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REA Revista PA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará Dezembro 2016 – Ano V – nº 22 Pag. 08 Pag. 22 ANUIDADE Entenda os benefícios de estar quite com sua profissão Pag. 18 74ª SOEA Presidente Elias Lima fala do evento aqui no Pará ENERGIA SOLAR Alunos da UFPA criaram barco com o conceito sustentável Pag. 14 CACAU Pará vive bom momento na produção e espera crescer mais Com a entrada em operação do projeto S11D, da Vale, em Canaã dos Carajás, e a manutenção de outros empreendimentos no estado, a mineração ajuda a equilibrar a balança comercial paraense e oferece vagas de trabalho a diversos profissionais Pag. 10 Novo paradigma da extração mineral FOTO: REPRODUÇÃO VALE FOTO: HILARIO JUNIOR

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REARevista

PAConselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará

Dezembro 2016 – Ano V – nº 22

Pag. 08

Pag. 22

ANUIDADE

Entenda os benefícios de estar quite com sua profissão

Pag. 18

74ª SOEA

Presidente Elias Lima fala do evento aqui no Pará

ENERGIA SOLAR

Alunos da UFPA criaram barco com o conceito sustentável

Pag. 14

CACAU

Pará vive bom momento na produção e espera crescer mais

Com a entrada em operação do projeto S11D, da Vale, em Canaã dos Carajás, e a manutenção de outros empreendimentos no estado, a mineração ajuda a equilibrar a balança comercial paraense e oferece vagas de trabalho a diversos profissionais

Pag. 10

Novo paradigma da extração mineral

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SOEA

CACAU

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SOLAR22

NOSSAS SEÇÕESEm Curso 4Expressas 5Por Dentro do Crea 18Mercado de Trabalho 24Artigo Técnico 26Livros 27

PALAVRA DO PRESIDENTE

Caro profissional,

F inalizamos o ano de 2016 com um ba-lanço positivo, apesar das dificuldades enfrentadas pelo País, e cheios de pers-

pectivas para o ano vindouro nas atividades operacionais do Conselho Regional de Enge-nharia e Agronomia do Pará.

ENGENHEIRO AGRÔNOMO ELIAS LIMAPRESIDENTE DO CREA-PA

Não obstante ter sido um ano onde a eco-nomia foi desalentadora para os setores pro-dutivos envolvidos na construção do Produto Interno Bruto brasileiro, onde vimos o setor da construção civil ser afetado e responsável por uma fatia significativa de desempregados, bem como outros setores da área tecnológica, que aliado a outros indicadores, se mantive-ram negativos, o Crea-PA não ficou imune a todos esses fatos que nos deixaram em estado de alerta. Refizemos alguns projetos, dando prioridade para a manutenção da máquina administrativa, de modo que não sofresse so-lução de descontinuidade nos serviços presta-dos aos profissionais e à sociedade como um todo.

O ano de 2017 será de consolidação das mudanças estruturais, no que tange as ações internas, na otimização dos processos, me-lhorando a produtividade, e da disponibili-zação de ferramentas que facilitarão o dia a dia dos profissionais e das empresas. Nossas ações são no sentido de disponibilizar no-vas funcionalidades do sistema visando a

automatização de alguns serviços, que irão trazer significativas melhorias para os pro-fissionais, empresas e a sociedade em geral, com qualidade, celeridade e a devida trans-parência em seus procedimentos.

O avanço que o Crea-PA vem apresen-tando dentro de uma perspectiva operacional e administrativa, na disponibilização de seus produtos, demonstra um acerto nas diretrizes estabelecidas por esta gestão e pelas anteriores.

2017 também será um ano especial, pois teremos a oportunidade de sediar dois impor-tantes eventos: o Colégio de Presidentes do CONFEA e a Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea). Faremos o lançamento ofi-cial da Soea em Belém no mês de abril e já esta-mos trabalhando para oferecer aos profissionais e estudantes um importante momento de dis-cussões acerca das responsabilidades da Enge-nharia e da Agronomia para o desenvolvimento do País. Contamos com a participação de todos para que este evento seja um grande sucesso.

Forte abraço.

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EM CURSO

ConamaO Cadastro Nacional das Entidades

Ambientalistas (Cnea) divulgou no dia 1º/12, o resultado da votação para conselheiros do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) na gestão 2017-2019. A composição do Plenário do Conama ficou da seguinte maneira: Vaga nacional - Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam); Região Norte - Argonautas Ambientalistas da Amazônia e Fundação Zoobotânica de Marabá; Região Nordeste - Fundação Rio Parnaíba (Furpa) e Grupo Rio das Contas (Gerc); Região Centro-Oeste - Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) e Grupo de Estudos em Proteção à Biodiversida-de (Gebio); Região Sudeste – Organiza-ção Ponto Terra e Sociedade Biológica de Santa Branca (Sesbra); e Região Sul – Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte (Apromac) e Instituto Mira-Serra.

ClimaO Ministério do Meio Ambiente

(MMA) realizará diálogos com gover-no, setor privado e terceiro setor ao longo do primeiro semestre de 2017 para dar início ao processo de constru-ção da estratégia de implantação dos objetivos assumidos pelo país no con-texto do Acordo de Paris sobre mudan-ça do clima. A ideia é produzir estudos e pesquisas para elaborar um docu-mento base que guiará os chamados diálogos estruturados, previstos para ocorrer ao longo dos próximos seis meses. Essas reuniões temáticas terão, também, o apoio do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC). As-sumida perante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), a meta brasileira é cortar 37% das emis-sões de gases de efeito estufa até 2025, com indicativo de chegar a 43% até 2030 – ambos em comparação a 2005. Para isso, o Brasil propôs medidas para todos os setores econômicos, desde as áreas de energias renováveis até os setores de agropecuária e combate ao desmatamento.

MandiocaOrganizado por Moisés de Souza

Modesto Júnior e Raimundo Nona-to Brabo Alves, o livro “Cultura da Mandioca – Aspectos socioeconômi-cos, melhoramento genético, siste-mas de cultivo, manejo de pragas e doenças e agroindústria” foi lançado pela Embrapa Amazônia Oriental e está disponível para acesso gratuito no site da instituição. A publicação é dividida em 14 capítulos, reunindo 16 autores entre pesquisadores da Em-brapa e parceiros, como a Emater e a Universidade Estadual de Carolina do Norte (EUA). O livro integra ainda as articulações para o Congresso Mun-dial da Mandioca, que será realizado em Belém, no final de 2017.

AmazôniaO Observatório de Áreas Protegi-

das e Clima da Amazônia foi lançado no dia 5 de dezembro, na Conferência das Partes - COP 13, em Cancun, no México. Com o objetivo de promover uma gestão mais qualificada e integrada de áreas protegidas da região amazônica e obter um melhor entendimento sobre sua relação com a mudança do clima, o Observatório é uma plataforma colabora-tiva de cooperação entre países amazô-nicos. O lançamento foi feito durante o evento paralelo Áreas Protegidas da Amazônia – Soluções naturais para as mudanças climáticas, organizado pela Rede Latino-Americana de Parques Naturais e Áreas Protegidas (Redpar-ques), Comissão Mundial de Áreas Protegidas e WWF.

DiamanteO Pará foi incluído no projeto de

exploração de diamantes do Governo Federal. O projeto Diamante Brasil, do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM prevê dobrar a pro-dução no setor e elevar as exportações dos atuais valores entre cinco a dez vezes mais nos próximos anos. Por razões de segurança, as jazidas de diamantes primários a serem exploradas serão mantidas em sigilo.

SEDE: Tv. Doutor Moraes, 194 • Nazaré • Belém-PA • CEP 66.035-080 FONE/FAX: (91) 3219-3402 / 3219-3403 / 3219-3404 / 3219-3408

FUNCIONAMENTO: 2ª feira a 6ª feira das 8h às 14hE-MAIL: [email protected]

OUVIDORIA: (91) 3219-1132 / 3219-1136 ou [email protected] / www.creapa.com.br

DIRETORIA 2016Presidente

Eng. Agrônomo Elias da Silva Lima1º Vice-Presidente

Engª. Civil Maria do Carmo Pereira de Melo2º Vice-Presidente

Eng. Sanitarista Augusto Alves Ordonez1º Secretário

Eng. Agrônomo Pedro Paulo da Costa Mota2º Secretário

Eng. Civil Dionísio Bentes Rodrigues do Couto Jr.1º Tesoureiro

Eng. Agrônomo Roberto das Chagas Silva2º Tesoureiro

Eng. de Produção Vitor William Batista Martins

CÂMARAS ESPECIALIZADASCâmara Especializada de Agronomia e Florestal

Coordenador: Eng. Agrônomo Dilson Augusto Capucho Frazão Adjunto: Eng. Agrônomo Raimundo Cosme de Oliveira Jr.

Câmara Especializada de Engenharia Civil, Segurança do Trabalho, Geologia e Minas

Coordenador: Eng. Civil Antônio dos Santos Ferreira NetoAdjunto: Eng. Civil José da Silva Neves

Câmara Especializada de Engenharia ElétricaCoordenador: Eng. Eletricista José Emmanuel de Carvalho Mesquita Jr.

Adjunto: Eng. Eletricista Fernando Augusto Silva de Lima

Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, MetalurgiaCoordenador: Eng. Naval Juarez Botelho da Costa Jr.Adjunto: Eng. Mecânico Grácio Paulo Pessoa Serra

COMISSÃO EDITORIALCoordenador

Eng. Agrônomo Dilson Augusto Capucho FrazãoCoordenador Adjunto

Geólogo José Waterloo Lopes LealGerência de Relações Institucionais - GRI

Relações Públicas Marcelo Rodrigo da Silva PantojaAscom CREA-PA: Ercília Wanzeler

Esta é uma publicação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) executada pela Holy Comunicação e Editora

(Rua Manoel Barata, 1569. Reduto. CEP 66053-320. Fone 91 3218-4698)Diretores: Alexandre e Olinda Mendes

Edição: Mara Góes DRT/PA 1.430 / Produção: Luciana CavalcanteReportagens e textos: Elielton Amador, Luciana Cavalcante e Mara Góes

Fotos: Ascom CREA-PA, Confea e Mútua, Agência Pará,Hilário Jr. e banco de imagens

Diagramação e arte: Holy Comunicação Tratamento de imagens: Elias Portilho

Comercialização: Olinda Mendes e Rodrigo PinhoImpressão: RM Graph

Revista

PAREA

CONFEAConselho Federal de Engenharia e Agronomia

CREA-PAConselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará

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REARevista

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EXPRESSAS

Sistema participa de lançamento da Frente Parlamentar Mista da Engenharia

Reunindo parlamentares e pro-fissionais do Sistema Confea/Crea, foi lançada no final de novembro, na Câmara dos Deputados em Brasília, a Frente Parlamentar Mista da Enge-nharia, Infraestrutura e Desenvolvi-mento Nacional de 2016/2017.

Formada por 239 deputados e 81 senadores, uma das características desse fórum, segundo o deputado Ro-naldo Lessa (PDT-AL), “é que reúne deputados formados em diversas pro-fissões, além de engenheiros e agrôno-mos, além de ser uma aproximação do Legislativo com a sociedade por meio da interlocução com a área tecnoló-gica”. O deputado disse também que o país tem pressa e precisa solucionar questões graves. Para isso já deter-minou que a Frente se reunirá duas vezes por mês. O parlamentar sugeriu

que durante a realização da próxima Semana Oficial de Engenharia (agen-dada para agosto, em Belém do Pará), já conte com a participação de parla-mentares do fórum, “incrementando ainda mais o diálogo estabelecido com a área tecnológica nacional visando ao

desenvolvimento do país”. O presidente do Confea, José

Tadeu da Silva, ressaltou ainda que a Frente é “um fórum onde legisladores terão à sua disposição o conhecimen-to técnico de milhares de profissio-nais para a reconstrução do país”.

Museu Goeldi completa 150 anosUma programação especial em outubro marcou o

início das comemorações pelos 150 anos do Museu Pa-raense Emílio Goeldi, em Belém, um dos mais respei-tados do Brasil. Em parceria com outras instituições, o Museu lançou a primeira etapa da pintura dos muros e das edificações históricas, como parte do Projeto Vitória Régia e simultaneamente houve a inauguração do Espaço Goeldi 150, em que a Livraria do Museu foi reaberta. Nesse espaço, agora é possível o visitante fazer doações para a campanha de revitalização do parque e receber recompensas como camisetas, chavei-ros, etc. Lá também são encontrados objetos indígenas autênticos e artesanato regional.

Fundado em 1866, o Goeldi é o segundo mais antigo do Brasil no seu gênero e referência interna-cional em ciências e pesquisas sobre a Amazônia. Além de abrigar uma significativa mostra da fauna e flora amazônicas, o parque concentra as atividades educativas do museu, como um laboratório para aulas práticas. É também no Museu Paraense que se encontra o primeiro aquário público do Brasil.

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O presidente do Confea, José Tadeu e parlamentares em Brasília

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EXPRESSAS

Segunda etapa do9º CNP reúne profissionais em Brasília

agronomia brasileiras”. Ao se dirigir aos participantes, José Tadeu destacou que o congresso – realizado a cada três anos – “dá a oportunidade para que os profissionais de todo o país discutam questões referentes ao Sistema”.

Ao final dos trabalhos, centenas

de delegados participantes do 9º CNP aprovaram a Carta Declaratória que orientará as ações do Confea pelos pró-ximos anos. O encerramento do evento foi marcado pela conclusão da pauta de 41 propostas, aprovadas na primeira etapa e da aprovação de três moções.

Crea e Mútua divulgam ações na Pará Negócios

A Feira Pará Negócios 2016 – realizada de 01 a 04 de dezembro, no Hangar Centro de Convenções da Ama-zônia – integrou empresas de diversos setores, com o ob-jetivo de fomentar a geração de negócios. Pelo segundo ano consecutivo, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) e a Mútua-PA – Caixa de Assistência dos Profissionais estiveram presentes.

O estande do Crea-PA e da Mútua-PA recebeu centenas de visitantes, que tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido pelo Sistema Confea/Crea/Mútua. Os profissionais e alunos da área tecnológica tiveram ainda a oportunidade de tirar dúvidas, além de ter acesso a serviços como con-sultas de processos e emissão de boletos. Os interessados também podiam se associar à Mútua e passar a usufruir dos diversos benefícios oferecidos pela entidade, como descontos e promoções para associados.

Nos dias 1º e 2 de dezembro, em Brasília, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, presidiu os trabalhos da 2ª etapa do 9º CNP (Congresso Nacional de Profissionais) cujo tema central foi “O Sistema Confea/Crea e Mútua em defesa da engenharia e da

Mútua inicia programação do Jubileu de Rubi com selo e carimbo postais

As comemorações pelos 40 anos de fundação da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA, que transcorrerá em dezembro de 2017, teve início com um ano de antecedência, ainda em 2016, quando os Correios lançaram o Selo e o Carimbo postais alusivos à data emblemática para a Caixa de Assistência e todo o Sistema Confea/Crea. Esse foi o pontapé inicial do período de comemorações que terá diversas ações e eventos ao longo de 2017.

A solenidade de lançamento dos símbolos postais que iniciaram as comemorações do Jubileu de Rubi aconteceu no Plenário do Confea, em Brasília, e con-tou com a presença dos diretores executivos da Mútua, diretores regionais de todos os estados, lideranças do Sistema Confea/Crea, colaboradores da Caixa de Assis-tência e de representantes dos Correios.

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SUPERMASSA

Seminário finalístico 2016

De 13 a 15 de dezembro, os funcionários da sede e das inspetorias do CREA-PA participaram em Belém do Seminário de Área Finalística 2016. O objetivo foi potencializar o trabalho já desenvolvido pelos profis-sionais e possibilitar o aumento de conhecimento nas diversas áreas operacionais. Os participantes foram divididos em cinco grupos para treinamentos especí-ficos: Pessoa Jurídica; ART (Anotação de Responsa-bilidade Técnica) e CAT (Certidão de Acervo Técni-co); Pessoa Física (registro profissional); Pessoa Física (diversas atividades) e Fiscalização.

APPs 100% paraenses

SIPAT 2016Com o objetivo de divulgar, orientar e promover

a prevenção de acidentes, o CREA-PA realizou na primeira quinzena de dezembro a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho-SIPAT 2016. Funcionários e colaboradores do Conselho de todo o estado participaram de palestras voltadas à prevenção de acidentes de trabalho, além de orientações sobre alimentação saudável, ergonomia no ambiente de trabalho e controle emocional. Para encerrar, houve aferição de pressão arterial e pesagem corporal.

Estudantes paraenses da Universidade Federal do Pará – UFPA e da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA são responsáveis pelo desenvolvimento de dois aplicativos bastante úteis: o Vigha e o Açaí Paidégua, com serviços tecnológicos de fácil acesso para toda a população. Ambos podem ser baixados gratuitamente na Play Store.

O Vigha é uma plataforma para gestão de obra, que auxilia o gestor da construção civil na tomada de decisões. Sua principal característica é a produção de informações gerenciais em tempo real, sobre dados coletados direto do canteiro de obras, e cruzados com dados financeiros e administrati-vos. Simples e intuitiva, a plataforma gerencia desde o orça-mento às medições físicas, facilitando o acompanhamento diário do desenvolvimento da obra.

Já o Açaí Paidégua também para dis-positivos com sistema operacional An-

droid, tem como objetivo rastrear os pontos de açaí mais próximos do usu-

ário, que tenham garantia de qualidade certificada pela vigilância sanitária. A

ferramenta exibe, ainda, o valor do pro-duto e informa ao usuário se há delivery

no local. O App é parte de um projeto maior, que rastreia a cadeia produtiva do açaí, onde o produto consumido terá informações, desde a sua origem até o seu consumo. Além do consumo responsável, os desenvolvedores pre-tendem encorajar a formalização de batedores, por meio do incentivo ao micro empreendedorismo.

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8 PA

ENTREVISTA

Elias Lima

Belém foi escolhida pelo Sistema Confea/Crea e Mútua e em 2017 vai sediar o maior evento de

profissionais da área tecnológica brasileira, a SOEA – Semana Oficial da Engenharia e Agronomia. A expectativa é reunir mais de três mil engenheiros, tecnólogos e estudantes ligados aos Creas de todo Brasil, de 8 a 11 de agosto, no Hangar, em torno de uma intensa programação, com palestras, debates, apresentação de trabalhos de pesquisa e inovação tecnológica, entre outros. O

presidente do Crea-PA, Elias Lima, apresenta a seguir o que está

sendo programado para o evento e sua importância neste momento para

os profissionais da Amazônia.

Presidente do CREA-PA e coordenador

da 74ª SOEA

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para tantos profissionais. Nossa equipe local está em constante contato com o Confea e outros Creas também têm ofe-recido apoio. A organização da SOEA envolve uma grande equipe, que está muito comprometida. Além do apoio efetivo do Confea e Mútua, braço social do sistema, conta com apoio de várias entidades regionais. É trabalhoso, mas será gratificante, principalmente pela expertise que vamos adquirir na orga-nização de grandes eventos.

rá trabalhos de todo o Brasil que serão julgados por uma comissão avaliadora composta principalmente por pesqui-sadores paraenses. Os destaques rece-berão prêmios em dinheiro. Além disso, a programação é voltada para assuntos que interessam ao Estado, como meio--ambiente e sustentabilidade.

Já temos uma prévia da programação?Como o Brasil vive um momento de crise política e econômica e, sobretudo, moral, não podemos deixar de debater de que maneira a engenharia pode contribuir para superar esse cenário de adversidade. Por isso, o tema principal escolhido para este ano é: "A RESPONSABILIDADE DA ENGENHARIA E DA AGRONOMIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS". Na programação, ainda estão previstos 3 eixos temáticos que vão debater o cenário socioeconômico e ambiental, sustentabilidade e ética, principalmente medidas de anticor-rupção. Paralelo aos debates, também haverá homenagens, com entrega de medalha e inscrição no livro do mé-rito aos profissionais, conselhos, as-sociações de classe e instituições de ensino, vinculados ao Sistema, que se destacaram no ano de 2016. Além disso, a programação inclui o CON-TECC, o congresso científico que pre-mia os melhores trabalhos acadêmi-cos na área tecnológica.

No lançamento da SOEA no dia 10 de abril, o que será apresentado à classe tecnológica?O lançamento é um evento político que vai mostrar para autoridades munici-pais e estaduais a importância do Pará sediar um evento tão grandioso para o setor tecnológico. Está confirmada a participação de conselheiros estaduais e federais, dos presidentes de todos os Creas do país, diretores executivos e regionais da Mútua, inspetores, repre-sentantes de sindicatos, entidades de classe e ensino do Estado, todos ligados à classe tecnológica. Também haverá o lançamento de um selo comemorativo, alusivo ao evento.

O que representa para o Pará a 74ª SOEA? Por se tratar do maior evento do Sistema Confea/Crea e Mútua, com a participação de um público estimado em 3.200 profis-sionais, representa a oportunidade de co-locar o Pará e, principalmente, Belém na vitrine dos grandes eventos, demonstran-do a capacidade de realização e a força da engenharia no Estado, que atualmente tem a maior obra em andamento no país, a usina de Belo Monte.

O que a SOEA traz de oportunidades para o Estado e classe tecnológica?Para a classe tecnológica é uma oportuni-dade imperdível para a troca de conheci-mento. O intercâmbio entre profissionais de todas as regiões do país nos permite aprender com a experiência de outros Es-tados. O debate é essencial para superar esse momento de crise que o Brasil e a en-genharia enfrentam. O Pará e, principal-mente, Belém ganham com a movimen-tação da economia que um evento desse tamanho proporciona. Apostamos na re-cepção acolhedora dos paraenses para dar as boas-vindas aos visitantes.

Como o Crea-PA recebeu a novidade para ser o próximo anfitrião da SOEA? Já estava sendo feito um trabalho de articulação para que a semana acontecesse aqui?Foi mais um ato corajoso do Crea-PA em articulação com a presidência do Confea. A proposta foi encaminhada pelo Colégio de Presidentes e aprovada pelo Plenário do Confea. Isso demonstra o reconheci-mento do nosso trabalho no cenário na-cional. A decisão foi tomada em junho de 2016, em Porto Alegre/RS, o que nos co-locou diante do desafio de organizar um evento grandioso em pouco tempo. Es-tamos trabalhando bastante para honrar essa responsabilidade.

Quais são os grandes desafios até a SOEA e como enfrentá-los?Da programação à logística, tudo é de-safiador quando se organiza um evento

Em 2017 a SOEA será um mês mais cedo. Isso altera o prazo de inscrição e de trabalhos profissionais? Sim, os prazos deverão ser ajustados ao período do evento que ocorrerá de 8 a 11 de agosto de 2017. Nossa expectativa é receber as inscrições de pelo menos 500 trabalhos científicos a partir do mês de fevereiro até abril, momento que faremos as avaliações para as premiações e expo-sição. Quanto às inscrições para partici-pação na SOEA, ocorrerão logo após o lançamento oficial, em abril.

Qual a novidade do evento para Belém?A cada evento a SOEA amadurece com o aprendizado das edições anteriores. Em Belém, a nossa principal meta é fazer um evento propositivo, que con-tribua com soluções para o momento atual do Brasil. Nessa perspectiva, nós apostamos na força transformadora da produção científica. O CONTECC, Congresso Científico da SOEA, recebe-

O Pará e, principalmente, Belém ganham com a movimentação da economia que um evento desse tamanho proporciona.

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CAPACAPA

Setor mineral no Pará segue próspero

O setor mineral no Pará segue na contramão da recessão econômi-ca que assola o país. De acordo

com o Simineral (Sindicato das Indús-trias Minerais do Estado), a mineração é pujante e crescente e ainda vai render muitos bons frutos. Atualmente, este seg-

Com a entrada em operação do projeto S11D e a manutenção de outros empreendimentos, a mineração ajuda a equilibrar a balança comercial paraense e oferece vagas de trabalho

ELIELTON ALVES AMADORmento econômico abriga mais de 288 mil empregos diretos e indiretos e é respon-sável por mais de 85% das exportações do estado. Os números espantam: até 2021 o setor vai precisar de mais 90 mil cola-boradores e fará investimentos previstos na ordem de US$ 29 bilhões.

Símbolo dessa pujança é o projeto S11D, da Vale, inaugurado em dezembro e que começa a operar comercialmente em ja-neiro, despachando a primeira carga de mi-

nério de ferro proveniente da mina no dia 13, quando embarca aproximadamente 26 mil toneladas no porto de Ponta da Madei-ra, no Maranhão. Até 2020, S11D deve ter instalada uma produtividade de 90 milhões de toneladas de ferro por ano. Minério de alta qualidade. Só a construção da estrutura da mina custou um investimento de US$ 14 bilhões, ou o equivalente a R$ 40 bilhões, empregando no pico do empreendimento mais de 40 mil trabalhadores.

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Setor mineral no Pará segue próspero

Mas, um desavisado que folhear o anuário de mineração produzido pelo Si-mineral em 2016 pode achar que o setor está em declínio. Isso porque a exportação de minérios no Pará caiu 28% em relação a 2015. Porém, como explica o presidente do Simineral, José Fernando Gomes Junior, esses dados oscilaram há alguns anos por causa do fim de um “superciclo” do fer-ro no mundo. Graças a um boom de de-senvolvimento impulsionado pela China – que não se repetirá senão daqui a anos, talvez décadas –, a demanda e o preço do ferro subiram “absurdamente”. Dessa for-ma o preço do ferro na bolsa de valores internacional chegou a custar 190 dóla-res a tonelada. Mas também já esteve a 18 dólares a tonelada, nos piores anos.

O projeto S11D inaugura um novo paradigma de extração mineral no Bra-sil e no mundo. Com toda a tecnologia e os recursos adquiridos com os grandes ganhos do superciclo, foi possível cons-truir uma estrutura quase que totalmen-te automatizada. Os gigantes caminhões fora de estrada, por exemplo, que foram um símbolo da exploração em Serra Norte, em Parauapebas, não existem em S11D. Todo o minério é transportado por esteiras e correias mecanizadas.

Os ganhos não são apenas para a economia. O meio ambiente e os traba-lhadores também agradecem. O impacto ambiental é muito menor e os riscos de acidentes de trabalho também. “O setor mineral é o que mais preserva o meio ambiente. Se você considerar a Flores-ta Nacional de Carajás, mais de 200 mil hectares de floresta e apenas 3% dedi-cados à mineração. O S11D chega com toda a bagagem tecnológica desenvolvida ao longo da história e respeitando toda a legislação”, pondera Gomes.

José Waterloo Leal, membro da As-sociação Profissional de Geólogos da Amazônia (APGAM) e conselheiro do CREA-PA, garante que a tecnologia ajuda a preservar o meio ambiente e o projeto também dará muitas oportunidades aos

engenheiros. “Exploração mineral se uti-liza muito dos geólogos na fase de levan-tamento e estudos. Mas quando o projeto está instalado se abrem muitas oportuni-dades para engenheiros de todas as áreas, como os florestais, agrônomos, civis, de produção etc”, afirma.

Uma das contribuições mais impor-tantes do setor mineral para o Estado é também a massa salarial de seus colabora-dores. Mas, para poder melhor se posicio-nar no mercado de trabalho da mineração é preciso estar preparado. “Penso que é preciso se qualificar cada vez mais. Quem ainda não tem sua formação, tem que fazer cursos técnicos. Atualmente existem vários na área de mineração. Cursos de nível supe-rior que existem inclusive próximo das mi-nas agora. E pelo menos mais um idioma”, recomenda o presidente do Simineral.

INCENTIVOS José Fernando Gomes, do Simineral,

reitera a importância dos incentivos fis-cais para a produção mineral no estado. Mesmo com o potencial do setor, ele ex-plica que sem os incentivos a mineração poderia não se realizar no território por-que está distante dos centros consumido-res. “Sou a favor de todos os incentivos. Não posso responder críticas pontuais que são dirigidas a uma ou outra empre-sa, mas o paraense precisa entender que existem minas que podem não ser explo-radas se não houver os incentivos”, diz o geólogo Leal, do CREA-PA, concordando com o executivo do Simineral.

De 2011 a 2015, o estado arrecadou mais de R$ 2,7 bilhões com a compen-sação financeira pela exploração de re-cursos minerais (CFEM). Mesmo com as perdas significativas instauradas com a Lei Kandir, que desonerou as expor-tações, o estado não vive a crise que ou-tras unidades federativas vivem hoje e os especialistas garantem que o Pará é próspero em seu futuro econômico.

Mas como afirmam estudos desen-volvidos pela professora licenciada da UFPA Maria Amélia Enríquez, econo-mista e ex-secretária de estado no setor mineral, a mineração é uma “janela de oportunidades”, que deve ser bem apro-veitada, utilizando seus recursos para criar infraestrutura e dinamizar a econo-mia visando os momentos para além do boom de crescimento. Assim como foi uma oportunidade para Parauapebas é uma nova oportunidade para Canãa dos Carajás e para todo o Pará.

Presidente do Simineral, José Fernando Gomes Junior

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Desenvolvimento por meio da mineração exige estratégiaA professora e economista Maria

Amélia Enríquez, doutora em desenvol-vimento pela Universidade de Brasília (UnB) e ex-secretária de estado, é espe-cialista em mineração. Uma defensora da extração mineral como fonte de riqueza e desenvolvimento para os povos locais ela faz algumas ressalvas sobre o novo para-digma que envolve a atividade de S11D.

“É um aumento exponencial na esca-la de extração mineral. Quando a mina de Carajás iniciou, em 1985, a capacidade de extração era de 15 milhões de toneladas/ano. S11D já inicia com 90 milhões de to-neladas/ano, seis vezes mais, o que tam-bém significa um esgotamento seis vezes mais rápido. Se a mina de Carajás, hipote-ticamente, se esgotar em 120 anos, S11D se esgotará em 20 anos, com o agravante que é um dos minérios ricos do mundo, em média 67,5% de teor de ferro”, ressalta.

Para Enríquez, a grande mudança é tecnológica e ecológica, promoven-do um impacto menor na floresta, com mais economia de água e de outros re-cursos. “Isso possibilita um dos mais baixos custos de produção do mundo, estimado em menos de US$ 10 a tone-lada. Mas a grande questão a saber é: quem se beneficia dessa enorme lucra-tividade? Essa fantástica produção vai gerar mudanças estruturais na realidade socioeconômica do Pará”, pergunta.

O mais expressivo benefício direto da

mineração é a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), que fa-vorece, fundamentalmente, o município minerador, que fica com 65% de tudo que é arrecadado pelos royalties. “Na hipótese pouco provável do preço do minério ser cotado a US$ 50 a tonelada e a taxa de câmbio ser de R$ 3,20, estima-se uma re-ceita anual de CFEM da ordem de R$ 150 milhões para o município de Canaã dos Carajás. O Estado do Pará se beneficia

com 23% da CFEM arrecadada, por volta de R$ 49 milhões, e a União com 12%, ou o equivalente a R$ 26 milhões”, explica.

Para Maria Amélia, o mais impor-tante é como usar sabiamente essa receita que “é volátil, porque oscila com a cota-ção do minério; impermanente, porque depende da existência física da reserva e do apetite do mercado; e flexível, porque não está vinculada a nenhum dispêndio pré-determinado”. Ela ressalta ainda que, com a isenção das exportações de com-modities, foi subtraída do Estado a capa-cidade de gerar receita a partir da mine-ração. “Os governos e a sociedade devem usar com inteligência a CFEM, para gerar um desenvolvimento realmente sustentá-vel. Devem também pleitear a compensa-ção do ICMS, já que um projeto dessa en-vergadura produz efeitos que extrapolam a região mineradora e a quem cabe olhar por isso é o Estado”, pondera.

E completa que o governo deve pro-por parcerias estratégicas com a Vale, pois com o S11D o Pará passa a ter im-portância bem maior no portfólio de ne-gócios da empresa. “O Pará deve receber tratamento a altura desta importância. Apenas o S11D vai gerar uma receita adi-cional de US$ 5 bilhões à empresa, o que é maior do que o PIB de muitos países. O PIB do Butão, por exemplo, tão famoso por seu índice de felicidade, tem um PIB pouco maior de US$ 6 bilhões”, conclui.

Professora e economista Maria Amélia Enríquez

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Contecc 2017 Sistema Confea/Crea e Mútua apoia novamente a pesquisa técnica e científica

O evento máximo da área tecnológica brasileira - a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) - que terá sua 74ª edi-ção sediada pelo Crea-PA, de 8 a 11 de agos-to deste ano, também congregará, pelo quar-to ano consecutivo, o Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc 2017), que tem apoio e coorgani-zação da Mútua.

Com o objetivo de fomentar e divulgar a pesquisa acadêmica sobre temas da área, incentivando a criatividade, a inovação e o empreendedorismo dos profissionais e estudantes, o Contecc, a cada ano, tem superado marcas relevantes, com crescente número de trabalhos inscritos e na qualidade das pesquisas apresentadas. Hoje, os arqui-vos do Congresso somam cerca de 1200 trabalhos das três primeiras edições, que podem ser consultados no site do Confea (www.confea.org.br).

“Nesse universo - diz o presidente da Mútua, eng. civil Paulo Guimarães -, a Engenharia e a Agronomia têm suas realidades locais e nacional discutidas, demonstrando exemplos de inovações em empresas, institutos de pesquisas e insti-tuições de ensino, apontando caminhos para que as inovações se desenvolvam com técnicas e aplicação de pesquisas que tenham como objetivo aumentar o desenvolvimento do país”.

Além da exposição dos trabalhos selecionados, o Contecc ainda é composto de conferências e palestras de especialistas e reuniões sobre temas de destaque. Uma rara oportunidade para a efetiva troca de experiências entre pesquisadores, professo-res, estudantes e profissionais.

A Mútua está em todo o Brasil! No Pará, ligue (91) 3212-8222 ou (91) 3212-8180.

2017

Participe do Contecc 2017!O tema central desta quarta edição do Contecc é “A

responsabilidade da Engenharia e da Agronomia para o desenvolvimento do país”, com subdivisão em três eixos temáticos principais: “Cenário socioeconômico e ambiental”, “Recursos hídricos: abordagens sustentáveis” e “Ética: medidas anticorrupção”.

O início das inscrições dos trabalhos deverá coincidir com

o lançamento da 74ª Soea - e do próprio Contecc 2017 - que ocorrerá em 10 de abril. A expectativa é de que cerca de 500 trabalhos sejam apresentados, entre obras de caráter cientí-fico e, também, de cunho técnico, com a participação de pro-fissionais do campo, da gestão de educação e de “chão de fá-brica”, entre outros, que têm vasta experiência prática.

O professor da Universidade Federal da Campina Grande (UFCG), doutor em Recursos Naturais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e ex-conselheiro federal, eng. agrônomo José Geraldo Baracuhy - um dos criadores do Contecc, juntamente com o diretor de Tecnologia da Mútua, eng. civil Marcelo Gonçalves Nunes de Oliveira Morais, que, à época, também era conselheiro federal no Confea -, lembra que o Congresso Técnico Científico contribuiu para uma nova proposta de Soea e, também, de incentivo aos pro-fissionais e de agregação à sociedade. “Para os profissionais, o Contecc é uma grande 'vitrine', não só durante o evento mas, também, pelo banco de dados do Confea, que possibilita consulta por qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. Da mesma forma, presumo que é um serviço relevante para a sociedade”, avalia.

O apoio da Mútua ao Contecc inclui o oferecimento aos premiados dos banners expositores dos trabalhos, entre outras iniciativas. Nesta mesma linha de promoção da pes-quisa e inovação, a Caixa de Assistência instituiu, no ano passado, duas premiações de destaque para fomentar essa vertente entre os profissionais e estudantes: o Prêmio Mútua de Empreendedorismo - que também conta com a partici-pação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) - e o Mútua Premia. Agora em 2017, também serão realizadas a segunda edição dos prêmios, que têm suas entregas realizadas durante a Soea.

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Em 2016, a produção de cacau do Pará superou pela primeira vez o maior produtor brasileiro, o esta-

do da Bahia. Segundo números da Co-missão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão ligado ao Mi-nistério da Agricultura, o Pará produziu cerca de 118 mil toneladas e uma receita

PRODUÇÃO

Pará quer ser o maior do cacau

Este ano, o estado já superou a Bahia em produção, atingindo a marca de 118 mil toneladas de amêndoas, mas quer chegar a produzir muito mais. As condições são favoráveis.

ELIELTON ALVES AMADORde R$ 888 milhões. Os números oficiais da Bahia ainda não foram divulgados, mas a Federação da Agricultura e Pecuá-ria do Pará (Faepa) estima que não devem chegar a 100 mil toneladas. Esses dados têm provocado alvoroço no setor pro-dutivo paraense, que vê uma perspectiva muito promissora para o crescimento da produção estadual nos próximos anos.

Antes que o otimismo, porém, possa criar ilusões a cerca do nosso futuro eco-nômico é preciso considerar os fatores con-

junturais dessa realidade. De acordo com Fernando Mendes, diretor-chefe do Centro de Pesquisa da Ceplac em Belém, essa rea-lidade é uma eventualidade que reflete a condição climá-tica do mundo em 2016, que afetou inclusive os maiores pro-dutores de cacau no pla-neta, os afri-

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canos. “É possível que a Bahia volte a ser o maior produtor brasileiro em 2018. Em 2016 a seca prejudicou a produção”, afirma o pesquisador.

Fenômenos climáticos como o El Niño, na América do Sul, e o Harmattan, na África, produziram uma queda global

na safra do ano passado, estima-da em 1,8% pela Organização Mundial do Cacau ainda em

fevereiro de 2016. Mas o Pará não deixa de ter motivos para comemorar e mos-trar otimismo. Afi-nal de contas, com todos os problemas

globais, a produção paraense tem a maior

produtividade brasileira e é a única que con-tinua crescendo no mundo todo. Enquanto a safra global caiu, a paraense aumentou 8,25% em relação ao ano anterior.

O segredo para suportar a queda geral está em alguns fatores. O primei-ro é o próprio clima. Mesmo sob efeito do El Niño, a região amazônica ainda tem uma densa floresta para ameni-zar o clima e produzir as chuvas que as plantações precisam. Por causa disso, enquanto a Bahia produz cerca de 300 quilos por hectare o Pará produz 940 quilos no mesmo espaço. Isto é, mais que o triplo. “Aqui nós temos um clima que nunca chega aos 40°C e nunca des-ce abaixo dos 25°, além de ter 3,2% de toda a água doce do mundo”, diz Car-los Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

O cacau também é nativo da região Amazônica e era plantado por astecas, maias e os índios nômades desde an-tes da chegada dos colonizadores. No Pará, a maior parte de sua produção se

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encontra na região da Transamazôni-ca, tendo Medicilândia, Brasil Novo, Uruará e outros municípios daquela região como os maiores produtores locais. “Isso lhe dá uma resistência natural às pragas que podem exis-tir. A biodiversidade da floresta pro-voca um escudo natural contra elas, que pouco afetam a produtividade”, explica Fernando Mendes, da Ceplac.

A produção da Bahia, por sua vez, se deve a uma tradição histórica colo-nial que a possibilita ter hoje mais de 500 mil ha de área plantada de cacau, enquanto o Pará tem apenas 128 mil ha. Mas, nos 61 países produtores de cacau no mundo hoje, o estado é o único território onde a plantação está em expansão, aumentando em mé-dia 8 mil hectares por ano a sua área plantada. Isso inclui área em produção e área em desenvolvimento, já que o cacau demora cerca de três anos para dar fruto no Pará, enquanto na Bahia demora em torno de quatro anos, quatro anos e meio.

A maior parte da produção cacauei-ra do Brasil fica no país mesmo, já que a capacidade de verticalização do cacau é de 270 mil toneladas e ainda não produ-zimos tudo isso. Mesmo assim o Pará ex-porta algum cacau para se manter na lista de exportadores, e dada a qualidade da amêndoa, que produz excelente chocola-te, a procura é grande. O país exporta de 5 a 6 mil toneladas. Mas também impor-ta, porque o Brasil já foi o segundo maior produtor, mas hoje está em sétimo, atrás, por exemplo, da República dos Cama-rões e do Equador, país que fica também na Amazônia Latino Americana.

A expectativa é que se volte a produ-zir de 400 a 500 mil toneladas de cacau por ano. O recorde da produção do Brasil já foi de 426 mil toneladas de cacau, mas a crise da vassoura de bruxa que ocorreu nos anos 1980 derrubou a produção na-cional vertiginosamente. O Planejamento Estratégico da Ceplac prevê que em 2022 o país deva estar produzindo no patamar de 600 a 700 mil toneladas por ano. Nesse contexto, o Pará deve ser responsável por cerca de 230 mil toneladas. Atualmente, os estados de Rondônia, Amazonas, Mato

Verticalização também promete influenciar economia paraense

Grosso e Espírito Santo também produzem cacau. Mas o grosso da produção nacional está mesmo entre o Pará e a Bahia.

Para garantir essa produção, a Ceplac distribui mais de 15 milhões de sementes híbridas, desenvolvimento biologicamen-te, a cada ano e presta assistência técnica aos produtores. O Pará também conta com um fundo próprio, o Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará - Funcacau, que usa recursos do ICMS para incentivar produtores. Hoje, cerca de 98% da produ-ção é da agricultura familiar, mas a Faepa garante que há espaço para os grandes e médios produtores. Tanto que já apresen-tou um projeto, em parceria com Sebrae e Governo do Estado, ao Funcacau onde pretende implantar até 2023 um total de 250 pequenas unidades de produção de chocolate em todo o estado, com recur-sos oriundos do Conselho do Agrone-gócio (Consagro) e do Fundo de Aval da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

O projeto visa se antecipar ao cenário promissor e pensar na verticalização local, com processamento e tecnologia alterna-tivos e sustentáveis. A Faepa já apresentou proposta de convênio para a implantação

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Benefícios do Cacau

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LEde três unidades-piloto de processamento para produção de chocolate ainda este ano. As unidades-piloto, com área construída prevista de 60m², deverão ser implanta-das nos principais municípios produtores, levando em conta condicionantes como nível de organização dos produtores, exis-tência de associações/cooperativas, volu-me de produção de cacau, entre outros.

Considerando-se como meta a fabri-cação de 120 toneladas de chocolate ao ano por unidade de beneficiamento, cada unidade-piloto deverá ter pelo menos 15 produtores de cacau associados. “O proje-to vai ser desenvolvido com dinheiro do setor produtivo, tendo na contrapartida os incentivos e a infraestrutura de escoamen-to do estado”, afirma Carlos Xavier.

AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA 2017O Funcacau já traçou um plano es-

tratégico para 2017. Um dos objetivos é manter a produção crescendo e, quem sabe, em alguns anos firmar o Pará como o maior produtor cacaueiro no Brasil, efetivamente. Para isso o plano preten-de investir na infraestrutura laboratorial, pondo em funcionamento a biofábri-ca de cacau, já montada em Medicilân-dia, na região da Transamazônica, para produção de mudas enraizadas.

Segundo informações da Agência Pará, para formar demanda à biofábrica e viabilizar o projeto serão incluídos nes-se processo o açaí e a mandioca. Já uma parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) vai viabilizar o Laboratório de Análise Sensorial para classificação das amêndoas de cacau que hoje é feita em Ita-buna, na Bahia. E está previsto também o processo de certificação de indicação geo-gráfica para o cacau de várzea e orgânico.

Em outra ponta, será intensificado o treinamento nas unidades de proces-samento artesanal de chocolates de ori-gem. A transferência de conhecimento e difusão de tecnologia serão feitas por meio de clínicas tecnológicas e oficinas para produção de cacau orgânico e téc-nicas de irrigação. Na área de Defesa Sa-nitária, estão previstos a capacitação de técnicos ao Plano de Contingência da Monilíase para impedir a contaminação dos plantios no Pará, além do reforço no combate à Vassoura de Bruxa.

O chocolate é considerado um alimento nutracêutico, cujas propriedades trazem comprova-dos benefícios à saúde podendo, inclusive, reverter quadros de doença. As amêndoas são ricas em antocianinas, substâncias que retardam o envelhecimen-to, ajudam a prevenir o câncer e limpam as artérias coronaria-nas.

Segundo Fernando Men-des, o chocolate tem mais an-tocianina que o açaí e o vinho, que são dois alimentos nutra-

cêuticos também. Mas para obter tais benefícios é preciso consumir pelo menos 40 gra-mas diárias de chocolate com pelo menos 70% de cacau na sua composição.

No Brasil, o chocolate co-mercial deve ter pelo menos 25% de cacau em sua compo-sição. “O chocolate nutracêu-tico é um pouco mais caro, mas ele tem essa capacidade de melhorar a saúde, preve-nindo o envelhecimento, por exemplo”, conclui Mendes.

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POR DENTRO DO CREA

Hora de ficar em dia com seu exercício profissionalProfissionais e empresas liga-

das ao Sistema Confea/Crea e Mútua precisam ficar aten-

tos aos prazos estabelecidos para pagar a anuidade 2017 e ficar ou se manter apto ao exercício das atividades profissionais.

A cobrança da anuidade pelo Conselho profissional é regulada no artigo 63 da Lei nº 5.194/66, que des-taca que "os profissionais e pessoas jurídicas registradas de conformi-

dade com o que preceitua a presente Lei são obrigados ao pagamento de uma anuidade ao Conselho Regio-nal a cuja jurisdição pertencerem." Complementando o assunto tem-se o disposto no artigo 67 da mesma lei que consigna: “Embora legalmen-te registrado, só será considerado no legítimo exercício da profissão e atividades de que trata a presente lei o profissional ou pessoa jurídica que esteja em dia com o pagamento

da respectiva anuidade”.Os valores definidos pelo Con-

fea para a anuidade 2017 são de R$ 529,95 para profissionais de nível superior e de R$264,97 para profis-sionais de nível médio. Há opções de descontos de 15% para vencimento em 31 de janeiro de 2017, de 10% para vencimento em 28 de fevereiro de 2017 e cota única até 31 de março de 2017 (confira tabela).

Ressaltamos ainda que uma cor-

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Anuidades Mútua em aberto terão isenção de juros até 28 de fevereiro

respondência com as três opções de descontos e vencimento está sen-do enviada via correios. Apenas um pagamento das três opções deverá ser feito a critério do profissional. É possível ainda parcelar a anuidade, através do SITAC, em cinco cotas iguais, com vencimentos em 31 de ja-neiro, 28 de fevereiro, 31 de março, 30 de abril e 31 de maio de 2017.

EMPRESASAs empresas também seguem pa-

râmetros idênticos para o pagamento da anuidade. Há opções de descon-tos de 15%, de 10% e cota única com valor integral em 31 de março de 2017. O parcelamento em cinco cotas iguais, com vencimentos em 31 de ja-neiro, 28 de fevereiro, 31 de março, 30 de abril e 31 de maio de 2017 também pode ser feito pelo endereço eletrô-nico do CREA-PA https://servicos- crea-pa.sitac.com.br/.

10% até 28/02/2017

15% até 31/01/2017AnuidadeFaixa

1 R$ 501,23 R$ 426,05 R$ 451,112 R$ 1.002,47 R$ 852,10 R$ 902,223 R$ 1.503,71 R$ 1.278,15 R$ 1.353,344 R$ 2.004,93 R$ 1.704,19 R$ 1.804,445 R$ 2.506,18 R$ 2.130,25 R$ 2.255,566 R$ 3.007,40 R$ 2.556,29 R$ 2.706,667 R$ 4.009,86 R$ 3.408,38 R$ 3.608,87

ANUIDADE EMPRESA CREA

10% até 28/02/2017

15% até 31/01/2017

Anuidade cheiaFaixa

ANUIDADE PROFISSIONAL CREA

Nível superior R$ 529,95 R$450,46 R$476,96Nível médio R$264,97 R$225,23 R$238,47

Associados da Mútua-PA com anuidades passadas em aberto pode-rão regularizar o débito com isenção das taxas de juros e multas até o dia 28 de fevereiro de 2017. Os boletos com o desconto podem ser solicita-dos junto à Caixa de Assistência ou emitidos no site da Mútua, acessando a área restrita aos associados (www.mutua.com.br/associado/emissao--anuidade). Para emissão via site bas-ta inserir o número do CPF do sócio contribuinte e o endereço de e-mail. Caso conste apenas uma anuidade em atraso o associado poderá fazer a emissão direta do boleto com opções de pagamento único ou parcelado em duas vezes, sem juros e correção. Após a validação o boleto será enviado para o endereço eletrônico indicado.

Se existirem mais anuidades em aberto, o sistema exibirá uma men-sagem para que o associado entre em contato com a Central de Aten-dimento Mútua para ajustar a situ-ação. Ligando para o 0800 61 0003, independentemente do número de anuidades em atraso, poderá ser ge-rado um único boleto, englobando todos os débitos e já com a isenção dos juros e correção. Outra opção para os associados com mais de uma anuidade em aberto é realizar o pa-gamento de boletos individuais. Para tanto, primeiro deve-se emitir o bole-to mais antigo, realizar o pagamento e aguardar a compensação bancária (média de dois ou três dias) para en-tão realizar a emissão e pagamento da anuidade mais recente.

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ESPECIALMÉRITO

O dia 6 de dezembro foi marcado pelas homenagens que o Con-selho Regional de Engenharia

e Agronomia do Pará (CREA-PA) fez a nove profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua, quando entregou o Diploma do Mérito e fez a Inscrição no Livro do Mérito, uma homenagem pelos relevantes serviços prestados à Engenharia e Agronomia.

Os profissionais agraciados foram indicados pelas respectivas Câmaras Es-pecializadas. A cerimônia foi realizada no auditório da Federação da Agricul-tura e Pecuária do Pará (Faepa). A mesa de abertura do evento foi composta pelo presidente do Crea-PA, Eng. Agrônomo Elias da Silva Lima; pelo coordenador da Comissão do Mérito do Crea-PA, Eng. Agrônomo Dilson Frazão; e pelo Eng. Agrônomo José Megale Filho, um dos homenageados da noite.

As honrarias concedidas aos profis-sionais constam nos termos do Ato Nor-mativo Nº02, de 27 de junho de 2003,

Profissionais são homenageados com Diploma e Inscrição no Livro do Mérito

que instituiu o Diploma do Mérito da Engenharia e Agronomia e o Livro do Mérito do CREA-PA; e de acordo com a Sessão Plenária Nº 1115, decisões Nº 072 a 080, realizada em 14 de abril de 2016.

O presidente do Conselho destacou a importância das honrarias. “Essa é a maior homenagem que o CREA pode dar a seus profissionais. Gostaria de pa-rabenizar os agraciados, são todos mere-cedores desse prêmio”, disse.

O engenheiro agrônomo José Me-gale fez os agradecimentos em nome de todos os homenageados. “No momento em que o CREA reconhece o trabalho de cada um de nós, é motivo de muita alegria, de reflexão do que fizemos, como fizemos e, principalmente, do que ainda podemos fazer”, ressaltou.

A cerimônia ainda contemplou a Inscrição no Livro do Mérito, para pro-fissionais “in memoriam”. Foram home-nageados o Eng. Civil e ex-presidente do CREA-PA João Messias dos Santos Filhos;

o Eng. Civil Cândido Antônio Barbosa Bordalo; o Eng. Agrônomo Emir Palmei-ra Imbiriba; e o também Eng. Agrônomo Alberto Guerreiro de Carvalho.

“Com muita honra, em nome de to-dos, agradeço a homenagem que o CREA realiza”, disse Luiz Alberto Bordalo, neto de Cândido Antônio Barbosa Bordalo, ao recordar o legado deixado por seu avô.

Homenageados com o Diploma do MéritoEng. Agrônomo Amintas de Oliveira BrandãoEng. Agrônomo Ítalo Augusto de Souza AlbérioEng. Agrônomo José Megale FilhoEng. Civil Marcelo Gil Castelo BrancoEng. Eletricista e de Segurança do Trabalho Edna Lúcia Ferreira da Rocha Inscritos no Livro do MéritoEng. Agrônomo Alberto Guerreiro de CarvalhoEng. Agrônomo Emir Palmeira ImbiribaEng. Civil Cândido Antônio Barbosa BordaloEng. Civil João Messias dos Santos Filho

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Mérito a José Megale Filho Mérito a Marcelo Gil Castelo Branco

Mérito a Emir Palmeira ImbiribaMérito a Cândido Barbosa Bordalo Mérito a Ítalo Augusto de Souza Albério

Mérito a Amintas de Oliveira BrandãoMérito a Alberto Guerreiro de CarvalhoMérito a Edna Lúcia Ferreira da Rocha

Mérito a João Messias Filho

José Megale, Elias Lima e Dilson Frazão Maria do Carmo, Elias Lima e Ana Maria Faria

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O desafio da navegação solar na Amazônia

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Com força, empenho e determinação, alunos dos cursos de Engenharia Na-val e Engenharia Elétrica da Univer-

sidade Federal do Pará (UFPA) estão fazen-do história com a criação do primeiro barco solar do Estado. Tudo começou em 2015, com Alef Maia (23 anos), concluinte do cur-so de Engenharia Naval. Ele observou o po-tencial do nosso estado e teve a ideia de pro-jetar um barco que fosse movido à energia solar, sendo um dos fundadores da Equipe Solamazon, um grupo de pesquisa/extensão composta por 14 discentes, que concebeu a primeira embarcação solar do Pará constru-ída inteiramente por universitários.

Sem apoio para pesquisa e desenvolvi-mento de um protótipo, não foi nada fácil. Mesmo assim, a equipe, que se formou na universidade para participar de competi-ções, teve um alto desempenho no maior evento brasileiro de modelismo solar, o De-safio Solar Brasil, realizado em dezembro de 2016, na cidade de Búzios (RJ). Do evento participam equipes de todo o país, vincula-das a instituições de ensino que pretendem estimular o desenvolvimento de tecnologias

INOVAÇÃO

Barco projetado por alunos da UFPA surpreende em competição nacional e coloca o Pará no circuito brasileiro de barcos movidos à energia solar

ELIELTON ALVES AMADOR

para fontes limpas e energias alternativas.O catamarã batizado de “Bernadete I”,

em homenagem a uma das principais incen-tivadoras do projeto, então coordenadora de educação continuada da DPP/PROEX, Ber-nadete Souto, foi construído nas medidas padrões para participar do campeonato. No começo o maior desafio era construir o cas-co do barco, que custou cerca de R$ 10 mil. Ele foi construído com a parceria do Polo Náutico da UFRJ e para isso foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez o traslado de parte de alguns inte-grantes e da embarcação do Rio de Janeiro

para Belém.“Orçado em pouco mais de R$ 60 mil, o projeto não dispunha de recursos financeiros, nem mesmo de uma agência acadêmica. O fato da Federal não apoiar a construção deveu-se ao corte de quase 60% do orçamento geral da instituição. Ainda assim, conseguimos apoio financeiro para custear alimentos e passagens, para que nossa equipe pudesse participar do evento. Alguns professores não acreditavam que a gente fosse capaz de construir o barco, pela total dificuldade e complexidade. Então, nós tivemos que correr atrás de patrocínio, fazer rifas, vender doces, pedir dinheiro em pra-

Barco Solamazon

Catamarã com placas solares que geram energia para o motor

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ças e até tiramos dinheiro do próprio bolso para a construção”, explica Alef Maia.

Com apoio do Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéti-cas (Gedae) a equipe conseguiu suporte na parte elétrica da embarcação. As parcerias incluíram ainda empresas privadas, sindi-catos, políticos, professores e engenheiros navais. Maia cita entre os principais apoia-dores o Estaleiro Rio Maguari, Estaleiro ABS Naval, Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral), Sindicato dos Operadores Portuários do Pará (Sindopar), Mútua-PA e a Faculdade de Engenharia Naval (Fenav).

Com esses apoios, a equipe conse-guiu se inscrever na competição na cate-goria de catamarã, que tem seis metros de comprimento e 2,4 metros de boca entre os dois cascos de meio metro cada. Mas aí veio um novo desafio: chegar até Búzios, onde a competição se realizaria.

Para isso, a equipe contou com apoio da Força Área Brasileira (Fab), que dis-ponibilizou vaga em uma aeronave para transportar a embarcação. Porém, na hora

aconteceu o imprevisível. Com a queda do avião do time de futebol Chapecoen-se os aviões tiveram que ser deslocados e o grupo perdeu os primeiros dias de competição por falta de transporte.

A equipe, então, contratou um cami-nhão cegonha, que pôde levar a embarca-ção até São Bernardo do Campo (SP) de onde pegaram outro veículo e o levaram até Búzios. Nesse trajeto, além de ter che-gado dois dias após as provas, perdendo 50% do evento, a embarcação também teve alguns equipamentos extraviados, como o sistema de direção e a tampa do convés. “Tivemos que fazer adaptações para competir, e dos 14 integrantes da equipe, apenas cinco conseguiram viajar para completar a missão”, conta Alef.

Apesar de todo esse contratempo a equipe venceu todas as provas de que con-seguiram participar. “Todo mundo ficou surpreso com a nossa performance e quan-do viram um barco solar do Pará, eles não acreditaram. Ninguém esperava. Ficamos em 8° lugar geral de 12 equipes do Brasil

inteiro, mesmo com todos os imprevis-tos”, conta Alef Maia, que é o capitão da equipe e também o piloto da embarcação.

Atualmente, só há outro barco solar si-milar na região Norte e ele fica em Manaus (AM). Com o desenvolvimento dessa em-barcação, Alef e os colegas pretendem aper-feiçoar o modelo e ganhar o Desafio Solar Brasil 2017 e também já se preparam para o Dutch Solar Challenge, competição mundial que acontecerá na Holanda em 2018.

“Para ter um bom desempenho, o piloto tem que manusear de forma inteligente a ca-pacidade de geração de energia com o consu-mo do barco, determinado pela potência do motor. O Desafio Solar Brasil limita a potên-cia máxima de baterias em 1,5KW/h. A po-tência em série das quatro placas solares foi de 1KW/h, disponibilizados a todos os com-petidores. Com isso, investimos em teleme-tria, assim o piloto passava as informações da embarcação para o resto da nossa equipe que ficou em terra, por comunicação via rá-dio, e a mesma alertava a velocidade que se poderia desenvolver no barco”, explica.

O Bernadete I contou com um motor de popa elétrico de 2KW e atin-giu a velocidade máxima de 12 nós, equivalente a 23Km/h, sendo um dos barcos mais rápidos da competição.

Alef acredita que é possível desen-volver um modelo utilitário para ser usa-do nos rios da região, já que a Amazônia possui 40 mil quilômetros de vias nave-gáveis. “Poderíamos usar essa tecnologia no transporte escolar de alunos ribeiri-nhos, fazendo uma lancha escolar solar, reduzindo significativamente os custos, criando novas perspectivas”, sonha.

Para realizar o sonho, o estudante começa a pensar na sua vida profissio-nal depois da universidade, já que ele se forma ao final de 2017. “O mercado de engenharia naval não vai muito bem por causa da crise econômica, então, uma al-ternativa é inovar e ser empreendedor. Mi-nha ideia é, com as parcerias certas, criar uma empresa para desenvolver tecnologia naval para a região”, afirma.

Para Alef, as empresas, governos e instituições brasileiras ainda não des-pertaram completamente para o poten-cial solar de geração de energia. “Apesar de já existirem empresas do ramo solar ainda há muito o que explorar”, conclui.

Equipe de estudantes da UFPA que formam a Solamazon

Os paraenses dá Solamazon na competição em Búzios

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MERCADO DE TRABALHO

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Profissões ligadas à tecnologia em alta

em 2017LUCIANA CAVALCANTE

terá boa oferta de vagas no mercado. Esse profissional desponta porque as empresas cada vez mais estão buscan-do uma relação próxima com o cliente, avalia a pesquisa, lembrando que “ape-sar do alto número de profissionais disponíveis no mercado, a disputa por uma vaga está cada vez mais acirrada.

Outro fator de destaque nesse cenário para 2017 é a flexibilização entre profissionais e contratantes. Segundo o Master Trainer Coach Nelson Vieira é preciso uma análise de pontos que vão além da remune-ração, como compatibilidade entre a oportunidade e os projetos profissio-nais, perspectivas de carreira dentro da companhia e as oportunidades de recuperar o ganho no longo prazo.

PERFILA recolocação profissional tam-

bém exigirá uma adaptação no per-fil do candidato, que deve fazer valer sua versatilidade, boa comunicação, habilidade de relacionamento com outras áreas, e atender demandas, por exemplo, de melhoria contínua e sup-ply chain principalmente.

“A área tecnológica também exige conhecimento em inglês e um perfil mais interativo. Há uma forte

demanda, por exemplo, para geren-te de projetos, gerente de tecnologia voltado à inovação, Devops, consultor funcional, analista de negócios e ana-lista de suporte com oportunidades para empresas mobile e web, startups em geral, fintechs e varejo”.

O guia desenvolvido pela consul-toria também chama atenção para o Big Data (lidar com grande volume de dados). Profissionais deste setor pre-cisam mesclar cada vez mais conhe-cimentos de TI com estatística para conseguirem traduzir os dados de negócio em informações estratégicas para a tomada de decisão.

Em todos os casos, seja qual for o objetivo, se for investir em uma nova área ou se reinventar na sua profissão, o coach Nelson reforça a importância de procurar cur-sos técnicos para desenvolver as habilidades para a função que for designado. “Se quiser ser um pro-fissional diferenciado no mercado, independente da área, invista em cursos”, aconselha. E mais um con-selho do especialista, que também é psicólogo. “O importante é não se aventurar em qualquer área, mas escolher uma que tenha um grau maior de afinidade”.

O efeito da crise nas profissões da área tecnológica foram bem consideráveis em 2016. A

construção civil foi uma das que mais sentiu o impacto, com altos índices de demissões e obras paralisadas. Mas 2017 promete reverter esse quadro. As contratações devem retomar em ritmo moderado e seletivo. Para isso, a recolocação profissional deverá tam-bém levar em conta a flexibilidade e negociações específicas. Essas tendên-cias estão presentes na edição 2017 do guia salarial da consultoria Robert Half, divulgado em outubro passa-do. Segundo a pesquisa, as empresas manterão o foco na redução de custos e quadro enxuto, por isso vão focar mais na qualidade dos profissionais para garantir competitividade.

O guia aponta também que as pro-fissões ligadas à área tecnológica são as que mais devem oferecer oportunida-des em 2017. As oportunidades estarão em diversas áreas, como agronegócio, alimentos, indústria química, bens de consumo, tecnologia e equipamentos médicos, além do desenvolvimento móbile e outros. O desenvolvedor mo-bile, aquele que cria aplicativos para ser utilizados em várias plataformas,

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ARTIGO TÉCNICO

cas operam em frequências da ordem de centenas de terahertz (THz). Neste contexto, novos dispositivos baseados em cristais fotônicos têm sido desenvol-vidos nos últimos anos, tendo em vista a utilização dos mesmos nestes sistemas. Os dispositivos em questão são normal-mente baseados em arranjos compostos por guias de onda e cavidades ressonan-tes, inseridos em um cristal fotônico por meio de pequenas modificações feitas na estrutura periódica do cristal. Estas modificações, também conhecidas como “defeitos”, removem a periodicidade do cristal de maneira localizada (em apenas algumas porções do cristal).

Dentre os vários dispositivos que podem ser desenvolvidos a partir do em-prego de cristais fotônicos, destacam-se as chaves, os isoladores, os circuladores, os divisores de potência e as dobras de guias de onda. Todos eles são de grande importância em sistemas de comunica-ções ópticas, já que permitem o controle sobre o fluxo dos sinais ópticos que se propagam nestes sistemas.

Quando comparados aos dispositivos tradicionalmente utilizados em sistemas de comunicações ópticas, os novos dis-positivos baseados em cristais fotônicos apresentam uma série de vantagens. A tecnologia de cristais fotônicos permi-te, por exemplo, o desenvolvimento de dispositivos com dimensões reduzidas, favorecendo o aumento na densidade de integração de componentes em circuitos ópticos. Além disso, a utilização de dispo-

Gianni Masaki Tanaka Portela Pesquisador no Laboratório de Nanoeletrônica e Nanofotônica da Universidade Federal do Pará (UFPA)[email protected]

O mundo moderno está cada vez mais conectado. Pessoas usam smartphones para se comuni-

carem com os amigos, computadores compartilham informações entre si a fim de que os serviços oferecidos na inter-net possam ser utilizados; e carros se conectam a satélites para que os sistemas de navegação via GPS auxiliem os moto-ristas. Em todos estes casos, sistemas de comunicações são utilizados.

Basicamente, um sistema de comu-nicação é constituído por vários elemen-tos que, conectados entre si, promovem a troca de informações entre os diferentes usuários que fazem uso do mesmo. Por exemplo, sistemas de comunicações ópticas, compostos por uma grande quantidade de cabos de fibra óptica e por dispositivos que controlam o fluxo de sinais ópticos, são comumente emprega-dos quando uma alta taxa de transmissão de dados é desejável.

A engenharia atual tem permitido o desenvolvimento de sistemas de comu-nicações com características de desem-penho cada vez melhores. Vários grupos de pesquisa ao redor do mundo têm se dedicado ao estudo de novas tecnologias que possam ser úteis ao projeto de novos sistemas de comunicações. Dentre as tecnologias em destaque, aquela baseada em estruturas conhecidas como cristais fotônicos merece ser ressaltada.

Cristais fotônicos são estruturas compostas por materiais com diferentes índices de refração, arranjados de tal modo a formar uma rede periódica. Por índice de refração entende-se a relação entre as velocidades da luz no vácuo (espaço livre) e no material em questão. Em outras palavras, um cristal fotônico nada mais é do que um arranjo em que pode ser observado um padrão – em termos dos materiais constituintes – que se repete no espaço.

Sistemas de comunicações ópti-

UTILIZAÇÃO DE CRISTAIS FOTÔNICOS NO DESENVOLVIMENTO DE NOVOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES ÓPTICAS

sitivos baseados na tecnologia em questão colabora com a redução das perdas em um sistema de comunicações ópticas, já que os materiais em que se baseiam apre-sentam baixíssimas perdas.

Também permite o desenvolvimento de sistemas de comunicações totalmen-te ópticos, ou seja, aqueles em que não há necessidade de conversão de sinais elétricos em ópticos, e vice-versa. Este tipo de conversão, comum em sistemas de comunicações ópticas tradicionais, acaba por limitar o desempenho destes sistemas.

Ademais, vale destacar que a difi-culdade no dobramento de uma fibra óptica pode ser superada com a utiliza-ção da tecnologia de cristais fotônicos. É sabido que fibras ópticas não podem ser dobradas de modo acentuado, sob pena de ocorrência de grandes perdas na potência do sinal óptico que as atravessa. Por outro lado, estruturas baseadas em cristais fotônicos permitem a mudança da direção de propagação de um sinal de modo abrupto, pelos mais diferentes ângulos de dobramento.

Dispositivos multifuncionais, que podem desempenhar várias funções e contribuem para a redução das perdas e das dimensões de um circuito óptico, também podem ser desenvolvidos com base na tecnologia de cristais fotô-nicos. O dispositivo multifuncional que ilustra este artigo, desenvolvido no Laboratório de Nanoeletrônica e Nanofotônica da Universidade Federal do Pará (pioneiro na região amazônica em pesquisas sobre o assunto), pode executar as funções de uma chave, de um isolador, de um divisor de potência e de uma dobra de guia de ondas.

Portanto, é evidente que a tecnolo-gia de cristais fotônicos pode contribuir decisivamente para o projeto de siste-mas de comunicações ópticas de alto desempenho. Entretanto, apesar de todo o progresso observado recentemente em relação a esta tecnologia, pode-se dizer que a mesma ainda não está consoli-dada. Muito ainda há de ser feito e, ao longo dos próximos anos, certamente será observado um aperfeiçoamento da referida tecnologia, haja vista a grande quantidade de grupos de pesquisa que se dedicam ao estudo do tema.

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LIVROS

Aprender o caminho das pedras, entender o funcionamento do sistema e saber quais são

as ferramentas mais importantes para a sobrevi-vência e progresso na profissão. MANUAL DO ENGENHEIRO RECÉM-FORMADO foi escrito a partir das pesquisas realizadas com profissionais de todo o Brasil, durante sete anos, e se propõe ser um apoio para o enfrentamento das principais di-ficuldades típicas que os recém-formados enfren-tam: o que deve ser priorizado? Quem é quem e quem faz o quê no Sistema de Organização Profis-sional? Como se manter atualizado tecnicamente? Como se apresentar às oportunidades do mercado de trabalho? Como (e por que?) construir uma boa marca pessoal? O livro não promete milagres, mas o manual consegue ser uma boa ferramenta para quem tem potencial mas não sabe como transfor-mar isto em resultados.

Direcionada para o futuro e diante da es-cassez cada vez mais evidente de miné-

rios como ouro e ferro, a Engenharia Quí-mica do amanhã se volta para a produção de matérias reaproveitáveis e para a reciclagem. A CARTILHA ENGENHARIA QUÍMICA, produzida pela Coordenadoria das Câmaras Especializadas das Engenharias na Modalida-de Química do Sistema Confea/Crea, busca esclarecer sobre as atividades que podem ser desempenhadas pelos profissionais da área. A publicação descreve ainda os principais campos de atuação do engenheiro químico, apresenta leis relacionadas ao exercício profis-sional e destaca a relevância da responsabili-dade técnica. Download gratuito no endereço http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=1070

ENGENHARIA

QUÍMICAOs Profissionais e as suas Atribuições

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Capa Cartilha Engenharia Química FINAL_comsagria

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Para os designers, o mundo da manufatura pode ser um território desafiador e impenetrável. Mui-

tos só conhecem, em detalhes, algumas poucas técni-cas de fabricação. O livro COMO SE FAZ apresenta 92 técnicas e inova também ao ser o primeiro livro a abordar o assunto a partir do ponto de vista do desig-ner. Chris Lefteri agrupa os processos de acordo com as formas e dimensões físicas do produto acabado. Cada processo é apresentado e descrito individual-mente; boxes informativos orientam sobre volumes de produção adequados, custos envolvidos, veloci-dade de produção, materiais relevantes e muito mais.

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