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40 Associação Brasileira do Aço Inoxidável Abril/Junho de 2012 EDO ROCHA ANALISA O INOX NA ARQUITETURA MUNDIAL ENTREVISTA escultura em aço inox de autoria do arquiteto Edo Rocha na sede da Vivo em São Paulo AÇO DE PONTA O QUE O BRASIL TEM A OFERECER ELEVADORES INOX VALORIZA PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO

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40Associação Brasileirado Aço Inoxidável

Abril/Junho de 2012

EDO ROCHA ANALISA O INOXNA ARQUITETURA MUNDIAL

ENTREVISTA

escultura em aço inox de autoria do arquiteto Edo Rocha na sede da Vivo em São Paulo

AÇO DE PONTAO QUE O BRASIL

TEM A OFERECER

ELEVADORESINOX VALORIZA

PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO

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sumário

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Os investimentos que estão sendo feitos no setor sucro-alcooleiro brasileiro representam uma excelente oportuni-dade para a indústria do aço inoxidável que, nos últimos anos, tem desenvolvido produtos com a tecnologia ade-quada para atender as exigências deste importante setor no que diz respeito à performance e custo. E este desenvol-vimento de produtos de aço inoxidável com alta tecnologia não pára por aí, como revela a matéria de capa dessa edição que já circulou como encarte da Inox 39, durante a Confe-rência Latino-Americana de Aço Inoxidável, no Rio de Janei-ro, no começo de junho.

A matéria sobre os equipamentos para lavanderias in-dustriais – dessa vez como um negócio – mostra um se-tor que se prepara para reagir aos eventos esportivos e retoma o tema do desenho do produto que humaniza as relações de trabalho.

O material da arquitetura durável, como definiu o arquite-to e artista plástico Edo Rocha – com mais de 800 projetos

OS NEGÓCIOS, A TECNOLOGIA E O DESENHOem 38 anos de carreira – ao que tudo indica, vai crescer na construção civil brasileira e mundial. Edo Rocha cita a ar-quitetura de Dubai como um exemplo desse crescimento. As qualidades da sustentabilidade – inclusive referidas no artigo de Arturo Chao Maceiras – também vão impulsionar o inox na paisagem das cidades.

Se o patrimônio urbano vive a oportunidade histórica de sofrer uma renovação com os eventos da Copa em 2014 e Olimpíada em 2016, os edifícios privados aproveitam o momento tecnológico para revalorizar o estoque imobiliá-rio. Um dos centros de atenção dessa onda de retrofits co-loca o elevador na linha de prioridades dos investimentos. E ali podemos encontrar, de novo, a parceria de sucesso entre material, design e arquitetura em cabinas, halls, ca-tracas e módulos de recepção.

Boa leitura!Conselho editorial

entrevista ................................................................. 6A visão do especialistaO arquiteto Edo Rocha, que também cria obras de arte com inox, discute o uso do material em prédios no Brasil e em edificações como o Burj Khalifa de Dubai com 15,5 mil m2 de aço na fachada

6Sofia

Mat

tos

artigo .......................................................... 10Ícone da vida modernaA sociedade já se acostumou com as vantagens do material, usado numa gama de produtos tão ampla que às vezes passam desapercebidas. Mas agora surgiu uma nova: a sustentabilidade

10Frei

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Publicação da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – AbinoxAv. Brigadeiro Faria Lima, 1234 cj. 141 – CEP 01451-913São Paulo/SP – Telefone (11) 3813-0969 – Fax (11) [email protected]; www.nucleoinox.org.brConselho Editorial: Celso Barbosa, Francisco Martins,Marco Aurélio Fuoco, Maria Carolina Ferreira e Osmar Donizete José Coordenação: Arturo Chao Maceiras (Diretor Executivo)Circulação/distribuição: Liliana BeckerEdição e redação: Ateliê de Textos – Assessoria de ComunicaçãoRua Desembargador Euclides de Campos, 20, CEP 05030-050, São Paulo-SP,Tel. (11) 3675-0809; [email protected]; www.ateliedetextos.com.brDiretora de redação e jornalista responsável: Alzira Hisgail (MTb 12326)Editor: Renato Schroeder

Repórteres: Adilson Melendez, Heloísa Medeiros, Renata Rosa e Eduardo Gomes

Comercialização: Sticker MKT Propaganda Ltda.Al. Araguai, 1293, cj. 701 – Centro Empresarial AlphavilleBarueri - SP – CEP 06455-000 – www.sticker.com.brDiretor: Antonio Carlos Pereira - [email protected] anunciar: (11) 4208-4447 / 4133-0415 - DulceJosias Nery Junior (11) 9178-0930 - [email protected]ção de arte/diagramação: Vinicius Gomes Rocha (Act Design Gráfico)Capa: escultura de Edo Rocha fotografada por Carlos GuellerImpressão: Van Moorsel

A reprodução de textos é livre, desde que citada a fonte.

hotéis............................................................................ 18Setor de lavanderia vai responder à demandaSe tem um setor que aquece as turbinas para responder à demanda gerada pelos megaeventos dos próximos anos, esse é o hoteleiro. E lá estará o inox, onde o hóspede não entra: nas lavanderias.

aplicação............ 22Modernização de elevadores valoriza imóvelO retrofit de edifícios antigos revaloriza o patrimônio imobiliário e um dos itens que mais recebem investimentos é a modernização das cabinas, halls de entrada, catracas e módulos de recepção

aço de ponta .................................................................. 13Infraestrutura e consumo exigem aço com tecnologiaVários setores como o de petróleo e gás natural, usinas de biocombustíveis, indústria automotiva, construção civil, linha branca e utensílios demandam um aço de ponta. O Brasil tem essa tecnologia?

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seção......................................................................... 24Notícias InoxAbinox participou de movimentos para acabar com a guerra dos portos; Conferência no Rio discutiu soluções para a América Latina; Estádio de Fortaleza fecha contrato para pôr inox na fachada

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entrevista

Sofia

Mat

tosO material da

arquitetura durávelFormado pela FAU-USP em 1973, o arquiteto Edo Rocha é diretor presidente da Edo Rocha Espaços Corporativos. Criado em 1974, o escritório atua em arquitetura e interiores de edifícios e sedes corporativas, acumulando, nesses 38 anos, mais de 800 projetos. Além de arquiteto urbanista, especialista em edifícios inteligentes e sustentabilidade, Rocha é artista plástico, e participou de diversas bienais, exposições em galerias de arte emuseus, nacionais einternacionais. Nesta entrevista,ele fala sobre as propriedadesdo inox, destacando suasqualidadesestéticas, dedurabilidadee facilidade delimpeza.

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Como o senhor vê a arquitetura corporativa e quais devem ser as principais diretrizes?

Sou entusiasta das novidades tecnológicas e acredito que precisamos valorizar as pessoas que trabalham nos espaços corporativos. A arquitetura que não abriga a dimensão humana na concepção perde a função para se tornar uma escultura ou apenas um amontoado de tijolos. A boa arquitetura nasce da proporção e do equilíbrio entre três fato-res: a aplicação consciente da tecnologia; a criativi-dade no uso do espaço; e o respeito pelo homem. Assim, a partir da compreensão de que o espaço de trabalho do homem representa uma extensão da individualidade, o arquiteto deve nortear os proje-tos em função das preocupações com o bem-estar dos usuários.

Como vem evoluindo o uso do aço inoxidável na arquitetura? Há um crescimento do uso na arquitetura?

Há um aumento do uso do inox porque há um crescimento do setor da construção civil. Não sa-beria dizer se a aplicação do aço inox está em cres-cimento. Em verdade, existem muitas aplicações do inox que, talvez, o mercado desconhecia e que, ago-ra, passam a ser utilizadas.

Quais são as tendências da arquitetura contem-porânea?

Falar em tendências na arquitetura é sempre complexo. A arquitetura não é moda porque tem uma função e pelo fato de refletir momentos cultu-rais pelos quais passa a sociedade. A arquitetura tra-duz esses momentos e, por isso, podemos falar em movimentos culturais que influenciam o modo de projetar e conceber edificações e espaços.

E quais são esses movimentos hoje em dia?Hoje existe um movimento complexo, que pode-

ríamos definir como a arquitetura de escultura, ou seja, parece que a arquitetura tem de ter um gran-de impacto no ambiente urbano: vide o que acon-tece com os edifícios em Dubai. Essa arquitetura “dubaiana”, de grande efeito e impacto, se torna quase uma âncora para os projetos. O projeto de um dos museus Guggenheim, projetado pelo arqui-teto Frank Gehry, no pólo Abu Dhabi, nos Emirados, por exemplo, cuja inauguração foi adiada para 2017,

tem esse efeito de grandiosidade nas dimensões e no ineditismo na forma. O museu será o maior da Fundação Solomon R. Guggenheim, ultrapassando os outros congêneres mundiais, o de Bilbao e o de Nova York. Essas grandes construções costumam ter o poder de transformar uma cidade, como foi o caso de Bilbao, na Espanha, onde se conseguiu in-crementar o turismo. Outro ícone de Dubai é o Burj Al Arab, hotel 7 estrelas, em formato de vela de bar-co, que se tornou o símbolo da cidade. As Petronas Towers, projetadas por Cesar Pelli, se tornaram um caso de arquitetura “âncora” da cidade de Kuala Lumpur, na Malásia.

São tentativas de marcar a identidade das ci-dades?

Pois é. Esse aspecto, uma espécie de concor-rência entre as cidades, por meio da arquitetura, se tornou uma tendência. Mas é muito importante separar tendência de estilo. Tendência é uma pro-pensão, disposição, intenção, ou seja, uma deter-minada proposta de mudança proveniente de um desejo consciente ou inconsciente da cultura. Já estilo é composto por fórmulas, proporções, orna-mentos, que se repetem em determinados perío-dos históricos.

O aço inoxidável se harmoniza com as tendên-cias da arquitetura contemporânea?

Sim, o uso do inox vem se acentuando. O edifí-cio Burj Khalifa, em Dubai, um dos mais altos do mundo, foi o que mais utilizou aço inox, depois do Chrysler Building, de Nova York, construído a partir de 1928. Foram 15.500 metros quadrados de aço inoxidável que compõem a fachada junto com o vi-dro. E a tendência é se inspirar nessas construções que se tornam marcos, ou seja, viram referências em arquitetura.

“O uso do inox na arquitetura vem se acentuando. Vide o edifício Burj Khalifa, em

Dubai, o que mais utilizou o material até hoje: 15.500 m2

de aço inoxidável na fachada”

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Quando o senhor utilizou o inox pela primeira vez num projeto?

Tomei contato com o aço inox como artista plás-tico, quando participei da Bienal de Arte de São Pau-lo. Usava tanto o inox, como o alumínio, na época, pois havia poucas opções de perfis em inox, não existiam muitas empresas transformadoras do ma-terial. Por isso, também utilizava o alumínio. O aço inox sempre foi nobre e sempre houve um fascínio pelas qualidades desse material. Mas gostar do inox é uma coisa e ter afinidade com esse material é ou-tra. É preciso conhecer as propriedades, como dure-za, durabilidade e capacidade de conformação, para tirar o melhor partido possível. Na arquitetura, o uso do inox pode se dar no acabamento da fachada e no interior dos edifícios, em diversas aplicações como corrimãos, revestimentos e guarda-corpos. Mas isso vem acontecendo nos últimos 12 anos pois, agora, podemos contar com diversos tipos de perfis, cha-pas e ligas, o que facilita a especificação.

O inox foi escolhido em alguns projetos como os edifícios da operadora de telefonia Vivo de São Pau-lo e do Rio de Janeiro. Quais foram as razões?

No edifício sede da Vivo em São Paulo, de 2003, procuramos agregar conceitos inerentes à imagem corporativa, transmitindo por meio do projeto, con-ceitos como modernidade, qualidade, versatilidade e alta tecnologia, além de destacar a vida urbana que

envolve a sede da empresa. Desenvolvemos, então, um caleidoscópio urbano que recria, de uma forma cinética, a vida e o tempo em torno do prédio. O edifí-cio foi concebido em estrutura de concreto pré-mol-dada tipo tilt up, executada pela construtora no pró-prio canteiro. Mas é a fachada, inovadora pelo uso de chapas curvas de aço inox, que chama a atenção de onde quer que se esteja e que reflete essa moder-nidade. Pedestres e motoristas podem contemplar um show colorido projetado pela torre, com mais de 100 m de altura, sendo os primeiros 40 m em con-creto revestido com aço inox e o restante em estru-tura metálica. O resultado foi tão interessante que no edifício da Vivo, no Rio de Janeiro, de 2005, o inox se tornou parte da imagem da fachada.

Em quais outros edifícios o senhor especificou o inox?

No edifício ocupado pelo Santander, a Torre São Paulo, no bairro do Itaim Bibi, na capital paulista, fo-ram empregados perfis verticais de aço inoxidável escovado, fixados nas esquadrias em diversas áreas da fachada da torre e nos interiores. Para a área dos caixilhos foram 80 toneladas de aço inox e para as demais aplicações de interiores, mais 40 toneladas do material. A arquitetura de interiores, projeto de nosso escritório, teve um resultado final tão satis-fatório para o grupo, que tornou-se referência para todas as instalações do Santander no mundo. Es-

Arena Palestra Itália (Palmeiras, São Paulo) Edifício da Vivo no Rio de Janeiro

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tamos recomendando o inox para as obras da arena do Palmeiras, que está cogitando também o uso do Aluzinc. Acredito que a aparência do revestimento do estádio com o inox ficaria muito melhor e mais durável do que com outro material. Seria uma pena não optar pelo inox.

Quais as principais questões a serem levadas em conta em termos de propriedades e custos na especificação do inox?

Do ponto de vista histórico, a especificação do inox sempre esbarrou no custo, pois antes era um material importado e havia sempre uma série de limitações do ponto de vista da construção civil. Depois da abertura das importações por parte do governo brasileiro, no início da década de 1990, e da privatização das indústrias siderúrgicas, o ma-terial ficou mais disponível. Mas, nos últimos anos, tem se tornado mais acessível. Na época da obra do edifício da Vivo, em São Paulo, em 2003, houve dificuldades com cortes e dobras para trabalhar as chapas de inox. Essas questões começaram a ser solucionadas nos anos seguintes. Em verdade, o aço inox apresenta performance vantajosa não porque é um material feio ou bonito. O importan-te é a durabilidade, em primeiro lugar, que se tra-duz em qualidade. O inox não envelhece, tem uma longevidade enorme, além de ser reciclável. Ou melhor, podemos dizer que é um material que en-

velhece muito bem e isso parece indiscutível. Para acabamentos internos é uma ótima opção, pois a necessidade de limpeza é mínima, o que reduz custos de manutenção.

Em que situações a especificação do aço inox as-segura uma boa relação entre custo e benefício?

Além das situações apontadas, acredito que o inox será utilizado em equipamentos urbanos, pois é quase indestrutível, o que significa um grande benefício em relação a outros materiais, além da questão de ser fácil de limpar e manter. Trata-se de uma ótima solução para corrimãos, guarda-corpos, revestimentos de estações de me-trô, trens, ônibus e em estádios, por ter resistên-cia a impactos e à corrosão.

Heloisa Medeiros

“O inox não envelhece, tem uma longevidade enorme,

além de ser reciclável. Ou melhor, podemos dizer

que é um material que envelhece muito bem”

Escada de edifício comercial: união de arquitetura e arte

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artigo

O AÇO INOXIDÁVEL, UM ÍCONE DA VIDA MODERNA

o longo dos cem anos de existência, come-morados em 2012, o aço inoxidável tem-se mostrado um material insubstituível na

vida moderna, contribuindo de forma extraordi-nária para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, por meio de inúmeras e diversificadas aplicações nos mais variados setores da atividade humana. Desde 1913, quando da primeira corrida comercial de aços inoxidáveis martensíticos em Sheffield, Inglaterra, produzida por Harry Brearley, o material passou a ser utilizado na produção de facas cujas lâminas não perdiam o fio e resistiam à corrosão, o que significou um grande avanço na prevenção de infecções e da contaminação.

A capacidade de resistir à corrosão, constatada pelos descobridores e pioneiros, fez das primeiras famílias do aço inoxidável, o material ideal para ser utilizado em diversas aplicações na indústria e em equipamentos de infraestrutura, como na petro-química, papel e celulose, onde alta resistência à corrosão e elevada resistência mecânica eram re-quisitos fundamentais. Hoje, até mesmo grandes estruturas de pontes são construídas com aços

inoxidáveis de desenvolvimento mais recente como os dúplex.

A resistência à corrosão é também responsável por outro importante atributo do aço inoxidável: a durabilidade dos produtos e projetos desenvolvi-dos com este material. Exemplos de revestimentos com aço inoxidável em edifícios construídos no iní-cio do século passado, nos quais os baixos índices de manutenção, pintura e reposição de componen-tes são uma prova evidente da durabilidade e bai-xos custos de manutenção que o material confere aos projetos.

HIGIENE E SUSTENTABILIDADEAlém do principal atributo – a resistência à cor-

rosão – outras características e propriedades do aço inoxidável, abriram o horizonte para a utiliza-ção em diversas aplicações cotidianas. A superfície lisa que facilita os processos de higiene e limpeza foi percebida pela indústria de alimentos, como um atributo de valor inestimável e, nos dias atuais, todo o processamento industrial de alimentos e os utensílios utilizados nos serviços de alimentação

Frei

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Arturo Chao MaceirasÉ engenheiro e diretor executivo da Associação

Brasileira do Aço Inoxidável – Abinox, nova denominação do Núcleo Inox, associação sem fins

lucrativos formada por empresas e profissionais que integram toda a cadeia produtiva do aço inox

coletiva ou familiar, se servem do aço inoxidável para garantir a qualidade dos alimentos e a saúde das pessoas.

Da mesma forma a indústria farmacêutica, onde a garantia de ausência de contaminação na produ-ção de medicamentos é um imperativo, a utilização do aço inoxidável ao longo de todo o processo pro-dutivo, não apenas oferece esta garantia mas, tam-bém, viabiliza a produção em massa em condições econômicas dos medicamentos.

Mas as vantagens que o material oferece e a con-tribuição para o bem-estar da sociedade moderna e das futuras gerações vão além das mencionadas. O aço inoxidável agora começa a chamar a atenção como um dos materiais de melhor comportamento em termos de sustentabilidade pelo papel que exer-ce na preservação de recursos não renováveis em nosso planeta.

O aço inoxidável contribui para a conservação dos recursos naturais de diversas formas. A extra-ção de minérios é minimizada porque a corrosão é baixa e o ciclo de vida é longo e, por isso, a neces-sidade de substituição do material é reduzida ou inexistente. Painéis de aço inoxidável em fachadas de edifícios reduzem os custos de ar-condicionado, contribuindo para a conservação de energia. Co-letores solares de aço inoxidável ajudam a gerar energia limpa.

Os produtos elaborados com aço inoxidável re-

presentam uma excelente escolha para proteger o meio ambiente e proporcionar soluções confortá-veis e saudáveis. Embora as análises comparati-vas do impacto ambiental ao longo do ciclo de vida entre os diversos materiais não estejam disponí-veis, não há dúvida de que o aço inoxidável tem ex-celente comportamento do ponto de vista ambien-tal. Quando o tipo de aço ou acabamento superficial são escolhidos de forma adequada, o projeto ou o produto passa a ser sustentável.

O aço inoxidável permite abastecer regiões ári-das do mundo com água potável, ajuda na produ-ção de alimentos para a população em constante crescimento no planeta e ainda pode oferecer mui-tos produtos de alta qualidade que tornam nossa vida mais confortável. Não seria difícil imaginar o que o inox poderá tornar possível nos próximos 100 anos.

Mais informações: Abinox, Associação Brasilei-ra do Aço Inox (www.abinox.org.br) e outras as-sociações de desenvolvimento do aço inoxidável (www.worldstainless.org)

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O ENGENHO E A ARTE DO INOXVários setores da indústria e infraestrutura brasileiras exigem produtos com alto desempenho e a cadeia do inox está aí para dar respostas convincentes

aço de ponta

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Clênio Guimarães, presidente da Aperam South America

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Celso Barbosa, diretor de tecnologia e P&D da Villares Metals

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Ônibus em inox: promessa para o mercado brasileiro

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“O Brasil ainda não acordou para essa oportunidade e enormes prejuízos na infraestrutura poderiam ser evitados caso o vergalhão de inox fosse adotado, em especial na orla marítima”

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Inox na decoração: versatilidade ajuda o design

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“Quando a indústria precisa de um tipo de aço e procura o fabricante de inox ou quando o fabricante percebe uma necessidade de um determinado setor, desenvolve a solução em inox para aquele mercado”

Tonéis de vinho e vagões do metrô: desenvolvimento de produtos

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Estação Butantã do Metrô de São Paulo

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negócios

HOTÉIS IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE LAVADORAS DE INOX

egundo pesquisa da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), di-vulgada pela revista Valor Setorial, a indústria brasileira

de hotéis e resorts monitora o andamento de 81 obras espa-lhadas por todo o país e deve receber cerca de R$ 51 bilhões em investimentos até 2016. Só a rede francesa Accor anun-ciou um investimento de R$ 290 milhões na construção de 19 hotéis na região Nordeste, nos próximos dois anos. Esses números demonstram o enorme potencial de crescimento do setor e projetam um horizonte às indústrias que fornecem equipamentos para esse mercado.

Uma dessas, a indústria de lavadoras industriais de roupas e enxovais, utiliza o aço inox na composição da maioria das máquinas de lavanderias hoteleiras. Com um mercado tão

promissor para a indústria hoteleira brasileira e para a indús-tria de lavadoras e secadoras industriais, o aço inox desponta como um dos materiais mais utilizados nesse segmento e com grande desempenho no design e no uso. O mercado de lavanderias para hospitais e prisões segue paralelo ao de ho-téis mas não cresce no mesmo ritmo.

Marcelo Ribeiro Pinto, gerente comercial da indústria Suzuki, de Colombo-PR, ressalta que a maior vantagem do uso do aço inox em equipamentos de lavanderia é a resistência à água, umidade e vapor. “Num ambiente onde esses três ele-mentos são constantes, é fundamental que a resistência dos materiais seja a maior possível, proporcionando assim, dura-bilidade ao equipamento”. A única desvantagem na aplicação do aço inox nas lavadoras é o fato de o material ter custo mais

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elevado, causando um aumento no preço inicial dos equipa-mentos, pondera Marcelo. “O ambiente de uma lavanderia in-dustrial é muito agressivo e, para certas aplicações, o aço inox é o material mais recomendado”, finaliza.

Para Clarice Nicoletto, do departamento comercial da Mal-tec do grupo Sazi, de Farroupilha-RS, o aço inox, além de pre-servar a vida útil do tecido e a qualidade na lavagem, propor-ciona uma durabilidade maior ao equipamento. “As roupas higienizadas em nossas lavadoras, que possuem o cesto e laterais em aço inox, não deixam as roupas amareladas, pre-servando a textura do tecido e a cor dos enxovais”. Segundo ela, a empresa busca oferecer produtos com conteúdo nacio-nal, com preço competitivo. “Procuramos comprar as chapas em aço inox de fornecedores locais, como da empresa Aperam South America”.

Para conseguir atender à forte demanda da indústria hote-leira brasileira, muitos hotéis têm percebido a necessidade de construir uma lavandeira própria, para que não sejam surpre-endidos com a falta de enxovais limpos no período das Olim-píadas e Copa do Mundo, afirma Nicolleto. Isso faz com que muitos empresários iniciem a procura pelos equipamentos e

projetem a implantação de uma lavanderia interna e indepen-dente. A Maltec previa o aumento da demanda no segmento de lavandeiras e por isso reestruturou o parque fabril para atender esse crescimento, não só de lavadoras, mas de todos os equipamentos que compõem uma lavanderia: secadores, calandras e centrífugas.

Segundo Roseli Serafim, da área comercial da MSA, de San-to André-SP, todas as lavadoras e outros equipamentos fabri-cados pela empresa utilizam o aço inox e a empresa percebe um aumento nas solicitações de orçamentos de lavadoras. “Tanto que já começamos um trabalho para podermos aten-der melhor essa demanda”, ressalta Roseli. Marcelo Ribeiro Pinto, da Suzuki, afirma que “hoje é fácil perceber um aumen-to significativo nos atendimentos a clientes do segmento ho-teleiro em especial. Alguns negócios estão em andamento mas é clara a intenção dos clientes em fazer contatos anteci-pados, prevendo compras futuras”.

Outro aspecto importante apontado pelos fabricantes é o da segurança para os operadores de máquinas nas áreas de serviço. Por isso, as lavadoras utilizadas nesse segmento precisam ser modernas e atender as normas de prevenção de

Equipamentos para lavanderias industriais: inox à serviço da durabilidade, qualidade da higienização e segurança no trabalho

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acidentes. Segundo Marcelo Ribeiro Pinto, a Suzuki iniciou as adequações das máquinas que ainda não atendiam a norma do Ministério do Trabalho, a NR-12 de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. ”Máquinas que não estiverem enquadradas nas normas, estão defasadas”, comenta Marce-lo Ribeiro Pinto.

COMÉRCIO INTERNACIONALOs megaeventos e a carência por infraestrutura do setor

hoteleiro brasileiro fazem com que a demanda por esse tipo de serviço acabe atraindo a atenção de indústrias do exterior. Dessa forma, é natural que investidores de fora busquem o Brasil para expandir os negócios. O mercado de lavadoras industriais não é uma exceção, tanto que empresas como a Girbau, da Espanha, e a chinesa Sea–Lion (por meio de uma associação com a brasileira Rhino, criando a marca Rhino by Sea-Lion), possuem filiais no país ew importem máquinas para o mercado local.

A concorrência com empresas brasileiras nesse merca-do coloca os agentes em posições desiguais. A espanhola Girbau possui uma rede de distribuição em mais de 90 paí- Eduardo Gomes

ses, enquanto a Sea-Lion, a maior fabricante de máquinas de lavar industriais da China, exporta para mais de 60 países. Segundo o diretor comercial da Girbau, Pablo Dávila, em de-claração à revista Lavanderia & Cia, “o Brasil vem aumentan-do a participação ano a ano dentro do faturamento global da Girbau. O segredo do país é a diversificação do mercado inter-no”. Mas no aspecto de tamanho e tradição a indústria brasi-leira fica em desvantagem. Com este cenário, as indústrias produtoras de máquinas para lavanderia que programaram as atividades para a expansão do mercado hoteleiro estão conseguindo crescer e atender às fortes demandas. Esse é um caminho que parece não ter volta. A necessidade de construir e pôr em operação unidades hoteleiras no Brasil têm tudo para se refletir na capacidade produtiva e acelerar o passo dos segmentos de ferroligas e aço inox. Tanto o seg-mento de lavanderias como o de cozinhas para hotéis coloca a cadeia do inox diante de um saudável dilema: testar a capa-cidade de obter ganhos com competitividade em detrimento de grandes volumes de produção.

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Lavadoras: indústrias reposicionam os produtos para atender a demanda dos hotéis

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resce o número de obras de retrofit em edi-fícios antigos para adequar a construção às novas finalidades de uso e revalorizar o pa-

trimônio imobiliário. Nesse processo, um dos itens que mais recebem investimentos é a moderniza-ção do elevador. Responsáveis pelo sobe-e-desce de milhares de pessoas, os elevadores acompa-nham a data de construção dos edifícios. Ou seja, são antigos e, em muitos casos, deixaram para trás os conceitos de inteligência, sustentabilidade ou segurança que os prédios atuais fazem questão de incorporar.

A modernização, indicada para atualizar e inovar componentes importantes do elevador, atinge seto-res da cabina como o quadro de comando, as fiações rígidas e flexíveis, o painel de operação, botoeiras de pavimento e os indicadores de posição. A atualiza-ção proporciona vantagens como menor índice de falhas e menos transtornos com a paralisação dos equipamentos; melhoria do tráfego, com redução do

RETROFIT DE ELEVADORES ABRE AS PORTAS AO INOX

tempo de espera; e maior segurança, reduzindo o ris-co de acidentes.

Na maioria dos casos, os condomínios e empre-endedores optam pela modernização estética das cabinas. Os revestimentos antigos são substituí-dos por outros materiais, como o aço inoxidável, que está presente em boa parte dos projetos recentes de empresas como a alemã ThyssenKrupp (com fá-brica em Guaíba-RS) e a suíça Atlas Schindler (com fábricas em Londrina-PR e São Paulo-SP). Além de elevadores, as duas empresas fabricam escadas e esteiras rolantes. Os arquitetos e especificadores de obras de retrofit tendem a seguir a linguagem do ma-terial usado em halls, catracas e módulos de recep-ção para criar uma unidade visual que “apresenta” o prédio ao usuário.

De acordo com o vice-presidente de moderniza-ção da ThyssenKrupp, Paulo Manfroi, o inox tem sido escolhido pela durabilidade, facilidade de manuten-ção, aspecto de higiene e design. “E, por ter uma

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A modernização visual dos elevadores extrapola as quatro paredes da cabina e atinge o hall dos prédios

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Renata Rosa

ótima aceitação no mercado, a utilização de aço inox eleva a percepção de qualida-de do produto”, afirma Manfroi.

O diretor de pro-dutos e marketing da Atlas Schindler, Fabio Mezzarano, conta que a empresa trabalha com três acabamentoss do aço inoxidável - escovado, linen (linho) e polido. “Todas apresentam praticidade e qualidade superior aos demais revestimentos. Além disso, com uma manu-tenção adequada, é possível manter inalteradas as características originais do interior da cabina”, res-salta Mezzarano.

Responsável pela modernização de elevadores de prédios de diferentes regiões do Brasil, a Atlas Schindler utilizou o aço inox para a melhoria visual das cabinas de grandes edifícios do país, como o da sede do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social, no Rio de Janeiro (com 14 elevadores), a sede da Fiesp – Federação das In-dústrias do Estado de São Paulo, em São Paulo (com sete elevadores), o edifício São Luís, em São Paulo

(com 16 elevadores), o edifício Formac, em Porto Alegre (seis), o edifício Trade Center, no Espírito San-to (cinco), o edifício das Américas, em Minas Gerais (cinco) e o TNL Contax, em Salvador (com três ele-vadores).

Segundo Manfroi, a ThyssenKrupp vem utilizando o aço inox em mais de 80% dos projetos. Entre esses, estão o edifício Arena Hotel, no Rio de Janeiro (com três elevadores), a sede do Banco Central, em Brasí-lia (com 14 elevadores), e o residencial Maison King Albert, em São Paulo (com dois elevadores).

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Inox nas botoeiras de pavimento e indicadores de posição

Textura de revestimento linen

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aço nunca foi considerado um material que atendes-se 100% das demandas do projeto. Por se tratar de uma chapa expandi-da, a manutenção, neste caso, seria complicada caso fosse necessária uma pintura posterior”, destaca Fiedler.

De acordo com o arqui-teto, a tendência era para o uso do alumínio. “Por essa razão, foi fei-ta uma comparação entre o alumínio e o inox. O resultado, ao contrário do que es-perávamos, gerou um preço mais baixo para o aço inox. O que pesou a favor do custo foi que a chapa de aço inox poderia ser mais fina do que a de alumínio, tendo a mesma rigidez, além de não necessitar de nenhum outro tipo de acabamento de proteção sobre o material”.

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mundial, novas aplicações do material e das ligas, bem como questões relaciona-das ao suprimento de matériais-primas e reciclagem. Os patrocinadores do evento estão pensando na próxima edição da conferência em 2013, que deverá ser rea-lizada na cidade de São Paulo.

Aço inox na fachada do Castelão de Fortaleza

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oc.Até o começo das obras não estava

nada certo, mas agora está confirmado: o aço inox estará presente na fachada do estádio Castelão e será fornecido pela Aperam South America, sendo que a Permetal produzirá as chapas expan-didas.. De acordo com o arquiteto Ronald Fiedler, da Vigliecca & Associados, que é responsável pelo projeto do estádio Go-vernador Plácido Castelo, o Castelão, de Fortaleza, no Ceará – um dos seleciona-dos para a Copa das Confederações da Fifa, competição que será realizada no Brasil em 2013 – o aço inox nem estava nos planos iniciais.

“Começamos os estudos de fachada descartando o inox por acharmos que o produto estava acima do orçamento”, conta Fiedler. “A princípio estudamos o uso do aço galvanizado a fogo e alumínio com ou sem pintura. Como as condições de salinidade em Fortaleza são críticas, o

Para Fiedler, o inox agrega valor ao projeto pela durabilidade e versatilidade. “Além disso, o aço inoxidável dispensa manutenção e, do ponto de vista es-tético, trará maior impacto”, finaliza o arquiteto. Além da fachada, o escritório especificou o uso do metal para guarda-corpos e corrimãos das áreas de hospi-talidade e VIP, fechaduras, bancadas e mictórios dos sanitários do estádio.

Representantes do inox debatem grandes temas

Durante os dias 5 e 6 de junho foi rea-lizada, no Rio de Janeiro, a 1a Conferência Latino Americana de Aço Inoxidável e das Ligas, organizada pelo American Metal Market e pela Steel Market Researh, com apoio da Abinox. No evento, executivos da indústria de aço inoxidável do Brasil e de

países como Uruguai, Chile, Estados Uni-dos, Espanha, Itália, Alemanha, Áustria e Suécia, além de produtores de matérias-primas, distribuidores e processadores de aço inoxidável e ligas especiais, de-bateram temas como perspectivas de crescimento dos mercados brasileiro e

Participantes do evento discutiram as perspectivas de crescimento para o setor e as novas aplicações do material

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A Abinox-Associação Brasileira do Aço Inox participou em conjunto com ou-tras entidades empresariais e sindicais de movimentos a fim de acabar com a chamada guerra dos portos, estratégia utilizada por alguns estados brasileiros que fixavam alíquotas menores de ICMS para tornar os portos mais atrativos e, por tabela, incentivavam a importação.

Os esforços nesse sentido não foram em vão e no dia 24 de abril de 2012 o governo aprovou a Resolução no 72, de dezembro de 2010, que estabelece alí-quota interestadual única de 4% para o ICMS de produtos nacionais e importa-dos e pôs fim à competição aduaneira entre os portos.

Para Marco Aurelio Fuoco, presidente da Abinox, “a importância dessa resolu-

Pela indústria e contra a guerra

ção foi acabar com um mecanismo que torna o produto importado mais barato do que o nacional. Essa medida trará isonomia competitiva entre os estados,

acabando com as distorções que atin-giam grande parte das indústrias que não estavam localizadas nos estados que concediam o incentivo”.

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