revista saúdepb 2ª edição

60

Upload: emerson-caldas-de-andrade

Post on 26-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Revista SaúdePB "on line" 2ª edição

TRANSCRIPT

Page 1: Revista SaúdePB 2ª edição
Page 2: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

2

Page 3: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

3

Editorial

EditorEmerson [email protected] (83) 9901.3866 (83) 9100.2028

Editoria TecnicaDr ª.Alessandra BrazEmerson Caldas

Ed. associados nesta ediçãoDr. Leandro TavaresRaquel Guerra e Silene Ximenes

Projeto gráfico e diagramaçãoRamon [email protected](83) 9673.2331(83)9179.5566

ColaboradoresHosana CarneiroWilza CarlaEmellyneMércia Maria

JornalistasEmerson CaldasJânio AraújoSimony Bezerril

Contatos comercialEmerson Caldas(83)9901.3866(83)9100.2028

Jânio Araújo(83) 9946.3361(83) 9108.0876

ImpressãoGráfica Moura Ramos ( João Pessoa - PB)Tiragem5.000 exemplaresEditoraAstus Editora, Publicidade e LivrariaDistribuiçãoMazureik e ModestoECTFotográfiaArquivo SaúdePBGoogle ImagensArquivo Asas

Nesta segunda edição da Re-vista SaúdePB temos vários assuntos relevantes e interessantes, tais como: o autismo, o alimento alho e seus bene-fícios, a asma e a distribuição gratuita dos medicamentos, o crack e seus des-dobramentos e desafios, inclusive para a saúde pública, água e sua essenciali-dade à vida, tuberculose, dentre outras. Nesta publicação temos ainda vários artigos dos nossos colunistas especia-listas e demais profissionais das mais diversas áreas de saúde. Além, é claro, de uma excelente entrevista exclusi-va com a Professora Draª Margareth Diniz, recentemente eleita a primeira mulher e possivelmente encabeçará a lista tríplice de reitoraveis à UFPB, o que muito nos honrou nesta publicação. Diante de inúmeros pedidos, passamos então a demonstrar al-guns aspectos sobre a editoria da re-vista. A publicação é pioneira, sendo a primeira revista específica da área no Estado. Além de que é editada pelo jornalista (UFPB) e especialista em Comunicação e Saúde (Fiocruz/RJ).

O editor também é militante nos dois campos de conhecimento há mui-to tempo, ou seja, há quase 20 anos, tanto na qualidade de jornalista, quanto como funcionário do Ministério da Saú-de - Funasa/PB. Trata-se de uma publi-cação que pretende manter uma altís-sima qualidade de conteúdo, impressa numa excelente gráfica e com uma ti-ragem inicial de 5.000 exemplares, em cores e em papel de excelente qualidade.

Emerson Caldas de Andrade é forma-do em Comunicação Social (Jornalismo) na UFPB. Inscrito como jornalista no DRT/PB nº 1.672. Especialista com pós-gradua-ção (especialização) em “Comunicação e saúde” na Fiocruz, no Rio de Janeiro/RJ.

Dentre algumas das atividades já de-senvolvidas pelo editor no serviço pú-blico destacamos que o mesmo foi Assessor-Chefe da Assesso-ria de Comunicação Social e Educa-ção em Saúde e Editor-Chefe do In-formativo Regional da Funasa/PB;Coordenador Regional Substituto da Co-ordenação Regional da FUNASA na Para-íba; Superintendente Estadual Interventor

da Coordenação Regional da FUNASA em Roraíma. (Após desencadeada a “Operação Metástase” da PF); Supe-rintendente Estadual da Regional da FUNASA em Roraíma.; e, Superinten-dente Estadual da Funasa na Paraíba.

Foi editor da “Revista KM Zero”, publi-cação do Sindicato dos Policiais Rodovi-ários Federais da Paraíba (SINPRF-PB); Redator-Jornalista e Diagramador da Revista FENAPRF Em Revista – de cir-culação nacional. Veículo de informa-ção da Federação Nacional da Polícia Rodoviária Federal; Editor-Chefe da Revista PRÊMIO Seguros, Previdência e Capitalização – Veículo de informa-ção do ramo de seguros, previdência e capitalização, publicado pela ASTUS Editora, Publicidade e Eventos Ltda..

Endereços e contatos: Rua Agen-te Fiscal Paulo Assis Soares, nº 55, 802 - Jardim Oceania - João Pes-soa/PB. CEP: 58.037-535. Tel.: (083) 9901-3866 / 9100-2028. E--mail: [email protected] e [email protected].

Page 4: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

4

05”Nossas Dicas” 08/11Entrevista Exclusiva 28/35Autismo

18/20Alho 53/55Qualidade da Água 58Humor

24/25Asma18/20Alho

38/41Crack 48/51Tuberculose44/46Funasa

28/35EspecialAgora: Farmácia Popular tam-bém disponibiliza remédios de graça para asma

Um dos 10 alimentos funcio-nais mais importantes para a saúde humana

Paraíba contra o crack: plano de ação contra avanço da droga é lançado no Estado

Brasil reduz casos em 3,54% e PB tenta diminuir índices da doença

Seminário de Cooperação Técnica reúne prefeitos do interior do es-tado visando melhorar a execução dos convênios e das obras

Autismo: entidade busca conscienti-zar sociedade sobre importância de conhecer a síndrome e combater os preconceitos

Page 5: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

5

Nossas Dicas

Mito. – Raspar a barba todo dia não vai esti-mular o crescimento de novos pêlos nem en-grossar os que já existem pois isso não afeta

a raiz do pêlo, responsável pelo seu desenvolvimento.

Mito – A retirada dos pêlos por depila-ção não interfere nas fibras colágenas e elásticas da pele e, portanto, não provo-ca a flacidez.

Fato – Apesar de não ser a causa das espinhas, estudos recentes comprovaram que a alimentação pode influir no curso da doença. É possível ocorrer uma piora das lesões com a ingestão de alimentos como: chocolate, leite e derivados, amendoins e dietas de alto teor glicídico (açúcares). No entanto, isso só vai acontecer nas pessoas que tem a predisposição genética para a doença. Portanto, se você per-cebe que suas espinhas pioram com determinados alimentos, evite-os. Saiba mais sobre a acne.

Mito – O uso do boné não faz cair os cabelos mas pode, em algumas pessoas que não tiram o boné da cabeça o dia inteiro, agravar condições como a dermatite seborréica, favorecendo a queda dos cabelos.

Fato – . O uso continuado de produtos químicos para o tingimento dos cabelos pode afetar a haste do fio causando a perda do brilho e da resistência.

Fato - . Já existe um tratamento com resultados sig-nificativos para interromper a queda dos cabelos e, até mesmo, fazê-los crescer novamente. Leia sobre a finasterida.

Fato – Alguns tipos de sinais, como os nevos pigmentados (sinais escuros), podem se transformar em um câncer da pele chamado de melanoma. Saiba quando devemos remover um si-nal.

Mito – Os cremes para estrias atualmente comercializados não acabam com as estrias porque elas são irreversíveis. Mes-mo os cremes a base de ácidos, formulados pelos médicos, e que são mais ativos que as substâncias presentes nos cremes comerciais, tem apenas um efeito de melhora sobre o aspecto das estrias.

Para a barba não aumentar, não se deve raspar todo dia? Depilação com cera provocaflacidez na pele?

A alimentação tem influência sobre as espinhas?

Usar boné faz cair os cabelos?

O uso frequente de tintura pode estragar os cabelos?

Calvície tem tratamento?

Pintas e sinais podem virar câncer?

Cremes para estrias funcionam?

Fonte: Dermatologia.net

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

5

Fatos e mitos sobre a saúde e beleza da pele

Page 6: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

6

Espaço dos leitor

www.saudepb.com.br

Sáud

e | PB

6

“Uma página com o intuito de proporcionar a interatividade entre os leitores e a Revista SaúdePB”

Aqui na Revista SaúdePB você também participa, escrevendo e publicando seus comentários. PARTICIPE!!!!

Mandando e-mail para:Emerson Caldas – Editor [email protected] ou [email protected] Sempre mencionando no ASSUNTO: Revista SaúdePB no “ESPAÇO DO LEITOR”

Ou participe também pelas redes sociais. Seguindo-nos e participandoNo TWITTER - @SaúdePB ou pelo Facebook. Suas sugestões e avaliações são importantes para nós!

Onde vocês poderão enviar: ELOGIOS,COMENTÁRIOS,OPINIÕES,SUGESTÕES,indicações de PAUTAS (sugestões de assuntos, notícias ou reportagens) para nossa equipe;CRÍTICAS; e, demais participações.

Page 7: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

7

Page 8: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

8

Nossa entrevistada desta 2ª edição é a excelen-tíssima Professora Doutora e agora a primeira mulher elei-ta Reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A Dra. Margareth de Fátima F. M. Diniz é graduada em Farmácia Habilitação III (1981) e Medicina (1987) pela UFPB, mestra-do e doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioati-vos pela UFPB (2000) e pós-doutorado pela Rede Nordes-te de Biotecnologia - RENORBIO. Atualmente é professora Associada III da Universidade Federal da Paraíba. Pesquisa-dora do CNPq. Pesquisa e orienta mestrado e doutorado na área de Farmacologia, com ênfase em Toxicologia, atu-ando principalmente nos seguintes temas: plantas medi-cinais, fitoterapia, medicamentos, toxiicologia pré-clínica e Farmacologia clínica (fases I e II). Credenciada pelo Progra-ma de Pós Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Pós Graduação em Desenvolvimento e Inova-ção Tecnológica em Medicamentos, Tutora do Programa de Pós Graduação em Fármaco e Medicamentos da Uni-versidade de São Paulo - USP, Membro do INCT - INOFAR-

-UFRJ. Membro de câmara no julgamento de projetos de pesquisa da FAPEMIG; Membro da Câmara Técnica de Medicamentos Fitoterápicos da ANVISA - DOU Nº 19 de 28/01/2010. Membro da International Society for the Promotion of Health Technology Assessment -HTAi. É atualmente diretora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, foi diretora do Hospital Universitário Laureano Wanderley, foi Assessora de Ex-tensão do CCS/UFPB. Instalou e fez funcionar o primeiro PET na UFPB, para os alunos de FARMÁCIA. Já orientou inúmeras teses de doutorado, dissertações de mestra-do e monografias de graduação. Leciona na graduação e na pós-graduação além desenvolver seus trabalhos científicos como pesquisadora com publicação em re-vistas científicas nacionais e internacionais. Foi eleita no último dia 06 de junho, para ser a pri-meira mulher reitora da Universidade Federal da Paraíba.

A revista SaúdePB teve a honra de entrevistá-la.

Entrevista

Entrevista :Dra. Margareth Diniz

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

8

Page 9: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

9

Revista SaúdePB: Dra. Margareth Diniz, como ocorreu sua trajetória profissional de estudante universitária até a eleição para a Rei-toria da UFPB ? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Eu sou sertaneja, do município de Sousa, na Paraíba, vim de uma famí-lia onde o meu bisavô Antônio Marques da Silva Mariz já era médico e o meu avô Eládio Melo, trabalhava com plan-tas para a cura de doenças da popula-ção carente sousense. Minha mãe era professora e advogada, e a leitura e os estudos eram os exemplos. Através do rádio e de revistas como “O Cruzeiro” de circulação nacional à época o meu pai fazia a nossa sintonia com o mundo maior que o nosso semiárido paraiba-no. Foi desse ambiente familiar que o caminho universitário me foi sinaliza-do. O interesse pela área da saúde e a atenção para o significado curativo das plantas também. Assim me fiz far-macêutica e médica pela Universidade Federal da Paraíba. Sempre colocando os interesses acadêmicos e científicos com as possibilidades de dar sentido social aos seus usos. Quando me fiz docente da UFPB, por concurso, há 27 anos, resol-vi por em prática essa junção entre a docência com a pesquisa e a extensão na direção de contemplar a popula-ção com resultados práticos que uma instituição como a Universidade pode oferecer. Fiz Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, sempre com essa in-tenção. Dediquei assim toda a minha vida profissional somente à UFPB com a visão de fazer frutos para a socieda-de e romper os limites da ciência pela ciência. Daí exercer cargos adminis-trativos – já referidos no início dessa entrevista (introdução) - ao tempo do desempenho das demais funções. A possibilidade de chegar a ser Reitora foi um reflexo de maior quilate desses simples e sinceros propósitos já vividos e na certeza de que eles po-dem ser ampliados na UFPB, pelos tan-tos outros docentes e demais mem-bros da comunidade que já fazem seus trabalhos na busca de mais e maior

qualificação no atendimento dos inte-resses da sociedade que patrocina o ensino público e gratuito. Revista SaúdePB: Como Diretora do Centro de Ciências da Saú-de há vários anos, como a Senhora avalia os Projetos de Extensão da UFPB nos cursos da área de saúde? Qual a importância e quais as maiores con-quistas desse tipo de projeto para a população? Prof.ª Drª. Margareth Di-niz – Todos os projetos de extensão do Centro de Ciências da Saúde (CCS)

da UFPB contemplam a sociedade, conforme as áreas de atuação que do-centes/servidores técnicos adminis-trativos e discentes atuam. Estão vol-tados a fazer chegar para a população aquilo que é trabalhado nas diversas docências e pesquisas para usufruto da população. Esse segmento das fun-ções universitárias ainda é pouco con-templado no orçamento da UFPB com recursos para a sua operacionalização. Contudo, no CCS tem havido um esfor-ço crescente de agigantá-lo haja vista ser ele a UFPB, abrindo portas para a sociedade e derrubando os muros que separam a ciência que produz para dar acesso. Assim mesmo na contramão histórica da extensão não ter recebi-do o mesmo destaque que a pesqui-sa recebe, entendo ser essa a grande frente para atrair iniciativas e recursos para a forma completa de uma Univer-sidade, tanto na formação profissional dos nossos discentes, como por saber que pode e deve chegar até a popula-ção. Revista SaúdePB: Há quanto tempo vem sendo estudada na Paraíba a planta Cissampelos sympo-dialis conhecida como Orelha de Onça,

Milona ou Abuteira e como surgiu o interesse científico em estudá-la? Prof.ª Drª. Margare-th Diniz – A Milona como planta chegou na Universidade Federal da Paraíba para estudos em 1984. Eu viabilizei a coleta da planta e parti-cipei desde o início das pesquisas científicas, mas a origem das obser-vações foram repassadas para mim, pelo Dr. Beltrão Castelo Branco, meu professor, que já vinha registrando o sucesso do uso dela em pacientes asmáticos.

As primeiras raízes da Mi-lona vieram da fazenda Riachão, de propriedade do meu avô Eládio Melo, aquele que me chamou atenção para o poder de cura das plantas, quando ainda menina. Trouxe na sequência as mu-das para os canteiros do horto do Laboratório de Tecnologia Farma-cêutica (extinto no atual reitorado). Mas o trabalho foi multiplicado por muitos outros pesquisadores, e a planta está sendo explorada tam-bém sob vários outros aspectos. Revista SaúdePB: Quais as principais ações farmacológicas e perspectivas terapêuticas dessa planta em nosso meio? Prof.ª Drª. Margareth Diniz – A Milona já está perto de virar medicamento. Os testes apon-tam a eficácia da planta no trata-mento da asma. Como já disse ao Globo Repórter em entrevista junto a outros pesquisadores envolvidos no estudo “essa planta tem um me-canismo de ação muito interessante do ponto de vista farmacológico/

Entrevista

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

9

Dediquei assim toda a minha vida profissional somente à UFPB com a visão de fazer frutos para a socie-dade e romper os limites da ciência pela ciência ”“

Page 10: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

10

Entrevista

imunológico para a terapêutica da asma e tem um mecanismo de ação di-ferenciado dos medicamentos já exis-tentes no mercado”. A curiosidade científica surgiu do uso da Milona, por moradores do interior da Paraíba, há muitas e mui-tas gerações. Era a raiz da planta que sempre usada no tratamento da asma e de outras doenças respiratórias. Mas a pesquisa permitiu que as raízes fos-sem poupadas, quando descobriu-se que as folhas contêm os princípios ati-vos semelhantes, com a vantagem de serem menos tóxicas que a raiz, além de assegurar a preservação da plan-ta. Os estudos que já foram realizados para comprovar a sua eficácia tera-pêutica descobriram ainda, que a Mi-lona, além de tratar os pacientes com asma, também é eficaz em estudos pré-clínicos (em animais de laborató-rio) no combate às úlceras gástricas, além de apresentar atividade antide-pressiva em camundongos. Revista SaúdePB: Quan-tos pesquisadores estão envolvidos na pesquisa da planta e quais os principais resultados obtidos? Prof.ª Drª. Margareth Di-niz – São mais de 30 professores en-volvidos com a pesquisa sobre a planta Milona. As explorações objetos de pes-quisas abrangem aspectos botânicos, químicos, farmacológicos, toxicológi-cos, imunológicos e agronômicos en-tre outros. Existem mais de 20 teses de doutorados e mestrados do CCS/

UFPB sobre os resultados obtidos. Mas nada se compara ao poder da planta para o tratamento da asma. A milona tem duas poderosas ações: é anti-inflamatória e antialérgica – um alívio e tanto para os pacientes as-máticos, já que a asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e, na maioria das vezes, é desencadeada por processos alérgicos. Outra constatação relevante e que abre novas perspectivas para estudos, quanto ao uso da Milona, é a observação de que seu extrato gera resultados melhores do que o uso de corticóides. Revista SaúdePB: Com relação à liberação da patente e co-mercialização da milona, quais as pers-pectivas?

Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Os estudos pré-clínicos já foram praticamente esgotados. Os estudos clínicos estão em curso. Espera-se a disponibilização até o final de 2012, no formato de sachês, para uso humano, através da UFPB, para quem já fizemos o depósito da patente. A indústria farmacêutica só poderá fazer uso a partir dos re-cursos que deverão passar para a UFPB. Revista SaúdePB: Em entrevista no Globo Repórter salien-tou-se os efeitos benéficos da mi-lona, mas quanto aos efeitos cola-terais esperados pelo uso da planta, quais os mais observados?

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

10

...nada se compara ao poder da planta para o tratamento da asma. A milona tem duas poderosas ações: é anti-inflamatória e antialérgica

”“

Page 11: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

11

Prof.ª Drª. Margareth Diniz – Nenhum medicamento está isento de causar reações adversas. Até o momento está constatado o au-mento transitório das transaminases. Essa comprovação tem provocado ainda mais estudos. A ideia é esgotar temas relacionados aos efeitos cola-terais estimulando mais pesquisas so-bre a Milona. Revista SaúdePB: Por fim, após eleita a primeira Reitora mulher da história da UFPB e como uma pessoa da área de saúde e de pesquisa, quais as perspectivas para a UFPB e para o Hospital Universitário, quais as princi-pais ações e projetos na sua gestão? Prof.ª Drª. Margareth Di-niz – A pretensão é alcançar toda a UFPB com o propósito de elevar todos os indicadores que reflitam QUALIFI-CAÇÃO. A minha intenção é unificar o ensino, a pesquisa e a extensão para propiciar visibilidade e disponibilidade dos trabalhos dos nossos pesquisado-res para a sociedade. Divulgar nossas pesquisas. Ativar simultaneamente as áreas tecnológicas e culturais para geração de produtos e ações a serem absorvidos pela sociedade. Associar essas iniciativas ao trabalho inadiável de conter a evasão de alunos, que é muito alta.

Fazer valer um novo Estatuto que atualize e facilite o funcionamento da instituição e que também permita o acesso de necessários parceiros, em todas as frentes carentes de ações de padrão universitário e que clamam por participação, apoio e orientação advin-das da UFPB, na luta contra a pobreza e o atraso econômico do Estado da Pa-raíba.

Quanto ao Hospital Universitá-rio “Lauro Wanderley”, órgão suple-mentar da Reitoria, a realidade possível é a de um hospital escola com docên-cia, pesquisa e extensão. O meu sonho é um hospital escola para nossos alu-nos, um hospital de assistência para nossa população mais carente e onde essas duas frequências passem por um só canal: o da excelência.

Entrevista

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

11

minha intenção é unificar o ensino, a pesquisa e a extensão para propi-ciar visibilidade e disponibilidade dos trabalhos dos nossos pesquisa-dores para a sociedade”“

Page 12: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

12

Page 13: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

13www.saudepb.com.brwww.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

13

Artigo

Vale a pena repensar...

Raquel GuerraColunista associada

Num bate-papo, lembrando-me de tempos atrás, de como a vida era mais simples, menos onerosa, mais tran-

quila, mais bem vivida, sem necessidade de tantas frescuras nas quais a maioria das pessoas de hoje se prendem e valorizam de forma inadequada. Obser-vo o mundo e as atitudes de hoje com mega festas, onde se gastam exorbitâncias e seguem num mini show! Tempos atrás, com poucos recursos se fazia uma festa encantadora e todos saiam felizes... E as viagens? São excelentes, eu sou a primeira a defen-der que nada melhor do que uma viagem! Mas o que assistimos nos dias atuais são disputas de quem viaja mais e de quem gasta mais, mais, e mais... E depois? Alguns se endividam de tal forma que se desestrutu-ram... E os carrões? Outra disputa de quem os tem maiores e melhores! As marcas de roupas, sapatos, bolsas precisam ser seguidas à risca. As crianças ainda pequeninas, já valorizam essas bobagens que não levam a nada, a não ser a futilidades que fazem a festa e enchem os bolsos dos lojistas, esvaziando os dos pais que entram numa roda viva para realizar a cada dia um desejo mais inusitado dos filhos. Temos de repensar sobre o atual modelo de vida que adotamos sem pensar e mudarmos para melhorar e deixarmos de ser escravos das eternas novidades e modismos que desgastam a todos, que-rendo muitas vezes alcançar metas inatingíveis, que trazem como resultado, altos níveis de estresses que servem apenas para deteriorar a saúde daqueles que lutam para se encaixar no padrão atual de vida ditado pelo modelo econômico. Em uma entrevista, a atriz Cristiane Torloni que é defensora da sustentabilidade, e consequente-mente é contra o consumo exacerbado e desneces-

sário, ressalta a importância de consumir com consciência somente aquilo de que realmente necessitamos. O carro que usa é o mesmo há mais de 10 anos, não troca de celular a cada lançamento, usa as mesmas roupas várias ve-zes e ainda as reforma. Tem uma conduta cor-reta para com o planeta ajudando a preservá--lo agindo com equilíbrio sem se deixar seduzir pelo consumismo e os modismos que regem o modelo atual da vida moderna. As novidades e modernidades que a vida nos oferece são sim, de fundamental im-portância para o mundo em que vivemos. O que precisamos é encontrar um ponto de equilíbrio para não sermos reféns das mesmas.

Page 14: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

14www.saudepb.com.br

Artigo

Alessandra Sousa Braz Caldas de AndradeCRM PB: 4653.

Profª. Drª. de Reumatologia da Universidade Federal da Paraíba.

A gota é uma patologia causada por um dis-túrbio do metabolismo do ácido úrico que, elevado no sangue por períodos variáveis,

pode ser depositado nos tecidos na forma de cristais. Aco-mete especialmente articulações, tecido celular subcutâ-neo e os rins. Em consequência, podem ocorrer ataques recorrentes de artrite inflamatória aguda, acúmulos de cristais em regiões do corpo formando nódulos principal-mente embaixo da pele, no tecido subcutâneo (chamados de tofos), que podem provocar deformidades e destruição nas articulações próximas. Também podem ocorrer cálcu-los renais. Os níveis de ácido úrico são considerados normais até 6 mg/dL nas mulheres e até 7 mg/dL nos homens. Nas mulheres, os valores se mantêm baixos em geral até a me-nopausa (o estrógeno aumenta a eliminação de ácido úrico pelos rins), tendendo a igualar aos homens após a meno-pausa; nas mulheres as manifestações clínicas costumam ser menos acentuadas. Mais de 10% da população ocidental tem ácido úri-co acima dos limites normais (chamado de hiperuricemia), embora menos de 3% destes desenvolvam gota clínica. 95% dos casos de gota ocorrem em homens entre 30 a 60 anos, e 10 % a 30 % dos pacientes com gota ou hiperuricemia têm outros casos na família. A quantidade de purinas (proteínas) no corpo de-pende do equilíbrio entre o que a pessoa ingere, do que pro-duz e como elimina (excreta). A gota pode ser causada por situações clínicas que aumentam a produção do ácido úrico (alteração do metabolismo de proteínas/purinas ou sem causa definida) em 5 % a 10% dos casos, e/ou decorrer da redução da excreção do ácido pelos rins (90% dos casos). Dietas ricas em purinas incluem carnes, vísceras (ex. fíga-do), crustáceos (ex. camarão) e bebidas fermentadas, es-pecialmente a cerveja. As purinas ingeridas são convertidas em ácido úrico no intestino e no fígado, e a maioria (2/3) é excretada pelos rins. Algumas situações aumentam os níveis de ácido úrico como traumas, ingestão de álcool (consumo de Wisky contaminado por chumbo e consumo de cervejas - ricas em purinas), medicações como diuréticos e anti-inflamatórios, níveis elevados de triglicerídeos, neoplasias em tratamento com imunossupressores, entre outras. Os pacientes podem ter só ácido úrico elevado sem apresentar sintomas (hiperuricemia assintomática), podem desenvolver quadros agudos de artrite surgindo em geral à noite e/ou ao amanhecer, após dias de excessos de bebida ou dietas ricas em proteínas. As crises ocorrem tipicamente nos pés/tornozelos/joelhos, com quadros agudos repenti-

nos, explosivos, pele quente e vermelha na articulação, extremamente dolorosos, levando o paciente a procurar uma urgência/emergência hospitalar. Passada a fase aguda, pode descamar a pele onde a inflamação ocorreu. As crises em geral duram poucos dias, mas com o pas-sar do tempo e sem tratamento adequado, casos graves podem durar semanas e tornarem-se crônicas. Após anos de doença ou de elevação de ácido úrico no sangue, formas crônicas da doença ocorrem com a formação dos tofos pelo corpo, chamada de gota tofácea crônica. O diagnóstico de gota é estabelecido através da comprovação da presença de cristais de ácido úrico no líquido sinovial (líquido que preenche as articulações) ou nos nódulos de acúmulo de ácido úrico (tofos). Altera-ções típicas também podem ser vistas através de radio-grafia das regiões afetadas. O tratamento da doença inclui controle da dieta e da obesidade, evitar uso abusivo do álcool, ingestão de 2 a 3 litros de água diariamente, além do uso de medica-ções prescritas por um reumatologista. O tratamento da fase aguda inclui anti-inflamatórios e colchicina e, após os primeiros 15 dias do início da crise, normalizadores dos níveis de ácido úrico são prescritos. A gota é uma doença metabólica que, apesar de afetar mais notadamente as articulações, se não tratada de forma adequada, pode evoluir de forma agressiva, de-formando articulações e trazendo malefícios à qualidade de vida das pessoas, além de vir associada com doenças renais e cardiovasculares. É, portanto, mandatório que diante de um paciente com quadros agudos, de evolução repetida nos membros inferiores e com relato prévio de hiperuricemia, um reumatologista seja consultado visan-do prevenir danos futuros irreversíveis.

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

14

Gota: artrite associada com elevação de ácido úrico

Page 15: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

15

Page 16: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

16

Erivaldo F. Lopes CRO/PB 2452Professor/Doutor de Especializações

em OrtodontiaUNICSUL – Recife/Caruaru/PE

Ortofaz – João Pessoa/PB

Odontologia

Com o objetivo de atender as expec-tativas dos seus

clientes por estética, conforto e eficiência na correção dos den-tes, uma nova realidade começa a adentrar o mundo da Ortodon-tia.Com a preocupação em atingir a excelência estética e funcional, o Esthetic Aligner® foi desen-volvido incorporando técnicas já existentes com ferramentas laboratoriais de alta precisão e materiais importados de quali-dade clinicamente testados, pro-porcionando resultados excelen-tes com mais conforto e higiene ao paciente. O tratamento se inicia com uma moldagem de alta pre-cisão para a produção das placas transparentes. O paciente então, recebe um conjunto de apare-lhos removíveis (placas transpa-rentes) sequênciais, onde gra-dualmente estarão incorporadas ativações para que os dentes sejam corrigidos. A melhora do sorriso é acompanhada visivel-

mente pelo paciente. É indicado para qualquer fase da dentição, de crianças a adultos. Um bom tratamento or-todôntico pode transformar sua vida! Um sorriso bem alinhado traz beleza e equilíbrio ao rosto, transformando profundamente a fisionomia. Ademais, dificulda-des de fala, mastigação e res-piração, ou mesmo alguns tipos de dores de cabeça reincidentes, são exemplos de casos em que a Ortodontia pode atuar, melho-rando sua qualidade de vida. Mais do que a percep-ção externa, um sorriso bonito é o final de um projeto que pro-porciona ao indivíduo uma boa mastigação, saúde dos dentes e

tecidos de suporte (gengival, pe-riodontal e esqueletal), fonação adequada, trituraçãode alimentos nas dimensões adequadas que favorecem a digestão. Até mes-mo a postura do indivíduo pode melhorar com a correção dentá-ria. Muitos são os benefícios de um tratamento ortodôntico, mas aliar a isso um aparelho pra-ticamente invisível, que não ofus-ca o sorriso, não altera a fala, não fere lábios ou gengivas e pode ser removido durante a alimentação e higienização e ainda é capaz de corrigir diversos problemas den-tários de forma rápida e eficiente, induvidosamente é a proposta do aparelho ortodôntico transparen-te - Esthetic Aligner®

ORTODONTIA: O FUTURO É HOJE - Mostre seu sorisso, não o aparelho!!Aparelhos ortodônticos praticamente invisíveis

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

16

Page 17: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

17

Page 18: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

18

Notícias

Não é de hoje que se propagam os benefícios que o alho propor-ciona à saúde humana. Alguns

povos da Antiguidade, como os egípcios e os gregos, já acreditavam na ação profilática e te-rapêutica desse nutriente, mesmo sem sabe-rem o alcance de seus benefícios e a maneira mais eficaz de aproveitá-lo. Considerado um dos alimentos mais prescritos pelos naturalistas e um dos condi-mentos mais populares da cozinha brasileira, o alho, denominado cientificamente Allium sa-tivum, é tido como um excelente auxiliador na manutenção da saúde e na prevenção de algu-mas doenças, sendo uma das poucas plantas que apresentam um composto de proprieda-des saudáveis. Segundo a nutricionista Wilza Carla Araújo do Amaral, o alho é considerado um dos dez alimentos funcionais mais importantes, pois possui propriedades antiaterosclerótica, imunoestimulante, anticancerígena, anti-infla-matória, antimicrobiana, antiasmática, antitér-

mica e expectorante natural. Especialistas garantem que o alho reduz a pressão arterial e a taxa de colesterol, além de com-bater germes e infecções. Outros benefícios obti-dos com o consumo do alho refere-se ao fato do ingrediente possuir qualidades antioxidantes, que permite o ataque aos radicais livres, retardando o envelhecimento precoce. Wilza Carla ainda cita ou-tras doenças que podem ser combatidas pelo alho: “O nutriente age no tratamento de parasi-toses, desconfortos gastrintestinais, dislipidemias, verminoses intestinais, doença hipertensiva (tem efeito hipotensor), cardiovascular, câncer, dimi-nuindo coágulos na corrente sanguínea (previne agregação plaquetária), tem efeito fungicida”, dis-se. Durante o Simpósio Internacional da Terapia do Alho, realizado em Berlim, a eficácia deste vegetal pôde ser comprovada através de pesquisas apre-sentadas por mais de 150 cientistas oriundos de aproximadamente 20 países. A maioria dos estudos apontou a contribuição do alho no tratamento das dislipidemias e doenças cardiovasculares. Outros estudos, realizados em conjunto pela Embrapa e pesquisadores da Universidade de Brasí-lia (UnB), comprovaram que um composto ativo do alho nas espécies brasileiras, chamado alicina, pode reduzir o colesterol e diminuir os riscos de infarto

Alho:um dos 10 alimentos funcionais mais im-portantes para a saúde humana Com Simone Bezerrill

Alimentos

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

18

Page 19: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

19

Notícias Alimentos

agudo no miocárdio. Entre as ações do alho, as mais importantes e específicas, apontadas pelas pesquisas, são suas capacidades de melhorar as condições cardíacas, anticance-

rígenas e germicidas. Já dentre os componentes sulfurados do alho, os que mais se destacam como benéficos à saúde e que o diferen-cia de outros vegetais do gênero Allium são: aliina, alicina e dialisul-feto. Aliás, são essas propriedades as responsáveis pela produção daquele odor característico.“O alho é composto por aminoá-cidos sulfurados: Alicina, Ajoeno, Aiina, que tem ação antioxidan-te, reduzindo LDL, triglicerídeos e oxidação de radicais livres. Possui uma grande quantidade de princí-pios ativos, também contém mi-nerais e vitaminas do complexo B, principalmente B6, além de ser rico em germânio, que é um elemento condutor de oxigênio com ação revigorante e rejuvenescedora. Ainda contém selênio, que é um micronutriente protetor do cora-ção”, explicou Wilza.Entretanto, a nutricionista ressal-ta que não há comprovação cien-tífica quanto à eficácia do alho no combate ao câncer e diabetes.

“Relata-se que as substâncias presentes no alho podem melho-rar a liberação de insulina que em conjunto com a ação antioxidan-te teria um efeito positivo no dia-betes. No câncer os compostos

sulfurados redu-ziriam ou inibiriam a proliferação de tumores, como os do tratointestinal, da próstata, do rim, da mama e os do sistema endócrino. Julga-se que o alho tem a propriedade de baixar a pressão arterial. Um espe-cialista da Univer-sidade de Genebra declarou que o alho provoca a dilatação

dos vasos sangüíneos, reduzindo assim, a pressão no interior deles”, esclareceu Wilza Carla.

Recentemente, pesquisadores norte-americanos, da Washington State University, declararam que o alho apresenta um composto com

cem vezes mais eficácia contra a bactéria Campylobacter jejuni, causadora de doenças intesti-nais, do que antibióticos comuns, como eritromicina e ciprofloxa-cina. Essa mesma bactéria ainda provoca uma doença rara parali-sante, conhecida como síndrome de Guillain-Barré.

Por sua vez, buscando avaliar a contribuição do alho para a pre-venção de doenças cardiovascu-lar, cientistas argentinos fizeram uma pesquisa minuciosa para entender a melhor forma de pre-pará-lo. Descobriram que moer o alho antes do cozimento pode re-duzir a ação de suas propriedades antiplaquetárias. No entanto, aler-tam que essa perda pode ser mini-mizada com o aumento da quanti-dade de alho consumido.O biólogo Thiago Manzoni Jacin-tho, em artigo publicado no portal educação, cita um estudo realiza-

do por pesquisadores chineses, os quais constataram que o consu-mo de alho e de outros nutrientes do mesmo gênero (como cebola,

Page 20: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

20

NotíciasAlimentos

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

20

cebolinha e alho poró) reduz o ris-co de câncer de próstata inde-pendentemente do peso corporal, ingestão total de calorias e de ou-tros produtos alimentícios. Ainda constataram maiores efeitos em homens com câncer de próstata avançado. O consumo médio de alho foi de cerca de dois dentes por semana.Os benefícios para saúde advindos pelo consumo do alho podem ser obtidos por meio de receitas de cozinha, na preparação de pratos, ou médica, através de extratos e formulações de laboratório. De acordo com Wilza Carla, o alho cru apresenta efeito mais satis-fatório do que o cozido no que se refere à prevenção de algumas doenças. “Ao triturar ou mastigar o alho ocorre a ativação de uma substância bioativa. Por outro lado, quando dourado ou cozido perde parte de suas propriedades. O alho envelhecido tem uma gran-de concentração das substâncias ativas”, explicou.

Questionada se há uma quantida-de ideal de alho que deva ser con-sumida, a profissional relatou que para uma ação preventiva e cura-tiva a recomendação diária é de 500 a 600 mg (equivalentes a dois dentes de alho na forma natural).“A indicação para se ter o melhor aproveitamento do alho é cru, mas também existe a oferta dele em cápsula, em forma de Óleo de Alho prensado a frio, que pode ser prescrito pelo nutricionista ou médico”, explicou Wilza Carla.

A nutricionista alerta que consu-mido de maneira excessiva ou em dosagens elevadas, o alho pode causar má digestão e irritabilidade da mucosa gástrica.

“Deve ser consumido com mode-ração ou em alguns casos evitado por indivíduos que usam anticoa-gulantes e antiplaquetários. Ges-tantes, crianças até quatro anos de idade, pacientes em pré e pós cirurgias, também devem evitar, pois tem efeito antiplaquetário”, salientou.

DICA: Saiba como disfar-çar o hálito após o consumo do alho. Segundo a nutricionista Wilza Carla, o composto de amino-ácidos sulfurados do alho (Alicina, Ajoeno, Aiina) promove o odor ca-racterístico, podendo ser exalado por até 72 horas após a ingestão. Ela ressalta que embora seja de-sagradável ao paladar, age como desinfetante estimulando a secre-ção salivar e o suco gástrico.Para melhorar a halitose após o uso do alho, a nutricionista reco-menda ingerir suco de limão ou laranja. Outra forma de disfarçar o odor é: mastigar por algum tem-po alface, salsa, aipo, erva-doce, grãos de coentro e casca de maçã.

Receitas saudáveis A revista SaúdePB solicitou à nutricionista Wilza Carla que dis-ponibilizasse aos leitores algumas receitas a base de alho cru. Confi-ra:

AZEITE DE ALHO

Ingredientes: - 200ml de azeite 0.7 de acidez; - 10 dentes de alho.

Preparo: - Esterilizar a garrafa escolhida;

- Descascar os alhos, cortar ao meio e retirar o gomo axial; - Juntar na garrafa os alhos e en-cher com azeite; - Se quiser pode acrescentar ale-crim, pimenta dedo de moça e ou-tras especiarias. SARDINHA COM ALHO E TOMATESIngredientes: - 24 tomates-cereja com o cabi-nho; - 4 dentes de alho; - Alguns ramos de tomilho; - Raspas de limão-siciliano; - Uma pitada de flocos de pimenta; - 2 colheres (sopa) de azeite; - Sal e pimenta do reino moída na hora; - 4 sardinhas limpas com pele (120-150g cada).Preparo: 1. Pré-aqueça o forno a 200 °C. Coloque os tomates, o alho e o tomilho numa assadeira. Salpique as raspas de limão e os flocos de pi-menta. Regue com azeite e tempere com sal e pimenta. Leve ao forno por 10 minutos, até os tomates co-meçarem a enrugar. 2. Retire e coloque as sardi-nhas sobre os tomates. Cubra com papel alumínio e leve de volta ao forno por 10 a 15 minutos, até as sardinhas assarem por inteiro. Sirva quente com salada ou pão.

CHÁ DE ALHO

Ingredientes: - Um dente de alho; - Uma xícara de água; - Uma colher de mel.

Preparo: - Amasse o alho e acrescente uma colher de mel em uma xícara. Depois despeje a água em ponto de fervura

Page 21: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

21

Page 22: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

22www.saudepb.com.br

Artigo

Câncer de próstata: importância do exame anual

Dr. Leandro TavaresMédico Urologista, CRM/PB nº 4633.

Professor UFPBMembro titular da Sociedade Brasileira de Urologia

Atualmente, o Câncer de Próstata (CaP) é a segunda causa de óbi-tos por câncer em homens, sen-

do superado apenas pelo de pulmão. Estima-se a ocorrência de 47.280 casos novos deste tipo de câncer. Segundo pesquisa norte-americana publicada no New England Journal of Medicine, a chance de um homem ter câncer de próstata gira em torno de 25%, ou seja 1 em cada 4 ho-mens terá a doença no decorrer da sua vida. Este dado, associado a outros da literatura médica, por si só já mostra a importância e a gravidade com que esta patologia afeta todos nós homens.

Como acontece na maioria das neopla-sias malignas, não sabemos ainda a causa exata do CaP, mas identificamos alguns fatores de ris-co, tais como: dieta rica em alimentos gorduro-sos e pobre em selênio e licopeno, substâncias encontradas em frutas e verduras que tenham cor avermelhada, principalmente o tomate e a pitanga. Além desses, destaca-se ainda como fator de risco, principalmente, a hereditarieda-de, ou seja, aqueles homens que têm ou tiveram algum parente direto com CaP possuem maior chance de desenvolver a doença. Baseado nisto, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todo homem acima de 45 anos e aqueles acima de 40 anos, que possu-am parentes com câncer de próstata na famí-lia ou sejam da raça negra, devem procurar seu Urologista de confiança para realizar o exame de rotina que precisa ser feito anualmente.

Infelizmente, ainda não existe uma ma-neira de prevenir o CaP, mas a única medida que possibilita a cura é a realização do exame uro-lógico anual de rotina, que consiste na consulta com um Urologista e na realização do PSA (exa-me de sangue), ultrassonografia e do toque retal, exame indolor, rápido e que é capaz de identificar a maioria dos cânceres de próstata no seu início.

Se diagnosticarmos essa doença no início, tere-mos 80% a 90% de chance de deixarmos nos-sos pacientes curados e vivendo com excelente qualidade de vida. Porém, se a doença já estiver alastrada, apenas poderemos oferecer medidas paliativas e de suporte clínico até que a evolução natural leve o paciente à morte.

Portanto, devemos nos conscientizar, cada vez mais, de que temos nas nossas mãos a chance de salvar muito mais vidas se realizar-mos uma Medicina Preventiva com maior inten-sidade e, que no caso do CaP, requer apenas uma visita anual ao médico e a realização dos exames básicos. Só depende de você.

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

22

Page 23: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

23

Page 24: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

24

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

Notícias

A partir de maio, o programa federal “Saúde Não Tem Preço” disponibiliza mais

três remédios gratuitos à população. Os novos beneficiados são os que apresen-tam os sintomas da asma. Agora, são 14 medicamentos dis-tribuídos nas farmácias populares de todo o Brasil, levando em consideração os

remédios para diabéticos e hipertensos que já vinham sendo ofertados. Na Paraíba existem 192 farmácias administra-das pelo governo e 215 drogarias privadas credenciadas ao “Aqui Tem Farmácia Popular”. A inciativa deverá beneficiar aproximadamente 800 mil pacientes por ano. Até então, 200 mil pessoas vinham sendo favorecidas com a aquisição de medicamentos para o tratamento da asma por meio de descontos que chegavam a 90% nas redes de farmácias populares e privadas vinculadas

www.saudepb.com.br24

Agora: Farmácia Popular também disponibiliza remédios de graça para asma

Page 25: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

25www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

25

Notícias

ao programa federal. A estimativa do Ministério da Saúde é que este número possa quadruplicar – como ocorreu com os medicamentos para hiper-tensão e diabetes após um ano de lançamento da gratuidade pelo programa, iniciado em fevereiro de 2011. De acordo com o Ministério da Saúde, a in-clusão dos medicamentos para asma no progra-ma de distribuição gratuita aconteceu devido ao crescimento das vendas de tais remédios nas far-mácias populares, chegando a 322% de aumento entre fevereiro de 2011 e abril de 2012. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a ex-pectativa é que a ação tenha impacto positivo, es-pecialmente na saúde infantil. A asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil in-ternações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças de 0 a 6 anos. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença. Em entrevista para a Agência Saúde, o Mi-nistro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da inclusão dos medicamentos no programa. “Estamos dando um passo importante

para reduzir o número de internações e de óbitos que ainda existem. Nós não só estamos salvando vidas, mas estamos também estimulando melhor o desenvolvimento”, disse o ministro. A incorporação dos remédios contra a asma ampliará o orçamento atual do “Saúde Não Tem Preço” em R$ 30 milhões por ano. O orça-mento de 2012 do programa, sem contar os valo-res previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é de R$ 836 mi-lhões. No país, existem 554 farmácias populares da rede própria (administradas e montadas pelo governo) e 20.374 da rede privada.

Page 26: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

26

Engelselt

Page 27: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

27

Dr. Pedro CoutinhoLicenciado em Podiatria pelo I. P. de

Saúde - PortugalDirector clínico da PodoMedic

Artigos

A Podiatria é uma área da medicina como ciência, e o Podiatra

como profissional especializado na investigação, prevenção, diagnós-tico e tratamento das afecções e deformidades dos pés, como tratar as alterações das extremidades in-feriores, utilizando métodos cien-tíficos mais actuais e equipamento mais sofisticado.

A Podiatria é dividida em três grandes áreas. Quiropodologia - Área podiatrica na qual se realiza trata-mentos conservadores, calos, helo-mas, patologia da pele e unhas.

Or topodologia/Bio-mecânica - área podiatrica que actua em alterações congénitas e/ou adquiridas do tipo morfológico,

Áreas de Intervenção da Po-diatria: Alterações da Pele:- Calosidades- Micoses (ex: pé de atleta)- Úlceras, feridas, gretas, verrugas (olho de peixe)- Rachaduras- Excesso de transpiração

Alterações das Unhas:- Unhas encravadas- Unhas com micose- Unhas grossas- Tratamento Laserterapia

Alterações da Marcha:- Apoio incorrecto no pé- Pés Planos- Pés Cavos- Pé Pronado (caído para dentro)- Pé Supinado (caído para fora)- Caminhar incorrecto e/ou com dor- Deformidades nos dedos (Joanete)- Dismetrias (pernas de diferentes tamanhos)- Neuroma de Morton- Metatarsalgias- Esporão de calcâneo

- Fasceíte Plantar- Dor nos Joelhos, Quadril e Coluna- Correcção com Suportes Plantares Personalizados

Pé Adulto:- Pé Reumático- Pé Vascular- Pé Neurológico

- Pé do Idoso- Compensação com Suportes Plan-tares PersonalizadosPé Diabético:- Feridas e Úlceras Tipícas- Alterações estruturais- Pé Charcot- Suportes Plantares Personalizados, Preventivos

Pé da Criança:- Apoio incorrecto dos pés- Juntar e/ou afastar Joelhos- Cansaço excessivo dos pés- Dores generalizadas- Suportes Plantares Personalizados correctivas/compensatórias

Pé do Desportista:- Lesões e traumatismos (Entorses)

- Periostite (Canelite)- Fractura por stress Exames:- Avaliação Biomecânica- Avaliação computorizada da mar-cha em estática e dinâmica (Único em JP)- Outros

estrutural e funcio-nal aplicando trata-mentos correctivos, compensativos ou paliativos mediante realização e aplica-ção ou prescrição de ortopróteses ou ortóteses.

Ortesiologia - A aplica-ção de ortóteses digitais e metatár-sicas são realizadas directamente sobre o pé do paciente, permitindo manter o segmento afectado em posição correcta e funcional. As or-tóteses plantares, digitais e meta-társicas são de importância extre-ma, atendendo à sua funcionalidade e também porque é um tratamento imediato, permitindo minimizar uma sintomatologia dolorosa após a sua colocação.

Podiatriatratamento especializado para os seus Pés

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

27

Page 28: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

28

Especial

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

28

Autismo: entidade busca conscientizar sociedade sobre

importância de conhecer a síndrome e combater os preconceitos Com Simone Bezerrill

Dificuldades para se relacionar é um dos principais sin-

tomas apresentados pelos por-tadores do autismo, doença ainda pouco conhecida no Brasil, em-bora muito mais comum do que se imagina. Como recentemente foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a revista SaúdePB traz uma repor-tagem especial sobre a doença, alertando sobre a importância da identificação precoce da síndro-me, que, nas crianças, chega ser mais frequente do que as incidên-cias de aids, câncer e diabetes. Aproximadamente 400 pessoas se mobilizaram para co-memorar a data em João Pessoa. A iniciativa partiu da Associação de Pais, Amigos e Simpatizantes do Autista (Asas) no último dia 2 de abril. Segundo a diretora da entidade, Hosana Carneiro, o mo-

vimento teve o objetivo de des-pertar a atenção dos pessoenses para o problema, por meio da in-formação. “Nossa meta era justa-mente conscientizar a população e chamar a atenção dos entes públicos para a problemática do autismo. Conseguimos uma boa repercussão da iniciativa na im-prensa local e nas redes sociais”, disse Hosana Carneiro. Criada em 2009, a entida-de surgiu da iniciativa de um grupo de pais de autistas em busca de atendimento educacional, tera-pêutico, clínico e assistencial às pessoas portadoras do autismo. Sem fins lucrativos e sobreviven-do de doações, a Asas, que conta com seis funcionários e alguns colaboradores, disponibiliza um serviço de qualidade e de forma gratuita. “A associação surgiu a

Emocionada, Elisa relata os progressos do neto Vinícius após quatro anos de acompanhamen-to. Vinícius chegou à entidade com apenas dois anos de idade. “Graças ao trabalho desen-volvido pelas profissionais que tra-balham na Asas, o Vinícius hoje leva uma vida praticamente normal, já se relaciona com outras pessoas, fala bastante, atende aos comandos, conhece todos os números e letras, etc...”, salientou.

Depoimento

Page 29: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

29www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

29

Especialpartir de reuniões de pais que se realizavam semanalmente na resi-dência de uma mãe de autista. Nos-so objetivo era dar qualidade de vida aos nossos filhos através de trata-mentos multidisciplinares gratui-tos”, explicou a diretora da Asas. A falta de informação pode ser considerada a principal dificulda-de enfrentada pelos pais cujos filhos apresentam alguns dos sintomas do autismo. Segundo a psicóloga e psi-copedagoga Emellyne Lima, essa re-alidade tem mudado consideravel-mente na Paraíba, tendo em vista a atuação de muitas mães que lutam pela causa da inclusão, pela partici-pação de seus filhos em diferentes contextos, como, por exemplo, em escolas regulares. Com um neto que apresenta os sintomas do autismo, a senhora Elisa Aragão Vieira começou a pro-curar outras famílias que também estivessem vivenciando os mesmos problemas. Desta maneira, conhe-ceu alguns pais de autistas, que, posteriormente, decidiram criar um grupo no intuito de trocarem experi-ências. Assim, a partir desse conví-vio, da troca de incentivos e da pro-cura por ajuda, foi que surgiu a Asas.“O meu neto Vinícius, praticamen-te foi um dos fundadores da Asas, pois foi em decorrência da suspeita de que ele era autista, que comecei a procurar pessoas relacionadas ao assunto, sendo a partir daí, desse grupo de famílias de autista, o qual eu me incluo, que se criou a Asas--PB”, explicou. Elisa relata que a principal dificuldade enfrentada por ela e pelo grupo era a falta de informação so-bre o tema e tampouco acerca das formas de tratamento existentes. “Como avó de um autista, só tenho a agradecer muito a ASAS pelo tra-balho desenvolvido, não apenas com o meu neto, mas com todas as ou-tras crianças autistas que são aten-didas lá”, expressou. Segundo Hosana, estima-se que existam 60 mil autistas na Pa-raíba. Em relação aos tratamentos

disponibilizados pela rede pública, ela relata que o serviço é prestado unicamente pela Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), mas ressalta que a capacidade de atendimento da unidade é precária. “O atendimento é absolu-tamente insuficiente, sem contar a carência de até um ano entre o início da triagem e o começo do tratamen-to. A capacidade de atendimento da entidade resume-se a 50 usuários. Ainda por cima, este atendimen-to não possui a qualidade desejada devido à deficiência/inexistência de capacitação e supervisão”, disse.A Paraíba dispõe de uma legislação estadual que assegura o atendi-mento aos portadores de autismo, disponibilizando serviços de saúde, educação, assistência social, infor-mação e cadastro. Criada em 2 de abril de 2009, a lei 8.756 instituiu o Sistema Integrado de Atendimento ao Autista. Dentre os direitos assis-tidos, está incluso o diagnóstico pre-coce nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). Entretanto, segundo Hosana Carneiro, a lei ainda não trouxe avanços porque possui eficácia contida. Apenas após a re-gulamentação seus efeitos poderão ser avaliados. “Minha esperança, como a de todos que estão na Asas e dos que aguardam uma oportunidade para entrar lá, é que os nossos go-vernantes façam a sua parte e cum-pram a Lei 8.756/2009. Isso já vai nos ajudar muito. Além disso, é pre-ciso que as escolas acordem para o problema da inclusão, pois para a maioria, inclusão é colocar mais uma cadeira em sala de aula para uma criança “especial” sentar”. No estado, apenas a Funad e a Asas prestam atendimentos gra-tuitos. Existem outras duas entida-des particulares, a Associação de Pais e Amigos do Autista na Paraíba (Ama/PB) e o Espaço Terapêutico Mundo Autista (Etma), além da Clíni-ca de Neuroatividade (também par-ticular).

Page 30: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

30

Especial

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

30

Saiba mais sobre a síndrome que afe-ta 70 milhões de pessoas no mundo

Quando se fala em autismo pensa--se logo nos seguintes estereótipos: pessoas que não interagem com ou-tras, que vivem isoladas e têm aver-são ao toque ou contato. Por outro lado, devido à falta de informação sobre o transtorno, é comum taxar uma criança que apresenta a doen-ça como mal educada quando, por exemplo, pega um objeto de maneira abrupta ou se joga no chão.Para ajudar os autistas é preciso en-tender essa doença que atualmen-te atinge 70 milhões de pessoas no mundo, segundo estimativa da Or-ganização das Nações Unidas (ONU). De acordo com Emellyne Lima, que há sete anos se dedica a tratar de crianças com autismo, existe uma variabilidade na manifestação dos sintomas comportamentais apre-sentados pelos autistas, em dife-rentes graus e áreas. A psicóloga explica que há sintomas considera-

dos leves, moderados e intensos.“Quanto aos níveis, existem ins-trumentos que ajudam a avaliação classificando o autismo entre leve, moderado e severo. Quanto aos ti-pos, estes constam nos Manuais de Diagnósticos CID 10 e DSM IV contemplando os chamados trans-tornos do “Espectro autista” que abrange o Autismo, a Síndrome de Asperger e os Transtornos do de-senvolvimento sem outra especifi-cação”, relatou. Embora exista uma grande varia-bilidade em relação aos sintomas, a psicóloga relata que a linguagem e a socialização são as áreas mais afe-tadas pela síndrome do autismo.“De maneira geral, estão presen-tes prejuízos ou particularidades na interação social, na comunicação, nos comportamentos e interesses, caracterizados por restrição, este-reotipia e repetição. Também são

observadas nestas pessoas dificul-dades sensoriais que exacerbam os comportamentos autísticos”, es-clareceu.A especialista ainda ressalta que embora o autismo não tenha cura, as pessoas acometidas com a sín-drome podem levar uma vida nor-mal, como qualquer outra que não apresenta tal doença. A psicóloga alertou que nos casos de diagnós-ticos precoces os tratamentos são mais eficazes e, consequentemente, as crianças portadoras do distúrbio poderão ter melhor rendimento na escola, com chances consideráveis de chegarem à universidade. “Assim como os deficientes físicos precisam de adaptações, as pesso-as com autismo também precisam para que levem uma vida melhor. As famílias, as escolas e a sociedade precisam aceitar as diferenças; en-tender que todos têm necessidades

Page 31: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

31www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

31

Especialdistintas e que ao serem atendidas muitos problemas serão minimiza-dos ou mesmo evitados, mas isso remete à temática inclusão, que é uma outra longa conversa”, ressal-tou.Emellyne ainda chama a atenção para a necessidade de um conheci-mento pediátrico mais aprofundado sobre o autismo, pois, segundo ela, muitas vezes, crianças considera-das autistas podem não ser ade-quadamente diagnósticas nos con-sultórios médicos. Ela explica que os distúrbios comportamentais do au-tismo costumam ser identificados numa criança antes dos três anos de idade, por isso da importância do diagnóstico precoce para iniciar o tratamento.“Acho que estas informações preci-sam chegar aos pediatras os profis-sionais que lidam diretamente com as crianças desde a mais tenra ida-de. Muitas das vezes, as mães iden-tificam características como atraso na linguagem ou pouca interação, por exemplo. Mas, alguns desses profissionais, pouco preparados nesse sentido, acabam atribuindo a questões de personalidade ou ao rit-mo de cada criança e orientam colo-car a criança na escola. Entretanto, na fase inicial de aparecimento de sintomas, nem todas as caracterís-ticas e comportamentos autísticos estão totalmente instalados”, disse.Para a psicóloga, a interação en-tre diversos profissionais da saúde (psicólogos, fonoaudiólogos, edu-cadores físicos e terapeutas senso-riais) e a orientação às famílias são fundamentais tanto para o sucesso no tratamento dos sintomas como para a prevenção de problemas de comportamento, além de outras di-ficuldades relacionadas ao autismo. Estima-se que o autismo afeta mais de dois milhões de indivíduos no Brasil, embora ainda seja desco-nhecido o número exato de pessoas que apresenta o transtorno devido à inexistência de uma pesquisa de prevalência. O país adota o índice de incidência do distúrbio na população

norte-americana, onde a cada 88 crianças uma nasce com a síndrome, se-gundo dados divulgados, recentemente, pelo governo dos Estados Unidos.Devido ao surto de diagnósticos, a Associação Americana de Psiquiatria de-verá concluir, até o final de 2012, uma nova definição do autismo e de outras doenças do mesmo espectro.

Page 32: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

32

Especial

Conhecimento, inclusão e combate ao preconceito!

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

32 * Todas as fotos foram disponibilizadas pela Asas/PB.

Page 33: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

33www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

33

Especial

Todas as fotos foram disponibilizadas pela Asas/PB.

Conscientização, respeito e sucesso!

Page 34: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

34

Especial

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

34

Entrevista:Hosana Carneiro

Em entrevista ex-clusiva à SaúdePB, Hosana Carneiro

esclarece algumas dúvidas re-ferentes ao autismo. “O objetivo é levar informação àqueles pais que possam estar enfrentando o problema em casa ou mesmo ain-da não tenham percebido alguma variação no comportamento dos seus filhos”, relatou. Segundo Hosana, a Asas recebe, diariamente, visitas de famílias interessadas em iniciar o tratamento de seus filhos. De acordo com ela, a entidade aten-de treze famílias cujas crianças apresentam o transtorno do au-tismo. A entidade, criada há qua-se três anos, também promove eventos sobre o tema e capacita agentes pedagógicos e terapêu-ticos. O atendimento na Asas acontece todos os dias, nos se-guintes horários: das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. Mais informações: [email protected] telefone 8766-8041Confira, abaixo, a entrevista com Hosana, que há mais de um ano coordena as atividades desempe-nhadas pela Asas.

1. Como começou sua história com a entida-de? HC - Sou mãe de autista e participante de primeira hora das reuniões que resultaram na fundação da Asas. Na condição de sócia fundadora, participei ativa-mente do dia a dia da instituição e, por ocasião da vacância do cargo de presidente, fui eleita para co-

mandar a entidade.

2. Como mãe de autista, que mudanças a Asas trouxe para a sua vida? HC - A principal mudança foi a oportunidade de dividir meus temores e angústias com outras mães. Além disso, passei a acre-ditar em possibilidades concretas de evolução do meu filho a partir da troca de experiências e da ob-servação de outras situações, nos mais variados graus de com-plexidade. 3. Que contribuição o grupo de pais autistas e o apoio da Asas propor-cionaram ao seu filho? HC - Para o meu filho, foi estabe-lecida uma rotina de atendimentos e de-senvolvida toda uma sistemática de abor-dagem do problema. Ele começou a receber atendimento por vol-ta de cinco anos e hoje tem sete anos, recém--completados. 4. Que me-lhoras você po-deria observar no desenvolvimento do seu filho? HC - Apresen-tou melhoras na comu-nicação e progressos visíveis na socialização. Adquiriu várias habi-lidades visuais e mo-toras, sendo capaz de

identificar figuras e símbolos re-lativos a coisas e animais. Dá para observar, ainda, sinais evidentes de felicidade.

5- Que comporta-mentos podem ser identifi-cados como possíveis sin-tomas do autismo?

HC - Apresentar acen-tuada hiperatividade e falta de noção de perigo; não responder a ordens verbais; agir como se fos-se surdo e muitas vezes demons-trar hipersensibilidade auditiva. Além disso, não mostrar interes-se em conhecer pessoas, chorar, gritar ou rir sem motivo aparente

Page 35: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

35www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

35

Especial

ou momentos de extrema tristeza e apatia. Sua capacidade para imitar e imaginar pode ser nula. Apresenta movimentos estereotipados, retar-damento ou ausência da fala, que, consequentemente, compromete a comunicação. É comum, ainda, a presença da ecolalia (repetição de palavras). Por último, têm muita di-ficuldade na interação social.

6 - O que os pais de-vem fazer se perceberem alguns desses sintomas em seus filhos?

HC - Procurar um neuro-pediatra ou um psiquiatra infantil especialista em autismo e buscar ajuda nas entidades assistênciais especializadas. Mesmo que não seja possível iniciar o atendimento ime-diatamente, as entidades poderão franquiar informações importantes e orientações a cerca das opções de tratamento existentes na cidade.

7 - Como ajudar uma criança autista?

HC - Respeitar o seu jeito de ser e de se comportar já é um bom começo. Coopere, dê amor e cari-nho. Tenha força de vontade para ajudar e acredite que a pessoa com autismo tem capacidades. O autis-mo não tem cura, mas tem possibi-lidades de desenvolvimento com os tratamentos oferecidos.

8 - Que estímulos são considerados importantes para propiciar a socializa-ção de uma criança autista?

HC - Incentivá-lo a interagir com outras pessoas e expô-lo gra-dativamente a algumas situações diante das quais ele apresente algu-ma dificuldade.

9- E na escola, como os professores e colegas devem agir para ajudar uma criança autista? HC - Instruções devem ser simples e diretas, com frases cur-tas. Falar com calma e ter paciência. Recorrer a estímulos visuais e acei-tar que a pessoa autista precisa de algum tempo a sós. 10 - Adultos com au-tismo podem ter sucesso profissional?

HC- Alguns autistas com

grau leve do transtorno poderão ser capazes de despenhar alguma ati-vidade profissional, mesmo assim enfrentarão muitas dificuldades de comunicação e socialização. Às pessoas com autismo de grau médio a severo, que apre-sentam dificuldades para atender comando verbal ou escrito, além de não fazer uso adequado da imagina-ção, que correspondem a 70% dos casos, com o atendimento precário oferecido na Paraíba, seguramente não conseguirão desempenhar uma atividade profissional convencional.

Page 36: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

36www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

36

Fisioterapia

Você sente que a sua dor na coluna poderia diminuir se

houvesse uma forma de descom-primi-la? Instintivamente algumas pessoas sentem a necessidade de se “esticar” para fazer as dores da coluna amenizarem. Essas pesso-as chegam no consultório e per-guntam: “Doutor, isso faz senti-do?” A resposta está neste artigo. Tração da Coluna, que faz parte do programa de tratamento espe-cializado do Instituto Tratamento

da Coluna Vertebral (ITC Ver-tebral), comandado pelo Fisio-terapeuta Jailson Ferreira, é o procedimento da fisioterapia no qual ocorre uma descompres-são entre as vértebras. Du-rante esse processo, as dores causadas pela compressão de nervos, ossos, artérias, discos e articulações da coluna são amenizadas. Antigamente a tração da coluna era feita sem crité-rios e sem parâmetros, o que

causava até mesmo piora no estado de alguns pacientes, por isso a técnica foi deixada de ser utilizada durante muitos anos. Hoje em dia, a tração da coluna é criteriosa e controlada pelo fisiote-rapeuta em uma unidade computado-rizada de tração da coluna. O perfil do paciente é analisado e são determina-dos a carga ideal, o tempo de tração e quantas sessões são necessárias.

Jailson FerreiraFisioterapeuta - CREFITO 50.901-F

Mestre em Fisioterapia (UFRN)Osteopata e Posturoterapeuta (ATMS-Bélgica)Professor de Especializações em Fisioterapia

Manipulativa (PB, RN, AL, SE)

R. Walber Belo Rabelo, 181, Sala 8, Manaíra Fone: (83) 3043-3352

Page 37: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

37

Page 38: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

38www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

38

Notícias

Paraíba contra o crack: plano de ação contra avanço da droga é lançado no Estado

Um dos principais pro-blemas enfrentados dentro de casa e nas

escolas diz respeito ao crescente consumo de drogas. Segundo da-dos divulgados, no ano passado, pelo Centro Brasileiro de Informações so-bre Drogas (Cebrid), a Paraíba possui 35 mil usuários de crack. Deste total de dependentes identificados, 62% estão na faixa etária entre 10 e 18 anos. Visando combater o aumen-to do percentual de viciados jovens, que em números significa 21,7 crian-ças e adolescentes usuários de dro-gas, foi elaborado o primeiro Plano Estadual de Enfretamento ao Crack e outras Drogas, cujo lema intitula-se “União pela Vida”. Dividido em três eixos estra-tégicos, o plano enfatiza as seguin-tes ações: prevenção, reinserção social e repressão qualificada. De acordo com o governo, objetiva-se a formação de uma rede de articula-ção de serviços entre diversas áre-as (social, educacional e saúde), no intuito de combater não só o crack, como também o consumo de outras drogas.A iniciativa partiu de uma comissão

organizadora forma-da por representan-tes do governo, de instituições públicas, da sociedade civil e de organizações não governamentais (ONGs). A responsa-bilidade pela aplica-ção e acompanha-mento das metas será de um Comitê Gestor, do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas e dos fóruns de discussão

em sociedade. De acordo com publicações veiculadas no site oficial do Governo do Estado, as ações do plano serão desenvolvidas junto às escolas ten-do os professores como multiplica-dores no trabalho de prevenção e de aplicação dos próprios conteúdos programáticos. Outra meta des-tacada diz respeito à inserção dos usuários de drogas em processo de recuperação nos cursos profissio-nalizantes de curta duração, que de-verão ser disponibilizados pelo Esta-do. Ações educativas – A secre-tária de Desenvolvimento Humano do Estado, Aparecida Ramos, des-tacou, em matéria publicada na im-prensa oficial, que o governo já vem desenvolvendo ações no enfrenta-mento ao consumo de drogas, com o aumento do número de leitos, a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e a formação de 360 profissionais na área de assis-tência e de saúde para o tratamento aos usuários de crack e outras dro-gas. Programa “Crack, é possí-vel vencer” investe na instalação de

CAPS na PBA problemática das drogas entre os jovens também preocupa o go-verno federal. Com o lema “Crack, é possível vencer”, a presidenta Dilma Rousseff lançou, em dezembro de 2011, um programa que visa o inter-namento involuntário de usuários. O investimento aplicado foi de R$ 4 bi-lhões. Embora a internação com-pulsória já seja realizada, a medida não se tratava, até então, de uma política pública de combate às dro-gas. Segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, estão sendo cria-dos 308 “Consultórios de Rua”, com médicos, psicólogos e enfermeiros. A equipe fará busca ativa de depen-dentes e deverá avaliar a necessida-de de internação voluntária ou com-pulsória dos usuários. Em maio deste ano, o Minis-tério da Saúde (MS) habilitou 22 Cen-tros de Atenção Psicossocial (CAPS) em oito estados brasileiros, dentre quais está a Paraíba, que, agora, dis-põe de aproximadamente 50 unida-des de tratamento contra as drogas.

Os municípios de Santa Luzia e Rio Tinto foram contemplados com a instalação de um CAPS I. Já Sapé e João Pessoa com uma unidade do CAPS AD, sendo a terceira na capital. Ao todo, o estado será beneficiado com uma quantia superior a R$ 2 mi-lhões. O aumento dos números de CAPS no Brasil faz parte das ações do programa “Crack, é possível ven-cer”. Atualmente são 1.742 em todo país. O MS visa investir, até 2014, o valor de R$ 400 milhões para implan-tação de 134 CAPS AD 24 horas e construção de outros 41 novos cen-tros de reabilitação social.

Page 39: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

39www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

39

Notícias

Na Paraíba, o Ministério Pú-blico se encarregará de fiscalizar todas as prefeituras que dispõem de políticas públicas de combate e tratamento às drogas e que recebe-rão recursos federais em virtude da adesão ao Plano Nacional de Enfren-tamento ao Crack e Outras Drogas. O governo federal ainda bus-ca implantar um trabalho de preven-ção juntamente com as escolas e co-munidades, com o objetivo de evitar a ampliação do número de usuários. De acordo com o MS, a meta é capaci-tar, no período de quatro anos, 210 mil educadores através do Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola. Além disso, prevê a capaci-tação de 3,3 mil policiais militares do Programa Educacional de Resistên-cia às Drogas. Facilitar o acesso por meio do telefone a informações sobre dro-gas também é outra meta traçada pelo programa federal de combate às drogas. O novo número telefônico de atendimento telefônico VivaVoz, que auxilia e orienta usuários e fa-miliares de dependentes, passará de 0800 para 132.

Sinais da dependência: como identificar se uma pessoa próxima está usan-do drogas De acordo com especialis-tas, o dependente de crack apre-senta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e apa-rência física. Os sintomas mais comuns são: redução drástica do apetite; acentuada perda de peso; fraqueza; desnutrição e aparên-cia de cansaço físico. Os psiquiatras ainda alertam so-bre os seguintes efeitos: o usuá-rio tem insônia enquanto dura o efeito da droga e sonolência nos períodos de abstinência. Em entrevista ao portal Agência Saúde, a coordenadora

Sudbrack são: isolamento, con-flito familiar, furto para comprar drogas e variação do humor.

Como ajudar um depen-dente O usuário necessita de atenção especializada e inte-gral em relação à saúde física e mental. Segundo especialistas, um usuário de droga precisa, primeiramente, de ajuda profis-sional. Mas salientam que é fun-damental para o sucesso do tra-tamento o apoio familiar e social.

Causas e feitos: físicos Sabe-se que a fumaça tóxica do crack causa um im-pacto devastador no organismo. Entre as principais consequên-cias físicas condicionadas pelo consumo da droga estão: doen-ças pulmonares, cardíacas, sin-tomas digestivos, e alterações na produção e captação de neu-rotransmissores.

do Programa de Estudos e Aten-ção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB), Fátima Sudbarck, destacou que “também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares invo-luntárias e problemas na gengiva e nos dentes”.

Mudança no comporta-mento Algumas mudanças de comportamentos são sintomas notados nos usuários de drogas, tais como: falta de atenção e con-centração; deixar de cumprir ativi-dades rotineiras, como frequentar trabalho e escola ou conviver com a família e amigos; além de mentir e ter dificuldades de estabelecer relações afetivas. Ainda segundo declaração da coordenadora do Prodequi, o dependente também pode sofrer uma paranoia de alucinações e sensações de perseguição. Outros comportamentos apontados por

Page 40: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

40

Page 41: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

41

Page 42: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

42

Page 43: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

43

Page 44: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

44

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

44

A Fundação Nacio-nal de Saúde (Fu-nasa), por meio de

sua Superintendência no Estado da Paraíba (Suest/PB), promoveu em março, uma grande reunião, denominando-a “Seminário de Cooperação Técnica – Ações da Funasa para 2012”, no Teatro Armando Monteiro, situado no edifício do SESI, na capital parai-bana.

O evento contou com a presença do presidente da Fu-

nasa, Gilson Queiroz; da superin-tendente da Funasa no estado da Paraíba, Ana Cláudia Nóbrega Vital do Rêgo; de vários parla-mentares federais e estaduais e várias outras autoridades, além, é claro, da presença maciça dos prefeitos de municípios do inte-rior da Paraíba.

O seminário foi realizado em duas etapas; pela manhã as autoridades presentes ressalta-ram a presença do presidente da Funasa na Paraíba, como tam-

bém a importância de eventos como este, uma vez que inúme-ros esclarecimentos foram pres-tados aos gestores sobre os mais diversos temas relacionados aos convênios, o acompanhamento das obras de saneamento am-biental e suas prestações de contas. Durante o evento, tam-bém foi ressaltada a relevância da integração que deve existir entre a Funasa e os municípios que possuem convênios com a Instituição, além do benefício que

Funasa: Seminário de Cooperação Técnica reúne prefeitos do interior do estado visando melhorar a execução dos convênios e das obras

Page 45: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

45

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

45

a população paraibana está re-cebendo, fruto das ações da Fu-nasa no Estado. O presidente Gilson Quei-roz fez uma apresentação sobre a situação das obras no estado e as ações da Funasa para 2012, destacando o Plano Municipal de Saneamento Básico, as ações da Funasa nos assentamentos e comunidades quilombolas, o Pro-grama Brasil sem Miséria – Água Para Todos, e ainda discorreu so-bre a política dos resíduos sóli-dos.

Durante o evento, foram realizadas pela equipe técnica da Funasa, explanações sobre temas específicos: Análise Téc-nica dos Projetos de Engenharia; Acompanhamento Gerencial de Fiscalização de Obras; Serviço de Convênios; Prestação de Contas; Plano Municipal de Saneamento Básico e Controle de Qualidade da Água, com a finalidade de ga-rantir aos gestores informações desde a elaboração do projeto até à fase de prestação de con-tas dos convênios e termos de compromisso.

São muitos recursos dis-ponibilizados pelo Governo Fe-deral, visando financiar ações de saneamento ambiental, por meio de convênios celebrados entre as Prefeituras e a Funasa, porém, os gestores se queixam muito que ainda encontram muitas dificul-dades em executar às obras e principalmente prestar contas, devido ao pouco conhecimento técnico e a carência de mão de obra especializada nos pequenos municípios.

Page 46: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

46

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

46

Só em abril a Funasa, por meio da Superin-tendência Estadual na Paraíba (Suest/PB) liberou um total de R$ 6.678.931,03 para 24 municípios do estado. A importância refere-se ao pagamente de parcelas para a execução de obras do Progra-ma de Aceleração do Crescimento (PAC) e convê-nios (CV) entre a Funasa e as prefeituras munici-pais. Os recursos destinam-se a obras de Siste-ma de Abastecimento de Água (SAA), Sistema de Esgotamento Sanitário (SES), Melhoria Habitacio-nal para Controle da Doença de Chagas (MHCDC) e Melhorias Sanitárias Domiciliares (MSD). Essas ações atingirão uma população de mais de 52 mil pessoas beneficiando mais de 13 mil famílias. Nestas liberações foram contemplados os seguintes municípios: Bom Sucesso, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cacimba de Areia, Carrapateira, Conceição, Curral de Cima, Juru, Las-tro, Livramento, Mãe D’ Água, Pilões, Pirpirituba, Quixaba, Santo André, São Bentinho, São João do Cariri, São José de Piranhas, Sapé, Serra Branca, Serra Grande, Tenório, Triunfo e Vista Serrana.

A Fundação Nacional de Saúde tem sua atuação voltada, especialmente, para municípios com menos de 50 mil habitantes, nos quais tra-balha para melhorar, cada vez mais, a saúde públi-ca da população paraibana. Também desenvolve suas atividades junto às comunidades quilombo-las e ribeirinhas.

Em abril: Funasa libera mais de R$ 6,6 mil-hões para municípios paraibanos

Page 47: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

47

Page 48: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

48

Notícias

Pela primeira vez, o Brasil conseguiu reduzir o número

de casos de tuberculose a uma marca inferior a 70 mil. Nos últi-mos dez anos, a taxa de incidên-cias caiu 15,9% e a de mortalidade apresentou redução ainda maior: 23,4%. O Núcleo de Vigilância Epi-demiológica do Hospital Clemen-tino Fraga, referência no trata-mento da tuberculose na Paraíba, registrou uma redução de 2% no índice de novos diagnósticos re-gistrados na unidade, mesmo as-sim ocorreram 700 novas infec-ções em 2011. Entretanto, segundo da-

dos divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado foram notificados 1.087 novos casos de tuberculose em todo o estado, com o índice de 8% de abandono de tratamento. Um percentual maior do que o apre-sentado no ano anterior, quando foram detectados 1.074 casos novos, com 7,8% dos portadores da doença abandonando o trata-mento. Uma das políticas públicas lançadas para minimizar essa re-alidade está sendo aplicada por meio da SES, que desenvolve um trabalho para detectar o risco de infecção da tuberculose em

unidades prisionais. Os detentos que apresentam tosse há mais de três semanas – um dos sinto-mas da doença – são submetidos a exame de escarro e raio-x de tórax, além do teste tuberculíni-co, que identifica pessoas que já foram infectadas pelo bacilo da tuberculose.

No Brasil

De acordo com o Ministé-rio da Saúde, o número de casos verificados no último ano so-freu uma queda de 3,54%: foram 71.790 (2010) contra 69.245 (2011). Na última década, o Brasil

Tuberculose: Brasil reduz casos em 3,54% e PB tenta diminuir índices da doença

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

48

Page 49: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

49

Notícias

registrou uma redução de 15,9%. Em 2001, foram notifica-dos 42,8 casos de incidências de tuberculose para cada 100 mil habitantes, número que caiu para 36 casos da doença em 2011. Mais positivo foi a diminui-ção do índice de mortalidade. Na década analisada ocorreu uma queda de 23, 4%, sendo 3,1 óbitos para cada grupo de 100 mil habi-tantes, em 2001, passando para 2,4, em 2010. Embora tenha ocorrido reduções, a tuberculose está em quarto lugar no ranking de mor-tes causadas por doenças infec-ciosas no país, sendo a primeira entre os pacientes com aids. Para enfrentar a situação o Ministério da Saúde recomenda que seja re-alizado o teste anti-HIV em todos

os pacientes com a doença. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 10% dos casos registrados em 2010 era

de pessoas infectadas pelo HIV. O maior percentual de pacientes tuberculosos e portadores do ví-rus da aids (a chamada coinfec-ção) foi notificado na região Sul, onde a marca chegou a 18%. Durante o evento em co-memoração ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose (23 de março), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou que: “É importante fecharmos o ano, pela primeira vez, com menos de 70 mil casos. Os dados que temos apontam a redução da taxa de in-cidência. Mostra que o caminho está correto e que a tuberculose foi elencada como tema prioritá-rio”. O ministro ainda salientou que o governo federal ampliou o investimento em ações de con-

trole contra a doença nos últimos nove anos. Os recursos desti-nados ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose passa-

ram de US$ 5,2 milhões, em 2002, para US$ 74 milhões em 2011.

Diminuição por região

Entre 2011 e 2010, a re-gião Nordeste registrou uma re-dução de 36.9 casos de tubercu-lose para 35, 9, em relação a cada 100 habitantes. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram pequenas variações: 0,2 e 0,6, respectivamente. O Norte, com maior índice de contágio, perma-neceu com o mesmo índice nos últimos dois anos: 45,2.Situação mundial Apesar do declínio dos nú-meros de incidências de tuber-culose e mortes causadas pela doença, o percentual atual ainda é preocupante. Para se ter uma ideia, 8,8 milhões de pessoas fo-ram diagnosticadas com tuber-culose e 1,4 milhão morreram de-vido à doença, em 2010. Embora, aproximadamen-te um terço da população do pla-neta seja infectado com a bacté-ria da tuberculose, que destrói o tecido pulmonar, apenas uma pe-quena parcela chega a apresentar a doença. Segundo especialistas, uma pessoa com tuberculose que não se submete ao tratamento adequado pode infectar, em mé-dia, de dez a 15 pessoas por ano.Os contingentes que apresentam os maiores surtos de tuberculose estão na América Latina, África, Ásia, Europa Oriental e Rússia. O Brasil está entre os países que demonstraram avanços no com-bate à doença.Grupos considerados vulnerá-veis As pessoas que vivem em condições precárias de moradia e

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

49

Page 50: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

50

Notíciasalimentação estão mais propícias a contrair a doença. Outros dois grupos considerados vulneráveis à tuberculose são as pessoas com sistema imunológico defi-ciente e as que não têm acesso aos serviços de saúde. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose, vincula-do ao Ministério da Saúde, definiu como prioritário as populações em situação de rua, a carcerária, os indígenas e as pessoas conta-minadas pelo vírus da aids.

Como identificar a doença

Segundo os médicos, o principal sintoma da tuberculose é a persistência da tosse por mais de três dias, com ou sem secre-ção. As pessoas que apresen-tam tal sintoma deverão procu-rar uma unidade do Programa de Saúde Familiar (PSF), onde será realizado o diagnóstico. O trata-mento é disponibilizado, gratui-tamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser iniciado imediatamente após a confirma-ção da doença, durante seis me-ses e sem interrupção. Causada por uma bactéria conhecida como Bacilo de Koch, a

tuberculose atinge principalmen-te os pulmões, porém pode afe-tar em outras partes do corpo, tais como: ossos, rins e meninges. A tuberculose é detectada através de um exame denomi-nado baciloscopia. O paciente em processo de tratamento não é transmissor da doença. As crian-ças podem ser imunizadas por meio da vacina BCG.

Diagnóstico precoce: me-dida importante

Traçar ações que visem evitar o abandono do tratamento e diagnosticar a doença precoce-mente pode contribuir bastante para a redução dos atuais índices de mortalidade em relação à tu-berculose. Dentre as ações em an-damento, o Ministério da Saúde destacou a expansão do tra-tamento oferecido por mais de 70% dos Programas de Saúde da Família e a ampliação do número de equipes dessas unidades. No ano passado, 56,3% dos casos de tuberculose notificados foram diagnosticados em avaliações re-alizadas nas unidades básicas de saúde.

Outra ação desenvolvida refere-se ao projeto de diagnós-tico de tratamento da tuberculo-se entre pessoas que vivem com o HIV. O projeto está sendo reali-zado em 13 municípios brasileiros onde mais de 20% dos pacientes com tuberculose estão infecta-dos pelo HIV.

Metas traçadas pela OMS

Como medida para bus-car reverter a situação atual dos índices de tuberculose, a Orga-nização Mundial de Saúde (OMS) determinou que uma das metas a serem cumpridas deve ser identi-ficar 70% dos casos de tubercu-lose e curar, no mínimo, 85% das incidências. Entretanto, o percentual de cura continua abaixo da meta estipulada pela OMS, pois o maior índice alcançado até agora foi de apenas 73,5%, em 2009. O pior é que o percentual de cura decres-ceu para 70,3%, em 2010. Embora o Brasil tenha au-mentado o indicador de cura en-tre o período de 2001 a 2004, houve uma pequena redução a partir de 2005: a taxa passou de 73, 5%, em 2009, para 70,3%, em

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

50

Page 51: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

51www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

51

Notícias

Page 52: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

52

Page 53: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

53

Notícias

Em b o r a dois ter-ços do pla-

neta terra seja compos-to por água, menos de 1% deste total pode ser encontrado próprio para o consumo humano. Mesmo assim, o líquido, considerado fundamen-tal à sobrevivência de todas as espécies, con-tinua sendo utilizado de maneira exagerada. Diante dessa realidade, a criação de uma data especial para a conscientização mundial se tornou uma iniciativa de grande importância. Criado pelas Nações Uni-das (ONU), o Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março, ob-jetiva reforçar a importância da preservação do mineral e promo-ver a elaboração de medidas prá-ticas que possibilitem soluções para ajudar a minimizar o desper-dício desse recurso natural.Medidas aplicadas na Pa-raíba No último dia 22 de março, a Superintendência Estadual da Funasa na Paraíba (Suest), pro-moveu uma exposição de ban-ners e a distribuição de material educativo à população. A incia-tiva ainda contou com mostras de vídeos sobre a importância da água. Outra problemática diz respeito à péssima qualidade de água disponível nas residências

para o consumo diário. Assim, procurando evitar o crescimen-to de doenças causadas pela in-gestão de água contaminada, a Suest promoveu um trabalho preventivo por meio de ações de-senvolvidas pela Unidade Regional de Controle da Qualidade da Água (URCQA). Além de realizar a inspe-ção técnica em Sistema Públi-co de Abastecimento de Água (SAA), a URCQA, que é vinculada ao Serviço de Saúde Ambiental (Sesam) da Suest, apoia projetos de pesquisas, atua em situação de emergência e desastre am-biental, além de garantir suporte técnico às Vigilâncias Sanitária e Ambiental. A Suest ainda conta com

uma Unidade Móvel de Coleta de Água e de uma Unidade Mó-vel de Controle de Qualidade da Água (UMCQA), o que torna mui-to mais ágil e hábil as interven-ções e ações corretivas para a melhoria da qualidade de água. Assim, a UMCQA beneficia diver-sas famílias no interior do esta-do. Para se ter uma ideia, no ano passado, a unidade visitou mais de 39 municípios, onde foram re-alizados diagnósticos para saber a situação da água consumida pela população. Após as visitas, os resultados das análises foram encaminhados a cada prefeito para que fossem tomadas as de-vidas providências. A nova unidade móvel está com serviços disponíveis desde

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

53

Água: elemento essencial à manutenção da saúde e sobrevivência do homem

Page 54: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

54

Notícias

novembro de 2011, quando che-gou a Suest. A UMCQA, que cus-tou R$ 269.500,00, está capaci-tada para realizar 25 parâmetros (exames) de análise físico-quími-cos, quatro parâmetros de aná-lise bacteriológicas e, ainda, tem capacidade de fazer coleta para identificação e contagem de cia-nobactérias — em grande quanti-dade na água ocasiona desinteira — em mananciais superficiais. Outro fator preocupan-te diz respeito à inexistência de saneamento básico na maioria das residências brasileiras. Atual-mente, 53% da população brasi-leira não dispõem de saneamen-to nem água tratada. Pesquisas apontam que para cada R$ 1 in-vestido em saneamento, o gover-no deixaria de gastar R$ 4,00 em serviços de saúde. Medidas que possibilitariam qualidade de vida e menos gastos públicos.

Importância da água para a saúde Estudiosos asseguram que a água é fundamental no auxílio à preven-ção das doenças, dentre as quais podem ser destacadas: cálculo renal e infecção de urina. Além disso, é considerada essencial para o rejuve-nescimento do organismo, que é composto por 80% de água O Brasil é privilegiado em relação à disponibilidade de água. O país apresenta 53% do manancial de água doce da América Latina e

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

54

Page 55: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

55

possui o maior rio do mundo, o amazonas. No entanto, segundo o geógrafo Wagner de Cerqueira, a água doce disponível no território brasileiro está distribuída irregularmente: aproximadamente 70% dos mananciais es-tão presentes na região amazônica, restando 27% para a região Centro-Sul e apenas 1% na região Nordeste. É importante salientar que o consumo irresponsável da água pode gerar consequências graves e irre-versíveis em um futuro próximo.

• Banhosrápidos(economizaáguaeenergia);• Manteratorneirafechadaenquantoescovaosdentesoufazabarba;• Consertarvazamentosdecanosetorneiras;• Apertaradescargaapenasportemponecessário;• Acumularroupasparalavarepassar;• Nãousarmangueiraparalavarcalçadasecarro(utilizevassouraparaa calçada e balde para o carro).

Curiosidades

Você pode economizar água. Confira as dicas:

Notícias

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

55

Page 56: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

56www.saudepb.com.br

Artigo

Silene XimenesMestre - Farmacêutica /Bioquímica

O prefixo etno caracteriza o sistema de co-nhecimento e cognição de uma determinada cultura (Sturtevant, 1964). Para estudar os

saberes de populações humanas sobre os processos naturais e o conhecimento acerca das diferentes percepções do am-biente, as etnociências estão entre os enfoques que mais têm contribuído. Juntamente com suas implicações sociais, ideoló-gicas e éticas possibilitam aumentar a representatividade das comunidades estudadas nos processos de tomada de decisão formais, em relação aos recursos que utilizam. Dentre os diversos usos das plantas pelo homem, des-taca-se a utilização com propósitos de tratamento e cura de doenças e sintomas. Esse uso dos recursos florísticos vem se perpetuando e, atualmente, desempenham um papel essencial na assistência à saúde. Em muitos países em desenvolvimen-to, grande parte da população, especialmente em áreas rurais, depende principalmente da medicina tradicional para os cuida-do básicos com saúde. Com estudos etnobotânicos é possível compreender as sociedades humanas, passadas e presentes, e suas intera-ções ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais com plantas (Alves et al, 2007). Em adição, analisar o emprego de plantas medicinais por comunidades humanas pode contri-buir com estudos fitoquímicos, agronômicos e farmacológicos sobre essas plantas (Amorozzo, 1996). A conservação de recursos biológicos de importân-cia medicinal usados popularmente gera questões relevantes com respeito à sustentabilidade. Estudos junto a comunidades tradicionais, por propiciarem a descoberta de fontes terapêu-ticas potencialmente detectáveis e manipuláveis para síntese farmacológica, podem viabilizar o interesse na proteção dos recursos. Muitos estudos etnobotânicos têm demonstrado que as pessoas afetam a estrutura de comunidades vegetais e pai-sagens, biologia e evolução de espécies não só de forma ne-gativa, mas também beneficiando os recursos (Albuquerque & Andrade, 2002). O treinamento das comunidades para prote-ção das coleções florísticas com ações terapêuticas torna-se imprescindível (Shinwari & Gilani, 2003), favorecendo a con-tinuidade do aproveitamento das potencialidades medicinais pelas gerações futuras. O uso duradouro dos recursos está condicionado a sua proteção. Isso leva o conhecimento tradi-cional a constituir-se numa ferramenta para o planejamento e manutenção dos recursos naturais locais. O uso dos recursos florísticos torna-se ainda mais im-portante em áreas como o semi-árido nordestino, onde pre-domina o Bioma Caatinga, no qual vivem cerca de 15% da po-pulação brasileira, mais de 25 milhões de pessoas (Mittermeier et al, 2002) e é um bioma considerado hoje de especificidade brasileira. As interrelações apresentadas pelas comunidades com o meio em que vivem, tanto pelo uso intensivo ou não dos recursos como pelas diferentes formas de manejo que a valo-

rização concedida por elas pode oferecer ao mesmo meio, propiciou o reconhecimento da importância da sua partici-pação nos projetos de gestão e conservação dos recursos naturais e sustentabilidade, sendo demonstrada no vigési-mo segundo princípio da Declaração sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento do Encontro das Nações Unidas no Rio de Janeiro em 1992, assim exposto: “As populações indígenas e suas comunidades, bem como outras comunidades locais, têm papel funda-mental na gestão do meio-ambiente e no desenvolvimento, em virtude de seus conhecimentos e práticas tradicionais. Os Estados devem reconhecer e apoiar de forma apropria-da a identidade, cultura e interesses dessas populações e comunidades, bem como habilitá-las a participar efetiva-mente da promoção do desenvolvimento sustentável.” (ONU, 2001) Com base no que foi exposto, a pesquisa intitulada “Plantas utilizadas como medicinais em uma comunidade rural do semiárido da Paraíba, Nordeste do Brasil” foi de-senvolvida e publicada na Revista Brasileira de Farmácia em março deste ano (Santos et al, 2012). Na referida publicação constam as plantas utilizadas localmente, forma de preparo e doenças para as quais são prescritas. Enfatiza-se que as indicações são baseadas em conhecimentos tradicionais, passadas de geração em geração, e que a comprovação de efeitos benéficos ou maléficos devem ser confirmados com estudos farmacológicos. Foi observado no estudo que existe um rico conhecimento local e que as práticas medi-cinais estão agregadas a diversidade e acessibilidade dos recursos. E, acima de tudo que, qualquer estratégia de con-servação da flora deve considerar as necessidades locais de forma a manter preservados os recursos e a cultura, contribuindo com a saúde em todos os aspectos.

Para ver Referências: contactar autora - [email protected]

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

56

Etnobotânica e conservação dos re-cursos florísticos

Page 57: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

57

Page 58: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

58www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

58

Enchente no HospícioExame de rotina no hospício, para ver se ha-via algum louco que poderia ser liberado.Assim que foi dado o sinal, todos os funcio-nários saíram gritando:— O hospício está inundando... O hospício está inundando!Imediatamente os loucos se atiraram no chão e começaram a nadar freneticamente.Ao ver um que continuava sentado num banco, com ar sossegado, um dos médicos se aproximou dele e perguntou:— Por que você não está nadando?— Tá pensando que eu sou bobo?“Hummm, esse daí já deve estar curado!”, pensou o médico.Aó o louco emendou:— Humpf! Vou esperar a lancha!

A Dor SumiuAquela senhora, asmática, numa consulta de retorno.— A senhora está se sen-tindo melhor? — pergunta o médico.— Não, senhor!— A senhora seguiu a mi-nha recomendação de dormir com a janela aber-ta!— Sim, doutor!— E a dor no peito não su-miu?— Não, senhor! Mas sumiu a televisão, o dvd e o home theater!

Bebedeira

O médico alerta o paciente: -Puxa, meu amigo, não consigo encon-trar a razão das suas dores. Só pode ser por causa da bebida. - Não se preocupe não, doutor. Eu retorno amanhã, quando o senhor estiver mais só-brio!

Tratamento adequado O médico recebe a cliente com um sorriso bem largo nos lábios: - Minha amiga, tenho ótimas notícias para contar pra senhora. - Senhora, não, doutor. Eu sou uma se-nhorita. - Senhorita, eu tenho péssimas notícias para contar pra você.

Humor

Page 59: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

59

Page 60: Revista SaúdePB 2ª edição

www.saudepb.com.br

Saúd

e | PB

60