revista mundo fiat - 101

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Notícias sobre a Fiat

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Page 1: Revista Mundo Fiat - 101

REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASILNúmERO 101 - ABR/mAI 2010

marchionne: “O Brasil é a nossa segunda casa” • Fiat, líder de vendas no mercado de táxis • CNH nacionaliza equipamentos agrícolas • Comau entre os melhores no Prêmio Projeto do Ano

• magneti marelli lança produtos e serviços de reparação automotiva • Iveco Stralis NR: caminhão pesado inspirado no cliente • Case investe no esporte • As novas exigências da boa

governança • As raízes mineiras da grande famiglia • Perfil: chef memmo Biadi • Ações sustentáveis na Fundação Torino

NOVO UNO

Page 2: Revista Mundo Fiat - 101

por Cledorvino Belini*

Há momentos particularmente gratificantes na vida empresarial, como aquele em que se anun-cia um novo ciclo de investimentos e aquele em que se podem mostrar os resultados destes investimentos. É quando sentimos que estamos no caminho certo, construindo de fato o

futuro, ajudando a perpetuar a empresa, contribuindo para o crescimento do país e para o desen-volvimento da sociedade. E se o produto lançado for um sucesso de público e crítica, o sentimento, então, é de satisfação imensurável.

O Grupo Fiat está neste momento inspirador, em que pode apresentar, um após outro, novos empreendimentos e produtos, viabilizados no âmbito dos R$ 6 bilhões que está investindo no Brasil entre 2008 e este ano. Uma parte importante destes recursos gerou as condições para o desenvol-vimento do Novo Uno, ao dotar nossas empresas de centros de engenharia e de design, de equipa-mentos, processos, tecnologia e capacidade de produção para responder ao ritmo e às necessidades do mercado brasileiro. O projeto do novo automóvel mobilizou as forças criativas de várias empresas do Grupo, como Fiat, FPT – Powertrain Technologies, Magneti Marelli, Teksid, Comau e Fiat Group Purchasing, em perfeita sintonia entre Brasil e Itália. Equipes bem preparadas trabalharam com entusiasmo, procurando superar os próprios limites. Evidenciou-se neste processo a maturidade brasileira como polo automotivo de classe global, pois não apenas as empresas do Grupo Fiat, mas a cadeia de fornecedores de produtos e serviços, estiveram à altura de gerar soluções adequadas à concepção de um veículo de nível internacional.

Há também outro momento muito especial na vida empresarial, quando podemos passar a divi-dir nosso tempo entre a rotina dos negócios e a representação institucional, entre o nível micro das decisões empresariais e o macro da economia e da agenda nacional. Pessoalmente, tenho o privilé-gio de viver simultaneamente todos estes momentos especiais. Ao mesmo tempo em que o Grupo Fiat continua a realizar novos investimentos e em que lança um automóvel com grande expectativa de sucesso, assumo a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que reúne as empresas fabricantes de autoveículos, máquinas agrícolas e de construção e representa um dos mais importantes setores econômicos brasileiros.

O mandato de representação setorial é motivo de muita honra e de sentido de responsabilidade, pois transcorrerá em uma conjuntura de rápidas transformações do perfil global da indústria automobilísti-ca, em que nos cabe incrementar a competitividade de nossa indústria, sempre considerada em conjunto com os fornecedores, outros parceiros e infraestrutura logística, para posicionarmo-nos de modo vence-dor frente à concorrência internacional e retomarmos em plenitude nossa tradição exportadora.

Os desafios são grandes, mas a força para superá-los brota da certeza de que o setor automotivo brasileiro, no qual o Grupo Fiat se insere, é um parque industrial e tecnológico como poucos no planeta e tem um papel estratégico a cumprir no desenvolvimento nacional.

* Presidente do Grupo Fiat para a América Latina

os momentos que valem a pena

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Page 3: Revista Mundo Fiat - 101

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EXPEDIENTE Mundo Fiat é uma publicação da

Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.

www.grupofiat.com.brwww.eticagrupofiat.com.br

FIAT DO BRASIL S/APresidente: Cledorvino Belini

MONTADORASFIAT AUTOMÓVEIS

Presidente: Cledorvino BeliniCASE NEW HOLLAND

Presidente: Valentino RizzioliIVECO LATIN AMERICAPresidente: Marco Mazzu

COMPONENTESFPT – POWERTRAIN TECHNOLOGIES

Superintendente: Franco CiranniMAGNETI MARELLI

Presidente: Virgilio CeruttiTEKSID DO BRASIL

CEO Nafta e Mercosul: Vilmar FistarolSISTEMAS DE PRODUÇÃO

COMAUSuperintendente: Alejandro Solis

SERVIÇOS FINANCEIROSBANCO FIDIS

Superintendente: Gilson de Oliveira CarvalhoBANCO CNH CAPITAL

Superintendente: Derci AlcântaraFIAT FINANÇAS

Superintendente: Gilson de Oliveira CarvalhoSERVIÇOS

FIAT SERVICESSuperintendente: José Paulo Palumbo da Silva

FIAT REVISuperintendente: Davide Nicastro

FIDES CORRETAGENS DE SEGUROSSuperintendente: Marcio Jannuzzi

FAST BUYERSuperintendente: Valmir Elias

ISVORSuperintendente: Márcia Naves

ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT

Diretor-Presidente: Adauto DuarteCULTURA

CASA FIAT DE CULTURAPresidente: José Eduardo de Lima Pereira

EDUCAÇÃOFUNDAÇÃO TORINO

Presidente: Raffaele PeanoCOMITÊ DE COMUNICAÇÃO

Alexandre Campolina Santos (Fiat Services ), Ana Vi-lela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Carolina Guimarães (Fundação Torino), Cláudio Rawicz (FPT – Powertrain Technologies), Elena Moreira (Fundação Fiat), Fabíola Sanchez (Magneti Marelli), Fernanda Palhares (Isvor), Guilherme Pena (Fiat Automóveis), Jorge Görgen (CNH), Marco Antônio Lage (Fiat Automóveis), Marco Piqui-ni (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Renata Ramos (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil).Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comunicação da Fiat). MTb: 4.247/MGGestão Editorial: Margem 3 Comunicação Es-tratégica. Editor-Executivo: Wagner Concha. Colaboraram nesta edição: Adriana Bernardino, Bianca Alves, Carlos Henrique Ferreira, Carol Lo-pes, Cléa Martins, Guilherme Pena, José Eduardo de Lima Pereira, Juliana Andrade, Paola Coelho, Patrícia Larsen, Rafael Mariani, Renato Morais, Roberto Ângelo, Roberto Baraldi, Rúbia Piancas-telli, Samuel Almeida e Wagner Concha. Projeto Gráfico e Diagramação: Sandra Fujii. Produ-ção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: Lastro. Tiragem: 20.500 exemplares. Redação: Rua dos Inconfidentes, 1.075, sl. 801 – CEP 30.140-120 – Funcionários – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517.Fale conosco: [email protected] Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 - (31) 9993-0066 - [email protected]

por que tudo que é belo tem que custar caro? Por que produtos fabricados em larga escala não podem ser personalizáveis, como uma expressão da individuali-

dade de seus proprietários? Por que a inovação só se torna acessível aos segmentos mais amplos do mercado quando já está obsoleta?

Colocamos estes questionamentos em evidência e fomos procurar as respostas. Com atenção, ouvimos os consumido-res, nossos parceiros e nossos talentos. Com mais atenção ainda buscamos interpretar as aspirações e sinais do merca-do, provocamos nossos designers, desafiamos nossos enge-nheiros. Por fim, as respostas que encontramos para nossos questionamentos se materializaram não apenas em novos conceitos, mas em um novo carro – o Novo Uno, que a Fiat tem muito orgulho de apresentar ao mercado.

O lançamento do Novo Uno é um evento pleno de signifi-cados. Depois do lançamento do Palio, esta é a segunda vez que o Brasil participa ativamente do desenvolvimento de um automóvel Fiat, destacando-se em todas as etapas de projeto e produção. E o Novo Uno, como o Palio, chega primeiro ao consumidor brasileiro, para depois ganhar novos mercados no exterior.

Este lançamento evidencia também a maturidade do Grupo Fiat no Brasil, pois, além da própria Fiat Automóveis, participaram do projeto a FPT – Powertrain Technologies, a Magneti Marelli, a Teksid, a Comau e a FGP – Fiat Group Purchasing, bem como as empresas de serviços, finanças e capacitação do Grupo, que aportaram ideias, soluções, par-tes e componentes essenciais.

O sentimento é de dever cumprido, pois o resultado é um carro de classe internacional, de qualidade global, alinhado à busca por veículos com mais conteúdo tecnológico, mais bonitos, mais limpos e, sobretudo, mais econômicos. É um projeto que nada fica a dever aos europeus, asiáticos ou nor-te-americanos, com o diferencial de aliar design e tecnologia de ponta ao espírito brasileiro.

O Novo Uno é destaque nesta edição de Mundo Fiat, que traz também as opiniões do CEO do Fiat Group, Sergio Mar-chionne, após sua recente visita ao Brasil, e a posse de Cle-dorvino Belini como presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Boa leitura!

* Diretor de Comunicação Corporativa do Grupo Fiat

Novo Uno, uma resposta ousadapor MArCo AnTônio lAge*

A Lastro, consciente de suas responsabilidades sociais e am-bientais, utiliza papéis Suzano com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para impressão da revista Mundo Fiat. A certificação FSC ga-rante que a matéria-prima florestal para a produção do papel é prove-niente de manejo considerado so-cial, ambiental e economicamente adequado.

A Lastro está em processo de certificação na Cadeia de Custódia – FSC, garantindo a produção de seus impressos com qualidade e sustentabilidade.

06 Capa NoVo UNo Novas emoções, novas razões: Novo Uno chega ao merca-do em quatro versões que permitem total personalização. Desenvolvimento privilegiou o conceito de round square, ou quadrado com cantos curvos, que preservam a forma geomé-trica básica, mas destacam a harmonia.

�0 Grupo Fiat SErGIo MArCHIoNNE CEo do Fiat Grupo e da Chrysler visita o Brasil para participar da inauguração do complexo industrial da CNH em Sorocaba (Sp) e acompanhar de perto os detalhes do lançamento do Novo Uno.

�� Investimentos CoMpLEXo INDUSTrIAL CNH Case New Holland (CNH) inicia produção de máquinas agríco-las em Sorocaba, onde também serão fabricados peças e com-ponentes para pulverizadores e colhedoras de cana e de café.

�8 produto CNH NACIoNALIZA MÁQUINAS Colheitadeiras de duplo rotor Cr9060, da New Holland Agriculture, e tratores da linha

Farmall, da Case IH, agora são produzidos pela Case New Holland (CNH) no Brasil.

�6 Lançamento IVECo STrALIS Nr para desenvolver a nova família de caminhões pesados, a Iveco realizou intensas pesquisas com frotistas, concessionários e autônomos, para garantir um modelo mais produtivo e com baixo custo operacional.

�� produto rEpArAÇÃo AUToMoTIVA Magneti Marelli e Texa oferecem linhas de scanners, estações de recarga de ar condicionado e análise de emissões para carros, motos e caminhões.

61 Transporte TÁXIS Do BrASIL Fiat é líder de vendas pelo segundo ano consecutivo no mercado de táxis, graças ao alto padrão de acabamento e custos imbatíveis dos veículos.

66 Tendências GoVErNANÇA A esfera corporativa brasileira vive uma mudança cultural sem precedentes, com o aumento da transparência na gestão dos atos, demonstrações e inten-ções empresariais.

76 Imigração Italiana ITALIANoS EM MINAS GErAIS A história do desenvolvimento econômico e social do Estado se confunde com as vidas de inúmeros imigrantes italianos, que deixaram a Europa para prosperar em solo mineiro.

82 perfil MEMMo BIADI o mais tradicional chef italiano de Belo Horizonte começou quando tinha apenas 19 anos e ajudava a mãe, Dona Derna, no restaurante Fontana di Trevi. Hoje ele planeja um futuro mais tranquilo, ao dedicar-se aos mosaicos, à caça e à pesca.

90 prêmio GESTÃo DE proJEToS Comau implanta linhas de montagem na fábrica Fire 2 da FpT – powertrain Technologies e conquista terceiro lugar no prêmio projeto do Ano, pro-movido pela revista Mundo PM em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

realidade Virtual do Novo Uno gerada pelo Centro Estilo

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CAPA NoVo UNo

Novas emoções, novas razõesDesenvolvimento do novo modelo da Fiat privilegiou o conceito de round square, ou quadrado com cantos curvos, que preservam a forma geométrica básica, mas destacam a harmonia

por roBerTo BArAldi

MUNDoFiAT6 MUNDoFiAT 7

Um milhão de horas separam o conceito da obra. Este é o tama-nho do investimento humano e

intelectual – um milhão de horas de tra-balho de centenas de pessoas no Brasil e na Itália – necessário para transformar o Novo Uno de uma ideia abstrata na cabeça de muitos consumidores, em um automóvel elegante e marcante, ousado nos conceitos e nas linhas, e, acima de tudo, digno de sua estirpe.

O Novo Uno vem com todos os atri-butos para fazer também uma nova história de sucesso. Chega ao merca-do em quatro versões: Vivace 1.0 Flex, Way 1.0 Flex, Attractive 1.4 Flex e Way 1.4 Flex, que permitem total persona-lização através de múltiplas opções de acabamento e de acessórios, que trans-formam cada carro em um modelo úni-co, pura expressão da individualidade do dono.

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CAPA

Por trás do visual inovador existe uma máquina surpreendente. O novo modelo marca a estreia de dois novos motores da FPT – Powertrain Techno-logies, o Fire 1.0 EVO e o Fire 1.4 EVO, ambos Flex, que incorporam moder-nas tecnologias para garantir ótimo desempenho com economia de com-bustível e baixo nível de emissões.

CoMo nASCe uM AuToMóvelPara formular o conceito do novo

modelo e chegar às suas surpreenden-tes formas, os designers do Centro Es-tilo Fiat para América Latina, em co-laboração com o Centro Estilo Fiat da Itália, não tentaram adivinhar o que o consumidor queria. Pelo contrário. Eles primeiro ouviram o cliente, para depois partir para a criação do carro. A comunicação aberta foi adotada ao longo de todo o processo de desenvol-vimento, da concepção básica até as clínicas de produto com os modelos em tamanho real.

O primeiro desafio foi compreen-der as razões de sucesso do Fiat Uno, o clássico modelo de formas quadra-das que foi lançado mundialmente em 1983, nas instalações aeroespa-ciais do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. Ele chegou ao Brasil no ano seguinte e tocou o coração do consu-midor com suas formas inovadoras, seu jeito de ser maior por dentro do que por fora, sua economia e funcio-nalidade. Em 1990, foi o primeiro automóvel brasileiro a receber um

O interior do Novo Uno oferece muito espaço e conforto. Linhas sinuosas se destacam no painel

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Divisão Automotive SystemsBraços oscilantes

Divisão Molas e BarrasMola helicoidal dianteira e traseira

Barra estabilizadora dianteira

O Grupo ThyssenKrup Bilstein Brasil

parabeniza a Fiat pelo lançamento do

Novo Uno.

Nós temos um imenso orgulho de

participar deste projeto que sem dúvida

será um sucesso.

Projetos como o Novo Fiat Uno merecem

nossa homenagem!CAPA motor de 1.000 cc, o que lhe rendeu

o sobrenome de Mille e fez dele um sucesso de vendas até hoje. O Mille continua na estrada e à venda nas concessionárias Fiat, em sua trajetó-ria de ícone que apaixona e resolve problemas, convivendo com o Novo Uno, que reinterpreta sua alma.

Carlos Eugênio Dutra, diretor de Produto e de Exportação da Fiat, ex-plica que o primeiro passo para desen-volver o novo carro foi ouvir os con-sumidores, para entender como seria possível criar diferenciação emocional com autenticidade, em um segmen-to em que as decisões de compra são extremamente racionais. O principal público da pesquisa foi composto por homens e mulheres da classe B, entre 18 e 30 anos de idade. Mas também foram ouvidos outros segmentos, das classes A e C, nos grupos de 15 a 17 anos e de 30 a 40 anos. Conclusão:

menos é mais. Isto é: o consumidor quer um carro simples, funcional e inteligente. Um carro que atenda à ra-zão, mas que toque a emoção.

Os designers do Centro Estilo Fiat ouviam os inputs da pesquisa e criavam propostas em tempo real. “Nosso desa-fio era captar a alma do Uno, entender sua essência na mente e no coração dos consumidores”, relata Peter Fassben-der, gerente do Centro Estilo Fiat para a América Latina. Constatou-se que a forma quadrada é o mais forte elemen-to de identidade do Uno. “Mas não se tratava de reestilizar o modelo, mas de criar um carro moderno, marcante, com a alma do Uno”, acrescenta.

Inúmeras ideias e concepções con-vergiram para o conceito do round square, isto é, do quadrado com os cantos curvos, que preservam a forma geométrica básica, mas destacam a harmonia. O conceito tornou-se o DNA

10 MUNDoFiAT

A forma quadrada que domina o exterior traduz a alma do Uno

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MUNDoFiAT12

CAPA do Novo Uno, sintetizando-se nos três

elementos estéticos que ladeiam o em-blema da Fiat sobre a grade frontal e dominando o visual externo.

Internamente, porém, estabele-ce-se o contraponto: destacam-se formas arredondadas, acolhedoras, amigáveis, leves e joviais, que con-vidam as pessoas a permanecer den-tro do carro. Assim, o habitáculo é espaçoso, iluminado, confortável, funcional e muito bem acabado – ele

é totalmente revestido, sem chapa aparente. Um dos pontos de desta-que é o painel, cuja parte frontal traz a tecnologia insert molding, um filme estampado e injetado conjuntamente ao componente plástico, que propi-cia a criação de elementos gráficos variados, coloridos e decorativos no painel, diferenciando as versões do carro, além de permitir a persona-lização. O quadro de instrumentos repete o tema circular, inclusive em seu display.

A tudo isto somam-se itens de conforto e segurança, como airbags e freios ABS, direção hidráulica, ar-condicionado e rádio CD / MP3 player com Bluetooth, viva-voz e conexão USB. O Novo Uno traz também um conteúdo inédito para o seu segmen-to: o parabrisa térmico, que tem a função de desembaçamento. Este item, quando acionado, leva até três minutos para desembaçar o parabri-sa por completo. No final deste tem-po, a função é desativada automati-camente.

uM Milhão de horASDo nascimento do conceito do

Novo Uno à primeira unidade de pré-série, o processo de desenvolvimento do carro envolveu centenas de profis-sionais e três anos de trabalho. Gian-carlo Bertoldi, diretor de Engenharia da Fiat, dá os números: um milhão de horas trabalhadas em projeto, de-sign, engenharia, produção pré-série e testes. Foram detalhadas 2 mil es-pecificações técnicas, 200 mil horas de cálculos e 6,5 milhões de quilô-metros foram percorridos por 400 ve-ículos em testes.

Todo este trabalho resultou em soluções inovadoras em ergonomia, para oferecer mais conforto e visi-bilidade ao motorista e ocupantes, mais estabilidade proporcionada por novas suspensões, elementos de segurança ativa e passiva e nova motorização. A área de Engenharia

Versão Way: visual moderno, esportivo e agressivo

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CAPA

concentrou-se também em soluções de conforto acústico, para reduzir o nível de ruído, de vibração mecânica e de harshness (sensação de aspereza provocada por vibração mecânica de média frequência).

A soma de todo este esforço técni-co e criativo é um modelo competitivo, posicionado nos segmentos A e B do mercado, que atende a diversos perfis de públicos, com variados propósitos, conforme destaca o diretor comercial da Fiat, Lélio Ramos. “Esta é a fatia mais estratégica do mercado, pois, jun-tos, os segmentos A e B respondem por mais da metade das vendas”, destaca.

O segmento A é o primeiro carro zero quilômetro da maioria dos con-sumidores e, por isso, é caracteriza-do pela racionalidade na busca da melhor relação entre custo e benefí-cio. É fundamental para o envolvi-mento do cliente e o estabelecimento de uma relação de fidelidade com a marca. Já o segmento B busca mais atributos em um automóvel, como mais potência e mais conteúdos de série. Com as motorizações 1.0 e 1.4 e ampla gama de conteúdos exclusi-vos, o Novo Uno é uma aposta em ambos os segmentos.

MoToreS MAiS eFiCienTeSO Novo Uno marca a estreia da

família de motores Fire EVO, produ-zida na nova fábrica da FPT – Power-train Technologies, em Betim (MG). Os pontos fortes da nova família de

motores são a redução de consumo e melhor aproveitamento energético, com menor emissão de poluentes e ruído, conforme explica João Irineu Medeiros, diretor de Engenharia do Produto da FPT Mercosul.

Ambos os motores são flexfuel, com 1.0 litro e 1.4 litro, e trazem uma série de inovações tecnológicas e com-ponentes inéditos em motores de bai-xa cilindrada. Uma delas é o variador de fase contínuo (CVCP - Continuously Variable Cam Phaser), presente na ver-são 1.4, capaz de reduzir o consumo em até 5%.

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O porta-malas espaçoso surpreende. A versão Way é ideal para quem busca mais atributos, conteúdos e potência

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MUNDoFiAT16

CAPA

O novo Fiat Uno chega ao mercado em quatro versões, primeiramente to-das com quatro portas (as versões duas portas chegam nos próximos meses). São elas:

Quatro versões para todos os estilos

VIVACE 1.0 FLEx WAy 1.0 FLEx ATTRACTIVE 1.4 FLEx WAy 1.4 FLEx

PoTênCiA73 cavalos (gasolina)

75 cavalos (álcool)

85 cavalos (gasolina)

88 cavalos (álcool)

Torque9,5 kgm / 3.850 rpm (gasolina)

9,9 kgm / 3.850 rpm (álcool)

12,4 kgm / 3.500 rpm (álcool)

12,5 kgm / 3.500 rpm (gasolina)

O cliente do Novo Uno terá 14 co-res para escolher, entre lisas e meta-lizadas. Três delas fazem sua estreia na linha Fiat: Amarelo Citrus e Azul Splash, exclusivas para as versões Vivace e Attractive, enquanto o Verde Box se destina somente à versão Way. Todas reforçam o espírito jovem, ale-gre e moderno do novo modelo.

A versão de entrada é a Vivace 1.0 Flex, que traz o novo motor Fire 1.0 EVO, tornando-a ideal para quem

deseja conciliar economia de combus-tível, desempenho, conforto e uma ex-celente relação custo-benefício. Com o mesmo motor, a versão Way 1.0 Flex enfatiza um espírito mais aventurei-ro. A versão Attractive 1.4 Flex in-corpora, além do motor Fire 1.4 EVO, muitos itens de série de conforto e es-tilo, enquanto a versão top de linha, a Way 1.4 Flex, tem um visual marcan-te e itens de série típicos de veículos de segmentos superiores.

Motor 1.4 da versão Attractive confere bom desempenho ao Novo Uno

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Cada um do seu jeitoO novo Fiat Uno também oferece kits de personalização com vários temas

visuais. O kit Square traz apliques prata nos quadrados da grade dianteira, além de faixas laterais, adesivo na tampa traseira e badge para ser aplicado na coluna C. Para o interno do carro, este kit oferece insert molding para o painel de instrumentos e banco com tecido personalizado e tapetes em carpe-te. O kit Tribal, disponível para a versão Way, é composto por adesivos late-rais, adesivo na tampa traseira, badge nos para-lamas, insert molding para o painel de instrumentos, volante em couro e tapetes em carpete com escrita Way. O kit Jeans oferece apliques amarelos nos quadrados da grade dianteira, adesivos nos para-lamas, adesivo na tampa traseira, badge para ser aplicado na coluna C, insert molding para o painel de instrumentos, banco com tecido personalizado e tapetes em carpete. Também estão disponíveis na rede de distribuidores Fiat os kits WWW, para quem é ligado na internet, o Podium, para os fãs do automobilismo, e o Arabesco, para quem leva a vida leve.

CAPA

MUNDoFiAT18

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Da carroceria à mecânica, o Novo Uno foi construído para garantir a segurança de seus ocupantes.

A carroceria, de monobloco estampado em aço de alta resistência, garante o desempenho estrutural do veículo e é mais leve que a de outros modelos da categoria, traduzindo em economia de combustível. Há reforços estrategica-mente posicionados para melhorar ain-da mais a performance estrutural.

O capô foi projetado com deforma-ção programada: se ocorrer uma coli-são frontal, ele absorve a energia do impacto, preservando a integridade do habitáculo. Os airbags dianteiros e os cintos de segurança com pré-tensiona-dor, opcionais para todas as versões do Novo Uno, complementam a ação do capô, reforçando a segurança. As portas contam com barras de proteção tubulares, que ajudam a preservar a integridade física dos ocupantes em caso de colisão lateral. Outro aspecto importante das portas é que sua cons-trução especial possibilita a abertura mesmo após um impacto.

Os bancos dianteiros são do tipo anti-submarining e seus encostos de cabeça foram projetados para evitar o efeito chicote no pescoço do condutor e do passageiro, reduzindo o risco de lesões na coluna cervical em caso de acidente. A coluna de direção, por sua vez, foi feita para minimizar danos fí-sicos ao motorista em caso de colisão frontal.

No aspecto mecânico, o novo mo-delo incorpora soluções que asseguram sua estabilidade e ajudam o motorista a manter o controle do carro em qualquer situação. A suspensão foi concebida para manter a estabilidade direcional e enfrentar qualquer tipo de terreno sem transmitir ao habitáculo as vibrações

ocasionadas por pisos irregulares, pro-porcionando o máximo de segurança aos ocupantes sem sacrificar o conforto.

Na dianteira a suspensão é do tipo McPherson e tem braços inferiores com triângulo retângulo. A barra estabiliza-dora é ancorada nos amortecedores. As molas helicoidais são do tipo side load. A função desse conjunto é minimizar o efeito de carga da frenagem em curva, garantindo o melhor equilíbrio em todas as condições de marcha, e também ab-sorver ao máximo as asperezas do piso.

A suspensão traseira é possui ro-das semi-independentes com eixo de torção, que incrementa a rigidez es-trutural e aumenta a flexibilidade da suspensão com carga obtida mediante o aumento de dimensão da borracha de ligação à carroceria. Isso melhora as respostas dinâmicas em curvas. Os coxins elásticos tiveram seu tamanho aumentado com o objetivo de melho-rar a filtragem das irregularidades do piso, aumentando o conforto ao dirigir. E os amortecedores foram projetados para ampliar as condições limite de es-tabilidade em curvas.

Os freios foram dimensionados de acordo com a versão e com a presen-ça, ou não, de ABS. Na dianteira há disco com pinça flutuante; na traseira, tambor com sapata autocentrante e re-gulagem automática de jogo e cilindro mestre duplo. O sistema é de duplo cir-cuito cruzado – se houver avaria em um deles, o outro freia o veículo –, e sem ABS traz ainda válvula corretora de fre-nagem que atua sobre o freio traseiro. Para tornar as frenagens em pisos es-corregadios mais seguras, o Novo Uno oferece sistema antitravamento (ABS) nos freios como opcional em todas as versões. Junto com o sistema há EBD, distribuição eletrônica de frenagem.

19MUNDoFiAT

Tecnologias combinadaspara proteger os ocupantes

Page 11: Revista Mundo Fiat - 101

MUNDoFiAT20

• Pioneira na produção de volantes da direção e líder com 82%do mercado brasileiro.

• Ferramentaria Própria – know-how e tecnologia de ponta com agilidadee competência atendendo o mercado local e exportação.

• Pioneira no desenvolvimento e produção de módulosairbag, líder desde 1997 com 58% do mercado.

• Primeira empresa na América do Sul a confeccionarbolsas para módulos airbag.

• Líder mundial na produção de cintos de segurança.

• Tech Center Brasil – referência em desenvolvimentode produtos de segurança veicular desde a simulaçãoaté sua homologação.

• Fábrica brasileira de cadarços para cintos de segurança– A mais moderna do mundo!

w w w . t a k a t a . c o m

Pioneirismo e Liderança. Futuro Sustentável!

o Novo Uno vem equipa-do com motores Fire 1.0l e 1.4l EVO, os

primeiros representantes da fábrica Fire 2 da FPT – Powertrain Technolo-gies em Betim (MG) para o mercado nacional. A fa-mília de motores Fire EVO foi concebida sob a ótica da redução de consumo e emis-são de poluentes e conta com uma série de componentes até então ausentes em propulsores de baixa cilindrada.

Os motores possuem nova geometria do co-letor de aspiração e vários componentes novos, como bicos injetores, corpo de borboleta Drive by Wire, pistões, anéis do tipo low friction, eixos de comando, tampas de válvulas, tensor automático da correia de distribuição, bloco do motor com ca-misa de água tipo U Circulation e bomba d’água.

“A nova família Fire EVO representa uma ver-dadeira evolução em tecnologia e qualidade em motores desse porte”, destaca João Irineu Me-deiros, diretor de Engenharia de Produto da FPT Mercosul.

O motor 1.0l EVO dispõe de itens especialmente projetados para au-mentar o desempenho em baixas rotações e diminuir ainda mais o atrito interno. As novas tec-nologias permitiram uma redu-ção média de 3% no consumo de combustível e nos índices de

emissão de poluentes. O design dos novos pistões foi inspirado em

modelos de competição, de maneira a reduzir o peso ao máximo sem interfe-

rir a alta taxa de compressão. Feitas em aço forjado, as novas bielas tiveram o comprimento aumentado em 26,5% – o que diminui o atrito do motor – e estão entre as mais leves do mercado.

Já o motor 1.4l EVO é equipado com o varia-dor de fase contínuo (CVCP, na sigla em inglês), um sistema eletroidráulico controlado pela cen-tralina do motor. O CVCP é capaz de gerar uma redução de até 5% no consumo de combustível, permitindo ganhos de desempenho em altas rota-ções. “Trata-se de um sistema inédito em motores de pequena cilindrada produzidos no Brasil e em carros do segmento B (veículos compactos) no mercado nacional”, ressalta Medeiros.

CAPA Motores FpT com mais

potência e tecnologiaproduzida na fábrica Fire 2 da FpT – powertrain Technologies, nova família Fire EVo possui uma série de inovações tecnológicas. Modelo 1.4l é equipado com o variador de fase contínuo (CVCp), sistema eletroidráulico controlado pela centralina do motor.

Cilindrada 1.0l

Combustível Gasolina/Etanol

Potência máxima 73 cavalos @ 6.250 rpm (gasolina) 75 cavalos @ 6.250 rpm (etanol)

Torque máximo 9,5 kgfm @ 3.850 rpm (gasolina) 9,9 kgfm @ 3.850 rpm (etanol)

Taxa de compressão 12,15 : 1

emissões proconve F-V

FIRE 1.0 L EVO

1.4l

Gasolina/Etanol

85 cavalos @ 5.750 rpm (gasolina) 88 cavalos @ 5.750 rpm (etanol)

12,4 kgfm @ 3.500 rpm (gasolina) 12,5 kgfm @ 3.500 rpm (etanol)

12,35 : 1

proconve F-V

FIRE 1.4 L EVO

div

ulga

ção

FPT

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MUNDoFiAT22

A PERFEIÇÃO NA COLHEITA.

LINHA CRCOM DUPLO ROTOR. COM DUPLO ROTOR. COM DUPLO ROTOR. COM DUPLO ROTOR. COM DUPLO ROTOR.

A New Holland sempre foi sinônimo de colheita em todo o mundo. Suas colheitadeiras são as mais vendidas

nos cinco continentes. A CR9060, agora fabricada no Brasil, chegou para consagrar essa força no campo.

Seu duplo rotor realiza uma debulha excelente com separação perfeita. O resultado são grãos de qualidade

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Todas as divisões da Magneti Marelli estão fornecendo componentes para o Novo Uno. Os principais destaques fi-

cam com o novo sistema Flex Terceira Gera-ção, produzido pela divisão Powertrain, e o amortecedor Powershock com Stop Hydrau-lic, fabricado pela Amortecedores.

O sistema Flex Terceira Geração faz sua estreia no lançamento da Fiat com a nova centralina (ECU – Electronic Control Unit) e o novo bico injetor PICO ECO. “Este siste-ma é uma evolução em relação à Segunda Geração lançada em 2005, que introduziu o tetrafuel”, observa o diretor comercial da Magneti Marelli, Flávio Gussoni, destacan-do a nova unidade eletrônica. “É uma cen-tralina mais potente, com um novo patamar de gerenciamento de informações do veicu-lo, além dos níveis de emissões. Trata-se de uma unidade de controle preparada não só para o nível atual de exigências, mas para

CAPA Sistema Flex Nova Geração

da Marelli estreia no Novo UnoDivisões da empresa fornecem vários componentes para o lançamento da Fiat, como câmbio Dualogic, sistema de injeção, amortecedor powershock com Stop Hydraulic, faróis e lanternas, pedaleiras e pedal eletrônico e sistema de escapamento totalmente em aço inox.

por BiAnCA AlveS

as necessidades de performance futuras”, observa.

Patente da Magneti Marelli, o amortece-dor Powershock com Stop Hydraulic reduz o efeito do rolling (inclinação natural pela qual o veículo passa quando o motorista faz uma curva acentuada), trazendo mais estabilida-de e segurança ao automóvel. Por ser interno ao amortecedor, o sistema não exige mudan-ças estruturais ou expressivas no veículo.

A empresa dedicou cerca de dois anos ao desenvolvimento da tecnologia, que pode be-neficiar diversos tipos de automóveis, como os de high performance (alto desempenho, que incluem veículos de luxo, os crossovers e as SUV’s), os utilitários que fazem uso de suspensão tipo Mc Pherson e os veículos pe-quenos, do segmento A e B, com centro de gravidade baixo.

A divisão Módulos e Componentes Plás-ticos fornece, ainda, bocal de introdução de combustível, dutos de ar do painel e tampa de proteção da correia dentada, entre ou-tros componentes. Já a divisão Pedaleiras é responsável pelo pedal de freios híbrido, enquanto a Escapamentos fabrica o sistema de escapamento totalmente em aço inox do Novo Uno.

A atuação da Magneti Marelli no projeto do Novo Uno é importantíssima, na avalia-ção de Gussoni. “Significa não só manter a nossa participação junto à Fiat, mas, mais do que isso, fazer parte de um projeto e con-tribuir com tecnologias para um veículo que deverá ser líder de vendas”, destaca.

Powertrain - Sistema de injeção e câmbio Free Choice

Amortecedores - Amortecedores e mola a gás

Suspensão - Subframe e eixo traseiro

escapamentos - Sistema de escapamentos

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Pedaleiras - pedaleira e pedal eletrônico

Sistemas eletrônicos - painel, T-Box e body computer

Componentes e Módulos Plásticos - Filler neck

mAGNETI mARELLI NO NOVO UNO

Page 13: Revista Mundo Fiat - 101

MUNDoFiAT2�

A Teksid participará do fornecimento de várias peças para o Novo Uno, entre elas algumas exclusivas, como

o novo disco e o novo tambor de freio.Os desafios de se participar de um pro-

jeto completamente novo começam du-rante a negociação do fornecimento dos componentes. Segundo o especialista de vendas da Teksid, Almir Thomaz da Silva, a definição dos prazos de entrega das pe-ças é um dos momentos mais críticos de todo o processo. “Não há espaço para er-ros, nem atrasos. As peças fundidas têm de ser entregues rigorosamente nas datas previstas para as janelas de testes dos con-juntos montados e dos veículos”, afirma.

Depois de negociado o fornecimento, deu-se início ao desenvolvimento das peças exclusivas, feita em duas etapas. Na primei-ra, foram desenvolvidos e fornecidos pela Teksid protótipos para a realização de testes e ensaios iniciais do projeto. Já na segun-da etapa, foram criadas as versões finais

das peças. Somente após esse processo, que durou cerca de um ano, o disco e o tambor de freio começaram a ser fabricados para o Novo Uno.

O coordenador desse desenvolvimento na Teksid, Hugo Dutra, revela que foi um grande desafio desenvolver e entregar os primeiros protótipos em apenas dois me-ses. “Como esses produtos são classifica-dos como peças de segurança, em que os níveis de exigência de qualidade são bas-tante elevados, foi desafiador entregar os primeiros protótipos em um curto prazo. Para isso, tivemos que utilizar o que há de mais avançado em tecnologia CAD/CAM/CAE para o desenvolvimento desses com-ponentes.”

Além das peças exclusivas, a Teksid também fornecerá bloco, cabeçote, girabre-quim, eixo de comando de válvula, man-cal, pontas de eixo, caixa diferencial e tam-pa da caixa diferencial para o mais novo lançamento da Fiat.

CAPA Teksid desenvolve disco e

tambor de freio exclusivosMaior desafio da empresa foi desenvolver e entregar os primeiros protótipos dos componentes do Novo Uno em apenas dois meses. Um dos momentos mais críticos do processo de fornecimento é a definição de prazos rigorosos de entregas das peças.

por SAMuel AlMeidA

Desenvol- vimento de peças de segurança tem elevados níveis de exigência de qualidade

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T E M M U I TO D E V O C Ê N E S T E C A M I N H Ã O.

São desenvolvidos pela Comau três projetos que garantem mais qualidade e agilidade na produção do Novo Uno. O primeiro en-

volveu fornecimento de uma linha produtiva com pinças robotizadas na Unidade Operativa Funilaria da Fiat Automóveis. A tecnologia das pinças veio da Comau Inc., dos Estados Unidos, e garante melhorias no processo de soldagem da carroceria do novo veículo, além de aumen-tar a produtividade.

Laerte Scarpitta, diretor da Unidade de Ne-gócios Systems da Comau Mercosul, aponta muitas vantagens do novo equipamento sobre as pinças convencionais. “É uma pinça mais leve e usamos robôs de capacidades de carga mais baixas, diminuindo custos da linha.” Ou-tro diferencial é a qualidade do ponto de solda devido ao controle automatizado de abertura e velocidade de operação das pinças. “Isso me-lhora a rapidez da solda da carroceria do veícu-lo e o tempo ciclo de produção”, diz Scarpitta.

CAPA pinças, robôs e linhas de montagem

da Comau a serviço do Novo UnoEmpresa fornece sistemas de produção que atuam diretamente na fabricação do novo carro: pinças de solda robotizadas e duas novas linhas de montagem de suspensão para a Fiat, além de duas linhas automatizadas para a Stola.

por roBerTo Ângelo

O segundo projeto teve participação indire-ta da Comau, que forneceu duas novas linhas automatizadas para a Stola, que trabalham na soldagem do pavimento central do Novo Uno – onde ficam banco do motorista, parte dos pés do passageiro, freio de mão e câmbio. A Stola, por sua vez, forneceu a estrutura para a Fiat. “A automatização assegura melhorias na qualidade do produto final, aumento da produtividade e poupa o operário de atividades muito complexas, que devido à dificuldade de acesso à pinça, po-dem comprometer a ergonomia”, explica Lazaro Regonha, gerente de Body Welding da Comau.

Por fim, a Fiat recebeu duas novas linhas de montagem de suspensão, também produzidas pela Comau. Uma é destinada à montagem da suspensão dianteira e a outra cuida da suspen-são traseira do Novo Uno. As linhas possuem elevado grau de confiabilidade e rastreabilida-de qualitativa do processo de montagem. Todos os dados chaves do processo são monitorados e certificados pelos sistemas automáticos de con-trole instalados nos equipamentos.

Maurizio Marelli, gerente de Powertrain da Comau, destaca o ineditismo do projeto. “São as primeiras linhas completas para montagem de suspensão veicular produzidas pela Comau no Brasil e no mundo”, afirma. “A experiência ad-quirida no projeto permitirá à Comau explorar, ainda mais, esse nicho de mercado”, completa.

Os três projetos demonstram o papel de des-taque da Comau no lançamento do Novo Uno. “É muito importante fazermos parte do time de fornecedores presentes em um dos maiores lan-çamentos da indústria automobilística nacional em 2010”, ressalta Alejandro Solis, superinten-dente da Comau Mercosul.

gustavo lovalho

Linha de soldas robotizadas da Comau oferece mais qualidade e produtividade

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Page 16: Revista Mundo Fiat - 101

MUNDoFiAT�0 MUNDoFiAT �1

Durante pouco mais de 48 horas – entre 28 de fevereiro e 2 de março – o CEO do Fiat Group e

da Chrysler, Sergio Marchionne, esteve no Brasil, transferindo a sua intensa rotina de trabalho para o continente sul-americano, pela quinta vez des-de que assumiu o comando do Gru-po, em 2004. Na agenda, o momento

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O FIA

T Sergio Marchionne:“o Brasil é a nossa segunda casa”CEo do Fiat Grupo e da Chrysler teve intensa rotina de trabalho no Brasil, onde participou da inauguração do complexo industrial da CNH em Sorocaba (Sp) e avaliou com dirigentes do Grupo no Brasil temas da indústria automotiva mundial.

por guilherMe PenA

Itália. No consolidado, as empresas do Grupo no Brasil contribuíram com um faturamento líquido em torno de R$ 31 bilhões para o Fiat Group. “O Brasil é a nossa segunda casa”, afirmou.

Marchionne também expôs sua vi-são sobre o carro do futuro e as novas tecnologias de propulsão, a estratégia da Fiat diante da mais profunda crise já enfrentada pela indústria automo-bilística mundial e a oportunidade da aliança com a Chrysler. A seguir, um resumo de suas declarações:

MoBilidAde e Meio AMBienTe“Acho injusto atribuir ao carro a

única responsabilidade pelo que está acontecendo no meio ambiente. Há diversas fontes de poluição que são totalmente independentes dos car-ros. A indústria automobilística tem promovido uma tremenda redução de emissões nos últimos dez anos. Não há dúvidas que a indústria entende o problema, mas a solução não é apenas dela. A solução tem que ser encontra-da por todas as partes envolvidas: nós, os produtores de combustíveis e os gestores da infraestrutura. Apenas como exemplo, a correta aplicação dos limites de velocidade tem um benefício muito maior para a redução de CO2 do que qualquer imposição de um padrão de emissões. Se você não cumprir as regras, não criar a infraestrutura para efetivamente reduzir os níveis de con-gestionamento nas cidades, você nun-ca irá encontrar o problema”.

CArroS elÉTriCoS“Para se ter um veículo com emis-

são zero só existem duas soluções: ou você fabrica um veículo elétrico ou você desenvolve uma célula de combustível de hidrogênio. Qualquer outra tecnologia terá algum tipo de emissão, como é o caso dos híbridos, que fazem a combinação dos moto-res elétrico e a combustão. Toda essa tecnologia está disponível, mas a um custo que o consumidor não está dis-

mais expressivo foi a inauguração do novo complexo industrial da CNH em Sorocaba (SP). No dia anterior, ele es-teve na fábrica da Fiat em Betim (MG), onde se reuniu com dirigentes, acom-panhou de perto os últimos procedi-mentos para o lançamento do Novo Uno e percorreu toda a linha de mon-tagem, verificando novos processos e equipamentos resultantes do atual ciclo de investimentos.

Entre uma rodada de reuniões com os CEO’s das empresas na América do Sul e um encontro com o então gover-nador de Minas Gerais, Aécio Neves, no Palácio da Liberdade, em Belo Ho-rizonte, Marchionne recebeu a repor-tagem da revista Veja para uma entre-vista. A importância do Brasil para as empresas do Grupo foi um dos pon-tos enfatizados pelo executivo, para quem o país é uma das regiões em que os investimentos encontram ambien-te mais seguro, amparados por um dos poucos mercados do mundo que apresentam crescimento robusto. Na entrevista e no seu pronunciamento em Sorocaba, Marchionne destacou a capacidade com que o Brasil superou a crise mundial e consolidou-se como uma economia confiável, estável e com ótimo desempenho. Tanto que discorda claramente dos que ainda consideram o Brasil um país emer-gente. Afinal, aqui a Fiat é líder em vendas de veículos, com um volume que superou, embora por pouco, o da

posto a pagar. Por isso, acho que há uma limitação à escala real que o ve-ículo elétrico poderá atingir. Pode ha-ver uma solução mais fácil em termos de redução de emissões, como se con-segue com o gás natural. Hoje, acredi-to que o aperfeiçoamento do motor a combustão é um caminho mais curto para a eficiência energética, e estamos fazendo isso, mas o consumidor preci-sa ser capaz de pagar o preço, porque cada vez que você introduz tecnologia isso irá custar dinheiro. E o carro elé-trico está muito longe de ser econo-micamente viável. Há dois problemas fundamentais com as baterias. Um é o custo, mesmo em projetos de larga escala; outro é a capacidade de arma-zenar energia, daí a pouca autonomia de utilização. Há também problemas técnicos, como a ausência de uma rede de distribuição e a falta de padro-nização, que impede trocas e recargas. Já o combustível é combustível, seja gasolina ou etanol. Você abastece em qualquer lugar”.

o CArro do FuTuro“Serão veículos inteligentes, com

importância muito maior da eletrô-nica. A inteligência artificial aplica-da nos chips automotivos tornará o carro muito mais seguro, porque eles vão responder de forma instantânea e automática às ameaças do exterior, prevenindo colisões, freando antes que o acidente possa acontecer. A dis-ponibilidade da tecnologia de internet dentro do veículo irá se tornar incri-velmente barata, e isso estará dispo-nível a todos. Seu funcionamento será totalmente diferente, mais seguro e amigável, tanto na funcionalidade quanto nas questões ambientais. Mas os motores a combustão continua-rão a representar a grande parcela do mercado automotivo, por um longo período. Dito isso, temos de tentar a bateria elétrica, os híbridos, a solução de etanol. Precisamos continuar a fa-zer experiências com todas as tecno-

gas

par

nób

rega

SergioMarchionnediscursadurante a inauguração da nova fábrica da CNH

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O FIA

T logias disponíveis, já que o ataque ao combustível derivado de petróleo vai continuar”.

A CriSe e A “reConSTruÇão CriATivA”“Em dezembro de 2008, quando

o tsunami da crise praticamente pa-ralisou a maioria dos mercados, com a falência simultânea de diversos sis-temas, eu já estava convencido que a indústria automobilística precisava reinventar-se completamente, e teria que ser rápido. Com o tempo, teremos um realinhamento de cada uma das posições dos principais fabricantes. Inevitavelmente haverá uma nova ro-dada de consolidação, com cinco, seis, ou talvez sete grandes jogadores – e

hoje tudo o que eu posso dizer é que a Fiat e a Chrysler serão um deles”.

“Um novo modelo está sendo cria-do porque houve um verdadeiro re-pensar sobre o sistema. Na Chrysler – que há exatamente um ano iniciava a sua parceria com a Fiat – podemos testemunhar a extraordinária deter-minação e o profundo senso de res-ponsabilidade com que cada uma das partes envolvidas está transformando os efeitos da recessão de um obstá-culo em uma extraordinária oportu-nidade. A nós foi dada a responsabi-lidade de realizar uma “reconstrução criativa” (parafraseando o conceito de “destruição criativa” do economis-ta Joseph Schumpeter). Nossa tarefa é aprender com a experiência e, sem explodir tudo, construir uma empresa

e da Chrysler estão indissociavelmen-te ligados, e ambos irão colher enor-mes benefícios desse relacionamento. Ao acessar o ‘pool’ de arquiteturas e motorizações da Fiat, a Chrysler vai economizar meses e até mesmo anos em desenvolvimento e testes, junto com bilhões de dólares em investi-mento. As avançadas tecnologias de eficiência energética da Fiat darão à Chrysler uma vantagem significativa para atender às exigências regulató-rias futuras. Em 2014, mais da me-tade dos veículos Chrysler será mon-tada em arquiteturas derivadas da Fiat. E mais de 40% da linha Chrysler será equipada com motorizações da Fiat ou que foram beneficiadas por sua tecnologia. Por sua vez, a Fiat irá se beneficiar da força da Chrysler em minivans, nos utilitários esportivos da Jeep, nas picapes Ram nos sedans grandes, passando a responsabili-dade pelo desenvolvimento de todos

os veículos de grande porte em seu portfólio para a Chrysler. O recém-lançado novo motor Pentastar V-6 da Chrysler será compartilhado com a Fiat”.

“Em fevereiro demos mais um exemplo das muitas oportunidades que os dois grupos podem oferecer um ao outro, com a assinatura do acordo de ‘joint venture’ com a montadora russa Sollers, o que representa um trampolim para a Fiat e a Chrysler no mercado russo. Como resultado dessa parceria, teremos capacidade de pro-duzir até 500 mil veículos por ano até 2016 e vender nove novos modelos, dos quais seis serão baseadas na nova plataforma Fiat-Chrysler”.

“A aliança entre Fiat e Chrysler é uma parceria no sentido mais ver-dadeiro – forjada na oportunidade mútua. É o crescimento com um pro-pósito: criar valor real e não apenas inflacionar os números”.

“Teremos um realinhamento de cada umadas posições dos principais fabricantes.

Inevitavelmente haverá uma nova rodadade consolidação, com cinco, seis, ou talvezsete grandes jogadores – e hoje tudo o que

eu posso dizer é que a Fiat e a Chryslerserão um deles.”

dinâmica e com perspectiva de futu-ro. A reconstrução criativa começa com o reconhecimento de que os anti-gos pontos de referência deixaram de existir. As premissas tradicionais so-bre o sistema financeiro, a economia e o comportamento dos consumidores foram varridos do mapa”.

“Precisamos aceitar que as mu-danças que aconteceram são funda-mentais e irreversíveis e antecipar as mudanças que ainda virão, repensan-do tudo o que fazemos. Do contrário, vamos permanecer presos na caverna de Platão, com o olhar fixo em anti-gas ‘certezas’, que nada mais são do que sombras da realidade. A recessão econômica aumentou a pressão sobre nós para nos reinventarmos – e para fazê-lo rapidamente”.

A AliAnÇA FiAT-ChrYSler“A transação entre Fiat e Chrysler

foi, indiscutivelmente, uma resposta a essas pressões. Esta aliança é um exemplo perfeito de uma profunda transformação, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade. O principal benefício será a realização de uma massa crítica necessária para gerar a adequada economia de esca-la. Ao alavancar volumes em cada ar-quitetura, em cada um dos principais segmentos, seremos capazes de pro-porcionar retornos econômicos que justifiquem os níveis de investimen-tos necessários. Por sua vez, isso nos permitirá expandir geograficamente para aproveitar novas oportunidades de mercado”.

“Do ponto de vista da Fiat, esta foi uma oportunidade incrível para participar do mercado norte-ameri-cano. As duas empresas representam uma combinação ideal. A presença e a experiência da Fiat no segmento de carros pequenos, e a da Chrysler, nos segmentos médios e grandes, permi-tirá que a combinação do Grupo ofe-reça uma gama completa de produtos em todo o mundo. Os futuros da Fiat

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quarta-feira, 14 de abril de 2010 16:50:21

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Inaugurado no dia 2 de março, o complexo industrial da Case New Holland (CNH) já produz ao ritmo de

2 mil máquinas por ano. Localizado em

Sorocaba (SP), o maior e mais moderno complexo industrial da América Latina nos setores agrícola e de construção en-globa a fábrica da Case e o Centro de

CNH inicia produção em Sorocabaprimeiros modelos a serem produzidos em Sorocaba (Sp) são as colheitadeiras de grãos Axial-Flow 8120, da Case IH. Também serão fabricadas peças e componentes para pulverizadores e colhedoras de cana e de café.

por WAgner ConChA

Distribuição e Logística de Peças – CD Integrado CNH/ Iveco, resultado de um investimento de R$ 1 bilhão.

Com capacidade instalada de 8 mil unidades por ano, a fábrica deu início à produção das colheitadeiras de grãos de rotor modelo Axial-Flow 8120, da Case IH, e de peças e compo-nentes para pulverizadores, colhedo-ras de cana e de café fabricadas nas demais unidades da empresa.

Para Sérgio Ferreira, diretor geral da Case IH para a América Latina, a empresa começou o ano dando um “grande passo”, ao iniciar a operação da fábrica de Sorocaba – a maior plan-ta da marca fora dos Estados Unidos e a mais moderna da América Latina. “Isso representa maior disponibili-dade de produto, aumento da nossa oferta de máquinas e agilidade no atendimento do nosso cliente”, desta-ca Ferreira.

Segundo ele, no ano passado a Case IH foi a marca com o maior cres-cimento no mercado de colheitadeiras de grãos. Com o lançamento das co-lhedoras de cana A4000 e A8000, a Case IH ampliou ainda mais a sua par-ticipação de mercado, alcançando 61% de market share em janeiro e fevereiro de 2010. “São dois excelentes resulta-dos que, sem dúvidas, não teriam sido

possíveis sem o grande trabalho e o esforço da rede de concessionários e seus colaboradores”, salienta.

A nova fábrica também está apta a produzir equipamentos de construção da Case Construction Equipment (Case CE), principalmente para atender à de-manda gerada pelos eventos de 2014 e 2016. “Por enquanto, a fábrica de Contagem (MG) tem capacidade pro-dutiva para suprir a demanda atual”, afirma Roque Reis, diretor comercial da Case CE para a América Latina. “Na medida em que o mercado crescer, So-rocaba começará a fabricar novos mo-delos de máquinas”, completa.

Na avaliação de Reis, o ano de 2010 será de recuperação. “O setor sofreu com a crise internacional e projetamos crescimento contínuo nos próximos anos”, explica o executivo. “Por isso, a nova fábrica é primordial para que possamos atender ao mer-cado tanto em quantidade quanto em diversidade de equipamentos, para to-dos os tipos de aplicações.”

inAugurAÇãoMais de 1 mil convidados partici-

param da inauguração do novo com-plexo industrial da CNH. O evento con-tou com as presenças do CEO do Grupo Fiat, Sergio Marchionne; do presidente

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À esquerda: Governador

Serra, Presidente Lula, Sergio

Marchionne e John Elkann inauguram

o complexo industrial. Acima:

Rizzioli e Belini acompanham

Dilma Rousseff e o Presidente

Lula em visita às novas instalações

Fotos gaspar nóbrega

Page 19: Revista Mundo Fiat - 101

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ENTO

s da República, Luiz Inácio Lula da Sil-va; e do ex-governador de São Paulo, José Serra e da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Também participaram da cerimônia diversos executivos do Grupo Fiat, como John Elkann, vice-presidente do conselho de administração mundial do Grupo Fiat; Alessandro Baldi, vice-presidente executivo do Grupo Fiat; Stefan Ketter, vice-presidente executivo do Grupo Fiat; Linda Knoll, vice-presidente sê-

nior de Recursos Humanos da CNH e do Fiat Group; Gianni Coda, presidente do Fiat Group Purchasing (FGP); Paolo Monferino, CEO da Iveco; Pierre Fleck, CEO de Peças e Serviços da CNH; Ha-rold Boyanovsky, presidente e CEO da CNH Global N.V.; James McCullough, presidente da CNH Construction Equi-pment; Andreas Klauser, presidente da Case IH; Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat para a América Latina; e Valentino Rizzioli, presidente da Case New Holland para a América Latina e vice-presidente do Grupo Fiat para a América Latina.

cultura brasileira, um dos principais pilares do crescimento econômico do pais”, disse. Belini apontou, ainda, o CD Integrado CNH/ Iveco como exem-plo de sinergia entre as empresas do Grupo Fiat no país.

Sergio Marchionne disse que o Brasil oferece todas as condições para a continuidade do plano de investi-mentos anunciado há três anos. “O setor agrícola brasileiro tem assumi-do importância crescente no cenário internacional e coloca o país entre os líderes mundiais na produção de ali-mentos. O setor da construção cresce rapidamente e tem um potencial enor-me, devido ao estímulo representado por dois grandes eventos que o Brasil sediará: a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos”, destacou.

O ex-governador de São Paulo, José Serra, ressaltou o papel da indústria no desenvolvimento do Estado. Para apoiar iniciativas como o empreendi-mento da CNH, Serra lembrou que a administração estadual tem investido na formação de mão de obra qualifi-

Rizzioli deu as boas-vindas aos convidados destacando as políticas governamentais que possibilitaram à indústria de máquinas agrícolas seguir produzindo, mesmo diante da crise internacional. “O programa Mais Alimentos está mecanizando e alavancando as propriedades rurais da agricultura familiar em todo o país e ajudando na manutenção dos empregos na cidade.”

O presidente da CNH citou tam-bém os programas federais de inves-timento em obras de infraestrutura, que estão beneficiando a indústria de máquinas de construção. “Esse con-junto de investimentos vai tornar o país mais competitivo em nível inter-nacional. Mais importante, irá con-tribuir para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.”

Em seguida, Belini lembrou o ro-busto plano de R$ 6 bilhões em inves-timentos no país nos diversos setores de atuação do Grupo Fiat. “O plano de investimentos de 2007 é a demons-tração mais expressiva que o Brasil assumiu definitivamente um papel de relevância econômica e mercadológica dentro da estratégia de crescimento do Grupo Fiat no mundo.” Na visão de Belini, o novo complexo industrial de Sorocaba “representa o estado da arte em tecnologia”.

“A sofisticação tecnológica está presente não apenas nos equipamen-tos de última geração, mas também na concepção dos produtos que aqui serão fabricados”, enfatizou. “As má-quinas agrícolas serão dotadas dos melhores recursos para ampliar a produtividade da colheita, com bai-xíssimos níveis de perda, maior qua-lidade da safra e menor consumo de combustíveis. São colheitadeiras que operam sob o conceito de agricultura de precisão, com sofisticados siste-mas computadorizados que permitem a orientação por satélite, favorecendo os ganhos de escala e qualidade da lavoura e a competitividade da agri-

cada, ampliando o número de vagas nas escolas técnicas e na Faculdade de Tecnologia de Sorocaba.

“nASCiMenTo de uMA CriAnÇA”O presidente da República, Luiz

Inácio Lula da Silva, comparou a inauguração do complexo industrial da CNH ao nascimento de uma crian-ça. “A sensação ao inaugurar esta fábrica pode ser comparada ao nasci-mento de uma criança. Depois que ela nasce, temos que cuidar para que ela cresça, estude e se transforme em um ser humano altamente produtivo para o país”, disse.

Segundo o presidente, o Grupo Fiat investiu em Sorocaba por acreditar na solidez da economia brasileira. “Hoje estamos aqui celebrando o nascimen-to desta nova criança chamada Case New Holland, uma empresa que vai produzir o que a agricultura brasileira precisa para se transformar no grande berço da produção de alimentos neste país”, finalizou.

Rizzioli destacou os programas governamentais de incentivo à mecanização da agricultura

Funcionários da CNH

cumprimentam o presidente

Lula

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os produtores rurais terão mais facilidade para adquirir trato-res e colheitadeiras a partir

deste ano. A Case IH e a New Holland Agriculture começam a produzir no Brasil tratores da linha Farmall e colheitadeira CR9060, única com a tecnologia de duplo rotor, respectiva-

CNH nacionalizamáquinas agrícolasColheitadeiras Cr9060, da New Holland Agriculture, e tratores da linha Farmall, da Case IH, agora são produzidos no Brasil.

por SAMuel AlMeidA

Além de facilitar a compra, a na-cionalização dos produtos permitirá que os produtores adquiram máquinas adaptadas às necessidades brasileiras. “O produtor brasileiro vai ter a opor-tunidade de comprar a máquina feita sob medida para ele”, afirma o diretor comercial da New Holland Agriculture, Luiz Feijó. Segundo ele, uma série de testes foi realizada na colheitadeira CR9060 para que fosse adaptada às condições produtivas do país.

A qualidade dos grãos, os baixos índices de perda e a eficiência opera-cional são alguns dos destaques do desempenho da máquina. Ela é equi-pada com duplo rotor – sistema ex-clusivo da marca – que contribui para alcançar a qualidade máxima, redu-zindo ao mínimo a perda de grãos por quebra, com trilhas mais suaves. A colheitadeira possui o moderno mo-tor New Holland Tier III, com injeção Common Rail e potência de 354 cava-los. A potência máxima é de 394 cava-los. O aumento de potência em até 40 cavalos também permite a colheita em condições críticas.

Os tratores Farmall, produzidos pela Case IH e lançados no Brasil em 2009, caíram rapidamente no gosto dos produtores locais, o que fez com

que a antecipação da produção da li-nha fosse incluída nos planos da em-presa. “Esta linha de tratores foi um grande sucesso no mercado. Por isso apressamos os projetos de naciona-lização, pois nosso objetivo é estar presente em propriedades de grande, médio e pequeno porte”, afirma o di-retor geral da Case IH para a América Latina, Sérgio Ferreira. “Dessa forma, produtores rurais dos mais variados perfis, por meio das facilidades ofere-cidas pelos programas governamen-tais, poderão ter acesso à tecnologia e confiabilidade dos nossos tratores”, destaca Ferreira.

Reconhecida por incorporar tecno-logia de ponta em tratores de baixa potência, a linha Farmall oferece os tratores Farmall 80, com 80 cavalos de potência, e Farmall 95, com 95 ca-valos de potência, e pode ser utilizada nas mais variadas aplicações – por pecuaristas, produtores de grãos, na cafeicultura e na cana, bem como por hortifrutigranjeiros – e em todos os ti-pos de propriedades. Os grandes pro-dutores rurais podem utilizar o trator para movimentar carretas na sede da fazenda, enquanto os pequenos pro-dutores o utilizam como uma máqui-na de múltiplas tarefas.

mente. Com a nacionalização, as má-quinas agora poderão ser compradas por meio de programas do Governo Federal que incentivam a mecaniza-ção agrícola e a agricultura familiar, como o Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame) e o Mais Alimentos.

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Colheitadeira de duplo rotor CR9060, da New Holland Agriculture

Trator Farmall 80, da Case IH,

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carretas na fazenda

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cultivos leves e pastos

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Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Cucchiari também percorreu outros Estados para explicar a fusão e escla-recer os benefícios gerados pela cria-ção da força global.

Passados cinco anos, a New Holland Construction está consoli-dada no Brasil e na América Latina. Prova disso é a sua atuação nesses dois mercados. Em 2009, a partici-pação média na America Latina foi de 15% – um recorde na região. No Brasil, a empresa é a única a ter co-bertura total, com sedes completas e toda estrutura de peças e serviços. “Essa é efetivamente a nossa força. Se há pessoas dispostas a cobrir todo o mercado em um país continental como o Brasil, é porque acreditam na marca”, afirma Cucchiari.

Os bons números foram alcan-çados graças a um trabalho de bus-ca de novos concessionários e de orientação para melhorar as estru-turas. Na avaliação do diretor co-mercial para América Latina, Marco Borba, foi uma tarefa difícil, mas as conquistas vieram rapidamente. “No Uruguai, onde a nossa partici-pação era quase zero, encontramos um bom concessionário. Em apenas seis meses de atuação alcançamos 10% de participação. Na Argentina, onde tínhamos apenas 3% do mer-cado, conseguimos aumentar para 13%”. Esse trabalho deu à empresa o posto de segundo maior distribui-dor de máquinas de construção da

NEgÓ

CIOs Cinco anos e mais de 100

pontos de distribuição na ALNew Holland Construction consolida-se como segundo maior distribuidor de máquinas de construção da América Latina.

O italiano Iaquinta e o brasileiro Diego comemoram gol da Juventus, equipe patrocinada pela New Holland

A neve que caía em Roma em 28 de janeiro de 2005 indicava que o dia era mesmo diferente. Não apenas

pela neve – algo raro de acontecer na ca-pital italiana –, mas porque a data regis-traria uma das maiores fusões de empre-sas da história. O Palácio da Música foi o palco do nascimento da New Holland Construction, resultado da união das marcas Fiat Kobelco, Kobelco, O&K, New Holland e FiatAllis. Juntas, as melhores tecnologias do Japão, América do Norte, Europa e América Latina estavam cons-truindo um futuro de liderança.

O evento teve repercussão mun-dial. Dezenas de jornalistas e fotó-grafos se amontoavam para con-seguir informações e imagens dos produtos da nova marca. Os diretores da recém-criada empresa sabiam que o trabalho estava apenas começando e que seria necessário apresentá-la pessoalmente aos grandes clientes das antigas marcas. Após o evento, o diretor da New Holland, Gino Cuc-chiari, retornou ao Brasil, onde por quatro dias encontrou-se com seus maiores clientes em Goiás, Mato

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Entrega de máquinas no Mato Grosso. Em cinco anos, a New Holland fixou-se como uma marca competitiva em todos os mercados em que atua

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América Latina, com mais de 100 pontos de distribuição em todo con-tinente.

Além do relacionamento com concessionários e clientes, a New Holland Construction sempre inves-tiu em ações globais de marketing. A marca esteve em evidência no cinema – o filme 007 Cassino Royale (2006) mostra uma pá-carregadeira W190B usada por James Bond – e no esporte, como patrocinadora da equipe de fu-tebol da Juventus, de Turim, e do úl-timo GP Brasil de Fórmula 1, no qual manipuladores telescópicos M428 estavam posicionados em diferentes pontos do circuito de Interlagos.

Para Borba, todas essas ações contribuem para consolidar a marca no Brasil e na América Latina. Não é por acaso que a empresa vem ba-tendo recorde de vendas a cada ano, como a feita recentemente para o Estado do Mato Grosso, que adqui-riu 104 máquinas em um negócio de quase R$ 30 milhões.

O sucesso, aliado ao bom ritmo de crescimento econômico do país, faz com que os diretores vislumbrem um futuro de muitas oportunidades. “O Brasil está no caminho do cresci-mento, as obras que vemos aqui não se veem em outros países. Por isso, temos que melhorar a cada dia o su-porte à nossa rede de distribuição, dando o apoio necessário aos inves-timentos em infraestrutura que estão sendo feitos”, destaca Borba.

por SAMuel AlMeidA

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o presidente do Grupo Fiat para a Amé-rica Latina, Cledorvino Belini, assu-miu, em 30 de abril, a presidência

da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade fundada em 1956, que reúne empresas fabri-cantes de autoveículos (automóveis, comer-ciais leves, caminhões e ônibus) e máquinas agrícolas e automotrizes para a construção (tratores de rodas e de esteiras, colheitadei-ras e retroescavadeiras) com instalações in-dustriais no Brasil. O mandato se estende até 2013 e coincide com um período de grandes transformações globais para o setor.

O eixo dinâmico da economia global in-clina-se para os países emergentes, colocan-do o Brasil em posição de destaque no cená-rio internacional e conferindo-lhe um novo

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Longa experiência no setorCledorvino Belini, 60 anos, é, desde 200�, presidente da Fiat Automóveis para a América lati-

na e, em200�, assumiu a presidência de todo o grupo Fiat para a América latina. está no grupo desde 197�, tendo atuado na FiatAllis (197� a 1986), atual Case new holland, na Magneti Marelli e como diretor de compras e diretor comercial da Fiat Automóveis. É formado em Administração de empresas pela universidade Mackenzie, pós-graduado em Finanças pela uSP, com MBA pela Fundação dom Cabral/inSeAd. em 2009, Belini passou também a integrar o Conselho executivo do Fiat group (geC), a mais elevada instância mundial de comando executivo do grupo.

Belini assume presidência da Anfavea

MUNDoFiAT�2

e maior peso político e econômico. “Uma nova agenda impõe-se para a indústria au-tomobilística, para a proposição de uma es-tratégia que consolide o Brasil como um dos principais polos da indústria automotiva global, tanto em produção quanto em con-sumo”, avalia Belini. Para 2010, a projeção é de que o mercado interno absorva entre 3,2 e 3,4 milhões de veículos.

A palavra-chave para superar este de-safio é competitividade. A crise econômica mundial contraiu a demanda por automó-veis nos países mais ricos, gerando exceden-tes de produção que são destinados a merca-dos que poderiam ser atendidos pelo Brasil. Ao mesmo tempo, novos players de grande porte, como os chineses e indianos, estão dispostos a direcionar sua agressividade co-mercial para mercados com alto potencial e atratividade, como o brasileiro. A competiti-vidade é, assim, a chave para que a indús-tria brasileira atenda bem o próprio mercado interno, que será cada vez mais disputado, e mantenha sua importância no mercado global, como exportadora. “A competitivida-de não é uma conquista isolada, mas, por definição, é sistêmica. Isto quer dizer que a cadeia automotiva, dos fornecedores de ma-térias-primas, de autopeças, componentes e de insumos, passando pela logística, distri-buição comercial e tratamento institucional, deve ser otimizada”, destaca Belini.

divulgação Fiat

“A compe- titividadenão é uma conquistaisolada, massistêmica”, destacaBelini

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A modernização do layout da Li-nha 4 na Montagem Final da planta industrial da Fiat Au-

tomóveis, em Betim (MG), foi mais um trabalho cumprido com êxito pela Comau. A sinergia entre a empresa e as áreas de Tecnologia Industrial e Unidade Operativa Montagem da Fiat foi de suma importância para garantir bons resultados na reformulação da linha produtiva.

rioso gerenciamento”, ressalta Laerte Scarpitta, diretor da Unidade de Negó-cios Systems da Comau Mercosul.

O maior desafio enfrentado pela Comau foi seguir o cronograma pla-nejado, posto que, em média, a exe-cução de um projeto desse porte exige de 45 a 60 dias, mas a empresa foi capaz de revitalizar a linha produtiva em apenas 23 dias. “O nosso foco foi não atrasar a produção da Fiat, num período de alta demanda de mercado. Por isso, o envolvimento de um gran-de efetivo de profissionais na revita-lização da Linha 4 foi fundamental”, conta Secondo Ferro, responsável de Projetos da Comau.

A Linha 4 foi completamente rees-truturada, com substituição de grande parte dos equipamentos e transporta-dores. Agora, as estações de trabalho possuem esteiras mais largas, que transportam o carro e o operador jun-tos e se movem nas direções do fluxo produtivo. Além disso, uma importan-te solução ergonômica foi implantada: a altura em que o automóvel é posi-cionado em cada fase da linha foi alte-rada, com a instalação de duas novas esteiras que se movimentam horizon-tal e verticalmente. “O resultado foi a otimização dos processos produtivos, melhores condições de trabalho e au-

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ÃO Sinergia entre Comau e Fiat garantemodernização em tempo recordeEm apenas 23 dias, Comau executa projeto de revitalização da Linha 4 na Montagem Final da Fiat Automóveis. Inovações tecnológicas e preocupação com a ergonomia são destaques da modernização.

Fotos gustavo lovalho

por BiAnCA AlveS E WAgner ConChA

Secondo Ferro e Laerte Scarpitta, da

Comau, e Max Souza e Marcelo

Bastos, da Fiat Automóveis,

avaliam os resultados da

modernização da Linha 4

O projeto surgiu da necessidade de alterar o fluxo logístico da Linha 4, aumentar a produtividade e melhorar, ainda mais, as condições de ergono-mia dos operadores. A execução foi realizada por cerca de 400 profissio-nais - 70% destes da Comau – em três turnos de trabalho. “Com um grande número de colaboradores e frentes de trabalho, o acompanhamento da evo-lução de cada etapa exigiu um crite-

mento de 30% da capacidade produ-tiva da linha”, relata Marcelo Bastos, coordenador de Tecnologia Industrial da Fiat Automóveis.

Após a reformulação, a Linha 4 passou a ser a única linha de Mon-tagem Final da fábrica da Fiat Auto-móveis no Brasil que possui uma es-trutura tão modernizada. “O robô de montagem das portas, por exemplo, foi um desafio proposto. Abraçamos o projeto e conseguimos desenvolver um sistema novo”, destaca Ferro.

A condução de uma revitalização dessa magnitude, que seguiu os prin-cípios do World Class Manufacturing (WCM), sistema de manufatura mun-dial adotado pelo Grupo Fiat, mais uma vez assegura o compromisso da Comau com o tempo de execução do projeto, sem gerar perdas de produti-vidade ao cliente. “Gerenciamos todos os riscos e o grande volume de traba-lho em um curto espaço de tempo”, salienta Alejandro Solis, superinten-dente da Comau Mercosul. “Nossos objetivos foram muito bem definidos para que pudéssemos atender aos pra-zos e colocássemos a linha em perfei-to funcionamento na data marcada. Contudo, isso não limita o nosso cons-tante esforço para aprimorar, cada vez mais, a Linha 4”, finaliza.

Na Linha 4 de Montagem Final, modelos como o Fiat Linea recebem acabamentos externos e internos

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Iveco Stralis Nr: caminhãopesado inspirado no clienteDesenvolvimento da nova família de caminhões da Iveco teve o cliente como protagonista. pesquisas com frotistas, concessionários e autônomos garantiram um cavalo mecânico mais produtivo e com baixo custo operacional, disponível em três novas versões.

por WAgner ConChA

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Inspirada nos anseios de pequenos e médios frotistas, autônomos, conces-sionários e fabricantes de implemen-

tos, a Iveco inova mais uma vez e lança a nova família de caminhões pesados

Iveco Stralis NR (New Range), compro-vando a perfeita integração entre a exi-gente voz do mercado e a capacidade de desenvolvimento de uma arrojada mon-tadora de caminhões.

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“A Iveco queria fazer do cliente um protago-nista na criação do novo caminhão”, afirma Re-nato Matrobuono, diretor de Desenvolvimento de Produto da Iveco Latin America. Para isso, conduziu pesquisas pelo Brasil e convidou 50 clientes para testar os modelos modificados, principalmente nas regiões sul e centro-oeste do país. Ao todo, foram mais de 2 milhões de quilômetros de testes.

Com Peso Bruto Total (PBT) acima de 45 toneladas, as três novas versões do Iveco Stralis – 460NR (460 cavalos), 410NR (415 cavalos) e 380NR (380 cavalos) – entregam maior torque em suas faixas de potência, com superior economia de combustível, graças ao novo econômetro instalado no painel.

Os modelos de 460NR e 410NR possuem um inédito sistema de embreagem com esfor-ço de acionamento de 8 quilos, o que garante maior conforto aos motoristas. Isso é a meta-de do esforço exigido por um caminhão nor-mal e mais macio ainda que um automóvel. Conduzido pelo engenheiro Ricardo Coelho, o projeto conquistou a primeira patente regis-trada na matriz italiana da Iveco em nome do Centro de Desenvolvimento de Produto (CDP) da Iveco em Sete Lagoas (MG).

O CDP dedicou 110 de seus engenheiros ao desenvolvimento da linha Iveco Stralis NR, além de fornecedores. Em apenas 18 meses de trabalho nasceu a nova família, em função do sistema de gestão por plataformas de produto da Iveco.

Os novos cavalos mecânicos pesados da Iveco oferecem três opções de tração (4x2, 6x2 e 6x4), duas de câmbio, quatro de eixo traseiro e cabinas de teto alto e baixo. Todos os modelos contam com nova transmissão ZF, com nova relação de marchas e direct dri-ve, reduzida e otimizada para aplicações do transporte brasileiro, com mais desempenho e menor consumo.

Os novos caminhões também são equipa-dos com válvula tipo ‘borboleta’ no sistema de exaustão combinado com o exclusivo freio de descompressão Iveco Turbo Brake (ITB), que garante um freio motor de maior potência. A potência de frenagem aumentou em 20%, de 347 cavalos para 415 cavalos nos modelos 460NR e 410NR.

O diferencial da linha Iveco Stralis NR foi ampliado com a redução de custos de manu-tenção dos novos modelos, de forma a oferecer aos clientes um aumento nos intervalos de ma-nutenção, além de novas peças e componentes de custo e durabilidade mais favoráveis.

A gama Iveco Stralis NR atende a aplica-ções rodoviárias como graneleiro, carga seca, basculante, baú carga geral, tanque, cego-nheiro, baú frigorífico, porta-container, baú lonado (sider), canavieiro, tanque aço inox, entre outros.

iveCo FroTA FáCilDisponível como opcional em todas as

versões, o Iveco Frota Fácil é um inédito

Mais desempenho e potênciacom menos consumo e emissões

o novo iveco Stralis nr é equi-pado com o novo motor iveco-FPT Cursor 1�, produzido pela FPT – Powertran Technologies na fábri-ca de Sete lagoas (Mg). o novo caminhão da iveco oferece duas motorizações: �1� cavalos e �60 cavalos.

em relação à versão anterior, os motores tiveram mudanças no projeto estrutural e agora contam com novo sistema de freio-motor. Também foram mo-dificados a fluidodinâmica e os parâmetros de combustão e calibração. “essas mudanças ga-rantem aos novos produtos maiores potência e torque, com redução no consumo de combustí-vel”, afirma João irineu Medeiros, diretor de en-genharia do Produto da FPT Mercosul.

A FPT investiu cerca de �0 mil horas no de-senvolvimento dos novos motores iveco-FPT Cursor 1�, sendo 20 mil horas no projeto e �0 mil horas nos testes em dinamômetro. Com isso, os motores estão predispostos para respeitarem o novo limite de emissões euro v (Proconve P7) para motores pesados, que entra em vigor em 2012.

os motores do iveco Stralis nr receberam freio motor com dispositivo eletropneumático, que atua de forma combinada com o sistema já existente (por descompressão). dessa maneira,

os dois sistemas trabalham juntos, o que proporciona cerca de 20% a mais de de-sempenho na potência de frenagem e garante mais

segurança e conforto ao motorista.

o cabeçote também passou por mudanças, ao ganhar paredes refor-

çadas – de maior espessura – junto à câmara de combustão, levando a uma nova

fluidodinâmica que facilitou as adaptações ne-cessárias para atender aos limites do euro v. ou-tra novidade é o novo mapeamento da central, com novos parâmetros de injeção e avanço, que oferecem melhores desempenho e consumo de combustível.

deslocamento: 12.8l

Combustível: Diesel

Potência máx.: 415 cavalos a 1.900 rpm 460 cavalos a 1.900 rpm

Torque máximo: 2.000 Nm a 1.400 rpm 2.250 Nm a 1.400 rpm

Taxa de compressão: 16,5 : 1

diâmetro x Curso: 135 mm x 150 mm

emissões: Euro III (predisposto para Euro V)

IVECO-FPT CURSOR 13

sistema de telemetria aberta que atende às seguintes necessidades: liberdade de aces-so a dados de telemetria (para gerencia-mento de frotas); sistema aberto, não vin-culado a um único provedor; integração do sistema ao caminhão que evita retrabalho de adaptação.

O kit Frota Fácil vem com módulo ele-trônico embarcado, sistema de transmissão de dados com antenas integradas de locali-zação GPS e de comunicação celular GPRS,

software disponibilizado em CD, cabo USB de 2 metros e manual de fácil leitura. De-senvolvido no Brasil, o produto possui ga-rantia original Iveco.

“A Iveco colocou os interesses dos clien-tes como prioridade no desenvolvimento dos novos Iveco Stralis NR”, ressalta Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. “Com os extrapesados Stralis NR, a Iveco contribui para o sucesso de seus clientes”, finaliza.

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A Iveco começou o ano de 2010 acelerando em direção à meta de conquistar e consolidar uma

participação de 10% no mercado brasi-leiro de caminhões. A estratégia de ex-pansão da marca, que encerrou 2009 com 7,6% de market share, tem como pilares principais o desenvolvimento e a diversificação da gama de produ-

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s

Iveco amplia rede ebusca 10% do mercadoMeta da empresa é alcançar 130 pontos de venda, cobrindo todo o território brasileiro e assegurando ao cliente atendimento eficiente.

Desde 2007, uma estratégia agressiva ampliou a rede de distribuição de 52 para 90 pontos, com a meta de chegar a 130 até 2012. Esse plano demanda-rá investimentos da rede da ordem de R$ 400 milhões.

“Estamos consolidando uma rede forte, presente estrategicamente em todo o território nacional”, afirma Orlando Merluzzi, diretor da área de desenvolvimento e gestão da rede de concessionárias da Iveco na América Latina, responsável pelo processo de expansão e fortalecimento da rede de distribuição da marca. “O concessio-nário é, antes de tudo, um parceiro. Ele precisa ter horizonte e investir no negócio, pois é essencial ao fortale-cimento da marca, ao aumento da participação de mercado e ao êxito no lançamento de novos produtos. A rede de concessionárias é a extensão dos valores da fábrica”, acrescenta.

O processo de fortalecimento da marca Iveco no Brasil deu uma ar-rancada a partir de 2007, quando o engenheiro Marco Mazzu assumiu a presidência da empresa e passou a executar um plano de crescimento acelerado e sustentável. “No início de 2007, tínhamos 52 pontos de venda, pertencentes a 25 grupos concessio-nários. A rede estava desmotivada e sem perspectivas, mas começamos a mudar isto. Grandes grupos investi-dores perceberam nosso movimento e se aproximaram da Iveco, pois iden-tificaram ali a marca de caminhões com maior potencial de crescimento no mercado”, relata Merluzzi. Desde então, já foram nomeados 12 novos

grupos, cobrindo 16 regiões no país. Além disso, houve troca de controle societário em outros 6 grupos.

voCAÇão PArA o negóCioA estruturação de uma rede de

distribuição de caminhões é um pro-cesso complexo, mas vital para qual-quer marca. Uma concessionária de caminhões tem muitas diferenças em relação a um distribuidor de automó-veis. Em primeiro lugar, não basta ser somente um investidor. É necessário ter muita vocação para o negócio de veículos comerciais leves e pesados, além de uma boa governança corpora-tiva no grupo concessionário. “É pre-ciso cobrir uma área territorial muito maior e ter foco em pós-venda e na satisfação dos clientes, pois o cami-nhão é um bem de produção que não pode ficar parado. Ao vendermos um caminhão, prometemos e entregamos ao cliente a disponibilidade do seu produto para o trabalho. É isso que o cliente quer”, destaca Merluzzi.

As instalações requerem disponi-bilidade de espaço, principalmente em área de oficina e pátio de circulação, pois o caminhão é grande e geralmen-te chega à oficina atrelado ao imple-mento, que requer área para manobra. Além disto, uma concessionária de ca-minhões deve estar estrategicamente localizada junto às rodovias, tendo, porém, pontos avançados em áreas urbanas para exposição e venda de modelos menores, de 2,8 até 9 tone-ladas, adequados para o trabalho nas cidades. A expansão territorial deve contribuir para aumentar a capilari-

to, a ampliação e o fortalecimento da rede de distribuição e pós-venda.

Os últimos lançamentos da mar-ca, o caminhão médio Vertis e o extra-pesado Stralis NR, reforçam as opções oferecidas ao mercado, enquanto no-vos parceiros econômicos são incor-porados à rede de dealers, intensifi-cando a presença nacional da Iveco.

Concessionárias de caminhões devem ter disponibilidade de espaço e estar estrategicamente localizadas junto a rodovias

“É preciso cobrir uma área muito maior e ter foco em pós-venda e

na satisfação dos clientes”, destaca

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A iveco adotou em 2009 um novo padrão visual e corporativo da marca, seguindo a nova identidade corporativa mundial, mais moderna e expressiva. está em curso o processo de substituição da antiga identificação em toda a rede de concessionárias. “estamos imple-mentando a alma iveco em cada concessionária”, afirma orlando Merluzzi, diretor da área. “Sempre que entrar numa concessionária no norte ou no Sul do país, o cliente vai se sentir na iveco, vai se sentir em casa”.

ele antecipa que a iveco investe para ser em breve a marca com a linha mais completa de produtos no país, ao mesmo tempo em que a rede de concessionárias tem mais fôlego e dina-mismo. “nosso plano estratégico de expansão, padronização, governança corporativa na rede, padrões operacionais e processos, além da oferta de cobertura geográfica, serão percebidos pelos clientes como fatores de sustentação de grande confiança na marca e no produto.”

dade, com foco no atendimento rápi-do ao cliente, assegurando ao mesmo tempo o fortalecimento financeiro da rede. “Além disto, a rede também ofe-rece atendimento móvel 24 horas por dia, serviço feito com oficinas móveis montadas sobre nossos furgões Dai-ly”, lembra Merluzzi.

Desse modo, a rede vem crescendo e se fortalecendo. Foram 44 novas ins-talações inauguradas nos últimos 30 meses, uma média de três novos pontos abertos a cada dois meses. Trata-se de uma velocidade de expansão impres-sionante para uma rede de concessio-

nárias de caminhões, considerando-se que as redes de outras marcas levaram décadas para serem formadas. Merlu-zzi prevê que a rede de distribuição da Iveco deverá alcançar seu ponto de ex-celência e maturidade em um período recorde de cinco anos.

Além de expandir-se, a rede Iveco adota nova padronização de instala-ções, que em muitos casos envolve a reforma ou realocação de instalações físicas. Segundo Delmar de Oliveira Santos, gerente de Desenvolvimento da Rede, as concessionárias Iveco se-guem agora novo projeto arquitetôni-co que otimiza a operação, integrando as áreas de Vendas, Pós-Venda e Admi-nistração, com atenção ao conforto do cliente e funcionários. “Esse novo pa-drão visual contribui para transmitir aos clientes a imagem de uma marca jovem, confiável, moderna e com mui-ta qualidade”, completa Delmar.

Nova identidade corporativa da IVECo

2007 2008 2009 2010* 2011* 2012*

52 75 89 105 125 133

CRESCImENTO DA REDE IVECO NO BRASIL

1980 2009

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A Teksid mais uma vez se mante-ve líder absoluta na produção de blocos de motores para au-

tomóveis e comerciais leves em 2009, com cerca de 70% de participação do mercado brasileiro. Apesar dos fortes impactos da crise econômica mundial, a empresa fechou o ano contabilizan-do a produção de 2 milhões de blocos de motores em ferro fundido para o mercado nacional.

A expectativa para 2010 é que a Teksid alcance um crescimento de 5% a 10% no volume total de produção em relação ao ano passado. “O cená-rio para este ano é promissor. Mesmo assim, representa uma redução na ordem de 20% nos volumes totais se comparado a 2008”, afirma Rogério Silva, diretor comercial da Teksid Naf-ta e Mercosul.

A queda nas exportações de auto-móveis, aliada ao mau desempenho dos mercados de veículos pesados até meados de setembro, foram os prin-cipais fatores para a redução dos vo-lumes da empresa no ano passado. As exportações continuam sendo um grande desafio em 2010. A Teksid es-pera fechar o ano com um nível 50% inferior a 2008 nas exportações de blo-cos e cabeçotes de motores diesel para os mercados americano e europeu. Já

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Teksid mantém liderançanacional de fundidosEmpresa atinge cerca de 70% de participação no mercado brasileiro em 2009, com produção de 2 milhões de blocos de motores para automóveis e comerciais leves.

os sinais de recuperação apresentados pelo segmento de veículos pesados no mercado interno nos últimos meses de 2009 representam a principal causa das expectativas de um cenário mais positivo em 2010.

Diante de todas as dificuldades impostas pelo mercado, a Teksid bus-cou soluções inovadoras para manter-se competitiva. Dentre as iniciativas destacam o retorno da empresa ao mercado de fundidos de alumínio; o desenvolvimento de uma nova liga de ferro fundido para motores de alto desempenho; e a conquista de novos clientes.

“O cenário para este ano é promissor”,

avalia o diretor

comercial Rogério Silva

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uTO Tecnologia avançada

na reparação automotivaMagneti Marelli firma parceria com Texa e vai oferecer linhas de scanners, estações de recarga de ar condicionado e análise de emissões para carros, motos e caminhões.

por WAgner ConChA

Destinados aos profissionais de re-paração automotiva que realizam manu-tenções nas frotas circulantes no Brasil e na América do Sul, os novos equipa-mentos de diagnose são o que há de mais avançado tecnologicamente, ideais para os veículos cada vez mais modernos e dotados de unidades de processamento eletrônico.

Às oficinas e centros reparadores serão oferecidas três diferentes linhas de equipamentos: scanners, estações de recarga de ar condicionado e análise de emissões. Os scanners Magneti Marelli by Texa permitem a leitura eletrônica em casos de falhas no funcionamento de diversos sistemas do veículo e com-preendem mais de 30 mil modelos de 200 marcas de automóveis, caminhões e motos. Os equipamentos diagnosticam desde irregularidades em itens simples, como faróis e vidros, até em itens mais complexos, como sistemas de freios ABS e airbag.

As estações de recarga de ar condicio-nado destinam-se a carros, caminhões, ônibus e veículos agrícolas que precisam trocar o gás presente na tubulação do sistema de ar condicionado. Já os equipa-mentos de análise de emissões verificam se motores a diesel, gasolina, álcool, flex e GNV atendem às normas de emissões de poluentes vigentes no Brasil.

“Para estarmos fortemente presentes neste mercado, é fundamental oferecer-mos serviços e equipamentos que permi-tem às oficinas e centros de reparação tra-balharem como ‘cirurgiões’ nos sistemas eletrônicos dos automóveis, caminhões e motos. Esses sistemas são complexos, in-terligados e dialogam entre si”, disse Dino Maggioni, diretor mundial da divisão Af-termarket da Magneti Marelli, durante o anúncio da parceria.

Na avaliação de Virgilio Cerutti, pre-sidente da Magneti Marelli para o Mer-cosul, o acordo vai consolidar ainda mais a empresa no mercado de repara-ção automotiva. “Trata-se de mais uma ação que só agrega à completa gama de serviços que oferecemos no mercado de

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reposição e que certamente auxiliará ainda mais na fidelização e preferência da marca.”

Para o desenvolvimento da nova li-nha de produtos e serviços, a Magneti Marelli, em conjunto com a Texa, reali-zou um amplo estudo do parque de ve-ículos que circulam na América do Sul e uma rigorosa série de testes. “O mercado local vai se surpreender com a qualida-de e a cobertura dos produtos, além da completa assistência oferecida”, enfatiza Bruno Vianello, presidente da Texa.

A divisão Aftermarket é responsável pela distribuição e comercialização dos produtos Magneti Marelli para o merca-

do de reposição da América Latina. “No Brasil, contamos com mais de 1,5 mil serviços autorizados, com equipamen-tos e profissionais aptos a realizarem revisão e manutenção preventiva”, des-taca Eliana Giannoccaro, diretora presi-dente da divisão Aftermarket no Brasil. Os novos produtos Magneti Marelli by Texa estão disponíveis no site www.mmcofap.com.br ou pelo telefone (11) 2144-1892.

o mercado de equipamentos de diagnose para automóveis, motocicletas e caminhões está

prestes a passar por uma reviravolta no Mercosul. Como alternativa aos apare-

lhos de manutenção preventiva ultra-passados, com análises pouco aprofun-dadas, a divisão Aftermarket da Magneti Marelli lança a nova linha de produtos e serviços Magneti Marelli by Texa.

Scanners Navigator

TXT e Axone Direct para

veículos leves e utilitários

Scanner Navigator TXB

para motos, quadriciclos, lanchas e jet

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Todos buscam ser felizes, afirmava Pascal: “É esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive

dos que vão se enforcar”. E é esse o mo-tivo de nos sujeitarmos a horas de engar-rafamento todos os dias: estamos indo e vindo em busca de felicidade. Neste trajeto, porém, boa parte dela corre o risco de ser consumida, no trânsito, por emoções per-turbadoras, como a raiva e a ansiedade. A boa notícia é que os recursos para resga-tar o equilíbrio são nossos itens de série e podem ser acionados por diversas vias.

Trafeguemos por três delas: a filosofia, a medicina e o zen-budismo.

MenTe SãAtenua as emoções negativas quem faz

as pazes com a realidade, diz Clóvis Barros Filho, doutor em Ciências da Comunicação e professor de filosofia da Universidade de São Paulo (USP). “Se o real nos agride é, em parte, porque temos expectativas de que ele seja o que ele não é. Para diminuir o sofrimento é preciso que façamos uma reconciliação com o real”.

Transitar,verbo intransitivoUm filósofo, um médico e um monge zen-budista traçam algumas rotas para ser feliz na direção: reduza as expectativas, saiba lidar com a realidade e controle a raiva para manter a felicidade e a paz de espírito no trânsito.

por AdriAnA BernArdino

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O professor busca no estoicismo – sis-tema filosófico segundo o qual o bem ab-soluto é a virtude – uma via de acesso para encontrar contentamento nas coisas como elas são. “Reduza as expectativas, aconse-lhariam os estoicos. Procure entender que o trânsito não vai ser diferente só porque assim o desejamos.” Nessa direção, espe-rar que haja menos veículos, que você não tome uma fechada ou, na mais delirante das hipóteses, que os outros motoristas sejam corteses, é esborrachar-se sem air-bag no muro das lamentações.

Outra saída, apontada por Barros Fi-lho, é dar-se conta de que o mundo perce-bido pelos sentidos não é a única maneira de se alegrar ou de se entristecer. “Existe o mundo imaginado, o das elucubrações. O carro pode ser um espaço privilegiado de meditação e de relaxamento, a tal ponto que, o dia que você não pegar trânsito, vai ficar estressado: ‘puxa, meu dia começou péssimo, não tive tempo para mim’.”

Ainda de acordo com o professor, a ideia de que o trânsito é algo ruim não passa de uma paranoia compartilhada. “As pessoas poderiam se organizar de maneira a reduzir os congestionamentos, mas resistem a fazer isso, sem se dar con-ta, porque – apesar de haver um elemento perturbador, o risco de atraso – o trânsito é uma forma particular de socialização. Todo mundo indo para o mesmo lugar gera uma sensação de segurança.”

Difícil imaginar? Não custa tirar a te-oria a limpo.

CorPo SãoA incapacidade de lidar com a realida-

de, quem diria, também é apontada pela medicina tradicional como um risco à saúde e, consequentemente, à alegria. “O estresse é a perda da capacidade adapta-tiva do indivíduo a situações por ele vivi-das normalmente. Aparece, muitas vezes, como resposta natural do organismo. No entanto, o estresse contínuo pode ser a causa de uma doença ou, pelo menos, co-adjuvante dela”, explica Dirceu Rodrigues Alves Júnior, chefe do departamento de Medicina Ocupacional da Associação Bra-

sileira de Medicina do Tráfego (Abramet).Essa inadaptação, especialmente ao

trânsito, pode, segundo Alves, dar origem às doenças psicossomáticas, como úlcera, hipertensão arterial, infarto do miocárdio e neuroses. “São exatamente as situações de tensão, de agressão, externa ou inter-na, que ultrapassam o limite da capacida-de defensiva do indivíduo.”

Reverter esse quadro, explica o médi-co, vai exigir uma mudança de hábito do motorista, especialmente dos que passam muito tempo no veículo. “O ideal é respei-tar o seu relógio biológico e não se expor a ruídos acima de 85 decibéis, a variações de temperatura e a longas jornadas de trabalho.” Fumar, beber e comer em des-maia, além de dar carona aos problemas de ordem pessoal, profissional e familiar, colaboram para agravar o quadro.

eSPíriToMudança, adaptação, incapacidade,

visão. A maioria das situações desemboca naquela que lidera o ranking de emoções negativas no trânsito e é um dos obstácu-los mais difíceis de ser ultrapassado por quem quer um pouco de paz: a raiva. Mas de onde ela vem? O monge zen-budista João Campos dá uma direção. “A raiva é um dos três venenos da mente, ao lado do apego e da ilusão. Esses três venenos têm origem um no outro e nos impedem de en-xergar a realidade tal como ela é, dando origem a uma interminável cadeia de so-frimento. A raiva surge porque a pessoa dá uma atenção inadequada e exagerada a algo que lhe parece desagradável.”

Mais uma vez a incapacidade de en-xergar as coisas como são paira em nos-so caminho como uma forte neblina. De acordo com Campos, aceitar que tudo está em transformação é o primeiro passo para recuperar a visão. “Buda despertou para uma realidade incontestável, que pode ser resumida assim: nada permanece o mesmo de um momento para o outro, tudo existe de maneira dependente, não há nada que possa existir por si mesmo, isoladamente.”

Para o monge, o trânsito é um dos me-lhores exemplos dessa realidade. “A raiva

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surge porque criamos barreiras e di-visões entre nós mesmos e o mundo, como se nós fôssemos isolados de todo o Universo. Assim, julgamos o tempo, as coisas e pessoas, as classificamos como boas ou más, certas ou erradas e ficamos com raiva daquilo que não nos agrada, como se aquilo não fosse parte do mesmo Universo, de nós mesmos.”

Não reprimir a raiva ou ignorá-la é outra sugestão de Campos. “Geralmen-te construímos uma imagem idealiza-da de nós mesmos, reprimindo senti-mentos negativos e os escondendo nos porões da mente. Nada mais perigoso quando eles vêm à superfície. Buda falava: o homem que carrega um far-

do de palha passa longe de fogueiras. Com isso ele alertava para como a rai-va pode se incendiar rapidamente.”

Considerando que talvez nós não sejamos capazes de lidar com a raiva, o mais sábio a fazer é esperar que ela passe. A prática para isso é tão simples quanto poderosa, diz Campos. “A única coisa que é preciso fazer é praticar a atenção no momento presente. A rai-va surge, nós nos tornamos um com ela: nem fugimos dela, nem a alimen-tamos. Apenas fazemos companhia a ela. Falando assim parece difícil, mas

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tem um método muito simples para isso, que é manter a atenção na respi-ração. A respiração é nossa âncora no momento presente. Não importa onde esteja nossa mente, divagando no pas-sado ou futuro, com raiva ou ansiosa, o corpo e a respiração sempre estão aqui e agora.”

PráTiCAPara quem quer tentar, o monge

ensina como praticar a atenção na res-piração no trânsito. “O ideal é colocar o encosto o mais na vertical possível, para a coluna ficar ereta. Isso facilita a respiração. Em seguida inspira-se pelo nariz e solta-se o ar pela boca es-vaziando o pulmão, três vezes. Então se começa a observar o ar entrando e saindo. Não se controla a respiração, apenas se observa. Uma prática ainda mais eficiente é contar as respirações: a cada respiração completa (inspiração e expiração) conta-se ‘um’, ‘dois’ até ‘dez’. Depois volta-se ao ‘um’. Após contar algumas sequências de dez res-pirações a mente estará menos sujeita às emoções negativas e atenta.”

Aceitando a realidade como é, aproveitando o tempo no carro para meditar e cuidando da saúde do corpo e das condições do carro, vai ser difícil você se perder no labirinto de emoções ruins. Mas caso se perca agora você já tem algumas dicas de trajetos para retornar.

É bom não nos esquecermos tam-bém que se quisermos mudar o trân-sito, primeiro é preciso mudar nossas mentes. “Se pudermos olhar para os outros como seres humanos, como formas de vida iguais à nossa, como pessoas que são idênticas a nós, pois buscam a mesma coisa que nós – a fe-licidade –, então agiremos de modo a diminuir a agressividade e a violência e nos portaremos no trânsito com mais cuidado. O motorista, o pedestre, o ci-clista, o motociclista são todos iguais, todos buscam a felicidade e a paz de espírito”, finaliza Campos.

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Há mais de 15 anos circulando pelas ruas da Grande São Paulo, Carlos Alberto Pereira dos Santos

conhece bem todas as alegrias e sufocos da profissão que escolheu. “Vida de ta-xista não é fácil. Acordamos cedo e dor-mimos tarde, não sabemos quem entra no nosso carro, nem o quanto iremos ga-nhar ao final do mês. No entanto, para quem gosta de dirigir e não suporta ficar preso em um só lugar, esse é um bom trabalho”, resume.

Para Santos, que trabalha em um dos pontos fixos do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o automóvel pesa muito nessa balança de prós e contras do ofí-cio. “O conforto interno do veículo faz com que a impressão de tempo perdido no trânsito seja menor, da mesma ma-neira como os gastos com combustível podem comprometer o lucro do taxista que optar por um carro com motor me-nos rentável”, explica.

Ao comprar um automóvel – ele aconselha – o taxista deve levar todos

os detalhes em consideração. “Um táxi precisa ser bonito, barato, bem acabado, confortável, econômico e, no meu caso, que trabalho com pessoas que estão via-jando, espaçoso. Por todos esses motivos escolhi um Fiat”, diz Santos, que roda com um Palio Weekend 1.4. E olha que esse já é o quinto Fiat dele: “Desde que comprei o primeiro, nunca mais mudei.”

A opção pela marca não é uma exclu-sividade do taxista paulista. O mercado brasileiro de táxis, que é vasto e cheio de particularidades, parece ter encontrado na Fiat um ponto comum. Os números do departamento de vendas diretas da fabricante deixam clara a preferência dos motoristas de praça pela marca. De janei-ro a dezembro de 2009, a Fiat registrou a venda de cerca de 20 mil unidades para taxistas, praticamente a metade de todo o mercado. Esse desempenho mantém a Fiat, pelo segundo ano consecutivo, na liderança de um mercado que absorve cerca de 40 mil veículos por ano.

A participação da Fiat nas vendas

Fiat na liderançaentre os táxis no Brasilpelo segundo ano consecutivo, a Fiat é líder de vendas também no mercado de táxis. Motoristas apontam padrão de acabamento e custos imbatíveis dos carros, além de economia de combustível e de manutenção, como os principais motivos pelos quais a marca se destaca em todas as praças do país.

por ClÉA MArTinS E PATríCiA lArSen

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cerca de 20 mil unidades para taxistas

em 2009Encosto navertical auxilia a respiração, ensina o monge zen-budistaJoão Campo

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TE para taxistas vem aumentando nos últi-mos anos. Em 2007, foram comercializa-das 15,6 mil unidades, o que lhe garan-tiu 43,7% do total de vendas e o segundo lugar no ranking. Em 2008, veio a lide-rança, com 20,4 mil veículos vendidos e um market share de 48,6%. “Atualmente a Fiat é a empresa que oferece o pacote mais completo para esses profissionais. Temos, além de um design atraente, um veículo forte, durável e, sobretudo, econômico e fácil de reparar. Benefícios dos quais os taxistas não podem abrir mão, já que o carro para eles é um instrumento de tra-balho”, afirma Francelino Schilling, diretor de vendas diretas da Fiat.

O Siena é um campeão de vendas nesse segmento. O modelo foi respon-sável por 40% do total das vendas até

dezembro, com 7,7 mil unidades comer-cializadas. “O Siena alia o espaço inter-no e o conforto do Palio, já aprovado por todos, mais a conveniência e espaço do porta-malas de um sedã. Além disso, está disponível na versão tetrafuel (gasolina, álcool, gasolina sem adição de álcool e ainda gás natural). Esses são, sem dúvi-da, fatores que os motoristas levam em consideração na hora de fechar negócio”, ressalta Schilling.

Um aspecto importante nesse mercado é a entrada de novos modelos no ranking dos veículos mais vendidos. O Palio We-ekend cresceu em vendas, com 5,8 mil unidades no período de janeiro a dezem-bro de 2009. O taxista que opta por esse

modelo geralmente prefere a versão Ad-venture, assim como a maioria dos que es-colhem o Doblò ou o Idea. “Essas versões oferecem maior resistência e durabilidade frente à diversidade dos trajetos urbanos e das condições de circulação nas cidades e estradas brasileiras”, explica Schilling.

AgilidAde e ATendiMenTo viPNa Fiat, todo taxista compra seu

veículo pelo programa de atendimento ao cliente frotista, que oferece maior agilidade no atendimento e serviço de vendas diferenciado. Outra grande van-tagem da fabricante é sem dúvida o número de concessionárias espalhadas pelo Brasil. Parte importante da rede de concessionários conta com estrutura de atendimento dedicado aos taxistas, o que facilita, e muito, a oportunidade de uma boa compra.

Atualmente, em oito dessas concessio-nárias, essa estrutura reúne instalações especiais e funcionários especializados no atendimento aos taxistas. Três delas ficam em São Paulo. As outras estão no Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Brasília e em Porto Alegre.

A Sinal, em São Paulo, por exemplo, conta com um ambiente exclusivo para atender aos taxistas, que podem resolver suas necessidades com mais agilidade, desde a compra do veículo até a manuten-ção do carro. Já na Ventuno, também na capital paulista, a especialização é ainda maior. Além de um espaço e pessoal ex-clusivos, a concessionária faz com que o taxista se divirta enquanto aguarda pela realização de algum serviço. “Contamos com vendedor especializado, consultor técnico e cinco mecânicos só para a ca-tegoria. Em nosso espaço também ofere-cemos café da manhã e até uma mesa de sinuca”, explica Sandra Lopes, diretora do departamento. Na hora da venda, diz Sandra, alguns diferenciais da Fiat justi-ficam a preferência pela marca: “O acaba-mento de todos os carros é excelente e a economia de combustível e de manuten-ção são grandes chamativos”, explica.

nas cooperativas de táxis que atendem aos principais aeroportos do Brasil, a preferência por Fiat é nítida. na Coopatur, no rio de Janeiro, que trabalha com 1�6 veículos conside-rados de luxo, o presidente Antonio José Fernandes nunes diz que cerca de �0% dos veículos são Fiat. Para ele, o design moderno de modelos como o linea é um dos grandes diferenciais da marca.

na Cooperativa rádio-Táxi For-taleza, no Ceará, que tem base no aeroporto, cerca de �0% dos �00 au-tomóveis, a maioria com apenas três anos, são Fiat, a maioria Siena e Pa-lio Weekend. “A Fiat tem exatamente o que o taxista precisa: carros bons com preços acessíveis. Por isso está na liderança do mercado”, diz Francisco José Anísio dos Santos, presidente da cooperativa cearense.

no Aeroporto internacional de São Paulo, em guarulhos, dos 6�2 táxis da guarucoop, cooperativa que tem exclusividade de acesso ao termi-nal de desembarque, 2�0 são Fiat. “A marca cresce cada vez mais em nossa frota porque tem veículos e modelos arrojados”, diz Jaile Franco Passos, di-retor da cooperativa.

A dirigibilidade dos modelos da Fiat é o que faz a marca ser desejada pelos profissionais da rádio-Táxi ver-melho e Branco, que atende ao aero-porto de Congonhas, em São Paulo. de acordo com ismael nogueira, di-retor da tradicional cooperativa pau-listana, dos �00 carros da frota, 1�% são da marca italiana, especialmente os mais novos. “Acredito que já em 2010 saltaremos para uma frota com de 20% a 2�% Fiat, graças principal-mente à entrada no mercado do novo doblò e do Fiat linea, com motores mais potentes”, explica.

Em conexão com os aeroportos

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MAnuTenÇãoPara os taxistas, o carro não pode parar.

Se na hora de comprar a Fiat é a primeira op-ção dos motoristas de táxi, na hora de reparar o veículo também não é diferente. A primeira revisão aos 15 mil quilômetros é um atrativo para os profissionais, pois assegura um perí-odo maior de operação sem interrupção. Além disso, algumas concessionárias oferecem pa-cotes de revisão programada, que incluem três revisões – de 15 mil, 25 mil e 30 mil quilô-metros – e podem ser pagas em seis parcelas mensais. “A promoção representa uma econo-mia importante em relação ao custo normal das revisões, com a vantagem de não pesar no fluxo de caixa do taxista”, observa Sandra Lo-pes. A manutenção com hora marcada e servi-ço realizado em 30 minutos é outro diferencial da Fiat para quem não pode perder tempo. Afi-nal, tempo é dinheiro e taxista gosta mesmo é de ver o taxímetro rodando.

O Carlos Alberto do Santos – o taxista de São Paulo, lembra dele? – concorda com a Sandra e diz que a manutenção de um Fiat é rápida e as peças são mais baratas. “Tenho um Palio Weekend e me sinto um divulgador da fabricante, porque estou satisfeito”, comen-ta. Seu colega mineiro Arthur Alves Barbosa, diretor financeiro da Cooperativa Mista de Transportes de Passageiros de Táxi de Belo Horizonte, concorda: “Os benefícios oferecidos pela Fiat são bem mais interessantes e os seus modelos agradam a população. Para nós, a manutenção simples e barata é o ponto forte da marca, que ainda tem excelente dirigibilida-de e bom acabamento.” Com tantos atrativos, não é à toa que a frota de táxis da capital mi-neira é composta predominantemente de mo-delos Siena, Idea e Palio Weekend.

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Sandra Lopes aponta o acabamento e a economia no consumo de combustível como diferenciais da Fiat

Para Carlos Alberto, manutenção e peças da Fiat são mais baratas

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Os taxistas que atendem a uma clientela mais requintada, encontram no Linea um produto adequado para sua utilização e ne-cessidade do dia a dia. A sua versão LX entre-ga a configuração ideal. O motor 1.9 16V é o mesmo que equipa as outras versões do mo-delo e sua potência nesta versão foi enqua-drada em 127 cavalos, limite máximo estabe-lecido para que os profissionais contem com as isenções federal e estaduais de tributos na aquisição do veículo.

Além disso, os taxistas contam com es-tímulos adicionais, como desconto no preço final e itens de conforto de série, como chave tipo canivete com telecomando, computador de bordo, banco traseiro bi-partido com apoio de braço central, ar condicionado, freio ABS e direção. “Além dos melhores veículos, temos sempre um benefício especial para os taxis-tas, não apenas para o Linea, mas para to-dos os modelos da marca. Quem ainda não estiver convencido disso, pode passar numa concessionária da Fiat, fazer o test drive do modelo favorito e conferir os preços”, explica Francelino Schilling.

Na Serv-Táxi, associação de motoristas autônomos de São Paulo, fundada em 1992 e que conta com uma frota de 300 veículos, a chegada do Linea foi comemorada pelos taxistas que também oferecem o serviço de transporte executivo. Aliás, o primeiro Linea vendido a um taxista foi justamente para um motorista da Serv-Táxi. “A vantagem de ter um veículo considerado de luxo na frota é a possibilidade de oferecer maior conforto ao nosso cliente”, afirma João Roque, do conse-lho fiscal da associação.

Há dois anos na praça, Carlos Ken-Iti Oka-be, que integra a cooperativa do aeroporto de Guarulhos, decidiu comprar um Linea: “Es-tava insatisfeito com o meu antigo veículo e achei que a Fiat oferecia os modelos mais bonitos”. O taxista optou por um Linea com câmbio Dualogic. “Em princípio fiquei com um pé atrás porque não conhecia a tecno-logia. Mas a Fiat me ofereceu 12 meses de garantia e eu resolvi apostar na mudança. Passados três meses, estou bastante satisfei-to, principalmente com o câmbio, que deixo apenas na opção automática”, conclui.

uma das grandes novidades da Fiat para os taxistas é o doblò 1.8 adaptado, que faz parte do Programa Autonomy e é utilizado para trans-portar cadeirantes e pessoas com necessidades especiais. o grande diferencial do automóvel, totalmen-te seguro, é o acesso ao seu interior, que pode ser feito por meio de uma plataforma automatizada acionada por controle remoto. “Com isso, o cadeirante não precisa mais ser carre-gado pelo motorista para dentro do veículo, oferecendo maior liberdade aos passageiros”, explica ricardo Au-riema, presidente da Alô-Táxi, em São Paulo, que atualmente tem 16 veícu-los especiais na frota.

A certeza de ter escolhido o veículo certo para este trabalho especial, se-gundo Auriema, veio com a alegria de transportar uma senhora que há mais de dois anos não saía de casa: “Com o dobló adaptado ela passou a ter uma nova vida e perdeu o medo de pegar táxis, pois em nenhum momento ela precisa sair da cadeira”, conta.

no caso de henry Felippe, �7 anos, que sofre as consequências de parali-sia cerebral por fórceps (afetação na parte de coordenação motora e equi-líbrio) e utiliza uma cadeira de rodas para locomoção, o serviço de táxi adaptado é a realização de um so-nho, como define sua irmã, a médica veterinária Meg Felippe. “A única pos-sibilidade de deslocamento do henry era por meio de carro particular e no mínimo duas outras pessoas para car-regá-lo. Agora, com o serviço, conse-gui pela primeira vez sair sozinha com meu irmão. Já fizemos vários passeios em shopping, cinema e parques”, co-memora.

no rio de Janeiro, o doblò adapta-do já faz sucesso desde 200�, quando

o primeiro taxista começou a trabalhar apenas com cadeirantes. “em 2007 éramos oito motoristas especializados e formamos a CoopTáxi. Atualmente contamos com 27 doblòs adaptados em nossa frota e encomendamos mais quatro. recebemos uma média 120 pedidos de corridas por dia”, conta Antônio Carlos Belshoff Patrocínio, di-retor do Programa Bengala legal.

Segundo o presidente da Alô-Táxi, tanto em São Paulo como no rio, os taxistas que trabalham com esse tipo de veículo recebem treinamento espe-cial para operar o equipamento ade-quadamente e para atender ao defi-ciente e seu acompanhante da melhor maneira. “o sistema é simples. A di-ferença está na gentileza e paciência que devemos ter com os passageiros. É uma lição de vida transportar pesso-as que não saíam de casa há dois, três anos”, afirma o taxista Mário Marcos Fogaça.

Para deixar o portador de necessi-dades especiais ainda mais confortá-vel, a Fiat e a Tecnobrás – que desen-volveu o equipamento de adaptação – fizeram algumas alterações no ve-ículo, com aprovação do inmetro, como teto mais alto e acabamento panorâmico, além de cinto de três pontas especiais, entre outros itens. o primeiro Táxi Acessível da região metropolitana de Belo horizonte permite que passageiros com neces-sidades especiais utilizem um trans-porte especializado, possibilitando viajar sozinhos ou acompanhados de até duas pessoas. o serviço tem a mesma tarifa dos táxis convencio-nais, seguem todas as especificações técnicas e de segurança exigidas para o transporte, além de atender ao pú-blico por meio de agendamento de disque-táxi.

Fiat Doblò adaptado:mobilidade acessível a todos

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(Colaborou rafael Mariani)

Fiat Linea: táxi para público diferenciado

Carlos Okabe está satisfeito com o câmbio Dualogic do Linea

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MUNDoFiAT66 MUNDoFiAT 67

o universo institucional em que as empresas estão inseridas no Brasil evolui constantemente e

tornou-se um dos mais exigentes e so-fisticados do planeta no processamen-to e avaliação de informações. Praticar a boa governança corporativa signifi-ca ser cada vez mais transparente nos atos, demonstrações e intenções. A análise é do diretor de Assuntos Jurí-dicos e Tributários da Fiat do Brasil e Fiat Automóveis, Marcio Lima. Ele cita como exemplo a mudança qualitativa dos procedimentos da Secretaria de Receita Federal. Há poucos anos, o Fisco requeria informações e esclare-cimentos às empresas. Hoje, já chega às empresas de posse das informações mais relevantes sobre as operações e resultados e o nível de diálogo e de exigências mudou de patamar.

Consolidou-se na sociedade um novo modelo de gestão da informa-ção, com grande impacto sobre a go-vernança corporativa. Em parte, essa mudança decorre da Lei nº 11.638/09, a qual altera vários dispositivos da Lei das Sociedades Anônimas, aproxi-mando as práticas e princípios brasi-leiros dos mais refinados parâmetros internacionais. “Passa a prevalecer a essência sobre a forma. Isto é: aspec-tos que antes eram subjetivos, como as intenções que motivam determina-do ato, ganham substância e passam

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ADE As novas exigências

da boa governançao aumento do grau de transparência na gestão implica em maior fiscalização dos atos, demonstrações e intenções das empresas, o que representa uma mudança cultural sem precedentes no universo empresarial brasileiro.

por roBerTo BArAldi

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a ter valor objetivo para o Fisco, para a Justiça, para os stakeholders. O jul-gamento vai além da regra, do ato em si, e abrange a conduta precedente do autor, suas intenções explícitas e im-plícitas”, destaca Lima.

Essas mudanças são uma tendên-cia mundial e decorrem de mecanis-mos como a Lei Sarbanes-Oxley, origi-nada nos Estados Unidos e absorvida rapidamente nas demais regiões do mundo, em decorrência do processo de globalização, a qual aumentou o grau de transparência na gestão das empresas, ou como o Código de Defe-sa do Consumidor (CDC), sofisticado instrumento brasileiro que muda as relações de consumo. Esses mecanis-mos acarretam um aumento da expo-sição e responsabilidade de todos os que trabalham em empresas privadas, sejam dirigentes ou funcionários. Da mesma forma, tornam o fluxo inter-no de informações mais importante e estratégico.

Preparando-se para novos padrões de exigência, executivos de todo o mundo recorrem aos seguros denomi-nados Directors&Officers (D&O), cuja contratação cresce à razão de 70% ao ano. É uma forma de gerenciar ris-cos subjetivos de modo objetivo. Ao mesmo tempo, os departamentos ju-rídicos tornam-se setores abertos nas empresas, que dialogam em todos os

sentidos e buscam a informação junto aos especialistas ou onde elas estive-rem. “Os advogados estão cada vez mais fora de seus gabinetes, aproxi-mando-se de onde as coisas aconte-cem, da fábrica, da área comercial”, comenta Lima.

De certa forma, o próprio contri-buinte assume responsabilidades que antes eram inerentes ao Fisco, cum-prindo o papel de fiscalizar seu próprio processo de organização e difusão de informações e antecipando-se a pos-síveis demandas de esclarecimentos e de mais transparência. O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) acelerou esse processo, inicialmente por meio da instituição da Nota Fis-cal Eletrônica e posteriormente com a implementação dos SPEDS fiscal e contábil. “Hoje o Fisco tem acesso a informações com abrangência, efici-ência e velocidade, de tal forma que os próprios gestores das empresas têm dificuldade em acompanhar”, analisa Lima.

A Secretaria de Receita Federal im-pulsionou esse processo na sociedade brasileira, superando todas as limita-ções que o setor público enfrenta para contratar serviços e fornecedores, e constituindo uma impressionante rede de captação e processamento de informação, que obrigou o setor pri-vado a modernizar suas próprias ma-

trizes de informação. Os conceitos de transparência e de governança corpo-rativa mudaram e continuam a mudar constantemente.

A gestão da informação pela em-presa torna-se estratégica e abrange, além dos campos econômico e con-tábil, fatores-chave como tecnologia de produto e segredos industriais. A responsabilidade sobre a difusão da informação é do gestor, que deve responder pelo que se difundirá ou não, sendo julgado não mais por uma norma explícita, mas pela essência de suas intenções ou ações. Nesse am-biente cada vez mais transparente, a Justiça não pune apenas a má-fé, mas também o erro, mesmo involuntário. Trata-se de uma mudança cultural sem precedentes no universo empre-sarial brasileiro.

Marcio Lima: “Fisco tem acesso a informações com abrangência, eficiência e velocidade”

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Fábio Antão, da Engenharia In-dustrial da Teksid, está há 14 anos no Grupo Fiat. Mas, para

ele, motivo de grande orgulho é ter sido o primeiro inscrito para o progra-ma Formare, como professor voluntá-rio. “Fiquei sabendo do Formare pelo quadro de avisos e quis aproveitar essa oportunidade. Estou no final da faculdade e pretendo fazer uma pós ou mestrado. Acho que tenho muito a

ensinar e aprender”, conta o estudan-te do último ano de Administração. Fábio se inscreveu para lecionar disci-plinas relacionadas a organização de empresas e específicas de processos industriais. O colega Bruno Costa, da Engenharia de Ferramental, comparti-lha o ânimo para o início das aulas: “Já trabalhei com treinamento de pro-cessos internos e tenho vontade de continuar a atuar na área de ensino. É

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ADE Formare alia ensino

ao voluntariado na Teksidprograma vai proporcionar educação profissional e preparar adolescentesde Betim (MG) para o mercado com apoio de colaboradores voluntários.

por rÚBiA PiAnCASTelli

há mais de cinco anos a Magneti Marelli investe em projetos sociais como forma de ampliar sua participação nas comunidades próximas às suas plantas industriais. Somente em 2009 a empresa investiu r$ 2 milhões em ações sociais, como o Formare, que desde 200� já formou mais de ��0 jovens de baixa renda com curso de educação profissional nas cinco escolas instaladas dentro de suas unidades.

Mais de �60 colaboradores voluntários participaram do programa nas unidades de lavras (Mg); hortolândia, Amparo, São Bernardo, Mauá e Santo André (SP). em hortolândia, 20 alunos da sexta turma receberam o certificado de Assistente de Produção e Montagem eletroeletrônica em fevereiro. Foram dedicadas 800 horas aos estudos e prática, que contemplou a passagem dos jovens por diferentes áreas da empresa.

no ABC paulista, em janeiro, a quinta turma das escolas de Mauá e Santo André, com �0 jovens, formou técnicos direcio-nados para a área industrial. Foram 19 estudantes certificados como Assistente de Produção e Serviços, em São Bernardo do Campo, e outros 21 como Assistente de Produção e Montagem Mecânica, em Mauá. os cursos são reconhecidos pelo MeC por meio da uTFPr.

A empresa criou, ainda, comitês de responsabilidade social em todas as unidades e um comitê corporativo. Por meio dessas ações sociais, diversas entidades recebem apoio da Marelli, como o núcleo de Convivência Menino Jesus, em São Caetano do Sul (SP). “Continuaremos investindo neste ano para que sejamos reconhecidos como referência social e ambientalmente responsável” afirma virgilio Cerutti, presidente da Magneti Marelli para o Mercosul.

r$ 2 milhões em ações sociais

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uma boa hora para colocar esse desejo em prática.”

Fábio e Bruno estão entre os edu-cadores que serão capacitados para repassar suas experiências e conhe-cimentos a cerca de 20 jovens de Be-tim (MG), na faixa dos 17 anos e com renda máxima de meio salário míni-mo por pessoa da família. Os futuros alunos cursam o ensino médio em es-colas regulares, à noite, e participarão do projeto durante o dia, no período de um ano. Ao final, receberão o certi-ficado de Assistente em Gestão e Pro-dução Industrial, reconhecido pelo Mi-nistério da Educação (MEC), por meio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFR).

Para Amanda Rodrigues Santos, de 16 anos, aluna do 1º ano do en-sino médio, essa é uma boa oportu-nidade profissional e pessoal. “Acho

que muitos caminhos vão ser abertos com o programa”, diz a candidata. Assim como Amanda, todos os jovens receberão benefícios como bolsa-auxí-lio de meio salário mínimo, plano de saúde, seguro de vida, alimentação e transporte.

“O Formare representa para nós uma oportunidade de desenvolvermos entre os colaboradores o sentido do trabalho voluntário. Além disso, in-tensifica nossas ações sociais na co-munidade em que estamos inseridos, e propicia um ambiente de crescimen-to profissional e humano aos jovens”, afirma do diretor de Recursos Huma-nos da Teksid, Maurício Neves.

O Formare é um programa da Fun-dação Iochpe em parcerias com a ini-ciativa privada. Na Teksid o programa contou também com a parceira da Pre-feitura Municipal de Betim.

ignácio Costa

divulgação Magneti Marelli

Amanda acredita que novas oportunidades profissionais surgirão ao participar do Formare

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Nos planos de 2010 da Funda-ção Torino, a sustentabilidade entra como palavra de força. E

melhor ainda, em forma de múltiplas ações. A começar pelo projeto Econs-cienza, ativo e crescendo em atuação desde 2007. A coleta seletiva e o rea-proveitamento de materiais são duas das principais iniciativas. “Extrapola-mos o conteúdo para levar aos alunos a motivação e ideias voltadas para ações sustentáveis. Esse projeto teve um início, mas não tem fim – cons-ciência e sustentabilidade são para sempre”, afirma o professor de Ciên-cias Biológicas e um dos idealizadores do projeto, Marcus Nascimento.

A coleta seletiva ganhou novas li-xeiras. Os antigos galões de água dos bebedouros foram transformados em mais de 100 recipientes, usados por alunos em mais de 50 salas de aula. “Estamos aprendendo a descartar cor-retamente os materiais, como lavar as garrafas plásticas antes de jogar fora. Acho que já passou da hora de todos estarem preocupados com o meio am-biente, temos é que agir mesmo!”, afirma Sofia Bartolomeu, aluna do 1º ano. Leandro Belisário, aluno do 2º ano do Instituto Técnico de Turismo (ITT) da Fundação, reforça a impor-tância do exemplo. “É algo simples de se fazer, reciclamos só o papel e sepa-ramos o resto. Assim, os mais novos

susT

ENTA

BILID

ADE Ações sustentáveis

em todos os lugaresFundação Torino investe em programas e iniciativas que cooperam com o meio ambiente, com a qualidade de vida e a educação permanente de seus alunos.

por rÚBiA PiAnCASTelli

Idealizado pelo professor Marcus, Econscienza ensina a alunos como Leandro a importância de painéis solares na captação de energia renovável

– como as crianças da escola Materna – aprendem a importância e a neces-sidade de fazer algo pequeno e que ajuda tanto”.

Além da separação de material para reciclagem (papel, metal, pilha/bateria e óleo), a Fundação investe em reaproveitamento de resíduos e cam-panhas de conscientização – como os temas da Feira da Cultura. A Escola implantou ainda formas limpas e re-nováveis de energia. No refeitório e nas quadras, exaustores eólicos – mo-vidos a vento – sugam o ar interno e reintroduzem um ar externo puro e fresco. Com os novos painéis solares, que são carregados com luz do dia, a energia e a ventilação estão garanti-dos. O sistema resultará em uma ver-dadeira aula de física, já que o pro-fessor vai mostrar como a luz captada pelo painel se transforma em energia para ligar a nova fonte de água da Escola. “Esses painéis vão fornecer energia sempre. E o melhor: energia renovável”, lembra Leandro.

Os painéis luminosos da Fundação também estão sendo apagados à noite. “A luz que a cidade precisa para estar segura vem da iluminação pública, e não das fontes de publicidade”, desta-ca o presidente da Fundação, Raffaele Peano. Já a sucata dos computadores usados está sendo aproveitada na construção de materiais de robótica.

A ideia é utilizar todas as brechas pos-síveis para promover a economia e o melhoramento ambiental.

ForA dA SAlA e eM AÇãoAs iniciativas educativas se espa-

lham para além da Escola. A Corrida e Caminhada Fundação Torino é um sucesso e mobiliza toda a família em prol de uma vida mais responsável e saudável. Outro aclamado projeto é o Via Turismo, que recebeu o Prêmio Cidadãos do Mundo 2009. Realiza-do pelo ITT, alia o ensino à prática da responsabilidade social, pesquisando o potencial turístico de um município mineiro a cada ano. Em 2009 a cidade contemplada foi Santo Antônio do Lei-te, distrito de Ouro Preto.

Mas não é necessário ir tão lon-ge para demonstrar como o conteúdo consciente apreendido na sala pode ser aplicado lá fora. Com o problema de tráfego na porta da Fundação, no ano passado os alunos atuaram como verdadeiros agentes de trânsito – dis-tribuíram multas virtuais para os pais que “infringiam” a lei. “As crianças têm uma forte influência sobre os pais, pois quando chamam atenção para os maus exemplos, causam um grande impac-to”, lembra Peano. “Nossa missão é fazer crescer uma pessoa com uma vi-são diferente, que ajude a construir um mundo melhor”, completa.

ignácio Costa

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os caminhões da Scuderia Iveco estão com novo visual para a disputa do Campeonato Brasi-

leiro de Fórmula Truck 2010. Os Iveco Stralis de números 33 e 88, dos pilotos Cristiano da Matta e Beto Monteiro, res-pectivamente, ganharam novo estilo vi-sual, com formas mais arredondadas.

Feita com manta de fibra de vidro e tecido de fibra de vidro, a carenagem la-teral aumentou cerca de 30% e teve seu peso reduzido em torno de 20% – ante-riormente era usada madeira. A capta-ção de ar das turbinas dos caminhões também passou por modificações. “Au-mentamos a largura da tomada de ar, modificamos a estrutura interna das cabines e parte frontal, localizada aci-ma do para-brisa”, explica o desginer Luiz Carlos de Almeida, considerado a versão brasileira do desginer de carros californiano “Chip Foose” – reconhecido mundialmente por suas linhas arroja-das e grande criatividade.

Externamente as cabines ficaram mais baixas, porém, ganharam espaço interno. A mudança não só melhorou a circulação do ar dentro da boleia, como deu um recorde à Iveco, que passa a ter a maior tomada de ar do campeo-nato. Os caminhões têm novas cores, que agoram possuem tons metálicos: um branco quase pérola e um verme-lho Coca-Cola. Já a confecção da ‘nova

cara’ dos caminhões envolveu muitas etapas, omo montagem dos moldes das carenagens (feitas em madeira e com acabamento de massa e pintura), polimento, construção de suportes de carenagens laterais e paralama trasei-ro, alinhamento e instalação das care-nagens laterais, confecção de defletor, aplicação de base de fundo e pintura final com verniz.

“A nova roupagem transmite toda a garra e profissionalismo da equipe, além da força da marca Iveco, sem deixar de lembrar da esportividade do campeonato”, destaca o designer. “Ao reunirmos aerodinâmica e elegância à personalidade e significado da Scuderia Iveco, chegamos a um modelo final to-talmente renovado.”

Há nove anos como designer de caminhões, Luiz Carlos é responsável pela pintura de todos os caminhões utilizados na Fórmula Truck: 11 ca-minhões de corrida, um Pace Truck, quatro caminhões de shows, dois ca-minhões de bombeiro, um caminhão resgate e um caminhão Munc – com uma rampa e um pequeno guindaste, que recolhe das pistas os caminhões batidos durante a prova.

Agora, os apaixonados por Fórmu-la Truck têm um motivo a mais para conferir de perto os elegantes cami-nhões Iveco.

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RTE

Elegância na Fórmula TruckScuderia Iveco ganha novo estilo visual, criado pelo renomado designer Luiz Carlos de Almeida. Modificações diminuíram o peso da carenagem lateral e aumentaram a tomada de ar dos caminhões.

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MUNDoFiAT7�

Desenvolvimento através da educação e do esporte. É nisso que a Case Construction Equi-

pment (Case CE) acredita. Para tornar essa crença algo concreto, a empresa investiu, desde 2008, mais de R$ 2 mi-lhões em ações e patrocínios culturais e esportivos em Piracicaba e Sorocaba (SP), por meio do Case Multiação.

Neste ano, o piloto Fábio Fogaça (líder da Stock Jr.) e as equipes da Liga

EsPO

RTE

Case Multiação incentivaa prática esportivaprograma patrocina profissionais e equipes das mais variadas modalidades esportivas, valorizando educação e crescimento sustentável.

por rÚBiA PiAnCASTelli

novoS inveSTiMenToSEm 2010, por meio da Lei de In-

centivo ao Esporte, a Case CE fez do-ações para o projeto social das ex-jo-gadoras de basquete Vânia e Vanira em seu Centro de Formação de Atletas (CFA). O trabalho das irmãs vem sen-do realizado desde 2000 e atualmente atende a uma média de 700 crianças e jovens. “Com o patrocínio, iremos oferecer vale-transporte, uniformes de treinamento e um kit alimentar, além de orientação pedagógica, psicológica e de saúde. Imagine a carinha deles quando receberem esse materiais!”, conta Vanira Hernandes.

Vanira conta como começou, com muito esforço, investindo seus pró-prios ganhos e contando com ajuda de empresas e ex-atletas como Paula e Ana Moser. “Antes nossa escola era 50% social e 50% particular”, lembra. Para ela, o sonho é oferecer reforço es-colar e alfabetização – especialmente na zona industrial. O projeto realiza também atividades fora das quadras, como passeios e eventos anuais.

“Já é uma tradição da Case investir no esporte. Com o programa Case Mul-tiação e as leis federais de incentivo, conseguimos expandir esse investi-mento e aumentar nossa presença nas comunidades onde mantemos nossas plantas industriais”, afirma Maurício Moraes, responsável pela área de Co-municação da marca Case CE.

Além do CFA Vânia e Vanira, ou-tras ONGs patrocinadas são a Pintura Solidária, Lua Nova, Projeto Pérola, Pastoral do Menor e Bola da Vez. A Case também fez doações e emprés-timos de máquinas de construção à Prefeitura de Sorocaba.

“O Case Multiação representa a nossa maneira de pensar o ama-nhã, ou seja, nos preocupamos com o crescimento sustentável. Fizemos importantes parcerias com ONGs que possuem um trabalho reconhecido em todo o país”, conclui Roque Reis, dire-tor comercial da Case CE.

Sorocabana de Basquete (LSB) come-moram o auxílio de forma especial – conquistaram a renovação dos pa-trocínios já obtidos em 2009. Fogaça, de apenas 17 anos, participa da Top Race V6 2010, categoria argentina de turismo.

Graças à verba integral recebida no início do ano, a equipe adulta da LSB contratou dois atletas norte-ame-ricanos – o ala Andy Gebru e o arma-dor Elijah Ingram. “A renovação do patrocínio veio num momento certo e graças ao nosso bom trabalho. Pude-mos contratar os jogadores, regulari-zar sua situação no Brasil e investir no treinamento de todas as equipes. Isso sem esquecer os projetos sociais, que incluem a escolinha de basquete e as palestras nas escolas da região”, afirma o técnico Rinaldo Rodrigues.

Segundo ele, a meta deste ano é fortalecer a escolinha – projeto social “Arremesso para Amanhã”, que conta com 70 alunos – e classificar para o Campeonato Paulista. E o grande so-nho da LSB? Obter recursos para par-ticipar da Liga Nacional. “Temos toda a estrutura e um passado de grandes atletas, como Hortência e Paula. O basquete é a força da cidade, e cada vez mais temos e necessitamos desse reconhecimento.”

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Equipe da LSB contratoujogadores norte- -americanos

gaspar nóbrega

Sergio Sanderson

Case Multiação diversifica patrocínios, como o apoio ao piloto Fábio Fogaça

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ImIg

RAçÃ

O ITA

LIANA

As raízes mineiras da grande famigliaA história do desenvolvimento econômico e social do Estado se confunde com as vidas de inúmeros imigrantes italianos, que deixaram a Europa para prosperar em solo mineiro.

por renATo MorAeS

A primogênita de Belo Horizonte, batizada com o nome de Minas Horizontina, era filha de um ca-

sal de imigrantes italianos, Ângela Co-racci e Luigi Canfora. A primeira cerve-jaria da cidade, Rhenânia, também foi obra de italianos, pai e filhos da família de Carlo Fornaciari. A primeira fábrica de ladrilhos, Marmoraria Lunardi, igual-mente se deve ao clã de Giovani Lunardi junto com um genro do patriarca, Alfre-do Machado. Por esses parcos exemplos, percebe-se num relance que a presença e influência do povo peninsular em terras mineiras se fizeram marcantes desde os primórdios da nova capital.

Muitas outras contribuições de peso e relevo se materializariam no decorrer do século 20, das “Massas Alimentícias Martini”, fundada pelo patriarca Agos-tino que, desde 1914, abastecia de ma-carrão as famílias belorizontinas à pio-neira produção de leite pasteurizado por Arthur Savassi & Cia. em sua Empresa de Laticínios, na década seguinte, e o Frigorífico Perrella, fundado por Pasqua-le Perrella e Aniello Anastasia no mes-mo período, cuja excelência das carnes atravessou gerações, sempre presentes

nas mesas da cidade. Sem esquecer de outra áreas distintas, como o cinema, cujo legado deixado pelo pioneiro Igino Bonfioli, espécie de documentarista ofi-cial dos principais eventos locais a par-tir de 1920, deixou registros preciosos da história de BH. E a criação da Escola de Arquitetura da então Universidade de Minas Gerais, que entre seus artífi-ces incluiu o arquiteto Raffaello Berti, autor de alguns dos principais marcos arquitetônicos ainda presentes na sua paisagem urbana.

A presença da colônia ganharia um segundo capítulo no início da década de 1970, com a instalação da primeira fábrica da Fiat Automóveis no Brasil, ainda que desta vez reduzida a algumas centenas de engenheiros, técnicos e ope-rários especializados importados pela empresa e as indústrias fornecedoras que se instalaram ao redor de sua linha de montagem no então pequeno muni-cípio de Betim, região metropolitana de BH. Expandidas a olhos vistos nos anos seguintes, elas provocariam reflexos vi-síveis no crescimento e em alguns há-bitos e comportamentos da população, como o de morar em locais afastados do

76 MUNDoFiAT 77MUNDoFiAT

A rua da Bahia, em Belo Horizonte, ainda guarda traços da arquitetura italiana que conferiu identidade à cidade

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ImIg

RAçÃ

O ITA

LIANA perímetro central da cidade, refugiando-

se da agitação e do caos citadinos.Mas, afinal, a que se resume a chega-

da dos italianos em solo mineiro? Conví-vio com um povo informal e de fácil rela-cionamento, caracterizado por um modo próprio de viver, informal e agradável? Contato com uma gente barulhenta e animada, acostumada a falar alto e com o indispensável auxílio das mãos, devo-radora de fartas macarronadas e pizzas e com peculiares habilidades de artesãos nos mais diversos campos, da constru-ção ao mobiliário, do vestuário à culiná-ria incluindo um apurado gênio para as artes em geral? Envolvimento com pes-soas dotadas de espírito empreendedor de variados calibres que atravessaram o Atlântico em busca de oportunidades num mundo novo?

Aparentemente, pode-se afirmar que de tudo um pouco. Se na primeira leva, a colônia veio atraída pelas possibili-dades oferecidas com a construção de Belo Horizonte no ocaso dos ottocento, escapando do horizonte pátrio turvo, di-vidido pelas lutas de unificação do país durante o risorgimento e a escassez generalizada de trabalho, na segunda

onda se transladaram para cá movidos pelo processo de internacionalização da economia, no qual a Itália, já então de-tentora do sétimo PIB mundial, expan-dia seus tentáculos. Enquanto em ape-nas sete anos (1894-1901), 47.096 dos 52.582 imigrantes que desembarcaram em Minas Gerais eram provenientes da Bota, representando nada menos do que 89,5% do total, a Fiat registrava já no momento da inauguração de sua fábrica em 1976 a presença de 340 italianos em seu quadro de funcionários.

O apelo maior no ciclo inicial foi, in-discutivelmente, a construção da nova capital do estado, oficializado, inclusi-ve, através de uma agência destinada a aliciar mão-de-obra, estabelecer relações comerciais e importar materiais, sediada em Gênova. Disso resultou a predomi-nância deles entre os profissionais ati-vos nos canteiros de obras de Belo Hori-zonte anos a fio, vencendo obstáculos de toda sorte e se inscrevendo e afirmando na nascente sociedade. Mestres, cons-trutores, artífices, pintores, escultores, marceneiros, serralheiros, tarefeiros e práticos de toda ordem deixaram suas marcas por grande parte das principais

edificações dos primórdios da cidade, contribuindo para o ecletismo que as ca-racterizariam, especialmente após a dis-solução da Comissão Construtora e seu retorno ao Rio de Janeiro.

Um caso típico é o de Luigi Canfora (1863-1941), pai da primeira criança belorizontina. Natural de Roma, ex-ca-rabinieri da guarda imperial dos Habs-burgos, proprietário de uma pequena taberna na capital italiana, convenceu a mulher Ângela, desde sempre chama-da de Santina, ex-dama de companhia das filhas do príncipe Giustiniano, a vender todas as suas posses, embarcar num navio no porto de Napoli e partir em busca de uma terra prometida junto com os filhos Elvira, Alfredo, Fedora e Itália. Por informações obtidas de ter-ceiros, ela era Belo Horizonte, um ar-raial em vias de se transformar numa cidade quando nele desembarcaram meses antes de sua inauguração oficial em 1897. Na chegada sequer tiveram a sorte de conseguir uma vaga na Hos-pedaria dos Imigrantes, instalada num local ermo às margens do ribeirão Ar-rudas. Tiveram que se contentar com os barracões provisórios, erguidos no emergente bairro da Floresta, conheci-do naqueles idos como Favela.

A realidade prevaleceu fazendo o chefe do clã abandonar de vez cardápios, panelas e temperos e assumir a condição de auxiliar-aprendiz de pintor. Requisi-tado para o mutirão final das principais obras concentradas em torno da futura praça da Liberdade, mudou-se com a fa-mília para uma das cafuas do alojamen-to situado nos arredores. Foi nela que, na primeira hora da madrugada seguin-te aos festejos de inauguração da nova capital, nasceu Minas Horizontina. Lá fora uma salva de 21 tiros de dinamite já espocara saudando a data e bandas de música percorriam as vias principais, executando dobrados e marchas triun-fais, enquanto o Café Mineiro, a Confei-taria Rio de Janeiro, a Maison Moderne e a La Stella di Italia permaneciam aber-tos, repletos de gente comemorando.

Nunca mais retornaram à terra ma-ter, com Luigi aprimorando o domínio no manejo de tintas e pincéis sob a ba-tuta do alemão Frederico Steckel, notório especialista em ornamentações arquite-tônicas, e na companhia do suíço João Morandi, autores entre outras coisas pelo revestimento de abóbodas, tetos, salões, vãos de escadas, fachadas e colunas de estilo dórico e coríntio do palácio do go-vernador e dos prédios públicos até hoje intactos na praça. Mantiveram, porém, a prole crescente (sete filhos) fiel aos há-bitos arraigados como a língua pátria, estimulados no contato frequente com a colônia, através da Società Operaia Ita-liana di Beneficenza e Mutuo Soccorso, fundada pouco antes da inauguração de BH e ainda na ativa, embora com atua-ção restrita há muitos anos.

Foco de reuniões, festas e eventos, funcionava como agregadora dos mem-bros dos núcleos agrícolas criados em regiões diversas da cidade para o abas-tecimento da população, do atual bairro da Serra ao Carlos Prates e ao distante Barreiro. Voltada para a educação e for-mação da comunidade, ela foi, no entan-to, vítima das reações anti-fascistas no auge da Segunda Guerra Mundial que atingiram com saques e depredações estabelecimentos e propriedades de imi-grantes italianos e alemães, tendo sua sede fechada e em seguida desapropriada pelo governo estadual que ali instalou a Assembleia Legislativa. Além do que, to-dos os seus arquivos foram destruídos, razão principal da ínfima documentação disponível a respeito da imigração italia-na em Belo Horizonte.

Projeto de Raffaello Berti, que re-formulara e ampliara o prédio da ins-tituição, passando a também abrigar a Casa d’Italia, expressava de forma cabal a presença e influência dos oriundi no peculiar cenário arquitetônico da capital mineira. Nascido na província de Pisa e formado pela Real Academia de Belas Artes de Carrara, ele chegou ao Brasil em 1922, fixando-se no Rio de Janeiro até receber um convite oito anos depois de

Obras de Raffaello Berti espalharam-se pela capital, como o Cine Metrópole, já demolido

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ImIg

RAçÃ

O ITA

LIANA um outro arquiteto, Luis Signorelli, para

um trabalho com duração de 6 meses na cidade. Mas que resultou, de fato, em sua permanência para sempre até sua morte, em 1972, aos 72 anos de idade. Durante esse período, a intensa produção de mais de 500 projetos difundiu o estilo art déco inconfundível de Berti, espalhado pelos quatro cantos da incipiente metrópole. Neles, um traço comum: a aplicação de soluções modernas sem abrir mão da manutenção do classicismo, mesmo nos exemplos mais arrojados. O que pode ser comprovado em obras como a Santa Casa de Misericórdia, o Palácio Episco-pal, os Colégio Marconi e Izabela Hen-drix, as sedes da Prefeitura Municipal e do Minas Tênis Clube, os hospitais Felí-cio Rocho e Vera Cruz, o Cine Metrópole (demolido), pinçados entre algumas cen-tenas de edificações.

Se não bastasse, uma padaria e con-feitaria de descendentes da colônia se tornaria o epicentro de uma mudança no curso da história de Belo Horizonte ao longo da década de 1970, alterando inclusive a denominação do seu mais tradicional bairro, o dos Funcionários, destinado originalmente aos integrantes graduados da administração da nova capital. Inaugurada com pompa e cir-cunstância em 1940 pelos irmãos Hugo, João e José Guilherme Savassi, a Padaria e Confeitaria Savassi já nasceu inovan-do ao oferecer a seus clientes um salão de chá e uma sorveteria. Durante quase 40 anos reinou soberana no ponto de convergência do bairro, a praça Diogo de Vasconcelos, incrustada no cruza-mento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo. Pois foi em torno da praça da Savassi, como é popularmente conhecida que, com nítida inspiração no bairro carioca de Ipanema, o comércio belorizontino assumiu ares sofisticados, mediante a proliferação de butiques, ba-res, restaurantes, lanchonetes e lojas de serviços, substituindo as residências das famílias tradicionais. Símbolo de van-guarda, moda, consumo e status, fre-qüentada pelas classes sociais de maior

poder aquisitivo que transformaram a região em point de encontro obrigatório, acabou tragando a padaria que não re-sistiu aos tempos modernos e cerrou as portas em 1977, embora ainda funcione em outro endereço discreto do bairro.

Naquele instante, os primeiros reben-tos da Fiat Automóveis lançados no ano anterior, já trafegavam por suas ruas, consolidando um novo estágio da eco-nomia mineira e iniciando um processo de duradoura convivência, o que inclui uma outra leva de italianos que aporta-ram na cidade para dar conta da tare-fa. Uma missão que contou com alguns pioneiros até a concretização da emprei-tada e a fabricação do primeiro modelo, o 147. Precursor da squadra, Valentino Rizzioli, atual vice-presidente do Grupo Fiat no Brasil, chegou às terras monta-nhesas em 1969, escolhido para coor-denar a montagem da primeira unidade industrial da empresa no país, destina-da à fabricação de tratores, nos antigos galpões em Contagem da Deutz Minas Gerais SA (Demisa), concorrente direta que adquirira à reboque de uma robusta venda de 300 deles ao governo mineiro. Posta em atividade dois anos depois, a Fiat Tratores e Máquinas Rodoviárias que depois se tornaria Fiat Allis e, ainda hoje, em operação no mesmo lugar, in-corporada à divisão Case New Holland, se tornaria a âncora do ingresso definiti-vo do conglomerado no Brasil.

Italiano de Calto, província do Vê-neto, Valentino e sua trajetória ilustram bem o perfil do segundo fluxo migra-tório. Quando, aos 27 anos, o jovem engenheiro desembarcou na capital a bordo de um modelo importado da companhia e acompanhado da mu-lher Silvana, se deu conta de que não conseguia entender uma só palavra do linguajar nativo, apesar do período de prévia aclimatação em São Paulo jun-to com funcionários da subsidiária do grupo lá instalada, facilitado pela forte presença italiana na cidade. Ao chegar, deparou-se, não raro, com a afirmação, “Ah, você está montando uma nova fá-

brica de fósforos”, fruto da confusão e associação envolvendo a tradicional in-dústria do setor, Fiat Lux.

Mas a sensação de corpo estranho logo se dissiparia, cedendo lugar a uma rápida aclimatação, “em razão da aco-lhida fraternal da população, desmistifi-cando a fama de arredio dos mineiros”. Para o que ele esboça uma teoria, a da “similitude com o temperamento dos piemonteses”, maioria esmagadora en-tre os representantes da península nos tempos recentes, basicamente vindos do norte e, desde sempre, “também envol-tos por uma topografia montanhosa”, encimada pelos Alpes.

Definitivamente incorporados aos vales e montes locais, Valentino, que também acumula a presidência da Case New Holland, e Silvana (“a mais bra-sileira das italianas”), coordenadora do Centro de Competências da Fiat no Brasil, sentem-se orgulhosos por terem sido homenageados pelos mineiros. Em 2007, Valentino recebeu o título de cida-dão honorário de Minas Gerais. Um ano antes, Silvana foi condecorada com o título de cidadã honorária de Belo Ho-rizonte. Eles integram um contingente de imigrantes que tiveram sua influên-

cia relativizada, em termos de hábitos e comportamentos, dada a concentração de seus membros na atividade indus-trial e diluída pela coincidência com o período de maiores taxas de crescimento demográfico de BH. Mesmo sem a hete-rogeneidade étnica e o ecletismo de in-teresses, contribuíram de forma decisiva para o novo ciclo de desenvolvimento observado no Estado após a implanta-ção da montadora.

Como uma grande famiglia, Gia-nettis, Antoninis, Falcis, Boschis, Pie-rucettis, Gagliardis, Scariollis, Chiaris, Ferrettis, Lambertuccis, Malletas, Paces, Vanuccis, Gazzinellis, Picionis, Biadis, Fantinis, Pirollis, Bonomis, Pelusos, Natalis, Piacenzas, Grossos, Picionis, Noces, Impellizieris, Pazzinis, De Paolis, Lapertosas e tantos outros oriundi ou descendentes continuam levando a cha-ma adiante, numa fraternal convivência e miscigenação racial, de algum modo imbuídos pela mesma crença de seus antepassados que convergiram para as austeras montanhas de ferro em épocas distintas, na busca de um novo mundo repleto de esperanças e oportunidades para uma vida melhor. E nelas permane-ceram para sempre.

Agradecimentos: Fotos cedidas pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)

Padaria e Confeitaria

Savassi oferecia aos clientes

salão de chá e sorveteria;

hoje, dá nome ao bairro elegante

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o chef Memmo Biadi é uma re-ferência: seu nome traz à me-mória os aromas, sabores e a

história de um dos mais nobres e tra-dicionais restaurantes de Belo Hori-zonte, o Dona Derna, além da própria presença italiana na formação cultu-ral de Minas Gerais.

A família do pai, Enrico, oriunda da região da Toscana, deixou a Itália rumo ao Brasil para fazer a vida como fazendeiros no norte de Minas Gerais. O lado materno já tinha raízes fixadas em solo brasileiro: Derna era filha das famílias imigrantes Bugiane e Polac-ci e nascida na capital mineira. Mas, ainda na infância, com apenas dois

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IL

o mais tradicional chefitaliano de Belo HorizonteEle começou quando tinha apenas 19 anos, ajudando a mãe, Dona Derna, no restaurante Fontana di Trevi, na capital mineira. Hoje, aos 69, o chef Memmo Biadi comemora 50 anos de tradicional cozinha italiana e já planeja um futuro mais tranquilo, dividindo o tempo entre a culinária, os mosaicos, a caça e a pesca.

por rÚBiA PiAnCASTelli

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anos, Derna mudou-se para a Itália para acompanhar a mãe em tratamen-to da saúde debilitada. A mãe faleceu muito cedo e a menina foi criada pelos avós, com estreita e viva ligação com a tradicional culinária italiana. “Meus avós tinham um restaurante próximo a Pistoia, na Toscana. Assim, minha mãe viveu desde pequena dentro de uma cantina italiana, numa época di-fícil, o final da primeira Guerra Mun-dial”, relata Memmo Biadi. O restau-rante da família foi uma lição de como fazer maravilhas com poucos recursos e ingredientes. “Assim é a cozinha tra-dicional: criativa e bem feita a partir de elementos básicos”, diz o chef. Pe-las mãos de Derna, tradições centená-rias acumularam-se, para serem trazi-das e traduzidas para as montanhas deste lado do Atlântico.

Enrico e Derna se casaram em 1937 em Florença, na Itália. Em 1955 vieram para o Brasil e seguiram para uma fa-zenda em Pequi, no norte mineiro, onde Enrico foi trabalhar como engenheiro agrônomo. Algum tempo depois, Derna estava de volta à Belo Horizonte natal e encarregava-se com afinco da cozinha, abrindo as portas da casa para os ami-gos nas ocasiões festivas. Seus talen-tos foram ganhando fama e os amigos Giuseppe e Sara Signoretti sugeriram à matriarca, agora Dona Derna, a abertu-

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Após 50 anosde cozinha,Memmodedica-se aescrever umlivro sobre ahistória dafamília e dorestaurante

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8� MUNDoFiAT 8�

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IL ra de um restaurante. Apostavam tanto na ideia que ajudaram com um empréstimo e viabilizaram a inauguração do Fontana di Trevi, em 1960, na avenida Amazonas, em Belo Horizonte.

Memmo lembra-se com emoção do episódio, como uma celebração à amiza-de e lealdade. “O que o Signoretti fez foi uma coisa muito bonita, que hoje pouco se vê. Ele apostou no sucesso e estava certo: em um ano, pagamos o emprésti-mo”, conta, com orgulho. E a clientela, surpreendida por generosas combinações de massas e molhos e uma rica variedade de carnes e frutos do mar, aprovou com louvor o primeiro restaurante de alta co-zinha italiana da cidade.

A casa funcionou por onze anos na avenida Amazonas. Em 1971, mudou de nome e de endereço. “Ninguém ia ao Fon-tana di Trevi. Todos iam comer as espe-cialidades da Dona Derna. Assim, batiza-mos a nova casa com seu nome”, recorda Memmo. A nova localização também foi estratégica, na rua Tomé de Souza, exata-mente atrás do Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, e junto às regiões charmosas da Savassi e Funcionários.

Pelas mesas ungidas pela criatividade de Dona Derna e do filho Memmo passa-vam amigos e frequentadores fiéis, como Juscelino Kubitschek, Milton Campos, Tan-credo Neves, Aureliano Chaves, Magalhães

donA dernA reSTAurAnTe

rua Tomé de Souza, 1343 – Savassi – Belo Horizonte

Fone: (31) 3223-6954

MeMMo PASTA & PizzA

rua Tomé de Souza, 1331 – Savassi – Belo Horizonte

Fone: (31) 3282-4992

Pinto e Rondon Pacheco. Memmo recorda detalhes: “Doutor Tancredo almoçava pelo menos duas vezes por semana no Dona Derna, às vezes acompanhado do neto, Aécio. Israel Pinheiro e a esposa, Dona Co-racy, vinham às sextas, para comer a sopa de peixe ou então uma bisteca”.

Com o passar do tempo, o restauran-te mudou de lado na rua e ganhou com-panhia. Agora, funcionam em endereços contíguos o Memmo Pasta & Pizza e o Dona Derna Restaurante.

de PAi PArA FilhoSMemmo e Dona Derna não frequenta-

ram uma escola formal de culinária, mas, como é comum a grandes chefs italianos, aprenderam as técnicas e segredos da co-zinha em família, convivendo com as tra-dições e, principalmente, cozinhando e co-zinhando. Isto não significa descuidar da formação e do aprendizado. “Quando era viva, a mamma ia muito à Itália para ver o que havia de novo nos restaurantes. De-pois que ela se foi, eu passei a viajar mais, frequentando cursos e visitando amigos e os restaurantes”, conta. O chef confessa seu apreço pela cozinha e técnicas fran-cesas, por seu requinte e bom gosto, mas ressalta que gosta mesmo é da culinária vinculada às suas raízes.

Além dele, dois primos também estão no ramo gastronômico, ambos em Pis-

toia. Já os filhos de Memmo, Paola e En-rico, que desde cedo acompanham o pai na maratona diária de trabalho – cerca de 14 horas por dia entre cozinha e me-sas – foram contemplados com um curso em uma das melhores escolas internacio-nais, a Cordon Bleu de Florença. “Quan-do eles eram jovens, antes de entrarem na faculdade, disse-lhes que tinham que estudar de qualquer jeito, mas perguntei o que realmente queriam fazer. Acho que eles combinaram e me responderam que queriam continuar com o restaurante”, relembra Memmo Biadi. Vendo a disposi-ção dos filhos, Memmo decidiu que a me-lhor escola não era a de casa – “porque santo de casa não faz milagre” – e provi-denciou a temporada na Itália. Pai e fi-lhos trabalharam juntos de 1995 a 2001 no restaurante Vecchio Sogno, até que Memmo deixasse a casa sob o comando exclusivo do sócio e chef renomado Ivo Faria. Atualmente, o caçula Enrico traba-lha no restaurante da família, enquanto Paola mora em Santa Catarina com o ma-rido (o sommelier Guilherme Correia) e o filho Bruno, único neto de Memmo.

de volTA A velhAS PAixõeSDepois de 50 anos de cozinha, Mem-

mo Biadi resolveu escrever um livro so-bre a história da família e do restaurante, revelando o segredo de receitas que são

verdadeiras relíquias italianas. O livro tem lançamento programado para maio de 2010, mês de aniversário da casa. De-pois do livro e do cinquentenário, só fica faltando a Memmo a tão ansiada vida mais tranquila, com mais tempo para novas e antigas paixões.

Entre as paixões antigas estão as pes-carias e caçadas, a arte da escultura em cerâmica e a produção de painéis em mo-saico. “Eu gosto de fazer meus painéis e esculturas. Fiz isso durante anos. Ainda tem obras minhas na Igreja Nossa Senho-ra do Carmo, na sede da Polícia Militar em Barbacena (MG) e em várias residências de Belo Horizonte”, diz Memmo.

Se depender dos amigos, porém, as paixões ainda vão ter que esperar e mui-ta água vai correr antes que o chef troque o ritmo quente da cozinha pelas margens plácidas dos rios e córregos do interior de Minas Gerais.

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MUNDoFiAT

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Sr. Biadi (em pé),

marido de Dona Derna,

conversa com o

governador José de

Magalhães Pinto

Da esquerda para a direita: sra. Anversa, Dona Derna, Sergio Palmucci, diretor da Fiat de Turim, e Waldemar Anversa, da Fiat do Brasil

Page 44: Revista Mundo Fiat - 101

MUNDoFiAT86 MUNDoFiAT 87

Uma grande fila se formou na cal-çada da Avenida José do Patrocí-nio, no bairro Cidade Baixa, em

Porto Alegre, no final de tarde da quin-ta-feira, 4 de março. Dezenas de pesso-as esperavam ansiosamente o início da primeira edição do Encontros com o Pro-fessor 2010, que estreou com um queri-do filho da terra: o violonista Yamandu Costa, um dos maiores instrumentistas do Brasil. Apoiado em seu violão de sete

CuLT

uRA Encontros que

resgatam fatos e nomesComandado pelo jornalista ruy Carlos ostermann em porto Alegre, projeto Encontros com o professor revela, em conversas animadas, a face humana de personalidades brasileiras.

por CArol loPeS E PAolA Coelho

Yanel, além de falar sobre episódios im-portantes, como a gravação do primeiro CD em parceria (2000), surpreendeu ao revelar um momento de intimidade da dupla. “Meu pai tinha um monte de li-vros em casa e nós – eu e o Lucio – está-vamos sem dinheiro. Pegamos um saco, enchemos de livros e fomos para a Rua da Praia [no Centro de Porto Alegre] ven-der. Vendemos livros por duas horas. De-pois pegamos o dinheiro e fizemos uma churrascada!”, disse Yamandu, levando a plateia às gargalhadas.

Esse relato exemplifica uma das sin-gularidades do Encontros: é a partir de momentos assim, dessas pequenas e grandes histórias, as quais revelam mais sobre o ser humano por trás do artista (e vice-versa), que se constroem as entre-vistas. A cada edição, um olhar diferente, um ângulo inusitado que resulta das pro-vocações de Ostermann que, do alto dos seus 52 anos de carreira, conduz as con-versas com maestria. “O Ruy é capaz de descobrir transcendência na coisa mais trivial, na coisa mais prosaica. Isso é a marca do grande, talvez do maior de to-dos os entrevistadores brasileiros”, des-taca Sergius Gonzaga, secretário munici-pal da Cultura de Porto Alegre e assíduo ao evento.

O público também é instado a par-ticipar, fazendo com que a proximidade ganhe um elemento adicional que, soma-do à gratuidade, faz do Encontros com o Professor, que tem patrocínio da Fiat Au-tomóveis, uma iniciativa ímpar na cena cultural gaúcha. Porém, o maior diferen-cial é, sem dúvida, a qualidade dos con-vidados. Em seis anos de existência, o projeto contabiliza dezenas de conversas com agitadores e criadores culturais, que não necessariamente figuram na pauta de veículos de comunicação de massa, mas que apresentam uma contribuição de absoluta relevância para a cultura re-gional e nacional.

Além de valorizar a produção cultu-ral e contribuir para um resgate de fatos e nomes, o projeto tem o compromisso com a preservação dessa memória por

cordas, diante de uma plateia hipnotiza-da e de um entrevistador com a tarim-ba do jornalista Ruy Carlos Ostermann, Yamandu parecia estar, nas palavras da esposa Elodie Bouny, “na sala de casa, entre amigos”.

À vontade, o instrumentista não se fez de rogado: falou sobre vida, carreira e paixões, mostrando uma faceta pouco conhecida do público. Ao abordar a sua relação com o músico – e mestre – Lucio meio de uma série de livros. Produzidos

a partir dos registros em áudio dos even-tos realizados na capital e no interior do Rio Grande do Sul, os livros trazem uma edição das entrevistas, ampliando a sua disseminação e formando, no conjunto, um retrato do panorama artístico e inte-lectual brasileiro. Em maio, antes de via-jar para a Copa do Mundo da África do Sul, a 12ª de sua carreira como comen-tarista, Ostermann e os entrevistados de 2009 lançam o quinto livro Encontros com o Professor – Cultura Brasileira em Entrevista.

o que veM Por AíEm 2010, passaram pelo evento no-

mes como Yamandu Costa, o jornalista Mino Carta, o diretor de teatro Júlio Con-te e o fotógrafo Luiz Carlos Felizardo. Já estão confirmadas, ainda para o primeiro semestre, entrevistas com o professor Do-naldo Schüller (29 de abril) e a cineasta Ana Luiza Azevedo (6 de maio), além de eventos itinerantes em Canoas (22 de abril) e Bento Gonçalves (13 de maio).

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Projeto contabiliza dezenas de conversas com agitadores e criadores culturais Violonista

Yamandu Costa falou sobre sua vida, carreira e

paixões

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MUNDoFiAT 89

ARTIg

O

Se você está com 60 anos, tenha cuidado ao contar para a rapazia-da de agora como era o Brasil de

sua juventude: suas histórias de 1970 estão para o garoto ou garota que têm hoje 20 anos como os casos de 1930 estavam para você, quando tinha a mesma idade que eles têm agora.

Quando meu pai me contava dos tiroteios da Revolução de 30, que ele viveu aos 17 anos, eu o imaginava contemporâneo de Fernão Dias Pais ou Pedro Álvares Cabral. Tudo o que acontece antes de nossa tomada de consciência é História com H maiúscu-lo, fazendo com que a Guerra do Viet-nã e a Batalha de Aljubarrota, apesar de separados uma da outra por cerca de 600 anos, fiquem no mesmo arqui-vo de referência remota e impessoal do cérebro de uma pessoa que esteja na casa dos 20, 30, ou, até, dos 40.

Dito isso a título de ressalva e, acreditando que a média etária dos leitores de MSG esteja em torno dos 30 anos, falo de um passado que para mim não é apenas um retrato na pa-rede, o de um tempo em que o Brasil estava muito mais perto de ser um só Brasil do que o Brasil de hoje está. Há cerca de 40, 50 anos, os Brasis esta-vam em uma trajetória de convergên-cia para um Brasil. Os movimentos populares e o mundo acadêmico-es-tudantil começaram a dar-se as mãos, apesar de muitos equívocos, bobagens e mal-entendidos. Não éramos uma única tribo, ainda não, mas havia um entendimento, um afeto, mais do que tudo havia uma sincera e genero-sa vontade de sermos um, havia um nheengatu de sensibilidade que apro-ximava as linguagens.

Esse tempo acabou e não há Proust que o traga de volta, mas é assustador ver a impassibilidade com que aceita-mos a crescente fragmentação social e cultural de nosso país, onde casa-

grande e senzala se transmudam em shopping-center e o resto.

Talvez haja quem possa legiti-mamente se eximir de responsabili-dade, não sei, mas o que sei é que nós, agentes dos processos de ação cultural, não podemos fazê-lo, seja porque – ao menos supostamente – conhecemos a nossa realidade, seja porque dispomos de meios poderosos para contribuir para a busca de uma nova convergência.

Nesse sentido, privilegiar ações educativas de amplo acesso público em todas as manifestações culturais é o mínimo. Trazer para nossas ofi-cinas, galerias e salas de espetáculo um corte vertical de nossa sociedade é básico. Fazer economia para ofere-cer gratuidade é lúcido. Escolher ati-vidades que conciliem alta qualidade artística e amplo espectro de público é inteligente. Encher a casa com o povão, o nosso povão, é exercício de cidadania.

É emocionante participar, ou mes-mo observar, a evolução de um pro-grama de parceria com as redes públi-cas estaduais e municipais de ensino fundamental em torno de um projeto educacional ligado a uma exposição de relevo, em que a adoção de uma abordagem transversal e multidisci-plinar leva para o dia a dia da sala de aula a reflexão criativa do aluno. A menina e o menino chegam à galeria sentindo-se os donos de tudo aquilo, pois conhecem os fundamentos do que é exibido; não são observadores passivos, pois aquele universo de arte faz parte de seu mundo de co-nhecimento.

Há muitas outras formas de se por a cultura a serviço do encontro de um Brasil com outros Brasis. O que não se pode é confundir, maliciosa e pregui-çosamente, diversidade cultural com apartheid.

Um país, só um

José Eduardo de Lima Pereira é presidente da Casa Fiat de Cultura. Artigo publicado na edição de número 4 (abril de 2010) da revista MSG, uma publicação da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje)

88 MUNDoFiAT

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CuLT

uRAExposição de Chagall

bate recorde de públicoobras do artista foram vistas por 143 mil pessoas em Belo Horizonte, rio de Janeiro e São paulo.

por JuliAnA AndrAde

A exposição de Marc Chagall foi vista por mais de 143 mil pes-soas no Brasil. Em São Pau-

lo, mais de 60 mil visitantes estive-ram no Museu de Arte de São Paulo (MASP), para apreciar uma seleção de 178 gravuras criadas entre os anos 1920 e 1950.

A primeira etapa da exposição O Mundo Mágico de Marc Chagall – O Sonho e a Vida ocorreu na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, onde foram apresentadas gravuras, telas e esculturas do surrealista bielorrusso. Em seguida, o Museu Nacional de Be-las Artes, no Rio, recebeu uma versão mais compacta. Integrante da progra-mação do Ano da França no Brasil, a exposição – que ao todo reuniu 330 obras, entre pinturas, guaches, escul-turas e gravuras – foi uma das maio-res do artista no mundo, realizada pela Casa Fiat de Cultura em parceria com a Base 7.

“Essa é a primeira exposição do Chagall no Brasil depois de mais de 50 anos. O público dessa geração não conhecia de perto o trabalho dele”, afirma o curador Fabio Magalhães, que acompanhou a exposição nas três capitais. A última vez que as obras estiveram no país foi em 1957, na IV Bienal de São Paulo.

A exposição ficou em cartaz du-rante seis meses com obras vindas da Rússia, Itália, França e algumas do

Enlèvement de Chloé (Rapto

de Cloé), 1961. litografia em

cores sobre papel. Coleção particular,

França

próprio Brasil, pertencentes a coleções privadas, nunca vistas antes.

“Esta exposição de Chagall, a maior reunião de trabalhos do pin-tor já realizada no Brasil, revela a incessante busca da Casa Fiat de Cultura por aproximar o público da grande arte realizada no mun-do”, ressalta José Eduardo de Lima Pereira, presidente da Casa Fiat de Cultura.

Belo horizonte: 58 mil visitantes

rio de Janeiro: 21 mil visitantes

São Paulo: 64 mil visitantes

CHAGALL PELO BRASIL

ignácio Costa

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PRÊm

IO Comau entre as melhorespráticas da gestão de projetosGerenciamento de projetos da Comau para fornecimento de linhas de montagem para a FpT – powertrain Technologies fica entre os destaques do prêmio projeto do Ano, promovido pela revista Mundo PM em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

por BiAnCA AlveS e WAgner ConChA

Um fato curioso – e que é motivo de orgulho para a equipe da Comau do Brasil – é que o projeto do Fire 2 foi totalmente gerenciado em solo nacional. Há dez anos, o projeto das linhas de montagem de moto-res, fornecidas pela Comau para a fábrica Fire 1 da FPT, foi implementado com toda a infraestrutura vinda da Comau S.p.A., da Itália. “Na época, fomos coadjuvantes da história. Em 2009, a história mudou e a própria estrutura brasileira da Comau gerenciou o projeto. Para realizarmos no prazo, tivemos que envolver as estruturas argentina e italiana, mas o gerenciamento foi nosso”, frisa Alejandro Solis, superin-tendente da Comau Mercosul.

Atualmente, dois terços do conjunto que forma o motor fabricado pela FPT, no Fire 2, passam pela estrutura fornecida pela Comau. De acordo com Cesário, ge-renciar um projeto com essa magnitude tornou-se um “divisor de águas” para a Comau do Brasil. “Devido à importância desse trabalho, incluindo volume e custo, foi necessário aplicar um gerenciamento modelo, utilizando as melhores práticas”, explica. Sendo assim, estar entre as melho-res empresas de Gerenciamento de Projetos no país é um diferencial competitivo para a Comau. “Muitos de nossos concorrentes ainda não possuem esse reconhecimento, o que significa afirmação da empresa no mercado e referência para os nossos clien-tes”, completa Alejandro Solis.

Na avaliação de Agnaldo Costa, geren-te de Engenharia de Manufatura da FPT, o

Projeto foi totalmente gerenciado

pela Comau do Brasil

Mais aquecida do que nunca, mesmo em ano de crise in-ternacional, a indústria au-

tomobilística nacional não só bateu recordes de vendas como foi um dos setores que mais investiu em pesqui-sa e desenvolvimento de novos pro-jetos. No complexo industrial da FPT – Powertrain Technologies em Betim (MG), a Comau concluiu, em 2009, o projeto de fornecimento de três linhas automatizadas de montagem, uma de cabeçotes e outras duas do short-blo-ck (bloco motor montado com pistões, bielas, cárter e virabrequim) e long-block (motor fechado e componentes externos) para a nova fábrica: o Fire 2. O projeto foi escolhido o terceiro melhor do país pela revista Mundo

PM – Project Management, especiali-zada em Gerenciamento de Projetos e que promove anualmente, em parce-ria com a Fundação Getúlio Vargas, o Prêmio Projeto do Ano.

A publicação valoriza as melhores práticas de Gerenciamento de Projetos, definidas em nove áreas de conheci-mento, que vão do planejamento ao encerramento, passando pela execução e monitoramento. Uma das condições para participar é ter ao menos 70% do projeto realizado em um mesmo ano. Dezenas de projetos foram selecio-nados, sob critérios rigorosíssimos. Concorreram ao prêmio importantes empresas, como Chemtech, Petrobras, Samarco e Vale.

Com 11 anos de Comau e 15 atuan-do no Grupo Fiat, Delmer Aguiar Cesá-rio, engenheiro mecânico e responsável de Projetos da Comau, esteve à frente do projeto desenvolvido pela Comau para o Fire 2. “A Comau investe muito na área de Gerenciamento de Projetos e tem como referência a metodologia do PMI (Project Management Institute)”, aponta. “A transparência do gerencia-mento foi um dos diferenciais no pro-jeto desenvolvido para o Fire 2, pois tudo foi previamente acordado com a FPT. A gestão de escopo foi minuciosa e qualquer mudança de planos conta-bilizada. As mudanças de cronograma e no valor foram informadas ao cliente desde o início do trabalho”.

gerenciamento do projeto foi fundamental para a medição e avaliação dos pontos de riscos, além de auxiliar no planejamento e compartilhamento das estratégias para o cumprimento do cronograma. “Aliados com todas as técnicas de gestão de pro-jetos, um ponto relevante está na atitu-de do gestor das linhas de montagem do Fire 2, que ouviu o cliente, aprendeu com os erros e soube reconhecê-los. Isso fez com que o objetivo fosse alcançado com mérito”, afirma. Costa lembra que o reco-nhecimento em nível nacional da Comau mostra que o Grupo Fiat está se fortale-cendo cada vez mais no gerenciamento de projetos. “Isso prova que estamos mais preparados em lidar com as mudanças do mercado e as exigências do mundo globa-lizado, que preza pela melhor utilização dos recursos e a maximização dos resul-tados”, ressalta.

Para Osmar Zózimo, editor-executi-vo da revista Mundo PM e organizador do Prêmio Projeto do Ano, a Comau se destacou pelo controle e qualidade na condução do projeto executado na FPT, aplicando métodos eficientes e modernos de gestão. “A principal questão avaliada foi o projeto ser considerado como vital para o fortalecimento das empresas no mercado”, destaca. “As iniciativas or-ganizacionais têm dado importância à competitividade e a Comau aplicou isso com bastante eficiência nos processos de controle e gestão, levando-a a alcançar resultados bem expressivos.”

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Delmer Cesário, responsável de Projetos da Comau, recebe o prêmio

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MUNDoFiAT MUNDoFiAT 9�

ColeToreS TuBulAreS FABriCAdoS nA ArgenTinA

nos próximos meses, a divisão escapamentos da Magneti Marelli inicia a produção do cole-tor tubular com catalisador integrado em sua fábrica em Córdoba, na Argentina. no Brasil, o produto já é produzido na unidade de Amparo (SP), para atender o mercado local e também o argentino. Com o aumento da demanda na-cional, a Magneti Marelli optou por iniciar a fabricação do coletor tubular em Córdoba, ge-rando assim capacidade na planta de Amparo. “Passar a produzir na Argentina foi um traba-lho realizado com sucesso em parceria com Fiat”, afirma Caetano zafra, responsável pela divisão do Mercosul. o investimento inicial foi de � milhões de pesos argentinos e os coleto-res fabricados na Argentina serão inicialmente fornecidos às versões 1.0 e 1.� dos modelos Fiat Palio e Fiat Siena. A divisão escapamentos de Córdoba fornece sistemas de escapamen-tos para Fiat Auto Argentina, general Motors e FPT – Powertrain Technologies e exporta 11 mil silenciadores por mês para o Brasil.

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CASe ih AdvAnCedShoW no uruguAi

Mais de 600 pessoas participaram do Case ih Advanced Show, realizado em dolores, no uruguai. Com a colaboração do distribuidor local Corporación de Maquinaria, foi apre-sentada a colheitadeira Axial-Flow 7088, com demonstrações em campo e test drive. Tam-bém foram exibidas as colheitadeitas Axial-Flow 8120, 2�99 e 2�88; a colhedora de cana A�000; os tratores Farmall 9� e Farmall u 10�; Maxxum 1��, 1�0, 17� e 180; Magnum 220, 2�0, 2��, 27� e �0�; a pulverizadora Patriot �0� e a plantadeira Sdx�0.

FoToJornAliSMo PerCorre A ArgenTinA

A mostra itinerante do �º Prêmio new holland de Fotojornalismo continua percorrendo a Argen-tina. depois de Buenos Aires, o segundo destino é a cidade de San Miguel de Tucumán, onde a mostra está exposta no Colégio de graduados em Ciências eco-nômicas. A exposição vai percor-rer mais de 27 cidades da Argen-tina e do Brasil. Mais de 1,� mil fotografias que mostram a ativi-dade agrícola argentina e brasi-leira participaram do prêmio.

ExPOAGRO 2010

novidAde e hiSTóriA

A Case ih apresentou suas novidades na expoagro 2010, uma das feiras agrícolas mais importantes da Argentina. Com um estande de 2,1 mil metros quadrados, foi lançado o trator Maxxum 12�, com mo-tor de 6,7 litros de cilindrada. A marca fez os pré-lançamentos da linha de tra-tores Puma e da colheitadeira Axial-Flow 7088. Pela primeira vez a Case ih expôs na expoagro a colheitadeira Axial-Flow 8120. A Case ih também apresentou uma trilhadora 22x�6, fabricada entre 1920 e 19��. Alimentado por um trator Case lA de 19�7, a trilhadora fez uma demons-tração para o público. Foram exibidos, ainda, um trator Case 10-18, de 1918, e um trator Farmall da international harvest de 192�. A expoagro 2010 recebeu 100 mil pessoas e teve as presenças do Ceo mundial da Case ih, Andreas Klauser, e do

diretor geral para América latina, Sérgio Ferreira.

grAnde PreSenÇA

A new holland Agriculture apresentou suas novidades em tratores e toda sua linha produtos na expoagro 2010, na Argentina. os protagonistas foram os tratores T80�0 (�2� cavalos), os de baixa potência TT�0�0 Standard (7� cavalos) e o T�000F, especialmente desenhado para produtores frutohortícolas. A marca promoveu demonstrações da sua colhei-tadeira axial Cr9060, a única com duplo rotor do mercado argentino. o estan-de da new holland Agriculture recebeu mais de mil visitas diárias de produtores e foram realizados mais de 120 contatos efetivos. o espaço também teve a partici-pação dos integrantes da expedição Co-lheita, um grupo de engenheiros agrônomos e jornalistas especializados brasileiros. eles já visitaram estados unidos, Brasil, Paraguai e Argentina para colherem dados de produção e produzir estudos comparativos.

STrAdA AdvenTure doBle CABinA no Chile

o Fiat Strada Adventure doble Cabina foi lan-çado em abril no Chile, no hotel grand hyatt de Santiago, e vai revolucionar o mercado de caminhonetes compactas no Chile, com sua inovadora configuração de quatro lugares. A picape chamou a atenção dos convidados gra-ças a seu design e equipamentos. vendedores conheceram os detalhes comerciais e técnicos do veículo e participaram de uma competição. Jornalistas da imprensa local também viveram uma experiência similar com a nova Strada Ad-venture doble Cabina.

MUNDoFiAT MUNDoFiAT 9�92

divulgação Cnh

divulgação Cnh

divulgação Fiat

Page 48: Revista Mundo Fiat - 101

MUNDoFiAT9� MUNDoFiAT 9�

NOTA

s

ESCLARECImENTO

o Centro de logística e distribuição de

Peças – Cd integrado Cnh/iveco, citado

na edição 100 de Mundo Fiat, é o maior

da América latina especificamente entre

as instalações congêneres da Case new

holland na região.

AMBulÂnCiAS FiAT duCAdo enTregueS

Ao governo FederAl

o governo Federal entregou em março 6�0 ambulâncias Fiat du-cato a estados e municípios de todo o país. os veículos vão atuar no Serviço de Atendimento Mó-vel de urgência (SAMu). Trata-se da primeira remessa de um total de 1,1 mil veículos vendidos pela Fiat ao Ministério da Saúde. nas próximas remessas o Ministério distribuirá veículos de Suporte Avançado de visa, conhecidos como uTi Móvel. Todas as ambu-lâncias são de suporte básico de vida e possuem maca com cabe-ceira articulada e pés dobráveis, cilindro de oxigênio, suporte para soro e sangue e bancada para medicamentos e equipamentos médicos.

ConCurSo de redAÇão eM iTAliAno

estudantes do idioma italiano, matriculados no ano letivo de 2010 em instituições de ensino reconhecidas pelo governo italiano podem participar de concurso de redação promovido pela escola edulingua. os alunos devem ser residentes no Brasil e ter idade mínima de 18 anos. os vencedores receberão uma bolsa integral para um período de quatro semanas de férias de estudos na escola edulingua. Mais informações sobre o edital no site: www.edulingua.it.

PArCeriA no MoToCiCliSMo

A Fiat volta a patrocinar a Yamaha no campeo-nato mundial de motociclismo. A equipe Fiat Ya-maha conta na temporada 2010 com os pilotos valentino rossi (acima) e Jorge lorenzo (abaixo). A parceria inovadora vai criar uma plataforma integrada de comunicação, marketing, relações públicas, publicidade e web 2.0, que será usada nas estratégias de posicionamento de marca. o patrocínio global permitirá à Fiat realizar campa-nhas de comunicação nos países que recebem as etapas da MotogP, como a hungria, um merca-do-chave para a presença da Fiat na europa.

viSiTA de AlunoS

A Fundação Torino recebeu em março a visita de 2� alunos italia-nos, que vieram ao país conhecer a arquitetura brasileira, com des-taque para obras de oscar neie-meyer. os estudantes estão no último ano do ensino Médio/Téc-nico de “geômetra”, curso que só existe na itália e se assemelha ao curso técnico em edificações, com matérias sobre projeto civil, estru-turas, análise de terreno e valori-zação de bens (imóveis). eles vi-sitaram obras e pontos turísticos em Brasília, Belo horizonte, Foz do iguaçu e rio de Janeiro.

eSTrATÉgiA de MArKeTing venCedorA

o playlist Feelgood do Fiat �00 C venceu a categoria Participação da Comunidade do prêmio Mediaguardian innovation Awards, promovido pelo jornal inglês the guardian. no playlist os amantes da música selecionam suas faixas favoritas, que ser compartilhadas e ou-vidas por outras pessoas. A estratégia de ma-rketing foi desenvolvida pela Fiat em parceria com a agência digital AKqA, a Mediaedge:cia e o portal musical Spotify.

�00 Mil unidAdeS ProduzidAS

o Fiat �00 alcançou a marca de �00 mil unida-des produzidas. o feito ocorreu na unidade da Fiat em Tychy, na Polônia, onde o city car é fa-bricado. objeto de desejo em todo o mundo, o Cinquecento é vendido em 8� países e cerca de 80% das vendas são das versões Sport e lounge, que contam com a tecnologia Blue&Me de série. Com �0 prêmios internacionais, o Fiat �00 con-quistou cinco estrelas no euronCAP.

PrêMio nACionAl de eduCAÇão

A Fundação Torino conquistou em março a categoria responsabilidade Social do Prêmio nacional de gestão educacional com o Projeto vias Turismo, realizado na comunidade de San-to Antônio do leite (Mg). Promovido pela Con-federação nacional dos estabelecimentos de ensino (ConFenen) e pela humus Consultoria, o prêmio busca incentivar e valorizar práticas eficazes de gestão educacional no Brasil.

exeCuTivo de vAlor

Pelo quarto ano consecutivo, o presidente do grupo Fiat para a América latina, Cledorvino Belini, foi eleito executivo de valor, na cate-goria veículos e Peças. realizada anualmen-te pelo diário valor econômico, a premiação elege, por meio de pesquisas feitas com hea-dhunters, 2� executivos dos principais setores da economia brasileira.Fo

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ção

Fiat

Page 49: Revista Mundo Fiat - 101

MUNDoFiAT 97MUNDoFiAT96

EDUCAÇÃO

www.fundacaotorino.com.breMPreSA: Fundação Torino

SERVIÇOS

eMPreSA: Fides Corretagens de Seguros

www.isvor.com.breMPreSA: Isvor Instituto para o Desenvolvimento organizacional

eMPreSA: Fiat revi

eMPreSA: Fiat Services

ASSISTÊNCIA SOCIAL

www.fundacaofiat.com.breMPreSA: Fundação Fiat

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

www.comau.com.breMPreSA: Comau do Brasil

SERVIÇOS FINANCEIROS

eMPreSA: Fiat Finanças

eMPreSA: Banco CNH Capital

eMPreSA: Banco Fidis

CULTURA

www.casafiatdecultura.com.breMPreSA: Casa Fiat de Cultura

MONTADORAS

www.fiat.com.breMPreSA: Fiat Automóveis

www.cnh.comeMPreSA: Case New Holland (CNH)

www.iveco.com.breMPreSA: Iveco Latin America

COMPONENTES

www.magnetimarelli.comeMPreSA: Magneti Marelli

www.fptpowertrain.comeMPreSA: FpT – powertrain

Technologies (Mercosul)

www.teksid.com.breMPreSA: Teksid do Brasil

RAIO

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eMPreSA: Fiat do Brasil S.A.A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do Grupo Fiat no Brasil. É a representante, no país, da Fiat SpA, a holding mundial do Fiat Group. A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autori-dades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do Grupo. No Brasil, o Grupo Fiat reúne 19 empresas, divisões, associações e fundações locali-zadas em três estados e com atuação no setor automotivo*, no setor de serviços e nas áreas de educação e cultura, constituindo-se no 11º grupo empresarial do país (2007), segundo a revista Valor Grandes Grupos (novembro de 2008). A receita líquida do Grupo Fiat no Brasil apresentou crescimento de 17% em 2008 em com-paração com o exercício anterior, ascendendo a r$ 30,3 bilhões.loCAlizAÇão: tem plantas industriais nos estados de Minas Gerais, paraná e São paulo.eMPreSAS, diviSõeS, ASSoCiAÇõeS e FundAÇõeS ligAdAS ou MAnTidAS Pelo gruPo FiAT no BrASil: Fiat Automóveis, Case New Holland (CNH), Iveco, FpT – powertrain Technologies, Magneti Marelli, Teksid do Brasil, Banco Fidis, Banco CNH Capital, Comau, Fiat Group purchasing/Fast Buyer, Fides Corretagens de Seguros, Fiat Finanças, Fiat revi, Fiat Services, Fundação Fiat, Isvor (Instituto de Desenvolvimento organizacional do Grupo Fiat), Casa Fiat de Cultura, Fundação Torino, além da Fiat do Brasil.PreSidenTe: Cledorvino BeliniPArA SABer MAiS: www.grupofiat.com.br

* Produção de veículos de passeio, comerciais leves, caminhões em todos os segmentos, microônibus, máquinas agrícolas, máquinas de construção, fundidos, motores, câmbios e componentes automotivos, automação industrial e projetos e serviços industriais

raio-X doGrupo Fiat no Brasil

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RIA Maior visão da área de trabalho

Trator Farmall A, da década de 1940, possui motor do lado esquerdo do assento do operador, pneus de borracha e transmissão de quatro velocidades.

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Depois de anos de desenvolvimento e vários protótipos, a Internatio-nal Harvester – marca que se uniu

à Case, criando a Case IH – lançou o tra-tor Farmall em 1924. Era o menor tra-tor multifunção e havia sido desenhado para concorrer com os tratores Fordson, da Ford Motors.

O Farmall foi o primeiro nos Estados Unidos a incorporar o desenho tipo trici-clo ou de bitola estreita no eixo diantei-ro, que pode ser usado em culturas altas, como algodão e milho. Havia apenas um modelo Farmall, mas quando se perce-beu que a fábrica não podia comportar a grande demanda, a International Har-vester criou modelos com mais potência e outras novidades para continuar com a marca Farmall.

por WAgner ConChA

Modelo Farmall A oferecia motores a gasolina ou querosene

Mais tarde, o primeiro Farmall ficou conhecido como “comum”, para se diferen-ciar do modelo posterior, denominado F-20, e que deu origem à série F (F-20, F-30, F-12, F-14). Todos os tratores estavam pinta-dos com a cor cinza “couraçado” até 1937, quando foi criada uma nova cor: o verme-lho “Farmall”. A série F durou até 1938, já que em 1939 foram lançadas as famosas séries das letras – A, B, BN, C, H, M e MD.

A International Harvester havia en-comendado ao designer Raymond Loewy um novo desenho para os tratores Far-mall, mais aerodinâmico e elegante. Pro-jetado para campos norte-americanos de tamanhos pequenos e médios, os novos Farmall ofereciam uma grande variedade de motores, características e opções de equipamento.

O Farmall A era o menor da série e ti-nha o mesmo motor que o seu anteces-sor. Entretanto, o novo desenho destinou o motor ao lado esquerdo do assento do operador, oferecendo uma extraordinária visão da área de trabalho. Essa caracterís-tica ficou conhecida como “Culti-Vision” e teve uma grande aceitação dos produ-tores. Além disso, vinha com pneus de borracha e transmissão de quatro veloci-dades. O conforto do operador aumentou com o estofamento, revestimento de espu-ma e montagem do assento sobre molas. O modelo A possui motores a gasolina ou querosene e é equipado com tomada de força e polia na parte traseira, em vez de ficar na lateral.

A Case IH expôs um trator Farmall A em seu estande durante a Expoagro, uma das maiores feiras agrícolas da Argentina. O evento foi realizado em março na loca-lidade de Baradero, província de Buenos Aires.

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