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Revolução Federalista Prof. Altair Aguilar

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Page 1: Revolução Federalista - Prof. Altair Aguilar

Revolução FederalistaProf. Altair Aguilar

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A Revolução Federalista ocorreu no sul do Brasil logo após a Proclamação da República, e teve como causa a

instabilidade política gerada pelos federalistas, que pretendiam "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio

de Castilhos", então presidente do Estado, e também conquistar uma maior autonomia do estado do Rio Grande

do Sul, descentralizando o poder da então recém proclamada República.

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Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil, que durou de fevereiro

de 1893 a agosto de 1895, e que foi vencida pelos pica-paus, seguidores de Júlio de Castilhos.

A divergência teve início com atritos ocorridos entre aqueles que procuravam a autonomia estadual, frente ao poder

federal e seus opositores. A luta armada atingiu as regiões compreendidas entre o Rio Grande do Sul, Santa

Catarina e Paraná.

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Partido Federalista contra Partido Republicano Rio-grandense

O Partido Federalista do Rio Grande do Sul foi fundado em 1892 por Gaspar da Silveira Martins. Defendia o

sistemaparlamentar de governo e a revisão da Constituição.

Desta forma, esta filosofia chocava-se frontalmente contra a constituição do Rio Grande do Sul de 1891. Esta era inspirada

nopositivismo e no presidencialismo, resguardando a autonomia estadual, filosofia adotada por Júlio de Castilhos, chefe doPartidoRepublicano Rio-grandense, e que seguia o princípio comtiano-

positivista das "pequenas pátrias".

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Os seguidores de Gaspar da Silveira Martins, Gasparistas ou maragatos, eram frontalmente

opostos aos seguidores de Júlio dCastilhos, castilhistas ou Pica-paus (O termo Chimangos só

viria a ser usado na Revolução de 1923 para designar os seguidores de Borges de Medeiros - nome dado a partir da

sátira feita à Borges de Medeiros no livro Antônio Chimango.)

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O início do conflito

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As desavenças iniciaram-se com a concentração de tropas sob o comando do maragato João Nunes da Silva Tavares, o

Joca Tavares,barão de Itaqui em campos da Carpintaria, no Uruguai, localidade próxima a Bagé.

Logo após o potreiro de Ana Correia, vindo do Uruguai em direção ao Rio Grande do Sul, encontrava-se o coronel

caudilho federalista Gumercindo Saraiva.

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Eficientemente, os maragatos dominaram a fronteira, exigindo a deposição de Júlio de Castilhos, que havia sido eleito presidente do estado pelo voto direto. Havia também o desejo de um plebiscito

onde o povo deveria escolher o sistema de governo.

Devido à gravidade do movimento, a rebelião adquiriu âmbito nacional rapidamente, ameaçando a estabilidade do governo rio-

grandense e o regime republicano em todo o país. Floriano Peixoto, então na presidência da República, enviou tropas federais sob o

comando do general Hipólito Ribeiro para socorrer Júlio de Castilhos.

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Foram estrategicamente organizadas três divisões, chamadas de legalistas: a do norte, a da capital e a do centro. Além destas, foi

convocada a polícia estadual e todo o seu contingente para enfrentar o inimigo.

A primeira vitória dos maragatos foi em maio de 1893, junto ao arroio Inhanduí, em Alegrete, município sul-rio-grandense. Neste

combate ao lado dos Pica-paus legalistas participou o senador Pinheiro Machado, que tinha deixado a sua cadeira

no Senado Federal para organizar a Divisão do Norte, a qual liderou durante todo o conflito.

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Gumercindo Saraiva e sua tropa dirigiram-se para Dom Pedrito. De lá iniciaram uma série de ataques relâmpagos contra vários pontos do estado, desestabilizando as posições conquistadas pelos Republicanos.

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Ao longo da Revolução, os maragatos tiveram apoio constante da província de Corrientes, na Argentina e

também no Uruguai. O que lhes permtiu contrabandear armamento através da fronteira, praticar incursões táticas

em território estrangeiro afim de fugir de perseguições, bem como, refugiar-se nos países vizinhos em momentos de

desvantagens frente ao inimigo.

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A paz

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A revolução federalista foi derrotada em 24 de junho de 1895 no combate de Campo Osório, quando o almirante Saldanha da Gama, possuidor de um

contingente de 400 homens, 100 deles marinheiros, lutou até a morte contra os Pica-paus comandados pelo general Hipólito Ribeiro. A derrota causou grande

comoção no lado Federalista e acelerou o processo de paz.5

A paz finalmente foi assinada em Pelotas no dia 23 de agosto de 1895.

O presidente da República era então Prudente de Morais, e o emissário do governo federal era o general Galvão de Queirós.

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Balanço: A Revolução das Degolas

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A prática da degola dos prisioneiros não foi rara em ambos os lados contendores, adquirindo o caráter revanchista. Por muito tempo foi atribuído ao

Coronel maragato Adão Latorre a degola de 300 Pica-paus prisioneiros, às margens do Rio Negro,contidos em um cercado (mangueira de pedra) para gado,

que ficou conhecido como Potreiro das Almasnas cercanias de Bagé, hoje em território do município de Hulha Negra, em 23 de Novembro de 1893, após a

Batalha do Rio Negro.O fato, porém, é desmentido por vários documentos históricos, como o Diário do General Maragato João Nunes da Silva Tavares, que refere o número de 300 como sendo as baixas totais do inimigo, entre mortos

em combate e feridos.

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Do ponto de vista militar e logístico a degola decorria da incapacidade das forças em combate de fazer prisioneiros, mantê-los encarcerados e alimentá-los, pois, ambas lutavam em situação de grande penúria.3Procurava-se, pelo mesmo motivo, poupar munição empregando um meio rápido de execução.

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Eram chamados de Pica-paus (ou chimangos) durante a Revolução Federalista de 1893 no Rio Grande do Sul - os opositores dos maragatos.

Os pica-paus estavam no poder com Júlio de Castilhos e tinham forte vínculo com o Governo Federal. Por razões políticas eclodiu a Revolução Federalista em 1893, em que a reação veio dos chamados Maragatos ou Federalistas, com visão

descentralizadora.

O motivo da alcunha veio pelo chapéu usado pelos militares que apoiavam essa facção. Eles usavam listras brancas que, segundo os revolucionários, seriam semelhantes a um tipo de pica-pau do Sul do Brasil. Esta denominação se

estendeu a toda facção.

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Os Maragatos

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O termo maragato no Brasil foi usado pela primeira vez para se referir a uma das duas grandes correntes políticas gaúchas, formadas no final do século XIX e identificada, respectivamente, com o uso do lenço

vermelho. Surgiu no Rio Grande do Sul em 1891, no esteio da Revolução Federalista.

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Os maragatos foram os que iniciaram a revolução, que tinha como justificativa a resistência ao excessivo controle

exercido pelo governo central sobre os estados. O objetivo da revolução seria, portanto, garantir um sistema

federativo, e a adoção da forma parlamentarista de governo. Defendiam o credo político pregado por Gaspar da Silveira Martins, adversário de Júlio de Castilhos, do Partido

Republicano Riograndense - PRR.

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No entanto, dar esse apelido aos revolucionários foi um tiro que saiu pela culatra. A denominação

granjeou simpatia. Os próprios rebeldes passaram a se denominar "maragatos", e chegaram a criar um

jornal que levava esse nome, em 1896.

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Uma outra visão da Revolução Federalista

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De 1893 a 1895,as terras do sul serviram de cenário aos violentos combates da Revolução Federalista, travados entre os partidários de dois oligarcas gaúchos: de um lado, os federalistas (maragatos), liderados por Gaspar Silveira Martins; de outro, os republicanos (chimangos ou pica-paus), seguidores do positivista

Júlio de Castilhos. Os federalistas defendiam a instalação de um regime parlamentarista nos moldes do que existiu no Segundo Reinado. Já os

republicanos defendiam umpresidencialismo forte, centralizador, no estilo do governo de Floriano Peixoto. O confronto ultrapassou as fronteiras gaúchas,

estendendo-se a Santa Catarina, ao Paraná e até ao Uruguai. Embora Floriano tivesse tropas federais nos estados sulistas, somente em 1895, no governo de Prudente de Morais é que seria assinado um acordo de paz na região.