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REVOLUÇÃO MARÇO 1964: Comunismo Saliente

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REVOLUÇÃO MARÇO 1964:

Comunismo Saliente

CARLITO BERNARDO

Segunda Edição

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BERNARDO, Carlito. Revolução Março 1964: comunismo saliente. 2. ed. São Paulo, 2013. 227 p.

Data da primeira edição

16/10/2002 Data da segunda edição

07/12/2012

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou armazenada, sob qualquer meio, sem

prévia autorização do autor. b.

Esta obra literária está devidamente registrada na FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

Ministério da Cultura Escritório de Direitos Autorais

Rio de Janeiro-RJ

Protocolo de Requerimento Primeira Edição: 2002RJ-10882 Certificado de Registro Primeira Edição: 272.998

Livro: 491 Folha: 158

Lavrado em 4 de novembro de 2002.

Protocolo de Requerimento Segunda Edição: 2012SP-9664 datado de 27/11/2012.

Certificado de Registro Segunda Edição: 585.244

Livro : 1.119

Folha: 45

Lavrado em 07 de dezembro de 2012.

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PREFÁCIO

Carta aos Leitores

Esta obra literária, primeira do autor, foi escrita no mês de setembro de 1998. As agruras foram tantas, principalmente financeiras, que impossibilitaram, à época, a publicação deste escrito. A poeira está a assentar-se, muita obscuridade ainda embaça o horizonte, mas a luz, em pequenos fachos, passa a iluminar o cataclismo econômico. Não foram outras contingências, senão a financeira, a melindrar, a retardar a publicação deste livro. Aos prezados leitores, ofereço, às apreciações, este livro; espero contar com vossas críticas, sejam quais forem vossos ideais político-filosóficos. O que importa, efetivamente, é o sol democrático, diferentemente de pífios ideários marxistas, com arranjos à capitalista, que entorpecem ao povo, quer por determinados sindicatos, quer por políticos de discursos populistas e falaciosos, quer por proeminentes intelectuais, oriúndos de universidades públicas ou de seus corpos docentes. A intenção foi trazer, à baila, os principais fatores do período republicano, que culminaram na revolução de março de 1964. Outros temas, como projetos ao semiárido nordestino, Rio Tietê, Rio Tamanduateí, etc. foram expostos, embora pareçam surrealistas ao momento, quicá no futuro, mesmo que longíquo, mostrar-se-ão relevantes e sejam implementados. Foi a única forma de levar tais projetos ao conhecimento público, de outra feita, ficariam no ostracismo. Espero que este livro seja de vossos agrados, nobres leitores, a intenção foi apresentar os fatos históricos e contemporâneos sem a máscara da hipocrisia. Ainda que contrarie subgrupos sociais, que são ínfimos no universo

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pátrio, não obstante, é pautado nos fatos, portanto, não é tendencioso, a agradar quaisquer segmentos, apenas visa, e enfoca a razão universal dentro de minhas modestas limitações humanas. O Autor.

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Introdução

Não se trata de um livro histórico-didático, não há esse carácter. Ao bom entendimento do Brasil neste final do segundo milênio, necessário foi relatar as implicações deste século, desde os primeiros governos da República, de modo superficial, a objetivar os acontecimentos que mais sintetizaram o freio da grandeza do país, primordialmente, o laço histórico do coronelismo − poder pelo patrimônio −, o corporativismo de castas sociais, não propriamente burguesas, e a luta constante de ascensão ao poder de certa parte da elite intelectual.

Nestes termos, enfoca-se o que houve, e há de estorvo à conquista de maior grau de desenvolvimento do Brasil, sem tendências hegemônicas, simplesmente, pela pujança de sua natureza e pelos desígnios pacíficos, ordeiros e cristãos de nosso povo.

Foram expostas as novas diretrizes comércio--econômicas mundiais para o início do próximo século e suas implicações decorrentes. Espera-se que o leitor tire as conclusões de certos pontos polêmicos, sem influências subjetivas, somente pelos fatos, como um brasileiro que tenha, como ideal, um país próspero, justo, inteiramente alfabetizado, onde as urnas possam traçar seu glorioso futuro de nação livre, soberana e democrática, a reduzir, por conseguinte, as influências de numerosos espertalhões que, por demagogias e corporativismo, estão à testa do país.

O autor.

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PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO Carta aos Leitores

A revisão gramatical desta segunda edição

esteve a cargo do próprio autor, inclusive, com as devidas alterações provenientes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, a vigorar a partir de janeiro de 2009.

A Vós, nobilíssimos leitores, pelo prestígio conferido à aquisição da primeira edição desta obra literária, externo meus profundos agradecimentos. Apesar da pequena tiragem, foi desgastante a vendagem, em face de a mesma ter sido a cargo do autor, de sua esposa e de seus filhos. É deveras angustiante neste país, ser escritor e, ao mesmo tempo, vendedor da própria obra. Não tive lucro algum, provavelmente até prejuízo, com o agravo de ser uma pessoa de modestas posses.

Importante salientar, caríssimos leitores, que foi acrescentado, nesta edição, o subtítulo “Comunismo Saliente”, em complemento ao título original, a fim de dar maior definição ao livro.

Tentei patrocinador para meu recente escrito literário, “Levante Brasil”, por meio de cartas, via correio registrado, junto a algumas pessoas da alta estirpe nacional. Duas das quais, por intermédio de suas equipes, gentilmente, deram-me retorno negativo, contudo, as demais nem sequer acusaram o recebimento, talvez pela minha inexpressiva projeção livresca, sem notoriedade à mídia, um anônimo cidadão a filosofar sobre nosso Brasil. Infelizmente, às vezes, a ética não acompanha a fama e o sucesso financeiro!

Apesar das dificuldades inerentes, um dia, o Levante Brasil será publicado, nem que haja gerações, bem

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como esta segunda edição de “Revolução Março 1964: Comunismo Saliente”, que ora vo-la apresento.

Quanto a este livro, na primeira edição, erros foram cometidos, alguns alheios a meu saber, outros pelas minhas limitações literárias. A palavra “hilariante” apresentou-se sem “h”, outro erro, não menos grave, foi o nome do artista Neil Sedaka, que foi assinalado “New”, bem como a omissão do nome do escritor soviético Soljenitsyn. A pressa, após quatro anos de dormência na gaveta da escrivaninha (1998 a 2002), levou-me a publicá-lo, sem levar em conta, em alguns trechos, as normas cultas, principalmente, o uso de vírgulas.

Aos militares, peço sinceras escusas, por ter grafado, de forma estouvada, o termo ditadura. Não fora pela minha consciência, posto que, sou um incondicional defensor do regime militar que, patrioticamente, ajudei implantá-lo quando era pracinha do Exército, mas sim, pela influência de jargões da época, por intermédio de ínfima parte do jornalismo − mídia ressentista, porém de enorme difusão nacional − muito embora, em que pese, essa pecha prevaleça erroneamente até hoje, quando na realidade, indubitavelmente, “não existiu ditadura”, mas sim, “regime militar político”, o que não tem conotação alguma com regime ditador. Essa concepção, a bem da verdade, vós, digníssimos leitores, encontrareis neste livro, bem como com maiores detalhes no Levante Brasil.

A oportunidade de publicação da primeira edição de “Revolução Março 1964” – aguardada por mim com ansiedade, desde fins da década de 1990, conquanto o financeiro era o maior entrave a publicá-lo – levou-me a digitar os manuscritos em poucos dias, obstinadamente, com pequenos períodos de pausa, sem uma criteriosa revisão gramatical.

Podeis, nobres leitores, indagar-me: tanta pressa por quê? Quando terminardes vossas honrosas leituras,

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entendereis o porquê! Todavia, neste breve preâmbulo, a fim de melhor elucidar, dir-vos-ei, Senhoras e Senhores, que desde 1964 até 2002, os comunistas estiveram à procura da Presidência da República. Usaram de todos os meios possíveis à conquista do poder, desde guerrilhas paramilitares até ao terrorismo político, a explodir bombas de alta destruição, a sequestrar pessoas e aviões, a matar militares das Forças Armadas e inocentes civis, a tumultuar a ordem pública por agitações ideológicas etc., até, por fim, após aprendizado parcial da cartilha democrática, por meio de eleições, chegarem à conquista do tão sonhado poder máximo da nação, em outubro de 2002.

Com a derrocada do império soviético no começo do decênio de 1990, os marxistas clássicos brasileiros, da elite intelectual, mudaram seus discursos em prol do capitalismo − antes ferrenhamente contrários − não obstante, com a metamorfose, o poder chegou-lhes às mãos.

Havia, portanto, os comunistas irreversíveis e, quer por meio partidário, quer pelo sindicalismo, continuaram a professar a obsoleta filosofia Marx-comunista. De modo que, os comunistas moderados, bem como os “xiitas”, os mais radicais, patinavam nas urnas majoritárias e, por sua vez, cresciam nas eleições proporcionais.

Quando da primeira edição em 2002, como por milagre, esses “comunistas moderados” juntaram-se, por conveniências óbvias, aos supercapitalistas, principalmente aos banqueiros, sem, contudo, abrirem mãos da velha ideologia, e estavam a liderar, em todas as pesquisas, com larga margem percentual, as intenções de votos daquela eleição à Presidência da República.

Minha ínfima contribuição – por haver sido um “cabo-pracinha revolucionário legal do Exército Brasileiro”,

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em defesa da pátria, da bandeira, do capitalismo e, por conseguinte, da parca democracia vigente pré-março de 1964 – – haveria de ser semeada por meio deste livro, neste solo de pátria-mãe gentil, sem “verdadeiras gentilezas” ideológicas Marx-comunistas.

As eleições foram logo após a publicação, e os resultados foram alheios ao meu voto, a contemplar aos inveterados Marx-comunistas, com uma esmagadora vitória.

Efetivamente, vitória a todos marxistas, desde a forma mais clássica, até aos mais variados comunistas de tendências Trotkyistas, Leninistas, Stalinistas, Fidelistas, Orteguistas, Chavistas e variações modernas à brasileira, como Rousseffista, Dircelista, Genoinista, Stedillista, Tasso-Genrista, Lulista etc. Só em nosso país, para existir algo tão paradoxal como o “Marx-Capitalismo do PT & Capitalistas Associados”!

A História será implacável, quando relatar, a nossos coirmãos de futuras gerações, os dividendos negativos desse “esquisito híbrido político” em solo pátrio brasileiro.

03 de fevereiro de 2009.

Carlito Bernardo

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INDICE

CAPÍTULO I – página ............................. 15 1- Desmandos e acertos da República velha. CAPÍTULO II – página ............................ 27 1- Golpe militar empossa o ditador Getúlio Vargas. 2- Caminhos vermelhos do M.S.T. – Movimento dos Sem-Terra. 3- A ingrata e humilhante destruição dos índios Guaranis. CAPÍTULO III – página ........................... 39 1- Governo da ditadura Vargas. 2-Governo do presidente General Dutra. 3-Governo do presidente Vargas na democracia. CAPÍTULO IV – página ........................... 49 l-Governo do presidente Juscelino Kubitschek: – atração de multinacionais – – construção de Brasília – inflação – rombo no INSS. CAPÍTULO V – página ............................ 61 1-Governo do presidente Jânio Quadros: - abertura ao mercado comunista – – perda do apoio partidário e dos ministros militares – renúncia da presidência. 2-Governo do presidente João Goulart: - badernagem estudantil – socialismo utópico. 3-Deveres das Forças Armadas. CAPÍTULO VI – página ........................... 73 1-Ano de 1963, período pré-revolução: - incorporação ao Exército do jovem Bernardo – caos e desordem social – incêndio florestal por ação terrorista em área do quartel – tendências comunistas do janguismo. 2-Março tenebroso de 1964: - deslocamento de tropas do Exército ao sul do país – revolução sem tiros. CAPÍTULO VII – página .......................... 89 1-Prisão de paraquedista terrorista. 2-Recruta da navalha era terrorista. 3-Abominável terror. 4-Compensatória remuneração financeira da profissão terrorista. 5-A quem interessam as estatais? CAPÍTULO VIII – página ......................... 103 1-Centro de São Paulo no início da década de 1960. 2-Influência da revolução cubana no meio universitário. 3-A farsa da Guerra Fria. 4-As potências U.S.A e U.R.S.S. faturaram bilhões de dólares nos conflitos

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do Oriente Médio. 5-Expansão comunista na América do Sul e Central. 6-Oposição militar ao comunismo na América Latina. CAPÍTULO IX – página ........................... 123 1-Fim da União Soviética. 2-Definição de elite intelectual dominante. 3-Dependência da União Soviética de importações de alimentos. 4-O preconceito étnico do Ocidente contra a África negra. CAPÍTULO X – página ............................ 137 1-Indústria da seca nordestina. 2-Soluções gerais para o fim da seca no Nordeste. CAPÍTULO XI – página ........................... 143 1-Previsão de nova configuração mundial capitalista. 2-Formação dos blocos econômicos continentais. 3-Queda futura da hegemonia mundial financeira dos U.S.A. CAPÍTULO XII – página .......................... 151 1-Apelo em prol dos índios Guaranis. CAPÍTULO XIII – página ......................... 155 1-Viabilidade do sertão nordestino – abundância de água. 2-Megaprojeto para acabar com os danos da estiagem nordestina. CAPÍTULO XIV – página ......................... 167 1-Ano de 1964 – capitalismo versus comunismo. 2-Atos institucionais I e II. 3-Bipartidarismo político. 4-O temível AI-5. 5-Em dez anos, aniquilou-se a organização terrorista comunista. 6-Projeto de abertura democrática. 7-Fim do AI-5. CAPÍTULO XV – página .......................... 185 1-Diretas-Já. 2-Dissidentes da Frente Liberal do PDS à oposição do PMDB. 3-O preconceito do termo NEGO. 4-Engodo das Diretas-Já. CAPÍTULO XVI – página ......................... 199 1-Governo do presidente José Sarney: - a farsa política do plano cruzado – – hiperinflação – moratória internacional. 2-Estatização do governo militar: - empreguismo – passivos financeiros nas estatais. 3-O escandaloso rombo financeiro entre Petros e Petrobras. 4-O enriquecimento dos bancos com a inflação, empobrecimento e endividamento do país e do povo.

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5-Cultura inflacionária e protecionismo comercial durante o governo militar. CAPÍTULO XVII – página ........................ 209 1-Epílogo – Triunfo da Liberdade. POST-SCRIPTUM – página ..................... 213 1-Megaprojetos dos Rios Tietê e Tamanduateí para acabar com as enchentes em difinitivo. NOTA FINAL - página . ............................ 225 BIBLIOGRAFIA – página ........................ 227

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CAPÍTULO I

A República, vergonhosamente, teve início por um golpe de estado. Não foi uma vontade popular que depusera, do governo, o imperador D. Pedro II, diga-se muito querido pela população. O Brasil dormiu monarquia e acordou república, o golpe foi de madrugada.

Até a década de l930, predominou a política café-com-leite, ora Minas Gerais, ora São Paulo a eleger o presidente do Brasil, dentro de um sistema corrupto praticado pelo coronelismo.

Quando Getúlio Vargas assumiu o governo, pôs um fim à hegemonia política café-com-leite. O Brasil carecia de uma política voltada também para as cidades. O País era essencialmente agro-comercial; não possuía saldos para o