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Reino Unido - Janeiro 2010 - nº 85 Por dentro da língua de Shakespeare Aprendendo e aperfeiçoando o inglês

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Janeiro 2010

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Page 1: Revista Real

Reino Unido - Janeiro 2010 - nº 85

Por dentroda língua de Shakespeare

Aprendendo eaperfeiçoando o inglês

Page 2: Revista Real

Informação, entretenimento, serviçose interatividade ao alcance de um clique.

Real, cada vez mais presente no seu dia-a-dia.

www.revistareal.com

Page 3: Revista Real

3janeiro 2010

18 20Visão do Brasil Cinema

Brasília, 50 anos devida e história

Os dez mais nas telas do Brasil em 2009

Índ

ice

Editorial

Ano novo, vida nova. A surrada fra-se, repetida como um mantra nes-sa época do ano, vira promessa para uns ou incentivo para outros

iniciarem um novo ano em busca de obje-tivos deixados de lado no período que se encerrou. Mudar de cidade (ou país), bus-car novos horizontes profissionais,largar a vida sedentária, se livrar do cigarro... A lista é extensa, mas a Real trata do tema abordando um assunto que faz parte do dia-a-dia de cada brasileiro que mora no Reino Unido ou chega para uma experiência de vida na ilha britâni-ca: o aprendizado e aperfeiçoamento da língua inglesa, com todas as suas nuances e desafios. Afinal, morar muito tempo por aqui não é garantia para que a pessoa domine a língua. A faceta multicultural de Londres faz com que muitos estrangeiros se “refugiem” em suas próprias comunida-des e não encarem o estudo do inglês como fundamental. E mesmo os que se aprofundam no domínio do idioma po-dem, com cursos específicos, melhorar a sua fluência e abrir portas para novas e melhores oportunidades profissionais. Se a época é propícia para colocar novos projetos em prática, também é ideal para as tradicionais avaliações do que aconteceu de melhor no ano que terminou. Por isso, os colunistas Lu-ciano Vidigal e Cavi Borges elegeram o ‘Top Ten’ do cinema brasileiro em 2009, um ano de efervescência para a indústria cinematográfica nacional. E se os seus planos para 2010 incluem conhecer novos lugares, que tal viajar ao leste europeu? Riga, capital da Letônia, pode ser um destino interessante, com seu conjunto arquitetônico tombado pela Unesco, belos parques e o histórico passado de ex-república soviética. Independente de suas metas para o ano novo, a equipe Real deseja que você inicie 2010 com o pé direito. E que possamos contribuir mensalmen-te, com informação e entretenimento, para tornar o seu dia-a-dia mais agra-dável nas terras da “tia Beth”.

Saúde, sorte e sucesso! Feliz 2010!

Régis QuerinoEditor-chefe

Revista Real - nº 85 - Janeiro 2010 147 Jack Clow Road - London – E15 3ARFone: 020 8534 6183

Editor-chefeRégis [email protected]

Diagramação e FinalizaçãoRaf Comunicação

IlustraçãoEdvaldo Jacinto Correia

Fotógrafo Rafael Reina (Reino Unido)

Marketing & ComercialAdriana MartinsJane [email protected]@revistareal.com

RedaçãoBete KiskissianCarol Morandini (Reino Unido)Dayane Garcia (Reino Unido)Tâmara Brasil (Reino Unido)

ColaboradoresAlberto Luiz Schneider (Brasil)Cavi Borges (Brasil) Devaldo Gilini Júnior (Brasil)Eloyr Pacheco (Brasil)Giovana Zilli (Reino Unido) Jacqueline A. de Oliveira (Brasil) Luciano Vidigal (Brasil)

DistribuiçãoBR Jet [email protected]

Destaques do mês 6

Painel dos leitores 7

Reino Unido 8

Brasil 18

Cultura 20

Capa 24

Saúde 28

30 Turismo

34 Motores

36 Esporte

40 Classificados

48 Quadrinhos

49 Turma da Mônica

50 Palavras Cruzadas

Turismo30Conheça Riga, a capital da Letônia

Informação, entretenimento, serviçose interatividade ao alcance de um clique.

Real, cada vez mais presente no seu dia-a-dia.

www.revistareal.com

Page 4: Revista Real

4 janeiro 2010

Mobile: 07904323262

Contactar a Marcus [email protected]

Telefone: 02075151253

Conte com a gente para divulgaro seu evento ou producto, nossa frota roda Londres todas as semanas passando por mais de 400 pontos na cidade.

Count on us to promote your event or product, our fleet of cars goes around London every week passing

by more than 400 points in the city

Adv_Br_jet.pdf 24/11/2008 12:12:47

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5janeiro 2010

INFORME PUBLICITÁRIO

ALTERAÇÃO À LEI DA NACIONALIDADE PORTUGUESA

De acordo com a actual Lei de Nacionalidades, o Governo Português concede nacionalidade portuguesa aos netos de portugueses, mesmo

nascidos no estrangeiro, por naturalização. Os direi-tos desta “naturalização” só se reflectem para futuro, sendo esta uma ”nacionalidade derivada”.

O que quer dizer que, tal direito é transmitido aos filhos menores de 18 anos, bem como aos filhos que vierem a nascer após a naturalização portuguesa. Deste modo, a actual lei tem aplicação restrita, não contemplando os filhos maiores de idade.

No entanto, há um Projecto de Lei que trâmita na As-sembléia da República, no sentido de atribuir efeitos “originários” a esta nacionalidade. O que quer dizer que, os efeitos da nacionalidade serão retroactivos à data de nascimento do adquirente.

Na prática, implica que esta nacionalidade poderá

ser estendida também aos filhos dos netos (bisne-tos) dos portugueses ainda que maiores de idade, desde que seus pais (netos directos) adquiram a nacionalidade.

Tal alteração, a ser aprovada, irá beneficiar milhões de “bisnetos” de portugueses, maiores, nascidos no estrangeiro, que poderão também vir a adquirir a nacionalidade lusitana.

Não sendo certo ainda, se esta alteração na lei, irá ou não contemplar os “bisnetos” daqueles, cujos pais já adquiriram a nacionalidade por naturalização no âmbito da actual lei.

Todavia, tal possibilidade será debatida. Faça fazer valer seu direito, contacte um advogado.

Dr. Fábio NunesDrª Alexandra Cunha

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6 janeiro 2010

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ueDESTAQUE DO MÊS

Fiasco na Conferência sobre o Clima

Representantes mundiais não chegam a acordo sobre medidas para controlar o aquecimento global

A aguardada 15ª Conferência das Partes (COP), reunião anual que congrega as nações sig-natárias da Convenção sobre Mudança do Clima das Nações Unidas, em dezembro,

na Dinamarca, frustrou as expectativas sobre um acordo internacional para conter o aquecimento global. Representantes de 193 países reunidos em Copenhague buscavam consenso para um novo acordo ambiental, que substituísse o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 no Japão. O que se viu, porém, foi o fracasso das negociações e os protes-tos de membros de grupos ambientalistas marcaram a cena na capital dinamarquesa.

Pelas regras da Organização das Nações Unidas (ONU), um acordo precisa de unanimidade para vigorar. Neste caso, no entanto, essa unanimidade exigia a conciliação de interesses de países exporta-dores de petróleo com os de ilhas tropicais preocu-padas com as elevações do nível do mar, o que se mostrou impossível.

Sem acordo, foi definida apenas uma declaração de intenções, com uma “tomada de nota” que, de

acordo com o diretor da ONG Union of Concerned Scientists (União dos Cientistas Preocupados, em inglês), Alden Meyer, significa que “há status legal suficiente para que o acordo seja funcional, sem que seja necessária a aprovação pelas partes”.

O acordo pré-aprovado trazia como metas limitar o aquecimento global a 2ºC e criar um fundo que destinaria US$ 100 bilhões todos os anos para o combate à mudança climática - sem nenhuma pa-lavra sobre metas para corte em emissões de CO2, a grande expectativa da cúpula, que era pra ser a maior do século.

O desacordo levou algumas delegações a afirmar que o impasse na cúpula do clima ficou próximo do da rodada Doha. Um integrante da delegação sudanesa comparou políticas dos países desenvolvidos ao Holo-causto, dizendo que o aquecimento global está matan-do gente na África. Diante do fiasco de Copenhague, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, convocou uma nova reunião para Bonn, na Alemanha, em junho deste ano. A próxima Conferência das Partes (COP) está mar-cada para dezembro de 2010 no México.

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7janeiro 2010

Car

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Primeiramente gos-taria de agradecer o apoio para este novo projeto. Isso mostra não só o compromis-so da Revista Real

com a difusão de informação aqui em UK, mas também o zelo com assuntos ligados à educação, promoção social e manutenção do rico patrimônio linguístico e cultural brasileiro fora do Brasil.Desejo que cada vez mais leitores tenham em mãos a Revista Real. Muito Obrigado!

Andre Debiagi Light Project International – Londres

Pro Brasil ter chance de ser hexa na África do Sul o Dunga tem que ser linha dura. Se os jogadores entrarem no oba-oba que foi a preparação antes da Copa da Alemanha, o Brasil corre o risco de uma eliminação histórica na primeira fase. Por-

tugal e Costa do Marfim são adversários de qualidade. Abre o olho seleção!

Valdir MendesLondres

Eu já vi esse filme antes, quatro anos atrás. Meses antes da Copa, os ingleses comentando, empolgados, sobre as chances da Inglaterra ganhar a Copa.

No final, aquele enredo que todo mundo conhece: nem na semifinal eles chegam... Pobres ingleses: “inventaram” o futebol mas vão ter que se conten-tar, eternamente, com aquele título de 1966...

Roberval AssunçãoLondres

Participe do painel. Mande o seu email [email protected]

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8 janeiro 2010

Condenadas pormorte de brasileira

Paranaense é condenada por roubo

Hatice Can e Kemi Ajose foram consideradas culpadas pelamorte de Rosimeiri Boxall

Sentença de Keli Cristina, detida em Bronzefield, prevê um ano de prisão

A Justiça britânica condenou no mês passado a oito anos de prisão uma adolescente pela morte de uma jovem brasileira, em 2008. Segundo a BBC, Rosimeiri Boxall, 19 anos,

foi vítima de “um prolongado período de agressões”. Aterrorizada por Hatice Can, na época com 13, e Kemi Ajose, 17, a brasileira se jogou do terceiro andar de um edifício em Blackheath, no sudeste de Londres, para encerrar um período de agressões fí-sicas e verbais. Hatice foi condenada a oito anos de detenção e Kemi vai permanecer detida por tempo indeterminado em um hospital psiquiátrico.

Abandona pela mãe alcoólatra num orfanato do Rio de Janeiro, Rosimeiri foi adotada quando tinha 2 anos pelo missionário britânico Simon Boxall e sua mulher, Rachel, que viviam no Brasil. Quando a fa-mília voltou para o Reino Unido, em 2005, Rosi não conseguiu se adaptar e, após uma relação tortuosa com os pais, saiu de casa.

No dia da morte de Rosimeiri, ela foi agredida pelas duas adolescentes após uma discussão por causa de garotos que haviam conhecido na vés-pera. Durante o processo, os promotores exibiram aos jurados imagens feitas em um telefone celular por outro residente do mesmo abrigo para jovens,

A paranaense Keli Cristina de Oliveira, 25 anos, foi condenada a 12 meses de prisão por roubo no mês passado, em julgamento na Kingston Upon Thames Crown Court. Segun-

do informações de uma funcionária da corte, que preferiu não se identificar, Keli deve cumprir metade da sentença na cadeia de Bronzefield para, poste-riormente, ser deportada do país.

Segundo o advogado da brasileira, Tariq Al-Mailak, Keli se declarou culpada das acusações.

no qual Kemi bate em Rosi e puxa o seu cabelo, enquanto Kemi ri.

Segundo eles, Kemi borrifou spray desodorante no rosto de Rosi e socou a cabeça da jovem, que permanecia sentada na cama, passivamente. Ela também teve a blusa rasgada por Hatice. Segundo os promotores, as jovens ameaçaram forçar a brasi-leira a beber água sanitária.

O juiz que anunciou as condenações disse que só não deu uma pena maior para Hatice por cau-sa da idade. Ele acrescentou que manteria Kemi indefinidamente em um hospital psiquiátrico porque ela havia voltado a intimidar mulheres vulneráveis na prisão. A família disse que “continua a rezar pelas responsáveis pela morte de Rosi”.

Ele, porém, não quis confirmar as informações da corte sobre a sentença e a provável deportação da brasileira, alegando “confidencialidade no caso”. O marido de Keli, Conrado Nogueira da Silva, 25 anos, afirmou à Real que a esposa é inocente e foi vítima de um complô de ex-patrões de Keli, que tra-balhava como faxineira em residências em Fulham e Kensington, no oeste de Londres. Segundo Silva, os ex-patrões de Keli acusaram a brasileira para “dar um golpe no seguro”.

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oREINO UNIDO

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A correspondente da Real na Escócia conversou com a poetisa escocesa Kokumo Rocks. Autora dos aclama-

dos livros “Stolen from Africa” e “Bad ass Raindrop”, lançados no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, ela falou da experiência de crescer em uma família com tradições distin-tas, já que a mãe era indiana, o pai nigeriano e o avô paterno brasileiro; das viagens ao Brasil e de sua visão sobre os negros ao redor do mundo.

Real - Você nasceu e cresceu em Cowdenbeath, uma pequena cidade no interior da Escócia, mas seus pais eram de diferentes nacionalidades. Como foi crescer com tantas culturas distintas em um país onde a representantivida-de negra ainda é ínfima? Kokuma Rocks - Boa parte da minha infância e adolescência me senti perdida, sempre fiquei dividi-da entre as informações culturais do meu pai, que era nigeriano, e da minha mãe, que era indiana, mas o pior para mim era o ar de estranheza das pessoas quando eu dizia que era escocesa. Até um bom tempo da minha vida me senti “estrangeira” dentro do meu próprio país. As pessoas não acreditavam e até hoje olham com ar de anorma-lidade quando uma negra diz ser natural da Escócia. O espanto vinha de toda parte, inclusive dos meus professores. Com essa mistura toda me senti durante vários anos uma pessoa com muitas origens, mas oriunda de lugar nenhum.

Real - Essa sensação de não pertencer a lugar nenhum ainda te persegue? Kokumo Rocks - Não, pelo con-trário. Foi essa falta de identidade

Kokumo Rocks, cidadã do mundoA escritora escocesa falou de suas origens, que

passam pela Bahia

própria que me deu embasamento para construir minha vida profissional, foi essa mistura de culturas que me fez viajar à procura de minhas origens e então escrever sobre essas origens tão distintas. Já na adolescência fui a diferentes cidades da Índia, da Nigéria, e o melhor é que eu ia para casa de paren-tes e era muito bem recebida, eu podia estar do outro lado do globo terreste e me sentir em casa, daí em diante percebi que não era uma pessoa sem lugar nenhum, percebi que eu era uma felizarda, uma pessoa não singular, mas sim plural. Na realidade eu era e sou cidadã do mundo.

Real - Seu avô paterno era de Salvador e por várias vezes você foi ao Brasil. O que acha do país e da situação do negro por lá? Kokumo Rocks - O Brasil é um dos países mais lindos e mais eclé-ticos que já conheci, fui cinco vezes. A última visita foi em 2003, mas sempre fiz questão de conhecer o Brasil na visão de um nativo, com “lentes” de um cidadão local, afinal tenho sangue daquela terra, um pe-daço de mim está em Salvador, meu avô paterno era de Salvador, local que muito me encantou pela beleza da cidade e de seu povo, porém, acho que os negros são muito mal valorizados no Brasil, sobretudo na Bahia. Acho que o racismo no Brasil é um racismo disfarçado, perverso e os próprios negros muitas vezes desvalorizam seus próprios “irmãos”. Eu mesma senti na pele a falta de respeito do negro para com o negro em Salvador. Eu estava no Merca-

do Modelo, olhando as butiques, quando entrava ninguém ligava para mim pelo meu biotipo ser de alguém local, porém, assim que percebiam que eu era estrangeira tratavam-me com-pletamente diferente. Mas então é isso, o negro só pode ser bem tratado se for de outro país? E olhe que passei em várias butiques e na maior parte os funcionários também eram negros.

Real - Você acredita que com a vitória de Obama, países como o Brasil colocarão mais negros na linha de frente? Kokumo Rocks - A vitória de Oba-ma foi um grito preso na garganta para os negros dos mais diferentes lugares do mundo. Foi um marco, acredito sim que de agora em diante haverá mais espaço na sociedade para os negros nas mais diferentes áreas. Desde a vitória de Obama parece que se tirou o estigma que negro só é bem-sucedido no futebol, música, dança, em áreas limitadas.

Real - Com o que mais e com o que menos você se identifica com o Brasil? Kokumo Rocks - Tem muita coisa que me identifico com o Brasil: a espontaneidade do povo, com os livros de Jorge Amado, a pluralida-de da Amazônia. O que menos me identifiquei foi com a TV brasileira, quase não vi negro, vi muito loiro de olhos azuis, apresentadores brancos, mas quase não vi negros, o que não corresponde à realidade quando saímos às ruas.

Tâmara Oliveira

Kokumo: “A vitória de Obama foi um grito preso na garganta para os negros dos mais diferentes lugares do mundo”

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Imigração brasileira em debateEncontro gratuito promovido pelo GEB vai debater a diáspora brasileira

O Grupo de Estudos sobre Brasileiros no Reino Unido (GEB) realiza no dia 19 de janeiro, das 17 às 21 horas, no Institute for the Study of the Americas (32 Russel Square, WC1B

5DN, metrô Russel Square), a segunda oficina sobre a Imigração Brasileira ao Reino Unido, “Dialogando com os Brasileiros na Diáspora II”.

A oficina consistirá de duas mesas de debate compostas por representantes de organizações comunitárias que trabalham diretamente com imi-grantes brasileiros, assim como de pesquisadores acadêmicos e de instituições de pesquisa volta-das para políticas públicas. Haverá também uma

sessão de posters de apresentação de trabalhos de pesquisa.

Entre os palestrantes estarão Carlos Mellinger, presidente da Casa do Brasil; Gabriela Boeing, do setor de comunicação da International Organization for Migration (IOM); o Dr. Cathy McIlwaine, da Que-en Mary University of London, e Claudio Souza, da Associação Brasileira de Iniciativas Educacionais no Reino Unido (ABRIR).

A oficina está aberta a estudantes, pesquisadores, representantes ou membros de organizações e se-tores ligados à comunidade brasileira. Para reservar seu lugar, escreva para: [email protected]

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Nome: Flora Sacco TheodoroIdade: 15 anos

Local de origem: Juiz de Fora/MG

Por que você resolveu vir morar em Londres? Na verdade eu vim morar com a minha mãe, que já havia morado em Londres no ano passado.

Há quanto tempo você está aqui?Dois meses.

Como foi a primeira reação ao chegar? O que você mais estranhou?Foi um grande choque nos primeiros dias. Estranhei praticamente tudo! As pessoas, o modo como elas se comportavam, até o transporte público.

O que mais gosta e o que não gosta na cidade?Gosto do fato de que as pessoas estão sempre muito bem vestidas e são sempre muito educa-das, mas o clima, pelo menos nesses dois me-ses, é terrível.

Qual seu lugar predileto em Londres?Ainda não tenho um lugar preferido...

Você já passou por alguma situação difícil, alguma “roubada” por aqui?Bom, ainda não, mas tive uns desafetos com uns motoristas de ônibus.

Como conheceu a Real? Através de minha mãe, que já morava em Londres.

Tem alguma sugestão ou tema de interesse que gostaria de ler nas páginas da Real?Matérias sobre eventos locais para o público jovem.

Alguma dica para os recém-chegados a Lon-dres?Realizar visitas nos museus gratuitos da cidade.

A experiência está valendo a pena?Definitivamente sim.

O que você mais sente falta do Brasil? O calor e as pessoas.

Pretende voltar para o Brasil?Com certeza.

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Emergência: disque 999Para contatar a polícia, bombeiros e ambulância. A chamada é gratuita

EmbratelLigações a cobrarpara o Brasil.0800 890 055

Consulado Brasileiro 3 Vere Street (quase esquina com Oxford Street)W1G 0DHTelefone: 020 7659 1550Fax: 020 7659 1554www.consbraslondres.com

Embaixada do Brasil32 Green Street, W1 – Marble Arch020 7499 [email protected]

Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS) Assistência jurídica e psicológica, agen-damento de consultas médicas e ou-tros serviços à comunidade brasileira.59 Station Road – NW10 4UX020 8961 3377 www.abras.org.uk

Casa do Brasil em LondresA nova associação brasileira em Lon-dres oferece, entre outros serviços, orientação jurídica e psicológica, servi-ços de intérpretes, tradução juramenta-da e convênios médicos e dentários. The Media Centre19 Bolsover Street London W1W 5NA020 7665 4430020 7665 [email protected]

Naz Vidas A ONG oferece acesso gratuito às clíni-cas que cuidam da saúde sexual, onde os pacientes contam com o auxílio de intérpretes e podem fazer exames que incluem testes de HIV, HPV, sífilis, go-norréia, hepatites A, B e C e clamídia. Serviço gratuito de apoio, assistência e aconselhamento sobre Aids. 30 Blacks RoadLondon W6 9DT020 8834 0232joserealnaz.org.ukwww.naz.org.uk

Projeto Latino-Americano para portadores de deficiência020 7793 8399www.ladpp.org.uk

Home OfficeImmigration &Nationality DirectorateWhitgift Centre Wellesdey Road – Croydon CR19 1ATConcessão e extensão de vistos:087 0606 7766Solicitação de formulário para extensão de visto: 087 0241 0645

Immigration AdvisoryService (IAS)Orientação jurídica em inglês sobre pedidos de vistos.County House: 190 Great Dover Street - 2º andarLondon SE1 4YB020 7967 1200www.iasuk.org

UK Concil for International Student AffairsInformações para estudantes estran-geiros sobre vistos, cursos,bolsas de estudo e assuntos relacionados ao

ensino no Reino Unido. 020 7107 9922www.ukcosa.org.uk

Citizens Advice BureauONG que oferece aconselhamento em diversas areas, com vários escritórios no Reino Unido.www.citizensadvice.org.uk

Gay Switchboard Informações sobre acomodação, ‘civil partnership’, imigração e legislação, entre outros. 020 7837 7324 (24h)

Consumer DirectO Consumer Direct funciona como uma espécie do nosso Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) do Reno Unido, orientando em relação aos direitos e a quaisquer problemas que o consumidor possa vir a enfrentar. Saiba mais no www.consumerdirect.gov.uk/

Money ClaimMoney claim é um serviço on-line que pode ser utilizado caso alguém lhe deve dinheiro. Você também pode receber orientações caso esteja sendo processado na justiça por débito. A página da Money claim na internet é www.moneyclaim.gov.uk

Legal Advice CentreO Legal Advice Centre promove orien-tação e informações práticas legais gratuitas acessando-se o site www.legal-advice-centre.co.uk/askus/

Aeroportos

Heathrow087 0000 0123

Gatwick087 0000 2468

Luton015 8240 5100

City Airport020 7646 0088

Stansted 087 0000 0303

Transport for LondonPlanejamento de jornada em metrôs, trens e ônibus.020 7222 1234www.tfl.gov.uk

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18 janeiro 2010

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Visão do Brasil

A capital da República, que agora completa 50 anos, tem sido uma cidade antipática aos olhos dos

brasileiros. Longe de “tudo”, Brasília simboliza o “vazio” ocu-pado por burocratas e políticos. Se a cidade já era associada à corrupção, à ineficiência e à burocracia – em função dos desmandos federais desde os tempos da ditadura –, a imagem dela se deteriorou ainda mais, com o escândalo protagoniza-do pelo governador do Distrito Federal e os deputados da sua base. Nunca houve escândalo tão documentado e filmado a conspurcar a imagem que o ve-lho PFL tentava, vestido de nova UDN, vender ao país. Brasília, a cidade moderna, ostenta, nas entranhas, o Brasil velho.

Os primórdios de uma antiga ideia

Peço aos leitores, no entan-to, licença desse tema – o da corrupção –, para tratar dos 50 anos da realização de uma ideia espetacular: a de transferir a capital do Brasil para o centro geográfico do imenso território brasileiro.

O Presidente Juscelino Ku-bitschek não inventou Brasília, apenas a construiu. A ideia já havia aparecido na Constitui-ção de 1823 – a nossa primeira Carta Magna –, sob inspiração de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838). O projeto reaparece na obra de um dos

primeiros historiadores brasilei-ros, Francisco Adolfo de Varnha-gen (1816-1878), para quem a transferência da capital levaria a civilização para os sertões remo-tos do país.

A “Comissão Exploradora do Planalto Central” (1892-93), liderada pelo astrônomo belga Louis Ferdinand Cruls, gerou as condições para que “Brasília” já aparecesse no Pequeno Atlas do Brasil, de 1922. Getúlio Vargas também havia investido no as-sunto. Em 1953 cria, por decre-to, a “Comissão de Localização”. Especulou-se vários lugares, inclusive o triângulo mineiro, mas o local enfim escolhido foi mes-mo o “quadrilátero Cruls”, cuja localização praticamente coinci-de com o local onde Lúcio Costa e Oscar Niemeyer projetaram a cidade que JK mandou construir. Entre o fim do século XIX e a era JK (1956-1960), praticamente todos os governos namoraram a ideia, tida com extravagante e utópica, de construir uma cidade naquele ermo, em pleno interior de Goiás.

Marcha para o OesteQuando JK tomou posse, o

país já havia assistido esforços de ocupar o interior do território nacional. Ainda no começo do século XX, o marechal Cândi-do Rondon desbravou o Oeste brasileiro. Rondon levou a cabo a tarefa de implantar telégrafos li-gando os Estados de Mato Gros-so, Amazonas e Acre ao restante do país. Entre 1907 e 1917, sua

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19janeiro 2010

Alberto Luiz Schneider

expedição estendeu 2.200 km de linhas telegráficas.

A conquista do Brasil conti-nuaria na década de 40. Getúlio Vargas criou a “Marcha para o Oeste”, a fim de incentivar a ocu-pação do Centro-Oeste do país. A Expedição Roncador-Xingu foi planejada para conquistar e desbravar o coração do Brasil. Iniciada em 1943 e liderada pelos irmãos Villas Bôas, a expedição adentrou o Brasil-Central, che-gando até a Amazônia, travan-do contato com diversas etnias indígenas ainda desconhecidas. Naquele momento – o início da década de 40 – a grande maioria dos 43 milhões de brasileiros se concentrava no litoral ou próxima dele. A construção de Brasília não foi uma invenção súbita de JK, mas sim parte de um movi-mento histórico secular.

Brasília contribui de modo de-cisivo na interiorização de parte da população brasileira, facilitan-do a integração física do território nacional. Até meados do século XX, o Brasil era um “arquipéla-go”, pois sequer havia estradas que conectassem as diferentes regiões do país. A Belém-Brasília, iniciada apenas nos anos 50, foi a primeira rodovia entre a Amazônia e o restante do país.

Brasília, BrasilBrasília encerra ideias impor-

tantes, como as de integrar e modernizar o país e a de construir uma nação a partir de um projeto longamente acalentado, e não ao deus-dará do acaso. Mas também

simboliza a corrupção que mar-cou sua construção, os negócios escusos das empreiteiras e a existência do poder central longe da maioria dos brasileiros e das pressões das ruas.

Brasília é Brasil, com tudo o que isso significa. Dos 508 de-putados federais, apenas 8 são eleitos pelo Distrito Federal. Dos 81 senadores, apenas 3 são elei-tos pelos moradores de Brasília. “Arrudas” não são exclusividade da capital, mas fenômenos bem brasileiros. Brasília tem o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, mas imensa desigualdade social. Nada mais brasileiro. Brasília simboliza uma vontade de nação, um desejo de construir (e portanto destruir). A cidade é portadora de um projeto de Brasil, de uma ideia de grandeza. Suas linhas retas, modernas, os prédios em traços alongados e curvos, carregam imperfeições, escondem tortu-osidades, equívocas, antes na “alma” que no “corpo”. Os traços modernistas não são capazes de apagar o país de Garrincha e Aleijadinho, para o bem e para o mal. Brasília é uma impossibili-dade e uma esperança. A reali-zação de uma graça e de uma desgraça. É o país em obras. Continuemos!

Alberto Luiz Schneideré Doutor em História pela Uni-

camp. Foi Pesquisador Associado do Departamento de Português e

Estudos Brasileiros do King’s College London. Atualmente é Professor de

História do Brasil na Unicastelo (SP).

Page 20: Revista Real

20 janeiro 2010

Num ano produtivo para o cinema nacional, com o aumento do número das produções e de grandes

índices de audiência nas salas do país, os colunistas da Real, Luciano Vidigal e Cavi Borges, elegeram o “Top Ten”, os dez filmes que marca-ram a temporada brasileira em 2009. Chama a atenção a diversidade temática e o “sangue novo” atrás das câmeras, que demonstram que a indústria cinematográfica nacional vive um momento de efervescência. Confira os “10 mais” nas telonas do Brasil, na avaliação da dupla:

“PRÍNCIPES, CINDERELAS E LOBOS”Direção: Joel Zito Araújo

Documentário que mostra como a mulher brasileira, em especial a negra, é vista pelo estrangeiro. A prostituição e o sonho dessas mulheres em achar um príncipe

Os 10 melhores filmes brasileiros, na visão dos colunistas Luciano Vidigal e Cavi Borges

Cul

tura

Cinema por Luciano Vidigal e Cavi Borges

‘TopTen’do cinemanacional

CULTURA

encantado que a tire da “vida” e as leve para morar fora. Premiado nos festivais por ande passou, apre-senta de forma simples e direta um problema muitas vezes deixado de lado pelos nossos governantes.

“SANS PENA”Direção: Vinícius Reis

Ficção ganhadora de 5 prêmios no Festival de Recife (Cine PE). Mostra uma família de classe média vivendo no bairro suburbano da Tijuca. O filme estreou nos cinemas do Brasil no final deste ano e apre-sentou grandes interpretações de Chico Diaz e Maria Padilha. Exce-lente estreia em filmes de ficção do documentarista Vinícius Reis.

”À DERIVA”Direção: Heitor Dalhia

Terceiro filme de ficção desse pernambucano radicado em São Paulo. Já havia impressionado a todos com seu filme anterior, “O Cheiro do Ralo”. Agora mostra com belíssimas imagens uma família em

decadência que passa férias no bal-neário de Búzios no início dos anos 80. O elenco conta com as exce-lentes participações do ator fran-cês Vicent Cassel, da atriz Débora Bloch e da bela ninfeta Laura Neiva. O filme teve sua estreia mundial no festival de Cannes desse ano.

“SIMONAL – Ninguém sabe o duro que dei”Direção: Cláudio Manuel, Micael Langer e Calvito Leal

Documentário sobre o polêmico Wilson Simonal, que brilhou como ninguém e inovou como poucos. Juntando carisma, simpatia, qua-lidade e suingue, virou uma gran-de sensação da música brasileira, mas acabou sendo esquecido (boi-cotado) em função da sua suposta ligação com a ditadura militar.

O documentário faturou di-versos prêmios e fez bonito nos cinemas, apresentando uma nova tendência de documentários sobre a música brasileira.

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21janeiro 2010

“NO MEU LUGAR”Direção: Eduardo Valente

Filme que marcou a estreia de Eduardo Valente, premiado curta-metragista, no longa-metragem de ficção. Teve sua premiere no concorrido Festival de Cannes e apresenta três histórias envolven-do diferentes classes sociais que acabam se entrelaçando. O filme rodou diversos festivais no Brasil e também no exterior e agora entra em cartaz nos cinemas comerciais.

“SALVE GERAL”Direção: Sérgio Rezende

O diretor criou uma densa histó-ria de ficção dentro de um acon-tecimento real. O filme se passa na fatídica semana onde vários presidiários se rebelaram e toma-ram a cidade de São Paulo de assalto. Um drama com toques de ação que apesar do grande inves-timento, não conseguiu o sucesso esperado nos cinemas.

“LOKI”Direção: Paulo Henrique Fontenelle

Documentário sobre o genial músico Arnaldo Batista. Mostra sua conturbada carreira, que co-meçou explodindo com os Mutan-tes e acabou declinando por cau-sa das drogas, de suas relações e do acidente que quase o matou. Mais tarde, Arnaldo deu a volta por cima e mostrou a todos seu grande talento. O filme foi premia-do pelo júri popular em todos os festivais por onde passou, inclusive em Londres, na primeira edição do Cine Fest Brazil, no Riverside Studios, em Hammersmith.

“ALÔ, ALÔ TEREZINHA”Direção: Nelson Hoinef

Documentário sobre o lendário programa do Chacrinha. Mos-tra um pouco da história da TV brasileira através desse popular programa que agitava os sábados

à tarde. As histórias dos calou-ros, das chacretes e dos músicos que foram descobertos e fizeram sucesso posteriormente. Com muitas imagens de arquivos, e uma edição dinâmica, o dire-tor mostrou momentos hilários e bastante bizarros.

“A FESTA DA MENINA MORTA”Direção: Mateus Natchergale

Estreia na direção de filmes desse grande ator brasileiro. Um filme denso, pesado e muito bonito, passado numa cidade do interior da Amazônia. Mostra a história de um menino que é considerado santo pela população daquela pequena cidade. Grande atuação de Daniel de Oliveira.

“CIDADÃO BOILESEN” Direção: Chaim Litewski

Documentário que mostra a relação dos empresários brasileiros com a ditadura militar. O filme foca na vida do empresário Henning Boilisen, dinamarquês radicado no Brasil, que ao lado de outros gran-des empresários brasileiros, aju-dou a financiar a ditadura militar dos anos 60 e 70. O filme ganhou o prêmio máximo no disputado festival “É Tudo Verdade” e agora chega aos cinemas.

Luciano Vidigalé ator e diretor

Cavi Borgesé produtor e diretor de cinema

Page 22: Revista Real

22 janeiro 2010

CrônicaOfuteboldo brasileiro

por Gustavo Melo e Luciano Vidigal

Acredito que cada país recebe, de uma forma abençoada, para o seu povo, um determinado

talento, um dom, um presente para superar os problemas que cada nação irá recebendo com o passar dos anos. O povo brasilei-ro teve as misturas perfeitas para receber no corpo todas as habi-lidades físicas e mentais para se movimentar em perfeita harmonia e gingado. Levar uma bola cor-rendo nos pés, possuir todas as qualidades para chegar mais perto da perfeição ou ser a perfeição: no esporte mais popular do planeta, orgulho de todos os brasileiros, índios, negros, mulatos e brancos, Pelé pode ser considerado o me-lhor, o mais popular brasileiro em todos os tempos.

Cul

tura

Num país que samba, dança, faz música e canta como nenhum outro, o saber jogar bola nada mais é que a reunião de todos esses dons, e jogar futebol é o dom mais agraciado que uma nação como o Brasil poderia receber. O Brasil é o único país pen-tacampeão mundial. Mas alguma coisa não está certa. Perguntas, al-gumas sem respostas, circulam pelo imaginário do povo. Ainda podemos dizer batendo no peito com orgulho que somos o país do futebol?

Especialistas no assunto e nos-tálgicos começaram uma espécie de campanha nos rádios, na TV e nos livros dizendo que o futebol brasilei-ro mudou...e para pior. Não é mais o mesmo. Alguma coisa preciosa havia morrido. Acabara a ginga, a vontade de jogar com amor pela camisa, a poesia da genialidade dos

dribles, toques e lançamentos esta-vam velados. Os gols não eram mais inesquecíveis. O futebol brasileiro está morto e enterrado para sempre.

Então a pergunta. De que futebol eles estão falando? De dentro ou de fora de um estádio de futebol? O futebol jogado no campo, por times e jogadores profissionais, de salários astronômicos, com as propagandas coloridas metro a metro do campo, com regras, cambalachos e falcatru-as. O futebol dominado pelos car-tolas inescrupulosos e finalmente a CPI do governo, este sim pode estar se acabando, estar com problemas na sua estrutura e organização.

O futebol brasileiro sempre foi algo sagrado. Não se podia mexer. Tinha que ter respeito. Não podia ser confundido e alterado pela política. Era algo grandioso, um

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23janeiro 2010

mundo fascinante onde glória e tra-gédia caminham juntos. Dentro do estádio, sentado na arquibancada ou vendo das cadeiras, o torcedor percebe que o futebol jogado no campo gramado a bola não rola mais como antigamente, mas e fora dele? A poesia continua?

O futebol é o meio de ascensão social mais entranhado no imagi-nário popular do país. Existe uma homenagem ao povo brasileiro através do futebol e sua impor-

tância na cultura brasileira. Ainda é possível encontrar a poesia da genialidade, a verdadeira ginga despreocupada do futebol jogado pelo brasileiro. O Brasil é o único país em que os jogadores inventam jogadas, uma maneira especial de se bater na bola, criando o chute de “três dedos” e o chute “folha seca”, o “drible da vaca” e a mais genial, a bicicleta de Leônidas da Silva.

Registro de Documentários sobre Futebol no Brasil:

“Garrincha, Alegria do povo” (1963), de Joaquim Pedro de An-drade, foi o primeiro documentário a enfocar um esportista brasileiro.

“Isto é Pelé” (1974), de Edu-ardo Escorel, cobre a carreira do maior jogador de futebol de todos os tempos.

“Tostão”, realizado no auge da popularidade do atleta.

As imagens do “Canal 100”, que renderam um documentário lançado há dois anos nos cinemas.

“Flamengo 100 anos” e “Fu-

tebol” (1997/98), de João Mo-reira Salles, Arthur Fontes e Rudi Lagemann, série de três pro-gramas de 90 minutos cada um sobre a importância do futebol na sociedade brasileira.

“Todos os Corações do Mun-do”, de Murilo Salles, sobre a copa do Mundo de 1994.

Na ficção, o curta-metragem “Uma História de Futebol”, do ci-neasta Paulo Machline, foi indicado na categoria de melhor curta-metra-gem de ficção no Oscar de 2001.

Se formos refletir sobre o que é o futebol nas palavras de Tostão: “...essa coisa de que o Brasil é um país inferior aos outros, que

é um país que tem tudo para ser o melhor país do mundo, o mais rico e não é e não consegue. Isso é uma frustração que eu acho que a gente leva para o futebol. O fu-tebol é a nossa vingança. Eles são melhores do que a gente em tudo, mas no futebol nós ganhamos, porque ali em campo se joga toda a nossa vida, nossa esperança de auto-afirmação. Isso, esse senti-mento está no futebol.”

O que nós queremos desco-

brir é o motivo pelo qual essas pessoas jogam bola nos campi-nhos de terra, compram tênis e chuteiras caras, mandam fazer por encomenda uniformes de camisa, organizam campeonatos, muitas vezes colocando dinheiro do próprio bolso, brigam e cho-ram. Com vitória ou derrota saem para comemorar, porque essas pessoas continuam a jogar bola, o que as motiva, jogam sem re-ceber os salários milionários que seus ídolos recebem mensalmen-te, jogam jogadas geniais mesmo sabendo que seus jogos não estão sendo televisionados para todo o Brasil. Jogam um futebol despreocupado, com leveza e sem compromisso de ganhar muito dinheiro.

Page 24: Revista Real

24 janeiro 2010

Cap

a

Adaptação ao clima, à cultura, às pessoas e à língua. Esses são alguns dos desafios que enfrentamos ao deixar o Brasil para ater-rissar em solo inglês. Após um período de

residência no país, as barreiras vão sendo supera-das, mas uma delas em especial é mais difícil de se ultrapassar: a da língua. Foi pensando na im-portância do tema e em como colaborar para que os brasileiros vençam os obstáculos no aprendiza-do ou aperfeiçoamento do inglês que a Real decidiu dar destaque ao assunto na primeira ma-téria especial de 2010.

Depois de certo tempo vivendo no Reino Unido, é natural que as pessoas pensem que ter um bom domínio da língua já seja o bastante. Afinal, tudo pode se tor-nar mais fácil: conseguir emprego, fazer amizades e descobrir a cidade. O inglês, definitivamente, não deve ser mais uma fonte de preocupação quando passamos a compreendê-lo, certo? Não necessariamente!

Até mesmo para quem tem fluência no idioma, o sotaque, por exem-plo, pode ser um grande vilão. É o caso da dis-puta por um cargo onde exige-se boa dicção, ou seja, pouco ou nenhum sotaque. Um candidato qualificado pode ser prete-rido por outro na disputa por uma vaga de trabalho porque na entrevista não falou ‘health’, colocando apropriadamente a língua entre os dentes ao pro-nunciar o ‘th’.

Esses detalhes, os quais às vezes não nos da-mos conta, podem estar atrasando a vida de mui-

O inglês nosso de cada diaNão importa quanto tempo você more no Reino Unido:

há sempre mais a conhecer quando o assunto é o aprendizadoou aperfeiçoamento do inglês

tos que têm batalhado para deixar de lado o mundo do subemprego. Se você é um dos que pretendem alçar voos mais altos em 2010, confira as experiên-cias de vida de brasileiros que moram em Londres e fique sabendo dos cursos e recursos disponíveis no mercado (alguns gratuitos) que podem ajudá-lo a aprender ou a se aprimorar no idioma mais famoso

do mundo. Só depende de você. ‘Go ahead and Happy New Year!’

Medos eexpectativas

A ideia do intercâm-bio cultural vem sempre acompanhada de muitos medos e expectativas. Como será a recepção por parte do novo país? O ní-vel de inglês será suficiente para resolver as questões diárias? Como lidar com as diferenças culturais, saudade, carência, traba-lho, moradia...?

Para Giovanna Pier-galline, 25 anos, passar por esse processo de dúvidas e ter a oportuni-dade de achar as res-postas por si mesma, no próprio dia-a-dia, além de ser algo normal, enrique-ce a experiência. Mas, ela ressalta, é preciso ter cuidado com relação às expectativas, principal-

mente quando relacionadas ao inglês. “A gente vem pra cá imaginando que vai respirar

inglês minuto a minuto e que falar português será coisa rara, mas não é bem assim, ainda mais tratan-do-se de Londres. O contato com brasileiros, seja na rua, escola, trabalho ou mesmo em casa, uma vez que é comum dividir casa aqui, é muitas vezes quase que inevitável,” diz.

Giovanna: “A gente vem com uma expectativa enorme, imagina uma realidade que não é real”

Page 25: Revista Real

25janeiro 2010

O inglês nosso de cada diaHá um ano e meio em Londres, Giovanna conta

que a ideia inicial era passar apenas um ano na ca-pital britânica e então retornar para o Brasil falando inglês fluente. Após um mês em residência estudan-til, passou a dividir quarto e casa com brasileiros, uma vez que traços culturais como hábitos, regras, noções de higiene, entre outros, são os mesmos, ou ao menos, próximos. Na escola e trabalho, o contato com outros povos e línguas, que por um lado significa enriquecimento cultural, por outro, difere da ideia inicial de somente praticar e aprender o puro e genuíno inglês britânico.

“A gente vem com uma expectativa enorme, imagi-na uma realidade que não é real. E isso se mistura ao fato de que não só o in-glês é novidade, mas tudo ao redor. Talvez por querer alcançar esse todo e por erros que vamos cometendo durante a experiência, vê-se que seis meses ou um ano acabam não sendo sufi-cientes,” aponta Giovanna.

É aí que, para muitos, da expectativa vem a co-brança e a frustração em relação ao nível de inglês alcançado. “Acho que não vale se cobrar, mas vale a pena ser mais atento para com que o fazemos. Se

parar pra prestar atenção, dá pra ver quantas situa-ções poderíamos ter optado pelo inglês. São peque-nos detalhes, mas que fazem uma enorme diferença no final da experiência,” recomenda Giovanna.

Paixão pela línguaA história de Tathiana Santana, 31, não é muito

diferente da maioria dos brasileiros que saem do Brasil para morar em Lon-dres. Contudo, a paixão pela língua inglesa foi um estímulo para que ela encontrasse o emprego que tanto que-ria, depois de muitos anos morando na capital inglesa. Tathiana chegou a Londres em 2000 afim de conhecer novas culturas e aprimorar seu inglês, que era, segundo ela, “muito básico”.

Depois de estudar o idioma durante seis meses, ela começou a travar con-versações simples e isso a estimulou a estudar mais e

mais. “Quanto mais eu estudava, mais eu gostava da língua inglesa. Trabalhei como garçonete durante vários anos, enquanto estudava, justamente para conseguir um emprego melhor,” conta.

Com vontade de se aprofundar no assunto, Tathiana também dava aulas particulares de inglês

Odila Giunta criou o blog Desafio da Língua Inglesa: dicas e informações para se aprofundar no idioma

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Cap

a

e fez todos os cursos possíveis e imagináveis até tirar o CAE (Certificate in Advanced English), exame voltado àqueles que querem ter amplo conhecimen-to do idioma para fins profissionais e sociais.

Depois de garantir o CAE, Tathiana sentiu que havia chegado a hora de aliar a sua experiência de bancária (cargo que ocupava no Brasil) aos conhe-cimentos da língua e decidiu tentar empregos na área administrativa. Após muita procura, ela traba-lhou como administradora numa imobiliária e hoje é assistente administrativa para o MRC (Medical Research Council).

Mesmo trabalhando na área que gosta, Tathia-na continuou a estudar inglês e passou no CPE (Certificate of Proficiency in English), ano passado. Atualmente, ela está cursando o segundo ano da faculdade de Administração no Birkbeck College, University of London e deixa uma dica para quem quer se aprimorar no idioma.

“Posso afirmar que ter estudado inglês foi funda-mental para que eu conseguisse encontrar o empre-go que tanto queria. Mas aliado a isso é importante também conhecer a cultura dos ingleses. Isso pode ajudá-lo a entendê-los melhor, estreitar os laços com seus colegas de trabalho e aumentar o seu círculo de amigos”, acredita.

Desafios da Língua InglesaAssim como Tathiana, desde que chegou em Lon-

dres há 11 anos, Odila Giunta também já fez vários cursos de inglês, mas deixou de estudar o idioma por um tempo. Recentemente, porém, ela precisou retornar aos livros, pois pretende cursar uma faculda-de e terá que prestar exames de inglês para garantir a sua classificação à universidade.

Vasculhando o material didático que possuía, Odila teve uma surpresa: encontrou um material tão vasto que seria suficente para emprestar aos ami-gos e aos amigos dos amigos. Com a descoberta, surgiu a ideia de ir além dos estudos e criar um blog voltado às pessoas que precisam ou querem estu-dar inglês. Lá ela dá dicas e informações sobre cur-sos, tira dúvidas e convida os internautas a dividir o material disponível.

“A necessidade de voltar a estudar me mos-trou que pode haver muita gente na mesma situação que eu, e seria interes-sante e ao mesmo tempo estimulante fazer uma troca de conhecimen-tos. Daí a ideia do blog ‘Desa-fios da Língua Inglesa’”, conta.

Hoje, Odila es-

tuda para prestar o CAE e também dá aulas de inglês voluntariamente. Segundo ela, o mais importante para quem quer encarar os livros e dominar o idioma é ter disciplina, paciência, vontade de aprender e tempo de sobra para pesquisar sobre a língua na Internet.

“Costumo brincar com meus amigos e alunos di-zendo que o primeiro verbo que uma pessoa tem que conhecer quando quer aprender inglês é “Googlar”, pois há muito material disponível na net. Meu blog é apenas uma ferramenta e um convite para quem quer começar ou recomeçar a estudar,” finaliza.

Se você quer saber mais sobre o blog, acesse: desafiosdalinguainglesa.blogspot.com/

Texto: Bete Kiskissian Colaborou Dayane Garcia

Escolha o seu curso Do básico a cursos específicos, há opções para todos os fins e necessidades

Tudo começa pelo Begginers, depois vem o Ele-mentary, Pre-Intermediate, Intermediate e Upper Intermediate. Após completar todos esses cursos é hora de prestar o First Certificate in English (FCE). Nesse teste são avaliadas a parte oral, escrita, falada e ouvida do aluno. Vale a pena incluir esse certificado no currículo, pois ele mostra que o can-didato foi testado, tem bons conhecimentos e sabe se comunicar efetivamente em inglês.

Para quem quer se aprofundar na gramática, vale a pena estudar para garantir o Certificate in Advan-ced English (CAE). O exame é bem mais puxado que o do FCE, mas o esforço compensa, pois pode abrir muitas portas no mercado de trabalho.

Já para os que querem tornar-se professores de inglês, é necessário prestar o exame para adquirir o Certificate of Proficiency in English (CPE). No caso dos que pretendem cursar uma faculdade no Reino Unido, muitas universidades pedem o certificado do International English Language Testing System (IELTS). O exame é muito parecido com o do First Certificate, mas nesse caso a avaliação do aluno no teste irá classificá-lo ou não à universidade britânica.

Há ainda cursos como o Elocution, dire-cionado àqueles que já têm conhecimento do idioma e querem suavizar o sotaque e melho-rar a dicção. Artistas de Hollywood usam esse curso quando precisam mudar o sotaque para encarnar um determinado personagem.

O Elocution é apropriado ainda às pessoas que trabalham diretamente com o público, bem como oradores, professores e comunicadores de massa. Vale lembrar ainda que ler jornais, ouvir rádio, assistir TV e filmes em inglês também são boas opções para conhecer ou se aprimorar no idioma.

Bete Kiskissian

Page 27: Revista Real

27janeiro 2010

Já faz algum tempo que falar inglês deixou de ser um diferencial no currículo, mas uma obrigação. Nada pode destruir mais uma carta de apresentação do candidato

a um emprego do que expressões como “inglês básico”. Para con-quistar uma vaga, promoção ou mesmo se manter no mercado de trabalho, falar inglês tornou-se que-sito fundamental.

“Antigamente, as empresas exi-giam o inglês apenas para cargos específicos, sendo comum o funcio-nário não dominar a língua e utilizar a ajuda de uma secretária bilingue, por exemplo. Mas, com a globa-lização e expansão do mercado, o ritmo dos negócios mudou e as negociações desceram para todos os setores, tornando imprescindível o conhecimento do inglês,” avalia a analista de recursos humanos, Michele Avelar.

Para se adequar aos padrões do mercado, o jovem brasileiro se vê numa corrida em busca da fluência num segundo idioma, que pode ser medida pela quantidade de brasileiros que viajam ao exterior para estudar. Segundo dados da Brazilian Educational & Language Travel Asso-ciation (Belta), associação que reúne as principais instituições que trabalham com cursos, estágios e

Dominar o idioma é fundamentalSeja qual for a sua área de atuação, saber inglês garante

pontos no mercado de trabalho

intercâmbios em outros países, 120 mil brasileiros viajaram com esse objetivo em 2008, contra 86 mil em 2007 e 71 mil em 2006.

Marinheiro de primeira viagem

É o caso de Tiago Duarte, 22, que em janeiro desembarca em Londres para uma temporada de seis meses de estudo do idioma. “Hoje em dia acredito que todo mundo precisa falar inglês. Para mim, que estudo administração, será fundamental para alcançar maior êxito na minha carrei-ra,” diz.

Para o êxito da “missão”, Tiago traçou diretrizes para a estada em terras britânicas: morar em casa de família inglesa ou dividir quarto só com estrangeiros e procurar por trabalho e sala de aula com o menor número de brasileiros. “Não imagino que será fácil, mas tenho que evitar

logo de início. E não é que eu não queira encontrar brasileiro porque não gosto, tenho que tentar evitar porque agora eu não quero falar português, quero aprender inglês. Esse é o meu objetivo e não sei se terei outra chance, então vamos lá,” diz, empolgado.

Dayane Garcia

Tiago: “Depois que recebi meu visto, é tudo passando pela cabeça: família, amigos, planos, sonhos, medos... Agora é contagem regressiva”

Page 28: Revista Real

28 janeiro 2010

Saú

de

SAÚDE

Vamos começar o ano organizando?Pequenos cuidados no armazenamento dos alimentos são tão

importantes quanto a escolha dos produtos a serem consumidos

A geladeira: é neste equipamento maravilhoso que conservamos nossos alimentos e refres-camos nossas bebidas por bastante tempo. Esse tempo pode ser otimizado se organizar-

mos direitinho nossa geladeira. Quando se trata de alimentação, todo cuidado é pouco para manter a saúde. É preciso ter muita atenção com os alimen-tos, da hora da compra até o consumo, sem esque-cer do armazenamento. Para isso, não basta colocar tudo dentro da geladeira e achar que o alimento será bem conservado.

As diversas áreas da geladeira têm diferentes temperaturas. Por isso, cada produto alimentí-cio, de acordo com as suas características, deve ser guardado numa determinada parte do eletro-doméstico. Se isto não acontecer, os alimentos podem ter textura, cor e sabor alterados. Ou até mesmo sofrerem contaminação por microorganis-mos, causando doenças.

Cuidados gerais- Coloque alimentos que estragam facilmente

perto do congelador e os que estragam menos facilmente distantes do congelador.

- Posicione os alimentos de modo que o ar frio possa circular em volta dele para completo resfriamento.

- Evite colocar alimentos ácidos (como limão), principalmente depois de partidos, em contato direto com as paredes internas, pois podem vir a manchar.

Carnes - As carnes cruas frescas estra-

gam facilmente e devem ser colo-cadas na gaveta de carnes separa-das ou em quantidades que serão consumidas.

- Para conservação mais pro-longada, devem ser mantidas no ‘freezer’.

- Carnes cozidas devem ser man-tidas no congelador e envoltas em papel alumínio. Devem estar sempre nas prateleiras de cima, pois a tempe-ratura é sempre menor.

Frutas e verduras- Frutas e verduras devem ser lava-

das. Escorra a água antes de guardar na geladeira.

- Remova caules e folhas que não serão usados. - Salpique com água as verduras e coloque na

gaveta própria ou em sacos plásticos.Esses alimentos devem ficar nas prateleiras mais

baixas, pois não precisam de temperaturas muito baixas para sua conservação.

Enlatados - Não devem ser colocados na geladeira na lata

original, pois o seu revestimento interno pode oxi-dar em contato com o ar, ocasionando a perda do alimento. Guarde num recipiente de plástico ou de vidro com tampa.

Ovos - Devem ser colocados dentro da geladeira e não

na porta, onde sofre variação de temperatura e trepi-dações. Lave-os antes de guardá-los

Queijos - Devem ser bem guardados em papel en-

cerado, papel alumínio, plástico ou até mesmo em vasilhas com tampa. Também nas pratelei-ras mais altas.

Conservas - Conservas, geleias, vidros de azeitona e ali-

mentos para crianças podem ser colo-cados nas prateleiras da porta. Devem ser sempre lavados antes de colocar na geladeira.

Bolos - Bolos, doces e tortas

devem ser colocadas nas pra-teleiras intermediárias. Sopas, caldos e feijão cozido também, porém, sempre em vasilhames com tampa.

Pães - Pão pode ser conservado no

refrigerador. Embalados em sacos plásticos ou de papel.

Dica: Utilize cestas aramadas para organizar congelados dentro do freezer. Sacos, por exemplo, ocupam menos espaço se armaze-nados em pé.

Jacqueline Oliveira,Nutricionista

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29janeiro 2010

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30 janeiro 2010

Turi

smo

TURISMO

Rumo leste: Riga A capital da Letônia mantém traços da dominação

soviética e se destaca com belos parques e um conjunto arquitetônico tombado pela Unesco

Apesar de ser fim de semana, as ruas no cen-tro histórico de Riga estavam quase vazias. A atmosfera de abandono, tranquilidade e beleza que pairava sobre velhos prédios e ruas estrei-

tas fez com que eu gostasse da cidade imediatamen-te. A melhor maneira de explorar o centro histórico de Riga é sem mapa, simplesmente perdendo-se no emaranhado de ruelas antigas. No entanto, para quem gosta da ordem dos roteiros, aconselha-se começar pela enorme catedral de tijolos vermelhos e interior austero, tipicamente luterano.

Prosseguindo em direção ao sul da cidade, che-ga-se à praça da prefeitura, que teve seus prédios góticos reconstruídos alguns anos atrás, depois de terem sido arruinados na Segunda Guerra Mundial. A Igreja de São Pedro fica a poucos minutos, e do alto da torre de 123 metros a vista da cidade é fantástica. Nas redondezas, inúmeras tendas vendem bijuterias e outros artefatos feitos de âmbar (resina fóssil amarela-da), muito abundante na região.

O passado de dominação soviética fica mais evidente quando se chega ao Monumento aos Atiradores Letões, próximo do rio Daugava. É um dos últimos exemplares de escultura ideológica que restaram em Riga. O antigo ponto de encontro comunista, que reuniu inúmeras pessoas contra a independência do país, em 1991, hoje é apenas um ponto de ônibus. No entanto, o prédio imponen-te da Academia de Ciências, também conhecido como “Bolo de Aniversário de Stalin”, chama muito mais a atenção dos visitantes para o passado co-munista da Letônia. Construído depois da Segunda Guerra Mundial como um marco do império Stali-nista, ainda tem a decoração original: quem olhar de perto vai perceber, entre motivos do folclore letão, muitas foices e martelos.

A Letônia foi parte da União Soviética de 1940 a 1991 e 50% da população atual de Riga é russa. A maioria dos letões de origem não-russa que vive na capital também fala e entende russo - especialmente

A arquitetura ‘Art Noveau’ é uma da riquezas de Riga

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Centro histórico de Riga

A capital da Letônia tem belos parques

Vista do alto da torre da Igreja São Pedro

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Turi

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os mais velhos, que frequentaram a escola na época do comunismo. As duas comunidades étnicas convi-vem pacificamente, mas têm celebrações e até jornais diferentes, e demonstram uma estarrecedora falta de interesse uma pela outra.

Riqueza arquitetônica As ruas Alberta e Elizabetes têm a maior concen-

tração de arquitetura ‘Art Noveau’ de Riga, onde se pode admirar o estilo único de Mikhail Eisenstein. Infelizmente, enquanto a maioria dos prédios é bem conservada e foi tombada pela Unesco como patri-mônio da humanidade, muitos outros estão caindo aos pedaços (a Letônia ingressou na Comunidade Europeia em 2004, mas não acredito que tenha recebido ajuda financeira para manter seus tesouros arquitetônicos de pé).

Arabescos em gesso, gárgulas e duas enormes cabeças fazem parte de uma das criações mais fa-mosas de Eisenstein, na Rua Elizabetes, número 10. A riqueza de detalhes está em todos os lugares, mas quem não quiser perder nenhum pormenor, tem que andar olhando para cima. No entanto, cabe alertar: o número de rostos, ninfas e outras criaturas mito-lógicas que já estarão lançando olhares para baixo

Russos compenetrados no jogo de xadrez O russo é uma das línguas oficiais em Riga

Artistas e turistas disputam espaço no centro histórico

A Ponte dos Cadeados inspira o romantismo dos recém-casados A tradição curiosa da Ponte dos Cadeados

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33janeiro 2010

Bálsamo negro

Um bom restaurante é o melhor refúgio quando a noite se aproxima e as temperaturas começam a baixar. A cozinha local se baseia em frutos do mar e carnes, mas como se espera de uma capital, há boas opções internacionais em vários lugares. Não importa a esco-lha: o prato pedido sempre vem acompanhado de pão de centeio preto, típico dos países Bálticos. A bebida mais popular é a cerveja, seguida de perto pela vodka. Porém, o que não se pode deixar de provar é o legen-dário Bálsamo Negro de Riga (Rigas melnais balsams), um destilado escuro e amargo composto de 24 ervas e raízes, normalmente servido com suco de laranja.

Onde ficarCentral Hostel: albergue com excelentes preços

no coração de Riga. Diárias a partir de €6 por pes-soa, em quarto coletivo. Mais informações pelo site www.centralhostel.lv

The Naughty Squirrel: ideal pra quem viaja sozinho e quer fazer novas amizades. Diárias em quarto coletivo por €10, mas há também quartos de casal (€35) ou para três pessoas (€45) Confira: www.thenaughtysquirrel.com

Hotel Riga: tradicional e luxuoso, esse hotel tem 236 quartos, restaurante e até sauna e pode ser uma ótima opção para um fim de semana romântico. Lo-calização central. Diárias a partir de €45 por pessoa, confira no site www.hotelriga.lv

Couch surfing: Se você quiser ter contato com os moradores de Riga, ao invés dos turistas, entre para a comunidade do Couch Surfing. Você é hospedado (de graça) na casa de outro membro, conhece a cultura do lugar, muito além da rota turística, faz novas amizades e, se gostar, pode repetir a dose em qualquer outro lugar do mundo. Mais detalhes: www.couchsurfing.org

Como chegarAvião: Ryanair (www.ryanair.com) é a opção

mais em conta, com voos diretos saindo de London Stansted e Dublin (diários), Liverpool e Glasgow (três vezes por semana).

causa uma sensação estranha.Depois, a caminhada pode seguir em direção

sudoeste, onde há uma sequência maravilhosa de parques e um longo canal, que separa as partes modernista e medieval de Riga. As áreas verdes, onde moradores e turistas andam lado a lado ou observam o tempo passar, são muito bem cuidadas. Durante o outono, a paisagem se transforma em pintura viva e parece haver crianças e velhas senhoras por todos os lados, à procura de folhas coloridas para suas cole-ções. No rigoroso inverno, a temperatura pode chegar a mais de 20 graus negativos.

Num desses parques há a Ponte dos Cadeados, que faz parte de uma tradição um tanto curiosa. Todos os anos, recém-casados visitam o lugar e declaram seu amor e união colocando um cadeado na pequena ponte, para logo depois jogarem as chaves no rio.

É possível perceber as duas faces contrastantes da capital da Letônia até mesmo em uma visita curta de final de semana. A Riga contemporânea é uma cidade que cresce com olhos voltados para o Oeste; no en-tanto, seu passado de dominação soviética ainda está presente, e muito além de prédios e monumentos. Longe do centro histórico e das áreas turísticas, fica mais fácil ter uma ideia de como a maioria das pes-soas vive. A economia local luta para sobreviver, mas o patrimônio cultural e natural de Riga põe a cidade entre as mais ricas da Europa.

Texto e fotos: Giovana Zilli

Trem: essa não é uma alternativa aconselhável pra quem mora no Reino Unido, ao menos que você queira parar no caminho e conhecer outros luga-res. Dê uma olhada nas opções de itinerário no site www.raileurope.co.uk

Ônibus: A Eurolines (www.eurolines.co.uk) tem linhas diretas e indiretas saindo de London Victoria. A viagem leva no mínimo 45 horas e custa em torno de £149 (provavelmente mais do que você pagaria por uma passagem aérea).

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34 janeiro 2010

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O azul, as faixas brancas e o interior elegante em couro estão presentes, com um visual totalmente moderno, e remetem aos antigos modelos Gordini, que se tornaram símbolo

de uma importante herança esportiva da história do Grupo Renault.

A ‘avant-prémière’ mundial do Twingo Gordini R.S. acontece até o dia 10 de janeiro no Atelier Renault - situado na Avenida Champs Elysées, em Paris -, den-tro da exposição ‘Noël en Bleu’ (Natal Azul). O Twingo Gordini R.S. será comercializado na Europa a partir de março deste ano.

Este veículo urbano, chique, esportivo e com um “toque francês” é uma bela homenagem ao Gordini, que deseja conquistar clientes à procura de um veícu-lo que possa refletir sua personalidade através de um design diferenciado.

O Twingo Gordini R.S. se destaca por sua pintura metálica Azul Malta, com reflexos luminosos e duas legendárias faixas brancas. Toques de preto brilhante enriquecem os parachoques dianteiro e traseiro, e os detalhes em branco reforçam o contraste nas moldu-ras dos faróis de neblina, nas capas dos retrovisores e no spoiler.

Nas laterais, a assinatura Gordini Series resgata a clássica Copa Gordini, cujas etapas classificatórias eram conhecidas pelo nome de “Séries”. As rodas

Gordini volta à cena

de alumínio de 17 polegadas diamantadas, pretas ou azuis, completam seu design exclusivo.

No interior do Twingo Gordini R.S, o espírito Gordini está presente: bancos Renault Sport com sustentação reforçada, além de um revestimento em couro preto e azul com a assinatura Gordini; emblemas em couro azul nos painéis das portas; volante de couro preto e azul que recebe as duas faixas brancas para desta-car o “ponto 0”; alavanca do câmbio com coifa azul e pomo com a assinatura Gordini; conta-giros azul, com

A Renault Sport resgata a grife Gordini, com o lançamentodo Renault Twingo Gordini R.S., versão chique e esportiva que faz

uma releitura moderna do modelo

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35janeiro 2010

A herança esportivada Renault

Com aproximadamente 200 mil veículos desen-volvidos em 20 anos para a Renault, Amédée Gordini escreveu uma das mais belas páginas da história esportiva da marca.

Nascido em 1899, apenas um ano após a comer-cialização do primeiro Renault, Amédée Gordini provou sua genialidade em mecânica desde a adolescência.

Demonstrando, a princípio, seus talentos de mecâni-co em monopostos, permitiu à Renault classificar quatro modelos R8 Gordini em 1º, 3º, 4º e 5º lugares do Rali da Córsega, em 1964. Em 1966, a versão 1300 inaugurou a Copa Gordini: o R8 Gordini fez vibrar os amantes da direção esportiva durante toda uma década.

Com aparições no cinema ao lado de figuras céle-bres, tais como Romy Schneider, Alain Delon ou Lino Ventura, o primeiro pequeno sedã esportivo francês também se destacava nas ruas junto aos jovens condutores. Assim nascia um movimento. O Gordini tornou-se o símbolo do triunfo de toda uma geração, que remete a um estado de espírito: o de uma França que ganha e compartilha seus sucessos com todos.

moldura em branco; revestimento do painel forrado com acabamentos diferenciados.

Esta nova versão resgata todos os atributos desenvolvidos pela Renault Sport, o que faz dele um herdeiro digno do espírito de corrida do Gordini: chassis Sport com rodas de 17 polegadas exclusi-vas, adequado para o uso diário, ao mesmo tempo em que oferece uma excepcional aderência ao solo; motor 1.6 litro, movido a gasolina, com 133 cv de potência.

Macio e nervoso, este propulsor possui uma sonoridade trabalhada para garantir esportividade e prazer ao dirigir; direção ativa e precisa, que aumenta o conforto de guiar.

Equipamentos de série Complementando a já ampla gama de equipamen-

tos originais da versão Renault Sport, o Twingo Gordi-ni R.S. traz de série: pintura metálica Azul Malta ou

Preto Nacré; rodas de alumínio de 17 polegadas pretas diamantadas; ar-condicionado automático; acendimento automático dos faróis e sensor de chuva; regulador e limitador de velocidade; controle eletrônico de estabilidade (ESP) totalmente desconectável; rádio de 80 watts com CD e MP3, display remoto e co-mando satélite na coluna de direção; entrada RCA de conexão para áudio (iPod ou leitor MP3); vidros laterais e traseiros escuros; bancos traseiros independentes e deslizantes, proporcionando um volume do porta-

malas que vai de 285 até 959 litros.Além disso, ele dispõe de uma persona-

lização “a la carte”, com rodas de alumínio de 17 polegadas

diamantadas azuis; rádio CD Box com kit “hands-free” para telefone Bluetooth; air bags do tipo cortina e teto solar panorâmico.

Devaldo Gilini Jú[email protected]

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36 janeiro 2010

Real Esporte Clube

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Senna, o maior da F-1Ayrton

Senna foi eleito o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos numa enque-te realizada pela revis-ta inglesa

Autosport, com 217 pilotos e ex-pilotos da F-1, em dezembro. O tri-campeão, que morreu aos 34 anos, no GP de San Marino de 1994, conquistou 41 vitórias e 65 poles na carreira. Mesmo tendo inferiori-dade nas estatísticas, ele superou o alemão Michael Schumacher, que ficou em segundo lugar com seus sete títulos, 91 vitórias e 68 poles. A terceira colocação ficou com o argentino Juan Manuel Fangio, pen-tacampeão mundial e maior nome da primeira década da categoria.

Brasil x EUA no basquete

A seleção brasileira mascu-lina de basquete terá os Esta-dos Unidos como um dos seus adversários na 1ª fase do Mun-dial, de 28 de agosto e 12 de setembro, na Turquia. Além do “Dream Team”, o Brasil enfrenta-rá Croácia, Tunísia, Eslovênia e

Coxa é punidopelo STJD

A selvageria da torcida do Coritiba, que promoveu uma ver-dadeira batalha campal na última rodada do Campeonato Brasileiro, em dezembro, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, quando o time foi rebaixado à Série B, ren-deu ao clube a perda de 30 man-dos de campo e multa de R$ 610 mil pelo Superior Tribunal de Justi-ça Desportiva (STJD). Na ocasião, torcedores invadiram o gramado após o jogo contra o Fluminense, brigaram com policiais e depreda-ram o estádio. A punição deve ser cumprida em competições nacio-nais organizadas pela CBF, como a Série B e a Copa do Brasil.

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Irã no Grupo B. O Mundial reúne 24 seleções, divididas em quatro grupos. Os quatro primeiros de cada chave avançam às oitavas-de-final. Nos outros grupos: A, Sérvia, Argentina, Austrália, Jordânia, Alemanha e Angola; C, China, Turquia, Rússia, Porto Rico, Costa do Marfim e Grécia e D, Lituânia, Líbano, França, Es-panha, Canadá e Nova Zelândia.

Milan x ManUpela Liga

Foram definidos em dezembro os confrontos das oitavas-de-final da Liga dos Campeões da Euro-pa, que acontecerão em fevereiro e março. Dos oito confrontos, destaque para Internazionale de Milão, do técnico português José Mourinho, e o Chelsea, seu ex-clube; e à disputa entre Milan, de Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Pato, contra o Manchester United. O Olympiakos, do técnico Zico, pega o Bordeaux, melhor time da fase de grupos. Nos outros jogos: Real Madrid x Lyon, Bayern de

Munique x Fiorentina, CSKA Moscou x Sevilla, Porto x Arsenal e Barcelona (campeão em 2008-09) contra o Stuttgart.

Irlanda x Brasilem março

A seleção brasileira vai voltar ao Reino Unido em março para a disputa de mais um amisto-so. Desta vez o adversário será a Irlanda, no dia 3 de março. O local da partida, no entanto, não havia sido confirmado até o final do mês passado pela Asso-ciação de Futebol da Irlanda e eram quatro as possibilidades: o Estádio Croke Park, em Dublin, o Emirates Stadium, em Londres; o Old Trafford, em Manchester, ou Glasgow, na Escócia. O local será anunciado este mês. A Irlanda foi eliminada pela França na repes-cagem e não vai à Copa 2010.

Parreira vai àsexta Copa

Carlos Alberto Par-reira fará sua sexta Copa do Mundo na África do Sul como técnico de uma sele-ção, recorde absoluto,

deixando para trás o sérvio Bora Milutinovic, com cinco. Em entre-vista à Folha, o treinador revelou que pretende se aposentar antes da Copa 2014. Parreira foi pre-parador físico da seleção que conquistou a Copa de 1970, no México. Depois, dirigiu Kuwait na Espanha-1982, Emirados Árabes Unidos na Itália-1990, Arábia Sau-dita na França-1998 e também o Brasil em duas oportunidades: EUA-1994, quando foi campeão, e Alemanha-2006, quando foi eliminado nas quartas-de-final.

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Inglaterra quer Copa 2018

A Inglaterra divulgou em dezembro a lista de 12 cidades candidatas a receberem jogos da Copa de 2018. O país luta para ser sede depois de abri-gar a Copa em 1966, quando se sagrou campeã mundial. As cidades escolhidas foram Birmin-gham, Bristol, Leeds, Liverpool, Londres, Manchester, Milton Keynes, Newcastle/Gateshead, Nottingham, Plymouth, Sheffield e Sunderland. A Fifa anunciará a sede do Mundial de 2018 em dezembro de 2010 e os rivais da Inglaterra são os Estados Uni-dos, Indonésia, Japão, Rússia e as candidaturas conjuntas de Bélgica e Holanda e de Espanha e Portugal.

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Gaúcho: jogadorda década

Ronaldi-nho Gaúcho foi eleito o “Jogador da Década” pela revista britâ-nica ‘World Soccer’ em dezembro, enquanto coube ao

argentino Lionel Messi o título de “Jogador do Ano” pela publica-ção. Ronaldinho, que havia sido apontado pelos leitores nas dez eleições anuais, entre 2000 e 2009, teve as suas colocações transformadas em pontos. Eleito “Jogador do Ano” em 2004 e 2006, o atacante ficou à frente de Messi e do português Cristia-no Ronaldo, do Real Madrid. O Barcelona, atual campeão euro-peu e mundial, foi a “Equipe do Ano” e Pep Guardiola, seu técni-co, o “Treinador do Ano”.

A volta de Schumacher

O hepta-campeão Michael Schumacher voltará às pistas em 2010 como piloto da Mercedes GP. A equipe

teria oferecido 7 milhões de euros para que o piloto seja o compa-nheiro do também alemão Nico Rosberg na temporada. Schuma-cher anunciou sua aposentadoria da categoria no final de 2006, mas quase voltou à F-1 em 2009, quan-do foi convidado pela Ferrari para substituir Felipe Massa, que sofrera um acidente. Com fortes dores no pescoço, Schumacher desistiu da ideia, mas agora, liberado por seu médico particular, vai reaparecer nas pistas em 2010.

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Cielo é recordista dos 50m

O brasileiro César Cielo estabeleceu novo recorde mundial para os 50 metros nado livre no dia 18 de dezembro,

ao marcar o tempo de 20s91 no Troféu Open de natação, no Clube Pinheiros, em São Paulo. O atual campeão olímpico e mundial da dis-tância superou o recorde anterior, que pertencia ao francês Frederi-ck Bousquet, que anotou 20s94 em abril de ano passado. Com a marca, Cielo unificou os recordes das provas de velocidade do nado livre, já que ele já era recordista dos 100 metros - 46s91, tempo que lhe deu o ouro no Mundial de esportes aquáticos, em Roma, em 2009.

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Bebeto assume o América-RJ

O ex-jogador Bebeto iniciou no mês passado sua carreira de técnico sete anos depois de pen-durar as chuteiras. Ele foi convi-dado por Romário para assumir o comando do América-RJ, time que está sendo administrado pelo Baixinho e conquistou o acesso à elite carioca com o título da segundona.“O Carioca de 2010 voltará a ser o melhor do Brasil. Há uns anos que São Paulo ocu-pa esse posto, mas agora temos o Flamengo campeão brasleiro, o Vasco de volta à Série A e Flumi-nense e Botafogo mostrando sua força. E lógico, contará de novo com o América, clube de muita tradição”, disse, confiante.

Woods viveinferno astral

O maior nome da história do golfe, o norte-ame-ricano Tiger Woods, virou pivô de um escân-dalo pela descoberta de uma

série de casos extraconjugais que teve durante o casamento com a ex-top model sueca Elin Norde-gren. Após sofrer um acidente na Flórida (EUA), que, suspeita-se, tenha ocorrido após uma bri-ga com a esposa, Woods virou manchete na imprensa e perdeu contratos de publicidade, entre eles o da Gilette e o da Gatora-de. Após admitir as traições, ele anunciou que ficará afastado do esporte por tempo indeterminado “para focar sua atenção em ser um marido, pai e pessoa melhor”.

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39janeiro 2010

Barcelona, o papão de títulos Com o Mundial da Fifa, time catalão faturou o sexto

campeonato na temporada 2008/2009

O Barcelona fechou a temporada 2009 como o grande bicho-papão do futebol mun-dial. Com nada menos do que seis títulos conquistados, a campanha impecável do

time catalão foi coroada com a vitória na final do Mundial de Clubes da Fifa, disputado no dia 19 de dezembro, em Abu Dhabi. Após empate em 1 a 1 no tempo normal com o Estudiantes de La Plata, o Barcelona venceu o duelo contra os argentinos, ironicamente, com um gol de Messi na prorrogação.

Além de herói da conquista, o argentino levou o prêmio de melhor jogador da competição, adicio-nando mais um troféu para a sua farta coleção em 2009. Messi, que já havia ganhado em novembro a Bola de Ouro da revista francesa “France Football”, também foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa (veja box nesta página), no dia 21 de dezembro.

Além do Mundial de Clubes, o Barcelona venceu todos os campeonatos que disputou na temporada 2008/2009. Conquistou a “Tríplice Coroa”, vencendo o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei e a Copa dos Campeões da Europa, que o classificou para o Mundial. Também levou as Supercopas da Espanha e da Europa.

Foi o primeiro título do time catalão, depois de ter perdido a decisão para dois brasileiros. Em 1992, de-cidiu o Mundial Interclubes com o São Paulo e perdeu por 2 a 1. Em 2006, já no Mundial de Clubes, foi der-rotado pelo Internacional de Porto Alegre, por 1 a 0.

Para chegar à final, Barcelona e Estudiantes, cabeças-de-chave, bateram o mexicano Atlante e o coreano Pohang Steelers, respectivamente, no Mun-

dial de Clubes. As duas equipes derrotadas fizeram a decisão do terceiro lugar e os asiáticos levaram a melhor nos pênaltis.

Messi e Marta, os melhoresde 2009

O meia-atacante argentino Lionel Messi, 22 anos, entrou para a seleta galeria de melhores do mundo da Fifa ao conquistar o título de melhor jogador de 2009, no dia 21 de dezembro, em Zurique, na Suíça. Messi foi eleito com votos de técnicos e capitães de 147 sele-ções nacionais, somando 1.073 pontos contra apenas 352 do vice, Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Xavi e Iniesta, companheiros de Messi no Barça, foram o terceiro, com 196 e quinto, com 134 pontos, respecti-vamente. Kaká, do Real, foi o quarto, com 190.

Messi é o primeiro argentino a ser eleito o melhor do mundo pela Fifa, já que Maradona viveu o auge da carreira antes de a entidade criar o prêmio, em 1991.

Tetracampeã Com 833 pontos, a atacante brasileira Marta, 23

anos, foi escolhida a melhor jogadora do mundo pela Fifa pela quarta vez, após conquistar o prêmio em 2006, 2007 e 2008. A jogadora, que nesta temporada conquistou o título norte-americano pelo Los Angeles Sol e a primeira edição feminina da Copa Libertado-res pelo Santos, deixou para trás a também brasileira Cristiane (239 pontos), as alemãs Birgit Prinz (290) e Inka Grings (216) e a inglesa Kelly Smith (252).

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A origem das palavras cruzadasA brincadeira que inspi-rou um dos passatempos mais populares de nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneiras que consti-tuíssem palíndromos - isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na ho-rizontal, ou de frente para trás e vice-versa. “As ins-crições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79 pela erupção do Vesúvio”, afirma o designer de jogos Luiz Dal Monte Neto. Nos moldes atuais, porém, as palavras cru-zadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de de-zembro de 1913. O inglês Arthur Wynne, responsável pela seção “Diversão” do jornal, recebeu a incum-bência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical.Wynne baseou-se em um passatempo que conhe-cera quando criança e que tinha regras semelhantes às dos laterculus romanos. Mas, em vez de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolveu dar apenas dicas e criou um diagrama na forma de um losango. Uma década depois, a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo o continente americano.

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