revista inox - ed. 36
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Revista Inox - Ed. 36TRANSCRIPT
MAIS INOX NA CENA
PAULISTANA
MAIS INOX NA CENA
PAULISTANA
Publicação da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox – Janeiro / Mar ço de 2011
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FACHADA DA ESTAÇÃO BUTANTÃDO METRÔ SE DESTACA
NA PAISAGEM DE SÃO PAULO
ACADEMIAS A CÉU ABERTOEQUIPAMENTOS DE MUSCULAÇÃO EM INOX GANHAM AS PRAIAS DO RIO DE JANEIRO
PRÊMIO INOVINOX 2010CONFIRA OS TRÊS PROJETOS VENCEDORES QUE INCENTIVAM O USO DO INOX
MOBILIÁRIO URBANOCOMO ARQUITETOS PODEM TIRAR PARTIDO DAS VANTAGENS E PROPRIEDADES DO INOX
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negócios ..........................................................................6Academias à beira-mar adotam equipamentos de inoxRio de Janeiro e outras cidades do país
ganham academias ao ar livre, com
aparelhos de musculação em inox.
Material resiste à corrosão, à poluição
e dispensa manutenção
entrevista ..............................................................10Acessibilidade no ambiente urbano A arquiteta Eliete Mariani fala sobre a
substituição de corrimãos nas estações do
Metrô de São Paulo por elementos de aço
inox, que reduzem custos de manutenção
capa ........................................................................................................................................................16Inox reveste fachada da Estação Butantã do Metrô, em SP Formas sinuosas e inclinadas compõem a inusitada volumetria
da fachada de inox da estação Butantã do Metrô,
da Linha Amarela, na capital paulistana
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sumário
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O aço inoxidável vem conquistando cada vez mais espa-
ços em grandes obras públicas no país como mostramos
nessa edição da Revista Inox. O destaque é a presença do
material na estação Butantã do Metrô de São Paulo, cuja
fachada de inox se sobressai na cena paulistana e também
seu grande potencial de uso em mobiliário urbano.
Em razão de suas propriedades físicas e estéticas, além
de ser um produto nobre, moderno e bonito, suas caracte-
rísticas como resistência à corrosão e facilidade de limpeza
o tornam imbatível como opção que resiste às mais seve-
ras condições de uso e que ajudam a reduzir os investi-
mentos públicos em manutenção, já que seu longo ciclo de
vida compensa um possível custo inicial mais alto.
Utilizado em estruturas e itens de segurança, o aço ino-
xidável responde aos critérios de segurança e conforto dos
usuários, fundamentais nos projetos de equipamentos de
mobiliário urbano. Leve e ao mesmo tempo robusto, conse-
gue suportar agressões do ambiente sem se deteriorar.
Leia também o artigo que trata da avaliação do custo ini-
cial de investimento do aço inox, considerando que, apesar
de mais elevado, apresenta melhor relação custo-benefício
quando aplicada a metodologia do Custeio de Ciclo de Vida
(CCV) em equipamentos públicos. Esse método leva em
conta, além dos investimentos, todos os demais custos
existentes durante as diferentes fases do ciclo de vida. Ou
seja, desde produção, transporte, instalação, operação,
manutenções, desativação, reposição, reuso e reciclagem
dos materiais residuais.
Apesar dessas enormes vantagens, no Brasil a utilização
do aço inoxidável em equipamentos urbanos ainda está
muito abaixo do desejável, considerando os aspectos rela-
cionados à sustentabilidade, economia de custos de manu-
tenção e otimização de recursos públicos.
Conheça também os três projetos vencedores da primei-
ra edição do Prêmio InovInox, para estudantes de arquite-
tura e design, cujos trabalhos, em sua maioria, foram consi-
derados de alto nível pelos jurados.
Leia ainda reportagem sobre a empresa Muscle Beach
que criou as academias a céu aberto no país, começando
pelo Rio de Janeiro, onde os equipamentos de musculação
e ginástica são fabricados em inox a fim de resistir ao
ambiente marítimo.
Boa leitura!
O GRANDE POTENCIAL DO INOX EM OBRAS PÚBLICAS URBANAS
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prêmio ................................................................................22InovInox: conheça os três vencedores Primeira edição do Prêmio InovInox, para
estudantes de arquitetura e design, cumpre
objetivo de ampliar as aplicações do inox
no país e revela trabalhos de alto nível
evento ........................................................................................................................26Visitantes aprovam Feinox e Coninox 2010Nível de satisfação do público visitante foi alto
e 96% consideraram a feira como boa oportunidade
de prospectar negócios, adquirir conhecimentos
e fazer networking
artigo..........................................................................................................................28Mobiliário urbano em aço inoxidável Com ciclo de vida longo, o aço inox é, na maioria dos
casos, a opção mais interessante em termos de custos
e resistência para uso em peças de mobiliário urbano
seção ........................................................................................................................33Notícias InoxAs novidades das empresas que compõem
a cadeia produtiva do Inox
Publicação da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1234 cjto. 141 – cep 01451-913
São Paulo/SP – Fone (11) 3813-0969 – Fax (11) 3813-1064
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Serviço de fotolito e impressão: Estilo Hum
Foto da capa: Marcelo Scandaroli
A reprodução de textos é livre, desde que citada a fonte.
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Malhar ao ar livre, na orla marí-
tima ou em praças com muito
verde e ainda por cima de
graça. Essa é uma combinação que
está caindo no gosto da população das
grandes cidades. No Rio de Janeiro,
com a implantação do Projeto Rio Praia
Maravilhosa, que contempla a orla
carioca com a instalação de 40 novos
conjuntos de equipamentos para alon-
gamento e ginástica, é uma tendência
sem volta. Além disso, professores de
educação física ficam disponíveis para
avaliações gratuitas, orientação espe-
cializada e auxílio à população na práti-
ca continuada de atividades físicas.
Mas o mais importante é que os equi-
pamentos são produzidos em aço inoxi-
dável, material resistente à corrosão e à
poluição, o que aumenta sua vida útil e
dispensa manutenção constante. A ini-
ciativa pioneira é da empresa Muscle
Beach, sediada no Rio de Janeiro, onde já
montou unidades nas cidades de
Búzios, Rio de Janeiro, Campos, Cabo
Frio e Macaé, além de academias ao ar
livre instaladas em Vitória (ES), Toledo
(PR), entre outros municípios.
O empresário Marcus Vinicius de
Moraes Correia, diretor da Muscle
Beach, se inspirou quando fez uma via-
gem à Califórnia, em 1996. Lá, ele par-
ticipou do Campeonato Pan-Americano
de Jiu-Jitsu e conheceu a academia ao
ar livre de Venice Beach, famosa praia
de Los Angeles (veja Box). “Porém, ao
contrário das academias que implanta-
mos no Brasil, a americana utiliza equi-
pamentos de aço carbono, que preci-
sam ser trocados a cada três ou quatro
anos. No Brasil, acredito sermos os úni-
cos a utilizar os equipamentos de mus-
culação em aço inox. Com isso, a dura-
bilidade é muito grande, evitando
investimentos constantes em trocas e
em manutenção”, explica Correia.
Os primeiros projetos foram desen-
volvidos junto a governos municipais,
que enfatizaram o caráter social e turís-
tico. O sucesso foi imediato. Existem
diferentes modelos de academias. Elas
podem ser projetadas para atender à
população em locais públicos, como
praças e praias, ou podem ser configu-
radas para hotéis, resorts, empresas,
academias particulares e residências
de campo ou praia.
Segundo ele, as academias implanta-
das pela Muscle Beach são lugares
democráticos. “Promovem o convívio
harmonioso entre pessoas de diferentes
classes e idades. Um projeto como este
mostra a preocupação, de um governo
ou empresa, em oferecer a uma boa par-
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negócios
Equipamentos de ginástica e musculação
ganham as praias do Rio de Janeiro, além de
outras cidades brasileiras. A Muscle Beach,
empresa que produz os aparelhos em inox, é
pioneira na montagem das academias ao ar livre,
que estão conquistando a população
INOX A SERVIÇO
Equipamentos de inox paraginástica no Rio
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DA BOA FORMA
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Há muito tempo a população dos Estados Unidos cultua o fitness. A paixão começou na década de 30, no Sul da Califórnia, na Praia de Santa Mônica,num lugar batizado depois de Muscle Beach.No começo, o foco dos jovens era a ginástica,aliada à diversão. Mas, depois, durante asdécadas de 1930, 1940 e 1950, homens emulheres se reuniam ali para praticar saltos,acrobacias e torres humanas. A fama desse movimento se espalhou ecresceu tanto que, nos fins de semana, atédez mil pessoas compareciam à praia paraacompanhar as performances.
Em 1959, o espaço de Santa Mônica foifechado. No entanto, logo em seguida, a praiavizinha Venice vinha ganhando espaço emrelação às atividades físicas, com umpequeno número de levantadores de peso,que se exercitavam lá. Comprada e operadapelo Departamento de Recreação e Parques da Prefeitura de Los Angeles, a Academia "The Pen" passou a ser o local dos entusiastas do culto ao físico e à saúde. E acabou virando moda.Mais tarde, durante os anos 1960 e 1970, a academia passou a ser chamada, pelosmoradores e visitantes, de Muscle Beach.
O investimento do governo alcançou US$ 500 mil e possibilitou a montagem deuma infraestrutura tornando-se famosa nomundo inteiro. Mas, em relação ao projetobrasileiro, essa academia apresenta algumasdiferenças. Além de não ser gratuita, possuiequipamentos mais simples, fabricados emaço carbono, o que ocasiona um aceleradoprocesso de oxidação. Por isso, o objetivo daMuscle Beach brasileira foi adotar uma visãode longo prazo e de economia de recursospara as prefeituras, desenvolvendo aparelhosem aço inox, com maior vida útil e resistênciaà atmosfera marítima.
SONHO CALIFORNIANO
cela da população a chance de um con-
vívio social. É um lugar de diversão, con-
vivência e saúde”, destaca Correia.
AÇO INOX 304Além de sua beleza e facilidade de
limpeza, os equipamentos são fabrica-
dos com perfis retangulares de aço inox
304 (austenítico), de acabamento poli-
do, que oferece alta resistência à corro-
são e à exposição a agentes agressivos
presentes nas áreas urbanas. A Muscle
Beach possui uma unidade de produção
própria na Ilha do Governador (RJ), e
conta também com parceiras que, em
certas épocas, atuam como fornecedo-
ras, fabricando projetos sob licencia-
mento da empresa.
Os principais equipamentos são apa-
relhos de musculação e ginástica, com
mancais especiais importados dos EUA.
Utilizam estofados como os de embar-
cações, iates e lanchas de lazer, que
têm resistência à chuva, ao vento e aos
raios solares. “Em um novo equipamen-
to, um módulo de ginástica e alonga-
mento, implantado na orla do Rio de
Janeiro, utilizamos ‘madeira plástica’ no
piso, material que além de ser reciclado
é mais econômico, tanto do ponto de
vista da manutenção como em durabili-
dade”, destaca Correia.
Com equipes de manutenção dos
equipamentos instalados na orla do
Rio, a principal medida de segurança é
a presença obrigatória de profissionais
de educação física durante o uso dos
equipamentos pelos alunos. De acordo
com Correia, como o projeto envolve
saúde, esporte, turismo e integração
social, as academias ao ar livre são
amplamente aceitas pelo público e,
nestes 12 anos de história, já são mais
de 150 mil pessoas cadastradas no
projeto, e mais de 30 unidades implan-
tadas pela Muscle Beach.
“Nossos projetos têm financiamento
privado (patrocinadores) e público
(prefeituras municipais). Hoje, conta-
mos com grandes empresas como par-
ceiras, entre elas, os bancos Santander
e Itaú, além da CSN, Amil, patrocinadora
desde 2005, e a Cedae”, conta Correia.
Heloisa Medeiros
Fabricados com perfis retangulares de aço inox 304 polido, equipamentos têm alta resistência à corrosão
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entrevista
Estações do Metrô de São Paulo buscam acessibilidade universal A arquiteta Eliete Mariani, da Gerência de Operações
da Companhia do Metropolitano de São Paulo, vem
acompanhando as alterações realizadas nas estações para
que elas possam atender aos usuários com necessidades
especiais e dificuldades de mobilidade. Nessa entrevista
à Revista Inox, Eliete fala sobre acessibilidade
e explica os motivos da substituição dos corrimãos
de todas as estações pelos de aço inoxidável
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Atualmente todas as estações do Metrô de SãoPaulo possuem corrimãos de aço inox. Por que ocor-reu a troca?
As estações tinham dois tipos de corrimãos. Um
deles, em aço inox, com seção retangular, presen-
te nas estações mais antigas. Era belíssimo, de
design italiano, mas não apresentava continuidade
entre os trechos de escadas, nem a empunhadura
exigida pelas normas de acessibilidade. Para o
portador de deficiência visual, a falta de continui-
dade gera uma enorme insegurança. Esse tipo de
corrimão também não oferecia apoio seguro para
as pessoas mais idosas, ou com alguma deficiên-
cia motora, pois não conseguiam segurá-lo com
firmeza por ser retangular. O outro modelo, presen-
te nas estações mais novas, era em alumínio, de
seção redonda, com 6,5 cm de diâmetro, dimen-
são considerada muito grande para empunhadura
e que também não nos permitia resolver o proble-
ma da continuidade.
As peças foram substituídas em todas as esta-ções? Como foi essa operação?
Foi uma revolução porque precisávamos trocar
todos os corrimãos de todas as estações. Para de-
cidir qual material empregar, entre outras exigên-
cias, era preciso estimular o usuário a fazer uso do
corrimão. As pessoas só seguram naquilo que
olham e consideram limpo. Ninguém coloca a mão
num corrimão mal pintado ou, muitas vezes, enfer-
rujado. E se não segura, a pessoa corre o risco de
se acidentar. Como o aço inoxidável permite uma
limpeza mais fácil e, mesmo que não ocorra uma
limpeza frequente, mantém um bom aspecto, opta-
mos por ele. Além da facilidade de limpeza, tem
uma durabilidade muito grande, como é necessário
numa estação. Esse material não enferruja, não
desgasta e permite encaixes com solda, tornando
possível fazer todas as curvas necessárias para
emendas nos trechos de escadas, resolvendo a
questão da continuidade.
Chegou-se a estudar o uso de outros materiais?O aço carbono seria uma alternativa inicialmente
mais econômica, mas teria de ser pintado. E não con-
seguimos viabilizar uma pintura que resistisse ao
desgaste provocado pelo tráfego de pessoas em uma
estação de Metrô. Tudo o que é pintado e que as pes-
soas precisam colocar a mão vai, necessariamente,
se desgastar. De uma forma geral, nas estações pro-
curamos ter materiais de acabamento íntegro, de
modo que mesmo que ocorra o desgaste sua aparên-
cia não mude. Por exemplo, o granito do piso de algu-
mas estações pode se desgastar, mas o aspecto con-
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tinua sendo o mesmo. Com
o aço inoxidável, ocorre a
mesma coisa. Ele pode ser
tocado por muitas pessoas,
ir se desgastando, mas
mantém sempre o mesmo
aspecto. Fizemos estudos
junto com uma empresa que trabalha com o mate-
rial, sobre qual seria o brilho ideal no acabamento.
Procuramos um equilíbrio para que o inox não
ficasse marcado pelo contato das mãos e também
não fosse áspero demais, a ponto de dificultar o
correr das mãos e as operações de limpeza. Com o
alumínio, já tínhamos experiências em várias esta-
ções, mas, com o uso, a camada de anodização se
desgastava.
Quanto tempo demorou o processo de substitui-ção dos corrimãos?
Como empresa pública, existe todo um processo
para contratação de serviços, que foi cumprido.
Depois disso, foram cerca de dois anos para fazer a
substituição em todas as estações. O resultado foi
bastante satisfatório sob todos os aspectos.
Além dos corrimãos, o Metrô emprega o aço inoxem outros acabamentos?
O projeto do Metrô, que data do final dos anos
1960 antevia a necessidade
de contar com materiais re-
sistentes ao uso público. Nas
estações mais antigas, da Li-
nha 1 – Azul, os edifícios são
de concreto, os pisos em gra-
nito e há vários itens em aço
inoxidável, como corrimãos, acabamento de muretas
de concreto e fechamentos de quadros elétricos ou
de outros tipos de quadros. Em todos os acabamen-
tos que estavam ao alcance do público optou-se pelo
aço inox pois, além de ser resistente, tem aspecto
agradável. Já nas estações da Linha 3 – Vermelha,
procurou-se fazer acabamentos mais econômicos.
Com o tempo, verificou-se que a economia inicial não
compensava os gastos com a manutenção. No proje-
to de novas estações, no final dos anos 90, foi feito
um balanço do que deu certo ou não, e voltamos
para o aço inoxidável. O aço carbono ainda é usado
em áreas externas, em acessos distantes, pois, há
problema de furto em razão do valor do aço inox.
Nas mais de duas décadas de trabalho no Metrô,como você acompanhou a adequação das estaçõesàs necessidades de usuários portadores de defi-ciência física?
Desde 1992, quando me formei em arquitetura,
atuo na área de acessibilidade. Inicialmente, o que me
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“O aço inoxidável pode ser tocado por muitaspessoas, ir se desgastando,
mas mantém sempre amesma aparência”
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chamou a atenção para o assunto foi a constituição
da Associação Amigos Metroviários dos Excepcio-
nais (AME). Eu e o presidente da associação traba-
lhávamos em áreas próximas e conversávamos
bastante. Tomei consciência de que essas pessoas
não são incapazes, podem e devem produzir. Na
época, já existiam entidades que atuavam em favor
das pessoas portadoras de deficiência, mas eram
pouco conhecidas. Mas, os movimentos foram
aumentando e surgiu legislação obrigando empre-
sas a contratarem pessoas nessas condições. As-
sim, os meios de transporte passaram a ter grande
foco com relação à acessibilidade. Foi uma época
de movimento muito intenso para a criação de
legislação e normas. Não existiam parâmetros téc-
nicos detalhados sobre o que as pessoas realmen-
te precisavam para utilizar, de maneira autônoma e
segura, um trem ou um ônibus, como, por exemplo,
o tamanho ideal de uma porta ou inclinação ade-
quada de uma rampa.
Na época, não existiam normas sobre o tema?Já existia a NBR 9050, que trata da acessibilida-
de nas edificações, mas que, na época, apresenta-
va poucos detalhes. Essa norma começou a ser
revisada no final de 1999. Mas o período da revisão
se estendeu, pois eram muitos dados a abranger ao
máximo as especificidades. Assim, a revisão da
norma foi aprovada em 2004. No caso dos corri-
mãos, por exemplo, participaram das reuniões mui-
tas pessoas portadoras de deficiência, que expu-
nham seus pareceres. Contamos com terapeutas
ocupacionais, que conhecem profundamente as
diversas especificidades, e todos puderam chegar
a um consenso. Se você conversa com um portador
de deficiência, ele fala da sua necessidade particu-
lar, mas quando se pensa em ambiente público é
necessário se considerar o maior número de
necessidades existentes. É preciso ir pela maioria,
considerando-se todas as dificuldades. São neces-
sários estudos técnicos. Foi dessa forma que che-
gamos, por exemplo, aos diâmetros de corrimãos e
suas formas, às inclinações de rampas, ao tipo de
guarda-corpo e à sinalização tátil no piso, item que
todos reconheciam como necessário, mas que até
aquela ocasião ninguém sabia o que era ideal.
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Como se deu o processo de adequação às normasde acessibilidade no Metrô?
O Metrô sempre se preocupou com o conforto,
segurança, limpeza, padrão de atendimento, entre
outros itens de qualidade. A acessibilidade não era
um conceito difundido pela sociedade décadas
atrás. Mas, com a disseminação do conceito de
inclusão de pessoas portadoras de deficiência hou-
ve necessidade de se adequar edifícios e serviços.
As estações já contavam com escadas rolantes. Já
as estações da Linha 3 – Vermelha e Linha 2 – Verde
foram concebidas com elevadores e rampas, e a
Companhia possuía um serviço de atendimento,
com empregados treinados para atender e conduzir
portadores de deficiência. Porém, conforme mencio-
nei anteriormente, não havia parâmetros técnicos
rigorosamente definidos e passamos, então, a rece-
ber visitas de entidades e portadores de deficiência
para ouví-los e analisar a questão. Isso ocorreu em
consonância com os movimentos de revisão e elabo-
ração das normas técnicas, culminando com a publi-
cação do Decreto Federal Nº 5.296, em 2004. Este
estabelece parâmetros e prazos para que todos os
edifícios públicos e meios de transporte se tornem
acessíveis. E faz referência às normas técnicas de
acessibilidade, dando-lhes força de lei. O Metrô ela-
borou então um plano de adequação de suas esta-
ções e trens, que está em fase final de implementa-
ção, antecipando o prazo de dez anos.
As normas foram aprovadas em 2004, há quasesete anos. Elas estão atualizadas?
As normas estão passando novamente por uma
revisão. Mas não deve mudar muita coisa em relação
ao que nós já temos adaptado. Está em vias de ser
publicada uma norma específica – tra-
balho que coordenei – sobre piso tátil.
Apesar de abordar esse item, a NBR
9050 versão 2004, não fechou todas
as questões. E o piso tátil é um item
de acessibilidade ainda pouco conhe-
cido. Certos itens de acessibilidade
são mais simples de serem conheci-
dos e resolvidos. Em rampas, por
exemplo, uma vez definidas a inclina-
ção e a largura, fica fácil aplicar, aten-
dendo-se um grande número de pes-
soas em cadeiras de rodas. Já para
pessoas portadoras de deficiência
visual, é mais complicado orientar quanto ao caminho
a ser percorrido. Um dos aspectos a serem considera-
dos é a variação de visão que essas pessoas muitas
vezes têm. Estima-se que 85% tenham baixa visão e
conseguem visualizar luzes. É por isso que fazemos
os pisos táteis com cores diferentes. Tão importante
quanto a textura tátil é o contraste de cor.
Foi o Metrô ou grupo participante das normas quelevantou esses dados?
Foi o grupo responsável pela norma. Mas o Metrô
participou intensamente. Fizemos testes para ter-
mos referências, já que a melhor forma de você ter
certeza é fazer na prática. E sempre colocamos
para a sociedade aprovar ou não. Diversas entida-
des voltadas aos portadores de deficiência partici-
param da elaboração da norma.
Atualmente, o Metrô de São Paulo atende a todas asnecessidades dos portadores de deficiência física?
Ele está preparado para atender, mas é importan-
te que as pessoas conheçam melhor esses recursos.
Alguns itens, como o piso tátil, por exemplo, são me-
lhor utilizados por pessoas que recebem treinamen-
to. Os especialistas recomendam que pessoas porta-
doras de deficiência visual sejam treinadas para cir-
cular em ambientes públicos, pois essa orientação
sobre mobilidade passa informações importantes de
segurança e facilita o deslocamento. Os projetos de
adequação foram todos concebidos baseados em
padronização. Dessa forma, essas pessoas poderão
encontrar soluções semelhantes em estações dife-
rentes, aumentando sua autonomia e segurança.
Adilson Melendez
“Os especialistasrecomendam que pessoasportadoras de deficiênciavisual sejam treinadas para usar o piso tátil a fim de circular emambientes públicos comsegurança e facilidade no deslocamento”
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capa
Formas sinuosas einclinadas compõem a inusitada volumetriadas fachadas de inox da estação Butantã doMetrô, em São Paulo
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INOX DESTACA ESTAÇÃODE METRÔ NA PAISAGEMDE SÃO PAULO Aço inoxidável que
reveste fachada da
estação Butantã, da
Linha Amarela do Metrô
paulistano, altera para
melhor o cenário urbano
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Numa vizinhança de construções semi-anônimas e
entorno pouco atrativo, o edifício da nova estação
Butantã do Metrô de São Paulo desperta a atenção em
função de pelo menos dois motivos. Em primeiro lugar vem o
gabarito mais alto, pois raramente as estações de Metrô são
verticalizadas. E a inusitada volumetria de suas fachadas, reco-
bertas de aço inox, uma delas sinuosa, acompanhando a curva-
tura do poço de acesso à área de embarque, e outra inclinada.
A estação Butantã, um dos pontos de parada da Linha 4 –
Amarela, faz parte do ramal que ligará a Vila Sônia (zona
oeste) à Luz, região central da capital paulista. Em janeiro,
as obras físicas da estação estavam praticamente concluí-
das e o terminal de ônibus a ela acoplado também se encon-
trava em fase final. A previsão é de que o conjunto comece a
operar no primeiro semestre desse ano.
O prédio mais alto, onde fica a área de acesso para quem
vem da rua, e as salas técnicas e operacionais da estação,
nos pavimentos superiores, faz
conjunto com um bloco de embar-
que complementar, mais baixo e
envidraçado, com testeira em aço
inox. Este se liga ao terminal de
ônibus, a um edifício com bicicletá-
rio, sanitários e salas comerciais.
Atualmente, o procedimento adota-
do pelo Metrô é que o projeto conceitual da arquitetura de
suas estações seja criado internamente por funcionários do
departamento de arquitetura. Numa outra etapa, a compa-
nhia delega a outras equipes o desenvolvimento dessa con-
ceituação. No caso da estação Butantã, o consórcio vencedor
da licitação entregou a incumbência de aprofundar o estudo
preliminar à Themag Engenharia, que subcontratou a Tetra
Arquitetura para formatar o projeto executivo do conjunto.
RECORTE E SOBREPOSIÇÃOO arquiteto Arno Hadlich, da equipe da Tetra, conta que a
estação Butantã encontrava-se volumetricamente definida
e a opção inicial para o revestimento das fachadas eram os
painéis de alumínio composto (ACM). “As primeiras anima-
ções em 3D que criamos foram com base nesse material
em tom azul”, informa. No entanto o aço inoxidável se
mostrou competitivo. “Nesse momento, o consórcio avaliou
que poderia ser mais interessante
aplicar o aço inoxidável”, relata Ha-
dlich. Entre outros motivos, acres-
centa o arquiteto, por tratar-se de
um material que praticamente dis-
pensa manutenção.
A solução para o projeto do siste-
ma de instalação idealizada em con-
Chapas dobradas de inox foram especificadas por suaresistência à ação do vento
e redução nos custos demanutenção
Bloco de embarque complementar, mais baixo e envidraçado, com testeira em aço inox que se liga ao terminal de ônibus
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20 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
junto pela Aperam, que fabrica o material, e pela Sul Metais, res-
ponsável pela conformação das peças e instalação, avalizada
pelos arquitetos da Tetra, levou em consideração os aspectos
estéticos, concebidos pela arquitetura, e os técnicos, de
desempenho do material e a facilidade de instalação na obra.
A Aperam, fabricante do aço inoxidável no Brasil, demons-
trou que o material tem versatilidade para atender às formas
curvas e inclinadas previstas no projeto de arquitetura. Além
da durabilidade e baixa manutenção, importantes nesse tipo
de aplicação, devido ao alto tráfego de pessoas.
Os autores buscavam algo diferente, inovador. A Aperam
propôs então uma solução bastante utilizada na Europa, onde
a tendência é fazer fachadas com chapas não planas. As vanta-
gens são a repetição aliada à versatilidade e a viabilidade
econômica, trabalhando com painéis menos espessos, sem
perda das características do material. No caso da estação
Butantã, trata-se de um sistema modular simples e fácil de
instalar e uma opção bastante competitiva.
RESISTÊNCIA AO VENTO“Os estudos preliminares de arquitetura e de viabilidade
técnica nos indicaram que seria possível aplicar chapas de
menor dimensão e espessura, para garantir a planicidade e
a resistência mecânica”, explica Adriano Dal Colina, diretor
da Sul Metais que fez o beneficiamento e instalação das
réguas de inox. Na obra, foi utilizado o aço inoxidável 444
(ferrítico) com espessura de 0,80 mm e acabamento esco-
vado, tanto na fachada como nas áreas internas.
“Testes em laboratório simularam ventos de até 150 quilô-
metros por hora, tanto com forças de pressão, como de arran-
camento. O material mostrou-se resistente e confiável”, asse-
gura Hadlich. As chapas de aço inox estão encaixadas em uma
estrutura metálica que, por sua vez, fica ancorada na alvenaria
de blocos de concreto da estação. Em ambos os lados da edifi-
cação, existem aberturas circulares, além de recortes retangu-
lares envidraçados com as laterais menores arredondadas.
Durante a conformação do material, a Sul Metais desen-
volveu um sistema de fixação que dispensa o uso de parafu-
sos. “A aplicação é feita através de um esquema de encaixes
que garantiu agilidade, alinhamento e prumo, além da es-
tanqueidade de toda a fachada”, detalha Colina.
O resultado é uma edificação com personalidade marcan-
te que, de fato, se sobressai no entorno. “Atualmente, bus-
cam-se condições diferentes das estações da primeira linha
1 – Azul, cujas edificações praticamente desapareceram na
malha urbana”, justifica o arquiteto da Tetra. O revestimento
em aço inoxidável, no caso da estação Butantã, e das super-
fícies de intenso colorido nas fachadas das estações Faria
Lima e Paulista, são exemplos dessa orientação.
Bem visível na face externa da estação, o aço inoxidável
também está presente no interior do prédio. Desde os fecha-
mentos dos painéis elétricos que protegem a cablagem, até
nas catracas de acesso e nos corrimãos, além dos armários,
onde aparecem combinados com outros materiais como o alu-
mínio anodizado e alumínio composto colorido. Foram tam-
bém as superfícies internas de aço inox que o engenheiro Pli-
nio Godoy utilizou para inserir a iluminação. “O material reflete
melhor a luz e apresenta melhor rendimento”, atesta Hadlich.
CONFORTO DO USUÁRIOSegundo Hadlich, na concepção arquitetônica de esta-
ções de Metrô não se pensa unicamente no edifício, mas,
sobretudo, nas sensações que provocará nos usuário e nos
funcionários. Até 2004, Hadlich foi funcionário do departa-
mento de arquitetura da companhia e integrou a equipe que
definiu as diretrizes da implantação do ramal 4.
Ele argumenta que a arquitetura das estações busca satis-
fazer ao usuário em termos de conforto ambiental e visual,
mesmo no curto espaço de tempo que as pessoas permane-
cem no local. “A visão de arquitetura deve atender aos padrões
da companhia no que se refere às circulações e iluminação,
Durabilidade e baixa manutenção do inox são importantes devido ao altotráfego de pessoas
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mas, sobretudo, precisa fazer com que o usuário se sinta con-
fortável”, reforça. Esse é um dos motivos de o Metrô de São
Paulo praticamente não registrar atos de vandalismo. “O usuá-
rio tem a percepção de estar sendo bem tratado se o espaço é
agradável. Esse respeito ao patrimônio deve-se ao acerto quan-
to à arquitetura das estações”, destaca o arquiteto.
Adotado em maior escala na estação Butantã, na verdade, o
aço inoxidável está presente no Metrô de São Paulo desde o
começo, tanto em função da beleza quanto de suas qualidades
típicas, como, por exemplo, a baixa manutenção e resistência
ao vandalismo. Em todas as estações, os corrimãos são fabri-
cados exclusivamente com inox. Porém, o inox ainda sofre o
preconceito de ser um material caro, o que é um mito, já que há
algum tempo vem se tornando competitivo em termos de cus-
tos iniciais. Sem falar do custo/benefício proveniente de sua
durabilidade e resistência à corrosão, que praticamente elimina
custos de manutenção. “Quando me perguntam sobre a esta-
ção Butantã e informo que o aço inoxidável foi mais barato que
o alumínio, as pessoas ficam surpresas”. A estação Butantã,
avalia Hadlich, pode contribuir para desmistificar essa imagem.
Adilson Melendez
JANEIRO/MARÇO 2011 • INOX 21
Em função da beleza, baixa manutenção e resistência ao vandalismo, o inox foi adotado em grande escala na estação Butantã, tanto nas áreas externas como internas
As réguas da fachada são de aço inox 444 (ferrítico) com espessura de 0,80 mm
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22 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
A tarefa do júri de escolher os melhores trabalhos, entre os
67 projetos inscritos, para o primeiro Prêmio InovInox
2010, promovido pela Associação Brasileira do Aço
Inoxidável – Núcleo Inox, Falmec e Departamento de Design da
PUC Rio, não foi fácil. A grande maioria apresentou um alto nível
técnico e de criatividade. Os vencedores foram Bike-E, que con-
quistou o primeiro lugar, de Eduardo Machado e Leone Fragassi,
da Faculdade de Design Mauá; Suporte para refeição, segundo
lugar, de Marcelo Coelho Pereira, Nathalia Siqueira Totti e Alvaro
Assis Pontes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp); e Uten-
sílios de cutelaria, com terceiro lugar, de Alex Braga Tonda, Timon
Eidi Tio e Raphael de Barros Costa, do Centro Universitário Senac.
prêmio
A primeira edição do Prêmio
InovInox para estudantes
de arquitetura e design foi
um sucesso. Os trabalhos,
em sua maioria, foram
considerados de alto nível
pelo júri. Criada pela
Associação Brasileira do
Aço Inoxidável – Núcleo
Inox, Falmec e PUC-Rio, a
premiação visa ampliar as
aplicações do inox no país
DESIGN DE ALTA
QUALIDADE
Primeiro colocado:
Bike E, bicicleta
conceitual de inox,
assistida por motor elétrico
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A unanimidade entre os promotores
da prêmio e jurados foi a de que primei-
ra edição do Prêmio InovInox foi um
sucesso. O objetivo da premiação, de
incentivar o uso do inox, tirando partido
de suas qualidades, foi totalmente atin-
gido e os participantes conseguiram
explorar com o máximo de proveito a
oportunidade oferecida. O júri do con-
curso, formado por profissionais da
Associação Brasileira do Aço Inoxidável
– Núcleo Inox, Falmec do Brasil, Casa
Cor e Aperam, também contou com
designers atuantes no mercado nacio-
nal e professores universitários de fa-
culdades de Design. Segundo Helio
Levcovitz, gerente de comunicação da
Falmec do Brasil, esta diversidade dos
jurados possibilitou uma riqueza de
olhares em relação aos trabalhos apre-
sentados no processo de votação. Os
projetos inscritos vieram de faculdades
de Design e Arquitetura de São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais.
TENDÊNCIAS A tendência mais marcante dos
projetos selecionados foi a utiliza-
ção do aço inox com outros mate-
riais, tais como vidro, polímeros e
madeira. Outro dado interessante:
a maioria dos trabalhos apresenta-
dos foi acompanhada por um pro-
fessor orientador, o que mostrou
um direcionamento mais eficaz do
aluno em termos de inovação e
criatividade. Tanto que os concor-
rentes superaram todas as expec-
tativas da comissão organizadora e do
júri do concurso.
O primeiro colocado, a Bike E, bicicle-
ta conceitual de inox, assistida por
motor elétrico, foi contemplado pelo
ineditismo, criatividade e qualidade, de
acordo com os jurados. As pranchas de
apresentação do projeto surpreende-
ram a toda a equipe. O modelo foi entre-
gue em tamanho real, demonstrando o
grande empenho dos alunos.
Já o segundo lugar, o Suporte para
Refeição, que inclui suportes e tampos
de mesa que ao mesmo tempo são ban-
dejas encaixáveis, era destinado a ali-
mentação em ambientes coletivos, tais
como refeitórios, restaurantes popula-
res e universitários. O projeto havia se
destacado entre os jurados desde a pri-
meira fase. E mostrou a desenvoltura
dos alunos na concepção de um projeto
que traz a possibilidade do uso do aço
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Suporte para Refeição, segundo colocado, inclui suportes e tampos de mesa que, ao mesmo tempo, são bandejas encaixáveis
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inox no dia a dia. Um dos objetivos do
concurso era justamente estimular o
aumento da utilização do aço inox, prin-
cipalmente, em situações do cotidiano.
Utensílios de Cutelaria, terceiro colo-
cado, venceu pelo bom acabamento e
praticidade. O desafio do projeto foi
configurar um jogo de talheres com es-
tojo a partir de uma única peça plana
de inox, sem utilizar pontos de solda.
“Quando recebemos o modelo, consta-
tamos a qualidade que vimos nas pran-
chas enviadas. Critérios como ousadia
e criatividade foram muito bem utiliza-
dos. O produto está quase pronto para
entrar no mercado, claro que com os
ajustes necessários a partir do modelo
recebido”, avalia Levcovitz.
Os projetos foram enviados aos jura-
dos e cada um fez a avaliação dos tra-
balhos atribuindo notas de 1 a 5. A par-
tir dessa votação, foi ponderada a
média de cada candidato a fim de se
chegar aos três vencedores. “Com a di-
versidade de jurados, cada um estabe-
leceu os seus critérios, o que enrique-
ceu bastante o processo. Basicamente,
os critérios em comum foram criativi-
dade e inovação na utilização do aço
inox”, destaca Levcovitz.
O júri contou com dez profissionais
altamente qualificados e de diversas
áreas, entre eles, Arturo Chao Maceiras
(diretor executivo da Associação Brasi-
leira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox),
Peri Cozer Olhovetchi (da Falmec do Bra-
sil), Angelo Derenze (da Casa Cor), Arlena
Montesano (designer), Guto Índio da
Costa (designer), Natacha Rena (arquite-
ta e designer), Luciano Deos (arquiteto e
designer), Guinter Parschalk (designer),
Rogério Marques (da Mozaik) e Lua
Nitsche (arquiteta e designer).
O balanço da primeira premiação feito
pela Falmec, PUC-Rio e a Associação Bra-
sileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox foi
positivo. Tanto que para a segunda edi-
ção o prêmio será dirigida a estudantes e
profissionais de todo o Brasil. “Realizar
este concurso foi um grande prazer para
toda a equipe organizadora. Atingimos
nossos objetivos e já estamos planejan-
do novidades para a próxima edição. A
idéia é que cada vez tenhamos mais par-
ticipantes, a fim de disseminar a cultura
de utilização do aço inox, tal como é forte
em outros países”, ressalta Levcovitz.
Heloisa Medeiros
O jogo de talheres com estojo, Laslo, que foi concebido a partir de uma chapa de inox, ficou em terceiro
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JANEIRO/MARÇO 2011 • INOX 25
1º lugar – Bike-E (prêmio de R$ 3.000,00)O projeto da bicicleta conceitual de Inox, assistida por motor elétrico, foi criado para oferecer uma opção viável de mobi-
lidade urbana sem agredir o meio ambiente, comportando-se como uma pequena moto com tração elétrica e pedal. A bici-
cleta concorre em preço com as motos de baixa cilindrada, além de ser de fácil manuseio e mobilidade. O projeto, com estru-
tura de inox, possui carcaça em material composto de fibra de carbono, aliando resistência, leveza e bom custo-benefício. A
carenagem é moldada com copolímero PETG. Os elementos estruturais encaixam-se com precisão por meio de um sistema
de pinos-rebites aeronáuticos, promovendo a manutenção fácil e harmonia ao conjunto.
2º lugar – Suporte para refeição em ambientes coletivos (prêmio de R$ 2.000,00)A proposta consiste em mesas de alimentação para ambientes coletivos, tais como refeitórios, restaurantes populares e uni-
versitários. A partir da análise do uso e do comportamento dos usuários, foram observadas necessidades e situações que defi-
niram o projeto. Entre os problemas identificados em refeitórios destacaram-se layout rígido e cansativo, difícil acesso no caso
de cadeiras fixas, além de acúmulo de resíduos, grãos, gordura e migalhas nas mesas.
O resultado foi um desenho mínimo, que desconstrói o modelo convencional e reduz
a forma a seus elementos essenciais, utilizando a versatilidade do aço inox e seu poten-
cial como material inerte em termos de facilidade de limpeza, aparência higiênica, esté-
tica e resistência. Com foco na acessibilidade, o projeto procurou a racionalidade e utili-
zação e na construção das peças com um único material, o inox, que tem baixo custo de
manutenção e é reciclável. A proposta reduziu a mesa a elementos essenciais, como a
bandeja (que comporta prato e serve como tampo encaixável da mesa) e o apoio dobrá-
vel, que confere leveza à estrutura, possibilitando várias maneiras de disposição no
ambiente, além de fácil empilhamento, tornando o espaço do refeitório multifuncional.
3º lugar – Utensílios de Cutelaria (prêmio de R$ 1.000,00)Originados a partir de uma única chapa de inox, os talheres Laslo transportam soluções de design para o mundo da gas-
tronomia. O nome do projeto é uma homenagem a Lázló Moholy-Nagy, designer e professor que lecionou na Bauhaus, com
grande experiência em esculturas de aço. O desafio do projeto foi configurar um jogo de talheres e um estojo a partir de uma
única peça plana de inox, sem utilizar pontos de solda. Seu desenho foi direcionado para resultar em linhas e princípios
minimalistas, sem descartar os aspectos ergonômicos, como a facilidade de empunhadura. O tipo de inox escolhido foi o
410, por apresentar propriedades adequadas aos utensílios de cozinha.
Ficha Técnica Faca – 330 mm de comprimento, 50 mm de largura e 8 mm de altura
Garfo - 330 mm de comprimento, 40 mm de largura e 8 mm de altura
Estojo - 350 mm de comprimento, 100 mm de largura e 12 mm de altura
• Chassi estrutural monobloco
aço inox 304
• Motor GPB Bosch 300w-3500rpm
• Rotor e escovas
• Imãs permanentes
• Tensão de trabalho 12 volts corrente
contínua
• 25 A 3500RPM
• Bateria 12v 6 chumbo selada
• Solda mg com inspeção de superfície
• Tratamento superficial com polimento
• Rodas 25”
• Cubos de freio disco inox 430
• Sistema de transmissão conjugado
Ficha Técnica
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OS VENCEDORES
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26 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
C om cerca de dois mil visitantes, a Feinox (IV Feira
de Tecnologia de Transformação do Aço Inox) e
Coninox (Congresso do Aço Inoxidável), de 2010,
alcançaram um patamar superior como eventos dos
mais importantes para a cadeia produtiva do aço inoxi-
dável. Realizado no Centro de Exposições Imigrantes,
em São Paulo, de 16 a 18 de novembro, a exposição rece-
beu profissionais de 16 estados brasileiros, com predo-
minância de 80% de São Paulo. Além disso, 76% dos visi-
tantes faziam parte de altos níveis decisórios, entre
eles, empresários, diretores, gerentes e compradores,
sendo que 40% deles do setor industrial, 10% do comér-
cio e 10% do segmento de serviços.
A pesquisa de satisfação realizada durante o evento tam-
bém mostrou um acerto quanto ao público-alvo convidado
para a feira, já que 99,5% são compradores exclusivos do
setor de inox. Porém, um número chama a atenção, 90% dos
visitantes nunca haviam ido à Feinox antes, o que significa
PÚBLICO APROVAFEINOX E CONINOX
2010O nível de satisfação do público
com o evento foi alto, pois 96%consideraram a Feinox e o Coninox
como as melhores oportunidades de
prospectar novos produtos, serviços
e adquirir conhecimentos. Cerca de
76% dos visitantes faziam parte
de altos níveis decisórios
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evento
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JANEIRO/MARÇO 2011 • INOX 27
uma grande renovação do público interessado no setor, prova-
velmente, em razão dos novos campos de aplicação do material
na indústria de petróleo e gás, devido ao pré-sal, e ao mesmo
tempo na arquitetura e construção, além do agronegócio.
De acordo com Arturo Chao Maceiras, diretor executivo da
Associação Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox, a avalia-
ção do evento de 2010 é bastante positiva. “Dobramos a área
da feira e conseguimos um bom aumento no número de visi-
tantes. O novo local se mostrou uma ótima escolha, com infra-
estrutura adequada, o que permitirá um crescimento da feira e
do congresso nas próximas edições. Ficou evidente também a
grande qualidade, sofisticação e beleza dos estandes das
empresas expositoras”, destaca ele.
O nível de satisfação do público com o evento foi bastante
alto, pois 96% consideraram a Feinox e o Coninox como as
melhores oportunidades de prospectar novos produtos, servi-
ços e adquirir conhecimentos. Ao mesmo tempo 98% afirma-
ram que a feira apresentou as empresas mais importantes do
setor e uma grande diversidade de produtos e serviços (82%),
além de propiciar as melhores oportunidades de networking
(95%). A organização teve a aprovação de 99% dos entrevista-
dos e o local foi avaliado como adequado na opinião de 98%.
Cerca de 97,5% pretendem voltar na próxima edição e 94%
encontraram o que procuravam durante a feira de 2010.
Em sua quarta edição, o evento teve o dobro de área em
relação ao anterior (em 2008), consolidando a mostra, e
aproveitando as excelentes perspectivas de crescimento de
setores importantes para a cadeia produtiva do inox, entre
eles, o de gás e petróleo, agronegócio, com destaque para o
sucroalcooleiro e o de construção civil e arquitetura.
O Coninox, por sua vez, contou com grande participação
do público, o que comprova o acerto dos temas escolhidos e
a seleção de palestrantes de alto nível. Na avaliação a res-
peito das palestras, participantes as consideraram boas
(62,5%) e ótimas (37,5%), sendo que 87,5% assistiram até
quatro delas e um percentual de 12,5% compareceram a
todas as apresentações. “Neste aspecto, cumprimos tam-
bém nosso objetivo de fazer do Coninox um meio de levar
aos profissionais e empresários as informações valiosas
sobre tendências, tecnologia e novos campos de aplicação
do inox, com vistas à identificação de oportunidades de
negócios do setor”, garante Maceiras.
Heloisa Medeiros
56%tomam decisãode compra
20%influenciamdecisão decompra
24%não influenciamdecisão de compra
PODE
R DEDECISÃO DOS VISITANTES DA FEINOX
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28 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
MOBILIÁRIO URBANOEM AÇO INOXIDÁVEL
artigo
Arturo Chao Maceiras*
A rquitetos e engenheiros podem aproveitar as vantagens oferecidas pelo aço inoxidável,
material versátil e adequado para muitas aplicações na arquitetura e construção civil. Até
algum tempo, o aço inox era considerado apenas em aplicações nobres. Mas, atualmente, é
uma solução efetiva, prática e competitiva em custo. Por suas características, é indicado para con-
dições de utilização e exposição sujeitas às intempéries e corrosão.
O inox é basicamente um aço com baixo carbono e adição de ao menos 10,5% de cromo, o que pro-
porciona a propriedade de resistir à corrosão. O cromo permite a formação de uma camada invisível
e resistente: o filme de óxido de cromo. Se a superfície for danificada mecânica ou quimicamente, o
filme se regenera rapidamente na presença de oxigênio, mesmo que este esteja em pequena quan-
tidade. A resistência à corrosão e outras propriedades do inox aumentam de acordo com o conteúdo
de cromo e adição de outros elementos na liga, tais como molibdênio, níquel e nitrogênio.
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Uso do aço inoxidável
em mobiliário urbano tem
aumentado
por sua resistência
ao vandalismo e
facilidade de manutenção
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JANEIRO/MARÇO 2011 • INOX 29
BENEFÍCIOS DO AÇO INOXIDÁVELNA ARQUITETURA• Elevada resistência à corrosão: não necessi-
tam ser revestidos com qualquer produto.
• Custo de manutenção mínimo: basta apenas
limpeza periódica com água e sabão para conser-
var o acabamento original.
• Resistência e tenacidade elevadas: as proprie-
dades mecânicas dos aços inoxidáveis permitem
utilizar seções mais esbeltas que outros materiais,
reduzindo o peso e custos sem comprometer a
resistência.
• Fácil fabricação: boa soldabilidade e conforma-
ção em operações de corte e dobra.
• Ciclo de vida longo: o aço inox é, na maioria dos
casos, a opção economicamente mais interessante
em custos, considerando seu longo ciclo de vida.
• Higiene: a facilidade de limpeza do aço inox o
transforma na opção prioritária para aplicações
onde a higiene é imperativa, tais como hospitais,
cozinhas profissionais, abatedouros e outras insta-
lações de processamento de alimentos.
• Aparência estética: o brilho e a fácil manuten-
ção da superfície do aço inox, proporcionam apa-
rência contemporânea, ideal para uma larga e cres-
cente gama de aplicações na arquitetura.
• Sustentabilidade: o aço inoxidável é um dos
materiais mais sustentáveis disponíveis para cons-
trução civil e arquitetura, pois proporciona uma
vida útil longa, não requer uso de produtos quími-
cos perigosos para limpeza e minimiza os itens e
custos de manutenção.
MOBILIÁRIO URBANODevido às suas propriedades, o uso do aço inoxi-
dável no mobiliário urbano tem aumentado subs-
tancialmente nos últimos 15 anos nas principais
capitais do mundo, por fornecer interessantes
alternativas estéticas e de projeto e pela diversida-
de de tipos de aço e acabamentos superficiais de
acordo com cada aplicação e ambiente.
No Brasil diversas multinacionais comercializam
espaços publicitários nos mobiliários urbanos e se
encarregam de elaborar design das peças, além de
TAXA MÉDIA DE CORROSÃO ANUAL APÓS 20 ANOS DE EXPOSIÇÃO NA ÁFRICA DO SULPretória - CSIR Durban Bay Cape Town Docks Durban Bluff Walvis Bay Sasolburg
RegiãoTipo de local rural e baixa poluição marinha e marinha e marinha severa e marinha severa e industrial e
moderada poluição moderada poluição moderada baixa poluição alta poluiçãobaixa poluição
SO2 ( g/m3) 6–20 10–55 19–39 10–47 ND ND
Média de chuva 29,4 (746) 40 (1.018) 20 (508) 40 (1.018) 0,31 (8) 26,7 (677)no ano (mm/ano)
Umidade relativa % 26–76 54–84 52–90 54–84 69–96 49–74
Temperatura ºF (ºC) 43–79 (6–26) 61–80 (16–27) 48–77 (9–25) 61–80 (16–27) 50–68 (10–20) 41–67 (5–20)
Tempo de vida deaço galvanizado sem 6–15 3–5 3–7 3–5 0,6–2 5–15pintura (em anos)*
Aço inoxidável Taxa de corrosão anual mils/ano (mm/ano)
316 0,001 (0,000025) 0,001 (0,000025) 0,001 (0,000025) 0,01 (0,000279) 0,004 (0,000102) ND304 0,001 (0,000025) 0,003 (0,000076) 0,005 (0,000127) 0,02 (0,000406) 0,004 (0,000102) ND430 0,001 (0,000025) 0,02 (0,000406) 0,01 (0,000381) 0,07 (0,001727) 0,02 (0,000559) 0,004 (0,000107)
Liga de alumínio
AA 93103 0,01 (0,00028) 0,21 (0,00546) 0,17 (0,00424) 0,77 (0,1946) 0,18 (0,00457) 0,11 (0,00281)AA 95251 0,01 (0,00033) 0,14 (0,00353) 0,15 (0,00371) 0,66 (0,1676) 0,16 (0,00417) NDAA 96063 0,01 (0,00028) 0,12 (0,00315) 0,14 (0,00366) 0,79 (0,020) 0,19 (0,00495) NDAA 96082 0,01 (0,00033) 0,14 (0,00366) 0,13 (0,0034) 1,09 (0,02761) 0,23 (0,00384) NDAA 96261 ND ND ND 0,93 (0,02364) 0,15 (0,0384) 0,12 (0,00317)
Cobre 0,22 (0,00559) 0,37 (0,0094) 0,28 (0,00711) 0,97 (0,0246) 1,51 (0,0384) 0,55 (0,014)
Zinco 0,13 (0,0033) 0,91 (0,0231) 1,14 (0,029) 4,37 (0,111) ND 0,60 (0,0152)Aço tipo Corten 0,9 (0,0229) 8,35 (0,212) 3,60 (0,0914) 31,89 (0,810) 45,28 (1,150) 4,21 (0,107)
Aço carbono 1,70 (0,0432) 14,61 (0,371) 10,12 (0,257) 86,22 (2,190) 33,31 (0,846) 5,91 (0,150)
ND – Não disponível *definido como 5% sobre a área superficial Nickel Institute – Reference Book Series Nº 11 024
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30 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
Boa Vista
Fonte Boa ManausSantarém
Macapá
BelémSão Luís
Porto VelhoPorto Nacional
Fortaleza
NatalRecife
Aracaju
SalvadorCuiabá Brasília
Goiânia
Belo HorizonteVitória
Rio de JaneiroSão Paulo
Florianópolis
Curitiba
Porto Alegre
instalá-las nos grandes centros. Também se res-
ponsabilizam pela manutenção do mobiliário por
determinado período de tempo. O retorno financei-
ro vem da exploração publicitária das peças especi-
ficadas pelas prefeituras interessadas em “mobi-
liar” suas cidades.
Muitas peças de mobiliário urbano empregam o
aço inoxidável por causa de suas qualidades físicas
e estéticas. É um produto nobre, moderno e bonito.
Uma empresa conceituada prefere veicular sua
marca em um material de vanguarda como o inox,
além de suas propriedades como resistência à cor-
rosão e facilidade de limpeza.
Utilizado em estruturas e itens de segurança, o aço
inoxidável responde aos critérios de segurança e con-
forto dos usuários, fundamentais nos projetos de
equipamentos de mobiliário urbano. Além disso, é
suave ao tato e ao mesmo tempo robusto, podendo
suportar agressões do ambiente sem se deteriorar.
Este aspecto é importante num grande número de
cidades brasileiras situadas à beira mar ou em áreas
com forte concentração industrial, em condições
ambientais extremamente agressivas, com presença
de cloretos ou diversos tipos poluentes.
Nessas condições, o comportamento do aço ino-
xidável, em comparação com outros materiais utili-
zados na construção de mobiliário urbano, pode
ser observado na tabela da página anterior, que
mostra estudos de taxas de corrosão de diversos
materiais, realizados na África do Sul, durante 20
anos. Como se pode observar, os três tipos de aços
inox testados, 316, 304 e 430, apresentaram taxas
de corrosão anual de 0.000025, 0.000076 e
0.000405 mm/ano, respectivamente, na região de
Durban Bluff, área litorânea com corrosão atmosfé-
rica moderada. Nessa mesma região, o aço carbono
apresentou taxa de corrosão de 0,371 e o aço tipo
corten 0,212 mm/ano.
Embora no Brasil ainda não se disponha de estu-
dos similares, uma analogia, em termos de taxas de
corrosão anual do aço inox e do aço carbono, poderia
ser assumida para as regiões indicadas no Mapa de
MAPA DA CORROSÃOATMOSFÉRICA NO BRASIL
Extremamente severa
Severa
Moderada
Inox36 estilo hum.qxd 3/29/11 4:07 AM Page 30
Corrosão Atmosférica. Dessa forma, poderíamos infe-
rir que nas regiões litorâneas dos estados de São
Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, as taxas de corrosão
anual são similares às de Durban Bluff. Os aços inoxi-
dáveis 316, 304 e 430 ficariam com taxas de corro-
são (mm/ano) de respectivamente 0.000279,
0.000406 e 0.001727, enquanto que o aço carbono
teria taxa de corrosão anual em torno de 2.190
mm/ano, e o aço tipo “corten” de 0.810 mm/ano.
Os dados acima não deixam dúvida em relação à
maior durabilidade de equipamentos urbanos cons-
truídos com aço inoxidável, em comparação a equi-
pamentos de aço carbono ou aço tipo “corten”, bem
como ao menor custo de manutenção proporcionada
pelo aço inoxidável, que não precisa de revestimen-
tos ou pintura para protegê-lo da corrosão.
ASPECTOS ECONÔMICOSApesar das enormes vantagens acima mencio-
nadas, no Brasil a utilização do aço inoxidável em
equipamentos urbanos ainda está muito abaixo do
desejável, considerando os aspectos relacionados
à sustentabilidade, economia de custos de manu-
tenção e otimização de recursos públicos. Isso se
deve à avaliação do custo inicial do investimento
como fator prioritário, sem considerar que apesar
de um custo mais elevado, o aço inoxidável apre-
senta melhor relação custo-benefício quando apli-
cada a metodologia de avaliação do custeio de ciclo
de vida (CCV).
O mundo moderno tem desenvolvido ferramen-
tas econômico-financeiras para ajudar o empresá-
rio e o homem público em decisões que envolvem a
avaliação financeira de materiais e equipamentos.
O custeio do ciclo de vida (CCV) é uma delas. Trata-
se de uma metodologia para a seleção de materiais
ou produtos, que contabiliza os custos totais do
sistema em análise, desde a sua concepção, até o
fim da sua vida útil, ou seja, ao longo do seu ciclo de
vida (SSINA 2002). Este sistema pode ser uma
planta petroquímica, uma ponte, a carroceria de um
ônibus, uma usina de açúcar, um evaporador ou
apenas um equipamento de mobiliário urbano.
O que diferencia a aplicação desta metodologia
com relação a outros estudos de desempenho é
que neste são levados em conta, além dos custos
de investimentos, todos os demais custos existen-
tes durante as diferentes fases do ciclo de vida do
sistema em análise. Ou seja, produção, transporte,
instalação, operação, manutenções programadas
ou corretivas, desativação, reposição, reuso ou
reciclagem dos materiais residuais ao fim da vida
útil da unidade, além de valores obtidos pela venda
destes materiais, bem como o que se deixou de
ganhar em termos financeiros, ou dano ao público
usuário pelas horas não trabalhadas.
A soma de todos estes custos e a sua adequada
correção financeira permitirá ao interessado sele-
cionar a melhor alternativa do ponto de vista finan-
ceiro (Matern 2002).
CUSTEIO DO CICLO DE VIDA (CCV)O CCV permite avaliar também a influência de
dados duvidosos ou falhos sobre o custo total, atra-
vés de análises de sensibilidade. Como o ciclo de
vida de um sistema pode durar décadas, todos os
custos incorridos neste período precisam ser trata-
dos dentro do conceito do custo do dinheiro no
tempo. O objetivo do CCV é possibilitar a compara-
ção entre duas ou mais opções viáveis, permitindo
à empresa que realiza o investimento selecionar a
alternativa mais adequada no longo prazo.
ETAPAS DE UM CCVEm primeiro lugar, a definição da unidade a ser
estudada precisa ser clara e estabelecer os limites
do sistema. Por exemplo, o estudo abrangerá um
equipamento de mobiliário urbano ou um conjunto
de equipamentos que compõem uma praça ou rua.
A segunda etapa consiste em estimar a vida econô-
mica da unidade estudada e da totalidade do con-
junto onde ela se insere.
JANEIRO/MARÇO 2011 • INOX 31
A METODOLOGIA CCVDefinição
da unidade
Estimativado ciclo de vida
Elaboraçãodo
inventário
Atualização financeira e
composição dos custos totais
Aplicações
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32 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
Devem-se também definir os materiais opcionais
que poderão ser utilizados. Os valores escolhidos
devem representar uma visão realista da vida comer-
cial da unidade e do sistema, bem como levar em
consideração as características dos materiais, usos
e possíveis avanços tecnológicos. Depois vem a ela-
boração do inventário, fase que requer um levanta-
mento detalhado das propriedades, especificações e
custos incorridos para cada um dos materiais esco-
lhidos. Esta é uma fase trabalhosa, em que a qualida-
de dos dados que constituirão os "inputs" da meto-
dologia é condição indispensável para a correta
tomada de decisão (Núcleo Inox 1999).
A outra etapa é a atualização financeira e compo-
sição dos custos totais, incorridos ao longo do ciclo
de vida da unidade em estudo distribuídos ao longo
de décadas e, também, levar em consideração o
custo do dinheiro. Estas análises devem comparar
cenários homogêneos.
Sendo assim, é necessário trazer todos os gas-
tos ao Valor Presente (VP). Isto é feito utilizando-se
a taxa nominal de juros, ao invés da inflação, porque
neste caso, assume-se que um montante não gasto
num determinado momento poderia ser aplicado no
mercado financeiro. Como os resultados não variam
com a moeda utilizada, os valores dos custos podem
ser expressos em unidades monetárias (u.m.). A
relação entre os diferentes custos incorridos, que,
em conjunto, fornecem o custeio do ciclo de vida,
pode ser expressa matematicamente, usando a
seguinte fórmula: (Núcleo Inox 1999):
METODOLOGIAAssim, a aplicação dessa metodologia deveria
ser obrigatória na avaliação do custo efetivo dos
investimentos feitos pelos poderes públicos no
Brasil em equipamentos urbanos, especialmente
naqueles que ficam expostos à ação do tempo,
podendo sofrer corrosão.
Um bom exemplo é o da cidade de Melbourne, na
Austrália, que na definição de materiais no seu
Plano de Mobiliário Urbano para o período 2005-
2010, procedeu a um estudo de Custo de Ciclo de
Vida, concluindo que a melhor opção do ponto de
vista econômico para um ciclo de vida de 20 anos,
era o aço inoxidável, passando a adotá-lo em equi-
pamentos como, bancos, bebedouros, proteção de
árvores, lixeiras, postes etc.
Uma análise comparativa de custos mostrou
que os itens em aço inoxidável têm custo inicial
40% superior aos de aço revestido. No entanto,
esse valor é 50% inferior ao do aço revestido levan-
do em conta os custos de manutenção para um
período de vida de 20 anos.
*Diretor Executivo da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox
• The International Chromium Development Association (ICDA),
Euro Inox; The European Stainless Steel Development Association
(SASSDA). Life Cycle Costing (LCC) Help Texts.
Disponível em: www.chromium-asoc.com.
• Matern, S. Life cycle cost LCC:
A new approach to materials selection: engineering and economy.
Avesta Sheffield, Information 9763.
Disponível em: www.avestasheffield.com
• Street Furniture Plan – november 2005. 1.
Introduction. About the Street Furniture
Plan. 1. The City of Melbourne provides street furniture for ...
www.melbourne.vic. gov.au/.../ Plansand Publications/.../
street_furniture_plan.PDF
• Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável.
Manual de aplicação da metodologia LCC: life cycle costing. São Paulo:
Núcleo Inox, 1999. 12 p.
• Santos, Lino José Cardoso. Avaliação do ciclo de vida e custeio do ciclode vida de evaporadores para usinas de açúcar. 2007.
Tese (Doutorado em Engenharia). EP, USP, São Paulo, setembro, 2007.
Disponível em:
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-08012008-151424/
• Specialty Steel Industry of North America.
Introduction to life cycle costing for stainless steel. Washington: SSINA. Disponível em: www.ssina.com.
• Stainless Steel in Architecture, Building and Construction – Guidelines for Corrosion Prevention – Nickel Development Institute,
Reference Book Series Nº 11 024 by Catherine Houska, Technical
Marketing Resources Inc. Pitisburgh, PA, USA.
BIBLIOGRAFIA
Custeiodo
ciclo devida
CCV CA CI CO
(1+r)n(CR-VR)
(1+r)nCP
(1+r)n= ++++
Custos iniciais deaquisição
Custos defabricação
e/ou instalação
Custos deoperação e
manutenção
Custo líquido dereposição
Custo de produçãoperdida
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notícias inox
Associação Brasileira do Aço Inoxi-
dável – Núcleo Inox é a nova denomina-
ção da entidade que tem como objetivo
promover o uso do aço inox no Brasil. A
mudança obedece à necessidade de
destacar que se trata de uma associa-
ção, pois, o nome atual, Núcleo Inox,
embora bastante conhecido, não trans-
mite completamente os objetivos da
entidade. Segundo Arturo Chao Macei-
ras, diretor executivo da Associação
Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo
Inox, “em nossos contatos com empre-
sas e entidades que não nos conhe-
cem, é sempre necessário informar
que se trata de uma associação sem
fins lucrativos, que tem como objetivo
promover o uso do aço inoxidável no
mercado brasileiro. Em muitos casos
somos também confundidos com
empresa produtora ou comercializado-
ra de aço inoxidável”, esclarece.
Maceiras afirma ainda que nas rela-
ções que visam estabelecer parcerias
com outras entidades “frequentemente
não nos reconhecem como uma asso-
ciação, o que dificulta o estabelecimen-
to de trabalhos conjuntos com objetivos
e atividades similares”, destaca. As enti-
dades similares no exterior são conhe-
cidas como associações para o desen-
volvimento do aço inoxidável. “Assim,
com a nova denominação ficará mais
claro para o mercado que somos exata-
mente isso: a associação brasileira res-
ponsável pelo desenvolvimento do aço
inoxidável”, ressalta. A marca Núcleo
Inox foi mantida no nome da entidade
por ser muito conhecida no mercado.
A Associação Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox acaba
de conquistar três novos associados. Uma delas é a Butting,
empresa fundada em 1777, na Polônia, que chegou ao Brasil, em
2009, como Butting Brasil Soluções em Tubos Especiais. As ati-
vidades principais do grupo incluem o processamento de aços
inoxidáveis e materiais cladeados, nas áreas de engenharia, sol-
dagem, deformação de materiais e garantia de qualidade. A
Butting tem clientes nos mais diversos segmentos industriais,
tais como óleo e gás, químico e petroquímico, energético, sanea-
mento e ambiental, entre outros. Atualmente, processa mais de
40 mil toneladas de aços inoxidáveis por ano em todo o mundo.
Fabrica e fornece tubos com costura longitudinal, assim como
componentes e tubulações, em aços inoxidáveis; ligas de níquel;
tubos cladeados metalurgicamente e mecanicamente; compo-
nentes de tubulação pré-fabricados como curvas, loops e perfis;
vasos pré-fabricados em metalurgia especial; além de serviços
de fabricação, construção e montagem.
Outra nova associada é a Sandvik, com unidades instala-
das em mais de 130 países, tendo se instalado no Brasil, em
1949. Uma das áreas de negócio do grupo é a Sandvik
Materials Technology, que fabrica de materiais de alto valor
agregado, como os aços inoxidáveis, ligas especiais de níquel,
titânio, materiais de resistência metálica e cerâmica, além de
sistemas processadores para vários segmentos industriais. A
Sandvik Tooling, por sua vez, produz ferramentas e dispositi-
vos para sistemas de usinagem, corte e componentes. Entre
os produtos da empresa estão ferramentas e mandrilamento
Coromant Capto para alargamento, furação, fresamento,
silent tools, tailor made, rosqueamento, sistemas de fixação
de ferramentas e torneamento.
A Cronimet Brasil também se associou à Associação Brasilei-
ra do Aço Inoxidável – Núcleo Inox, e atua no Brasil desde 1999.
Criada em1980, na Alemanha, a empresa tornou-se um dos
líderes mundiais em reciclagem de aços inoxidáveis avança-
dos. A Cronimet Brasil compra, retira e processa sucata com
elevado nível de qualidade. Negocia sucata de aço inox em
blend, cavacos e resíduos de aço inoxidável; ligas especiais de
Ni, Cr, Mo; aço ferramenta e aço rápido. Por ter vários parceiros
internacionais, oferece materiais a preços competitivos. A
Cronimet Brasil introduziu novas técnicas de reciclagem de aço
inox e atua em distribuição de bobinas, chapas, tubos, barras e
cantoneiras em aço inoxidável.
NÚCLEO INOX MUDA DE NOME
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO AÇO INOXIDÁVEL – NÚCLEO INOXCONQUISTA NOVOS ASSOCIADOS
Div
ulg
aç
ão
Sa
nd
vik
Unidade industrial da Sandvik
JANEIRO/MARÇO 2011 • INOX 33
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34 INOX • JANEIRO/MARÇO 2011
No dia 23 de fevereiro, a Associação
Brasileira do Aço Inoxidável – Núcleo Inox
promoveu mais um “Papo Inox”, no
Centro Brasileiro Britânico, na capital
paulista. A palestra “Caminho para o
Crescimento Sustentável” foi proferida
por João Bosco Silva, diretor superin-
tendente da Votorantim Metais, que
falou sobre as características do mode-
lo de gestão da empresa. A sustentabi-
lidade, de acordo com a visão da em-
presa, engloba três pilares: o social, o
ambiental e o econômico.
Os modelos de gestão resultaram no
planejamento estratégico para os pró-
ximos cinco anos. Entre os principais
pontos, o plano da empresa aborda:
“Cuidar do futuro”, “Pessoas bem pre-
paradas que levam à melhoria”, “Olhar o
que tem de melhor no mundo” e “Ações
e objetivos”.
A Votorantim Metais é uma das maio-
res empresas de mineração do Brasil e
está entre os mais competitivos produ-
tores de alumínio, níquel e zinco. São 17
unidades em todo o mundo, com 10 mil
colaboradores, incluindo Brasil, Peru,
Estados Unidos, China, com exportação
para mais de 40 países.
Para João Bosco Silva, o sistema de
gestão deve ser simples, cumprir o pro-
metido, melhorar a posição relativa na
curva de custos com estabilidade, ter
foco na melhoria contínua, no olhar
externo e no desenvolvimento tecnoló-
gico. Na área ambiental, o diretor supe-
rintendente anunciou investimento de
R$ 207 milhões em 2011, e citou a auto-
geração de energia elétrica, que supre
78% das necessidades na área de metais.
Cerca de 68% do consumo de energia do
grupo vem da autoprodução, por meio
das 33 usinas hidrelétricas e cinco ter-
moelétricas (sistema de cogeração) com
capacidade instalada de 2.380 MW.
No final da apresentação, houve um
debate sobre o custo da energia para as
indústrias brasileiras. "Estamos sofren-
do um aumento muito grande nos cus-
tos de energia elétrica. Esse fato é um
risco para as indústrias no Brasil, pois
nos leva a perder competitividade. No
Peru, onde estamos investindo, os cus-
tos de energia são a metade dos daqui. E
mesmo tendo muito minério, há 15 anos
não se monta uma fábrica de alumínio
no Brasil", compara. Mais informações
sobre a palestra no site do Associação
Brasileira do Aço Inxidável – Núcleo Inox
(www.nucleoinox.com.br).
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL É TEMADO “PAPO INOX”
Em Assembléia Geral Extraordinária,
que reuniu os acionistas da ArcelorMittal
em Luxemburgo, no último dia 18 de feve-
reiro, foi aprovado o desmembramento
das atividades de aços inoxidáveis, o que
inclui ainda os elétricos, ligados e especiais. A abertura do
capital, com ações nas bolsas de valores de Amsterdam,
Paris e Luxemburgo, e a listagem em Nova Iorque, através de
ações de registro, dará mais visibilidade e possibilitará um
desenvolvimento ainda maior das atividades da Aperam.
Segundo Bernard Fontana, CEO da Aperam, o nome engloba
a ideia de “abertura” (aperture), o que significa uma empresa
aberta tanto para seus clientes, quanto
para as mudanças e tem como foco a
excelência das equipes frente ao mercado.
Desta forma, a intenção da Aperam é ser o
principal catalisador neste setor industrial,
desafiando constantemente o status quo, com o objetivo de
remodelar o futuro dos aços inoxidáveis e especiais, além de
criar valor para os stakeholders. “Estou convencido de que a
nossa transformação em uma empresa independente, não
apenas nos tornará mais ágeis e flexíveis para atender os
desafios mas, também, irá fortalecer o relacionamento com
nossos clientes”, destaca Bernard Fontana.
João Bosco
Silva, diretor
superintendente
da Votorantim
Metais fez
palestra
no Papo Inox
APERAM É O NOVO NOME DA ARCELORMITTAL INOX BRASIL R
ica
rdo
Ta
ka
ok
a
notícias inox
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