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MAYCON VIEIRA PROPOSTA DE SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NA MINERAÇÃO ESTUDO DE CASO EM LAVRA A CÉU ABERTO DE CALCÁRIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho. Orientador: Prof. Me. Armando Augusto Martins Campos

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MAYCON VIEIRA

PROPOSTA DE SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NA MINERAÇÃO

ESTUDO DE CASO EM LAVRA A CÉU ABERTO DE CALCÁRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Me. Armando Augusto Martins Campos

CURITIBA

2012

PÁGINA RESERVADA PARA FICHA CATALOGRÁFICA QUE DEVE SER

CONFECCIONADA APÓS APRESENTAÇÃO E ALTERAÇÕES SUGERIDAS

PELA BANCA EXAMINADORA.

DEVE SER IMPRESSA NO VERSO DA FOLHA DE ROSTO

MAYCON VIEIRA

PROPOSTA DE SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NA MINERAÇÃO

ESTUDO DE CASO EM LAVRA A CÉU ABERTO DE CALCÁRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho.

COMISSÃO EXAMINADORA

_____________________________________

Professor

_____________________________________

Professor

_____________________________________

Professor

Curitiba, ____ de ________ de 2012.

Dedicado a Eloi Braz Vieira, pai

e Ioni Terezinha Vieira, mãe.

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo a execução de uma proposta de sinalização de segurança para as atividades de mineração a céu aberto em uma mina de calcário. Para tal, são levadas em conta as normas do Ministério do Trabalho e Emprego, normas internacionais como a ISO 7010 e a Norma de Procedimento Técnico – NPT 20/2012 do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, na elaboração do projeto executivo de localização das sinalizações. Esta proposta de sinalização engloba um sistema de comunicação visual dos riscos que envolvem as atividades, tendo como base as orientações evidenciadas no PGR - Plano de Gerenciamento de Riscos da mineradora participante. Ainda, dentro do projeto executivo, estão organizadas as plantas locacionais de cada sinalização de segurança de acordo com os riscos dos setores da empresa, bem como um quantitativo e a tipologia de cada placa de sinalização de segurança a ser implantada nas instalações da mina.

Palavras-chave: Segurança na Mineração. Sinalização de segurança, Comunicação de Riscos.

ABSTRACT

This work aims the implementation of a proposed safety signs for the activities of opencast mining in a limestone mine. To do so, are taken into account the standards of the Ministry of Labour and Employment – MTE, international standards such as ISO 7010 and the Standard Procedure Technician - NPT 20/2012 from Fire Department of the State of Paraná, in preparing the draft executive location of signs . The proposed signaling system includes a visual communication of the risks of the activities, based on the guidelines highlighted in the RMP - Risk Management Plan from the participant mining industry. Still, within the executive project, the plants are organized each locational safety signs according to the risks of facility sectors, as well as a quantitative and typology of each card safety signs to be located on the mine.

Key-words: Mining Safety. Safety signs. Risk Communication.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fluxograma metodológico do trabalho.....................................................16

Figura 2 – Exemplo de pictogramas atualizados segundo a norma ISO 7010/2011. 24

Figura 3 – Fluxograma do processo produtivo da mineradora do estudo de caso... .25

Figura 4 – Irregularidade 1.........................................................................................28

Figura 5 – Irregularidade 2.........................................................................................29

Figura 6 – Irregularidade 3.........................................................................................30

Figura 7 – Irregularidade 4.........................................................................................31

Figura 8 – Irregularidade 5.........................................................................................32

Figura 9 – Instalação de placa angular......................................................................38

Figura 10 – Caixa de texto para escritas de sinalização complementar....................42

Figura 11 - Símbolos para identificação de placas em planta baixa de projeto

executivo....................................................................................................................47

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Participação do setor mineral no PIB do Brasil........................................12

Tabela 2 – Indicadores de segurança e saúde no trabalho, nos setores econômicos,

na indústria, no setor de extração de minerais não metálicos (antigo CNAE 14) e

beneficiamento de minerais não metálicos (antigo CNAE 26)...................................14

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BS British Standard

CB Corpo de Bombeiros

CNAE Cadastro Nacional de Atividade Econômica

CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito

D ou Diâmetro

DENATRAM Departamento Nacional de Trânsito

DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral

ed. Edição

EPC Equipamento de Proteção Coletiva

EPI Equipamento de Proteção Individual

f. Folha

H ou h Altura

IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração

INSHT Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo

ISO International Organization for Standardization

L Largura

m Metro

mm Milímetro

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NBR Norma Brasileira

NPT Norma de Procedimento Técnico

NR Norma Regulamentadora

NRM Norma Regulamentadora da Mineração

p. Página

PGR Plano de Gerenciamento de Riscos

PIB Produto Interno Bruto

PUCPR Pontifícia Universidade Católica do Paraná

s Segundo

SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho

SST Segurança e Saúde no Trabalho

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................12

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO 15

1.2 OBJETIVOS 15

1.2.1 Objetivo Geral 15

1.2.2 Objetivos Específicos 15

1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................17

2.1 NORMALIZAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 18

3 LEVANTAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO E DOS RESPECTIVOS

RISCOS ENVOLVIDOS DE ACORDO COM O PGR DA MINERADORA DO

ESTUDO DE CASO...................................................................................................25

3.1 O SISTEMA PRODUTIVO 25

3.2 O PGR DA MINERADORA DO ESTUDO DE CASO 25

3.2.1 Levantamento dos riscos evidenciados no PGR 25

3.2.2 Sinalização de segurança existente 28

4 DEFINIÇÕES E REQUISITOS PARA O SISTEMA DE SINALIZAÇÃO DE

SEGURANÇA, SEGUNDO A NPT 20/2012 (ADAPTADA)......................................33

4.1 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA UM SISTEMA DE SINALIZAÇÃO

34

4.2 REQUISITOS BÁSICOS 36

4.3 MATERIAS DE CONFECÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 36

4.4 MANUTENÇÃO 38

4.5 DIMENSIONAMENTO E TIPOGRAFIA PARA PLACAS DE SINALIZAÇÃO

38

4.6 CODIFICAÇÃO E PICTOGRAMAS DAS SINALIZAÇÕES DE SEGURANÇA

43

4.6.1 Sinalização de proibição (Prefixo “P”) 43

4.6.2 Sinalização de alerta / advertência (Prefixo “A”) 43

4.6.3 Sinalização de obrigação (Prefixo “O”) 45

4.6.4 Sinalização de segurança contra incêndio (Prefixo “F)” 46

4.6.5 Sinalização de emergência (Prefixo “E”) 46

5 O PROJETO EXECUTIVO....................................................................................47

ANEXO 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

ANEXO 2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

ANEXO 3A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

ANEXO 3B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

ANEXO 4A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

ANEXO 4B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

ANEXO 5 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 48

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................49

7 ANEXOS...............................................................................................................51

7.1 ANEXO 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 52

7.2 ANEXO 2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 53

7.3 ANEXO 3A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 54

7.4 ANEXO 3B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 55

7.5 ANEXO 4A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 56

7.6 ANEXO 4B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 57

7.7 ANEXO 5 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES 58

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................59

1 INTRODUÇÃO

O setor mineral é de suma importância para a economia de qualquer país,

principalmente para os países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.

Segundo dados do Plano Nacional da Mineração (2011), uma parcela significativa

do PIB tem origem no setor mineral, porém, vem se observando um decréscimo

nesta contribuição devido à diversificação da economia de mercado. A tabela a

seguir (Tabela 1), indica a participação do setor mineral dentro do PIB nacional.

Tabela 1 – Participação do setor mineral no PIB do Brasil.

Fonte: Plano Nacional da Mineração, 2011. Balanço Energético Nacional, 2010.

Especificamente no setor de minerais não metálicos, encontra-se a atividade

de extração do calcário, fonte de estudo deste trabalho. A extração de calcário tem

sua demanda para a fabricação de insumos agrícolas, construção civil e alguns

setores da indústria química de pigmentação.

Segundo a Norma Regulamentadora NR 4, toda atividade de mineração seja

subterrânea ou de superfície, se enquadra no maior grau de risco existente em sua

classificação: Grau de risco 4.

Este Grau de Risco influenciou para que o setor conte com uma Norma

Regulamentadora específica (temática). Apesar da NR 22, ter sido criada pela

Portaria nº. 3214, de 8 de junho de 1978, a iniciativa de se fazer a primeira revisão

nasce em setembro de 1995, durante o 2º. Congresso da Confederação Nacional

dos Trabalhadores do Setor Mineral, com o apoio do apoio o do Instituto Brasileiro

de Mineração (IBRAM). Tratava-se do reflexo do momento econômico em que o

Brasil atravessava naqueles tempos.

A revisão se baseou no estado da arte da época, que foram as diretivas da

Comunidade Europeia, principalmente na legislação espanhola e em normas

12

francesas, legislação da África do Sul, na legislação de alguns estados dos Estados

Unidos da América do Norte, e em normas de empresas de mineração brasileiras e

na legislação mineral do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral. Esta

culminou com a publicação da Portaria GM n.º 2.037, de 15 de dezembro de 1999.

Ao longo dos anos a NR 22, foi sendo alterada, pelas seguintes portarias:

Portaria SIT n.º 33, de 26 de dezembro de 2000

Portaria SIT n.º 27, de 01 de outubro de 2002

Portaria SIT n.º 63, de 02 de dezembro de 2003

Portaria SIT n.º 70, de 12 de março de 2004

Portaria SIT n.º 202, de 26 de janeiro de 2011.

De forma diferente a NR 21: Trabalhos à céu aberto, apesar de também ter

sido criada pela Portaria nº. 3214, de 8 de junho de 1978, só teve uma alteração,

que foi a Portaria GM n.º 2.037, de 15 de dezembro de 1999, a mesma da NR 22.

O fato de ter tão poucas revisões corrobora para um paradigma preocupante

de que a NR 21, de que as minas a céu aberto apresentam menores riscos do que

as minas de subsolo, não só no que se refere aos riscos de desabamento, mas

quanto à exposição a poeiras minerais e também com relação a riscos de acidentes

devido à movimentação de veículos. Uma vez que no seu texto só consta:

necessidade de abrigos, moradias, alojamentos, condições sanitárias e proteções

contra a proliferação de insetos, ratos, animais e pragas.

O ramo de atividade mineração tem sua complexidade, tanto que há a

exigência da elaboração de um documento específico, o PGR – Programa de

Gerenciamento de Risco. Não é sem motivo, pois segundo dados do Panorama em

Segurança e Saúde no Trabalho (SST) na Indústria – Setor de Minerais Não-

Metálicos, o setor de mineração tem uma alta taxa de mortalidade em seus

acidentes, tal constatação pôde ser evidenciada nos dados da Tabela 2:

13

Tabela 2 – Indicadores de segurança e saúde no trabalho, nos setores econômicos, na indústria, no setor de extração de minerais não metálicos (antigo CNAE 14) e beneficiamento de minerais não metálicos (antigo CNAE 26).

Fonte: Panorama em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) na Indústria (SESI, 2011).

Segundo este Panorama, em relação às condições sociodemográficas do

setor de extração de minerais Não-Metálicos, verificou-se um total de 71.848

trabalhadores(as), sendo 92,1% do sexo masculino, destacando-se que a maior

concentração (31,4%) se encontrava na faixa etária de 30 a 39 anos e com

predominância do grau de instrução da 4ª série completa (39,1% dos

trabalhadores(as)).

Portanto, devido à baixa escolaridade dos trabalhadores, toda e qualquer

forma de instrução relacionada à segurança deve ser repassada de forma muito

clara e objetiva, de forma a não gerar dúvidas interpretavas.

Assim é importante que existam estímulos e uma Comunicação de Riscos de

forma eficaz, para que estes sejam identificados e tratados de forma que o

trabalhador perceba sua existência e que consiga se proteger de eventuais

acidentes.

14

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

Este trabalho será baseado em um estudo de caso: Uma mineração a céu

aberto para extração de calcário. Localizada na região de Rio Branco do Sul e com

certa dificuldade de propagação e implantação das atividades subsidiadas em seu

PGR (Plano de Gerenciamento de Riscos – NR 22), mais especificamente, na

existência de um sistema de sinalização de segurança efetivo.

A existência de um PGR nem sempre garante que a segurança ocupacional e

patrimonial da atividade está sendo efetivada, mas tendo em vista seus objetivos, o

mínimo aceitável seria alertar sobre os riscos de forma a prevenir acidentes

ocupacionais e/ou prejuízos às instalações da mina.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Proposta para adequação de um sistema de sinalização de segurança na

mineração.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do trabalho são:

a) Levantamento de campo para a identificação dos riscos das atividades

da mineração de calcário com auxílio do PGR da mineradora do estudo

de caso, inclusive procurando identificar falhas na comunicação do

risco;

b) Identificação de bases técnicas para o sistema de sinalização em

estudo;

c) Gerar plantas para o projeto executivo de sinalização de segurança da

mineração do estudo de caso.

1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia do presente trabalho está baseada em um estudo de caso

onde o produto final está na quantificação, locação e tipologia de materiais para um

15

sistema de sinalização de segurança para os riscos decorrentes da extração a céu

aberto de calcário. Como produto final de trabalho, agrupadas em anexo, as plantas

locacionais dos instrumentos de sinalização de segurança que auxiliarão a

implantação do sistema na mina. Como subsídio teórico para o levantamento dos

riscos, teremos o PGR - Plano de Gerenciamento de Riscos da Mineradora do

estudo de caso. A figura 1 apresenta o fluxograma metodológico proposto.

Figura 1 – Fluxograma metodológico do trabalho

16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A sinalização de segurança nos locais de trabalho é sem dúvida uma das

medidas mais importantes para a prevenção de riscos, uma vez que estimula e

desenvolve a atenção do trabalhador para os riscos a que está exposto, e permite-

lhe recordar as instruções e os procedimentos que lhe foram passados.

Segundo a NTP 188, se define como sinalização, o conjunto de estímulos que

condicionam a atuação do indivíduo que os recebe, frente a umas circunstâncias

(riesgos, proteções necessarias a serem utilizadas, etc.), as quais se pretende

ressaltar.

Entende-se ainda por sinalização de segurança, aquela sinalização que está

relacionada com um objeto, uma atividade ou uma determinada situação, que venha

a provocar determinados perigos para o trabalhador. Esta sinalização fornece uma

indicação relativa à segurança no trabalho, através de uma placa com forma e cor

característica, de um sinal luminoso, de um sinal acústico (campainhas, sirenes,

alarmes, verbal, etc), olfativa (aditivos em gases inodoros para a sua presença ser

detectada, etc), tátil (Recipientes rugosos para determinadas substâncias, etc) ou

ainda através da comunicação verbal ou gestual. O objetivo desta sinalização é

chamar a atenção, de uma forma rápida e inteligível, para objetos e situações

passíveis de provocar determinados perigos.

O empregador deve garantir a existência de sinalização de segurança e,

sempre que os riscos não puderem ser evitados ou suficientemente diminuídos com

meios técnicos de proteção coletiva ou com medidas, métodos ou processos de

organização do trabalho. O empregador deve garantir que a acessibilidade e a

clareza da mensagem da sinalização de segurança e de saúde no trabalho não

sejam afetadas por projeto equivocados, pelo número insuficiente, pela localização

inadequada, pelo mau estado de conservação ou deficiente funcionamento dos seus

dispositivos.

Antes de se aplicar a sinalização de segurança, os trabalhadores e os seus

representantes, devem ser consultados, ter acesso à informação e formação sobre

as medidas relativas à sinalização de segurança em forma de treinamento.

É fundamental que a entidade empregadora se certifique de que todos os

trabalhadores compreendam o significado da sinalização. Alguns dos sinais

implicam a adoção de novos comportamentos gerais e específicos. Enquanto

17

instrumento facilitador da aprendizagem, a formação pode contribuir para a

transmissão dos conhecimentos, competências e, até, mudança de atitudes face ao

risco no local de trabalho.

Para efeito deste trabalho, serão tomadas apenas as medidas de sinalização

visual dos riscos, através de placas, textos e pictogramas específicos para o setor

da mineração.

Diversas são as normas que regem a sinalização de segurança, assim como

são diversas as atualizações sofridas nessas normas no decorrer dos anos. A seguir

estará disposto um panorama destas legislações e normas regulamentadoras do

ministério do Trabalho e Emprego.

2.1 NORMALIZAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Várias são as NRs - Normas Regulamentadoras que indicam a utilização de

sistemas de sinalização segurança:

Segundo a Norma Regulamentadora NR 10, disposto itens 10.10.1:

“Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir:a) identificação de circuitos elétricos;b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;c) restrições e impedimentos de acesso;d) delimitações de áreas;e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas;f) sinalização de impedimento de energização;g) identificação de equipamento ou circuito impedido.”

Segundo a Norma Regulamentadora NR 12, dos itens 12.116 à 12.124.1:

“12.116. As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores.12.116.1. A sinalização de segurança compreende a utilização de cores, símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de comunicação de mesma eficácia.

18

12.116.2. A sinalização, inclusive cores, das máquinas e equipamentos utilizadas nos setores alimentícios, médico e farmacêutico deve respeitar a legislação sanitária vigente, sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou terceiros.12.116.3. A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de utilização e vida útil das máquinas e equipamentos.12.117. A sinalização de segurança deve: a) ficar destacada na máquina ou equipamento;b) ficar em localização claramente visível; ec) ser de fácil compreensão.12.118. Os símbolos, inscrições e sinais luminosos e sonoros devem seguir os padrões estabelecidos pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na falta dessas, pelas normas técnicas internacionais.12.119. As inscrições das máquinas e equipamentos devem:a) ser escritas na língua portuguesa - Brasil; eb) ser legíveis.12.119.1. As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a que se referem, e não deve ser utilizada somente a inscrição de “perigo”.12.120. As inscrições e símbolos devem ser utilizados nas máquinas e equipamentos para indicar as suas especificações e limitações técnicas.12.121. Devem ser adotados, sempre que necessário, sinais ativos de aviso ou de alerta, tais como sinais luminosos e sonoros intermitentes, que indiquem a iminência de um acontecimento perigoso, como a partida ou a velocidade excessiva de uma máquina, de modo que:a) sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso;b) não sejam ambíguos;c) sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; ed) possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores.12.122. Exceto quando houver previsão em outras Normas Regulamentadoras, devem ser adotadas as seguintes cores para a sinalização de segurança das máquinas e equipamentos:a) amarelo:1. proteções fixas e móveis – exceto quando os movimentos perigosos estiverem enclausurados na própria carenagem ou estrutura da máquina ou equipamento, ou quando tecnicamente inviável;2. componentes mecânicos de retenção, dispositivos e outras partes destinadas à segurança; e3. gaiolas das escadas, corrimãos e sistemas de guarda-corpo e rodapé.b) azul: comunicação de paralisação e bloqueio de segurança para manutenção.12.123. As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma devem possuir em local visível as informações indeléveis, contendo no mínimo:a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;b) informação sobre tipo, modelo e capacidade;c) número de série ou identificação, e ano de fabricação;d) número de registro do fabricante ou importador no CREA; ee) peso da máquina ou equipamento.12.124. Para advertir os trabalhadores sobre os possíveis perigos, devem ser instalados, se necessários, dispositivos indicadores de leitura qualitativa ou quantitativa ou de controle de segurança.12.124.1. Os indicadores devem ser de fácil leitura e distinguíveis uns dos outros.”

A NR 19 - Explosivos, especifica a necessidade de sinalização externa à área

de armazenagem de explosivos:

19

“19.3.1 Os depósitos de explosivos devem obedecer aos seguintes requisitos:d) ser dotados de sinalização externa adequada.”

NR 23 - Proteção Contra Incêndios, dita em específico à sinalização de

emergência para uma possível rota de fuga em caso de incêndio:

“23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.”

A NR 26/1978 (Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978) disponha de

uma classificação geral de cores para identificação de vários aspectos e riscos que

envolvem a segurança no ambiente de trabalho, porém a NR 26/2011 (Portaria SIT

n.º 229, de 24 de maio de 2011) delegou os parâmetros de identificação para as

normas técnicas vigentes (ex. NBR 7195 – Cores para segurança, NBR 6493 -

Emprego de cores para identificação de tubulações, NBR 7500 - Identificação para o

transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos e o

Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos

Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas).

O GHS (Livro Púrpura, como também é conhecido), detém a metodologia

para a aplicação dos diferentes símbolos e pictogramas respectivos para cada tipo

de risco que envolva a armazenagem, o transporte e o manuseio de produtos

perigosos. A sinalização do GHS é aquela que vai empregada exclusivamente na

embalagem, local de armazenagem e/ou recipiente do produto perigoso.

Os riscos referentes às vias de circulação e transporte de pessoas e

maquinários. As normas de sinalização de vias podem ser encontradas nos

manuais de sinalização do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.

Especificamente para o setor da mineração a NR 22 traz algumas

particularidades no que tangem um sistema de sinalização:

22.19.1 As vias de circulação e acesso das minas devem ser sinalizadas de modo adequado, para a segurança dos trabalhadores.22.19.2 As áreas de utilização de material inflamável, assim como aquelas sujeitas à ocorrência de explosões ou incêndios devem estar sinalizadas, com indicação de área de perigo e proibição de uso de fósforos, de fumar ou outros meios que produzam calor, faísca ou chama.22.19.2.1 Os trabalhos em áreas citadas neste item, que utilizem meios que produzam calor, faísca ou chama, só poderão ser realizados quando adorados procedimentos especiais ou mediante a liberação por escrito do

20

engenheiro responsável pelo setor observado o disposto no subitem 22.3.3. (Alterado pela Portaria SIT n.º 27, de1º de outubro de 2002).22.19.3 Os tanques e depósitos de substâncias tóxicas, de combustíveis inflamáveis, de explosivos e de materiais passíveis de gerar atmosfera explosiva devem ser sinalizadas, com a indicação de perigo e proibição de uso de chama aberta nas proximidades e o acesso restrito a trabalhadores autorizados.22.19.4 Nos depósitos de substâncias tóxicas e de explosivos e nos tanques de combustíveis inflamáveis devem ser fixados, em local visível, indicações do tipo do produto e capacidade máxima dos mesmos.22.19.5 Os dispositivos de sinalização devem ser mantidos em perfeito estado de conservação.22.19.6 Todas as galerias principais devem ser identificadas e sinalizadas de forma visível.22.19.6.1 Nos cruzamentos e locais de ramificações principais devem estar indicadas as direções e as saídas da mina, inclusive as de emergência.22.19.7 As plantas de beneficiamento devem ter suas vias de circulação e saída identificadas e sinalizadas de forma visível.22.19.8 As áreas em subsolo já lavradas ou desativadas devem permanecer sinalizadas e interditadas, sendo o acesso permitido apenas a pessoas autorizadas.22.19.9 As áreas de superfície mineradas ou desativadas, que ofereçam perigo devido a sua condição ou profundidade, devem ser cercadas e sinalizadas ou vigiadas contra o acesso inadvertido.22.19.10 As tubulações devem ser identificadas na forma disposta na NBR 6.493 – Emprego de Cores para Identificação de Tubulações, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou, alternativamente, identificadas a cada cem metros, informando a natureza do seu conteúdo, direção do fluxo e pressão de trabalho. (Alterado pela Portaria SIT n.º 27, de1º de outubro de 2002).22.19.11 Os recipientes de produtos tóxicos, perigosos ou inflamáveis devem ser rotulados obedecendo a regulamentação vigente, indicando, no mínimo a composição do material utilizado. (Alterado pela Portaria SIT n.º 27, de1º de outubro de 2002).22.19.11.1 Nos locais de estocagem, manuseio e uso de produtos tóxicos, perigosos ou inflamáveis devem estar disponíveis fichas de emergência contendo informações acessíveis e claras sobre o risco à saúde e as medidas a serem tomadas em caso de derramamento ou contato acidental ou não.22.19.12 As áreas de basculamento devem ser sinalizadas, delimitadas e protegidas contra quedas acidentais de pessoas ou equipamentos.22.19.13 Os acessos às bancadas devem ser identificados e sinalizados.

A NORMA REGULAMENTADORA DA MINERAÇÃO-NRM 12 (DNPM, 2001),

traz algumas informações agrupadas de forma a facilitar o entendimento,

acrescentando aos itens da NRM 22.19:

16. Todas as detonações na área da mina devem ser precedidas de sinais sonoros e interrupção das vias de acesso.17. Os poços de pesquisa mineral, após concluídos os trabalhos, devem ser tampados, cercados e sinalizados.12.19 As tubulações quando enterradas temporariamente na área de lavra devem ser devidamente sinalizadas de forma a orientar os operadores de equipamentos.18. As árvores de sustentação de cabos de alimentação elétrica de equipamentos da área de lavra devem ser sinalizadas.

21

Como norma base para a elaboração do projeto executivo de sinalização,

será utilizada de forma adaptada a NPT 020/12 - Sinalização de Emergência do

Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, que dispõe sobre os tipos de sinalização

de emergência, bem como as dimensões das placas de acordo com a distância de

visualização e as diretrizes do projeto executivo de locação das placas em planta

baixa.

O dimensionamento proposto pela NPT 20/2012 segue o estabelecido na

norma ISO 3864-1, porém sem referenciar a versão utilizada em específico, que

atualmente é descrita como ISO 3864-1/2011 Graphical symbols - Safety colours

and safety signs - Part 1: Design principles for safety signs and safety markings.

A NPT 20/2012, por objetivar apenas as sinalizações de emergência, não

detém de todas as representações dos pictogramas necessários para esta proposta

de sinalização, a exemplo dos pictogramas de obrigação. Para tal, serão usados o

padrões da ISO 7010/2011 - Graphical symbols - Safety colours and safety signs -

Safety signs used in workplaces and public areas e ISO 3864-2/2004 - Safety

colours and safety signs - Part 2: Design principles for product safety labels.

Segundo o catálogo on-line da ABNT, a ISO 7010/2011 prescreve a

sinalização de segurança para efeitos de prevenção de acidentes, proteção contra

incêndio, informações sobre os perigos de saúde e evacuação de emergência. A

forma e cor de cada sinal de segurança são de acordo com a ISO 3864-1 e a

concepção dos símbolos gráficos é de acordo com a norma ISO 3864-3. A ISO

7010/2011 é aplicável a todos os locais onde as questões de segurança

relacionadas com as pessoas precisam ser tratadas. No entanto, não é aplicável

para a sinalização utilizada para o sistema ferroviário, rodoviário, aquaviário,

marítimo e de tráfego aéreo e, em geral, para os setores sujeitos a uma regulação

que podem diferir no que diz respeito a certos pontos da norma ISO 7010/2011 e da

série ISO 3864. A ISO 7010/2011 especifica os padrões da sinalização de

segurança que podem ser escalados para a reprodução e para fins de aplicação.

Segundo o catálogo on-line da ABNT, a ISO 3864-2/2004 estabelece

princípios adicionais a ISO 3864-1 para a concepção de rótulos de segurança para

produtos, ou seja, todos os itens fabricados e oferecidos para venda no comércio,

incluindo, mas não limitado, a produtos de consumo e equipamentos industriais. O

propósito de uma etiqueta de segurança do produto é para alertar as pessoas a um

22

perigo específico e identificar como o perigo pode ser evitado. A ISO 3864-2/2004 é

aplicável a todos os produtos e em todas as indústrias onde a segurança está

relacionada. No entanto, não é aplicável às etiquetas de segurança utilizadas para

produtos químicos, para o transporte de substâncias perigosas, e nos setores

sujeitos a normas legais que diferem de certas disposições do presente documento.

Os princípios de design incorporados na ISO 3864-2/2004 estão destinados a serem

utilizados por todos os comitês técnicos da ISO em qualquer concepção de rótulos

de segurança do produto no desenvolvimento de padrões de segurança dos das

etiquetas para as indústrias ou serviços. Os requisitos legais ou regulamentares em

alguns países podem diferir de alguns requisitos da NBR ISO 3864-2/2004. Para

facilitar a padronização internacional das etiquetas de segurança de produtos, a ISO

3864-2/2004 deve ser considerada na revisão de normas.

Cabe ressaltar que a grafia de alguns pictogramas utilizados na NPT-20/2012

ainda seguem a grafia da norma BS 5499/1990 e ISO 3864/1984 e, portanto não

estão de acordo com a padronização atual e internacional das ISO 7010/2011 e ISO

3864-2/2004 (The HSSA Sign Guide, 2011).

A figura a seguir mostra algumas alterações das normas BS 5499/1990 e ISO

3864/1984 para o padrão ISO 7010/2011 no que se referem a seus pictogramas.

23

Figura 2 – Exemplo de pictogramas atualizados segundo a norma ISO 7010/2011.

Fonte: The HSSA Sign Guide, 2011

24

3 LEVANTAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO E DOS RESPECTIVOS

RISCOS ENVOLVIDOS DE ACORDO COM O PGR DA MINERADORA DO

ESTUDO DE CASO

Os dados a seguir foram fornecidos pela empresa mineradora participante do

estudo de caso.

3.1 O SISTEMA PRODUTIVO

Com operações de segunda a sábado e durante o horário comercial, as

atividades da mineradora consistem em extração, britagem e moagem do calcário,

tendo como produtos finais a dolomita (material mais nobre, utilizada na indústria), o

macadame (material com impurezas, utilizado para pavimentação). O fluxograma do

processo está evidenciado na figura a seguir:

Figura 3 – Fluxograma do processo produtivo da mineradora do estudo de caso.

As plantas locacionais das estruturas e vias da mina estão disponíveis em

anexo.

3.2 O PGR DA MINERADORA DO ESTUDO DE CASO

Foram consultados dois PGRs para a definição dos locais passíveis de

sinalização de segurança, estes PGRs dois tiveram vigência de março de 2010 a

março de 2011 e de março de 2011 a março deste ano (2012).

3.2.1 Levantamento dos riscos evidenciados no PGR

A seguir estão elencados os riscos que envolvem o sistema produtivo e

estritamente passíveis de sinalização de segurança, levanto em consideração os

PGRs citados anteriormente.

25

Risco: Explosão

ÁREA DE ABASTECIMENTO

Atividade de abastecimento da frota - Atmosfera explosiva

-Ignição por fogo/faísca

PAIOL DE EXPLOSIVOS

Atividades de manuseio de explosivos - Explosivos

-Ignição por fogo/faísca

OFICINA

Atividades de Soldagem - Atmosfera explosiva

-Ignição por fogo/faísca

Risco: Incêndio

ÁREA DE ABASTECIMENTO

Atividade de abastecimento da frota - Líquidos inflamáveis

-Ignição por fogo/faísca

OFICINA

Atividades de Soldagem - Materiais inflamáveis

-Ignição por fogo/faísca

Risco: Choque elétrico

TRANSFORMADOR OESTE

Atividade de manutenção elétrica – Choque/Arco voltaico

-Proximidade de painéis e fiações energizadas

TRANSFORMADOR LESTE

Atividade de manutenção elétrica – Choque/Arco voltaico

-Proximidade de painéis e fiações energizadas

PASSAGEM AÉREA DE FIAÇÃO ENERGIZADA POR POSTES

Trânsito de maquinários - Choque elétrico

-Travessia com maquinário em atividade

-Acidente com derrubada dos postes

EMEDIAÇÕES DO SISTEMA DE BRITAGEM

Trânsito de pedestres - Choque elétrico

-Proximidade de painéis e fiações energizadas

26

Risco: Queda de nível

TODA A EXTENSÃO DA MINA

Atividade de monitoramento de taludes - Queda acidental

-Despreparo / Inadvertência

-Equipamento inadequado

EMEDIAÇÕES DO SISTEMA DE BRITAGEM

Atividade de basculamento de materiais - Queda acidental

-Despreparo / Inadvertência

-Equipamento inadequado

Risco: Queda de materiais

TODA A EXTENSÃO DA MINA

Atividade de monitoramento de taludes - Queda acidental

-Despreparo / Não autorizado

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

EMEDIAÇÕES DO SISTEMA DE BRITAGEM

Trânsito de funcionários - Queda de material / correias transportadoras

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

Risco: Inalação/absorção de gases, vapores, poeiras e fumos

ÁREA DE ABASTECIMENTO

Atividade de abastecimento - Inalação

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

OFICINA

Atividade de solda - Inalação

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

EMEDIAÇÕES DO SISTEMA DE BRITAGEM

Atividade de operação do sistema - Inalação

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

27

Risco: Projeção de faíscas e estilhaços

OFICINA

Atividade de solda - Projeção de faíscas

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

Atividade de torno/fresa - Projeção de estilhaços

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

EMEDIAÇÕES DO SISTEMA DE BRITAGEM

Atividade de operação do sistema - Projeção de rochas

-Equipamento de proteção inadequado ou inexistente

3.2.2 Sinalização de segurança existente

Algumas irregularidades foram encontradas nas verificações em campo. A

seguir o registro fotográfico de alguma delas:

Figura 4 – Irregularidade 1

A Figura 4 apresenta uma divergência na classificação para transporte da

substância de acordo com a NBR 7500, na imagem apresentada, temos a indicação

de gás inflamável, porém o número da ONU à esquerda indica líquido inflamável.

28

Figura 5 – Irregularidade 2

A Figura 5 apresenta uma informação incompleta, não indicando que a área

restrita (paiol de explosivos) tem particularidades específicas como o risco de

explosão em caso de propagação de chamas no local.

29

Figura 6 – Irregularidade 3

A Figura 6 demonstra um padrão há tempos usado para o risco de morte,

porém, segundo os padrões atuais, o pictograma estampado não representa o risco

contido no local (choque elétrico). Esta imagem também evidencia a necessidade de

manutenção das sinalizações, principalmente as que sofrem ações do intemperismo.

30

Figura 7 – Irregularidade 4

A Figura 7 também apresenta a necessidade de manutenção além da grafia

errada do texto auxiliar de compreensão (legível apenas a alguns centímetros de

distância)

31

Figura 8 – Irregularidade 5

A Figura 8 demonstra claramente a ação do intemperismo nas sinalizações

externas.

Outras irregularidades foram encontradas na sinalização dos extintores de

incêndio, hora invisíveis devido a grande quantidade de poeira sobreposta, hora pelo

fato do extintor estar em algum ponto que não seja visível (atrás de estruturas).

32

4 DEFINIÇÕES E REQUISITOS PARA O SISTEMA DE SINALIZAÇÃO DE

SEGURANÇA, SEGUNDO A NPT 20/2012 (ADAPTADA)

A sinalização de segurança tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência

de incêndio e demais acidentes, alertando para os riscos existentes e garantir que

sejam adotadas ações adequadas para a mitigação e/ou prevenção dos riscos. A

sinalização faz-se na sua maioria pelo uso de símbolos, mensagens e cores que

devem ser alocados convenientemente no interior da edificação e/ou áreas de risco.

4.1 TIPOS DE SINALIZAÇÃO

A sinalização de segurança divide-se em sinalização básica e sinalização

complementar.

SINALIZAÇÃO BÁSICA

A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que uma edificação

ou área de risco deve apresentar, constituído por cinco categorias, de acordo com

sua função:

Proibição

Visa a proibir e/ou coibir ações capazes de gerar situações de risco eminente

ou acidente aos empregados e/ou instalações.

Alerta

Visa a alertar para áreas e materiais com potencial de risco dos mais variados

tipos dentre os principais, explosão, choques elétricos e contaminação por produtos

perigosos.

Orientação e Salvamento

Visa a indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu acesso e

uso.

33

Equipamentos

Visa a indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a

incêndios e alarmes de parada disponíveis no local.

Obrigação

Visa a obrigar a utilização de certos equipamentos ou ter determinada postura

de comportamento.

SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR

Serão consideradas apenas as mensagens específicas de forma escrita e que

acompanham a sinalização básica, onde for necessária a complementação da

mensagem dada pelo símbolo de segurança.

4.1 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA UM SISTEMA DE SINALIZAÇÃO

Os diversos tipos de sinalização de segurança devem ser implantados em

função de características específicas de seu uso e dos riscos evidenciados, bem

como em função de necessidades básicas para a garantia da segurança

ocupacional e patrimonial.

Sinalização de proibição

A sinalização de proibição apropriada deve ser instalada em local visível e a

uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização, distribuída em

mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas

possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da área, distanciadas em

no máximo 15 m entre si.

Sinalização de alerta

A sinalização de alerta apropriada deve ser instalada em local visível e a uma

altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização, próxima ao risco

isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si

em, no máximo, 15 m.

34

Sinalização de orientação e salvamento

A sinalização de saída de emergência apropriada deve assinalar todas as

mudanças de direção, saídas, escadas etc., e ser instalada segundo sua função.

Sinalização de equipamentos de combate a incêndio

A sinalização apropriada de equipamentos de combate a incêndio deve estar

a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da sinalização, e

imediatamente acima do equipamento sinalizado. Ainda:

a) quando houver, na área de risco, obstáculos que dificultem ou impeçam a

visualização direta da sinalização básica no plano vertical, a mesma sinalização

deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização;

b) quando a visualização direta do equipamento ou sua sinalização não for

possível no plano horizontal, a sua localização deve ser indicada a partir do ponto de

boa visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o símbolo do equipamento

em questão e uma seta indicativa, sendo que o conjunto não deve distar mais que

7,5 m do equipamento;

c) quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar, devem ser

sinalizadas todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os corredores de

circulação de pessoas ou veículos;

d) quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio instalados em garagem,

área de fabricação, depósito e locais utilizados para movimentação de mercadorias

e de grande varejo deve ser implantada também a sinalização de piso.

Sinalização Complementar

As mensagens escritas específicas, que acompanham a sinalização básica,

devem se situar imediatamente adjacente à sinalização que complementar e devem

ser escritas na língua portuguesa.

Quando houver necessidade de mensagens em uma ou mais línguas

estrangeiras, essas podem ser adicionadas sem, no entanto, substituir a mensagem

na língua portuguesa.

35

4.2 REQUISITOS BÁSICOS

São requisitos básicos para que a sinalização de segurança possa ser

visualizada e compreendida no interior da edificação ou área de risco:

a) a sinalização de segurança deve destacar-se em relação à comunicação

visual adotada para outros fins;

b) a sinalização de segurança não deve ser neutralizada pelas cores de

paredes e acabamentos, dificultando a sua visualização;

c) a sinalização de segurança deve ser instalada perpendicularmente aos

corredores de circulação de pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil

visualização;

d) as expressões escritas utilizadas nas sinalizações de emergência devem

seguir as regras, termos e vocábulos da língua portuguesa, podendo,

complementarmente, e nunca exclusivamente, ser adotada outra língua estrangeira;

e) as sinalizações básicas de emergência destinadas à orientação e

salvamento, alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem

possuir efeito fotoluminescente;

f) as sinalizações complementares de indicação continuada das rotas de

saída e de indicação de obstáculos devem possuir efeito fotoluminescente;

4.3 MATERIAS DE CONFECÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

Os seguintes materiais podem ser utilizados para a confecção das

sinalizações de emergência:

a) placas em materiais plásticos;

b) chapas metálicas;

c) outros materiais semelhantes.

Os materiais utilizados para a confecção das sinalizações de emergência

devem atender às seguintes características:

a) possuir resistência mecânica;

b) possuir espessura suficiente para que não sejam transferidas para a

superfície da placa possíveis irregularidades das superfícies onde forem aplicadas;

c) não propagar chamas;

36

d) resistir a agentes químicos e limpeza;

e) resistir à água;

f) resistir ao intemperismo.

Devem utilizar elemento fotoluminescente para as cores brancas e amarelas

dos símbolos, faixas e outros elementos empregados para indicar:

a) sinalizações de orientação e salvamento;

b) equipamentos de combate a incêndio e alarme de incêndio;

c) sinalização complementar de indicação continuada de rotas de saída;

d) sinalização complementar de indicação de obstáculos e de riscos na

circulação de rotas de saída.

Os materiais que constituem a pintura das placas e películas devem ser

atóxicos e não-radioativos, devendo atender às propriedades colorimétricas, de

resistência à luz e resistência mecânica.

O material fotoluminescente deve atender à norma NBR 13434-3/05 –

requisitos e métodos de ensaio.

A sinalização de emergência complementar de rotas de saída aplicadas nos

pisos acabados deve atender aos mesmos padrões exigidos para os materiais

empregados na sinalização aérea do mesmo tipo.

As demais sinalizações aplicadas em pisos acabados podem ser executadas

em tinta que resista a desgaste, por um período de tempo considerável, decorrente

de tráfego de pessoas, veículos e utilização de produtos e materiais utilizados para

limpeza de pisos.

As placas utilizadas na sinalização podem ser do tipo plana ou angular;

quando angular, devem seguir as especificações conforme demonstrado na Figura

9, abaixo:

37

Figura 9 – Instalação de placa angular

Fonte: Norma de Procedimento Técnico nº 20/2012 – Sinalização de emergência do Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.

4.4 MANUTENÇÃO

A sinalização de emergência utilizada na edificação e áreas de risco deve ser

objeto de inspeção periódica para efeito de manutenção, desde a simples limpeza

até a substituição por outra nova, quando suas propriedades físicas e químicas

deixarem de produzir o efeito visual para as quais foram confeccionadas.

4.5 DIMENSIONAMENTO E TIPOGRAFIA PARA PLACAS DE SINALIZAÇÃO

Segundo a NPT 20/2012, para o dimensionamento básico das placas, devem

ser seguidas as dimensões pré-estabelecidas de acordo com a distância máxima de

visibilidade do observador:

38

Quadro 1 - Formas geométricas e dimensões das placas de sinalização

Fonte: Norma de Procedimento Técnico nº 20/2012 – Sinalização de emergência do Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.

NOTAS:

1. Dimensões básicas da sinalização

A > L² / 2000

Onde:

A = Área da placa, em m².

L = Distância do observador à placa, em m (metros). Esta relação é válida para L < 50 m, sendo que

deve ser observada a distância mínima de 4 m, conforme Quadro 1.

As formas geométricas e as cores de segurança e de contraste devem ser

utilizadas somente nas combinações descritas a seguir, a fim de obter cinco tipos

básicos de sinalização de segurança, observando os requisitos do Quadro 1 do para

proporcionalidades paramétricas e os requisitos do Quadro 3 para as cores.

Sinalização de proibição - a sinalização de proibição deve obedecer a:

a) forma: circular;

39

b) cor de contraste: branca;

c) barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;

d) cor do símbolo: preta;

e) margem (opcional): branca;

f) proporcionalidades paramétricas.

Sinalização de alerta - a sinalização de alerta deve obedecer a:

a) forma: triangular;

b) cor do fundo (cor de contraste): amarela;

c) moldura: preta;

d) cor do símbolo (cor de segurança): preta;

e) margem (opcional): branca;

f) proporcionalidades paramétricas.

Sinalização de orientação e salvamento - a sinalização de orientação deve

obedecer a:

a) forma: quadrada ou retangular;

b) cor do fundo (cor de segurança): verde;

c) cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;

d) margem (opcional): fotoluminescente;

e) proporcionalidades paramétricas.

Sinalização de equipamentos - a sinalização de equipamentos de combate

a incêndio deve obedecer:

a) forma: quadrada ou retangular;

b) cor de fundo (cor de segurança): vermelha;

c) cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;

d) margem (opcional): fotoluminescente;

e) proporcionalidades paramétricas.

Sinalização de obrigação - a sinalização de ação obrigatória deve obedecer

(adaptado - seguindo o padrão de sinalização de proibição desta NPT e o padrão

estabelecido pela Norma ISO 3864-2/2004):

a) forma: circular;

40

b) cor de contraste: branca;

c) barra diametral e faixa circular (cor de segurança): azul;

d) cor do símbolo: branca;

e) margem (opcional): branca;

f) proporcionalidades paramétricas.

O tamanho do texto auxiliar de compreensão da mensagem de segurança

seguirá o dimensionamento especificado no Quadro 2:

Quadro 2 - Altura mínima das letras em placa de sinalização em função da distância de leitura

Fonte: Norma de Procedimento Técnico nº 20/2012 – Sinalização de emergência do Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.

NOTAS:

1. No caso de emprego de letras, elas devem ser grafadas obedecendo à relação:

h > L/125

Onde:

h= Altura da letra, em metros.

L= Distância do observador à placa, em metros.

2. O Quadro 2 apresenta valores de altura de letra para distâncias predefinidas. Todas as palavras e

sentenças devem apresentar letras em caixa alta, fonte Helvetica Bold e justificada à esquerda.

O padrão colorimétrico que as placas deverão seguir está disposto a seguir

no Quadro 3, tal padronização deve ser levada em conta na realização do pedido de

compra dos materiais.

41

Quadro 3 - Cores de segurança e contraste

Fonte: Norma de Procedimento Técnico nº 20/2012 – Sinalização de emergência do Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.

NOTAS:

1) O padrão de cores básico é o Munsell Book of Colors®.2) As cores Pantone® foram convertidas do sistema Munsell Book of Colors®.3) Os valores das tabelas CMYK e RGB para impressão gráfica foram convertidos do sistema Pantone®.4) Para a cor azul, o padrão de cores Munsell Book of Colors® é o 2,5PB3/10 (ISO 3864-2/2004)

As caixas de texto seguirão o padrão estabelecido pela ISO 3864-2/2004 -

Graphical symbols - Safety colours and safety signs - Part 2: Design principles for

product safety labels, conforme a Figura 5:

Figura 10 – Caixa de texto para escritas de sinalização complementar

Fonte: (Adaptado de) ISO 3864-2/2004 - Graphical symbols — Safety colours and safety

signs - Part 2: Design principles for product safety labels.

42

4.6 CODIFICAÇÃO E PICTOGRAMAS DAS SINALIZAÇÕES DE SEGURANÇA

Para o projeto executivo de sinalização de segurança, será levado em conta o

seguinte índice de codificação (adaptado dos padrões ISO 7010/2011):

4.6.1 Sinalização de proibição (Prefixo “P”)

P1 P2

4.6.2 Sinalização de alerta / advertência (Prefixo “A”)

A1 A2 A3

43

PROIBIDO

ACENDER CHAMA

PROIBIDA E

ENTRADA DE

PESSOAL NÃO

AUTORIZADO

MATERIAL

INFLAMÁVEL

MATERIAL

EXPLOSIVO

EQUIPAMENTO /

FIAÇÃO

ENERGIZADO(A)

A4 A5 A6

A7 A8 A9

A10

44

MATERIAL /

SUBSTÂNCIA

TÓXICO(A)

TALUDE SEM

PROTEÇÃO

TALUDE

INSTÁVEL

OBJETOS /

ESTILHAÇOS

PROJETADOS

PARA FORA DA

ESTRUTURA

ATIVIDADES DE

MAQUINÁRIO

PESADO

FIAÇÃO AÉREA

ENERGIZADA

RISCO

ESPECÍFICO

4.6.3 Sinalização de obrigação (Prefixo “O”)

O1 O2 O3

O4 O5 O6

O7

45

CAPACETE PROTEÇÃO

RESPIRATÓRIA

PROTETOR

AUDITIVO

LUVAS ÓCULOS DE

PROTEÇÃO

CALÇADO DE

PROTEÇÃO

PROTETOR

FACIAL DE

SOLDAGEM

4.6.4 Sinalização de segurança contra incêndio (Prefixo “F)”

F1 F2

4.6.5 Sinalização de emergência (Prefixo “E”)

E1 E2 E3

46

EXTINTOR

PONTO DE

ENCONTRO

PRIMEIROS

SOCORROS

PARADA DE

EMERGÊNCIA

ÁREA DE

ACESSO AO

EXTINTOR

5 O PROJETO EXECUTIVO

O projeto executivo de sinalização de emergência, quando elaborado, deve

ser constituído de memoriais descritivos do sistema de sinalização e de plantas-

baixa das instalações onde constem os tipos e dimensões das sinalizações

apropriadas à edificação, indicadas através de um círculo dividido ao meio na

posição a serem instaladas, conforme indicado na figura a seguir:

Figura 11 - Símbolos para identificação de placas em planta baixa de projeto executivo

Fonte: (Adaptado de) Norma de Procedimento Técnico nº 20/2012 – Sinalização de emergência do

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.

Onde:

a) na parte superior do círculo deve constar o código do símbolo, conforme a

codificação apresentada no item 4.6 desta proposta;

b) na parte inferior do círculo devem constar as dimensões (diâmetro, altura

e/ou largura) da placa (em milímetros), conforme o Quadro 1 desta proposta.

c) quando as sinalizações se utilizarem de mensagens escritas, devem

constar à altura mínima de letras (conforme o Quadro 2 desta proposta) para cada

placa.

As pranchas ainda devem constar de uma legenda contendo todos os

símbolos adotados dentro dos padrões citados anteriormente e um quadro de

quantidades de placas de sinalização discriminados por tipo e dimensões.

Serão geradas plantas locacionais subdivididas por pelos setores de

pesagem, abastecimento, explosivos, oficina, setor de britagem e uma planta geral.

Serão impressas em formato compatível e em escala apropriada para a

visualização do tipo e local de cada sinalização conforme a NPT 20/2012.

47

A organização das plantas seguirá o disposto em anexo:

ANEXO 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: BALANÇA E COMBUSTÍVEIS

ANEXO 2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: EXPLOSIVOS

ANEXO 3A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: OFICINA

ANEXO 3B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: OFICINA (EPI)

ANEXO 4A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: BRITADORES

ANEXO 4B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: BRITADORES (EPI)

ANEXO 5 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕESSETOR: BANCADAS

48

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma vez que os dados foram apresentados no capítulo anterior, pode-se

afirmar que os objetivos foram atingidos. A proposta para adequação de um sistema

de sinalização de segurança na mineração está estruturada e contempla as bases

técnicas que fazem referencia ao tema. Assim cabe à empresa decidir coloca-lo

dentro de um plano de ação e seguir as recomendações propostas

No levantamento de campo para a identificação dos riscos das atividades da

mineração de calcário com auxílio do PGR da mineradora, foram encontrados

desvios e falhas na comunicação do risco;

As bases técnicas para o sistema de sinalização em estudo, foram

identificadas, foram encontradas algumas dificuldades na referencia da ISO, que não

está disponível para download e precisou ser pesquisada em outras referencias

bibliográficas.

Várias foram as normas consultadas que referenciam este trabalho. A

dificuldade em encontrar um padrão de sinalização foi grande, devida a quantidade

de normas e suas respectivas atualizações no decorrer dos anos.

A normalização no que se refere à sinalização esta passando por um

processo de unificação internacional, seja pela parte de dimensionamento das

placas ou pela grafia dos pictogramas empregados.

As plantas foram geradas e o projeto executivo de sinalização de segurança

foi consolidado. Quando implantado como em qualquer sistema de segurança, vai

existir a necessidade de treinamento dos envolvidos. Espera-se que com a clara

comunicação e identificação dos riscos, tenhamos um trabalho mais seguro para

todos os empregados e colaboradores da atividade.

As medidas de sinalização aqui propostas vêm para aumentar a

segurança ocupacional e patrimonial dos envolvidos com a atividade da mineração

do estudo de caso, mas podem vir a servir de base para outros ramos, como o da

indústria, por exemplo.

Devido a esta dificuldade, foram excluídas as sinalizações de produtos

perigosos (GHS) e a sinalização de trânsito na mina, e/ou ainda outras formas de

sinalização que não fossem visuais (sonoras, por exemplo) devido a extensão das

49

normas e dos procedimentos a serem tomados para seus respectivos projetos de

implantação. Portanto, este trabalho se abre para novos projetos, em específico:

a) Sistema de sinalização viária na mineração

b) Sistema de sinalização de produtos perigosos segundo o GHS

Portanto, muito trabalho ainda há de ser feito para garantir no que se referem

à sinalização de segurança, para que as diretrizes do PGR da mineradora em

questão, tenham suas premissas cumpridas.

50

7 ANEXOS

51

7.1 ANEXO 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: BALANÇA E COMBUSTÍVEIS

52

7.2 ANEXO 2 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: EXPLOSIVOS

53

7.3 ANEXO 3A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: OFICINA

54

7.4 ANEXO 3B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: OFICINA (EPI)

55

7.5 ANEXO 4A – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: BRITADORES

56

7.6 ANEXO 4B – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: BRITADORES (EPI)

57

7.7 ANEXO 5 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SINALIZAÇÕES

SETOR: BANCADAS

58

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Catálogo ABNT

(WEB). Disponível em: http://www.abntcatalogo.com.br/default.aspx. Acesso em 13

ago. 2012.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7195 – Cores

para segurança – Ed. 1995.

BRASIL - DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. NRM-12 –

Sinalização de Áreas de Trabalho e de Circulação – Ed. 2001.

BRASIL - MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Plano Nacional de Mineração

2030 – Ed. 2011.

BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-4 – Serviços

especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho – Ed.

2009.

BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-10 – Segurança em

instalações e serviços em eletricidade – Ed. 2004.

BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-12 – Segurança no

trabalho em máquinas e equipamentos – Ed. 2011.

BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-19 – Explosivos – Ed.

2011.

BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-22 – Segurança e saúde

ocupacional na mineração – Ed. 2011.

BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR-23 – Proteção contra

incêndios – Ed. 2011.

59

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