revista interbuss - edição 138 - 31/03/2013

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Capital com a pior frota de ônibus urbano entre as grandes cidades do país vai concluir a licitação do sistema, renovará sua frota e garantirá mais qualidade de vida REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 3 • Nº 138 31 de Março de 2013 DF DECIDE FUTURO DE SEU TRANSPORTE EM ATÉ 50 DIAS, DIZ GOVERNO DF DECIDE FUTURO DE SEU TRANSPORTE EM ATÉ 50 DIAS, DIZ GOVERNO

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

Capital com a pior frota de ônibus urbano entre asgrandes cidades do país vai concluir a licitação do sistema,renovará sua frota e garantirá mais qualidade de vida

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 3 • Nº 138 31 de Março de 2013

DF DECIDE FUTURO DESEU TRANSPORTE EMATÉ 50 DIAS, DIZ GOVERNO

DF DECIDE FUTURO DESEU TRANSPORTE EMATÉ 50 DIAS, DIZ GOVERNO

Page 2: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

AINDA NÃO CHEGAMOS LÁ! CURTA E CONCORRA!CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK. QUANDO CHEGARMOSA 1500 FÃS, SORTEAREMOS ESTA RÉPLICA DO MARCOPOLOPARADISO G7. E COM 2000 FÃS, SAIRÁ MAIS UMA RÉPLICA!

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

E FIQUEM LIGADOS! MAISPROMOÇÕES VIRÃO NOS PRÓXIMOS DIAS!

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

Página 11

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana em Revista

Motorista com nível elevado destress abandonapassageiros em BHApós discussão com passageira,motorista abandonou seu postono ônibus, deixou passageirosdentro do coletivo e saiu 09

DISTRITO FEDERAL DECIDENOVAS EMPRESAS EM 50 DIAS

Processo licitatório deverá ser concluído em menos de dois meses, diz governo local

| As Fotos da Semana

Confira as doze fotos mais interessantes de sites especializados e nasredes sociais. Sua foto pode sair aqui! Publique-a e iremos buscá-la!

As melhores fotos de ônibus da semana nos sites especializados

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| A Semana em Revista

Três ônibus sãoincendiados emRibeirão Preto efrota é recolhidaNa quarta-feira, circulação de ônibusna cidade foi normalizada, sobretudo no horário noturno 07

DISTRITO FEDERAL DECIDENOVAS EMPRESAS EM 50 DIAS

Page 5: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

Página 11

ANO 3 • Nº 138 • DOMINGO, 31 DE MARÇO DE 2013 • 1ª EDIÇÃO - 23h57 (S)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraNo Litoral Paulista 20

EDITORIALO exemplo de Brasília 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiSimuladores 21

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: O Diário de Bordo e a coluna de Marisa Vanessa,excepcionalmente, não são publicados nesta edição.

COLUNISTAS Adamo BazaniRedução de impostos deve ser maior 26

DISTRITO FEDERAL DECIDENOVAS EMPRESAS EM 50 DIAS

Atenção leitor: a 15ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss será feita no dia 7 de julho. Envie sua foto [email protected] e participe!

Processo licitatório deverá ser concluído em menos de dois meses, diz governo local

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

Chailander Borges

SCANIA TOP TEMAOs melhores das Casas Scania do país 22

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

| Deu na Imprensa

Mercedes-Benzfaz linha do tempo entre o Daimler 4hp e o AtegoPrimeiro caminhão fabricado pelamontadora alemã é consideradoo precursor do atual Atego,seguindo linha de sucesso 19

| Deu na ImprensaComil e Soulinauguram centrode manutençãoe vendas no RSEncarroçadora com sede em Erechimfecha parceria com empresaSoul e inaugura concessionária 17

DISTRITO FEDERAL DECIDENOVAS EMPRESAS EM 50 DIAS

Page 6: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz,José Euvilásio Sales Bezerra, Adamo Bazani,Luciano de Angelo Roncolato eFábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à Chailander Borges pelo envio do pôster desta semana e à Marcopolo pela matéria sobre a Polo-mex.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A licitação do transporte coletivo no Distrito Federal é um dos maiores ex-emplos de organização e força do poder pú-blico ante o poderio econômico de grandes grupos do setor. Depois de muitos anos de descaso, a capital federal parece que vai ter um transporte organizado e com qualidade. Atualmente, a frota da região é uma vergonha nacional. Com veículos velhos e caindo aos pedaços, os ônibus que circulam por Brasília não oferecem nenhuma segurança aos seus usuários. É muito comum encontrar carros que perdem as rodas, sofrem incêndio por problemas mecânicos e outros absurdos que fazem com que o passageiro não tenha um mínimo de conforto possível. Dois grandes grupos que dominam boa parte das linhas do Distrito Federal de-vem ficar de fora do processo licitatório: o grupo da Viplan, comandado pelo empresário Wagner Canhedo, e o grupo Amaral, que já está sob intervenção do governo local por conta dos péssimos serviços prestados. Outro grande grupo que já opera, o grupo do em-presário Nenê Constantino, já ganhou uma das cinco bacias da licitação e irá operar cerca de 500 ônibus. A diferença do grupo de Nenê é que a frota atualmente operante é

muito mais nova que as da Viplan e do Grupo Amaral, além do operacional ser bem melhor. Grupos de outros Estados estão chegando à região com o objetivo de levar novas ideias para um sistema de transporte em formação. Outras regiões do país que estão lic-itando seus sistemas de transporte deveriam agir com a mesma transparência que o Gover-no do Distrito Federal e permitir a entrada de empresas de localidades diferentes com o ob-jetivo de acirrar a concorrência para que haja uma melhora considerável no serviço. Porém, geralmente acontece exatamente o contrário: licitações são feitas com o cerceamento da participação de outras empresas, beneficiando apenas as empresas que já operam as linhas há muitos anos, deixando bem claro que os políticos têm o chamado “rabo-preso” com o empresariado local, prejudicando a popu-lação na maioria das vezes. Existem vários exemplos espalhados pelo país: empresas de muitos anos de péssimos serviços prestados mudando de nome e razão social para poder entrar em licitações, formação de consórcios com todas as empresas operadoras em uma localidade para a manutenção dos serviços, e tudo isso sob a luz da legalidade e da tolerân-cia.

O exemplo vem do Distrito Federal

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial A maior cidade do país, São Paulo,

cidade que tem a maior frota de ônibus ur-banos do país, deverá ter uma nova licitação muito em breve, e a esperança é que novas empresas mostrem interesse em participar do processo. Um dos fatores que pode ser impeditivo e decisivo para a entrada de out-ros grupos na cidade é a complexidade do sistema, pois há a necessidade da compra de veículos com piso baixo, motorização tra-seira e biarticulados, que são muito caros e acabam afastando empresas de menor pode-rio econômico, mas o subsídio garantido pelo poder munícipe local pode ser um atrativo. Atuamente operam na cidade várias empre-sas e consórcios, algumas delas em operação há várias décadas, e com certeza elas deverão participar do processo para poder continuar prestando seus serviços, da melhor ou da pior forma possível, pois o objetivo é ganhar din-heiro, independente do conforto do passage-iro. Espera-se que a licitação do trans-porte no Distrito Federal sirva de exemplo para todo o país e seja um divisor de águas na forma de escolher empresas para a opera-ção de linhas municipais, sempre com ações transparentes e que visem melhorar a quali-dade de vida da população, não se preocu-pando com o poderio econômico de grandes empresas. O lema de licitações como essa de-veria ser: que vença a melhor.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• G1 Ribeirão Preto e Franca [email protected] Depois que três ônibus foram in-cendiados na Zona Norte de Ribeirão Preto (SP), o Sindicato dos Empregados do Trans-porte Coletivo (Seturp) confirmou que a cat-egoria concordou em assembleia que man-teria os circulares nas ruas na quarta-feira (27), mas pede que a Polícia Militar faça patrulhamento nas linhas. Segundo o órgão, que discutiu uma possível paralisação du-rante assembleia na terça-feira (26), os fun-cionários podem deixar de trabalhar caso um novo atentado aconteça. “Amanhã (quarta-feira) os ônibus funcionam normalmente. A população não pode ser penalizada duas vezes. Percor-remos as ruas agora à noite e vimos que o efetivo da Polícia Militar estava fazendo a segurança das linhas. Mas estamos atentos a qualquer fato novo”, disse o vice-presidente do sindicato, Alcides Lopes de Souza Filho, confirmando que cerca de 750 profission-ais que movimentam os ônibus estarão dis-poníveis à população. Na terça, de acordo com ele, os veículos coletivos foram escoltados em dife-rentes pontos da cidade. “Nós temos con-sciência de que é impossível colocar uma viatura para todos os ônibus, mas tem que haver segurança mínima para podermos tra-balhar”.

Polícia Militar A Polícia Militar informou em nota que não recebeu um pedido oficial de escolta nos ônibus, mas que foram tomadas ações “independentemente de qualquer solicitação externa”. A corporação anunciou que equi-pes de policiamento foram redirecionadas para locais de maior incidência, nos princi-pais corredores de ônibus e pontos de para-da. “Lembramos que a população também

Retaliação

ATAQUES • Ônibus foram incediados na segunda-feira à noite, na Zona Norte da cidade

A S E M A N A R E V I S T ADE 24 A 30 DE MARÇO DE 2013

REVISTAINTERBUSS • 31/03/13 07

Ribeirão Preto registra três ataques incendiários a ônibus

pode e deve colaborar para o sucesso das ações preventivas de polícia transmitindo informações a respeito de irregularidades.”

Ataques na Zona Norte Na noite de segunda-feira (25), três ônibus – dentre eles um particular e dois de transporte público – foram incendiados após o assassinato de um suposto traficante de drogas no bairro Ipiranga. De acordo com a Polícia Civil, suspeitos de participação no crime foram identificados. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) confirmou tam-bém que os ataques foram uma retaliação por parte de traficantes de drogas à execução 12 tiros de um rapaz de 27 anos que há um mês deixou a prisão e tinha antecedentes criminais por roubo e trafico.

Na mesma noite dos ataques, o Consórcio Pró-Urbano suspendeu o trans-porte público do município a partir das 20h – só retomou na manhã de terça. Sem o ser-viço, usuários tiveram que improvisar para voltar para casa e voltaram a usar os ônibus com medo de novos ataques. O Consórcio Pró-Urbano estima um prejuízo de R$ 750 mil com os dois veículos queimados e que a reposição deve demorar até quatro meses. “Os nossos mo-toristas já trabalham ansiosos por causa dos assaltos a ônibus, do trânsito ruim da cidade e agora por causa dos incêndios. Todo mun-do trabalha tenso, quem trabalha administra-tivamente e quem trabalha com a população diretamente”, afirmou o diretor do Pró-Ur-bano, Carlos Roberto Cherulli.

G1

A polícia do Paraná investiga vários atentados a ônibus no norte do estado nos úl-timos dias. A Secretaria de Segurança do es-tado informou que monitora a comunicação entre os presos, mas que não há indícios da participação de facções criminosas.

Desde o dia 17, sete ônibus foram incendiados em Londrina, Arapongas e na região de Maringá, todas no norte do Paraná. Não houve feridos e nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques. Para a polícia, são atos isolados de

vandalismo. Seis menores foram apreendidos até agora, entre eles um menino de apenas 12 anos. Apesar de descartada a ligação com or-ganizações criminosas, presos ligados a essas facções estão sendo transferidos das cadeias do Paraná. • Bom Dia Brasil

Polícia investiga ataques a ônibus no Norte do ParanáMais Ataques

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Queda de ônibus em precipíciodeixa 24 mortos no sul do Peru

31/03/13 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T ATragédia

• G1 Mundoa@terra. com.br Pelo menos 24 pessoas morreram na quarta-feira (27) quando um ônibus caiu de uma altura de 80 metros no sul do Peru, se-gundo a polícia regional. Também há 18 feridos, segundo o policial Elard Prado, da polícia rodoviária da cidade de Arequipa, a 1.000 quilômetros ao sul de Lima. A versão foi confirmada pelo co-mandante da polícia, Raúl Acosta, que infor-mou ao Canal N a possibilidade da existência de mais corpos embaixo do ônibus. O veículo ainda não pôde ser removido do fundo do abismo. ‘Por enquanto, as causas do acidente ainda são desconhecidas’, completou Acosta. O ônibus, que saiu do distrito de Or-copampa e se dirigia a Arequipa, pertencia à empresa Andares e caiu no precipício em uma parte da estrada muito sinuosa. A maioria dos falecidos era de trab-alhadores das minas da região de Orcopampa que viajavam à Arequipa para participar de celebrações da Semana Santa. É o segundo grave acidente rodoviário no departamento de Arequipa em março. No dia 10, outro ônibus ficou des-governado e caiu num abismo de 200 metros, causando a morte de 14 pessoas e ferindo 30. No Peru, acidentes envolvendo

Divulgação

TRAGÉDIA • Acidentes são comuns no Peru por conta do péssimo sistema viáriotransportes públicos são frequentes nas estra-das andinas do país, devido ao estado precário dos veículos e às falhas humanas, atribuídas principalmente à alta velocidade e ao cansaço dos motoristas.

Segundo as últimas estatísticas ofi-ciais, foram registrados 1.108 acidentes nas estradas do Peru em 2011, custando a vida de 1.124 pessoas e deixando outras 2.583 feri-das.

Moradores de bairro contratam um micro-ônibus por falta de transporte

Lauro de Freitas/BA

• G1 [email protected]

Moradores da rua José Leite, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, estão utilizando transporte particular para se deslocarem até o ponto de ônibus mais próximo após o transporte coletivo deixou de entrar na localidade por conta dos buracos. Pelo menos cinco mil pessoas passam por dia na Rua José Leite, no bairro do Caji. Moradores de um dos loteamentos, que tem quatro condomínios, contrataram um motorista com um microônibus, ao custo men-sal de R$ 10.500. O transporte faz o trajeto entre o início da avenida e o primeiro ponto de ônibus, trecho com cerca de um quilômetro

até a Estrada do Coco. “O que acontece é que nós já estamos no terceiro veículo este mês. Hoje, por conta da situação, tivemos o terceiro quebrado, que estourou a mangueira”, relatou o síndico do condomínio, Carlos Wellington. A situação se intensificou, segundo os moradores, nos últimos dois anos, com o impacto do avanço imobiliário. Atualmente, são seis condomínios divididos em loteamen-tos. “Eu trabalho à noite, então, a gente fica coagido, à mercê de acontecer alguma coisa porque a gente tem que passar devagar sobre a rua”, disse o analista de sistemas Alexandre Gonçalves. O funcionário público Josemar Mota

explicou que a previsão é que as obras de pavi-mentação na rua sejam iniciadas até o mês de julho. “Eles me disseram que não pode estar as-faltando porque as obras precisam terminar para assim eles começarem a trabalhar”, informou.

Outros problemas Além dos buracos e da falta de trans-porte coletivo, os moradores ainda enfrentam problemas como má iluminação e espuma branca que sai da estação de tratamento de es-goto. “A avenida oferece vários pontos críticos de iluminação. Isso gera insegurança para os moradores”, relata o administrador Roberto Araújo.

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REVISTAINTERBUSS • 31/03/13 09

Motorista estressado abandona ônibus lotado em Belo Horizonte

ABANDONADOS • Passageiros descem de ônibus após serem abandonados por motorista que se estressou após ser chamado de mentiroso

DEPOIMENTO • Motorista que causou o acidente prestou depoimento: em estado de choque

No Meio da Rua

• Estado de [email protected] Cerca de 80 passageiros de um ôni-bus da linha 9250 foram abandonados na manhã de quarta-feira em um ponto de em-barque na Avenida Professor Mário Werneck, no Bairro Estoril, Região Oeste da capital. O motorista A.P.S, de 60 anos, desligou o veículo e deixou o local a pé, depois de se desentender com uma passageira. É o segundo caso em que um condutor da linha 9250 deixa o veículo para trás com passageiros. Em agosto do ano passado, depois de ser fechado por um carro, na Savassi, o motorista encostou o coletivo na Avenida Getúlio Vargas, com 50 passageiros, e foi embora a pé. No caso de quarta, o condutor disse que saiu do ponto final no Nova Cintra (Oeste) às 6h30, com destino ao Caetano Furquim, Região Leste. “O trânsito estava parado no Buri-tis, foram quase 50 minutos para andar 500 met-ros. Quando parei no ponto, o ônibus já estava lotado e pedi que os passageiros esperassem os dois carros que vinham logo atrás”. Segundo o motorista, nesse momento uma passageira pas-sou a insultá-lo e, diante da pressão psicológica, ele “surtou” e abandonou o veículo. O jornalista Gabriel Pascoal Filho aguardava no ponto de ônibus e conta que os passageiros ficaram exaltados com a cena. Segundo ele, aproximadamente 15 pessoas pretendiam embarcar no veículo, que já che-

gou ao local de embarque lotado. “As pessoas começaram a entrar, mas o acesso à roleta ficou travado devido ao grande número de pessoas querendo entrar. O motorista disse que não tinha mais lugar para ninguém, e uma mulher começou a reclamar com ele”, conta Gabriel. Exaltado, A. recolheu seus objetos pessoais e desligou o ônibus. Antes de abandonar o local, ele reclamou da forma como foi tratado pelos passageiros. “Ele desceu reclamando que não era possível trabalhar naquelas condições, ten-do de aguentar passageiros tirando onda com a cara dele. Depois disse que só voltaria para o ônibus se a mulher descesse”, relata Gabriel. Revoltados, passageiros vaiaram o motorista e acionaram a PM, que registrou boletim de ocorrência, mas não localizou o condutor. Devido ao contratempo, passage-iros que seguiam para a escola e trabalho se atrasaram. “Demorei 45 minutos a mais para chegar ao meu local de trabalho, no Bairro São Pedro. Também vi uma jovem reclamando que havia perdido prova na faculdade”, diz Gabriel. Segundo a assessoria de imprensa da Viação Anchieta, onde o motorista trabalha, o funcionário não retornou à empresa até o fim da tarde e disse que procuraria atendimento médico particular. Colegas de trabalho do motorista ficaram surpresos com a atitude. “Ele é uma pessoa muito tranquila, nunca teve nenhum problema aqui, em anos de serviço na empre-

sa”, conta um despachante da Viação Anchie-ta, que preferiu não se identificar. Ele acredita que a reação do condutor seja resultado de uma rotina de estresse. “Não dá para apontar um culpado. Trabalhar na rua é muito compli-cado e o motorista tem de lidar com a pressão da empresa, a reclamação de passageiros e o trânsito caótico”, observa. Segundo o diretor de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e Região (STTRBH), Carlos Henrique Marques, o mo-torista está sendo procurado para receber ori-entação jurídica e atendimento médico. “Cerca de 30% dos nossos associados estão afasta-dos, a maioria por problemas psicológicos”, afirma. Segundo ele, os condutores recebem, em média, cinco agressões verbais por dia, no percurso entre a garagem e o ponto final. “São imposições da empresa, reclamações de pas-sageiros, pressão da fiscalização, entre outras coisas que levam o funcionário a uma situação de estresse”, pontua. Com 39 anos de profissão, o motor-ista que abandonou passageiros em um ponto da Avenida Mário Werneck, no Bairro Esto-ril, aceitou conversar com o Estado de Minas sob a condição de não ter seu nome revelado. A.P.S, de 60 anos, diz que largou o coletivo porque “não aguentava” mais ficar no ônibus depois de encarar trânsito pesado e, segundo ele, ser chamado de mentiroso por uma pas-sageira.

Estadi de Minas

Page 10: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

A S E M A N A R E V I S T A

31/03/13 • REVISTAINTERBUSS10

Manifestação contra alta de tarifa termina em pancadaria

Porto Alegre

[email protected] Pelo menos uma pessoa ficou ferida e outra foi presa durante uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura de Porto Alegre (RS) no início da noite de quarta-feira. Cerca de 300 manifestantes que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus na cidade entraram em confronto com a Guarda Municipal e a Tropa de Choque da Brigada Militar, a Polícia Militar gaúcha. Segundo o relato de testemunhas, os manifestantes tentaram forçar a entrada no prédio e foram impedidas pela polícia, que reagiu com bombas de efeito moral e gás lac-rimogêneo. O secretário municipal de Coor-denação Política e Governança Local, Cézar Busatto, tentou falar com os manifestantes, mas foi agredido e atingido com tinta. Durante o tumulto, foram quebradas várias janelas do prédio. Duas motocicletas e uma viatura da Guarda Municipal foram dan-ificadas. Um manifestante ficou ferido e teve de ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Às 19h40, a situação havia sido nor-

Terra

PROTESTO • Violência de manifestantes e da polícia causou choque entre as duas partesmalizada, mas alguns manifestantes perman-eciam em frente à prefeitura, enquanto a Tro-

pa de Choque fazia um cordão de isolamento ao redor do prédio.

Intermunicipais terão 90dias para regularização

Bahia

• G1 [email protected] Motoristas de ônibus intermunici-pais com pendências na vistoria têm agora prazo de 90 dias para a regularização dos veículos. Na manhã de quarta-feira (27), a categoria fez um protesto e parou o trânsito da Avenida ACM, em Salvador. A decisão foi firmada durante reunião com Eduardo Pessôa, diretor executivo da Agência Estadu-al de Regulação de Serviços Públicos de En-ergia, Transportes e Comunicação da Bahia (Agerba). Segundo a Agerba, os manifestantes falaram da insatisfação na forma em que são abordados por policiais militares. O órgão in-formou, ainda, que ficou acordado que eles não iriam realizar um novo protesto na quin-ta-feira (29), como teria sido anunciado. A pista fechada por volta das 10h40

foi liberada depois das 13h. Eles fecharam a via com mais de dez ônibus. A ação, informou a Transalvador, causou congestionamento em diversos pontos importantes da cidade como Avenida Paralela, toda a região do Iguatemi, Avenida ACM, Heitor Dias (Rótula do Aba-caxi) e Bonocô. A Transalvador informou que o fluxo de veículos foi intenso ainda na entrada da BR-324, Avenida São Rafael, Paralela, São Rafael, Orla, Baixa de Quintas e Vasco da Gama. Mais cedo, a Agerba, em nota, in-formou que a empresa de ônibus da qual os participantes do protesto são funcionários “está sendo proibida de circular sem vistoria, tendo seus veículos apreendidos”. Ainda em nota, a Agerba afirma que “não existe solici-tação de vistorias por parte da empresa e que a falta da fiscalização coloca os veículos da empresa em uma situação de irregularidade”.

• Terra / Daily [email protected] Um ônibus trafegava normalmente por uma rua da província chinesa de Zhei-jang quando o motorista avisou um acidente na faixa contrária derrubou um poste de luz. A estrutura de aço caiu em direção ao coletivo do condutor Mao Zhihao, que teve a frieza e a reação necessárias para, em questão de milési-mos de segundo, esquivar-se do poste que atravessou a janela, escapando de ter a cabeça decepada. Praticamente imobilizado entre o banco, o cinto e o poste, Zhihao conseguiu ainda manter o controle parcial do coletivo até estacioná-lo, livrar-se das estruturas que o mantinham peso e deixar o veículo junto com os demais passageiros, que saíram ilesos. Após o acidente, o condutor – que foi comemorado como um herói pelos presentes - prestou depo-imento e foi encaminhado a um hospital, onde se verificou que ele havia lesionado o baço.

Motorista vira herói na China

Salvou Passageiros

Page 11: Revista InterBuss - Edição 138 - 31/03/2013

REVISTAINTERBUSS • 31/03/13 11

• G1 DF [email protected]

Segundo Secretário

Licitação do Distrito Federal será concluída no máximo em 50 dias O secretário de Transportes do Dis-trito Federal, José Walter Vazquez, afirmou na quarta-feira (27) que o processo de licitação dos ônibus do DF será concluído em 50 dias. Segundo ele, a previsão é que toda a nova frota esteja nas ruas até setembro deste ano. Na quinta-feira (28) foram abertos os envelopes com as propostas financeiras das duas empresas que concorrem ao lote 3. “Se não houver nenhuma ação, nenhum re-curso, assinamos o contrato da bacia 3 em 20 dias. O lote 4 devemos resolver em 10 dias, e o lote 1 em mais 20 dias. Vamos encerrar essa licitação em um mês e meio, 50 dias”, disse o secretário. A bacia 3 terá uma frota de 483 ôni-bus e vai atender as regiões do Núcleo Ban-deirante, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II . A bacia 4 contará com 464 veículos que vão atender parte de Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte do Park Way. A bacia 1, com uma frota de 417 ônibus, vai atender as regiões de Brasília, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Su-doeste/Octogonal, Varjão e Fercal. A concorrência pelo transporte pú-blico do DF é dividida em cinco bacias. A

BACIAS • Novo sistema de transporte da capital federal dividiu a região em cinco bacias

Tarifa de ônibus de Manaus vai a R$ 3,00• G1 AM O prefeito de Manaus, Artur Neto, confirmou reajuste de 9% na passagem de ônibus, na noite de quarta-feira (27). A nova tarifa, de R$ 3, passa a valer a partir de sábado (30). De acordo com a Prefeitura, os cálculos levados em consideração para o reajuste foram baseados, exclusivamente, em planilha trabalhada pela Superintendên-cia Municipal de Transportes Urbanos (SMTU). Artur classificou como “brincadei-ra de mau gosto” o pedido feito pelos em-presários do transporte coletivo de Manaus, que na semana passada chegaram a dizer que o valor justo a ser praticado na cidade seria de R$ 3,50. Segundo o prefeito, os cál-culos feitos pela Prefeitura mostram que o reajuste anunciado está dentro da planilha e é justo.

Reajuste

Segundo o prefeito, a passagem estava con-gelada há dois anos e neste período, a in-flação no País foi de 12%, enquanto que o reajuste corresponde a apenas 9%. “Quero pedir aos empresários que não façam mais isso. Eles pediram R$ 3,50 pra conseguir algo perto disso. Nem cheguei a levar este valor em consideração. Eu me baseei nos da-dos e cálculos feitos pela SMTU. Não tenho fetiche por segurar tarifa. Tudo aumenta. O diesel aumentou 13% e a cesta básica au-mentou bastante. Uma hora a passagem teria que aumentar”, afirmou. O prefeito também explicou que o reajuste faz parte de um acordo tripartite, que envolve os donos das empresas do trans-porte, trabalhadores rodoviários e poder pú-blico. De acordo com Artur, ficou definido que os empresários se comprometem a ren-ovar parte da frota ainda este ano e pagar um vale lanche no valor de R$ 3 para os trabal-

hadores todos os dias. Já os rodoviários, se comprometem a não ameaçar com greves a todo instante. “A nossa parte também será feita. Já estamos com o projeto pronto e recursos para reformar as paradas e terminais de ôni-bus que existem na cidade. Queremos um sistema moderno, que também contará com compensação tarifária para as empresas. Por este sistema, tanto grandes quanto pequenas não ficarão mais deficitárias. Isso porque elas dividirão os lucros para não correrem o risco de declarar falência”, explicou Artur. Segundo a Prefeitura, com a nova tarifa, também fica estabelecido que os mo-toristas de Manaus terão o segundo maior salário do País, ficando atrás apenas de Porto Alegre. Em Manaus, cada profissional receberá aproximadamente R$ 1.800, venci-mentos que serão custeados pelo novo valor da tarifa.

empresa que vence uma etapa fica impedida de disputar outro lote. Ao todo, 3 mil novos ônibus estarão nas ruas. A previsão do gover-no é que 700 veículos entre os 3.900 da frota atual permaneçam em operação. A Viação Pioneira, que já assinou contrato com o GDF, será responsável pela bacia 2 com 640 ônibus. Esse lote se refere às regiões do Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e parte do Park Way.

A Expresso São José foi a vencedora da concorrência para a bacia 5, que atende as regiões de Brazlândia, Ceilândia, SAI, SCIA, Vicente Pires e parte de Taguatinga, e terá 576 veículos circulando. A previsão do GDF é que os primei-ros ônibus novos, das empresas que vão oper-ar nas bacias 2 e 5, comecem a circular entre junho e julho deste ano. De acordo com o edi-tal, os veículos são obrigados a ser equipados com GPS e sistema de vigilância.

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A S E M A N A R E V I S T AEmperrado

Burocracia é empecilho para as obras do BRT em Jundiaí

NOVO TRANSPORTE • BRT deverá ser integrado com outros setores da cidade de Jundiaí

O anúncio dos R$ 106 milhões do PAC 2 (Programa de Aceleração do Cresci-mento - Fase Dois) para Jundiaí criar seu BRT (Bus Rapid Transit, ou ônibus rápido), certamente animou o cidadão jundiaiense que sofre diariamente com o complicado transporte público urbano - para não dizer precário. Mas a obra é de longo prazo, por isso não adianta o usuário se empolgar tan-to. E mais: ele poderá até nem sair do papel, pois o trabalho agora do prefeito Pedro Big-ardi (PCdoB) é o de convencimento do Gov-erno Federal de que o trajeto inicialmente proposto terá de mudar. Bigardi garante à Rede Bom Dia que a mudança é por necessidade e não para “desconstruir” o que foi apresentado pelo governo tucano de Miguel Haddad no ano passado. “Não dá para fazer o que foi colo-cado no papel, que aceita tudo. Como é que a gente vai abrir espaço para uma linha exclu-siva do BRT entre a Vila Arens e o Centro? Ou do Cecap também ao Centro só que pas-sando pela 9 de Julho? Ficou impraticável”, avisa Bigardi. “O que aconteceu, para ficar claro, é a aprovação de uma carta-proposta de Jundiaí, um pedido sem estudo detalhado”. Para não perder o dinheiro anun-ciado pela presidente Dilma Roussef (PT), quando o próprio prefeito esteve em Brasí-lia, o jeito é voltar à mesa de negociação. “Estamos apresentando uma proposta alter-nativa para garantir o BRT, não queremos perder esse investimento”, diz. E completa: “Queremos fazer a ligação entre as moradias e os setores industrial e comercial, esse é o foco do BRT”. Quando ele poderá se tornar reali-dade? Bigardi não quer falar em prazos, mas a Rede Bom Dia fez as contas e parte poderá estar em funcionamento no final de 2016, quando Bigardi deverá brigar pela reeleição. É que além dessa troca de projeto, haverá todo o processo burocrático, entre licitação, aprovação de documentos, contratação da empresa vencedora e análise de recursos, por exemplo. “Nós não vamos desanimar”, fala. O traçado mandado pelo governo anterior previa três linhas de BRT, todas li-gando o Centro ao Cecap (Corredor Noro-este), Colônia (Leste) e Eloy Chaves (Oeste).

O prefeito não quer entrar em mais detalhes, mas há quem acredite que uma linha lateral ao rio Jundiaí seria uma das opções. Os estudos também poderão levar em conta o uso de parte dos espaços hoje des-tinados aos linhões de transmissão de energia elétrica, que estiveram no centro das atenções durante a campanha de Bigardi a prefeito, embora ele avise que não se trata da mes-ma proposta, pois isso inviabilizaria outros planos junto ao Ministério das Cidades. Há quem sugira a abertura de novas vias. O prefeito lembrou que o município entrará com uma contrapartida de R$ 13,9 milhões para ter o BRT. Além disso, depois a cidade terá que pagar esse financiamento de R$ 106 milhões, que ele lembrou não ser a fundo perdido.

Prefeito quer favorecer os mais pobres Para Pedro Bigardi, o BRT só terá sentido se conseguir ligar os núcleos de mo-radias de classes mais pobres ao Centro e Dis-trito Industrial, respectivamente onde estão o comércio forte da cidade e as principais in-dústrias. “É a ligação que vai baratear a via-gem e agilizar o dia das pessoas menos favo-recidas. Também os empresários vão ganhar com essa nova realidade. O que vamos fazer é deixar que isso fique bem claro junto ao Gov-

erno Federal para que ele aceite a nossa troca de projeto”.

Resposta direta O próprio Bigardi assinou uma carta de resposta à uma leitora da Rede Bom Dia. Na edição do dia 13, Gislaine Jacobino fez críticas ao prefeito e cobrou que ele dividisse com o governo tucano os louros da vitória pela liberação do dinheiro para o BRT. Big-ardi fez seus esclarecimentos e frisou: “A lib-eração de recurso para a implantação do BRT só ocorreu após o meu comprometimento em realizar as alterações necessárias no projeto”.

Tucanos Outro que escreveu sobre o BRT foi Jaderson Spina, ex-secretário de Planeja-mento de Jundiaí, que defendeu a proposta levada pelo governo de Miguel Haddad, no ano passado, e que agora foi contemplada por Dilma Roussef. Ele contestou que a pre-feitura tenha mandado só “rabiscos em cima de um mapa da cidade”, como Bigardi de-clarou. Polêmicas à parte, o que a população espera é que o transporte urbano melhore na cidade. E o quanto mais rápido, melhor.

R$ 12,5 Milhões estão previstos no projeto original somente para desapropriações.

Luciano Roncolato

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Curitiba

Estado e Prefeitura fecham acordo para pesquisa sobre tarifa da RIT O governo do Estado e a prefeitura de Curitiba fecharam na semana passada acordo para realizarem em conjunto uma pes-quisa sobre a origem e o destino dos passage-iros que utilizam a Rede Integrada de Trans-porte (RIT), que atende a Capital e outros 12 municípios. O objetivo é estabelecer o custo real da passagem de ônibus de cada linha que compõe o sistema. O acordo foi fechado pelo secretário do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior, a quem está vinculada a Co-ordenadoria da Região Metropolitana de Cu-ritiba (Comec); o presidente da Urbs, Sérgio Gregório, e o prefeito de Pinhais e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), Luizão Goulart (PT). Na reunião ficou combinada a real-ização de três reuniões técnicas. Uma para a operacionalização e efetivação da pesquisa origem/destino; outra, até 7 de maio, para a estrutura de custos das tarifas, com um pos-sível convênio para solucionar a questão; e um terceiro encontro, a partir de 8 de maio, para manter a Rede Integrada de Transporte. É que a partir dessa última data, ter-mina o convênio atual pelo qual o governo do Estado vem repassando um subsídio de R$ 63,7 milhões para a manutenção da tarifa integrada entre a Capital e os municípios da RMC. Foi o fim desse convênio, anunciado pelo governador Beto Richa (PSDB) no iní-cio do mês, que iniciou toda a polêmica en-tre o Estado e a prefeitura, levando a Urbs a chegar a admitir a possibilidade do fim da integração, com a adoção de tarifas diferen-

• Terra [email protected] Criminosos assaltaram e depois ata-caram um ônibus na noite de quarta-feira na zona oeste de São Paulo. Os bandidos pararam o coletivo na rua Bartolomeu Rabelo, na Vila Sônia, e roubaram o dinheiro com o cobrador – a quantia não foi revelada. Em seguida, os ho-mens apedrejaram e jogaram álcool no o ônibus, na tentativa de incendiá-lo. O fogo, no entanto, não se espalhou e acabou se extinguindo. Nin-guém ficou ferido, e os suspeitos conseguiram fugir. O caso foi registrado pelo 89º DP, no Mo-rumbi, na zona sul da capital paulista.

Criminalidade

Ônibus é incendiado e apedrejado em SP

ciadas na Capital e na região metropolitana. No último dia 12, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) anunciou o reajuste da tarifa de R$ 2,60 para R$ 2,85, afirmando que esse valor cobre os custos do transporte na Capi-tal. E afirmou que se o governo mantivesse a posição de não renovar o convênio prorrogan-do o subsídio, a partir de maio, a responsabi-lidade pela tarifa dos demais municípios da RMC seria da Comec, órgão estadual. Segun-do a Urbs, com a inclusão desses municípios, a tarifa técnica, que define o custo do serviço, seria de R$ 3,12, e seriam necessários R$ 84 milhões de subsídio para cobrir a diferença. O governador manteve até agora a posição de que a responsabilidade pelo trans-porte urbano é dos municípios, e ofereceu como compensação pelo fim do subsídio, a isenção da cobrança do Imposto sobre Cir-culação de Serviços e Mercadorias (ICMS) sobre o óleo diesel utilizado pelas empresas de ônibus. A prefeitura insiste que a isenção não é suficiente, já que seu impacto na tarifa seria de apenas R$ 0,03. O governo diz que o impacto é de R$ 0,06. Diante do impasse e do risco do fim da tarifa única, tanto Ratinho Júnior quanto o presidente da Urbs reconheceram a urgência de se buscar um acordo. “Temos de pensar nestas e em todas as questões futuras, sim. Mas o convênio que dará início às primeiras soluções é pra já”, disse o secretário. “Sem o convênio a empresa de ônibus do transporte coletivo de Curitiba não teria condições le-gais de atuar em outro município”, lembrou Gregório. “Esta integração é essencial para Curitiba e para os municípios vizinhos e é

preciso que se encontre uma solução de curto prazo”, afirmou ele. Metodologia — Segundo governo e prefeitura, a pesquisa origem e destino pode permitir a otimização do sistema e até a redução de custos do transporte, que dividi-dos pelo número de passageiros, se traduzem na tarifa. Ela fará com que os órgãos pos-sam saber se o dimensionamento da frota, a composição das linhas de ônibus, os trajetos, horários e itinerários estão adequados ao que a população precisa. A escolha da metodologia foi téc-nica para a pesquisa, uma vez que permitirá fazer o zoneamento, conhecer os diferentes deslocamentos dos usuários, as distâncias percorridas em ônibus, a pé, de bicicleta ou com outro meio de locomoção. Desta forma, o levantamento abrangerá um contexto maior e ainda poderá incluir a sistematização dos dados da bilhetagem eletrônica e outras ações que forem necessários conforme a demanda levantada. Segundo a prefeitura, a pesquisa com base domiciliar, quando as entrevistas são feitas nos domicílios, tem maior alcance que a da pesquisa com base embarcada (en-trevistas nos ônibus),que leva menos tempo para ser feita mas tem resultado mais restrito. A pesquisa tem permitiria a adequação do sistema de transporte coletivo, na medida em que oferece um panorama claro de para onde vão e de onde vêm as pessoas que se deslo-cam nas cidades. O levantamento vai permitir inclusive avaliar a necessidade de outros modais e até mesmo de alterações no sistema viário.

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Situação caótica do Porto de Santos tem solução para o colapso A projeção para um aumento no volume de operações no Porto de Santos, no litoral paulista, deverá intensificar ainda mais a movimentação que já tem gerado re-flexos preocupantes à cidade santista e aos munícipios vizinhos. O aumento ocorrerá por conta da chegada de 600 mil contêiners a mais somente neste ano, além da abertura de dois grandes terminais e investimentos em razão da exploração do Pré-Sal. Para Valdir Santos, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Sindasp, isso vai gerar ainda mais congestionamento nas vias de acesso, impos-sibilitando o escoamento das mercadorias e, em consequência, gerando prejuízos para as empresas exportadoras e importadoras. “Na cadeia logística, principalmente no transporte rodoviário, os prejuízos já ultrapassam os US$ 200 milhões, diz o presidente. Essa situação acaba gerando conse-quências para toda a cadeia de comércio ex-terior, em especial aos produtores que arcarão com os prejuízos da safra que não chegou ao seu destino, oque representa mais de 5% do total do produto a ser exportado pelo Brasil neste anos. A mesma situação aplica-se às im-portações. As transportadoras não estão con-seguindo retirar cargas que estão paradas há dias no Porto. “Há ações para evitar que essa situa-

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ção se agrave. Uma delas é rever ou prorrogar para 2014 o prazo para que sejam cumpridas determinações do fim da guerra dos portos e dos benefícios fiscais concedidos em alguns Estados”, defende Valdir Santos. Com essa medida, haveria condições de conter os 600 mil TEU’s previstos para o Porto de Santos cujas operações permanece-riam em outros Estados.

Outra ação importante, conforme defende Valdir Santos, é pressionar os gov-ernos federal e estadual para construir duas novas rodovias ligando pontos estratégicos do setor ao litoral paulista, sendo a primeira delas a partir de Santo Amaro até os mu-nicípios de Itanhaém e Peruíbe, e a segunda via ligando Mogi das Cruzes a Bertioga. Valdir Santos também acredita que é preciso cobrar providências urgentes do gov-erno federal para a conclusão da pavimen-tação da rodovia BR -162, que ligará Mato Grosso do Sul com o Porto de Miritituba (PA), agilizando o embarque e transporte dos grãos. Isso irá reduzir em 700 quilômetros o trajeto atual da carga exportados pelo Porto de Santos”, diz. O presidente ainda destaca que é preciso determinar que as companhias marítimas/armadores desviem suas rotas de navio de Santos até que a situação se normal-ize, deslocando as cargas para portos nos Es-tados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Para Santos ainda é possível revert-er o atual cenário, mas torna-se necessário apontar soluções e lutar para que sejam aplicadas. “Se não forem tomadas medidas imediatas a fim de promover um escoamento mais ágil das mercadorias, certamente ire-mos arcar com prejuízos ainda maiores du-rante o ano de 2013”, conclui o presidente do Sindasp.

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Daimler AG em pesquisa de nova fibra• Do site da Transpo [email protected] A Daimler AG e o Instituto para Design de Aeronaves assinaram contrato de cooperação para pesquisa conjunta sobre novos designs, simulação e tecnologias de processo em construção com peso reduzido em FRP/CRP, sigla em inglês que significa plástico reforçado com fibra de vidro e de carbono. A parceria irá reforçar as atividades de pesquisa das duas associadas no projeto ARENA 2036 Research Campus (campus de pesquisa ARENA 2036), na Universidade de Stuttgart, na Alemanha.

O objetivo do consórcio é unir, desde o início, o desenvolvimento da con-strução de novos produtos com peso reduzido com a pesquisa de produção. Paralelamente a seis institutos da Universidade de Stuttgart e a Daimler, numerosos outros representantes das áreas de negócios e ciências de Baden-Württemberg estão envolvidos na iniciativa de longo prazo do Campus, que é respaldado financeiramente pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa. Para apoiar as atividades planejadas pelo Campus de Pesquisa, a Daimler e a Uni-versidade de Stuttgart assinaram um acordo adicional de cooperação a longo prazo, que

envolve a participação de candidatos ao dou-torado e empregados do Instituto para Design de Aeronaves no desenvolvimento conjunto de pesquisas com especialistas da Daimler sobre assuntos fundamentais no campo da produção, simulação e design de componen-tes de construção leve em FRP / CRP. Segundo o Professor Herbert Kohler, vice-presidente de Pesquisa e Sus-tentabilidade do Grupo e diretor-chefe de Sustentabilidade da Daimler AG, uma com-binação inteligente de materiais e construção de baixo peso tem sido parte integral da con-strução de veículos da Mercedes-Benz por décadas.

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Comil e Soul inauguram centro de vendas e manutenção no RS A Comil e a Soul, empresa espe-cializada em transporte público na região metropolitana de Porto Alegre (RS), uniram forças para criar um centro especializado em vendas de carrocerias e peças de ônibus, além de prestação de serviços na área de re-posição. Com investimento de R$ 1 milhão, a empresa, que recebeu o nome de BusTOP, irá atuar no mercado de ônibus da região Sul do País. Em funcionamento no bairro de Hu-maitá ,em Porto Alegre, desde o último dia 21, o centro de peças e serviços conta com equipe especializada de profissionais para a realização de pintura, chapeação e manuten-ção geral de ônibus. Com 61 anos de experiência no setor de transporte público da região metropolitana de Porto Alegre, a Soul atende diariamente a mais de 87 mil passageiros. A parceria com a Comil na criação da BusTOP surgiu da von-tade de diversificação de seus negócios. “Em função da boa relação de longa data entre as duas empresas, surgiu essa oportunidade de investimento em um novo setor, para o qual a Soul emprestará todo seu conhecimento de mercado”, revela Clarisse Ohlweiler, consel-

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heira da Soul e diretora executiva da BusTOP. Para a Comil, o novo centro de ser-viços representa uma melhora no seu aten-dimento de pós-venda e, consequentemente, uma valorização da marca. A empresa pos-suía, até a criação da BusTOP, assistência técnica voltada exclusivamente para garantia

de pós-venda e reposição de peças, com aten-dimento na garagem dos clientes. “A partir dessa nova estrutura entregaremos aos clien-tes mais disponibilidade de peças e serviços com qualidade garantida”, diz Rodrigo Mon-tini, gerente de Marketing e Pós-Vendas da Comil.

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Continental e PESA, juntas para vender• Do site da Transpo [email protected] A Continental Pneus e a PESA, que revende equipamentos pesados, peças e serviços para o mercado brasileiro, firma-ram parceria para comercialização de pneus industriais no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Inicialmente, serão 16 pontos de venda na região Sul, que é forte na aplica-ção de pneus radiais. Com 65 anos de mercado, a PESA é um dos três revendedores que representam a marca Caterpillar no País, atuando nos mer-cados de construção pesada, pavimentação, industrial, de mineração e marítimo, além de petróleo, gás, florestal e agrícola. Carlos Schubert, gerente de market-ing da PESA, acredita que o trabalho com a Continental enriquecerá a oferta de produtos

até então não disponíveis no Brasil, ampli-ando possibilidade de negócios no mer-cado. “Pretendemos atingir um nível de desempenho e eficácia de atendimento aos

nossos clientes que os faça ter sempre em mente que pneus para suas necessidades são sinônimos de PESA, mais ninguém“, ressalta Schubert. A parceria entre as duas empresas chega em um momento de projeções posi-tivas para a comercialização de pneus in-dustriais que deverá ter um volume alto nos próximos anos em razão de investimentos em infraestrutura, logística e no setor aeropor-tuários. Investimentos que serão necessários para o País sedie a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. “Por isso estamos trabalhando na ampliação do nosso portfólio e vamos identificar a visibilidade da marca junto ao nosso público-alvo”, declara Gilberto Viviani, gerente nacional de vendas de pneus para veículos comerciais da Conti-nental Brasil.

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Renova São Paulo entrega asprimeiras chaves de caminhões As chaves dos primeiros caminhões financiados pela Agência de Desenvolvimen-to Paulista (Desenvolve SP) dentro do Pro-grama de Incentivo de Renovação da Frota de Caminhões (Renova –SP) foram entregues no último dia 23. Os novos veículos substituirão caminhões com idade superior a 30 anos que circulam na zona portuária de Santos, melho-rando a qualidade do ar e o trânsito da região. Os caminhoneiros terão 96 meses para pagar sem taxas de juros sem entrada, e com carên-cia de até 6 meses. “Caminhão velho dá pau no cambio, no motor. Agora tudo vai mudar com o camin-hão novo”, disse Cleiton Silva de Lima, o primeiro caminhoneiro a receber as chaves. A zona portuária de Santos, escolhida para rece-ber o piloto do Programa possui quase 6 mil caminhões. Desses, cerca de 1 mil possui mais de 30 anos. O programa prevê que o novo caminhão financiado atenda as rigorosas nor-mas de emissão de poluentes, conhecida como Euro 5, que o veículo antigo seja retirado de circulação e suas peças totalmente inutilizadas

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A gestão de sucesso da Marksell• Do site da Transpo [email protected] Alguns especialistas dizem que uma empresa com gestão familiar tende a apre-sentar algumas dificuldades de crescimento e sugerem a substituição dos membros sob a alegação de que os vínculos afetivos afetam os resultados da companhia. Na contramão desse conceito, a Marksell, empresa espe-cializada em soluções para movimentação de cargas, com uma história de 20 anos, mantém um gerenciamento familiar. Jorge Mota, fundador da empresa, preferiu capacitar seus filhos para encamin-há-los aos negócios da família. “Nosso negó-cio vai muito além do retorno financeiro. En-quanto muitos apostam nos lucros imediatos, nosso foco é constantemente desenvolver produtos e soluções aplicáveis a médio e lon-go prazo. E nossos clientes percebem isso”. A participação de Jorge Franchi (34 anos), filho de Jorge Mota, na Marksell foi

determinante com o passar dos anos, tendo sido o principal agente de uma reestruturação dos setores administrativo e produtivo real-izada entre 2010 e 2011. Com isso, o funda-dor pode se afastar um pouco das questões administrativas para ficar mais focado na gestão financeira.”Sempre soube da filoso-fia do meu pai, então fui cursar engenharia e somente depois de formado montei um es-critório comercial para ajudá-lo na Marksell”, diz Franchi. Franchi também foi responsável por aproximar Julianna Mota, 35 anos, para os negócios. Formada em economia com MBA em marketing e consolidada experiência in-ternacional, assumiu a diretoria de market-ing . “O marketing da Marksell necessitava estruturação e alinhamento com as dimensões e necessidades da empresa, então reformula-mos a área de modo a realizar um trabalho mais ativo”, conta. Com resultado do empenho de duas

gerações, no último ano a Marksell apresen-tou diversas soluções inovadoras, entre elas o sistema Built-to-Suit (BTS) para nivela-doras de doca. “O setor de logística está em constante transformação, com investidores construindo condomínios para locação”, co-menta Franchi. Por isso, a Marksell identificou a necessidade de oferecer um produto flexível, uma vez que as demandas dos locatários po-dem variar. De acordo com Franchi, é possível aumentar a capacidade de trânsito de carga da niveladora de doca (BTS) com uma adaptação muito simples e barata. “Por isso o investimen-to inicial do construtor é até 50% menor”. Em 2012, a empresa obteve aumento de 21% no faturamento mesmo diante de uma retração de 15,94% no mercado de implemen-tos rodoviários, de acordo com dados da An-fir (Associação Nacional das Fabricantes de Implementos Rodoviários). Para esse ano, a projeção da empresa é de crescimento de 30%.

por empresas especializadas e licenciadas pela CETESB e participantes do programa. Os re-cursos são da Linha BNDES Pró-caminhonei-ro com a equalização dos juros feita pelo Gov-erno do Estado de São Paulo. Podem acessar o programa, caminhoneiros autônomos e pes-

soas jurídicas enquadradas como empresários individuais que prestam serviços no Porto de Santos, limitando o financiamento a um caminhão por beneficiário. São financiados a aquisição de caminhões, chassis, caminhões-tratores e cavalos mecânicos.

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Mercedes: do Daimler 4hp ao Atego No baú de memórias da marca Mer-cedes-Benz está o caminhão Daimler 4 hp fabricado em 1899. O modelo é considerado um dos antepassados do Atego, embora, não tivesse características técnicas parecidas com a linha de caminhões médios, semipesados e pesados da marca em suas primeiras gera-ções. Foi com as modificações que recebeu ao longo do tempo que o Daimler 4 hp trans-formou-se na atual família Atego. Em sua primeira geração, o Daimler 4hp era movido a gasolina (que na época so-mente era comprada em farmácias). O camin-hão, primeiro motorizado da marca, parecia uma carroça puxada por cavalos, sem barra de tração. O motor com deslocamento de um litro ficava na extremidade posterior e acio-nava as rodas traseiras por meio de um pin-hão. Ele tinha dois cilindros, fundidos em um bloco. Esse design correspondia ao do motor Phoenix, que também movia o carro motor-izado de passageiros de Daimler. Uma árvore transversal ao eixo lon-gitudinal do veículo era acionada por uma transmissão por correia. Havia pinhões em ambos os lados da árvore e cada um deles engatava nos dentes internos do aro da engre-nagem, que era firmemente presa à roda a ser acionada. Essa solução não era nada menos do que visionária e seu princípio técnico é visto como predecessor do eixo de planetárias, lançado décadas depois. Esses eixos desem-penham um papel importante nos veículos de tração em todas as rodas, para canteiros de obras, e hoje são fabricados na planta da Mer-cedes-Benz em Gaggenau, na Alemanha. Seu princípio é fazer com que o torque máximo ocorra no ponto em que o sistema de tração atua, tão próximo quanto possível do local de aplicação da força – o que significa o ponto no qual a força é transferida da roda para a superfície da via. O antepassado do Atego tinha peso completo de 1.200 kg e capacidade de car-ga de 1.500 kg. Por conta dessas e de out-ras características, como motor de 4h e dois cilindors conquistou seu primeiro cliente em 1896: a empresa British Motor Syndicate Ltd., de Londres. A venda ficou marcada pelo fato de ser o primeiro caminhão motorizado a ser utilizado para fins comerciais. Com o objetivo de aprimorar a oferta de caminhões motorizados para empresas que estavam iniciando o processo de utilização caminhões para transporte de mercadorias, a dupla Gottlieb Daimler e Wilhelm Mayback

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(fundadores da Daimler AG.) construíram, naquele mesmo ano, a segunda geração do Daimler 4hp. O objetivo era facilitar a vida dos clientes trocando o motor de posição. Na primeira geração, o motor era fixado na traseira do veículo, tornando-se um obstáculo especialmente quando era preciso fazer o carregamento pela parte de trás. Já nesse novo veículo, o propulsor foi montado no chassi do veículo, abaixo do banco do mo-torista. Um ano depois, foi posicionado na extremidade da frente do caminhão, acima do eixo dianteiro. Foi assim que surgiu essa arquitetu-ra que se mantém até hoje no modelo Atego e nas demais famílias de caminhões Mercedes-Benz. Após essa etapa, o Daimler 4hp con-tinuou a ganhar aperfeiçoamentos. Se antes era oferecido com motor de 2 cilindros, nas gerações posteriores já havia opção de motor com 4 cilindros e também com ignição elétri-ca. Tratava-se da ignição por turbo aquecido que era comum naquela época. As gerações posteriores ao Daimler 4 hp eram consideradas vans de entrega e tin-ham potência de 4,6, 8 ou 10 hp. Suas capa-cidades de carga variavam entre 1.500, 2.000, 3.750 e 5.000kg. Um fato interessante é que as rodas tinham pneus de ferro. Pode-se imaginar o barulho que isso fazia nos paralelepípedos, que eram a superfície típica das ruas naquela época. “O primeiro caminhão era equipado com correia de acionamento nas rodas trasei-ras, mas isso não funcionava quando se es-tava transportando cargas pesadas”, lembrou o chefe de oficina Hugo Rettich em 1950, que entrou na Daimler em 1896. Eles então reposicionaram a correia acionadora na frente”, disse Rettich. Para os modelos de cinco toneladas foi instalado o

motor Phoenix de 10 hp e dois cilindros, com ignição por tubo aquecido, e as rodas traseiras eram acionadas por correia plana e pinhão. Atualmente, a linha de caminhões Mercedes-Benz Atego conta com quatro veículos: Atego 1419,1719, 1726 e 1729. Podem receber os mais variados tipos de implementos disponíveis do mercado, sendo os principais: baú de alumínio, carroçaria aberta de madeira, furgão frigorífico, sider e carroçarias de bebidas, além daqueles para atender aplicações específicas como tanque de combustível, tanque de água, báscula pol-iguindaste e baú romeu-e-julieta e também semi-reboque para transporte de veículos, sider e baú. Suas aplicações são transporte de bebidas, eletrodomésticos, móveis, veículos, entre outros. Com os primeiros passos rumo a evolução da família Atego, a Daimler começou a perceber como era importante deixar que os clientes experimentassem os produtos. O veículo foi testado durante 13 semanas em uma fábrica de tijolos de Heidelsheim, perto de Bruchsal, no sul da Alemanha. Os defeitos que ocorreram foram imediatamente corrigidos pela montadora, deixando o caminhão mais potente. Por conta dessa permissão para ex-perimentar os veículos foi possível aprimorar cada vez mais o modelo até que se tornasse o atual Atego. Foi por isso que a Mercedes-Benz incorporou o lema Trucks you can trust”, que em português significa: “camin-hões nos quais você pode confiar”, que é mantido até hoje pela empresa. O primeiro test drive feito na época não agradou muito o Imperador Guilherme II, da Alemanha. Ele dizia, em 1904, que o caminhão motorizado não teria futuro, porém, Gottlieb Daimler, declarou: “você pode con-fiar nos meus caminhões”.

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Guarujá-Cubatão Em um domingo recente, percor-remos de ônibus um trecho entre as cidades de Guarujá e Cubatão. A linha utilizada foi a 909TRO Guarujá/Ferry Boat-Cubatão/Jardim Casqueiro, operado pela Viação Bertioga. Deixamos o Terminal Ferry Boat por volta das 11h50. A linha percorreu uma parte do centro do Guarujá, passou em frente da Rodoviária da cidade, mas acabou empa-cando na região de Vicente de Carvalho. A feira livre dominical e a “muvuca” que ela provoca, aliada ao desvio do trajeto da linha por vias com péssimo asfalto, fez com que o trânsito ficasse lento e dificultasse o tráfego.Nesse trecho, subiram para o ônibus uma moça com uma menina e uma senhora, já de idade, que nos acompanhariam em toda a via-gem. Nas quebradas de Vicente de Carv-alho, vimos caminhões pra todos os lados e gostos. Caminhões grandes, pequenos, car-retas, bi-trens, velhos, novos, “semi-novos”... E praticamente todos eles se dirigiam para o Porto de Santos. Até o ônibus chegar à Rodo-via Cônego Domênico Rangoni foi mais de uma hora. Mas, em compensação, ao adentrar nela, pegou trânsito bom nos dois sentidos. Chegando à Cubatão, claramente identificada pela enorme quantidade de in-dústrias, pegamos um pequeno trecho de trânsito de caminhões. Estes seguiam para as indústrias da região e o ônibus teve dificul-dades para fazer seu trajeto. Por volta das 14h00, depois de um belo rolê por dentro de Cubatão, chegamos ao ponto final da linha, no Jardim Casqueiro. O mesmo carro só iria partir às 15h, então pro-curei uma padaria na região para um almoço. A senhora idosa que nos acompanhou durante a viagem ficou aguardando a volta – ela tam-bém resolveu fazer um rolê pela linha. E a moça com a criança... era a esposa do mo-torista. A jornada dura de motorista de ôni-bus fez com que ela levasse a filha e, as duas, acompanhassem a uma viagem da rotina do marido. A volta – Às 15h pontualmente, o ônibus parte do Jardim Casqueiro rumo ao Guarujá. A volta foi um pouco mais rápida mas isso não significa que o ônibus não tenha pego trânsito. E, de novo, na área industrial de Cubatão. Era por volta das 16h00 quando che-gamos à área industrial de Cubatão. O trânsito estava pior do que na ida. Muitos caminhões e, pra completar, muitos ônibus fretados, pro-vavelmente indo levar e buscar os funcionári-os da indústrias da região – horário de troca de turno. E nessas, o metropolitano da linha 909 tentava buscar um espacinho para parar

José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

no ponto. Mas, como isso demoraria muito, o único passageiro foi até o ônibus e facilitou a vida do motorista. Sem mais ninguém no ponto, ele pegou a faixa da esquerda e deixou a “muvuca” de pesados pra trás. A viagem seguiu pela Rodovia Cô-nego Domênico Rangoni, novamente, livre. Trânsito mesmo, só um pouco nas proximi-dades da Vicente de Carvalho, novamente por

conta de caminhões que seguem para o Porto de Santos. No mais, tudo livre. A feira já ha-via terminado e não era necessário o ônibus utilizar outro desvio. A senhora idosa que nos acompan-hou na ida e na volta desceu alguns pontos depois da Rodoviária de Santos. E eu segui até o Terminal Ferry Boat, final da linha, onde chegamos por volta das 17h00. De lá, segui de volta pra Santos.

LITORAL • Veículo da Viação Bertioga, e caminhões aguardando para entrar no Porto

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PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

A SCS Software, desenvolvedora do consagrado Euro Truck Simulator, anunciou em seu blog o início de uma customização em cima do Euro Truck Simulator 2 para ônibus rodoviários. Foram divulgadas screenshots das modificações, que incluem a adição de um Irizar i6 e a colocação de rodoviárias nas cidades em cima do atual mapa do ETS2. Os desenvolvedores, entretanto, es-clarecem que se trata apenas de um experi-mento, e que não há certeza se ele se con-cretizará e virá um novo produto ou pacote de expansão. Mas, pensando bem, ninguém modela um ônibus a toa, muito menos modela prédios de rodoviárias e altera um mapa com várias cidades se não há uma chance consid-erável de que isso irá ao mercado. Até aí, tudo legal. Procurando modi-ficações não-oficiais no ETS2 para dirigir ônibus rodoviários, achei um “Mod Bus Sta-tion V1”, com adição de rodoviárias. Pela screenshot que aparecia no blog onde achei parecia quase o mesmo tipo de rodoviária que está sendo desenvolvido pela SCS Software no tal experimento. Resolvi baixar o arquivo, para verificar se era uma “trollagem”, pois não há nada divulgado pela SCS Software a não ser algumas imagens. Além disso, instalei um Marcopolo Paradiso G7 1800DD 6x2 e um Paradiso G7 1200 4x2, ambos modifica-ções em cima do Scania série R. Após colocar o arquivo do “Mod Bus Station V1” fui conferir no game se houve alguma mudança. Incrivelmente, to-das as cidades ganharam rodoviárias de estilo muito semelhante ao que a SCS Software está desenvolvendo. Está bem feito até demais. Entretanto, há algumas falhas. Há rodoviárias inacessíveis porque a rua que dá acesso está bloqueada, rodoviárias com um desnível gi-gantesco que faz o ônibus raspar, entre out-ros. Mas, no geral, tudo muito bem feito. Em um dos blogs onde há link de download para esse mod, há um comentário de uma pessoa que não se identifica, mas que diz ser beta-tester (testador de versão beta) de uma suposta versão oficial do Euro Truck Simulator 2 com ônibus rodoviários, e de-nuncia que o tal mod de rodoviárias só pode ser obra de um outro beta-tester que teria ten-tado compartilhar as modificações da SCS Software que estão em testes. A pessoa que comenta ainda completa que as rodoviárias são idênticas às da versão beta que ele está testando. Em outro site, há comentários afir-mando que as tais rodoviárias estão em teste de versão beta para uma versão 1.4 do ETS2. Enfim, estou jogando a versão 1.31 do ETS2 dirigindo ônibus e num mapa com rodoviárias. Basta procurar “Mod Bus Sta-

Euro Coach Simulator?

tion ETS2” no Google. Até porque, por mo-tivos legais, o link não será compartilhado aqui. Já os Paradisos G7 podem ser en-contrados neste link: http://eurotruck2simu-lator.blogspot.com.br/search/label/Onibus. Enfim, se os boatos são verdade

(e parecem ser!), cabeças irão rolar na SCS Software. Por um lado, é uma pena, pois uma surpresa (muito bem-vinda) foi estragada. Por outro, o mod não deixa de ser uma boa fonte de diversão, e uma nova e agradável experiência para quem queria jogar no ETS2 com ônibus.

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S C A N I A T O P T E A M

Ricardo Bochnia, Antonio Sergio Pereira, Marlon da Silva, Luis Fernando Londero e Alexandre Bernardino Martins são os melhores profissionais de serviços da rede Scania no Bra-sil. A equipe da Casa Scania Battistella de São José dos Pinhais (PR) foi a vencedora, no fim de semana, da Final Nacional Brasil da competição Top Team 2012-2013. Em junho, o time dis-putará com outros cinco países duas vagas que darão direito a participar da final internacional, em novembro na Suécia. A ação, que nasceu na Suécia em 1996, tem por objetivo qualificar e desenvolver ainda mais as habilidades dos profissionais que trabal-ham nas Casas Scania. O Top Team 2012-2013 teve 183 equipes inscritas, com cerca de 1.200 pessoas envolvidas. Para concorrer ao título na-cional os times passaram por duas fases teóricas entre outubro e novembro de 2012, em que re-sponderam a 100 questões do dia a dia de uma concessionária e sobre conhecimentos técnicos dos produtos da marca. Pelo regulamento, ape-nas as cinco melhores foram classificadas para a final, realizada no Centro de Capacitação da Sca-nia, na fábrica de S. Bernardo do Campo (SP). O ranking com as cinco melhores equi-pes de serviços da rede Scania ficou definido com a campeã Battistella (de São José dos Pin-hais – PR), seguida por Codema (Guarulhos – SP), Battistella (Cascavel – PR), Equipo (Rio de Janeiro) e Brasdiesel (Ijuí – RS). “O Top Team tem uma fórmula sim-ples: testar as habilidades dos profissionais de serviços das Casas Scania de todo o mundo. Com isso, ganham os profissionais da rede e os nossos clientes, que receberão serviços ainda melhores nas concessionárias”, afirma Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania do Brasil. “Nós queremos prestigiar ainda mais nossos colaboradores de serviços, pois eles são os responsáveis pela dis-ponibilidade adequada para os transportadores garantirem a rentabilidade de seu negócio.” “Para qualificar continuamente a rede por meio dessa competição, a ideia é combinar conhecimento prático e teórico com o trabalho em equipe”, diz Gustavo Córdoba, gerente exec-utivo da Scania Academy Américas, organizado-

ra da ação em parceria com a área de desenvolvi-mento da rede Scania. “A fórmula da disputa é positiva, pois motiva a equipe a estudar cada vez mais e buscar o atendimento ao cliente da forma mais completa.”

A decisão Para definir o time vencedor do Top Team 2012-2013, a final nacional foi decidida em cinco etapas, com provas em uma estação teórica e quatro em estações práticas. Cada es-tação valia 50 pontos, num total possível de 250 pontos. Cada equipe teve 20 minutos para pre-parar sua estratégia e outros 20 minutos para re-solver cada fase. Foi decisivo somar mais pontos no menor tempo. Ao todo, 12 juízes fizeram as avaliações. As questões teóricas contavam com temas do dia a dia da oficina e conhecimentos dos produtos Scania. Na parte dinâmica, os pro-fissionais foram desafiados a resolver situações reais nos caminhões. O método de avaliação para a soma dos pontos levou em conta o diagnóstico, a reparação, a metodologia de trabalho escolhida, o grau de segurança executado e o tempo. O val-or total da premiação chegou a R$ 100 mil. “A dificuldade maior foi correr contra o tempo. Tivemos de ser eficientes e achar a mel-hor solução para o problema apresentado”, relata Luis Fernando Londero, pertencente ao quinteto vencedor da Casa Scania Battistella. “Nós cresc-emos mais ainda como profissionais e isso será refletido na qualidade do serviço ao cliente. Ter-emos um aumento fundamental de excelência e credibilidade.” A campeã nacional está automatica-mente classificada para a próxima fase. No dia 8

de junho de 2013, no Centro de Capacitação da Scania, em S. Bernardo do Campo (SP), ela dis-putará com os primeiros colocados de Argentina, Dubai, Peru, Uruguai e África do Sul duas vagas pela briga do título internacional, em novembro na Suécia, na matriz da Scania. A final interna-cional terá 10 representantes: dois das Américas, Oriente Médio e África do Sul, dois da Oceania e seis da Europa.

Regulamento Os profissionais das áreas de serviços das Casas Scania, com exceção dos supervisores, chefes e gerentes, puderam se inscrever no Top Team. As concessionárias tiveram a possibili-dade de indicar quantos times desejassem desde que possuíssem de três a cinco membros. Tam-bém foi designado um líder/capitão. O período de inscrição foi de setembro a outubro de 2012. As duas fases teóricas e seletivas foram entre out-ubro e novembro. Em dezembro, a organização divulgou a lista com as 20 mais bem colocadas, mas apenas as cinco primeiras puderam disputar o título nacional.

Histórico O Top Team nasceu na Suécia em 1996. Na primeira edição, participaram os cinco países nórdicos: Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca e Islândia. Em 2003, a competição contou com representantes de 17 países euro-peus. Em 2005, o número de países subiu para 21. O ano de 2011 registrou 44 representantes e marcou a estreia do Brasil no evento, que chegou até a final internacional com a equipe da Codema (Guarulhos – SP). A atual campeã é uma equipe da Austrália.

OS MELHORES DA REDEDE SERVIÇOS SCANIA• Da Scania [email protected]

Scania

BATTISTELLA • A equipe campeã, de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, no Paraná

Casa Battistella, do Paraná, foi a vencedora desta edição

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REVISTAINTERBUSS • 31/03/13 23

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM DEZEMBRO DE 2012Os colecionadores Dorival Nunes Bezerra e Sérgio Carvalho durante sessão de fotos nasaída de ônibus na Rodoviária do Tietê

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

26,38% • Volvo

33,07% • Scania

Em São Paulo

OS PRIMEIROS AUDACE

Depois de alguns meses do lançamento nacional do Marcopolo Audace, ocorrido em outubro do ano passado durante a Fetransrio, no Rio de Janeiro, as primeiras unidades do novíssimo modelo da encarroçadora caxiense começaram a ser vendidas. A Braulino, de Minas Gerais, foi uma das pioneiras

21,79% • M. Benz 6,38% • MAN/Volks

1,95% • Agrale9,42% • Outras

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31/03/13 • REVISTAINTERBUSS24

A S F O T O S D A S E M A N A

GUILHERME RAFAELIrizar Century Volvo B12B • Garcia

MARCOS LISBOAMarcopolo Paradisp G7 1800DD Volvo B450R • Volvo

SÉRGIO IBAÑEZ - DIVULGAÇÃO FÁBIO VARGASVolvo B9LA 360 • Europeu

DIVULGAÇÃO WINDY SILVA DOS SANTOSVolvo 7300 • Volvo

HELGRIM ANDRADEMarcopolo Paradiso G7 1800DD Volvo B12R • Eucatur

GUILHERME RAFAELMarcopolo Paradiso G7 1050 Volvo B9R • Garcia

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634

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REVISTAINTERBUSS • 31/03/13 25

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

GIANGIULIO COCCOMarcopolo Paradiso G7 1800DD MBB O-500RSD • UTIL

GUILHERME RAFAELNielson Diplomata Sete Quedas Scania B111 • Garcia

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook • www.facebook.com/groups/129417520494728/

MATHEUS SOUZAMarcopolo Viale BRT MBB O-500U • Araçatuba

JOSENILTON CAVALCANTE DA CRUZCaio Apache S21 MBB OF-1721 • Padre Miguel

WILLIAM BISPOCaio Apache Vip MBB OF-1721 • Cidade Tiradentes

DIVULGAÇÃO ANDERSON RIBEIRO DE PAULAScania-Vabis B-75 • Reunidas Paulista

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NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

IMPOSTOS • Isenções tributárias do Governo Federal podem não se restringir ao óleo diesel dos ônibus e, com a aprovação do Reitup, há a possibilidade de redução de impostos sobre energia elétrica de modais não poluentes, como trólebus, metrô e trem. Foto: Adamo Bazani A proposta de equipe econômica da presidente Dilma Rousseff de isentar os im-postos PIS / Cofins sobre o óleo diesel dos ônibus urbanos pode ser ampliada. Há um estudo para que a desonera-ção destes tributos seja sobre o faturamento das empresas de transportes e com isso, pode-riam ser incluídos outros meios de transporte urbano que não usam diesel, como trem, metrô e trólebus. E caminhos para isso, o Governo Federal tem. Ele pode aproveitar o projeto de lei número 310, que tramita na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que cria o Reitup – Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropoli-tano de Passageiros. A facilidade é que o projeto do Reit-up pode ser analisado em caráter terminativo, ou seja, somente pela Comissão, sem a neces-sidade de entrar nas longas filas das pautas de

votação do plenário. O Reitup prevê menos impostos nos combustíveis, tanto os fósseis como os renováveis e energia elétrica, pneus, peças, chassis e carrocerias e outros insumos usados diretamente na prestação de serviços. Se as empresas não atenderem todas as exigências de contrapartida do Reitup num período de seis meses, como redução nos ín-dices de aumentos das tarifas, pagamento em dia de impostos e salários, investimentos em melhorias da frota e serviços e oferta de in-tegrações, elas perderão individualmente ser excluídas do regime. Estados e municípios também pode participar desonerando as prestadoras de ser-viços de tributos como ICMS – Imposto so-bre Circulação de Mercadorias e Serviços e ISS – Imposto sobre Serviços. Com a disposição agora do Governo Federal, preocupado com a perda do controle

da inflação e com os impactos dos aumentos das tarifas de transportes nos índices infla-cionários, o Reitup pode agora começar a sair do papel. As expectativas para a aprovação do Reitup são positivas. Um dos autores do pro-jeto, deputado Carlos Zarattini, acredita que o regime pode reduzir entre 20% e 25% o valor das tarifas e os próximos aumentos. Pelo projeto, a Cide – Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico continuaria zerada para o óleo diesel de ôni-bus. Também seria desonerado o custo de en-ergia elétrica para transportes de tecnologia limpa, como trólebus, metrô e trens. Mas com ou sem Reitup, as desone-rações fiscais que devem ocorrer serão condi-cionadas a ações das empresas prestadoras de serviços, como reajustes menores das passa-gens e integrações tarifárias nos moldes do Bilhete Único.

Redução de impostos sobre transportespúblicos deve ser maior

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