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Romper com a monotonia, modernizar o Concelho O governo PSD e CDS operaram uma autêntica revolução ideológica na organização do estado e no aniquilamento dos direitos das populações. A produção de legislação nunca foi tanta e realizada de forma tão célere. O esvaziamento das funções do estado que já vinha de trás, atingiu o seu auge. A solidariedade social foi aniquilada, emergindo uma nova crença: o assistencialismo. Aquilo a que a burguesia reaccionária designa de “sociedade civil”, que se farda com as vestimentas das IPSS, passou a ser o centro das políticas de assistencialismo. O que antes era um direito das populações passou a ser uma dádiva pela qual as pessoas devem pedinchar de forma humilde. Os célebres humildes do tempo do estado novo de Salazar, voltaram por imposição de uma ideologia que se quer vingar do 25 de abril. O novo quadro político em Portugal demonstra que a governação PS vai rompendo, embora de forma muito tímida, com algumas das políticas fundamentalistas da governação anterior PSD/CDS. O governo PS, fortemente pressionado à esquerda, tem vindo timidamente a devolver os rendimentos aos trabalhadores. A dívida e o tratado orçamental constituem os instrumentos antidemocráticos utilizados pelo poder, sufocando as populações. Se num passando recente a reestruturação da dívida e o romper com o tratado orçamental representava uma utopia para determinados sectores da sociedade, constitui hoje uma necessidade imperiosa de modo a que a austeridade fique definitivamente para trás. Portugal tem hoje um saldo primário de 5 mil milhões de euros (o maior da UE). No entanto, os juros da dívida são monstruosos, consumindo por inteiro o saldo primário. Ao governo tem faltado coragem para enfrentar os credores. O cumprimento das regras do tratado orçamental asfixia qualquer possibilidade de crescimento económico, sendo que o PS não possui coragem política para afrontar este tratado que esmaga os povos europeus.

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Romper com a monotonia, modernizar o Concelho O governo PSD e CDS operaram uma autêntica revolução ideológica na

organização do estado e no aniquilamento dos direitos das populações. A

produção de legislação nunca foi tanta e realizada de forma tão célere. O

esvaziamento das funções do estado que já vinha de trás, atingiu o seu auge. A

solidariedade social foi aniquilada, emergindo uma nova crença: o

assistencialismo.

Aquilo a que a burguesia reaccionária designa de “sociedade civil”, que se

farda com as vestimentas das IPSS, passou a ser o centro das políticas de

assistencialismo. O que antes era um direito das populações passou a ser uma

dádiva pela qual as pessoas devem pedinchar de forma humilde. Os célebres

humildes do tempo do estado novo de Salazar, voltaram por imposição de uma

ideologia que se quer vingar do 25 de abril.

O novo quadro político em Portugal demonstra que a governação PS vai

rompendo, embora de forma muito tímida, com algumas das políticas

fundamentalistas da governação anterior PSD/CDS. O governo PS, fortemente

pressionado à esquerda, tem vindo timidamente a devolver os rendimentos aos

trabalhadores.

A dívida e o tratado orçamental constituem os instrumentos antidemocráticos

utilizados pelo poder, sufocando as populações. Se num passando recente a

reestruturação da dívida e o romper com o tratado orçamental representava

uma utopia para determinados sectores da sociedade, constitui hoje uma

necessidade imperiosa de modo a que a austeridade fique definitivamente

para trás.

Portugal tem hoje um saldo primário de 5 mil milhões de euros (o maior da UE).

No entanto, os juros da dívida são monstruosos, consumindo por inteiro o saldo

primário. Ao governo tem faltado coragem para enfrentar os credores.

O cumprimento das regras do tratado orçamental asfixia qualquer possibilidade

de crescimento económico, sendo que o PS não possui coragem política para

afrontar este tratado que esmaga os povos europeus.

O Partido Socialista tem-se demonstrado manifestamente insuficiente para

recolocar Portugal no caminho da modernidade, do progresso, do reforço da

democracia, da qualificação, do combate ao assistencialismo, do reforço dos

serviços públicos, do combate à corrupção, impondo a transparência, do pôr

fim ao banquete das PPP`s, de combater a fraude fiscal e a fuga exponencial

aos impostos, etc…

Um poder local que rompa com o conservadorismo e responda às necessidades das populações

Em Santa Maria da Feira a governação autárquica é um desastre que tende a

não ter um fim. O marketing é hoje usado até à exaustão pelo executivo

autárquico de modo a esconder debaixo do tapete a ausência de um projecto

planeado de modernização do Concelho.

Tal como na era medieval os grandes empreendimentos são o centro de ação,

mesmo que estes se encontrem desfasados da realidade e impliquem grandes

custos para os contribuintes.

➢ O PEC, Parque Empresarial da Cortiça, que foi apresentado como um

motor de dinamização do sector da cortiça. Expropriou-se terrenos, fez-

se uma grande propaganda e investiu-se muito dinheiro. Uma vez que

chegou atrasado no tempo, cerca de 30 anos, morreu pouco depois de

nascer, sendo que pelo meio gastaram-se mais uns milhões de euros.

➢ O Europarque, que representa hoje um buraco gigante com custos

elevadíssimos para todos os contribuintes. No passado foi utilizado

como a montra do empreendorismo e da capacidade de realização da

burguesia feirense. Uma exibição da parolice da nossa burguesia que

custou, directamente aos cofres públicos, cerca de 34 milhões de euros,

não esquecendo as isenções e regalias fiscais nas contas finais. A

expressão “O Governo paga, os patrões agradecem, os cidadãos

empobrecem”, define de forma sintética a catástrofe que o Europarque

representa.

A emergência que mobiliza o BE é a construção de uma alternativa política

programática, capaz de gerar uma transformação do modelo de

desenvolvimento de Santa Maria da Feira. Queremos um concelho moderno,

que potencie as riquezas naturais, que proteja o ambiente, que promova a

qualidade de vida, que defenda e preserve o património, que efectivamente

produza cultura (sem cercear a criação), com uma rede viária moderna, sem

barreiras arquitectónicas e que proteja o peão, com planeamento urbanístico,

com a criação de espaços verdes e zonas de lazer devidamente equipadas,

que promova a prática desportiva gratuita acessível a todos os feirenses, que

estimule efectivamente o crescimento económico (acabando com a fraude do

empreendorismo e da diplomacia económica), trazendo para o concelho

empresas modernas e tecnologicamente avançadas.

Ambiente, qualidade de vida e urbanismo As questões ambientais e urbanísticas, factores determinantes na qualidade de

vida das populações, encontram-se absolutamente desvalorizadas. De facto,

as poucas intervenções neste âmbito demonstram-se absolutamente inócuas

na melhoria da qualidade de vida no concelho.

A requalificação do Rio Cáster, já teve vários projectos, inclusivamente com

iniciativas públicas, mas continua depositada no cofre das promessas nunca

concretizadas. Prometer e não cumprir, é a marca do PSD Feira.

Os autarcas laranjas nunca tiveram “pedal” para criar ciclovias. O parque para

desportos radicais ficou definitivamente colado ao papel das promessas.

A intervenção na Quinta do Engenho Novo saldou-se num acto de pura

vandalização da arborização existente.

A criação dos passadiços das ribeiras em Fiães, embora constitua uma boa

medida, a sua implantação na prática descuidou medidas essenciais tais como

a limpeza das margens dos passadiços e manutenção regular dos mesmos, a

criação de pontos de água para os utilizadores, a criação de equipamentos de

apoio, como instalações sanitárias e um parque infantil, a colocação de mais

recipientes para o depósito de lixos e a construção de uma passagem pedonal

(superior ou inferior) na estrada N326.

Santa Maria da Feira tem uma enorme escassez de parques infantis em todas

as freguesias. Pobre autarquia esta, que nem espaços de lazer consegue

construir para as crianças do concelho.

Jardins, praças arborizadas e locais dotados com equipamentos para a prática

de desporto de acesso gratuito, são uma miragem.

As barreiras arquitectónicas são sem dúvida um sério problema, que gera

muitas dificuldades a quem tem problemas de mobilidade. Defendemos uma

cidade inclusiva e acessível a todos os cidadãos, mas deparamo-nos com um

concelho que representa exactamente o oposto, onde encontramos

passadeiras praticamente invisíveis, passeios esburacados, desnivelados, com

as árvores mal colocadas, e passeios não rebaixados onde existem as

passadeiras.

Mobilidade, Transportes e Infra-estruturas

As sociedades modernas debatem-se hoje com um problema sério que é a

mobilidade em ambiente urbano. Existem hoje inúmeros obstáculos e

constrangimentos à circulação de bens e pessoas que não se coaduna com as

expectativas que os cidadãos têm de quem conduz e governa os seus

destinos. Não basta as cidades serem servidas pelos grandes eixos viários

quando depois existem fortes constrangimentos à circulação nas vias

comunicantes e de acesso a esses eixos, assim como fortes condicionalismos

e de vária ordem na circulação das vias que cruzam as malhas urbanas. Este

factor é preponderante para a perda de qualidade de vida nestes meios assim

como é um factor pouco atractivo para o desenvolvimento económico do

pequeno comércio e serviços. Os cidadãos hoje estão mais conscientes da

importância e da necessidade que a falta de alguns equipamentos de utilização

pública têm nas suas vidas, nomeadamente equipamentos para a prática

desportiva, espaços verdes, espaços de recreio e lazer essenciais para a

sociabilização das pessoas e por haver essa visão moderna e mais apropriada

ao progresso e desenvolvimento da sociedade, urge que os poderes instituídos

acompanhem este anseio. Durante anos assistimos ao crescimento

completamente anárquico e sem qualquer critério das malhas urbanas, não

existindo por parte do poder central e autárquico qualquer plano estratégico de

desenvolvimento virado para o futuro, o que faz com que os mecanismos de

ordenamento de território sejam pensados mais no interesse das negociatas

associadas à especulação imobiliária e muito pouco no interesse dos cidadãos.

Paradoxalmente, assistimos hoje ao esvaziamento populacional dos espaços

centrais das vilas e cidades, com grande número de edifícios em estado

devoluto e abandonado e ao mesmo tempo assistimos à aglomeração de

grandes concentrações de massas populacionais em espaços reduzidos

predominados pela construção em altura.

Urge reverter esta situação para que os centros das localidades possam

continuar a ter vida e possam ser locais de atracção para as pessoas. Locais

abandonados são dissuasores e por conseguinte menos procurados pelas

pessoas, o que numa perspectiva futura representaria a morte destes espaços.

É inconcebível que qualquer projecto de requalificação de zonas urbanas

degradadas, numa perspectiva de futuro não tenha em conta alguns dos

aspectos referidos anteriormente que contribuem decisivamente para a fixação

das pessoas pela qualidade de vida que potenciam.

Uma rede de transportes públicos a sério, tem que ser uma rede transversal ao

concelho e que se deve ajustar às necessidades das pessoas.

A requalificação e modernização da Linha do Vale do Vouga é disso um

exemplo paradigmático. Não importa ter uma rede ferroviária a passar ao lado

de casa quando ela não serve as pessoas nem proporciona condições mínimas

de conforto e muito menos de interligação modal com outros meios

complementares de transporte público aos utentes.

Os constrangimentos na mobilidade também passam pela inexistência de uma

rede urbana de transportes públicos e que possa servir de forma transversal a

ligação da centralidade territorial à periferia.

Ainda no âmbito da mobilidade o planeamento estratégico é fundamental para

evitar os constantes atropelos ao direito à mobilidade dos cidadãos com

mobilidade limitada ou reduzida. Não é possível construir passeios muito

irregulares por norma e ao mesmo tempo colocar barreiras circulação dos

peões com estreitamento abrupto das guias de passeios, árvores plantadas no

meio dos mesmos, etc .

Ter uma visão de futuro é encarar os projectos de requalificação urbana com a

abrangência inteligente de fazer rentabilizar os custos das obras sem

necessidade de grandes intervenções por um longo período de tempo. A Feira

perdeu essa oportunidade com as recentes obras de grande monta que

ocorreram no saneamento e cuja posterior requalificação viária não obedeceu a

esta perspectiva de futuro, multiplicando gastos e eternizando obras que em

boa verdade só servem para propaganda política.

Ação Social e (des)Emprego

A austeridade tem deixando marcas profundas na vida dos feirenses. O

desemprego, o emprego com baixos salários e a pobreza impõem respostas

sociais emergentes por parte da Câmara Municipal. Não basta que o Executivo

afirme que tem a Ação Social como prioridade. As proclamações e operações

de markting nada servem uma vez que apenas as ações serão capazes de

resolver o problema.

Lutamos por uma sociedade verdadeiramente moderna, que defenda os mais

desprotegidos nas alturas de maior dificuldade. Urge pois canalizar a maior

parte das respostas sociais para os desempregados, em especial os casais

desempregados, empregados com salários extremamente baixos, os idosos e

as crianças e jovens.

O Bloco de Esquerda tem-se batido por várias propostas nesse sentido. Muitas

delas têm sido chumbadas pelo PSD, mas isso só mostra que é preciso insistir

mais e com mais força. Para o Bloco de Esquerda, é fundamental:

➢ Um Plano de Emergência Social no concelho. Nenhuma família,

nenhuma pessoa, pode ficar sem casa, eletricidade, água ou comida por

insuficiência económica. Este Plano serviria como um fundo para que as

famílias nestas situações pudessem recorrer à Câmara Municipal de

modo a poder responder às suas necessidades básicas.

➢ Um Plano Social de Habitação. Sendo a habitação um dos direitos

fundamentais, pretendemos criar as condições para que no concelho

existam habitações de qualidade a preços acessíveis. Deparamo-nos

com uma manifesta carência de habitação social, que se materializa em

anos de espera na atribuição de casa. É preciso, então, não só nova

construção, mas também a criação de uma renda a custos controlados

onde se incluam imóveis devolutos. Por outro lado, é preciso dotar os

atuais bairros sociais de mais e melhores infraestruturas de forma a

garantir a melhor qualidade de vida nestes locais. A maior parte dos

bairros estão desprovidos de jardins, espaços de convívio comum,

parques infantis, hortas comunitárias ou equipamentos para a prática de

desporto. Outros, como o Bairro do Souto, em Fiães, mostra sinais

evidentes de degradação da infraestrutura, com rachas e fissuras que

ameaçam a estabilidade das habitações.

➢ Um Tarifário Social na Água. Muitos municípios em Portugal já aplicam

um princípio de isenção de pagamento de água a casais em que ambos

cônjuges se encontrem desempregados. Não só esse princípio deveria

ser aplicado em Santa Maria da Feira, como deveria ser alterada a

estrutura tarifária, sendo mais progressiva e garantindo que todas as

pessoas no concelho poderiam ter o acesso gratuito àquilo que a própria

ONU considera o mínimo indispensável para a vida no dia-a-dia: 50 litros

diários.

➢ Um Programa de Comparticipação na Aquisição de Medicamentos.

Há cada vez mais pessoas, em especial os idosos (mas não só), que

têm que fazer a dolorosa escolha: ou compram os medicamentos

necessários ou pagam as contas da mercearia. Isto não é demagogia. É

a cruel realidade. É preciso pôr fim a esta violência sobre as pessoas,

comparticipando, com um fundo municipal, a aquisição de

medicamentos a pessoas e famílias com mais dificuldades económicas

e com maior despesa na farmácia.

➢ Um Programa de Pequenos Consertos em Habitações de Idosos.

Para garantir uma melhor qualidade de vida e um maior conforto, a

Câmara deve disponibilizar os seus próprios meios e serviços à

população. À semelhança de diversas autarquias, que já implementaram

vários programas neste âmbito, como por exemplo a “Oficina

Domiciliária, propomos a prestação de um serviço de pequenas

reparações domésticas em habitações de idosos. Muitas das vezes,

estas são reparações simples e extremamente baratas que custarão

muito pouco à Câmara Municipal e que garantirão um aumento de

qualidade de vida dos idosos.

➢ Programas de Combate à Solidão na Terceira Idade. A solidão é um

dos principais problemas da terceira idade, principalmente numa altura

em que os Portugal voltou a ser um país de emigrantes! A solidão dos

idosos é uma situação de risco para os mesmos: problemas

psicológicos, falta de assistência no dia-a-dia, falta de assistência no

caso de doença aguda. É por isso necessário que a Câmara Municipal

oriente a sua rede social para o necessário apoio domiciliário na terceira

idade e promova espaços e programas de convívio intergeracional.

Mais, deve distribuir por todos os idosos que vivam sozinhos uma

pulseira de tele-alarme para, numa situação de emergência, terem

acesso a ajuda imediata. Propomos a criação da Provedoria do

Munícipe Sénior, para apoiar, cuidar e estar mais próximo dos idosos,

lutando ativamente pela garantia dos seus direitos, por uma melhor

condição de vida e para proteger aqueles que não são protegidos.

➢ Programa Municipal de Promoção da Igualdade de Género. As

mulheres continuam a sofrer na pele a discriminação. São as principais

vítimas da violência doméstica e, para além das duplas e triplas jornadas

de trabalho a que muitas vezes estão obrigadas, é também no local de

trabalho que encontram formas de discriminação bem claras: recebem

menos do que os homens pelo desempenho das mesmas funções e

estão sujeitas, muitas vezes, a práticas de assédio. Outras vezes não

são respeitados direitos próprios da maternidade: tempo para aleitação,

por exemplo, sendo penalizadas no prémio de assiduidade. É preciso

acabar com estas práticas e o município deve estar na primeira linha,

não só aplicando em si mesmo práticas promotoras da igualdade de

género, mas também sensibilizando a população para as mesmas e

disciplinando quando tem conhecimento de alguma prática

discriminatória.

Bens e Serviços Públicos

Uma democracia só é verdadeiramente vivenciada quando os sectores

estratégicos estão sobre a alçada do público. Quando são os privados assumir

o papel do estado ou das autarquias a catástrofe não tem fim. A qualidade

deteriora-se, os preços aumentam e os cidadãos têm uma privação substancial

da sua qualidade de vida.

Santa Maria da Feira tem sido um laboratório usado até á exaustão para

Parcerias Público Privadas ou concessões a privados do que é de todos nós.

Com consequências nocivas: o contribuinte está sempre a pagar mais e mais

para a utilização de um serviço ou para um consumo de um bem que afinal é

dele também!

É determinante para a melhoria dos serviços prestados e da sua qualidade

inverter esta situação rapidamente.

➢ Remunicipalização da Água. São vários os países da Europa que

estão a remunicipalizar da água devido à desastre que foi a sua

privatização. Concessão da água e do saneamento à Indáqua tem

provado, ano após ano, ser um verdadeiro assalto aos munícipes. A

água é das mais caras do país. Este negócio é altamente pernicioso

para os cidadãos como para o município. É urgente a remunicipalização

da água, a aplicação de um tarifário social, o fim das taxas de ligação e

o fim da taxa de disponibilidade. A água é de todos, não é da Indáqua!

➢ Acabar com o Estacionamento Pago. A concessão de um milhar de

estacionamentos pagos na freguesia da Feira representa, mais uma vez,

a forma como a Câmara facilmente vende o interesse geral ao interesse

privado. É necessário terminar com essa concessão que não traz nada

para os cofres da Câmara. A urgência desse fim tem três razões: 1) o

espaço público é de todos, não pode existir um privado a alugar o

espaço que é de todos para que possamos usufruir dele; 2) não existem

transportes alternativos, nem ciclovias, nem passeios, que

desincentivem o uso do automóvel; logo, é a própria Câmara que está a

obrigar as pessoas a trazer o carro para dentro da cidade; 3) esta

concessão é completamente desproporcional e não faz sentido numa

cidade que não tem especial problema com a fluidez de trânsito.

➢ Defender os Serviços Públicos. O Bloco de Esquerda tem estado e

estará sempre na primeira linha da defesa dos Serviços Públicos. Eles

são fundamentais para as populações, assim como o seu correto e

pleno funcionamento. Os últimos governos, matrimoniados com a

austeridade esvaziaram os serviços públicos e isso reflete-se na morte

lenta da Linha do Vouga; na falta de médicos, enfermeiros e auxiliares

no Hospital S. Sebastião; A batalha da defesa dos serviços públicos

contará sempre com o BE!

Juventude

Os jovens foram e são, as maiores vítimas da aplicação da doutrina da

austeridade. O desemprego jovem é ainda elevado, a precariedade é

especialmente chocante, os salários são mais baixos e, muitas vezes, a

emigração é ainda uma saída. É cada vez mais difícil ter uma vida

independente e é cada vez mais difícil poder continuar a estudar ou manter

uma vida social ativa.

Para o Bloco de Esquerda não baste afirmar que o futuro é dos jovens, é pois

necessário criar verdadeiramente melhores condições para a juventude e mais

apoio aos seus projetos de vida. Deste modo, propomos:

➢ Reforçar a verba e o número de bolsas de estudo atribuídas pela

Câmara Municipal.

➢ Implementação, em todas as escolas do concelho, de um sistema de

empréstimo de livros escolares.

➢ Projeto Rede sem Fios. Dotar os espaços públicos (em especial praças

e centro de freguesias) com internet sem fios gratuita.

➢ Reabilitar e Construir Equipamentos Desportivos para quem não

quer praticar desporto de competição, mas sim desporto como atividade

física, de saúde e de bem estar e também atividade social.

➢ Programa Habitação Jovem. A partir da bolsa de arrendamentos de

casas vazias e devolutas, especialmente destinada a jovens que

procuram a sua emancipação.

➢ Apoio ao Desenvolvimento de Projetos Artísticos e Culturais.

Disponibilização de locais para ensaio ou ateliers para trabalho artístico;

promoção de iniciativas culturais onde os jovens possam mostrar os

seus trabalhos: concertos, exposições, etc.

Serviço Nacional de Saúde no Concelho

A saúde foi dos sectores onde a moléstia austeridade mais se fez sentir no

nosso Concelho. Os cortes executados retiraram médicos, enfermeiros e

auxiliares ao hospital. Os Centros de Saúde e Unidades de Saúde Familiar

foram igualmente fustigados pelos constrangimentos provocados pela

austeridade.

Enquanto os feirenses esperam e desesperavam horas a fio nas filas de espera

nas urgências do hospital, ou meses pelas consultas. Da parte da Câmara

Municipal assistiu-se a um silêncio comprometedor. Tal como Pilatos lavaram

as mãos.

Actualmente o executivo PSD, quer trazer para o concelho tudo o que é clínica

e hospital privado. Todos os concelhos Portugueses ou europeus, onde foi

seguido este caminho, os serviços públicos de saúde deterioraram-se

fortemente. Estas práticas retiram qualidade de vida às classes médias

sufocando ainda mais os desfavorecidos. Decididamente Emídio Sousa tem

uma visão idêntica a Donald Trump para a saúde.

A única decisão eficaz para aumentar a qualidade de vida das populações, é o

reforço do Serviço Nacional de Saúde, com mais financiamento e meios

técnicos e humanos. O BE bater-se-á por mais e melhor saúde para os

feirenses.

Eleições autárquicas

A entrada do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal afundou em

definitivo com a feira das vaidades que se vivia até então. O BE, é o partido

que mais propostas apresenta na Assembleia Municipal.

A maioria PSD em deriva acelerada para o conservadorismo e muito enfeudada

num poder cada vez mais autocrático, emprega uma narrativa assente numa k7

desfasada da realidade, para chumbar a proposta atrás de proposta, das

oposições e em particular do BE. O PSD, é hoje um partido que apenas sabe

ser do contra. Contra tudo e contra todos, é o lema do poder laranja.

Contra o atraso conservador e pouco democrático, o BE quer a democracia e a

transparência de volta ao concelho. O Bloco apresenta-se ao próximo acto

eleitoral autárquico, ciente que a democracia local enferma problemas

perniciosos:

➢ Privatizações e Concessões de serviços aos privados;

➢ Informação inacessível aos munícipes;

➢ Falta de transparência na gestão das autarquias/ empresas municipais;

➢ Clientelismo, laxismo, incompetência;

➢ Ajustes directos inexplicáveis, obras indevidamente planeadas;

➢ Ligações perniciosas entre autarcas, empreiteiros, mundo do futebol;

➢ Submissão dos autarcas ao poder religioso;

O BE enfrentará com determinação os interesses e lóbis instalados sem

quaisquer tibiezas. Compreendendo que os partidos do arco da governação

definitivamente são um problema e nunca uma solução para o reforço de um

poder autárquico, que se quer alicerçado no rigor, na transparência, em mais

democracia e direccionado para servir os cidadãos.

A aritmética eleitoral foi e é incapaz de responder afirmativamente aos

problemas das populações. Compreendemos que a aritmética seja o refúgio

privilegiado daqueles que se evidenciam pela falta de propostas e soluções ao

longo dos anos. Este não é o nosso caminho.

Para o BE, o caminho para desalojar o PSD do poder na autarquia, constrói-se

num programa moderno e transformador, que responda às reais necessidades

da população feirense e nunca em casamentos por conveniência.

O BE enfrentará o acto eleitoral com listas próprias e construirá programas

realistas e concretizáveis. Prometer tudo a todos, não está, nem estará no

código genético do Bloco de Esquerda.

BE no Concelho de Santa Maria da Feira

Ao BE compete responder politicamente às mutações ideológicas que estão

ocorrer pelo mundo fora. O País e o Concelho não estão em contra ciclo. A

política deve sempre sobrepor-se à organização. Pois só assim, se consegue

responder em tempo real às necessidades das populações.

Aproximar os cidadãos da política, trazendo novos actores à política que sejam

porta-vozes dos sem voz, não deve apenas ser um desafio, mas uma

imposição que deve mobilizar o partido localmente.

O mandatário da lista é Luis Sá.

Lista de candidatos:

Moisés Ferreira Amadeu Oliveira Salomé Ventura Nuno Serrano Joaquim Dias Ana Maria Pereira Pedro leal Paulo Oliveira

Ana Pereira Pedro Alves André Santos Mafalda Mota Carlos Pais Luis Sá Elisabete Lopes Filipe Silva

José Manuel Jesus Jéssica Tavares Luis Ramos Manuel Rocha Tatiana Reis Hélder Mota Mary Rosas José António Brandão

Suplentes Ana Guedes Carlos Liberal Patrícia Moreira Joel Costa

Cesar Sousa Inês Melo Duarte Barros