revista passear natal 2012

76
passear sente a natureza by Nº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído) Vila de Rei Sentir a Natureza BTT Parque Natural do Guadiana GRANDE ROTA DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA DESTINO CASTELO DE ANSIÃES Passeio Jardins de Lisboa

Upload: municipio-de-vila-de-rei

Post on 22-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

A revista “Passear”, na sua edição de Dezembro de 2012, faz capa e uma reportagem especial intitulada “Vila de Rei, Sentir a Natureza”.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Passear Natal 2012

passearsente a natureza

byNº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Vila de ReiSentir a Natureza

BTTParque Natural do Guadiana

GRANDE ROTADA SERRA DAS

MESAS À SERRA DA GATA

DESTINOCASTELO

DE ANSIÃES

PasseioJardins de Lisboa

ASSINATURA ESPECIAL NATAL

veja p. 52

Page 2: Revista Passear Natal 2012

Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

2

Capa Fotografia Vila de Rei(pág. 20)

Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

Grafismo

Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

Contacto +351 965 761 000email [email protected]/lobodomardesign/comunicar

www.passear.com

Contamos consigo. Ofereça uma assinatura da revista PassearPorque estamos numa época natalícia a revista Passear lançou uma campanha de oferta de assinaturas (ver pág.52). É importante para as revistas o suporte dos seus leitores e a assinatura é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do projeto editorial.

Nesta edição publicamos duas crónicas muito interessantes de dois novos colaboradores. Na área do pedestrianismo, José Callixto através de uma escrita muito visual narra-nos a sua experiência e de mais um grupo de caminheiros na Grande Rota, da Serra das Mesas à Serra da Gata.Em BTT, mas com uma forte vertente turística, 4 Companheiros do Colinas Bike Tour foram pedalar, durante três dias, pelo Parque Natural do Guadiana. Nesta edição publicamos o primeiro dia desta aventura.Passámos 5 dias em Vila de Rei a descobrir o seu potencial de Natureza e, nesta edição, apresentamos, de uma forma sintética, o que descobrimos pois, em posteriores edições, iremos desenvolver o tema de Vila de Rei.Boa leitura e não deixe de nos apoiar com a Oferta de uma Assinatura a quem mais gosta.BOM NATAL E UM BOM ANO NOVO SEMPRE EM CONTACTO COM A NATUREZA.

[email protected]

Page 3: Revista Passear Natal 2012

14Edição Nº.20

PUB

Sumário

04 Atualidades14 Equipamentos20 Vila de Rei28 Caminhada Grande Rota40 Crónica BTT Guadiana52 ASSINATURA PASSEAR54 Destino Castelo de Ansiães68 Passeio Jardins de Lisboa

543

20

28

68

Page 4: Revista Passear Natal 2012

atua

lidad

es

4

Caminhos de Fátima, novo Caminho do Mar

Centro Nacional de Cultura e autarquias assinaram, no passado dia 28 de Novem-bro, um protocolo para a idealização e sinalização do Caminho do Mar que ligará Cascais ao Santuário de Fátima.Em Cascais passará a iniciar-se o Caminho do Mar, percurso que vai envolver também os municípios de Sintra, Mafra, Torres Ve-dras, Bombarral, Óbidos, Caldas da Rain-ha, Alcobaça, Porto de Mós, Batalha e Ou-rém. A partir daqui, serão assinalados com setas azuis e marcos, caminhos pedonais seguros até ao destino final dos peregri-nos: Fátima ou Santiago de Compostela. “Trata-se de um percurso de aproximada-mente 150 quilómetros, por caminhos de terra e algumas estradas secundárias, pas-sando por onze concelhos”, disse à Lusa Lourenço de Almeida, da direção do Cen-

tro Nacional de Cultura e responsável pelo projeto Caminhos de Fátima.O projeto Caminhos de Fátima foi orien-tado inicialmente pelo arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, antigo presidente do Centro Nacional de Cultura, estando já sinalizados o Caminho do Tejo, com início em Lisboa, o Caminho do Norte, com iní-cio em Valença passando pelo Porto e Co-imbra, e o Caminho da Nazaré, num total de cerca de 500 quilómetros.Ao identificar estes percursos pedonais mais seguros pretende-se encaminhar os milhares de pessoas que peregrinam a pé para Fátima e para Santiago de Composte-la, todos os anos e ao longo de todo o ano, para zonas pedonais mais seguras, longe das estradas onde o perigo e acidentes es-preitam a cada quilómetro.

Page 5: Revista Passear Natal 2012

5

Algarve e Alentejo com ações de promoção conjuntasO Turismo do Algarve e o Turismo do Alentejo vão realizar ações de promoção em conjunto a partir do próximo ano, no âmbito de uma parceria que tem por obje-tivo aproveitar sinergias e estratégias co-muns às duas entidades regionais.A criação de um guia de ecoturismo, bird-watching e percursos de natureza e de BTT no parque natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e no parque natural do Vale do Guadiana e a realização do Festi-val das Gastronomias Mediterrânicas, em Lisboa, são duas das principias iniciativas acordadas entre os dirigentes daquelas entidades.A presença de stands promocionais do Al-garve e do Alentejo nos principais eventos das duas regiões, assim como a existência de informação sobre a oferta de ambos os

territórios nos postos de turismo também fazem parte da parceria.«É fundamental aproveitar as sinergias e o potencial dos dois territórios. O Alentejo e o Algarve, pela proximidade geográfica e complementaridade da oferta turística, têm muito a ganhar com uma estratégia de promoção conjunta», explica o responsável pelo Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva.Para o presidente do Turismo do Algarve, «a parceria entre as duas regiões é impor-tante tanto numa lógica de continuidade territorial e de convergência de interesses, como no desenvolvimento turístico e pro-jeção dos destinos dentro e fora do País», conclui Desidério Silva.

Page 6: Revista Passear Natal 2012

atua

lidad

es

6

O evento terá lugar dia 16 de Dezembro, na cidade do Porto e será organizado pela FPCUB e pelo Clube de Bicicletas do Porto.O objetivo do Festival é a angariação de géneros alimentares para uma instituição de solidariedade que irá estar presente no dia. Os participantes deverão oferecer alimentos não perecíveis (por exemplo: enlatados, arroz, massa, leite, etc.) entregando-os neste dia à organização.Será um festival solidário com muita animação, com um encontro de bicicletas antigas e um passeio para todas as bicicletas. Haverá ainda animação de rua.

Festival da Bicicleta Solidária no Porto

Na edição 19 da revista Passear cometemos uma imprecisão na notícia “Seminário Rotas & Percursos Culturais”. O estudo referido é de autoria de Pportodosmuseus e não da Fundação da Juventude.

Correção

Com Eduardo Salavisa no dia 05 de janeiro 2013Esta “viagem” terá como suporte um instrumento muito simples (back to basic): o Diário Gráfico ou de Viagem.Eduardo Salavisa entende-o como um caderno de pequenas dimensões, portátil, onde se registam apontamentos desenhados sobre o que nos rodeia ou sobre o que vamos refletindo, incentivando-nos a sermos mais observadores, a dese-nharmos mais sistematicamente e, em consequência, a sermos mais criativos.Ter o hábito de transportar este tipo de caderno faz com que o nosso quotidiano se possa transformar numa viagem e o inverso, isto é, numa viagem prestamos mais atenção a pormenores do quotidiano. Para mais informações:

Desenhar no Diário de Viagem, no Mosteiro de Tibães

Page 7: Revista Passear Natal 2012

Logótipos, Estacionários, branding e rebranding de todos os suportes da sua empresa

Micro-sites, Webdesign, Banners (Flash/Gif)

Anúncios, Roll-ups, Outdoors, Stands

Revistas, Livros, Newsletters, Flyers, Desdobráveis, Catálogos

Press Releases

Fotografia

em concreto:

Para informações mais detalhadas:site: www.wix.com/lobodomardesign/comunicare-mail: [email protected]

Tel: + 351 261867063Tlm: + 351 965761000

Page 8: Revista Passear Natal 2012

8

atua

lidad

es

Presépio de rua em Monsaraz

Presépio de Rua com novas figuras em tamanho real regressa à vila medieval de Monsaraz e vai fazer alusão à vitivini-cultura e à olaria. O Presépio de Rua com figuras em tama-nho real vai regressar no sábado, dia 1 de dezembro, à vila medieval de Monsaraz. A inauguração realiza-se às 17h e o pre-sépio poderá ser apreciado até ao dia 6 de janeiro.O Presépio de Rua terá 46 figuras e vai estar distribuído pelas ruas da vila até ao Largo do Castelo, local onde haverá uma choupana com a manjedoura e o conjunto principal, a Virgem, São José e o Menino. A autora do Presépio, a escultora Teresa Martins, criou mais três figuras este ano, nomeadamente um cavalo puro-sangue árabe com um guarda montado que estará à entrada de Monsaraz, uma figura femini-na que ficará junto a uma talha e que será

enquadrada numa área onde será feita uma alusão à vitivinicultura e à olaria, e uma ra-pariga com um cesto no braço que integrará o elenco.Monsaraz vai receber a representação da Natividade com este presépio formado por figuras construídas a partir de grandes es-truturas de ferro e rede recobertas por panos de cor crua, impermeabilizados e tratados para o efeito, com as caras e as mãos fei-tas em cerâmica. Este ano todas as figuras foram novamente pintadas com tons pastel, rosa velhos e lilases. Pelo décimo terceiro ano consecutivo, o Município de Reguengos de Monsaraz apresenta esta iniciativa de promoção turís-tica com méritos firmados e elevada cria-tividade no domínio da animação temática de conjuntos históricos. Todas as figuras vão estar iluminadas, resultando num efeito visual apreciável para os visitantes que se deslocarem à vila histórica durante a noite.Os milhares de turistas que se deslocam a Monsaraz durante esta época do ano po-dem fazer um percurso pelas ruas históricas “acompanhados” pelas figuras que repre-sentam a Natividade, como os Reis Magos, os guardas do castelo, o pastor, a lavadeira, a fiadeira e o almocreve. Em cada ano, as figuras são colocadas noutros locais da vila medieval, atribuindo-lhes um sentido dife-rente.

Page 9: Revista Passear Natal 2012

9

Fortificações de Elvas inscritas na lista do Património Mundial pela UNESCOPor decisão tomada na 36ª sessão do Comité do Património Mundial, reunido em São Petesburgo, na Rússia, foram ins-critas na Lista de Património Mundial as Fortificações de Elvas, na categoria de bens culturais.Fundadas no reinado de D. Sancho II e construídas sobre uma estrutura muçul-mana, foram incluídas na Lista Indicativa do Património Mundial da UNESCO em 2009.A candidatura das fortificações abrangia vários monumentos - os fortes de Santa Luzia, do século XVII, e da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a muralha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira.Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois

quilómetros a norte da cidade de Elvas, cons-titui um dos símbolos máximos das for-talezas abaluartadas em zonas fronteiriças.O conjunto de fortificações de Elvas é o maior do mundo na tipologia de fortifi-cações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de cerca de 300 hectares.O Comité do Património Mundial inscreveu nesta 36ª sessão 26 novos sítios na Lista do Património Mundial, no ano em que se comemora o 40º aniversário da Convenção para a protecção do património cultural e natural. As 26 novas inscrições incluem 5 sítios naturais, 20 culturais e um misto, per-fazendo actualmente a lista um total de 962 bens. O número de países com património mundial cresceu para 157, com a inscrição de sítios no Chade, Congo, Palau e Palestina.Fonte: IGESPAR

Forte

da

Gra

ça -

© M

unic

ípio

de

Elv

as

Page 10: Revista Passear Natal 2012

10

atua

lidad

es

Conclusão do Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves O Grupo de Trabalho Interministerial, co-ordenado pelo IMTT, concluiu e apresentou ao Governo o projeto de “Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves 2013-2020”. Este Grupo foi constituído na sequên-cia da Resolução da Assembleia da República n.º 3/2009, pelo Despacho Interministerial n.º 11125/2010 e integra vários organismos da administração pública central do Estado, em representação dos Ministérios da Econo-mia e do Emprego, do Ambiente, do Mar, da Agricultura e do Ordenamento do Território, da Educação e Ciência, da Saúde e da Ad-ministração Interna, e também a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Asso-ciação Nacional de Freguesias e o Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável.No início dos trabalhos beneficiaram da par-ticipação pública, com audições de entidades-chave (stakeholders) em diferentes áreas de intervenção: municípios, operadores de transporte, associações de utilizadores, or-ganizações não-governamentais e entidades ligadas à mobilidade, indústria e inovação e através do lançamento de um questionário

online aberto a todos os cidadãos.A promoção de meios de transporte mais sustentáveis constitui a grande motivação e o principal desafio do projeto de Plano e inscreve-se num novo paradigma de mo-bilidade que tem em vista combinar o desen-volvimento económico das cidades e vilas e as acessibilidades, transportes e mobilidade, com a melhoria da qualidade de vida.O Plano foi desenvolvido para o período 2013-2020, com a seguinte Visão:Valorizar o uso da bicicleta e o “andar a pé” como práticas de deslocação quotidiana dos cidadãos, integradas no sistema de trans-portes e dando prioridade a critérios de sus-tentabilidade e eficiência económica, ambi-ental e social;Orientar as políticas públicas urbanas para o objetivo da mobilidade sustentável, prote-gendo o espaço público e a saúde e bem-estar dos cidadãos.O sucesso do Plano e a concretização do vasto conjunto de medidas e ações previstas, dependerá do envolvimento, empenho e par-ticipação, a nível nacional e local de elevado número de organismos públicos, de agentes económico-sociais e de cidadãos.O projeto de Plano foi submetido à aprovação do Governo, através das tutelas de todas as entidades que integraram o Grupo de Traba-lho, seguindo-se, os passos necessários à sua validação, em função das orientações go-vernamentais, após o que haverá lugar a um período de consulta pública e de discussão com os stakeholders.Fonte: IMTT

www.lobodomar.net

NOVO SITEVisite-nos

siga

-no

s e

mfa

ce

bo

ok.

co

m/e

dito

ralo

bo

do

ma

r

Page 11: Revista Passear Natal 2012

www.lobodomar.net

NOVO SITEVisite-nos

siga

-no

s e

mfa

ce

bo

ok.

co

m/e

dito

ralo

bo

do

ma

r

Page 12: Revista Passear Natal 2012

Castro do Zambujal

Presidência do Conselho de Ministros pro-cede à ampliação da área classificada do «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze» pelo Decre-to n.º 35 817, de 20 de agosto de 1946, e altera a respetiva denominação através do Decreto n.º 28/2012 de 20 de novembroPelo Decreto n.º 35 817, publicado no Diário do Governo, de 20 de agosto de 1946, foi classificado como monumento nacional o «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze».Localizado a cerca de 3 km a sudoeste da ci-dade de Torres Vedras e identificado pelo in-

vestigador torreense Leonel Trindade no ano de 1932, o agora redenominado Castro do Zambujal foi alvo das primeiras escavações arqueológicas em 1944 e 1959.A longa história das pesquisas arqueológicas aqui efetuadas e a extensa documentação publicada converteram o denominado Cas-tro do Zambujal num dos mais emblemáticos sítios arqueológicos portugueses, assumindo um papel de revelo para o conhecimento das primeiras sociedades agro metalúrgicas do Calcolítico na Península Ibérica.As fortificações do Castro do Zambujal re-velam especial valor patrimonial, uma vez que evidenciam um excelente estado de con-servação em altura, sendo particularmente representativas das primeiras construções defensivas erigidas em território nacional.

12

atua

lidad

es

Page 13: Revista Passear Natal 2012

13

Foram recentemente identificadas, no topo da elevação, quatro linhas de muralha, edificadas durante o 3.º milénio a. C., registando cinco fases de construção. As pesquisas efetuadas a partir de 1994 fundamentam um alargamento da área inicialmente classificada, ascendendo a um perímetro cinco vezes superiores ao atual. Os limites do bem a classificar incluem a quarta linha de muralhas, intervencionada nas recentes campanhas, bem como áreas de ocupação no sopé da elevação. A área estimada indica que o Castro do Zambujal corresponde a um dos mais extensos povoados calcolíticos da Estremadura.Assim, pelo presente diploma, procede-se à ampliação da área classificada, de forma a passar a abranger um total de cerca de 5 ha e à redenominação do sítio classificado.A ampliação de classificação do Castro do Zambujal tem por base os critérios cons-tantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao valor esté-tico, técnico ou material intrínseco do bem, à conceção arquitetónica, urbanística e pai-sagística, à extensão do bem e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva e à importância do bem do ponto de vista da investigação histórica ou científica.A zona especial de proteção do bem imó-vel cuja área classificada é ampliada pelo presente decreto é fixada por portaria, nos termos do disposto no artigo 43.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro.Foram cumpridos os procedimentos de audição dos interessados, previstos no artigo

27.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, de acordo com o disposto nos artigos 100.º e seguintes do Código do Procedimento Ad-ministrativo.Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, e nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Consti-tuição, o Governo decreta o seguinte:Artigo únicoClassificação1 — É ampliada a área classificada do «Monu-mento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze», na freguesia de Santa Maria, con-celho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, classificado como monumento nacional pelo Decreto n.º 35 817, publicado no Diário do Governo, de 20 de agosto de 1946, passando a abranger uma área total de cerca de 5 ha, incluindo a quarta linha de muralhas interven-cionada nas recentes campanhas e as áreas de ocupação no sopé da elevação, conforme planta de delimitação constante do anexo ao presente decreto, do qual faz parte integrante.2 — O monumento nacional referido no número anterior passa a ser designado por Castro do Zambujal, localizado no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria do Caste-lo e São Miguel (Torres Vedras), concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa.

Page 14: Revista Passear Natal 2012

equipamentos100% recomendado

14

Equipamento BásicoApresentamos a proposta de Equipamento Básico para a re-vista Passear de autoria da STrail. A relação preço/qualidade e a utilização não muito agressiva foram as bases da escolha.

Actives Merino Roundneck da Haglöfs Primeira camada de utilização múltipla que mantém o corpo quente, em condições climatéricas que o exijam, e a comodi-dade necessária, graças às suas fibras de lã Merinas naturais. CARACTERÍSTICAS:- Peso - 210g (tamanho L)- Primeira camada ligeira, desenvolvida em 100% lã Merina- Corte justo ao corpo para aumentar a comodidade- As fibras de lã aumentam a capacidade térmica e melhoram a respirabilidade/gestão da transpiração- Excelente relação entre peso e capacidade de aquecimento- Controlo do odor natural através das fibras de lã- Tecido elástico para permitir grande liberdade de movimen-tos- Costuras lisas para um máximo de conforto junto à pele- Costuras do lado exterior em áreas chave para evitar irritação da pele.Preço: 64,99 € / Comercialização: S-Trail (www.s-trail.com)

M Venture Jacket da North Face Casaco ligeiro, impermeável e transpirável, com costuras sela-das, para resistir às piores condições meteorológicas. Fabricado com a membrana HyVent® da marca The North Face, com tratamento DT, o qual consiste num interior em micropontos que separa fisicamente a membrana da pele, eli-minando, desta forma, mais facilmente o suor e aumentando a respirabilidade do casaco em cerca de 30%. É um casaco que proporciona as condições ideais para realizar as mais diversas atividades: montanhismo, alpinismo, corrida, caminhada, escalada...

Page 15: Revista Passear Natal 2012

15

CARACTERÍSTICAS:- Peso - 379g- Material - 40D 92 g/m2 nylon ripstop HyVent™ DT 2.5L- Impermeável, transpirável e com costuras seladas- Revestimento suave na zona do queixo- Abertura frontal com fecho e Velcro®- 2 Bolsos para as mãos com fecho, para poder guardar pequenos objetos- Abertura com fecho debaixo dos braços, para aumentar a respirabilidade durante a atividade- Punhos elásticos e ajustáveis com Velcro®- Cordão ajustável ao nível da cintura- Capuz totalmente ajustável- Elevada capacidade de compressão para o transporte num dos bolsos para as mãosPreço: 131,29 € / Comercialização: S-Trail (www.s-trail.com)

Comfort Trekker da Bridgedale Concebida para trekking e hiking, ideal para qualquer estação.50% Coolmax® / Polyester27% Merino Wool22% Nylon / Polyamide1% Lycra® / ElastaneTamanho M - Tamanho 40 - 43Preço: 17.72 € / Comercialização: S-Trail (www.s-trail.com)

Actives Liner Glove da HaglöfsLuva interior elástica, desenvolvida em Polartec® Power Dry®, com excelente relação entre peso e capacidade de aquecimento.

CARACTERÍSTICAS:- Peso - 25g (tamanho M)- Excelente relação entre peso e capacidade de aquecimento- Acabamento interior suave- Bastante respiráveis, para manter a pele seca e cómoda- Desenvolvidas com número mínimo de costuras- Costuras lisas para aumentar o conforto e a durabilidade- Desenvolvidas em Polartec® Power Dry® e tecido reciclado.Preço: 24,99 € / Comercialização: S-Trail (www.s-trail.com)

Page 16: Revista Passear Natal 2012

forma fácil e rápida á grelha traseira da bici-cleta através de duas fitas de velcro. Quando transporta cargas mais pesadas a alça amovível e ajustável deve ser usada como terceiro pon-to de fixação. Pode ser transportada ao om-bro tipo “Mensager bag” ou á mão quando usada fora da bicicleta. Feitas em tela vinílica estampada e lona vinílica lisa resistente á água e lavável. Interior com compartimento para pequenos objetos. Placa rígida na base para garantir uma maior rigidez. As dimensões são 40x35x15cm e tem uma Capacidade de carga de 22 litros.

https://www.facebook.com/pages/Bash%C3%B4-Cycling-Club/166262130138109

16

100%

recomendado

Bashô Cycling Club é uma oficina artesanal que constrói bagagem para bicicletasA missão é aumentar o conforto e a eficiência da bicicleta como meio de transporte diário ou em viagens.Inspiraram-se no espírito dos diários de viagem do poeta japonês; ver, ouvir e sentir os sinais do caminho são a essência da viagem. Para a Bashô Cycling Club a bicicleta é o meio de transporte que melhor serve a arte de viajar, permite saborear com prazer o caminho.

Shopping BagMala para o dia-a-dia que prende de forma fácil e rápida á grelha traseira da bicicleta através de duas fitas de velcro, sem compro-meter o conforto quando transportada ao ombro. Feitas em tela vinílica resistente á agua e lavável. As dimensões são 35x30x12cm. In-terior com compartimento para placa rígida amovível para garantir uma maior rigidez. Ca-pacidade de carga 12 litros.

Sacos para viagemMala com maior capacidade de carga, para utilização em viagens ou no dia-a-dia. Tampa de enrolar que permite ajustar o tamanho do saco ao conteúdo transportado. Prende de

Page 18: Revista Passear Natal 2012

18

Kalkhoff BikesFABRICADAS NA ALEMANHA AS BICICLETAS KALKHOFF ESTÃO EM PORTU-GAL PELA MÃO DA E-MOBILITY-SYSTEMS.COM, LDA. E COMERCIALIZADAS NA LOJA DOURO BIKE.

A loja DouroBike foi instalada em Janeiro 2011 na Foz do Douro no Porto e é uma das primeiras lojas do país dedicada a mobilidade urbana, com bici-cletas elétricas, citadinas e de transporte.A aposta do representante em Portugal é nas gamas Fitness e Allround (híbridas) caracteriza-das pela sua fiabilidade e versatilidade. As bicicle-tas das duas gamas são equipadas sempre com dínamo no cubo da roda dianteira, guarda-lamas, luzes e bagageira.Nos modelos temos sistemas de propulsão com velocidades internas (7, 8, 11 ou 14 velocidades) ou c/ velocidades externas entre 24, 27 ou 30 ve-locidades.

100%

recomendado

O peso das bicicletas destas duas gamas está compreendido entre 12 e 18 kg, conforme do equipamento e dos componentes usados.Ao nível de preços temos modelos a partir de 450,00 € na gama de entrada depois, na gama média, entre 550 e 750 € e a seguir uma gama alta entre 800 e a 1500,00 €.O fabricante alemão desenvolve também uma gama extensa de bicicletas elétricas. Para além da utilização urbana do dia-a-dia tem-se no-tado uma procura cada vez maior de pessoas que gostam utilizar uma bicicleta “Trekking” nas viagens e que gostam de ter um suporte elétrico nas subidas.

Page 19: Revista Passear Natal 2012

19

Para saber mais sobre a gama “Fitness”:http://www.kalkhoff-bikes.com/de/de/modelle/2013/category/fitness-9.htmlPara saber mais sobre a gama “Allround”:http://www.kalkhoff-bikes.com/de/de/modelle/2013/category/allround-10.htmlPara saber mais sobre as E-Bikes:http://www.kalkhoff-bikes.com/int/en/models/2013/category/e-bike-8.html

Page 20: Revista Passear Natal 2012

dest

ino

20

Texto: C.M.V.R. e V.M.G. Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

Vila de ReiUm destino de NaturezaVILA DE REI É NORMALMENTE ASSOCIADO AO CENTRO GEO-DÉSICO DE PORTUGAL MAS, É MUITO MAIS DO QUE ISSO E NOS 5 DIAS QUE LÁ PASSEI DEU PARA DESCOBRIR UM DESTINO DE NATUREZA.

Page 21: Revista Passear Natal 2012

Vila de ReiUm destino de Natureza

21Com o apoio da autarquia de Vila de Rei e de alguns agentes económicos lo-cais passei 5 dias no centro de Portugal à descoberta da sua oferta de Natureza. Sinceramente não fazia ideia do poten-cial que a região oferece no que diz res-peito a percursos de pedestrianismo, BTT, bicicleta de trekking e canoagem.Nesta edição vamos fazer uma apresen-tação sumária da região sendo que, em futuras edições, iremos aprofundar o potencial de Vila de Rei.Quero também prestar o meu agradeci-mento público ao técnico da câmara Bruno Cardoso que me acompanhou durante os dias de estada em Vila de Rei

e foi um guia de excelência devido ao seu conhecimento do terreno complemen-tado por uma forte cultura geral. Ainda na maré de agradecimentos não poderia deixar de mencionar Eduardo Lyon de Castro, proprietário da casa Abrigo, que através da sua simpatia e conhecimento fez-me ver Vila de Rei como um local de grande potencial.

EnquadramEnto histórico

“Em tempos recuados e de acordo com os vestígios mais antigos que existem na área do concelho, terão sido os Celtas e depois os Romanos, os primeiros habi-tantes. Tratando-se contudo de uma zona

Page 22: Revista Passear Natal 2012

22

geologicamente muito antiga, onde é possível encontrar com alguma frequên-cia fósseis e outros vestígios pré-históri-cos, é provável que povos muito mais antigos por aqui tenham vivido.Após o nascimento da nacionalidade, a primeira data relevante remete-nos para o foral de D. Dinis, que em 19 de Setem-bro de 1285 cria o concelho de Vila de Rei. Este foral foi mais tarde renovado por D. Manuel I, em 1 de Outubro de 1513. No século XIV, tanto a Ordem dos Templários como a Ordem de Cristo, po-voaram, desenvolveram e defenderam este território.Mais recentemente, no início do século XIX, as terras de Vila de Rei sofreram o impacto devastador das invasões fran-cesas. Em 1950, com a construção da barragem do Castelo de Bode, uma parte

significativa do concelho ficou submersa e com ela, 8 povoações.Os grandes incêndios que deflagraram em 1986 e 2003 devastaram o concelho e consumiram entre outros bens, cerca de 80 % do total da sua área florestal, sendo no entanto a reflorestação já visível.Presentemente o concelho atravessa um surto de desenvolvimento em conse-quência da realização de inúmeras obras públicas, onde se destacam a ponte sobre o rio Zêzere, a variante à EN 2 entre Vila de Rei e Abrantes, e as variadas infraes-truturas educacionais, desportivas, cul-turais, de segurança pública, bem como as obras de requalificação urbana. Dora-vante estão criadas as condições para o desenvolvimento harmonioso e susten-tado do concelho”.

Page 23: Revista Passear Natal 2012

23PErcursos PEdEstrEs

Caminho de Xisto de Água Formosa Distância: 7,5 km – 2h50mNível de Dificuldade: BaixoPercurso circular plano, o Caminho de Xisto de Água Formosa vem aproveitar os antigos trilhos dos moleiros e agricultores, que num passado ainda recente condu-ziam às azenhas e aos nateiros, marginais às Ribeiras da Galega e da Valada. Neste verdadeiro espaço natural, dadas as carac-terísticas de floresta e afloramentos rocho-sos de razoável dimensão, podem encon-trar-se amieiros, choupos, medronheiros, rosmaninho ou aroeira, entre outras espé-cies. Este é também um ótimo local para a

observação de aves ou o encontro com outros animais, como o emblemático guarda-rios ou o tímido esquilo-ver-melho.Durante o percurso, aproveite bem os pequenos relevos e recantos existentes e usufrua ao máximo de uma natureza que convida à sua contemplação.

Rota do Bostelim Distância: 9,5 km – 3hNível de Dificuldade: Baixo

Caminho de Xisto de Água Formosa

Page 24: Revista Passear Natal 2012

24

É já perto do final da Ribeira do Boste-lim, na freguesia da Fundada, que se si-tua um Parque de Campismo Rural e uma Praia Fluvial que ostentam o seu nome. É precisamente neste local que tem início a Rota do Bostelim. Percurso pedestre cir-cular, de pequena rota, que acompanha a margem da ribeira do Bostelim, prolon-gando-a depois ao longo da Ribeira da Isna, até à centenária Ponte da Várzea Carreira. A proximidade da água, as som-bras do arvoredo e os vários pontos de interesse ao longo do percurso, tornam a Rota do Bostelim num percurso pedestre de características únicas.O visitante encontrará, ao longo das três horas necessárias para percorrer esta pequena rota, diversos e justificados mo-tivos para se relacionar com este maravi-lhoso espaço natural.

Trilho das BufareirasDistância: 9 km – 3h30mNível de Dificuldade: BaixoO Trilho das Bufareiras é um percurso pedestre linear de Pequena Rota entre Vila de Rei e a Praia Fluvial do Penedo Furado.Com o início a passar pelo cruzeiro de Vila de Rei, onde pode desfrutar de uma vista global sobre a sede do concelho, este percurso leva os visitantes por caminhos antigos até à zona das Bufareiras, carac-

Trilho das Bufareiras

Rota do Bostelim

Page 25: Revista Passear Natal 2012

25

terizada por uma paisagem invulgar re-sultante do maciço rochoso envolvente onde se encontram várias cascatas.Este é um dos locais mais emblemáticos e místicos da região e faz parte dos atrativos da Praia Fluvial do Penedo Furado.

Trilho das CascatasDistância: 10 km – 4hNível de Dificuldade: Médio/Alto, com desnível acentuadoPercurso pedestre circular de Pequena Rota, com início e chegada a Vila de Rei. Este trilho efetua-se ao longo da ribeira do Lavadouro, ribeira do Vale Feito e ribeiro da Vila. A natureza dotou generosamente este percurso, ao permitir com os seus ca-prichos, a formação de várias cascatas nos seus vales rochosos, com recantos e paisa-gens magníficas.O facto de apresentar características dife-renciadas confere um ambiente muito tranquilo e relaxante a este percurso, en-volvido numa paisagem selvagem em que é possível associar o encanto das cascatas com a existência de numerosas aves e uma flora específica.

Rota das ConheirasDistância: 10,7 kmNível de Dificuldade: BaixoPercurso pedestre linear de Pequena Rota, com início na aldeia de Xisto da Água

Trilho das Cascatas

Rota das Conheiras

Page 26: Revista Passear Natal 2012

26

Formosa e chegada ao Penedo Furado. Este trilho efetua-se ao longo da ribeira da Galega, ribeira do Codegoso e ribeira de Codes. Percorrer este trilho é sem dú-vida uma viagem no tempo, ao descortinar as fantásticas belezas naturais (provavel-mente deixadas desde a Idade do Ferro), que serviram de exploração de frentes mineiras de ouro. Ao longo de todo o per-curso avistará vestígios importantes, onde surgem frequentemente amontoados de conhos (seixos) resultantes da exploração de ouro por aluvião, presumivelmente na época romana e anterior.A Rota das Conheiras possui ainda duas variantes ao seu percurso mais comum, situadas nas redondezas da aldeia de Lousa, que permitem aos seus visitantes observar de perto cinco outras conheiras. Ao percorrer o trajeto comum entre Água Formosa e o Penedo Furado, visitando ainda as duas variantes do percurso, o visitante percorre o total de 15,5 km.

Informações úteis

C.M. de Vila de Rei

Praça Família Mattos e Silva Neves 6110-174

Vila de Rei

(+351) 274 890 010 | [email protected]

Turismo | [email protected]

Onde dormir

O Abrigo

Morada: Largo da Capela, Trutas,

6110-156 Vila de Rei

Contacto: Eduardo Moura Lyon de Castro

274 898 642 / 962 783 634

Site: www.opalternativas.com

Onde comer

Churrasqueira Central

Morada: Largo da Devesa,

6110-208 Vila de Rei

Contactos: 960 097 654 / 274 898 565

Albergaria Dom Dinis

Morada: Rua Dr. Eduardo Castro

6110-218 Vila de Rei

Contactos:

tel.: 274 898 066 | Fax: 274 898 024

[email protected]

[email protected]

Page 28: Revista Passear Natal 2012

pass

eio

28

Texto e Fotografia: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt/

CAMINHADAGRANDE ROTA DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA

Page 29: Revista Passear Natal 2012

CAMINHADAGRANDE ROTA DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA

29

Distância 31,77 KmDificuldade

Duração: 11 horas 25 minutos

Tipo: Linear

Apreciação Geral: Dificuldade média

Elevação máxima: 1 477 m

Elevação mínima: 714 m

Page 30: Revista Passear Natal 2012

30

No último dia do passado mês de Ju-nho, trouxe à raia um grupo de aman-tes das longas caminhadas, para uma Grande Rota TransMalcata, entre Foios e a Capela da Sr.ª do Bom Sucesso. Complementámos essa travessia, no dia seguinte, com uma pequena caminhada circular na Serra das Mesas. Como en-tão escrevi, as despedidas foram com a promessa, minha e deles, de um dia voltarem. Como também escrevi... “É este o tipo de pessoas que eu gosto de encontrar, com quem gosto de conviv-er! Gente que dá e recebe, gente que transmite o calor da partilha, gente que transmite o sabor da amizade, gente... que dá sabor à vida! “.E por isso... um dia voltaram...J! Pelo menos alguns deles, acompanhados por alguns estreantes nestas serras. E volta-ram para uma nova grande rota, a unir as Mesas à porção ocidental da Serra da Gata, que iria incluir a subida ao mítico cume do Xálima ... que em Julho lhes tinha feito um “chamamento místico”...

COMO COMEÇOUTal como em Junho/Julho, o projeto nasceu e foi posto em marcha via re-des sociais. E, aos participantes ini-cialmente previstos, na 5ª feira à noite juntaram-se mais três, mobilizados por

uma das participantes no MegaTransect da Estrela, em que participei nos primeiros dias de Setembro. Juntámo-nos assim 14 apaixonados pelos “montes que medem o céu “, 14 amantes “das frias serras onde primeiro o Sol nasceu “.As fragas das redes sociais originam aliás novas e interessantes formas de comuni-cação e de aproximação: dois dos “estre-antes” nestas serras ... só os conhecia vir-tualmente. Mas, tendo vindo mais cedo ... vieram almoçar na minha casa de Vale de Espinho, na 6ª feira! Mais: vieram juntos, da zona do Porto e Vila do Conde ... mas igualmente não se conheciam pessoal-mente, só se conheceram quando se en-contraram para vir J!Quatro dias antes, na 3ª feira 23, fiz um reconhecimento solitário de uma alterna-tiva de acesso ao Xalmas, numa manhã mágica, de Sol, a que se refere as primei-ras fotos deste artigo. E é assim que, às seis e meia da manhã de sábado 27, ainda noite cerrada, nos encontrámos todos jun-to à antiga Escola Primária de Foios, em cuja camarata quase todos ficaram, como em Junho. A primeira parte do percurso fizemo-la portanto acompanhando o lento clarear de um novo dia, subindo a serra em direção à nascente do Côa, por entre um nevoeiro mágico que emprestava um ar místico a toda aquela envolvência serrana.

Page 31: Revista Passear Natal 2012

31

Cume do Xalmas, 1492m alt., 23.10.2012 Não, não é uma vista de avião...! Cume do Xalmas, 23.10.2012

Foios, junto ao Côa, 27.10.2012, 7:00h

Sobre a planície de Valverde del Fresno, onde o Sol já clareia

Descendo a encosta das nascentes do Águeda

Llanos de Navasfrias: 8:55h, 1070m alt., 6,6 km Nas Torres das Ellas, em manhã de nevoeiro

E o nevoeiro envolve-nos nos mistérios da Serra das Mesas

Page 32: Revista Passear Natal 2012

32

Depois de mais de dois dias de chuva i-ninterrupta ... sábado acordava para nós como um magnífico dia que se viria a mostrar soalheiro!

“…POR ENTRE UM NEVOEIRO MÁGICO QUE EMPRESTAVA UM AR MÍSTICO A TODA AQUELA EN-VOLVÊNCIA SERRANA…”

Com pouco mais de uma hora de marcha e a 1220 metros de altitude, cruzámos a linha de fronteira perto do geodésico das Mesas, a que tínhamos ido em Ju-lho ... para logo a seguir descermos para a nascente do Águeda e para os Llanos de Navasfrias. Estávamos então na es-trada Navasfrias - Valverde del Fresno, com duas horas de caminho e quase 7 km percorridos.Tínhamos agora pela frente a Serra do Espiñazo, cujos cumes rochosos são também conhecidos por Torres das El-las, ou Torres de Fernán Centeno. Torres das Ellas porque de ali se avista a aldeia de Ellas, que, juntamente com as suas aldeias gémeas de San Martín de Treve-jo e Valverde del Fresno, constituem as três aldeias do vale do Xálima, ou d’”A Fala”, conjunto de dialetos mistura de galego, português e castelhano. A outra designação é menos nobre: ao galgar aquelas fragas, por entre o persistente

nevoeiro, quase víamos saltar detrás dos rochedos as hordas de bandoleiros guia-das pelo celebérrimo Fernán Centeno, El Travieso, senhor de Peñaparda, que, do seu castelo de Rapapelo (de que não restam vestígios), assolou no séc. XV grande parte destas terras e tomou os castelos das Ellas e de Trevejo.A Serra do Espiñazo ficou também para sempre ligada à aventura do contrabando. Os seus esporões rochosos esconderam “carregos”, testemunharam perseguições, fugas e mortes, por vezes aliadas a fenó-menos naturais agrestes, como as fortís-simas trovoadas que aqui ocorrem. Em Agosto de 2009, numa caminhada ori-entada por fojeiros bem conhecedores destas rotas, aprendi histórias de barro-cos cortados por um raio, de fontes que guardam tesouros escondidos ... histórias com que agora fui animando e alimen-tando esta manhã, ao longo das Torres das Ellas.Quando o nevoeiro se começou lenta-mente a dissipar, ainda conseguimos ver as povoações estremenhas das Ellas e, principalmente, de San Martin de Treve-jo, bem como, já na encosta ocidental da Serra de Xálima, um dos maiores casta-nhais da Europa, o castanhal de Ojesto, ou de O’Soitu, pertencente à segunda daquelas típicas aldeias serranas.

Page 33: Revista Passear Natal 2012

33

Barroco do Raio, Serra do Espiñazo Majadal de los Guijos, 1170m alt.

Castanhal de Ojesto, com San Martín aos pés

Na calçada romana das Ellas ao Puerto de Santa Clara

No “ataque” final ao Xalmas No “ataque” final ao Xalmas

A chegar ao Puerto de Santa Clara, entre o maciço do Espiñazo e o do Xálima

San Martín de Trevejo à vista

Page 34: Revista Passear Natal 2012

Já com quase 17 km nos pés, chegámos ao Puerto de Santa Clara (1024m), na es-trada Payo - San Martín de Trevejo … e tínhamos pela frente o morro imponente do Xalmas, ou Xálima. É o ponto mais alto do ocidente da Serra da Gata (1492m alt.). O "ataque" ao corta-fogo que vence os primeiros 70 metros de desnível (em menos de 400 metros...) foi um teste à re-sistência e um "aquecimento" para a lon-ga subida aos 1492 metros daquele cume "sagrado". A origem etimológica do ter-mo (Xálima, Xálama, Xalmas e outras grafias) parece derivar do deus Xalmas, a divindade pré-romana que habitava es-tas montanhas. Xalmas era o Deus vetão das águas, sendo os vetões parentes dos lusitanos, que habitavam estas terras em tempos pré-romanos.Depois do nevoeiro que nos acompanhou nas Torres das Ellas, o deus Xalmas foi-nos brindando com uma gradual abertura das nuvens. À medida que subíamos ... os céus iam-nos alargando os horizontes!No limite das províncias de Salamanca (Castela) e Cáceres (Extremadura), o cume do Xalmas é o lugar onde se juntam a terra e o céu, altar dos deuses vetões, de onde Xalmas faz brotar as águas que escorrem pelas encostas, precipitando-se por vezes em cascatas e alimentando rios. O vento frio massajava-nos as faces, en-

quanto a vista viajava daquelas alturas num ângulo de 360º. Para norte, esten-dem-se as terras castelhanas e leonesas, percebendo-se ao longe a nossa Serra da Marofa; rodando para nascente, as alturas da Serra da Penha de França e a região de Las Hurdes (a "terra sem pão", de Luis Buñuel); aos nossos pés, o vale de Acebo e a barragem da Cervigona; para lá do vale, a Serra da Gata continua a cordilheira em que nos encontramos, destacando-se bem a Torre Almenara, torre árabe sobranceira à vila de Gata, e percebendo-se mesmo ao longe a serra de Béjar. Contrastando com as monta-nhas, para sul estende-se o vale do Xáli-ma e a planície de Moraleja e Coria, até ao vale do Tejo; e, para lá dele, nos limi-tes do horizonte, avistava-se mesmo a Serra de S. Mamede.Um pouco mais a poente e mais próximo de nós, a Serra de Penha Garcia deixava espreitar por trás o morro de Monsanto. E o vale do Xálima fecha-se, a poente, na Serra da Marvana, continuação na-tural da Malcata; mais longe, as serras da Gardunha e da Estrela completam o quadro, vendo-se também facilmente a Guarda.Um dos companheiros que "mobilizei" para esta "aventura", apaixonado pelo geocaching, deixou a primeira cache

34

Page 35: Revista Passear Natal 2012

Bela paisagem

35“…JÁ COM QUASE 17 KM NOS PÉS, CHEGÁMOS AO PUERTO DE SANTA CLARA (1024M)…”

E às 14:30h, com 22 km percorridos, atingimos o cume do Xalmas, ou Xálima: 1492m de altitude

O geocacher que deixou a 1ª cache do Xalmas,

na paisagem da Serra da Gata

Page 36: Revista Passear Natal 2012

existente naquela montanha mágica! Aguardará agora com ansiedade os primeiros registos de outros geocachers.Do cume do Xalmas descemos para sul, sempre à vista dos vales de Acebo, a nas-cente, e de San Martín, a poente. Após uma descida mais abrupta, chegámos ao velho caminho que vem de terras de El Payo, ligando Castela à Extremadura. Ao entrar no magnífico carvalhal que bordeja o Arroyo de los Lagares, o nosso destino apareceu-nos ao fundo, o castelo medieval de Trevejo.Os últimos cerca de 4 km conduziram-nos a esse autêntico museu vivo de arquitetu-ra popular serrana, que é a aldeia medieval de Trevejo.

“…, O CASTELO DE TREVEJO DOMINA A ALDEIA E A ERMIDA DE S. JOÃO BAPTISTA…”

E assim, pelas 17:30h e com um pouco mais de 31 km nos pés, estávamos a entrar na aldeia de Trevejo. Situado no alto de uma atalaia, entre a Serra de Xálima e a planície de Moraleja e Coria, a 750 metros de altitude, o castelo de Trevejo domina a aldeia e a ermida de S. João Baptista. Teve origem árabe, nos séculos IX a XII. O que dele hoje resta data contudo dos séculos XV e XVI, quando as ordens militares de Santiago e de Alcântara dominavam estas terras. Como já atrás referi, em 1474 o cavaleiro Fernán Centeno, em ato de rebeldia, deixou o seu castelo de Rapapelo para tomar o de Trevejo, onde encarcerava e agrilhoava os habitantes que não lhe obedeciam. O atual grau de destruição do castelo, do qual praticamente resta apenas de pé a torre de menagem, deve-se contudo essencialmente aos franceses, como estratégia habitual na retirada das invasões. Por sua vez, a pequena Ermida de S. João Baptista, aos pés do castelo, possui um altar exterior e está rodeada de pequenas tumbas antropomórficas, escavadas no granito. Separado do edifício, o campanário olha orgulhosamente para poente.Tínhamos cerca de 45 minutos para visitar a aldeia e o castelo, completando com essa deslocação o último cerca de quilómetro e meio da jornada ... e assistindo pre-cisamente ao espetáculo fabuloso do Sol poente, a partir das muralhas do castelo ou, mais atrás, por sobre a aldeia e a atalaia em que aquele se situa. A explosão de cores, sobre as serranias a sul da Marvana, foi sem dúvida alguma o melhor culminar que poderíamos desejar para esta nossa “aventura”.

36

Page 37: Revista Passear Natal 2012

Acesso á Ponte da Misarela Ponte da Misarela

37

E descemos do cume do Xálima: panorâmica da Serra da Gata para sul

Vila de Acebo e, ao fundo, a barragem de Borbollón

Objetivo à vista: ao fundo, o Castelo medieval de Trevejo

Page 38: Revista Passear Natal 2012

Às 18:24h o astro rei mergulhou no horizonte. Depois ... depois seguiu-se o regresso aos Foios, com a importante e generosa colaboração da respetiva Junta de Freguesia, na pessoa do seu sempre in-estimável Presidente, José Manuel Cam-pos. Mas este regresso aos Foios, numa carrinha de caixa aberta (apenas os ho-mens, as senhoras foram na cabina...) ... também foi uma autêntica “aventura”...!

Informação sobre o trajeto: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3542754

38

Campanário da Ermida de S. João Baptista, Trevejo

E começa uma longa sessão fotográfica sobre o espetacular pôr-do-Sol em Trevejo

Castelo medieval de Trevejo ao Sol poente: magia em estado puro!

Ermida de S. João Baptista, Trevejo

Page 39: Revista Passear Natal 2012

E começa uma longa sessão fotográfica sobre o espetacular pôr-do-Sol em Trevejo

Ermida de S. João Baptista, Trevejo

Page 40: Revista Passear Natal 2012

40

CRÓNICA

Pedaladas no Parque natural do Guadiana4 COMPANHEIROS DO COLINAS BIKE TOUR FORAM, NOS DIAS 5, 6 E 7 DE OUTU-

BRO, FAZER UMA INCURSÃO POR TERRAS DO PARQUE NATURAL DO GUADIANA.

www.colinasbiketour.comNESTA EDIÇÃO PUBLICAMOS A CRÓNICA DO PRIMEIRO DIA DESTA AVENTURA QUE

TEVE O SEGUINTE ITINERÁRIO: AMARELEJA/NOUDAR/BARRANCOS/SANTO ALEIXO

DA RESTAURAÇÃO/AMARELEJA NUM TOTAL DE 92 KM.

Texto: António Atabão Fotografia: António Atabão; Bruno Talento, Rui Ribeiro e Pedro Nuno.

Page 41: Revista Passear Natal 2012

41

Parque Natural do GuadianaO Parque Natural estende-se por 69.773

ha, abrangendo parte dos concelhos de

Mértola e Serpa num troço de rio que se

estende desde uma zona a montante do

Pulo do Lobo até à foz da ribeira de Vas-

cão, fronteira entre o Alentejo e o Algarve.

De um modo muito simplificado, as diver-

sas unidades paisagísticas estão distribuí-

das por três grandes estruturas geomor-

fológicas:

As planícies ondulantes, que dominam em

área e onde se encontram as culturas ex-

tensivas de sequeiro, as áreas de esteval e

os montados de azinho;

As elevações quartzíticas das serras de São

Barão e Alcaria; nesta última encontra-

-se o ponto mais alto do Parque Natural.

Daqui, com apenas 370 m, consegue-se

desfrutar de uma magnífica panorâmica

sobre o relevo suave da planície alente-

jana e o enrugado resultante da influên-

cia próxima da serra algarvia. E os impo-

nentes vales encaixados do rio Guadiana

e seus afluentes, marginados por escarpas

e fantásticos matagais mediterrânicos – a

formação que mais se aproxima da ve-

getação original da região, restringida

hoje às zonas mais inacessíveis, onde a

intervenção humana pouco se faz sentir.

Page 42: Revista Passear Natal 2012

421º DiaO dia começou cedo, às 6 da manhã, já as

bicicletas voavam no tejadilho rumo à Ama-

releja. Fizemos uma pequena paragem em

Reguengos de Monsaraz para saborear o

café da manhã.

A aproximação à Amareleja é bonita, com

os campos a fazerem um passe-partout à

aldeia.

Às 9h03 - Iniciamos a nossa pedalada na

Praça da Republica em Amareleja, junto à

Torre do Relógio, não havia um local mais

indicado para comemorar a Republica.

Atravessamos a simpática vila da Amarele-

ja, respirando um ar límpido e puro, o sol,

levanta-se cintilante na vila mais quente de

Portugal, onde frequentemente se regis-

tam temperaturas da ordem dos (50.0ºC)

centigrados. Estas condições climatéricas

levaram a que na Amareleja, em 2008,

tenha sido construída uma das maiores

centrais de energia solar do mundo,

com capacidade de produzir energia su-

ficiente para alimentar uma cidade de

35.000 habitantes.

Atravessamos a aldeia, com calma, as

ruas estão desertas, pedalamos pela es-

trada de alcatrão cerca de 2km, antes

de entrarmos numa pequena mata som-

bria, olhamos a central solar, os 2.520

seguidores solares, com 104 painéis fo-

tovoltaicos cada um, alimentam-se de

sol perseguindo-o de nascente a poente,

é uma enorme vidraceira plantada no

meio do nada.

Page 43: Revista Passear Natal 2012

43

Depois de sairmos da pequena mata,

retomamos o alcatrão, a estrada é de

bom piso e sem tráfego, rodeada de

grandes extensões abertas e amplos

horizontes, rapidamente chegamos à

estação Biológica do Garducho, edifício

de arquitetura moderna, da autoria do

arquiteto João Maria Trindade, que em

2009 venceu o mais importante galardão

da arquitetura ibérica. O edifício encon-

tra-se instalado no sítio do antigo posto

fiscal, fronteiriço, é o ponto de abrigo

de várias espécies de aves ameaçadas:

águias, abetardas, sisões e o cortiço de

barriga preta.

Nas paredes da Estação Biológica do

Garducho encontramos o sussurrar das

palavras de Fernando Pessoa: “A ciência

não é senão um jogo de crianças no crep-

úsculo, um querer apanhar sombras de

aves e parar sombras de ervas ao vento”.

A este edifício que levita sobre a paisagem

a população local chama-lhe o hospital

dos pássaros.

Damos mais umas pedaladas e chegamos

a terras de Espanha, à vila de Valencia del

Monbuey, atravessada a vila, entramos na

Ruta caminho Las “brujas”.

“…Somos surpreendidos. Entre a terra e o céu, esvoaçam enormes pássaros, talvez abutres…”

Page 44: Revista Passear Natal 2012

44

Page 45: Revista Passear Natal 2012

45

O caminho é de estradões com uma paisa-

gem homogénea de sobe e desce, resse-

quida de um castanho aviolado, onde

só sobreiros e algumas plantas teimosas

ousam crescer, servindo de alimento ao

grande rebanho de cabras com que nos

cruzamos. Somos surpreendidos. Entre a

terra e o céu, esvoaçam enormes pássa-

ros, talvez abutres, visão que apesar dos

esforços dos fotógrafos de serviço, as ob-

jetivas não conseguem registar.

Pedalamos em território transfronteiriço,

separados pelo rio Ardila com o castelo

de Noudar debaixo de olho.

Cruzamos o rio Ardila, antes, assistimos

a um espetáculo raro, o Bruno caiu. Pas-

samos o rio Ardila não sem ter de molhar

os pés. Já estamos em Portugal.

Os 500 metros que nos levarão ao castelo

de Noudar são a pique, o que leva à ne-

cessidade de passear a bicicleta, chega-

mos lá a cima fantástico, o castelo estava

encerrado por motivos de segurança. Jun-

to à muralha fizemos a primeira paragem

para abastecer, contemplamos a bonita

paisagem ondulante, que em tempos foi

palco de muito suor, lágrimas e sangue

entre portugueses e espanhóis, levando

a um jogo de conquista e reconquista.

O castelo passou definidamente para o

domínio português em 1295, pelas mãos

de D. Dinis. O castelo de Noudar faz hoje

parte do Parque de Natureza de Noudar.

Iniciamos a descida por uma estrada em

macadame, até à estrada EN258, pelo

caminho visitamos um exemplar de ar-

quitetura tradicional, uma choça com

brinde, lá dentro estava uma cabra, que

mal nós nos afastamos correu ribanceira

abaixo, sem respeitar os limites de veloci-

dade. As choças são feitas em pedra, com

cobertura de giestas ou palha, são utiliza-

das para abrigo de animais ou alfaias agrí-

colas, tendo também sido utilizadas como

habitação, na época pré- romana.

“…iniciamos a subida para Barrancos, ficando para traz o Parque de Noudar…”

Com o fim da descida, iniciamos a subida

para Barrancos, ficando para traz o Parque

de Noudar, um parque, encravado entre

colinas despovoadas quase intocado pelo

homem, e que tem na paisagem natural o

seu maior atributo.

O Bruno e o Pedro foram visitar a Fonte da

Pipa e a imagem de Senhora da Pipa, eu e

o Rui fizemo-nos à subida para a vila, pois

sabíamos que a chegar a Barrancos tínha-

mos de pegar um touro pelos ditos, e o es-

tômago já reclamava por abastecimento.

Na terra dos touros de morte, degusta-

mos umas bifanas. Já abastecidos, volta-

mos à estrada EN258, na direção de Santo

Aleixo da Restauração, percorridos 3 km

viramos à esquerda para um estradão, in-

comodamos uma manada de bois e vacas

que estavam no caminho, ao chegarmos

ao fim do estradão encontrarmos o portão

da herdade da Contenda, trancado a sete

chaves, colocamos a cegonha de marcha

Page 46: Revista Passear Natal 2012

46

atrás e retomamos à estrada EN258.

Faltavam 16 km para a próxima paragem,

no horizonte, uma paisagem pintada de

verdes outonais, rasga-nos o olhar km a

km. A estrada avança, sempre em linha

reta.

Debaixo de um sol radioso chegamos a

Totalica, restauramos os líquidos perdidos

no primeiro estabelecimento comercial

que encontramos, um tasco decorado de

rubro e branco com águias as esvoaçarem.

Totalica era o antigo nome romano desta

aldeia. O atual nome Santo Aleixo da Res-

tauração está ligado às lutas travadas com

o exército castelhano em 1641 e 1644.

Subimos, até ao centro da vila, ao bonito

e bem conservado Largo da Restauração,

dois anciãos sentados tem na mão um ca-

jado, fica por saber o que estão a prote-

ger; a igreja matriz, o obelisco, ou a caixa

multibanco.

Pedalamos, pedalamos e fomos ter ao

mesmo lugar. Sem vertigens e com o sol

já em metamorfose, às 18h00 chegamos

à Amareleja.

Neste 5 de Outubro 2012, o Sol brilhou,

radioso e quente, como se fosse Verão.

Enquanto nos dirigimos para Serpa onde

fomos pernoitar, pelo caminho fica uma

Moura encantada e um pôr-do-sol a decli-

nar no horizonte.

Page 47: Revista Passear Natal 2012

47

Page 48: Revista Passear Natal 2012

48

Page 49: Revista Passear Natal 2012

49

Page 50: Revista Passear Natal 2012

50

Informações adicionais:

Os custos dos três dias foram de 70 € por

participante;

O percurso foi feito sempre em autono-

mia, a viatura serviu só para nos colocar na

Amareleja, aqui ficou estacionada o até

completarmos o primeiro dia, no fim do dia

fomos para Serpa, onde a viatura ficou até

regressarmos a Odivelas.

Os locais onde pernoitamos foram:

Serpa, estalagem do Pulo do Lobo

Mértola, Estalagem Beira Rio.

Track de GPS: http://ridewithgps.com/

trips/1029485

Page 51: Revista Passear Natal 2012

passearsente a natureza

Na versão paga desta edição poderá ler também os seguintes artigos...

Passeio

Jardins de lisboa

Os jardins de São Pedro de Alcântara, Príncipe Real e Botânico são os nossos destinos desta edição. Um percurso linear numa das zonas com mais vida na cidade de Lisboa.

destino

Castelo e Vila amuralhada de ansiães

Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C.

Veja nas páginas seguintes como obter versão completa

Veja nas páginas seguintes como obter versão completa

Page 52: Revista Passear Natal 2012

assinatura

passearsente a natureza

byNº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Vila de ReiSentir a Natureza

BTTParque Natural do Guadiana

GRANDE ROTADA SERRA DAS

MESAS À SERRA DA GATA

DESTINO

CASTELO DE ANSIÃES

PasseioJardins de Lisboa

ASSINATURA ESPECIAL NATAL

veja p. 52

CAMPANHA especial de Natal

OFEREÇA uma Assinatura da revista Passear

Ofereça uma Assinatura da revista Passear a quem mais gosta e nós oferecemos uma Assinatura a si, o nosso leitor preferido.

O que precisa de fazerBasta fazer uma transferência bancária ou pagar via PayPal e enviar-nos o comprovativo, o seu nome e endereço de email bem o nome e endereço do destinatário da sua oferta e nós tratamos de tudo.O destinatário da sua oferta receberá um cartão de Natal comunicando que recebeu de presente uma Assinatura da revista Passear oferecida pelo nosso leitor preferido.

Page 53: Revista Passear Natal 2012

ASSINE JÁ Pagamento através do PayPal de 12€ que corresponde à assinatura de 12 edições da revista digital Passear.ouTransferência bancária para a conta do BPI 0010 0000 75906740001 04 em nome de LOBO DO MAR - SOCIEDADE EDITORIAL LDA, enviar comprovativo por email para [email protected] com nome completo, morada e número de contribuinte.

Nome:

E-mail:

Assinatura a partir do exemplar Nº. :

Modo de Pagamento

Transferência:

PayPal:

passear

nº 20

Envie informação para [email protected] ou clique no link acima para pagamento PayPal

Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do seu pedido. Poderá igualmente receber outras informações relacionadas com as

publicações da Lobo do Mar - Sociedade Editorial, Lda www.lobodomar.net. Para qualquer esclarecimento escreva-nos para [email protected]

XXX XXXXX acaba de lhe ofereçer uma assinatura da revista digital Passear.

Boas leituras e bons passeios para 2013.

Page 54: Revista Passear Natal 2012

54

DestinoCastelo e Vila Amuralhada de AnsiãesTexto: V.M.G. Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

Page 55: Revista Passear Natal 2012

DestinoCastelo e Vila Amuralhada de Ansiães

55

Page 56: Revista Passear Natal 2012

Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C.Desde esse período que as características geomorfógicas do sítio em muito terão contribuído para uma ocupação sucessiva deste morro granítico.Escavações arqueológicas têm demonstrado que a ocupação do local se iniciou há cerca de 5000 anos atrás, durante a fase pré-histórica denominada de Calcolítico.

O Castelo e a Vila Amuralhada de Ansiães são locais de visita obrigatória para todos aqueles que gostam de Natureza e Cultura. Trata-se de um complexo muito antigo em que a beleza natural se combina com a beleza das edificações criando, desta forma, um cenário de excelência.Existe uma Pequena Rota circular com 5,3 km de extensão que parte da Lavandeira e passa

56

pelo Castelo.Este castelo medieval distribuía-se dentro de uma muralha de planta ovalada, reforçada por cinco torreões quadrangulares, duas das quais defendendo o portão principal, a chamada Porta de São Salvador. Além da torre de Menagem, dividida internamente em dois pavimentos, o superior rasgado por janelas, este perímetro abrigava a cisterna do povoado circundante, podendo ser observados, ainda hoje, os alicerces de antigos edifícios, arcos, cunhais e vergas. A única edificação preservada é a pequena Igreja de São Salvador de Ansiães, em estilo românico.Fora dos muros do castelo distribuía-se a zona urbana, delimitada por um segundo muro exterior com extensão superior a 600 m, reforçado por três torres quadrangulares. Dessa cerca externa restam apenas alguns troços dos setores leste e sul. No total, o conjunto do castelo ocupa uma área aproximada de 9.594 hectares.

Page 57: Revista Passear Natal 2012

57

Page 58: Revista Passear Natal 2012

58

CASTELO DE ANSIÃES“Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa, por volta do III milénio A.C. [...]. Esta vocação para a defesa natural adquire particular importância durante o processo da Reconquista Cristã. Nesta altura Ansiães obtém a sua primeira carta de foral. O documento outorgado em meados do séc. XI pelo rei leonês Fernando Magno, constitui um dos mais antigos forais do espaço geográfico definido pelas atuais fronteiras do território português. Durante a fase alti-medieval, o local possuía já uma longa e reminiscente herança cultural, fator decisivo para se estruturar como centro fulcral na zona fronteiriça do rio Douro.

Os séculos XII, XIII, XIV e XV, definem um período exponencial do crescimento deste reduto amuralhado. Afonso Henriques em 1160; Sancho I, 1198; Afonso II, 1219 e finalmente D. Manuel I, em 1510 reconhecem e promulgam forais ao termo à Vila amuralhada de Ansiães. [...]. A vila impõe-se progressivamente como a cabeça de um território que abrange um espaço diversificado de recursos e onde vão proliferando pequenos aglomerados e casais agrícolas. Será nesse contexto que em 1277 o rei D. Afonso III lhe concede carta de feira. O processo dinâmico que conduziu à monumentalidade de Ansiães testemunha o seu antigo prestígio dentro da região transmontana, onde ao longo de toda a Idade Média se instituiu como um importante espaço concelhio. [...]. Contudo, o final do séc. XV, e particularmente

Page 59: Revista Passear Natal 2012

59

Page 60: Revista Passear Natal 2012

60

Page 61: Revista Passear Natal 2012

61

o séc. XVI, marcam o início de uma transformação demográfica traduzida numa perda cada vez mais acentuada da importância urbana, em função do desenvolvimento de outras localidades que constituíam o território concelhio. [...]. Nas centúrias seguintes este movimento acabou por se agudizar, culminando na transferência dos paços do concelhos para Carrazeda, ato que ocorreu em 1734 pelo facto de no antigo reduto residir um número bastante reduzido de pessoas. Atualmente são ainda percetíveis dois espaços distintos que constituem os principais elementos caracterizadores do urbanismo medieval. O primeiro espaço, situado a cotas mais elevadas, corresponde à primitiva implantação roqueira. Este perímetro amuralhado é definido e organizado a partir uma muralha de configuração ovalada que se reforça com cinco torreões quadrangulares. Aqui podem-se reconhecer um conjunto de vestígios estruturais em

estrita articulação com a torre de menagem e seus respetivos anexos. É também neste espaço que se situa a cisterna do povoado e uma série de alinhamentos de alicerces que fazem adivinhar a presença de antigos edifícios com uma suposta funcionalidade militar. Trata-se de uma área com uma autenticada especialização defensiva, uma espécie de último reduto destinado a albergar os moradores em caso de contenda bélica. O segundo espaço define a zona urbana propriamente dita. Uma segunda linha de muralhas, com uma extensão superior a 600 metros e três torres quadrangulares, circunda um perímetro onde atualmente apenas proliferam grandes quantidades de derrubes, algumas estruturas medievais e modernas, bem como pequenos muretes e paredes de antigos edifícios. Toda esta organização urbana obedecia a um plano centrado em vários caminhos que se intercediam entre si, estruturando desta forma pequenos bairros ou áreas residenciais.” [António Luís Pereira e Isabel Alexandra Lopes] / IGESPAR

Page 62: Revista Passear Natal 2012

62

IGREJA DE SÃO SALVADOR DE ANSIÃESClassificado como Monumento Nacional, São Salvador de Ansiães é uma das mais interessantes igrejas românicas portuguesas, não obstante a localização geográfica algo marginal em que se implanta. A real relevância da própria vila velha de Ansiães também tem vindo a ser reavaliada, à luz de campanhas arqueológicas efetuadas no local.O templo é planimetricamente modesto, compondo-se de nave única e capela-mor retangular, mais estreita e baixa que o corpo. Mas adquire efetiva importância quando se analisam os programas escultóricos que ornamentam os seus portais, realizações que conferem ao monumento um estatuto cimeiro na arte românica nacional.O principal motivo de interesse é o portal principal, cronologicamente a última peça do conjunto a ser concluída, presumivelmente nos inícios do século XIII. Tivemos já oportunidade de efectuar uma leitura integrada do seu programa iconográfico (FERNANDES, 2001), concluindo por uma visão da Ordem universal para o homem românico: o mundo terrestre, simbolizado por representações grotescas e felinas, ocupa a arquivolta exterior, separando-se do campo celestial por uma arquivolta sem decoração, verdadeira separação entre o Bem e o Mal; as mais próximas do tímpano, foram reservadas a temas vinculados à Cristandade triunfante, com uma representação do Apostolado, ficando o tímpano reservado ao Pantocrator, Cristo juiz ladeado pelos Evangelistas, imagem mais efetiva da simbologia românica, que ornamenta um importante conjunto de igrejas europeias, mas que em Portugal se resume a quatro exemplos.Mais antigos são os portais laterais, em particular o do lado Norte, mais sumariamente trabalhado. O meridional integra uma interessante solução de beak-heads, elemento de tradição inglesa. A primeira fase das obras, que supomos ter acontecido ainda na primeira metade do século XII, encontra-se testemunhada no arco triunfal, cuja tendência geometrizante dos seus elementos decorativos tem analogias estilísticas evidentes na Sé de Braga e, principalmente, na igreja de São Cláudio de Nogueira.Na Baixa Idade Média, adossou-se à frontaria a capela funerária da família Sampaio, senhores da vila durante as décadas finais da 1ª Dinastia. É um espaço quadrangular, hoje arruinado, que carece de um estudo mais rigoroso. PAF / IGESPAR

Page 63: Revista Passear Natal 2012

63

Page 64: Revista Passear Natal 2012

64

IGREJA SÃO JOÃO BAPTISTAArquitetura religiosa, pré-românica e gótica. Igreja de fundação pré-românica, de planta longitudinal simples com nave e capela mor mais estreita e baixa, com fachada principal em empena rasgada por pequena fresta. Fachadas laterais rasgadas por frestas e portas travessas, ambas dinteladas, assente em impostas de perfil curvo e encimadas por tímpano. Capela-mor gótica, com arco triunfal em arco apontado.Planta longitudinal simples, com nave e capela-mor, em ruínas e sem cobertura, de volumes escalonados, com pé-direito maior na nave, rematado em empena. Fachadas em silharia de granito, terminadas em cornija suportada por cachorrada. Fachada principal virada a O., em empena, apenas com fresta axial. esquerda virada a N., com porta assente em impostas salientes, de perfil curvilíneo, encimada por tímpano curvo, emoldurado por friso cordiforme; é ainda rasgada por duas frestas na nave e uma na capela-mor. Fachada lateral direita virada a S., com porta composta por lintel assente em impostas salientes, de perfil curvilíneo, uma delas decorada com cruz de Cristo, encimado por tímpano curvo, ligeiramente reentrante, com quatro linhas horizontais incisas e moldura tripla toreada; é rasgada por duas frestas na nave, decorada superiormente por duas incisões, formando um pequeno arco de volta perfeita, e janela quadrada na capela-mor. Fachada posterior com frestas axiais na nave e capela-mor, ambas com remates em empenas. Interior com arco triunfal de perfil quebrado, duplo, o interior assente em impostas salientes. Na capela-mor, subsistem vestígios do pavimento em lajes de granito.Próximo, localiza-se necrópole com sepulturas antropomórficas escavadas na rocha. Informação recolhida no trabalho feito por Miguel Rodrigues para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

INFORMAÇÃO BASEADA EM DOCUMENTOS DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES:DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO NORTE; IGESPAR E INSTITUTO DA HABITAÇÃO E DA REABILITAÇÃO URBANA

Page 65: Revista Passear Natal 2012

65

Page 66: Revista Passear Natal 2012

66

Informações úteis

O Monumento está dotado de estruturas e meios de acolhimento ao público, nomeadamente

Receção (no Castelo) e Centro Interpretativo (na vila de Carrazeda de Ansiães).

Visitas guiadas sob marcação (contacto Centro Interpretativo).

Horário:

Terça a Domingo:

10.00h-12.00h

14.00h-17.00h

Encerrado à Segunda-Feira e nos feriados de 1 de Janeiro, Sexta-Feira Santa, Domingo de

Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

Contactos e Coordenadas GPS

E-mail: [email protected]

Site: http://www.castelodeansiaes.com/

Lat.: N41.202649

Long.: W7.304792

Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães

Mail:[email protected] / http://castelodeansiaes.com/casteloansiaes/index.htm

Aníbal Gonçalves já fez o Trilho do Castelo (sinalizado)

http://www.gpsies.com/map.do?fileId=bcyobmdhwhlfleio

Folheto do PR2

http://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/uploads/trilho_2.pdf

Page 67: Revista Passear Natal 2012

o ouro do Minho

P a r a q u e m s e n t e a n a t u r e z a

SugeStõeS portugueSaS

para preSenteS

2012 | 13 TUDO SOBRE JARDINSNÚM

ERO 22

Produtos VIKING só nos Distribuidores Oficiais das marcas STIHL e VIKING…Porque conhecemos a importância que dá ao serviço associado aos nossos produtos.

Só assim, podemos afiançar que adquire a máquina de que realmente necessita e que lhe é demonstrada como deve ser operada. Qualquer intervenção técnica que necessite é realizada num curto espaço de tempo, pois dispomos da melhor garantia: um stock completo de peças, acessórios originais e pessoal especializado. Mas sobretudo, estamos perto de si, quer seja no litoral ou no interior, a norte ou a sul, em zonas urbanas ou rurais, valorizamos a proximidade da marca junto dos nossos clientes.

Agora que ficou a saber, porque é que só encontra produtos VIKING na rede de distribuição especializada STIHL e VIKING, aproveite e faça uma visita ao distribuidor mais próximo, encontre-o em www.stihl.pt ou em 21 910 82 00.

Prazer no relvadoVIKING uma empresa do Grupo STIHL

N.º 2

2 . A

NO V

. 20

12 |

13P.

V.P.

€ 4

.20

(Con

tinen

te) I

VA in

cluí

do

Jardim pedreira o Jardim Botânico de Xangai

Casa de alfena

eSpaçoS ventoSoS, soluções para

zonaS de eStar

doSSier eSpecialde coberturas a

abrigos de jardim

capa 22.indd 1 29-11-2012 20:26:36

Já na banca!Para sua comodidade encomende já o seu exemplar e receba-o em sua casa exactamente pelo mesmo valor de banca.

Sem Custos de Envioapenas€ 4,20

Para encomendar clique Pagamentos efectuados por transferência bancária ou envio de cheque.Para mais informações contacte: T: +351 261 867063 . E-mail: [email protected]

Edição nº22

Page 68: Revista Passear Natal 2012

68

Passeio

Jardins de lisboaOs jardins de São Pedro de Alcântara, Príncipe Real e Botânico são os nossos destinos desta edição. Um percurso linear numa das zonas com mais vida na cidade de Lisboa.

Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

Page 69: Revista Passear Natal 2012

69

Numa manhã de Outono com ameaças de aguaceiros decidi caminhar pela

cidade de Lisboa à descoberta dos seus jardins através de um trajeto linear e sem grande dificuldade física. A escolha destes jardins tem a ver com diversidade da oferta – paisagística e de espécies - entre jardins públicos de bairro e um jardim botânico ligado à universidade. Se estes argumentos já são suficientemente fortes temos ainda, que estão implantados numa das zonas mais bonitas da cidade de Lisboa. Esta conjugação de fatores faz deste nosso percurso uma experiência muito gratificante.O início do nosso passeio foi no jardim de São Pedro de Alcântara, seguindo-se o jardim do Príncipe Real com o seu mercado biológico e finalmente o Jardim Botânico que comemorou 134 anos de existência.Notei, nos jardins públicos, um grande cuido com a sua preservação (a estatuária é um alvo fácil de pseudoartistas que teimam em deixar a sua marca!) sendo que no Príncipe Real a grande maioria das espécies da flora está identificada. No Jardim Botânico verifiquei que um número significativo de placas de identificação das espécies estão quebradas.

Page 70: Revista Passear Natal 2012

JARDIM DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA / JARDIM ANTÓNIO NOBRELugar muito aprazível, onde se desfruta de um dos mais belos panoramas da cidade. O Jardim António Nobre (também conhecido por Jardim de S. Pedro de Alcântara) é um miradouro constituído por dois patamares ligados por escadas em pedra sendo suportado por uma muralha mandada construir por D. João V em meados do século XVIII. No patamar superior do jardim encontra-se um painel de azulejos reproduzindo a panorâmica do miradouro. Este

70

patamar tem sobretudo árvores, caminhos e um lago central. O patamar inferior, com um groto embutido no muro de suporte e uma série de canteiros geométricos, foi adornado com uma série de bustos de deuses e de heróis portugueses dos Descobrimentos, entre os quais Vasco da Gama, Luís de Camões e Afonso de Albuquerque.Localização: Rua de São Pedro de Alcântara, Lisboa Área: 0,7ha Informação: C.M.L.

Page 71: Revista Passear Natal 2012

71

Page 72: Revista Passear Natal 2012

JARDIM DO PRÍNCIPE REAL / JARDIM FRANÇA BORGESLocalizado perto do Bairro Alto, este jardim de traçado romântico, foi construído em meados do séc. XIX. Como aspetos a assinalar temos: a existência de um Cedro-do-Buçaco, com uma copa de mais de 20 metros de diâmetro, é uma das árvores que está classificada como sendo de interesse público neste local; o mercado semanal de produtos de agricultura biológica realizado aos sábados é um dos muitos eventos que já fazem parte da atividade deste jardim;vários elementos de estatuária, com destaque para a escultura do Mestre Lagoa Henriques, em memória do 1º Centenário da Morte de Antero de Quental; Lago e ainda o Reservatório de Água da Patriarcal (1864) com uma forma octogonal com 31 pilares de 9,25 m de altura e uma capacidade de 880 m³, que hoje faz parte do Museu da Água da EPAL.Localização: Praça do Príncipe Real 1250-184, LisboaÁrea: 1,2ha Informação: C.M.L.

72

Page 73: Revista Passear Natal 2012

73

Page 74: Revista Passear Natal 2012

74

Page 75: Revista Passear Natal 2012

75

JARDIM BOTÂNICOO Jardim Botânico tem uma área de 4 hectares onde se observam espécimes vegetais oriundos de diversas partes do Mundo, entre as quais sobressaem Cicadácias, Gimnospérmicas, palmeiras e figueiras tropicais. Sementes de espécies raras e ameaçadas são aqui preservadas no Banco de Sementes.O Jardim Botânico representa um património de inegável interesse do ponto de vista histórico, cultural e científico. É sua missão contribuir para o conhecimento científico de plantas e fungos, da sua biodiversidade, conservação, propondo métodos de gestão do ambiente. O Jardim Botânico deve ainda permitir a aproximação da sociedade às plantas – base da vida na terra – proporcionando o aumento da literacia científica das comunidades, sendo um local único para a divulgação e formação científicas.No Jardim Botânico estão referenciadas 1493 espécies distintas, numa extensa lista que aqui se torna acessível a estudiosos e curiosos.Sendo o Jardim Botânico um organismo vivo, é de destacar que há por vezes oscilações quanto ao número exato das espécies nele existente a cada momento, uma vez que há plantas que morrem mas há também novas aquisições.Distinguem-se duas áreas principais no jardim Botânico: a «Classe» e o «Arboreto».Localização: Rua da Escola Politécnica 56/58Informação: Jardim Botânico / www.mnhnc.ul.pt

Page 76: Revista Passear Natal 2012

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº. 2 . Ano I . 2011

Destino Geoparque de Porto Santo

Rumo a CuencaCrónica de viagens

EquipamentoGPS Oregon 450

Gama Stormproof™ Camera PouchTenda Specula Alpine da Vaude

Oregon Scientific ATC9K HDWalkies-talkies Cobra MT600

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.3 . Ano I . 2011

DestinoAldeia de Pedralva

Rota da Biodiversidade

Lisboa

EquipamentosBicicleta Cube Delhi Disc 2011 Mochila Deuter Kid Comfort II Mochila Eagle Creek Switchback Max 22Ténis La Sportiva ElectronWenger Traveler Pocket Alarm 73015

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.4 . Ano I . 2011

PRS7CABO DA ROCA

Crónica de Viagens

Um lugar mítico

EquipamentosBolsas Aquapac

Bicicleta Specialized Crosstrail Deluxe CompGarmin Montana™ 600

tudo para viajar de bicicleta

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.5 . Ano I . 2011

PRS3CASTELO

DOS MOUROS

Crónica de ViagensEstrada

da Morte

DestinoPonte de Lima

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.7 . Ano I . 2011

De MÉRTOLA por lugares adormecidos

Crónica de Viagens

Bolívia II

OpiniãoGerês, o PNPG e o seu potencial

DESTINOAllariz,

no coração da Galiza

edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.8 . Ano I . 2011

ORVALHO Passeio numa aldeia beirã

À descoberta dos castelos

de Monsaraz e Mourão

Ecovia1De Lisboa a Badajoz

ContactoSpecialized CrossTrail

CanoagemDouro Internacional

ReportagemII Ultra-rota dos Templários

passearsente a natureza

byNº.9 . Ano I . 2011

Évora e Montemor-o-Novo MonuMentos GRANDIOSOS

CaminhadaNas margens do rio Lizandro

Crónicas do GerêsO trilho de Carris

ContatoGARMIN Montana 650T

100% recomendado

passearsente a natureza

byNº.10 . Ano I . 2012

Ericeira – S. Lourenço – EriceiraUma CAMINHADA de contrastes

Destino

Cidades e vilas medievais Crónicas do Gerês

Leitura deturpada da Portaria

Ecovia Lisboa a BadajozAS VIVÊNCIAS DE FRANCISCO MORAIS

Ligação Angola a MoçambiqueA aventura em BTT de PEDRO FONTES

edição digital

passearsente a natureza

byNº.11 . Ano I . 2012

Castelos de Portugal

Alcácer e Viana do Alentejo

CaminhadaTrilho da Mesa

dos 4 Abades

Passeio Parque da Espanha Industrial

KayakVolta Ibérica

Ecovia 2Reconhecimento na Serra de Sintra

edição digital

passearsente a natureza

byNº.17 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Rota dos Moinhos

CrónicaRuta de los Túneles

EquipamentoMochila Deuter Futura 28

Washington SummitBobble, a garrafa

edição digital

DestinosParque das NecessidadesMata Bom Jesus do Monte

Nº. 0 4925

número de leitores

Nº. 1 6544 Nº. 2 5302 Nº. 3 8566 Nº. 4 6877

Nº. 5 10149 Nº. 6 10074 Nº. 7 6755 Nº. 8 11049 Nº. 9 10840

Nº. 10 12284 Nº 11 6644 Nº.12 7066 Nº. 13 9192 Nº. 14 6124

Nº. 15 8636 Nº. 16 9081 Nº. 17 8703 Nº. 18 7601 Nº. 19 7595