sumário editorial o diálogo 3 testemunhos ... · É inútil tentar fazer acreditar a aqueles com...

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sumário editorial o diálogo 3 testemunhos . . . . . . . . . . . . . 5 do clube . . . . . . . . . . . . . . . . 7 às urnas . . . . . . . . . . . . . . . . 8 dúvidas ............. . .. 1O correio . . . . . . . . . . . . . . . . 11 oração ......... . ...... . p6ginas amarelas .. .. ..... . OUTUBRO DE 1967

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sumário

editorial

o diálogo 3 testemunhos . . . . . . . . . . . . . 5 do clube . . . . . . . . . . . . . . . . 7

às urnas . . . . . . . . . . . . . . . . 8

dúvidas ............. . .. 1 O

correio . . . . . . . . . . . . . . . . 11

oração ......... . ...... .

p6ginas amarelas .. .. ..... .

OUTUBRO DE 1967

, •

EDITORIAL

EXIGÊNCIAS DO DIÁLOGO

Pe . VAN WYNSB~RGHE, O~ P.

"falavam naquilo que os separavam, no desej o de d,escobri r o que os apro­ximavam11.

Nu diálogo religioso como em todos os diálogos, no sentido E:xato da palavra, pen2tramos na zona em que o outro pensa àe modo d:ferente de nós, procurando com esfôrço uma permuta de

o;::>iniões. São raros os verdadeiros dia\ogantes. Falamos sem um ouvir

o outro, ou ouvimos sem que um com~reenda o outro, enfim 1:1ÕO

concordamos com nada. . . . Nos preparamos, nos aprimoramos suficientemente como cer­

ti'S pessoas que uuvem tão bem como falam, a té mesmo ouverr melhor do que falam? O diálogo só é tposs ível em um ambiente de benevolência, sin:eridade mútua. Isto pede um comportamento, que não vem de modo espontâneo, mas por meio de aprimora­m~nto, prmcipalment.e quando nos vemos frente a uma pessoa que não pensa como nós. São atitudes de: tolerância, atenção, compreensã::J, preocupacão e procura da verdade, claresa, sentido de o:ortunidade, modéstia , paciêncin e coragem .

Falaremcs apenas das três últimas exigêncinas para o diálogo : Modéstia Pacência CoragerY'

MOD~STIA

"Quanto mais s!bemos ficamos sabendo que não sabemos nada".

~ uma característica daqueles que, tendo certa experiência da vida e dos homens, reconhecem fàcilmente .

É inútil tentar fazer acreditar a aqueles com quem dialoga­m os que, para nós, crentes tudo é claro, e que para nós não há as dificuldades da fé . .

Nós temos que reconhecer que por ma is de uma vez nós con­tribuímos para "velar a autêntica visão de Deus e da religião" ("Gaudium et Spes" n.g 19) , e que muitas vêzes cometemos

erros por ;nepcia - até mesmo injustiça - em relação aos não crentes ...

Devemos respeitar o mistério de cada pessoa humana e a ação de Deus no decorrer de sua vida cotidiana .

Se sem ter pronunciado o seu nome, Deus estimula cada con­ciência, como nós não teremos de perguntar e receber de nosso rrmão não crente que Deus o visitou secretamente? PACI~NCIA

O desenvolvimento, o caminho a procura da verdade, obedece sempre uma lei de estágios,. paradas e progressos. No caminho que cada um tem a percorrer, as .etapas são diferentes, por isto mesmo, cada um vence com mais ou menos velocidade. Portanto para nós caminharmos ao lado do nosso interlocutor, devemos ir ao encontro dêle onde êle se encontre, e aceita-lo como êle é. mu itas vêzes "BLOQUEADO" por uma ou outra dificuldade. Tal­vez possamos até fa:z;e-lo ultrapassar e vencer êste obstáculo. Mas sempre devemos ter paciência que Deus tem para conosco para triunfar apesar da nossa resistência .

T~mos que caminhar com o andar ele Deus. Evitar precipitar ou "burlar etapas por uma pressão indiscreta, uma tomada de posição ou ainda uma decisão. O que é essencial a cada homem é caminhar na direção certa permanecendo fiel até onde sua visão alcança.

Para aquêles que não creem, um ato bom é uma aproximação d,e Deus, é uma presença divina que o envolve . ~ste gesto de sinceridade hul\lana, de solidariedade, justiça é tudo que êste ho­mem pode fazer no momento e possivelmente é tudo que De!Jii exige dêle agora . ~I e tem boa vontade, procura, êle caminha . .. E a outra parte q1te não conseguiu caminhar não poderá Deu9 vir ao seu ·encontro?

--~--

.

' -

-- "Ainda estava longe quando o pai o viu, e se moveu de íntima compaixão, e correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou" .

(Lc. 15, 201

"Nenhum teólogo poderá dizer que aquê~es que estão afas­tados da Igreja, por obstáculos psicológicos invenciveis, são regei­tados pelo Deus do amor ..

Deus pensa com o coração e isto desconcerta os cálculos do homem de negócio.

CORAGEM

Não temos o direito de sermos displicentes com as nossas amisa3es. Ser·~mos indolentes se não ajudarmos o outro a ultra­passar o ponto em que está. Com a desculpa ::le não querermos nos antecipar a ação ele Deus nos arriscamos por vêzes. a perder 3

ocasião de poder proclamar a "Boa Nova". - "Porque nunca me falaram nisto?" Esta palavra poderá surgir da bôca de muito descrente, que

ao sentirem a proximidade da morte descobrem repentinamente a Cristo .

O que é o homem.? Qual o significado do sofrimento. do mal, da morte,que subsistem apesar de tantos progressos? Para que serv.em semelhantes vitórias pagas por tal preço?

(Gaudium et Spes, n.0 101

Não ter~mos um dever a cumprir para com aquêles que se interrogam desta maneira?

Deveriam ser estas as condições do diálogo religioso. Part~ do amÕr e vai até o coração do outro para tentar encontrá-lo e~ profundidade, para além daquilo que nos diz, atingindo as suas aspirações pessoais. Poderemos dizer: "Mas êle não nos pediu nada?"

O observador sociológico .e psicológico da comunicação d~ fé responderá, "os homens pouco se interessarão pelas verdades do crist ianismo, se não tiverem sentido o seu valer. Nir.guém se interessa por uma árvore estéril. O essencial não será começar

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já pelo exemplo? Não será tianismo em nossas vidas? aquéles que ~le criou?

A partir de cada um quem l:le queira.

procurar que os outros aprec iem o cris­Não será já amar a Cristo amando

de nós Deus pode iluminar e aquecer

No preâmbulo do livro do Pe. Beaurecueil, escrito pelo Pe. Ch. Avril diz: "O amor de Cristo pode ser comunicado de cora­ção sem que se levante 1por completo o véu, sem que a luz da fé tenha conquistado a inteligência."

"Podemos levar a todo o lado a luz da paz e do amor". Uoõo XXIII) --Ora: "Deus é Amor".

A ORAÇÃO, PREPARAÇÃO PARA O DIÁLOGO

O diálogo religioso não se improvisa.

Numerosas cartas de egui<pistas salientam suas dificuldades t1esta prática.

Um casal da Bélgica, re;;ponsável pela difusão da espiritua­lidade conjugal no seu Setor, desenvolveu um plano de ação : multO bem estudado, bem arquitetado, estruturado, só então após ven­cer os primeiros obstáculos,e amparado pelas orações foi êle pôsto em prática. E já começa a dar frutos.

Passemos ao seu testemunho:

- "Desde que se falou em diálogo religioso, pensamos logo na sua preparação. Tínhamos a responsabilidade de dar aos casais

co Setor um plano . Na Equipe de Setor chagámos à conclusõc cue nada seria possível. se não houvesse uma sólida preparação por meio da oração. Não queríamos que os casais iniciasem os diá­logos sem uma motivação, e com casais escolhidos arbitràriamente . Deveria haver um preparo ir.terior, par3 que esta "hogpitalidade

do coré'ção", pudesse preparar o caminho no nosso meio da ação do Senhor. Na verdade sentíamos que a escolha do nosso inter­locutor não deveria caber a nós. Deveríamos rezar, pedir que

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Deus nos levasse àqueles os quais nossa palavra pela graça do Senhor irra germinar. Competia pois ajudar os membros de no3sas €quipes a ciescol::rir os ~eus in-teri'Ocutores e prepará-los a terem um válido e autêntico diálogo religioso. Eis pois o nosso plano;

I . •) - Como de5eobrir os nouos irmõos para o diálogo.

Cada um deverá em suas orações diárias, lembrar de casais amigos. A isto nós chamamos de hospitalidade de coração;

Feita esta oração estar em disponibilidade para cCJrresponóer a um possível apêlo, estabelecendo maior amisade afim de propi­ciar o diálogo;

Esta amisade deverá ser condusida para uma coparticipaçõo espiritual ou melhor dizendo de ordem espiritual.

2.0 ) - Como P'reparar o diálogo.

Além do que foi pedido no !primeiro tópico, devemos ainda para preparar um diálogo o seguinte:

a) Fazer uma copart1cipaçõo entre o casal tendo por tema o editorial ela Carta Mnsal. ~ LOm treinamento para o diálogo .

b) Para praticarem entre o casal aproveitar o dever de sentar-se oara uma coparticipaçõo EEpiritual.

c) Praticarem com regularidade a oração conjugal. O nosso plano de início foi aceitb com certo cepticismo.

A'Pás umas semanas de pacientes esforços nosso plano foi aceito. Agora apresentamos os primeiros resultado. São testemunhos:

- Um casal decidiu praticar a hospitalidade do coração, eSJjecialmente com um casal que êles conheciam de vista que con­tudo não haviam trocado nenhuma palavra. Procuraram e provo­caram uns encontros apesar de não ter havido ainda nenhum diá­logo religioso está havendo entre êles relações de amisade.

- Um outro casal a espôsa trabalha como vendedora. No seu trabalho em conversa, uma ele suas freguesas fõ:a q1~c está

af?star!a da Igreja, por motivo de compo rtamento de certos cris­tão, o sacerdote nas confissões quando de faltas que se repetem todos os meses. No diálogo procurou demonstrar o que pode repreentar uma caridade e não uma crítica. Nunca me falaram assim!, foi a sua resposta . Talvez seja o início de uma amisade. São êstes testemunhos animadores, e o plano contnua a ser pôsto em prática . Antes de terminarmos queríamos chamar a atenção para êstes pontos:

1 .0 - Oração ~ por meio da oração que nos leva a des­

cobrir o nosso próximo e não a nossa escolha arbi­trária.

2 .0 - Esta descoberta do nosso próximo é um convite

Jpremente para estabelecermos relações mais fra­ternas.

3.o A amisade deve ir ao ponto de transmitirmos para os outros aquilo que de mais precioso temos : a nossa fé,a nossa esperança e a nossa caridade.

TiSTEMUNHOS

Um casal belga não muito jovem entrou para as Equipes, e nos explica por que foi levado a entrar no Movimento .

"Entrei para as Equipes de Nossa SEnhora por dois motivos :

a) estava convencido que a mística do Movimento seria bené­fica para minha, espôsa;

b) esperava com a nossa expenenca de trinta anos de vida con­jugal e famt;lar , (temos c·nco filhos todos já c.asados) pu­desse ser útil al.ls outros merr.bros da equipe.

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Como vêem de início não acreditei que a minha vida espiri­tual pudesse se beneficiar mais com os métodos émpregados nas Equipes. Pois já de há muito minhas práticas eram mais severas que as pedidos pelas Equipes. Depois de algum ten;po da minha entrada vi que havia me enganado. E com muita alegria, notei que minha vida interior havia se beneficiado muito.

A fraternidade, a abertura franca e sincera faz da equipe uma espécie de Igreja em ponto ,pequeno, uma célula viva do corpo místico de Cristo.

O Senhor está presente em cada membro d.J equipP., ~le está· presente em nossas reuniões. Só uma IPreocuação nos anima: c progresso de ::ad<~ un1 na vida cristê! . Apenas uma lei rege sua atividade: a fraternidade caridosa. Nas horas que estamos reuni­dos é como se respirássemos a atmosfera da próppria essência da Igreja."

~ interessante ver que o nosso amigo fêz a experiênci" daquilo que tem sido atovamente pr:>po;;to à meditação nas Equipes, sob o título de "Assembléia cristã":

- "Qualquer reuniãc legítima na Igreja, em nome de Cristo tem a certeza da presença especial que nos é prome.tida em Mat . 18,20." (Editorial publicado em 63 na Cnrta Mensal.)

E continua o nosso amigo, falando da evolução de uma prá­tica religiosa demasiado individualista, para a compreensão do es­pírito comunitário.

"Somos ligados a outras equipes pelo compromisso. No dia do nosso compromisso não só nos responsabdisamos pelos casais da nossa equipe em si mas também pelos casais de todo o Movi­mento. ~ '"x<!to, uma equipe que progride arrils~a consigo tôdas uutras. A sua vitalidade espiritual terr• repercussão sôbre tôdas danedade que une mtre si tôdas as equipes.

Quando nos comprOmetemos com o Movimento, por outro lado êle se compromecte conosco a nos ajudar na nossa caminhada para Deus. ~ por isto que devemos nos entrosar e resarmos por

' todos casais que fazem parte das Equipes de Nossa Senhora."

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DO CLUBE AO GRUPO DE CASAIS

"Somos sócic.s já hó bastante tempo de um clube esportivo. Hó alguns anos, após termos fntrado para as Equipes de

Nossa Senhora, sentimos o desejo que os casais amigos nossos de clube prindpalmente os da nossa idade, pudessem aproveitar dos benefícios do Movimento, e dos problemas que os temas de estu­dos nos obrigavam a analisar. Assim sendo propus a êles que nos reuníssemos e junto com um padre pudessemos conversar e dia­

logar sôbre os temas das equipes novas, "Amor e Casamento" "Fe­cundidade". O grupo se com;:Jõe de oito casais, uns vem com re­gularidade outros vem menos, motivados por não terem com quem deixar as crianças, ou mesmo por acharem os temas em certas partes muito com caráter religioso •para seu gôsto. ~ bom notar que no inicio nenhum era praticante.

O nosso papel é de fato de um re~nsóvel de equipe. Em certos momento~ da discussão, damos o nossos testemunho de casal cristão.

Jó tenho dito em nossas reuniões de equipe, que em nossas reuniões com os amigos do clube, as discussões são mais ricas e com maior abertura. Citei como exemplo o estudo do tema fe­cundidé'de. Na equipe fo1 muito limitado, e pouco nos enriqueceu. No grupo de casais ló do clube, houve maior calor, cada um falou tanto do bom como do mau , e todos progrediram nos seus conhecimentos sôbre o assunto.

Os progresos dêste grupo são lentos. Hó um desejo de ~regredir na fé apesar de muitos não terem regularidade nas práticas.

Falamos dos grandes benefícios que tivemos no último retiro, r LJm cios c2sais decidiu ir conôsco no próximo."

Esta foi uma carta que um jovem casal francês da província escreveu. Hó três anos, segundo nos contou, êles se reunem e progridem. ~les querem ccntinuar, e nos pedem sugestões sôbre os novos temas de estudos. Deverão aoproximar-se de uma equipe? Devemos passar as práticas que o Movimento nos pede?

Tudo isto só êles podem julgar. Nós temos ccnfiança nêles.

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ELEIÇÃO DO CA SAL RESPONSÁVEL. E REUNIÃO DE 81\LANÇO

ÀS URNAS

Aproxima-se o f1m do ano é pois oportuno publicarmos a reação tida por um Casal Respon­sável após a publicação do artigo "Eleição do Casal Responsável" na C.M. de Dezembro de 64. - Estamos fazendo tardiamente, mas como todos os anos se renovam as eleições achamos nesta época sempre atual estas con­siderações.

~~~~te artigo (refere-se ao artigo acima c itado) dó a entender que a eleição do C.R. deva ser feita na reunião de balanço. Para n6s parece preferível que ela se faça um mês antes (novembro).

Eis as razões : a reunião de balanço deve ser preparada e orien­tada, pelo responsável da equipe. O 1papel do C. R. é im­portante, princ"palmente na elaboração de um questionário prepa· ratório. NãCl será paradoxal que seja o C.R. que termina sua res­ponsabilidade que defina a linha de orientação da equi!Pe para G

próximo ano, sabendo de antemão que não será êle que irá a pil i­cá-la?

O nôvo Casal Responsável, terá mtão de aplicar "a política" de seu antecessor, coisa que muitas vêzes não é a sua, ou entãc mudar a linha de ação que dará uma impressão de descontinui­dade.

No nossc Setor, já várias equipes tendo sentiáo isto passa­ram a fazer há vários anos a eleição do C. R. um mês antes da reunião de balanço.

Neste caso apesar do nôvo C. R. só assumir na primeira reu­nião do ano vindouro, êle no entanto já pode colaborar com o

;;.nt1go C. R. e o AssistEII'lte na planificação da reunião de balanço".

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COISAS QUE ACONTECEM EM UMA ELEIÇÃO DE C.R.

E QUE DEVERIAM SER EVITADAS

"Grandes manobras políticas se desenvolvem em "muitas" equipes nas vé!lperas das eleições para Responsável de equipe. Grande~ "cabalas" . "c0nfabutações", manobras pOlíticas, mas tudo isto para o fim inverso do que vemos nas ante-vésperas das elei­ções para cargos públicos Nas equipes tudo isto é feito corr, a finalidade de não ser eleito. Alguns dirigem verdadeiras cam­panhas eleitorais para não serem eleitos, usando diversas técnicas; uma delas é esta: - Se formos eleitos tenho mêdo que minha senhora (ou meu marido) queira sair da equipe. • Resultado desta técnica :o ca5al que ouve isto vota em outro casal e assim as eleições deixam de ser verdadeiras.

As conversas qut! antecedem as reumoes: - ~ste ano é a vez do casal X. . . ou então : - Já fui C. R. uma vez e não quern ~e r mais. . . Como vemos tudo fo1 resolvido a prior i, parque então se fazer a eleição?

~ SEMPRE BOM RECORDAR ALGUMAS 'REGRAS QUE DIZEM

RESPEITO A ELEIÇÃO DO CASAL RESPONSÁVEL

Eis as principais: l ) O mesmo casal pode ser reele ito uma vez e até duas.

2) Cada um deve votar segundo o que pensa ser melhor para a equipe.

3) O Assistente não vota mas faz a contagem dos votos. Dando apenas o resultado, o nome do casal escolhido.

4) Para ser eleito o casal deve ter a ma'ioria dos votos.

5) Para recusar ser responsável se faz necessário apresentar razões muito sérias.

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"DúVIDAS" SOBRE O DIÁLOGO

A orientação dêste ano do Movimento é para o diálogo reli­gioso . Editoriais, Jornadas de Setores e de Regiões, tudo se converge no sentido de convidar os casais para a prática do diálogo religioso. Com o correr dos meses, quando passa a ser pôsto em prática já agora em maior escala, começam a surgir dúvidas. São dúvidas quanto ao fundo ou a forma . Tudo isto tem sido levado pelos Responsáveis de Setor ao Centro Diretor:

O que se deverá entender exatamente per diálogo relig ioso? Será uma discussão 31Penas? Será saber responder as objeções feitas a nós? Haverá diferet'lça entre diálogo e uma conversa? Deveremos ir diretamente ao diálogo religioso, e negli!!lenciar o diálogo humano? O testemunho de vida não falará mais alto que as palavras? Como devemcs fazer? Com quem devemos entabolar êste diálogo? Será uma prática que se adate bem no quadro das Equipes

de Nossa Senhora? De tôdas estas !Perguntas podemos concluir que a apresentação, o convite a esta prática começa a dar origem a reflexão.

Lembramos que nas reuniões mensais deve haver uma parti­lha sôbre a prática do diálogo . O esfôrço de cada Ltm, as tenlati­vas etc. Poderão também surgirem dúvidas: Como devemos pra­ticar neste sentido o auxílio mútuo? O que dizer nesta partilhar Devemos a todo preço praticar o diálogo durante êste mês ... ?

Ao desejo quasi unânime dos Responsáveis de Setor, de Re .. gião Q Centro Diretor decidiu que a orientação dêste ano. . . se prolongue .por um ano a mais.

Teremos dêste modo mais tempo para refletir, para aprofun­darmos n.este sentido. Bem como ter troca de impressões, a fim de esclarecer e dar uma idéia de que modo cada um poderá fazer nesta prática.

Lembramos: "Todo batisado tem o dever de fazer o aposto-lado pela palavra ."

Padres A~stentes, casais enviem suas dúvidas, reflexões,

seus testemunho.

CORREIO

Em um Editorial do Pe . Caffarel nós lemos:

"Tereis mêdo que surjam desentendimentos no meio de vossa equipe, por haverem opiniões diyersas? Antes pelo contrário, as várias opiniões poderiam aproximar os membros da equipe ~ houvesse o debate com ~pírito fraterno e se houvesse o. allllílio mútuo 11a procura ela vii'Ciade:'

Foi justamente a ilplicaçõo dêste princípio que levou um casal! da África do Norte a reagir energicamente sôbre uma estória coo­tada nesta secção,. e publicada em um dos números da C.M.

Passamos a transcrever a carta dêste casal da África do Norte:

"Decidi escrever esta noite para falar espontôneamente, de certas reações que eu e H. sentimos ao ler a C.M. do mês de no­vembro.

Em sua secção "CORREIO", foi publicada a carta de uma. desconhecida que muito nos sur1preendeu. A correspondente pensava, sem conhecer as Equipes, tendo lido uma C. M. deixada. sôbre o b3nco do metropolitano, que nas E.N.S . não se deva es­perar criar laços de amisade puramente humanos e que "as reun iões não se destinam a falar sôbre as próximas férias ou então sôbre política". Pareceu-nos surpreender nestas 1pal•avras uma tendência, que ameaça as Equipes e que a C.M. tem em muitas ocasiões. alertado : a de construir uma espiritualidade acima (ou ao lado ) dos laçQs humanos, acima (ou ao lado ) da vida real .

Seria melhor não ter sido publicada esta carta ou então se· assim fôsse, com um estudo crítico sôbre a mesma .

Deveriam ter dito que em uma equipe efetivamente se fala tanto das próximas férias como de 1política . Ter dito também. que nossa espiritualidade não é "desencarnada", ela é vivida de,

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tudo aquilo que constitui o nosso di' a dia . Dos nossos projetos, dos nossos gestos, dos encontros diários, dos nossos esfor­ços para humanizar a sociedade em que vivemos. Deveriam ter dito da nossa coparticipação onde tôda a nossa vida, incluindo nossa opinião pol ítica se projeta . E dos nossos temas que graças ao amor de Deus 1110s perrr item muitas vêzes analisar e com es­pírito de crítica o nosso comportamento e descobrir como deveria ser o certo.

Quando vivemos os nossos momentos mais difíceis de nossa vida aqui na África do Norte, isto há já alguns anos, havia em nossa equipe uma maioria a quem a s1tuação nãv os afetJva nos seus interêsses pessoa is . ~les tinham seu futuro assegurado, e tinham por isto maior generosidade de palavra . Talvez maior lucidez. Para nós que os acontecimentos re~rcutiam gravemente, ;~~coisas eram diferentes . Tudo nos c.punha e sobretudo a pol ítica . De início houve graves discussões. Mais tarde elas continuavam mas apesar de muito animadas eram mais amigáveis. Fizemos esforços para nCJs compreP.ndermos e para aceitarmos nossas·. idéias. Finalmente cada um avançando em direção ao outro aca­

bamos por chegar às mesma3 conclusõe.;. Desejavamos estas con­versas, pois interessavam à vida de todos nós, (recém-chegados e colonos antigos) e porque nossas mentalidades evoluíam no sentido de maior verdade . Foi uma grande eJQPeriência.

Penso que só foi possível graças a um esfôrço para sermos francos . Franquesa de uns para com outros, que consistia em não calar o nossos !Problemas; franquesa para com nós próprios, para com nossa fé em Cristo, que nos obrigava a compreender melhor como política IPilssada, a presente e a que há de vw go­vernava as condições concretas da existênciade cada um.

Todos sabem quais são os frutos provocados pelas paixões po­líticas inccntroladas; tentamos, racionalmente dominar as nossas e melhor compreender as dos outros .

Julgamos que não erramos em falar de potítica em nossa co­participação."

ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO

TEXTO PARA MEDITAÇÃO

Querendo Deus sumamente bom e sáb,o, realizar 1ç:or amor a

nós a redenção do mundo," quando chegou a plenitude dos tempos,

mandou o Seu Fi lho, nascido de uma mulher . . para que rece­

bessemos a adoção de filho:;", o qual por amor dos homens e para

nossa salvação desceu do céu e se encarnou pelo podr-r do Espírito

Santo no seio da Virgem Maria. "~ste mistér io divino de salva­

ção nos é revelado e continua na Igreja, que o Senhor constitui

como Seu coro, e na qual os fiéis - unidos a Cristo sua cabeça,

e em comunhão com todos os Santos - devem também em pri­

meiro lugar venerar a memória da gloriosa sempre Virgem Maria,

Mãe de Deus e de Nosso Senhor J-esus Cristo.

ORAÇÃO LITURGICA

Ave Maria - ..

Rezemos ao Senhor: Quisestes Senhor, que segundo a anun­

ciação do Anjo, o teu Verbo tomasse a carne da Virgem; responde

às nossas súplicas.

Visto que cremos que é verdadeiramente Mãe de Deus, faz

com que encontremos amparo na sua oração junto de ti. Por

Jesus Cristo Nosso Senhor. Amén.

pott \U\\~ e.spi~lhJ~hdMe C0fll\J9~1 e. f~mlh~R

EQUIPES NOTRE DAME

49-r. de la. glaci~re

PARIS xlll

EQUIPES DE NOSSA SENHORA - AV. REBOUÇAS, 2729