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Esta e a primeira edicao da Revista INAMAR

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INVESTIDURA DO NOVO PRESIDENTE DA REPUBLICA DE MO-CAMBIQUE, FILIPE JACINTO NYUSI.

EDICAO Nº 1. JANEIRO 2015. INAMAR EM REVISTA

NÃO PERCA NAS PRÓXIMAS PÁGINAS, A GRANDE ESNTREVISTA COM ERNES-TO AURÉLIO MANHIÇA SOBRE A SEGURANÇA MARÍTIMA. LICENCIADO EM INFORMÁTICA PELA UNIVESIDADE EDUARDO MONDLANE, FREQUENTOU O CURSO DE PLANIFICAÇÃO E ADMINIDTRAÇÃO NA UNIVESIDADE PEDAGÓGI-CA.

É ACTUALMENTE TÉCNICO SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO MINISTÉRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS E CONSULTOR NAS ÁREA DE PLANIFICAÇÃO ESTRATÉGICA E FREQUENTA O CURSO DE DI-REITO MARÍTIMO. ( pag. 9- 14 )

REVISTA INAMAR

EDITORIALA A primeira edição do ano da REVISTA INAMAR! E uma edição especial dedicada ao Nosso Presidente da República Filipe Jacinto Nyussi. A invesdura daquele que é consider-ado uma das maiores figuras da História mod-erna ditou que se alterasse o plano inicial da revista, e desta forma fosse prestada justa homenahomenagem.

Assim, nas próximas páginas poderá encon-trar as fotografias que marcam a história de Nyussi, a sua biografia, bem como os por-menores das cerimónias de invesdura, daquele que é o 4 º presidente de Moçam-bique independente.

Nesta edição damos também a conhecer a relação entre Nyussi e os moçambicanos, em parcular a juventude moçambicana, pelo seu envolvimento no processo de paz.

Director Geral do Inamar Carlos Xavier Isidoro

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DATA: Janeiro de 2015PERIODICIDADE: TrimestralPROPRIEDADE: INAMAREDITORA:

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NESTE Nº Primeiro Plano Investidura do PR 2

Nyusi Nyusi remodela a estrutura governa-mental 5

Eventos 7

FILIPE NYUSI E A JUVENTUDE 18

Biograia de Filipe Nyusi 19

FILIPE JACINTO NYUSI INVESTIDO COMO PRESIDENTE DA REUBLICA

o céu acordou feliz no dia que marcou a invesdura do novo Chefe de Estado Moçambicano , Filipe Jacinto Nyusi. As nove horas, com festa já insta-lada, a Praça da Independência que acolheu o evento, ia recebendo mais convidados que iam chegando.

PRIMEIRO PLANO

na tribuna de honra, um a um iam chegan-do Chefes de Estado, representantes, líde-res religiosos.

A cerimónia propriamente dita começou com o hino nacional. Seguiu-se então um sem número de discursos.

“EU, Filipe Jacinto Nyusi, juro por minha honra res-peitar e fazer respeitar a Constuição. Desempenhar com fidelidade o cargo de Presidente da República de Moçambique. Dedicar todas as minhas eneas minhas energias à defesa, promoção e consolidação da unidade nacional, dos direit-os humanos, da democracia e ao bem-estar dos moçam-bicanos e fazer jusça a todos os cidadãos

Recebeu também durante esta cerimónia, as insígnias que lhe conferem poder como o 4º Presidente da República de Moçam-bique. Filipe Nyusi, homem incontornável, e seguidor dos ideias de MONDLANE, SAMORA, CHISSANO e GUEBUZA.

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do cidadão, na base da jusça e equidade social.““A nossa origem é de gente simples e trabalhadora. Sabemos, por isso, o valor da con-tenção de despe-sas e na aplicação responsável das nossas contas públicas”, afirmou.

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PRIMEIRO DISCURSO DO PRESIDENTE DA REPUBLICA, FILIPE NYUSI

O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, prometeu no seu primeiro discurso à nação, formar um Governo práco e pragmáco, orientado por objecvos de redução de custos e no combate ao despesismo.

FFalando na Praça da Independência, em Maputo, logo após ser inves-do no cargo de Presidente da República para um mandato de cinco anos, Nyusi afirmou que o Governo vai ser o mais simples possível,

“A construção de uma sociedade de inclusão exige não apenas discur-sos e declaração de intenções. Trabalharei para tornar mais visível e real a inclusão de que todos falamos e tanto ansiamos. Estarei aberto a acolher propostas e ideias de outros pardos visando a promoção da tranquilidade e desenvolvimento de Moçambique. As boas ideias não têm cor pardária. As boas ideias têm uma única medida, que é o amor pela nossa pátria e pelo nosso desno comum”, referiu o novo PPresidente da República. Filipe Nyusi sublinhou que o Governo a ser criado terá a dimensão adequada para as necessidades de contenção e eficácia, um Governo que terá de ser firme na defesa do interesse público, que terá de ser intolerante para com a corrupção e que não tolerará qualquer discriminação nas instuições públicas.

MILLENNIUM BIM

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O Presidente da República, Filipe Nyusi, remodelou a estrutura do novo governo moçambicano através de um Decreto Presidencial de 16 de Janeiro corrente, algo que poderá ser interpretado como a materialização de uma das promessas feitas na quinta-feira, durante a cerimónia da sua invesdura

NYUSI REMODELA ESTRUTURA GOVERNAMENTAL

Gabinete do Primeiro-Ministro de Moçambique

Assim, mantém-se apenas o cargo de Min-istro na Presidência para Assuntos da Casa Civil. Seguno Nyusi, o seu governo terá uma estrutura o mais sim-ples possível, funcional e focado na resolução de problemas concre-tos do dia-a-dia do cidadão, na base da jusça e equidade social. Para o efeito, exngiu as seguintes instuições: Ministério da Planificação e Desenvolvimento, Ministério da Edu-cação, Ministério da Agricultura, Ministério das Finanças, Ministério do Trabalho, Ministério da Mulher e Acção Social, Ministério do Turismo,

Ministério para a Coordenação da Acção Ambien-tal, Ministério da Administração Estatal, Ministério da Cultura, Ministério das Pescas, Ministério da Energia, Ministério dos Recursos Minerais, Ministério das Obras Públicas e Habi-tação, Ministério da Jusça, Ministério da Ciência e Tecnologia. Ministério da Função Pública.

Em sua substuição, o estadista moçambicano criou as seguintes instuições: Ministério da Economia e Finanças, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.

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O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, nomeou Carlos Agost-inho do Rosário como o novo Primeiro-Ministro de Moçambique.

Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Ministério do Género, Criança e Acção Social, Ministério da Administração Estatal e Função Pública, Ministério da Jusça, Assuntos Constucionais e Religiosos, Ministério dos Recur-sos Minerais e Energia, Ministério das Obras Públicas, Habitação e Re-cursos Hídricos, Ministério da Cultura e Turismo, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional.

Ministro dos Transportes e ComunicaçõesCarlos Alberto Fortes Mesquita foi nomeado para o cargo de Ministro dos Transportes e Comunicações e Manuela Joaquim Rebelo, para o cargo de Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações;

Ministério do Mar, Águas Interiores e PescasAgosnho Salvador Mondlane foi nomeado para o cargo de Ministro do Mar, Águas Interiores Pescas.

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EVENTOS

Semana Mundial da Marinha

“Implemenação Efectiva das Convenções Inter-nacionais”

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PATENTEAMENTO ASSINALOU DIA MUNDIAL DA MARINHAO O Administrador Maríitmo da Zambézia... procedeu ao patenteamento do efectivo de novos ingressos que se destinguiram com zelo, displina e dedicacao, no cumprimen-to de sua missao no ano 2013 no ambito das celebracoes do Dia Mundial da Marin-ha,na cidade de Quelimane.fonte: http://www.zambezia.gov.mz/ceri-monia-de-patenteamento-assina-la-dia-mundial-da-marinha

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Com uma trajectoria proissional voltada para consultoria em Planiicacao estrategica e TIC e estudante do curso de Direito Maritimo, Ernesto Aurélio Manhiça, disse em entrevis-ta que pela sábia e eloquente decisão de Sua Excia. Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi , de ter criado a dias o Ministério de Mar, Águas Interiores e Pescas suscita- lhe a ideia da criação de um Observatório de Segurança Marítima-ma.(OSM) para minimizar ou estancar o problematica da Se-guranca Maritima.

Urge a criação de um Observatório de Segurança Marítima (OSM)

Esta ideia vem a propósito da sábia e eloquente decisão de Sua Excia. Presidente da Republica, Filipe Jacinto Nyusi , ter criado a dias o Ministério de Mar, Águas Interiores e Pescas.

Hoje, torna-se imperio-so a criação de um Ob-servatório de Segu-rança Marítima (OSM), que consistirá numa unidade orgânica de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Nacional da Marinha (INAMAR).

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ENTREVISTA

Segurança marítima assenta em três vecto-res

A segurança marítima assenta em três grandes vectores. Em primeiro, a segurança contra acidentes, através de acções que evitam ou combatam os mesmos; segue-se a protecção contra actos hostis e, por im, mas não menos importanmas não menos importante, o salvamento, através da as-sistência às pessoas em diicul-dade no mar

Este observatório poderá ter um papel de extrema relevância em todas as questões que se relacionam com a segurança marítima em Moçambique. As potencialidades marítimas nacionais são do conhecimento geral e podem ter no futuro a mesma importância que tiveram no passado. Mas, para isso, é preciso um espaço marítimo seguro. As ameaças, no entanto, são mais do que muitas.

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Estas três vertentes contribuem decisivamente para o uso do mar com ins económicos mas de uma forma sustentável por via da protecção dos agentes e do próprio ambiente em que operam. O objectivo último da segurança é evitar perdas materiais e hu-manas quer sejam por acidente, quer em resultado de actos hostis, preservando o ambiente e mantendo a continuidade do negócio (conceito anglo-saxónico de “safety” e “security” respec-tivamente.

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também objecto de atenção do OSM. uma cultura organizativa aim à função desejada, e quem tem os meios e a logística para sustentar as funções do Estado no mar da forma mais racional e eiciente para este.

Uma Uma vez que estamos a falar de segurança marítima importa também perceber que as princi-pais artérias da economia inte-grada e globalizada actual são precisamente as grandes rotas marítimas por onde circulam a maioria das matérias-primas, alimentos e produtos das trocas comerciais. Por outro lado, e estando a falar de uma comuni-dade de países litorais (CPLP) estrategicamente posicionados em diversos oceanos e continentes, que também são uma comu-nidade intracomunidades, faz todo o sentido que estes países cooperem de forma articulada na segurança marítima, o que implica uma grande relação entre os diversos atores, que muitas vezes parecem estar de costas voltadas uns para os outros, não havendo partilha de informação e conhecimentos.

Dois dos grandes problemas que se colocam actualmente à segu-rança marítima são, inevitavel-mente, o terrorismo e a piratar-ia. De forma indirecta também o crime organizado ao fomentar a desestruturação de países, contribuindo para os dois prob-lemas anteriormente identiica-dos. Convém, também, não sub-estimar o elevado potencial neg-ativo que possa resultar de con-litos regionais entre países geo-posicionados em áreas estratégicas para o tráfego maríti-mo bloqueando as artérias da economia mundial. No que diz respeito à pirataria, a marinha Moçambicana tem vindo também a desenvolver diversas acções no Oceano Índico, no sentido de combater este lagelo.

O problema está ao nível da comunicaçãoO principal desaio que se coloca nos dias que correm diz respeito à cooperação e articulação da informação, quer a nível nacion-al, quer internacional. Estrutu-rar o sistema vai além das fron-teiras moçambicanas e os espaços marítimos sob jurisdição dos países da CPLP serão

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Apenas através de sistemas de informação abrangentes, partilha-dos e em rede seremos capazes de encontrar mecanismos de se-gurança e protecção verdadeiramente eicazes. Cooperação é, de facto, a palavra-chave da segurança marítima, num mundo onde os indivíduos, comunidades e organizações lidam, cada vez mais, com uma série de ameaças globalizadas e difusas, e como tal, o Estado, se torna incapaz de a garantir de forma isolada. Alargar o conceito de segurança como uma questão cooperativa ou colecti-va torna-se assim o único caminho viável a seguir na prevenção e combate às ameaças.

O OSM poderé ser uma instituição adstrita ao INAMAR. Tratar-se-á de um centro de investigação e desen-volvimento aplicado, que, à medida do desenvolvimento do seu trabalho em rede, congregará investigadores e proissionais do mar de várias in-stituições que desenvolvam activi-dades relacionadas com a Segurança Marítima entendida de uma forma abrangente (integrando os conceitos do safety e do security).

O OSM terá por objecto o estudo aprofundado dos temas da segu-rança no âmbito marítimo-portuário contribuindo para o melhor entendi-mento das diferentes problemáticas que hoje envolvem o uso, a gestão e o controlo dos espaços marítimos tendo em conta princípios de preser-vação, exploração e aproveitamento das suas potencialidades.

A divisão do mundo em dois grandes blocos, durante a Guerra Fria, em que o debate das questões de segurança incidia no âmbito da segu-rança nacional e do direito da não-ingerência, inluenciou forfortemente o direito interna-cional, que de certa forma foi ultrapassado pelos eventos e a desestruturação que se seguiu no im desse período.

O que é o OSM - Obser-vatório de Segurança MarítimaNo quadro do seu objecto es-tatutário, penso que o INAMAR poderá instituir o Observatório de Segurança Marítima, abre-viadamente designado OSM.

Há restrições legais de intervenção em países

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2. Realizar projectos de in-vestigação, teórica e aplica-da, colaborar em cursos pós-graduados e organizar congressos, seminários, con-ferências e debates;

3. Editar textos e publicações e promover a criação de bib-liotecas videotecas e medi-atecas especializadas;

4. Procurar estabelecer par-cerias com instituições na-cionais e estrangeiras, civis e militares, com as quais possa desenvolver projectos de Ino-vacao e Desenvolvimento teorica e aplicada de manifesto interesse estratégico para Mocambique ou para organizações em que Mocam-bique participe;

Os espaços marítimos em geral, designadamente os sob jurisdição Mocambicanos, serão alvo de es-pecial atenção. Assim como os es-paços marítimos sob jurisdição dos países da CPLP relativamente aos quais se desenvolverão parcerias e protocolos de cooperação, visando a execução de actividades de interesse mútuo.

Todo este trabalho em rede e na interface de várias áreas do con-hecimento cientíico permitirá que os alunos dos vários cursos graduados e pós-graduados do INAMAR relacionados com o mar, a segurança e a gestão, oriundos dos vvários países da CPLP, possam vir a desenvolver projectos ains nas suas empresas ou instituições, consolidando, de algum modo, a segurança do mar de Moçambique.A Actividade do OSM - Observatório de Segu-rança Marítima

No âmbito da sua actividade o OSM propõe-se:

1.Criar grupos interdisciplinares de trabalho, quer em rede quer em intersection na interface de difer-entes áreas do conhecimento;

5. Criar oportunidades para a realização de trabalhos de investi-gação de âmbito académico, devidamente orientados, para os alunos do INAMAR e das Instituições com as quais existam proto-colos de cooperação.

À medida das oportunidades e das capacidades conjuntas for-mar-se-ão Comissões Permanentes nas seguintes áreas:

a) Políticas de Segurança no Mar; b) Segurança nas Actividades Marítimas; c) Busca e Salvamento; d) Controlo e Fiscalização do Mar; e) Náutica de Recreio e Lazer;

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O melhor da amizade é partilhar. por isso ao convidares os teus amigos esteja sempre com o INAMAR no pensamento.

AMIGO--- QUE É ---AMIGO

TUDOTUDO--- menos a namorada ---

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. . . PARTILHA . . .

Presidente Filipe Nyusi tem como uma das suas grandes apostas a inserção da juven-tude não só no debate mas também na busca de soluções para os desaos de Moçambique hoje.

A ELABORAÇÃO de planos de desenvolvimento orien-tados para a redução das assimetrias regionais e locais constitui uma das principais apostas do novo

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FILIPE NYUSI E A JUVENTUDE

“Podem estar certos, caros com-patriotas, que tudo farei para que em Moçambique, jamais, irmãos se voltem contra irmãos seja a que pretexto for” – Filipe Jacinto Nyusi, no seu discurso de tomada de posse como Pres-idente da República.

Biograia Filipe Nhussi

Quadro dos Caminhos de Ferro de Moçambique desde 1992, Filipe Nyussi acumulou experiência de bom gestor que o levou até ao cargo de Administrador Executivo da empresa entre 2007 e 2008 altura em que foi nomeado Minis-ttro da Defesa de Moçambique.

Hoje é Presidente da República de Moçambique.

Enquanto frequentava o 2º ano de Engenharia Electroténica, na Universidade Eduardo Mondlane, Nyussi obteve uma bolsa de estu-dos que possibilitou frequentar o curso de Engenharia mecânica na antiga Checoslováquia onde foi apaprovado e graduado como mestre de Engenharia, no ano de 1990. Nhussi, concluiu os seus estudos académicos na Universi-dade de Victoria, na Inglaterra, onde em 1999 obteve a pós-grad-uação em Gestão

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Filipe Jacinto Nyussi, nasceu a 9 de Fevereiro de 1959, em Namua, no distrito de Mueda, na provín-cia de Cabo Delgado. É ilho de camponeses, Angelina Daima e Jacinto Nyussi Chimela, ambos falecidos. Em 1973 ingressou na então então Frente de Libertação de Moçambique tendo feito prepa-ração político militar em Nachin-gwea.