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Revolução Federalista Prof.Altair Aguilar

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Page 1: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Revolução Federalista

Prof.Altair Aguilar

Page 2: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

A Revolução Federalista ocorreu no sul do Brasil

logo após a Proclamação da República, e teve

como causa a instabilidade política gerada pelos

federalistas, que pretendiam "libertar o Rio

Grande do Sul da tirania de Júlio de Castilhos",

então presidente do Estado, e também conquistar

uma maior autonomia do estado do Rio Grande

do Sul, descentralizando o poder da então recém-

proclamada República.

Page 3: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Partido Federalista contra Partido Republicano Rio-

grandense

O Partido Federalista do Rio Grande do Sul foi fundado em

1892 por Gaspar da Silveira Martins. Defendia o sistema

parlamentar de governo e a revisão da Constituição.

Desta forma, esta filosofia chocava-se frontalmente contra a

constituição do Rio Grande do Sul de 1891. Esta era inspirada no

positivismo e no

presidencialismo,

resguardando a

autonomia estadual,

filosofia adotada por

Júlio de Castilhos, chefe

do Partido Republicano

Rio-grandense, e que

seguia o princípio

comtiano-positivista das

"pequenas pátrias"

Page 4: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Os seguidores de Gaspar da Silveira Martins,

Gasparistas ou maragatos, eram frontalmente opostos

aos seguidores de Júlio de Castilhos, castilhistas ou

Pica-paus (O termo Chimangos só viria a ser usado na

Revolução Libertadora de 1923 para designar os

seguidores de Borges de Medeiros - nome dado a

partir da sátira feita à Borges de Medeiros no livro

Antônio Chimango.)

Page 5: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

O início do conflito

Gumercindo ao lado de Aparício, ambos ao centro, na

Revolução Federalista 1894. As desavenças iniciaram-se

com a concentração de tropas sob o comando do maragato

João Nunes da Silva Tavares, o Joca Tavares, barão de Itaqui

em campos da Carpintaria, no Uruguai, localidade próxima a

Bagé. Logo após o potreiro de Ana Correia, vindo do

Uruguai em direção ao Rio Grande do Sul, encontrava-se o

coronel caudilho federalista Gumercindo Saraiva.

Eficientemente, os maragatos

dominaram a fronteira,

exigindo a deposição de Júlio

de Castilhos, que havia sido

eleito presidente do estado

pelo voto direto. Havia

também o desejo de um

plebiscito onde o povo deveria

escolher o sistema de governo.

Page 6: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Devido à gravidade do movimento, a rebelião adquiriu

âmbito nacional rapidamente, ameaçando a estabilidade

do governo rio-grandense e o regime republicano em todo

o país. Floriano Peixoto, então na presidência da

República, enviou tropas federais sob o comando do

general Hipólito Ribeiro para socorrer Júlio de Castilhos.

Page 7: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Foram estrategicamente organizadas três divisões, chamadas

de legalistas: a do norte, a da capital e a do centro. Além

destas, foi convocada a polícia estadual e todo o seu

contingente para enfrentar o inimigo. A primeira vitória dos

maragatos foi em maio de 1893, junto ao arroio Inhanduí,

em Alegrete, município sul-rio-grandense. Neste combate ao

lado dos Pica-paus

legalistas participou

o senador Pinheiro

Machado 2 que tinha

deixado a sua cadeira

no Senado Federal

para organizar a

Divisão do Norte, a

qual liderou durante

todo o conflito.

Page 8: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Os maragatos vão ao norte

Gumercindo Saraiva e sua tropa dirigiram-se para Dom

Pedrito. De lá iniciaram uma série de ataques relâmpagos

contra vários pontos do estado, desestabilizando as posições

conquistadas pelos Republicanos. Em seguida rumaram ao

norte, avançando em novembro sobre Santa Catarina e

chegando ao Paraná, sendo detidos na cidade da Lapa, a

sessenta quilômetros a sudoeste de Curitiba. Nesta ocasião, o Coronel

Carneiro morreu em fevereiro

de 1894 sem entregar suas posições

ao inimigo, no episódio que ficou

conhecido como o Cerco da Lapa. A

obstinada resistência oposta às tropas

federalistas na cidade

de Lapa (Paraná), pelo Coronel

Carneiro, frustrou as pretensões

rebeldes de chegarem à capital da

República

Page 9: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

A Paz

A revolução federalista foi derrotada em 24 de

junho de 1895 no combate de Campo Osório, quando o

almirante Saldanha da Gama, possuidor de um contingente

de 400 homens, 100 deles marinheiros, lutou até a morte

contra os Pica-paus comandados pelo general Hipólito

Ribeiro. A derrota causou grande comoção no lado

Federalista e acelerou o processo de paz. A paz finalmente foi

assinada em Pelotas no

dia 23 de agosto de 1895.

O presidente da

República era

então Prudente de

Morais, e o emissário do

governo federal era o

general Galvão de

Queirós.

Page 10: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Os Pica-paus

Eram chamados de Pica-paus (ou chimangos) durante a

Revolução Federalista de 1893 no Rio Grande do Sul - os

opositores dos maragatos. Os pica-paus estavam no poder

com Júlio de Castilhos e tinham forte vínculo com o

Governo Federal. Por razões políticas eclodiu a Revolução

Federalista em 1893, em que a reação veio dos chamados

Maragatos ou Federalistas, com visão descentralizadora.

O motivo da alcunha veio

pelo chapéu usado pelos

militares que apoiavam essa

facção. Eles usavam listras

brancas que, segundo os

revolucionários, seriam

semelhantes a um tipo de

pica-pau do Sul do Brasil.

Esta denominação se

estendeu a toda facção.

Page 11: Revolução  Federalista - Prof. Altair Aguilar

Os Maragatos

O termo maragato no Brasil foi usado pela primeira vez

para se referir uma das duas grandes correntes políticas

gaúchas, formadas no final do século XIX e identificada,

respectivamente, com o uso do lenço vermelho. Surgiu no

Rio Grande do Sul em 1891, no esteio da Revolução

Federalista. Os maragatos foram os que iniciaram a

revolução, que tinha como justificativa a resistência ao

excessivo controle exercido pelo governo central sobre os

estados.O objetivo da revolução seria,

portanto, garantir um sistema

federativo, e a adoção da forma

parlamentarista de governo.

Defendiam o credo político

pregado por Gaspar da Silveira

Martins, adversário de Júlio de

Castilhos, do Partido

Republicano Rio-grandense -

PRR.