revista mundo fiat

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REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASIL NÚMERO 114 - FEV/MAR 2012 Fiat Strada chega à Europa Fiat Chrysler planeja expansão no mercado brasileiro Iveco vence o Rali Dakar 2012 New Holland reforça compromisso social com programa Plantar & Construir Alunos da Fundação Torino fazem bonito nos vestibulares 2012 Magneti Marelli inicia parceria com Museu de Artes de São Paulo Conheça a Festa Nacional da Uva: um tributo ao passado italiano no sul do Brasil Grand Siena Maior e mais elegante C. Belini, presidente da Fiat/Chrysler para América Latina, apresenta o Grand Siena REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASIL NÚMERO 114 - FEV/MAR 2012

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Revista bimestral do Grupo Fiat, edição Fevereiro / Março 2012

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Page 1: Revista Mundo Fiat

REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASILNúmERO 114 - FEV/mAR 2012

Fiat Strada chega à Europa • Fiat Chrysler planeja expansão no mercado brasileiro • Iveco vence o Rali Dakar 2012 • New Holland reforça compromisso social com programa Plantar & Construir • Alunos da Fundação Torino fazem bonito nos vestibulares 2012 • magneti marelli inicia parceria com museu de

Artes de São Paulo • Conheça a Festa Nacional da Uva: um tributo ao passado italiano no sul do Brasil

Grand SienaMaior e mais elegante

C. Belini, presidente da

Fiat/Chrysler para América Latina,

apresenta o Grand Siena

REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASILNúmERO 114 - FEV/mAR 2012

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QUANDO O FUTURO PRECISA DE SOLUÇÕES, ELAS NASCEM COM IDEIAS.

NOVO GRAND SIENA.Para a equipe de engenharia da AETHRA, é gratificante fazer

parte desse grande lançamento. Comemoramos o avanço

dessa sólida parceria com a FIAT, pois sabemos que o futuro é

construído com ideias inovadoras e soluções integradas.

AETHRAS I S T E M A S A U T O M O T I V O S

Tecnologia de Vanguarda

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cledorvino belini*

É preciso investir para crescer e, por esta razão, a Fiat iniciou seu maior

ciclo de investimentos, com um total de R$ 10 bilhões

“”

O Brasil continua no rumo certo. Os sinais são evidentes no dia a dia: a economia avança com redução de desemprego, aumento da renda e formação de uma nova classe média. A sequência de resultados

expressivos de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de fato mudou a composição do tecido social e milhões de brasileiros alcançaram um novo patamar de poder aquisitivo, o qual lutarão para manter e ampliar. É uma trajetória consistente, mas não imune a turbulências. A expansão do PIB em 2011 demonstrou claramente que o Brasil, como país cada vez mais aberto, é suscetível às oscilações das economias que impulsionam o comércio mundial. A tendência da economia brasileira para este ano, entretanto, continua muito positiva e os investimentos serão fator decisivo para crescer mais e melhor.

A expansão da produção na ponta da indústria é reflexo de reação em cadeia, que abrange as matérias-primas, passa pela disponibilidade de energia e chega à infraestrutura logística. A capacidade de sustentar o rit-mo de crescimento dependerá de investimentos em todos os elos da cadeia, alinhando-se estratégias e objetivos e combinando-se esforços públicos e privados com os olhos voltados para maior competitividade.

É preciso investir para crescer e, por esta razão, a Fiat iniciou em 2011 seu maior ciclo de investimentos, com um total de R$ 10 bilhões a serem aplicados até 2014 no desenvolvimento de novos produtos, novos proces-sos e tecnologias, ampliação da capacidade de produção da fábrica de Be-tim, Minas Gerais, e implantação de nova fábrica em Goiana, Pernambuco. A Case New Holland (CNH), empresa do grupo que fabrica máquinas agrí-colas e de construção, anunciou este ano investimentos de R$ 600 milhões em uma nova fábrica em Montes Claros (MG).

O Grand Siena, que agora apresentamos ao mercado, é a expressão con-creta do resultado de nossos esforços. Cada lançamento meticulosamente desenhado e planejado representa a leitura das tendências, a aposta no futuro, a conexão com os anseios do consumidor. A Fiat é líder de mercado há dez anos porque é movida pela certeza de que é preciso investir para crescer. E fazemos isto com paixão que se renova todos os dias.

(*) Presidente da Fiat/Chrysler para a América Latina

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sumá

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A primeira edição da revista Mundo Fiat em 2012 está diferente. As mudanças, com o objetivo de torná-la mais atraente e de destacar a qualidade do conteúdo

editorial, começam pela capa. Ali está a nova marca da publi-cação, agora com detalhe em azul.

Mais do que uma variação estética, trata-se de um importan-te alinhamento da identidade da revista com as logomarcas das duas holdings que reúnem as empresas do Grupo Fiat, a Fiat SpA e a Fiat Industrial. Em ambas as marcas, predomina exatamente o mesmo tom de azul que agora se destaca na capa. O próprio presidente do grupo Fiat/Chrysler para a América Latina, Cle-dorvino Belini, comparece à frente da revista, para apresentar o Grand Siena, sedã que se torna maior e mais elegante para aten-der a um segmento de mercado em expansão e cada vez mais exi-gente. Ali estão o homem e a máquina, o time Fiat e seu produto.

O azul propaga-se desde a capa para o interior das seções, marcando títulos, vinhetas e contornos. O resultado é um conforto visual maior, decorrente do predomínio de uma cor mais fria e relaxante. Novas famílias de tipos também aumen-tam a facilidade de leitura, amparadas por uma paginação mais leve e arejada. As fotos estão mais abertas na busca de harmonia e equilíbrio gráfico.

Os conteúdos editoriais também foram aprimorados. No-tícias sobre as empresas e produtos do grupo Fiat continuam a ser uma vertente temática importante, mas buscaremos contextualizar estas informações, para mostrar como as em-presas e produtos se encaixam nas histórias e vida dos bra-sileiros. A abordagem editorial, porém, vai estender-se cada vez mais para além dos limites das companhias, abrangendo temas valorizados pela cultura do grupo, como o agronegó-cio, mobilidade urbana, sustentabilidade, italianidade, arte, cultura, educação, esportes, gastronomia.

Com seus consumidores e concessionários distribuídos por todo o país e instalações industriais em quatro estados brasileiros, o grupo reúne um grande número de stakehol-ders, representantes de distintas regiões, culturas e tradições. Assim, a revista Mundo Fiat se propõe a ser, além de um ve-ículo de informação, um instrumento para ajudar a integrar culturas, buscando pontes de afinidade e referências comuns.

Espero que o resultado de nosso esforço cause uma boa impressão.

Boa leitura!(*) Diretor de Comunicação da Fiat/Chrysler

De cara nova eespírito renovadoPOR MArco AnTônIo LAge(*)

eXPedienTe Mundo Fiat é uma publicação da

Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.

www.eticagrupofiat.com.br

FIAT DO BRASIL S/APresidente: Cledorvino Belini

MONTADORASFIAT AUTOMÓVEIS

Presidente: Cledorvino BeliniCASE NEW HOLLAND

Presidente: Valentino RizzioliIVECO LATIN AMERICAPresidente: Marco Mazzu

COMPONENTESFPT – POWERTRAIN TECHNOLOGIES

Superintendente: Enrico VassalloMAGNETI MARELLI

Presidente: Virgilio CeruttiTEKSID DO BRASIL

CEO Nafta e Mercosul: Rogério Silva Jr.

SISTEMAS DE PRODUÇÃOCOMAU

Superintendente: Gerardo Bovone

SERVIÇOS FINANCEIROSBANCO FIDIS

Superintendente: Gunnar MurilloBANCO CNH CAPITAL

Superintendente: Brett DavisFIAT FINANÇAS

Superintendente: Gilson de Oliveira Carvalho

SERVIÇOS FIAT SERVICES

Superintendente: José Paulo Palumbo da SilvaFIAT REVI

Superintendente: Marco PierroFIDES CORRETAGENS DE SEGUROS

Superintendente: Marcio JannuzziFAST BUYER

Superintendente: Valmir EliasISVOR

Superintendente: Márcia Naves

ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT

Diretor-Presidente: Adauto Duarte

CULTURACASA FIAT DE CULTURA

Presidente: José Eduardo de Lima Pereira

EDUCAÇÃOFUNDAÇÃO TORINO

Presidente: Raffaele Peano

COMITÊ DE COMUNICAÇÃOAlexandre Campolina Santos (Fiat Services ), Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Cristielle Pádua (Fun-dação Torino), Elena Moreira (Fundação Fiat), Fabíola Sanchez (Magneti Marelli), Fernanda Palhares (Isvor), Jorge Görgen (CNH), Marco Antônio Lage (Fiat Automóveis), Marco Piquini (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Renata Ra-mos (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil).

Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comu-nicação da Fiat). MTb: 4.247/MGGestão Editorial: Margem 3 Comunicação Estratégica. Editora--Executiva e Chefe de reportagem: Juliana Garcia. Colaboraram nesta edição: Daniel Prado, Fernanda Bolzan, Guilherme Ar-ruda, Jamerson Costa, Lilian Lobato, Oliviero Pluviano, Tatiana Carvalho, Vladimir Brandão. Projeto Gráfico e Diagrama-ção: Sandra Fujii. Produção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: EGL - Editores Gráficos Ltda. Tiragem: 19.500 exemplares. Reda-ção: Rua Oriente, 445 – Serra – CEP 30220-270 – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517.Fale conosco: [email protected] Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 –

(31) 9993-0066 – [email protected]

8 Fiat Grand Siena: Sedã em grandes proporções Maior, mais seguro e moderno, novo Siena ganha características que agregam ao modelo elegância, beleza, funcionalidade, segurança, conforto e um porta-malas mais espaçoso

20 Fiat Strada chega à Europa Picape fabricada pela Fiat Automóveis em Betim (MG) é exportada para o continente desde janeiro e se confirma como modelo com o maior número de destinos internacionais

34 Safra de verão 2011/2012 é a mais tecnológica da história Mesmo sofrendo influências negativas dos fenômenos climáticos, safra atual configura-se em mais um passo em direção a um crescimento consistente da agricultura brasileira

46 Fábricas mais verdes Fiat Powertrain, em Campo Largo, é responsável por ações de preservação de nascentes e programas que contribuem para a proteção do meio ambiente

68 Tributo ao passado italiano A 29ª edição da Festa Nacional da Uva ocorreu do dia 17 de fevereiro ao dia 4 de março em Caxias do Sul, com o tema Uva, Cor, Ação – A Safra da Vida na Magia das Cores E mais

26 Lançamentos da Chrysler no Brasil

30 Teksid: números da liderança

42 Recorde de quilometragem, qualidade e durabilidade

45 Nascimento sobre quatro rodas

52 Centésima concessionária Iveco é também a primeira sustentável

56 New Holland reforça compromisso social com Plantar & Construir

60 Rali, off-road, fora-de-estrada. Palavras que combinam com Iveco

64 Sucesso no vestibular

66 Cultura para todos

78 De Chirico

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To Os dicionários atribuem ao con-ceito elegância a qualidade de ser simples e eficaz, a leveza

na forma e movimento. O Fiat Grand Siena chega ao mercado trazendo uma perfeita harmonia desses elementos. Cresceu no tamanho, ampliou o porta--malas, ficou mais seguro e evoluiu.

O modelo, fabricado pela Fiat Au-tomóveis em Betim, Minas Gerais, é uma evolução do seu antecessor Fiat

Fiat Grand Siena:Sedã em grandes proporçõesMaior, mais seguro e moderno, novo Siena ganha características que agregam ao modeloelegância, beleza, funcionalidade, segurança, conforto e um porta-malas mais espaçoso

POR JAMerson cosTA e JuLIAnA gArcIA

Siena, que escreveu uma história de sucesso durante 14 anos. Desde o iní-cio de sua produção, em 1997, foram comercializadas mais de 813 mil uni-dades até 2011. O Grand Siena vem completamente novo e acrescentou ousadia, sofisticação e funcionalida-de. O novo sedã chega ao mercado em quatro versões. São elas: Grand Siena Attractive 1.4, Grand Siena Te-trafuel 1.4, Grand Siena Essence 1.6

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16V e Grand Siena Essence 1.6 16V Dualogic®.

As alterações que gabaritam o Sie-na a ser “Grand” são originadas em uma mudança de plataforma sobre a qual o veículo é construído. O uso de uma base maior e completamente nova permitiu que o Fiat Grand Siena tivesse um interior maior, fosse mais largo e espaçoso. Todos ganham em conforto e praticidade.

Agora, o Grand Siena possui 20 litros a mais de bagageiro, passando de 500 para 520 litros a capacidade do porta-malas, diferença significa-tiva que o torna um dos maiores em seu segmento. Tão importante quanto a maior capacidade de bagagem, é o aumento do vão de abertura da tampa e a praticidade em abri-la: tanto pelo sistema de abertura elétrica, Logo Push como através do telecomando.

Não foi só o bagageiro que cres-ceu, a nova versão do Siena tornou o automóvel maior na altura, largura, comprimento e entre-eixos. Um ga-

nho a todos os ocupantes que pas-sam a contar com maior espaço in-terno e conforto.

As dIMensões do novo sedã O Grand Siena se destaca não só

pela bela aparência, mas também por suas dimensões. O sedã está 134 mm mais comprido, 61 mm mais largo, 53 mm mais alto, e seu entre-eixos é 137 mm maior que o de seu anteces-sor, o Fiat Siena EL, que continuará em produção como versão de entrada do modelo. As medidas aumentam a sensação de comodidade no interior e robustez na parte externa. Apesar desse aumento nas medidas, o mo-delo é construído com materiais e tecnologias que reduzem 10% o peso total do novo veículo.

As características criam uma es-fera de espaço ampliado e conferem valor de grandeza e comodidade ao Siena. São alterações que motivaram o acréscimo da palavra ‘Grand’ ao nome. A palavra resume qualidades

Novo modelo está maior na altura, largura, comprimento e entre-eixos

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que saltam aos olhos pelas modifica-ções no tamanho e estética. O Siena muda de feição e ganha maior inde-pendência.

eLegâncIA e esTILo Mais belo, mais completo, mais

seguro: o Grand Siena foi totalmente redesenhado em uma parceria entre a fábrica de Betim e o centro Estilo da Fiat na Itália. O novo sedã privilegia a beleza, sofisticação e elegância, to-ques de esportividade dão ao veícu-lo um estilo próprio, imponente e de muito bom gosto.

Aliás, o Siena ganha independên-cia estética em relação aos outros

modelos da Fiat. Com uma feição ex-clusiva, a proposta é conferir perso-nalidade ao modelo. “Pensamos no Grand Siena como um carro bonito e espaçoso, mais sofisticado e confortá-vel, com esportividade e robustez, sem perder seu lado funcional. Enfim, um carro que faltava nesta categoria”, co-menta Carlos Eugênio Dutra, Diretor de Planejamento e Estratégia de Pro-duto América Latina e Vice-Presidente da Fiat Auto Argentina.

Para encontrar o desenho que re-presentasse os valores do Fiat Grand Siena, os designers do Centro Estilo Fiat da Itália e do Brasil trabalharam com conceitos de sofisticação, refi-

Novo design acrescenta sofisticação, refinamento, esportividade e robustez

O Grand Siena possui 20 litros a mais de bagageiro, um dos maiores do segmento

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To namento, ousadia, esportividade e robustez.

O novo design aparece na dian-teira afilada, com traços bem demar-cados e vincos fortes, os mesmos que caracterizam robustez e segu-rança. A parte frontal acrescenta uma dose de movimento, dinamis-mo e modernidade ao veículo, com uma grade estreita, áreas cromadas e faróis dianteiros alongados. Os faróis de dupla parábola invadem a lateral com seus contornos inferio-res exclusivos. Encaixados no plano para o qual correm o para-choque e o para-lama sob a linha de cintura, resultam em uma transição harmo-

niosa entre dianteira e lateral do ve-ículo. Os planos da lateral são bem definidos, quase angulosos. A linha de cintura alta denota esportividade e energia, mas todos os elementos são trabalhados com elegância, em traços finos e precisos.

As lanternas traseiras, assim como as dianteiras, foram redesenha-das. Suas formas geométricas e ousa-das invadem a tampa do porta-malas e se prolongam na lateral do veículo. No interior das lanternas há filtros para as luzes de freio e posição, que além de criarem um efeito de guias de luz quando acesas, proporcionam ainda um visual muito bonito.

Magneti Marelli acrescenta beleza, modernidade e praticidade

o quadro de instrumentos, com iluminação branca e integralmente desenvolvido no Brasil pela Magneti Marelli, concilia beleza, modernidade e praticidade. seu display, tam-bém branco, oferece excelente contraste e facilita a visualização rápida dos instrumentos. os ponteiros são iluminados em toda a barra e apresentam o Welcome Moving: quando se gira a chave na ignição, eles realizam um movimento de verificação, para que o motorista saiba que estão funcionando corretamente. A iluminação do quadro de instrumentos se acende e apaga gradativamente, acompanhando o movimento dos ponteiros.

ALTo deseMpenho, ForçA e poTêncIA O Fiat Grand Siena foi criado so-

bre os mais recentes padrões de tecno-logia desenvolvidos pelo Grupo Fiat. O pacote do novo sedã fica completo com os motores Fire 1.4 EVO – Flex ou Tetrafuel - e E-TorQ 1.6 16V Flex, que garantem desempenho, economia e baixas emissões.

O motor Fire 1.4 EVO é mais eco-nômico, ao passo em que mantém um desempenho acima da média para os veículos de motorização semelhante. À gasolina, ele produz potência máxi-ma de 85 cv e torque de 12,4 kgfm a 3.500 rpm. Com o etanol, a potência é de 88 cv e torque de 12,5 kgfm a 3.500 rpm.

As versões Essence têm motor E--TorQ 1.6 16V Flex, fabricado pela Fiat Powertrain de Campo Largo (PR) que se distingue pela redução no peso das partes móveis, o que possibilita desempenho e baixos níveis de emis-sões, ruídos e vibrações. O E.TorQ tem potência de 115 cv e torque máximo

de 16,2 kgfm a 4.500 rpm com gasoli-na ou 117 cv e torque de 16,8 kgfm a 4.500 rpm com o etanol.

O Essence possui ainda opções de câmbio mecânico e Dualogic®, que permite tanto a condução em modo automático, quanto em manual, onde as trocas de marcha são controladas por toques na alavanca do câmbio. Além disso, a alteração entre os mo-dos pode ser feita com o automóvel em movimento. A partir de um opcio-nal, é possível ainda acionar mudan-ças de marcha pelo volante.

SEGURANçA é A PALAVRA DE ORDEmSempre priorizando a segurança

das pessoas, a Fiat já oferece de série air bag duplo frontal e freios ABS com EBD em todas as versões do Grand Siena. Além disso, o carro conta com um terceiro apoio de cabeça trasei-ro com regulagem de altura e, como opcional, air bags laterais diantei-ros. “O consumidor deste segmento está dando muito valor à segurança,

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identificada em itens como air bags e ABS, ele está valorizando um carro completo, para atender todas as suas expectativas” completou Lélio Ramos, Diretor de Operações Comerciais Fiat Brasil.

De uma forma geral, para garan-tir a segurança do carro em conjun-to com conforto e tecnologia, foram feitos mais de 71 mil testes físicos e virtuais e rodados aproximadamente 2 milhões de quilômetros durante os testes de confiabilidade.

A suspensão foi projetada e ca-librada para garantir ainda mais a segurança dos ocupantes. Por exem-plo, a suspensão traseira agora é de-rivada do Fiat Punto, mas com ajuste exclusivo para o Grand Siena. Com isso, a bitola traseira ficou maior que a dianteira, o que garante mais es-tabilidade e segurança. Também os amortecedores traseiros, em conjunto com as buchas inclinadas de maior diâmetro, deixam o sistema mais eficiente para absorver as irregula-ridades do piso, mantendo níveis de conforto acústico e vibracional exce-lentes no interior do veículo.

uMA versão pArA Todos os gosTosComo á característico da Fiat Au-

tomóveis, elegância e praticidade caminham juntos. Para aumentar a funcionalidade, o modelo pode ter até 15 porta-objetos, de acordo com os opcionais escolhidos. Eles estão nas quatro portas, painel, console central e tampa traseira do porta-malas, o que favorece uma maior organização do motorista.

O painel de instrumentos é divido por uma faixa decorativa, denomina-da Insert Molding, um dos destaques do habitáculo. A peça divide o painel horizontalmente e confere texturas exclusivas para cada versão, sendo o principal elemento de customização no interior do automóvel.

A evolução da tecnologia e distri-buição interna permite 12% de mais eficiência no ar condicionado, segun-do testes realizados pela engenharia. “Para conferir a eficiência térmica do sistema de ar condicionado, utilizamos metodologias revolucionárias, que per-mitem medir a temperatura em todas as partes do corpo” afirmou Cláudio

O modelo pode ter até 15 porta-objetos e possui tecnologia interna que aumenta em 12% o aproveitamento do ar-condicionado

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A história do Fiat Siena

Fabricado no Brasil há 14 anos, o automóvel divide uma história de sucesso com os brasileiros: somen-te em 2011 foram 90 mil unidades vendidas. Apresentado em 1997, na Argentina, começou a ser pro-duzido na fábrica brasileira apenas em 1999, como a opção de sedã da família palio. com o bagageiro maior, característico do segmento, o siena se distinguia pelo padrão econômico dos veículos associados ao Fiat palio.

Ao todo passou por três rees-tilizações: em 2000, 2004 e 2007. no ano de 2007 o siena lançou uma grande novidade: era o único automóvel no mundo a rodar com quatro tipos de combustível.

o exclusivo sistema Tetrafuel, melhorado no grand siena, permi-te ao motorista escolher o combus-tível entre gasolina, etanol, gasoli-na sem álcool (a chamada de e-0, comum na europa e em outros países da América Latina) e gás na-tural veicular, gnv.

embora mantenha a econo-mia dos sedãs menores e, princi-palmente, dos carros da família palio, o siena sempre se destacou por incorporar opcionais de outros segmentos. Foi o primeiro da ca-tegoria de sedãs menores com air bag lateral e sensores de chuva, de estacionamento e crepuscular.

É um modelo de sucesso no mercado brasileiro. É por isso que, mesmo antes de ganhar o nome atual, já era visto como um Grand siena.

Demaria, Diretor de Desenvolvimento e Design/Style de Produto América La-tina. As seis saídas dianteiras, sendo quatro centrais, permitem que o ar che-gue aos ocupantes do banco traseiro de maneira mais eficiente. Além disso, fo-ram diminuídos os níveis de ruído in-terno, inclinação em curvas e vibração sentida na parte interna do carro.

A Fiat também se preocupou em obter uma boa performance acústi-ca do sistema de áudio que passou a ser composto por rádio/CD/MP3, an-tena, dois alto-falantes Mid Woofer frontais, dois alto-falantes Full Ran-ger posterirores e dois alto-falantes Tweeter posicionados nos montantes frontais. Essa configuração traz ainda conexão USB / iPod® e viva voz Blue-tooth® para celular.

O modelo está disponível em 12 co-res: quatro sólidas e oito metálicas. O Fiat Grand Siena tem garantia de um ano, sem limite de quilometragem. E, durante sua vigência, o proprietário tem direito a assistência 24 horas feita pela Confiat, que inclui serviços de ur-gência como reboque, socorro mecâni-co e veículo reserva para qualquer lu-gar do Brasil. As revisões são a cada 15 mil quilômetros ou um ano. Há supor-te ao dono em mais de 570 pontos de atendimento da Fiat em todo o país.

As lanternas traseiras foram totalmente redesenhadas, suas formas ousadas invadem a tampa do porta-malas e se prolongam na lateral do veículo

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O novo Fiat Strada já é comer-cializado através de 250 con-cessionárias da marca na

Itália e em outras tantas espalhadas pela Europa. O novo modelo, líder de vendas no Brasil, começou a ser ex-portado para o continente e integra a

Fiat Strada chega à EuropaPicape fabricada pela Fiat Automóveis em Betim (MG) é exportada para o continente desde janeiro e se confirma como modelo com o maior número de destinos internacionais

POR JAMerson cosTA

710 mil unidades e desde 2010 suas vendas ultrapassam a marca acumu-lada de100 mil unidades por ano. Em 2011, bateu novo recorde: foram mais de 119 mil unidades vendidas. Suas exportações para diversos mercados superam a marca de 100 mil unida-des. “Hoje, é o modelo da Fiat expor-tado para o maior número de países”, destaca o gerente sênior de exporta-ções para a América Latina da Fiat Automóveis, Euler Ervilha.

O sucesso da picape no Brasil e no exterior comprova o compromisso da Fiat em entender e atender a deman-da do mercado onde está inserida. O Fiat Strada possui uma variedade de versões e apresenta, inclusive, opções

Como os europeus gostam

para adaptar-se ao mercado europeu, o modelo conta com a opção de motor a die-sel, adaptando-se a uma forte característica daquele mercado.

o novo Fiat strada chega à europa com três versões de carroceria: cabine simples, estendida e dupla. o veículo é produzido nas linhas Working, Trekking e Adventure, com diferenciais que distinguem o carro de acordo com sua funcionalidade.

A variação permite combinações com as linhas Working e Trekking cabine simples, estendida ou dupla e Adventure cabine es-tendida ou dupla. os motores são Fire 1.4 8v com abastecimento a gasolina ou Flex, e-TorQ 1.6 16v a gasolina e e-TorQ 1.8 16v Flex. Além deles, para o mercado externo existe a opção MultiJet 1.3 16v a diesel. o câmbio é encontrado nas variações manual e dualogic.

lista restrita de veículos estrangeiros presentes nos países europeus, um mercado competitivo e exigente.

No Brasil, o Strada lidera as ven-das na categoria de picapes leves há mais de uma década. Ao longo de sua trajetória, foram vendidas mais de

exclusivas para cada público consu-midor: cabine dupla para alguns mer-cados e opção de abastecimento a die-sel para o europeu.

Em todas as versões o Fiat Strada oferece diversas possibilidades de uso, com características de veículo de carga e conforto para o transporte de passa-geiros. Equipado, expressa também es-portividade e estilo. Esses são alguns dos atributos que permitiram ao mo-delo ser inserido no mercado europeu.

A América Latina é o maior mer-cado para o Strada fora do Brasil. De-pois dos brasileiros, os argentinos são os maiores adeptos ao modelo: só no ano passado, 7,1 mil unidades foram embarcadas para o país vizinho.

O Fiat Stradamarcoua inovação nosegmento depicapes leves

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O modelo foi lançado para com-por a família Palio, que naquele mo-mento crescia e conquistava uma quantidade cada vez maior de con-sumidores no Brasil. A picape foi planejada para fortalecer o time de veículos derivados do modelo, aten-der à demanda dos clientes e agre-gar valor ao segmento de picapes.

O lançamento do Fiat Strada marcou a inovação no segmento de

picapes leves, dada a forma flexível com que o modelo se adapta ao mer-cado. Por ser encontrado em diver-sas versões, o Fiat Strada possibilita o consumidor escolher a versão que mais atende às suas necessidades. “O Strada é um carro que reflete muito a agilidade da Fiat em en-tender o mercado”, aponta Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat Au-tomóveis.

A inovação no segmento de picapes

Fonte: Fiat Automóveis

O Fiat Stradaexpressaesportividade

A versão cabine dupla é exclusiva para o mercado brasileiro

ITÁLIA948 mILVEÍCULOS

AS EXPORTAçÕES BRASILEIRAS

A fábrica da Fiat Automóveis exportou 3,1 milhões de automóveis desde a instalação no Brasil, há 35 anos.os três maiores compradores de carros da Fiat fabricados no país são:

ARGENTINA1,150 mILHÃODE VEÍCULOS

VENEZUELA264 mILVEÍCULOS

os três modelos fabricados pela Fiat Automóveis com maior número de unidades exportadas na história da empresa são:

• Fiorino com 464 mil veículos• Uno com 309 mil veículos• Palio Weekend com 211 mil

FIAT STRADA Em NúmEROS

presente em mais de 40 países

segundo em quantidade de unidades exportadas em 2011 pela Fábrica brasileira

são 105,1 mil unidades exportadas em 13 anos

Lidera as vendas no Brasil na categoria de picapes leves há mais de uma década, são mais de 710,7 mil unidades vendidas

ultrapassa 100 mil unidades vendidas por ano no país desde 2010

recorde de vendas em 2011, com 119,3 mil unidades no BrasilFonte: Fiat Automóveis

Page 13: Revista Mundo Fiat

não é bemno coração

de betim: é no pulmão.

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negó

cios

Já dizia o ditado: “quem planta co-lhe”. E 2012 será o ano da Chrys-ler. O momento de colher frutos

e dobrar de tamanho no Brasil. Após organizar a casa e definir as priorida-des ao longo do ano passado, a em-presa já coloca em prática seu plano de expansão, que inclui aumentar a presença no país até 2015.

“A expectativa é aumentar, nos próximos cinco anos, em 20 vezes o faturamento da Chrysler no Brasil. O segmento de carros premium está em expansão e o bom momento pelo qual passa a economia do país tende a contribuir para os negócios da empre-sa. A renda do brasileiro aumentou e o sonho de ter um veículo de luxo se tornou uma realidade”, avalia o dire-tor geral do Chrysler Group do Brasil, Sérgio Ferreira.

Novo momento da ChryslerEmpresa planeja expansão no mercado brasileiro até 2015. Ainda em 2012, Chrysler estima um crescimento superior a 100% nas vendas do grupo no Brasil em relação ao ano passado

POR LILIAn LoBATo

Somente para 2012, ele estima um crescimento superior a 100% nas vendas do grupo no Brasil em relação ao ano passado, salto de 5,516 carros vendidos para 12 mil. Segundo Fer-reira, o resultado será extremamente positivo já que o mercado geral de automóveis e comerciais leves deverá registrar alta entre 4% e 5% no país em comparação com 2011.

A previsão de avanço para este ano ainda supera as expectativas ape-sar do aumento do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI) para car-ros importados. O ajuste representa alta de até 28% nos preços finais dos veículos produzidos fora do Mercosul e do México – que tem acordo bilate-ral de comércio com o Brasil – ou com menos de 65% de nacionalização de seus componentes.

Ferreira ressalta que medidas pon-tuais, como o aumento do IPI para veí-culos importados, não irão influenciar o planejamento estratégico da Chrys-ler. “Para a empresa, o Brasil represen-ta um dos mercados mais promissores do mundo e, por isso, temos um plano arrojado que prevê decisões importan-tes, que servirão para aprofundar as raízes do grupo no país”, explica.

Para chegar onde almeja, a Chrys-ler terá como base quatro pilares. O primeiro é o Produto e está atrelado ao lançamento de veículos no Brasil. Nos últimos anos, de acordo com ele, a oferta de veículos da empresa no país foi reduzida, o que comprometeu a demanda. Para inverter o jogo, se-

A nova era chrysler tem início com o lançamento do Jeep Wrangler e Wrangler unlimited, de quatro portas, à venda des-de o final de janeiro. o modelo é o mais emblemático da Jeep e terá nova mecânica com motor pentastar v6 de 284 cv e câm-bio automático de cinco marchas. o motor anterior era v6, mas de 3,8 litros e 199 cv. A tradicional capacidade off-road passa a ter mais refinamento mecânico e conforto de rodagem.

Já o Jeep compass está à venda desde o início de fevereiro. Inédito no Brasil, modelo será a nova porta de entrada da Jeep no país. um dos destaques é a ampla lista de equipa-mentos que inclui seis air bags, controle ele-trônico de estabilidade, freios ABs, sistema de som Alpine com disqueteira pra seis cds e entradas auxiliar e usB – que permitem na-vegação e integração total com celulares, co-nexão Bluetooth uconnect com comando de voz e teto solar elétrico. o motor é 2.0 16v com duplo comando variável de válvulas e 156 cv. o câmbio é automático do tipo cvT, com opção de trocas sequenciais.

depois de mais de um ano ausente, o chrysler 300c, sedã de luxo da chrys-ler, acaba de voltar ao Brasil completamen-te reformulado. com nova mecânica ainda mais eficiente - motor pentastar v6 – o veícu-lo tem câmbio automático de oito marchas. o design também foi refeito e está mais ele-gante. os faróis e lanternas exibem Leds e destacam a sofisticação. o acabamento in-terno é outro ponto de evolução.

para março, está previsto o lançamento da rAM 2500, picape de grande porte, úni-ca no segmento no país. Anteriormente, o veículo era da marca dodge, por isso era co-nhecida como dodge rAM 2500. entretan-to, a picape passou a ostentar a marca rAM e 2500 será o nome do modelo. o veículo ganhará requinte especialmente na cabine, que será espaçosa e comportará até seis pessoas. o motor continuará sendo um seis--cilindros-em-linha turbodiesel da cummins, mas em nova geração, com menores níveis

de emissões. A potência será de 310 cv e o torque de 84,6 mkgf.

no caso do dodge durango, utilitário--esportivo de grande porte, inédito no Brasil, modernidade não falta e será um veículo de eficiente motor pentastar v6. com capaci-

dade para sete lugares, o veículo irá com-partilhar a plataforma com o Jeep grand cherokee, modelo que ganhou nova e bem sucedida geração no início de 2011.

para completar, o Jeep grand cherokee a diesel está previsto para desembarcar no Brasil em meados do ano. A nova versão é importantíssima no segmento de utilitários esportivos premium. A novidade virá para complementar a linha do veículo, que é um dos mais vendidos do grupo chrysler, tanto no Brasil como mundialmente.

Lançamentos no Brasil

Jeep Compass

300C

O modelo Durango, da Dodge

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cios rão lançados seis novos carros no decorrer

de 2012. O objetivo é oferecer veículos de alto padrão que já são vendidos nos EUA, principal mercado consumidor da marca.

O segundo pilar é a Distribuição. Ao todo, existem 33 pontos de venda espalha-dos pelo Brasil que reúnem carros Chrysler e Mercedes-Benz. “Apenas duas concessio-nárias são exclusivas da Chrysler e a meta é aumentar esse número para 50 conces-sionárias próprias até o final do ano”, con-ta Ferreira.

Ele destaca que a partir desse pilar, a situação será invertida e o objetivo é inau-gurar 100 novos pontos de venda exclu-sivos e identificados Chrysler até 2015. Com isso, a expansão será quantitativa e também qualitativa. Ainda segundo o di-retor geral do grupo, ao compartilhar as

concessionárias, o consumidor não con-seguia identificar os pontos de vendas da Chrysler. Além de confuso, o cliente pas-sava a não ter confiança na marca, já que não conseguia encontrá-la com facilidade.

Para selecionar os novos pontos de venda, a empresa irá avaliar as condições e a realidade de cada região brasileira. “O Jeep, por exemplo, tem maior deman-da em locais que necessitam de veículos off-road. Já a marca RAM tem maior de-manda na região Centro-Oeste, por serem veículos de grande porte que contribuem no setor agrícola. No nordeste temos uma presença tímida e precisamos avançar”, ressalta.

Em seguida, está o pilar Marcas, rela-cionado à revitalização e conquista de cre-dibilidade. Ferreira explica que os consu-midores têm a imagem de que a Chrysler é uma marca forte, que reúne quatro no-mes de respeito – Jeep, Dodge, Chrysler e

RAM – no mercado, mas que é inacessível. A ideia do grupo é reposicionar a marca e mostrar que a Chrysler é líder em tecno-logia e inovação, bem como acessível ao público brasileiro.

O último pilar faz toda a diferença no processo de fidelização dos clientes. É a Excelência no Atendimento ao Cliente. Ligada à Mercedes-Benz, a Chrysler de-pendia da empresa alemã desde o plane-jamento logístico até a entrega de peças importadas. Desde o dia 1º de janeiro de 2012 a Chrysler passou a fazer a gestão plena da importação. “O consumidor que adquire um veículo de R$ 200 mil tem um alto nível de exigência e é preciso atender às suas necessidades, assim como prestar o serviço dentro do prazo. Precisávamos de uma melhor gestão do pós-venda para

realizar um melhor atendimento, o que já está em andamento”, destaca.

O controle majoritário da Fiat irá con-tribuir para que os quatro pilares sejam colocados em prática. “Ninguém é líder por 10 anos por acaso. A Fiat tem credi-bilidade no mercado brasileiro e poderá passar essa expertise para o grupo e con-tribuir para o nosso crescimento. A expec-tativa é que o Brasil se torne o quinto mer-cado do mundo da Chrysler atrás dos EUA, Canadá, México e China”, revela.

A aliança ainda tem como base a cul-tura do Grupo Chrysler de inovação e tec-nologia, o que será complementado com a presença da Fiat. Com sede em Auburn Hills, Michigan, a linha de produtos da Chrysler Group apresenta alguns dos ve-ículos mais famosos do mundo, incluin-do o Chrysler 300 e Town & Country, Jeep Wrangler, Dodge Journey, Dodge Durango, RAM 2500 e Jeep Grand Cherokee.

A ideia do grupo é reposicionar a marca e mostrar que a Chrysler é líder em tecnologia e inovação,

bem como acessível ao público brasileiro“

Iveco no Dakar 2012. ÚnIca paraDa: a vItórIa.

a Iveco e a equIpe petronas De rooyvenceram o Dakar 2012 com o pIloto GerarD De rooy,

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Coragem, compromisso, determinação, força e confiabilidade. Com esses valores, a Iveco venceu o Rally Dakar 2012, um dos mais extraordinários desafios do mundo. Ganhamos com a força dos caminhões Trakker e Powerstar e a performance dos motores Cursor 13, da FPT Industrial. Agradecemos aos pilotos Gerard De Rooy, Hans Stacey, Miki Biasion, Pep Vila e Joseph Adua pela aventura inesquecível deste Dakar. O ano não podia ter começado melhor para a empresa que, em 2011, no Brasil, cresceu três vezes mais que o mercado.

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MUNDOFIAT30 MUNDOFIAT 31

POR JAMerson cosTA e LILIAn LoBATo

A cada dez automóveis fabrica-dos no Brasil, sete possuem um bloco de motor produzido

pela Teksid. A liderança no segmento não foi alcançada por acaso, mas gra-ças à qualidade do produto, aos dife-renciais de atendimento e à prestação de serviços de pós-venda, que garanti-ram a fidelização dos clientes.

É o que destaca o gerente comer-cial da Teksid, Raniero Cucchiari. “O resultado favorável é reflexo da satis-fação das companhias que recebem nossos blocos”, afirma.

Ele ressalta que o apoio de cada co-laborador ao desempenhar com capri-cho e dedicação o trabalho de fabricar as peças, também foi elemento-chave para que a empresa conquistasse seu espaço no dinâmico mercado auto-motivo brasileiro. “O envolvimento de toda a equipe da Teksid contribui para que possamos ampliar a pre-sença entre os clientes, como a Fiat, Volkswagen, Renault, Ford, General Motors (GM), Volvo, Scania, Iveco e Cummins”, destaca. Ainda segundo Raniero, todos os veículos produzidos pela Fiat, no Brasil, têm peças produ-zidas pela Teksid.

Dentro da estratégia de ampliar a carteira de clientes, a Teksid se tornou, em 2003, a única fornecedora de blo-cos de motor para a GM. Outro cliente é a Volkswagen, que, recentemente, aumentou a compra de produtos da

CARROS:2,4 milhões de blocos de motor paraautomóveis e 220 mil cabeçotes.

OS NúmEROS DA TEKSID Em 2011

ÔNIBUS, CAmINHÕES E mÁqUINAS AGRÍCOLAS:380 mil peças entre blocos de motordiesel e 500 mil cabeçotes diesel.

PRESENçA DA TEKSID NO BRASIL

peças fabricadas na Teksid estão presentes em grande parte dos veículos nacionais e no mercado internacional.hoje, a cada dez automóveis produzidos no Brasil, sete possuem um bloco de motor fabricado pela empresa.

Os blocos de motor fabricados pela Teksid estão presentes em 70% dos automóveis produzidos no Brasil

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Empresa mantém liderança na fabricação de blocos de motor para veículos no Brasil, combinando motivação da equipe, foco no mercado interno e diversificação de produtos oferecidos aos clientes

Teksid. “Antes, atendíamos a 15% do número total de blocos usados pela montadora. Atualmente, o volume é de 40%, resultado do esforço de todos que trabalham na empresa”, explica o gerente comercial.

Com sede brasileira em Betim (MG), a Teksid, integrante do Grupo Fiat, também possui plantas indus-

Teksid:números da liderança

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MUNDOFIAT32

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cios

triais na França, Polônia, Itália, Por-tugal, México e China. Para atender os clientes, a capacidade atual de produ-ção de todas as plantas da Teksid che-ga a 740 mil toneladas ao ano.

Diante da importância dos seto-res agrícola e de transporte de cargas, bem como aumento da demanda por ônibus, a planta brasileira também passou a focar ainda mais na produ-

ção de itens para veículos dessas áre-as. A Teksid já produz peças para es-ses ramos há mais de 30 anos. Após realizar uma série de investimentos no processo produtivo, a capacidade total, incluindo blocos de motor para caminhões, ônibus e máquinas pesa-das e mais de 200 tipos de peças, che-gou a 300 mil toneladas anuais.

Dentre os produtos fornecidos es-tão pontas de eixo, coletores, discos, tambores, cabeçotes e blocos de motor para veículos leves e pesados, diversi-dade que faz diferença frente aos con-correntes. Atualmente a maior parte da produção da Teksid é destinada ao mercado interno e 25% é exportada.

InvesTIMenTosPara atender à crescente demanda

do mercado, a Teksid realizou um ci-clo de investimentos para expandir a produção. Entre as ações, foram des-tinados R$ 80 milhões para aumentar a capacidade de fabricação de blocos de motor de 2,3 milhões para três mi-lhões de blocos anuais.

A empresa também retomou os ne-gócios em alumínio com a construção de uma nova fábrica para a produção de cabeçotes, inaugurada em 2010, o que ampliou ainda mais sua gama de produtos.

DIVERSIFICAçÃO DE PRODUTOS

os prIncIpAIs coMponenTes FornecIdos peLA TeksId eM voLuMe de produção, coM BAse nos dAdos de 2011 e eM ToneLAdAs, são:

1 blocos automotivos – 93 mil t

2 blocos para veículos industriais (a diesel) – 73,7 mil t

3 cabeçotes – 33,5 mil t

4 discos, cubos, tambores e suportes – 25,6 mil t

5 carcaças – 7,7 mil t

6 girabrequins – 5,8 mil t

7 pontas de eixo – 4 mil t

8 eixos do comando de válvula – 1,9 mil t

9 coletores – 504 t

10 outros (volantes, bedplates, braços de suspensão, etc.) – 20,6 mil t

Fonte: Teksid

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A Magneti Marelli se preocupa em crescer sustentavelmente e, por isso, incentiva a educação e a cultura no país, por meio de investimentos na área social e parcerias com instituições relevantes no cenário nacional, como a Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte e recentemente o Masp, em São Paulo. São parcerias como essa que possibilitam que este importante acervo de obras de arte continue acessível à população. Faz parte da sua vida.

Nosso negócio também é arte.

Magneti Marelli, agoramantenedora do Masp -Museu de Arte de São Paulo.

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O Grupo produz mais de 200 tipos de peças fundidas destinadas a automóveis eveículos industriais

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35MUNDOFIAT34

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cio Safra de verão 2011/2012 é a mais tecnológica da históriaMesmo sofrendo influências negativas dos fenômenos climáticos, safra atual configura-se em mais um passo em direção a um crescimento consistente da agricultura brasileira

POR vLAdIMIr BrAndão

Em suas diferentes atividades, realizadas em regiões distintas, o produtor Ari Fernando Foletto,

de Itaqui (RS), vivencia alguns dos contrastes da safra de grãos desta temporada 2011/2012. De sua lavou-ra de soja, terá pouco proveito. Devido à severa estiagem que assolou várias regiões do Brasil e especialmente o seu estado, terá uma quebra de safra de quase 70%. Nos 500 hectares que plantou ele deve colher uma média de 20 sacas de soja por hectare. Quando o clima é favorável sua colheita atin-ge 60 sacas. Mas soja é um negócio secundário para Foletto: o principal é o arroz, com 12,8 mil hectares culti-vados. A seca no Rio Grande do Sul trouxe enormes prejuízos para mui-tos produtores do estado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimen-to (Conab) a colheita gaúcha de arroz deverá ser 21% menor que a do ano passado. Mas Foletto está se saindo bem. Aumentou sua área em 10%, e terá colheita cheia. Suas lavouras em Itaqui (sudoeste do estado) e em Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no litoral sul, estão próximas a grandes cursos de água, como os rios Uruguai e Ibicuí e a Lagoa Mirim. Por isso ele não teve maiores problemas em obter água para irrigação.

Foletto até comprou duas colhei-tadeiras novas, da marca Case, para ajudar na colheita das 110 mil tonela-das previstas. Sua produtividade, que já era maior do que a média do estado, está aumentando. Desde o ano passa-do ele pratica agricultura de precisão em mil hectares. Com ferramentas e equipamentos para monitorar as ope-rações, como trator com GPS, colheita-deira com coletor de dados e aplicador de insumos a taxa variável, Folet-to obtém mil quilos a mais em cada hectare, na comparação com os culti-

vados por métodos convencionais. A agricultura de precisão colabora para uniformizar a produtividade e permi-te uma boa economia de insumos. A combinação de análise detalhada de solo, localização por satélite e auto-mação garante, por exemplo, que a quantidade certa de adubo seja aplica-da em cada talhão da lavoura. “Como todo o solo é corrigido não tenho mais áreas com perdas”, diz o produtor.

A exemplo de Foletto, toda a agri-cultura empresarial brasileira amplia o uso de tecnologia nas lavouras – o que inclui sementes mais produtivas, processos avançados de produção e maquinário de última geração. Assim a agricultura é cada vez mais similar à indústria, onde todas as operações são monitoradas e as variáveis são controladas. Mas há um fator crucial para o sucesso ou fracasso das safras ainda fora do alcance dos produtores: o clima. E nesta temporada, como se sabe, ele não ajudou. A origem da seca prolongada na região Sul e sudo-este do Mato Grosso do Sul, e ainda o excesso de chuvas em outras regiões, é o fenômeno La Niña, cuja freqüên-cia varia entre dois e sete anos e desta vez teve alta intensidade. Caracteriza--se pelo esfriamento superficial das águas do Oceano Pacífico, provocando alterações climáticas por todo o pla-neta. No Brasil, os maiores prejudi-cados foram os produtores de soja e milho do Paraná e do Rio Grande do Sul, que enfrentaram problemas nas fases críticas de floração e frutificação das plantas. A Organização das Coo-perativas do Paraná, estado segundo maior produtor de grãos – o maior é Mato Grosso – calcula as perdas em 20%. O levantamento de fevereiro da Conab apontava para uma colheita brasileira de 157,1 milhões de tonela-das, 3,5% menor que a anterior, ainda

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Colheitadeira New Holland em plantação de soja, no Paraná

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cio que a área plantada, de 51,5 milhões de hectares, tenha sido 3,3% maior.

Se a colheita é fraca, os preços são bons, o que compensa parte dos preju-ízos. Foram as boas perspectivas, espe-cialmente em relação ao milho, que leva-ram os produtores a elevar suas apostas no período de plantio da safra. “Graças aos estoques mundiais baixos e o progra-ma de etanol dos EUA o milho vem pu-xando os preços das commodities desde a crise de 2008”, diz Leonardo Menezes, analista de mercado da Céleres. Por isso a área plantada com milho para a safra de verão foi 9% maior que no ano anterior, chegando a 8,6 milhões de hectares. E as perspectivas seguem boas.

“Com a restrição de oferta devido aos problemas climáticos, o cenário de preços é altista para grãos como o milho e soja”, diz Menezes. Nesse contexto, o milho se apresenta como oportunidade para a safra de inverno, e os produtores não a deixaram passar. Deverão produzir um plantio de 6,7 milhões de hectares, supe-rior em 14% ao plantado na safrinha pas-sada. E dessa vez os meteorologistas têm boas notícias: o La Niña está em declínio

e não deve causar maiores danos daqui para frente. Assim se delineia uma pers-pectiva de colheita total de 60,8 milhões de toneladas de milho, o que se configu-rará, caso se concretize, em um recorde para a cultura no Brasil. Já a soja deve encerrar a temporada com 69,2 milhões de toneladas colhidas, num recuo de 8% ante a safra anterior.

Aspectos conjunturais e climáticos à parte, o fato é que a safra atual configura--se em mais um passo em direção a um crescimento consistente da agricultura brasileira. Produtores, fornecedores e go-verno trabalham com um norte de 220 milhões de toneladas sendo colhidas no início da próxima década. A base é uma estimativa da Organização das Nações Unidas de que por volta de 2020 a deman-da mundial por alimentos terá crescido 20% em relação à atual. Segundo Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, caberá ao Bra-sil aumentar sua produção em 40% para suprir essa demanda, como compensação à incapacidade de crescimento de outras regiões produtoras. Ressalte-se que essa

ampliação deverá vir essencialmente com ganhos de produtividade, já que há seve-ras restrições ambientais à abertura de novas áreas de lavouras. Trata-se, na ver-dade, da continuidade de um movimento. Nos últimos 20 anos a produção de grãos no Brasil cresceu 150%, sobre um aumen-to de apenas 25% da área plantada (ver tabela acima).

Esta safra de 2011/2012, apesar dos percalços, pode ser considerada a mais tecnológica de toda história. Um indica-dor disso é o uso de sementes genetica-mente modificadas, que permitem ganhos de produtividade e redução no uso de de-

fensivos. Segundo a consultoria Céleres, a área plantada com transgênicos foi de quase 32 milhões de hectares de soja, mi-lho e algodão, 21% a mais que no ano an-terior. Já as máquinas agrícolas estão mais sofisticadas do que nunca. Um exemplo: uma moderna colheitadeira trabalha com um índice de perda de grãos de apenas 0,7%, ao passo que 10 anos atrás o índice das melhores máquinas era de 7%. A tec-nologia se torna disponível com rapidez crescente. A Case New Holland (CNH), em-presa do Grupo Fiat fabricante de máqui-nas agrícolas e de construção, lança em média 25 novos produtos por ano. Entre

mUDANçAS DE PATAmAR – EVOLUçÃO DAS SAFRAS BRASILEIRAS DE GRÃOS

sAFrA ÁreA (MILhões hA) produção (MILhões Ton.)produTIvIdAde MÉdIA (kg/hA)

1990/1991 37,9 57,9 1.528

2000/2001 37,8 100,3 2.649

2010/2011 49,9 162,8 3.264

2011/2012 (*) 51,5 157,1 3.049

Fonte: Conab(*) Os resultados foram prejudicados devido ao clima adverso

Safras de milho na

região da Canastra, em Minas

Gerais

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38 MUNDOFIAT 39

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2012 e 2014 vai trocar todo seu por-tfólio de produtos. “Hoje vemos os pro-dutores migrando para equipamentos de maior porte, pois estão preocupados em aumentar sua produção, investin-do a longo prazo”, diz Bernhard Kiep,

vice-presidente da New Holland, uma das marcas da CNH,

para a América Latina. “Es-peramos que 2012 seja um ano com grande inserção de tecnologia nos campos brasileiros, atingindo cada vez mais produtores e pro-priedades”.

A difusão da tecnologia é de fato essencial para a

obtenção de novos ga-nhos produtivos. O Brasil já é, por exem-plo, um campeão de produtividade de soja, cultura mais praticada em grandes propriedades. Mas em outras culturas, como feijão e milho, ain-da em grande parte

associadas à agricultura f a m i l i a r

(ela responde por 70% e 46% da produ-ção, respectivamente), a produtivida-de média do país é baixa. No caso do milho, é ainda metade da obtida nos Estados Unidos. Sua elevação passa por mais acesso do pequeno produtor à tecnologia. E é exatamente o que vem acontecendo desde o lançamen-to, há cerca de quatro anos, do Pro-grama Mais Alimentos, que por meio de linhas do Pronaf financia a moder-nização de propriedades familiares. Já foram adquiridos mais de 45 mil tra-tores nessa modalidade.

“Uma das tendências mais notá-veis do setor de máquinas agrícolas é a incorporação da agricultura familiar como consumidora de equipamentos”, afirma Milton Rego, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Até então esse segmento só contava com tratores muito velhos ou com tração animal”. Mesmo na chamada agricul-tura empresarial ainda há espaço para ganhos de produtividade. A agricultura de precisão, por exemplo, está presente em somente 10% da área cultivada do país, segundo estimativas de mercado. E a idade média das máquinas ainda é elevada, de acordo com levantamen-to da Anfavea: 12 anos para tratores e nove anos para colheitadeiras. “Para que a produção cresça conforme o pro-jetado será necessário ampliar a frota de máquinas e diminuir sua idade mé-dia”, diz Rego.

A estratégia da CNH para a Améri-ca Latina está baseada na efetivação desse cenário. Tanto que inaugurou, em 2010, uma fábrica em Sorocaba que recebeu R$ 1 bilhão em investi-mentos. Agora aplica US$ 100 mi-lhões em uma fábrica de tratores e colheitadeiras na Argentina, que tam-bém atenderá o mercado brasileiro. Ambos os projetos contemplam a pro-dução de máquinas de grande porte e de alta potência, de acordo com a tendência de migração para equipa-mentos maiores e com alto conteúdo

tecnológico. De forma parecida avan-çam no país investimentos privados e públicos em pesquisa para o desen-volvimento de sementes mais produti-vas e resistentes à seca e a geadas, de insumos com melhor rendimento e de técnicas como a integração de lavoura e pecuária, essencial para o aumento da eficiência do uso do solo e para a substituição de pastagens degradadas por atividades produtivas.

Os produtores não se mostram me-nos animados. Até os que tiveram pre-juízos com o clima nessa safra, como o gaúcho Ari Foletto, estão elevando as apostas. Na próxima safra ele planeja aumentar a área plantada com arroz em até 20%, chegando a 15 mil hecta-res. Para tanto vai comprar quatro no-vas colheitadeiras, que se incorporarão à sua frota de 35 colheitadeiras e 80 tratores. Seus investimentos não pa-ram por aí. Foletto aplica R$ 2 milhões para ampliar as estruturas de seca-gem, armazenagem e beneficiamento

de arroz, agregando valor à produção primária. De acordo com o profes-sor Roberto Rodrigues, a máquina do agronegócio está a todo vapor e tem tudo para cumprir seus desígnios. “O maior desafio está no lado de fora da porteira”, diz Rodrigues, referindo-se especialmente à infraestrutura logísti-ca do país, já insuficiente para dar con-ta das safras nos atuais patamares.

SAFRA DE GRÃOS 2011/2012 – PRINCIPAIS CULTURAS

produTo MILhões de ToneLAdAs

vArIAção soBre 10/11

Algodão (caroço) 3,3 2,2%

Algodão (pluma) 2,0 2,2%

Arroz 11,2 -17,9%

Feijão 3,4 -9,7%

Milho 60,8 6,0%

soja 69,2 -8,1%

sorgo 2,0 -12,4%

Trigo 5,8 -1,6%

Total 157,1 -3,5

Fonte: Conab – quinto levantamento (fevereiro 2012)

VENDA DE TRATORES CNH PARA AGRICULTURA FAmILIAR POR mEIO DE PROGRAmAS DO GOVERNO

Ano unIdAdes % do ToTAL do MercAdo

2006 zero -

2007 248 1%

2008 3.373 8%

2009 18.440 41%

2010 14.702 26%

2011 (*) 8.500 16%

(*) Previsão de fechamentoFonte: CNH

Para Milton Rego, vice-presidente da Anfavea, é necessário ampliar a frota de máquinas para que a produção cresça conforme planejado

Da esquerda para a direita: John Elkann, Chairman da Fiat S.p.A; Gil Pereira, Secretário de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri do Norte de Minas Gerais; Dorothea Werneck, Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais; Antonio Anastasia, Governador de Minas Gerais; Sergio Marchionne, CEO da Fiat S.p.A e da Fiat Industrial; Cledorvino Belini, Presidente da Fiat do Brasil e da Fiat-Chrysler para a América Latina; Valentino Rizzioli, Presidente da Case New Holland da América Latina; Giacomo Regaldo, Presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Artesanato de Minas Gerais

Case New Hollandanuncia investimentoem nova fábrica

no dia 5 de março a cnh assinou o proto-colo de intenções com o estado de Minas ge-rais para lançar as bases de um investimento de r$ 600 milhões em nova fábrica de equipamen-tos de construção no país. A planta será cons-truída em Montes claros, região norte de Minas gerais, e está programada para iniciar opera-ções em 2014.

o memorando foi assinado na sede da Fiat Industrial, em Turim, na Itália, durante visita de uma delegação do governo de Minas gerais, li-derada pelo governador Antonio Anastasia.

“este acordo reforça os nossos laços com o estado de Minas gerais e reafirma o compro-

misso que começou há 40 anos, com os primei-ros investimentos da Fiat na região”, disse ser-gio Marchionne, presidente da Fiat Industrial.

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Você já pensou em percorrer o equivalente a distância entre a Terra e a Lua de carro sem nunca

trocar o motor? São cerca de 385 mil quilômetros. Difícil? Impossível? Não

para o Fiat Marea SX 1.6l 16V do ta-xista Vicente de Moura, 57 anos. O car-ro dele já rodou 549 mil quilômetros, o suficiente para ir até a Lua e ainda dar mais quatro voltas na Terra ou, se

Recorde de quilometragem, qualidade e durabilidadeFiat Marea utilizado como táxi desde que saiu da concessionária já rodou mais de meio milhão de quilômetros e percorre quinhentos quilômetros diários sem nunca ter o motor trocado

POR TATIANA CARVALHO

não quiser sair em órbita, dar quase 14 voltas em nosso planeta!

Para conquistar essa marca, Vicen-te, que comprou o carro zero quilôme-tro em 2006, faz as revisões sempre em dia na concessionária Fiat Strada, no bairro São Francisco, em Belo Ho-rizonte/MG, e não descuida da manu-tenção de acordo com o que o manual orienta ou, às vezes, com uma frequ-ência até maior. “Troco o óleo e o filtro a cada cinco mil quilômetros, as pasti-lhas de freio a cada 30 mil e a correia dentada a cada 60 mil quilômetros”, comenta o taxista, que começou na profissão há 30 anos. “Por incrível que pareça, o motor de partida e o al-ternador ainda são originais e só pre-

cisei trocar a embreagem aos 324 mil quilômetros”, afirma.

O táxi de Vicente roda cerca de 500 quilômetros por dia entre BH, Confins e Contagem, onde ele mora. “Cerca de 90% do tempo, circulo entre a Zona Sul da capital e o aeroporto Tancredo Neves, então ando em estrada, mas também pego muito trânsito. Ainda assim, o desempenho dele continua muito bom, com uma ótima retoma-da, indo bem até nas subidas”, ava-lia. O motor 1.6l 16v de 106cv ainda agrada o taxista em relação ao consu-mo e aos ruídos. “Meu carro roda, em média, 10 a 11 quilômetros com um litro de combustível e é muito silen-cioso - uma maravilha!”, comemora

História do Marea no Brasil

o Marea sedã chegou ao mercado nacional para substituir o Tempra, as-sim como na europa. o modelo foi produzido pela Fiat no Brasil de 1998 a 2007, soman-do um total de 54.781 unidades vendidas. Tec-nologia avançada, con-forto e ampla gama de itens de série eram seus destaques.

em 2001, o veículo passou por uma reestiliza-ção e ganhou nova traseira e lanternas triangula-res. pouco depois, foi lançada a caixa automática de quatro marchas para o motor 2.4l e cinco cilin-dros, grande novidade do modelo.

o Marea sedã parou de ser produzido para dar lugar ao novo topo de linha da Fiat, o Linea, que chegou ao Brasil em 2008.

A assistênciatécnica Fiatconferiu o motordo Marea do taxista Vicente de Moura que járodou mais demeio milhão dequilômetros

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Vicente, que teve diversos carros Fiat desde 1982, quando comprou o pri-meiro – um 147 modelo Europa.

Casado e pai de cinco filhos, o ta-xista conta que quando seu filho Ra-fael, de 26 anos, o questiona sobre qual automóvel adquirir, ele não tem dúvida em recomendar. “Digo a ele que, com o dinheiro que tem disponí-vel, deve comprar um Fiat Marea com cerca de 50 mil quilômetros. Se fizer isso, não vai ter problemas com carro pelos próximos anos”.

opInIão do especIALIsTAQuando soube da história sobre o

carro do taxista, Paulo Evando Barbo-sa, gerente de Engenharia de Motores da Engenharia Powertrain Latam, se surpreendeu. A dica do engenheiro para que outras pessoas consigam atingir essa marca ou apenas para que não tenham problemas com o car-ro é simples. “É necessário fazer sem-pre a manutenção preventiva, confor-me o manual de fábrica, e não abusar do motor, não levando cargas excessi-vas e trocando as marchas sempre na hora certa”, sugere Paulo Evando.

Para o gerente de Engenharia de Motores, a quilometragem do Marea de Vicente sem consertos do motor atesta, na prática, a qualidade dos propulsores da Fiat. “Em dinamôme-tros, fazemos provas de confiabili-dade e durabilidade por cerca de três a quatro meses rodando, aproxima-damente, 500 quilômetros por dia”, conta o engenheiro. “Vicente tem uma média similar. Ele fez na prática e por muito mais tempo a prova que faze-mos em laboratório e comprovou os resultados de durabilidade das peças usadas em nossos motores”.

Resistente e confiávelproduzido em córdoba, na Argentina, até 2008 o motor que equipa o carro do taxista

vicente se destaca pela ótima dirigibilidade, pelo bom desempenho e pela baixa manuten-ção. Tem 1.596 cm³, quatro cilindros e 16 válvulas, oferecendo potência máxima de 106cv. o torque máximo, de 15,4 kgfm a 4.500 rpm, era o melhor entre todos os concorrentes diretos nesta faixa de motorização na época em que foi lançado. A 1.500 rpm o propulsor tem torque de quase 13,0 kgfm – ou seja, 82,5% do torque máximo. por isso, exibe excelen-te rendimento principalmente em baixas e médias rotações, as faixas mais utilizadas pelos motoristas.

conforme vicente comprova, as retomadas são rápidas e o motor responde prontamen-te ao acelerador. Isso o torna seguro nas ultrapassagens, muito ágil no trânsito pesado das grandes cidades e confere ótimo desempenho em arrancadas e subidas.

Vicente visitoua fábrica da Fiat,em Betim (MG),para conhecer deperto a origemdo seu Marea

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Transformar sonhos em realidade nunca foi problema para a jornalis-ta Mariana Lobato Moura. Persis-

tente, sempre foi em busca de seus ideais e, aos 30 anos, viu sua vida mudar para melhor. A história começou em janeiro de 2010. Apaixonada pelo Fiat Strada, com-prou o carro e realizou seu sonho de con-sumo. Um mês depois, descobriu que a realização de seu sonho de vida também estava próxima, iria se tornar mãe. O que Mariana não imaginava é que, após nove meses, o seu Fiat Strada seria palco do momento mais bonito e emocionante de sua vida: o nascimento da filha Beatriz.

“Era casada há sete anos e meio e não conseguia engravidar. Foram três anos de tentativas e, quando eu menos esperava, chegou a notícia de que estava grávida. Fui abençoada quando já plane-java a adoção de uma criança”, relata.

Segundo Mariana, 2010 foi o seu ano. “Já começou bom, com um carro zero!” Ela ressalta que adquirir o Fiat Strada foi extremamente gratificante. “Ninguém entendeu porque eu queria tanto o carro já que não faço trilha, não dirijo em es-trada de terra e não preciso da carroceria. Entretanto, isso não importava. Queria meu Strada e consegui”, lembra.

Já a gravidez tão sonhada não podia acontecer em melhor momento, de acor-do com ela, tudo foi minimamente pre-parado para receber a filha. “Ao longo da gestação, vários outros pequenos desejos se concretizaram e nos restava apenas esperar a vinda de Beatriz”, conta. A an-siedade pela chegada da filha aumentava e a expectativa era de fazer um parto na-tural, sem anestesia.

Após 40 semanas e meia, o parto foi agendado. “Como Beatriz não vinha ao

Nascimento sobre quatro rodasMariana Moura realizou seu sonho de consumo ao comprar o Fiat Strada, em 2010, mas não imaginava que o automóvel a conduziria para a verdadeira estrada de sua vida: a maternidade

POR LILIAn LoBATo

mundo por livre e espontânea vontade, foi preciso marcar a cesárea para o dia 16 de novembro, após o feriado”, explica. Entretanto, um dia antes do previsto, os planos foram alterados. A bolsa estourou e foi preciso correr imediatamente para o hospital.

Nesse momento, o Fiat Strada entrou em cena e, durante o trajeto, em plena Avenida do Contorno, uma das principais e mais movimentadas de Belo Horizon-te, nasceu Beatriz pelos braços do pai, Daniel da Costa Moura. Mariana lembra que foi uma experiência inexplicável e que não havia alegria maior do que a que ela sentia naquele momento. “Defi-nitivamente, o meu carrão me conduziu para a melhor estrada da minha vida: a maternidade”.

O ano de 2012 já começou cheio de novidades para Mariana. Ela está grávi-da de três meses. “Notícia melhor é saber que são gêmeos. Agora, preciso provi-denciar um Fiat Doblô”, brinca.

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A exuberância da natureza pre-sente na Fiat Powertrain em Campo Largo, município da re-

gião metropolitana de Curitiba (PR), permite dizer que, além de pessoas e processos, o meio ambiente é uma qualidade extra da fábrica. A divisão de produção de motores automotivas da Fiat Automóveis, instalada a pouco mais de 25 quilômetros da capital para-naense, tem 350 funcionários e desde 2010 possui capacidade de produção de 330 mil motores por ano. A planta industrial conta com 1,270 milhão de metros quadrados.

Destes, 250 mil metros quadrados, o que corresponde a 19% da área, são

ocupados por matas de araucária, uma espécie de árvore típica do Sul do Brasil e que atualmente está em extinção. O ta-manho equivale a 28 campos de futebol.

É pelo tamanho da porção verde que pessoas e processos na fábrica continu-amente têm suas atividades pautadas na proteção ao meio ambiente, o que contempla fauna, flora e água existen-tes no local. Quanto aos recursos hídri-cos, após exatos 20 anos da instituição pela Organização das Nações Unidas (ONU) do Dia Mundial da Água, cele-brado em 22 de março, o Brasil encon-tra a irrigação, abastecimento urbano e consumo industrial como as três princi-pais formas de uso consuntivo, quando

Fábricas mais verdesFiat Powertrain, em Campo Largo, é responsável por ações de preservação de nascentes e programas que contribuem para a proteção do meio ambiente

POR JAmERSON COSTA

parte da água captada não retorna ao curso original dos córregos e rios. Os dados são do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2011, publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA), do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Os usos urbano e industrial da água, segunda e terceira formas mais comuns no país, são constantes na unidade da Fiat Powertrain. Existem duas nascentes na planta industrial de Campo Largo e ambas integram o conjunto de afluentes do Rio Verde, que pode vir a ser a principal fonte de abastecimento da cidade, hoje su-prida pelo Rio Itaqui. Um estudo da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) apresenta que, ao continu-ar retirando água do atual ponto de captação, estará contribuindo signi-ficativamente para a degradação da bacia do Itaqui.

A partir dessa análise, a empresa de saneamento apresentou alternati-vas à prefeitura de Campo Largo. Uma das opções é retirar água do Rio Ver-de, que tem uma das nascentes encon-tradas na área de instalação da Fiat Powertrain.

proTeçãoDe acordo com o Atlas Brasil: Abas-

tecimento Urbano de Água, publicado pela Agência Nacional de Águas, 146 dos 399 municípios do Estado reque-rem investimentos em obras de abas-tecimento de água. Parte do relatório informa a importância de se salientar a existência de medidas estruturais que devam ser consideradas, entre elas estão as “ações efetivas para preser-vação dos futuros mananciais”, como as que são realizados pela fabricante de motores. Segundo Péricles Weber, diretor de Meio Ambiente da Sanepar, “iniciativas como a da Fiat Powertrain contribuem para recuperar e manter o ecossistema em equilíbrio”.

A preservação dos mananciais é responsabilidade do governo e tam-

bém da sociedade como um todo, in-cluindo agricultores e industriais, mas infelizmente não são todos que pos-suem essa consciência. “O Rio Verde é formado por 1736 nascentes, mas 80% delas foram desmatadas, princi-palmente para a agricultura”, lamenta Péricles.

A legislação protege as matas ci-liares, porque essas protegem e con-servam as minas d’água e com isso garantem a formação e fluxo dos rios

principais. “A Fiat Powertrain ultra-passa o limite da Área de Proteção Per-manente e preserva um espaço maior, que inclui as matas de araucária. Com isso, protege também os animais que vivem na região”, destaca a técnica de Meio Ambiente da Fiat Powertrain em Campo Largo, Alice Woicik.

Reservatório deágua de chuva

da planta possuicapacidade derepresamento

de 2,7 mil metros cúbicos

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Exemplares de araucária, espécie que mais se destaca na região

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A mata de araucárias é represen-tativa do Brasil, especialmente do Es-tado do Paraná. Ela se desenvolve em climas subtropicais e está na lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) como espécie em perigo crí-tico de extinção. Atualmente, existe apenas no Sul do país e em pequenos trechos do Chile, Argentina e Paraguai.

“A mata que restou é muito pouca em relação ao original. Ela foi devas-tada no Paraná principalmente pelas empresas de extração de madeira, especialmente nas primeiras décadas do século XX. Só que o conceito de

extinção não significa apenas que as espécies existem em pouca quantida-de, mas também está relacionado à variedade genética, que existente em menor grau enfraquece e leva ao de-saparecimento de qualquer espécie”, explica Woicik.

FÁBrIcA nAsceu pAuTAdA no AMBIenTeA proteção ao meio ambiente é

constante desde a construção da fá-brica, entre 1997 e 1998. Incorpora-da à Fiat em 2008, inaugurou a atual fase de produção em junho de 2010, quando passou a ter capacidade de fa-bricação de 330 mil motores por ano. Em todas as etapas da história da planta industrial, existe uma atenção especial às questões ligadas ao meio ambiente.

A área da Fiat Powertrain em Cam-po Largo inclui mata remanescente de araucária, as nascentes do Cambuí e Córrego Salgadinho e a presença cons-tante de animais que habitam o ter-reno, como veados campeiros, lebres, esquilos, tatus e preás, que somam à diversidade com uma variedade de pássaros, a exemplo de tucanos, coru-jas e um número considerável de ca-nários. O perímetro é cercado e vigia-do, inclusive nas áreas distantes da planta operacional. O cuidado inclui a restrição à apropriação de qualquer elemento da natureza local, como se-mentes e mudas de araucária.

Os colaboradores da unidade são treinados, desde o início da carreira no local, para aplicarem diariamente conceitos de respeito, proteção e pre-servação do ambiente. As ações insti-tucionais incluem o incentivo à coleta seletiva e a fiscalização, por uma au-ditoria interna, para identificar seto-res em que a seleção tem funcionado de maneira menos eficiente. Em um prédio anexo, uma central de geren-ciamento de resíduos é onde o mate-rial a ser reciclado é armazenado até sua destinação final.

A Área de Reciclagem tem acesso restrito e é equipada com máquinas de compactação de papelão, caçam-bas ecológicas para a armazenagem de filtros e caçambas convencionais para armazenagem de papel e plásti-co. Um coletor de lâmpadas garante que não quebrem e, caso isso aconte-ça, um sistema absorve o gás e prote-ge o meio. A central é completamente coberta e tem canaletas nos pisos para conter vazamentos, se acontecerem.

“A fábrica tem um conceito total-mente voltado ao meio ambiente, na construção e no operacional. A inten-são foi não afetar a vegetação anterior, com a retirada mínima de árvores. Ainda hoje, buscamos diariamente usar o mínimo possível dos recursos ambientais”, afirma o coordenador de Engenharia de Fábrica, Dino Silva.

ALTo níveL de recIcLAgeMA unidade paranaense recicla 97%

dos resíduos gerados em função das atividades de produção e que sejam reci-cláveis, o que coloca a planta de Campo Largo como referência mundial entre as unidades da Fiat Powertrain em recicla-gem de materiais residuais gerados.

“Os 3% que não reciclamos envia-mos para empresas especializadas e cobramos deles a destinação correta, com auditorias. Grande parte é co--processada por cimenteiras, no pro-cesso de fabricação do cimento, tudo pago por nós e autorizado pelas em-presas”, informa Silva.

Entre as formas de reaproveita-mento está a transformação do lixo orgânico em adubo, através do pro-cesso de compostagem. Outro dire-cionamento é o encaminhamento do

Iluminação natural dentro da fábrica contribui para redução do consumo de energia

Reserva da Fiat Powertrain

abriga espécies distintas de

animais, como a coruja

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óleo de cozinha para a produção de biodiesel. Cavacos de ferro e alumínio voltam à fundição siderúrgica e o pa-pel, papelão e plástico são recolhidos pelas vias de coleta interna, separa-dos e assim encaminhados para a re-ciclagem em empresas processadoras. “Além disso, incentivamos os colabo-radores a trazerem pilhas, baterias e resíduo de óleo vegetal para os pontos de coleta dentro da fábrica”, completa o coordenador de Engenharia de Fá-brica da Powertrain em Campo Largo.

ÁguA dA chuvA dIMInuI consuMoAntes, a água da chuva escorria

pelas calhas e tubulações diretamente para o chão. O mecanismo instalado

nos telhados da subestação e da sala de compressores recolhe a água plu-vial, armazena em um tanque seme-lhante a uma piscina de concreto e a utiliza em quatro torres de resfriamen-to. Como soma, o uso da chuva contri-bui para diminuir a erosão do terreno.

O processo é feito por drenos insta-lados em 1,8 mil metros quadrados de telhados, dos 42 mil metros quadra-dos totais da fábrica. O sistema reco-lhe a água da chuva, leva à tubulação e desagua em um reservatório com potencial de represamento de 2,7 mil m³ de água por ano, considerando-se a pluviometria média do município. O volume é suficiente para abastecer todo o processo de resfriamento das torres durante o período equivalente a três meses.

A redução do consumo está tam-bém na conta de energia elétrica da unidade. As luminárias instaladas agem de maneira inteligente e au-mentam ou diminuem de intensidade, dependendo da iluminação natural. As luminárias são equipadas com um sistema de reator e sensor de lumino-sidade. Elas estão instaladas nas áre-as de usinagem e montagem e repre-sentam um avanço na gestão do uso de eletricidade.

Além delas, 51 claraboias foram instaladas nos tetos do depósito, usinagem e montagem. A função é aumentar a iluminação natural e di-minuir a necessidade de uso da luz artificial. Os dois recursos, claraboias e luminárias dimerizadas, são com-plementares e reduzem em cerca de 50% o consumo de energia para ilu-minação, considerando que iluminar representa aproximadamente 10% de toda energia consumida na fábrica.

no TrABALho, eM cAsA e nA vIzInhAnçAO coordenador de Engenharia de

Processos e de Engenharia de Con-trole da Powertrain em Campo Largo, Marco Aurélio Carloto, criou um sis-tema parecido para reduzir o consu-mo de água na própria casa. “Perto da complexidade da fábrica, em casa fica muito mais fácil”, garante. O me-canismo coleta a chuva que cai sobre o telhado e direciona para calhas e tubulações que terminam em uma cisterna de 4 mil litros. Uma bomba envia essa água para um reservatório

de 500 litros, ligado aos vasos sani-tários da casa e a uma torneira, usa-da para regar o jardim e lavar a área externa.

Em um período sem chuva, o sis-tema é capaz de manter o mecanismo de descarga e de rega de jardim de uma casa com três adultos durante um mês. “Na Fiat de Campo Largo sempre exis-tiu a preocupação com a ecologia e isso acabou me influenciando.. A coleta se-letiva é difundida entre meus vizinhos e hoje são raras as pessoas que não aderiram à questão ecológica no meu bairro”, comenta.

O coordenador de Engenharia de Processos e de Engenharia

de Controle, Marco Aurélio

Carloto, mostra as calhas no

telhado de sua própria casa

Cavacos de ferro e alumínio são armazenados e voltam à fundição siderúrgica

A unidade paranaense recicla 97% dos resíduos gerados

Um coletor de lâmpadas

garante que não quebrem e, caso

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Um modelo de negócio de sucesso é aquele que almeja o crescimento sem esquecer o desenvolvimento

sustentável. A Iveco Latin America, fabri-

cante de caminhões que mais cresce no Brasil, com planta em Sete Lagoas (MG), fez o dever de casa e inaugurou, em de-zembro de 2011, em Jundiaí (SP), sua cen-

Centésima concessionária Iveco é também a primeira sustentávelIveco Mercalf, em Jundiaí (SP), melhora acessibilidade de deficientes físicos e cumpre com exigências ambientais para se tornar um empreendimento inovador e sustentável

POR LILIAn LoBATo

tésima concessionária no país. Com um detalhe: é a primeira concessioná-ria verde do Brasil.

Diante das inovações, o pre-sidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, destaca que talvez a Mercalf seja a concessionária mais verde do mundo. “Não temos refe-rências de outra casa com todas as características de sustentabilidade mostradas pela Mercalf”, avalia. “Completar 100 concessionárias estrategicamente distribuídas por todo o território nacional é um mo-mento importante para a empresa e seus clientes, e chegar a este ponto unindo serviço e responsabilidade

social é muito relevante como posi-cionamento de marca”.

O investimento na concessionária foi de R$ 12 milhões e a construção se deu por iniciativa dos empresários Hélio Cangueiro e Cristina Cangueiro, concessionários Iveco há 10 anos. Segundo ela, inicialmente, a ideia era melhorar a acessibilidade de pes-soas com necessidades especiais. En-tretanto, a iniciativa evoluiu e pas-sou a ser voltada para a criação de um empreendimento completamente sustentável.

“O projeto contagiou as pessoas e começamos a receber sugestões de funcionários e da própria Iveco”, res-salta Cristina Cangueiro. “Ficamos entusiasmados e exploramos todas as possibilidades”, afirma seu marido Hélio Cangueiro. Ele ainda destaca o custo do empreendimento, que ficou entre 10% e 15% mais alto em relação a uma concessionária normal, mas afirma que valeu a pena.

O próximo passo dos empresários será buscar a certificação ambiental da concessionária. Vale ressaltar que muitas soluções já adotadas na Mer-calf Jundiaí poderão servir de exem-plo para que novas concessionárias sustentáveis Iveco sejam criadas no país. “Vamos estudar as melho-res práticas adotadas pela Mercalf e propor a adoção das medidas pelas demais empresas da rede Iveco no Brasil”, afirma Airton Vieira Pinto, presidente da Associação dos Conces-sionários Iveco (ANCIVE).

A sustentabilidade fez parte de todo o processo de construção da Mercalf Jundiaí. De acordo com Cris-tina Cangueiro, a obra gerou uma quantidade mínima de resíduos. A terra resultante do corte do talude lateral, por exemplo, foi usada para compensar a grande inclinação exis-tente no terreno original, de forma que todo o piso da área da concessio-nária passou a superar em um me-tro a altura do nível da rua. Ao ser

Com investimento de R$ 12 milhões, Mercalf é a primeira concessionária verde do país

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cortado, o talude recebeu degraus hidráulicos e vegetação para evitar desmoronamentos.

As obras da concessionária foram realizadas com técnicas modernas que evitaram o desperdício e contri-buíram para uma construção mais limpa. Além disso, o ambiente foi planejado de acordo com o padrão visual da rede Iveco. O showroom é uma mostra disso, já que tem área envidraçada e projetada para receber o máximo de incidência de luz solar, o que reduz o uso de energia elétrica.

A utilização do green roof ou te-lhado verde também contribuiu para a redução da temperatura ambiente do showroom e diminuiu a necessidade de uso do ar-condicionado. O telhado verde é um gramado construído sobre camadas de materiais orgânicos e mi-nerais reciclados, que filtram e reco-lhem água da chuva, armazenada em cisternas, para posterior utilização nos

sanitários. O telhado verde também au-xilia no isolamento acústico do local.

Evitar o desperdício de água é uma das metas dos empresários. Embora o terreno tenha dois poços com grande vazão, “o intuito é de não desperdi-çar nenhuma gota”, ressalta Cristina Cangueiro. O terreno de 15 mil metros quadrados foi totalmente recoberto por blocos intertravados e concregra-ma (forma de concreto vazada com grama), instalados sobre uma camada flutuante de areia que permite absor-ção natural da água da chuva, evita a impermeabilização do solo e a sobre-carga de galerias fluviais públicas.

Todas as torneiras da concessio-nária possuem sistema de tempori-zador, o que tornará possível a eco-nomia de 20% de água em relação à torneira comum. Por sua vez, as bacias sanitárias – que representam entre 50% a 70% do total de água uti-lizada para o consumo humano em

prédios comerciais – têm caixas de descarga de dois fluxos (de três ou seis litros), o que economiza em até 40% o volume de água.

A concessionária foi construída de acordo com a legislação ambien-tal em vigor e algumas soluções sustentáveis foram previstas, como o separador de água e óleo (SAO). Com o equipamento, o óleo e a graxa que contaminam a água de lavagem de veículos, de oficinas e máquinas, são separados da água. O resíduo é armazenado e depois recolhido por uma empresa especializada na pro-dução de mantas asfálticas.

O projeto da nova concessionária também contou com o envolvimento dos funcionários. Cristina Canguei-ro ressalta que os colaboradores fi-zeram algumas sugestões que foram colocadas em prática, como o uso de portas feitas de madeira de reflores-tamento e a fabricação do uniforme

com tecido que tem em sua compo-sição uma porcentagem de fibras oriundas da reciclagem de garrafas PET. Além disso, cada funcionário receberá uma caneca de cerâmica para o consumo de água, o que vai reduzir consideravelmente o uso de copos plásticos.

Segundo Cristina Cangueiro, “começamos pensando apenas na acessibilidade e avançamos na sus-tentabilidade, só temos a comemo-rar”. Entretanto, ela explica que a acessibilidade não deixou de ser prioridade. A Mercalf Jundiaí con-ta com rampas de acesso, elevador especial, banheiros adaptados com barras de apoio para cadeirantes, chão com autorelevo e sinalizadores de portas para deficientes visuais. “Temos um filho com necessidades especiais e foi pensando nisso que chegamos tão longe. Estamos feli-zes e orgulhosos”, destaca.

Grande parte do terreno de 15 mil metros quadrados foi recoberto por concregrama, forma de concreto vazada com grama

Telhado verde filtra e recolhe água da chuva para posterior utilização nos

sanitários, além de diminuir a temperatura

ambiente

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l New Holland reforça compromisso social com Plantar & ConstruirPrograma entra em nova fase e incentiva projetos nas áreas de garantia e defesa dos direitos das crianças e adolescentes, valorização da cidadania e democratização da cultura e educação

POR FERNANDA BOLZAN

Construção e contribuição ao desenvolvimento da agricul-tura são as palavras-chave da

marca New Holland, conhecida mun-dialmente pela tradição e qualidade dos seus equipamentos, utilizados nas principais obras de infraestrutu-ra e produções agrícolas na América Latina. Em sua história de atuação no Brasil, a New Holland mantém um posicionamento com ações de respeito à sociedade e ao meio ambiente, con-tribuindo para a construção de comu-nidades mais sustentáveis.

Com o objetivo de fortalecer e po-tencializar atividades executadas em várias localidades no Brasil, a New Holland desenvolve o Programa Plan-tar & Construir, que abrange projetos realizados por ONG’s – organizações não governamentais – nas áreas de garantia e defesa dos direitos das crianças e adolescentes; valorização da cidadania; e de democratização à cultura, educação e ao esporte.

“A New Holland trabalha com a convicção de que faz parte efetiva das comunidades onde está presente. Tudo começou ainda quando carre-gávamos a bandeira da Fiatallis, com investimentos ao Projeto Barraginhas e a terraplanagem do Hospital do Cân-cer Infantil de Juatuba. Com a criação do Plantar & Construir, sistematiza-mos de forma estratégica as ações na área de responsabilidade social. Hoje, o tema é um dos principais desafios que orientam a governança, decisões sobre produtos e investimentos da

empresa. Estamos dando um impor-tante passo em termos de gestão e temos a expectativa de amadurecer a prática junto com os nossos públi-cos de relacionamento”, declara Mar-co Borba, diretor Comercial da marca para a América Latina.

pArcerIAs pArA A cIdAdAnIAEm 2012, o Programa Plantar &

Construir ganha uma nova dimen-são com a implantação dos projetos “Construindo Oportunidades para Crianças e Adolescentes” e “Colorin-do minha cidade”, promovidos pela Fundação AVSI nas Vilas Santo An-tônio, São Vicente e São Nicodemos, em Contagem (MG) – município que abriga a fábrica da New Holland para máquinas de construção.

“A proposta é estimular que os ato-res sociais se interajam de forma mais construtiva com a empresa, no sen-tido de promover o desenvolvimento territorial da região. É uma forma de aproximação, de estabelecimento de um diálogo mais transparente”, expli-ca Jacopo Sabatiello, gerente de Proje-tos da Fundação AVSI.

Sabatiello conta que estão sendo estabelecidas diversas parcerias com

iniciativas públicas e privadas para que as atividades tenham um resulta-do mais assertivo, criando uma rede de articulação para a melhoria da quali-dade de vida. Como exemplo, ele cita a Escola Guignard, da Universidade Estadual de Minas Gerais, que dará su-porte técnico artístico no projeto “Colo-rindo minha Cidade”; a Escola Munici-pal Lígia Magalhães, Casa de Samuel, Projeto Curumim Cidade Industrial e Escola Educarte, que irão ceder espaço e infraestrutura para o projeto “Cons-truindo Oportunidades para Crianças

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Yasmin Lavínia Candeia é uma das crianças beneficiadas pelo programa

No alto, sede daAssociação São

Miguel Arcanjo,idealizada pelo

missionárioMarco Bertoli, nafoto com crianças

atendidas pela entidade

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l e Adolescentes”. O gerente de Projetos da Fundação AVSI considera que “as parcerias agregam valor e fortalecem os projetos e os equipamentos públicos já existentes na comunidade”.

O projeto “Colorindo minha cida-de” irá beneficiar 20 jovens com idade entre 16 a 22 anos, por meio de um percurso de formação cidadã e artís-tica. Durante oito meses, os jovens receberão técnicas de grafitagem, de-senho e pintura, noções de história da arte e de cidadania. Ao final do curso, o que foi aprendido será colocado em prática no muro da fábrica da New

Holland, que irá receber um colorido especial. “O muro será um canal de comunicação entre a fábrica e a comu-nidade. A grafitagem vai aproximar as realidades”, comemora Marco Borba, diretor Comercial da New Holland para a América Latina.

Outras 50 crianças e adolescentes, com idade entre 11 e 15 anos, e seus núcleos familiares serão atendidas pelo projeto “Construindo Oportuni-dades para Crianças e Adolescentes”, a partir de oficinas de arte, música, teatro, cinema, orientação sócioedu-cativa e acompanhamento familiar. O projeto tem como proposta contribuir para a redução dos índices de vulne-rabilidade social das Vilas Santo An-tônio, São Vicente e São Nicodemos.

PLANTAR E CONSTRUIR 2012

proJeTo pArceIro ABrAngêncIA de ATuAção

núMero de BeneFIcIÁrIos

colorindo Minha cidade Fundação Avsi contagem (Mg) 20 jovens

construindo oportunidades para crianças e Adolescentes

Fundação Avsi contagem (Mg) 50 crianças e adolescentes e seus núcleos familiares

Associação são Miguel Arcanjo – salvando vidas

Associação são Miguel Arcanjo

Barbacena (Mg) 430 crianças e adolescentes

A Magia da dança hospital pequeno príncipe

curitiba (pr) 3 mil crianças e familiares

resgate da cidadania através do esporte

Associação Agape/ projeto proteja

petrolina (pe) 276 crianças e 73 famílias da comunidade local

ForTALecendo víncuLosEm Barbacena (MG), o Programa

Plantar & Construir estimula a valori-zação da cidadania e defesa dos direi-tos de mais de 400 crianças e adoles-centes, de faixa etária entre três e 18 anos, atendidas pela Associação São Miguel Arcanjo, por meio do FIA.

Idealizada pelo missionário Marco Bertoli - que prefere ser chamado de Roberto em homenagem ao seu pai - a entidade oferece formação humana e educação formal, além de ser um es-paço de acolhimento para crianças e adolescentes que tiveram os seus di-reitos violados. A Associação possui casas que servem de moradia, além de gabinetes médicos odontológicos, biblioteca, lavanderia e cozinha in-dustrial (que preparam 1,5 mil refei-ções diárias), padaria industrial (que fornece pães até para a escola da ae-ronáutica na cidade), marcenaria, ser-ralheria, torno, forja, escola de pedrei-ro, de corte e costura, teatro e quadra poliesportiva, além de várias salas de aula e alojamentos. Há também áre-as para produção agrícola e de feno, que gera 90 toneladas/ano de mate-rial, vendido para todo o Centro Sul de Minas Gerais. São 25 setores dife-rentes com mais 100 funcionários. “A parceria com a New Holland é essen-cial para o nosso trabalho. Precisamos de empresas com esta sensibilidade”, ressalta Bertoli.

do nordesTe Ao suL do BrAsILFora de Minas Gerais, o Programa

Plantar & Construir está presente nas regiões Sul e Nordeste do Brasil. Em Curitiba (PR), a parceria com o Hos-pital Pequeno Príncipe já é de longa data e em 2012 vai beneficiar cerca de 3 mil crianças e seus familiares com o projeto “A Magia da Dança”, reali-zado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Serão realizadas oficinas lúdicas, educação social e vi-vência ao universo da dança clássica, moderna e folclórica.

Em Petrolina (PE), por meio do FIA, a New Holland contribuiu para a construção da quadra poliesporti-va de 18X32 metros quadrados do Projeto Proteja da Associação Ága-pe. Segundo o presidente do Prote-ja, Rogério Ribeiro de Almeida, o espaço tem acessibilidade para ca-deirantes e permite a prática de fut-sal, handball, basquete e vôlei. Este ano, serão beneficiados 276 crian-ças e jovens, com idade entre 7 a 17 anos em situação de risco social; bem como as 73 famílias da comu-nidade local, Serrote do Urubu, que irão utilizar a quadra aos domingos para atividades de lazer. A constru-ção também contou com a parceria do governo local e da Cycosa, con-cessionária da marca em Maceió.

InvesTIMenTos cuLTurAIsNa área cultural, destacam-se os

investimentos ao Projeto Sempre um Papo, que em 2011 comemorou 25 anos de estrada estimulando a lei-tura; à edição e publicação do livro comemorativo dos 60 anos da New Holland Construction no Brasil, distri-buído para os principais públicos de relacionamento da marca; e à realiza-ção do Projeto Praça Ativa, da Funda-

ção Torino, que incentiva a prática de hábitos saudáveis.

doAções de MÁQuInAsAtravés do Plantar & Construir,

também são realizadas doações de máquinas, de forma definitiva ou em comodato, para municípios carentes e regiões atingidas por catástrofes na-turais, como aconteceu no Sul de Mi-nas, em 2011; e em Santa Catarina, em 2008.

Funcionários da Escola Municipal Lígia Magalhães em evento solidário de final de ano

Máquina doadapela New Holland

trabalha narecuperação de região atingida

pelas chuvas no Sul de Minas

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61MUNDOFIAT60

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es Quem acessa a página de vídeos Youtube na internet e busca por Rali Dakar 2012 confere imagens

de uma história escrita no último mês de janeiro em três países da América do Sul. É mais um capítulo do roteiro contínuo, iniciado há mais de 30 anos e atualizado anualmente, e que conta com diferentes continentes como cenários. Uma narrati-va que mistura ação, biografias e até re-ality show, já que é escrita à medida que os aventureiros avançam pelo percurso traçado pelos organizadores.

Com início no dia 1° e término em 15 de janeiro, o Rali Dakar 2012 trouxe os caminhões Iveco entre os campeões. Eles foram o primeiro e segundo colocados na categoria para caminhões, que desenro-la a narrativa junto às categorias para

motos e carros. Em uma junção de perfeccionismo, dedicação e o risco pró-prio que toda aventura tem, pilotos, motoristas e máquinas, amparados pelo trabalho das equipes, conseguiram deslanchar territórios que envolvem estradas, poeira e paisa-gens de formas e cores variadas, que enchem os olhos de quem participa e de quem está de fora, ob-servando pelas câmeras.

Em 15 dias, competidores avançaram por 14 etapas, com vitória da Iveco em oito delas. O vencedor na pontuação final da ca-tegoria para caminhões foi Gerard de Rooy, que dirigia o Iveco Powerstar fabricado na Austrália. Ele superou mais de 8 mil quilô-metros entre a Argentina, Chile e Peru, com tempo completo de 45h20min47s. Além do Powerstar, dois Iveco Trakker fabricados em Sete Lagoas (MG) foram destaque, pilo-tados por Hans Stacey e Miki Biasion e que passaram a linha de chegada em segundo e sexto lugares.

Para percorrer as etapas, os pesados da Iveco foram equipados com motores Cursor 13 da FPT Industrial, com nada menos que 900 cavalos de potência, e pe-ças Magneti Marelli. Os caminhões foram preparados interna e externamente para superar limites de potência, velocidade e resistência. A estabilidade também foi enfatizada pelos mecânicos, para aguen-tar obstáculos como areia, água e pedras. O resumo do trabalho foi visto durante o Rali e, agora, pela internet.

O Iveco Trakker 4x4, por exemplo, é projetado para operações em minerado-ras, construções e plantações. O cami-nhão é fabricado na Alemanha e no Brasil e tem chassi resistente e motor FPT In-dustrial Cursor 13. Para encarar o Dakar 2012, o modelo ficou 50 cm mais alto em relação ao chão, com suspensão de molas parabólicas de duas lâminas, para ficar

Rali, off-road, fora-de-estrada.Palavras que combinam com IvecoIveco dominou o Dakar 2012, que percorreu três países da América do Sul. Considerado o rali mais importante do mundo, contou com a participação de fabricantes europeus e asiáticosIveco dominou o Dakar 2012, que percorreu três países da América do Sul. Considerado o rali mais importante do mundo, contou com a participação de fabricantes europeus e asiáticos

POR JAMerson cosTAPOR JAMerson cosTA

Durante a prova, os competidores

enfrentam terrenos pedregosos, dunas

e até riosFoto

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ação

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Para reviver as emoções na internetos curiosos e admiradores do esporte podem conferir as imagens da competição na

página da internet criada especialmente para armazenar e transmitir o caminho traçado pela equipe Iveco até a conquista do campeonato e vice-campeonato no rali dakar 2012. As cenas de ação que envolveram uma série de competidores, equipes e veículos esportivos estão no site www.ivecodakar.com.br. nele, são encontrados vídeos, fotos e textos explica-tivos com detalhes da preparação, percursos e aventuras escritas durante a passagem pelos três países sul-americanos.

um vídeo com o nome A Single Stop: The Victory (Uma Única Parada: A Vitória) foi pu-blicado nas redes sociais da Iveco. ele mostra as fases e momentos marcantes da aventura vivida na América do sul, completando o mais recente capítulo da história do rali dakar. As instruções da equipe, a preparação mecânica e as estratégias levadas adiante pelos pilotos gerard de rooy, hans stacey e Miki Biasion estão na página. Além disso, o internauta en-contra um mapa com o trajeto completo feito pelos caminhões e informações de cada uma das etapas, como quilometragem do percurso, grau de dificuldade proporcionado pelos obstáculos no caminho e um resumo do que aconteceu em cada dia de competição.

vídeo no Youtube: http://youtu.be/FY96q7_6kl0site Iveco dakar 2012: http://www.ivecodakar.com.br

mais macio, e dois amortecedores es-peciais por roda, que ganham quatro vezes mais força.

A motorização para o Rali Dakar é preparada pela FPT Industrial, que amplia a potência de 500 cv para 900 cv. O torque dobra para 4.000 Nm, com rotações por minuto que variam de 1.200 rpm a 2.800 rpm. As mo-dificações em pistões, bielas e parte eletrônica completam um quadro que possibilita uma desenvoltura fora de estrada.

Como uma mudança leva a ou-tra, o sistema de câmbio ganha agi-lidade por causa da redução de 16 para oito velocidades. O eixo dian-teiro se torna integrado a ponto de controlar a pressão, para esvaziar os pneus nas dunas e evitar que o caminhão fique atolado na areia.

mite aos motores que desenvolvam uma velocidade de até 240 km/h. Para isso, a potência do motor aumenta para 1.200 cv. E nas duas competi-ções há mudanças mecânicas que envolvem motor, câmbio, suspensão, amortecimento e freios.

Na Fórmula Truck, o modelo Iveco Stralis produzido na Europa e no Bra-sil fica mais baixo em relação ao piso, para baixar o centro de gravidade da máquina, o que dá maior estabilidade ao caminhão. A área frontal é reduzi-da, para ampliar a aerodinâmica, com instalação ainda de aerofólio, spoilers e carenagens especiais, como em um carro de corrida. As velocidades do câmbio também diminuem, caindo para seis marchas.

Em suma, ambas as competições são testes de elevado grau de exigên-cia para apontar uma tecnologia que pode ser empregada em motos, carros e caminhões futuramente. Ao final de uma competição como o Dakar, os cen-

tros de engenharia da Iveco avaliam se as tecnologias podem ser transferi-das para um automotor de trabalho. E o motorista que usa o caminhão Iveco no trabalho ganha com isso.

Equipe Gerard de Rooy, que dirigia

um Iveco Powerstar, foi a vencedora na pontuação final da

categoria caminhões

Caminhão Iveco encara pista

escorregadia de areia molhada no quarto dia

de prova

A tração é dosada, para distribuir a força dianteira e traseira, depen-dendo da necessidade.

rALI vs TruckOs caminhões Iveco arriscam mo-

vimentos que misturam leveza e peso também na Fórmula Truck, uma cor-rida específica para os pesados e que tem adeptos no mundo inteiro, in-clusive no Brasil. A diferença é que, nela, os veículos percorrem uma pista de circuito fechado, em várias voltas que envolvem, além de estratégia da equipe e perspicácia do piloto, ultra-passagens.

No Rali Dakar, a velocidade chega a 150 km/h em meio a subidas e des-cidas em dunas, rios e terrenos fartos de pedras. Na Fórmula Truck, a pista asfaltada de qualidade superior per-

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educ

ação

Uma rotina de oito horas de aula por dia. Em sala, disciplinas como matemática, geografia

e história dividem espaço com temas do cotidiano como direito, negócios e idiomas. Em casa, a revisão do conte-údo é incentivada e quase necessária, dada a carga de conhecimentos vista ao longo da manhã e da tarde.

Sucesso no vestibularAlunos da Fundação Torino fizeram bonito nas provas de acesso às faculdades e universidades do Brasil e do mundo e se preparam para ingressarem em uma nova etapa acadêmica de suas vidas

POR JAmERSON COSTA

pleta de alunos selecionados em uni-versidades nacionais e estrangeiras.

No Brasil, da última turma for-mada em agosto de 2011, os alunos foram aprovados nos vestibulares de Ciências Econômicas, Direito, Enge-nharia e Filosofia da Universidade Fe-deral de Minas Gerais (UFMG); Direito, Engenharia, Psicologia, Publicidade & Propaganda e Relações Internacionais, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas); Economia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), e, ainda em fa-culdades de referência, como no Ibmec, em Administração, e Milton Campos e Dom Helder Câmara, em Direito.

Entre aqueles que decidiram se-guir os preceitos da “Escola Interna-cional” e terem vivência no exterior estão alunos selecionados para a Universidade Católica da Argentina e o Politécnico de Torino, na Itália. “O estudo na Fundação não é mero trei-no para vestibular, é um estudo para a vida inteira. E nem sempre a maio-ria dos estudantes fica no Brasil, em-bora nessa última turma a maioria tenha ficado”, informa a coordena-dora do Ensino Médio da Fundação Torino, Anna Motta.

Segundo ela, a quase totalidade dos estudantes inscritos em provas de vestibular é aprovada. “Na Fun-dação Torino todas as disciplinas têm provas escritas e orais e isso solicita o domínio e a reflexão sobre dos con-teúdos desenvolvidos. É um cotidiano puxado, mas os diferenciais os alunos sentem-nos somente quando estão cursando na universidade”, comenta. Estudante da última turma formada pela Fundação, Rafaela Stanigher co-menta que passou no curso que queria sem grandes dificuldades com a prova do vestibular. “Terminei o período de aulas no meio do ano, fiz um curso complementar e passei na UFMG”, re-sume a egressa, selecionada em En-genharia de Controle e Automação na Universidade Federal de Minas Gerais.

“A Fundação Torino ajudou na minha preparação com conhecimen-tos de mundo, o que me fez abrir mi-nha visão. Além disso, as provas são mais exigentes que as do vestibular. Na minha turma, os que tentaram a UFMG e outras faculdades passa-ram”, conta Rafaela. “A Fundação Torino atendeu completamente às ex-pectativas minhas e da minha filha”, avalia Carlos Alberto Stanigher, pai da nova universitária.

A metodologia de ensino da Fundação Torino prepara os alunos para uma realidade cotidiana, em constante evolução e a inserção no mercado de trabalho, além de con-tribuir para a superação dos exames vestibulares. “Tivemos um retorno bastante positivo nos últimos ves-tibulares, mas o melhor retorno é o da boa preparação de nossos alunos para encararem os cursos superio-res. A gente tem esse retorno dos próprios alunos”, afirma o diretor didático da Fundação Torino, Marcus Vinícius Leite. As turmas possuem em média 20 alunos, com períodos de menor ou maior número, a con-tar a quantidade de estrangeiros que constantemente são integrados aos quadros da escola ítalo-brasileira situada no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em contrapartida, durante o terceiro, dos quatro anos de duração do Ensino Médio na Fundação, a escola facilita, através de convênios, a saída de seus alunos em intercâmbio em escolas italianas e em diversos outros países. No caso da aprovação em instituições brasileiras, Leite enfatiza que a mu-dança no programa do Ministério da Educação para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mais voltado para a reflexão e inter-pretação, valoriza a linha pedagógica da escola. “Nosso projeto pedagógi-co é focado na formação do aluno e a aprovação em vestibulares acaba sendo uma consequência natural”, destaca. É por isso que a lista de final de curso da Fundação Torino está re-

A aluna Rafaela Stanigher,

selecionada pela UFMG

para o curso de Engenharia de Controle e

Automação, comemora

a aprovação com o pai,

Carlos Alberto Stanigher

Os professoresAnna Motta eMarcus Viníciusficaram satisfeitos como resultadoconquistadopelos alunos

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Investir em cultura já faz parte da realidade da Magneti Marelli. Após se tornar mantenedora da Casa Fiat

de Cultura, em Minas Gerais, a empre-sa firmou parceria com o Museu de Ar-tes de São Paulo (Masp) e irá destinar recursos à instituição por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tam-bém conhecida como Lei Rouanet. É a primeira vez que a Marelli patrocina uma entidade paulista. A expectativa é fomentar a educação e proporcionar o acesso à arte e ao conhecimento.

O diretor de Recursos Humanos da empresa, Giusepe Giorgi, ressalta a importância da iniciativa e explica que o objetivo é utilizar os recursos destináveis por meio da Lei Rouanet para beneficiar instituições de credi-bilidade e reconhecimento no país. Mais que isso, oferecer opções de la-zer cultural tanto para a sociedade brasileira como para os colaboradores da empresa.

Cultura para todosMagneti Marelli inicia parceria com Museu de Arte de São Paulo e reforçacompromisso da empresa com difusão da arte e cultura para a sociedade

POR LILIAn LoBATo

pectos educacionais e culturais e am-bos precisam de planejamento no país, já que temos gaps importantes nas áreas. O intuito da empresa é o de se manter sustentável ao longo do tempo e desenvolver ações que garantam a sustentabilidade também nos ambien-tes em que está inserida”, avalia.

O envolvimento da Marelli com a cultura também irá beneficiar os fun-cionários. Conforme Giorgi, “a empresa deseja que os colaboradores sintam que fazem parte de uma organização que preza por remunerar o capital investido pelo acionista, não só por meio da exe-cução de sua missão de produtora de componentes e sistemas para veículos, mas também com a aproximação dos objetivos empresariais aos individuais dos colaboradores”, explica.

Além disso, Giorgi acredita que o acesso à cultura humaniza o ambiente de trabalho e contribui para a melho-ria da qualidade de vida das pessoas. Como resultado, a empresa passa a ter profissionais motivados e ganha em produtividade.

Por meio do Masp, os colaboradores terão contato direto com arte e cultura. Na escola, nos livros, na internet e nas artes, é possível descobrir há bitos, coti-diano e história de vários povos e épo-cas e ter acesso a todo o conhecimento adquirido ao longo de cinco séculos de civilização. Mais do que aprender sobre o passado, porém, o acesso a esse con-teúdo é o caminho para procurarmos me lhorar o presente, explica.

Giorgi ainda destaca que as obras de arte fazem parte do rico material deixado pelas gerações passadas e, por meio delas, podemos conhecer a histó-ria através do olhar crítico dos artistas, ou seja, da forma como eles enxerga-vam o mundo. A experiência, segundo ele, contribui para que as pessoas fa-çam uma análise crítica do momento em que vivem, talvez relativizando conceitos que hoje são tidos como ab-solutos, mas que já foram diferentes ao longo do tempo.

A escolha do Masp, segundo ele, se deve à relevância e seriedade da insti-tuição que possui um acervo de obras significativo e se propõe a contribuir para o incremento do nível cultural dos shareholders das empresas patrocina-doras. “A própria iniciativa do museu de formatar programas aprovados nos termos da lei, mostra o anseio da insti-tuição em oferecer acesso à suas obras de maneira abrangente, o que os torna automaticamente um parceiro por ex-celência”, destaca Giorgi.

A Marelli já desenvolve iniciativas com foco no conceito amplo de susten-tabilidade empresarial. Com isso, ações que envolvem os aspectos social, am-biental e econômico estão sempre em prática na empresa. Ao impulsionar a área cultural, de acordo com o diretor de Recursos Humanos, é possível fo-mentar a educação, setor considerado fundamental pela Marelli.

“Existe uma ligação clara entre as-

Edifício do Masp, na Avenida Paulista

Giusepe Giorgi, diretor de RH da empresa, acredita que oacesso à cultura humaniza o ambiente de trabalho

Marelli patrocina

livros A literatura e a história também estão

entre as prioridades da Magneti Marelli. Ainda por meio da Lei rouanet, a empresa patrocinou duas publicações. A primeira, “A imigração italiana no Brasil”, de autoria do jornalista e escritor ítalo-brasileiro, Angelo Iacocca, faz parte das come-morações do “Momento da Itália no Brasil”. Já a segun-da, “energias renováveis no Brasil: desafios e oportuni-dades” aborda a questão energética e a importância do uso das energias reno-váveis em favor da susten-tabilidade nas sociedades modernas.

com texto histórico/jornalístico e ilustrado com fotos de época, o livro “A imigração italiana no Brasil”, narra o iní-cio da presença italiana no país desde a épo-ca do Império, com maior ênfase a partir do início da imigração na segunda metade do século XIX, na chamada “grande leva”.

Também seguindo o caráter histórico/jornalístico, “energias renováveis no Brasil: desafios e oportunidades” proporciona ao leitor uma análise sobre as formas de ob-tenção de energia ao longo do desenvolvi-mento humano – dos combustíveis fósseis às formas de energias renováveis. Ilustrado com fotografias de fontes energéticas re-nováveis como campos de energia eólica, plantações de cana de açúcar e produção de biocombustível, o livro destaca as vantagens geográficas brasileiras no aprimoramento de uma matriz energética limpa.

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PASSAdO ITAlIANOA 29ª edição da Festa Nacional da Uva ocorreu do dia 17 de fevereiro ao dia 4 de março em Caxias do Sul, com o tema Uva, Cor, Ação – A Safra da Vida na Magia das Cores

POR guILherMe ArrudA

Foram muitas as colônias, povoa-dos e cidades surgidas a partir da decisão do Império de incentivar

a vinda de imigrantes europeus para o povoamento do território, a partir de 1850, e numa segunda onda para a substituição da mão-de-obra escrava, a partir de 1888. Dom Pedro II promo-veu, ao longo do século XIX, a imigra-ção e o primeiro surto desenvolvimen-tista da história brasileira. O espírito empreendedor dos italianos que se fixaram na serra gaúcha a partir de 1875 logo se materializou no progres-so das colônias, entre as quais Caxias do Sul viria a se destacar.

Os imigrantes desenvolveram a agricultura de subsistência, gerando excedentes que fomentaram o comér-cio e financiaram a industrialização local. A uva e o vinho ocuparam um lugar central nesta história desde o princípio da colonização e fundamen-taram a riqueza local que se multipli-caria por décadas, até fazer de Caxias do Sul um dos mais destacados polos industriais do País.

Em 1931, a comunidade organi-zou pela primeira vez uma festa para

comemorar a vin-dima, a colhei-ta da uva. Foi organizada uma exposi-ção em um clube da ci-dade, exaltando o fruto que simboli-zava o trabalho e a prosperidade da re-gião. Com o decorrer do tempo, a fes-ta repetia-se sempre nos anos pares, ganhando importância e projeção, transformando-se na Festa Nacional da Uva, uma grandiosa celebração de valores culturais que a população lo-cal faz questão de dividir com os vi-sitantes. “A festa celebra a vitória dos imigrantes”, explica Gelson Palavro, presidente da Comissão Comunitária da Festa da Uva.

A festa é regional, popular e cheia de simbolismo para os descendentes dos pioneiros. Sua importância pode ser medida por dois fatos: o Presiden-te da República sempre participa de sua abertura e, há 40 anos, a trans-missão da cerimônia de abertura

A Festa ocorreu no Parque de Exposições de Caxias do Sul

e mobilizou quase cinco mil

pessoas entre profissionais e

figurantes

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A partir deste ano, os desfiles pas-saram a ser noturnos. São 16 cenários alegóricos: seis sobre chassis, quatro sobre plataformas e seis módulos mé-dios sobre rodas. No total, são 45 mó-dulos móveis, que desfilam a partir da Praça Dante Alighieri, no centro da ci-dade, onde foi montada uma impres-sionante infraestrutura especialmente para o desfile, com música e espetá-culo cênico ao vivo, com a Orquestra Municipal de Sopros, do Coral Munici-pal, da Cia. Municipal de Dança, além de artistas caxienses. Para contar a saga, os 1,5 mil figurantes foram di-vididos em quatro quadros: Acolher, Plantar, Transformar e Celebrar.

AcoLherFaz referência à diversidade étnica

das comunidades de origem, dos novos migrantes e dos que visitam a cidade aos acordes festivos das bandas mar-ciais, emoldurado pelas bandeiras. Um grupo de crianças reproduz o menino do cartaz da festa, alusão à safra da

vida. O carro das embaixatrizes repre-senta um grande cesto de uvas adorna-do por funis, antigos recipientes para colher a uva. A presença portuguesa na região guarda traços culturais ex-pressos nas festas do Divino Espírito Santo dos distritos de Criúva e Vila Seca, que preservam também a cultura da lida campeira e do tropeirismo. Ana Rech, a Vila dos Presépios, apresenta a obra Epopéia Imigrante que este dis-trito criou como memória da coloniza-ção italiana. Por fim, a Festa do Vinho Novo, marca do distrito de Forqueta, finalizando com a tradicional distribui-ção de uva aos visitantes.

pLAnTArUm conjunto de 18 famílias forma

um grande parreiral simbolizando a economia do setor primário que move a região. As vilas plantadas pelas vá-rias etnias de imigrantes, com trabalho e fé, são a origem da Caxias do Sul de hoje. A história dos desfiles da Festa da Uva começa em 1932. As mulheres

inaugurou as transmissões de TV a cores no Brasil. A 29ª edição do even-to, iniciada em fevereiro deste ano, celebra os 80 anos da festa e o pio-neirismo televisivo. O tema deste ano foi Uva, Cor, Ação – A Safra da vida na Magia das Cores.

Para realizar o evento, mobiliza--se um exército de quase cinco mil pessoas entre profissionais e volun-tários, além de 1,5 mil figurantes, igualmente voluntários, para os des-files alegóricos. São eleitas a rainha e princesas da festa, que têm a função de divulgar o evento e de organizar a recepção solene de convidados. Du-rante os dias de festa, as soberanas participam dos desfiles alegóricos e circulam pelo Parque de Exposições de Caxias do Sul para receber visitan-tes. As embaixatrizes, as belas can-didatas que participaram do processo de escolha das soberanas, também ajudam na divulgação antes e duran-te a realização da festa.

Com o incentivo de entidades em-presariais, a cidade se enfeita para receber quase um milhão de turis-tas, que se movimentam em meio a fotografias, cartazes, reportagens de jornais e de revistas, convites, selos, panfletos e outros documentos do acervo do Arquivo Histórico Munici-pal e Secretaria da Cultura. Ao longo das ruas e no percurso dos centros

comerciais cada vitrine conta uma pá-gina da história da cidade e da festa.

A parte festiva do evento ocorre no Parque de Exposição, cujos pavilhões cobertos, vistos do alto, têm o forma-to de dois cachos de uvas. Para apro-veitar as centenas de apresentações musicais, de dança e experimentar a farta gastronomia colonial (com sopa de agnoline, frango assado, maio-nese, tortéi, polenta mole, salada de radicci) e campeira (churrasco), os organizadores aconselham usar rou-pas simples e calçados confortáveis. Caminha-se muito e mesmo a 816 metros de altitude as temperaturas costumam ser elevadas em fevereiro. Para matar a sede, nada que um bom suco de uva gelado.

Uma novidade no parque neste ano foi a criação do espaço Sabor da Festa, com cursos diários de 30 minutos para conhecer o mundo das uvas. As viníco-las também estão presentes, bem como uma escola de chimarrão que ensina o principiante a fazer a bebida típica dos gaúchos. O espetáculo Som e Luz faz um mergulho no passado ao teatrali-zar a chegada dos pioneiros. A ence-nação acontece ao ar livre junto a um conjunto de réplica de casas de Caxias de 1875. O visitante também encontra no parque o Palácio das Uvas, com a distribuição gratuita de três variedades de uvas: Isabel, Niágara branca e Ni-ágara rosada, servidas geladas. Neste ano foram degustadas 250 toneladas de uvas. Podem ser visitados parreirais dentro do parque.

Outro momento emocionante é a realização do desfile cênico no centro da cidade, que ocorre desde 1932 e remete à estética do Carnaval carioca pela grandiosidade dos carros alegóri-cos. O enredo central, porém, é único: retrata o modo de vida dos pioneiros, seus hábitos, seus costumes e o orgu-lho por suas conquistas. Trata-se de uma forma de revisitar as próprias ra-ízes e revitalizar o impulso de trans-formar a terra inóspita em riqueza.

Mantendo atradição, apresidenteDilma participouda solenidadede abertura,degustou uvase conversoucom diversos expositores

Uma epopeia contada em vários atos

Os desfiles deste ano foram

divididos em quatro quadros: Acolher, Plantar,

Transformar e Celebrar

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A saga dos italianos na serra gaúcha tem um intérprete fiel: Aldo Locatelli. Este pintor italia-no, naturalizado brasileiro, deixou importante obra na qual se destacam os afrescos da igreja São Pelegrino, na parte central de Caxias do Sul. Seus murais religiosos são de grande valor artís-tico, histórico e sentimental.

Aldo Daniele Locatelli nasceu no dia 18 de fe-vereiro de 1915, em Villa d’Almè, periferia de Ber-gamo, na Lombardia. Com dez anos entrou em contato com artistas que restauravam os murais da igreja da Villa d’Almè e com 16 anos ingressou no curso de decoração da Escola de Cursos Livres de Instrução Técnica Andrea Fantoni. Depois de passar pela Accademia Carrara di Belle Arti em Bergamo recebeu uma bolsa de estudos para a Escola de Belas Artes de Roma. No ano de 1946,

muda-se para Gênova a fim de trabalhar na abó-bada da Igreja Nossa Senhora dos Remédios.

Com 33 anos de idade desembarcou no Brasil com a fama de ser o mago das cores para reali-zar afrescos na Catedral de Pelotas (RS) e torna-se um dos fundadores da Escola de Belas Artes de Pelotas, onde introduziu o estudo do nu artístico. Passou a receber encomendas de outras cidades, como Caxias do Sul e Porto Alegre. Em 1951, já naturalizado brasileiro, deu início aos murais e pinturas da igreja de São Pelegrino, em Caxias do Sul, trabalho que concluiu em 1960. No Rio Gran-de do Sul, seus trabalhos podem ser encontrados no aeroporto Salgado Filho, no Palácio Piratini (sede do executivo gaúcho) e em igrejas de diver-sas cidades do interior. Locatelli morreu em 1962, em Porto Alegre.

Alguns hábitos da vida rural da região inspiraram a olimpíada colonial, um tipo de brincadeira que mistura elementos da cul-tura italiana com as modalidades olímpicas. nesta 10ª olimpíada, 250 atletas-colonos disputaram 12 provas divididas em 13 eta-pas classificatórias pelo interior dos distritos de caxias do sul. os visitantes podem parti-cipar como protagonistas.

A originalidade chama a atenção nas competições. veja alguns exemplos: 1) Fazer Bíguli – equipes de três pessoas devem fazer a maior quantidade possível de bíguli (macarrão) com máquina manual no tempo regulamentar. enquanto um in-tegrante maneja a máquina, outro corta o bíguli e coloca sobre uma mesa, e o terceiro abastece a máquina com a massa.

2) Amassar Uvas com os Pés – competição realizada em duplas, que devem amassar uva em uma mastela durante o tempo regu-lamentar. ganha a dupla que produzir mais mosto (sumo de uva), que será pesado no final da prova. 3) Debulhar milho – os participantes, em duplas, devem descascar espigas de milho, comer um cacho de uva (cada um) e, por fim, debulhar as espigas com a máquina manual. 4) Corrida de Plantadeira – o participante deve abastecer a máquina de milho, plan-tar o milho nos lugares demarcados até a metade do percurso, onde fará la colasion (comer um pedaço de pão e salame e beber um copo de vinho). depois volta a plantar o milho em todos os lugares demarcados.

vestem figurino das tendeiras - vende-doras de uva das festas dos anos 30. Por fim uma homenagem ao colono e aos frutos de hoje, plantados pelos dis-tritos de Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí e Vila Oliva. As três coreogra-fias apresentadas reverenciam a uva, o milho e o trigo, em seu processo primi-tivo de debulhar através do mangual.

TrAnsForMAr Baco, o Deus do Vinho com seus

seguidores, bacantes e faunos, ce-

A divertida Olimpíada Colonial

lebram a transformação da uva em vinho. A cantina (vinícola) faz o milagre da transformação. Cenas de trabalho e de prazer ocupam a alegoria. A tecelagem transforma fios em bens para vestir e proteger as pessoas. O distrito de Galópolis é um símbolo deste ramo da indústria caxiense. Vulcano, o deus do fogo, demonstra a transformação do me-tal. A divindade mitológica é segui-da pelos ciclopes, passando pelos forjadores de ferro e chegando aos

metalúrgicos. Um grupo faz a repre-sentação do processo de produção da lamparina, produto histórico fabrica-do pela Metalúrgica Eberle.

ceLeBrArDivertida alegoria da mesa farta,

com a comida típica da cozinha italia-na e gaúcha. Um carro com luz, ima-gem e cor faz referência aos avanços tecnológicos e à primeira transmissão a cores com imagens ao vivo no desfile de 1972.

O mago das cores

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31 de março de 1972. Esta foi a data fixada pelo presidente da República Emílio Médici para o início das transmissões de televisão a cores no Brasil. A pou-cos meses da data, no entanto, havia necessidade de um teste derradeiro de transmissão em nível nacional. O Rio de Janeiro apostava todas as suas fichas no Car-naval como marco inicial da nova era da televisão. A cidade entraria com o cenário, os equipamentos e téc-nicos da TV Globo, que dominavam o sistema de trans-missão NTSC, adotado nos Estados Unidos.

O ministro das Comunicação da época, Hygino Corsetti, preferiu adotar um sistema híbrido, o PAL-M, que até hoje é utilizado no Brasil. Como era nasci-do em Caxias do Sul, o ministro lançou à comunidade empresarial e das telecomunicações do Rio Grande do Sul o desafio de viabilizar a transmissão a cores. A empreitada envolveu quatro emissoras: a TV Difusora como geradora do sinal para a estatal Embratel, TV Caxias, TV Gaúcha e TV Rio. Foram importadas da In-glaterra duas câmeras, um conjunto de micro-ondas e aparelhos técnicos da EMI para gerar as imagens. Os equipamentos foram instalados em Porto Alegre.

O sábado 19 de fevereiro de 1972 amanheceu nu-blado em Caxias do Sul. O desfile de abertura da 12ª edição da Festa da Uva, programado para as 15 horas, poderia ser um desastre, caso chovesse. Mas durante as duas horas do desfile, não caiu uma gota sequer de chu-va. A transmissão foi um sucesso e, presente ao evento, o presidente Médici acompanhou tudo através de um monitor à sua frente. No Brasil, não mais do que 200 famílias puderam ver o sinal a cores, pois havia poucos aparelhos a cores no Brasil. No domingo, foi realizada a primeira transmissão de uma partida de futebol ao vivo e a cores pela TV. As equipes do Caxias e Grêmio se enfrentaram em jogo que terminou empatado sem gols.

O desfile da Festa da Uva foi notícia no Jornal Na-cional, da TV Globo. O evento foi acompanhado por uma constelação de celebridades, como Francisco Cou-co, o galã da hora no papel de Cristiano Vilhena na novela Selva de Pedra. Tônia Carreiro, Rosamaria Mur-tinho, Renata Sorrah e Jô Soares estavam lá. Outros astros e estrelas da televisão brasileira, como Blota Ju-nior, Heron Domingues, Luis Mendes, Geraldo Del Rey e Rolando Boldrin, também participaram do momento histórico.

O Brasil entra na era colorida

ROTEIROS DE VISITA

DESTINOS

A essência do modo de vida do imigrante italiano continua viva no interior de caxias do sul, nas pro-priedades rurais, nas vinícolas e nas residências originais. há roteiros de visita organizados, como criúva, caminhos da colônia, vale Tren-tino e estrada do Imigrante, rota aberta pelos pioneiros em 1875. A visitação requer um ou dois dias.

INFORmAçÕESsecretaria Municipal de Turismo de caxias do sulTel. 54 3222-1875

08005411875www.caxias.tur.br

A força econômica de Caxias do Sul

caxias do sul é a segunda força eco-nômica do rio grande do sul, com um pIB de r$ 24,5 bilhões e renda per capita 37% acima da média gaúcha. A cidade é o centro de um parque industrial alta-mente diversificado.

em 1931, ano da primeira Festa da uva, a cidade tinha 32,6 mil habitantes. hoje são 435 mil, sendo que de cada dez residentes, seis não nasceram na cidade. A força de trabalho reúne 178 mil pessoas, nas quase 32 mil empre-sas. o setor industrial, com 42,55% de participação na economia, reúne sete mil estabelecimentos, cujo destaque é o setor metal-mecânico. nele se desta-cam os fabricantes de material de trans-porte (fabricantes de reboques, ônibus, caminhões e tratores); material plástico, materiais elétricos, metalurgia (cutelaria, forjados, microfusão); mecânica, madei-ra e móveis; têxtil e vestuário; bebidas e alimentício.

caxias do sul está posicionada hoje na décima-segunda posição de Idh (ín-dice de desenvolvimento humano) do país, que avalia a qualidade de vida e pondera desenvolvimento econômico, distribuição de renda, acesso à educação e ao saneamento, entre outras informa-ções. no quesito ensino, a cidade conta hoje com mais de 100 mil jovens matri-culada na rede pública e privada (médio e fundamental) e de doze instituições de ensino superior, todas privadas.

no ano passado, a economia cresceu 6% — o dobro da taxa verificada no país — puxada pela área de serviço, 10,6%. o setor industrial avançou 3,2% e o comér-cio, 6,5%, de acordo com o levantamento do departamento de economia e estatís-ticas da câmara de Indústria, comércio e serviços de caxias do sul (cIc). Além disso, houve aumento de 12,7% na massa sala-rial da indústria, que impulsionou o cres-cimento do setor de comércio e serviços.

POPULAçÃO TOTAL (2010): 435.564 HABITANTES

Área (2010): 1.643,9 km2

Altitude: 817 metros acima do nível do mar

Densidade Demográfica (2010): 265,0 hab/km2

Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais (2010): 2,36 %

Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 74,11 anos

Coeficiente de mortalidade Infantil (2010): 12,91 por mil nascidos vivos

Exportações Totais (2010): u$ FoB 893 milhões

Fonte: Fundação de Economia e Estatística RS

TURISmO RURAL• caminhos da colônia

• criúva

• estrada do Imigrante

• vale Trentino

ENOTURISmO• cooperativa Forqueta

www.forqueta.com.br 54 3288-5420

• castelo chateau Lacave www.lacave.com.br 54 4009-4822

• cantina Tonet www.cantinatonet.com.br 54 3292-3551

PONTOS TURÍSTICOS• Igreja são pelegrino

54 3221-2567

• Museu casa de pedra 54 3221-2423

MUSEU

PRAÇAIGREJA

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A resenha que a cada dois anos mobiliza toda a comunida-de de origem vêneta, trentina

e lombarda que desembarcou no sul brasileiro em 1875, a Festa da Uva, chegou a seu octogésimo aniversário e neste ano faz parte do Momento Itália-Brasil, a grande manifestação de amizade bilateral organizada pelo ministério do exterior de Roma, que dura até junho. Os primeiros colonos italianos chegaram ao final do século XIX, atraídos pela promessa de torna-rem-se proprietários de terras: porém ficaram decepcionados quando não encontraram campos em condição de cultivo, mas apenas uma floresta cer-

Tradições como já não há na ItáliaConheça um pouco mais a história dos primeiros colonos italianos que desembarcaram no final do século XIX no sul do Brasil

POR OLIVIERO PLUVIANO

rada e inóspita, habitada por índios belicosos.

‘’Os primeiros tempos foram du-ríssimos. Muitos imigrados se suici-daram, depois de terem enfrentado uma viagem tremenda, mais de um mês em um navio a vapor, durante o qual morreram muitíssimos velhos e crianças”, conta Cleodes Maria Pia-zza, pesquisadora da Universidade de Caxias do Sul, e descendente daquele Radaelli de Olmate (Milão) que foi o primeiro a chegar ao coração da flo-resta no Campo dos Bugres (índios) onde hoje se encontra a cidade de Ca-xias, com quase meio milhão de habi-tantes. “Mas agora a Festa da Uva e a

feira agroindustrial anexa são sinônimo do desenvolvimento orgulhoso alcança-do pelos imigrantes italianos nestes anos todos’’, completa.

Caxias é a cidade que mais consome tecnologia de ponta no Brasil, com uma indústria metalúrgica excelente, marcas de carroçarias de caminhão, implemen-tos rodoviários e ônibus de primeira clas-se na América Latina, e com vinhedos e vinícolas únicos no país. A exposição mostra com orgulho o maior ônibus do mundo (28 metros, três articulações, cin-co portas e capacidade para 270 passa-geiros) como sua joia mais preciosa.

‘’Hoje a Festa da Uva é reconhecida internacionalmente como a maior cele-bração dos viticultores de todo o planeta: ela cresce cada vez mais e alcançou níveis elevados de excelência”, explica Charles Oldoni, originário de Trento e Cremona, chefe do grupo de dança folclórica ‘’Gli amici del cuore’’ (Os amigos do coração) de São Valentim. “Neste ano, a safra da uva foi fantástica por causa da pouca chu-va: com isso tivemos uma grande produ-ção e os cachos têm qualidade excepcio-nal. Faremos ótimo vinho, mas também uma quantidade recorde de suco. O nosso grupo veio participar do evento pela an-tiga cultura italiana que se exprime em dançar a tarantela, nos cantos, nos jogos, na cozinha: é um pouco a nossa história. Recolhemos mais de 450 canções trazidas da Itália por nossos avôs’’.

Durante o desfile alegórico que se re-pete diariamente, tempo permitido, e que se desenrola nas apinhadas ruas do cen-tro e na praça da catedral com orquestra de sopros da prefeitura ao vivo e em cores, foi festejada a atriz da TV Globo, Regina Duarte, como símbolo da passagem da TV em branco e preto para a TV em cores. Desfilou também o ex-construtor do pri-meiro presídio de Caxias, Italino Pedron, de 95 anos, o único morador de Caxias que tinha participado, aos 14 anos, da primeira Festa da Uva: ‘’Aqui se trabalha muito e por isto o carnaval não existe: mas fazemos nosso desfile alegórico a cada dois anos aqui na Festa’’.

O Iphan, instituto do patrimônio his-tórico brasileiro, incluiu entre as línguas faladas no Brasil, além do português, o ‘’Talian’’ dos oriundi italianos: uma mis-tura de vêneto, lombardo e português, reconhecido agora como primeiro idio-ma oficial das comunidades estrangeiras no país. ‘’O Talian ainda é muito falado, quase 140 anos depois da primeira emi-gração”, observa o escritor José Clemen-te Pozenato, autor daquele ‘’Quatrilho’’ que, em 1996, tornou-se o primeiro fil-me sobre a emigração italiana no Brasil candidato ao Oscar, com direção de Fabio Barreto.

Em 1933, o programa da Festa da Uva estava escrito totalmente em Talian, mui-to parecido com o italiano, que em Caxias era falado normalmente. Mas com a dita-dura de Getúlio Vargas e a Segunda Guer-ra Mundial foi proibido falar qualquer outra língua que não fosse português. De 1937 a 1950 também não foi realizada a Festa da Uva: mais tarde o governo bra-sileiro pediu desculpas a esse respeito e desde então o presidente da república par-ticipa sempre da inauguração: como neste ano a presidente Dilma Rousseff.

Pozenato sustenta que a língua fala-da na esplêndida campanha entre as co-linas com vinhedos e araucárias da Serra Gaúcha, toda situada a 800 metros de altitude, é como a cozinha colonial que tem pratos que não existem mais na Itá-lia: a gastronomia da imigração é muito exclusiva com os sempre presentes agno-lini in brodo (sopa de capelletti), polenta frita, tortei, fortaia (mistura de ovos com queijo) e salada de radicci.

‘’Apesar de este grande evento correr o risco de apresentar-se um pouco desca-racterizado e estar procurando um novo caminho” – conclui o maior escritor dos oriundi do Rio Grande do Sul – aqueles, e são muitos, que emigram desta re-gião para Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Goiás, continuam voltando para a Festa da Uva, que ainda é a festa en-cantada de todos eles. É sempre o ato de exultação e de alegria transmitido há 80 anos por toda a nossa comunidade’’.

O escritor José Clemente Pozenato, autor do livro Quatrilho

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Giorgio de Chirico, de origem greco--italiana, foi artista múltiplo e vas-to, um dos mais expressivos traços

do século passado. De Chirico ultrapassou os limites do real numa misteriosa ambi-ência solitária e melancólica. Mostrou às gentes de sua época a possibilidade de um mundo além daquele que todos estavam acostumados (ou impostos) a ver. Trouxe à tona o insólito, o encontro do cotidiano com o inusitado, quando o dia-a-dia se de-

para com o surreal e o tempo parece passar num ritmo diferente.

Pois são exatamente as obras desse íco-ne do século XX, que a Casa Fiat de Cultura traz para o público mineiro. A mostra, pro-jetada especialmente para integrar a pro-gramação do Momento Itália-Brasil, chega a Belo Horizonte no dia 30 de maio, com ingredientes bastantes para atrair milhares de visitantes até 29 de julho, proporcionan-do uma imersão em outro mundo. São 45 pinturas e 11 esculturas, estas produzidas durante o chamado período neometafísico do artista. Além de 66 litografias da década de 1930, inspiradas nos famosos caligra-mas do poeta francês Guillaume Apollinaire, apresentados juntos pela primeira vez.

Intitulada “De Chirico: O Sentimento da Arquitetura”, a exposição é realizada pela Casa Fiat de Cultura, em parceria com a Fun-dação Iberê Camargo e Masp e patrocínio da Fiat Automóveis. A produção é da Base 7, tendo ainda a colaboração da Fundação Giorgio e Isa de Chirico, sediada em Roma, com curadoria da crítica de arte e arquite-tura, a italiana Maddalena d’Alfonso. A exibição da fantástica mostra de De Chirico já encantou os gaúchos durante a exposi-ção na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Agora, são os paulistas que feste-jam sua arte no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em Sampa, as obras do artista fica-rão expostas de 22 de março a 20 de maio com apresentação, em seguida, ao público mineiro. José Eduardo de Lima, presidente da Casa Fiat de Cultura, diz que essa exposi-ção de De Chirico “é muito bonita, reunindo obras que trazem muitas projeções de luz e sombras. O público vai gostar muito. Tenho certeza de que será um grande sucesso”.

Além do que se vêCasa Fiat de Cultura traz para o público brasileiro a exposição “De Chirico: O Sentimento da Arquitetura”, com curadoria da crítica de arte e arquitetura Maddalena d’Alfonso

POR DANIEL PRADO

Foi numa tarde de outono na Piazza Santa Croce, uma das principais praças de Florença, onde fica a basílica de mes-mo nome, considerada a maior igreja franciscana do mundo, que De Chirico pintou o seu primeiro quadro da sua fa-migerada série “Praças Metafísicas”. Para ele, faltava um sentido no mundo. E foi na transfiguração do real que ele achou suas revelações, fez suas descobertas e mostrou ao mundo uma nova realidade, cheia de possibilidades: “A inquietação do indivíduo no meio da cidade, a solidão. O ser humano que se solta no aberto da praça e convive com a sensação dúbia de estar no meio da multidão e, ao mesmo tempo, sozinho. É essa a sensação que De Chirico nos dá”, explica José Eduardo.

De Chirico estudou em Atenas, Floren-ça e, depois, na Alemanha, onde se matri-culou na Academia de Belas Artes de Mu-nique. Foi lá que entrou em contato com a filosofia de Nietzsche e Schopenhauer, e com as pinturas realistas de Arnold Böcklin e o simbolismo de Max Klinger, grandes in-fluências em sua obra. O universo do ar-tista é também influenciado pela mitologia grega, cruzando com personagens como Ulisses e Orfeu. Mas, foi a partir de 1911, na temporada parisiense, que De Chirico fez suas primeiras exibições importantes e teve encontros com a efervescente intelec-tualidade que agitava Paris, maravilhosa-mente representada por nomes como Pablo Picasso, Apollinaire, Rimbaud e outros fer-vilhantes espíritos da época.

Logo à frente, De Chirico prestou ser-viço militar durante a I Grande Guerra. Devido à sua saúde delicada, passou uma temporada internado em um hospital em

Ferrara, onde voltou à sua arte e ficou co-nhecendo Carlos Carrà. Juntos, lançaram a corrente do Movimento Metafísico. O pen-samento metafísico dos dois batia de fren-te com o Futurismo, a tendência dominan-te na época. O greco-italiano insistia na estranheza causada por elementos soltos em ambientes diversos, como poltronas, camas, guarda-roupas e outros tipos de móveis jogados numa estrada, ou no meio de uma praça, cenários que normalmente não eram vistos, nem apreciados.

DE CHIRICO: O SENTImENTO DA ARqUITETURA – OBRAS DA FONDAZIONE GIORGIO E ISA DE CHIRICO

MAsp - Museu de ArTe de são pAuLo AssIs chATeAuBrIAnd

Av. paulista, 1578. Acesso a deficientes.

de 22 de março a 20 de maio de 2012, no 2º andar do MAsp (galeria georges Wildenstein).

Horários: de 3ªs a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às 5ªs: das 11h às 20h. A bilheteria fecha meia hora antes.

Ingressos: r$ 15,00. estudantes, professores e aposentados com comprovantes: r$ 7,00. Até 10 anos e acima de 60: entrada franca. Às 3ªs feiras: acesso gratuito a todos.

mais informações: www.masp.art.br Tel.: (11) 3251.5644

cAsA FIAT de cuLTurA

rua Jornalista djalma Andrade, 1250 - Belvedere Belo horizonte (Mg)

de 30 de maio a 29 de julho

Transporte e entrada gratuitos

Horários: Terça a sexta-feira, das 10h às 21h, ou sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h.

mais informações: www.casafiatdecultura.com.br Tel. (31) 32898900.

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Archeologi, óleo sobre tela de 1968

o grande mestre da arte italiana realizou alguns esboços pu-blicitários. em 1950, produziu uma pintura a óleo do FIAT 1400. Apesar dos erros de giorgio ao desenhar as proporções do au-tomóvel, a FIAT decidiu imprimir o cartaz. “ele desenhou várias alegorias mitológicas como pano de fundo para o lançamento do FIAT 1400. É um célebre cartaz. Foi uma passagem muito forte pela nossa empresa”, contou José eduardo Lima pereira, poucos dias após voltar da exposição de de chirico, em porto Alegre.

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eMpresA: Fiat do Brasil S.A.

A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do Grupo Fiat no Brasil. É a representante, no país, da holding Fiat SpA e presta serviços em suas diversas áreas de atuação à Fiat Industrial SpA.

A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autoridades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do Grupo, prestando serviços a 19 empresas, divisões, associações e fundações.

LocALIzAção: tem plantas industriais nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

presIdenTe: Cledorvino Belini

Raio-X doGrupo Fiat no Brasil

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FiaT n

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asil

www.casafiatdecultura.com.brCasa Fiat de Cultura

www.fundacaotorino.com.brFundação Torino

www.fundacaofiat.com.brFundação Fiat

FIAT SpA

FIAT INDUSTRIAL

SISTEMAS DE PRODUÇÃO

SERVIÇOS

CULTURA EDUCAÇÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL

www.fiat.com.brFiat Automóveis

www.cnh.comCase New Holland (CNH)

www.iveco.com.brIveco Latin America

www.fptpowertrain.comFPT – Powertrain

Technologies (Mercosul)

www.magnetimarelli.comMagneti Marelli

www.teksid.com.brTeksid do Brasil

Fiat Finanças Banco Fidis

Banco CNH Capital

www.comau.com.brComau do Brasil

Fides Corretagens de Seguros

www.isvor.com.brIsvor Instituto para o Desenvolvimento

Organizacional

Fiat Revi

Fiat Services

MONTADORAS COMPONENTES

SERVIÇOS FINANCEIROS

MONTADORAS COMPONENTES SERVIÇOS FINANCEIROS

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memó

ria

Hoje vemos com naturalidade os inúmeros automóveis que se cruzam nas avenidas das gran-

des cidades e não imaginamos como se deu a aceitação do automóvel como meio de transporte. Essa mudança im-plicou numa transformação do próprio comportamento social e da visão sobre as distâncias, o tempo e a velocidade.

A história da Fiat começa ai. À frente de seu tempo, a empresa não só acreditou como colaborou com essa transição. No ano de 1899, enquanto a Organização Mundial de Medicina de Paris advertia que andar em auto-móveis com velocidade superior a 40 km/h ocasionava morte instantânea,

113 anos de história

a Fiat inaugurava sua primeira fábri-ca na Itália.

Eram 150 trabalhadores emprega-dos que, ainda em 1899 produziram oito modelos. Ao todo foram 24 car-ros, entre os quais estava o HP 3½, ainda não equipado com marcha à ré.

Também chamado de 4HP Fiat, o 3 e meia foi o primeiro carro a ser pro-duzido sob o nome Fiat. O carro usava um motor cc 679, que poderia impul-sionar o pequeno veículo a uma velo-cidade máxima de 35 km/h (22 mph). No entanto, a economia de combustí-vel para este modelo foi grande, com apenas 8 litros de gás para cada 100 quilômetros de estrada.

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Primeira fábrica da Fiat foi inaugurada em 1899, em Corso Dante, Itália, e neste mesmo ano oito modelos foram construídos

Fábrica da Fiat de Corso Dante, a primeira da empresa

O modelo da Fiat HP 3½

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POR JuLIAnA gArcIA

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Job: 293452 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 293452-01155-127088-22358-093-Fiat-Features 500 Vermelho-175x255_pag001.pdfRegistro: 69422 -- Data: 11:55:58 02/03/2012