revista passear nº 6

56
edição digital gratuita passear sente a natureza by Nº.6 . Ano I . 2011 GRUPO PÉNOTRILHO À CONQUISTA DOS PICOS DA EUROPA ByKa Uma modalidade ecológica Equipamentos Novidades 2012 BTT na América 7 dias de aventura

Upload: lobo-do-mar-lda

Post on 30-Mar-2016

239 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Revista Passear, edição de Setembro 2011

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Passear Nº 6

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.6 . Ano I . 2011

GRUPO PÉNOTRILHO

À CONQUISTA DOS PICOS DA EUROPA

ByKaUma modalidade ecológica

EquipamentosNovidades 2012 BTT na América

7 dias de aventura

Page 2: Revista Passear Nº 6

Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

2

Capa Fotografia Picos da Europa

(pág.4)

Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

Grafismo

Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

Contacto +351 965 761 000email [email protected]/lobodomardesign/comunicar

www.passear.com

O regresso de férias, preparados para a nova épocaRegressados de férias é tempo de retomar as actividades regulares de ar livre…Esta edição da revista Passear é enriquecida com diversas colaborações em áreas distintas. O Grupo PénoTrilho conta-nos a sua experiência por terras de Espanha mais concretamente, nos Picos da Europa.Pedro Carvalho descreve-nos a sua travessia nos Estados Unidos de Durango-Moab efectuada em 2010. Em BTT percorreu paisagens deslumbrantes.Jonas Oliveira apresenta-nos uma nova modalidade que concilia a bicicleta com o kayak. O ByKa é uma forma ecológica de contato com a Natureza.Conversámos com Paulo Guerra dos Santos sobre o seu projeto Ecovias Portugal.Por fim, João Pimenta faz uma antevisão sobre a Ultra Rota dos Templários um desafio lançado pelo CLAC.Continuem a enviar-nos os vossos eventos e iniciativas para publicação no site da Passear (www.passear.com).

Bons passeios.

[email protected]

Foto

graf

ia C

arlo

s A

breu

Page 4: Revista Passear Nº 6

4 DESTINO – PICOS DA EUROPA

5 dias de sonhoOS PÉNOTRILHO ESTIVERAM, EM ESPANHA, NOS PICOS DA EUROPA NO PASSADO MÊS DE JUNHO A CONHECER UMA DAS MAIS BELAS REGIÕES PARA A PRÁTICA DO TREKKING E CAMINHADAS.

Texto e Fotografia: António Freitas / Grupo Pénotrilho de Braga

Nesta edição da revista Passear encetamos uma colaboração com o Grupo Pénotrilho de Braga. Trata-se de um pequeno grupo de Trekking, composto por antigos escuteiros do Agru-pamento nº1 da freguesia da Sé, cidade de Braga, e mais alguns bons amigos, que partilham a paixão e respeito pela natureza. A paisagem, a fauna, a flora, a grande amizade e camaradagem entre nós, é o que nos move nestas andanças de caminheiros da aventura.O Grupo não está aberto ao público em geral, pois um dos nossos grandes objectivos é man-ter este espírito de grupo e amizade.

Page 5: Revista Passear Nº 6

5

A preparaçãoA ideia deste empreendimento por nós pre-parado e efetuado surgiu poucos dias após a nossa chegada do Caminho de Santiago em Junho de 2010. Foi cuidadosamente estudado e preparado de forma que tudo corresse bem, a começar nos trilhos, passando pelo alojamento, a alimen-tação, os horários o material necessário, trans-porte, etc, etc. Este tipo de férias desportivas não são propria-mente férias turísticas, pois tivemos que optar em alguns momentos por algum rigor com que alguns de nós na década de 70/80 fomos ha-bituados nos escuteiros, como por exemplo, horas para levantar da cama, alguém teve que gritar bem alto: “Alvorada ”, para dormir te-mos o ano todo.

1º dia - Da cidade de León a PotesDepois de uma viagem um pouco cansativa, aconselhamos a fazer uma paragem na cidade de Léon, onde podem almoçar e conhecer um pouco de história e cultura desta bonita locali-dade.Leão (em castelhano León, em Leonês Llión) é um município da Espanha, capital da provín-cia de Leão, na comunidade autónoma de Castela e Leão, noroeste da Espanha. León é famosa pela sua catedral gótica, e por diversos outros monumentos e edifícios, como a Basílica de Santo Isidoro, onde está o Panteão Real, o mausoléu ricamente decorado no qual foi enterrada a família real do reino medieval de Leão (León), e que também pos-sui uma das melhores colecções do mundo de

Monumento ao peregrino de Santiago em Potes

Casa de Botines

Catedral de Léon

Grupo Pénotrilho com estátua de Antoni Gaudi

Page 6: Revista Passear Nº 6

6

Porta do Perdão (Mosteiro de Santo Toribio)

pinturas românicas; a Casa de Botines, uma das primeiras obras do arquitecto catalão An-toni Gaudí, ocupada actualmente por um ban-co; o Mosteiro de São Marcos, originalmente a sede da Ordem Militar de Santiago, cons-truída no século XVI; ou o novo MUSAC, Museu de Arte Contemporânea de Castela e Leão.Apesar de termos estado pouco tempo em León, deu para perceber a dimensão históri-ca e cultural desta cidade. Aconselho sem margem para dúvidas a ficar e visitar com tempo, pois vale tirar um dia para conhecer esta bela cidade espanhola. Entre a cidade de León e Potes, são uns 150 km, o tempo de viagem é de 2 horas e 35 minutos. Gostaria de realçar que os últimos 35 km tem tanto de beleza como de difícil, muita curva e contra-curva, mas com umas paisagens de arrepiar.Depois de chegar a Potes, ainda há tempo para visitar o Mosteiro de Santo Toribio, pois fica a 5 minutos da Vila, uns 3 km.O Mosteiro de Santo Toribio de Liébana é um mosteiro franciscano localizado no município de Camaleño e perto de Potes, na região de Liébana ( Cantabria , Espanha ). Abriga obras de Beato de Liébana e o Lignum Crucis, de acordo com o Christian católicos chamado o maior pedaço da cruz onde morreu Jesus Cristo. Sua porta do perdão abre o início de cada ano jubilar lebaniego para receber os peregrinos. Para além de Jerusalém, Roma, Santiago de Compostela, Caravaca de la Cruz é um dos lugares santos do cristianismo. Foi declarado Monumento Nacional em 11 de

Mosteiro de Santo Toribio de Liébana

Page 7: Revista Passear Nº 6

7

Praça Maior de León

Agosto de 1953. A visita ao Mosteiro e termos o privilegio de tocar, sentir, estar junto do maior fragmento de cruz onde Cristo foi crucificado, foi sem dúvida um momento emocionante. Tive-mos a sorte de no momento da nossa visita, ter chegado uma excursão, que seguiram para uma capela localizada do mosteiro. Tivemos o privilegio de os acompanhar e assistir a uma verdadeira aula de história dada por um Franciscano onde nos falou da origem e toda a viagem que aquele pedaço de madeira fez. Gostaria de realçar que ape-sar de todos os dados históricos, registos, relatos e de todos os dados científicos coin-

cidirem e tudo apontarem para que realmente este pedaço de madeira seja realmente da cruz de Cristo, o Franciscano, não afirma que seja 100% de certeza, mas sim 99 %, deixando a margem de dúvida para 1%, com esta percen-tagem acho que não há duvidas. Potes situa-se na Cantabria localizado no coração da Liébana da qual é capital. Impor-tante centro turístico e cultural.A Vila de Potes está localizada na confluen-cia de quatro vales. Como o resto da região de Liébana, Potes goza de um micro clima tipo mediterráneo que permite o cultivo da videira, Nogueira e choupo.

Page 8: Revista Passear Nº 6

2º Dia – Trilho à Cabana VerónicaTrilho á Cabana Verónica, Base dos Horcados Rojos e Torre de Los Horcados Rojos a 2506 mts de altitude.Tipo: Ida e voltaExtensão: 12,3 km ( Ida e volta)Dificuldade: ElevadoDuração: 7 h 10 mSinalizado: SimAltitude máxima: 2 506 mMapa e Gps: http://es.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1814986

O trilho á Torre de los Horcados Rojos é real-mente uma grande prova de força, pois não é fácil, é obrigatório ter alguma preparação físi-ca assim como alguma prática de montanhis-mo, a regra mais importante é não facilitar.É de facto um dos cumes mais emblemáticos dos Picos da Europa. Todo o percurso está muito bem sinalizado, não tem nada que en-ganar.Em Fuente Dé, apanha-mos o teleférico ( Ca-ble ) que nos leva a uma cota de 1 834 metros de altitude, aí sim, damos inicio á caminhada. O percurso inicial é plano e sem dificuldade.

Mas a cerca de 2,2 km á frente a dificuldade aumenta. Continuando a subida, iremos ter a uma bifurcação que á esquerda nos leva á Cabana Verónica e á direita para a base de Los Horcados RojosOs Horcados Rojos são uma excelente var-anda no interior do maciço central e, pas-sagem obrigatória para quem da encosta sul procure acesso ao refúgio de Vega Urriellu. Nesta rota aprecia-se e desfruta-se de toda a essência da alta montanha dos Picos de Europa, modeladas por acção glacial du-rante milhares de anos e onde a vegetação é escassa, para além da flora de alta monta-nha adaptada para sobreviver em condições de solo duro e clima adverso. A fauna não é muito abundante, mas em períodos de menor afluxo de pessoas, é comum nesta área ver camurças pastando ou abutres em busca de carniça.Ao lado direito da base de Los Horcados Rojos temos uma rampa, que nos leva á Torre de Los Horcados Rojos. A partir de aqui, muito cuidado.A cúpula tem uma parede vertical com 300 metros impressionante avermelhada quase caindo no caminho até Cabaña Verónica ou de Collado Horcados Reds, com apenas 200 metros verticais do cume, a subida tem uma paisagem muito bonita e ampla. Há apenas um passo em que devemos ser cuidadosos, a poucos metros antes do cume temos que transpor uma passagem bastante estreita, não é difícil, mas todo o cuidado é pouco, pode provocar algumas vertigens

Page 9: Revista Passear Nº 6

Cabana Verónica a 2325 mts de altitude

Pénotrilho na Base de Los Horcados Rojos

Teleférico

Subida para a Base de Los Horcados Rojos

Varanda do Mirador do Teleférico ( 1834 mts alt.)

Page 10: Revista Passear Nº 6

10 e impressionar, mas vale a pena o esforço. A cúpula, no entanto, é “grande” e plana, situa-se a uma altitude de 2 506 metros. Já no topo a sensação é fantástica, temos um sentimento de conquista, sentimos-nos bastante pequenos perante toda aquela grandeza natural que nos rodeia.Depois de um momento bastante zen no cume, iniciamos a descida bastante acen-tuada, por isso muito cuidado, travões nas botas e bastões bem afinados. Mais á frente passamos novamente pela base de Los Hor-cados Rojos, continuando a descida em di-recção á Cabana Verónica.Cabaña Verónica é um pequeno refúgio de montanha, localizado no município de Ca-maleño ( Cantabria , Espanha ) com 2325 metros de altitude no sopé do Pico Te-soureiro , no Maciço Central dos Picos de

Europa . Seu nome vem de uma das filhas de Conrad Senties, um de seus desenvolvedores e arquitectos.Está aberto entre a Páscoa e 12 de Outubro , tem capacidade para seis pessoas em beliches e é propriedade da Federação de Esportes de Montanha Cantábrico e Escalada . É equipado com comida, um fogão, kit, uma maca espe-cial para evacuação de feridos e uma estação de rádio pertencente a Protecção Civil. Não há fonte de água nas proximidades.Este abrigo particular de apenas 9 m, é bem conhecido entre os montanhistas dos Picos de Europa e é um dos refúgios existentes em alti-tudes mais elevadas da Península Ibérica .Foi inaugurado em 13 Agosto do ano 1961 e construído com uma cúpula de metal da bate-ria anti-aérea transportadora EUA USS Palau , o que foi descartado em Santurce .

Torre de Los Horcados Rojos com vista para o Pico Huriello Torre de Los Horcados Rojos 2506 mts altitude

Page 11: Revista Passear Nº 6

11 The GuardianEm 1983 o montanhista Mariano Sanchez , que tinha então 34 anos instalou-se neste pequeno Iglu de metal, tornando-se o guarda Veronica Cabin. Vivia desinteressadamente fazendo toda a manutenção e carregando o material necessário para ele até que no verão de 2007 ele fica doente e é internado em um hospital, morreu no dia 27 de Junho de 2008 aos 57 anos de idade.Uma centena de alpinistas espalharam as cinzas no Pico Tesoureiro e instalaram uma placa em memória de Cabaña Verónica que diz: “ Eu estou usando. Volto já. Mariano”. Depois de apreciar e saborear este magnifico local, chegou a hora de por pés ao caminho em direcção ao teleférico, não se atrasem para não perderem o transporte. Informar bem das horas do último teleférico, atenção que há horário de inverno e verão.

3º Dia - Trilho dos Lagos de CovadongaTipo : CircularExtenção: 6,5 kmDificuldade: FácilDuração: 4.00 h ( Nas calmas)Sinalizado : SimMapa e GPS : http://es.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1815082

Lagos de Covadonga são formados por dois pequenos lagos, Enol e Ercina de origem glacial localizado na Astúrias, Parque Nacional Picos de Europa , no maciço ocidental da montanha. Ainda há um terceiro lago chamado Bricial , que só tem água durante o degelo , mas per-tence ao conjunto. Nas Astúrias é conhe-

Page 12: Revista Passear Nº 6

cido simplesmente como Los Lagos .Estão localizados no município de Cangas de Onis e a ligação é feita através de uma estrada de 14 km que começa em Cova-donga até ao primeiro lago, chamado lago Enol.Junto ao lago Ercina tem bom local para almoçar, é um parque de merendas mesmo junto á entrada das minas de Buferrera.Minas de Buferrera, iniciaram o seu fun-cionamento em 1868 e foram extraídos minerais como ferro e manganês. Os minei-ros tinham que levar ao ombros ou a cavalo todo o mineral extraído. Percorriam 12 quilómetros com 800 m de diferença de altitude entre as minas e Co-vadonga .Hoje, nas Minas de Buferrera é possível dar um agradável passeio entre as rochas, entradas da mina, vagões, carris, túneis, Realmente temos a sensação de estar numa cena de um filme de aventura. Pessoalmente lembro o filme do “ Senhor dos Anéis” , só falta o hobbits .Os trabalhos nas minas treminaram em 1972.

É possível visitar os Lagos de Covadonga du-rante todo o ano de carro , exceto na alta tem-porada (férias, fins de semana prolongados e no verão, a partir de final de Julho ao início de Setembro), só é possível ir de autocarro autorizadas para esse efeito.Os autocarros partem de Cangas de Onis, e tem partidas,entre as 09:00-18:30 pm e cada 15 minutos. O bilhete custa menos de 2 Euros.

Mosteiro e capela de CovadongaA visita ao mosteiro e capela de Covadonga, foi realizada depois do trilho nos Lagos, ou seja lá para o meio da tarde.Covadonga (em asturiano: Cuadonga) é uma vila no noroeste de Espanha, perto da mon-tanha dos Picos de Europa, onde os cristãos da Espanha venceram uma batalha contra os Mouros, cerca de 718 e 725. Esta foi à primei-ra vitória do Cristianismo ibérico sobre os mouros ocupantes, que ganhou um significa-tivo simbolismo. Actualmente é um santuário e um local com muita história e simbologia para todos os ibéricos que somos. Visita obri-gatória.

12

Page 13: Revista Passear Nº 6

13

Casa Rural

Casa da Heidi

Cueva Santa Entrada das Minas de Buferrera

Page 14: Revista Passear Nº 6

14

Interior da Cueva Santa

Lago Enol Local de PicNic junto ao Lago Ercina

Santuário de Covadonga

Page 15: Revista Passear Nº 6

15

4º Dia - Rota do CaresTipo: ida e volta.Extenção: 25 km ( Ida e volta, Poncebos – Caín – Poncebos )Dificuldade: MédiaDuração : 8.28 hSinalizado : SimMapa e Gps : http://es.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1815101

O percurso liga duas povoações, Poncebos do Lado das Asturias e Caín do Lado de Léon, que distanciam-se cerca de 100 kms por estrada e 12Kms a pé. Foi com grande ansiedade que iniciamos aquele que é con-siderado um dos mais espectaculares trilhos de montanha da vizinha Espanha. É impres-sionante a quantidade de pessoas que como nós realizaram o trilho: raramente decor-riam mais de 5 minutos sem nos cruzarmos com outros caminhantes, desde crianças, a idosos! Apesar da temperatura amena da época, o sol fez-se sentir com muita intensi-dade ao longo de quase todo o trilho. Em Caím é o local ideal para almoçar, pois tem alguns restaurantes, boas sombras e rio para dar um bom banho, nem que seja para refrescar os pés.

Bulnes

Page 16: Revista Passear Nº 6

16 A Ruta del Cares ou “Garganta Divina” foi criado nos anos 40 para dar acesso ao tra-balho de construção de um canal hidráulico paralelamente ao desfiladeiro do rio Cares.Aldeia rural de Bulnes fica em Cabrales, nas Astúrias. Tem uma área de 56,35 km², na qual habitam apenas 45 pessoas (2005) repartidas entre as povoações de Bulnes e Camarmeña.O local de Bulnes fica situado em pleno Picos da Europa, a 625 metros de altitude. Está di-vidido em dois lugares, Bulnes de cima ou El Pueblu e Bulnes de Abajo ou La Villa.Até 2001 era dos locais mais isolados de Espanha, e só tinha acesso por caminhos pedestres muito longos e difíceis. Agora há o funicular usado com fins turísticos (o per-curso é mantido propositadamente caro), e a localidade é visitada por milhares de pessoas, sobretudo no Verão.

Chegada a Caín

Entrada de funuculao para Bulnes

Pénotrilho mais amigos do caminho

Page 17: Revista Passear Nº 6

17Ponte Rota do Cares

Page 18: Revista Passear Nº 6

18

5º Dia - Cangas de OnisCangas de Onis é a capital do concelho, está localizada no vale formado pelos rios Sella e Güeña. Típico da cidade é a Ponte Romana, Monumento Histórico Artís-tico, classificada em 1931. É constituida por um arco peraltado, dois arcos meno-res desiguais e uma reprodução da Cruz da Vitória. A verdadeira Cruz da Vitória é uma jóia do pré-romanico asturiano, e encontra-se guardada na Catedral de São Salvador em Oviedo. Esta cruz converteu-se no simbolo do Reino das Asturias e, mais tarde, do Principado das Asturias. Destaca-se também a ermida de Santa Cruz, devido à idade da construção de um dólmen, no ano 437. Foi reconstruído pelo rei Favila em 737 para guardar a Victoria Cross. A última reconstrução é depois da guerra civil, e expôs o dólmen, datado de 3000 aC. Outros edificios de interesse são a Cidade do final do século XIX, o palácio Cortes no estilo renascentista, e da Capela de Santo António, do século XVI.Bebe-se sidra em praticamente toda as Astúrias. E nos últimos anos, cada vez mais, substituindo a cerveja e o vinho, be-bidas que ameaçavam esta emblemático e antiquíssimo néctar asturiano. Bares onde se pode degustar a típica bebida e picar os petiscos tradicionais da região.A capital asturiana é certamente o coração desta ressurreição da sidra. No centro da cidade, e não só, multiplicam-se as sidre-rías, locais por onde passa agora uma boa parte da animação nocturna.

Igreja de cangas de Onis

Ponte Romana de Cangas de Onis

Sidra a refrescar

Page 19: Revista Passear Nº 6

19

ConclusõesEsta viagem aos Picos da Europa está ao al-cance de todos, claro é que, para este tipo de caminhadas é obrigatório ter alguma pre-paração física e em alguns casos ter o mín-imo de conhecimento de montanhismo. O clima de montanha é bastante irregular, por isso muito cuidado, não facilitar e respeitar todos os indícios e informações que a mãe natureza nos vai transmitindo. Cinco dias é pouco tempo para se conhecer o Parque Nacional dos Picos da Europa, mas bem organizado é possível visitar os princi-pais pontos ou pelo menos os mais conheci-dos e carismáticos deste paraíso. Com um bom grupo de amigos como o Pé-

notrilho ou em família é uma boa opção de férias, o importante é ter uma boa compan-hia. Gostamos tanto deste local que o nosso grupo já está a preparar a 2ª parte dos Picos da Europa, talvez já para 2012. O nosso site; http://sites.google.com/site/grupopedestrianismopenotrilho/ , para além da sensibilização para a conservação do meio ambiente e da biodiversidade, pre-tende dar a conhecer alguns bons momentos vividos por nós. Aqui podem testemunhar as nossas aventuras e a boa disposição que nos acompanha nestes trilhos através das fotos e textos que as acompanham.

Page 20: Revista Passear Nº 6

20

Picos da EuropaOs Picos de Europa são dos maciços montanhosos mais impor-tantes da Península Ibérica, com zonas de alta montanha de origem glaciar, gargantas apertadas, lagos espelhados, extensos vales e pi-cos abruptos. Têm uma área de 64 660 hectares, entre as Astúrias, Léon e a Cantábria, que constitui a segunda maior zona protegida de Espanha e a terceira da Europa.Os Picos de Europa dividem-se em três grandes maciços: O Oci-dental ou Cornión, o Central ou dos Urrieles, e o Oriental ou de Ándara.As maiores altitudes encontram-se no Maciço Central, que é o mais agreste dos três, catorze dos seus cumes superam os 2500 metros de altitude, com Torrecerredo, de 2648 metros, como tecto destas montanhas. Não se pode falar deste Maciço sem mencio-nar o Pico Urriellu, ou Naranjo de Bulnes, indiscutível rei destas montanhas e de todas as restantes da geografia hispânica, por ser também um ex-libris do alpinismo espanhol. Foi conquistado pela primeira vez em 1905 por Pedro Pidal, Marquês de Villaviciosa e seu companheiro Gregorio Pérez DeMaría e, desde então, a sua aura lendária não parou de crescer.

Como chegar:O melhor é viajar de carro, partindo de Braga, seguir pela A11 em direcção a Guimarães, Fafe, Vila Pouca de Aguiar, Chaves, pas-sando para o lado de Espanha, seguimos por Verim, Sanabria, Be-navente, León ( Visitar ),Boñar, Riaño, Potes. A viajem total entre a cidade de Braga e Potes é de 520 km e demora 6 horas e 30 mts.

Quando ir:O Inverno é bastante rigoroso, mas o espectáculo das altas mon-tanhas cobertas de neve é fantástico. No entanto, o risco de não poder percorrer alguns percursos pedestres devido ao mau tempo, chuva e do nevoeiro a ofuscar o brilho da paisagem, justifica um planeamento de viagem para os meses de Primavera e Verão. Nesta altura o clima é mais ameno, mesmo assim, há a possibili-

Page 21: Revista Passear Nº 6

dade de alguns chuviscos e nevoeiro, mas no tempo ninguém manda, boa sorte para quem se aventurar nesta aventura.

Informações- Escritório de Turismo Cangas de OnisNo inverno , de segunda a sábado:. 10:00 às 14:00 e 16:00-19:00 Domingo: 10:00-14:00 Em Verão diário 10:00-21:00 hrs. Telf - 985 848 005 - Santuario de CovadongaHoras museu Visitas.Todos os dias 10:30-14:00 e das 16:00 às 19:30 h - Centro de Interpretação dos Picos de Europa, em Lagos de CovadongaDas 10:00 às 18:00.

- Mosteiro de Santo Toribio de Liébana em Potes.Morada/Contacto: Fraternidad FranciscanaMonasteiro de Sto. Toribio de Liébana39589. Camaleño. CantabriaTelefone: 942730550 Fax: 942730828 email: [email protected]

Links utéis:» http://www.picoseuropa.net/» http://www.turismocantabria.es/es/servicios-de-interes» http://www.casasruralespicosdeeuropa.es/» http://www.cordillera-cantabrica.com/

21

Page 22: Revista Passear Nº 6

22

DURANGO-MOAB AGOSTO 2010

Travessia de Sonho

Texto: Pedro Carvalho Fotografia: Pedro Carvalho, Megan Hassett, David Polan.

Page 23: Revista Passear Nº 6

DURANGO-MOAB AGOSTO 2010

Travessia de SonhoAPÓS LONGOS MESES DE PREPARAÇÃO, EM AGOSTO PARTI FINALMENTE PARA UMA GRANDE AVENTURA NO BERÇO DO BTT MUNDIAL. O DESAFIO: LIGAR DURANGO, PALCO DO PRIMEIRO CAMPEONATO MUNDIAL DE BTT, EM 1990, A MOAB, POVOAÇÃO TORNADA FAMOSA PELO INCOMPARÁVEL SLICK ROCK TRAIL. PELA MINHA FRENTE, SETE DIAS LONGE DA CIVILIZAÇÃO, À MERCÊ DOS CAPRICHOS CLIMÁTICOS DA ALTA MONTANHA, E CERCA DE 370KM EM TRILHOS.

23

Page 24: Revista Passear Nº 6

24

Page 25: Revista Passear Nº 6

A travessia não seria em total auto-nomia porque decidi tirar partido do serviço prestado pela rede de

abrigos das montanhas San Juan, o que me permitiu dormir nuns excelentes abrigos de montanha (com capacidade para 8 pes-soas) e usufruir da vasta oferta de comida que existe nos mesmos. Ou seja, não teria que carregar comida ou ter que procurar sítios seguros para acampar. Pareceu-me uma boa ideia, quanto mais não seja porque estaria a pedalar em zonas onde existem, por exemplo, ursos.Apesar de não terem corrente eléctrica ou água, estes abrigos são bastante acolhe-dores, especialmente depois de muitas ho-ras montado numa bicicleta, bastante mais

pesada que o habitual, a pedalar a altitudes superiores a 3000 metros.Não parti sozinho para esta aventura. De Portugal, foi um habitual companheiro de pedaladas, e em Durango estavam à nossa espera três amigos meus. O Travis e a Tammy, norte-americanos, e a Megan, vinda directamente da Austrália.Nesta pequena cidade do Colorado, onde vivem tantos nomes míticos do BTT, como John Tomac ou Bob Roll, aproveitámos o último contacto com a “civilização” para nos darmos ao luxo de jantar num restau-rante e beber cerveja (fria!). Nos abrigos também haveria cerveja, mas morna…A partida para a travessia teve que ser atrasada para a hora do almoço do dia

25

Page 26: Revista Passear Nº 6

26

Page 27: Revista Passear Nº 6

seguinte, pois as bicicletas vindas de Por-tugal tinham ficado retidas em Londres, ponto de passagem entre Lisboa e Denver. Viajar com bicicletas tem destas coisas, mas a opção era alugar uma bicicleta sem suspensão total, o que não me pareceu muito aliciante tendo em conta o que me esperava. Garanto-vos que fiquei feliz quando vi a minha Gary Fisher novamente!

1° DIA EM ESTRADÕES LARGOSNo primeiro dia pedalámos entre Durango e o abrigo de Bolam Pass . Apesar de só termos percorrido 31km, quase todos em estradões largos, rapidamente percebi que ia ser uma semana dura; o peso extra na bicicleta e a altitude elevada tornaram este dia inicial bastante difícil. Quando final-mente vislumbrei o primeiro abrigo, situ-ado a 3500 metros de altitude, senti uma enorme sensação de alívio.Melhor do que esta sensação foi desco-brir a quantidade e variedade de comida existente no abrigo: massa, queijo, ovos, todo o tipo de enlatados, fruta fresca, bar-ras energéticas, sumos, cerveja, entre mui-tas outras coisas.O meu receio de que estaria uma sema-na a comer atum enlatado desapareceu ainda mais quando o Travis se ofereceu para preparar o primeiro dos seus jantares

memoráveis.A partir daqui, as conversas durante os longos dias a pedalar passavam muitas vezes pelos dotes culinários do sempre bem-disposto Travis.Neste primeira noite, juntou-se ao nosso grupo um outro elemento: o David, um médico de Boston, que também iria uti-lizar os abrigos até Moab.

2° DIA CANSATIVONo dia seguinte, acordámos por volta das 6.30h. Após um generoso pequeno-almoço, e depois de arrumar, limpar e fechar o abrigo, todo o grupo optou por fazer a rota alternativa sugerida pela em-presa que gere os abrigos. Estas alterna-tivas estavam disponíveis quase todos os dias e permitiam pedalar mais quilóme-tros em “singletrack”, mas eram sempre mais longas e mais duras.Foi um dia cansativo; quase 60km e um acumulado de subida de mais de 2000 metros, mas a beleza ímpar das montan-has San Juan e os longos quilómetros em “singletrack” compensaram largamente as muitas calorias dispendidas até chegar ao abrigo de Black Mesa.Deitado no meu beliche, a tentar adorme-cer, tive a noção do nosso isolamento; sem cobertura de telemóvel, longe de qualquer centro urbano, não seria fácil lidar com

27

Page 28: Revista Passear Nº 6

28

uma situação de emergência. Apesar de já ter feito muitas viagens em BTT, nunca tinha experimentado esta sensação…

3° DIA COM UMA VIOLENTA TEMPESTADESensação que foi reforçada no terceiro dia. Tínhamos feito apenas 6km dos 56km pre-vistos quando fomos apanhados por uma gigantesca tempestade que nos forçou a estar parados cerca de uma hora enquanto os relâmpagos caíam à nossa volta! Para nos protegermos do frio e da chuva, aca-bámos, os cinco, de braços dados cobertos pela manta de emergência que a Tammy teve o bom-senso de levar.Depois de esta inquestionável demons-tração de poderio, a Natureza brindou-nos com um sol generoso… e um trilho com-pletamente coberto de lama!Felizmente, passámos por uma barragem, onde podemos lavar as bicicletas e pelo menos parte do corpo.A parte final do dia foi feito a grande ve-locidade, a fugir a outra tempestade que surgia no horizonte. A chuva e a trovoada só atingiria o abrigo de Dry Creek Basin depois de mais um jantar delicioso servido pelo (então já promovido a chefe) Travis.

4° DIA COM UM SOL RADIOSOUm sol radioso marcou a partida para o

dia 4. Para além da mudança de paisagem, agora mais árida e menos montanhosa, este dia tinha um grande atractivo: por volta dos 25km havia um pequeno restau-rante onde poderíamos tomar um peque-no-almoço “a sério”. E ninguém hesitou em devorar panquecas, ovos e bacon, acompanhadas de um belo café! Esta cur-ta paragem foi também aproveitada para usar uma casa de banho “normal” e para nos vermos a um espelho pela primeira vez em quatro dias…Na parte final, optei por uma das ro-tas alternativas, com descidas e subidas bastante técnicas, num piso já a lembrar o que nos esperava em Moab. Um destino que cada vez mais passou a estar presente nas nossas mentes.Ao chegar ao abrigo de Wedding Bell, ti-nha coberto 68km. E estava exausto!

5 ° DIA RUMO AO VALE DO PARADOXOO quinto dia da travessia, com 56km, levou-nos até ao Paradox Valley (Vale do Paradoxo); este curioso nome é explicado pelo facto do rio Dolores cruzar o vale em vez de o acompanhar, como é habitual.Chegar ao vale, onde estava o nosso abrigo, não foi fácil. Demorámos cerca de uma hora a descer (com as bicicletas à mão) um trilho coberto de pedras enor-

Page 29: Revista Passear Nº 6

29

Page 30: Revista Passear Nº 6

mes e extremamente inclinado, sob um sol abrasador. Depois de recearmos a hipoter-mia, há dois atrás, agora pedalávamos em busca das escassas sombras existentes…

6° DIA FOI O MAIS DUROO dia 6 seria o mais duro da semana. O abrigo estava novamente a cerca de 3000 metros de altitude, pelo que tínhamos pela frente um dia a subir. As dores que vinha sentindo no joelho esquerdo agravaram-se, forçando-me a fazer muitos quilóme-tros a andar. Mas o último dia antes da tão desejada descida para Moab, ainda reservava mais surpresas…A poucos quilómetros do abrigo, situ-ado em Geyser Pass, fomos mais uma vez surpreendidos por uma monumental tempestade. Por sorte, quando os primei-ros pingos de chuva caíram estávamos a passar por um rancho onde nos pudemos abrigar do frio e da trovoada. E os traba-lhadores do rancho até nos ofereceram um café!Tal como esperávamos, quando voltámos para o trilho a quantidade de lama que o cobria era de enlouquecer; as dificuldades criadas pela chuva, o cansaço e o frio acabaram por separar o grupo. Eu fiquei para trás, a ajudar a Megan, enquanto os restantes três elementos enfrentavam a

longa subida até ao abrigo.Já com o sol a desaparecer, e o frio a au-mentar, tomámos a opção errada num cruzamento e saímos do itinerário; sem perder a calma, apesar da escuridão imi-nente e de ouvirmos os coiotes a uivar à distância, encontrámos o caminho certo e, penosamente, chegámos ao abrigo. Nunca esquecerei estes momentos.

7° DIA ATÉ MOAB A BOM RITMOOs 58km finais que nos levaram até Moab, no sétimo dia, foram feitos a bom ritmo, quase todos a descer, a admirar a beleza única desta região do estado do Utah, com as suas formações rochosas completamente invulgares, criadas pela erosão do vento.A chegada a Moab, à “civilização”, ao contrário do que esperava, não foi um momento especialmente intenso. Mas não posso negar que o café com leite que bebi e o facto de ter um duche à minha espera, após sete dias a limpar-me com toalhetes húmidos, me souberam muito bem! Isso, e conseguir telefonar para Portugal.

ESTA VIAGEM CONTOU COM O GENEROSO APOIO DA LOJA AVALANCHE, QUE FOR-NECEU TODO O MATERIAL NECESSÁRIO E PREPAROU A MINHA BICICLETA PARA ESTE GRANDE DESAFIO.

30

Page 31: Revista Passear Nº 6

31

Page 32: Revista Passear Nº 6

32

A CONTAR GRAMAS!Para enfrentar uma travessia tão exigente como esta, é fundamental levar o mínimo indispensável pois a ideia é conseguir uma bicicleta o mais leve possível e suficiente-mente ágil para usufruir dos trilhos mais técnicos. Há quem aposte em transportar a maior quantidade de coisas na mochila, mas eu decidi-me por um alforge traseiro, muito mais “amigo” das costas!Eis a lista do que levei comigo, dividido entre uma pequena bolsa no guiador, a mochila Camelbak Mule e o alforge tra-seiro:2 jerseys de manga curta, um jersey de manga comprida, 2 calções de lycra, 2 pares de meias, casaco de chuva, “perni-tos”, óculos BTT, uma t-shirt de algodão, umas calças leves, sandálias, uma cami-sola polar, 2 cuecas, produtos de WC, capa interior para saco-cama em linho, protector solar, toalha húmida, toalhetes húmidos (Dodot), lanterna, manta de sobrevivência, caixa de remédios, kit de primeiros socorros, máquina fotográfica, iPod, telemóvel, bloco de notas, canetas, GPS, cartão de crédito, passaporte, carta de condução e os mapas do percurso.PREPARAÇÃO DA BICICLETAUma revisão pormenorizada à bicicleta é essencial antes de partir para uma aventu-ra deste género; lojas de bicicletas é algo que não verá até chegar a Moab…

A minha fiel Gary Fisher HiFi Carbon foi revista em pormenor e (muito bem) embalada na loja Avalanche de Cascais.Para lidar com eventuais problemas mecânicos, juntei à minha lista uma ferramenta multi-uso com “quebra-corrente”, 3 desmontas, 3 câmaras de ar, um elo rápido de corrente, remendos e cola, bomba de pneus, 3 elos de cor-rente, chave de raios, 4 raios e “nipples”, 2 cabos de mudanças, óleo para corrente, um par de pastilhas de travão, parafusos soltos (espigão selim, etc) e um drop-out.Felizmente, só usei o óleo para a cor-rente!AS SETE ETAPASDia 1 – Durango Mountain Resort/Bolam Pass Hut – 31kmDia 2 – Bolam Pass Hut/Black Mesa Hut – 59kmDia 3 – Black Mesa Hut/Dry Creek Ba-sin Hut – 56kmDia 4 – Dry Creek Basin Hut/Wedding Bell Hut – 68kmDia 5 – Wedding Bell Hut/Paradox Val-ley Hut – 56kmDia 6 – Paradox Valley Hut/Geyser Pass Hut – 39kmDia 7 – Geyser Pass Hut/Moab – 58kmTotal – 367km

Mais informações sobre a rede de abrigos em: www.sanjuanhuts.com/

Page 33: Revista Passear Nº 6

33

Page 34: Revista Passear Nº 6

34

entr

evis

ta

Ecovias PortugalUm projecto em crescimentoPAULO GUERRA DOS SANTOS É O ROSTO DO PROJECTO ECOVIAS PORTUGAL. UM ENGENHEIRO DE FORMAÇÃO QUE INICIOU UMA “CRUZADA” QUE TEM POR FINALIDADE DAR A CONHECER AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA BICICLETA QUER NA UTILIZAÇÃO DO DIA À DIA COMO EM FÉRIAS.

Passear (PA) – Como caracterizas o projecto Ecovias Portugal e como nasce a ideia?Paulo Guerra dos Santos (PGS) – A ideia deste projecto nasceu durante a viajem de “100 dias de bicicleta em Portugal” que realizei em 2010, quando percorri 4520 km numa volta completa

Texto: Passear Fotografia: Paulo Guerra dos Santos

ao país, unicamente a pedalar. Tendo contactado com diversas pessoas ligadas às autarquias, ao turismo e ao desporto em duas rodas, quase todos me pergunta-vam se iria registar os percursos para que outros o pudessem seguir. Assim nasceu a ideia de registar em mapa e em GPS es-tradas, trilhos e caminhos com reduzido

Valença do Minho

Page 35: Revista Passear Nº 6

35tráfego automóvel, ou mesmo vias exclu-sivas para bicicletas, que permitirão aos viajantes visitar as localidades deste país utilizando como meio de deslocação a sua bicicleta. Passando pelos locais de maior beleza natural como rios, serras, lezírias, barragens, praias fluviais bem como o património construído, será fornecido ao viajante toda a informação sobre as infra-estruturas de apoio tais como onde dormir, onde comer, o que visitar, números úteis de serviços de emergência e segurança, ofici-nas de bicicletas, e ainda informação sobre a gastronomia e tradições típicas de cada região. Será criado também um mapa on-line com os percursos bem como o “track” de GPS com as principais indicações dos

caminhos a percorrer que qualquer pes-soa poderá descarregar gratuitamente.

PA – Projecto Ecovias Portugal e o res-to da Europa. Existe alguma ligação?PGS – O objectivo actual é o de pro-mover a utilização da bicicleta em Por-tugal aumentando o número de utiliza-dores deste modo de deslocação quer em meio urbano quer em viagens de turismo. Criando esta rede de percur-sos cicláveis, naturalmente que será de esperar um aumento de estrangeiros a visitar-nos de bicicleta. Visto que já existem projectos para construção em Portugal de troços da rede ciclável euro-peia EUROVELO, com a sua execução

Valença do Minho

Coruche - Mora

Leiria - Nazaré

Page 36: Revista Passear Nº 6

36

entr

evis

ta naturalmente que as futuras Ecovias se interligarão permitindo uma maior mo-bilidade a quem viaja pelo país de bici-cleta.

PA – O que já foi feito desde o seu sur-gimento?PGS – O projecto tem sido divulgado nos meios de comunicação social, per-mitindo que mais pessoas possam par-ticipar nele. Assim, com o apoio de di-versas pessoas já foi percorrida toda a Ecovia 1, de Lisboa a Badajoz, estando esta já definida em 80% da sua exten-são. Esta Ecovia permitirá uma fácil ligação de Lisboa a Espanha e à Rede EUROVELO. Contamos durante o mês de Setembro ter este percurso total-mente pronto e registado em GPS. Te-mos também registado a Ecovia 100, de Lisboa às praias da Costa da Caparica, um percurso com 10 km no total e uma viagem de cacilheiro na travessia do Tejo entre Belém e a Trafaria, acessível a qualquer pessoa.

PA – Quais os objectivos a curto e mé-dio prazo?PGS – No curto prazo contamos termi-nar a Ecovia 1, envolvendo as Câmaras Municipais por onde esta passa, pro-movendo o que estas regiões têm para

oferecer e perceber qual a popularidade e adesão da população em geral a esta nova forma de viajar. No futuro, contamos poder registar cerca de 20 a 30 percursos por todo o país, ilhas inclusive.Para isso, o apoio das instituições públi-cas ligadas ao turismo, à saúde e à mo-bilidade será fundamental, já que actual-mente este projecto não tem qualquer apoio financeiro ou logístico, contando apenas com a grande vontade e tempo de muitos adeptos das viagens em bicicleta.

PA – A população em geral pode colabo-rar no projecto? PGS – Para além de percorrerem a Ecovia 1 quando esta estiver pronta dando-nos a sua opinião e sugestões, qualquer pessoa pode sugerir percursos que tenha reali-zado e registado em GPS, ajudando-nos assim a conhecer melhor o país e a definir um percurso ciclável do ponto de vista do conforto e da segurança rodoviária na sua região ou noutras que conheça bem.

Para seguir o projecto: www.ecovias.pt.vu

Page 37: Revista Passear Nº 6

37

Mora

Mte Senhora da Graça

Vimieiro

Page 38: Revista Passear Nº 6

38

mod

alid

ades

ByKa – Um novo conceito

BYKA NÃO É MAIS DO QUE A DERIVAÇÃO DOS NOMES BYCICLE E KAYAK. NA AUSÊNCIA DE DENOMINAÇÃO, A AKADEMIA DO KAYAK, NA TENTATIVA DE IMPLEMENTAR EM PORTUGAL ESTA MODALIDADE, BAPTIZOU ESTE NOVO CONCEITO DE BYKA, ATENDENDO A QUE O MESMO ASSENTA NA UTILIZAÇÃO ALTERNADA DE BICICLETA E DE KAYAK.

Em países como o Canadá e os Estados Unidos, nos estados e cidades com relevos geográficos mais planos, esta modalidade tem sido um sucesso, com aumento signifi-cativo de adeptos.Aliando a pratica de exercício físico com a protecção ambiental, permite que os prati-cantes explorem rios e lagos com um mínimo de impacto ambiental, uma vez que as deslocações para os locais de acesso á água é feito de bicicleta e, na água, a deslo-cação é feita de kayak.Em Portugal temos excelentes condições para esta modalidade, uma vez que nos últi-

Texto: Jonas Oliveira

Page 39: Revista Passear Nº 6

39

mos anos assistimos a uma restruturação urbanística em todo o pais, com principal incidência no litoral, ao abrigo do Progra-ma Polis, através do qual se criaram infra-estruturas de lazer, tais como ciclovias, circuitos pedestres, parques de merenda, rampas de acesso á agua, praias fluviais, parques naturais, etc…A despoluição de rios e a sensibilização da sociedade para a protecção do ambiente funciona como uma marca para as próximas gerações.Os locais mais propícios para a prática deste conceito serão as ciclovias que acompanham os rios que não tem barra-gens, uma vez que a inexistência de al-bufeiras permite uma maior proximidade da água. Como exemplo temos o caso do Rio Minho que, não tendo barragens, a estrada e a ciclovia que vai desde Mon-ção até Caminha, acompanha na maior parte do percurso o rio. Já no Rio Douro, principalmente no Douro Internacional, a realidade é outra, atendendo a que as al-bufeiras encontram-se desniveladas entre si, com diferenças que chegam a atingir os 70 metros.O Alentejo é o local ideal para a pratica desta modalidade, uma vez que a grande albufeira do Alqueva permite que se faça turismo na agua e em terra, sempre com óptimos acessos e planícies propicias a quilómetros de pedaladas.

Page 40: Revista Passear Nº 6

QUE LIMITESO limite para a utilização do conceito ByKa, relativamente a distancias a per-correr, seja em bicicleta ou em kayak, depende da condição física do praticante, não havendo portanto um dado concreto sobre essa matéria. A utilização da bici-cleta, enquanto reboca o atrelado com o kayak, requer algum cuidado especial, quando se circula em meios urbanos, dado o comprimento do conjunto bici-cleta-kayak, o qual atinge aproximada-mente os sete metros. Ter sempre aten-ção ao trafego e nunca esquecer que os cinquenta – sessenta quilos rebocados, inibem grandes correrias. Ciclovias são sempre o local ideal para circular.Na água, navegar com a bicicleta monta-da no deck não é difícil se a bicicleta for das dobráveis, as quais podem ser colo-cadas na horizontal. Já com as bicicle-tas convencionais de montanha ou lazer, a navegação é mais instável, uma vez que a bicicleta é acomodada na vertical, afectando negativamente a estabilidade primária (estabilidade do kayak sem apoio). A estabilidade secundária (kayak em navegação) pouco se altera, desde que o praticante tenha em consideração que com o incremento do conjunto em altura, fica mais susceptível ao vento e á agitação marítima.

40

mod

alid

ades

Page 41: Revista Passear Nº 6

QUE KAYAK DEVO ESCOLHER?O kayak a usar deve ser rígido o suficiente para suportar o peso da bicicleta em cima do deck, quando em navegação, bem como ter caixas estanques para transportar o equipamento, tal como tenda, roupa, comida, não só na agua, mas também quando em circulação terreste. Kayaks desmontáveis como pneumáticos ou do tipo skin on frame não são indicados para este conceito, uma vez que não permitem o transporte eficaz do equipamento necessário, quando em navegação.No que concerne ao equipamento a usar, o custo do mesmo é relativamente económi-co, quando comparado com outras modalidades, não havendo necessidade de se in-vestir em modelos topos de gama. O preço dos kayaks pode variar entre os 500,00 e os 1200,00, as bicicletas, se possível dobráveis, custam +/- 120,00 e o carrinho para o kayak pode custar até 150,00. A pagaia custa +/- 40,00, os coletes para kayak +/- 35,00, capacete para a bicicleta +/- 30,00 e a iluminação para a bicicleta (também pode ser usada no kayak) +/- 30,00.

A SUA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA?Este mês de Setembro, entre os dias 08 e 17, a aKademia do kayak vai levar a efeito o desafio de descer o Rio Douro desde Miranda do Douro até á Foz, utilizando o kayak e a bicicleta como meios de deslocação durante a descida, sendo que a maior dificuldade será no Douro Internacional, com as subidas ingremes que terão de ser feitas com a bicicleta. Mais informações: http://www.akademiadokayak.com/

41

Page 42: Revista Passear Nº 6

42

cont

ato Magellan eXplorist 510

PREPARADO PARA TUDOOS EQUIPAMENTOS DE GPS PORTÁTEIS SÃO OS COMPANHEIROS IDEAIS NAS NOSSAS CAMINHADAS OU PEDALADAS. A MAGELLAN JÁ FOI UMA REFERÊNCIA NO SECTOR MAS, ALGUNS SOBRESSALTOS, FIZERAM-LHE PERDER A LIDERANÇA MAS, POUCO A POUCO, VOLTAM AO MERCADO COM NOVOS MODELOS.

O modelo eXplorist 510 é interessante pela sua versatilidade e simplicidade. Para a feitura deste artigo, tivemos a oportunidade de experimentar este equipamento du-rante vários dias. Todas as análises são um pouco subjectivas e a nossa não foge à regra. Com este trabalho pretendemos dar a visão de um utilizador que pretende usu-fruir de um equipamento GPS nos seus passeios a pé ou de bicicleta.O aparelho e manuseamento

- Ecrã táctil 3.0" a cores WQVGA.

- Câmara de 3,2 MP com auto-foco

que georeferencia imagens

- Memória para 2000 waypoints e

10.000 Geocaches.

- Padrão ambiental IPX-7

- Microfone para tomada de notas.

- Duração das pilhas:

aproximadamente 16H.

- Ranhura para uso de cartões

microSD.

- Memória interna: 2 GB

- World Edition (Edição Mundial).

Inclui uma rede de estradas, áreas

campestres, pontos de transporte

e pontos aquíferos de mais de 200

países.

Page 43: Revista Passear Nº 6

43

O eXplorist 510 é um equipamento agradável do ponto de vista estético e er-gonómico. Os principais botões podem ser accionados apenas com uma mão contudo, pareceu-nos um pouco “pesado” (+/- 200 g) quando equipado com as pilhas e um tanto ao quanto volumoso.Ao nível da utilização é necessário passar algum tempo com o equipamento para nos habituarmos aos seus menus e respectivas funções. Os painéis são simples e fáceis de ver pelo utilizador.Uma situação não muito fácil e que obriga a uma certa habituação é o da navegação para um determinado ponto (por exem-

plo, início de um percurso descarregado para o aparelho). Dos vários ecrãs de navegação o que mais apreciei foi o da bússola conjugada com o mapa. Uma vez encontrado o trilho a navegação faz-se bem mas é necessário ter em con-ta a precisão do GPS (por vezes tivemos erros de 4, 5 e 6 metros).Gostámos das possibilidades multi-média do eXplorist 510 nomeadamente fotografia, vídeo e gravador. A foto-grafia foi a que mais utilizámos pois é georeferenciada e podemos associar a uma marca de forma a ficar visível no percurso que estamos a fazer quando

Page 44: Revista Passear Nº 6

44

cont

ato transferido o percurso para o computa-

dor. Se não fazemos a transferência de informação, as imagens são visíveis no equipamento no percurso e numa pasta. A qualidade de imagem é boa e pode substituir, com efectividade, a utilização de uma máquina fotográfica indepen-dente. O zoom só funciona quando não estamos na qualidade máxima da ima-gem.A autonomia do equipamento é, segundo o fabricante, de 16 horas mas esta de-pende da qualidade das baterias utiliza-das. Por vezes, compramos pilhas mais baratas mas a durabilidade também é mais baixa!

Experimentámos o eXplorist 510 no seu suporte para bicicleta e o sistema funcio-na com segurança e também aqui a visu-alização é boa, sendo necessário uma afi-nação do brilho do ecrã.CARTOGRAFIA, SITES E SISTEMAS OPERATIVOSO site do importador Nautel possui alguma informação sobre o aparelho, cartografia e respectivos preços.O site da marca é mais desenvolvido e nele podemos tomar contacto com a car-tografia (existe a possibilidade de compra) existente para este modelo e fazer as ac-tualizações de software. A plataforma de comunicação do GPS com o nosso com-

Page 45: Revista Passear Nº 6

45

putador é a Vantage Point que mostrou ser simples e funcional. Ao nível da car-tografia a plataforma trabalha com um mapa mundi com pouco detalhe poden-do ser feito o sincronismo com os mapas inseridos no equipamento. A Magellan estabeleceu um acordo com a Digital Globe (www.digitalglobe.com), muito semelhante ao Google Map, para poder-mos traçar rotas e percursos. Para uma utilização permanente do Digital Globe temos que fazer uma subscrição anual que custa 29,99 dólares.O modelo que experimentámos vinha equipado com uma cartografia base do mundo e uma cartografia com mais por-

menor onde são inseridas as curvas de nível (desenvolvida pelo importador em Portugal). No eXplorist 510 podemos ins-talar cartografia marítima e rodoviária.No nosso computador, equipado com o sistema Vista, os conflitos com o Vantage Point são permanentes e não consegui-mos trabalhar em condições. No com-putador, com o sistema XP, não tivemos problemas apenas com o Digital Globe.CONCLUSÃOO eXpolrist 510 é um bom equipamento para os amantes da natureza devido à sua versatilidade. As suas capacidades técni-cas são um factor positivo aliadas a um preço competitivo.

FICHA TÉCNICAModelo: eXplorist 310

Marca: Magellan

Precisão GPS: 3 m

Padrão ambiental/estanquicidade: IPX-7

Duração da bateria (autonomia): 16 horas

Funcionamento: de -10º a 60º

Saída Áudio: Bips e altifalante

Coordenadas, Datums, Grelha Utilizada:

Mais de 100

Tipo de expansão de memória: micro SD™

Memória interna: 2G

Comando do utilizador: Ecrã táctil

Ecrã: 3.0” WQVGA

Resolução: 200 x 400 pixéis

Dimensão: 6,5 cm x 3,7 cm x 12,8 cm

Conectividade: mini USB

Câmara fotográfica: 3.2M

Microfone: Sim

Waypoints / Pontos: 2 000

Geocaches: 10 000

Cálculo de Áreas: Sim

Visualizador de imagens: Sim

Vista a 3D: Sim

Mapas: Mundo

Suporte para bicicleta: 19 Euros

Preço: 359,00€

Importador: Nautel, Lda.

Page 46: Revista Passear Nº 6

notí

cias

46

1.º Congresso de História e Património da Alta Estremadura

Em Ourém, nos dias 28, 29 e 30 de Outubro de 2011 vai ter lugar o congresso dedicado à História e Património da Alta Estremadura.Conscientes da importância do conhecimento da História e do Património para a identidade local e para o desen-volvimento regional, o Centro do Património da Estrema-dura (CEPAE) e a Câmara Municipal de Ourém vão coordenar a organização do 1.º Congresso de História e Património da Alta Estremadura.A área geográfica abrangida pelas comunicações é o Dis-trito de Leiria e o Concelho de Ourém.Em termos temáticos, comporta as seguintes secções:- Arqueologia- História- História da Arte- Património Cultural- Património NaturalContactos:

Centro do Património da EstremaduraTelefone e Fax: 244 766 199 E-mail: [email protected] http://www.alta-estremadura.net/[email protected]

Page 47: Revista Passear Nº 6

I Congresso Internacional da Rota do Românico

Nos dias 28, 29 e 30 de Setembro o auditório de Lou-sada recebe o primeiro Congresso Internacional da Rota do Românico.Um território materializa a lembrança de um aconteci-mento. As suas marcas identitárias, expressas em cri-ações e formas de apropriação do espaço pelo Homem, são reveladoras dos valores, modos de vida e experiên-cias das comunidades que o construíram, habitaram e vivenciaram.Vestígio de uma memória coletiva e de uma identidade, o Património afirma-se como um recurso insubstituível e propulsor de dinâmicas locais, regionais e nacionais. A sua proteção, valorização e uso, seja com objetivos

sociais, científicos ou didáticos, perfilam-se como paradigma central das estratégias de de-senvolvimento do território. O Património de matriz românica representa um exemplo magistral de identidade cultural e territorial. Modelo artístico associado à génese da Europa, o Românico assume significado maior no território do Tâmega e Sousa ao estar intimamente ligado às gentes e famílias que protagonizaram a fundação da Nacionalidade portuguesa.A conservação e promoção deste importante legado patrimonial tem norteado a atuação da Rota do Românico, procurando esta, numa missão mais ampla, constituir-se como fa-tor de coesão social e alavanca do desenvolvimento integrado do Tâmega e Sousa. Um desenvolvimento que não se pode dissociar do reforço da atratividade turística da região, assente na dinamização de um produto, a Rota do Românico, capaz de assumir um papel de excelência no âmbito do touring cultural e paisagístico. Ao considerar fundamental a investigação, o debate e a disseminação de conhecimento, pretende-se que este I Congresso Internacional da Rota do Românico constitua um mo-mento de alargada discussão e reflexão, de caráter multidisciplinar, dedicado ao Património e ao seu papel no desenvolvimento e promoção dos territórios.Mais informações:

http://www.rotadoromanico.com/vPT/Actualidades/Congresso/Paginas/Congresso.aspx

47

Page 48: Revista Passear Nº 6

II Festival de Observação de Aves em Sagres

Sagres é uma região muito especial. Não só a paisagem que a rodeia é espectacu-lar, como o seu património biológico é único na Europa. Aqui podemos encon-trar uma enorme diversidade de habitats, desde os marinhos aos florestais, pas-sando pelos estuarinos, os dunares e os agrícolas, que albergam, naturalmente, centenas de espécies de fauna e flora. Destacam-se vários endemismos florís-ticos, numerosos cetáceos, mamíferos terrestres e, claro, muitas aves.Estas são a principal atracção deste fes-tival que em 2010 deu a conhecer, em apenas três dias, mais de 100 espécies. Um número que em 2011 pretende ser superado, uma vez que durante a mi-gração outonal é comum a observação de mais de 190 espécies nesta zona. E

notí

cias

48

claro que, entre estas, contam-se muitas preciosidades, como a Águia-imperial, o Abutre-preto, a Cegonha-preta, o Falcão-da-rainha, a Águia de Bonelli, a Pardela-de-barrete, o Falaropo-de-bico-fino, a ta-rambola-carambola, entre outras.Por isso mesmo, a Câmara Municipal de Vila do Bispo em parceria com a As-sociação Almargem e a SPEA voltam a preparar um programa recheado de activi-dades, dirigido a diferentes públicos, de forma a dar a conhecer alguns destes sím-bolos alados da região. Saídas de campo para iniciantes, passeios de barco, acções de monitorização com especialistas, pa-lestras temáticas, cursos, jogos, tertúlias, actividades de educação ambiental, são a-penas algumas delas. E o esforço colectivo que existe em torno deste evento é igual-mente de salientar.Os agentes locais, incluindo alojamentos, restauração e animação turística, uniram-se para bem receber os participantes ofe-recendo preços especiais e outras vanta-gens. Por tudo isto, não deixe de visitar Sagres nos dias 30 de Setembro, 1 e 2 de Outubro e participar neste festival! Junte-se a esta comemoração da natureza!Mais informações:

http://www.birdwatchingsagres.com/

Page 49: Revista Passear Nº 6

Já na banca!Para sua comodidade encomende já o seu exemplar e receba-o em sua casa exactamente pelo mesmo valor de banca.

Sem Custos de Envioapenas€ 4,20

Para encomendar clique Pagamentos efectuados por transferência bancária ou envio de cheque.Para mais informações contacte: T: +351 261 867063 . E-mail: [email protected]

Edição nº17

Page 50: Revista Passear Nº 6

notí

cias

50

Ultra Rota dos TempláriosUm desafio do CLACA Ultra Rota dos Templários é um evento pedestre de 20 ou 45 km sem cariz competi-tivo mas que desafia a destreza de cada um.

Trata-se de um percurso circular e que per-corre toda a zona ribeirinha entre o Entron-camento e Constância, numa distância de 20km numa primeira fase. Seguidamente pela margem sul, Constância Sul, Arripi-ado, Tancos, Barquinha, Quinta da Cardi-ga e por fim Entroncamento que perfaz os 45 kms. Como pano de fundo temos o Rio Tejo e o Castelo de Almourol. Os caminhos serão quase na sua totalidade rurais e aces-síveis passando por algumas localidades com valor histórico. O início será às 07.00h junto ao pavilhão municipal do Entroncamento. O primeiro abastecimento alimentar terá lugar junto ao Castelo de Almourol por volta das 10.00h ou 12km. Seguidamente a passagem de bar-co de todos os participantes do Rio Zêzere

garante a presença no almoço ás 12.00h ou 20km em Constância. Aqui ficam os participantes que escolheram o per-curso até aos 20km e que a organização garantirá o regresso ao Entroncamento. Os que optaram pelos 45kms depois do almoço passarão o Tejo de barco para a margem sul e percorrerão caminhos por matas até ao miradouro do Castelo de Almourol onde será o segundo abas-tecimento, 33km ou 16.30h. Já no Arri-piado, os participantes passaram nova-mente o rio Tejo de barco para Tancos. Seguidamente Vila Nova da Barquinha e a misteriosa Quinta da Cardiga. Já de noite a hora prevista da chegada ao Entroncamento será aproximada-mente cerca das 20.00h. Será posta á disposição dos participantes, duche. O jantar está previsto às 20.30/21.00 ho-ras no pavilhão desportivo do Entron-camento, local do início.

1-Castelo de Almourol

Page 51: Revista Passear Nº 6

51

Apesar da organização não se responsabilizar pela condição física de cada elemento, esta garantirá o seu regresso. Informações sobre inscrições e outras em http://www.clac.pt/

1-Castelo de Almourol

2 -Constância

3-Constância Sul

4-Arripiado 5-Tancos

6-Vila Nova da Barquinha 7-Qinta da Cardiga

51

Page 52: Revista Passear Nº 6

equipamentos100% recomendado

52

Ortlieb -Alforge com design clássico

Alforge para a bicicleta com fecho de enrolar, impermeável, com um sistema QL1, um novo design mantendo características clássicas da Ortlieb. O susporte traseiro de encaixe só pode ter um diâmetro máximo de 16 mm. Com um revestimentos em PVC é feito em poliéster. Disponível em três designs e diferentes combinações de cores, com bolso interior, um reflector grande, uma alça de ombro para transporte e diversos acessórios opicionais.http://www.ortlieb.com/

Tatonka - Barrel EXP para as suas viagensNovo saco de viagem Barrel EXP da Tatonka com sistema inovador de compressão e fixaçãoEste saco de viagem pretence à coleção EXPedition da Tatonka, uma gama de equipamento de alta qualidade, e materiais resistentes. O saco pode ser comprimida e reduzida no seu tamanho com a ajuda de um sistema em alumínio que serve também de fixação. Duas alças de borracha e duas alças de ombros oferecem diferentes opções de transporte.http://www.tatonka.com/

novidades 2012

Page 53: Revista Passear Nº 6

Deuter - Mochila Spectro AC

53

A mochila Spectro AC da Deuter foi reformulada para providenciar uma posição confortável e mais leve sem colocar em causa a sua durabilidade e resitência.Esta gama de mochilas da Deuter já muitas vezes premiada tem crescido em volume e cores disponíveis.Quando materiais leves e a alta tecnologia se juntam num só equipamento sabemos que temos uma mochila exceptional. A Spectro deve a sua construção à patenteada Aircomfort FlexLite. A sua moldura interior é feita em metal com uma rede que permite uma circulação de ar dos três lados, graças também á sua flexibilidade segue o movimento do corpo. É leve o suficiente para actividades rápidas, e resistente o suficiente para actividades mais duras.A gama Spectro foi toda reformulada tornando-se ainda maior, foram adicionados alguns modelos e a capacidade das mochilas foram expandidas. Contúdo o modelo de maiorcapacidade, 36l, pesa apenas ainda 1.1 kg. Parece uma mochila mais inteligente, o seu design simples com cores em alguns detalhes para contraste preserva o se caracter técnico.http://www.deuter.com/

Columbia - Lança tecido Omni-Wick EVAP, Omni-Freeze Ice & OutDryO Omni-Wick Evap permite com que o suor evapore tão facilmente que você vai estar seco antes mesmo de saber que estava a transpirar. Este tecido é muito confortável e suave à pele. As roupas com tecnologia OmniFreeze de aclimatização parecem estar frias ao toque quando es-tão expostas ao suor, assim o seu utilizador nunca sentirá quente nem transpirado.O processo de construção do OutDry faz com que o calçado por exemplo seja totalmente respirável e impermeável. O seu peso é extremamente leve prevenindo a penetração de água e sujidade.http://www.columbia.com/

novidades 2012

Page 54: Revista Passear Nº 6

Ref:21

54

Haglöfs - A colaboração com a ASICSEm 2010 a ASICS - uma das principais empresas mundiais de calçados desportivo - foi adquirida pela Haglöfs. Isso tem dado à Haglöfs acesso à nova tecnologia, a capacidade de design, recursos de desenvolvimento e conhecimento extensivo de materiais. Os primeiros resultados da colaboração com a ASICS são quatro modelos de passeio. Os sapatos são mais suaves e mais leve do que botas tradicionais, dando um maior conforto ao utilizador e mais resistência. Como outros produtos Haglöfs, eles são versáteis e oferecem uma estabilidade que pode facilmente lidar com tudo, desde pedras e afloramentos rochosos e caminhos florestais com pedras e raízes.O Ridge é uma bota muito leve de andar, em couro macio e confortável. O sapato é igualmente apropriado para caminhadas na floresta ou em ambientes urbanos.A coleção Observe inclui três modelos de sapatos diferentes.O Observe Mid GT é um sapato para caminhadas de meia altura com uma parte superior em poliéster repelente de

água e durável, e com uma membrana Gore-Tex ® Extended Comfort que garante resistência à água e boa respirabilidade. Um sapato para grandes caminhadas nos meses de verão.O Observe GT é um sapato de altura normal, com propriedades de material idênticas ao Observe Mid GT. Um sapato altamente versátil para a floresta e ambiente urbano também.O Observe é um calçado com boa respirabilidade. A parte superior é feita de repelentes de água e malha de poliéster em 3D. Um sapato extremamente confortável para caminhadas na floresta ou na cidade durante os meses de verão.Todos os sapatos estão disponíveis em modelos de homem e mulher. http://www.haglofs.se/

100% recomendado

Page 55: Revista Passear Nº 6

Brunton - Novos frontais evoluidos tecnologicamenteEm 2012, o especialista Americano em outdoor Brunton vai apresentar uma nova série de cinco frontais. O fornecimento de electricidade e de carga do Glacier 320, 200 e 115 é agora possível através de um adaptador USB. E as lâmpadas vêm com SyncTechTM Brunton, um sistema especialmente concebido para o uso combinado de Power Packs Brunton e painéis solares.O chamado SyncTech ™ Brunton especialista outdoor oferece integração completa do sistema para a gama de produtos: tecnologias de células solares, pacotes de energia portátil e lâmpadas são coordenadas com precisão. Para mais flexibilidade em termos de fornecimento de electricidade, as três versões de topo têm um adaptador USB para accionamento e de carga. Isso significa que: a cada realização de porta USB - por exemplo, todos os PC - pode ser usado como uma fonte de energia para os frontais.Em breve, mais informações em www.Bruntonoutdoor.com

55

Adidas - Terrex Fast R é uma nova bota, leve com a nova sola Traxion®

Apesar do seu leve peso a Terrex Fast R oferece toda a confiabilidade e estabilidade que é preciso para grandes caminhadas em terrenos difíceis.A sola Traxion® com um novo composto de borracha da Continental garante uma adesão ao solo mesmo a grandes velocidades e em todas as condições climatéricas. A aderência é exceptional em seco ou molhado. Este nível de segurançaé também uma consequência da tecnologia 3D Formotion na zona do calcanhar.http://www.adidas.com/

Page 56: Revista Passear Nº 6

VII Festival de Jardins de Ponte de Lima

VISÕES DA FLORESTA

P A R A Q U E M S E N T E A N A T U R E Z A

P.V.P. € 4.20 (Continente) IVA incluído

DOSSIER Equipamentos

Urbanos

2011 TUDO SOBRE JARDINSNÚM

ERO 17

A família cresce: na Primavera de 2009 começou a euforia quando apareceram os primeiros podadores de sebes a bateria STIHL. Agora, os profissionais e os amantes da jardinagem podem recorrer a outros quatro aparelhos com tecnologia Ião Lítio, descobrindo valiosos aliados, sobre-tudo, em zonas sensíveis ao ruído. Os novos modelos a bateria STIHL: um soprador, duas foices a motor e uma motosserra - assim como o cortador de relva VIKING – acrescentam numerosas vantagens: trabalham com baixos

níveis de ruído e sem emissões de gases, não necessitam cabos nem tomadas proporcionando assim uma liberdade de movimentos absoluta. Especialmente prático é o facto de que, graças a um desenho inovador, as três baterias dis-poníveis e os carregadores de 36 V são compatíveis com qualquer das cinco famílias de aparelhos a bateria.

Consulte o distribuidor especializado STIHL mais próximo, veja em www.stihl.pt.

Sistema a bateria Ião LítioInteligente, inovador, único – genuinamente STIHL

N.º 17 . ANO IV . 2011

ARQUITETURA PAISAGISTA Passatempo 03

NOVIDADERecriar

Ambientes

Garden DesignPEQUENOS JARDINS URBANOS

HIGH LINEA FORÇA DE UMA COMUNIDADE ATIVA

Casa do Castelo na Atouguia da Baleia

P.V.P. € 4.20 (Continente) IVA incluído

N.º 14 . ANO IV . 2010 | 11

Lareiras32

Holland ParkUrbanismo de excelência

2010 | 11 TUDO SOBRE JARDINS

NÚMERO 14

A Força da Vida no Jardim

Encontre o distribuidor STIHL e VIKING mais próximo em www.stihl.pt

Cuidar do relvado sem limites…Cuidar do relvado assim,

é muito fácil: Até 125 cm de largura de corte,

cesta de recolha até 350 litros de volume e excelente manuseamento durante

a condução. Utilização e capacidade de corte - são apenas alguns dos aspec-

tos fascinantes que os novos tractores corta-relva VIKING afirmam de modo a

convencer-nos.Um exclusivo do seu distribuidor STIHL e VIKING. Dirija-se a ele e peça-lhe uma

demonstração.

P A R A Q U E M S E N T E A N A T U R E Z A

EntrevistaD. Duarte de Bragança

Buddha EdenJardim da Paz

Sugestões Presentes

modelos para o seu jardim

www.tudosobrejardins.com

Nas baNcas todo o aNo.Subscreva também a revista digital mensal totalmente gratuita

escreva para [email protected]

www.lobodomar.net | T. +351 261 867 063 | Tm. +351 96 551 00 41

Jardins verticais e telhados vivos, as estrelas noChelsea Flower show

P a r a q u e m s e n t e a n a t u r e z a

P.V.P. € 4.20 (Continente) IVA incluído

Rota da Biodiversidade de Lisboa

2011 TUDO SOBRE JARDINS

NÚMERO 16

A família cresce: na Primavera de 2009 começou a euforia

quando apareceram os primeiros podadores de sebes a

bateria STIHL. Agora, os profissionais e os amantes da

jardinagem podem recorrer a outros quatro aparelhos com

tecnologia Ião Lítio, descobrindo valiosos aliados, sobre-

tudo, em zonas sensíveis ao ruído. Os novos modelos a

bateria STIHL: um soprador, duas foices a motor e uma

motosserra - assim como o cortador de relva VIKING –

acrescentam numerosas vantagens: trabalham com baixos

níveis de ruído e sem emissões de gases, não necessitam

cabos nem tomadas proporcionando assim uma liberdade

de movimentos absoluta. Especialmente prático é o facto

de que, graças a um desenho inovador, as três baterias dis-

poníveis e os carregadores de 36 V são compatíveis com

qualquer das cinco famílias de aparelhos a bateria.

Consulte o distribuidor especializado STIHL

mais próximo, veja em www.stihl.pt.

Sistema a bateria Ião LítioInteligente, inovador, único – genuinamente STIHL

N.º 16 . ANO IV . 2011

Dossier42 Equipamentoslagos & Fontes

Campanha de Assinatura Oferta 29,95€ veja na pág.48

aRquitetuRa Paisagista Passatempo 02

capa 16.indd 1

29-05-2011 14:53:24

Aniversário

Anúncio Consagro 2011.indd 1 24-08-2011 12:11:42