revista leitura de bordo - edição 12

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Revista Leitura de Bordo - Edição 12

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Cartas/Expediente

2 Leitura de Bordo | Set/Out 2012 | www.leituradebordo.com.br

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Editorial

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Nos traços e cores do imaginário de Wan-berto, a descoberta de que a vida é, sempre, um ato de transcender os limites.

Conheça a história na pág. 40 desta edição.

No Douro, cuja topografia fascina os olhos e emociona o coração, é, até o fim de outubro, tempo de vindima.

Os vinhos estão entre as págs 28 e 31.

|::Índice::|Na próxima edição | 4 |

Proseando | 6 |Menor preço ou melhor preço?

Entrevista | 7 |Rubem Fonseca, presidente da CEB

Ponto de Vista | 10 |Os desafios da Abav e o turismo nacional

Nacional | 12 |Centro de Convenções da Paraíba

Roteiro Testado | 14 |Feira dos Importados de Brasília

Roteiro Testado | 16 |Reserve o domingo para visitar San Telmo, em Buenos Aires

Roteiro Testado | 18 |São João del Rei em Minas Gerais

Check In | 20 |Cuidados antes de viajar

| 21 | Caderno da Copa Grêmio inaugura sua nova casa em dezembro

| 25 | ComportamentoOs limites entre o certo e o errado de cada um

| 32 | Bem ViverAs soluções criativas para redimensionar os espaços

| 34 | IntercâmbioOpção segura para quem deseja aprender

| 36 | Comunicação1º Seminário de Comunicação Pública do DF

| 39 | EspecialAlexânia precisa apostar no turismo e no artesanato

| 41 | Retratos de ViagemMande você também as suas fotos

| 42 | HumorSabe aquela do português... pois é!

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Especial de Brasília

Uso, no meu cotidiano, uma frase que apren-di com meu saudoso pai: centavo também é dinheiro. E repasso esta lição aos filhos, enfatizando que o dinheiro jamais pode

nos escravizar, mas que ele não aceita abuso.Mas, no curso da vida, fui aprendendo outros

conceitos, redefinindo verdades. Quem não terá lido o aforisma de que, via de regra, o barato sai mais caro ou, ainda, que o atalho é a melhor forma de alongar um caminho?

Faço este apanhado para falar de uma reali-dade que muitas vezes nos aflige na hora de viajar, quando somos bombardeados pela propaganda massiva de quem nos promete os menores preços, ofertas mirabo-lantes e toda sorte de facilidades.

Por conta das des-cendências e manias adquiridas, carrego a fama de murrinhagem, de ser adepto da barganha por descontos e chato na questão da exatidão do troco – entre outros hábitos.

Mas, confesso: essa panaceia de “bondades” em lugar de me atrair pela possibilidade de fazer um “bom negócio”, sempre me deixa com os dois pés para trás. E quando se trata de viajar... daí minha pre-ocupação se multiplica por cinco – porque é este, via de regra, o “meu” grupo de viagem.

Nada contra os sites e portais que ofereçam desconto, preços mais vantajosos. Mas sou de um “tempo antigo”, onde a relação de confiança com “o” vendedor é mais importante do que alguma vantagem momentânea. Assim, compro carne sempre no mesmo açougue (ainda que não seja o menor preço); remédios na mesma farmácia, tênis na mesma loja.

E quando se trata de viajar, então sim que as minhas resistências a certas seduções da moderni-dade me dão a certeza de que existe, numa relação de compra e venda, algo mais importante do que a economia que se faz somando dois mais seis e meio.

É quando entra uma equação diferente, que parte de outros princípios básicos e que diz respeito à impe-riosidade do comprador cliente ter a possibilidade de continuar, no pós venda, a contar com a retaguar-da da sua agência, ter um telefone “humano” que o possa auxiliar e não um mísero 0800 que o trata como imbecil – simulando um diálogo que não se completa e que não lhe assessora.

Nada contra, mas sempre que me perguntam, que me questionam se eu sei de alguma promoção de sites ou de companhias aéreas, respondo: eu só compro passagem em agência de viagem. Podem me chamar de folgado, de descansado ou mesmo

de perdulário.Não me importo

em pagar um pouco mais caro – porque esta é das situações na qual o melhor preço é muito mais importante. Sim... quando eu compro

uma passagem na agência de viagem da minha con-fiança, eu sei que estou pagando um preço justo para contar com a assessoria e a consultoria de alguém que é especialista no assunto. E que, por ser profissional, vai fazer de tudo para que eu tenha a melhor viagem pelo melhor preço e nas melhores condições.

E não tenho me arrependido de, no caso de viagens, deixar de ser sovina - porque nada paga o valor da tranquilidade ad-vinda da convicção de que aqueles cha-tos contra-tempos de última hora dif ic i lmente acontecerão...

* jornalista e escritor

Menor preço ou melhor preço?Alfredo Bessow*

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“A CEB já saiu da UTI”Depois de um ano de gestão, o modo petista de administrar com responsabilidade e zelo pela

coisa pública fez a diferença e a empresa, que tinha prejuízo, voltou a dar lucro.

Quando o engenheiro Rubem Fonseca Filho assumiu a CEB em janeiro de 2011 ele se deparou com um quadro desola-dor. A empresa, responsável pelo forne-

cimento de energia para os moradores do DF esta-va sucateada, endividada, com milhões de multas na Anatel, sofrendo com a falta de investimentos nos últimos 12 anos, com um quadro de funcio-nários desmotivados e totalmente sem crédito na praça. A bem da verdade, a empresa estava sendo “cuidadosamente” dilapidada para prestar um ser-viço cada vez com menos qualidade e assim jus-tificar os argumentos dos que queriam a sua pri-vatização. O susto foi ainda maior porque Rubem Fonseca Filho já havia assumido a CEB, em janeiro de 1995, no começo do Governo Cristovam, então ainda no PT, quando desenvolveu projetos como o “Clarear e Iluminar”. Na sua gestão, foi dado o iní-cio da construção da Usina de Lageado-Tocantins. Na sua passagem anterior pela empresa, a CEB foi escolhida a melhor empresa do País em energia, em 1995, pela revista Exame.

Na entrevista, à Leitura de Bordo ele fala do estado no qual recebeu a empresa e conta como fez para que ela saísse de um prejuízo de R$ 32 milhões em 2010 para um lucro de mais de R$ 15 milhões apenas no primeiro trimestre de 2012.

Revista Leitura de Bordo - O senhor se assustou com o que viu quando assumiu a presidência da CEB?Rubem Fonseca Filho - Me deparei com uma rea-lidade ainda mais avassaladora do que aquela que nos foi apresentada no período de transição. Em lugar da dívida de R$ 600 milhões, descobrimos que era de R$ 877 milhões. Só em multas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica havia R$ 54 milhões. Por conta desta realidade, a empresa não podia fazer financiamentos. Houve uma dilapida-ção em todos os sentidos e setores, inclusive com

um Programa de Demissão Voluntária com a ge-nerosidade de um governo sueco dos bons tem-pos – fazendo com que a CEB perdesse a massa crítica de bons quadros profissionais.

Revista Leitura de Bordo - A CEB foi levada a este quadro por incompetência ou má-fé?Rubem Fonseca Filho – É difícil até onde vai uma ação deliberada e onde começa uma gestão frau-dulenta. Foi uma soma de fatores que tinha o ob-jetivo claro de desgastá-la junto aos consumidores e, desta forma, inclusive com a ação de meios de comunicação que tinham interesse em se associar a grupos que queriam se adonar da empresa, tor-nar em clamor popular a sua privatização. Durante muito tempo, muitas obras foram feitas pela CEB e o GDF simplesmente não pagou. Só para se ter uma ideia desta situação: os órgãos do GDF sim-plesmente não pagavam o consumo mensal...

Revista Leitura de Bordo – Como foi iniciada a “nova fase”?Rubem Fonseca Filho – Começamos cortando na própria carne, diminuindo cargos comissionados, acabando com as horas-extras, a prática do so-

Rubem Fonseca Filho, presidente da CEB

Entrevista

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Entrevista

8 Leitura de Bordo | Set/Out 2012 | www.leituradebordo.com.br

breaviso, reduzimos o número de diretores e es-tamos implantando o ponto eletrônico. Havia 140 contratos em andamento e todos eles foram ana-lisados, uma parte deles rescindidos, outros revisa-dos com reduções drásticas de seu valores e uma pequena parcela foi mantida de modo inalterado. Mudamos a sistemática de compras, implicando em economia de mais de R$ 10 milhões só em compras de 300 mil lâmpadas (66% mais baratas); medidores de energia (menos 49% em relação aos preços de 2010); postes (com redução de 52% nos valores pagos). Todas estas ações fizeram com que a CEB, que tinha tido prejuízo de R$ 32 milhões em 2010, fechasse 2011 com um balanço limpo, sem ressalvas e prejuízo de R$ 3 milhões.

Revista Leitura de Bordo – E como estava o nome da CEB na praça?Rubem Fonseca Filho – A empresa estava pagan-do fornecedores e empreiteiros com 90 e até 120 dias de atraso. É claro que este tempo de espera acaba onerando o serviço, porque a CEB esta-va sendo financiada por quem a quem ela devia. Hoje estamos conseguindo pagar rigorosamente tudo em dia e isto também ajuda na hora de ne-gociar contratos.

Revista Leitura de Bordo – Tem gente que acha que a energia fornecida pela CEB é cara...Rubem Fonseca Filho – Nós temos a terceira ener-gia mais barata do País. Se alguém for morar ou

montar uma empresa em Minas Gerais, por exem-plo, vai pagar 30% a mais pela energia. Esta é uma questão que muitas vezes não é revelada.

Revista Leitura de Bordo – A CEB fez um programa de investimentos, de melhorias – mudou a gestão... enfim, muitas ações. Quando a população vai efeti-vamente sentir a melhoria?Rubem Fonseca Filho – É uma soma de fatores, mas a melhoria está sendo gradual. Não existe má-gica para recuperar o tempo perdido. Até o fim do ano estaremos inaugurando novas subestações, linhas de transmissão que irão beneficiar a socie-dade com uma energia de melhor qualidade. Eu tenho convicção de que em 2014, em face de um plano de investimento de R$ 540 milhões ao lon-go dos quatro anos do governo Agnelo/PT, já tere-mos a clara percepção da mudança da qualidade da energia fornecida para o consumidor brasilien-se – por conta de todas estas ações que estamos implementando desde janeiro de 2011.

Revista Leitura de Bordo – Por que às vezes demora tanto tempo para o restabelecimento de energia?Rubem Fonseca Filho – Para melhorar o atendi-mento, compramos 26 novos caminhões e ou-tros seis estão para chegar. Estamos reforçando o setor de manutenção e operação. Mas existem fa-tores que muitas vezes não são levados em con-ta. Em primeiro lugar, o sistema foi abandonado, é velho e, em certo sentido, obsoleto. Hoje, nos-sas subestações funcionam acima do limite, com até 120% da capacidade. Em termos de restabe-lecimento do fornecimento de energia, o grande problema é o trânsito – cada vez mais pesado no DF. Já pedimos para que a Secretaria de Segu-rança Pública autorize que nossos caminhões de serviço usem sirene. Estamos gestionando junto à Secretaria de Transportes uma autorização para que os nossos veículos de serviço trafeguem na pista exclusiva de ônibus.

Revista Leitura de Bordo – E como está a questão das multas aplicadas pela Aneel?Rubem Fonseca Filho – No começo de 2011, tí-nhamos R$ 57 milhões em multas. Já quitamos R$ 17 milhões. Estamos pagando mais R$ 12 mi-lhões parcelados. Estamos pleiteando que os R$ 31 milhões restantes de multas sejam destinados, pela Aneel, para investimento no sistema. Nossa proposta, já em análise, consiste em executar, em contrapartida, investimentos de R$ 60 milhões em

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Entrevista

obras para melhoria da qualidade e confiabilidade dos conjuntos elétricos das subestações de Cei-lândia Sul e Ceilândia Norte.

Revista Leitura de Bordo – Em sua primeira passa-gem pela CEB, você lançou o “Clarear e Iluminar”. O que a CEB está fazendo de inovador neste momento?Rubem Fonseca Filho – No final de 2011, lançamos o “Programa Cidadania com Energia” e com isso reforçamos a nossa imagem de empresa comprometida social-mente com as cama-das mais necessitadas do DF. O programa foi concebido para be-neficiar comunidades de baixa renda que vivem na escuridão e combater os diversos tipos de violência a que estão sujeitas. Assim, a população recebe energia de qualidade, sem riscos, e produtos eficientes energeticamente. Já distribuímos 8.100 geladeiras e 370 mil lâmpadas fluorescentes, obtendo uma economia de 23.810 MWh/ano de energia.

Revista Leitura de Bordo – E as perspectivas para 2013, na Copa das Confederações, e em 2014, Copa do Mundo? Vai faltar luz de qualidade para estes eventos?Rubem Fonseca Filho – A população do DF, os turis-tas e os promotores podem ter uma certeza: tanto a Copa das Confederações quanto a Copa do Mudo serão realizadas, ao menos aqui no DF, com total

segurança energética. O Estádio nacional de Brasília terá uma ener-gia de alta qualidade e confiabilidade. Nós estamos investindo R$ 54 milhões na subesta-ção do Estádio, que é moderna, compacta e está sendo construída

na Coreia – mas as chamadas obras civis já estão em andamento. Ela será disponibilizada em maio do ano que vem. Mas é importante ressaltar: com essa nova subestação, todo sistema central da Ca-pital do País, que compreende o Plano Piloto, será fortalecido, será beneficiado.

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Tecnologia

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Os desafios da ABAV e o

turismo nacionalO turismo no Brasil está em constante crescimento em todos os lados. Seja nos

desembarques domésticos, nos voos internacionais e nos âmbitos de lazer e negócios.

O turismo no Brasil está em constan-te crescimento em todos os lados. Seja nos desembarques domésti-cos, nos voos internacionais e nos

âmbitos de lazer e negócios. Uma pesquisa divulgada recentemente pela IBOPE Nielsen, revela que as viagens estão no topo da lista dos produtos e serviços com os quais os brasi-leiros mais gastaram dinheiro nos últimos três meses. Isso nunca aconteceu na história do país. Outros dados atuais mostram que o tu-rismo no Brasil impacta 58 áreas da economia e evolui acima da média nacional. Enquan-to o setor cresce 13% ao ano, o Brasil cresce em média 4%. Consequentemente, o turismo também possui um poder social, pois se con-solida como um dos principais segmentos que impulsionam a criação de empregos dire-tos e indiretos do país.

Neste cenário de evoluções, o reconhe-cimento profissional dos agentes de viagens, principal rede de distribuição dos produtos tu-rísticos, se impõe perante as autoridades e o mercado em razão da crescente importância dos serviços de consultoria que eles prestam aos clientes. Além disso, a fase de transição das agências que, sob a ótica do consumidor, tem exigido mais multiplicidade das ofertas e das informações, coloca a Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV Nacional na fun-ção-chave nos processos de autorregulamen-tação, contribuindo com a qualificação e com a valoração das nossas atividades. Vale ressaltar

que esses processos não estão em andamento por mero desejo e, sim, por acreditarmos que o know-how das agências associadas ganha re-novada importância perante as exigências dos consumidores, que não são supridas em atendi-mentos online, em sites de compra coletiva ou portais de vendas de passagens avulsas.

Diante da situação positiva do mercado para as agências, fica clara a nossa posição de oferecer qualificação à classe, de preferência abrangendo os empresários do setor e seus res-pectivos colaboradores, meta que está incluída nos vetores estratégicos da nova diretoria da ABAV. O incentivo da qualificação também pode ser justificado pelo interesse das classes menos favorecidas em realizar viagens, que, estatisti-camente, já têm aumentado a demanda pela procura de agências.Ao mesmo tempo em que esse nicho se desenvolve, o mercado de turis-

Antonio João Monteiro de Azevedo

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Ponto de Vista

mo também se adequa para oferecer os melho-res serviços. A partir disso, nasce outro interesse da nossa entidade em viabilizar pesquisas de mercado para entender melhor o consumidor, independente de ser classe A, B ou C.

Copa e Olimpíadas – A aproximação da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, atrairá novos investimentos privados para o setor no Brasil, já em 2012. No que diz respei-to ao setor público, do mesmo modo, pesqui-sas de mercado estimam que o Projeto de Lei Orçamentária Anual do Turismo receberá 38,8% a mais de verba em relação ao orçamento de

Antonio João Monteiro de Azevedo – Presidente da ABAV, Associação Brasileira de Agências de Viagens

2011. Neste cenário, a tendência é de cresci-mento, embora moderado se comparado ao ano anterior. Em relação à nossa atividade, espe-cificamente, a prioridade é dar continuidade às ações de capacitação e qualificação das agên-cias de viagens associadas ABAV, com foco na excelência dos serviços prestados ao consumi-dor, através do Instituto de Capacitação e Certi-ficação da ABAV – ICCABAV.

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Nacional

Centro de Convenções da Paraíba é um dos

mais modernos do País

Feito para suportar eventos de grande porte, é ideal para feiras, seminários e congressos, e terá a missão de colocar o Estado no roteiro do turismo de evento, uma das modalidades

que mais cresce nesse setor, capaz de gerar ocupa-ção hoteleira durante o ano inteiro.

O Centro de Convenções – cuja primeira etapa foi inaugurada no fim de agosto pelo governador Ri-cardo Coutinho - vai ser composto por quatro edifi-cações: o mirante, o salão de exposições, o centro de congressos e o teatro. O complexo está sendo ergui-do às margens da rodovia PB-008, em Jacarapé, onde fica o Pólo Turístico.

O equipamento tem três estacionamentos com capacidade para mais de mil veículos, com vagas exclusivas para ônibus e pessoas com necessidades especiais. O mirante, que está sendo concluído, ficará sobre uma torre de 55 metros de altura, o equivalen-te a um prédio de 17 andares.

O investimento no Centro de Convenções de João Pessoa chega a R$ 170 milhões, dos quais R$ 89 milhões já foram gastos, sendo R$ 65,5 milhões do Governo do Estado e R$ 23,5 milhões do Governo Fe-deral. Pelo cronograma, a segunda parte da obra será concluída em junho de 2013.

ArquiteturaO novo Centro de Convenções de João Pes-

soa é a mais importante obra de infraestrutura turística até então já empreendida na Paraíba. O novo equipamento foi projetado em um terreno com área de 342mil m², numa reserva legal, e terá área construída equivalente a 26 campos de fute-bol. “Ele vai ser um dos mais modernos e belos do país, além de ter ótima localização. Seu projeto ar-quitetônico é moderníssimo”, avalia a presidente da PBTur, Ruth Avelino.

A ideia é “vender” o espaço para eventos a partir de 2013 - mostrando o empreendimento junto com as ações de divulgação turística do es-tado em feiras, congressos e outros eventos.

RepercussãoSegundo José Inácio Júnior, presidente da Asso-

ciação Brasileira da Indústria de Hotéis, secção Paraíba (ABIH-PB), o primeiro efeito da obra é o crescimento da oferta de hospedagem, com o surgimento de no-vos hotéis. Afora os quase 9,5 mil leitos ofertados atu-almente, a cidade se programa para receber mais três grandes hotéis na orla marítima: Atlântico Praia Hotel, Laguna Praia Hotel e Sapucaia Mar Hotel, que estão em construção nas praias de Tambaú e Cabo Branco.

Projeção de como ficará o centro de convenções

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Nacional

Primeira etapa das obras do centro de convenções foi inaugurada em agosto

“O Centro de Convenções será importante para o segmento turístico porque vai possibilitar uma ocu-pação hoteleira permanente, durante todo o ano, e não mais sazonal, como vem ocorrendo”, enfatiza o dirigente da ABIH-PB.

A presidente do Convention Bureau de João Pessoa, Elízia Lopes, prevê o aquecimento de inú-

meras atividades no segmento turístico, assim como da economia como um todo, que se tornará mais dinâmica. “O Centro de Convenções vai atrair novas empresas do mercado de eventos para a Pa-raíba, e a rede hoteleira terá que se adequar a esse novo turista, que gasta mais e é mais exigente com os serviços”, observa a executiva.

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www.debrasilia.com.br

Informação com opinião

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Roteiro Testado

Feira dos Importados,o maior centro de compras de Brasília

Tido como um dos maio-res centros de compras da região Centro-Oeste, a Feira dos Importados

de Brasília completou em julho 15 anos e tem uma bela história de luta e superação, de quem sem-pre acreditou que era possível transformar, com trabalho, o so-nho em realidade...

O desafio agora é redimen-sionar a Feira, adequando-a aos novos desafios e perspectivas, decorrentes dos eventos que serão realizados no Brasil e que também terão etapas no DF. Para isso, será preciso romper alguns paradigmas e, assim, o potencial econômico do local. Ciente desta situação, a nova diretoria da Coo-perfim-Cooperativa da Feira dos Importados está adotando uma

série de ações que objetivam fa-cilitar a vida dos visitantes.

Entre as prioridades, a cons-trução de uma baia para ônibus de turismo – embarque e desem-barque – na parte da frente. Para quem vier da carro, está sendo ampliado o estacionamento pago e a diretoria está buscando, junto à Conab, a liberação de uma saída em terreno que já foi comprado da Ceasa. Com a saída “por outro lado”, haverá mais rapidez na hora de sair – além do aumento de va-gas.

A alternativa servirá enquan-to a diretoria analisa propostas para construção do edifício gara-gem, que deverá ser erguido em área que está sendo paga e não utilizada. Potencializar os espaços com o objetivo de facilitar a vida

dos clientes é, diga-se de passa-gem, um dos objetivos da diretoria comandada por Bebeto Damião.

“Nós queremos também atu-ar na qualificação dos feirantes, para que eles entendam que tratar bem o cliente é o único caminho para melhorar as vendas”, discorre Bebeto, presidente da Cooperfim. Pode parecer estranho, mas este é um dos maiores desafios a serem enfrentados. “Infelizmente falta uma visão mais empresarial em muitos feirantes, que estão inte-ressados apenas no seu negócio, esquecendo que o fortalecimento da Feira trará benefícios para to-dos”, destaca ele.

DiversidadeNa Feira dos Importados o

visitante se depara com alternati-

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Roteiro Testado

vas que vão de vinhos finos, passando por cristais,

roupas, calçados, es-portes, produ-

tos de times, i n fo r m á t i c a , objetos para casa e decora-ção, além de equipamentos e jogos ele-

trônicos, computadores e tudo mais que puder ser imaginado. “A nossa preocupação é no sentido de incentivar que todo feirante trabalhem dentro da legalidade, regularizando sua situação junto

aos órgãos do governo, tendo cuidado com a procedência dos produtos comercializados”, enfati-za Bebeto.

A Feira dos Importados tem em torno de duas mil bancas e quiosques, em terreno que per-tence à Cooperfim – comprado através de licitação realizada pela Terracap, devidamente homolo-gada pelo Tribunal de Contas-DF, tendo já pago 38 de 120 parcelas.

CooperativismoA Cooperfim tem hoje 1.115

cooperados registrados na Junta Comercial de Brasília e uma das

Na Feira dos Importados você encontra de tudo...

ações, segundo Edilson Souza Neves, diretor Comercial, é de tra-zer os cerca de 300 feirantes que ainda não formalizaram a adesão - num processo de educação e de convencimento. “A força do co-operativismo está na junção dos esforços de todos por um bem comum. Todos que se coopera-ram, têm os mesmos direitos, sen-do que não há nenhum privilégio para quem tem mais tempo de filiação”, enfatiza Edilson.

Serviço:Feira dos Importados de BrasíliaSIA – Trecho 7 – ao lado da CeasaDF

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Roteiro Testado

San Telmo,programa “obrigatório” para quem vai a Buenos Aires

Quem está pensando em ir à Argen-tina, precisa se organizar de modo a dispor do domingo para uma longa caminhada pelas muitas quadras nas

quais se espalha a Feira de San Telmo – que co-meça na Av. Defensa, ao lado da Plaza de Mayo (sede da casa Rosada), até a Igreja San Telmo. São quadras e mais quadras onde se encontra de tudo, em uma Feira que começou em 1970.

Percorrendo as incontáveis de bancas dis-postas ao longo de ruas estreitas e irregulares, graças ao calçamento feito com pedras (parale-lepípedos), pode-se encontrar desde chapéus “risca de giz” ao modo daqueles usados por Gardel, até armas do começo do século XX. Aos domingos, antiquários e galerias com pequenas lojas que vendem de tudo também funcionam. Assim, há produtos artesanais, muitos made in China, mimos e recuerdos de Buenos Aires – e

pode-se comer em improvisados “cantos” onde se serve um cachorro quente feito com linguiça assada.

Os preços estão salgados e os comercian-tes, em verdade em sua maior parte meros em-pregados de quem fornece os produtos, têm pouca disponibilidade para conceder descon-tos – mas são agradáveis para uma charla. Vá sem pressa, assim é possível encontrar coisas a preços acessíveis. É importante, no entanto, lembrar que, hoje, os argentinos veem nos tu-ristas uma das poucas fontes de renda – e por vezes exageram nos preços.

Um oásis chamado La Divina ComediaNão tente se aventurar em ir de um canto

a outro da Feira de San Telmo sem um reforço alimentar. Além dos “cantos” improvisados com chorizos, há um espaço gastronômico que se des-

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Roteiro Testado

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taca – o Restaurante La Divina Comedia, que fica na Defensa 683 e onde as poucas mesas do local são atendidas por garçonetes educadas. Sempre ao som de jazz - o que ajuda, sobremaneira, para quem não suporta a gritaria das praças de alimen-tação dos shoppings brasileiros ou a conversa em tresloucados decibéis em certos restaurantes...

Neste local, pode-se conversar com o dono da casa, Fermin Carminio, e desfrutar de um sa-boroso lomo (filé mignon), acompanhado de um bom vinho – ainda que a “carta” da casa não ofereça muitas alternativas. Além da comida e do vinho, outro destaque é para o ambiente – que lembra um pouco a obra de Dante – sendo que a parte do restaurante seria o céu (enquanto que a versão do inferno seria a boate no subsolo).

Uma longa caminhada o esperaA Feira funciona aos domingos – das 10h

até às 18h. Como o Divina Comedia fica mais ou menos no meio do caminho, depois do almoço, muitas quadras aguardam o turista. Há uma su-posta setorização nas bancas, mas isto é apenas uma possibilidade, na medida em que os pro-dutos se mesclam – como se mesclam os sota-ques. Tanto dos feirantes, quanto dos turistas – todos conseguindo se comunicar numa língua inusitada que mistura sinais e palavras.

Alguns costumam deixar para comprar o que lhes agrada en la vuelta, mas isto pode re-presentar um perigo e acabar ficando sem o

Armas antigas podem ser adquiridas na Feira

Reserve um bom tempo para visitar as galerias

objeto. Pelo cansaço e, mais para o fim da tar-de e na época de frio, para fugir do vento que encana e dá uma sensação térmica que judia o rosto, por vezes o melhor mesmo é voltar logo para o hotel...

Portanto, se você está pensando em ir a Buenos Aires é bom conversar com seu agente de viagem para que ele consiga um voo de re-gresso domingo à noite ou então na segunda pela manhã. Porque defintivamente, a Feira de San Telmo precisa estar no roteiro de quem de-seja conhecer a capital dos argentinos.

La Divina Comedia: espaço diferenciado e atraente

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Roteiro Testado

Duas vezes “quase” capital de Minas, São João del Rei é um convite para uma viagem por nossa ancestralidade. Visi-tar essa cidade é conhecer o cenário -

ruas e casas - onde muitos fatos importantes da história nacional aconteceram.

São João del Rei, uma das cidades históri-cas mais fantásticas de Minas, surgiu do antigo Arraial Novo do Rio das Mortes, cuja ocupação remonta a 1704, quando um paulista chamado Lourenço Costa descobriu ouro no ribeirão de São Francisco Xavier. Em 08 de dezembro de 1713 o arraial alcançou foros de vila com o nome de São João del Rei, homenagem a D. João V.

Mesmo com o declínio da atividade de ex-tração do ouro em toda Capitania das Minas Ge-rais por volta de 1750, a localidade se mantém em processo de continuo crescimento – por

conta de uma diversidade na sua economia. A região é palco daquilo que entrou para a histó-ria como a Inconfidência Mineira. A Vila de São João del Rei é, por sinal, escolhida para ser a sede de uma Minas Gerais independente. Mas em 1789, o movimento é frustrado pela denún-cia do coronel Joaquim Silvério dos Reis, deve-dor de somas altíssimas à Fazenda Real.

Só em 1838 a progressista Vila de São João del Rei torna-se cidade. Nessa época, possuía cerca de 1.600 casas, distribuídas em 24 ruas e 10 praças. Ainda no século XIX, contava com casa bancária, hospital, biblioteca, teatro, cemi-tério público construído fora do núcleo urba-no, além de serviços de correio e iluminação pública a querosene - conforme atestam os li-vros de história.

São João del Rei,onde Minas escreveu boa parte de sua história

Maria Fumaça: é apenas um dos muitos atrativos que viajantes e turistas têm em São João del Rei

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Roteiro Testado

Quase capital de novoDesenvolve-se, ainda mais, com a inaugu-

ração em 1881 da primeira seção da Estrada de Ferro Oeste de Minas, que ligava as cidades da região a outros importantes ramais da Estrada de Ferro D. Pedro II. Em 1893 a instalação da Companhia Industrial São Joanense de Fiação e Tecelagem traz novo impulso à economia local, a tal ponto que a cidade é novamente indicada para sediar a capital de Minas Gerais. Em junho do mesmo ano, o Congresso Minei-ro Constituinte aprova, em primeira discussão, a mudança da capital para a região da Várzea do Marçal, subúrbio de São João del Rei. Mas, numa segunda discussão, o projeto inclui Barbacena e também Belo Horizonte, um planalto localizado no vale do Rio das Velhas, onde existia o antigo Arraial do Curral del Rei.

Uma viagem ao passadoVisitar São João del Rei é sentir-se parte da

história do País, porque por suas ruas andaram e viveram muitos dos principais personagens de um

A imponência da “Ponte da Cdeia” é passagem obrigatória e local preferido para fotos

Brasil que muitas vezes nós, brasileiros, não temos curiosidade em conhecer. São casarios e cons-truções que mostram a opulência de um tempo onde as construções eram feitas com o sentido de eternidade, longe do descartável dos dias de hoje.

GastronomiaQuem for visitar São João del Rei pode

conhecer outras cidades históricas da região, como Tiradentes – a 16 km de distância. Nesta cidade onde o passado está presente em todos os lugares, imperdível mesmo é uma visita ao restaurante Atrás da Matriz, instalado em casa colonial e que é especializado em bacalhau e pizza. Considerado um dos melhores da região, fica localizado na Rua Santíssima Trindade, 201 – exatamente atrás da Matriz de Santo Antonio.

O atendimento segue o padrão de hospi-talidade dos mineiros, mormente os mais tradi-cionais e que ainda preservam a capacidade de encontrar tempo para uma boa prosa. A casa é administrada por Arlete Antônia dos Santos Ro-drigues Dias e Cátia Maria de Almeida Castro.

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Com a alteração dos padrões e hábitos de consumo dos brasileiros, viajar se tornou algo mais rotineiro. E não apenas para re-ver parentes. Mas também por turismo,

negócios ou mesmo muambagem internacional – que hoje alimenta as garage sale que se proliferam em todo país.

E são bem mais comuns do que se pensam os transtornos de última hora. A falta de documen-tos, o desconhecimento de normas e a ingênua crença de que o malfadado “jeitinho” é capaz de superar tudo.

Segundo Carlos Vieira, proprietário da Casa de Viagens e dirigente da ABAV-DF – Associação Brasileira de Agências de Viagens, seção DF, há muita desinformação do que pode ou não pode, do que vale ou não vale. “E o brasilei-ro de um modo geral costuma deixar tudo para a última hora e isso, quando envolve outros países, nem sempre é o recomen-dado”, diz ele com a experiência de quem traba-lha há mais de 30 anos no setor e já vivenciou toda sorte de situações adversas, trágicas, engra-çadas e patéticas.

Enquanto que em termos nacionais, as via-gens aéreas ou por via rodoviária ainda aceitam na hora do embarque documentos de identidade profissional – carteira de motorista, da OAB, da Fe-naj, etc – para o exterior, mesmo o Mercosul onde o passaporte não é obrigatório, elas não têm ne-nhuma validade.

Quem faz a compra via agência de viagens costuma enfrentar menos problemas e contratem-pos, mas eles acabam surpreendendo – pode ser

um passaporte vencido, uma vacina que já tenha expirado o prazo ou uma prosaica carteira de iden-tidade com mais de 10 anos de emissão que tam-bém não é aceita em alguns países do Mercosul.

É preciso ter também atenção no que diz res-peito a vacinas, documentos que comprovem a situação funcional/profissional, indicação de hos-pedagem, visto, a comprovação de que dispõe de um mínimo de dinheiro exigido por cada país – entre outras particularidades. “O ideal é a pessoa entrar em contato com a embaixada ou consula-do do país que ela pretende visitar, para ver qual a exigência naquele momento, porque muitas vezes novas normas são editadas e nem sempre é dada a devida publicidade e divulgação de tais alterações”,

enfatiza Carlos Vieira.

SensibilidadeCom o aumento

do fluxo de viajantes, quer internamente ou para o exterior, acabou sendo estruturada nos principais aeroportos uma eficiente rede de

proteção a quem viaja - com os postos do Judici-ário - mas ainda falta uma maior preocupação por parte das empresas.

É importante ressaltar que, nos últimos tem-pos, houve uma melhora substancial no aten-dimento da Polícia Federal em seus postos nos aeroportos – resolvendo, dentro de seus limites, muitos destes imprevistos, mormente no que diz respeito à revalidação de passaportes ou mesmo à compreensão de situações inusitadas de “última hora” – como a perda, extravio ou furto destes do-cumentos, emitindo novos “de emergência” e que têm prazo de validade de 12 meses (os demais, têm validade de cinco anos).

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Caderno da Copa

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Caderno da Copa

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– mas todos negam, sem conse-guir dissipar as dúvidas.

Picuinhas políticasAs forças ocultas que

aterrorizaram Jânio Quadros ao ponto de leva-lo à renún-cia em 1962, parece que re-solveram dar o ar de sua des-graça no que diz respeito ao novo estádio do tricolor gaú-cho. Sabe-se lá por quais ra-zões, o mais moderno estádio do Brasil foi descartado para a

Copa das Confede-rações, que acon-tecerá em 2013, e também da Copa do Mundo.

Dessa forma, o Rio Grande do Sul não terá jogos

da competição do ano que vem e os

jogos do evento de 2014 serão no remenda-

do Beira Rio – cujas obras estão atrasadas e só foram

viabilizadas com a interven-ção direta da presidente Dil-ma Rousseff.

A explicação oficial do Ministério dos Esportes é de que a escolha dos estádios é prerrogativa exclusiva da Fifa, algo que não se sustenta na medida em que é o Governo federal quem está bancan-do, com o dinheiro do con-tribuinte, a maior parte das obras – mesmo aquelas su-postamente de responsabili-dade da iniciativa privada.

Novos temposEnquanto em campo, o

time luta na Sulameri-cana e no Brasileirão para garantir vaga na Libertadores de 2013, ideia fixa de uma torcida que tem o espí-rito cope-ro, o ritmo das obras é alucinan-te. Ao todo, cerca de três mil funcio-nários que se revezam em três

turnos, sendo que a conclusão da obra está prevista para 5 de novembro, quando começam as obras de acabamento.

No fim de agosto, por exemplo, começou a ser insta-lada a cobertura externa, com vidros azuis. Esta camada exter-na, que circundará toda a Arena é, segundo Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empre-endimentos, a última etapa da estrutura do novo estádio.

Ritmo alucinanteSão várias frentes de atu-

ação dos operários, sendo que, no chamado terceiro tur-no, por conta da necessidade de respeitar os limites de ba-rulho, a ação se concentra no trabalho de acabamento, com a colocação de cerâmica e ou-tras obras.

O novo estádio terá qua-tro lances de arquibancadas e não poderá ser ampliado no futuro – porque para possibi-litar uma maior proximidade da torcida, as arquibancadas já terão a inclinação máxima

p e r m i t i d a pela Fifa.

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Caderno da Copa

Muito além de um estádioA nova casa do Grêmio

impressiona, porque não será um estádio remendado, mas um projeto complexo e que envolve opções de lazer, centro de compras, espaços multiúso, área residencial e muito mais. Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos, costuma enfatizar que, com a nova casa, o Grêmio ingressa em outro patamar – dado o gi-gantismo da obra.

Segundo dados da própria Grêmio Empreendimentos, o entorno do estádio terá área re-

sidencial com 2.130 apartamen-tos; centro empresarial com 480 salas; hotel com 180 quartos; centro comercial; e centro de eventos.

Adequada para sediar eventos, a Arena deverá fun-cionar como “panela de pres-são” contra os adversários do Grêmio – inclusive pela pro-ximidade dos torcedores do campo em si (em torno de 10 metros – no Olímpico, a distân-cia é de 40 metros).

Agora, é esperar que de-zembro chegue - de perefe-rência, com vaga na Libertado-res em 2013.

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Torcedor poderá ter, em casa, um pedaço do gramado do Olímpico

Depois de 58 anos, o Olímpico resta-rá vivo na memória dos torcedores. Consi-derado o melhor gramado entre todos os estádios brasileiros, ele será fatiado em mil pedaços que poderão ser adquiridos pelos gremistas. A pré-reserva começa em outu-bro e a “entrega” será depois de desativado o estádio.

Ainda não há cálculo do valor de cada pedaço e nem qual a sistemática a ser ado-tada, sabendo-se apenas que os sócios te-rão preferência.

Milton Martins Kuelle deve jogar na nova Arena

Fundado em 1903, a Arena será o ter-ceiro estádio da história do tricolor gaúcho. Primeiro foi a Baixada, que abrigou os jogos entre 1904 e 1954; depois veio o Olímpico, de 1954 até 2012 – ampliado nos anos 70 graças à ousadia do ex-presidente Hélio Dourado. O futuro será na Arena.

Vale lembrar: quando de sua inaugura-ção, em 1954, o Olímpico era o maior está-dio privado do País.

Milton Kuelle, nascido em Porto Alegre em 22 de dezembro de 1933, jogou apenas no Grêmio, entre 1954 e 1965. Disputou jo-gos na velha Baixada e no Olímpico. E mes-mo aos 77 anos, entrará em campo alguns minutos no jogo que marcará a inaugura-ção da Arena. Multi-campeão, o hoje den-tista será o único atleta a ter “jogado” nos três campos do time do coração. “Ele jogou na Baixada, no Olímpico e agora na Arena. Isso é muito importante para o Grêmio”, dis-se o presidente Paulo Odone.

Ao ser convidado para atuar cinco mi-nutos, Milton Kuelle teria retrucado: estou pronto para jogar os 90...

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Comportamento

fazer com o próprio corpo o que cada um bem entende - nesse caso, abastecê-lo de ál-cool. Para a maioria, a responsabilidade pelos próprios atos; para a outra amiga, o desejo de poder alterar o próprio estado de consciên-cia. A equação parecia muito primária, sim-ples de entender: bebida + volante = perigo de acidente. Mas uma voz destoava e, apai-xonadamente, defendia seu ponto de vista.

Somos assim, nós, os seres humanos. Defendemos com paixão, às vezes sem usar a razão, aquilo desejamos fazer, mes-mo que isso possa trazer graves conse-quências a nós e a outras pessoas. Somos capazes de enxergar as falhas dos outros, sobretudo quando fazem coisas que não nos apecetem, mas nos abraçamos com empenho visceral a nossas paixões. Se há conflito entre razão e paixão, entortamos nossos argumentos até que eles se amol-dem ao que desejamos, já que abrir mão não faz parte do rol de comportamentos desejáveis em nossa cultura capitalista de ganhos obrigatórios. Mas todos temos boas justificativas para nossos atos.

Nossas definições de certo e errado, justo e injusto, dependem de onde esta-mos e do que queremos - e ambicionamos. O empregado negligente em seu trabalho argumenta que pelo menos ele não furta objetos da empresa. O que furta diz que

Limites entre o

CERTO E O ERRADOde cada um

Sandra Fernandes*

Oencontro era entre amigas e a conversa estava anima-da. Entre elogios e trocas de gentilezas, cada qual ia

contando suas aventuras e desventuras. O burburinho de vozes femininas foi subita-mente interrompido por uma aguda freada logo abaixo da janela do apartamento. Um susto. Todas correram para ver o que acon-tecera. Nada sério, mas os rastos negros no asfalto traçavam paralelas de verdadeiro constrangimento. O pequeno incidente mudou o rumo da conversa. Batons e via-gens deram lugar a questões mais sérias ati-nentes à vida e ao direito. O clima mudou. Excesso de velocidade, desrespeito ao sinal vermelho, estresse de motoristas obsessiva-mente apressados e, finalmente, a lei mais rígida para motoristas alcoolizados. Nesse momento, o grupo que, até então, parecia monocórdico, sofreu sua primeira rachadu-ra quando alguém vociferou um surpreen-dente “isso é babaquice, cara!”. Outro susto. Alias, outros sustos. Primeiro, o vocabulário era incomum para a pessoa que fez a obser-vação. Depois, a opinião em si, tão na con-tramão do que todas consideravam racional e razoável. Como não poderia deixar de ser, iniciou-se acalorada discussão.

De um lado, a defesa do direito à vida de pedestres e de outros motoristas e passa-geiros. De outro, a apologia da liberdade de

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Comportamento

leva para casa apenas coisas que considera de pequeno valor. O que assalta defende--se afirmando que se apropria de objetos e de valores, mas que nunca matou nin-guém. O que matou diz que agiu em le-gítima defesa, mas que não o faria se não houvesse necessidade. O que tirou a vida de outros a sangue frio ainda se vê como vítima das circunstâncias. Alguns, no entan-to, conseguem fazer o doloroso e impres-cindível exercício da autocrítica.

Aqui nós tropeçamos. Ver os erros dos outros é muito fácil. Justificar os nossos é quase simples. Mas encarar nosso lado obscuro, reconhecer nossas falhas - bem, isso são outros quinhentos. Não podemos deixar que nossa consciência veja nos-sas próprias manchas, pois somos prestos a apontar o dedo para as nódoas alheias, a desqualificar os “imperfeitos”. Se somos incompassivos com os erros de nossos semelhantes, somos igualmente intransi-gentes com nossas próprias falhas, por isso evitamos encará-las. E, se não procuramos compreender nossas reais motivações, não abdicamos de coisas que fazem mal a nós mesmos e aos outros.

Nos dias atuais, poucos são aplaudidos por pedir desculpas, muito menos perdão. Existe uma necessidade neurótica de não aceitar ponderações de outros, de se recu-sar a rever os próprios valores e comporta-mentos. Chega a ser humilhante dizer “eu estava errado”. Numa sociedade onde tudo é relativo, vergonha é reconsiderar. Num mundo onde a liberdade é cultuada, aca-bamos perdendo o parâmetro dos limites da própria liberdade que precisa respeitar o direito alheio. Essa coisa de respeito, aliás, foi desonrosamente relegada ao estigma de moralista. O mundo moderno conseguiu transformar o conceito de moral em pen-samento reacionário, oposto à liberdade. Moralista é palavra ofensiva. Ninguém quer

ter esse rótulo. Entre os medos modernos, está o de receber etiquetas desse naipe. Ensina-nos o bom Aurélio que moralista é “pessoa que é autora de obras de moral” e que a moral é um “conjunto de regras e princípios que regem determinado grupo”, estando também ligada a “bons costumes” e ao “tratado sobre o bem e o mal”. E aqui en-tramos no aspecto incômodo da moral. Se nosso pensamento é relativizante, não po-demos raciocinar em termos de bem e mal, certo e errado. Cada qual tem o direito de traçar suas próprias verdades, rejeitando o pensamento compartilhado. Assim, cada in-divíduo define para si mesmo o que é bom e o que é mau. Cada um cria sua moral indi-vidual podendo moldá-la, é claro, aos pró-prios desejos e rejeitando a moral social, co-letiva e, evidentemente, restritiva em alguns pontos. Estamos formando pessoas que se envergonham de respeitar os semelhantes e que carecem de estrutura emocional para abdicar de qualquer prazer, mesmo que por causas nobres. Talvez precisemos fazer as pazes com os conceitos de moral, de bem comum, de ideais coletivos. Caso contrá-rio, as sete bilhões de mentes que habitam nosso pequeno planeta correm o risco de padecer de solidão em um mundo sem so-lidariedade e destituído de ideais comuns.

* Sandra Fernandes é psicóloga e jornalista

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Enogastronomia

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Enogastronomia

O Douro prepara-se parao tempo da vindimaAté o fim de outubro, os produtores do Douro estarão colhendo as uvas que, depois, se transformarão em vinhos de alto padrão – além do vinho do Porto.

Situada às margens do Douro – rio que nasce na Espanha e desemboca no Atlântico na cidade do Porto, em Portu-gal – a Quinta São Bernardo completa

um século de existência em 2012 e se fortalece como uma das melhores produtoras de vinhos da região demarcada do Douro. Enquanto au-menta a expectativa pelo período da vindima, que vai até o final de outubro quando as uvas são colhidas manualmente por encostas íngre-mes e cenários deslumbrantes, em outra frente o resultado (vinho) de colheitas anteriores co-meça a deixar os tonéis e barricas para chegar ao mercado consumidor em todo mundo.

A linha Piorro de vinhos produzidos pela 1912WineMakers – compreende os tintos DOC, Reserva e Grande Reserva, Branco DOC e Bran-co Vinhas Velhas. Por sinal, 2012 será um ano de surpresas, entre as quais, um espumante Branco e um espumante Rosé – que serão os primeiros a serem lançados na região. A empresa também produz vinhos do Porto – no caso, um Porto LBV e outro Porto Reserva. Ainda que os vinhos te-nham chegado ao mercado a partir de 2010 a Quinta é produtora desde a sua criação no co-meço do Séc. XX.

Uma história de amorDurante muitas décadas, os vinhos produ-

zidos na Quinta São Bernardo e posteriormente também na Quinta da Água (adquirida em 2006, onde se destacam cepas com mais de 70 anos, muitas das quais de variedades únicas) abaste-ciam as mesas dos hotéis da família no Algarve, além de fornecerem o produto para que outras empresas engarrafassem. Com a morte do pai, (Sr. Monteiro), os irmãos Edemar e Antonio Mon-teiro resolveram deixar o coração falar e trata-ram de manter a tradição da família.

Diante dos reiterados elogios de consu-midores e especialistas para aquele vinho “sem nome” que era servido, os irmãos resolveram in-vestir na aquisição de novas áreas, na moderni-zação das instalações e na profissionalização do processo de produção do vinho.

Depois da primeira safra colocada no merca-do – com os vinhos da colheita de 2008 – a 1912 Winemakers resolveu apostar ainda mais no fator qualidade, contratando o engenheiro Carlos Lu-cas, um dos mais conceituados enólogos de Por-tugal. O resultado desta nova parceria logo estará ao alcance dos paladares mais exigentes.

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Enogastronomia

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Edimar Monteiro, diante do portão da Quinta de São Bernardo com o Rio Douro ao fundo

Novos desafiosDepois da mudança na condução do pro-

cesso de aperfeiçoamento dos vinhos, sob a supervisão do novo enólogo e sua equipe, a empresa tem pronto um plano de investimen-tos que envolve a implantação de todo o pro-cesso de vinificação das uvas na Quinta da Água – com a instalação de um moderno complexo de produção, onde serão centralizadas as uvas colhidas nas quintas da 1912 Winemakers (São Bernardo e a Quinta da Água).

Além de toda a estrutura, segundo Edimar Monteiro, também será criado um museu com equipamentos usados ao longo do tempo no processo de fabricação do vinho. Dentro des-te processo, até mesmo um espaço reservado para que os turistas possam relembrar como era o processo de prensagem das uvas nos primór-dios do vinho – com o pisa-pé – será implanta-do. Outra novidade será uma estrutura de hos-pedagem para convidados de todo mundo.

A centenária Quinta de São Bernardo será transformada em uma área reservada ao proces-so final de vinificação, com a permanência do vinho em barricas e no processo final de enve-lhecimento – antes de ser engarrafado.

Produtor revelaçãoA trajetória ascendente da 1912 Winemakers,

que produz os vinhos Piorro, pode ser sintetizada numa palavra: dedicação. E o reconhecimento vem através de premiações. A mais recente de-las - Produtor Revelação 2012 - foi conferida pelo Guia Vinhos de Portugal 2013, através do jornalis-ta e crítico João Paulo Martins, que é o mais anti-go e prestigiado guia anual em publicação.

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Enogastronomia

A linha Piorro, da 1912 Winemakers, pode ser comprada nas principais lojas do País, além de frequentarem as cartas de vinhos dos mais conceituados restau-rantes brasileiros.

Os representantes da Piorro no Brasil são:

Brasília e Centro-OesteEmpório Lusitano (61) 3567 4842 e (61) 8576 4825 www.emporiolusitano.com.br

São Paulo – Rio e CuritibaMagnun Importadora (41) 3019-6213 e (41) 7817-4378

Belém – Fortaleza e SalvadorSeven Importadora (91) 8412-5237

A mística de um rio em um vinho único

O rio Douro traz da Espanha as águas lím-pidas e mansas que traçam o extraordinário ca-minho no qual, como dádiva, a natureza forja a materia prima de um dos vinhos mais apre-ciados por leigos e versados em enologia. Por sobre encostas escarpadas, estendem-se os vi-nhedos com cepas remontando a décadas de labor harmônico entre o clima, o solo pedrego-so (xisto), a abundância do rio e o cuidado qua-se artesanal da mão do homem para levar até os quatro cantos do mundo uma bebida única e exclusiva. O cenário paradisíaco transborda delicadeza e encantara os poucos e privilegia-dos visitantes que se dão ao luxo de explorar o berço do mundialmente conhecido vinho do Porto. O produto que sai daqui, leva consigo um espírito solene e bucólico que se manifesta nos aromas e no paladar dessa bebida que enche de orgulho cada morador da região por saber que seu produto é singular.

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Bem Viver

Modele:um conceito de conforto e funcionalidade

Ao aceitar o desafio de repaginar a Clínica Modele, em Taguatinga, Betânia e Elda Midian optaram por um projeto com acabamentos ar-rojados e toques sofisticados em lustres, móveis e uso da luz. Estas características acentuaram um ambiente que é, ao mesmo tempo, acon-chegante e funcional.

Por se tratar de uma clínica, a proposta foi no sentido de trabalhar muito o conceito de conforto aos clientes – gerando uma sensação de tranquilidade e de paz. O uso de madeiras, a opção por variações nos ambientes e tons que não agridem os olhos fez parte da estratégia vi-sual elaborada e implantada.

Como faz questão de ressaltar Elda Midian “a criatividade permeia nosso trabalho, seja nos detalhes ou no conceito do projeto”.

Clinica ModeleQNA 54 Lote 12Taguatinga Norte

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Bem Viver

Para romper o marasmo e a mesmice que norteia o padrão estético de lojas de calçados e outros artigos femininos – como bolsas – be-tânia e Elda Midian fizeram para a Couroflex um projeto que teve como premissa básica dar uma “personalidade” para o ambiente, com muita elegância.

Usando madeira, papel de parede e tons que transmitem conforto, o ambiente realça a beleza e a elegância dos produtos comercializa-dos em suas lojas.

Couroflex Calçados confortáveisCNB 03 lote 08 loja 01 Taguatinga/DFCNG 02 Lotes 1/4 e 15 loja 02 Taguacenter - Taguatinga/DFQE 07 Bloco H Loja 15 Guará I/DF

Couroflex:novo ambiente ressalta elegância dos produtos

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Intercâmbio

Intercâmbio,cuidados ajudam a evitar dores de cabeça

Antes restrito a jovens e adolescentes, a opção por intercâmbio agora também atrai pessoas com mais idade – quer por realização, necessidade ou opor-

tunidade pessoal e profissionalEstudar fora do País, fazer um curso de es-

pecialização, ter direito a um estágio profissio-nal ou mesmo um trabalho temporário, durante muito tempo, foi sinônimo de aventura ou de alto investimento. Hoje atuam no mercado bra-sileiro, muitas empresas, que vêm prestando re-conhecidos serviços para um número cada vez maior de pessoas interessadas em “algo a mais” na sua formação acadêmica e profissional.

Uma destas alternativas é a Casa de In-tercâmbio, que atua em Brasília e toda região Centro Oeste, em parceria operacional com a Intercâmbio – empresa paulista com mais de 20 anos de experiência na facilitação de quem de-seja viver esta experiência de modo seguro. Os principais focos de atuação: high school, gradua-ção, pós-graduação, estágio, au pair ou mesmo outras formas de trabalho e estudo.

De acordo com José Abel , diretor da Casa de Intercâmbio, muitas são as opções disponí-veis para quem está pensando em transformar o sonho em realidade. “E, ao contrário do que acontecia antes, hoje o intercâmbio virou uma

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Intercâmbio

alternativa para pessoas de meia idade, que buscam, uma espécie de realização pessoal, em decorrência de necessidade profissional, sem contar que muitas empresas hoje estão ofere-cendo aos seus funcionários opções de estágio no exterior, em períodos que variam de duas se-manas a três meses”, destaca Abel.

Cuidados elementares“É preciso lembrar que a tomada de deci-

são para fazer um intercâmbio não é algo sim-ples, mas que deve ser bem planejado e estru-turado, contando com a assessoria de quem é especialista no assunto”, faz questão de destacar José Abel.

Assim, o ideal é comprar um pacote completo, de preferên-cia numa só agência ou empresa que atue neste segmento, que inclua passagem, seguro saúde, visto, traslado, o curso em si e a definição do tipo de hospe-dagem (que pode ser em casa de alguma fa-mília, no alojamento do campus ou em hotel). Um dos cuidados é quanto a não mandar, para o mesmo domicílio, dois brasileiros, porque a proposta básica é a inserção dentro de uma nova realidade cultural.

A importância de realizar todas as etapas do projeto com a assessoria de uma única empresa

se justifica na medida em que, desta forma, não há o nefasto jogo de “empurra-empurra” acerca das reponsabilidades.

PreparaçãoNa Casa de Intercâmbio, por exemplo, existe

toda uma retaguarda que possibilita aos candida-tos e suas famílias, o acesso a informações priori-tárias antes – custo de vida no país, primeiro dia de aula, convívio com a família anfitriã, imigração, alfândega, entre outros; durante – acompanha-mento online do programa do intercambista, com acesso ao desempenho do aluno e contato

com a coordenação do curso; e depois – com informações sobre o que pode ou não pode trazer em termos de ma-terial adquirido durante o período de estudos,

documentos necessários validar diplomas ou cer-tificados e tudo mais. “Trata-se de uma assessoria feita por quem é do ramo e que busca a tranquili-dade de quem vai para o intercâmbio e de quem fica no Brasil.

Serviço:Casa de IntercâmbioEnd.: SCS - Qd. 01 - Bl. B - Sl. 102Ed. Maristela - Brasília/DF.+55 61 3027 7603 - [email protected]

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Comunicação

1º Seminário de Comunicação Pública do DF

O diálogo para entrar para históriaO #ComunicaDF foi um grande passo para am-

pliarmos a democracia no âmbito do Distrito Federal. Em nenhum outro momento na história da capital do nosso país um governo dedicou tanto tempo a refletir sobre a temática das “políticas públicas de co-municação”. Muitas vezes há uma confusão entre o que são políticas públicas de comunicação com o ato de comunicar-se enquanto governo. Uma coisa é bem diferente da outra, apesar da necessidade de caminharem juntas.

O Governo do Distrito Federal encarou o de-bate como estratégico para mudança dos rumos da comunicação e aí devemos agradecer ao trabalho da Secretária de Comunicação Samanta Sallum que, desde o primeiro momento, quando foi provocada pela sociedade civil, não se eximiu em fazer a discus-são e construir um diálogo amplo e democrático.

Os setores da sociedade civil estiveram presen-tes e foram coautores do Seminário. E tenho plena certeza de que sem a participação deles nós não te-ríamos tido nenhum êxito.

Foi um processo de amadurecimento incrível para nós do GDF, uma vez que a Secretaria de Co-municação Social não estava sozinha representando o governo. Tínhamos mais quatro outras secretarias nos apoiando reunião após reunião.

Desde a discussão dos textos disponibilizados para subsidio até os materiais publicitários foram encaminhados dentro do GT (composto por entida-des da sociedade civil e representantes do GDF). Os painéis de debates foram fundamentais para ouvir-mos as “angustias” dos presentes no plenário. Todo o processo aconteceu para que, de fato, pudésse-mos construir uma política pública de comunicação social baseada na escuta e não apenas nos desejos de um governo.

Nunca tive dúvidas de que o debate sobre as políticas públicas de comunicação e a relação do Estado com essas políticas já estava na boca e nas mentes do povo, mas o Seminário me trouxe uma certeza: é preciso ter mais espaços de discussão so-bre esse, que é um direito.

Foram três dias de programações intensas, de-bates riquíssimos e plenário cheio de participantes sedentos. Na abertura, tivemos a participação do go-vernador Agnelo Queiroz que, só em estar presente no evento, já demonstrou sua preocupação com o debate e abriu, de vez, o GDF para discussão sobre a comunicação pública. Muitos secretários de estado e parlamentares participaram da abertura. Além da presença, sempre especial, do Nelson Breve, presi-dente da EBC e de outros representantes do Governo

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Debora Cruz*

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Comunicação

Federal. Durante seu discurso, o governador Agnelo Queiroz surpreendeu os participantes anunciando que já havia encaminhado ao jurídico do GDF a tão esperada de criação do Conselho de Comunicação do DF. O reitor da Universidade de Brasília e o atu-al presidente da OAB/DF também fizeram parte da mesa de abertura do Seminário e demonstraram to-tal apoio à intenção de diálogo sobre a comunicação pública com a população do Distrito Federal.

O painel “As experiência de comunicação nos governos populares” foi precioso, já que ouvimos re-presentantes dos Estados da Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco. É muito importante para o Distrito Federal aprender um pouco mais sobre essa temáti-ca que, por tantos anos, foi relegada ao povo do DF.

Ao final do seminário, depois de muita discus-são e muito aprendizado, foi aprovado pela plenária um documento com 12 propostas prioritárias (isso quer dizer: que devem ser absorvidas pelo GDF em curto prazo) e mais 12 propostas secundárias, mas não menos importantes, que devem ser implemen-tadas pelo governo no médio prazo.

Estas são as 12 principais propostas retiradas dos debates no1º Seminário de Comunicação do Distrito Federal, o #ComunicaDF:

• Fortalecer a área de comunicação do GDF por meio das seguintes ações: dotar a Secom de autonomia ad-ministrativa e financeira; reestruturar as assessorias de comunicação social das secretarias e demais órgãos da administração direta e indireta, e transformá-las em subsecretarias ou estrutura equivalente, para con-templar todas as áreas de comunicação e respeitar a exigência da formação profissional; garantir, ainda, a criação da carreira autônoma de profissionais de co-municação, com ampliação de vagas nos concursos públicos e com respeito às regulamentações profissio-nais e ao direito à negociação coletiva.

• Garantir a divulgação dos canais oficiais de interação entre governo e sociedade em todas as peças publi-citárias. Investir em instrumentos e ferramentas de comunicação que possibilitem maior participação da população nas ações e políticas públicas, por meio do monitoramento das demandas dos cidadãos, e relatórios estruturados que auxiliem no processo de gestão pública. Esses investimentos devem ser desti-nados a canais, como ouvidoria e mídias sociais.

• Constituir centros de formação, capacitação e pro-dução de conteúdos independentes de comunicação pública, comunitária e popular.

• Criação de órgão público de comunicação para ins-tituir a TV Pública Distrital e um portal de Internet e fortalecer a Rádio Cultura.

• Ampliar a malha de rede própria do GDF para apoiar os processos de universalização do acesso à Internet, preferencialmente em parceria com o governo federal.

• Criação de espaços públicos com equipamentos e ofi-cinas de capacitação para produção de conteúdos e utilização dos conceitos da cultura digital estabeleci-dos pelos pontos de cultura.

• Revitalização e ampliação do polo de cinema do DF.• Criação de um fundo de apoio à comunicação pública

e popular do DF.• Criar e fixar práticas em comunicação que garantam a

promoção da diversidade e da pluralidade nos meios de comunicação (públicos, privados e comunitários). Isso deve ser feito com programas de ações afirmati-vas, ações para a garantia de produção e veiculação de materiais de publicidade, propaganda e jornalísti-cos – dentro ou fora do governo – que contemplem a proporcionalidade étnico-racial, de gênero, de orien-tação sexual, de comunidades tradicionais, geracio-nal, de religiosidade e de pessoas com deficiência ou com sofrimento psíquico em todos os níveis, com de-finição operacional que permita o acompanhamento, colaboração e participação nessas questões pelas en-tidades da sociedade civil organizadas do DF.

• Tornar a educomunicação uma política pública de Es-tado, garantir sua inscrição no currículo oficial de edu-cação, como prevê a lei orgânica do DF, e assegurar o direito humano à informação e comunicação para fo-mentar a produção de conteúdo e autoria, a leitura crí-tica da mídia e a criação de ambientes socioeducativos culturais dialógicos nos ensinos formal e não formal. 

• Criação do Conselho de Comunicação para que atue na elaboração e no acompanhamento das políticas públicas de comunicação – em especial do plano dis-trital de comunicação. Construção, pelo GDF, em par-ceria com a sociedade, de uma proposta de conselho para consulta pública em até 60 dias.

• Criação do Fórum Popular Permanente de Comuni-cação em cada região administrativa como subsídio para o Conselho de Comunicação Social e para a exe-cução das políticas públicas.

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*Debora Cruz é jornalista

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Especial

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Fortalecer a participação da comunidade foi prioridade

Alexânia precisa apostarno turismo e no artesanato

Para a empresária Maria Alice, que já foi secretária de Turismo, Cultura e Educação do município goiano, o desafio é mudar a mentalidade

Amparada na experiência de quem par-ticipou ativamente do processo de re-vitalização da chamada “Feira da Troca de Olhos d’Água”, realizada na primeira

semana de junho e no mesmo período em de-zembro, na localidade que é o berço cultural de Alexânia, cidade do Entorno de Brasília e que está a 80 km da Capital Federal, a empresária Maria Ali-ce sabe a importância do artesanato e do turismo para fortalecer as comunidades.

“Mas pouco ou nada adianta você fazer as coisas de modo improvisado, empírico e sem pla-nejamento”, enfatiza Maria Alice, lembrando que Alexânia tem no turismo rural uma de suas princi-pais referências. “É preciso preparar a cidade para atrair os turistas que estarão no Brasil por con-ta dos grandes eventos que se avizinham, mas também para puxar aqueles que visitam Brasília durante todo o ano, independente de Copa das Confederações ou Copa do Mundo”, destaca a empresária que vive na cidade desde os anos 80.

A cidade tem agora um atrativo comercial que está levando milhares de brasilienses até lá: o primeiro outlet da região. “Mas precisamos ter uma cidade preparada para que as pessoas não venham apenas até o espaço de vendas, mas se sintam provocadas para conhecer o nosso arte-sanato, nossos produtos típicos, de repente re-solvam passar à noite em um dos hotéis fazenda

que funcionam no município, mas para que isto seja possível, precisamos preparar a cidade, treinar todos os receptivos envolvidos, do balconista da lanchonete ao guarda, precisamos melhorar a ilu-minação pública, limpar e sinalizar as ruas de nossa cidade, entre outros desafios – ou seja: uma nova mentalidade e isto passa pela ação da prefeitura, que não pode fechar os olhos para esta nova reali-dade”, discorre Maria Alice.

Serra do OuroA região onde hoje está o outlet é chamado

de “Serra do Ouro”, algo que remonta aos primór-dios do Brasil Império. “Mas nós queremos fazer ali todo um projeto que agregue os nossos valores, que tenha espaço para comercialização do nos-so artesanato e que faça com que os visitantes passem a conhecer Alexânia e que isto possibilite uma melhoria na qualidade de vida da nossa po-pulação”, reitera ela.

Em verdade, o projeto é fazer com que a cida-de deixe de ser apenas uma passagem para quem usa a BR 040 – que acaba sendo a grande via para quem vai ou vem do Sul do país. Se depender da coragem de Maria Alice para enfrentar estes desa-fios, um novo tempo realmente espera os mora-dores de Alexânia.

Maria Alice, na Feira de Olhos d’Água, em Alexânia

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Galeria

Wamberto, um artistaalém dos conceitos

Natural de Teresina(PI), mas radicado no DF desde 1969, ele é um dos tantos exemplos de que não existem barreiras para quem é tratado com amor

Sempre com um sorriso no rosto. Assim é o piauiense Wamberto Arraes Gutemberg de Oliveira, que sempre morou e viveu em Taguatinga Norte, em Brasília. Portador da Síndrome de Down, Wam-berto gosta de “fazer arte” – crochê, pintura, tape-çaria, lembrancinhas de aniversário. “Ele tem muita facilidade de aprender”, confirma a irmã Socorro – que junto com as suas irmãs Carmem e Luiza Cristi-na são uma espécie de “anjos da guarda” deste tor-cedor fanático do Flamengo.

Foi aluno do Centro Especial nº 1, da QNJ (em Taguatinga), desde os cinco anos de idade – sempre com muito esforço e disciplina, características que mantém até hoje. Para cultivar o hábito da leitura, as irmãs compram diariamente um jornal – sendo que seus olhos buscam o noticiário esportivo. Bem informado, ele costuma se antecipar ao interlocutor quando o assunto é esporte, tal a quantidade de in-formações que guarda.

Vaidoso e metódico, Wamberto é rigoroso com seus horários, não abrindo mão da academia e muito menos das atividades de artesanato que vai apren-dendo com incrível facilidade.

As técnicas ele vai “descobrindo” com profes-

sores que acabam virando amigos e amigas, como aconteceu com Arnaldo Carvalho e Ana Lúcia, que lhe revelaram a magia da pintura; Maria Helena, a Cole-ga, que desvenda os mistérios da costu-ra e do artesanato – junto com Lucinha. “Quando ele descobre algo novo, entra no seu espaço de criação e só sai, religio-samente, no horário das refeições”, desta-ca Luiza Cristina.

Sempre apoiadoFilho de João Gutemberg de Olivei-

ra e Albertina Arraes de Oliveira, já faleci-dos, Wamberto é religioso e participa das atividades da Igreja São José – e sempre vai à missa aos finais de semana, além de participar dos eventos da sua igreja.

O que ele faz é um ajuste para dar conta de outra paixão: se o Flamengo joga no sábado, vai à missa no domingo. Ou vice-versa.

Um dos segredos para o desenvolvimento de Wamberto talvez esteja no apoio irrestrito da famí-lia, no amor com que é tratado e no respeito que conquistou de todos que o conhecem. ”Ele é um menino muito especial, porque nunca usa a sua vulnerabilidade para não enfrentar os desafios e as adversidades”, discorre Arnaldo Carvalho que lembra dos “primeiros passos” dele na pintura.

Exemplo de superação, Wamberto não es-conde suas manias: não gosta de se desfazer de nenhum de seus quadros ou trabalhos. Mas, quem não tem manias?

Ana Cristina e Socorro irmãs e “anjos da guarda” de Wanberto

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Retratos de Viagem

Mande suas fotos com sugestão de legenda e autorização de publicação para: [email protected]

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LEVO OU DEIXO?

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, sur-preendendo- o, quando este tentava pular o muro com os patos, disse-lhe:- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas, sim, pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei, com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e fá-lo-ei com tal ímpeto que te reduzirei à quinqua-gésima potência que o vulgo denomina nada.E o ladrão, confuso, diz:- Dotô, resumino, eu levo ou deixo os pato?

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O LEÃO NO CIRCO

Matinê de circo, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro - cidade abençoada e bonita por natureza, de pessoas amigas, felizes e inteligentes - correndo solta, o domador se exibindo com as feras.De repente, o leão pula da jaula cuja porta estava mal trancada, salta do picadeiro e vai para cima do público. Rugindo com os dentes à mostra.Bate o pavor... As pessoas começaram a correr. Caos total.E o mineirim numa cadeira de rodas, com uma perna engessada, se esforçava para sair dali.O pessoal, ao ver o pobre estropiado, gritava para acudir:- Olha o cara engessado!!!!.... - Olha o cara engessado!!!!!E o mineirim fazendo manobras desesperadas com sua cadeira de rodas… e o bichão chegando cada vez mais perto.- Olha o cara engessado! - Olha o cara engessado!E o mineirim, já sem força e puto da vida , grita:- Vão se ferrá, cambada de fiodaputa! Dêxa o lião iscoiê sozin...

MINEIRIN

Dois minerinhos conversando:- Zé... fala uma coisa ruim!- Minha sogra!- Não, sô! Coisa ruim de cumê!- A fia dela!!!

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ORAÇÃO DAS MULHERES

‘Querido Deus, até agora o meu dia foi bom: não fiz fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica. Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes. Não comi chocolate. Também não fiz débitos em meu cartão de crédito e nem dei cheques pré-datados. Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento... Amém!

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FILHO DE PORTUGUÊS NÃO TEM PAI – NEM MÃE

Maria, no leito de morte, decidiu confidenciar ao Manoel: - Manoel, sabes que o nosso filho mais velho não é teu filho?Manoel, muito tranquilo, responde: - Maria, isto não tem problema algum...Maria, muito intrigada com toda a calma do Manoel, indaga-lhe: - Escuta ó Manoel!! Vê se entendes! Estou a dizer-te que o filho não é teu! Ó homem de Deus!!E Manoel novamente responde: - Pois, pois... eu entendi, ó Maria..- Por que raios então tu não estás azoado e ficas tão tranquilo?!?!Finalmente, Manoel responde: - Pois.... Sabes ó Maria, que este filho não é também teu filho?Maria rebate: - Como não é meu, ó homem de Deus? Se eu carreguei o infeliz na minha barriga por nove meses?!- Maria, lembra-te quando tu estavas na maternida-de e me pediste para trocar o menino, porque ele estava todo cagado? Pois baim... eu o troquei por um limpinho que estava ao lado.

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