com convicção! E não se esqueça de que a

palavra, o tom de voz e a fisiologia (expressão corporal)

devem ser congruentes.

Agora você já tem o Software do Sucesso para o seu

“computador”. Está pronto para realizar seus sonhos e

experimentar o prazer de riscar, uma a uma, as metas

que escreveu. Pode apostar nisso!

Os conhecimentos que compartilhei com você foram

adquiridos ao longo de minha vida e eu os testei todos,

um por um. Em nenhum momento escrevo sobre teorias,

mas sobre fatos, com conhecimento de causa. Não estar-

ia sendo íntegro em relação a você, meu amigo, se

estivesse lhe ensinando algo que eu próprio ainda não

tivesse aprendido, vivenciado, experimentado. E agora,

vou te contar como aprendi. 80

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O Sucesso estáem suas Mãos“... meu minimercado foi totalmente destruí-do por um incêndio, e fiquei literalmente sem chão, financeiramente arruinado...”

81

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Em 21 de junho de 2007, recebi o seguinte e-mail de Robson

Zinder, de Santa Catarina:

Caro Rodrigo, estive em sua palestra na Exposuper, em Flo-

rianópolis. Parabéns! Mais do que uma palestra, você deu

uma lição de vida, passa sinceridade ao falar, passa credibi-

lidade. Quero dizer que sempre escrevi minhas metas e

sempre deu certo, porém fui pego de surpresa em fevereiro

deste ano: meu minimercado foi destruído por um incên-

dio e fiquei literalmente sem chão, com as finanças arruin-

adas.

Foi difícil, nessa hora, não ser pessimista, não andar com

uma nuvem negra sobre mim. Sempre tive uma condição

financeira estável, mas ao final de sua palestra, fiquei

chateado por não ter dinheiro nem para comprar seu DVD.

Eu me senti como você, no início: um jovem sem coragem,

tímido e com medo de começar. Parabéns por seu sucesso.

Respondi:

Amigo Robson, tenha a certeza de que o “inverno” sempre

passa. Sei que você me mandará um e-mail, talvez mais

breve do que pensa, para me dizer que o inverno passou e

que está tudo bem.

E, na verdade, está tudo ótimo, não está?

Você está com saúde? Tem muita gente que não está. Você

tem uma família? Muitos não têm! Lembre-se, meu amigo,

de que nada na vida é tão ruim que não possa ficar pior.

Assim, AGRADEÇA por sua vida como ela está. Leia os

livros, assista aos DVDs, veja o filme O Segredo, urgente!

Conheça a Lei da Atração e ACREDITE: você já está vivendo

essa lei!

Você pode realizar tudo o que quiser e pensar, apenas

precisa reunir suas forças e provar que nada pode lhe

abalar! E precisa de paciência também, para entender que

a demora de Deus não significa um N-Ã-O.

A partir de hoje, acorde todos os dias agradecendo, leia

suas metas, diga sim para a vida, aceite o presente e dê o

melhor de você para o seu futuro.

E fique em paz; afinal de contas, qual é o seu problema

agora?

Quando digo agora, digo AGORA MESMO, no momento em

que você lê estas linhas! Qual é o seu problema AGORA?

Agora, agora... você não está com problema nenhum, não

é?

Então AGRADEÇA, tenha fé e saiba que será apenas uma

história de vida, um exemplo para contar aos seus filhos e

netos, para que eles nunca desistam.

Super abraço, Rodrigo

Agora vou lhe contar, amigo leitor, como termina essa

história. Com o apoio da família, um esforço surpreendente

e, sobretudo por um motivo muito forte — seus filhos —

Robson “queimou a ponte”, como costumo dizer. Ou seja,

seguiu em frente, já que era impossível recuar. Ele não 82

Page 83: oSucesso está em suas mãos - ultrapassandolimites.com.brultrapassandolimites.com.br/sextajornada/ebook_osm.pdf · Agora, somos nós que escolhemos em quem acreditar. Cabe a nós

tinha outra opção a não ser colocar todo

o seu foco em reconstruir o armazém destruído por com-

pleto pelo fogo. Se você visse as fotos que ele enviou no

e-mail, também ficaria impressionado com o estado em

que o estabelecimento ficou. Sem poder contar com

a indenização de um seguro, nem com recursos próprios,

Robson foi pedir ajuda para reabrir seu negócio. Procurou

vários donos de supermercado de sua cidade, mas eles

disseram que não poderiam ajudá-lo. Ouviu várias negati-

vas, até que um empresário, dono de uma rede de super-

mercados, o Sr. Lúcio José Matos, sensibilizou-se com a

situação e cedeu as instalações de um pequeno mercadin-

ho que estava para ser desativado para que Robson

reabrisse o armazém.

E assim, apenas três meses depois daquele e-mail, ele inau-

gurava uma nova loja, muito melhor e mais bonita, e me

mandava novas fotos, que você também pode ver em meu

site, na seção Depoimentos.

Não é incrível? Hoje, em seu novo armazém, Robson exibe

orgulhosamente duas placas que mandou fazer em

reconhecimento a pessoas que o ajudaram e a quem é eter-

namente grato. As placas dizem:

Homenagem da Família ZinderA esperança é algo que entra em nossa vida através das

portas que não sabíamos que existiam.

Ao Sr. Lúcio José MatosHomenagem da Família Zinder

Amigo não é aquele que diz “vá em frente”, mas aquele que

diz “vou contigo”.

À Sra. Herileni Back Bonatti

Em nosso último contato, Robson me escreveu:

Rodrigo, você, sem dúvida, é um homem de bem, que con-

segue conciliar sua profissão com a mais importante quali-

dade que um ser humano pode ter: bondade. Bondade é

conseguir se colocar no lugar do outro. Seus ensinamentos

podem mudar a vida de qualquer um, basta acreditar. O

carinho e o respeito que teve comigo e minha família em

um momento tão difícil jamais serão esquecidos. Estamos

no “verão” novamente.

Obrigado, amigo.

Caro leitor, como você se sentiria se estivesse em meu

lugar lendo esse e-mail? Para mim, esta é a maior real-

ização que posso ter: saber que alguém que colocou em

prática os ensinamentos universais deste livro realmente

transformou sua vida. Digo “universais” porque existem

inúmeros exemplos de pessoas que conseguem superar

adversidades e alcançar a realização. Quando você elimina 83

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as desculpas de seu dicionário pessoal, torna-se capaz de

resultados surpreendentes.

Desculpas perpetuam resultados medíocres; assim, se você

deseja resultados extraordinários em sua vida, deverá elim-

inar as desculpas que dá para si mesmo e para os outros!

Lembro-me de João Ramos que, após escrever suas metas

em um de meus treinamentos, entrou em ação e mudou

sua vida.

João dirigia um carro popular, trabalhava com vendas. Em

apenas um ano e dois meses após escrever suas metas, ele

me enviou um e-mail com uma foto do carro importado

que acabara de comprar. Detalhe: estava cerca de dezoito

quilos mais magro, de terno e gravata na foto, feliz da vida

pelo sucesso que estava tendo como vendedor.

Só essa história bastaria para ilustrar que o sucesso está em

suas mãos. Ele conseguiu o carro dos seus sonhos em

muito menos tempo do que eu. Poderia parar aqui. Mas o

que vem agora, em minha opinião, é ainda mais poderoso

como exemplo de sucesso e superação.

A empresa em que o João trabalhava acabou fechando as

portas e ele teve que vender seu único patrimônio - o carro

importado.

No entanto, ele me mandou um e-mail contanto que não

estava triste, não. Após ler o meu livro Ganhando Mais, que

escrevi em coautoria com o neozelandês Ian Brooks, um

livro que fala muito sobre vendas e como encantar o

cliente, o João teve uma ideia. Deciciu comprar um táxi.

Quem conhece o Rio de Janeiro sabe que lá existem

milhares de táxis. Porém, o João, que mora na cidade mara-

vilhosa, disse no e-mail que iria usar algumas ideias do livro

e que seria o melhor taxisista que o Rio de Janeiro já havia

visto. Eu confesso que achei que ele estava exagerando,

mas qual não foi a minha surpresa em receber, tempo

depois, outro e-mail com um anexo do Jornal “O Globo” e

uma foto de meia página do João Ramos em seu táxi. A

chamada dizia: “Taxista investe no bem-estar do cliente e

consegue faturar acima da média diária”.

Ele realmente se destacou como um dos melhores taxistas

daquela cidade, criou uma espécie de serviço de bordo

para os passageiros, inovou e estava construindo nova-

mente sua vida. A jornalista perguntou para ele:

- Seu táxi é especial?

E, humildemente, ele respondeu: - Não, especial é o meu

cliente!

Hoje, somos amigos. Uma vez indo ao Rio, pedi ao João para

ir me buscar, mas ele estava com a agenda lotada. Frutos

colhidos de sua determinação, inovação, entusiasmo e

alegria de viver.

Já Patricia L.* estava sem alegria de viver. Sentada na última

fileira da plateia de um dos meus cursos de final de semana

conhecido como Ultrapassando Limites** ela chorava 84

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copiosamente em algumas partes que costumam emocio-

nar as pessoas. No entando, chorando como ela estava eu

nunca tinha visto.

Fui conversar com ela e Patricia me contou que tinha

ficado grávida de gêmeos, dois meninos, e assim que

nasceram foram para UTI infantil. O primeiro bebê faleceu

com vinte dias de vida e o segundo, com setenta e um dias.

Você consegue imaginar a dor de uma mãe indo todos os

dias ao hospital, esperando que seus filhinhos voltassem

para casa?

* o nome foi alterado para preservar a privacidade dela ** veja www.ultrapassandolimites.com.br

Era compreensível que Pati estivesse em depressão

profunda e tomasse medicamento tarja preta. Psicóloga

clínica de profissão, ela estava cerca de vinte quilos acima

de seu peso habitual, sem nenhum paciente, sem vontade

de trabalhar e só estava naquele treinamento porque seu

marido a havia “colocado” lá.

Após aquele curso, ela decidiu retomar as rédeas de sua

vida. Mesmo sem entender por que o destino tinha sido tão

cruel, a Pati percebeu que deveria seguir em frente. A

primeira ação foi se inscrever num outro treimanento que

eu ministrava conhecido como Corpo Novo, Vida Nova. Era

uma competição entre quinhentas pessoas para avaliar

quem tivesse a mais incrível transformação corporal e a

melhor história de superação. A duração foi de apenas

noventa dias! Impressionante! Noventa dias depois ela foi a

vencedora. Havia emagrecido os vinte quilos, sem nenhum

tipo de quimíca, parou com todos os remédios, comprova-

do por exames antes do final da competição, apenas com

mudança de hábito alimentar e exercícios físicos aeróbicos

e anaeróbicos. Ela ia à academia diariamente e alcançou

seu objetivo. Voltou a trabalhar e, como prêmio, ela ganhou

uma esteira e três anos na academia Runner, sem custo

algum. Porém, o maior ganho foi a decisão de retomar sua

vida.

Contei para você que o João perdeu seu carro, não foi?

Bem, a Pati voltou a engordar... Dizem que emagrecer é

fácil e que o difícil é manter, não é verdade?

Adivinhe? Ela engravidou novamente. Teve coragem de

tentar mais uma vez. E tem gente que não acredita em

Deus. Dou uma chance para você acertar o que aconteceu!

Ela engravidou de gêmeos, só que dessa vez foram duas

meninas!

Quando fiquei sabendo, liguei no hospital e ela já estava em

casa. Tinha dado tudo certo. Como surpresa, pesquisei o

endereço dela e lá fui eu. Cheguei ao condomínio e toquei

o interfone. Ela atendeu e perguntou:

- Quem é?

Eu respondi: 85

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- É o Rodrigo!

Para minha decepção, ela disse:

- Rodrigo... Rodrigo... que Rodrigo?

- O Rodrigo Cardoso!

- Ah, que Rodrigo Cardoso o quê?! Quem está falando??

Ela achou que era trote! Quando descobriu que era eu

mesmo, começou uma gritaria com o marido:

- Amor, amor o Rodrigo está aqui! Que surpresa! Sobe,

disse ela abrindo o portão.

Descobri que devemos avisar antes de fazer uma visita. Ela

não estava esperando... disse que foi o tempo de passar um

batonzinho... E lá cheguei para aquela que seria uma das

tardes mais emocionantes da minha vida. O dia em que

abracei as pequenininhas e as peguei no colo. Eu nunca

imaginaria que ela teria uma foto em que eu abraçava ela de

um lado e seu marido de outro, num porta retrato ao lado

de fotos da família. Nunca pensei que ela tivesse esse carin-

ho tão grande pelo fato de meu trabalho ter feito uma

diferença em sua vida. Em meu coração, estava apenas

retribuindo o que eu recebi um dia.

Histórias como essas é que me fazem seguir em frente.

Acredito que você pode, sim, mudar sua vida e realizar seus

sonhos.

Tenho muito carinho por uma empresa que dou trein-

amentos há mais de uma década – a Nipponflex. Essa

empresa dá oportunidade para as pessoas terem seus

próprios negócios sem nenhum tipo de descriminação

quanto à idade ou currículo. A única exigência é vontade de

mudar de vida.

Conheço centenas de pessoas que realmente alcançaram

uma extraordinária qualidade de vida como distribuidores

da Nipponflex. No entanto, um dos mais surpreendentes

relatos de superação foi esse e-mail que recebi e que

reproduzo aqui com autorização da autora:

Olá Rodrigo, tudo bem?

Meu nome é Elizene, sou distribuidora junto com meu

esposo Cláudio. Hoje estou aqui para contar a minha

história.

Rodrigo, eu era uma pessoa sem sonhos e sem projetos de

vida, tive depressão e sofri muito, passei muita necessi-

dade, teve dias que eu não tinha nem leite para dar para dar

aos meus filhos. Fui abençoada com 4 lindos filhos, 2 meni-

nas e 2 meninos, mas com a crise financeira e meu esposo

desempregado, passamos uma etapa bem difícil, cheguei a

vender paçoquinha na rua, onde ficava o dia todo e voltava

pra casa com apenas dez reais no bolso. Imagina a minha

situação, pois tinha que pagar aluguel, luz, água e tudo

mais.

Imagine amigo leitor, o dia inteiro trabalhando para voltar

para casa com apenas 10 reais?!

Foi então que fui convidada para trabalhar com a Nippon- 86

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flex e participar do Curso em Serra – ES, em junho de 2010.

Nossa! Voltei totalmente transformada, pois você é um

excelente palestrante e tem um Dom de Deus maravilhoso,

pois me fez enxergar coisas que eu não via. Me senti

gigante quebrando a tábua – (ela participou da metáfora da

quebra da madeira, uma dinâmica que realizo em algumas

de minhas palestras) - vi que eu não era mais a mesma

pessoa de antes, vi que era capaz de qualquer coisa, foi

então ao escrever minhas metas, fiz com uma energia

incrível!!

Imagine uma pessoa que não tinha leite para dar para os

filhos, fazendo meta? Mas como o papel aceita tudo colo-

quei lá:

*Dar o melhor para os meus filhos.

*Comprar muitos brinquedos.

*Colocar internet e tv a cabo em casa.

*Colocar meu filho Miguel numa escola particular. *Colo-

car minha filha Ana para fazer inglês.

*Dar a Habilitação de presente para minha filha Marrara.

- Perceba que até aqui as metas não eram para ela direta-

mente!

*Pagar minhas dívidas.

*AJUDAR uma instituição de caridade.

Que coração lindo, naquela situação pensava que se fosse

próspera, iria ajudar!

*AJUDAR MINHA FAMÍLIA.

*Comprar meu carro (usado).

*Comprar meu carro Zero...

E assim seguia a lista rsrs...

Hoje, dia 28 de outubro de 2011, ...- perceba amigo leitor,

apenas 1 ano e 4 meses após do curso - ...posso dizer que

sou uma pessoa muito feliz, mudei a minha VIDA, realizei

todas essas metas, todas!!

A maior delas, que para mim era quase que impossível, é

que fui na concessionária buscar o meu carro Zero.

Engraçado que fiz a meta e não coloquei o nome do carro,

mas acreditei no meu sonho. Meu carro hoje é um chevro-

let Cruze LT, branco zero.

Agora sei que é só acreditar e trabalhar e sei também que a

FELICIDADE ESTÁ NO CAMINHO!

Um grande Abraço! Elizene.

Um e-mail como esse não tem preço! Sinto-me honrado

por poder exercer a minha missão de vida, por ter essa

chance. Mas saiba que “Até as águias precisam de um

empurrão” (este é o título do livro de David McNally. Não fui

eu que mudei a vida dela, foi ela mesma! Eu só dei o “em-

purrão”. Tem pessoas que trabalham a vida toda e não con-

seguem comprar um carro como esse e ela saiu de um

estado crítico para essa conquista em apenas um ano e

quatro meses. Mérito dela, mérito da Nipponflex que

oferece às pessoas uma oportunidade como essa. 87

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Você é uma “águia” e espero que este livro tenha dado o

“empurrão” que faltava!

Finalizo com uma surpreendente história. Não de alguém

que esteve em meu curso, não de alguém que teve ajuda

externa, mas de alguém que decidiu que faria de sua vida,

uma vida extraordinária.

É a história do camelô carioca David Portes, hoje mais con-

hecido como David, the Camelot, com quem já tive o priv-

ilégio, inclusive, de dividir o palco. Você talvez conheça a

história dele. Talvez conheça a fama de sua banca de doces

no centro do Rio, a “banca do David”.

Tempos atrás, despejados da favela da Rocinha por não

conseguir pagar o aluguel, David e sua esposa, Fátima, que

estava grávida, foram morar nas ruas do centro do Rio de

Janeiro. David catava latas para vender e conseguia uma

quantia que mal dava para a comida. Muitas vezes, ele e a

mulher passaram fome. David via sua esposa dormir na rua,

sem conforto, sentindo fortes dores e precisando de um

remédio que ele não tinha como comprar. Havia chegado

ao seu limite, “ao fundo do poço”, como ele mesmo diz.

Desesperado, olhava à sua volta e não via como resolver a

situação em que se encontrava. Estava desempregado, com

várias dívidas e sem nenhum tostão. Foi então que o

porteiro de um prédio, comovido com a história,

emprestou-lhe os famosos “doze reais”, com os quais David

mudou sua vida para sempre.

Ele pensou: “Viver essa vida de não ter dinheiro para

comer, não ter dinheiro nem para comprar um remédio,

sem um teto na cabeça, sem uma visão de futuro, isso não

dá dignidade a ninguém. Se eu gastar esse dinheiro em

remédio, vou ficar sem nada. Sempre pedindo e sempre

devendo”.

“Foi nesse momento que tomei uma decisão”, conta David.

E “é num momento de decisão”, como afirma Anthony Rob-

bins, “que seu destino muda para sempre”.

David foi a um depósito de doces e gastou os doze reais em

mercadorias para vender no sinal de trânsito. Ofereceu os

doces de carro em carro. Ouviu muitos “nãos”, mas apesar

disso agradecia pela atenção das pessoas com um sorriso

nos lábios e nos olhos, pois entendia que elas nada tinham

a ver com seu problema e não eram obrigadas a prar. Pois,

com seu sorriso e sua simpatia, apesar da urgência de com-

prar o remédio, David dobrou o capital investido. Vendeu

24 reais em doces! Com a metade do dinheiro, comprou o

remédio. Com a outra metade, comprou mais balas.

E assim começou seu negócio de venda de doces, que lhe

traria fortuna. Devolveu o dinheiro ao porteiro, construiu a

história de um homem iluminado, que não desistiu dos

seus sonhos. Hoje, David é conhecido no mundo inteiro.

Thiago, o filho que estava para nascer naquela época, é o

diretor de suas empresas. David ainda tem a banca. 88

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No momento em que finalizo este livro, estou em contato

com a natureza, no litoral norte de São Paulo, ouvindo o

som dos pássaros e respirando o ar puro com um leve

cheiro de mato. Acabo de falar com David pelo celular.

Mesmo com vários prêmios em seu currículo, como The

Bizz Awards, conquistado em 2006 e 2007, considerado

pela World Confederation of Business como o melhor

palestrante do mundo em marketing e vendas e reconheci-

do pelo “papa do marketing”, Philip Kotler, David não

perdeu a humildade.

E me conta sobre seu novo projeto de franquias: a Banca

do David Café. Tenho certeza de que, com sua alegria, cria-

tividade e o foco em encantar o cliente, cruzará fronteiras

e inovará mais uma vez. Durante o telefonema, confirmei a

David que, se ele chegou lá, quem tiver forças e fé também

poderá chegar. E ele acrescentou, antes de desligarmos:

“Sim, Rodrigo, basta ter atitude!”.

Essas histórias são belas lições de vida, você não acha? Elas

mostram, sobretudo, que nada é impossível quando somos

impulsionados por um motivo. Um motivo que nos coloca

em ação — ou seja, uma motivação!

Robson Zinder recuperou seu armazém, João e a Pati

deram a volta por cima, David tornou-se um comerciante

próspero e palestrante reconhecido internacionalmente.

Ambos superaram todo tipo de dificuldades e chegaram lá

porque tinham um motivo que os movia. No caso de

Robson, era sua filha e sua esposa Lilian; no de David, a

esposa e seu filho Thiago. Seus motivos eram pessoas

muito amadas de suas famílias.

“Um homem que tem família sólida tem tudo na vida”,

declara David.

E quanto a você, meu caro leitor: qual é o seu motivo? O

que o move?

Se chegou até aqui comigo, com certeza você tem um

motivo suficientemente poderoso para ir muito mais longe!

Agora, tenha em mente que, muito mais do que conquistas

materiais ou sucesso profissional, o grande êxito de um ser

humano é assumir o controle de sua vida.

Pode ser que seu conceito de sucesso seja ter muito

dinheiro. Seja tornar-se um executivo de sucesso ou presi-

dente de uma organização. Ou, quem sabe, ter uma família

feliz e harmoniosa. Pode ser que você queira apenas viver

em uma praia, sem compromisso com nada. Ou talvez

deseje dirigir uma grande e próspera empresa. Indepen-

dentemente do que deseja para sua vida, de uma coisa você

pode ter certeza: o sucesso está em suas mãos!

FIM

89