revista ponto cirúrgico saúde & estética - ed 39

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Saúde & Estética

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Page 1: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39
Page 2: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

www.medigastro.com.br

Centro Médico Mix Park Sul SGAS, 910 - Asa Sul - Brasília/DF

Fone: 61 3244.8753Fax: 61 3244.9343

Dra. Fernanda AndradeResponsável Técnica

CRM-DF 12551

MEDIGASTRO: CONCILIANDO TECNOLOGIA COM RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE MAIS HUMANA.COM NOVAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO,

NOVO SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTAS QUE AGILIZA O

ATENDIMENTO E COM MUITO MAIS ESPAÇO E CONFORTO, TUDO

ISSO PARA CUIDAR DA SUA SAÚDE COMO VOCÊ MERECE.

• VÍDEO ENDOSCOPIA DIGESTIVA BAIXA (COLONOSCOPIA)

• VÍDEO ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

• ULTRASSONOGRAFIA (ECOGRAFIA COM E SEM DOPPLER)

• EXAMES CARDIOLÓGICOS

• CIRURGIAS LAPAROSCÓPICAS

• CIRURGIAS DERMATOLÓGICAS

Page 3: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

www.medigastro.com.br

Centro Médico Mix Park Sul SGAS, 910 - Asa Sul - Brasília/DF

Fone: 61 3244.8753Fax: 61 3244.9343

Dra. Fernanda AndradeResponsável Técnica

CRM-DF 12551

MEDIGASTRO: CONCILIANDO TECNOLOGIA COM RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE MAIS HUMANA.COM NOVAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO,

NOVO SISTEMA DE MARCAÇÃO DE CONSULTAS QUE AGILIZA O

ATENDIMENTO E COM MUITO MAIS ESPAÇO E CONFORTO, TUDO

ISSO PARA CUIDAR DA SUA SAÚDE COMO VOCÊ MERECE.

• VÍDEO ENDOSCOPIA DIGESTIVA BAIXA (COLONOSCOPIA)

• VÍDEO ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

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• CIRURGIAS DERMATOLÓGICAS

Page 4: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Nossa missão:Ser um centro de referência sem esquecer a humildade;

Dar um tratamento de excelência mas com carinho;

Fazer da sua casa o melhor lugar para sua recuperação;

Ter orgulho de trabalhar em prol da ciência e do ser humano.

Quimioterapia • Homecare • Cuidados Paliativos

Tel. 61 3035.8200 • Fax 61 3035.8205www.oncotek.com.brSEP/Sul 905 • Conjunto B • Térreo • Ed. Centro Empresarial • Asa Sul Brasília

Não basta acreditar, é preciso confi ança, conhecimento, conforto, segurança e humanização, para você e sua família.

Dr. Eduardo Johnson BuarqueResponsável Técnico

CRM-DF 8086Dr. Eduardo JohnsonDr. Márcio Almeida Paes Dr. Marcos Trindade

Page 5: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Nossa missão:Ser um centro de referência sem esquecer a humildade;

Dar um tratamento de excelência mas com carinho;

Fazer da sua casa o melhor lugar para sua recuperação;

Ter orgulho de trabalhar em prol da ciência e do ser humano.

Quimioterapia • Homecare • Cuidados Paliativos

Tel. 61 3035.8200 • Fax 61 3035.8205www.oncotek.com.brSEP/Sul 905 • Conjunto B • Térreo • Ed. Centro Empresarial • Asa Sul Brasília

Não basta acreditar, é preciso confi ança, conhecimento, conforto, segurança e humanização, para você e sua família.

Dr. Eduardo Johnson BuarqueResponsável Técnico

CRM-DF 8086Dr. Eduardo JohnsonDr. Márcio Almeida Paes Dr. Marcos Trindade

Page 6: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

sum

ário

10 PÁGINAS VERDESTécnica de Buttonhole: alternativa valiosa

para pacientes que fazem hemodiálise

14 NOTASCFM

18 NOSSA CAPA - Queixas comuns sobre dores nas pernas ou de inconvenientes vasinhosDr. Antonio Carlos - Angiologista e Cirurgião Vascular

22 NOSSA CAPA - Rinoplastia estruturada:Dra. Wanessa Sigiane - Cirurgiã Plástica

24 NOSSA CAPA - Mulher sorria sempre!Dr. Marcos Laboissière Jr. - Cirurgião Dentista

26 NOSSA CAPA - O papel preponderante da mulher no bem-estar socialDr. Eduardo Johnson - Diretor Médico da Oncotek

28 NOSSA CAPA - Lifting com �io russo: alternativa para o rejuvenescimentoDr. Thiago César S. Caetano

30 NOSSA CAPA - Mudanças na rotina resultam em grandes bene�ícios à saúdeDa Redação - Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética

32 NOSSA CAPA - Disfunção da ATMDr. Rosário Casalenuovo Jr. - Ortopedia Funcional dos Maxilares

34 NOSSA CAPA - Ecocardiograma Fetal no rastreamento de cardiopatias congênitasDra. Conceição de Maria X. Pereira - Especialista em Pediatria

36 NOSSA CAPA - Linha de produto dedicada exclusivamente ao público femininoFarmacotécnica - Farmácia de Manipulação

38 NOSSA CAPA - Serviços

16 NOSSA CAPA: Especial • Saúde da Mulher

Capa Criação:Jimmy Carter F. L.

Page 7: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

40 ENTREVISTA - Catarata, uma cegueira Dr. Mario Pacini Neto - Especialista em Catarata reversível

42 DICAS - MulherComo escolher o modelo de óculos ideal

44 COLOPROCTOLOGIA - Você já se submeteu a uma Colonoscopia?Dr. Paulo Sérgio - Coloproctologista

46 DICAS DE SAÚDE - Males que mais ameaçam a saúde dos brasileirosDa Redação

48 ENSINO SAÚDE - Mercado promissor para técnico em análises clínicasPor Silvia Melo - Senac

50 ORTOPEDIA - Cirurgia do ombro Artroplastia ReversaDr. Edmon F. M. Arajuo - Ortopedista e Cirurgião do Ombro

52 TERMINOLOGIA MÉDICA - Tumorigênese ou Oncogênese?Dr. Simônides Bacelar - Médico e Pesquisador em Língua Portuguesa

54 TURISMO SAÚDE - A vida em MadriDa Redação

55 CONGRESSOS MÉDICOS - 2012Da Redação

56 DOUTOR RESPONDE - Artrite reumatoide é mais comum entre as mulheresDra. Eliane Teles Gois

58 MEDICAL CLICK - IMEB, Reunião Cientí�icaNovas tecnologias para o diagnóstico do Câncer de Mama e Discussão casos clínicos

60 PALAVRA DO JORNALISTA - Por Alvaro PereiraClasse médica cobra da ANVISA veto aos cigarros com sabor

62 APNEIA DO SONO - Apneia obstrutiva do sono: um risco potencialmente fatalOxilife Medinal

sumário

16 NOSSA CAPA: Especial • Saúde da Mulher

Page 8: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

editorial

É com um imenso contentamento que apresento ao meu público leitor a trigésima nona edição da nossa Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética. Principalmente porque coincidiu nossa circulação com uma data muito especial que é O Dia Internacional da Mulher, o mês de março, que está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedade mais justas e igualitárias. E só com a Revolução Industrial, em 1799, que essas reivindicações tomam o maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, ingresso à cultura e equidade entre os sexos. As operárias dessa época eram submetidas a um sistema desumano de trabalho com jornadas de 12 horas diárias, espancamento e abusos sexuais.

E, neste contexto, 132 operárias da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos reivindicando o direito da jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as tecelãs se refugiassem dentro da própria fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas e atearam fogo, matando todas carbonizadas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional da Mulher, realizada em Copenhague, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado o Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro. Não poderíamos deixar de homenagear a mulher que, na verdade, deveria de ser homenageada todos os dias do ano. Para finalizar, a Revista Ponto Cirúrgico traz nesta edição o Caderno Especial Mulher em referência à força feminina capaz de gerar vida, de plantar conhecimento e de colher futuro promissor. Ao folhear a nossa edição, o caríssimo leitor verá outros temas bem articulados.

A vocês mulheres, paz, alegria e saúde todo dia!

Boa leitura, e até próxima edição.

www.revistapontocirurgico.com.brrevistapontocirurgico@gmail.comtwiiter/pontocirurgicorevistapontocirurgico.blogspot.com

+ 55 61 3322.2509 - 3321.0039Edifício Brasília Rádio CenterSRTVN 702 - Conjunto PAla A - Sobreloja 54 - Asa NorteBrasília/DF - CEP: 70719-900

Editor PresidenteClaudio Amorim

COLABORADORES:

SecretáriaMárcia Araújo

Diretor ComercialRaimundo Dias

Contato PublicitárioGilmar Ribeiro

Jornalista ResponsávelÁlvaro PereiraDRT/RJ 12.631

Direção de arteJimmy Carter F. L.

Projeto Gráfico e DiagramaçãoPM&P Comunicação Integrada61 8301.9817 - 9127.3099

FotosRJ Falcão e Colaboradores

Fotos e imagens ilustrativasBanco de imagens e arquivo pessoal

ANUNCIE: (61) 3322.2509 - 3321.0039

A Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética é uma publicação de Dr de A a Z Comunicação e Marketing Ltda. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. Os colaboradores não possuem vínculo empregatício com a empresa.

Page 9: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Fones (61) 3244.8780 - 3244.7429

www.gruponephron.com.br - [email protected]

Ed. Mix Park - SGAS 910 - Conj. B - Bl F - Sala 01 - Térreo - Asa Sul - Brasília/DF

Dr. Enzio Galvão Diniz Torreão BrazResponsável Técnico

CRM-DF 6099

O Grupo Nephron, modelo de qualidade no tratamento de pacientes renais, que é dotado das mais modernas tecnologias e de uma equipe multidisciplinar experiente e bem treinada, oferece aos seus pacientes todas as condições para um tratamento seguro e de altíssima qualidade.

Page 10: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

10 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA10

A diálise peritoneal e a hemodiálise são tratamentos que visam à substituição da função renal quando este órgão entra em falência.

A diálise peritoneal é uma modalidade de tratamento dia-lítico realizado normalmente na residência após treinamento específico pela enfermagem e acompanhamento da equipe multidisciplinar, sendo necessário o implante de cateter pró-prio no abdômen.

Para a realização da hemodiálise, necessita-se de um acesso vascular de longa permanência, sendo a alternativa mais utilizada e indicada a confecção de Fístula Arterioveno-sa (FAV), que funciona por meio de duas punções (arterial e venosa) em cada sessão de hemodiálise, por vezes doloro-sas.

Uma técnica alternativa tem sido utilizada para melhorar a qualidade de vida da população que realiza o tratamento na modalidade hemodiálise. Trata-se da técnica de Buttonhole.

REVISTA PONTO CIRÚRGICO: QUANDO E ONDE SURGIU A TÉCNICA DE BUTTONHOLE?

DR. ENZIO GALVÃO: Esta técnica surgiu há aproximadamente 30 anos na Europa e Japão e pouco depois nos EUA. Re-centemente vem sendo divulgada e expandida no Brasil e atualmente no Distrito Federal.

Como é realizada a técnica de Buttonhole para canula-ção de Fístula Arteriovenosa:

Trata-se de uma técnica onde são realizadas de 10 a 12 punções da FAV sempre no mesmo local seguindo o mesmo

Essa nova tecnologia surgiu há 30 anos na Europa e Japão. Recentemente, vem se expandindo no Brasil, com boa aceitação no Distrito Federal

Técnica de buttonhole: alternativa valiosa para pacientes que fazem hemodiálise

PÁGINAS VERDESIm

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Page 11: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

11reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

PÁGINAS VERDES

ângulo de inserção das agulhas e realizado de preferência pelo mesmo profissional de enfermagem, até que um túnel seja formado. Após a formação do túnel, realiza-se a mudan-ça do tipo de agulha usada na punção passando de agulha afiada para uma agulha específica de borda romba.

QUAIS AS ALTERAÇÕES NO ACESSO QUE INDICAM O MOMENTO DE MUDANÇA DA AGULHA?

São três alterações a serem observadas:

• Quando as agulhas afiadas são inseridas na pele fazem um corte em “V” ,com a colocação no mesmo local gradualmen-te ela muda para um “U” e no final do período estabelecido forma a letra “ O ”;

• Ocorre alteração no tecido granular ao redor da parte ex-terna do local arterial;

• Mudança na resistência do trajeto da agulha;

QUAIS AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DESSA TÉCNICA PARA O PACIENTE RENAL CRÔNICO?

Em primeiro lugar, esta técnica, diferentemente da tra-dicional amplamente usada, não danifica o endotélio pre-servando e aumentando o tempo de vida da FAV. Estudos realizados demonstraram que (1) houve uma redução de dez vezes a ocorrência de hematomas e erros de punção, (2) evitou-se a formação de aneurismas em FAV novas, (3) melhorou o aspecto estético evitando a formação de pseu-doaneurismas, (4) houve redução de tempo no momento de inserção das agulhas, com a consequente diminuição ou até a eliminação completa da dor em alguns casos; e também, mas não menos importante, (5) a diminuição no tempo de hemostasia após hemodiálise. Por fim, consegue-se reunir as condições ideais para a autopunção (pacientes fazendo as próprias punções), o que satisfaz plenamente a busca pelo almejado autocuidado. Algo que se torna valioso ins-trumento para o manejo das condições crônicas, como é justamente o caso da doença renal crônica.

EXISTEM BARREIRAS PARA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA?

As barreiras devem ser consideradas desafios e não mo-tivos para excluir sumariamente o paciente do uso da técni-ca. Porém, em alguns casos, há motivos para se considerar fortemente a contraindicação para a técnica. São as condi-ções dificultadas na formação do túnel; como por exemplo, a presença de cicatriz (fibrose) no trajeto da punção, braço com grande quantidade de tecido adiposo, o excesso de pele ou FAV com a presença de grandes aneurismas.

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Dr. eNZio GaLVÃoNefrologista - CRm/DF: 6099

Page 12: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

!" !"#$%&'()*+&*(,$-.-/$0* !#1*+&*0$-.-/$0*20*324-

Dra. Walkiria Duarte serraGraduada pela universidade de Brasília.

Residência médica no Hospital de Base do Distrito Federal.

Título de especialista em Radioterapia pela Sociedade

Brasileira de Radiologia. Título de especialista em Radioterapia

conferido pelo Conselho Federal de medicina.

Chefi ou a Unidade de Radioterapia do Hospital de Base do DF

Dra. Doris DaherGraduada pela universidade Federal da

paraíba. Residência médica no Hospital de Base do Distrito Federal.

Título de especialista em Radioterapia emitido pelo Colégio

Brasileiro de Radiologia. Título de especialista em

Radioterapia conferido pelo Conselho Federal de medicina.

Chefi ou a Unidade de Radioterapia do Hospital de Base do DF

Dra. Walkiria Duarte Serra Responsável Técnica

CRM-DF 1477

Page 13: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

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Dra. Walkiria Duarte serraGraduada pela universidade de Brasília.

Residência médica no Hospital de Base do Distrito Federal.

Título de especialista em Radioterapia pela Sociedade

Brasileira de Radiologia. Título de especialista em Radioterapia

conferido pelo Conselho Federal de medicina.

Chefi ou a Unidade de Radioterapia do Hospital de Base do DF

Dra. Doris DaherGraduada pela universidade Federal da

paraíba. Residência médica no Hospital de Base do Distrito Federal.

Título de especialista em Radioterapia emitido pelo Colégio

Brasileiro de Radiologia. Título de especialista em

Radioterapia conferido pelo Conselho Federal de medicina.

Chefi ou a Unidade de Radioterapia do Hospital de Base do DF

Dra. Walkiria Duarte Serra Responsável Técnica

CRM-DF 1477

Page 14: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

14 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

CFM É CONTRA ABERTURA DE VAGAS EM CURSOS DE MEDICINA RUINS

O Conselho Federal de Medici-na (CFM), em apoio ao professor Adib Jatene, ex-ministro da Saúde, que de-nunciou medida tomada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) permitindo a reabertura de vagas em escolas mé-dicas com avaliação deficiente. Para o CFM, “Este quadro não condiz com as preocupações humanitárias e sociais pertinentes à Saúde e à Medicina, e atendem, principalmente, aos interes-ses econômicos e políticos de alguns setores da sociedade”.

No entendimento da entidade de representação médica, “o Governo – em todas as suas esferas – deve estar atento a esta realidade e apresentar propostas que contribuam para a quali-ficação dos cursos de medicina no país, demonstrando real preocupação com a população que conta com médicos bem preparados para se manter sua saúde e seu bem-estar”.♦

RELACIONAMENTO ENTRE CLASSE MÉDICA E INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Car-diologia (SBC), na condição de repre-sentantes da classe médica brasileira, e a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) firmaram um documento em que definiram, mútua e espontaneamente, regras de boas--práticas no relacionamento entre as in-dústrias farmacêuticas e os profissionais médicos.

O CFM, a AMB e a SBC; e as em-presas associadas à Interfarma diligen-ciarão para que todo o público de inte-resse seja informado sobre potenciais conflitos éticos surgidos em razão de in-

teresses financeiros ou econômicos que porventura existam entre a indústria far-macêutica e os profissionais médicos.

Com a publicação do documento, o CFM, a AMB, a SBC e a Interfarma pretendem inaugurar uma nova fase de relacionamento caracterizada pela união de esforços em benefício da pro-moção da melhor educação técnico--científica na área farmacêutica. Essa nova fase deverá ser caracterizada também por iniciativas que proporcio-nem meios de atualização permanente dos profissionais médicos e da indús-tria farmacêutica.♦

CFM FIXA NORMAS ÉTICAS PARA RECONHECIMENTO DE NOVOS PROCEDIMENTOS E TERAPIAS

A partir de agora o país conta com uma série de normas éticas e técnicas para reconhecer procedimentos médicos inéditos ou experimentais. É o que estabelece a Resolução CFM nº 1982/2012 que disponibilizará a metodologia necessária para aprovação de novos procedimentos e as condições adequadas aos procedimentos. A norma foi publicada no Diário Oficial da União no dia 27 de fevereiro de 2012.

Com a nova metodologia, o Conse-lho dá uma nova normatização à práti-ca. Dentre os documentos necessários para esta aprovação, o interessado de-verá anexar uma justificativa da aplicabi-lidade clínica do novo procedimento. O protocolo das etapas clínicas das pes-quisas deve ser submetido à fiscaliza-ção das comissões de ética médica, no transcurso das experiências desenvolvi-das em seres humanos, após protocolo na Comissão Nacional de Ética em Pes-quisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

A Comissão de Ética Brasileira tam-bém levará em consideração a aprova-ção do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos do país de origem.♦Mais informações http://portal.cfm.org.br/

ESTUDO DEMOGRAFIA MÉDICA

Enquanto a população brasilei-ra cresceu 12,3% na última década, o número de médicos quase dobrou no mesmo período, atingindo 21,3%. Este índice elevou para 371.788 os profissionais em atividade no país, ga-rantindo ao Brasil o quinto lugar mundial em número absoluto de médicos, entre 1970, quando havia 58.994 médicos, e o presente momento, durante o qual nú-mero de médicos saltou 530%. O per-centual é mais de cinco vezes maior que o do crescimento da população, que em cinco décadas aumentou 104,8%. Os números fazem parte da pesquisa Demografia Médica no Brasil, divulga-da pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medici-na do Estado de São Paulo (Cremesp), em novembro de 2011.

Os resultados corroboram o que sempre afirmaram as entidades médi-cas nacionais, entre elas a AMB: “Não há falta de médicos”, eles estão apenas distribuídos de forma desigual entre as regiões.

Os pesquisadores calculam 1,95 médico para cada mil brasileiros. O Dis-trito Federal lidera o ranking com 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (3,57), por São Pau-lo (2,58). Na outra ponta estão Amapá, Pará e Maranhão com menos de um médico por mil habitantes.♦

NoTas - CFm

Page 15: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Pesquisa OPINIÃO** mostra: 64% dos moradores do Lago/Asa Norte já buscam a região quando necessitam de uma consulta.

95% dos moradores do Lago/Asa Norte frequentariam um centro clínico na 608 NORTE.

82,5% dos frequentadores do Setor Hospitalar Sul reclamam do trânsito e de estacionamentos.

62% dos frequentadores do Setor Hospitalar Sul frequentariam um centro clínico na 608 NORTE.

Memorial de Incorporação registrado sob. R.11, na matrícula no 314, do 2o Ofício do Registro de Imóveis do Distrito Federal, em 23/5/2011. *Para utilização do Centro Cirúrgico é necessário cadastro junto ao Hospital Nelson Picolo. **Pesquisa Opinião: consultoria realizada entre os dias 2 e 6 de setembro de 2011.

Realização:Vendas:

61 3442-500061 3255-080061 3262-1000 QUADRA 608 NORTE – BRASÍLIA-DF

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Page 16: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

NOSSA CAPA

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Cirurgiã plásticaCRm/DF: 12820membro especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia plásticaEspecialista em Cirurgia plástica eCirurgia Geral pelo mECA

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Angiologista eCirurgião vascularCRm/DF 8057Especialista em cirurgiavascular periférica pela SBACv, Doutorado em Cirurgia pela FmRp -uSp

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tano CRm/DF: 14377

membro do Conselho Brasileiro de medzicina e Cirurgia Estética (Cabmce)Filiado À International Association Of Aesthetic medicine (I Aam)membro da Association Franco Brésilienne de médecineet Chirurgie Esthétique (Afbmce) paris/França

28

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ra CRm/DF 4489Especialista em pediatria – TEp – Título emitido pela Sociedade Brasileira de pediatriaEspecialista em Neonatologia – TEm – Título emitido pela Sociedade Brasileira de pediatriaEspecialista em Cardiologia pediátrica – Título emitido pela Sociedade Brasileira de Cardiologiamembro associado do Departamento de Cardiologia pediátrica da Sociedade Brasileira de CardiologiaEspecialização em Cardiologia pediátrica no Instituto Dante pazzanese de Cardiologia em São paulo-SpEspecialização em Ecocardiografi a Pediátrica no Hospital da Benefi cência Portuguesa em São Paulo-SPEspecialização em Ecocardiografi a Fetal no Hospital das Clínicas da Faculdade de medicina da uSp-Sp

32

22

Page 17: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

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Oncologista médico há 30 anosFormado pela universidade do Estado do Rio de Janeiro (uERJ)

membro da Sociedade Americana de Oncologia (ASCO)

membro da Sociedade Europeia de Oncologia (ESmO)Ocupou cargos de chefi a no Hospital de Oncologia no Rio de Janeiro

Foi um dos responsáveis pela criação da Clínica de Oncologia do Hospital universitário de Brasília (HuB), no ano de 1993.

26M

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CRO/DFEspecialista em Implantodontia - Campinas/Spmestre em Implantodontia - Campinas/SpphD em Odontologia/Implantodontia - AWu/u.S.A.Diretor do Instituto Laboissiére de Odontologiaprofessor de diversos cursos de pós-graduaçãoAutor de diversos artigos científi [email protected]

26R

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icaCRO/mT 1900

CRO/DF 8220 15membro da Academia Ibero Latino-americana de DIsfuncion Craniomendibular y Dolor Facial membro da Academia Iberoamericana de Estética Especialista :Ortopedia Funcional dos macilaresOrtodontiaDor Orofacial e disfunção de ATmDiretor do Instituto machado de OdontologiaFormador do Conceito Arquitetura da FaceDivulgador do Conceito Ortodontia Funcional e Estética

Linha de produtos dedicada exclusivamente ao público feminino

34 36

Page 18: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

Revista Ponto Cirúrgico: Mais de um quarto das mulheres tem varizes. Essa doença, como toda enfermidade crônica, é multifatorial. A herança familiar é o fator predisponente mais importante? Existem outros fatores que podem justificar o aparecimento de varizes?

Dr. Antonio Carlos: É uma doença multifatorial e, como tal, apresenta um fator predisponente, que é o genético, e vários fatores desencadeantes, a saber: idade, obesidade, sedentarismo, gestações múltiplas, uso de alguns hormônios, a necessidade ou hábito de permanecer de pé por tempo prolongado, além de outras situações que contribuem para a estase sanguínea nas pernas.

Queixas comuns sobre dores nas pernas ou de inconvenientes vasinhosQuem nunca reclamou desses incômodos? Especialista, em entrevista a Revista Ponto Cirúrgico, fala sobre esses problemas que acometem a maioria das mulheres

Qual a diferença entre “vasinho” e varizes? A diferença está no diâmetro e na profundidade em re-

lação à pele. Podemos dizer que as varizes são de veias maiores - que leva o sangue de volta ao coração - dilatadas, alongadas e elevadas. As varizes são, na verdade, vasos que perderão sua função primária que é de transportar o sangue de volta para o coração. Os vasinhos são decorrentes de di-latações de vasos sanguíneos de fino calibre – capilares - na pele. É muito importante enfatizar que nem as varizes nem os vasinhos são todos iguais. Os vasinhos podem aparecer iso-lados, sem a ligação com varizes ou, como acontece em um grande número de pessoas, os vasinhos são alimentados por varizes. Nesta situação as varizes deverão ser tratadas primeiro, ou em conjunto, com os vasinhos.

Quais os sinais e sintomas das varizes? Os sinais são as veias tortuosas, elevadas e alongadas,

de diâmetros variados, comprometendo ou não a(s) veia(s) safena(s). Em relação aos sintomas: dor em peso nas per-nas, cansaço nas pernas, câimbras à noite e inchaço. A maioria dos sintomas piora com o passar do dia.

Temos cura para varizes? Como é o tratamento?Como toda doença crônica, não podemos falar em cura

para a maioria dos casos. Falamos em prevenção, tratamen-to e controle. O tratamento deve ser feito sempre pelo espe-cialista, que, junto com o paciente, decide se há indicação de algum tratamento, qual será a terapia e o melhor momento para o tratamento. Definitivamente é individualizado: depen-

ImAG

Em: I

LuST

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Page 19: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

de do paciente e da fase da insuficiência venosa. Devem ser tratadas sempre que apresentem sintomas relevantes, desconforto estético ou se apresentar complicações: como hemorragias, flebites e ulcerações. O tratamento pode ser clínico, cirúrgico e com aplicações. Existem várias modali-dades de aplicações: com líquidos, espumas e LASER. Nos últimos anos, a agressividade do tratamento para varizes tem sido reduzida. Na maioria das vezes, utilizamos a associação de técnicas para obtermos os melhores resultados.

Qual a importância das veias safenas?As veias safenas são veias superficiais localizadas nos

membros inferiores. Temos quatro veias safenas. Duas em cada membro inferior, sendo que uma é mais longa, que se localiza medialmente na perna e coxa, e outra mais curta lo-calizada somente na parte posterior da perna. Eventualmen-te, quando ela não está comprometida, poderá ser utilizada como substituto de uma artéria ocluída, como acontece nas pontes de safenas.

Podemos listar algumas afirmações em relação às veias safenas e varizes: 1. As veias safenas são os vasos restritos às pernas e não chegam até ao coração; 2. Quando uma pessoa tem varizes a veia safena pode ou não estar compro-metida; 3. Operar de varizes não significa retirar as safenas; 4. Algumas pessoas com varizes, a safenas (ou as safenas) encontram-se com fluxo invertido, doentes, e podem ser retiradas; 5. Retirar ou não retirar as varizes não determina cura. Mais uma vez, a avaliação deve ser criteriosa e indivi-dualizada.

Aquelas pessoas que têm varizes de grosso calibre, qual o tratamento mais indicado?

Na maioria das vezes, o tratamento cirúrgico. Devemos citar que o tratamento cirúrgico está sendo melhorado com técnicas endovasculares, com a utilização do Endolaser e Radiofrequência. A vantagem destes tratamentos estaria somente no menor trauma cirúrgico, sendo que os resulta-dos a médio e longo prazos são semelhantes aos da cirurgia tradicional. Existem outras modalidades de tratamento com o uso da espuma densa, um tipo de aplicação que está am-plamente difundida em todo o mundo.

Muitas pessoas portadoras de varizes acham que não podem andar. O Senhor aconselha suas pacientes a andarem o máximo que puderem?

Atividade física sem impacto ou movimento brusco ajuda a prevenir varizes e seus sintomas. Caminhar é muito bom.

Qual a estratégia mais adequada para tratar as varizes das pernas, principalmente nos casos que apresentam grande quantidade e variedade de vasos?

Recomendamos a associação de técnicas, ao mesmo tempo ou coadjuvante. Por exemplo, a cirurgia com endola-ser e escleroterapia combinados.

Frente a grande opção de tratamentos das varizes, qual a melhor opção para o tratamento?

Em cada paciente, em cada fase da doença, seleciona-mos as melhores modalidades de tratamentos. Recomen-damos que não se banalize o tratamento da insuficiência venosa crônica, realizando tentativas de tratamentos pouco criteriosos.

Remédios por via oral são eficazes contra as varizes?Os medicamentos são utilizados para aliviar sintomas.

Eles não têm efeitos em reduzir as varizes já instaladas.

Qual sua mensagem final?A insuficiência venosa crônica, varizes, é um problema

de saúde pública. É uma causa frequente de afastamento do trabalho no Brasil, além de piorar a qualidade de vida e poder contribuir com a redução da autoestima de muitas pessoas. Apesar de não ter cura definitiva, o arsenal terapêutico dis-ponível no momento é mais confortável e o tratamento com profissionais qualificados vale a pena.♦profissionais qualificados vale a pena.♦

dr. Antonio cArlos de souZAAngiologista e Cirurgião Vascular

CRM/DF 8057

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: C. m

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Page 20: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Exames realizados:

Mamografia Digital de Campo Total Ressonância Magnética Mamária

Marcação pré-cirúrgica de lesão impal-pávelBiópsias percutâneas (“Core Biopsy” e Mamotomia)

Ed. Dr Crispim - Bloco C - Sobreloja 18 ( ao lado do HRAN) / Tel.: 3326.1220 SHLS 716 Centro Clinico Sul Torre I Sala T-0120-4 / Tel.: 3245.2102

[email protected] - www.imeb.com.br

procedimentos da Mama

O IMEB Mulher é a mais nova unidade do IMEB - Imagens Médicas de Bra-

oferecer os mais modernos exames por imagem disponíveis na área médica. Num espaço especialmente planejado para as necessidades femininas, o corpo

clínico do IMEB Mulher está pronto para atender sempre com um foco diferen-ciado: o bem-estar da paciente.

Para garantir o seu conforto e melhoria no atendimento, o IMEB Mulher está funcionando também no Centro Clínico Sul Torre I

Alaor Barra SobrinhoResponsável Técnico

Medicina Núclear - CRM-DF 3029

Page 21: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

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22 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

22 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

rinoplastia estruturada:Nariz belo e funcional

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO: EM QUE CONSISTE A RINOPLASTIA ESTRUTURADA?

DRA. WANESSA SIGIANE: É uma proposta de rinoplas-tia que preconiza o uso de vigas de cartilagem (retiradas do septo nasal, em sua maioria) para modelagem e estabilização das estruturas do nariz. A técnica tem como princípios bási-cos separar a pele do nariz das estruturas ósseas e cartilagi-nosas, esculpir as cartilagens e os ossos de forma simétrica sob visão direta, melhorar o sistema respiratório e fortalecer o esqueleto nasal por meio de enxertos e pontos de fixação. O resultado é um nariz com estrutura esculpida e fortalecida, preservando e, muitas vezes, melhorando a função nasal.

Foi-se o tempo em que rinoplastia era sinônimo de narizes pequenos, com pontas absurdamente projetadas, dorsos baixos e, não raro, com sequelas que dificultavam a função básica do nariz: a respiração. Os famosos "narizes plastificados" pareciam feitos em série, sem levar em conta a harmonia dos rostos, e, assim, estigmatizando os pacientes operados. Atualmente, tem-se como opção à rinoplastia clássica, a rinoplastia estruturada, filosofia desenvolvida nos EUA por Jack Gunter e Toriumi e que cada vez tem mais seguidores entre os cirurgiões plásticos brasileiros.

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 23

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EM QUE A RINOPLASTIA ESTRUTURADA DIFERE DA CLÁSSICA?

A tradicional rinoplastia redutora diminui o esqueleto do nariz por meio da retirada de cartilagem e osso, enfra-quecendo a sua sustentação e deixan-do o nariz vulnerável às forças de dis-torção causadas pela respiração e pelo tecido cicatricial. A rinoplastia estrutu-rada trabalha com o uso de enxertos melhorando a respiração, assim como o contorno, a projeção e o formato do nariz. O mais importante é que o uso correto e preciso de enxertos ajuda a manter o resultado da cirurgia, mini-mizando a possibilidade de distorção em longo prazo pela cicatriz e fibrose excessiva que alguns pacientes podem desenvolver. Portanto, a previsibilidade e durabilidade dos resultados aumen-tam com o uso correto desta técnica.

POR QUE SE DEVE PREOCUPAR COM A PRESERVAÇÃO DA FUNÇÃO NASAL?

A dificuldade de respiração nasal leva a pessoa a respirar pela boca. A respiração bucal, porém, não é fisio-lógica e traz uma série de consequên-cias: altera a arcada dentária e o terço médio da face, responsável pela venti-lação dessa região e dos ouvidos, cau-sando sinusites e otites. Também pode causar a má oclusão dentária e um posicionamento errado da língua, que tende a ficar mais baixa e flácida. Além da diminuição do olfato, as funções de umidificar, filtrar e aquecer o ar não são realizadas. A respiração pela boca leva um ar frio e repleto de partículas de po-eira prejudiciais à saúde. Elas poluem o pulmão e obrigam o indivíduo a respirar mais vezes, sobrecarregando todo o aparelho respiratório.

COMO A RINOPLASTIA ESTRUTURADA AGE NA FORMA DO NARIZ?

A rinoplastia estruturada é feita sob

visão direta, ou seja, o cirurgião con-segue ver exatamente o que está fa-zendo. Com isso, é possível analisar o nariz com mais precisão e executar o plano cirúrgico com mais facilidade e precisão. A confecção de um novo for-mato da ponta nasal se dá, com pouca ou nenhuma ressecção de cartilagens, por meio de pontos precisos em locais

estratégicos, sempre de maneira indivi-

dualizada conforme sexo, idade e raça.

A CIRURGIA DEIXA CICATRIZES?A cicatriz resultante fica na colume-

la do nariz e, na grande maioria das ve-

zes, torna-se imperceptível ao final de

seis meses. Em casos em que também

são tratadas as asas nasais, tem-se uma cicatriz rente à implantação das mesmas, que, normalmente, são de ótimo aspecto.

QUALQUER NARIZ PODE SER OPERADO POR ESTA TÉCNICA?

Sim, qualquer nariz pode ser bene-ficiado por esta cirurgia que prima por minimizar a agressão às partes nobres do nariz, preservando-se a mucosa e as cartilagens alares (cartilagens que cobrem as narinas). Porém, nas rino-plastias secundárias (reoperações), a rino estruturada é especialmente in-dicada, pois, por meio de exposição direta das estruturas, o cirurgião plás-tico tem a oportunidade de tratá-las de forma adequada, bem como utilizar os enxertos para correção de eventuais sequelas da cirurgia anterior.

QUAL É A ANESTESIA UTILIZADA E QUAL O TEMPO DE INTERNAÇÃO?

A cirurgia pode ser realizada tan-to sob anestesia local com sedação, como sob anestesia geral. Normal-mente, o paciente recebe alta no dia seguinte à cirurgia.

COMO É O PÓS-OPERATÓRIO. EM QUANTO TEMPO O PACIENTE PODE RETORNAR ÀS SUAS ATIVIDADES?

Normalmente, não há dor, poden-do haver equimoses (manchas rochas), que se resolvem completamente, em torno de quinze dias. O edema (incha-ço) persiste por mais tempo, reduzin-do-se, gradativamente, ao longo do primeiro ano de pós-operatório. Usa-se um curativo externo (aquaplast), por uma semana, e tampão que é retirado antes da alta. Em torno de dez dias, o paciente poderá retornar ao trabalho. Atividades físicas são liberadas após um mês, desde que não haja risco de trauma direto à região nasal.♦

Dra. WaNessa siGiaNe s. siLVeira

Cirurgiã plástica - CRm/DF: 12 820membro especialista pela Sociedade

Brasileira de Cirugia plástica

Page 24: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

24 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

24 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

mUlHer sorria semPre!

O sorriso é uma linguagem usada pelo espírito para nos transmitir sua magia; é uma das linguagens universais, por isso melhore sua autoestima sempre. Sorria com segurança e confiança. Invista em você, você merece!

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 25

N a produção visual das mu-lheres, não faltam acessó-rios imprescindíveis como

brincos, colares, pulseiras, joias, bolsas, maquiagem e batom. Todos escolhidos com muito cuidado, prin-cipalmente se o objetivo for nobre, mas não há nada mais demonstrativo da química corporal de uma mulher, que o seu sorriso.

Esta afirmação é observada quando analisamos pessoas famo-sas com a vida pública exposta. O exemplo atual da mulher assumindo a presidência ilustra bem esse deta-lhe, a então candidata Dilma Rousse-ff foi orientada e treinada a sorrir em público e nos debates, para diminuir a impressão de “brava” e transmitir segurança e autoestima.

Nesses anos de experiência tra-balhando na construção e melho-ramento da estética odontológica, é fácil definir que cada mulher sorri de um modo diferente e cada sorri-so que ela produz é igualmente ím-par. Normalmente influenciado pela relação que se tem com ela, sendo para uma demonstração da aceita-ção (sorriso aberto), rejeição (sorriso “amarelo”), timidez (sorriso levemente aberto) ou sedução (sorriso de meio--lábio, seguido de uma piscada).

Provoque um sorriso nela e você terá uma amostra de quem ela é. O sorriso é uma linguagem usada pelo espírito para nos transmitir sua ma-gia; é uma das linguagens univer-sais, independente da língua nativa, cultura e religião.

Cientistas da Universidade de Maastricht, na Holanda, descobriram que mulheres infelizes com a aparên-cia do seu sorriso se sentem menos confiantes e muito inseguras, princi-palmente no que se refere ao amor e trabalho. Isto porque os pesquisado-res acreditam que, para muitas mu-lheres, a confiança na aparência está ligada diretamente à aceitação social e conquista.

Atualmente a Odontologia tem buscando cada vez mais técnicas e materiais para satisfazer o dese-jo desta mulher que quer, merece e busca um sorriso atraente, belo, reju-venescedor e que eleve sua autoesti-ma. A nanotecnologia empregada na Odontologia já vem sendo estudada há mais de 10 anos, e agora faz parte dos tratamentos mais modernos no que se refere à estética e segurança.

Clareamentos com led e laser utilizando gel com nanopartículas di-minuem consideravelmente a dor de sensibilidade observada em alguns pacientes. Resinas feitas com base em nanopartículas têm efeito estético mais duradouro e polimento mais efi-ciente. Implantes com nanotecnolo-gia na sua superfície aumentam a so-brevida e melhoram o desempenho.

Tecnologia nós temos, traumas nós tiramos com tratamentos menos doloridos, bem planejados e com re-sultados de qualidade. Melhore sua autoestima sempre. Mulher sorria! Sorria com segurança e confiança. Invista em você, você merece!♦

Dr. Marcos Laboissière Jr. – Ms, PhDCirurgião-Dentista - CRO/DF: 6380

Responsável pelo Instituto Laboissiè[email protected]

Nesses anos de experiência trabalhando na construção e melhoramento da estética odontológica, é fácil definir que cada mulher sorri de um modo diferente e cada sorriso que ela produz é igualmente ímpar.

Page 26: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

A história de lutas e conquistas de tantas mulheres, muitas delas heroínas e outras mártires de seu ide-al, no decorrer dos séculos, leva a humanidade a

iniciar um novo milênio diante da constatação de que ela buscou e conquistou seu lugar, mulheres como a da céle-bre rainha egípcia Cleópatra, Elizabeth I, Joana D'Arc, Madre Teresa de Calcutá, Anita Garibaldi, Irmã Dulce, Elizabeth Bla-

ckwell, a primeira mulher no mundo a licenciar-se em Me-dicina e, a partir de então, dedicou-se à educação

feminina na área médica. Estas colaboraram, reinventando seu cotidiano, criando es-

o papel preponderante da mulher no bem-estar socialCada vez mais o universo feminino tem assumido papel muito importante na organização social, sobretudo àqueles que estão a sua volta como filhos e parentes

tratégias informais de sobrevivência com um destaque parti-

cular a sua situação como sujeito histórico, e, portanto, a sua

capacidade de luta e de participação na transformação nas

condições de vida.

Nos últimos anos, cada vez mais a mulher tem assumido

papéis muito importantes na organização social, familiar e

até política com diversas conquistas na vida das mulheres.

É só lembrarmos que, pela primeira vez na história do país,

temos uma Presidente da República, ou Presidenta como

ela prefere ser chamada, e que antes de ser Chefe da Nação

teve a vitória da vida na luta contra um câncer.

E quando falamos de saúde e qualidade de vida relacio-

nar o universo feminino à saúde é uma tarefa fácil e exten-

sa ao mesmo tempo. Isso porque sempre coube à mulher

proporcionar bem-estar àqueles que a cercam cuidando da

saúde de filhos e parentes. Um bom exemplo é atuação rele-

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 27

vante da mulher na saúde do homem. É muito grande o número de pacientes que vão ao consultório porque a “mi-nha mulher está preocupada e quer que eu faça um exame” ou porque “minha mulher quer saber se eu posso tomar este remédio” e assim por dian-te, sendo ela inclusive, responsável por marcar o horário da consulta. Nestas horas ela tem um papel bastante im-portante na escolha, fazendo muitas perguntas até compreender as razões, consequências e benefícios do trata-mento escolhido.

Em muitos casos é a mulher tam-bém que faz com que o homem faça ginástica, mantenha uma dieta saudá-vel e tome seus medicamentos. “Hoje em dia temos até um novo ditado que diz: ‘à frente de todo homem saudável existe uma grande mulher’”. Não é in-comum um paciente não se lembrar da medicação que está tomando e perguntar à esposa, que prontamen-te responde os nomes, as doses e os horários de tomada. Mais que isso, a mulher assegura invariavelmente seu papel enquanto agente transformador na manutenção da saúde familiar.

Hoje em dia as mulheres são as que mais utilizam os serviços do Siste-ma Único de Saúde, o SUS, como usu-árias ou para ajudar a cuidar da saúde de filhos e parentes. No entanto, estão longe de receber o tratamento ideal. A manutenção da boa saúde da mulher exige uma série de cuidados e atitudes preventivas. Cada mulher tem uma his-tória e uma bagagem hereditária que devem ser analisadas cuidadosamente com a supervisão de um médico, para garantir uma vida saudável e sem sur-presas com qualquer medida que você adotar.

Todas, vocês, estão aqui com uma

missão especial e de grande respon-sabilidade: além de serem esposas e mães, são vocês que cuidam dos pais, irmãos e dos entes queridos quando adoecem; são vocês que se preocu-pam em levar ao médico o compa-nheiro quando este se recusa a buscar assistência; são também vocês que acumulam o trabalho com os cuidados do lar e com os filhos; enfim, vocês são seres especiais. Portanto, vocês são capazes de enfrentar uma doença como o câncer, que, em alguns casos, mesmo quando curado, pode gerar consequências permanentes por toda a vida, como a impossibilidade de re-posição hormonal, alterações psicoló-gicas, mudanças no corpo, rejeição se-xual, abandono por parte do parceiro e a realização frequente de exames. Mui-tas vezes, neste momento, vocês que tanto contribuíram com o bem-estar da família, se encontram sozinhas para enfrentar a doença. Neste momento, são as filhas que geralmente ajudam com extrema dedicação.

O mínimo que nós, médicos, po-demos fazer, é oferecer, além de um tratamento ideal, nosso apoio e soli-dariedade, tentando reduzir os efeitos colaterais, aumentando a autoestima e, principalmente, nos disponibilizando para ouvi-la, colocando a estrutura da clínica para seu suporte.

Nesta hora a ação conjunta do médico, da paciente e dos familiares é fundamental para que os objetivos tra-çados sejam alcançados. Primeiro, ao dar o diagnóstico, o médico não pode tirar esperanças da paciente e sim ga-rantir que fará todo possível para dar o melhor tratamento e principalmente que evitará dor, além de atenuar o sofri-mento psicológico. A relação médico--paciente-família deve ser harmoniosa

e o oncologista deve sempre estar

atento aos anseios e dúvidas sobre

coisas que para ela (e) podem ser co-

muns, mas para quem está vivencian-

do o problema toma diversas formas,

prejudicando o resultado esperado.

O tratamento oncológico teve um

avanço extraordinário nos últimos vin-

te anos. Novos exames, novas drogas,

novos paradigmas aumentaram não só

a taxa de cura, mas principalmente re-

duziram muito os efeitos colaterais do

tratamento e os sintomas da doença,

de forma que atualmente podemos

oferecer uma qualidade de vida muito

melhor para a paciente e sua família.

A todas as mulheres, seja você loi-

ra, morena, asiática ou negra, nossa

admiração e a certeza de que vocês,

mulheres, podem superar as adversi-

dades com dignidade e espírito eleva-

do. Parabéns! ♦

dr. eduArdo Johnson buArque

Oncologista - CRM/DF 8086FO

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ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

F io Lifting, também conhecido por fio russo, é um pro-cedimento desenvolvido pelo médico russo Marlen Sulamanidze, que consiste na colocação de fios de

polipropileno de dupla convergência de 1 mm nos tecidos profundos da face, com objetivo de corrigir pequenas áreas de flacidez e manter um grau de suspensão da face.

O procedimento tem a vantagem de atenuar rugas e su-avizar sulcos do rosto, tratar a flacidez do pescoço e levantar as sobrancelhas, de forma extremamente rápida, não sendo necessários cortes, internações e/ou anestesia geral. O Fio Lifting também pode ser utilizado por pessoas mais jovens para prevenir rugas e flacidez na pele da face e pescoço. Já para as rugas em torno dos olhos, o Fio Russo não é indicado.

O fio é introduzido no rosto com a ajuda de uma cânula que atravessa a face seguindo um desenho previamente feito pelo cirurgião no rosto do paciente. O resultado é imediato e a microcirurgia é feita sob anestesia local. Depois da apli-cação, não é necessária a colocação de nenhum curativo ou atadura. Apenas aconselha-se aos pacientes a não fazerem muita mímica facial durante as primeiras duas semanas, tem-po necessário para integrar o fio ao organismo.

Num rosto jovem, a camada de gordura e os músculos estão firmemente ancorados na estrutura óssea, e têm uma capacidade mantida de sustentação. Assim a pele permane-ce na sua posição, e podemos observar características de um rosto jovem, com volume, contorno e um formato ten-dendo ao oval, com pele lisa, sem rugas ou sulcos.

No rosto envelhecido, os músculos ficam flácidos, a ca-mada de gordura cede, e a pele acompanha tudo, ficando também flácida e caída. Aparecem os sulcos, as rugas e as manchas.

O Fio Russo ou Fio Lifting Beramendi, como também é chamado, pode ser utilizado isoladamente, ou associado à Bioplastia e outras técnicas.

liFTinG com Fio rUsso: aLterNativa Para o reJUveNescimeNto

F io Lifting, também conhecido por fio russo, é um pro-cedimento desenvolvido pelo médico russo Marlen Sulamanidze, que consiste na colocação de fios de

polipropileno de dupla convergência de 1 mm nos tecidos profundos da face, com objetivo de corrigir pequenas áreas de flacidez e manter um grau de suspensão da face.

O procedimento tem a vantagem de atenuar rugas e su-avizar sulcos do rosto, tratar a flacidez do pescoço e levantar as sobrancelhas, de forma extremamente rápida, não sendo necessários cortes, internações e/ou anestesia geral. O Fio Lifting também pode ser utilizado por pessoas mais jovens para prevenir rugas e flacidez na pele da face e pescoço. Já para as rugas em torno dos olhos, o Fio Russo não é indicado.

O fio é introduzido no rosto com a ajuda de uma cânula que atravessa a face seguindo um desenho previamente feito pelo cirurgião no rosto do paciente. O resultado é imediato e a microcirurgia é feita sob anestesia local. Depois da apli-cação, não é necessária a colocação de nenhum curativo ou atadura. Apenas aconselha-se aos pacientes a não fazerem muita mímica facial durante as primeiras duas semanas, tem-po necessário para integrar o fio ao organismo.

Num rosto jovem, a camada de gordura e os músculos estão firmemente ancorados na estrutura óssea, e têm uma capacidade mantida de sustentação. Assim a pele permane-ce na sua posição, e podemos observar características de um rosto jovem, com volume, contorno e um formato ten-dendo ao oval, com pele lisa, sem rugas ou sulcos.

No rosto envelhecido, os músculos ficam flácidos, a ca-mada de gordura cede, e a pele acompanha tudo, ficando também flácida e caída. Aparecem os sulcos, as rugas e as manchas.

O Fio Russo ou Fio Lifting Beramendi, como também é chamado, pode ser utilizado isoladamente, ou associado à Bioplastia e outras técnicas.

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 29

QUEM PODE UTILIZAR O FIO RUSSO?As pessoas com flacidez da pele

facial e do pescoço a partir dos 30 / 40 anos de idade, que querem controlar a flacidez, podem utilizar o Fio Russo como opção à cirurgia tradicional de lifting, que pode ficar para uma idade mais avançada. Pacientes com grave Flacidez de face, com cardiopatias, diabetes ou idade avançada que gos-tariam de se submeter a um Lifting da Face Cirúrgico, mas tem contraindica-ção da cirurgia por causa dos proble-mas clínicos, estas também podem se submeter ao Fio Lifting, porque é um procedimento com anestesia local e muito menor do que a cirurgia.

Pacientes com todos os tons de pele, clara, oriental, morena ou negra, podem submeter-se ao procedimento de Fio Russo porque não provoca ci-catriz.

COMO É COLOCADO O FIO RUSSO?A colocação deve ser utilizada em

ambiente propício, com técnicas de as-sepsia rotineiras e sob anestesia local. O paciente vem para o procedimento na hora marcada, e retorna para casa imediatamente após o procedimento. O Fio Lifting é colocado através de mi-crocânulas, que, quando são retiradas, deixa o Fio preso ao tecido flácido.

COMO É A ANESTESIA DO PROCEDIMENTO?

É realizada anestesia local. Pacien-tes muito ansiosos podem ser ligei-ramente sedados. Neste caso, para maior segurança, contamos com a presença de um anestesista, que deixa o paciente dormir, mas de uma forma muito leve.

A TÉCNICA É DOLOROSA?A anestesia local isoladamente

apresenta um certo grau de dor. Para

as pacientes mais intolerantes a dor, ou muito ansiosas, uma sedação associa-da deixa o procedimento mais confor-tável. Por segurança, solicitamos a pre-sença de um anestesista nestes casos.

QUANTOS FIOS SÃO NECESSÁRIOS E QUAL A DURAÇÃO DO PROCEDIMENTO?

O número de fios depende das áreas tratadas e do grau de flacidez, podendo variar também para cada paciente entre 2 a 14 fios. Atualmente com a associação a outras técnicas, temos optado por um número menor de fios. A duração do procedimento vai depender do número de fios a serem implantados. Cada face recebe, por área de tratamento, certo número de fios.

ONDE O FIO É IMPLANTADO PODE FICAR VISÍVEL OU SER SENTIDO PELO TOQUE?

O fio é implantado na camada pro-funda da gordura facial. Não pode ser visível e nem sentido pelo toque.

QUANTO TEMPO É NECESSÁRIO FICAR EM CASA DEPOIS DO PROCEDIMENTO?

Deve-se evitar rir e falar demasia-damente nos primeiros dias. É mantida uma máscara de esparadrapo antia-lérgico que permanece por dois dias. Pode acontecer um pouco de edema e equimoses. Se o paciente quiser, pode voltar ao trabalho imediatamen-te ou no dia seguinte. Por cerca de 30 dias, sente-se a presença do Fio, que é o próprio processo de sustentação da face que mudou. Depois deste tempo não se sente mais nada de diferente.

O LIFTING COM FIO RUSSO, ENTÃO, É PERMANENTE?

À medida que a idade avança, o

tempo continua a provocar desgastes em nosso organismo. Por isso, nenhu-ma técnica de rejuvenescimento estéti-co pode garantir resultados permanen-tes e definitivos.

A longevidade dos benefícios con-quistados com Fio Russo varia em função das características biológicas individuais e do gerenciamento dos fatores de envelhecimento externos (exposição solar, efeito sanfona de re-gimes de emagrecimento, tabagismo). No entanto, caso alguma região volte a "descair", novos Fios Lifting Beramendi de sustentação podem ser implanta-dos em minicorreções de efeitos ainda mais sutis e naturais.♦

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Dr. ThiaGo cÉsar s. caeTaNocrM/DF: 14377 - crM/Go 11921

membro do Conselho Brasileiro de medicina e Cirurgia Estética (Cabmce)

Filiado À International Association Of Aesthetic medicine (I Aam)

membro da Association Franco Brésilienne de médecineet Chirurgie

Esthétique (Afbmce) paris/França

Page 30: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

30 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

30 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

Cuidar da saúde durante a correria do dia-a-dia não é lá uma das tarefas mais simples. Visitas ao médico, exames, vacinas e cuidados especiais, muita vezes, acabam deixados de lado. É aí que o corpo começa a reclamar, e os problemas passam a surgir acompanhados de dores e cansaço excessivo. Obviamente que os cuidados essenciais não podem ser deixados de lado. Mas pequenas atitudes preservam a saúde, evitando diversos males e gerando benefícios para sua saúde. Preparamos uma lista para que você experimente um gostinho a mais de jovialidade, disposição e bem-estar.

mUdanÇas na roTina resUlTam

em graNDes beNeFÍcios

À saÚDe

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 31

AprendA A gostAr de você!Trabalhe o seu autoconhecimento e sua autoestima para

viver melhor. O conceito que temos sobre nós mesmos é definidor de como nos colocamos e nos portamos na vida, define o valor que vamos dar a nossa pessoa, ao nosso trabalho, as nossas opiniões, as nossas vontades, e aos cuidados para o nosso corpo e nossa saúde. E isso faz toda a diferença. Por isso é essencial ter um bom referencial de si mesmo, saber reconhecer seus valores, suas qualidades, e não ficar só se criticando, se cobrando, focado apenas nas suas limitações e dificuldades.

tenhA umA AlimentAção sAudável Comer melhor. O cuidado com o que vai ao seu

prato é um dos pontos centrais para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Aposte em um prato de comida bem equilibrado, principalmente com os ingredientes certos. Os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico. Inclua no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade.

comece A usAr protetor solAr Muitas pessoas ainda insistem em sair de casa sem

o produto responsável por deixar o câncer de pele bem longe e ainda colaborar com a beleza da derme, evitando o envelhecimento precoce. O protetor é um produto básico e essencial no dia-a-dia de todas as pessoas que se preocupam com a saúde e com a beleza da pele. Procure um especialista e utilize produtos de qualidade e com certificação pelas agências reguladoras.

troque seus óculos de sol O uso de óculos de sol protege os olhos dos raios

ultravioletas. "Mas lentes de má qualidade, em vez de proteger, podem causar lesões na retina e até mesmo levar à catarata, por isso a importância de estar sempre atenta à qualidade dos óculos que você está usando. Que tal optar por um modelo novo? Mas para isso, conte com a ajuda de um especialista e prefira modelos com selos de certificação de qualidade”.

durmA bem Uma boa noite de sono é sinal de um dia repleto de

energia. Se você não está conseguindo dormir bem, é preciso descobrir onde está o problema. Só a cura vai garantir dias longe do cansaço. "A insônia causa, no mínimo, irritação e indisposição. Ela se dá por causa das preocupações diárias, problemas psicológicos ou pelo ronco em função de alguma obstrução da via aérea superior ou apneia. Repor as energias do dia com uma boa noite de sono é mais do que importante, é essencial! Segundo pesquisadores, o ideal é pelo menos 7 horas e meia de sono por dia”.

FAçA exercícios Físicos Mexa-se. Os exercícios físicos garantem uma vida muito

mais saudável. Dizer não ao sedentarismo significa afastar de perto doenças como a obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, além de dar mais disposição e energia. O cérebro também fica mais afiado. Segundo estudos recentes, foi comprovado que durante os exercícios o corpo produz uma substância que estimula o nascimento de novos neurônios, o que melhora nossas atividades cognitivas, em especial a memória. E não podemos esquecer que as atividades físicas também deixam seu corpo muito mais bonito e atraente.

guArde o sAlto Alto pArA ocAsiões especiAis O uso constante e indevido de salto sugere problemas

para saúde e podem causar fortes dores nas costas e nas pernas. As dores na região lombar da coluna e nas pernas, decorrentes do encurtamento da musculatura posterior desta região, são, na grande maioria das vezes, causadas pelo uso excessivo de salto alto. Por isso os especialistas indicam deixar os saltos altos apenas para as datas especiais.

controle os nervos e sorriA mAis!Apesar de não ser considerada doença, o estresse pode

favorecer o aparecimento de doenças psicofisiológicas e, por isso, precisa ser observado e controlado. Quanto maior for o nível de estresse, maior será a deterioração física e psicológica da pessoa. O estresse também é fator de risco para os problemas do coração. Sorria para a vida. Nada melhor do que o humor para combater os percalços que aparecem. O bom humor pode manter as pessoas saudáveis e aumentar as chances de uma vida longa.♦

Page 32: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

DisFUNÇÃo Da atmEspecialista em Odontologia Funcional e Arquitetura da face Dr. Rosário Casalenuovo, em entrevista à RPC, fala sobre o assunto que vem despertando cada vez mais o interesse das pessoas

REVISTA PONTO CIRÚRGICO: O QUE É ATM?

DR. ROSÁRIO CASALENUOVO - Articulação Temporo-Mandibular que é a articulação da boca e DTM é a abreviação de Disfunção Temporo- Mandibular.

QUE SINAIS E SINTOMAS ESTÃO RELACIONADOS COM A DISFUNÇÃO DA ATM?

A ATM fica interligada ao ouvido e pode interferir nas suas funções do ouvido, levando a sintomas como zumbido, labi-rintite, perda auditiva.

A ATM PODE SOFRER DORES E ESTALOS DEVIDO AO ESCAPE DO SEU DISCO ARTICULAR. QUAIS AS SUAS CAUSAS?

Os dentes e as funções da boca. Dentes na sua au-sência dos posteriores e a oclusão errada. Nas funções da boca: mastigação com domínio unilateral, dormir com o ros-

ImAG

Em: I

LuST

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IvA

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 33

to apoiado na cama, causando desvio da mandíbula. Ambos os problemas levam a rotação da mandíbula e com isto o côndilo (ATM) se desloca para posterior, causando a compressão da região do ouvido, o que eleva a suas disfunções auditivas.

OS PROBLEMAS DA DISFUNÇÃO DA ATM, ALÉM DE PROBLEMAS ARTICULARES, PODEM GERAR OUTROS SINTOMAS?

A disfunção da ATM causa proble-mas relacionados apenas ao ouvido e à própria ATM. Há alguns anos foi realizada uma pesquisa no Japão que relacionou a disfunção de ATM com o Mal de Alzheimer devido à inflamação crônica da ATM quando deslocada para trás contra uma região de tecido conjuntivo e esta inflamação produz to-xinas que penetra no cérebro através de uma delgada lamina de osso cau-sando agressão química no lóbulo ce-rebral e, para se proteger, esta região produz uma proteína que é o diagnós-tico deste mal.

POR QUE OCORREM DORES DE CABEÇAS, ENXAQUECAS E OUTROS MALES?

Esta pergunta é muito importante para diferenciar os problemas. As do-res na cabeça, pescoço e até mesmo trapézio não têm relação nenhuma com a ATM. Estas dores estão relacio-nadas com o desequilíbrio do sistema Estomatognático. Para explicar melhor deve-se saber a função principal dos dentes que é suporte (apoio) postural, sendo que a mastigação é uma função secundária por ser exercida apenas 1 hora por dia. Os dentes vistos como apoio postural passa a pertencer aos paradigmas da fisioterapia e o crânio,

pescoço e cintura escapular (ombros) passam a estar integrados com a vi-são de cadeias musculares. A mordida quando alterada gera desvio mandibu-lar, podendo causar desconforto e ge-rando apertamento dos dentes ou bru-xismo. A disfunção de ATM é também uma consequência disto.

O BRUXISMO TAMBÉM PODE ESTAR RELACIONADO À DISFUNÇÃO DA ATM?

O bruxismo ou apertamento dos dentes pode levar a DTM (disfunção de ATM) e também dores nas cadeias musculares da cabeça e pescoço.

ALGUNS TIPOS DE ZUMBIDOS NO OUVIDO PODEM TER RELAÇÃO À DISFUNÇÃO DA ATM?

Sim, o zumbido, na maioria dos ca-

sos, está relacionado com a disfunção

de ATM.

COMO CONSISTE O DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO DA ATM?

Para o diagnóstico, levam-se em

consideração dores musculares, nuca,

trapézio, testa, têmpora, face, mandíbula,

fundo dos olhos e na ATM, que é conse-

quência do problema do desequilíbrio fun-

cional da cabeça e pescoço.

Quanto ao tratamento, é muito mais

complexo. Devo alertar que a ORTO-

DONTIA não trata deste problema. Muitos

pacientes estão se submetendo a trata-

mento ortodôntico para tentar melhorar

deste problema, porém pode até desa-

parecer as dores no início do tratamento,

mas tende a voltar depois.

O levante de mordida com prótese ou

resina também não é tratamento de dis-

função. Ao pensarmos em um tratamento

neste tema tem que estar mais dentro do

paradigma das funções, músculos e arti-

culações e menos nos dentes. O melhor

tratamento da disfunção é devolver as

funções e para isto existe tratamento ade-

quado. Este tratamento, por ser funcional,

não camufla os sintomas como acontece

com os medicamentos de dor. Portanto,

é importante iniciar com tratamento fun-

cional e caso continue com alguma dor

deve ser encaminhado para acupuntura e

medicina de dor ou por profissional neuro-

logista. Assim como a fisioterapia.♦

Dr. rosÁrio casaLeNUoVo Jr.CRO/mT 1900 - CRO/DF 8220 15Ortopedia Funcional dos maxilaresFormador do Conceito Arquitetura da Face

FOTO

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AÇÃO

Page 34: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

34 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHERESPECIAL · SAÚDE DA MULHERESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

Exame, considerado tranquilo e rápido, pode salvar a vida do seu filho ou simplesmente tranquilizar as mamães, para proporcionar um fim de gestação mais calmo e confiante na saúde do seu bebê

Ecocardiograma Fetal no rastreamento decardiopatias congênitas

A maior parte das cardiopatias congênitas não é detectada nos exames ultrassonográfi-

cos de rotina. Muito embora saibamos que a Ecocardiografia fetal é muito mais sensível na detecção dessas car-diopatias congênitas, até então, sua indicação era mais restrita ao grupo de alto risco. A Ecocardiografia fetal como exame de rotina pré-natal é um grande passo no diagnóstico das cardiopatias congênitas.

A cardiologia fetal é um capítulo da Medicina Fetal muito peculiar, pois sua prática é totalmente norteada por exa-mes biofísicos. Depende-se, na prática da cardiologia durante a vida intraute-rina, fundamentalmente das técnicas ecocardiográficas, que assumem papel de destaque absoluto. Avanços recen-tes no diagnóstico de malformações cardíacas, principalmente no segundo trimestre da gestação, tornaram-se essenciais para o manuseio correto destes fetos, ainda intrauterino ou logo após o nascimento, e o aconselhamen-to dos pais para futuras gestações. Portanto, através do Ecocardiograma fetal, técnica diagnóstica não invasiva, podemos viabilizar condutas salvado-

ras para o concepto cardiopata, antes ou logo após o nascimento.

As cardiopatias congênitas (CC) es-tão entra as malformações fetais mais comuns, e devido ao seu mau prognós-tico, em muitas ocasiões, contribuem significativamente para a mortalidade perinatal, tornando-se responsáveis por cerca de 10% dos óbitos infantis e metade das mortes por malformação congênita.

A prevalência das malformações cardíacas fetais é estimada em 8 a 9 por 1.000 nascidos vivos (0,8% a 0,9%), sendo os defeitos septais atriais e ventriculares, assim como a estenose pulmonar, as mais frequentes.

É importante salientar, quando se deseja estudar a prevalência total de cardiopatias congênitas, que a preva-lência em natimortos é aproximada-mente 10 vezes maior que em recém--nascidos vivos.

A associação de elevadas taxas de abortamento espontâneo em fetos com cardiopatia congênita é bem co-nhecida. Apesar da pouca informação disponível na literatura, sobre a preva-lência de CC em abortos, estima-se que se somássemos os números co-

nhecidos de CC presente nos abortos, a prevalência global destas seria multi-plicada por cinco.

Sendo considerada de origem mul-tifatorial em mais de 90% dos casos, as malformações cardíacas fetais podem estar associadas principalmente a alte-rações cromossomiais (4% a 5%), ou à exposição a fatores ambientais, como por exemplo, a infecção congênita pelo Vírus da Rubéola (2%). O risco de re-corrência de CC após história anterior de concepto afetado é de cerca de 2% a 5%%.

INDICAÇÕES CLÁSSICASDurante exames e consultas pré-

-natais, poderemos identificar diversos fatores de risco para alterações cardía-cas fetais, caracterizando desta forma um grupo de alto risco para cardiopatia fetal. Nesse grupo de alto risco, resi-diriam as indicações clássicas para a feitura da Ecocardiografia Fetal com Doppler-Colorido, realizada preferen-cialmente entre a 18ª e 20ª semana de gestação, ou por ocasião da ultrasso-nografia morfológica fetal. Embora seja possível realizar o mesmo ao redor da 14ª semana de gestação, por via trans-

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REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA · 35

vaginal, é prudente que o mesmo seja repetido, idealmente após a 28ª sema-na de gestação, podendo inclusive ser realizado até a 40ª semana.

COMO É REALIZADO O EXAMEA gestante é solicitada a deitar-se

de costas, de barriga para cima ou, se isso trouxer desconforto, sobre o lado esquerdo. Seu abdome é exposto, e geralmente é colocada uma toalha de papel junto à região púbica para prote-ger a roupa. Ao lado da mesa de exa-mes está o equipamento de ultrassom - que neste caso chama-se ecocardi-ógrafo - e a cadeira onde se irá sen-tar o examinador. A luz do ambiente é reduzida, para que as imagens na tela sejam mais bem visibilizadas. Geral-mente existe um monitor adicional ou uma tela, colocados de forma a que a gestante, o pai do bebê e, às vezes, os avós, os irmãos ou outros acom-panhantes possam seguir o exame do nenê e que o médico possa explicar o que estará vendo.

Enquanto a paciente é preparada, o cardiologista, em outra sala, estuda os exames anteriores que ela já te-nha realizado, como as ecografias do primeiro trimestre, com a medida da translucência nucal, as ultrassonogra-fias obstétricas de rotina e os exames de laboratório.

O médico, após um diálogo inicial, em que se inteira do andamento da gravidez e de alguns detalhes sobre a gestante, passa um gel sobre o abdo-me, geralmente próximo ao umbigo, para que o ultrassom possa ser con-duzido sem interferências. Este gel é transparente, praticamente inodoro e não causa alergias ou irritação à pele, além de não manchar as roupas com as quais eventualmente entre em con-tato. Em seguida, ele começa o exame propriamente dito, colocando sobre o gel no abdome o aparelho que leva e capta as ondas de ultrassom do eco-cardiógrafo, chamado de transdutor. O transdutor está ligado ao ecocardi-

ógrafo por um fio, e o médico o mo-vimenta sobre a barriga da gestante em várias direções e inclinações, para obter as imagens desejadas. Às vezes, a pressão do transdutor pode causar algum desconforto, em algum ponto específico, e, nesse caso, a gestante deve comunicar o fato ao examinador, que mudará a posição do mesmo. En-tretanto, na maioria das vezes, este é um procedimento indolor e do qual a paciente guarda boas recordações!

O tempo de duração do exame ecocardiográfico fetal é variável, de acordo com a facilidade de observa-ção do coração e do sistema circu-latório daquele bebê específico, que pode ou não estar numa posição fa-vorável. De uma maneira geral, a mé-dia de duração do procedimento é de cerca de 30 minutos, mas há casos em que todos os dados podem ser adequadamente obtidos em um tem-po muito menor, e outros em que o médico precisa de uma hora ou mais para concluir o exame.

Ao analisar tanto os detalhes mor-fológicos (estruturais), quanto os fun-cionais (incluindo função cardíaca e circulatória), além dos vasos que saem do coração e os que entram no peque-no coração, o médico responsável pelo exame tem como descartar a maioria das anomalias possíveis do feto, o que deixa mães e pais muito mais tranqui-los, apesar de nunca assegurar 100% de chance de nada.

A IMPORTÂNCIA DO ESPECIALISTAA Dra. Conceição alerta que o mé-

dico habilitado para a realização e in-terpretação do Ecocardiograma Fetal deve ser o cardiologista pediátrico, que, em Brasília, ainda infelizmente, é uma especialidade pouco encontrada, com treinamento específico em cardio-logia fetal. É importante que a pacien-te sinta-se segura e que o exame seja realizado por profissional experiente, com adequada vivência na especiali-dade e profundo conhecimento teórico

e prático tanto em situações normais, quanto em caso de existir alguma anor-malidade. Só assim a gestante terá a certeza que obterá TODAS as informa-ções de que ela, sua família e seu obs-tetra necessitam para a programação da conduta a seguir. De uma maneira coerente, não é aceitável, nem ético, que um médico não especializado as-suma a responsabilidade pelo laudo de um Ecocardiograma Fetal.

De acordo com a Dra. Conceição, os principais fatores de risco para as cardiopatias congênitas fetais são dia-betes mellitus, Idade materna após 40 anos, história familiar de doenças cardíacas, Infecções maternas como Coxsackie vírus, Echovírus, Parvovirus, Herpes, Citomegalovírus, Rubéola, Sarampo, Catapora, vírus da AIDS, ví-rus da gripe, ou influenza, Toxoplasmo-se, doenças do colágeno com LUPUS, Translucência Nucal alterada, arritmia cardíaca fetal, uso de medicações pela gestante como, lítio, indometacina, fe-nilbutazona, aspirina, além do fumo, álcool e alterações no ultrassom como: retardo de crescimento intrauterino e alterações no líquido amniótico.♦

Dra. conceição de Maria X. PereiracrM/DF 4489

Especialista em pediatria – TEpTítulo emitido pela

Sociedade Brasileira de pediatria

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: C.m

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AES

Page 36: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

36 · REVISTA PONTO CIRÚRGICO SAÚDE & ESTÉTICA

ESPECIAL · SAÚDE DA MULHER

A Farmacotécnica conta com produtos voltados especialmente para este público vaidoso por natureza

linha de produtos dedicada exclusivamente ao público feminino

E xistem várias teorias que dão con-ta da origem do Dia Internacional

da Mulher, comemorado no mês mar-ço. Segundo historiadores, no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque, nos EUA, fizeram uma gran-de greve. Ocuparam a fábrica com o intuito de reivindicar melhores condi-ções de trabalho, tais como, redução na carga diária para dez horas (as fá-bricas exigiam 16 horas de trabalho diário); equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a

receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho); e tratamento digno den-tro do ambiente de trabalho. A mani-festação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, incendiada minutos depois. Aproximadamente 130 tecelãs morre-ram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

O "Dia Internacional da Mulher" passou, portanto, a ser comemorado, a partir de 1975, por meio de um de-creto da Organização das Nações Uni-das (ONU), no dia 8 de março, em ho-menagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857.

De fato, muita coisa mudou de lá pra cá. Mas a vaidade continua, desde sempre, representando uma caracte-rística marcante das mulheres.

Pensando em atender este público, há mais de dez anos, a Farmacotécnica criou a linha de cosméticos Kosmein. Suas fórmulas extraem da natureza o que há de melhor em matéria-prima e são elaboradas com produtos que tratam toda a extensão do corpo. Na sua concepção, a linha Kosmein utiliza bioativos – produtos que reconstroem e estimulam a pele, os cabelos e outras regiões de tratamento cosmético, bus-

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receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho); e tratamento digno den-tro do ambiente de trabalho. A mani-festação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, incendiada minutos depois. Aproximadamente 130 tecelãs morre-ram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

passou, portanto, a ser comemorado, a partir de 1975, por meio de um de-creto da Organização das Nações Uni-das (ONU), no dia 8 de março, em ho-menagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857.

cando mimetizar as condições ideais de funcionamento.

Os produtos atuam nas estruturas externas do corpo (pele e cabelos) de forma idêntica aos processos vitais, au-xiliando o metabolismo. O resultado é o prolongamento da juventude e o retar-do do envelhecimento da pele.

A farmacêutica da Farmacotécni-ca Luciana Zanetti Rocha Pitta conta que o estresse da vida moderna aju-da a baixar a imunidade e as defesas naturais da mulher, deixando-as mais vulneráveis e suscetíveis a doenças e desequilibrando a flora vaginal. A Far-macotécnica desenvolveu, então, o sabonete íntimo Higiella. “Com um pH ideal para a mucosa vaginal, o produ-to promove uma higiene mais eficaz, confere uma sensação de limpeza du-radoura e contribui para a manutenção da saúde íntima.” explica.♦

Page 37: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39
Page 38: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

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Page 39: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Saiba como você pode ajudar no combate à dengue:

FACA DO COMBATE À DENGUE UM HÁBITO.Se você não agir, sua casa pode se tornar uma ameaça à saúde de sua família e de

toda a vizinhança. Tire dez minutos da sua semana para salvar vidas, inclusive a sua.

Mantenha a caixa-d’água bem fechada. Coloque também uma tela no

ladrão da caixa-d´água.

Mantenha bem tampados tonéis e barris de água.

Lave semanalmente por dentro com escova e sabão

os tanques utilizados para armazenar água.

Encha os pratinhos de vasos de plantas com

areia até a borda.

Coloque areia dentro de todos os cacos que

possam acumular água.

Outra opção para os pratinhos de plantas é lavar com escova, água e sabão

uma vez por semana. Avalie também a possibilidade

de eliminar os pratos.

Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

Não deixe água acumulada sobre a laje.

Troque a água dos vasos de plantas aquáticas

e lave-os com escova, água e sabão uma

vez por semana.

Mantenha as garrafas com a boca virada

para baixo, evitando o acúmulo de água.

Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a

lixeira bem fechada.

Feche bem os sacos de lixo e deixe-os fora do

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Page 40: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

40 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

O que é catarata e como enxerga a pessoa que tem essa doença?

Ser portador de catarata significa estar em processo de perda da transparência do cristalino. Como o próprio nome diz, o cristalino é transparente e é a nossa lente natural in-traocular, uma das partes responsáveis pelo foco da imagem no fundo do olho.

A visão de quem tem a catarata pode se manifestar de diversas formas: no início, pode não dar sintomas. Na me-dida em que avança, pode trazer uma perda da visão de contraste, uma diminuição da visão de cores, e, o que é mais comum, um embaçamento visual, com a sensação de “né-voa”. A baixa de visão, propriamente dita, pode se dar com uma dificuldade ao longe, através do processo de “miopiza-ção”, ou pela própria opacidade do cristalino, que reproduz uma visão anormal ao longe e ao perto. Alguns pacientes referem também à presença de halos noturnos e de intenso ofuscamento visual.

No geral, a catarata aparece em pessoas depois dos 50 anos, mas ela pode acometer também pessoas mais jovens. Por que ela aparece numa idade mais precoce?

O aparecimento da catarata pode acontecer em qualquer faixa etária. Pode ser congênita, inclusive, relacionada a cau-

sas infecciosas como a rubéola, a síndromes autossômicas com múltiplos acometimentos no organismo.

A catarata precoce pode ser desencadeada pelo uso de determinadas medicações, como o corticoide.

Traumas contusos ou perfurocortantes também provo-cam catarata precocemente.

Há também fatores genéticos, que influenciam na idade de aparecimento. Determinadas famílias possuem um pa-drão de acometimento precoce pela perda de transparência do cristalino.

Algumas pessoas parecem que se acostumam com a perda de visão discreta e vagarosa. Isso não retarda o diagnóstico e o tratamento?

Sim, há pessoas que demoram muito tempo para procu-rar um oftalmologista. De um modo geral, a catarata evolui ao longo de anos. Até que os sintomas sejam percebidos pelo paciente, podem-se passar vários anos.

eNTreVisTa | DR. mARIO pACINI

catarata, uma cegueira reversível.A visão é um dos mais importantes sentidos dos quais dispomos para interagirmos com o mundo à nossa volta. Para seu bom desempenho, é indispensável que os olhos estejam funcionando perfeitamente. Em entrevista à Revista Ponto Cirúrgico, o Dr. Mario Pacini esclarece algumas dúvidas sobre a Catarata, doença que é considerada a principal causa de cegueira reversível no Brasil e no mundo, especialmente em pessoas acima dos 60 anos

Page 41: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

41reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Esses colírios comuns à venda livremente nas farmácias, que as pessoas pingam para refrescar os olhos, oferecem algum risco para o desenvolvimento da doença?

Os colírios lubrificantes, que não contêm vasoconstritores, podem ser usados livremente, sem riscos maio-res ao olho em longo prazo.Os colírios ‘clareadores’ também não comportam grandes riscos; somente deixam o olho cronicamente vermelho e dependente do colírio.

Já os colírios com corticoide são os mais perigosos. Podem causar glau-coma e catarata, se forem usados por longo período e sem acompanhamento médico. Estes colírios são prescritos, por tempo determinado, para conjun-tivites alérgicas e infecciosas.

Feito o diagnóstico de catarata, imediatamente se propõe a cirurgia? E Como é feita a cirurgia atualmente?

Não necessariamente. A cirurgia é proposta, quando a catarata traz al-guma restrição visual, ou quando traz ameaça de alta súbita da pressão in-traocular.

A cirurgia é realizada com anestesia local, com colírios e géis anestésicos e sob sedação leve. O procedimento, em si, leva de 10 a 20 minutos. Uma aber-tura de pouco mais de 2 milímetros é feita na córnea para possibilitar a aspi-ração do núcleo e das massas do cris-talino, após ter sido feita uma abertura da cápsula anterior do cristalino. Após a remoção do material cristaliniano, é implantada uma lente intraocular do-brável no saco cristaliniano remanes-cente, que lhe dará estabilidade. Não há suturas e não é necessário ocluir o olho.

Antigamente a pessoa que se submetia à cirurgia de catarata passava vários dias no hospital. Hoje, é operada de manhã e vai para casa à tarde. Como é o pós-operatório dessa cirurgia?

A cirurgia é pouco invasiva, mui-to rápida e com anestesia muito leve. Assim sendo, o paciente pode ter alta,

logo após o término do procedimento.O pós-operatório é bastante con-

fortável e geralmente indolor. É neces-sário pingar colírios anti-inflamatórios e antibióticos no pós-operatório durante um mês.

Alguns cuidados devem ser observados:• Evitar coçar o olho operado.• Não realizar atividades físicas durante um mês.• Não carregar peso excessivo.• Cuidado ao dirigir, pois a sua visão estará modificada e leva-se um tempo para se acostumar.

Por que é operado um olho com catarata de cada vez e nunca os dois juntos? E Quanto tempo deve ser respeitado entre uma operação e outra?

Embora seja uma cirurgia rápida e segura, não é isenta de riscos. Há um

risco de inflamação no pós-operatório. O adequado é que se aguarde, ao me-nos, 15 dias entre as operações para que o paciente se sinta seguro de que não haverá infecção ou inflamação, en-volvendo os dois olhos operados.

Algumas pessoas têm medo de realizar a cirurgia de catarata. Quais são os riscos da cirurgia de catarata?

Os riscos importantes relaciona-dos à cirurgia da catarata são peque-nos. Há riscos de inflamações leves e inespecíficas no pós-operatório. O edema de mácula já é uma complica-ção menos frequente e pode se dar ao longo dos três primeiros meses da cirurgia. Infecções intraoculares são muito graves, mas, felizmente, muito raras. Acontecem na proporção de um a cada 3000 cirurgias.

A lente intraocular pode ter algum problema de posicionamento, em vir-tude de alguma intercorrência durante o ato operatório, o que pode levar a uma nova intervenção para reposicio-namento.

Qual a sua mensagem final para os pacientes que sofrem com essa doença?

A catarata é uma condição muito comum e muito abordada, atualmente. É considerada uma das cirurgias mais executadas, levando-se em considera-ção todas as especialidades cirúrgicas.

Houve um enorme avanço tecno-lógico, em termos de equipamento cirúrgico, de lentes intraoculares e de insumos usados na cirurgia. Toda esta evolução levou a um perfil de segu-rança muito alto e de satisfação muito grande por parte dos pacientes.

Hoje podemos ter grande precisão na correção do grau, eliminando, em muitos casos, a necessidade de corre-ção com lentes corretivas.

Lembrem-se, no entanto, de que não se trata de um ato cirúrgico banal e que somente deve ser realizado, quan-do houver uma perda da função visual sentida pelo paciente ou se houver pe-rigo de glaucoma agudo.♦

Dr. Mario Pacini NetocrM/DF 11 604

Especialista em Catarata e em Doenças da Retina e do vítreo do

Hospital Oftalmológico paciniChefe do Serviço de Retina e

vítreo do Hospital Oftalmológico pacini

Page 42: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

42 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Seja de grau ou de sol, os óculos viraram um acessório que garante charme e impõe personalidade. Os óculos ideais têm de ter a cara da pessoa, e isso não significa apenas escolher um modelo que combine com o formato do rosto. Para escolher bem, deve ser levada em conta a personalidade da pessoa.

As pessoas mais extrovertidas geralmente gostam de brincar com materiais, cores. Tudo é liberado e toda ousadia é permitida. Já os tímidos preferem os modelos mais discretos. A recomendação para quem precisa usar o acessório constantemente é ter dois, três modelos de óculos diferentes: Um para o dia-a-dia, outro para eventos sociais, que podem ter mais personalidade e um charme a mais e também o solar. Para o dia-a-dia, prefira os mais discretos sem esquecer do conforto e segurança para a saúde dos seus olhos.

Além de saber o formato do rosto para escolher o modelo de óculos ideal, é preciso observar outros detalhes, como a altura das sobrancelhas e nariz, o formato dos olhos e também a tonalidade da pele e dos cabelos. O nariz é quem equilibra os óculos. Por isso, o modelo escolhido deve ser bem confortável, já que óculos que incomoda no nariz atrapalha tanto quanto sapato apertado.

Tão importante quando a beleza da armação dos óculos é a lente. Alto grau de miopia requer lentes mais grossas, o que pesa um pouco no visual. Portanto, na hora de escolher é preciso saber combinar bem todos os elementos para garantir

Na hora da escolha, é preciso combinar o modelo com o formato do rosto, levar em conta sua personalidade e principalmente a qualidade das lentes.

como escolHer o moDeLo De ÓcULos iDeaL

harmonia. Um óculos de grau forte não deve ser muito grande, por exemplo. Não se esqueça que é essencial escolher lentes de qualidade. Se os óculos de sol não tiverem lentes de qualidade, não oferecerem a proteção correta e não tiverem filtros de proteção adequados, podem causar danos ao globo ocular prejudicando a visão.

Infelizmente não é possível notar visivelmente se uma lente solar não é de boa qualidade, mas a pessoa logo poderá perceber se elas forem ruins e de má qualidade. Essas lentes podem provocar diversos sintomas como dores de cabeça, enjôos, devido a oscilações ou primas nas lentes. Um Perigo maior ainda é em relação a má qualidade da proteção UVA, UVB e UVC das lentes , que é imperceptível olho nú. O barato pode sair caro. As lentes compradas de camelôs podem funcionar como prismas, aumentando o potencial do raio solar sobre o olho prejudicando a qualidade da saúde de sua visão.

Na hora de comprar seus óculos procure lugares especializados: veja se ele tem certificado de qualidade e filtros de proteção UVA, UVB e UVC. Estes filtros impedem a exposição excessiva ao sol e ajudam na prevenção de doenças oculares como a catarata, que pode levar à cegueira.

E Lembre-se que você não deve se adaptar aos óculos porque ele é bonito e sim porque os óculos devem se confortáveis ao seu rosto, acompanhar seu estilo e principalmente oferecer a proteção necessária à saúde da sua visão.♦

DA REDAÇÃO

Dicas | muLHER

Page 43: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Óticas Brasiliense,sua nova visão em Brasília.

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Page 44: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

44 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Em breves perguntas e respostas, especialista esclarece dúvidas acerca do assunto

o que É A colonoscopiA? Colonoscopia ou Videocolonoscopia é um exame endoscó-pico que permite a visualização do interior do intestino gros-so (reto e cólons) e porção final do intestino delgado (íleo) utilizando-se um aparelho chamado colonoscópio.

pArA que serve A colonoscopiA?O exame é usado para diagnosticar e tratar problemas no seu intestino grosso tais como:• Determinar causas de dor abdominal, sangramento retal ou mudanças no hábito intestinal• Detectar câncer de cólon • Detectar e tratar pólipos intestinais• Obter amostras do intestino para exames (biópsia)

COLOpROCTOLOGIA

você já se submeteu a uma colonoscopia?

CÓLONS

RETO

COLONOSCÓPIO

ÂNUS

ILu

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AÇÃO

: mER

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TE IL

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RAT

IvA

no brasil, segundo o instituto nacional do câncer, em pesquisa em 2010 foram

estimados cerca de 30.000 novos casos de câncer do intestino grosso. na maioria dos

casos, estes tumores poderiam ser tratados e curados, desde que diagnosticados

precocemente. grande parte destes tumores se inicia a partir de pólipos, que

são lesões benignas que crescem na parede interna do intestino grosso. uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores

seria a detecção precoce e a remoção dos pólipos antes deles se tornarem malignos. o

exame padrão ouro para a realização desta conduta é a colonoscopia.

Page 45: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

45reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

• Detectar localização e estancar sangramentos de intestino grosso• Monitorar resposta ao tratamento de doenças inflamatórias intestinais

“Pessoas a partir de 50 anos de idade ou mais jovens com casos de câncer de cólon na família deverão se submeter à colonoscopia preventiva”

como É FeitA A colonoscopiA?A Colonoscopia é realizada com a utilização de um tubo longo e flexível chamado colonoscópio, o qual é introduzi-do através do reto. O aparelho possui uma microcâmera de TV que envia imagens do seu intestino para um aparelho de vídeo colocado à frente do médico examinador. O exame poderá ser gravado e fotos são rotineiramente colhidas para documentação. O aparelho é dotado de canais que poderão ser usados para coleta de amostras de tecidos e para a reali-zação de procedimentos como extração de pólipos.

o exAme requer prepAro prÉvio?Para a realização da Colonoscopia o intestino (cólon) deverá estar completamente limpo. O preparo ou limpeza do intes-tino é realizado geralmente em casa, de modo muito sim-ples, seguindo orientação e prescrição médica por escrito que consiste em:

1. Dieta sem resíduos (evitando casca de frutas, de verduras e legumes, alimentos integrais).2. Líquidos em abundância (água, chá, água de coco, sucos sem resíduos e líquidos energéticos).3. Laxativos (os que foram orientados pelo medico que o examinara).

Você deverá informar antecipadamente ao médico exami-nador sobre o uso de medicamentos, sobretudo aqueles que alteram a coagulação do sangue como, por exemplo, aspirina e anticoagulantes, assim como medicamentos para diabetes e controle da pressão arterial também deverão ser informados.

este exAme É doloroso?Em determinados momentos o exame poderá provocar desconforto e mesmo dor. Em nosso serviço, um médico anestesiologista estará presente ao seu lado durante todo o procedimento, ministrando-lhe medicamentos analgésicos e sedativos sempre que necessário tornando o procedimento confortável e seguro.

quAl A durAção do exAme?Em média, o exame dura de 20 a 30 minutos, podendo se prolongar em casos especiais ou quando é necessária a rea-lização de biópsias ou extração de pólipos.Ao final do exame, você permanecerá em uma sala de re-pouso; recebe um pequeno lanche e, tão logo seja possível, receberá alta com instruções do médico examinador e do anestesiologista. O paciente, após a alta, só poderá sair do estabelecimento acompanhado de um familiar.

quAis são os cuidAdos Após o exAme?Volte a alimentar-se normalmente, salvo restrições determi-nadas pelo seu médico.Volte o uso dos seus medicamentos habituais, salvo restri-ções por parte do médico examinador.Em vista do uso de medicamentos sedativos durante o exa-me, evite dirigir veículos, operar máquina, ou tomar decisões importantes pelo resto do dia.Caso tenha sido colhido material para exames (biópsias), você será informado.

Avise A seu mÉdico:• Se houver sangramento pelo reto.• Em caso de dor abdominal importante.• Se você tiver febre e ou calafrios.• Se você se sentir impossibilitado em eliminar gases e/ou fezes.

dr. pAulo sÉrgio mArtins de oliveirAColoproctologista - CRM/DF 3825

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Page 46: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

46 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Dicas De SAÚDE

males QUe mais ameaÇam a saÚDe Dos brasiLeirosUma pesquisa divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 59,5 milhões de brasileiros (31,3% da população no Brasil) têm alguma doença crônica - problemas que geralmente se desenvolvem de

forma lenta e duram por muito tempo, como hi-pertensão, diabetes, obesidade e problemas car-diovasculares. Essas doenças apresentam nú-meros cada vez mais preocupantes. A seguir, veja como se proteger e passar longe desses males:

Um estudo recente da Sociedade Brasileira de Diabetes constatou que 11% dos bra-sileiros são diabéticos e que mais de 60% deles não sabem que têm a doença. Pes-soas que sofrem com o diabetes precisam se conscientizar que alimentação equilibra-da, peso saudável e atividade física são a chave para o controle e prevenção da do-ença. A diabetes é uma doença crônica e que não tem cura, mas tem controle. Por isso, cuide-se. Tome sua medicação cor-retamente, faça dieta, evite açúcares, do-ces e não deixe de realizar atividade física. Consulte seu médico.♦

Estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano, no Brasil, são decorrentes do taba-gismo. O número de fumantes varia en-tre 12,5 a 25,2% em pessoas acima dos 15 anos, dependendo da região do país. Quem quer viver com saúde precisa deixar de fumar. O ato de fumar não atinge só o fumante, as pessoas a sua volta também são prejudicadas. largar o cigarro é um processo lento, porém, a força de vontade e a determinação são os principais itens para conseguir parar de fumar. Vale lem-brar que procurar ajuda também pode ser uma solução. Consulte seu médico.♦

diAbetes:

tAbAgismo:

DA REDAÇÃO

Page 47: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

47reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Um problema que cada vez afeta mais a população mundial, a obesidade represen-ta um fator de risco de várias doenças crô-nicas. No Brasil cerca de 43,3% das pes-soas, com mais de 18 anos, que vivem nas capitais brasileiras estão com sobrepeso. É preciso comer menos, ter uma alimen-tação balanceada, fazer atividade física regular e fazer avaliação clínica periódica para combater a obesidade e diminuir os riscos de problemas que o sobrepeso traz para saúde. Consulte sempre seu médico ou nutricionista para controlar o seu perfil nutricional.♦

Um problema que atinge mais de 47% das pessoas com mais de 50 anos no Brasil. Os problemas relacionados à pressão arterial acabam dando origem a uma série de ou-tros males, como arteriosclerose , derrame e até infarto do miocárdio. Controlar a hipertensão com remédios é rotina na

vida de 1/4 dos brasileiros e o acompanhamento médico é essencial para que as complicações não apareçam. Verifique a sua pressão arterial mensalmente, evite o excesso de peso e mantenha uma alimentação saudável. Consulte sempre seu cardiologista.♦

obesidAde:

hipertensão:

Page 48: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

48 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

ENSINO E SAÚDE

o mercado de trabalho para um técnico em análises clínicas no Distrito Federal é bastante

promissor. A tendência é que as opor-

tunidades de emprego aumentem para

as pessoas capacitadas, que podem

desenvolver diversas funções dentro

dos laboratórios e também em outros

segmentos. Atento a essa demanda, o

Senac-DF forma esses profissionais.

A importância de fazer um curso

técnico para atuar nessa área pode ser

comprovada na hora da contratação.

Alguns estabelecimentos exigem a ins-

crição profissional, que somente é obti-

da se a pessoa tiver o diploma do curso,

principalmente no caso de aprovações

em concursos públicos. “Os estabeleci-

mentos dão preferência ao profissional

capacitado pelo fato de seus conheci-

mentos teóricos estarem associados à

prática”, destaca a supervisora pedagó-

gica do Senac-DF, Eva Maria Alves de

Souza Lima.

O técnico em análises clínicas atua

em laboratórios públicos e privados,

como laboratórios hospitalares, veteri-

nários, de biologia molecular, de análise

de solo e água e de controle de qualida-

de em indústrias, entre outros. “A remu-

neração inicial pode variar de R$ 600 a

R$ 800. Se o técnico trabalhar em plan-

mercado promissor para técnico em análises clínicas

Crédito da foto: Rafaela Zakarewicz/Senac Divulgação

tões, a variação é de R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil. Os profissionais aprovados em concursos públicos chegam a receber entre R$ 1,5 mil e R$ 2,6 mil”, destaca Eva Lima.

Entre as funções exercidas pelo técnico estão: recepcionar, orientar e coletar do cliente as diversas amostras biológicas como sangue, urina, fezes e outras; realizar atividades de análises microbiológicas, morfológicas, químicas e físicas de fluidos e tecidos orgânicos em laboratório; auxiliar e executar ati-vidades padronizadas de laboratórios – automatizadas ou técnicas clássicas – necessárias ao diagnóstico nos setores

de parasitologia, microbiologia, imuno-logia, hematologia, bioquímica, biologia molecular e urinálise.

O Senac-DF oferece o curso Técni-co em Análises Clínicas com carga ho-rária de 1.440 horas, incluindo prática, estágio supervisionado e material des-cartável. “Os diferenciais do curso do Senac são os professores capacitados – como farmacêuticos, biomédicos e biólogos, com atuação no mercado de trabalho, laboratórios com capacidade real de aprendizagem das práticas e possibilidade de participação em feiras e eventos, sempre com a visão na for-mação profissional”, afirma Eva Lima.♦

POR SILVIA MELHO

Page 49: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

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FAÇA A DIFERENÇA COM UM CURSO DO SENAC-DF!TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICASÉ o pro� ssional que orienta o cliente/paciente, coleta, recebe, prepara, processa e transporta as amostras biológicas e assiste ao bioquímico ou patologista na execução das análises clínicas.

Carga Horária: 1.440h – Incluindo prática, estágio supervisionado e material descartável

Requisitos de Acesso: Idade mínima de 17 anos e estar cursando, no mínimo, o 3º ano do Ensino Médio.

Próxima turma: segundo semestre de 2012

- LABORATÓRIOS COM EQUIPAMENTOS MODERNOS;- AMBIENTES PEDAGÓGICOS QUE SIMULAM SITUAÇÕES REAIS DE TRABALHO;- TEORIA E PRÁTICA AO MESMO TEMPO;- DOCENTES EM CONSTANTE APERFEIÇOAMENTO;- METODOLOGIA ADAPTADA ÀS EXIGÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO.

Page 50: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

50 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

cirUrGia do ombro artroPLastia reversaOs anos 80 marcaram a modernização dos componentes da prótese reversa com os modelos de Grammont, mas foi somente a partir da terceira geração dessas próteses que foi definindo como sendo a melhor maneira de tratar as artropatias do manguito rotador

ORTOpEDIA

H istoricamente, a primeira substituição protética do om-bro foi realizada no século

XIX, na França, por Jules Emile Péan para tratamento de uma infecção tu-berculosa. Mas foi a partir dos traba-lhos de Charles Neer, na década de 50, que houve um avanço no estudo das artroplastias do ombro, tendo sido o primeiro a reconhecer a necessidade da integridade das estruturas periarti-culares como sendo de extrema impor-tância para sua estabilidade e um bom resultado funcional.

Os maus resultados obtidos nas artroplastias do ombro com modelos anatômicos, na presença da lesão irre-parável do manguito rotador, foram os principais motivadores para o início dos estudos do desenvolvimento de mo-delos de próteses que buscasse uma melhor estabilidade com consequente melhora na função.

O conceito de prótese reversa re-porta aos anos 70, inicialmente com Neer, em 1970, com três modelos, se-guido por trabalhos de outros autores como Reeves, Gérard e Lannelongue, em 1972, Kölbel, em 1973, Kessel, Bayley-Walker, Beddow, em 1975, fechando a década com a prótese de

Dr. eDMoN F. M. araUJo ortopedista - crM/DF 10961Cirurgião do Ombromembro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologiapreceptor da Residência médica em Ortopedia e Traumatologia SES/[email protected]

Page 51: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

51reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Gristina. Contudo, os modelos apre-sentados ofereceram pouca melhora da função e foram abandonados após algumas séries de casos.

Foi a partir de 1985, com Paul Grammont, que se desenvolve o con-ceito de reversão e os princípios bio-mecânicos de medialização e rebaixa-mento do centro de rotação do ombro. Então, os anos 80 marca a moderniza-ção dos componentes da prótese rever-sa com os modelos de Grammont, mas foi somente a partir da terceira geração dessas próteses que foi definindo como sendo a melhor maneira de tratar as ar-tropatias do manguito rotador.

Trabalhos de Gerber, em 2005, e de outros autores apontam para o desgas-te inferior do polietileno por colisão com colo da escápula, e que levaram a no-vos conceitos de prótese duocêntrica e novos modelos que procuram corrigir o impacto inferior na glenoide.

As indicada para artroplastia rever-sa do ombro são bastante específicas. Está indicada, sobretudo, para artropa-tia do manguito rotador (Figura 1), que consiste nas alterações degenerativas da articulação glenoumeral, decorrentes da lesão não reparada do manguito ro-tador, que é traduzida clinicamente por dor e grave incapacidade de elevação do ombro, Visotsky et al 2004. Outras indicações são: revisão de próteses

convencionais e sequelas de fraturas, Boileau et al 2006.

 Fig. 01 - Artropatia do manguito rotador

Esse método de tratamento deve ser sempre realizado por um cirurgião de ombro experiente em artroplastias. Tecnicamente exige um treinamento especializado e é necessário que haja uma indicação absoluta e seja executa-da dentro de um rigor técnico para que possam ser alcançados os bons resul-tados citados pela literatura.

No Brasil, a artroplastia reversa tem sido realizada com sucesso des-de 2007, quando o primeiro modelo de prótese reversa foi aprovado no país, sendo ainda oferecida por poucos ser-viços no país.

No ano de 2008, após treinamento no Brasil e no exterior, realizei os pri-meiros casos de artroplastia reversa do ombro em Brasília e, deste então, seguir com uma série de casos com indicação única na artropatia do man-guito rotador e conseguimos repro-duzir resultados excelentes quando comparados aos da literatura mundial (Figura 2.1 a 2.3).

 

Fig. 2.1 - Artropatia do manguito rotador

 Fig. 2.2 - modelo Arrow

Em suma, a artroplastia reversa do ombro trata-se de uma técnica extre-mamente exigente e, apesar da técnica já estar bem definida, alguns ajustes são necessários durante todo o proce-dimento, o que torna a curva de apren-dizado mais longa, não sendo indicada para cirurgiões pouco experiente.♦

 

 Fig. 2.3 - Artropatia do manguito

rotador - modelo exatech

a artroplastia reversa do ombro trata-se de uma técnica extremamente exigente e, apesar da técnica já estar bem definida, alguns ajustes são necessários durante todo o procedimento,

Page 52: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

52 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

TERMINOLOGIA M…DICA

Tumorigênese. Do latim tumor (inchação) e génesis, (origem), significa literalmente origem do tumor – qualquer que seja, canceroso ou não. Termo existente na linguagem médica, o que lhe dá legitimidade de uso. Exemplos:

O papel do vírus Epstein-Barr na tumorigênese humana (Medicina, Ribeirão Preto, 2003;36:16)

Apresentamos de forma didática os principais mecanis-mos controladores do ciclo celular e do crescimento, definin-do a importância de oncogenes erroneamente ativados e de genes supressores tumorais perdidos ou não funcionantes, dos genes envolvidos na programaçäo e manutençäo da vida celular e de outros genes que atuam no processo de tu-morigênese (Arq. Bras. Endocrinol. Metab, 2002;46(4):351).

Quanto aos mecanismos de tumorigênese hipofisária, a disputa entre causa primária hipotalâmica versus hipofisária ganhou força a favor da segunda graças às evidências da monoclonalidade dos tumores, juntamente com outros argu-mentos como a ausência de tecido hiperplásico circundando o adenoma cirurgicamente removido e a relativa independên-cia do controle hipotalâmico (Arq. Bras. Endocrinol. Metab, 2005;49(5):615).

Sua formação vocabular pode ser apontada como hibri-dismo por ser nome constituído de um termo latino e outro grego. O prefixo tumori- está bem formado por seu término em i, próprio dos elementos de composição de origem lati-na. Por esse motivo, a forma tumorogênese, encontrável na literatura médica, é questionável. Tumorigênese pode ter in-fluência do inglês tumorigenesis, que tem o mesmo sentido.

Nos dicionários, existem (1) oncogênese, termo mais conhecido e mais amplamente usado e mais bem formado por serem seus termos provindos de idioma único – o grego (onkós, massa, inchação e génesis, origem); (2) oncogenia, com o mesmo sentido. Ambos significam processo de ori-gem e desenvolvimento de uma neoplasia (Houaiss, 2009). Exemplos:

Os resultados confirmam a relevância dos genótipos pa-

O Vocabul· rio Ortogr· fico da LÌngua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras (VOLP, 2009) d· registro desses ˙ltimos termos, o que lhes d· preferÍ ncia, sobretudo em relatos formais, mas sem exclusividade

tUmorigÊNese oU oNcogÊNese?

siMÔNiDes baceLarmédico, pesquisador em Língua portuguesa,

Serviço de Apoio Linguístico, uNB

togênicos cagA e vacA do H. pylori para lesões orgânicas significativas tais como o câncer gástrico, sugerindo a parti-cipação dessa bactéria na cadeia de eventos da oncogênese gástrica (J Bras Patol Med Lab, 2006;42(1):25).

O ciclo celular também pode ser alterado pela ação de vírus, entre eles o HPV (human papilloma virus), de especial interesse na oncogênese cervical (Revista Brasileira de Can-cerologia, 2001;47(2):179).

Ainda que não exista comprovação experimental da on-cogenia do HHV tipo 1 (HHV1) na pele, algumas evidencias sugerem sua participação em neoplasias cutâneas, atuando como cocarcinógeno na inativaçãode genes supressores tu-morais, interferindo no ciclo celular e nos mecanismos de reparação do DNA (An Bras Dermatol, 2009;84(2):138)..

O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras (VOLP, 2009) dá registro des-ses últimos termos, o que lhes dá preferência, sobretudo em relatos formais, mas sem exclusividade.

O termo carcinogênese está registrado no VOLP, bem como concorre com amplo uso na literatura médica. Indi-ca tumor canceroso. Do grego karkínos, caranguejo, câncer Exemplos:

O papilomavírus humano (HPV) exerce um papel cen-tral na carcinogênese do colo uterino (Rev Assoc Med Bras 2002;48(1):73).

Apesar do aprimoramento das técnicas de detecção do HPV nas lesões de mucosa oral, o seu envolvimento direto com os carcinomas orais não foi ainda devidamente com-provado, todavia a sua ação sinérgica com outros carcinó-genos químicos e físicos, tais como o fumo e o álcool, em determinados carcinomas epidermóides nos parece o ca-minho mais correto para explicar a ação do papilomavírus humano na carcinogênese oral (Rev Bras Otorrinolaringol. 2003;69(4)553).

É bem conhecido entre bons autores que inexistem sinô-nimos perfeitos. Nesse contexto, podem talvez ser alinhadas as seguintes diferenças entre esses termos. Tumorigênese – origem de um tumor ou massa tumoral maligna ou não; oncogênese – origem de neoplasia, maligna ou não, desde seu contexto molecular e celular; carcinogênese – origem de neoplasia maligna; oncogenia – situação em que se contem-pla a formação de um tumor maligno ou não, já que o sufixo de origem grega -ia indica afecção, estado, condição.♦

Page 53: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

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Page 54: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

Se você planeja visitar a capital espanhola, então leia nossas dicas sobre os preparativos antes do embarque, como se locomover pela cidade e os melhores bares, restaurantes e baladas que devem ser paradas obrigatórias durante sua estada na cidade

A vida em MadridTuRISmO SAÚDE

Edifício Metrópole

Plaza Mayor

Friday Night Plaza Bustle

Page 55: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

55reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

fazer um “esquenta” para a balada, pois os drinks servidos são grande e baratos, e no subsolo do restaurante há um ambiente que reúne o pessoal que vai para beber e interagir.

bAresNo quesito bares, o 100 Montaditos é um ponto de pa-

rada obrigatória. A rede de franquias com bares próximos às estações Sol, Bilbao e La Latina possui vários sanduíches a 1,20 euro. Toda quarta -feira ocorre a EuroMania, com quase todos os produtos por 1 euro, inclusive a jarra de chopp que eles servem. Outra opção boa e barata é o El Tigre (estação Chueca), um dos mais tradicionais bar de tapas da cidade, que apesar da cara de boteco do ambiente é uma ótima pedi-da. Se você tiver afim de conhecer outras opções de bares e não quer se arriscar pedindo informações em portunhol ou se perder em buscas pela internet, vá até a região do Malasaña. Para chegar lá basta ir até a estação Bilbao do metro e pegar a saída Calle Manuela Malasanã, descer por esta rua e pron-to: você terá inúmeras opções. A dica nessa rua é se arriscar, pois os bares mais legais possuem uma entrada com cara de porão, e independente da escolha todos ali são ótimos.

bAlAdAsOs melhores lugares para se fazer o famoso “esquenta”

são os bares localizados no centrão de Madri, que ficam nas redondezas da estação Sol. Lá pelas dez da noite a região é invadida por promoters das baladas oferecendo drinks ou chupitos de graça, mas antes que você se empolgue saiba que chupito é o nome dado aos shots de vodka ou outras bebidas que eles servem. Com isso você pode entrar em vá-rias baladas, beber de graça e ir embora até a meia-noite.♦

Madri é uma das cidades mais encantadoras da Espa-nha, devido à sua diversidade de opções, que reúne desde museus e centros históricos até baladas que não possuem hora para acabar.

Mas antes de curtir a noite madrilena, uma dica: é bom chegar antes da 1h30, pois nesse horário os últimos trens do metrô da noite começam a chegar e tudo acaba super-lotando.

meios de trAnsporteA melhor opção de transporte é o metrô, pois a maio-

ria dos pontos turísticos, bares, restaurantes e baladas ficam próximos às estações dele. A cidade possui um ticket para turistas que permite utilizar os transportes quantas vezes qui-ser durante seu período de validade, que pode ser de 1 a 7 dias. O ticket pode ser comprado no aeroporto ou nas esta-ções do metro e sai mais barato que as passagens avulsas, que variam de 1 a 2 euros dependendo da linha utilizada. Para a compra e a utilização é necessário sempre apresentar o passaporte. Seu horário de funcionamento é das 6h às 2h.

restAurAntesUma das opções de restaurantes com uma relação cus-

to-benefício bem justa em Madri é o Bazaar. Nele é possível comer bem com cerca de 12 euros e não é necessário reser-va. O Bazaar fica próximo à estação Chueca do metrô. No centro de Madrid há outras duas opções bem bacanas, o “La finca de Susana” e o “Public”, que ficam próximas à estação Gran Via. Se você tiver alguns euros sobrando, pode ir ao Ol-sen (estação Sevilla), lá você vai gastar em torno de 30 euros por pessoa. Uma opção para não gastar muito no Olsen é só

Famosa Gran Vía no fim de tarde

Restaurante mais antigo do mundo segundo o Guiness Book. Funciona desde 1725. Ernest Hemingway era um frequentador assíduo. Atualmente muitos famosos e os Reis da Espanha continuam indo comer no restaurante.

Page 56: Revista Ponto Cirúrgico Saúde & Estética - Ed 39

56 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Congresso espeCialidade Cidade país Começa Termina

8th International Symposium on Pneumococci and Pneumococcal Diseases

Infecciosas/Aids Foz do Iguaçu

Brasil 11/03/2012 15/03/2012

IV Jornada de Oftalmologia do Hospital São Rafael Oftamologia Salvador Brasil 16/03/2012 17/03/2012

14°Congresso Internacional de Odontologia do Distrito Federal

Odontologia Brasília Brasil 21/03/2012 24/03/2012

6º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer de Mama / 5º Simpósio Internacional de Atualização em Câncer Gastrointestinal

Oncologia Praia do

ForteBrasil 29/03/2012 31/03/2012

21° Congresso Pernambucano de Odontologia Odontologia Recife Brasil 12/04/2012 15/04/2012

XIII Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica Oncologia Natal Brasil 17/04/2012 20/04/2012

World Nutrition - Rio 2012 Nutrição Rio de Janeiro

Brasil 27/04/2012 30/04/2012

12º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia Pediátrica

Alergia e imunologia

São Paulo Brasil 27/04/2012 01/05/2012

12th International Symposium on Urolithiasis Urologia Ouro Preto Brasil 09/05/2012 12/05/2012

XVII Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico Ortopedia Florianópolis Brasil 17/05/2012 19/05/2012

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DOUTOR RESPONDE

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57reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

DOUTOR RESPONDE

artrite reumatoide é mais comum entre as mulheresA Dra. Eliana Teles de Gois, médica reumatologista, responde aos leitores algumas dúvidas sobre a artrite reumatoide

O QUE É ARTRITE REUMATOIDE? E É VERDADE QUE ELA É UMA DOENÇA QUE ACOMETE MAIS AS MULHERES DO QUE OS HOMENS?

É uma doença autoimune que

causa rigidez matinal e inflamação de

várias articulações, incluindo as das

mãos, punhos, cotovelos, ombros,

pescoço e joelhos. Caso não tratada,

a doença pode levar à incapacidade

funcional.

A artrite reumatoide acomete apro-

ximadamente três vezes mais as mu-

lheres do que os homens. E tem seu

pico de incidência entre 30 e 55 anos,

aproximadamente 10% dos problemas

em articulações são devido à artrite

reumatoide.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA ARTRITE REUMATOIDE?

O diagnóstico é baseado em crité-

rios clínicos, exames laboratoriais e de

imagem.

A ARTRITE REUMATOIDE ACOMETE OUTROS ÓRGÃOS ALÉM DAS ARTICULAÇÕES?

Sim, a doença pode causar mal-

-estar generalizado, astenia, perda de

apetite e de peso, anemia, pericardite,

pleurite, nódulos subcutâneos, entre

outras manifestações.

POR SER UMA DOENÇA INFLAMATÓRIA E DEBILITANTE DO SISTEMA IMUNOLÓGICO, PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA PODEM TER UM RISCO AUMENTADO DE CÂNCER DO SISTEMA LINFÁTICO?

Sim. O risco de linfoma está au-

mentado de forma moderada nos

portadores de artrite reumatoide. Pro-

vavelmente, as drogas usadas no trata-

mento e as alterações da regulação do

sistema imunológico por meio de uma

constante e crônica ativação imune po-

dem contribuir com esse risco.

COMO SE TRATA A ARTRITE REUMATOIDE?

O tratamento medicamentoso

para alívios dos sintomas é feito com

anti-inflamatórios não esteroidais, cor-

ticoides, entre outras medicações. Já

a prevenção das deformidades é feita

com as chamadas DARMDs (Drogas Antirreumáticas Modificadoras da Do-ença), entre as quais estão: cloroquina, sulfassalazina, metotrexato, leflunomi-de, azatioprina, ciclosporina e agentes biológicos, por exemplo: etanercept, infliximab, abatacept, adalimumab, en-tre outros.

É importante ressaltar que a insti-tuição de um tratamento precoce sob a orientação de profissionais capacita-dos permite que o paciente tenha uma vida normal e sem limitações na grande maioria dos casos.♦

Dra. eLiaNe TeLes De Goisreumatologista - crM/DF 13 630

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58 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Medical Click Medical ClickMedical ClickMedical Click

Dr. alaor barra

Dra. ana cláudia rodrigues

Dr. Filipe barra Dr. alaor barra

i niciando sua programação anual de reuniões científicas com médicos, o IMEB reuniu um grupo de mastologistas,

oncologistas e radioterapeutas para a apresentação do tema: "Novas tecnologias para o diagnóstico do Câncer de Mama e Discussão de casos clínicos". Dra. Andréa apresentou detalhes da Ressonância Magnética em implantes mamários. Dr. Alaor introduziu a Cintilografia Mamária de Alta Resolução e Dr. Filipe falou sobre a Mamografia com contraste. Dra. Ana Cláudia, Consultora de Radiologia Mamária do IMEB, também participou do evento. No final foi servido um jantar de confraternização.”

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59reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

Medical ClickMedical ClickMedical ClickMedical ClickMedical ClickMedical ClickMedical Click

Da esquerda para direita: Dr. Leonardo prado, Dr. Renato Barra, Dr. Alaor Barra, Dra. Noêmia Barra, Dr. Arivaldo Teixeira, Dra. Ana Cláudia Rodrigues, Dr. Filipe Barra, Dr. Rodrigo pepe, Dr. Luciano prado e Dra. Andrea Ribeiro.

Dra. andrea ribeiro

Dr. Filipe barra Dr. rodrigo Pepe

Dra. andrea ribeiro

Palestra Palestra

Palestra

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) lidera um protesto contra a decisão tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de adiar

a votação da resolução que proíbe a adição de açúcares e flavorizantes, como o mentol, na produção de cigarros.

Na carta, entregue à agência reguladora, as entidades médicas afirmam “perplexidade” e “inquietação” com o posi-cionamento do órgão federal e revelaram preocupação com as futuras deliberações conduzidas pela agência. “Não é ad-missível que uma agência do porte da Anvisa — que possui corpo técnico altamente qualificado — possa dispensar as sólidas evidências científicas e basear sua decisão na con-tramão dos interesses da saúde da população”, diz trecho

do manifesto, assinado pela Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Acade-mia Nacional de Medicina (ANM), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).

O diretor da Anvisa, José Agenor Álvares da Silva, se de-fende argumentando que a indústria de cigarro, por meio da articulação de parlamentares, tem intensificado o lobby no governo desde o início das consultas públicas, em novembro de 2010. Segundo ele, na ocasião, a Anvisa foi chamada para uma série de reuniões na Casa Civil. “O governo, que

Entidades médicas criticam agência pelo adiamento da votação da resolução que proíbe a adição de açúcares e mentol na produção de cigarros

classe médica cobra da anvisaveto aos cigarros com sabor

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ratificou o acordo internacional da Convenção Quadro de Controle ao Tabaco, não pode aceitar qualquer tipo de inter-ferência desse setor nas decisões e tampouco nas negocia-ções. Já enfatizamos que era papel da Anvisa regulamentar os produtos derivados de tabaco. Isso é lei”, relata o diretor.

Apesar do posicionamento de Agenor, parlamentares da bancada sulista estão dispostos a vencer o embate. Para isso, eles tentam se aproximar cada vez mais do presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), inclusive, chegou a convidá-lo para conhe-cer as plantações de fumo e as fábricas de cigarro na Região Sul do país. O presidente do órgão aceitou, mas ainda não

tem data para viajar. Nas últimas semanas, Heinze fez vários apelos para que o presidente da agência reguladora conce-desse mais tempo para a discussão. “Pedi para o Barbano nos ouvir. Eles não conhecem o processo, falam só de bi-bliografia. Como vai julgar sem conhecer o processo? É uma insanidade”, critica.

Além de Heinze, Barbano se reuniu com um grupo de parlamentares horas antes da votação da Anvisa, realizada em 14 de fevereiro. No gabinete da senadora Ana Amélia (PP-RS), ele ouviu os argumentos dos deputados federais Alceu Moreira (PMDB-RS), Jerônimo Goergen (PP-RS) e Ro-gério Peninha Mendonça (PMDB-SC). Ao votar pelo prote-lamento da decisão, Barbano afirmou que o documento da Anvisa precisava de esclarecimentos. Porém, segundo José Agenor, esse debate está na agenda regulatória da agência desde 2009. Segundo Agenor, a questão foi discutida por todo o ano de 2010, quando se trabalhou nessa legislação e depois disso ainda se teve um ano inteiro de consultas públi-cas, sem que nada fosse definido, lembrou o diretor.

No discurso padrão dos parlamentares, eles afirmam não ter qualquer relacionamento com as empresas de ci-garro. Segundo eles, o compromisso é com as famílias de pequenos agricultores que dependem inteiramente da renda obtida em contratos com a indústria. “Há uma mo-bilização e um engajamento forte dos parlamentares para que o governo se sensibilize com a situação dessas pes-soas”, afirma o deputado Peninha. Na opinião do deputa-do Heinze, o governo precisa ter uma posição mais firme, principalmente diante da crise mundial de empregos. “Essa questão hoje não tem alternativa. A pobreza rural já afe-ta mais de 3,7 milhões e o governo não consegue ajudar. Imagina se outras 300 mil famílias que plantam fumo ficam sem renda?”, argumenta. A indústria tabagista movimenta, segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil, cerca de R$ 16 bilhões ao ano no país.♦

No discurso padrão dos parlamentares, eles afirmam não ter qualquer relacionamento com as empresas de cigarro. Segundo eles, o compromisso é com as famílias de pequenos agricultores que dependem inteiramente da renda obtida em contratos com a indústria

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62 reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

De 2 a 4% da população têm apneia do sono. Entre os hipertensos, o índice pode chegar a 30%, já que a apneia é fator de risco. O mais comum distúrbio respiratório do sono é ocasionado pela obstrução da faringe, que possui causas diversas, entre as quais a obesidade. Independentemente do sexo, a maior parte dos pacientes que sofre com a apneia obstrutiva do sono segue sem diagnóstico. A estimativa é que entre 85% e 95% dos que têm a doença não saibam. E não porque o diagnóstico seja algo complexo. Muitas vezes a dificuldade está na falta de conhecimento dos profissionais ou nos próprios pacientes, que subestimam o problema e não reconhecem ter a qualidade do sono afetada

apneia obstrutiva do sono: um risco potencialmente fatal

reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

ApNEIA DO SONO

a flacidez muscular faz com que as estruturas da garganta vibrem com o ar, dando origem ao ronco. se a boca fica aberta, a língua vai para trás, diminuindo o espaço para a passagem de ar e dificultando o ato de respirar

ar

LiNgUa

vias aÉreas Normais

o ar tem DiFicULDaDe Para Passar DeviDo À FLaciDeZ mUscULar

vias aÉreas reLaXaDas

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63reVisTa PoNTo cirÚrGico SAÚDE & ESTÉTICA

sono. Dependendo do número de eventos respiratórios (apneias + hipopneias) por hora do sono, a apneia obstrutiva do sono pode ser classificada em leve (5 a 15), moderada (16 a 30) e grave (30 eventos por hora de sono).

O CPAP é um compressor de ar que ajuda no tratamento para a SAOS, porém os resultados são dependentes do trata-mento efetivo e da adesão do paciente. Estudos controlados e randomizados mostram que o CPAP melhora os sintomas da SAOS, a sonolência subjetiva e objetiva, função cognitiva, grau de alerta e qualidade de vida. Pacientes com apneia do sono, em geral, que são tratados com CPAP apresentam redução de sua taxa de mortalidade comparado com aqueles que não re-cebem tratamento.

O CPAP reduz significativamente os riscos dos pacientes com SAOS de se envolverem em acidentes automobilísticos, melhora a produtividade no trabalho, reduz as lesões ocupa-cionais, reduz o uso de medicamentos anti-hipertensivos e me-lhora a qualidade de vida do paciente. A terapia com CPAP para pacientes com SAOS é economicamente atrativa devido ao custo-benefício.

O aparelho CPAP funciona da seguinte maneira: a pressão positiva em vias aéreas (PAP) aplicada através de uma interface nasal, oral ou oronasal durante o sono é o tratamento preferen-cial para a SAOS, mas pode também ser utilizada para tratar pacientes com apneia central do sono (ACS) e casos de hipo-ventilação crônica.

aLgUmas Dicas Para meLHorar a QUaLiDaDe Do soNo sÃo:

• Evitar a ingestão de álcool, cafeína e tabaco no mínimo 4 horas antes de dormir;• Evitar a utilização de computador ou de televisão antes de dormir;• Evitar dormir de costas;• Fazer refeições noturnas leves;• Manter horários constantes para dormir e acordar;• Perder peso;• Exercitar-se.

A apneia obstrutiva do sono é conhecida como um distúrbio respiratório crônico. Durante o sono, há uma redução do tônus da musculatura da garganta que, mesmo em pessoas normais, provoca uma redução do espaço para a passagem de ar e au-mento da resistência das vias aéreas. Essa interrupção acon-tece em consequência de um estreitamento ou colapso da via aérea superior (faringe) em um ou mais pontos durante o sono. A passagem de ar pode ser parcialmente bloqueada quando as estruturas da garganta são grandes demais, os músculos rela-xam demais durante o sono ou há diminuição do espaço para passagem de ar (obesidade). Se houver um bloqueio completo da passagem do ar, ocorre a apneia, e o ar não consegue che-gar aos pulmões. Como os pulmões são locais de trocas gaso-sas, se não chega ar novo aos pulmões começa a ocorrer então uma hipoxemia (redução de oxigênio) e hipercapnia (aumento de gás carbônico). O cérebro então manda uma mensagem ao corpo para que ele acorde, e, por este motivo, o paciente passa a apresentar repetidos despertares durante o sono, o que torna o sono superficial e também fragmentado.

esse Processo De aPNeia PoDe ser DiviDiDo em trÊs grUPos: obstrUtiva,

ceNtraL e mista.

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) ocorre mais comumente em homens de meia idade e, frequentemente, está associado à obesidade, fumo, consumo de álcool e hiper-tensão. Se não for reconhecida e tratada, muitas vezes tem sérias consequências, podendo até mesmo ser letal. Complica-ções médicas estão associadas, incluindo alterações cardíacas, hipoxemia e hipertensão arterial sistêmica. Na maioria dos pa-cientes, o primeiro sintoma clínico observado é o ronco alto associado a períodos de silêncio (períodos apneicos) de dez se-gundos ou mais. Outros sintomas comuns são o comportamento anormal durante o sono, movimentação noturna, sonambulismo, cefaléia matinal e sonolência diurna.

O tratamento para a SAOS deve atingir três objetivos bá-sicos que são: o alívio dos sintomas, a redução da morbidade e a diminuição da mortalidade. Entretanto, outro objetivo que também não deve ser esquecido é a melhora na qualidade de vida do paciente. Dependendo da severidade de acometimento, o tratamento poderá variar desde alterações comportamentais, até mesmo procedimentos cirúrgicos.

Os pacientes que possuam alguns dos sintomas devem pro-curar um médico especializado como cardiologistas, pneumolo-gistas, otorrinolaringologistas, depois de um relatório completo de sintomas e causas o médico deve prescrever que o paciente faça uma polissonografia ou o estudo polissonográfico (PSG), que consiste no monitoramento de múltiplas variáveis fisioló-gicas durante o sono, sendo a mais importante técnica labora-torial utilizada no diagnóstico e tratamento dos distúrbios do

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