revista mundo fiat 110

43
Fiat Automóveis: 35 anos no Brasil New Holland lança 14 modelos Siga Bem premia caminhoneiro do ano Teksid inova na reutilização da areia do processo produtivo Comau abre portas no setor de logística Empresas do Grupo conquistam OHSAS Perfil: Roberto DaMatta CNH no basquete de Sorocaba Os vencedores do Baja 2011 Apaixonados pelos Alfa Romeo em Caxambu O homem que comprou um Novo Uno só com moedas Andragogia: Fiat investe na qualificação de adultos Iveco lança Programa Start A quinta edição do Mutações Casa Fiat de Cultura traz Roma Antiga ao Brasil REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASIL NÚMERO 110 - AGO/SET 2011 O melhor de dois mundos Fiat assume posição majoritária na Chrysler e lança no Brasil o primeiro produto desta parceria

Upload: juliana-garcia

Post on 13-Mar-2016

281 views

Category:

Documents


10 download

DESCRIPTION

Colaboração: chefe de reportagem e editora-executiva

TRANSCRIPT

Fiat Automóveis: 35 anos no Brasil • New Holland lança 14 modelos • Siga Bem premia caminhoneiro do ano • Teksid inova na reutilização da areia do processo produtivo • Comau abre portas no setor

de logística • Empresas do Grupo conquistam OHSAS • Perfil: Roberto DaMatta • CNH no basquete de Sorocaba • Os vencedores do Baja 2011 • Apaixonados pelos Alfa Romeo em Caxambu • O homem que

comprou um Novo Uno só com moedas • Andragogia: Fiat investe na qualificação de adultos • Iveco lança Programa Start • A quinta edição do Mutações • Casa Fiat de Cultura traz Roma Antiga ao Brasil

REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASILNúMERO 110 - AGO/SET 2011

O melhor de dois mundosFiat assume posição majoritária na Chrysler e

lança no Brasil o primeiro produto desta parceria

Aethra. 1974 2011AONDE

CHEGAMOS.

AETHRAS I S T E M A S A U T O M O T I V O S

T e c n o l o g i a d e v a n g u a r d a .Tecnolog ia de Vanguarda .

Se b

eber

, não

dir

ija.

FIAT. 35 ANOS DE HISTÓRIA MINEIRA.

Um sucesso tão antigo quanto a nossa parceria. Parabéns, fiaT! Estamos orgulhosos.

AD_35ANOS_MUNDOFIAT_35x25,5- OPCAO 2.indd 2 04.08.11 18:12:53

por Cledorvino Belini*

o cenário econômico global voltou a ser preocupante, devido à deterioração da percepção do esta-do real das economias da Europa e dos Estados Unidos. Está no ar o germe da recidiva da crise de 2008, com o agravante de que muitos dos instrumentos utilizados para superá-la, como o

aumento do endividamento público e das famílias para sustentar e estimular o consumo, não podem ser acionados novamente com a mesma intensidade e eficácia, porque esgotaram suas possibilidades.

Só o tempo permitirá a exata mensuração da extensão dos problemas que afetam principalmente os países mais desenvolvidos. Mais do que nunca, porém, é preciso lembrar que crise é sinônimo de oportunidade. Desde 2008, é cada vez mais visível a inclinação do eixo dinâmico da economia em direção aos países emergentes, sobretudo ao quarteto Brasil, Rússia, Índia e China, denominado Bric.

Há economistas que identificam elementos positivos para os emergentes no atual cenário de uma economia global transitando entre o morno e o frio. A contração do ritmo da atividade econômica reduz a pressão sobre os preços das commodities e, consequentemente, sobre a inflação, principal preocupa-ção do Brasil nos últimos meses. Isto criaria um ambiente de taxas de expansão da economia menos exuberantes, mas ainda muito atraentes e, sobretudo, consistentes e sustentáveis. Em outras palavras, o Brasil, apoiado em seu amplo mercado interno, poderia sustentar uma taxa de crescimento do PIB da ordem de 4% ao ano e, livre de pressões inflacionárias, estaria apto a baixar as taxas de juros. Estas são, evidentemente, projeções cuja efetividade somente poderá ser verificada posteriormente.

Mas as oportunidades para o Brasil não se esgotam nestes elementos. Este é o momento adequado para reorganizar o setor industrial brasileiro, a fim de resgatar sua competitividade. Um passo de grande importância foi dado neste sentido com a articulação do Plano Brasil Maior, através do qual o governo federal procura dar continuidade e aprofundar medidas relativas à política industrial, na perspectiva de dotar o país de mecanismos que apoiem seu desenvolvimento sustentável.

O conjunto de iniciativas que forma o plano compõe um marco, isto é, uma moldura de política industrial aberta à incorporação de novos mecanismos e instrumentos gerais ou setoriais, destinados a alcançar o objetivo estratégico de aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Como propõe o plano, é preciso atravessar fronteiras e enfrentar a competição nos mercados globais, conquistar liderança tecnológica em setores estratégicos, internacionalizar as empresas brasileiras, multiplicar os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Brasil, fortalecer as cadeias produtivas, desonerar e investir em formação e qualificação de mão de obra, com ênfase para a educação básica de qualidade.

O momento é extremamente oportuno para as iniciativas de fortalecimento da indústria brasileira, através do estímulo à inovação e competitividade. As economias mais desenvolvidas enfrentam sérios problemas internos, com fraca demanda local e grandes excedentes para exportação, o que acirra a competição por mercados mais aquecidos como o brasileiro. A reação nacional é correta ao valorizar as cadeias produtivas e definir como prioridade o incremento da competitividade do produto brasileiro.

Este é o desafio. E a hora é agora!

* Presidente do Grupo Fiat para a América Latina

A hora é agora

CART

A AO

LEITO

R

MUNDoFiAT 5

MUNDoFiAT6 MUNDoFiAT 7

52

36

sumá

RIO 10 3224

14

44

55

EXPEDIENTE Mundo Fiat é uma publicação da

Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.

www.eticagrupofiat.com.br

FIAT DO BRASIL S/APresidente: Cledorvino Belini

MONTADORASFIAT AUTOMÓVEIS

Presidente: Cledorvino BeliniCASE NEW HOLLAND

Presidente: Valentino RizzioliIVECO LATIN AMERICAPresidente: Marco Mazzu

COMPONENTESFPT – POWERTRAIN TECHNOLOGIES

Superintendente: Franco CiranniMAGNETI MARELLI

Presidente: Virgilio CeruttiTEKSID DO BRASIL

CEO Nafta e Mercosul: Rogério Silva Jr.

SISTEMAS DE PRODUÇÃOCOMAU

Superintendente: Alejandro Solis

SERVIÇOS FINANCEIROSBANCO FIDIS

Superintendente: Gunnar MurilloBANCO CNH CAPITAL

Superintendente: Derci AlcântaraFIAT FINANÇAS

Superintendente: Gilson de Oliveira Carvalho

SERVIÇOS FIAT SERVICES

Superintendente: José Paulo Palumbo da SilvaFIAT REVI

Superintendente: Davide NicastroFIDES CORRETAGENS DE SEGUROS

Superintendente: Marcio JannuzziFAST BUYER

Superintendente: Valmir EliasISVOR

Superintendente: Márcia Naves

ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT

Diretor-Presidente: Adauto Duarte

CULTURACASA FIAT DE CULTURA

Presidente: José Eduardo de Lima PereiraEDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO TORINOPresidente: Raffaele Peano

COMITÊ DE COMUNICAÇÃOAlexandre Campolina Santos (Fiat Services ), Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Cristielle Pádua (Fun-dação Torino), Cláudio Rawicz (FPT – Powertrain Technologies), Elena Moreira (Fundação Fiat), Fabíola Sanchez (Magneti Ma-relli), Fernanda Palhares (Isvor), Jorge Görgen (CNH), Marco An-tônio Lage (Fiat Automóveis), Marco Piquini (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Renata Ramos (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil).

Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comu-nicação da Fiat). MTb: 4.247/MGGestão Editorial: Margem 3 Comunicação Estratégica. Edito-res-Executivos: Frederico Alberti e Juliana Garcia. Chefe de reportagem: Izabela Abreu. Colaboraram nesta edição: Carla Medeiros, Catarina Leite, Daniela Venâncio, Fabiana Nogueira, Frederico Machado, Frederico Tonucci, Izabela Abreu, Lilian Lo-bato, Ricardo Dilser, Roberto Baraldi, Rúbia Piancastelli. Proje-to Gráfico e Diagramação: Sandra Fujii. Produção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: EGL - Editores Gráficos Ltda. Tiragem: 19.500 exemplares. Redação: Rua Oriente, 445 – Serra – CEP 30220-270 – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517.Fale conosco: [email protected] Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 –

(31) 9993-0066 – [email protected]

o lançamento do Freemont no Brasil é um acontecimen-to pleno de significados para a Fiat. Além de ser uma ação de mercado que amplia a gama de produtos e in-

corpora novos potenciais segmentos de mercado ao portfólio da marca, é o primeiro veículo a dar forma à consolidação do grupo Fiat-Chrysler.

A Fiat avançou em seu processo de aquisição de partici-pação na empresa e já detém 53,5% da Chrysler. Esta parti-cipação pode crescer para 58,5% nos próximos meses, com base no acordo de recuperação da empresa estabelecido com o governo norte-americano, que concede à Fiat 5% do controle a cada uma de três cláusulas pactadas. A última a ser atendida será a homologação nos Estados Unidos de um motor Fiat de alto desempenho e baixo consumo.

A associação Fiat-Chrysler reúne o melhor de dois mundos – as tradições europeia e norte-americana no setor automoti-vo, além da forte presença da Fiat no Brasil. Exemplo desta sinergia é o Freemont, que chega ao país destinado a ocupar o topo de linha da marca Fiat. O modelo tem perfil norte-ameri-cano, recebeu traços e toques italianos e conta com a ampla e dinâmica estrutura comercial da Fiat no Brasil.

A aquisição da participação acionária majoritária no gru-po Chrysler também alterou a composição do Conselho Execu-tivo do Grupo (GEC - Group Executive Council), a mais elevada instância operacional global do grupo. O GEC passa a ter 25 membros, dois dos quais brasileiros: Cledorvino Belini, agora responsável pela Fiat-Chrysler na América Latina, e Vilmar Fistarol, que deixa a diretoria de Recursos Humanos para tornar-se o responsável global por compras.

Esta edição de Mundo Fiat também dá destaque à nova linha de máquinas de construção da New Holland, mostra a campanha publicitária dos 35 anos da Fiat no Brasil e traz um diagnóstico dos esforços do grupo para elevar a segurança e saúde no trabalho. Também explica o que é andragogia, como é capaz de difundir conhecimento e como está sendo utilizada no treinamento comercial da Fiat. A edição também antecipa a nova exposição da Casa Fiat de Cultura sobre Roma imperial e traz uma entrevista com o antropólogo Roberto DaMatta sobre o trânsito no Brasil.

Boa leitura!

* Diretor de Comunicação Corporativa do Grupo Fiat

o melhor de dois mundospor MArCo AnTônio lAge*

10 Lançamento FiAt ADqUire o coNtroLe DA chrySLer e ANUNciA NovoS DirigeNteS gLoBAiS A consolidação do grupo Fiat-chrysler simultaneamente às mudanças na cúpula mundial refletem a natureza multicultural e geograficamente diversificada dos negócios

14 Lançamento New hoLLAND coMpLetA gAMA De proDUtoS coM NovoS MoDeLoS A empresa anuncia investimento de r$ 100 milhões para lançar 14 novos produtos das linhas de retroescavadeiras, motoniveladoras, minicarregadeiras e tratores de esteira

24 Fiat 35 anos pArA coMeMorAr SeUS 35 ANoS, A FiAt pergUNtA: o qUe te Move? Mais uma vez, a empresa valorizou as pessoas e foi perguntar aos clientes quais são os seus sonhos. o tema central é: Fiat 35 anos. Movidos pela paixão. Movidos pelos brasileiros

30 caravana iveco cAMiNhoNeiro Do ANo gANhA StrALiS Nr 380 zero qUiLôMetro premiação é parte das ações da caravana Siga Bem e aconteceu em São paulo

32 Sustentabilidade tekSiD reAproveitA 90% DA AreiA Do proceSSo proDUtivo reutilização do insumo gera economia e diminui impacto ambiental, através de processo de recuperação mecânica e regeneração térmica da areia

36 certificações eMpreSAS FiAt BUScAM exceLêNciA eM SegUrANçA e SAúDe No trABALho empresas do grupo investem na obtenção da certificação do Sistema de gestão da Saúde e Segurança no trabalho, baseada na norma ohSAS 18001:2007, que determina requisitos para a saúde e segurança no trabalho

44 perfil roBerto DAMAttA: A Lei é pArA toDoS o antropólogo reflete sobre os motivos pelos quais o trânsito é responsável por 40 mil mortes por ano no Brasil

49 Baja BAjA reveLA tALeNtoS DA eNgeNhAriA com patrocínio da Fiat, a competição Baja SAe Brasil desenvolve nos futuros engenheiros o espírito de equipe, dando oportunidade para a prática do que aprenderam nas universidades

55 Alfa romeo ALFA roMeo, pAixão à itALiANA caxambu (Mg) sediou o encontro Alfa romeo 2011

60 Seu zio A provA De AMor Do SeU zio ele juntou 34 mil moedas de um real para presentear a esposa com um Novo Uno

64 Andragogia ANDrAgogiA: NovoS cAMiNhoS pArA o DeSeNvoLviMeNto proFiSSioNAL Fiat é pioneira no uso da metodologia de ensino e treinamento específica para adultos no mercado automobilístico nacional

70 cultura UMA exALtAção à pregUiçA em seu quinto ano de realização pela casa Fiat de cultura, o seminário Mutações reúne renomados pensadores para analisar como a preguiça é uma forma de valorização da evolução do espírito e da criatividade

73 cultura cASA FiAt De cULtUrA trAz A hiStóriA DoS iMperADoreS roMANoS A exposição roma – A vida e os imperadores abre as comemorações do ano da itália Brasil 2011-2012 trazendo fatos, personagens e acontecimentos de uma das maiores potências da história

7360

Job: 268564 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 268564-21397-74859-03-08-FIAT-An UNO Sport amar-35x25.5_pag001.pdfRegistro: 39520 -- Data: 17:38:42 03/08/2011

MUNDoFiAT10

LANç

AmEN

TO

Através de operações realizadas junto ao governo do Canadá e ao Departamento do Tesouro

dos Estados Unidos, a Fiat SpA, hol-ding global que controla os negócios de automóveis, motores e componen-tes do grupo, assumiu participação majoritária na Chrysler. Desde o mês de julho, a Fiat detém 53,5% do capi-tal do grupo automotivo norte-ameri-cano. Tal participação pode ascender a 58,5% aproximadamente, pois uma fatia de 5% do capital será transferida à Fiat quando for concretizado o ter-ceiro e último Performance Event pac-tado com o Tesouro norte-americano, que é a homologação, nos Estados

Unidos, de motor de alta eficiência e baixo consumo e emissões.

Como resultado da aquisição do controle da Chrysler e a fim de me-lhorar a integração operacional do Fiat-Chrysler, foi formado um novo Conselho Executivo do Grupo (GEC – Group Executive Council). O GEC é o mais elevado corpo executivo global de tomada de decisão dentro da Fiat. É a instância responsável por anali-sar o desempenho operacional dos negócios, pela definição de metas de desempenho, tomando decisões estratégicas e investimentos para o Grupo e compartilhando as melhores práticas, incluindo o desenvolvimen-

Fiat adquire o controle da chrysler e anuncia novos dirigentes globaisA consolidação do grupo Fiat-chrysler simultaneamente às mudanças na cúpula mundial refletem a natureza multicultural e geograficamente diversificada dos negócios

por roBerTo BArAldi

to e implantação de principais recur-sos humanos. As mudanças organi-zacionais que entram em vigor em 1º de setembro de 2011.

A nova estrutura destaca o presi-dente da Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini, como o responsável por todos os negócios na região e desig-na Vilmar Fistarol, até então diretor de Recursos Humanos da Fiat, como res-ponsável global pela área de compras.

O mercado mundial foi dividido em quatro blocos, cada um gerido por um diretor operacional (Chief Operating Officer – COO), que irá administrar a organização por meio de uma equipe de gerenciamento regional, respon-sabilizando-se pelos lucros e perdas dos negócios em sua região, pelo ge-renciamento dos recursos regionais, incluindo atividades de fabricação e comerciais.

Na divisão regional, os COOs são o próprio presidente mundial da Fiat e da Chrysler, Sergio Marchionne, agora encarregado da área do Nafta; Gian-

ni Coda, que deixa a área global de compras para assumir os negócios do grupo na Europa, África e Oriente Mé-dio; Cledorvino Belini para a América Latina e Michael Manley, CEO da Jeep, como responsável pela Ásia.

O GEC é composto por 25 dirigen-tes, cuja relação completa pode ser encontrada no site www.fiatspa.com

Ao anunciar a nova estrutura, Sergio Marchionne, CEO de ambos os grupos, disse que o momento é de pisar no acelerador da integração Fiat-Chrysler. “Essas nomeações são o resultado de um amplo processo de avaliação da capacidade técnica e de liderança das pessoas que foram no-meadas para o GEC. Mas igualmente importante é o fato de que eles refle-tem a natureza multicultural e geo-graficamente diversificada de nossos negócios. Reconhecemos nesses líde-res o futuro da Fiat-Chrysler como um participante eficiente e multirregional em um mercado global de automó-veis”, destacou Marchionne.

Marchionne: o momento

é de pisar no acelerador da

integração Fiat-Chrysler

O Freemont é o primeiro produto conjunto

Foto

s d

ivul

gaçã

o

MUNDoFiAT 1312 MUNDoFiAT

LANç

AmEN

TO

A consolidação da associação da Fiat com o grupo Chrysler se materia-liza, no Brasil, através do lançamento do primeiro modelo resultante desta aliança: o Freemont. Ele chega desti-nado a ocupar o topo de linha da mar-ca Fiat, como expressão do melhor de dois mundos: a tradição automobilís-tica dos Estados Unidos e a da Europa.

Trata-se de um veículo projetado para atender às diferentes exigências dos consumidores que buscam um ve-ículo espaçoso, cômodo, seguro, com-pleto, gostoso de dirigir e versátil para o dia a dia ou para o tempo livre nos fi-nais de semana. O Fiat Freemont é um carro múltiplo, no qual o consumidor encontra todos os carros que quer.

O moderno design do Fiat Free-mont, fortemente caracterizado, apre-senta formas marcantes, com linhas musculosas e ao mesmo tempo so-fisticadas. Suas dimensões garantem excelente conforto e comodidade in-terna, além de grande versatilidade: o Fiat Freemont é o único a oferecer sete lugares em sua categoria no Brasil. Suas dimensões generosas são: 4.888

mm de comprimento, 1.878 mm de largura e entre-eixos 2.890 mm.

O novo modelo da Fiat se destaca por ser um carro muito completo e por oferecer equipamentos de alta tecno-logia, como até seis airbags, sistema antibloqueio de freios (ABS), progra-ma Eletrônico de Estabilidade (ESP – Electronic Stability Program), sistema anticapotamento (ERM – Electronic Roll Mitigation) e piloto automático. O Fiat Freemont ainda possui um siste-ma inteligente de controle de reboque (TSC – Trailer Sway Control), que evita oscilações perigosas.

Para proporcionar maior praticida-de e uma convivência ainda mais pra-zerosa, o Fiat Freemont traz o sistema Keyless Entry / Go, que funciona por sensores de proximidade, dispensan-do o uso de chave para abrir as portas ou ligar o motor. Também chega com o avançado sistema multimídia de entre-tenimento Uconnect™ com tela colori-da touch screen de 4.3 polegadas. Além do ar-condicionado automático digital Trizone que atende com a máxima efi-ciência todos os ocupantes do veículo.

O Freemont chega em duas ver-sões: Emotion ou Precision. Ambas são bem completas, com grande oferta de equipamentos de série e acabamen-to impecável.

POwertrain Moderno e eFiCienTe O Fiat Freemont chega ao mercado

brasileiro equipado com um motor de quatro cilindros, de 2.4 litros, com 16 válvulas. Ele desenvolve potência má-xima de 172 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 22,4 kgfm a 4.500 rpm. Esse quatro cilindros têm curva de torque bastante plana. Em torno das 1.300 rpm ele já apresenta torque su-perior a 17,0 kgfm.

O Fiat Freemont estará disponível com transmissão automática, conver-sor de torque, quatro marchas à frente – com opção de mudanças sequenciais – e uma à ré. O escalonamento de marchas foi projetado para aproveitar ao máximo a potência e torque entre-gues pelo motor, numa ampla faixa de utilização, e sem abrir mão do baixo consumo e emissões de poluentes.

Na condução do carro percebe-se que o câmbio tem calibração precisa, sempre escolhendo a marcha mais apropriada para qualquer tipo de so-licitação. Isso garante respostas rápi-das e precisas, dando grande prazer à condução.

CluBe l’uniCoO Fiat Freemont oferece três anos

de garantia sem limite de quilome-tragem. A rede Fiat com mais de 560 concessionárias espalhadas por todo o país dá o suporte necessário ao veículo.

Os clientes do Fiat Freemont tam-bém fazem parte do privilegiado pro-grama de relacionamento, o Clube

Fiat Freemont, o melhor de dois mundos

L’Unico. Ele agrega serviços de vendas e pós-vendas, com benefícios exclusi-vos e comunicação dirigida e específica.

Entre as comodidades do progra-ma estão:• Hospedagem e transporte alternati-

vo para motorista e passageiros;• Serviços de envio de motorista e re-

servas para shows e restaurantes;• Veículo reserva sem carência de

tempo caso o carro necessite perma-necer na concessionária;

• Socorro mecânico ou reboque em casos de pane mecânica ou elétrica, pneu furado ou danificado, perda de chave, falta de combustível e aci-dentes de trânsito.

Também está disponível o exclu-sivo serviço Leva e Traz: reboque ou motorista qualificado leva e traz o Fre-emont para as revisões, manutenções, instalações de acessórios ou qualquer emergência. O cliente Freemont tem um canal aberto e exclusivo com a Fiat através do 0800 725 4632. O cliente conta ainda com assistência completa em casos emergenciais, 24 horas por dia, até aos domingos e feriados, em todo o território nacional.

Para saber mais, acesse: www.clu-belunico.com.br.

O Fiat Freemont chega ao mercado brasileiro equipado com um motor de quatro cilindros, de 2.4 litros, com 16 válvulas

escalonamento de marchas com

o máximo de potência e torque, sem abrir mão do

baixo consumo e emissões de

poluentes

MUNDoFiAT14 MUNDoFiAT 15

LANç

AmEN

TO

No fim de 2007, a New Holland – cujos produtos são comercia-lizados no Brasil por 40 pontos

de distribuição – surpreendeu o mer-cado ao ampliar sua oferta de máqui-nas no país com nove lançamentos simultâneos.

Menos de quatro anos depois a empresa volta à estratégia ao anun-ciar um investimento de R$ 100 mi-lhões para lançar 14 novos produtos nas linhas de retroescavadeiras, mo-toniveladoras, minicarregadeiras e tratores de esteira.

Segundo o gerente de Marketing da New Holland, Nicola D’Arpino, a estratégia da empresa no Brasil tem sido a inovação e, com os novos mo-delos, a New Holland, além de com-plementar sua gama de produtos,

New holland completa gama de produtos com novos modelosA empresa anuncia investimento de r$ 100 milhões para lançar 14 novos produtos das linhas de retroescavadeiras, motoniveladoras, minicarregadeiras e tratores de esteira

por FABIANA NOGUEIRA

passa também a oferecer a melhor tecnologia existente. “Estamos sem-pre procurando novos nichos, então não paramos de avaliar os produtos oferecidos ou pensar quais modelos já disponíveis fora do país podem ser aplicados aqui”, afirma.

“A companhia está no Brasil há seis décadas. Estamos renovando as linhas com base no conhecimento que temos do setor e nas características mais aceitas e demandadas pelo clien-te brasileiro, que conhecemos muito bem”, completa o diretor comercial da empresa, Marco Borba.

MiniCArregAdeirAsNo ano passado, 2,2 mil unidades

de minicarregadeiras foram comercia-lizadas no Brasil. Destas, 400 eram da New Holland, que, atenta ao cres-cimento deste mercado, investiu em atualizações para seus modelos e na criação de novos produtos, realizando uma bateria de testes no Brasil e no exterior. Com o recente lançamento, que faz parte de um projeto mundial, a New Holland passa a oferecer ao mercado sete minicarregadeiras da série 200: L213, L215, L218, L220, L223, L225, L230.

Entre as principais mudanças estão a melhor altura e alcance de descarga, por conta do projeto de ele-vação vertical Super Boom; a reformu-lação da cabine e do design; e a maior distância entre os eixos, que resulta

Foto

s d

ivul

gaçã

o C

nH

a new Holland passa a oferecer ao mercado sete minicarregadeiras da série 200

as retroescavadeiraschegam ao mercado,dando continuidadeaos diferenciaisde potência,desempenhoe facilidade demanutenção

MUNDoFiAT16 MUNDoFiAT 17

LANç

AmEN

TO

em mais estabilidade no transporte de maior quantidade de materiais, au-mentando a produtividade.

De acordo com Marco Borba, tais atualizações, aliadas ao Super Boom, que oferece a melhor altura e alcance de descarga da sua categoria, movi-mentarão o mercado. “Com elas e os outros novos modelos, esperamos não apenas crescer, mas ampliar e con-quistar novos nichos”.

Borba esclarece, ainda, que as al-terações são resultado de cinco anos de pesquisas realizadas com clientes espalhados por todo o mundo, e per-mitem que a nova série 200 mantenha a New Holland no topo tecnológico no segmento de minicarregadeiras.

Segundo Nicola D’Arpino, os enge-nheiros da empresa basearam-se nas ideias e necessidades de centenas de clientes para projetar a nova série. “As máquinas foram totalmente reformu-ladas. Não importa qual seja a linha de trabalho, construção, locação ou agronegócio, o cliente trabalhará de forma mais rápida, inteligente e lu-crativa”, garante.

Com as novidades, os produtos da série 200 conquistaram o posto de melhor alcance da categoria, já que os operadores das minicarregadeiras têm, por exemplo, a facilidade de es-

vaziar a caçamba em menor tempo, agilizando todos os ciclos de trabalho.

Outro diferencial das minicarrega-deiras é a cabine, que foi configurada para ficar ainda mais confortável. Com mais espaço, oferece visibilidade supe-rior em zonas críticas e está equipada com novos recursos, entre os quais um joystick projetado ergonomicamente com todos os controles auxiliares, o que facilita a direção dos operadores. Além disso, há aquecimento e ar-con-dicionado, pacote de iluminação de alta intensidade e ampla janela trasei-ra. “Essas máquinas dão aos operado-res uma visão de 360 graus do local de trabalho e o novo sistema de ilumi-nação também contribui para a melhor visibilidade”, explica D’Arpino.

Vale ressaltar, ainda, que todos os modelos podem ser incrementados com mais de 50 acessórios oferecidos pela New Holland, como vassouras, lâminas, garras, martelos, garfos de empilhadeira e ancinhos

reTroesCAvAdeirAsJá na categoria das retroescava-

deiras, chegam ao mercado a B90B, a B95B e a B110B, que dão continuida-de aos diferenciais oferecidos pela em-presa no segmento: potência, desem-penho e facilidade de manutenção.

As três máquinas contam com motores fabricados pela FPT, aspirado para a B90B e turbo para as B95B e B110B.

Nicola D’Arpino afirma que, desde 1996, as retroescavadeiras não pas-sam por uma reformulação tão evi-dente e compara as mudanças às que aconteceram com o Novo Uno. “Ape-sar de os projetos do antigo e do novo carro serem completamente distin-tos, as características prediletas dos consumidores foram preservadas. O mesmo acontece com as novas retro-escavadeiras, que continuam a ser a melhor opção em performance, porém com muitos avanços em conforto, de-sign e desempenho”, esclarece.

as cabines das novas motoniveladoras foram totalmente modificadas para proporcionar mais visibilidade e conforto

Outras inovações da categoria são os eixos e a transmissão.O novo siste-ma permite que o desacoplamento da transmissão possa ser acionado por um interruptor instalado na alavanca de comando da carregadeira e confere 11% a mais de velocidade, se compa-rado às LB90 e LB110.

Já os motores garantem aos três modelos de retroescavadeiras o mes-mo consumo das máquinas anterio-res, mas com aumento de potência.

O projeto mundial que chega ao Brasil traz, ainda, nesta categoria, o design curvo do braço, que diminui a altura de transporte e aumenta a potência de escavação. O novo braço também possibilita melhor visibilida-de do processo de trabalho e suas ca-çambas, por serem Heavy Duty (HD), têm maior vida útil. Além disso, a pedido de alguns clientes brasileiros, os dentes das caçambas foram para-fusados para agilizar a manutenção e diminuir custos.

As retroescavadeiras série B tam-bém receberam um capô articulado, que exige menos esforço para abrir e fechar, maximizando o acesso ao mo-tor, reduzindo o tempo de manutenção e otimizando a visibilidade frontal.

Além do novo painel de instru-mentos dos produtos, destacam-se também as seis colunas da cabine, com janelas do piso ao teto, que melhoram a visibilidade, e a janela traseira, que possui vidros deslizan-tes elevados. E, assim como as mi-nicarregadeiras, as retroescavadeiras estão aptas a receber acessórios, in-cluindo lanças, garfos e martelos hi-dráulicos.

MoTonivelAdorAs Na categoria motoniveladoras, fo-

ram lançadas as RG140.B, RG170.B e a RG200.B, que ganharam nova cabine, transmissão ZF e diferentes opções de motores – de acordo com a preferência do cliente.

a série das motoniveladoras conta com nova

transmissão ZF, que atende

melhor às demandas de

força, torque e precisão exigidas

pelo trabalho com a terra

MUNDoFiAT18 MUNDoFiAT 19

LANç

AmEN

TO Entre as principais características estão o design do compartimento do operador, cuja cabine foi totalmente modificada para proporcionar mais visibilidade e conforto; a coluna de direção, que também sofreu altera-ções, e as alavancas de comando hidráulico, agora mais ergonômicas para o operador e fixadas diretamen-te no assoalho. O painel frontal tam-bém foi mudado e agora conta com indicadores analógicos e luzes de ad-vertência, além de um claro display que permite gerenciar todo o funcio-namento da máquina.

O console lateral ganhou uma nova disposição de interruptores e co-mandos e a cabine agora conta com climatizador (ar condicionado quente e frio), bem como assento flutuante e ajustável. Além disso, a série conta com nova transmissão ZF, que atende melhor às demandas de força, torque e precisão exigidas pelo trabalho com a terra, e Lock-Up, um dispositivo que permite o bloqueio do conversor de torque e transforma a transmissão em um sistema Direct Drive – ideal para

operações que exigem elevadas forças de tração. A transmissão também en-globa o sistema Transmission Control Unit (TCU), processador eletrônico que gerencia as informações durante seu funcionamento.

Vale ressaltar, ainda, que as lâmi-nas roll-away, construídas em aço de alta resistência e abrasão, continuam a equipar a nova geração, bem como o dispositivo Go Home, com diagnós-tico de falhas - sistema que permite ao operador transportar a máquina até um local adequado, em caso de pane elétrica.

Em relação aos motores, continu-am sendo da Cummins e têm certifica-ção Tier 2. No entanto, agora os clien-tes poderão optar pelo motor fabricado pela FPT e com certificação Tier 3.

TrATor de esTeirANa linha dos tratores de esteira, a

novidade é o D140B, segundo trator hidrostástico da New Holland no Bra-sil, e que possui esteira extra longa para maior precisão nos trabalhos.

a transmissão hidrostástica do trator de esteira D140B ajusta automaticamente a potência e a velocidade às mudanças de direção e de carga, explorando o máximo do motor

Batizado de ‘irmão caçula’ do mo-delo D150B, lançado em 2008 e na-cionalizado em 2010, o D140B tam-bém pode ser empregado em diversas tarefas na construção civil. Devido à sua transmissão hidrostástica, ajusta automaticamente a potência e a velo-cidade às mudanças de direção e de carga, explorando o máximo do motor – o novo Common-Rail New Holland Tier 3 –, permitindo que as máquinas empurrem suas lâminas cheias, inclu-sive nas curvas.

Já a parte rodante do D140B é ex-tra longa (XLT), o que possibilita o ni-velamento da lâmina, maior estabili-dade e mais conforto para o motorista em terrenos irregulares.

A cabine pode ser basculada para o lado esquerdo, gerando maior aces-so aos componentes de trem de força e, tanto o joystick direito quanto o esquerdo dispõem de controle eletro-hidráulico.

Com o D140B também é possível controlar a frenagem dinâmica em marcha através do acionamento do pe-dal de desaceleração, o que reduz a ro-

tação do motor e, consequentemente, o fluxo de óleo das bombas e a velocidade da máquina, aprofundando a precisão de trabalho com a lâmina. Aliás, o mo-delo aceita diferentes tipos de lâmina, como a reta (HS), em semi-u (HSU) ou PAT (ou de 6 movimentos). Os modelos HS e HSU são oferecidos somente na versão LT, enquanto a lâmina PAT está disponível em dois tamanhos distintos para todas as versões da máquina.

A estratégia de divulgação dos novos lançamentos, segundo Nicola D’Arpino, é realizar diversos lança-mentos regionais ao longo deste ano. “Até agora cobrimos o Centro-Oeste e o Nordeste do país. No segundo se-mestre a prioridade será apresentar os novos produtos aos concessionários do Sul e do Sudeste.

De acordo com Nicola D’Arpino, é importante ressaltar, também, que, mesmo tendo lançado 14 novos mo-delos em 2011, a New Holland não deixará de buscar melhorias para seus produtos. “A ideia é que, já nos próximos três anos anunciemos mais lançamentos.”

Novos modelos de elevação estão entre os lançamentos que chegam ao mercado

os lançamentos deste ano também englobam dois modelos compactos: o l213 e o l215, ambos com projeto de elevação radial que oferece desempenho em esca-vação otimizado.

Ao contrário dos produtos concorrentes, esses dois modelos são equipados com as mesmas cabines que integram a linha e os recursos premium, como assentos de suspensão a ar, aquecimento, ar-condicionado, lTs e caçamba de auto-nivelamento.

A potência líquida do l213 é 43 HP, com capacidade de operação de 590 Kg e força de desagregação da caçamba de 4.150 lb (18,5 kn). Já o l215 conta com 49 HP de potência líquida, com capacidade de operação de 680 Kg e força de desagregação da caçamba também de 4.150 lb (18,5 kn).

“Aqui, nesta terra,em se plantando, tudo dá.”

Pero Vaz de Caminha

Pensando assim, a CNH, fabricante de máquinas

agrícolas e de construção da Fiat Industrial,

realiza o Prêmio CNH de Jornalismo Econômico

desde 1993. Já são 19 anos prestigiando os mais

renomados profissionais com reconhecimento

à credibilidade e isenção jornalística. A CNH

acredita que, além de trabalhar para desenvolver

nossa economia, devemos também acompanhar

de perto cada movimento nesse setor. É por isso

que, com orgulho, premiamos os expoentes dessa

profissão. Porque tão importante quanto ajudar

a desenvolver nosso país é reconhecer quem

conta essa história desde as primeiras linhas.

PRÊMIO CNHDE JORNALISMO

ECONÔMICO

Para mais informações: www.premiocnh.com.br.

ACREDITAR NA ECONOMIA BRASILEIRAÉ APOIAR QUEM CONTA ESSA HISTÓRIA.

0946_ADR INST 19º Prêmio CNH_350X255_0611.indd 1 8/9/11 11:08 AM

MUNDoFiAT22

FIAT 3

5 ANO

s

Sempre em frente. Durante toda a sua história, a Fiat Automóveis agiu assim, pensando em como

poderia avançar para atender às neces-sidades dos consumidores. Ao comple-tar 35 anos não seria diferente. Mais uma vez, a empresa valorizou as pes-soas e foi perguntar aos clientes quais são os seus sonhos. O tema central é: Fiat 35 anos. Movidos pela paixão. Movidos pelos brasileiros.

Lançada em julho deste ano, a campanha abrange ações institucio-nais e de varejo. O intuito é intensifi-car a comunicação com o consumidor e desvendar suas motivações pessoais e sociais, para melhor atender a seus anseios. Outras ações de comunica-

para comemorar seus 35 anos, a Fiat pergunta: o que te move?Mais uma vez, a empresa valorizou as pessoas e foi perguntar aos clientes quais são os seus sonhos. o tema central é: Fiat 35 anos. Movidos pela paixão. Movidos pelos brasileiros

por liliAn loBATo

ção mostram como a Fiat, cuja fábrica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi inaugurada em 9 de julho de 1976, construiu um lega-do importante para a cidade, para Mi-nas Gerais e o País.

A Fiat quer saber: “O que te move?”. A Agência Fiat é responsável pela cria-ção da campanha que motiva os bra-sileiros a contarem suas histórias de vida. O filme principal, “Manifesto”, mostra que o rato é movido pelo gato, o artista por aplausos, o trapezista pelo risco, o acerto pelo erro e, como desfe-cho, a Fiat é movida pelas pessoas.

Num segundo momento, vários ví-deos entram no ar mostrando histórias cotidianas, com personagens que re-

Filme principal da campanha,

“Manifesto”, mostra que o

artista é movido pelo aplauso, o

acerto pelo erro e a Fiat pelas

pessoas

A mesma paixão que move a Fiat, está nos produtos que movem

seus motores.

0800 8833200

A Petronas, fabricante dos óleos lubrificantes e fluidos genuínos para os veículos Fiat, celebra os 35 anos de sucesso

da Fiat no Brasil, colocando a avançada tecnologia de seus produtos a serviço da proteção e do desempenho.

Se depender da gente, a Fiat vai continuar acelerando conquistas com qualidade, segurança e muita paixão.

PE_0017_11_AD2_PETRONAS_ABRACAFC_.indd 1 5/8/11 6:18 PM

MUNDoFiAT24

FIAT 3

5 ANO

s presentam a sociedade brasileira e re-forçam valores característicos do país, como otimismo, confiança, realização, coragem e inventividade.

As redes sociais também estimulam a campanha, segundo o diretor de Pu-blicidade e Marketing de Relacionamen-to da empresa, João Ciaco. Ele explica que tanto o Facebook como o Twitter facilitaram a interação e a troca de in-formações entre a empresa e os clientes. A aceitação superou as expectativas.

Segundo Ciaco, o avanço da inter-net e das redes sociais contribuiu para que a comemoração dos 35 anos fos-se ainda mais abrangente. “A empresa sempre olhou para frente. Ao completar 30 anos, foi perguntar ao consumidor sobre o futuro e o que as pessoas espe-ravam da Fiat. Para comemorar os 35

anos, novamente retomamos essa con-versa, mas com o objetivo de saber as motivações dos brasileiros”, ressalta.

Uma das etapas da campanha ins-titucional, que pode ser vista no site Youtube, é do “Carro movido a histó-rias”. Realizada pelo apresentador da MTV, Leo Madeira, o veículo passa por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Ho-rizonte e aborda as pessoas nas ruas a respeito de suas motivações. O con-teúdo poderá se tornar um minidocu-mentário e está disponível no www.youtube.com/fiat.

No caso da campanha de varejo, que acontece em paralelo à campanha

institucional, o conceito foi desenvolvi-do a partir da ideia: “Viu 35, viu ofer-tas”. Feirões e promoções giram em torno do número 35.

Para completar, a campanha con-tou com a presença de dois artistas porta- vozes das promoções de varejo com 35 anos de idade: Giovanna Anto-nelli e Vladimir Brichta.

invesTiMenTos A Fiat completa seus 35 anos de

operação dando início ao maior ciclo de investimentos de sua história. En-tre este ano e 2014 serão investidos R$ 10 bilhões, dos quais R$ 7 bilhões serão destinados à fábrica de Betim. Os recursos serão reservados à am-pliação da capacidade de produção que irá saltar de 800 mil para 950 mil automóveis e comerciais leves por ano. O acréscimo de 150 mil unidades equivale à implantação de uma nova fábrica de médio porte.

Do total de investimentos, R$ 3 bilhões ainda serão utilizados na im-plantação de uma nova fábrica em Pernambuco – com capacidade para produzir cerca de 200 mil veículos por ano – em um centro de pesquisa e desenvolvimento e de treinamento e capacitação. O investimento é estraté-gico para a empresa, para o Estado de Pernambuco e para o Nordeste, já que está inserido em um amplo programa de industrialização e desenvolvimen-to econômico e social da região.

A Fiat marcou sua história de 35 anos através da inovação. Seu modelo de estreia no Brasil, o 147, foi o pri-meiro automóvel brasileiro com motor transversal dianteiro. O carro fez su-cesso na época e até hoje é lembrado pelos consumidores, já que também deu origem ao primeiro comercial leve derivado de um automóvel, o Fiat City, em 1978, e foi o pioneiro a ser equipa-do com motor a álcool em 1979.

Já em 1990, a empresa lançou o Uno Mille com motor 1.0, também pio-neiro nesta faixa de motorização, que

Campanha de varejo acontece em paralelo à campanhainstitucional, o conceito foi desenvolvidoa partir da ideia: viu 35, viu ofertas

gre

cco

Prestando serviços à Fiat Automóveis há 14 anos, o Grupo Jat Transportes e Logística é um dos líderes no seu segmento e oferece soluções inovadoras em:

• Transporte rodo-aéreo, de porta a porta, para todo o Brasil.

• Transporte rodoviário nacional de cargas urgentes e normais.

• Mais de 20.000 m2 de armazéns gerais.

• Fretamentos de aeronaves para transporte de cargas e passageiros.

Certifi cada ISO 9001

São Bernardo do Campo SP - (11) 4123.5158 | Sorocaba SP - (15) 3325.4107Belo Horizonte MG - (31) 3494.7777 | Porto Alegre RS - (51) 3325.0101 | Salvador BA - (71) 3377.1200

www.grupojat.com.br / [email protected]

MELHOR FORNECEDOR CATEGORIA LOGÍSTICA PRÊMIO QUALITAS AWARDSGRUPO FIAT

Uma história de sucesso se constrói com boas parcerias. Parabéns, Fiat, pelos 35 anos de Brasil!

anun_JAT_op2.indd 1 15.08.11 15:28:24

MUNDoFiAT26 MUNDoFiAT 27

FIAT 3

5 ANO

s

Fiat 147, o primeiro modelo no Brasil, e Fiat Bravo, um dos lançamentos mais recentes: 35 anos de história e de evolução

Campanha impressa Fiat 35 anos

recebeu ar-condicionado em 1994. O sucesso do modelo é tanto, que ele con-tinua no mercado. No ano seguinte, a Fiat inovou com a introdução do turbo nos modelos Tempra e Uno. Em 1996, lançou o primeiro carro nacional com airbag, o Tipo, e o primeiro carro 1.0 com airbag e ABS, o Palio.

Outra inovação importante foi o motor de cinco cilindros e 20 válvu-las (Marea, em 1998). Vale lembrar, ainda, o primeiro carro com airbag lateral (Marea, 1999), a primeira pi-cape com cabine estendida (Strada, em 1999) e a linha Adventure, que estreou em 1999 com a versão off--road do Palio Weekend. O Stilo, em 2002, também foi pioneiro em seu segmento com o sistema de direção dual drive com assistência elétrica e função City, regulagens de tempe-raturas distintas, oito airbags, MP3, teto solar com cinco lâminas de vidro e muitas opções de personalização de funções do carro.

Já em 2006, a Fiat apresentou o Siena Tetrafuel, primeiro veículo do mundo movido a quatro combustíveis: etanol, gasolina brasileira (com adi-ção de álcool anidro), gasolina pura e Gás Veicular Natural (GNV). O Punto, em 2007, foi o primeiro automóvel brasileiro a oferecer o Blue&Me, siste-ma de comunicação e entretenimento. Em 2008, a linha Adventure ganhou a opção Locker, sistema de tração que permite aos veículos enfrentarem ter-renos difíceis. Em 2009, nasceu a pi-cape Strada cabine dupla.

No Salão Internacional do Auto-móvel de São Paulo de 2010, a Fiat apresentou o Fiat Concept Car III (FCC III), concebido no âmbito do proje-to Fiat Mio. É a primeira fabricante global de veículos a desenvolver um protótipo compartilhado a partir da plataforma Creative Commons. Mais de 1 milhão de pessoas em mais de 40 países visitaram o site do projeto, contribuindo para a discussão do au-tomóvel do futuro.

29MUNDoFiAT28 MUNDoFiAT

sEgu

RANç

A vEI

CuLA

R

vários são os benefícios do auto-móvel. Mobilidade, facilidade, conforto... Junto ao nascimen-

to do carro, o ser humano superou distâncias, ganhou tempo, teve sua vida facilitada. No entanto, no início, e estamos falando do final do século XIX (o primeiro veículo automotor surgiria em 1886), a vida não era tão fácil assim. Melhor que lombo de bur-ro, carruagens puxadas a cavalo ou bicicleta, é verdade, os automotores de antigamente exigiam muito mais do motorista. A partida do motor, por exemplo, era literalmente à manivela. Não existia partida elétrica, tampouco direção hidráulica, vidros com aciona-mento elétrico, câmbios automatiza-dos e outras regalias dos dias atuais.

O fato é o automóvel ganhou o mundo. Viagens de dias se transforma-

Segurança cada vez maiorA evolução na segurança veicular é constante, do projeto da carroceria, passando por áreas de deformação programada e também pelo uso cada vez maior da eletrônica embarcada

por riCArdo dilser

ram em agradáveis horas “pilotando” o carro. Grandes transportes de car-gas, antes limitados a tração animal, agora cruzavam as estradas, levando desenvolvimento às áreas mais remo-tas. O automóvel passou a fazer parte da vida das pessoas, nas mais amplas áreas. E, obviamente, evoluiu. Nossos camaradas sobre rodas continuam ofe-recendo mobilidade, só que agora de maneira mais confortável e segura.

A Fiat introduziu no mercado na-cional várias soluções inéditas. An-tecipamos, por exemplo, os motores movidos a álcool, o primeiro modelo 1.0 flex e o air bag em carros brasilei-ros. Todos os departamentos ligados ao produto planejam, estudam e tra-balham no sentido de termos modelos mais seguros e inovadores. Um exem-plo é o kit HSD (high safety drive),

div

ulga

ção

O electronic Stability Program (eSP)monitora as ações do motorista ao volante e as reações do Bravo t-Jet em relação à trajetória e velocidade

composto por sistema anti-travamen-to dos freios (ABS), e o air bag duplo, para motorista e passageiro dianteiro. Optando pelo kit HSD, disponível já a partir de versões acessíveis como o novo Uno, o consumidor tem um carro mais seguro, por um preço bem mais atraente. Para se ter idéia, nosso kit HSD custa, em média, metade do va-lor cobrado por grande parte da con-corrência. Estamos democratizando a segurança. É importante frisar, ainda, que no pedido do kit HSD, nosso com-prador não fica preso a nenhum outro opcional ou pacote de acessórios, ou seja, o cliente pode comprar um novo Uno básico ou um Palio Fire de entra-da equipado apenas com sistema de freios ABS e air bag duplo dianteiro. Uma atitude da Fiat Automóveis que reflete o respeito ao consumidor, nos-so investimento à segurança veicular e a criação de um trânsito mais huma-no, seja qual for o valor do carro.

A evolução na segurança veicular é constante. Do projeto da carroceria, passando por áreas de deformação programadas até mesmo pelo uso cada vez maior da eletrônica embar-cada, o foco em segurança é uma premissa da Fiat. E para podermos entender melhor o que é a seguran-ça veicular, como ela funciona e é analisada, vale um resumo. Dividida basicamente em duas áreas, ativa e passiva, nossos carros caminham a longos passos nestes dois universos. A segurança ativa relaciona todos os itens que trabalham no sentido de evi-tar o acidente (um bom conjunto de suspensões, freios eficientes, direção precisa...). A segurança passiva conju-ga itens que entrarão em ação após a colisão, como cintos de segurança, air bag, carroceria com deformação con-trolada e assim por diante.

Um carro seguro deve conciliar as duas áreas. Poderíamos enunciar vá-rios modelos Fiat que são referências em termos de segurança, mas vale chamarmos a atenção para o Bravo T-

-Jet, que acaba de chegar às concessio-nárias. Esportivo e dono de um visual moderno, a versão turbinada guarda outros atrativos de série. O mais va-lioso é o Electronic Stability Program (ESP). Também de série, ele monitora as ações do motorista ao volante e as reações do carro em relação à trajetó-ria e velocidade. Através de sensores nas rodas, no volante de direção e no chassi, o ESP avalia constantemente a dinâmica do veículo. Ele é capaz, por meio de cálculos matemáticos gravados em uma central eletrônica, identificar se a velocidade do carro está condizen-te com o ângulo de esterço do volante. E mais do que isso, tem autonomia de atuar na potência do motor ou até indi-vidualmente nos freios (de cada roda), caso perceba a tendência a uma der-rapagem. Quantas vezes fomos pegos desprevenidos naquela curva mais “fe-chada”, ou em um asfalto mais escorre-gadio ou ainda um animal na estrada?

Dizem que o ESP “interfere” na pi-lotagem, corrigindo uma derrapagem, mas prefiro afirmar que o ESP, depois do cachorro, é o melhor amigo do ho-mem e da mulher pegos desprevenidos em curvas fechadas, pistas com pouca aderência ou qualquer outro obstá-culo que exija uma mudança brusca de trajetória. Não existe velocidade X ou Y para o ESP atuar, mas uma série de fatores controlados e identificados pela centralina que ajuda o motoris-ta a ter mais controle e segurança ao volante. O ESP é tão preciso que con-segue identificar uma derrapagem das rodas dianteiras ou traseiras, atuando na potência do motor e até nos freios.

Vale lembrar, contudo, que o ESP é um dispositivo de auxílio à segu-rança, como são os cintos, o air bag e o ABS. É a inovação e tecnologia da Fiat aplicada em produtos brasileiros, mas que ainda precisa da cooperação do maior responsável pela segurança dentro de um veículo: nós, motoristas e cidadãos preocupados em fazer um trânsito melhor e mais humano.

MUNDoFiAT30 MUNDoFiAT 31

CARA

vANA

IvEC

O

caminhoneiro do Ano ganha Stralis Nr 380 zero quilômetro

por FABiAnA nogueirA

há alguns anos o caminhoneiro Marcos José Fiacoski, de Umua-rama, no Paraná, vem se empe-

nhando para se tornar um “motorista mais qualificado”, como ele mesmo diz. Tanta dedicação deu resultado e Fiacoski, que sempre teve vontade de

premiação é parte das ações da caravana Siga Bem e aconteceu em São paulo

participar de um concurso para testar seus conhecimentos, acabou conquis-tando o primeiro lugar da quinta edi-ção do ‘Caminhoneiro do Ano’, reali-zado pela Caravana Siga Bem.

O prêmio foi um caminhão Stralis NR 380 zero quilômetro, que agora faz

Paranaense, de Uruarama, Fiacoski tem como objetivo a qualificação continuada

Das estradas para as telasAinda durante a premiação

do concurso, Marco Piquini, luis Fernando nery, gerente de res-ponsabilidade social da Petro-bras, e luiz Claudio Caseira san-ches, diretor da rede de postos de serviço da Petrobras distribuidor, foram presenteados com qua-dros produzidos pelos artistas sérgio e Helena dotta, do Ateliê dotta, pela Companhia Brasileira de Marketing (Cobram). As obras são referência à quinta edição da Caravana siga Bem e trazem, por exemplo, um stralis com dimensão de 0,90m por 1,20m.

vale ressaltar, ainda, que o Ateliê dotta, espaço cujo foco é a arte hiper--realista e o único especializado em desenho automotivo no Brasil, conta com uma vasta lista de clientes do mercado automotivo do país, como a pró-pria iveco, a Mercedes-Benz, a World Tractor, a norbrasil e a Fiat Powertrain.

parte da pequena ‘frota’ do motorista, ao lado de outros dois caminhões pe-quenos que circulam pelas estradas brasileiras há mais de dez anos.

Para chegar ao primeiro lugar, o paranaense passou por vários testes teóricos realizados entre outubro de 2010 e maio deste ano. Ele concorreu com 4,5 mil caminhoneiros de todo o país. Os 20 melhores foram para a etapa final: exames técnicos realiza-

dos no Autódromo de Interlagos, na capital paulista.

Segundo Marco Piquini, diretor de Comunicação da Iveco e responsável por entregar o prêmio a Fiacoski, “as-sociar o nome da Iveco às ações sociais da Caravana Siga Bem, assim como às atividades de valorização dos mo-toristas, como o concurso ‘Caminho-neiro do Ano’, alia a marca às grandes questões do país, ressaltando a Iveco como uma empresa de vanguarda no que diz respeito à responsabilidade social, ao bem-estar e à qualificação dos motoristas profissionais”.

Patrocinada pela Iveco e pela Petro-bras há três edições, a Caravana Siga Bem é um projeto criado em 2004 e que, durante os últimos anos, regis-trou a participação de 1,2 milhão de caminhoneiros, percorreu mais de 120 mil quilômetros, chegou a cerca de 200 municípios brasileiros e realizou 457 eventos nos 828 dias em que esteve nas rodovias latino-americanas.

Sérgio Dotta, Marco Piquini e Helena Dotta

Foto

s d

ivul

gaçã

o

MUNDoFiAT32 MUNDoFiAT 33

susT

ENTA

BILID

ADE

A Teksid pôs em prática, há cinco meses, novo sistema de recupera-ção e regeneração de areia em sua

Unidade Alumínio, enfrentando um dos principais desafios ambientais do setor de fundição: a destinação do resíduo só-lido do processo industrial.

“A nova unidade de produção de cabeçotes de alumínio da Teksid foi projetada dentro do conceito de susten-tabilidade e produção limpa, no qual o resíduo do processo deve ser reprocessa-

do e reutilizado internamente, dentro de possibilidades técnicas”, explica o res-ponsável pelo departamento de Implan-tação e Manutenção da empresa, Carlos Alberto Cunha, que iniciou o estudo de viabilidade a partir do trabalho de con-clusão de curso da especialização em Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os machos de fundição, que são pe-ças de areia e resina responsáveis por formar as cavidades internas dos pro-dutos fundidos, nesse caso os cabeçotes, são descartados após o processo de va-zamento e solidificação da peça. Antes do projeto de reaproveitamento, esse descarte de areia era 100% depositado em um aterro controlado, conforme a legislação ambiental. “Agora passamos a reutilizar no mínimo 90% desse resí-duo”, explica o responsável da Engenha-ria Industrial Alumínio, Bruno Valle. O impacto da inovação é notável: sem ele, o descarte de areia chegaria a 4,4 mil to-neladas apenas em 2011.

O processo de reaproveitamento da areia se dá por meio de recuperação me-cânica e regeneração térmica, processo através do qual são queimados todos os aglomerantes adicionados à areia, para deixá-la em condições semelhantes à de material novo. A areia é desintegrada e peneirada mecanicamente com equi-pamentos vibratórios que separam os grãos dos resíduos metálicos. Em segui-da, ela é aquecida por insuflamento de ar e gás natural até atingir uma tempe-ratura de 800ºC. É neste momento que

teksid reaproveita 90% da areia do processo produtivoreutilização do insumo gera economia e diminui impacto ambiental, através de processo de recuperação mecânica e regeneração térmica da areia

por dAnielA venânCio

as resinas existentes em cada grão são removidas por quei-ma e aspiração, permitindo que a areia volte a ser utilizada na pro-dução dos machos. “Dessa forma, o ci-clo da areia no pro-cesso de fundição é fechado, ou seja, no mínimo 90% do material é reapro-veitado, deixando de ser extraído da natureza e, consequentemente, também não mais devolvido ao ambiente sob a forma de resíduo”, explica o Carlos Alberto Cunha.

PreoCuPAção AMBienTAlSegundo o responsável Industrial da

Unidade Alumínio, Geraldo Magela Ma-chado de Souza, a recuperação e regene-ração da areia na própria planta indus-trial poupa o meio ambiente tanto na extração quanto na deposição final dos resíduos. “Durante a fase de definição desse projeto, visitamos uma mina de extração de areia nova, além dos aterros onde são depositados os resíduos, para

conhecer me-lhor todo o ciclo percorrido pela areia ao longo da

cadeia produtiva até o descarte”, conta Magela.

O projeto é mais uma iniciativa

de responsabilidade am-biental da Teksid. Além

da recuperação e regenera-ção da areia, a empresa possui

sistemas de recirculação de água de refrigeração industrial e aqueci-

mento solar da água dos vestiários. A Teksid também privilegia o uso de óleos hidráulicos biodegradáveis e telhas ter-mo-acústicas, que evitam a propagação de calor e ruído. “A iluminação e a venti-lação são naturais no galpão e, por isso, não é necessário o consumo de energia elétrica durante o dia para essas finali-dades”, explica Magela.

Por fim, o responsável de Fabrica-ção da Unidade Alumínio da Teksid e, consequentemente, o consumidor final da areia na fabricação dos machos de fundição, Olinto Vargas, ressalta: “A areia regenerada é tão eficaz quanto a areia nova”.

Bruno Valle: o descarte de areia era 100% depositado em um aterro controlado, conforme a legislação ambiental; agora passamos a reutilizá-lo

O macho de fundição (ao

lado), peça de areia e resina

responsável por moldar

as cavidades internas

das peças fundidas

Foto

s ig

náci

o C

osta

MUNDoFiAT34

NEgÓ

CIOs comau expande negócios

com manutenção industrialA empresa já atua nos setores automotivo, químico, petroquímico, siderúrgico, papel e celulose, mineração e alimentício com foco na qualidade e produtividade

por izABelA ABreu

AComau do Brasil vem ganhando cada vez mais espaço na área de manutenção in-dustrial. Recentemente a empresa fechou

duas importantes parcerias. Uma delas com a MRS, concessionária que controla, opera e moni-tora a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. E outra com a Transpetro, maior armadora da América Latina e principal empresa de logística e transporte de combustíveis do Brasil. Reflexo do trabalho desenvolvido pela Comau é a carteira de clientes, que inclui empresas do porte da Suzano Papel e Celulose e da Tetrapak.

O acordo com a MRS representa um impor-tante passo na expansão dos negócios da Co-mau, conforme explica o diretor da Unidade de Negócios Service da empresa, Hiram Reis. “A partir desta parceria, a Comau vai expandir suas atividades no segmento ferroviário, entregando um serviço diferenciado. Iremos aprender muito e também levar boas práticas desenvolvidas em outros segmentos, sempre focados no aumento da produtividade e na qualidade dos serviços re-alizados”, afirma. A Comau já atua nos setores automotivo, químico, petroquímico, siderúrgico, papel e celulose, mineração e alimentício.

Interligando os estados do Rio de Janeiro, Mi-nas Gerais e São Paulo, a MRS possui 1.643 km de trilhos, que facilitam o transporte de cargas na região que concentra mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e onde estão insta-lados os maiores complexos industriais do país. Os principais produtos transportados são miné-rio, cimento, bauxita, coque verde, contêineres e produtos siderúrgicos e agrícolas.

Uma equipe estará dedicada à manutenção preventiva, corretiva, inspeção, usinagem e cal-deiraria em locomotivas, vagões e componentes elétricos e mecânicos da unidade da MRS no Horto Florestal, em Belo Horizonte. “Queremos agregar valor ao nosso cliente através da implan-tação de sistemas da gestão da manutenção, pla-nejamento e engenharia das atividades, de modo a aumentar a eficiência operacional e melhorar a utilização dos ativos, otimizando os custos fi-nais”, explica Reis.

Já o contrato com a Transpetro, tem duração de quatro anos. “A Comau vai manter uma equipe de especialistas em mecânica, elétrica e instru-mentação, além de executar as inspeções prediti-vas nos equipamentos, de modo a manter a con-fiabilidade operacional dos mesmos”, destaca.

Os serviços prestados para a Transpetro se-rão na área de manutenção preditiva, preven-tiva e corretiva no sistema Oleoduto São Paulo (Osbra), que transporta os derivados de petró-leo da refinaria de Paulínia, em São Paulo, até Brasília. “Seremos responsáveis pela manuten-ção de equipamentos dos cinco terminais e das duas bases intermediárias, que estão divididos em três estados (São Paulo, Minas Gerais e Goi-ás) e no Distrito Federal, incluindo as bombas principais do oleoduto, sistemas de transferên-cia e estocagem e sistemas de abastecimento de caminhões de distribuição de combustíveis”, detalha o diretor.

div

ulga

ção

Mrs

Job: 16781-004 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 16781-004-AFD-BRA-An bancos solidos 17.5x25.5_pag001.pdfRegistro: 29993 -- Data: 17:10:57 01/06/2011

MUNDoFiAT36 MUNDoFiAT 37

CERT

IFICA

çõEs

cuidar da saúde e segurança dos empregados através de melho-res condições dos ambientes de

trabalho é uma busca e desafio per-manente no Grupo Fiat. Mas garantir um sistema de gestão da saúde e se-gurança no trabalho eficaz e de forma que faça parte da rotina é um grande desafio para os gestores. A certifica-ção do sistema segundo a norma OH-SAS 18001, que determina requisitos e serve de referência para a avaliação das empresas no que diz respeito ao

empresas Fiat buscam excelência em segurança e saúde no trabalhoempresas do grupo investem na obtenção da certificação do Sistema de gestão da Saúde e Segurança no trabalho, baseada na norma ohSAS 18001:2007, que determina requisitos para a saúde e segurança no trabalho

por FrederiCo MACHAdo

tema, é um grande avanço nesse sen-tido. Por isso, as empresas do Grupo estão investindo na obtenção e manu-tenção dessa certificação.

O Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho da Fiat Au-tomóveis foi certificado segundo a norma OHSAS 18001 em março pas-sado. “O significado maior dessa cer-tificação é a confirmação e o reconhe-cimento de que o nosso sistema está em conformidade com o que determi-na a norma, coerente com a Política

O Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no trabalho da Fiat automóveis foi certificado segundo a norma OHSaS 18001

sânz

io M

ello

de Segurança e Saúde no Trabalho e valores da empresa, demonstrando assim estar promovendo e preservan-do a segurança e saúde no trabalho e o melhoramento contínuo”, afirmou o responsável pela área de Engenharia de Segurança do Trabalho da empre-sa, Wellington Carvalho.

Para chegar até a certificação, o caminho percorrido pela Fiat Auto-móveis foi longo. E nessa trajetória, a conscientização de cada empregado foi indispensável. “Toda tarefa exige muita atenção. Nas prensas, lidamos com chapas de metal que precisam ser manipuladas com cuidado para ga-rantir a segurança”, exemplifica Tiago José de Oliveira, operador de proces-sos industriais das Prensas.

A preocupação com a segurança começa antes mesmo da jornada de trabalho, com as reuniões de Bom Dia e Boa Noite, que lembram os cuidados necessários para cada atividade. E quem é contratado tem que compreen-der e aplicar corretamente as normas de segurança e saúde para começar suas atividades. “Além do treinamen-to teórico, ministramos aulas práticas nas oficinas. Explicamos o processo produtivo, mostramos cada equipa-mento e destacamos a importância da aplicação das regras de segurança”, descreve o técnico de segurança do trabalho da Fiat Automóveis, Gláucio Vilaça. E ter máquinas mais seguras também é indispensável nesse pro-cesso. Por exemplo, as prensas auto-matizadas e também as manuais da planta de Betim produzem menos ru-ídos e são equipadas com sistemas de segurança que para o funcionamento da máquina quando detecta o acesso de alguma pessoa na zona de estam-pagem ou é necessária alguma inter-venção no local.

Mesmo os empregados que de-sempenham funções aparentemente seguras estão atentos. Quem trabalha nos escritórios e fica no computador a maior parte do tempo deve ficar liga-

do na ergonomia, buscando sempre a melhor postura. “Procuro me alongar depois de passar muito tempo senta-do, além de caminhar um pouco. Se não faço isso, ao fim do dia me sin-to mais cansado”, diz o supervisor de metodologia da Diretoria Administra-tivo Financeira (DAF), Sílvio Mizerani.

Outra empresa que passou por au-ditorias de certificação recentemente foi a Magneti Marelli. As unidades em Contagem e Itaúna, Minas Gerais, e São Bernardo do Campo, em São Pau-lo, receberam a recomendação para a OHSAS 18001 neste ano, enquanto as outras dez unidades finalizaram o processo em 2010.

Na Marelli, foram definidos proce-dimentos e regras que tiveram como objetivo melhorar ainda mais os cui-dados com a saúde e segurança du-rante o tempo que o funcionário per-manece dentro da empresa. Com base na Política Corporativa de Saúde e Segurança do Trabalho, foi implemen-tada metodologia para identificar e controlar os perigos e riscos de segu-rança e saúde que eventualmente pos-sam existir nos processos, produtos e serviços.

E para ajudar na conscientização dos funcionários, alvos desse trabalho e peças fundamentais dessa engrena-

Os resultados na CnH: o número de

acidentes com ou sem afastamento foi reduzido

em 20%

div

ulga

ção

Cn

H

38 MUNDoFiAT 39MUNDoFiAT

CERT

IFICA

çõEs gem da segurança no dia a dia, a em-

presa providenciou a elaboração de uma cartilha, na qual os personagens explicam de forma bastante didática a importância da OHSAS 18001 e seus benefícios. Foram impressos dez mil exemplares, distribuídos em todas as unidades da empresa.

“A certificação OHSAS 18001 é o auge desse processo, mas a base é o sistema de gestão de saúde e seguran-ça no qual estamos trabalhando há tempos. Esse sistema mobiliza a em-presa toda, compartilha responsabili-dades, age nos treinamentos e expres-sa objetivos e metas. E nossa meta é chegar ao zero acidente”, explica o responsável corporativo de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente da Mag-neti Marelli, Heber Braida.

novos MerCAdosA comunicação direta com os em-

pregados também foi a estratégia uti-lizada pela Case New Holand. Em de-zembro do ano passado, as plantas de Sorocaba e Piracicaba, no interior de São Paulo, e Curitiba, capital parana-ense, receberam a certificação. A uni-dade de Contagem, em Minas Gerais, foi certificada em março deste ano.

“A taxa de sucesso depende de quão conscientes as pessoas estão sobre a aplicação desses sistemas ba-seados na norma OHSAS e seus bene-fícios. Essa é a chave do sucesso. O grande foco foi, junto com a equipe de comunicação interna, transmitir as melhorias junto a todos os emprega-dos”, explica o responsável da Segu-rança do Trabalho, Saúde e Meio Am-biente da New Holland para a América Latina, Giuliano Marchiani.

“Outra vantagem importante é a competitividade em mercados exter-nos, uma vez que, com a certificação, podemos atuar em países que exigem essa certificação como condição para a venda de produtos”, explica o dire-tor industrial da unidade da CNH em Piracicaba, Vagner Furlan.

o que é a norma ohSAS 18001:2007?

oHsAs é a sigla em inglês de “série para Avalia-ção de saúde e segurança ocupacional”.

A oHsAs 18001 é uma especificação de requisi-tos internacionalmente reconhecida para sistemas de gestão de saúde ocupacional e segurança den-tro de uma empresa. Foi desenvolvida por um con-junto de organismos e empresas certificadoras de diversos países, para preencher uma lacuna para a qual não existia uma norma internacional.

Certificadoras credenciadas podem conceder a certificação oHsAs 18001, que foi desenvolvida em compatibilidade com a iso 9001 e a iso 14001, para ajudar as empresas a cumprir suas obrigações de saúde e segurança de modo eficiente.

Cartaz da Magneti Marelli e certificações da CnH

Cartilha em que os personagens explicam de forma bastante didática a importância da OHSaS 18001

E os resultados já podem ser quan-tificados na CNH. Em uma comparação do primeiro semestre de 2010 com o de 2011, o número de acidentes com ou sem afastamento foi reduzido em 20%.

CoMPeTição inTernAA Iveco é outra empresa do Gru-

po Fiat que também caminha para ter todas suas plantas certificadas com a OHSAS 18001. No fim de 2010, as unidades de Sete Lagoas, em Minas Gerais e Córdoba, na Argentina, con-cluíram a certificação. Em La Victoria, na Venezuela, a previsão é que a uni-dade receba o aval dos auditores em novembro próximo.

E para garantir excelência em segurança do trabalho, uma das fer-ramentas utilizadas pela empresa é uma competição entre as unidades, a chamada Copa Iveco de Segurança. “É uma competição sadia, na qual os colaboradores desenvolvem o traba-lho em equipe, sempre visando o zero acidente. Cada Unidade tecnológica Elementar (UTE) é avaliada por repre-sentantes de outras UTEs da mesma unidade. Nesta avaliação é utilizado um check-list com 11 temas distintos de segurança e, conforme o resultado, a UTE é pontuada e entra na classifi-cação geral da área e da fábrica. Todos os meses as unidades que apresentam a melhor pontuação são reconhecidas e, uma vez por ano, são premiadas”, explica o gerente da Área de Seguran-ça, Saúde e Ambiente da Iveco, Gusta-vo Saldanha.

O conceito de segurança é tratado em workshops, como o Acidente Zero. Nesse evento, conduzido pelo diretor industrial, participam todos os inte-grantes da gestão da área industrial e são reforçados os conceitos, diretrizes e metas de segurança e é estimulada a comunicação eficiente para que se chegue ao objetivo já exposto no pró-prio nome do encontro: eliminar os acidentes das unidades.

Os resultados mostram que a Ive-co está caminhando nesse sentido. “Iniciamos os trabalhos em meados de 2009 e desde que começamos a trabalhar na preparação para implan-tação do Sistema de Gestão de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho já conseguimos redução de aproxima-damente 66% na taxa de frequência de acidentes e 70% na taxa de gravida-de”, revela Gustavo Saldanha.

TrABAlHAr eM gruPo é MAis FáCilA Comau recebeu a certificação

OHSAS 18001 em dezembro de 2010. A empresa realizou um trabalho inten-sivo de adaptação do seu Sistema de Gestão de Segurança e Saúde – WCP (World Class Protection). Esse sistema traz um novo formato da prática da Segurança do Trabalho, que é o Pro-cesso de Segurança pela Liderança, onde o tema Segurança e Saúde são vistos como uma das principais me-tas dos líderes bem como, uma forma de demonstração de respeito aos seus liderados.

acima, à esquerda,

iveco conclui certificação

em Sete Lagoas. acima,

à direita, na Comau o

Processo de Segurança pela

Liderança

div

ulga

ção

ivec

og

usta

vo l

oval

ho

MUNDoFiAT40

CERT

IFICA

çõEs Além da adaptação do Sistema de

Gestão de SST, suas instalações Ser-vice e Systems em Betim sofreram al-gumas adaptações. Como estratégia para a certificação, foram formados 13 grupos de trabalho com temas específicos, cada um com aproxima-damente dez pessoas para, com o suporte da equipe de Engenharia de Segurança do Trabalho, trabalharem pela redução de riscos nos processos mais críticos, como trabalhos com eletricidade, bloqueio de energias pe-rigosas, trabalho em altura, sinaliza-ção de segurança, plano de ação de emergência, entre outros. Das reuni-

ões desses grupos saíram sugestões para adaptações no maquinário, trei-namentos, sinalizações a serem im-plantadas, idéias para simulados de emergência e outras práticas.

Em 2010 a Comau aumentou seu quadro de pessoal e, em contraparti-da o número de acidentes foi reduzido em relação aos anos anteriores, em aproximadamente 30%. A percepção adquirida com a mudança de proces-sos para adequação à OHSAS 18.001 contribuiu significativamente para esta redução. Todos os postos de tra-balho da COMAU foram analisados

sob o ponto de vista ergonômico e es-sas avaliações realizadas foram des-taque durante a auditoria.

“A certificação não é obrigatória. Demonstra a preocupação e o com-promisso da Comau com a saúde e segurança dos seus empregados. Os grupos formados mudaram a percep-ção de risco dos envolvidos, que pu-deram compartilhar o conhecimento adquirido com seus colegas de traba-lho e, à medida que as pessoas se en-volveram com os temas trabalhados, se comprometeram ainda mais com o assunto. E quando o tema é Seguran-ça e Saúde, este comprometimento re-flete diretamente na prevenção de in-cidentes e doenças e no bem estar dos empregados. O trabalho em equipe levou a COMAU à certificação OHSAS e esta certificação fortalece a imagem e a participação da Comau nos seus mercados de atuação”, explica a en-genheira de segurança do trabalho da Comau, Fabiana Siqueira.

PioneirisMo Se várias empresas conseguem

agora a OHSAS 18001, a Teksid foi uma das primeiras fundições do mun-do e a primeira empresa do grupo a conseguir a certificação, em 2001. Trabalhar de acordo com o que dis-põe a OHSAS 18001 traz resultados significativos. Desde a certificação, o número de acidentes vem caindo a cada ano, produzindo nos últimos dez anos uma redução de mais de 50% no número absoluto de acidentes (com e sem afastamento).

Apesar de já estar de acordo com o que prevê a norma internacional há quase uma década, a Teksid sabe que o trabalho continua. “Pela com-plexidade de uma fundição, estamos cientes que ainda há muito para se fazer para melhoria de nosso desem-penho: manter e melhorar o nível de capacitação e qualificação dos nossos colaboradores e também manter os investimentos já em andamento e ou-

na teksid certificação uma redução de mais de 50% no número absoluto de acidentes

na página ao lado, o objetivo da FPt é alcançar zero acidente, dia após dia

div

ulga

ção

Teks

id

tros tantos previstos para os próximos anos”, relata o responsável pela Área de Engenharia de Segurança e Contro-le Ambiental da Teksid, Ezequiel de Oliveira Filho.

TroCA de CerTiFiCAdorAA Fiat Powertrain foi certificada

segundo as normas que contemplam a OHSAS 18001 em 2007, mas pas-sou por uma troca de certificadora no ano passado. “Após uma decisão tomada pela diretoria do Grupo Fiat, todas as certificações referentes à OH-SAS 18001 nas empresas deveriam ser obtidas junto à certificadora SGS. Sendo assim, em novembro de 2010, fomos auditados e recomendados por esta certificadora”, explica o enge-nheiro de segurança e meio ambiente da Fiat Powertrain, Irio Grossi.

O engenheiro lembra que a manu-tenção da certificação é tão ou mais trabalhosa do que a conquista da mesma. “O trabalho dos líderes de to-das as áreas é infindável, pois somos referência para nossos colaboradores no sentido de aprimorar a cultura de segurança transformando-a em um valor para todos. Além do que, todo o sistema que contempla as normas OHSAS é baseado no princípio da me-lhoria contínua, e a manutenção da certificação requer o mesmo ou maior esforço utilizado para a sua obtenção,

o World Class Manufacturing (WCM) é o mode-lo adotado pelas empresas do grupo Fiat - Magneti Marelli, Teksid, Fiat, Case new Holland, FPT e iveco - e reúne as melhores práticas mundiais da produção industrial, visando a eliminação de desperdícios de qualquer espécie (de energia, de materiais e de esfor-ço humano envolvido), melhorando a qualidade e re-duzindo custo de transformação e prazo de entrega.

o WCM é dividido em dez pilares, e o primeiro trata exatamente da segurança no trabalho. Como as empresas do grupo Fiat já estavam familiarizadas com esse sistema de produção, conseguir a certifica-ção segundo normas do sistema de gestão da saúde e segurança ficou mais fácil.

“um diferencial é que as ferramentas do WCM aju-daram muito na implantação do sistema de saúde e segurança no trabalho. A s-eWo, por exemplo, é uma ferramenta que auxilia identificar a causa-raiz das ocor-rências. Tendo essa informação, é possível evitar a rein-cidência.”, explica Heber Braida, da Magneti Marelli.

As empresas expandiram a metodologia do WCM. “investimos na expansão da metodologia, buscando o aprimoramento contínuo dos nossos operadores quanto ao comportamento seguro servindo como exemplo dentro e fora da empresa”, explica irio gros-si, da Fiat Powertrain.

na Fiat Automóveis, com o auxílio do pilar segu-rança do WCM, foram criadas na área industrial uni-dade Tecnológica elementar (uTe) modelo em segu-rança. “As metodologias e ferramentas dos diversos pilares, entre eles, o Pilar segurança, nos possibili-tam trabalhar de forma planejada e coesa principal-mente nos aspectos comportamentais e tendo como premissa básica a definição de uma uTe modelo, que a partir dos resultados se estende as boas práticas para as demais uTes”, explica o responsável pela área de engenharia de segurança do Traba-lho da Fiat Automóveis, Wellington Carvalho.

o aprimoramento contínuo nos dez pilares do wcM

O envolvimento de todos, por meio de sugestões de ideias, é imprescindível para o sucesso

do world Class Manufacturing

stud

io C

erri

MUNDoFiAT42

CERT

IFICA

çõEs

lembrando sempre que todo este es-forço só é dispensado no intuito de al-cançar o zero acidente, dia após dia”, reforça Grossi.

CoMuniCAçãoAlém de palestras, treinamentos e

workshops, é necessário lembrar os empregados sobre as normas de se-gurança o tempo todo. Nesse sentido, cartazes e avisos espalhados pelas fábricas; e as cartilhas de conscienti-zação distribuídas aos colaboradores são essenciais.

Na Fiat Automóveis, placas infor-

mativas com temas sobre segurança e saúde foram instaladas nas áreas de trabalho, na altura dos olhos, para chamar atenção sobre itens indispen-sáveis para realização de um trabalho seguro. “O apelo visual é muito im-portante. Na área industrial há placas e cartazes localizados em pontos es-tratégicos. O objetivo é chamar a aten-ção”, conta o engenheiro de Seguran-ça do Trabalho da Fiat Automóveis, João Batista Gomes.

Na Fiat Powertrain, as dicas de se-gurança receberam um auxílio da tec-nologia e são exibidas em televisores nas unidades. “Aprimoramos nossa comunicação interna, abrangendo to-dos os públicos de forma mais clara e objetiva, utilizando de recursos ino-vadores como monitores de televisão que divulgam constantemente as re-gras internas, dicas e as boas práticas de segurança, além de utilizar recur-sos publicitários para fixar conteú-dos”, explica Irio Grossi.

Na Magneti Marelli e na Teksid foram elaboradas cartilhas que expli-cavam os requisitos da norma OHSAS 18001. “Elaboramos uma cartilha ilustrada contendo todos os requisitos da norma, distribuímos um cartão--crachá com a Política de Segurança e Saúde aos colaboradores afixamos faixas pela fundição”, explica Eze-quiel Oliveira, da Teksid.

wcp – world class protectiono WCP, em português Proteção de Classe Mundial, é o sistema de gestão de seguran-

ça e saúde do Trabalho da CoMAu. este sistema agregou as melhores práticas do nosso antigo sistema Plano gestor de segurança (Pgs), as melhores práticas do Pilar segurança do WCM e o cumprimento de requisitos da oHsAs 18.001.

o objetivo do WCP é proporcionar a evolução da Cultura de saúde e segurança da empresa, visando ao aumento da maturidade da liderança e reforço do Comportamento seguro, proporcionando a melhoria de qualidade de vida das pessoas e melhorias no ambiente de trabalho, garantindo a integridade física e mental de todas as pessoas en-volvidas nos processos de trabalho da Comau.

em 2010 a FPt foi auditada e recomendada pela certificadora SGS

stud

io C

erri

Job: 268564 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 268564-21391-74772-03-08 ANUNCIO 35 ANOS VITRINE 17.5x25.5_pag001.pdfRegistro: 39460 -- Data: 12:38:56 03/08/2011

MUNDoFiAT44 MUNDoFiAT 45

PERF

IL

estudioso incansável da sociedade brasileira, o antropólogo Roberto DaMatta utiliza-se mais uma vez

de um elemento simbólico do compor-tamento do brasileiro para desvendar os meandros de nossa sociedade. Após

roberto DaMatta:a lei é para todoso antropólogo reflete sobre os motivos pelos quais o trânsito é responsável por 40 mil mortes por ano no Brasil

por FrederiCo TonuCCi

investigar o carnaval, o jogo do bicho e o futebol, ele agora dedica sua acuida-de analítica ao trânsito. Fé em Deus e pé na tábua: ou como e por que você enlou-quece dirigindo no Brasil é o seu novo livro, publicado pela editora Rocco.

Foto

s ig

náci

o C

osta

O renomado intelectual lança o livro intitulado Fé em deus e pé na tábua

A ideia do livro surgiu após uma série de pesquisas sobre o compor-tamento dos motoristas no Espírito Santo, encomendadas pelo governo estadual, com o intuito de melhorar o trânsito local. A partir do resultado obtido, DaMatta resolveu organizar os textos, com a colaboração de João Gil-berto Vasconcellos e Ricardo Pandolfi.

A obra é uma reflexão sobre os motivos pelos quais o trânsito é res-ponsável por 40 mil mortes por ano no Brasil. Segundo DaMatta, as cau-sas têm raízes na formação da cul-tura brasileira, fortemente marcada pelo comportamento aristocrático, que despreza a noção de igualdade. No trânsito, impera o desrespeito às regras pelo simples fato de que o bra-sileiro, em sua maioria, acha que elas são feitas para o outros.

Ultrapassagens perigosas, avan-ços de sinais vermelhos, trocas de ofensas, entre outras práticas que es-tabelecem o caos nas ruas, são, para o antropólogo, reflexos de um país que não aprendeu a conviver com base no respeito ao outro. O automó-vel é um instrumento de poder, domi-nação e divisão social. A rua não é compreendida como espaço público, onde todos compartilham as mesmas regras e deveres, mas sim um espa-ço no qual o outro é o inimigo. Tudo isso somado ao conceito de que Deus protege a todos, o que nos exime de responsabilidades.

O diagnóstico final, porém, não é desanimador. Segundo o antropólogo, todos estes problemas têm uma solu-ção viável, mas só possível por meio da educação dos motoristas e do es-tabelecimento de regras e da punição efetiva de quem as desrespeitar.

inTérPreTe do BrAsilRoberto Augusto DaMatta nas-

ceu na cidade fluminense de Niterói, em 1936. Seu currículo é extenso: conferencista, professor, consultor, colunista de jornal, produtor de TV.

Após terminar seus estudos no Bra-sil, mudou-se para os Estados Uni-dos, onde obteve o status de mestre e doutor pela Universidade de Harvard. Chefiou ainda o departamento de An-tropologia na Universidade de Notre Dame , no estado de Indiana, tornan-do-se referência sobre o Brasil.

Ele, porém, se considera um mar-ginal no universo acadêmico, “no sentido clássico da palavra”. Em 1979, nos anos de chumbo, lançou uma obra que orientaria toda sua pes-quisa sobre o Brasil e os brasileiros:

Carnaval, Malandros e Heróis. Nesta obra, analisa a frase “sabe com quem você está falando?” para identificar a maneira arrogante e prepotente com a qual o brasileiro age em sociedade. Na época, a maioria dos estudiosos e acadêmicos brasileiros tentava ex-plicar o País e nossa cultura a partir de uma perspectiva marxista, com base no conceito de classes sociais. Ao invés de analisar a sociedade ten-do em vista os aspectos econômicos e políticos, DaMatta preferiu seguir o exemplo do sociólogo pernambucano Gilberto Freire para tecer suas pes-quisas baseadas na interpretação de fenômenos da cultura popular, como o Carnaval, o futebol, o jogo do bi-cho, entre outros.

“Dentro de um veículo viramos nazi-fascistas. Nos transformamos em hierarcas superiores

em um espaço marcado pela igualdade. Admoestamos quem ousa desobedecer e desafiar o fato de a rua ser dos carros... Nossa investigação teve como objetivo

descobrir os notórios ataques de nervos, traduzidos em rebeliões e agressões diante

das normas de governabilidade de um espaço que é de todos.”

trecho de Fé em Deus e pé na tábua: ou como e por que você enlouquece dirigindo no Brasil

MUNDoFiAT46 MUNDoFiAT 47

PERF

IL Mundo Fiat: Por que o título “Fé em Deus e Pé na Tábua”?DaMatta: Na minha geração era mui-to comum usar essa expressão para dirigir. O brasileiro acha que deve cor-rer, e corre muito. O brasileiro pensa que está protegido porque é filho de Deus, e enfia o pé na tábua – a tábua é o acelerador. E até hoje nós temos ma-nia de correr, o excesso de velocidade é normal. O mundo da rua é o mundo da velocidade, perigoso, onde os outros são inimigos, não são companheiros de rua, de cidade.Mundo Fiat: Qual a relação desse li-vro com suas demais obras?DaMatta: O livro é mais uma manei-ra de falar do Brasil através de outra janela. Quando escrevi Carnaval, Ma-landros e Heróis, o carnaval foi só um pretexto para falar do Brasil de uma maneira sócio-historiográfica. E tudo leva ao mesmo ponto – é uma socie-dade que tem alergia à igualdade. É

o que a gente vê nos jornais todos os dias.Mundo Fiat: Por que o trânsito no Brasil é caótico?DaMatta: Porque o trânsito leva, obri-gatoriamente, a uma situação igualitá-ria, e nós não conseguimos aguentar. A gente fica nervoso, aí começa a dar o “jeitinho” – bate o carro, ultrapassa o sinal vermelho. Todas as ultrapas-sagens possíveis nós fazemos, por-que nós não aprendemos a lidar com a igualdade. Tudo isso se explica pelo fato de sermos uma sociedade de ma-triz aristocrática – nossa história tem reis, tem todos os modelos de quem é superior e que não obedece a lei.Mundo Fiat: Como o brasileiro se comporta em relação ao outro?DaMatta: O bêbado é sempre o outro, o barbeiro é sempre o outro. Porque o mundo da rua é o contraste do mun-do da casa – tudo que você faz em casa você não faz na rua, e tudo que

DaMatta no evento de lançamento do seu livro, em Belo Horizonte

“Fé em Deus e pé na tábua: ou como e por que você enlouquece dirigindo no Brasil”editora: rocco192 páginasPreço: r$ 25,00

Índios e castanheiros (com roque

de Barros Laraia) - 1967

ensaios de antropologia cultural -

1975

Um mundo dividido: a estrutura

social dos índios Apinayé - 1976

(em inglês, 1982)

carnavais, malandros e heróis -

1979 (em francês, 1983;

em inglês, 1991)

Universo do carnaval: imagens

e reflexões - 1981

relativizando: uma introdução

à antropologia social, 1981

o que faz o brasil, Brasil? - 1984

A casa e a rua: espaço, cidadania,

mulher e morte no Brasil - 1984

(em 2000, foi lançada a 11ª edição)

explorações: ensaios de sociologia

interpretativa - 1986

conta de mentiroso: sete ensaios

de antropologia brasileira - 1993

torre de Babel: ensaios, crônicas,

críticas, interpretações e fantasias

- 1996

Águias, burros e borboletas: um

ensaio antropológico sobre o jogo

do bicho - 1999

profissões industriais na vida

brasileira - 2003

tocquevilleanas, notícias da América

- 2005

A bola corre mais que os homens:

duas copas - 2006

o que é Brasil? - 2007

crônicas da vida e da morte - 2009

Fé em Deus e pé na tábua - 2010

OBRAS DE ROBERTO DAMATTAvocê eventualmente faz na rua não faz em casa. Mundo Fiat: O que leva ao nervo-sismo, ao surto da agressividade ao volante?DaMatta: Há uma raiz igualitária no trânsito. Não tem como fazer um sinal vermelho especial para carros oficiais, para os ricos, para os pobres. O trân-sito é igualitário por definição. Então quando se fala aqui no Brasil que te-mos que acabar com a desigualdade está errado. Nós temos é que criar a igualdade, coisa que nunca tivemos. Mundo Fiat: Você morou e traba-lhou nos Estados Unidos durante muito tempo. Qual a diferença en-tre a cultura do trânsito lá e aqui? Como se dá a relação com o outro nos EUA?DaMatta: Em primeiro lugar, lá o ou-tro existe, é um país igualitário. Na minha primeira experiência nos EUA, em 1963, fiquei impressionado por-que a gente botava o pé na rua e os carros paravam. Até a construção do espaço público americano é muito bem arquitetado. Foi quando me chamou a atenção essa relação do brasileiro com o trânsito.Mundo Fiat: O que mudou no país desde o lançamento de Carnaval, Malandros e Heróis?DaMatta: Em 1979, o Brasil não era uma sociedade de classes, não era uma sociedade burguesa – hoje, está começando a querer ser uma sociedade burguesa, igualitária – mas naquela época era uma sociedade segmentada, patronal. Então hoje mudou muito.

MUNDoFiAT48 MUNDoFiAT 49

veloCidAde MáxiMA

1o Fei baja 2 – centro Universitário da Fei / Sp

2o eesc usp 1 – escola de engenharia de São carlos / Sp

3o komiketo – Universidade Federal de São joão Del rei / Mg

susPensão e TrAção

1o Fei baja 1 – centro Universitário da Fei / Sp

2o cefast – cefet Mg / Mg

3o vitória baja – Universidade Federal do espírito Santo / eS

endure

1o vitoria baja – Universidade Federal do espírito Santo / eS

2o Fei baja 1 – centro Universitário da Fei / Sp

3o piratas do vale – Unesp – guaratinguetá / Sp

ConForTo

1o Fei baja 2 – centro Universitário da Fei / Sp

2o Fei baja 1 – centro Universitário da Fei / Sp

3o vitória baja – Universidade Federal do espírito Santo / eS

APresenTAção de ProJeTo

1o Fei baja 2 – centro Universitário da Fei / Sp

2o Fei baja 1 – centro Universitário da Fei / Sp

3o Baja ufmg – Universidade Federal de Minas gerais / Mg

gerAl

1o Fei baja 1 – centro Universitário da Fei / Sp

2o vitória baja – Universidade Federal do espírito Santo / eS

3o eesc usp 2 – escola de engenharia de São carlos / Sp

CONFIRA OS RESULTADOS

BAjA Baja revela talentos da engenharia

com patrocínio da Fiat, a competição Baja SAe Brasil desenvolve nos futuros engenheiros o espírito de equipe, dando oportunidade para a prática do que aprenderam nas universidades

por FrederiCo TonuCCi

nhecimento sobre a técnica de produ-ção dos veículos. No primeiro dia de prova foram avaliados os aspectos de segurança, conforto e regulagem do motor. Em seguida, ocorreu a prova de suspensão e tração. A emoção maior aconteceu no segundo dia, quando os participantes disputaram a prova de velocidade e o enduro de resistência, com três horas de duração.

A equipe do Centro Universitário da FEI, de São Paulo, foi o destaque, vencendo quatro das cinco categorias, com suas duas equipes (Velocidade Máxima, Suspensão e Tração, Con-forto e Apresentação do Projeto). Na categoria Endure, venceu o time da Universidade Federal do Espírito San-to (confira a classificação geral e por categorias no quadro ao lado).

Para o Thiago Dester, diretor res-ponsável em Associação, Comunicação e Marketing da competição regional, o evento é uma oportunidade para os alunos colocarem em prática aquilo que aprenderam nas universidades. “Eles desenvolvem o espírito de equi-pe, o que é importante para carreira de engenheiro. Além disso, a competição é uma vitrine para o mercado de tra-balho, pois grandes empresas como Fiat, New Holland, Comau, Iveco e Teksid,estão envolvidas”, ressalta.

Além da Etapa Sudeste, a SAE Brasil realiza mais duas competi-ções regionais durante o ano:a Etapa Sul, agendada para os dias 17 e 18 de setembro, no Distrito Industrial de Gravataí, no Rio Grande do Sul; e a Etapa Nordeste, nos dias 4 e 5 de novembro, no Estádio Municipal de Camaçari, na Bahia.

Fundada em 1991, a SAE Brasil é uma associação sem fins lucrativos e que congrega pessoas físicas (enge-nheiros, técnicos e executivos) unidas pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas va-riadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.

Os veículos são projetados pelos próprios universitários

as provas aconteceram no Distrito industrial de Sarzedo (MG), no campo de demonstração da new Holland Construction

A SAE Brasil (Sociedade de En-genheiros da Mobilidade) pro-moveu, nos dias 30 e 31 de

julho, a Competição Baja SAE Bra-sil – Etapa Sudeste Fiat. As provas aconteceram no Distrito Industrial de Sarzedo (MG), no campo de demons-tração da New Holland Construction. O evento reuniu 430 estudantes de Engenharia de instituições de ensino de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Fe-deral. Ao todo foram 25 carros de 23 universidades.

Os veículos Baja que participam das competições são projetados e cons-truídos pelos próprios universitários. São protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de--estrada, com quatro ou mais rodas e devem ser capazes de transportar pes-soas com até 1,90m de altura, pesando até 113,4 kg. O motor padrão é de 10 HP. Fica por conta das equipes projetar e construir os sistemas de suspensão, transmissão, freios e chassi.

O evento tem como objetivo pro-mover a troca de experiências e co-

Foto

s st

udio

Cer

ri

A TECNOLOGIA DE PROPULSÃO MAIS PREMIADA DO MUNDO ACABA DE GANHAR O OSCAR NO SEGMENTO DE MOTORES.

A TECNOLOGIA DE PROPULSÃO MAIS PREMIADA DO MUNDO ACABA DE GANHAR O OSCAR NO SEGMENTO DE MOTORES.

A TECNOLOGIA DE PROPULSÃO MAIS PREMIADA DO MUNDO ACABA DE GANHAR O OSCAR ACABA DE GANHAR O OSCAR ACABA DE GANHAR O OSCAR NO SEGMENTO DE MOTORES.

TwinAir

Fire 1.4 l MultiAir

Se fosse em Hollywood, seria o Oscar de melhor fi lme. O motor TwinAir, da Fiat Powertrain, equipado com a tecnologia MultiAir, acaba de ganhar o mais importante prêmio da categoria, o Engine of The Year 2011. O MultiAir é um revolucionário sistema inteligente de controle da admissão do ar no motor, que reduz o consumo de combustível e diminui em 30% as emissões de poluentes em relação a um propulsor de mesmo desempenho. Mas uma coisa o MultiAir não reduz de jeito nenhum: o seu prazer de dirigir.

www.motoresmult ia ir.com.br

Res

peite

a s

inal

izaç

ão d

e trâ

nsito

.R

espe

ite a

sin

aliz

ação

de

trâns

ito.

TwinAir

52 MUNDoFiAT 53

EsPO

RTE

case no campeonato brasileiro de basqueteA empresa patrocina o time da LSB, de Sorocaba (Sp), que disputará o campeonato nacional da NBB, em 2011 e 2012

por CArlA Medeiros

A Case é uma empresa que acredi-ta e aposta no esporte brasilei-ro. Entre as equipes de diversas

modalidades que a empresa apoia está a LSB (Liga Sorocabana de Basquete). A parceria, iniciada há três anos, deu condições para o time se estruturar para fazer frente às melhores equipes do país. Este ano, a LSB ficou com vice--campeonato da Copa do Brasil e agora vai levar o nome da Case para o princi-pal campeonato brasileiro do esporte, o Novo Basquete Brasil (NBB). Além das competições profissionais, o patrocínio ajuda nos projetos sociais da LSB.

O projeto LSB, que começou há 12 anos, foi um sonho particular do ex--jogador e atual técnico e presidente, Rinaldo Rodrigues: “A Liga Sorocaba-na de Basquete nasceu para fazer a diferença no esporte. Um trabalho de muito esforço, muita lealdade e com-promisso com a nossa sociedade.”

Patrocinado pela Case desde 2008, o time é formado por 12 atletas e uma comissão técnica de seis pessoas. Foi com a parceria com a Case que o time ganhou força para chegar ao seleto grupo dos melhores do país. “A Case, antes de tudo, compartilhou dos mes-

apresentação do uniforme para a temporada que se inicia em outubro

mos objetivos da LSB e acreditou na garra dos nossos jogadores, e isso já é muito incentivador. A partir desse pa-trocínio, melhoramos nossa estrutura com a contratação de novos atletas, entre eles dois norte-americanos. Esse apoio alavancou nosso time e esta-mos orgulhosos das nossas conquis-tas”, conta Rodrigues.

Para garantir a competitividade, a equipe treina em média seis horas diá-rias, seis vezes na semana, no Ginásio Municipal Gualberto Moreira, da Pre-feitura, outra apoiadora do projeto. “Nosso lema é: dedicação, amizade, lealdade, disciplina, interação, entu-siasmo, paciência e fé. Essa é a pirâ-mide para chegarmos ao sucesso.”

O técnico-presidente afirma que as competições, para levar o nome do time e da empresa entre os melhores, é apenas um dos objetivos da união, e que a responsabilidade social é o foco principal. Em parceria com a Case e com a Prefeitura de Sorocaba, a Liga desenvolve o projeto Arremesso para o Futuro, em dois segmentos. Um é a escolinha de basquete, oferecida gratuitamente a cerca de cem alunos, três vezes por semana, em dois turnos fora do horário escolar. O outro, em parceria com o projeto Sesc vai à es-cola, é uma assistência prestada pela equipe, uma vez ao mês, nas escolas públicas do município a cerca de mil alunos, com palestras, oficinas, ativi-dades físicas e lazer. “É maravilhoso oferecer esse benefício à comunidade e formar novos atletas”, avalia.

O segredo para o sucesso de um projeto, afirma Rodrigues, depende do apoio que se tem. “Quando a Case che-gou, conseguimos transformar nosso apoio em conquistas. Queremos levar o nome da empresa para o mundo, pois temos orgulho da grande marca que está conosco”, afirma. Para o atleta Fer-nando Vera, que está no time há oito anos, o apoio da Case mudou o perfil da Liga. “Só temos a agradecer à Case por estar valorizando nosso esporte.”

Campeonato Paulista julho a dezembro

Jogos Abertos outubro 2011

nBB outubro 2011 a maio 2012

CALENDáRIO DA LSB

Jogos regionais de Basquete: 10 vezes campeão

Jogos Abertos interior de são Paulo: 4 vezes campeão

Torneio estadual novo Milênio: campeão em 2010

Copa do Brasil: vice-campeão em 2011

PRINCIPAIS CONqUISTAS DA LSB

MeTAsO patrocínio aumentou os sonhos

do time. Segundo o técnico, os atletas esperam ter uma boa participação no Campeonato Paulista e no NBB. “Com o apoio da Case podemos acreditar mais, pois nossa equipe esta mais bem preparada. Como próximo passo, queremos conquistar uma vaga para participar do campeonato sul-ameri-cano”, conclui.

thiago Labatte, pivô da LSB

Foto

s d

ivul

gaçã

o

MUNDoFiAT54 55

ALFA

ROmE

O

COmP

ETIçõ

Es Alfa romeo, paixão à italianacaxambu (Mg) sediou o encontro Alfa romeo 2011, que reuniu aficcionados de diversas regiões do país

por FrederiCo TonuCCi

A Fórmula Truck, maior categoria automo-bilística do continente, está na sua tem-porada de número 15. A Iveco participa

desta competição de caminhões desde 2009, quando passou a ser um campeonato Sul-Ame-ricano. Já o Rally Universitário Fiat, principal porta de entrada para o mundo do off-road, está em sua quinta temporada nacional e o Racing Festival mantém, em sua segunda temporada, o mesmo sucesso de público e críticas da edição inaugural em 2010. Confira abaixo as principais informações de cada uma das categorias:

DISPUTA ACIRRADA NAS COMPETIçõES DO RACING FESTIVALA briga pela liderança nas duas categorias

automobilísticas do Racing Festival, evento pa-trocinado pela Fiat Automóveis e pela Fiat Po-wertrain, segue acirrada.

No Trofeo Linea, o atual campeão Cacá Bue-no está na liderança, com 90 pontos. Em segun-do está o irmão, Popó Bueno e Allam Khodair, com 57.

Na Fórmula Futuro Fiat, John Louis está na dianteira, com 91 pontos. Ele é seguido de perto por Guilherme Silva, com 83 e por Luir Miranda, com 74.

Já foram disputadas quatro das seis provas, em São Paulo (duas vezes), Brasília (DF) e Lon-drina (PR). A próxima será em Curitiba (PR) em setembro e a última e decisiva em Porto Alegre (RS), em outubro.

FóRMULA TRUCk A TODO VAPOREm agosto foi realizada a quarta das sete

provas da temporada 2011 do campeonato bra-sileiro de Fórmula Truck. Rio de Janeiro (RJ), Caruaru (PE), Goiânia (GO) e Londrina (PR) já receberam as feras da competição de caminhões mais famosa do país. Os pilotos da Scuderia Iveco, Paulo Salustiano e Beto Monteiro, divi-dem a 12ª posição. Fred Marinelli, que também corre com veículo Iveco, está em 10º. A próxima etapa será em setembro, em Guaporé (PE).

Pelo campeonato sul-americano, os pilotos

da Scuderia Iveco ocupam a sexta (Beto Mon-teiro) e oitava posições (Paulo Salustiano). Fred Marinelli ainda não pontuou. Duas provas já foram realizadas, em Santa Cruz do Sul (RS) e São Paulo (SP). A capital da Argentina, Buenos Aires, recebe a terceira etapa, em setembro.

Na classificação por marcas, a Iveco ocupa a quarta posição tanto no torneio sul-americano quanto no brasileiro, com 31 e 55 pontos, res-pectivamente.

RALLy UNIVERSITáRIO FIAT ENTRA NA RETA FINALDas dez provas da temporada atual do Rally

Universitário Fiat, seis já foram disputadas, em São José dos Campos (SP), Campo Grande (MS), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Montes Claros (MG) e Macaé (RJ).

Em cada prova são realizadas duas catego-rias. A Universitário é limitada a 120 carros de qualquer marca e deve contar com estudantes de curso superior na equipe. Os vencedores de cada prova se classificam para disputar o Fiat zero quilômetro na final, em dezembro.

Na Paixão Fiat, limitada a 30 carros, pode participar qualquer pessoa que possua um veí-culo Fiat. Os participantes de cada prova concor-rem a brindes e troféus.

Disputa acirrada no racing FestivalAcompanhe o que acontece na temporada 2011 das três maiores competições automobilísticas do grupo Fiat

divulgação

Foto

s ig

náci

o C

osta

MUNDoFiAT 5756 MUNDoFiAT

ALFA

ROmE

O

Símbolo de potência e esportivida-de, o Alfa Romeo, marca do grupo Fiat SpA, desperta nos seus pro-

prietários o sentimento da paixão. É o que se podia ver nos olhos das mais de 200 pessoas que participaram do encontro promovido pelo Alfa Romeo Clube de Minas Gerais, nos dias 6 e 7 agosto, em Caxambu (MG). O evento, que reuniu 76 carros, teve como ob-jetivo promover a confraternização e troca de experiências entre proprietá-rios, familiares e a população local.

Sozinhos ou em caravanas, vin-dos de 40 cidades de diferentes regi-ões do país, os alfisti (nome dado a um grupo de apaixonados pela mar-ca) chegaram em Caxambu pilotando suas máquinas, de variados modelos e datas de fabricação. Durante os dois dias de confraternização aconteceram diversas atividades, como reuniões, palestras, sorteios, exposição de mi-niaturas, entre outras.

Uma avenida foi fechada para que os automóveis Alfa Romeo pudessem

MUNDoFiAT58 MUNDoFiAT 59

ALFA

ROmE

O

ser exibidos, enquanto proprietários e colecionadores conversavam sobre maneiras de conservar ou reformar os carros e, claro, observar cada de-talhe dos diversos modelos presentes no encontro, que contou com a par-ticipação do Alfa Romeo BR, maior grupo alfisti do país.

Túlio Silva, presidente do Alfa Romeo Clube de Minas Gerais, relata a importância do evento: “Com Ca-xambu conseguimos, mais uma vez, reunir os apaixonados por esta gran-de marca e demonstrar a força que a Alfa Romeo tem no Brasil”. Para ele, o Alfa Romeo desperta tanto interesse entres os donos dos automóveis pelo fato da montadora sempre ter ousado no design e na esportividade de cada modelo, além da tradição histórica existente.

Participante do encontro, Luiz Car-los Fortes partiu de Juiz de Fora em direção a Caxambu, ao volante do seu Alfa Romeo JK, fabricado em 1967. Ele tem o automóvel há 15 anos e diz ser apaixonado pela máquina. “Esse carro tem alma, você senta ao volante e sente algo diferente, dirige com um sorriso no rosto”, comenta. Todo ano, ele vai a pelo menos oito encontros de Alfas. Sobre a edição de Caxambu, Fortes avaliou positivamente: “Foi uma maravilha, super organizado. Fiz

amizade com pessoas de vários esta-dos”, celebra.

HisTóriAO primeiro carro fabricado inteira-

mente pela Alfa Romeo foi o modelo 24 HP, de 1910. Na época, a fábrica se chamava ALFA (Anonima Lombarda Fabbrica Automobili). Em 1916 passou a ser dirigida por Nicola Romeo, que adicionou seu sobrenome à marca, em 1920. A Fiat adquiriu a marca em 1986.

CoMPeTiçõesAo longo de sua história a Alfa

Romeo colecionou títulos em diver-sas competições automobilísticas, como na Fórmula 1, protótipos, Tu-rismo, Super turismo e as 24 horas de Le Mans.

CuriosidAdesNo clássico do cinema The Gradu-

ate (A Primeira Noite de um Homem), filmado em 1967, o protagonista Dus-tin Hoffmam aparece em belas toma-das dirigindo sua Alfa Romeo Spider, ao som de Simon & Garfunkel, que as-sinam a trilha sonora. A Spider é mais do que um marco da indústria, é um ícone do design.

Em italiano, o dono de um Alfa Romeo é um “Alfista”, e um grupo de-les são “Alfisti”.

Uma avenida foi fechada para que

os automóveis alfa romeo pudessem

ser exibidos

Luiz Carlos Fortes partiu de Juiz de Fora ao volante do seu alfa romeo JK, fabricado em 1967

MUNDoFiAT60 MUNDoFiAT 61

sEu

zIO

Se José Cardoso dos Santos fosse personagem de ficção, poderia ser o Tio Patinhas e sua incrível cai-

xa forte repleta de moedas. Mas, como trata-se de personagem real de histó-ria verdadeira, esse baiano, um pro-dutor rural aposentado de 73 anos, atende mesmo pela alcunha de Seu Zio, apelido que ganhou ainda crian-ça, na pequena Bom Jesus da Serra.

A história começa no dia 4 de abril de 2004, quando Seu Zio decidiu ce-

A prova de amor do seu zioele juntou 34 mil moedas de um real, desde 2004 para presentear a esposa Maria dos Santos com um Novo Uno, celebrando as Bodas de ouro do casal

por FABiAnA nogueirA

lebrar de forma inusitada os cinqüen-ta anos de casamento com Maria dos Santos, ou simplesmente Dona Maria. Nas Bodas de Ouro, que seriam come-moradas em 2011, ele presentearia a mulher com um carro zero quilômetro. E começou a juntar o dinheiro, moeda por moeda. “Quando pensei nisso, co-mecei a juntar as moedas na hora. No primeiro dia consegui guardar cinco e depois fui colecionando nos esta-belecimentos comercias em que fazia

José Cardoso dos Santos, dona Maria e o novo Uno, na localidade baiana de Bom Jesus da Serra

compras, no guichê de ônibus, na fei-ra. Em média, guardei 14 moedas de um real por dia”, conta.

Perseverante, passou os últimos sete anos reunindo o dinheiro e, em boa parte do tempo, manteve sua meta de chegar a 34 mil moedas em segredo. Nem Dona Maria, nem suas filhas Joelma e Mariana sabiam do plano. “Elas só foram saber da pou-pança há uns três anos, mas, ainda assim, não contei o que faria com o dinheiro guardado”, lembra.

Para alcançar o objetivo, Seu Zio precisou de muito mais que um sim-ples porquinho de cerâmica. Armaze-nou as milhares de moedas em um cofre lusitano, de 700 quilos, ofereci-do por um amigo de Jequié (BA). “Ele disse que, se eu confiasse nele, pode-ria guardar o dinheiro no cofre pelo tempo que precisasse. E eu confiei”, lembra.

A cada mil moedas acumuladas, Seu Zio levava a quantia para a casa do amigo, sempre fazendo um balan-ço do valor armazenado e do número de moedas que ainda faltava, confor-me relata Alan Palmito, o genro que ajudou na contagem final dias antes de efetuar a compra do automóvel.

Realizar essa façanha não foi ta-refa simples. “Em todas as compras, eu pedia o troco em moedas, mas às vezes os comerciantes também não tinham, então fiquei com medo de não conseguir juntar o valor es-tipulado e pedi ajuda a um padeiro de Bom Jesus, que é meu conhecido. Ele guardava todas as moedas de um real que recebia para mim e eu as trocava por cédulas”, lembra. “No último Carnaval, passei em Jequié, peguei todas as moedas e levei para a fazenda. Como cada uma pesa sete gramas, cada saco com R$ 5 mil pe-sava 35 quilos. Juntos, os pacotes, que somavam os R$ 34 mil, pesaram 238 quilos”, contabiliza.

Para conferir tanto dinheiro, foi necessário pensar em um esquema

especial. “Nós fizemos montinhos de dez moedas, devidamente separados em colunas de 20 por 25. Foi o jeito mais fácil que encontramos para fe-charmos os sacos de R$ 5 mil”, lem-bra o genro.

o grAnde diAO trajeto dos cinco sacos de R$ 5

mil e um de R$ 4 mil entre Bom Jesus da Serra e Jequié foi feito no antigo Uno Mille de Seu Zio, que, além de ter conseguido o que desejava – pre-sentear a esposa e criar uma história inusitada para marcar a data - con-tribuiu também para enriquecer a história da própria Fiat. “Quando eu conheci o Novo Uno, acabou. Eu en-trei nele e ele entrou em mim. É um carro forte, não ‘dá’ oficina, não dei-xa a gente na mão”, elogia.

Neiva Samara Oliveira, a vende-dora que atendeu Seu Zio na manhã daquele sábado, diz que ficou espan-tada quando ele revelou qual seria a forma de pagamento. “Trabalho há quatro anos na concessionária e nun-ca tinha ouvido falar de algo pareci-do. Levei um susto quando me depa-rei com aquele dinheiro todo. Chamei o gerente e mandamos os sacos para o financeiro”, lembra. Para efetuar a contagem de tantas moedas, foram necessárias algumas horas e mais de 20 funcionários, recrutados em vários setores da concessionária.

“Ele encostou seu carro na por-ta e disse que queria entrar na loja porque o dinheiro estava muito pe-sado. Não entendi direito, mas quan-do abri a porta me deparei com seis sacos de moedas! Colocamos tudo em duas mesas grandes e contamos o todo o dinheiro. Demorou um pou-quinho, mas terminamos”, brinca o gerente da concessionária de Jequié, Fabiano Neiva.

Joelma Vasconcelos, filha de Seu Zio, conta que o pai é um homem que sabe aonde quer chegar. “Ele sempre soube. Os projetos dele são assim, de

Foto

s ze

nilt

on M

eira

MUNDoFiAT62

sEu

zIO

longo prazo. Mas ele sempre alcan-çou o que quis. Alguém falou comigo: ‘seu pai não é muito inteligente, né? Se ele tivesse colocado esse dinheiro todo na poupança teria rendido muito mais. Por que ele gastou tanto tempo juntando moedas?’. Então eu respon-di: porque se ele não tivesse feito isso da maneira que ele fez, a história não teria sido essa. Teria sido outra, com-pletamente diferente”.

Na contagem final, ficaram faltan-do seis moedas, mas Seu Zio, preve-nido, guardava um saquinho batizado de ‘reserva técnica’. “Quando disse-ram que faltava dinheiro, ri e falei ‘esperem um pouquinho que vou bus-car minha reserva técnica’. Voltei com uma sacolinha e lá ainda restavam 23 moedas”, conta.

Pela iniciativa, Seu Zio ganhou uma grande festa da Fiat. “Se você tiver perseverança, consegue fazer o que planejar. Juntar esse dinheiro todo não foi fácil, mas desde o início eu acreditei que conseguiria”, observa.

de Jequié PArA As TelinHAsCom a compra do Novo Uno na

concessionária de Jequié, Seu Zio, além de presentear a esposa e cons-truir uma bela história, ainda ganhou um presentão da Fiat: virou protago-nista de um documentário que relata toda a trajetória da poupança – nar-rada desde o início, em 2004, sete anos antes da comemoração ao lado de Dona Maria – até a festa de entrega do automóvel.

O vídeo, intitulado ‘Seu Zio e as 34 mil moedas’, também mostra a vi-são da família e dos funcionários da concessionária sobre a surpresa do baiano cuja missão, segundo ele, é “viver bem, tranquilo e em paz com a vida”.

Com cerca de cinco minutos, a pro-dução foi feita pela Agência Click Iso-bar e veiculada no brand channel da Fiat no Youtube (www.youtube.com/fiat). ‘Seu Zio e as 34 mil moedas’ também pode ser visto na página do filme no Facebook.

Seu Zio: se você tiver perseverança, consegue fazer o que planejar. Desde o início eu acreditei que conseguiria

IVECO STRALIS NRSÓ QUEM ESTÁ QUILÔMETROS À FRENTE EM QUALIDADE E TECNOLOGIA PODE OFERECER A MAIOR GARANTIA DO SEGMENTO.

www.ivecostral is .com.br

Faça

revi

sões

em

seu

veí

culo

regu

larm

ente

.

CENTRO DE ATENÇÃO AO CLIENTE

0800 702 3443w w w . i v e c o . c o m . b r

Veículos vendidos sem implementos. Algumas versões, itens opcionais e cores estão sujeitos à disponibilidade de estoque, podendo variar seu prazo de entrega. Garantia de 4 anos válida para os modelos Iveco Stralis NR com pedidos realizados nas concessionárias Iveco a partir do dia 1º de maio de 2011. Tal garantia contempla o 1° ano de cobertura total e demais anos (2º, 3º e 4º) de cobertura de peças do trem de força (motor, transmissão e eixo traseiro), expirando em 48 meses a partir da emissão docertifi cado de garantia ou no momento em que o veículo completar 500.000 quilômetros. As indicações de coberturas e exclusões dessa condição de garantia estão expressas no livro de garantia que acompanha o veículo. Para mais informações, consulte a Rede de Concessionárias Iveco ou o Centro de Atenção ao Cliente Iveco – 08007023443.

BAIXO CONSUMO

BAIXO CUSTO DE MANUTENÇÃO

EXCELENTE VALORIZAÇÃO

QUILÔMETROS À FRENTE. 460 NR – 410 NR – 380 NR | VERSÕES: 4x2 • 6x2 • 6x4460 NR – 410 NR – 380 NR | VERSÕES: 4x2 • 6x2 • 6x4

64 MUNDoFiAT 65

ANDR

AgOg

IA

qual o significado da palavra andragogia? Antes de res-ponder, pense em algo

novo, imagine um treinamento baseado na troca de experiências dos aprendizes, no qual eles são incentivados a identificar pontos

para aprimorar o seu trabalho e, sobretudo, os resultados.

Em termos técnicos, a an-dragogia é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender. É um conceito relativamente novo no Brasil e se distingue da peda-

Andragogia: novos caminhos para o desenvolvimento profissional dos concessionáriosFiat é pioneira no uso da metodologia de ensino e treinamento específica para adultos no mercado automobilístico nacional

Com a andragogia os profissionais de vendas e pós-vendas nos treinamentos aprendem explorando os conteúdos do veículo

Foto

s ig

náci

o C

osta

gogia, que é destinada às crianças. En-quanto na pedagogia o saber é resulta-do de um conhecimento transmitido do professor para o aluno, na andragogia o aprendizado se realiza de forma horizon-tal, considerando os conhecimentos ad-quiridos pelos participantes ao longo da vida, necessidades de saber, autoconcei-to, motivação, orientação para aprender, entre outros fatores.

Para a Fiat, pioneira no uso do méto-do no setor automotivo, a andragogia faz todo o sentido. Desde abril deste ano, a metodologia é aplicada nos treinamentos de profissionais da Rede de Concessioná-rias Fiat em todo o Brasil, que tem como meta contribuir para a formação dos 32 mil profissionais da Rede.

Ao adotar a andragogia, a Fiat pen-sou no desenvolvimento profissional da sua rede, com a proposta de alinhar as estratégias da montadora com as conces-sionárias e contribuir para o aumento de

vendas de veículos, peças e serviços. “Não basta ter qualidade e quantidade de pro-dutos, ações comerciais competitivas, pre-ços e promoções, se não tivermos na Rede pessoas preparadas e comprometidas. São as concessionárias que nos represen-tam junto aos clientes e os profissionais precisam estar preparados” destaca Saulo Arruda, gerente de Desenvolvimento Pro-fissional da Rede.

A formação dos profissionais é rea-lizada a partir de cinco frentes de ações: Percurso Formativo, Treinamento Web, TV FIAT, Padrões de Atendimento (Gestão por Processos) e o programa motivacional Qualitas Excelência.

Como o próprio termo sugere, o Per-curso Formativo é o caminho a ser tri-lhado pelo profissional da Rede para o aperfeiçoamento de habilidades. Entre as atividades estão os cursos presenciais: ad-ministrativos, comportamentais, produtos e técnicos. São 140 funções profissionais cadastradas no Sistema de Gerenciamento de Treinamento da Rede (SGTR), respon-sável pelo gerenciamento do Percurso For-mativo na internet, e 71 cursos, sendo 38 administrativos e 33 técnicos. A equipe de facilitadores de treinamento também foi preparada para se adequar à nova meto-dologia. Atualmente, são 48 facilitadores certificados. O material didático está mais visual, prático, de fácil leitura e com espa-ço para que o profissional destaque suas próprias impressões.

dinAMisMo A andragogia se baseia em três pi-

lares: Conhecimento, Habilidade e Ati-tude, conhecido como CHA. Nos cursos administrativos presenciais, os alunos trabalham as três competências a partir de cases e dinâmicas, vídeos e debates. É impossível ficar parado ou apático, conforme explica o facilitador Élcio Gui-marães. “Os profissionais aprendem e desenvolvem muito mais. Antes, o pro-fessor falava muito, agora, são os pro-fissionais que participam mais. Eles se deslocam entre o carro que está sendo analisado e a sala de aula, fazem per-

por CATArinA leiTe

MUNDoFiAT66 MUNDoFiAT 67

ANDR

AgOg

IA guntas, elaboramos juntos o conceito e eles as respostas”, aponta.

Para Eduardo Borges, gerente de Pós-Vendas da Automax, de Belo Hori-zonte, a nova metodologia é uma pos-sibilidade de maior interação da Rede de Concessionárias com a fábrica. “As pessoas que estão nas concessionárias têm uma maneira de enxergar o negócio e, com o novo método, percebemos que podemos contribuir mais a partir dos nossos conhecimentos. Além disso, há maior troca de informações. Nos cursos de lançamento, por exemplo, cada re-gião tem um perfil de cliente e, às vezes, isso desperta nossa atenção para uma nova abordagem”.

O Treinamento Web também repre-senta importante instrumento para a aplicação do método andragógico na Rede, uma vez que oferece maior flexi-bilidade nos treinamentos e permite que mais profissionais se qualifiquem. Atu-almente, são oferecidos 50 títulos na web, sendo praticamente quatro novos cursos a cada mês. Em 2010 foram 235 mil participações. Já no primeiro semes-tre de 2011, foram promovidos 160 mil treinamentos para as 540 concessioná-rias. A expectativa é que até o final de agosto, a montadora atinja a marca de 500 mil participações ao longo de três anos.

O aumento na procura pelos cursos deve-se ao quadro de evoluções que os treinamentos sofreram naturalmente

nos últimos anos. “A andragogia está calçada por uma série de novos elemen-tos que implantamos e veio mostrar a vontade da empresa em investir e valo-rizar as pessoas”, reforça Saulo Arruda.

Treinar, capacitar e difundir informa-ções relevantes para os profissionais da Rede também é papel da TV FIAT. O ca-nal conta com linguagem diferenciada, com características do telejornalismo, da publicidade, do marketing, da dra-maturgia e da própria andragogia para estimular as habilidades e atitudes dos profissionais. Por meio de simulações de situações, trechos de filmes e conteúdo sobre o mercado automobilístico e pro-dutos, os profissionais são instigados a questionar suas ações diárias.

Um exemplo é o Jogo dos Erros, pelo qual o profissional identifica os deslizes cometidos em uma operação. Em um dos programas da série foi simulada a tentativa de venda para um casal, na qual a consultora de vendas não efeti-vou o negócio. Onde ela errou? Exage-rou na maquiagem? Deu mais atenção para o homem? Questões como estas são levantadas para que o profissional reflita sobre a sua postura pessoal e profissional.

A TV FIAT conta com quatro exibi-ções semanais, apresentadas por pro-fissionais da mídia, com uma hora de duração cada. São 10 anos de transmis-sões ininterruptas. A programação está disponível de segunda a quinta, via Sky,

abaixo treinamento técnico e produção de programas tV Fiat

canal 125, e permanentemente via web, ambos exclusivos para profissionais da Rede. Na internet, são 10 mil visualiza-ções ao mês e 58 mil acessos de janeiro a julho de 2011. A primeira transmissão ao vivo foi a entrega dos Prêmios Quali-tas, em maio deste ano, que contou com mais de 4 mil acessos pela web.

Os desdobramentos da nova me-todologia podem ser sentidos também no Programa Padrões de Atendimento, responsável pela implantação de um modelo de gestão nas concessionárias com foco na melhoria da qualidade dos atendimentos, serviços e na lucrativi-dade. Nos treinamentos, a construção e a condução do conhecimento foram readequados. Termos técnicos e meto-dologias passam a ser apresentados de forma mais prática, para a aplicação no dia-a-dia das concessionárias.

Já o Qualitas Excelência é um progra-ma criado com o intuito de incentivar a Rede de Concessionárias a buscarem me-lhores performances. Além de motivar e premiar os profissionais que se des-tacam, o programa estimula a melhoria das demais ações de treinamentos.

CoMPeTiTividAdePara o diretor de Marketing e De-

senvolvimento Profissional da Rede, Edison Mazzucato, a nova metodologia é um diferencial competitivo e contri-bui para o desenvolvimento efetivo dos profissionais. “Todos são responsáveis diretos ou indiretos pela qualidade no atendimento. Com a andragogia, ganha-

mos mais maturidade profissional, uma participação mais ativa na construção do conhecimento e, consequentemente, maior rendimento”.

Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat, destaca que a companhia não mede esfor-ços na qualificação da rede: “O desenvol-vimento profissional é uma estratégia que não abrimos mão. A dedicação e o com-promisso dos profissionais com o conhe-cimento, o aprendizado e a informação serão determinantes para enfrentarmos este cenário cada vez mais desafiador e, assim, mantermos a Fiat na liderança do mercado brasileiro”.

Para 2011, estão previstas a amplia-ção da cobertura ao vivo da TV Fiat e a reestruturação dos cursos técnicos den-tro do formato andragógico. Nos últimos meses, foram identificadas e elaboradas as estratégias para o uso do método nos treinamentos.

Os cursos técnicos são ministrados em 20 escolas Senais de todo o Brasil. “A parceria com a Fiat é a razão da nossa unidade. Hoje, trabalhamos com 70% de tecnologia da montadora nos treinamen-tos”, destaca Dauton Flores, gerente do Centro Automotivo do Senai Horto, em Belo Horizonte. Além dos 33 cursos, den-tro do percurso formativo, são realizados uma média de dois treinamentos técnicos de lançamento de veículos por ano.

Diante do saldo positivo da primeira fase de implantação da andragogia na Fiat, a meta é que o método seja aplicado em todos os treinamentos da montadora até o primeiro semestre de 2012.

acima, à esquerda, edison

Mazzucato, diretor de

Marketing e Desenvolvimento

Profissional da rede e

Saulo arruda, gerente de

Desenvolvimento Profissional

da rede.À direita, Lélio ramos, diretor

comercial da Fiat

stud

io C

erri

stud

io C

erri

MUNDoFiAT68 MUNDoFiAT 69

isvorPromover o desenvolvimento de compe-

tências e estimular a cultura gerencial nas empresas do grupo Fiat e na rede de con-cessionárias é o objetivo do isvor – institu-to para desenvolvimento organizacional. A entidade, criada em 1995, está em franca expansão e, atualmente, capacita cerca de cinco mil profissionais por mês.

A superintendente do isvor, Márcia naves explica que, dentre os princípios e metas da universidade corporativa, está oferecer opor-tunidades de aprendizagem que dêem susten-tação às questões empresariais mais impor-tantes das organizações, bem como propor soluções que contribuam com o desenvolvi-mento de competências para a inovação.

o isvor atende às demandas das empre-sas do grupo e cria cursos sob medida, a partir das necessidades apontadas em diag-nóstico. Foi o caso do programa da vinci, elaborado com foco na inovação. Por meio do projeto, foi estruturado um conjunto de oficinas, workshops, palestras e seminários para o público interno.

naves ressalta que o instituto também é proativo na oferta de soluções. o Programa de estudos em gestão de Pessoas, por exem-plo, foi elaborado em parceria com a FiA--usP, após o isvor identificar a importância de desenvolver os profissionais de recursos Humanos para uma atuação estratégica.

Ao todo, o Programa reuniu quatro tur-mas de 30 pessoas, duas para a Fiat Automó-veis, uma para a Marelli e outra com profissio-nais da Comau, iveco, Marelli, Teksid e isvor.

o isvor também capacita os profissionais das área de vendas e pós-vendas das conces-sionárias Fiat e iveco. de acordo com Márcia naves, a qualificação em pós-venda técnica torna o trabalhador um multiplicador, já que ele passa a ter informações sobre áreas como mecânica e eletrônica.

PARC

ERIA

s iveco e pUc-Minas se unem para criar pós-graduaçãoAssinado convênio para o programa Start! de especialização em engenhariaAutomotiva, engenharia de Manufatura e estratégia empresarial Automotiva

por liliAn loBATo

em um mercado em crescente compe-tição, alcançar os objetivos profissio-nais requer um planejamento bem

feito da carreira e, neste sentido, a pós--graduação é um importante passo. Pen-sando nisso, a Iveco assinou um convênio de cooperação com a PUC-Minas para a criação do programa Start! de especializa-

ção em Engenharia Automotiva, Engenha-ria de Manufatura e Estratégia Empresa-rial Automotiva.

O objetivo do programa é desenvolver projetos de formação acadêmica e treina-mento para capacitar os profissionais para atuar na própria Iveco. Além disso, o pro-jeto tem o intuito de atrair jovens com até

MPe

rez

ionara Pontes, Dom Joaquim Mol (reitor da PUC Minas), Marco Mazzu (presidente da iveco)

um ano de formação em cursos como engenharia, administração, logística, comércio exterior, ciências contábeis e econômicas, matemática, relações in-ternacionais e ciência da computação.

Para a diretora de Recursos Hu-manos da Iveco, Ionara Pontes, a pós--graduação é uma oportunidade de o estudante elevar o conhecimento em toda a cadeia produtiva da empresa. “Mesmo o aluno que atua na área de Recursos Humanos, por exemplo, pre-cisa saber como funciona o processo de produção da Iveco. Entender o ne-gócio é fundamental”, ressalta.

O processo seletivo terminou em agosto. As inscrições superaram duas mil apenas em junho. Foram seleciona-dos 20 profissionais para cada um dos três cursos: Engenharia Automotiva, Engenharia de Manufatura e Estraté-gia Empresarial Automotiva. As men-salidades da pós-graduação, que terá início em setembro, ficarão a cargo da Iveco e o estudante ainda recebe uma bolsa mensal de cerca de R$ 2 mil.

O Start! começa em setembro e terá duração de 18 meses. Nos dez primeiros serão ministradas 1,4 mil horas/aula na PUC de Sete Lagoas. Já os oito meses restantes serão de aulas práticas específicas dentro da Iveco, na rede da marca e fornecedores, para entender a realidade de trabalho.

As aulas, segundo Ionara Pontes, serão ministradas por professores da PUC e de outras universidades. O intuito é reunir, em um só lugar, os melhores docentes com currículo de acordo com a grade curricular ofere-cida, disciplinas referentes ao negócio da fabricante, contato direto com a re-alidade do trabalho e convivência com diretores da Iveco.

Pontes explica que o desempenho dos alunos será analisado ao longo do curso e os que se saírem melhor poderão ser efetivados pela empresa. “Estamos em um momento de cres-cimento e o mercado está carente de mão de obra especializada”, avalia.

MUNDoFiAT70

em Belo horizonte - De 16 de agosto a 6 de outubro

Auditório da casa Fiat de cultura rua jornalista Djalma Andrade, 1250 | Belvedere

terças, quartas e quintas-feiras, às 19h30.

contato: (31) 3289-8900, [email protected] e www.casafiatdecultura.com.br

inscrições: ciclo completo - r$40,00 (inteira) e r$20,00 (meia)

informações: AppA - rua paraíba, 330/909 / Funcionários - Belo horizonte contatos: (31) 3224-5350 e [email protected]

“MUTAçõES - ELOGIO à PREGUIçA”

71MUNDoFiAT

CuLT

uRA

para fazer jus ao espírito do semi-nário sobre o qual fala este texto, o título é exatamente igual ao que

dá nome ao Ciclo Mutações, palestras que serão realizadas de 11 de agosto a 06 de outubro, nas cidades de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Preguiça? Sim. Mas não aquela de motivação negativa geral-mente lembrada. É uma preguiça com certa razão de existir, pois quer man-ter algo que é genial: a ideia de discu-tir aberta e diversamente o tema, bus-cando saberes clássicos e argumentos contemporâneos para mostrar aos participantes como a sociedade, em suas diversas localidades e culturas, está deixando de cultivar algo impor-tante e saudável.

Em Belo Horizonte, as palestras acontecem na Casa Fiat de Cultura, sendo esta a 5ª edição do Ciclo Mu-

Uma exaltação à preguiçaem seu quinto ano de realização pela casa Fiat de cultura, o seminário Mutações reúne renomados pensadores para analisar como a preguiça é uma forma de valorização da evolução do espírito e da criatividade

por rúBiA g. PiAnCAsTelli

tações no local. “Para a Casa Fiat de Cultura, é um prazer receber, uma vez mais, um evento responsável por reu-nir os mais importantes pensadores brasileiros e estrangeiros em torno de questões sempre relevantes à compre-ensão da sociedade moderna”, afirma José Eduardo de Lima Pereira, presi-dente da Casa Fiat de Cultura. Para ele, o tema candente e inovador vai gerar discussões que “representam a possibilidade de pensarmos no ser humano de modo integral, como ser do trabalho e, ao mesmo tempo, como ser do lazer, do pensamento livre e da ação despojada”.

A preguiça, nesta série de deba-tes, mostra-se como uma valorização da evolução do espírito, dos valores contra o progresso técnico que foi in-corporado pelo homem e está aniqui-lando sua criatividade, seu potencial. “A preguiça sempre foi coisa suspeita. Temos, sobre ela, um longo cortejo de acusações bizarras, mas é preciso ver com atenção: artistas e pensado-res nos mostram que ela é fonte de pensamento e obras de arte”, diz o filósofo e idealizador do ciclo, Adauto Novaes. É a partir daí que o ciclo de conferências vai discutir autores como Montaigne, Rousseau, Marx, Paul La-fargue, Courbet, Machado de Assis e muitos outros.

Ao recorrer a um dos ensaios de Montaigne, Adauto dá um bom exem-plo da desorientação humana, que por meio do trabalho desordenado leva corpo e espírito a se perderem na vida veloz do mundo contemporâneo. Se-gundo uma citação de Sêneca: “Não

Foto

s st

udio

Cer

ri

adauto novaes, filósofo e

idealizador do ciclo

corras em todos os sentidos e não per-turbes teu repouso à força de mudar de lugar. Tal agitação é uma doença: a primeira prova de uma inteligência or-denada é, do meu ponto de vista, poder parar e aquietar-se consigo mesmo... não se está em nenhum lugar quando se está em todos os lugares”. Assim, conclui Adauto: “Temos que ter tempo para o trabalho do pensamento, para o prazer do corpo, da sexualidade e para o progresso do espírito. As coisas feitas no vazio do pensamento não produ-zem boas transformações”.

resgATe dA PreguiçAEstas e outras questões funda-

mentais da vida que se relacionam com a preguiça fazem parte da linha de debate do seminário Mutações. As reflexões partiram da conclusão do curador a partir da leitura de um vas-to material sobre o tema - incluindo Stevenson, Russel, Malevich, Marx. Tudo indicava que o esforço e traba-lho do homem seria liberado pelo de-senvolvimento da técnica, mas isso não aconteceu. Pelo contrário, nunca se trabalhou tanto e pensou tão pou-co, seja na própria vida, seja na vida do outro, na coletividade.

Mas, então, o que se entende por preguiça? Adauto cita um clássico de Ítalo Calvino, extraído das Seis pro-postas para o próximo milênio, que ilustra bem o trabalho lento, pregui-çoso. Trata-se da história Chuang-Tsé, que dentre inúmeras virtudes possuía a habilidade para desenhar. O rei pediu que desenhasse um carangue-jo e Chuang-Tsé solicitou cinco anos e uma casa com doze empregados. Depois dos cinco anos, mais outros cinco. Ao completar-se o décimo ano, Chuang-Tsé pegou o pincel e com um único gesto desenhou o mais perfeito

Mutações, na Casa Fiat

de Cultura

MUNDoFiAT72

CuLT

uRA

diA PAlesTrAnTe TeMA

16 de agosto Francis wolf A apologia grega da preguiça

17 de agosto Francisco de oliveira que preguiça

18 de agosto Marilena chauí Sobre o direito à preguiça

23 de agosto josé raimundo Maia Neto três ociosos: Sócrates, Montaigne e Machado

24 de agosto oswaldo giacoia junior Dizer sim ao ócio ou “viva a preguiça!”

25 de agosto Sergio paulo rouanet preguiça e ócio na ética iluminista

30 de agosto jean-pierre Dupuy o tempo que nos resta

31 de agosto josé Miguel wisnik ócio, labor e obra

1° de setembro Antonio cícero poesia e preguiça

06 de setembro Frédéric gros A política de controle do tempo

08 de setembro eugène enriquez o ócio e a construção de si

13 de setembro renato Lessa Da preguiça como metafísica

14 de setembro Franklin Leopoldo e Silva rousseau e os devaneios do caminhante solitário

15 de setembro vladimir Safatle o esgotamento da ética do trabalho

20 de setembro joão carlos Salles Sobre a virtude da lentidão

21 de setembro Francisco Bosco o leitor preguiçoso

22 de setembro jorge coli Sexo, preguiça, bonheur

27 de setembro olgária Matos educação para a preguiça

28 de setembro Maria rita kehl Boêmia e malandragem: a preguiça na cadência do samba

29 de setembro guilherme wisnik experiência da improdutividade

04 de outubro Luiz Alberto oliveira Sobre inércia e estabilidade

05 de outubro Marcelo jasmin A moderna experiência do progresso

06 de outubro Arthur Nestrovski Utopia de itapuã e josé Miguel wisnik

PROGRAMAçÃO CASA FIAT DE CULTURA

CuLT

uRA

caranguejo. A conclusão que nos mostra Adauto é de que esse é um trabalho cons-ciente de sua condição, “aquele que, ao se por à distância, no silêncio e na refle-xão, pode ver melhor as condições e dizer qual o sentido da vida no mundo”.

Para falar sobre essa vastidão de pensamentos, renomados profissionais de diversas áreas do conhecimento (edu-cação, psicologia, música, jornalismo, história, entre outras.) participarão dos debates com suas ideias e indagações, al-gumas específicas e outras generalistas. Entre os participantes, Francis Wolff, Ma-rilena Chaui, Jean-Pierre Dupuy, José Mi-guel Wisnik, Maria Rita Kehl e Vladimir.

O ciclo de palestras acontece simulta-

neamente em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na abertura de “Mutações: Elogio à Preguiça” foi lança-do o livro: “Mutações: A invenção das crenças” (Edições Sesc-SP), tema do ciclo de 2010.

Mutações é uma realização coletiva: Artepensamento, Casa Fiat de Cultura, SESC São Paulo e Ministério da Cultura. O patrocínio é da Petrobras, co-patrocínio da Fiat Automóveis e Caixa Econômica Federal, e apoio da Academia Brasileira de Letras, Associação Pró-Cultura e Pro-moção das Artes (APPA), Fórum de Ciên-cia e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade de Brasília e Embaixada da França no Brasil.

casa Fiat de cultura traz a história dos imperadoresA exposição roma - A vida e os imperadores na Casa Fiat de Cultura abre as comemorações do Momento itália-Brasil 2011-2012 trazendo fatos, personagens e acontecimentos de uma das maiores potências da história

por rúBiA g. PiAnCAsTelli

MUNDoFiAT 73

Busto do filósofo Marco túlio Cícero

74 MUNDoFiAT 75

CuLT

uRA

No ano em que se comemora o Momento Itália-Brasil 2011-2012, a Casa Fiat de Cultura

organiza uma série de eventos, sen-do o carro abre-alas da programação a exposição “Roma - A vida e os Im-peradores”. A mostra será aberta ao público no dia 21 de setembro e apre-sentará 370 obras de arte originais, nunca antes vistas no Brasil, vindas de seis instituições de arte italianas: Museu Arqueológico Nacional de Flo-rença, Museu Nacional Romano, Mu-seu Nacional de Nápoles, Antiquário de Pompéia, Museu Arqueológico de Fiesole e a Galleria degli Uffizi.

“Essa mostra é um sonho de cin-co anos que está sendo realizado pela Casa Fiat de Cultura que, desde sua constituição, vem conversando com o curador Professor Guido Clemente. Com a chegada do Momento Itália Brasil 2011-2012 os procedimentos foram acelerados, tivemos a gratifi-cante parceria de todas as instituições envolvidas e finalmente vamos trazer um acervo deslumbrante que nunca havia saído da Itália. Nada mais gra-tificante para um ano de comemora-ções”, diz José Eduardo de Lima Perei-ra, presidente da Casa Fiat de Cultura.

Fazem parte desta relíquia, que será exibida até o dia 18 de dezembro, esculturas, mosaicos, joias, cerâmi-cas, pinturas, adornos, vestimentas e objetos do dia-a-dia que remontam à história da vida dos imperadores e do povo de Roma. As peças foram selecio-nadas cuidadosamente para recontar a trajetória do Império Romano e seus grandes líderes, usando para isso ele-mentos e símbolos da arte, arquitetu-ra, cerimônias de poder, vida cotidiana, conquistas e opulência imperial.

A linha curatorial e os módulos temáticos foram escolhidos pelo pro-fessor Guido Clemente, que leciona História Romana na Universidade de Florença, e por uma comissão científi-ca formada por estudiosos e historia-dores dos principais museus italianos

de arqueologia. “A variedade de peças é a verdadeira riqueza da exposição, pois permite que o visitante acesse um mundo complexo”, explica o professor. A curadoria segue por uma abordagem dos imperadores de Roma do ponto de vista de seu poder, da maneira que eles o exerciam e como eram suas di-ferentes personalidades. Augusto, por exemplo, foi o modelo de respeito pela tradição; ao contrário de Nero, que quebrou todas as regras e fez do papel imperial símbolo de tirania, e cruelda-de, um verdadeiro obcecado pelo luxo.

“Tentamos colocar o poder imperial em perspectiva, lidar com o que o im-pério realmente foi: a vida social e fa-miliar, a escravidão, economia, hábitos diários, religião, costumes, o trabalho, as casas dos ricos e a forma como os menos afortunados viviam”, afirma Clemente. E as peças selecionadas para apreciação dos visitantes exemplificam perfeitamente esse universo.

PAsso-A-PAsso dA exPosiçãoOs módulos que compõem a mos-

tra, em ordem de visitação, são: “Entre

César e Augusto: o nascimento do Im-pério”, onde serão abordadas questões de guerra, o assassinato de Júlio César e a religião do império; “Nero”, revelan-do uma outra face de Roma com sua luxúria, riquezas e objetos; “O apogeu do Império”, que mostra por exemplo paredes com afrescos da Vila de Pom-péia e outras peças do período; e final-mente o último módulo, “Um Império Multicultural”, onde Roma é retratada como precursora da globalização por reunir povos de todas as origens, como africanos e orientais.

O destaque, dentre as obras de arte, vai para as estátuas de Júpiter (deus do Dia), Lívia (esposa de Augus-to), da deusa Isis (veio da mitologia egípcia para a greco-romana), a Cabe-ça Colossal de Júlio César em mármo-re, máscaras teatrais, uma escultura de Calígula (Caio Júlio Cesar Germâ-nico, grande imperador), Armadura de Gladiador, desenhos do Coliseu, o busto de Trajano em mármore policro-mo (primeiro imperador não italiano), uma lamparina de ouro e aproxima-damente 60 jóias do período.

Fortuna entronizada

estátua de Vênus agachada

retrato deuma mulher

com véu;cabeça-retrato

de Caio Júlio César

e busto de trajano

Cabeça de Dace

MUNDoFiAT76 MUNDoFiAT 77

roMA - A vidA e os iMPerAdores

21de setembro a 18 de dezembro de 2011

casa Fiat de culturarua jornalista Djalma de Andrade, 1250 - Nova Lima/Mg

terça a sexta, das 10h às 21hSábados, domingos e feriados, das 14h às 21h

trANSporte e eNtrADA grAtUitoS

informações: (31) 3289-8900

Agendamento de visitas orientadas para grupos (31) 3289-8910

[email protected] www.casafiatdecultura.com.br

SERVIçO

CuLT

uRA

A mostra “Roma - A Vida e os Imperadores” traz uma das infini-tas possibilidades de entender, atra-vés da vivência artística, como essa sociedade imperial se constituiu, a partir de seus imperadores, formação social, cultural e uma série de confli-tos. “Roma Imperial foi uma grande matriz para a Itália e para a cultura ocidental. A presença de Roma está no nosso modo de pensar, raciocinar e ver a arte. Foi onde tudo começou.”, observa Lima Pereira.

exPlorAndo os TeMAsA narrativa expositiva escolheu

uma forma cronológica para dar ên-fase às histórias de Roma e os roma-nos, a começar por remontar a dinas-tia do grande ditador e general Júlio César (século I a.C. a III d.C). Ten-do como ponto de partida o estabelecimento do Império Romano, a primeira parte da exposição conta a vida e legado de César, a guerra dos romanos e conquista da Gália. Após a morte do homem mais poderoso do Império Romano, em 44 a.C., é chegada a vez de Augusto as-cender ao poder e revelar um outro lado mais ligado às letras e urbanis-mo, a religião.

Ainda na primeira parte da via-gem pela história e arte está a apre-sentação da cidade de Roma e seus monumentos, referências sobre a fa-mília, amigos e intelectuais da época. Começa a ser desvelada a fundação

da cidade, a forma como se distribuiu o poder, a religião e o processo de cul-to ao império.

Na segunda parte da exposição, exemplares de jóias em ouro e prata mostram aos visitantes o mundo de Nero, grande imperador que se tornou soberano e ascendeu ao Capitólio com apenas 17 anos. Marcado por confli-tos familiares, grandes festas, eventos culturais, opulência e luxúria, o perío-

do que governou é bem retratado atra-vés de objetos de grande valor. Vários desses elementos fazem clara referên-cia ao universo feminino fortemente presente nessa época.

Do teatro ao Coliseu, do palácio às casas dos comuns. Na terceira etapa da mostra é retratado “O apogeu do Império”, mostrando os jogos do circo e do Coliseu, onde as raças e gladiado-res se misturam numa simbologia de força e poder. Essas atividades faziam parte do cotidiano dos romanos nos tempos áureos do Império, e assim são retratadas também as atividades domésticas, os estilos arquitetônicos e os afazeres do dia-a-dia e intimidade dos italianos. Poderão ser vistas ima-gens de estradas, cidades, vilas e a vida marítima com seu comércio, na-vios e portos; ainda retratos dos im-peradores e suas esposas, mulheres, homens e meninos que faziam parte deste cotidiano.

Por fim, a quarta e última parte da exposição busca explorar a gran-deza de um Império que foi marcado por uma miscelânea de origens (ele-mentos da cultura africana e asiática), religiões (como as orientais, citando Mitra e Isis) e migrações internas na sociedade (o povo da periferia para o centro do Império).

“Este mundo está distante de nós, mas ainda muito próximo. Usamos o direito romano, falamos uma língua derivada do latim e usamos muitos dos seus conceitos e ideias”, afirma o curador Guido Clemente.

Na exposição, alem dos exem-plares arqueológicos, mapas, fotos e documentos que contextualizam a mostra e ajudam na compreensão do público, estão previstos recursos interativos que permitem vivenciar a força e o legado histórico do Im-pério Romano. Documentários e fil-mes ajudarão o visitante a conhecer ou resgatar uma Roma que até hoje desperta interesse e esbanja poder e beleza.

A exposição é uma realização da Casa Fiat de Cultura, do GabineteCul-tura e da Fabula, com patrocínio da Fiat Automóveis, co-patrocínios do Bradesco e Santander, parceria da APPA e apoio do Ministério da Cultura, através da lei de incentivo à cultura, da Embaixada Italiana no Brasil e do Momento Itália-Brasil 2011-2012.

Lamparina deouro; cântaro com centauros e querubins

Pequena estátua de Silvano

Bracelete de serpente;

lamparina de ouro

MUNDoFiAT78 MUNDoFiAT 79

sTAndArd FiAT nA ColôMBiA

Já foi dada a largada para a pri-meira fase do projeto standard Fiat, em Bogotá, capital da Co-lômbia. A iniciativa de excelência em atenção ao cliente está trei-nando 80 profissionais de vendas e pós-vendas. os treinamentos começaram em junho.

NOTA

s Feirão eM BogoTá

em junho, a capital Bogotá recebeu o Fei-rão “gente Fiat”, que contou com pista para test drive, espaço infantil, cursos de mecâni-ca, área de bancos para abrir financiamentos e uma butique com produtos da marca Fiat. Também foram realizadas palestras temáticas por parceiros da empresa, como a da Pirelli, cobre conservação de pneus, e a da shell, so-bre sistema de lubrificação.

AlFA roMeo no sAlão do AuToMóvel

de Buenos Aires

o Centro Milano, importador Alfa romeo na Argentina, parti-cipou do salão do Automóvel de Buenos Aires 2011, realizado em junho. o estande, inspirado nos conceitos desenho italiano, Tec-nologia, esportividade e seguran-ça, exibiu os modelos giulietta, MiTo e 8C spider.

CnH nA reCuPerAção AMBienTAl dos Andes

A CnH cedeu ao governo da Argentina duas motoniveladoras e duas carregadeiras para ajudarem nos trabalhos de recuperação am-biental do Parque nacional nahuel Huapi, fortemente afetado pelas cinzas do vulcão chileno Puyehue-Cordón Caulle, que entrou em erupção em junho. situado na região da Patagônia, o parque nahuel Huapi é o mais antigo é um dos mais visitados da Argentina. nas obras, serão utilizadas as motoniveladoras new Holland rg200 e Case 845B e as carrega-deiras new Holland 12C e Case W20e. equi-pes técnicas das duas empresas capacitarão os funcionários do parque responsáveis pela operação dos equipamentos.

iveCo invesTe no MerCAdo ColoMBiAno

A eurotrans, representante oficial da iveco na Colômbia, inaugurou em junho novas insta-lações em Bogotá, Medellín e Cali e planeja abrir mais nove concessionárias em 2012. elas receberão veículos importados de fábricas da Argentina, europa e ásia.A iniciativa integra a estratégia de reposicio-namento da marca iveco na América latina. nos últimos dois anos, a empresa realizou ações idênticas no Chile, Peru e uruguai. A ive-co espera vender 300 unidades já este ano na Colômbia e outros mil em 2012. o país é o terceiro maior mercado de veículos comerciais e de transporte de passageiros da região (de-pois de Brasil e Argentina), com uma previsão de cerca de 30 mil unidades em 2011, entre caminhões e ônibus.

FiAT venCe eM duAs CATegoriAs do PrêMio ToP xxi design BrAsil

A Fiat foi a vencedora em duas categorias da terceira edição do Prêmio Top xxi design Bra-sil, promovida pela conceituada revista Arc de-sign. os prêmios foram entregues ao gerente do Centro estilo Fiat, Peter Fassbender, em ce-rimônia realizada em são Paulo. A Fiat venceu na categoria inovação com o projeto Fiat Mio, criado a partir de uma plataforma colaborativa na internet, que recebeu sugestões de quase 20 mil internautas para detectar as necessida-des e anseios de carro ideal dos consumidores. o projeto resultou em um carro urbano que emprega tecnologias futuristas. o processo, porém, não terminou: os internautas continu-am a enviar suas ideias, enriquecendo o con-teúdo da plataforma. na categoria destaque empresa, a Fiat recebeu o prêmio por sua ca-pacidade de desenvolvimento de automóveis no Brasil, com destaque para as equipes de en-genharia e design, responsáveis por projetos vitoriosos como o novo uno.

FundAção Torino: PriMeiro lugAr eM esColA PArTiCulAr

o Prêmio Microsoft educadores inovadores deu à Fundação Tori-no o primeiro lugar na categoria escola Particular. A instituição con-quistou os jurados com o projeto rádio História, desenvolvido pelos alunos da scuola Media. Ao longo do ano, os estudantes publicaram no blog radiohistoriaft.blogspot.com programas em que narram acontecimentos históricos como a queda do muro de Berlim e o sui-cídio de getúlio vargas como se estivessem acontecendo naquele momento. A premiação ocorreu em agosto, em são Paulo.

MAgneTi MArelli CoMeMorA PrêMios

A Magneti Marelli recebeu dois importantes prêmios em junho. o fornecimento do siste-ma de injeção eletrônica, desenvolvido para o primeiro ônibus elétrico híbrido com motor a etanol do mundo, foi eleito o melhor case na categoria Autopeças eletroeletrônicos no Prê-mio rei (reconhecimento à excelência e ino-vação) da agência Automotive Business. Já a divisão Automotive lighting, responsável pelo desenvolvimento de sistemas de iluminação automotiva, foi contemplada com o red Dot awards categorias product design 2011 e Spe-cial award innovation, pelo desenvolvimento do primeiro farol inteligente inteiramente a led do mundo. o prêmio é concedido pela montadora daimler aos fornecedores que mais se destacaram no ano.

CoMeçou A CAMPAnHA TesT drive 2011

Já está em andamento a Campanha Test drive 2011 da Fiat Automóveis. iniciada em primeiro de agosto, a campanha deste ano promove um jogo via Facebook. os clien-tes dos países da América latina que realizarem o test drive em uma das concessioná-rias participantes ganham o direito de participar do Fiat ville, uma brincadeira virtual em que o usuário administra sua própria fábrica Fiat. quem somar mais pontos pela ampliação da unidade, aumento das vendas, produção de carros e promoção de ações de sustentabilidade ganha um laptop Mac Book Air (por etapa e país) e uma viagem com direito a acompanhante para conhecer a fábrica Fiat e assistir ao gP do Brasil de Fórmula 1 (campeão geral). A campanha termina no final de outubro.

MUNDoFiAT 81MUNDoFiAT80

eMPresA: Fiat do Brasil S.A.

A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do grupo Fiat no Brasil. é a representante, no país, da holding Fiat SpA e presta serviços em suas diversas áreas de atuação à Fiat industrial SpA.

A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autoridades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do grupo, prestando serviços a 19 empresas, divisões, associações e fundações.

loCAlizAção: tem plantas industriais nos estados de Minas gerais, paraná e São paulo.

PresidenTe: cledorvino Belini

raio-x dogrupo Fiat no Brasil

RAIO

-X D

O gR

uPO

FIAT N

O BR

AsIL

www.casafiatdecultura.com.brcasa Fiat de cultura

www.fundacaotorino.com.brFundação torino

www.fundacaofiat.com.brFundação Fiat

FIAT SpA

FIAT INDUSTRIAL

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

SERVIÇOS

CULTURA EDUCAÇÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL

www.fiat.com.brFiat Automóveis

www.cnh.comcase New holland (cNh)

www.iveco.com.briveco Latin America

www.fptpowertrain.comFpt – powertrain

technologies (Mercosul)

www.magnetimarelli.comMagneti Marelli

www.fptpowertrain.comFpt – powertrain technologies (Mercosul)

www.teksid.com.brteksid do Brasil

Fiat Finanças Banco Fidis

Banco cNh capital

www.comau.com.brcomau do Brasil

Fides corretagens de Seguros

www.isvor.com.brisvor instituto para o Desenvolvimento

organizacional

Fiat revi

Fiat Services

MONTADORAS COMPONENTES

SERVIÇOS FINANCEIROS

MONTADORAS COMPONENTES SERVIÇOS FINANCEIROS

mEmÓ

RIA

MUNDoFiAT82

Lançado em 1976, o Fiat 147 foi o primeiro au-tomóvel da Fiat produzido no Brasil, marcan-do o início das operações da fábrica de Betim,

Minas Gerais. Baseado no modelo 127 italiano, o carro esteve no mercado de 1976 a 1986 e marcou seu pioneirismo em várias formas: primeiro auto-móvel brasileiro com motor transversal dianteiro, primeiro com coluna articulada e primeiro veículo a álcool fabricado em série em todo o mundo. O Fiat 147 possuía um destacado design, baixo consumo e fácil direção, tornando-se o favorito da maioria dos jovens na época.

O anúncio do final da década de 70 relata um fato importante da história dos automóveis brasilei-ros e da Fiat: após percorrer os 600 Km da Rio-Belo Horizonte, um dos primeiros Fiat 147 chega a pon-te Rio Niterói para uma prova que irá comprovar a capacidade do então recém lançado Fiat 147. O mo-torista, acompanhado de três passageiros, atravessa os 14 km da ponte com apenas uma bureta – vidro que contém 1 litro de gasolina – em menos de 12 minutos. A prova foi acompanhada por engenheiros, técnicos, pilotos e uma multidão de curiosos.

O Fiat 147 também foi o primeiro carro brasileiro com todas as variantes: hatch, sedan, perua, furgão e pick-up.

Fiat 147: o primeiro do Brasilem comemoração aos 35 anos da Fiat não poderíamos deixar de relembrar o início dessa história

Fiat 147 / Spazio, 1976 a 1988. À direita o Fiat 177 Pickup, 1979 a 1988