ANO II - EDIÇÃO 12ABRIL DE 2014

EM MÍDIAFOCO

Minas Gerais é um Estado muito tradicional em relação à gastronomia, e a comida mineira é famosa e conhecida internacionalmente. Os pratos são sempre comentados, e todo bom turista que se preze não vai embora sem experimen-tar nossa culinária. De fato, essa culinária mineira influencia diretamente no turismo e na cultura em geral. Dentro do próprio Estado, e mesmo em Belo Horizonte, sempre há eventos voltados ao segmento e diversos festivais que hoje estão incluídos no calendário oficial da cidade.

Como a gastronomia na região do Cidade Nova vem sendo cada vez mais comentada por estar em evidência com a abertura dos mais diversos tipos de bares e restaurantes, decidimos abordar este assunto, analisando este crescimen-to e mostrando a qualidade dos mesmos, além de aspectos

fundamentais, como variedade, ambientalização e o atendi-mento a um cliente que, além de tradicional, é fiel. Em vista da concorrência, manter a qualidade é chave para a manutenção do local, que ainda recebe público de várias outras regiões da cidade.

Hoje, o bairro Cidade Nova vive um novo momento dentro de sua realidade, atendendo muito bem os moradores e comerciantes da região, com qualidade e um atendimento mais pessoal. Nosso objetivo, com esta matéria, não é anali-sar e avaliar os pratos oferecidos e a qualidade da comida em si, mas o que há de positivo e de que maneira isso ainda pode se fortalecer para que o bairro se transforme em um conheci-do polo gastronômico. Indiretamente também é uma maneira de motivar e despertar no público local o interesse em presti-

giar e conhecer melhor os restaurantes e demais locais gas-tronômicos, pois, desta maneira, incentivaremos cada esta-belecimento a melhorar sua qualidade, espaço físico, atendi-mento e variedade dos produtos.

É fundamental ainda que cada um faça seu melhor para atrair um público ainda maior e mostrar que sua qualidade e bom atendimento são suficientes para fazer com que as pessoas queiram ficar mais tempo no bairro e voltar sempre. Porém, os clientes também devem fazer o mesmo. Cobrar e dar sugestões para que cada restaurante, lanchonete, pizza-ria, padaria, fast food ou delivery possa melhorar de maneira significativa a qualidade de seus produtos.

Leia mais nas páginas 6, 7, 8 e 9

PRÓXIMA EDIÇÃO � Em nossas próximas edições falaremos sobre a diversidade e os serviços dos principais da região; faremos uma análise sobre o ESPAÇOS DE BELEZA DESMATAMENTO na cidade, que perde, cada vez mais, suas áreas verdes; e ainda divulgaremos uma matéria sobre uma pesquisa realizada para identificar os principais PROBLEMAS DA REGIÃO, ouvindo sugestões e críticas da população em geral.Faremos ainda uma matéria sobre a importância e os cuidados das locais, que PRAÇAS já não são tão bem frequentadas como antes, e o aumento e estruturação do SEGMENTO ODONTOLÓGICO. �Quadro de Empregos� �Leitor Manteremos as colunas , em Foco� �Cidade Nova Conta sua História�, (onde os moradores mais antigos relatam suas histórias curiosas e divertidas sobre o começo do bairro) e �Saúde e Bem-Estar�, abordando os mais diversos assuntos ligados à saúde e qualidade de vida. Participe se você quiser opinar sobre algum desses e de outros assuntos.

Sabores gastronômicos da região

Escola de Circo - Página 3

Biblioteca comunitária - Página 4

Preparo do setor hoteleiro para a Copa do Mundo - Página 10

CONFIRA NESTA EDIÇÃO

Quadro de empregos com novas vagas - Página 11

Saúde e Bem-Estar: Depressão - Página 12

VINÍCIUS BRANDÃO

Surubim no Espeto

Quentinha

Boca do Forno

O Gaulês

FOTOS: CID COSTA NETO

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Abril de 2014

ANUNCIE�AQUI

CRÔNICA

O ser humano, que é constituído de tantas com-plexidades, precisa realizar, durante toda sua vida, dia-riamente, diversos tipos de exercícios. O aprendizado é constante e muitas coisas nós só aprendemos quando pas-samos pela situação. Seja uma única vez, sejam outras diversas. Às vezes, a mesma coisa precisa acontecer repe-tidamente para que apren-damos a realmente nos defender

ou nos proteger daquilo. Esse assunto poderia se estender para as mais diversas vertentes. Mas queria ressaltar o termo �confiança�.

Em quantas pessoas você já confiou e depois se decepcionou? Certamente você vai se lembrar de algumas. Mas, e quando você confia muito e esta pessoa, muitas vezes sem motivo, te decepciona? Peguei-me pensando nisso após ler sobre o assunto, ficar sabendo de casos e até mesmo por ver a situação acontecer profissionalmente.

Com as mudanças radicais do mundo atual em relação ao modo como vivíamos a anos atrás, não está sendo fácil confiar nas pessoas. Alguns chegam a ser até exagerados com isso, para não dizer paranóicos. Muitos vivem uma pandemia de desconfiança generalizada nas relações pessoais, sociais e até empresariais. São muitas as queixas de falta de cooperação e de comprometimento. Parece não ser mais tão fácil ter fé nas pessoas. Fé essa que nos contextualiza no tempo a partir de esperanças. Por isso é ruim, difícil e danoso

perder a confiança no outro. O grande ponto da confiança é que quando nós

reavivamos nossa capacidade de crer no outro afastamos a facilidade de fazer julgamentos. É ruim quando percebemos que, mesmo sem saber quem é o outro, fazemos, até sem perceber, um pré-julgamento através da nossa verdade pessoal a respeito daquilo. Deparamos-nos, então, com a falta de experiência de fé, pois a confiança se adquire com credibilidade e oportunidade. Mas por que temos que assumir o risco da confiança? Porque não tem outro jeito. A relação de confiança constrói-se na circularidade e na reciprocidade porque confiamos em quem confia em nós e aceitamos correr riscos com quem aceita correr riscos conosco.

É muito gratificante quando certa pessoa deixa de ser apenas uma conhecida e se transforma numa pessoa da sua confiança. A maior riqueza que nós podemos ter verda-deiramente nesta vida é a confiança que nos devolve coisas preciosas que a vida nos retira. Nosso querido Padre Fábio de Melo disse uma vez, em seu programa �Direção Espiritual�, que a confiança é aquela abertura que você faz da sua vida e permite que outras pessoas entrem e tenham autoridade sobre você. E que, quanto mais temos essa experiência humana de amar e ser amado, maior é a oportunidade de Deus agir em nós por um fato muito simples: Ele passa pela ação do outro em nossa vida e quando temos relacionamentos de qualidade experimentamos Sua força agindo em nós através daquelas pessoas. Como? Através de conselhos sensatos, de um olhar, de um carinho, de uma chamada de atenção. Só quem nos ama realmente vai querer nos abrir nossos olhos e mostrar de que maneira podemos ser modificados.

Li recentemente um texto em que o autor dizia que confiar é

a única alternativa para a possibilidade de uma relação sadia. Essa afirmação simplesmente reconhece o risco inerente a qualquer relação humana. O fato de depender da linguagem nos expõe constantemente à possibilidade de ser causador ou vítima do mal-entendido e da mentira. Reconhecer isso é assumir a responsabilidade da humildade e da honestidade. Negar isso é negar nossa própria condição humana.

Confiança é o crédito que conferimos a uma pessoa ou a um fato, com a expectativa de se concretizar no futuro. É acreditar, assumindo como verdadeiras a narrativa e a conduta de uma pessoa. É um ato de reconhecimento e a capacidade de prever o comportamento da outra, mesmo que possa haver enganos e decepções. E, claro, é estabelecida em base nos acontecimentos e nos convívios acreditando nos valores demonstrados. Tudo isso também deve ser somado ao querer. Queremos confiar.

Quando a confiança é quebrada acontece a decepção, que pode ser confundida com traição, e, consequentemente, é um repúdio a uma situação que se desejava e previa. Situação essa que envolveu diversos investimentos, como o físico e o emocional. A ruptura disso tudo pode produzir conflitos morais, psicológicos e até financeiros. A boa notícia é que fatos assim também podem nos fortalecer e impulsionar a buscar situações ainda melhores. Lembrando sempre que há coisas e situações que não dependem apenas de nós. Confiar é um risco. Se arriscamos, podemos perder. Mas se não arriscamos, poderemos ficar perdidos. E, por incrível que pareça, neste mundo desconfiado, ainda há quem mereça muita confiança. Graças a Deus e que assim seja!

Fabily Rodrigues (Editor)emfocomidia@emfocomidia.com.br

A capacidade de confiar no outro

O Jornal Cidade Nova em Foco é uma publicação informativa mensal voltada aos moradores, comerciantes e demais interessados dos bairros Cidade Nova, União, Silveira, Ipiranga, Palmares e demais bairros próximos. Independente e imparcial, não temos comprometimento ou vínculo com nenhuma associação, empresa ou empresário, político ou entidade. Nosso objetivo é informar, esclarecer, debater, criticar e melhorar a qualidade de vida da região. Faremos isso por meio de matérias informativas, dicas, informações úteis e notícias voltadas a todos os envolvidos, de uma maneira ou de outra, com os bairros locais. O Jornal é distribuído gratuitamente (10 mil exemplares) nas residências, comércios e locais de grande circulação dos bairros citados.

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O Jornal Cidade Nova em Foco é uma publicação da Em Foco Mídia

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Direção:Fabily Rodrigues

Jornalista Responsável(redação e edição):

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Diagramação e Design:Cid Costa Neto

Fotos:Cid Costa Neto eFabily Rodrigues

Jornalistas:Ana Izaura DuarteJoão Paulo DornasVinícius Brandão

Marketing:Amanda Cecílio

Revisão:Liani Gemignani

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CIDADE NOVA INFORMA

No dia 27 de março foi comemorado o Dia Nacional do Circo, data propícia para uma apre-sentação recheada de atrações da Escola de Circo Trupetralha, localizada no Clube dos Sar-gentos, bairro da Graça. Os membros da trupe encantaram as mais de 700 crianças que se deslocaram de diversas escolas da rede munici-pal de Belo Horizonte para celebrar a data em alto estilo. Com uma apresentação na parte da manhã e outra à tarde, a maioria dessas crianças do ensino infantil tiveram seu primeiro contato com o circo durante o espetáculo �Os Caixeiros Viajantes em uma volta pelo Brasil�, com roteiro de Luciana Nogueira e direção de Jaílton Persan, fundador da Trupetralha.

A iniciativa faz parte de um projeto da trupe, que visa difundir o circo no processo da formação infantil. �Essa ação, voltada especificamente para as escolas, já existe há quatro anos, e vai ao encontro de o nosso objetivo central, pois só vamos construir um público conhecedor do circo quando todas as crianças tiverem acesso a ele�, comenta Jaílton. Para este ano, estão previstas apresentações mensais até dezembro, contem-plando grupos diferentes de escolas da rede municipal de Belo Horizonte.

A receptividade do público foi notória no brilho dos olhos de cada aluno. �A carinha das crianças fala tudo. Achei o espetáculo muito bonito e gratificante. A iniciativa está de para-

béns�, elogia a monitora de oficina de literatura da Escola Municipal Magalhães Drumond, Jeane Aparecida Dias. Ela conta sobre como o espetá-culo serviu de complemento ao seu projeto de literatura da Escola Integrada, iniciado em fevere-iro: �Exploramos a temática do circo com livros de referência no assunto, apresentando sua história, o papel do malabarista, do mágico, do palhaço, ou seja, todo o universo circense�.

Outra turma que teve no Dia do Circo a con-cretização de um trabalho integrado foi a dos alunos do primeiro e segundo ciclo da Escola Municipal Maria Rezende Costa, que estudaram o circo nas aulas de teatro. Para a professora e coordenadora da Escola Integrada, Vera Lúcia, ter a oportunidade de levar seus alunos, em sua maioria, para ver o circo pela primeira vez é algo muito positivo. �Eles têm pouco acesso a esse tipo de espetáculo, por isso foi o primeiro contato de muitos deles com o circo. A trupe está de parabéns pela iniciativa�, elogia.

O convite para participar do espetáculo partiu da Escola de Circo Trupetralha, que realiza o evento com recursos próprios. Os mais de 10 artistas que se apresentaram no espetáculo são professores e alunos da trupe. A escola está aberta para visitação e fornece aulas de circo como ginástica integral para adultos e crianças. Mais informações: 3467-3139 / 9636-0344. (Vinícuis Brandão)

Dia do Circo é celebrado com cidadania e cultura para a criançadaFOTOS: VINÍCIUS BRANDÃO

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Uma das principais áreas públicas de lazer do Cidade Nova, o Parque Marcos Mazzoni, abriga também uma biblioteca comunitária de referência para seus frequentadores. Desde que foi restaurada pelos diretores do Instituto duBem, Ivan Cândido e sua esposa Luciana de Paula, em 2013, o espaço recebeu o nome de �Ponto de Leitura BCAP: Biblioteca Comunitária Professor Armando de Paula�, passando a concentrar parte do acervo de mais de cinco mil obras pertencentes ao Instituto. No Ponto de Leitura encontram-se também centenas de revistas, gibis e filmes que podem ser empresta-dos por até um mês, mediante um cadastro realizado no local.

Apesar de pequena, a biblioteca é acon-chegante e simboliza um respiro de cultura não só para o bairro, mas para toda a região. Ivan Cândido ressalta a importância de manter essa iniciativa. �Aqui no parque já existia uma infraes-trutura ambiental muito rica e optamos por trazer também um resgate lúdico, somando em um só espaço a possibilidade de fruir com cultura e arte, e ao mesmo tempo descansar e apreciar a natureza�, afirma.

O ponto de leitura recebe em média 200 visitantes por dia. Além de moradores da região, pessoas que trabalham por perto do parque usam o espaço para o momento de descanso, buscando na biblio-teca algo interessante para ler durante o tempo livre. Mas o público mais fiel do local são as crianças, que representam cerca de 60% do movimento diário.

Por ser parte de um institu-to maior, o Ponto de Leitura concentra ainda outras várias atividades, como oficinas de teatro e música, mostras de cinema, contação de história e até o �Bloquinho Dubem�, que fez seu primeiro desfile no carna-val deste ano. �Fomos o primeiro bloco de carnaval para o público infantil da Região Nordeste de Belo Horizonte�, conta Ivan. Essas ações vão ao encontro dos objetivos do �Institu-to duBem�, que são fomentar o estímulo e o desenvolvimento nas pessoas, seja na literatura

ou em qualquer outro campo cultural.No último trimestre a biblioteca emprestou

cerca de 600 livros e tem recebido uma média de 200 doações por semana, vindas de volun-tários de todos os cantos da cidade. Com o sucesso alcançado no Parque Marcos Mazzoni, os planos do Instituto são de retomar a ação de biblioteca itinerante, que deu origem ao projeto, voltando a circular em outros bairros, levando cultura para a população.

FuncionamentoA biblioteca do Parque Marcos Mazzoni

funciona das 9 às 18h, de terça a sexta-feira. No sábado, ela abre somente em dias de evento. O acervo completo do Ponto de Leitura fica dividido entre a biblioteca no parque e uma outra fixada na sede do Instituto duBem, tam-bém aberta para visitação, na Rua Deputado Bernardino, 1165, no mesmo bairro. Mais informações: 3324-2801. (Vinícius Brandão)

Biblioteca para todos no coração do Cidade Nova

Com o objetivo de difundir cultura e educação, o Instituto duBem, localizado na Rua Deputado Bernardino, 1165, Cidade Nova, divulgou uma série de cursos e ofici-nas a serem ministrados nos meses de junho e julho. As atividades educativas e recreativas servem como complemento edu-cacional para as crianças no período de

férias e contemplam também o público adulto interessado em aprender sobre comunicação.

Divididas por faixa etária, as oficinas infantis buscam promover desde a consci-entização ambiental até a elaboração dos próprios brinquedos. Para as crianças de um a cinco anos estão disponíveis oficinas

de jardinagem (hortinha) e de musicaliza-ção; de três a cinco anos, acrescenta-se oficinas de fantoches e reciclagem de papel. Já o público de cinco a 10 anos pode se inscrever em oficinas de fotogra-fia, brinquedos artesanais e teatro. Os adultos contam com oficinas de criação de texto e fotografia, além de cursos de edi-

ção de vídeo, produção cultural e reporta-gem para TV.

Os interessados devem entrar em contato com o Instituto duBem através do telefone 8825-0017 ou através do e-mail cultura.dubem@gmail.com. A listagem com-pleta dos cursos e mais informações podem ser obtidas no site www.institutodubem.org.br.

Inscrições abertas para cursos e oficinas do Instituto duBem

FOTOS: VINÍCIUS BRANDÃO

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Tradição em equilíbrio com a modernidadeO antigo Retiro Sagrado Coração de Jesus

tem sua sede conservada em meio aos prédios da Rua Júlio Pereira da Silva, uma casa que guarda a história das origens do bairro Cidade Nova. Antes de se tornar uma região referência de comércio e desenvolvi-mento do setor Nordeste de BH, o local era conhecido como Fazendinha. Hoje, a casa de Luiz Carlos Bambirra Silveira fica no terreno herdado pelo avô, José Candido da Silveira, que se mudou para o local no final do século 19.

As terras eram fartas e a família tirou dela seu sustento durante vários anos, adminis-trando as plantações de milho, feijão, arroz e café, além da produção de leite e queijo na propriedade. Nascido e criado no casarão da família, o morador mais antigo do bairro Cidade Nova lembra de quando o atual supermercado EPA era o curral da sua casa e conta como viu o bairro se desenvolver ao seu redor.

�Onde hoje é o Parque Orlando de Carva-

lho Silveira tinha um campo de futebol e a turma toda se reunia para jogar. Do alto dava pra ver essa região toda, até a mata que hoje está em preservação ao longo da Avenida José Cândido da Silveira. Meu avô e meu pai foram muito caridosos e com o crescimento da cidade doaram vários terrenos onde foram construídos a Paróquia Santa Luzia, o Santuário São Judas Tadeu, o Colégio São Miguel e o Colégio Magnum, entre outros locais importantes para o bairro�, revela Luiz Carlos.

Os Silveira têm parte importante no desenvolvi-mento e criação da estrutura do Cidade Nova e região. Após essas doações, a família negociou, em 1951, a proposta de desenho para a constru-ção da Cristiano Machado, para que não fosse necessário desapropriar a sede da fazenda, incialmente construída em pau a pique, e refor-

mada em 1977. �Nós participamos do cresci-mento desse bairro, fizemos o loteamento com toda infraestrutura de saneamento e abaste-cimento de água, um padrão ótimo em 1963, atraindo muitas pessoas que vieram morar aqui�, lembra Luiz Carlos.

Com o início da venda dos terrenos da fazenda foram surgindo algumas residências

e também o primeiro comércio do bairro. Em 1977 foi realizado um segundo loteamento, onde surgiram os primeiros prédios. �Com o tempo o bairro foi tomando forma. A vinda da Feira dos Produtores em 1981 foi um marco. Houve a resistência de alguns comerciantes locais, mas depois foi algo muito positivo, pois com ela tínhamos um ponto de encontro e houve uma aceleração do crescimento. Hoje encontramos de tudo por aqui, sem a necessi-dade de ir ao Centro�, conta.

A relação com a vizinhança e o retorno positivo que Luiz Carlos teve ao longo dos seus 64 anos morando no bairro Cidade Nova são motivos de muito orgulho para ele. �Ver as pessoas falando que gostam de morar aqui e sempre ter uma relação tão boa com todos do bairro é o que mais me motiva a manter essa casa. Ela vai continuar com a família por muito tempo, pois os meus filhos gostam e continu-am sendo criados aqui�, declara. Uma teste-munha da evolução e modernização de toda a região do Cidade Nova. (Vinícius Brandão)

CIDADE NOVA CONTA SUA HISTÓRIA

Luiz Carlos Bambirra Silveira, 64, Empresário

Abril de 2014

LEITOR�EM�FOCOEste espaço é destinado a você, leitor e morador da região do Cidade Nova, Ipiranga, União, Silveira, Palmares e bairros próximos, que pode elogiar, criticar, sugerir e comentar as matérias do Cidade Nova em Foco ou fatos dos bairros locais. Colabore com o Jornal! Mande a sua história, conte um caso inusitado passado na região, um acontecimento, ou mesmo envie uma fotografia antiga ou curiosa. Este espaço é todo seu. Entre em contato por e-mail: emfocomidia@emfocomidia.com.br. Participe!

REDUTOR DE VELOCIDADE

�A batalha deu certo! No dia 12/03/14, foram implantados dois redutores de velocidade na Rua Professor Amedée Peret com Rua Professor Costa Chiabi. Lembra como tudo começou? Gostaria que publicassem no Cidade Nova em Foco essa vitória, pois tudo começou com nossa reclamação e a publicação de uma matéria no Jornal. Quando a pintura da Rua Costa Chiab for refeita creio que será melhor ainda. A faixa de parada obrigatória à frente também ficou ótima. Agradecemos muito ao Jornal Cidade Nova em Foco, pois o que é feito também deve ser divulgado e não apenas só as reclamações.�

Tereza Christina Melo Castro

EDUCAÇÃO

�Sr. Editor! Parabenizo, primeiramente, pelo nosso Jornal, que vem, cada vez mais, agregando valor ao nosso bairro. Gostaria de sugerir uma reportagem, como forma de conscientizar nossos moradores. Os passeios do Cidade Nova, principalmente perto da região do Hot Point até a Avenida José Cândido da Silveira, estão infestados de cocô de cachorro. É muito comum vermos os moradores passeando com seus cães sem a preocupação de 'catar' os dejetos dos animais. O que adianta ter um belo apartamento, morar num bairro nobre, se nossos vizinhos são mal-educados? Fica aí a sugestão. Grande abraço.�

Rogério Franco Guimarães

CHORINHO NA FEIRA

�Prezados! Quero parabenizar a todos do Cidade Nova em Foco pelo excelente trabalho que vem sendo feito através do jornal. É muito bom ter um instrumento de informação e comunicação que fala sobre coisas que estão próximas da gente, que conhecemos. Aproveito a oportunidade para sugerir uma reporta-gem: Chorinho na Feira dos Produtores. Acontece todo domingo, das 9h às 12h, ao vivo, gratuito e atrai muita gente boa. O conjunto tem cinco componentes e vários instrumentos: cavaquinho, violão e outros. É muito bom. É voltar no tempo, ou melhor, aos bons tempos da música.Vale a pena conferir.�

Najla Abbud

RESPOSTA DO EDITOR�Obrigado pelos elogios ao Jornal, mas ressalto que é

este mesmo nosso objetivo: agregar valor e possibilitar que o morador e comerciante tenham voz ativa. Tereza, lembro da luta e dos problemas durante e após sua solicitação inicial. Investigamos e realizamos a matéria e hoje nos sentimos orgulhosos por ter contribuído para a resolução do problema, embora o mais importante seja o cuidado, a prudência e a educação dos motoristas. Rogério, em breve faremos matérias envolvendo animais de estimação, como leishmaniose e os cuidados ao passear com os cães. Esperamos ajudar nesta conscientização. É fundamental para nós recebermos esses comentários, a fim de que possamos desenvolver assuntos ligados às reais necessi-dades dos moradores e comerciantes dos bairros locais.�

CID COSTA NETO

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A região do Cidade Nova passou por um crescimento comercial e imobiliário conside-rável nos últimos anos, fato que está transfor-mando a região em um polo gastronômico com opções de cardápios para todos os gostos e bolsos. Além da tradicional comida mineira, os moradores encontram próximo de casa estabelecimentos com alto nível de atendimento, capazes de contemplar a demanda por uma alimentação de qualidade. Comida árabe, japonesa, alemã, peixes, petiscos, fast food, pizzas e cozinha requintada são alguns dos exemplos dessa variedade.

Além das diversas opções, os estabeleci-mentos, de uma forma geral, investiram em estrutura e capacitação, elevando o nível dos serviços prestados. Muitos restaurantes passaram por reformas e outros novos surgi-ram, trazendo um melhor padrão de qualidade para os bairros locais, em especial o Cidade Nova. Com isso, hoje é possível encontrar opções de alimentação com lazer e vida boêmia sem precisar ir longe de casa.

O Jornal Cidade Nova em Foco visitou alguns desses estabelecimentos gastronômicos e conversou com proprietários e frequentadores para apresentar ao leitor o panorama atual, os desafios e a diversidade dessa gastronomia.

Variedade e fidelidadeApesar de ser um público fiel aos estabe-

lecimentos que costumam frequentar, os moradores e trabalhadores da região podem passar um mês almoçando no bairro, sem repetir o cardápio. É possível encontrar restau-rantes que servem comida a quilo e à la carte, churrasco, grelhados, massas, saladas, entre

outros. Com um leque de variedades tão amplo as pessoas tendem a descobrir novos ambientes e saborear diferentes pratos, bem próximo de casa ou do trabalho.

Dentre os cerca de 30 estabelecimentos mapeados pelo Jornal, estão algumas das

mais tradicionais cozinhas da região. Em contrapartida às várias opções, esses restau-rantes mantêm um público familiar recorrente, que parece estar acostumado a almoçar diariamente no mesmo local. É o caso do Batata's Grill, um dos restaurantes mais

antigos do bairro. �Temos muitos clientes que almoçam aqui diariamente desde quando inauguramos, a 15 anos atrás� conta o sócio-proprietário Mateus Araújo.

Além da tradição, os comerciantes se preocupam em sempre aprimorar seus servi-ços. Mateus conta que o Batata's participa de treinamentos do Sebrae, que instruem sobre como manter a qualidade dos seus produtos e serviços, além de reduzir o desperdício de alimentos. �Para se destacar nesse ramo é preciso ter um alto padrão de qualidade, mesmo para uma cozinha com uma proposta caseira, como é o nosso caso�, completa.

Cozinha caseira também é a característi-ca marcante do restaurante Quentinha. A casa tradicional do Cidade Nova já funcionou como cozinha de pratos executivos e marmita, mas, com o passar dos anos se tornou em um dos self services mais procurados da região. �As pessoas vêm de outros bairros almoçar na Quentinha. Tenho muitos clientes antigos, que frequentavam a casa quando eram crianças e se mudaram do bairro depois de mais velhos, mas continuam vindo aqui, principalmente nos finais de semana�, conta Nivalda Pimenta de Meira, sócia-proprietária do restaurante que já tem 31 anos de funcionamento.

No local onde a Quentinha funcionou pela primeira vez hoje está a Galeria Self Service, da sócia-proprietária Regina Pedroso, que também conta sobre o perfil familiar da sua clientela. �Atendemos um público mesclado, de moradores e trabalhadores, mas a grande maioria dos nossos clientes são conhecidos, as pessoas criam intimidade conosco�, conta. Esse perfil do público no Cidade Nova também

Gastronomia é referência no Cidade Nova e

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FOTOS: CID COSTA NETO

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é perceptível para os novos estabelecimentos. �Quando estava fazendo a pesquisa de merca-do para abrir o restaurante a questão do público pesou bastante para escolher essa região�, afirma Fausto de Abreu Filho, proprie-tário do Chxico do Churrasco, aberto há um ano, na Rua Ilacir Pereira Lima. Para ele o perfil dos frequentadores da churrascaria é seleto, por se tratar de pessoas que gostam de morar em um bairro mais tranquilo e familiar.

Público familiar e diversas opções de alimentação parecem conviver bem no Cidade Nova. O horário de almoço registra uma demanda grande que acaba sendo dividida entre os concorrentes de maneira harmoniosa. Mas o bairro está se desenvolvendo também para uma vida noturna mais agitada e, com a Lei Seca, cada vez mais as pessoas tendem a permanecer, mesmo no horário de lazer, em sua própria região.

Vida noturna Além de atender famílias, moradores,

estudantes e trabalhadores no horário comer-cial, os restaurantes da região possuem também ampla programação para o happy hour. Durante a noite a agitação toma conta dos estabelecimentos que preparam suas cozinhas, decoração e música ambiente para criar o clima ideal de conforto aos seus clien-tes. Os boêmios encontram muitas opções novas e tradicionais no Cidade Nova que também realizam programações especiais para a vida noturna. É o caso da Estação Boca do Forno, um local que simboliza toda a diversidade gastronômica característica do bairro. Além dos tradicionais salgados e tortas

da rede Boca do Forno, a Estação, que já está há 11 anos no Hot Point, tem seu maior públi-co à partir das 17h, concentrando várias pessoas que escolhem o local para curtir o horário de lazer pós-expediente. Além do chopp e diversos drinks, os pratos servidos são

chamativos e propícios para acompanhar uma boa conversa entre amigos e casais. �O restau-rante representa a união da tradição da Boca do Forno com inovação, pois trabalhamos para ampliar nosso cardápio, acrescentando saladas, crepes, sanduíches, petiscos, sucos,

whisky, entre outras opções�, afirma o sócio-proprietário Luciano Magno Coelho Jr. Ele destaca ainda uma característica interessante que reparou durante os anos no bairro: �vários restaurantes muito bons vieram para cá, o que é muito positivo para que as pessoas não precisem mais sair da região�.

Outro comerciante que avalia essa fixação do público nos estabelecimentos próximos de casa é Nicola Vizioli, proprietário do restauran-te Família Paulista. Ele conta que quando chegou ao bairro Cidade Nova praticamente não havia restaurantes e que hoje, em um único quarteirão, as pessoas encontram sete ou oito opções diversas. �Antes existiam apenas alguns botecos e nesses 16 anos no bairro vimos vários moradores que pararam de frequentar a zona sul para saírem aqui perto de suas casas�, afirma.

Mas a vida noturna não se restringe aos moradores da região. Muitas pessoas de outros bairros têm frequentado o Cidade Nova em busca de um bom local para jantar. Dentre as muitas opções, o público encontra pizzarias requintadas e tradicionais, como a Tom Maior e o Druida, além de casas com variedade de massas, como é o caso do Gaulês, de proprie-dade de Manelick de Carvalho Braga, que destaca o aumento da procura de moradores de outros bairros na região. �Trabalhamos com delivery e eu pude observar que, além do aumento da clientela local, o número de pedidos vindos de bairros vizinhos também tem crescido consideravelmente�, afirma.

CONTINUA NAS PÁGINAS 8 e 9

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CID COSTA NETO

VINÍCIUS BRANDÃO

diversas opções agradam o público local

Boca do FornoBoca do Forno

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Ao avaliar o crescimento de opções para alimentação na região, a Rua Alberto Cintra se destaca como um potencial novo polo de desenvolvimento do setor. Nos últimos cinco anos o número de restaurantes ao longo da via se multiplicou, de forma a se tornar uma referência para o público da região. Mesmo com mais de 10 opções de estabelecimentos, nas noites dos finais de semana todos ficam lotados, alguns com uma maior quantidade de jovens, outros com famílias, moradores antigos e visitantes de outros bairros.

Lado a lado, convivem em harmonia um espetinho, um japonês, uma cozinha mineira, sanduíches, entre outras opções. O restauran-te Yohéi foi um dos primeiros a se instalar na Alberto Cintra. O proprietário Rodrigo Sampaio conta que, quando abriu o restaurante, há quatro anos, os clientes ficavam com receio de permanecer no local até tarde da noite porque era mais deserto. Com o crescimento da região e a vinda de outras opções de cozinha seu negócio começou a deslanchar. �O cliente ganhou segurança, qualidade e poder de escolha do segmento que ele quer privilegiar. Com a concentração de estabelecimentos gastronômicos, um acaba divulgando o outro, então nós só temos a ganhar�, conta demons-trando-se favorável ao acúmulo de opções próximas ao seu restaurante.

Outro estabelecimento pioneiro na Alber-to Cintra foi o Surubim. Inaugurado há seis anos, o local abriu as portas para a vinda de

outras cozinhas. �Meu cliente pode gostar de peixe, mas ele não come peixe todo dia. Por isso acredito que a concentração de restauran-

tes na região seja excelente�, afirma o sócio-proprietário Ted Silvino. Para ele o que vale é o bom atendimento e com essa condição acredi-

ta que exista espaço para todos.O caminho para se tornar um polo

gastronômico de referência para toda a cidade já foi iniciado. Mauro Henrique Gon-çalves, proprietário da Espetáculo Espeteria, conta que de um ano para cá o negócio na Alberto Cintra se destacou, caindo no gosto não só dos moradores, mas também de bairros como o Buritis, Sion e Savassi. �Fico sabendo de pessoas que pegam táxi e vêm pra cá. Nem dizemos que são clientes exclu-sivos da Espeteria, mas sim da Alberto Cintra, porque cada dia eles vêm pra curtir um ambiente diferente�, afirma.

Vários moradores do Cidade Nova e região já reconhecem a Alberto Cintra como um ponto certeiro para a vida noturna e opções de alimentação. O próximo passo para que o local se fixe como uma referência para toda a cidade está na organização dos estabeleci-mentos para criar um circuito ou uma ação que vise atrair frequentadores que morem em outros bairros. De um modo geral, os proprietá-rios dos estabelecimentos avaliam que existe demanda de sobra, portanto, o caminho para se tornar um polo gastronômico está aberto e com possibilidade de sucesso para todo mundo. Com isso, quem mais sai ganhando são os moradores locais, que veem sua região cada vez mais valorizada e reconhecida na cidade. (Vinícius Brandão e Maria Emília Padilha)

Futuro polo gastronômico?

Surubim no Espeto

Rua Alberto Cintra

CID COSTA NETO

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Proprietários apontam as principais características para se destacar eavaliam o desenvolvimento do segmento gastronômico

ENQUETE

�Com um bom atendimento existe espaço para todos. A 10, 15 anos atrás, quando se pensava em boa gastronomia em Belo Horizonte, nós falávamos de Savassi, Lourdes, Funcionários; hoje, a cidade possui outros polos importantíssimos, onde o consumidor consegue se alimentar bem. Nosso principal diferencial está na qualidade da cozinha e as opções de surubim no espeto, que já são tradicionais da casa.�Ted Silvino Ferreira, Sócio-proprietário do Surubim no Espeto

�O Cidade Nova caminha para se tornar um polo gastronômico, pelo menos como referência na Região Nordeste de BH. Pessoas dos bairros vizinhos estão começando a frequentar os estabelecimentos daqui, porque reconhecem um padrão de qualidade. A concorrência é algo positivo para que todos se esforcem para atender bem a clientela, pois a demanda está aí para todos.�Mateus Araújo, Sócio-proprietário do Batata's Grill

�Com a concentração de estabelecimentos gastronômicos, um acaba divulgando o outro; então, nós só temos a ganhar. Os moradores estão consumindo mais na região. O movimento nos bairros locais é grande e isto fica perceptível, inclusive na dificuldade de encontrar vagas para estacionar. O público do Cidade Nova é muito fiel. Cerca de 70% dos meus clientes são assíduos.�Rodrigo Sampaio de Carvalho, Proprietário do Yohéi

�O principal diferencial para se dar bem com o ramo da gastronomia é conquistar a fidelidade do público com um trabalho de muita qualidade. Isso porque o perfil do consumidor mudou bastante. Antigamente as pessoas tinham vergonha de reclamar. Elas achavam que seriam mal vistas e acabavam não opinando sobre a qualidade dos estabelecimentos. Mas hoje, com tantas opções, só os bons se mantêm no mercado.�Menelick de Carvalho Braga, Proprietário do Gaulês e do Druida

�Avalio o crescimento do número de restaurantes na região como algo excelente. Pois mais pessoas vão se deslocar de outros locais para vir nos visitar como uma referência gastronômica. Eu, trabalhando com excelência, exijo que todos trabalhem assim, pois a melhoria é geral. A concorrência não é desleal. Desejo que o padrão de qualidade se estenda a todos.�Leonardo Duarte, Sócio-proprietário do Restaurante do Porto

�O principal diferencial de um restaurante é o espaço, que deve ser bem trabalhado, aconchegante, com uma boa decoração e boa música ambiente. Isso tudo somado à qualidade da nossa pizza, que é gourmet, de massa fina e com muito recheio. Todo cardápio é montado com padrão de pizza italiana, oferecendo ainda um preço compatível.�Cleusa Silva, Sócia-proprietária do Tom Maior

�O Cidade Nova teve um grande avanço gastronômico, principalmente na região da Alberto Cintra. A rua virou um ponto de encontro entre amigos de todas as idades, pois nós temos muitas opções de restaurantes. Temos como diferencial as cervejas especiais, nacionais e importadas. Por sermos uma delikatessen, o cliente pode também levar o produto para casa.�Fernando Zanfolin, Proprietário do Hipper Frios

�Os principais diferenciais para um destaque nesse ramo são a qualidade do atendimento, dos pratos e um ambiente agradável. Primo muito pela limpeza. Os clientes encontrarão minha loja sempre bem arrumada. Recebo muitas famílias; então, um local com esse clima mineirinho parece agradar bastante. Oferecemos um serviço tão bom quanto o que se encontra na zona sul de BH.�Fausto de Abreu Filho, Proprietário do Chxico do Churrasco

�Estou com o restaurante no Cidade Nova há 31 anos. Vi o bairro crescer e vários estabelecimentos novos abrirem, mas acredito que o comércio para a gastronomia já chegou em um nível bom. Não precisa crescer mais. Nosso diferencial está em fazer uma comida que seja associada à da casa da mãe, ou seja, algo bem caseiro. Essa sempre foi nossa proposta, por isto temos clientes que vêm aqui recorrentemente.�Nivalda Pimenta de Meira, Sócia-proprietária do restaurante Quentinha

�O bairro realmente cresceu muito, mas nós não temos medo da concorrência. É bom que abram vários restaurantes, pois isto vai possibilitar que sejamos reconhecidos como um polo de gastronomia na região. Nosso principal diferencial está na cozinha. Há 15 anos mantemos o padrão dos pratos da casa. Em qualquer um dos nossos estabelecimentos o tempero e o modo de preparo serão sempre os mesmos.�Lucas Eduardo Ferreira, Sócio-proprietário do Xico da Carne

�Nos últimos anos foram abertos muitos novos estabelecimentos gastronômicos no Cidade Nova. A concorrência aumentou e as pessoas encontram hoje diversas opções para o almoço. Mas, como nosso ponto já funcionava como buffet há quase 20 anos, conseguimos manter um público fiel. Atendemos muitos amigos e vizinhos. Temos uma média de 150 pessoas por dia, que nos escolhem pela nossa tradição.�Marta Jaquet, Sócia Proprietária da Galeria Self Service

�O público do Cidade Nova é exigente. Ele não se incomoda tanto com o valor, mas se importa muito com a qualidade do serviço. O cliente dá ideias e sugestões que nos ajudam a crescer. É um público seleto, com bom gosto e muito diversificado. Por isso a vinda de outros estabelecimentos para a Alberto Cintra é muito importante, tendo em vista que esse público passou a encontrar, bem perto de casa, ótimas opções de restaurantes.� Mauro Henrique Gonçalves, Proprietário da Espetáculo Espeteria

�Quando eu vim para BH tinha a impressão de que o serviço em geral nos restaurantes era feito como um favor. Minha cultura paulistana sempre primou muito pelo bom atendimento. Antigamente isso era um diferencial, mas hoje é primordial. Cerveja gelada e tira-gosto bom é pré-requisito para qualquer estabelecimento. O que faz a diferença é quando eu supero as expectativas dos meus clientes.�Nicola Vizioli, Proprietário do Família Paulista

�O principal diferencial para se destacar nesse ramo é o investimento na qualidade da mão de obra e dos serviços oferecidos. Tenho dois chefs de cozinha e profissionais de confiança que trabalham comigo há muitos anos. Investi também na estrutura interna do restaurante, que foi recentemente reformada para atingirmos um maior padrão de qualidade.�Rodrigo Batista, Proprietário do Spetim

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Em meio a tantos atrasos e cancelamentos de obras previstas para a Copa do Mundo por parte da Prefeitura e do Governo do estado, um setor dá exemplo de compromisso e prontidão. Os hotéis já estão preparados para o evento, apesar de alguns ainda �lutarem� contra o tempo. Os empresários aumentaram o número de leitos e qualificaram o serviço na capital. Um dos motivos foi a Lei Municipal 9.952, de 2010, voltada para a Copa do Mundo, que aumentou em até cinco vezes o potencial construtivo dos terrenos, tornando possível a ocupação de áreas nobres, inclusive onde o preço do metro quadrado inviabilizava o investimento. Além dos que já estão recém-finalizados, somam-se hoje 34 empreendimentos hoteleiros em construção na cidade. Com isso as construtoras investiram pesado em hotéis. �A previsão para a Copa está boa. Tenho que ser otimista. Subimos de 16 mil para 22 mil leitos. O setor se qualificou bastan-te. Esperamos 17 novos hotéis para a cidade. Os empresários cumpriram o prometido na quantidade e na qualidade�, explica Paulo Pedrosa, presidente do Sindicato dos Bares, Hotéis, Restaurantes e Similares da Grande BH.

Muitos hotéis já estão com capacidade esgotada, principalmente na região da Pampu-lha. A gerente geral do San Diego Suítes Pampu-lha, Isabella Sena, conta que na Copa das Confederações tiveram 100% de ocupação através de um banco patrocinador do evento. �Para a Copa do Mundo já temos 100% de ocupação. São jornalistas, parte de uma dele-gação dos times e patrocinadores. Não tivemos como atender turistas, pois já estamos lotados.

Todos são trabalhadores. São 170 quartos e acomodamos até 340 pessoas. Temos ainda uma parceria com o Iate Tênis Clube, que permite ao hóspede frequentar o clube�, desta-ca.

A proprietária do Hotel Conexão Pampulha, no bairro Itapoã, Cibele Chamone, acredita que o sucesso se deve à qualificação dos hotéis. �Abrimos vagas em dezembro e 50% foi reserva-da de cara através de turistas alemães, ingle-ses, argentinos e mexicanos. Temos funcionári-os bilíngues, padrões exigentes na limpeza e na qualidade do café da manhã�, enaltece.

LocalizaçãoNovos hotéis acabam de ser inaugurados e

o entusiasmo é visível. O Quality Hotel, da rede Atlântica, foi inaugurado em março na Avenida Antônio Carlos, bem próximo ao Mineirão. A estrutura do hotel chama a atenção. Para Renato Carvalho, diretor de vendas da Atlântica Hotels, o sucesso é certo. �A expectativa é a melhor possível. Temos dois hotéis no coração do evento: um perto do Shopping Del Rey e outro na Antônio Carlos, próximo à Abrahão Caram, além de mais outros dois. Estamos com a capacidade esgotada para as oitavas e semifinal. São turistas africanos, argentinos, franceses e 40% de brasileiros. Cerca de 50% são empresas que financiaram as viagens e, os outros 50%, turistas independentes�, exalta.

Outros hotéis se destacam pela localiza-ção. A Pousada Sossego da Pampulha está há praticamente um quarteirão do evento. �Nosso hotel é próximo ao Mineirão. As pessoas vão a

pé, pois está dentro da área do evento. Para o evento mantivemos nosso padrão, pois sempre nos preocupamos com a estrutura e o visual do hotel�, destaca o proprietário Lin Chih Chang.

A expressão �legado da Copa� é constante-mente usada na mídia. Apesar das melhorias em termos de quantidade e qualidade, a expectativa é que o turismo de negócios conti-nue sendo o grande filão. �Não considero que BH terá um turismo real. O setor corporativo é quem nos aquece. As multinacionais são as provedoras do nosso setor�, explica o presiden-te do Sindhorb, Paulo Pedrosa.

Com as vagas praticamente lotadas para Copa, a gerente Comercial do Impar Suítes, Amanda Macahubas, explica como será a tendência pós-evento. �O atendimento pós-Copa será mais para o público corporativo. A concorrência aumentou, mas a quantidade de eventos também�.

Turismo de lazerDiferente dos hotéis voltados para o setor

empresarial, os hotéis que oferecem lazer possu-em um significativo público da Grande BH. O filão maior são as hospedagens aos finais de semana. Mesmo um pouco mais afastados do Mineirão - grande parte está localizada na Região Metropoli-tana -, a expectativa é boa. Localizado em Santa Luzia, o Hotel Floresta Mágica oferece uma grande estrutura de lazer buscando um clima familiar para os hóspedes. O gerente Cláudio Araújo Filho acredita que até os últimos dias antes do evento as vagas serão preenchidas. �Na Copa das Confederações todas as vagas foram ocupadas, sendo as últimas bem nas vésperas. Quando há um esgotamento dos hotéis de BH, o que provavelmente ocorrerá, eles acabam nos procurando�, explica.

Também investindo no setor de lazer, o Hotel Gran Minas, em Vespasiano, foi inaugurado em dezembro do ano passado para atender um público de famílias nos finais de semana, além de convenções empresariais durante a semana. �O otimismo é grande para este ano de 2014 por causa da Copa. Reformamos o hotel e investimos em infraestrutura para atender bem a demanda. Demorou um ano para reformar, mas revitaliza-mos e ampliamos todos os salões, piscinas, restaurante, quartos, sala de convenções para cerca de 200 pessoas etc�, enaltece.

Agora é esperar para ver e torcer para que haja um movimento positivo no período pós-Copa, principalmente diante da expectativa de que as cidades sedes se evidenciem perante o público mundial. (João Paulo Dornas)

Setor hoteleiro pronto para a Copa

Hotel Gran Minas

JOÃO PAULO DORNAS

Hotel Gran Minas

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QUADRO�DE�EMPREGOS

PADARIA BENTO XVIFunção: AJUDANTE DE CHAPISTA Vagas: 1Especificação / Perfil: Ambos os sexos, com experiência. Turno da noite.Função: ATENDENTE DE BALÇÃO Vagas: 2Especificação / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau completo, não é necessária experiência. Turno da tarde.Função: OPERADOR DE CAIXA Vagas: 1Especificação / Perfil: Sexo feminino, 1º grau completo. Turno da manhã.Função: SALGADEIRO (A) Vagas: 1Especificação / Perfil: Ambos os sexos, com experiência.Contato: Interessados comparecer à Rua João Arantes, 413, de segunda a sexta-feira, entre 13h30 e 19h, e procurar Camila, ou enviar e-mail para padariabentoxvi@hotmail.com.

MIRIAN DAYRELL Função: CORRETOR DE IMÓVEIS Vagas: 4Especificação / Perfil: Ambos os sexos, com ou sem experiência, 2º grau completo, possuir carro próprio. Contato: Interessados entrar em contato com Anderson através do telefone 3025-2323.

ESCOLA DE IDIOMAS Função: RECEPCIONISTA Vagas: 1Especificação / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, com ou sem experiência. Contato: Enviar currículo para yoquef@gmail.com.

SUPER NOSSO HOT POINT (Cidade Nova) Função: AÇOUGUEIRO Vagas: 2Função: SUSHIMAN Vagas: 2Função: PADEIRO Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incompleto, entre 18 e 55 anos. Necessária experiência mínima de seis meses.Função: AUXILIAR DE OPERAÇÕES (MERCEARIA) Vagas: 5Especificações / Perfil: Sexo masculino, 1º grau

completo, entre 18 e 50 anos. Não é necessária experiência.A empresa oferece oportunidades para pessoas com deficiência.Contato: Interessados comparecer à Av. Amazonas, 1.464 - Barro Preto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, munidos dos documentos pessoais.

APOIO MINEIRO (Horto) Função: ATENDENTE DE CAIXA Vagas: 10Função: REPOSITOR Vagas: 5Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incompleto, entre 18 e 45 anos. Não é necessário experiência. Função: PADEIRO Vagas: 2Função: AÇOUGUEIRO Vagas: 3Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 1º grau incomple-to, necessário seis meses de experiência na função. Contato: Interessados comparecer à Av. Amazonas, 1.464 - Barro Preto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, munidos dos documentos pessoais.

REDE BRISTOL Função: COZINHEIRO/CONFEITEIRO (Pampulha) Vagas: 1 Especificação / Perfil: Ambos os sexos, experiência na área. Horário: 6h40 às 15h, escala 6x1. Salário: R$ 1.300,00 + benefícios.Função: CAMAREIRA (Pampulha, Centro) Vagas: 3Especificação / Perfil: Sexo feminino. Horário: 8h às 16h20, escala 6x1. Salário + benefícios.Função: MENSAGEIRO (Gameleira, Jaraguá) Vagas: 3 Especificação / Perfil: Sexo masculino, 2º grau completo, possuir carteira de habilitação categoria B. Escala 12x36. Salário + benefícios.Contato: Enviar currículo para recrutamento.mg@redebristol.com.br.

UNIFENAS Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DE CURSOS SUPERIORES Vagas: 2

Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar cursando os cursos de Enfermagem, Biomedicina, Farmácia ou Química. As vagas são para estagiar nas unidades Jaraguá e Itapoã.Função: ESTÁGIO PARA ALUNOS DE CURSOS TÉCNICOS Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos, estar cursando os cursos técnicos em Química, Biotecnologia ou Patologia Clínica. As vagas são para estagiar nas unidades Jaraguá e Itapoã.Contato: Enviar o currículo para o e-mail rh.bh@unifenas.br.

MILA (Liberdade) Função: AUXILIAR ADMINISTRATIVO - VAGA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD) Vagas: 1Especificações / Perfil: Ambos os sexos, preferencialmente possuir o 2º grau completo, não é necessária experiência. Função: VENDEDOR DE VEÍCULOS Vagas: 1Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, experiência no ramo comercial. Disponibilidade de horário. Função: MECÂNICO DE VEÍCULOS Vagas: 1Especificações / Perfil: Ambos os sexos, 2º grau completo, com experiência. Contato: Enviar para rh.milapampulha@grupolider.com.br, com nome da vaga, ou entrar em contato com Carla através do 3499-4145.

CENTRO DE COMPRAS VIABRASIL PAMPULHA (Itapoã) Função: SERVENTE DE LIMPEZA Vagas: 3Especificações / Perfil: Ambos os sexos. Salário: R$ 825,00. Escala 12x36. Função: OPERADOR DE ESTACIONAMENTO Vagas: 2Especificações / Perfil: Ambos os sexos. Salário: R$ 771,00. Escala 6x1. Contato: Encaminhar currículo para

recrutamento@grupovs.com.br ou entrar em contato pelos telefones 3347-7721 ou 2126-3200.

CONTAX Função: ATENDENTE DE CALL CENTER Vagas: 200Especificação / Perfil: Com ou sem experiência, acima de 18 anos, ensino médio concluído ou cursando e noções básicas de informática. Benefícios: salário fixo, VT, ticket, plano de saúde e odontológico, auxílio creche, possibilidade de crescimento e descontos em faculdades.Contato: Enviar currículo para recrutar@contax.com.br ou elutfala@contax.com.br.

A&C Função: ATENDENTE DE TELEMARKETING Vagas: 50 Especificação / Perfil: Ambos os sexos, com ou sem experiência, acima de 18 anos, ensino médio completo, conhecimentos básicos em informática. Benefícios: salário fixo de R$ 678,00, lanche na empresa, convênio médico e odontológico, convênio com faculdades, seguro de vida, auxílio creche e possibilidade de crescimento. Carga horária de trabalho: 6h20 por dia. Contato: Enviar currículo para rafael.dourado@aec.com.br.

EM FOCO MÍDIA (JORNAL CIDADE NOVA EM FOCO)Função: MARKETING/PUBLICIDADE Vagas: 1Especificações / Perfil: Morar na região da Pampulha. Experiência real na área comercial, de marketing e de publicidade. Disponibilidade de tempo, organização, iniciativa, compromisso, bom texto e boa fluência para entrevistas e contatos externos. Dispensamos curiosos e pessoas aguardando respostas de outros empregos. Horário: 13h15 às 18h15.Contato: Enviar currículo com foto para emfocomidia@emfocomidia.com.br.

Novamente divulgamos as vagas de empregos na região através da disponibilidade de nossos anunciantes e demais parceiros, e esperamos contribuir, tanto com as empresas que precisam preencher estas vagas, quanto com os moradores e demais interessados. Continuaremos usando este espaço em nossas próximas edições para que nossos parceiros e empresas sérias e idôneas possam oferecer suas vagas e assim faremos nosso trabalho social de ajudar aqueles que precisam trabalhar. Os dados da empresa, contato, especificações e quantidade de vagas podem ser enviados para emfocomidia@emfocomidia.com.br.

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SAÚDE E BEM-ESTAR

É cada vez mais comum encontrarmos em nosso círculo de amigos e parentes alguém que já sofreu ou sofre de uma das mais temidas doenças de fundo psíquico da atualidade: a depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esse mal afeta 350 milhões de pessoas das mais variadas idades, raças e classes sociais, podendo ocorrer de forma branda, mas também mais agressiva, chegando a prejudicar a vida da pessoa sob os mais variados aspec-tos. No Brasil, cerca de uma em cada dez pes-soas sofre com o problema.

Independente da maneira e do motivo que a depressão surge, é importante entender que nem sempre os pensamentos negativos ou dias de tristeza que as pessoas têm em suas vidas chegam a constituir um quadro depressivo. É necessário atentar para o tempo de duração da tristeza, além de outros fatores os quais podem ser considerados agravantes da doença, que, embora seja comum, alguns dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento adequado.

O preconceito com as doenças mentais faz com que muitos pacientes, principalmente os homens, demorem a aceitar que têm o proble-ma e a procurar um médico, atrasando o trata-mento. Os sinais podem ser confundidos com sentimentos naturais do ser humano, como tristeza, indiferença e desânimo. Esses senti-mentos passam a configurar um quadro de depressão clínica quando a variação do humor começa a afetar negativamente vários aspectos da vida do paciente, como a produtividade no trabalho e nos estudos às relações com outros

indivíduos, passando pela qualidade do sono e a disposição física para realizar as atividades do dia a dia. Esses sintomas são naturais do ser humano, mas, se somados a outros e persisti-rem na maior parte do dia por ao menos duas semanas, e a pessoa passar a enxergar o mundo e a si mesma de forma negativa e infeliz, podem configurar um quadro de depressão clínica.

Para o Dr. Ronald Farah, clínico e sexólogo que atualmente atende seus pacientes no Centro Médico Pampulha, no bairro Jaraguá, a pessoa que entra em um quadro depressivo começa a se abster de prazeres, muitas vezes simples, que antes ela tinha. �A depressão é uma tristeza que nunca acaba�, explica. Segun-do o médico, além dos fatores externos, de ordem emocional, como a morte de um ente querido, doença, rompimento de um relaciona-mento ou a perda do emprego, ainda há a

predisposição genética, onde o organismo para de produzir um de seus principais neurotrans-missores, a serotonina. �Pessoas que têm a mãe ou o pai com depressão têm mais chances de vir a ter a doença ao longo da vida. Não é determinante, mas é preciso ficar atento a essa tendência familiar�. Com relação à situação de luto, Farah explica que se perdurar muito o tempo de tristeza pela morte de uma pessoa próxima, é necessário o uso de medicamentos, além de acompanhamento psicológico, para não ocorrer agravamento do quadro.

A depressão incide três vezes mais nas mulheres do que nos homens. Mas há razões para isso. Há evidências de que fatores biológi-cos, hormonais e psicossociais colaborem para essa desigualdade, bem como a capacidade reprodutiva, maior expectativa de vida e flutua-ções hormonais contribuam para essa maior probabilidade da doença no sexo feminino.

Sobre esse fato, Dr. Ronald afirma que isso também acontece porque a mulher ainda se permite ser frágil, procurando ajuda médica caso perceba que algo está errado, o que não ocorre com os homens, que sempre procuram demonstrar força. �Geralmente os homens têm muita dificuldade em admitir que estejam tristes ou até mesmo depressivos. Por causa disso, passam a esconder essa situação na bebida, no cigarro e na comida�, comenta. Apesar dessa constatação, o médico explica que muitos homens chegam à clínica demons-trando preocupação por estarem com indícios de um quadro depressivo.

É importante que a pessoa que passa por episódios demorados de tristeza profunda, muitas vezes sem motivo algum, procure a ajuda de um clínico geral ou um psicoterapeuta para verificar se ela está passando por uma depressão. Essa doença, que cresce a cada dia no mundo todo, pode se iniciar de maneira branda e com o tempo acometer de maneiras mais graves, levando a pessoa, em uma situa-ção de desespero, a ter pensamentos suicidas e até mesmo a tentar ceifar a própria vida. Com a utilização de medicamentos antidepressivos e também da psicoterapia, como tratamentos terapêuticos, o paciente tem grandes chances de voltar a ter uma vida normal. Buscar sempre atividades prazerosas, fazer atividades físicas, procurar bons motivos para sorrir já é um grande passo para fortalecer o corpo e ficar longe desse mal que torna as pessoas tão vulneráveis. (Anna Boechat, com colaboração de Fabily Rodrigues)

Depressão: um mal que acomete cada vez mais pessoas

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