revista opinias nº 07 - dezembro 2014

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Aventura em duas rodas Opinias UMA REVISTA DE IDEIAS, PENSAMENTOS E PONTOS DE VISTA Ano I - nº. 7 Dezembro - 2014 Poetrix e o nosso milênio Gestão em tempo de crise Opinias Por que não deixo o Brasil Ansiedade, esta velha companheira

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Aventura

em duas rodas

OpiniasUMA REVISTA DE IDEIAS, PENSAMENTOS E PONTOS DE VISTA

Ano I - nº. 7Dezembro - 2014

Poetrix e

o nosso

milênio

Gestão em

tempo

de crise

Opinias

Por que

não deixo

o Brasil

Ansiedade, esta velha companheira

Opinias - Dezembro 2014

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Editorial Sumário

Expediente

Estamos prestes a arrancar do calendário que registra

nossa passagem pela vida mais uma folha, como se o tempo

fosse apenas um marco cronológico e esse ato simbólico

pudesse apagar o que já foi feito para começar tudo

novamente. Não é bem assim, pois o que fizemos sempre

trará consequências para o presente e para o futuro. Quanto

ao passado, o máximo que podemos fazer, é tê-lo como uma

lição, um aprendizado. Não repetir atos equivocados e tentar

modificar, polir e aperfeiçoar o que puder ser feito de maneira

mais correta. Acima de tudo, acreditar que é possível evoluir,

crescer e fazer presente e futuro mais justos e perfeitos.

O orador e líder político americano Robert Green

Ingersoll (1833-1899), declaradamente um agnóstico, disse

certa feita que “não há no mundo, nem recompensa, nem

castigo; o que há são consequências”. Mas há quem pense

diferente sobre suas ações, por acreditar que importa mais

viver o presente, mesmo que de forma irresponsável, do que

agir com retidão e consciência para evitar consequências

imprevisíveis. Hoje há abundantes exemplos dessa total falta

de compromisso com o futuro de muitos que, de forma egoísta

e desonesta, agem como se não fossem precisar jamais dar

qualquer satisfação de seus atos à sociedade.

A medida de nosso tempo, portanto, precisa de muito

mais do que arrancar páginas dos calendários. Precisa de

nossa reflexão e de proatividade de maneira efetiva para que

possamos sempre brindar a vida e um mundo melhor que

nossos atos ajudem a construir. E nada disso nos impede de

viver o presente de forma plena, usufruindo do melhor que

a vida possa nos oferecer. Assim não esperaremos

recompensas nem temeremos castigos, mas simplesmente

faremos a colheita do que semearmos com nossas ações.

OPINIAS - ANO I - nº. 7 - Dezembro 2014 - Publicação virtual mensal da Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. * Diretores: MarcosGimenes Salun, Luciana Gomes Gimenes e Naira Gomes Gimenes * Editor e Jornalista Responsável:: Marcos Gimenes Salun (MTb20.405-SP) * Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto (MTb 17.671-SP). *Redação e Correspondência: Av. Prof. Sylla Mattos, 652 - conj.12 -Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 E-mail: [email protected] - Tels.: (11) 2331-1351 Celular (11) 99182-4815.BLOG: http://opinias2014.blogspot.com.br/ * Colaboradores desta edição: Carlos Augusto Ferreira Galvão (SP), Walter Whitton Harris(SP), Carlos Eduardo de Oliveira (SP), Tom Coelho (SP), Clayton César Aguiar (SP), Goulart Gomes (BA), Eberth Franco Vêncio (GO),Alessandra Leles Rocha (MG), Luciana Gomes Gimenes (SP) e Rosa Pena (RJ). Matérias assinadas são de responsabilidade de seusautores a quem pertencem todos os direitos autorais. PERMITIDA a reprodução dos artigos desde que citada a fonte e mencionada a autoria.

MARCOS GIMENES SALUNJornalistaSão Paulo - [email protected]

Virando a página

07 Um dia na Borgonha

24 Perto...Rosa Pena apresenta uma delicada poesia quevasculha os sentimentos em busca dossignificados da proximidade e da distância.

22 O melhor presenteAlessandra Leles Rocha fala um poucosobre este período mágico propiciado peloNatal e deixa uma linda mensagem.

18 O poetrix no milênioGoulart Gomes, o poeta criador do poetrix, escreveum artigo onde aponta algumas das versáteiscaracterísticas deste terceto brasileiro.

12Alugar uma moto e percorrer a emblemática Rota66 é só um dos ingredientes desta aventura deClayton Aguiar e seus amigos nos EUA.

Aventura em duas rodas

10 Em tempo de criseO consultor e palestrante Tom Coelho dáimportantes conselhos de gestão empresarialpara o tempo das vacas magras.

03 AnsiedadeEla pode ter diversas causas e se tornar emsério transtorno para as pessoas. O psiquiatraCarlos Galvão explica isso em seu artigo.

04 O Dia da PapoulaWalter Whitton Harris fala sobre o dia em que serealizam cerimônias em memória dos soldadosmortos nas duas Grandes Guerras

20 Por que não deixo o BrasilCom bastante bom humor, um tanto cáustico emcertos momentos, o médico e escritor goianoEberth Vêncio expõe suas razões.

23 Dicas e links na netLuciana Gomes Gimenes apresentaalgumas dicas e links para quem vai viajare fazer compras no seu destino lá fora.

Carlos Eduardo de Oliveira fez um passeiopela região das vinícolas mais famosas detoda a França e conta o que viu e provou.

Participe!Envie seu artigo ou comentários e

embarque nesta aventura:[email protected]

Opinias - Dezembro 2014

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PorCARLOS AUGUSTO GALVÃOPsiquiatraSão Paulo - [email protected]

A ansiedade é uma sensação desagradávelque revela um estado de desconforto, sejapor acontecimentos, seja por expectativas,seja por perdas. Trata-se de um sentimentonormal no psiquismo humano e que podeser considerado um mecanismo de defesa;situações ansiogênicas levam o indivíduo aprocurar resolvê-las ou fugir delas.

Mas existe também a ansiedade patológica,aquela que independe de infaustos oucausas conhecidas, assola o indivíduo deforma extremamente sofrida e leva a umdescontrole do soma humano causandosomatizações, que são doenças derivadasdo estresse, que é a consequência desteestado de espírito.

Chamamos, na medicina, este estado de“Ansiedade Generalizada”, que tambémpode ocorrer após um trauma psíquico oufísico de grandes intensidades, quandoentão a tal ansiedade fisiológica dá lugar àansiedade patológica.

Ainda não sabemos por inteiro o mecanismoda ansiedade. Sabemos que há maiorliberação de adrenalina nos indivíduosexpostos, mas ainda engatinhamos no estudodos neurotransmissores responsáveis; porémpara as ansiedades patológicas ou mesmo asmuito intensas, já temos tratamento e assim,como proteger o organismo do indivíduo.Sabe-se, todavia, que a ansiedadeacompanha o homem desde que esteapareceu na face da terra.

Em algumas cavernas onde habitaram homensdo período paleolítico, vemos desenhos deseres humanos em diversas atividades:pesca, caça... mas também observamosfiguras de pessoas em franca posição deansiedade: mãos na cabeça, posições defuga... e por aí.

Há uma corrente que afirma ser a ansiedadea mãe da inteligência humana, pois obriga ohomem a exercer sua imaginação criativapara evitá-la. Hoje pela manhã vivenciei umexemplo da importância da ansiedade nasatitudes humanas. Na América pré--colombiana, uma cidade Maia foiabandonada bruscamente por sua população,aparentemente a “toque de tarol”, deixandopara trás obras inacabadas como um murofeito pela metade, e ao seu lado a argamassaque usavam inclusive os instrumentos, todosabandonados.

Por muito tempo, especulou-se sobre o quefez com que aquele povo abandonasse a suacidade, mas, recentemente, descobriu-seque esta cidade foi vítima de uma estiagemprolongada que deixou-a completamente semágua. De manhã, ao tomar banho, pensei nosMaias e no que sentiram enquantoabandonavam sua cidade, imaginando SãoPaulo sendo abandonada por milhões depessoas sedentas, caso a estiagem quesofremos se prolongue além do que seespera. Fiquei muito ansioso, e estaansiedade me fez tomar uma atitude: fecheio registro enquanto me ensaboava.

ANSIEDADE,esta velha companheira

Opinias - Dezembro 2014

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PorWALTER WHITTON HARRISMédico e escritorSão Paulo - [email protected]

Dia da PDia da PDia da PDia da PDia da PAPOULAAPOULAAPOULAAPOULAAPOULA

Há 100 anos eclodiu a Primeira GuerraMundial com a invasão austro-húngara daSérvia em 28 de julho de 1914. Foi umconflito inglório com 10 milhões de soldadose 7 milhões de civis mortos, além de 20milhões de feridos e mutilados. Para se teruma noção do número de vítimas, apopulação total do Brasil em 1914 era de 38milhões que, na atualidade, representaria aquase totalidade da população do Estado deSão Paulo.

Nos países aliados, em especial os de línguainglesa, o “Dia da Papoula” é um dia muitoespecial, conhecido como “Poppy Day”, ecorresponde ao dia 11 de novembro. É o diaem que são realizadas cerimônias emmemória dos soldados tombados nas duasGrandes Guerras do século passado, de 1914-1918 e de 1939-1945.

A data de 11 de novembro coincide com ofim da Primeira Guerra Mundial, quando foiassinado o Armistício em Compiègne, na 11ª.hora, do 11º. dia, do 11º. mês de 1918, apósocorrer o colapso do exército alemão emtodas as frentes de batalha. Foi a guerra dastrincheiras, com um número impressionantede baixas, que nunca deverá ser esquecido:

100 ANOS100 ANOS100 ANOS100 ANOS100 ANOS

37 milhões entre mortos e feridos. Esse foium levantamento feito pelos Ministérios daGuerra dos países participantes. Jamais sesaberá precisamente o número de inválidos,cegos e outros incapacitados para a vidadevido ao conflito.

No entanto, a Primeira Grande Guerra foiapenas um ensaio para a Segunda, na qual,apenas o número de judeus e de outrosgrupos minoritários mortos chegou aequivaler aos que morreram na PrimeiraGuerra. A catástrofe gerada pela Segunda

Opinias - Dezembro 2014

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Guerra Mundial ainda se reflete no século XXI.Mesmo assim, a memória de muitos é curta eameaças de novos conflitos mundiaispermanecem. Por isso, é tão importantecultuar, para não olvidar, os tombadosnaquelas duas grandes guerras.

As batalhas travadas na região de Flandres,uma planície subdividida entre Bélgica,França e Holanda, foram verdadeirascarnificinas. A cidade de Ypres foi palco deconquista, reconquista, destruição quasetotal, gás venenoso e milhares de óbitos. Em1915, um oficial-médico canadense, JohnMcCrae, após ver muitos de seus amigoscaírem nos campos de papoulas vermelhas dasplanícies de Flandres, escreveu um poemaconsiderado o mais famoso da PrimeiraGrande Guerra, e que fez com que a papoulase tornasse o símbolo dos soldados mortos embatalha. Entretanto, ele não foi morto emcampo. McCrae faleceu de pneumonia em1918, com 46 anos de idade. Traduzolivremente seu poema:

Nos campos de Flandres as papoulas se dobram ao ventoEntre as cruzes, fila após fila,Que marcam nosso lugar; e no céuCantando heroicamente, as cotovias voamQuase não ouvidas entre canhões a toar em terra.

Somos os Mortos. Há poucos diasVivíamos, sentíamos a aurora, víamos o pôr do sol,Amávamos e éramos amados, e agora estamos deitadosNos campos de Flandres.

Assumam nossa luta com o inimigo:A vocês, com mãos débeis lançamosA tocha; para ser de vocês para segurar ao alto.Se romperem a fé depositada por nós que morremosNão dormiremos em paz, embora papoulas cresçamNos campos de Flandres.

O primeiro “Dia da Papoula” foi celebrado em 1921 e papoulas foramlevadas de Flandres para a Inglaterra, decisão influenciada pelo poema de

McCrae. Mais tarde, veteranos incapacitados abriram uma fábrica depapoulas artificiais que são vendidas, anualmente, no “Dia da Papoula”.

Todos usam a papoula vermelha presa à sua roupa.

Opinias - Dezembro 2014

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GELADA

Este ano, em homenagem aos mortos naPrimeira Grande Guerra, quase um milhão depapoulas de cerâmica foram postas no fossoque circunda a Torre de Londres, produzindoo efeito de “sangue em terra e mar”.

Na Catedral Anglicana de São Paulo, nodomingo mais próximo de 11 de novembro,comparecem prelados de vários credos,representantes militares do Brasil e de outrospaíses tradicionalmente aliados, e dasLegiões Britânica, Francesa e Belga. São lidosos nomes dos membros da comunidadeinglesa em São Paulo que deram suas vidasnas duas guerras mundiais. É uma cerimôniamuito emocionante.

A arrecadação com a venda das papoulasartificiais vai para o Fundo Haig, nome dadoem homenagem ao Marechal de Campo Sir

Douglas Haig, comandante das forças aliadas nafrente oeste durante a Primeira Guerra. Estefundo levanta recursos para ajudar mutiladosde guerra, geralmente de outras guerras quenão as supramencionadas, porque a maioria dossobreviventes daquelas já se foi.

O Presidente da Legião Britânica finaliza acerimônia, após ter lido os nomes dos mortos,com as seguintes palavras: “Eles nãoenvelhecerão, como foi deixado para nósenvelhecermos. A idade não os cansará, nemos anos os condenarão. No crepúsculo e aoamanhecer, sempre nos lembraremos deles”.

Em novembro de 1918, uma professoraamericana e humanista, Moina Michael,escreveu um poema-resposta ao de McCrae,intitulado “Manteremos a Fé”, que traduzotambém livremente:

Oh! vocês que dormem nos campos de Flandres,Durmam bem — para se erguer renovados!Pegamos a tocha que nos jogouE segurando-o ao alto, manteremos a FéPor Todos que morreram.

Também apreciamos as papoulas vermelhasQue crescem nos campos de lutas gloriosas;Parecem sinalizar aos céusQue o sangue de heróis não desvaneceMas dá cor acentuadaÀ flor que permeia entre os mortosNos campos de Flandres.

Usaremos em honra aos nossos mortosA tocha e a papoula vermelha.

Opinias - Dezembro 2014

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PorCARLOS EDUARDO DE OLIVEIRAEngenheiroSanto André - [email protected]

Às marÀs marÀs marÀs marÀs margggggens doens doens doens doens doRRRRRomanée-Contiomanée-Contiomanée-Contiomanée-Contiomanée-Contieu sentei e ceu sentei e ceu sentei e ceu sentei e ceu sentei e chupei uvhupei uvhupei uvhupei uvhupei uvasasasasas

Às marÀs marÀs marÀs marÀs margggggens doens doens doens doens doRRRRRomanée-Contiomanée-Contiomanée-Contiomanée-Contiomanée-Contieu sentei e ceu sentei e ceu sentei e ceu sentei e ceu sentei e chupei uvhupei uvhupei uvhupei uvhupei uvasasasasas

Uma breve história de um dia na Borgonha

Salut, mes amis!

A cada vez que eu conto essa história, cadavez mais ela me parece aquelas históriasde realismo fantástico, tal a sensação deque vivi um sonho. Na nossa terceiraviagem à França, finalmente tivemos aoportunidade de conhecer aquela quetalvez seja a mais emblemática regiãovinícola do mundo: a Borgonha.

Durante um dia da nossa estadia emBeaune, a “capital” dos vinhedosborgonheses, fizemos um tour pelosvinhedos com a agência de uma guiabrasileira, que vivia ali há oito anos e queeu havia conhecido em uma feira devinhos aqui em São Paulo. Este passeio érealmente fantástico para um amante devinhos.

Como no dia anterior, quando viemos deDijon para Beaune, já tínhamos passadopelos vilarejos mais ao norte da Côte d’Or,a encosta que é o “coração” da Borgonha -ali se encontram todos os vinhedos GrandCru da região - decidimos iniciar nossajornada pela colina de Aloxe-Corton. Ali aguia nos explicou o motivo peculiar da

colina conter o único vinhedo Grand Cru devinho branco da Côte de Nuits: o imperadorCarlos Magno, ao “conquistar” a Borgonha,procurou o melhor terroir para fornecer vinhosà sua corte, encontrando aquela colina semigual, onde a neve era derretida primeiramentepelos incipientes raios de sol do início daprimavera. Como nesta colina só se cultivavapinot noir, ele ordenou que se arrancassemumas vinhas e ali se plantasse chardonnay para aprodução de vinho branco, pois o tinto lhemanchava a vasta barba branca. Sua esposareclamava da sua aparência desleixada quandoele bebia vinho tinto...

Opinias - Dezembro 2014

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Depois visitamos o Château du Clos Vougeot,antiga abadia dos monges cistercienses, pioneirosvinicultores que realizaram o trabalho hercúleode classificar, separar e cultivar os vinhedos e aliproduzir ótimos vinhos já nos idos do século XII.Em seguida, fomos conhecer Vosne-Romanée, ovilarejo detentor dos mais conhecidos vinhedosda Borgonha, a maior quantidade de Grands Cruspor hectare. Passamos pelas discretas (!)instalações do DRC, o Domaine de la RomanéeConti - talvez o produtor mais prestigiado domundo - e de seu proprietário, Monsieur Albertde Villaine. Fomos conhecer os vinhedos,localizados às margens de uma antiga estradaromana, “la Romanée”: o “clos”, ou vinhedomurado de la Romanée-Conti, contemporâneo àpresença dos romanos na região; os vinhedos deRomanée Saint-Vivant, bem nos fundos das casasdo vilarejo, la Tâche, la Grande Rue...

Atravessando a rua à frente de la Romanée-Conti,de Romanée Saint-Vivant pudemos roubar unsbagos do pé, e foi o lugar onde primeiro euexperimentei uma uva vinífera, sendosurpreendido pela doçura extrema da pinot noir;no final de agosto e com o tempo quente e secodaquele ano, as uvas já se encontravam perto doestado ótimo de maturação, inclusive algunsprodutores já faziam a colheita. Sua casca énegra e o bago é bem branquinho, o que justificaa cor delicada e a dificuldade de se obter estacor nos vinhos de pinot noir.

Foi mesmo uma jornada inesquecível e tenhomuitas outras histórias pra contar, mas vou deixarum pouco para as próximas edições...

Au revoir! Santé!

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Dica do mês

Estamos no verão, época de comidas e vinhos leves, muito calor, sol,praia, piscina... Então, não há nada como um vinhozinho refrescante,leve, geladinho, para o aperitivo, ou para acompanhar aquele peixinhoe a salada.

Temos uma grande e qualificada variedade de espumantes nacionais,geralmente à base de chardonnay, riesling itálico e pinot noir. Nossos“prosecco” também atingem um nível de qualidade muito bom e temosainda os espumantes moscatéis, mais leves e docinhos, que vão bemsozinhos, com sobremesa, frutas e panetone.

Ainda entre os espumantes, quem está disposto a gastar um pouco maispode partir para os moscatos d’Asti e franciacortas italianos, as cavasespanholas, os crémants ou champagne franceses. Já experimenteibons crémants da Borgonha ou da Alsácia que rivalizam em qualidadecom bons champagnes, por um preço bem melhor...

Quanto aos vinhos tranquilos, temos no Brasil algumas boas opções dechardonnay leves, sem madeira, alguns rieslings, sauvignons eviogniers. No Chile encontramos ótimos sauvignons, bem como da NovaZelândia, também com bons preços. Na França temos ótimos brancosleves no vale do Loire (Muscadet, Sancerre, Pouilly Fumé e Vouvray,este um pouco mais adocicado), na Alsácia, na Borgonha (Chablis). E daItália nos chegam boas opções desde os mais simples Soave, ótimospinot griggio e vermentinos. Da península ibérica, temos os aromáticosvinhos de alvarinho, que caem tão bem para acompanhar pratos levesde peixe. E a Alemanha, que produz inigualáveis rieslingsprincipalmente no vale do Reno.

Isso sem falar dos rosés, com exemplares nacionais de ótima relaçãopreço/qualidade - do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina - além deoutras opções como os levíssimos e aromáticos provençais, rosés dovale do Loire (um pouco mais suaves), rosados espanhóis de Navarra,entre diversas outras alternativas.

Qualquer um desses vinhos é uma ótima opção para dias de calor, aolado de um aperitivo ou um prato leve; sem excessos a diversão estarágarantida!

SAIBA MAIS EMCONSERVADO NO VINHO http://www.conservadonovinho.blogspot.com.br/

Opinias - Dezembro 2014

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Se o término das eleições definiu o cenáriopolítico para os próximos anos, o mesmo nãose pode dizer com relação às perspectivaseconômicas. Nossa atual conjuntura apontapara um crescimento próximo a zero nesteano e grande pessimismo para 2015. Ainflação ultrapassou a meta definida, osgastos públicos bateram recorde, voltamos ater déficit nas transações internacionais, arenda per capita encolheu e a indústriaperde continuamente participação no PIBnacional.  Até mesmo o desemprego emqueda é ilusório, haja vista que é mensuradocom base na estatística de pessoas que estãoem busca de emprego, índice estedeclinante em decorrência dos programassociais. Prova disso é que os pedidos deseguro-desemprego estão em ascensão,podendo atingir nove milhões de pessoasneste ano, o que pode ser qualificado como,no mínimo, contraditório. Economistas e cientistas políticos concordamque a correção da rota passa pelas reformaspolítica, fiscal e tributária. O governoprecisa elevar sua poupança, reduzir osgastos da máquina e ao mesmo tempoinvestir em infraestrutura; necessitaaumentar a arrecadação, mas diminuir acarga tributária para estimular a produção eelevar a competitividade. 

Enquanto esses impasses são discutidos, cabeaos empresários cuidarem de seus própriosnegócios. Afinal, a macroeconomia temimpacto no longo prazo e a gestãomicroeconômica tem que ser feita aqui eagora. Seguem sete passos para reflexão:

 REPENSAR O NEGÓCIO. Analiseseus produtos e/ou serviçosconsiderando as demandas dosconsumidores e as ações de suaconcorrência. Você poderáconcluir que é hora de reduzir

seu portfólio, enfatizando os itens maisexpressivos onde sua competitividade sejamaior, ou ampliar a carteira, buscando atingirnovos nichos de mercado.

 PLANEJAR. Elabore um planoestratégico para um horizontemínimo de doze meses, tendo emvista três cenários possíveis:estagnação, com manutenção dasvendas obtidas no decorrer deste

ano; retração, com queda nos resultados; eevolução, com crescimento do faturamento.Prepare-se para agir diante de qualquersituação conjuntural.

GESTÃO EMPRESARIALGESTÃO EMPRESARIALGESTÃO EMPRESARIALGESTÃO EMPRESARIALGESTÃO EMPRESARIAL

em tempoem tempoem tempoem tempoem tempode crisede crisede crisede crisede crise

PorTOM COELHOEducador, conferencistae escritorSão Paulo - [email protected]

Opinias - Dezembro 2014

Opinias - Dezembro 2014

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 REDUZIR CUSTOS. Verifiquetodos os seus processos, deadministrativos a operacionais,a fim de identificar meios paracortar custos semevidentemente impactar a

qualidade. Isso poderá conduzir ànecessidade de investimentos eminfraestrutura possibilitando elevar aefetividade, ou seja, fazer mais e melhorcom menos recursos físicos e financeiros,envolvendo também menos tempo e pessoas.

 ADMINISTRAR AS FINANÇAS. Afalta de capital de giro é umdos maiores problemascorporativos, em especial dasempresas de pequeno e médioporte. Por isso, é necessário ter

austeridade na gestão do caixa. Isso significacuidado na obtenção de crédito e vigíliaconstante dos índices de endividamento, poisé impossível vencer os juros compostos.Atenção também com as vendas a prazo ecom o sistema de cobrança dosinadimplentes.

 CAPACITAR A EQUIPE. Ocaminho para elevar aprodutividade e,consequentemente, acompetitividade, passa peloinvestimento em sua equipe.

Considerando-se o baixo nível de preparocom que os profissionais chegam aomercado, decorrência direta da qualidade denosso ensino, cabe a você instruir, treinar edesenvolver seus funcionários. Assegure-se deque estão alinhados à cultura de sua empresa,que conhecem seus produtos e/ou serviços, eque entregam aos clientes internos e externosum atendimento exemplar. Trabalhe paraelevar o nível de engajamento deles, atravésde políticas de remuneração variávelbaseadas no êxito, programas dereconhecimento e valorização e construçãode um clima organizacional próspero. E,como sempre digo, lembre-se: contratedevagar, mas demita rápido.

 VENDER MAIS. O coração dequalquer empresa está nodepartamento comercial,responsável pela origem dasreceitas. Para apoiá-lo, acione osmais diversos instrumentos demarketing, buscando mostrar-se

ao mercado e difundir seus diferenciais. Vocêpode optar por campanhas para promover odesejo e o impulso do consumidor por seuproduto e/ou serviço, ou ações maisinstitucionais capazes de potencializar acredibilidade e a reputação da marca. Escolhaos meios e veículos adequados paradivulgação e não desconsidere a força dasmídias sociais.

 ADMINISTRAR IMPOSTOS. Quantomais competitivo for o seumercado de atuação, impondomargens menores que exigemvolumes crescentes para alcançarresultados satisfatórios, mais

relevante será o cuidado com a cargatributária que impacta o seu negócio. Assim,consulte seu contador sobre a viabilidade emalterar seu regime de tributação do lucro realpara o presumido ou aderir ao Simples.Considere também a possibilidade dedesmembrar sua companhia em duas, ambasoptantes pelo Simples, a fim de distribuir ofaturamento e usufruir de alíquotas reduzidas.Consulte também outras formas de elisãofiscal (redução legal de tributos). Todas essas ações básicas são essenciais paraperseguir a sustentabilidade de seu negócio,embora não sejam as únicas, nem tampoucogarantia plena de sucesso. Mas elas estão aoseu alcance e independem das decisõestomadas em âmbito político.

Tom Coelho é educador, conferencista eescritor com artigos publicados em 17 países.É autor de “Somos Maus Amantes – Refle-xões sobre carreira, liderança e comportamen-to”, “Sete Vidas – Lições para construir seuequilíbrio pessoal e profissional” e coautor deoutras seis obras.

Visite:

www.tomcoelho.com.br.

Opinias - Dezembro 2014

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PorCLAYTON CÉSAR AGUIARTecnólogo de ProcessosSão Bernardo do Campo - [email protected]

AAAAAVENTURAVENTURAVENTURAVENTURAVENTURAem duas rodas

Moto e liberdade são duas coisas quesempre andaram juntas na imaginação dohomem. E talvez seja o maior apelo“marquetológico” de muitas marcas: pegar aestrada, deixar os problemas para trás,experimentar o novo, a liberdade, odesconhecido. Para os fãs, Neil Peart, bateristada banda Rush escreveu o livro “Estrada daCura”, onde relata suas mais de 55.000 milhasde estradas sobre sua BMW R1100GS após umperíodo trágico em que perdeu sua esposa efilha, buscando retomar sentido à vida. Há esteestado de espírito que se alcança ao se depararcom a estrada.

Além da liberdade, há também um ar derebeldia que se pode alcançar ao rodar demoto. Desde “Easy Rider”, filme de 1969,muita gente se identificou com o jeito rebeldee diferente de dizer ao mundo “estou cansadode suas regras, quero ser eu mesmo”. Um jeitoestiloso de não dar a mínima para o que tedizem, ou talvez simplesmente pegar a estradapara esquecer o mundo de obrigações ecompromissos.

Seja qual a razão, ou mesmo acombinação de ambos, fato é: em 2012 quandocomprei minha primeira moto, já aos 33 anosde idade, eu sabia que tinha achado o hobbyque tanto estava procurando. Meu estilo éestradeiro, assim como a maioria dos meusamigos motociclistas. Velocidade não é com a

gente! Gostamos de ver a paisagem, curtir ascurvas, sentir as diferentes temperaturas.Gostamos da visão panorâmica que a moto nosproporciona. Fácil concluir então que a alegriado motociclista estradeiro é a combinação dedois elementos: moto e estrada. E a busca pelaestrada perfeita é tão ou mais romântica que abusca do surfista por sua onda.

Com o advento da internet, ficou mais fácilpesquisar os roteiros mais famosos e incríveisdo mundo. Vários deles estão nos Estados Unidos.Em uma de nossas muitas voltas pelo interior deSão Paulo num fim de semana, a ideia surgiu:vamos até lá!

Desde “Easy Rider”, filme de1969, muita gente seidentificou com o jeito rebeldee diferente de dizer ao mundo“estou cansado de suasregras, quero ser eu mesmo”.

Opinias - Dezembro 2014

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A PREPARAÇÃOAproveito para mais uma vez agradecer a

Internet. Como a vida ficou mais fácil!Decidimos fazer tudo por conta própria:

roteiro, hotéis, pontos de interesse, aluguel dasmotos. Existem agências especializadas nestetipo de roteiro, onde se pode comprar umpacote completo, com tudo incluso, inclusivecarros de apoio. Onde está a aventura quandose tem uma van com água gelada teacompanhando o tempo todo?

Os dois roteiros mais conhecidos são afamosíssima Rota 66, que une a costa Leste àOeste, e a “Highway 1”, em seu trecho maisfamoso entre São Francisco e Los Angeles. ARota 66 tem quase 4.000km e requer algo como

oito dias de viagem. A Highway 1, neste trechomais famoso, tem algo como 800km. Difícildecisão a se tomar, já que ambas são muitobonitas e famosas e oferecem paisagens bemdiferentes. Enquanto a Highway 1 é costeira eproporciona uma das melhores vistas dopacífico, a Rota 66 cruza o deserto americano,a região de Canyons e regiões de floresta,cidades. Difícil escolha... mas, por que escolheruma quando se pode ter as duas? Olhamos omapa, imaginamos o roteiro e decidimos quepoderíamos fazem ambas, com a condição denão percorrer toda a Rota 66.

Daí em diante, a preparação foi toda pelainternet: usamos mapas para determinar cidadesdas paradas, fizemos reservas de hotéis pelainternet, buscamos agências de locação demotos.

O PASSEIONosso primeiro destino foi São Francisco.

Pegaríamos as motos lá, mas resolvemos ficaralguns dias para aproveitar a cidade. Ótimacidade, cheia de diversidade e lindas paisagens:Ilha de Alcatraz, Golden Gate bridge e LombardStreet, a rua mais sinuosa do mundo.Aproveitamos para ir até uma das lojas daHarley em São Francisco. Para os entusiastas, obanho de loja dos sonhos: muita variedade deartigos e preços americanos!

No terceiro dia, chegamos à agência parapegar as motos. Alugamos 5 motos, sendo 4

Electra Glide e 1 Street Glide. As motossão muito mais pesadas daquelas queestávamos acostumados. Somando asmalas, a coisa ficou bem pesada, o queme resultou no meu primeiro tombo demoto... foi difícil segurar a moto e compequena inclinação, chão! Mas semmaiores complicações, tínhamoscontratado seguro completo e a motosofreu apenas arranhões. Bom paraaprender. Pegamos as motos dali e diretopara estrada. Na estrada, as motosmostram seu talento: muito confortáveis

e estáveis, garantindo tranquilidade e prazerpara trechos longos. O primeiro dia usamos parachegar até o primeiro destino: Monterey. Aaventura estava prestes a começar!

Na agência, retirando as motos.

A turma toda na Highway 1 (da esq.p/dir): FernandoGonsalez, Giliard Guerreiro, Sidnei Silva, Marcos Reis,Juliana Beliago, Karin Elbers e Clayton Aguiar

Opinias - Dezembro 2014

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HIGHWAY 1De Monterey a Los Angeles, pelos próximos dois

dias, seguimos pela Highway 1. Quando a primeiravista da costa se abriu... uau! Entendemos por queesta é uma das estradas com a vista mais bonita domundo. A costa do pacífico nesta região é bemdiferente das imagens de costa que temos no Brasil:sem praias, região seca e montanhosa e a estradaem um aclive que dá quase que direto na água. EmBig Sur, há uma cachoeira que cai direto na água domar!

Graças ao roteiro que a locadora de motoscustomizou para nós, fizemos várias paradas pelocaminho em parques, dunas, mirantes (view points).Já tinha valido a pena.

Chegamos e passamos dois dias em Los Angelespara conhecer a cidade, com direito a uma voltinhaestilosa de moto pela Hollywood Boulevard à noite.

Quando a primeira

vista da costa se

abriu... uau!

Entendemos por

que esta é uma das

estradas com a

vista mais bonita do

mundo.

Opinias - Dezembro 2014

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HIGHWAY 2Aqui vale uma pequena explicação sobre a Rota 66. Esta rota é muito antiga e foi

“engolida” pelas cidades e novas estradas. Já assistiu o desenho “Carros”? Pois é exatamentecomo descrevem. Hoje em dia, portanto, você vai até o Pier de Santa Monica, onde aclássica placa de fim da Rota 66 está, mas não consegue segui-la, pois ela se transformounas ruas da cidade hoje, ou foi sobreposta por prédios. Você só vai achar a histórica Rota66 bem depois de Los Angeles.

Portanto, a rota sugerida pela agência foi a Highway 2, que começa ao norte de LosAngeles e segue em direção Leste, onde mais tarde encontraríamos a Rota 66. Bom, vocêjá tinha ouvido falar da Highway 2? Nós também não, ela não é famosa por aqui, mas foia maior surpresa da viagem! Que estrada! Ao chegarmos nela, em um domingo de manhã,já vimos uma quantidade enorme de motos passando por nós no sentido contrário e maisum bocado na nossa mesma direção, indicação excelente para qualquer motociclista quetínhamos acertado. A estrada é hiper sinuosa e sobe até uma altitude de mais de 8.000pés! Chegando ao fim, era possível avistar a vastidão do deserto que nos esperava.Alguns dos amigos de viagem a elegeram como o melhor trecho da viagem. Terminamoseste trecho passando por San Bernardino National Park até chegarmos à lendária Rota 66.

Você já tinha ouvido

falar da Highway 2?

Nós também não, ela

não é famosa por

aqui, mas foi a maior

surpresa da viagem!

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ROTA 66Fomos encontrar a Rota 66 bem distantes de Los Angeles, já no trecho inicial de

deserto. Assim como no desenho, neste trecho ela roda paralela à nova 15. Mas, claro,ficamos na Rota 66 pelo glamour. O que encontramos nos deu certa tristeza: a 66 estámesmo abandonada, com rachaduras e oferece até certo perigo para o motociclista.Uma grande pena.

Chegamos em Barstow, onde passamos a noite, para no dia seguinte seguirmos aRota 66. Paramos para tirar as famosas fotos com o emblema da estrada, o que dá parafazer com tranquilidade já que praticamente ninguém usa a estrada hoje em dia. Ovisual é emblemático e nos sentimos como nos filmes. Valeu muito a pena.

A temperatura já estava nos 39 graus quando pegamos o caminho do deserto deMojave, palco de vários filmes de extraterrestres, laboratórios secretos subterrâneos eas famosas “Joshua Tree”, título de um dos discos mais famosos da banda U2.

Este trecho foi muito bonito mas talvez o mais pesado. Foram quase 3 horas dedeserto, com a paisagem variando muito pouco, altíssima temperatura e sem nenhumponto de parada. Ah, não pense em deserto aqui como no Saara, somente com areia. Odeserto nos Estados Unidos é caracterizado pela vegetação seca e altas temperaturas,sem areia. As estradas são de asfalto, apesar de a temperatura provocar rachaduras.

Nosso destino final se aproximava, Las Vegas. Chegamos bem e cansados, e deixamospara aproveitar a cidade mais à noite. O que fizemos em Las Vegas? Não é o foco aqui.Além do mais, o que acontece em Vegas...

A temperatura já

estava nos 39

graus quando

pegamos o

caminho do

deserto de

Mojave, palco de

vários filmes de

extraterrestres

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CONCLUSÕESTodos voltamos extremamente satisfeitos

e felizes desta viagem. Terminamos umagrande aventura com segurança, sem nenhumacidente, e tendo experimentado o que há demelhor em viagens de moto: paisagensexuberantes, mar, estradas sinuosas, deserto.Em 8 dias conseguimos variar e muito o palcode nossas aventuras.

Unanimidade entre nós foi o fato determos acertado em fazer toda a viagem pornossa conta, sem apoio de agências. Tivemosliberdade de horários e itinerário e pudemossatisfazer vontades individuais ou coletivascomo bem quiséssemos.

Por fim, um agradecimento especial àCalifornia Motorcycle Rental por ter dado umtoque especial ao nosso roteiro, indicandoparadas e dando dicas de locais e trechos quenão conheceríamos se não fosse a indicaçãodeles.

http://historicarota66.blogspot.com.br/

http://www.abratour.com.br/viagens-internacionais/aluguel-de-moto-nos-estados-unidos-precos-e-condicoes/SOBRE ALUGUEL DE MOTOS NOS EUA

Lombard Street - São Francisco

SAIBA MAIS

SOBRE A ROTA 66 >>>

SOBRE ALUGUEL DE MOTOS NOS EUA

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PorGOULART GOMESPoeta e criador do poetrixSalvador - [email protected]

O POETRIXPOETRIXPOETRIXPOETRIXPOETRIX e onosso milênio:

AMISTOSIDADE,

LUDICIDADE e

CONCIABILIDADENeste ano de 2014, o POETRIX completouquinze anos de criação, considerada comomarco inicial a divulgação do ManifestoPoetrix, publicado no livro Trix, PoemetosTropi-Kais, de minha autoria, que teve seulançamento na Bienal do Livro da Bahia, em1999. Este irmão caçula das linguagensliterárias está em sua primeira infância, aindaengatinhando, comparado ao seu avô, ohaikai, que tem cerca de 1.000 anos.Contudo, a sua propagação no Brasil é tãogrande quanto a do seu ancestral, para nãofalarmos da sua divulgação em Portugal e nospaíses hispano-hablantes.

Impulsionado pelos grupos e redes sociais emum “case” exemplar de marketing viral,contaminou desktops, notebooks, celulares,tablets, smartphones, iphones e ipads, indomuito além do seu codinome inicial - “OPoeminha da Internet” – e da tradicionalmídia impressa.

E o que teria levado o poetrix a contar comcentenas de milhares de tercetos publicadosnos ambientes virtuais, por centenas deautores, em tão pouco tempo? Numa análisesuperficial, mas não supérflua, podemosfacilmente atribuir alguns fatores a este

sucesso. Em um artigo anterior, intitulado“Poetrix, uma proposta para o novomilênio”, já discorremos a respeito da totalcorrelação entre o poetrix e os príncipiosenunciados por Ítalo Calvino, em SeisPropostas para o Próximo Milênio: Leveza,Rapidez, Exatidão, Visibilidade eMultiplicidade. Mas além destes, temos outroselementos que podem ser a ele associados,numa leitura em contexto midiático. Assim,tomo emprestado termos de outras áreas deconhecimento, para expressar o atualmomento do Poetrix.

http://www.movimentopoetrix.com/CONHEÇA Movimento Internacional Poetrix

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O primeiro deles seria a AMISTOSIDADE. O poetrix tem essaqualidade de ser simpático e atraente à primeira vista. Apossibilidade de ser humorístico, sarcástico, crítico, político,romântico ou erótico – para citar apenas algumas – cria alternativasvariegadas, provocando a empatia com quem o conhece pelaprimeira vez, sendo atraído por sua riqueza e diversidade. Comoem todos os processos artísticos, produzir uma obra de maiorqualidade – atingir o ‘estado da arte’ – não é uma tarefa fácil. Enão é diferente com o poetrix. É preciso minimalizar muito parafazer um grande poetrix. A grande diferença é que a sua simplicidadepermite ao novo praticante uma rápida assimilação dos seus critérios,reduzindo o tempo entre a absorção da teoria e a sua prática.

Outra característica do poetrix é a sua LUDICIDADE, o que tempropiciado que crianças e adolescentes sejam “iniciados” aouniverso da arte não apenas pelas artes plásticas, música e dança,mas também pela literatura. Incessantemente recebemos relatos,provindos de diversas cidades do Brasil, sobre exitosas oficinas depoetrix, promovidas pelos professores, com crianças de todas asidades, chegando mesmo à publicação de livretos, estimulando acriatividade e o conhecimento, permitindo interações, de umaforma alegre e divertida, princípios fundamentais do “aprendercom prazer”. Esta vertente pedagógica do poetrix é para nóssupreeendente e gratificante, propulsionando-o a um “status” quejamais teríamos imaginado. Deste exercício, já decorrem váriasmonografias e trabalhos acadêmicos inspirados nos resultados obtidos.

Por fim, a sua CONCIABILIDADE, que faculta o seu diálogo eassimilação por todas as mídias, técnicas e tecnologias. Comotexto, o poetrix atende às limitações de um twitter ou SMS; comoimagem, pode ser veiculado em um Instagram ou WhatsApp; podeser pintado em uma tela, fotografado, se tornar um móbile ou umbanner; pode estar escrito na efemeridade da areia ou naperenidade do granito.

Sabemos que a literatura permanece, mas que suas formas deveiculação se transformam ao longo do tempo: da escrita cuneiformeao armazenamento em nuvens (clouds), aonde os poetas vivem, diga-se de passagem. O poetrix, tão moderno e tão eterno, perpassa tudoisso que vivemos, e ainda o que está por vir. Como habitualmentedizemos, é uma pílula, pronta a ser ingerida, e com os mais saborososefeitos colaterais. Experimente sem moderação.

LEIA TAMBÉM “Poetrix, uma proposta para o novo milênio”http://www.movimentopoetrix.com/visualizar.php?idt=274558)

PPPPPOOOOO

eeeee

TTTTTRRRRRIXIXIXIXIX

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motimotimotimotimotivvvvvos pros pros pros pros pra nãoa nãoa nãoa nãoa nãome mudar dome mudar dome mudar dome mudar dome mudar do

BBBBBRASILRASILRASILRASILRASILPorEBERTH FRANCO VÊNCIOMédico, Escritor e EmpresárioGoiânia - [email protected]

As aves. As aves que aqui gorjeiam não gorjeiamcomo lá. Ora, não me lancem artilharia pesada.Guardem suas pedras para quebrar as asas daimaginação, que esse mundo não passa mesmodisso: pura ilusão. “É plágio”, vão me acusar. Putz!Não estou plagiando Goncalves Dias, estou citandoGoncalves Dias. E por falar na luz do dia, as nossasnoites são muito mais lindas que as noites deles.Quem nunca mirou o céu estrelado do centro-oestebrasileiro sem se descobrir pequeno, sem se sentirinsignificante, um perdedor, não sabe o que estáganhando.

É fato: os corruptos que aqui saqueiam saqueiamcomo lá, eu sei disso, só que em menor grau. Hápouco a se comemorar, mas, brasileiro — vocêssabem — adora confraternização, um churrasquinhona laje, ponto facultativo, um feriado santo pra cairna margaça. Brindemos, então, com a bile dosdesdentados: de acordo com um recente relatórioda organização Transparência Internacional, quantoà percepção de corrupção ao redor do mundo, oBrasil ficou classificado na posição 69 do ranking(Uau! O petróleo e o bola-gato são nossos!!) dentre175 países analisados. Em termos de maracutaia,tem país pior que a gente. Notem: além da carteiraque me bateram ontem, nem tudo está perdido.

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Cresce entre os asseclas do meu convívio o desejo de dar no pé, de cair fora dopaís, de tentar a sorte no estrangeiro. Uma legião de indignados justifica aintenção de se escafeder alegando que a violência tá demais, que a impunidadetá demais, que a saúde pública tá de menos, que o governo (em todas asesferas) e seus apaniguados estão roubando pra caramba, muito além da médiahistórica desde que as caravelas aqui aportaram para distribuir espelhos etreponemas aos índios.

Com tanta gente cogitando abandonar o navio (ou essa constatação é um viés,uma percepção elitista equivocada?), cismei em anotar alguns motivosplausíveis para não mudar do Brasil, se é que outras nações cobicem tanto assima nossa companhia. Receio que não sejamos tão simpáticos e bem-vindos quantoimaginamos. Uma coisa foi nos embebedarmos com os gringos durante um mêsinteiro de Copa do Mundo de Futebol. Farra boa, eu reconheço. Outra coisa édividirmos o teto, compartilharmos quilos de sal, disputarmos mercado detrabalho com eles. Brasileiro — eles dizem — são criaturas divertidas, mas,pouco confiáveis.

Parando pra pensar, além das aves gorjeadoras, do céu estrelado, e daparentalha querida, eu penso que não posso me mandar do Brasil por causa docarnaval, por exemplo. São para mim quatro dias oficiais de ócio garantido paraque eu suma do mapa carnavalesco e permaneça numa distância segura dos trioselétricos, dos bebuns inconvenientes (detesto gente com excesso de alegria),das colombinas trepadeiras sem tutano, do cheiro de ureia que impregna as ruasdurante o reinado de Momo (nem mesmo com sabão Omo, a catinga sai).

Também não devo cascar fora daqui por causa das praias: considerando que oBrasil conta com mais de sete mil quilômetros de litoral, posso perfeitamentevislumbrar o vai e vem das ondas, à distância, sentado no calçadão, à sombra deum coqueiro, longe de meter os pés na areia, de sapecar o lombo esquálido nosol escaldante, de tolerar o enxame de ambulantes, de me perder entre bundassorridentes besuntadas com bronzeador. Eis o meu plano: tomar chope devagar,divagar por que a vida passa apressada.

Sexo. Por causa do sexo, digo ao povo que fico. Uma recente enquete entrejovens executivos nos toaletes da ONU revelou que o Brasil é a nação do globoonde as pessoas mais fazem sexo. Amar ou deixar? Amar, é claro.

Povo. O povo brasileiro. O povo brasileiro é mesmo um povo generoso,solidário, religioso e trabalhador. Quase sempre desonesto, é verdade, masninguém é perfeito. A piada, por fim, se repete: tem gente que prefere vulcão,tornado, inundação, a terra que treme, um prédio que cai. Apesar de tudo, euainda prefiro as pessoas. Então vou ficando por aqui mesmo. Junto e misturadocom os meus irmãos de fé (ou da falta dela).

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Por:ALESSANDRA LELES ROCHAProfessora, Bióloga e EscritoraUberlândia - [email protected]

Independentemente de qual seja a profissãode fé do indivíduo, o mundo se vê às voltas demais um Natal e a época é perfeita para grandese profundas reflexões; afinal, por detrás dasimbologia cristã do nascimento do Salvador,encontra-se a maior de todas as lições: o amor.Natal é exatamente isso, amar! Diante das idas evindas, das vitórias e fracassos, dos encontros edesencontros, das uniões e rupturas, o que nosmove em maior ou menor intensidade é o amor.Seja pelas pessoas, pelos sonhos, pelo trabalho,pela vida, enfim… é essa força invisível e místicaque nos compele a sairmos de nossos casulos esermos gente de carne, osso, defeitos equalidades mil.

E depois de mais um ciclo de trezentos esessenta e cinco dias não há como não enxergaras transformações ocorridas, as metamorfosesenigmáticas que nos arrebataram o corpo e aalma, e parar para um balanço; ainda, que omundo pareça fervilhar a multidão de viventesentre os preparativos para os acontecimentosfestivos do fim de ano. Por fora é isso mesmo;mas, por dentro o pensamento divaga,desacelera e se permite um pouco desensibilidade à flor da pele.

Hora de pensar na vastidão do coletivo, nosnossos valores humanos, nos rumos do planeta,nas nossas expectativas,… hora de realmentepensar e apesar de todos os apelos consumistas ematerialistas, de repente nos perguntamos então,qual é o melhor presente de Natal? A perguntanão impõe resposta certa ou errada, nemtampouco é excludente; apenas nos indaga sobrequal a nossa posição sobre o melhor.

É! O melhor deveria ser aquilo que noscompleta em todos os sentidos, que não vai perdera importância mediante os modismos, que nostrará para bem perto daquilo que se chama“felicidade”, que não precisa de papel de presente

e nem cartão, que não cabe nas mãos e extrapolaa alma, que não será entregue pelo “Papai Noel”e nem será deixado sob a árvore decorada, quenão será comprado em dinheiro e nem parceladono cartão de crédito.

Tão simples e ao mesmo tempo tãocomplexo! De repente o melhor presente estádentro de cada um de nós e para desfrutá-lo bastaapenas a nossa disposição em SER. Vivemos emum mundo que mistura o real e o virtual, queimpõe regras perversas e inquisidoras, quefomenta a intolerância e a discórdia, que ensinaa diminuir o outro para se ver enaltecido, querotula, que segrega, que oprime, que maltrataaté adoecer o individuo… e depois presenteia ecomemora o Natal.

O melhor presente está no amor, essesentimento universal. O amor que respeita asdiferenças, que se desdobra em laços singularesde afeto, que colore, que dá vida, que renasce aesperança, que desenha a fraternidade, que superaas ideologias, que ultrapassa os muros e esgarçaas fronteiras.  O melhor presente é a mãoestendida, é o afago na hora da dor, o silêncioreconfortante, a presença ainda que ausente, aparceria, o diálogo,… e muito mais que brotadesse amor.

Na incompletude humana, estamos sempreem busca de nos satisfazermos material, afetiva,socialmente. Por isso, tantos presentes paraaplacar a nossa tristeza, a nossa angústia, a nossainquietude etc. etc. etc. Natais e mais Nataissucedidos dos mesmos ritos, das mesmas festas,para no fim das contas nos darmos conta de nãotermos recebido o melhor presente. Não adiantaesperarmos passivamente o melhor presenteatravés do mundo; o mundo somos nós e é decada individuo que o melhor presente virá. Issonão é sonho, nem utopia; mas, uma verdadeinconteste que se comprova em cada lugar onde oíndice de felicidade já foi avaliado pela Organizaçãodas Nações Unidas. Então, a hora é agora;aproveite o Natal e assuma o compromissoconsigo mesmo de parar de se contentar comquaisquer presentes e busque pelo melhor. FelizNatal para você!

O MELHORMELHORMELHORMELHORMELHOR

presente

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VIAJE NA VIAGEMVocê ainda não escolheu o destino para sua próxima viagem de férias? Jásabe para onde quer ir mas quer informações mais detalhadas sobre o lugarque pretende conhecer? Então, enquanto prepara as malas, faça um tour

virtual pelo site Viaje na viagem e conheça as dicas de Ricardo Freire e damais antenada comunidade de viajantes do Brasil para viajar melhor pelosdestinos que você escolheu dentre os mais badalados no Brasil e no mundo.Boa viagem!

Fim de ano, época de festas e férias. A empolgação que envolve as pessoas neste períododo ano precisa de uma ou outra ajuda para que as coisas aconteçam sem imprevistos ou

surpresas indesejáveis. Por isso, nossas dicas nesta edição são: VIAJE NA VIAGEM, paraajudar você escolher seu destino preferido; COMPRAS NO EXTERIOR, com as melhores

sugestões daquelas comprinhas inevitáveis se o seu destino for para fora do país; eCÁLCULO EXATO, para que você fique seguro em conversões, cálculos, medidas de

roupas e muito mais.

COMPRAS NO EXTERIORCompras e viagens têm tudo a ver. É difícil imaginar conhecer um novo lugar,

especialmente fora do país, e não trazer algumas coisinhas, mesmo que omotivo da viagem não seja especificamente fazer compras. Não importa se

você está entre os que sonham em viajar somente para fazer compras naBlack Friday em Miami ou se pretende comprar apenas lembranças,

chocolates e cosméticos no Free Shop: não deixe de ler o guia de MelhoresDestinos para economizar e gastar melhor seu dinheiro no exterior!

CÁLCULO EXATOO site Cálculo Exato é um serviço gratuito que se propõe a auxiliar o usuáriocomo simples referência e verificação de cálculos. Conversões diversas,cálculos financeiros, fuso horário, atualizações de dívidas e pagamentos emuito mais você encontrará de maneira rápida e organizada. Em algunscasos, no entanto, o serviço não deve ser utilizado em substituição a umprofissional habilitado. Mas é um ótimo lugar para pedir ajuda na hora daquelaemergência. Clique, peça ajuda e resolva a maioria de suas dúvidas sobrecálculos.

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PorLUCIANA GOMES GIMENESAdministradora de empresas eCoordenadora de comprasSão Paulo - [email protected]

Dicas e links NETNETNETNETNET

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http://www.viajenaviagem.com/

PorROSA PENAProfessora e escritoraRio de Janeiro - [email protected]

PertoPertonão é onde a mão alcança,é ouvir o mesmo som,partilhar do mesmo tomcompartilhar os passos da mesma dança,ser o outro prato da balança.

Pertonão tem finalnem começo,real ou virtualnão está na listade endereço.

Pertoé sentimentofaz parte do batimento.

Pertosó há um jeito.Estar presente,na batida do peito.