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Revista entrevista com Felipe Mojave

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Page 1: Revista Flop 13

ZAHLE 500K SNG VIRTUAL BSOP

O novo Embaixador do PartyPoker faz mesa fi nal na WSOP 2009

TEXAS HOLD'EM É ESPORTE

FelipeO E b i d d

Mojave

Número 13 / Junho 2009

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Page 4: Revista Flop 13

EDITORIALUMA REVISTA DE

Editora Flop Ltda.Av. Angélica, 2.582 - cj. 1101228-200 - São Paulo, SP(11) [email protected]

Editor ChefeJuliano Maesano

Edição de ArtePedro Henrique Junqueira Barbosa CostaThiago Frotscher

CapaFoto: Juliano MaesanoFinalização: Thiago Frotscher

RevisãoJosé Édison da Costa

Tratamento de imagensPremedia Crop

ColaboradoresAndré Akkari, Caio Brites, Christian Stanilavski, Diego Nakama, Felipe Ramos, Gustavo Andrade, Howard Lederer, Igor Trafane, Isabelle Mercier, James Keane, Omar Abede.

ImpressãoIGIL

PublicidadeRegina [email protected](11) 3237-3210 / 7869-5800

Las Vegas Representation OfficeMario [email protected]+1 (702) 672-3144

AssinaturaPelo site: www.revistaflop.com.br ou envie pedido para: [email protected]

Flop é uma publicação bimestral.Distribuição gratuita.Tiragem: 30.000 exemplares.A Revista Flop não se responsabiliza por opiniões e conceitos emitidos em artigos e colunas assi-nadas. É vedada a reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo sem autorização expressa.

Juliano MaesanoEditor-Chefe

maesano@revistafl op.com.br

C hegamos a nossa terceira edição da WSOP. Em 2007, tivemos na capa Leandro Brasa, primeiro brasileiro a alcançar uma mesa final; André Akkari, primeiro jogador

brasileiro a integrar um time de profissionais de primeira linha, e eu, décimo lugar em um evento da World Series. Em 2008, a capa estampava Alexandre Gomes em sua conquista histórica do tão cobiçado bracelete. Agora, em 2009, trazemos o grande Felipe Mojave como destaque de capa, já que ele conseguiu o melhor re-sultado, até então, na série de eventos deste ano: uma mesa final e a sexta colocação no evento de 5K Pot Limit Omaha. A cobertura completa da WSOP 2009 você terá em nossa próxima edição, mas, já nesta edição, apresentamos uma breve introdução sobre o que aconteceu em Las Vegas nessa primeira metade da série. Ainda mais sobre Mojave, ele agora é um dos embaixadores do PartyPoker, empresa que volta com força total ao mercado nacional. Além de reestruturar o site, a marca prepara grandes surpresas e promoções para os brasileiros e pretende dar mais oportunidades internacionais a Felipe, para que ele possa mostrar toda a sua capacidade.

Aproveitem esta edição e aguardem a próxima, que trará mais detalhes ainda da maior série de poker do planeta!

Page 5: Revista Flop 13

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Page 6: Revista Flop 13

Seções 12 | CARTAS

38 | SIT-AND-GO FLOP

48 | TEST DRIVE

51 | CADERNO FULL TILT

92 | PERFIL

96 | SOCIAL

104 | CALENDÁRIO

105 | RANKINGS

Matérias26 | BSOP E CPHGoiânia e Curitiba

32 | TORNEIO NO ZAHLEUltrapassando os 500K

60 | MOJAVE NO PARTYO VIP da Festa

68 | CIRCUITO SANJOANENSEO Sucesso do Interior Paulista

72 | LAPT MAR DEL PLATAO Gran Finale

74| RIO HOLD'EM TOURO Clima Perfeito

78 | FLORIPA 100KPoker na Ilha

88 | NOVA OPÇÃO Poker sem Fronteiras

90 | WSOP 2009Os Brasileiros em Vegas

Colunas14 | FEDERALComo Jogar Pré-Flop

16 | AKKARIAgressividade na Bolha?

18 | SNG TEAM PROAprimorando sua Técnica

20 | FELIPE MOJAVELidando com os Coinfl ips

22 | FULL TILTFique de Fora da Bolha

24 | BANANAS POKERDicas e Cuidados nas Mesas

46 | SPORTINGBETComo Apostar na Fórmula 1

80 | MAIS EVTorneios - Parte 2

84 | ISABELLE MERCIERAdieu, Minha Bela Paris

86 | JURÍDICARepresentantes do Poker

94 | MEBELISKAPoker, Informação e Humor

SUMÁRIO EDIÇÃO 13 – JUNHO/2009

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O Gênio, nosso maior multiplicador de prêmios. Começando em 6 de julho, estaremos elevando ao quadrado a 50.000a partida jogada em nossas mesas de apostas a dinheiro para criar

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É genialTodos os dias nossos prêmios são

elevados ao quadrado

Page 7: Revista Flop 13

CARTAS DOS LEITORES

TORNEIOS Parceiros do pano, quando podere-mos ter a oportunidade de jogar, aqui no Brasil, uma série de torneios pare-cida com a WSOP? Não digo apenas como um EPT ou LAPT, mas sim uma grande variedade de modalidades, que se estendam por muitos dias e ofere-çam diversas opções de buy-ins.

Muito boa pergunta, Jurandir. Alguns ex-poentes do poker brasileiro vêm, há algum tempo, cogitando lançar uma série como a que você deseja, mas, obviamente, de menor duração. Apoiamos fortemente qualquer projeto semelhante que venha a se concre-tizar e que seja oferecido ao longo de uma ou duas semanas de eventos. Sabemos que, para um projeto desse porte, é preciso co-meçar “pequeno” . Acreditamos que eventos de mixed games ou Stud podem ter fields muito reduzidos, mas que, com certeza, podem ser recompensados pela grande pro-cura nas categorias de Hold'em e Omaha. Esperamos ver esse “sonho” brasileiro ser concretizado em pouco tempo. Certamente aparecerão muitos patrocinadores interes-sados em lançar essa ideia.

CONTRATO Amigos da Flop, eu sempre vejo ma-térias sobre jogadores que conquistam patrocínios de sites de poker e acho que tenho condições de me tornar um desses jogadores, já que possuo muitos bons resultados online e ao vivo, em minha cidade. Como posso me can-didatar para fazer parte de um time?

Marcelo, as empresas, para convidar um jogador a participar de seu time ou ser patrocinado, muitas vezes buscam bons re-sultados e uma boa imagem, normalmente

nomes que já são conhecidos do público ou que apresentam grande potencial e ca-risma. Para tanto, o seu primeiro passo deve ser focar-se mais em seu jogo e con-seguir melhores resultados e consistência. Jogue os grandes eventos ao vivo pelo País e torne-se um nome recorrente e conhecido. Com o seu currículo de resultados e a descrição do que você pode oferecer para o patrocinador, marque encontros com os responsáveis pelas empresas. Não existe uma fórmula mágica para conseguir o que você almeja. Cada um dos grandes profissionais brasileiros chegou onde está por meios diferentes. Boa sorte!

CIRCUITOCurto e grosso: Por que a Flop não cria um circuito ou torneio próprio?

Ao longo de seus dois anos de existência, a Revista Flop recebeu inúmeros convites e propostas para criar uma marca de torneios ao vivo ou de circuitos online. Nós mes-mos quase lançamos desafios de heads-up ou outros projetos relacionados a torneios. Entretanto, sempre decidimos, por conside-rarmos a melhor opção, deixar a realização desses eventos para os competentes orga-nizadores brasileiros e para as empresas especializadas no ramo. Talvez, alcance-mos um formato que seja interessante aos nossos leitores e que ofereça oportunidades a todos os jogadores. Quem sabe um dia não viremos a anunciar uma surpresa ... Mas, no momento, outras prioridades nos impedem qualquer ação nesse sentido.

| JUNHO12

ENVIE SUAS SUGESTÕES, INFORMAÇÕES E OPINIÕES PARA fl op@revistafl op.com.br

Jurandir Correa Petrópolis, RJ

Miro Ferreira Por e-mail

Marcelo Campana Campinas, SP

American Airlines, Bullets, Pocket Rockets, Pardais A A

PRÊMIOCaro Editor, gostei muito de acom-panhar toda a votação e a ceri-mônia de escolha dos indicados e de premiação dos vencedores do Prêmio Flop, apesar de ter algu-mas ressalvas e discordâncias sobre alguns premiados. Quando é que serão abertas no site as indicações ao Prêmio Flop 2009? Não vejo a hora de escolher meus favoritos e espero ver o grande Mojave ga-nhando algum prêmio desta vez. Com uma final na WSOP, agora quero só ver quem irá tirar o troféu das suas mãos!

Olá, Andréa! As prévias para o Prêmio Flop 2009 devem começar em janeiro de 2010, após o ano encerrar-se por completo. Certamente também torce-mos por Mojave, que começou o ano com o pé direito no PCA Bahamas e agora fez muito bonito em Las Vegas. Até o final do ano, certamente ele irá aparecer muito mais, da mesma forma que outros concorrentes de peso trarão, da WSOP, grandes resultados para elevar o nome do Brasil e para a briga pelo Prêmio Flop. Esperamos seus votos pelo site e, caso tenha disponibilidade, venha à cerimônia de entrega, que co-meça a ser planejada em novembro e promete oferecer, novamente, uma grande e merecida confraternização a todos que contribuem para com o poker brasileiro.

Andréa Moscattini Diadema, SP

Na edição anterior, na matéria sobre o Circuito Paulista de Hold’em publicada na página 76, a foto ao final da página é de Márcio Carraro, que foi o campeão da terceira etapa. A foto de Sérgio Augusto dos Santos, campeão da primeira etapa –conforme está na legenda – é esta:

ERRAMOS...

Page 8: Revista Flop 13

| JUNHO14

COLUNA | IGOR FEDERAL

JUNHO | 15WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

[email protected]

Cowboys, King Kong, Kangaroos, Ace Magnets, Kaká K K

A WSOP já começou, e uma coisa merece ser dita: a qua-lidade do poker brasileiro melhorou muito nos últi-mos anos, especialmente

no Texas Hold’em. Alguns brasileiros já tiveram bons resultados e, às vésperas da publicação desta coluna, Caio Brites, do SuperPoker/Full Tilt Brazilian Pro Team, quase conseguiu pintar mais um bracelete de verde e amarelo. Ao acom-panhar a cobertura do evento, me cha-mou muito a atenção a grande diferença que havia entre os stacks, que algumas vezes variavam de 10 a 60 vezes o valor do Big Blind. Assim, resolvi escrever so-bre as diferentes estratégias que podem ser adotadas antes do flop, de acordo com os recursos compatíveis com o tamanho da sua pilha de fichas. Começarei pela situação mais sim-ples: o short-stack. O jogador que está com poucas fichas tem recursos muito limitados para jogar as suas mãos. Nos

torneios com ante, um jogador pode se considerar short quando seu stack tiver abaixo dos 12 Big Blinds ou o equivalente a cinco órbitas (M=5). Esse valor pode variar, pois, em mesas mais loose, você irá adotar a estratégia com até 15 blinds que irei sugerir, enquanto que, em uma mesa mais tight, talvez seja possível dar raise/fold com essa quantidade de fichas.

Enfim, quando você estiver short-stack, a estratégia correta é ir all in, sempre que decidir envolver-

se em uma determinada mão. A razão disso está na relação matemática en-tre pot odds e a equidade de sua mão. Suponhamos que você esteja à direita do botão em uma mesa com oito jo-gadores, e você tem 12.500 fichas em seu stack. Os jogadores a sua direita têm stacks maiores e os blinds estão em 500/1.000, com ante de 100, sendo que o pote inicial tem 2.300 fichas, ou 20% do seu stack. Se você der raise

nessa situação com uma mão decente, como QJo, muito provavelmente terá odds corretos para dar call se algum dos jogadores a sua direita for all in. Nesse caso, é mais lucrativo utilizar integralmente a sua equidade de fold e ir all in direto. Isso quer dizer que, já que o adversário está disposto a pa-gar um all in no seu raise, vale muito mais a pena você já entrar de all in, porque, além das chances de vencer o all in, você tem grande chance de levar todas as fichas da mesa sem que ninguém pague, correndo assim me-nos riscos. Quando estiver short-stack, lembre-se também que você não deve jogar mãos marginais em função de posição ou implied odds.

Com mais fichas no entanto, você tem outros recursos para empre-gar em seu jogo. Estando com

um stack médio, com mais de 16 Big Blinds ou aproximadamente sete vezes o pote inicial (M=7), você terá fichas o bastante para atacar os blinds, sem, no entanto, ficar comprometido com o pote. Assim, quando perceber que a situação é conveniente – havendo um jogador muito tight no Big Blind, por exemplo – você poderá apostar para tentar roubar a mesa, indepen-dentemente das cartas que estiver segurando. Isso é o que se costuma chamar de blind steal. Quando você fizer isso, só é preciso ter o cuidado de observar a pilha de fichas dos joga-dores que falam depois de você, pois, quando houver algum short-stack, ele pode entrar de re-raise all in e você pode acabar sendo obrigado a dar um call por odds, fazendo um showdown que prejudique a sua imagem na mesa e lhe custe mais fichas do que pretendia sacrificar no início da jogada. Além disso, com um stack médio, você também poderá aplicar um re-steal, apostando todas as suas fichas quando tiver bons motivos para acreditar que algum jogador está subindo a aposta apenas para roubar a mesa (exatamente o que você estava pensando em fazer no parágrafo anterior). Vamos imaginar a mesma situação de antes, mas você está com 18.000 fichas. Dessa vez, um jogar bastante agressivo antes de você, com pouco mais de 20.000 fichas, sobe

a aposta para 3.000. Sabendo que ele faz isso com muitas mãos, mas somente dará call em uma volta com uma pe-quena parte delas, e também sabendo que essa jogada representa muita força para os três jogadores depois de você, é razoável ir all in com boa parte das car-tas que você estiver jogando. É por isso que, algumas vezes, vemos bons jogado-res indo all in com Q4o, J2s, ou outras mãos que parecem não fazer sentido.

Com stacks ainda maiores, com mais do que 30 Big Blinds (M=13), as situações começam

a ficar mais complexas. Com pilhas desse tamanho, você pode, além de dar raise para roubar a mesa – o blind steal –, também dar raise para aplicar um re--steal, sem precisar ir all in. Naquela mesma mesa, com oito jogadores e apostas obrigatórias de 500/1.000 e ante de 100, todos os jogadores estão com pilhas grandes e você, estando no dealer, está com um stack de 35.000 fichas. Nessa situação, se o jogador que está a sua direita sobe a aposta para

2.700, na tentativa de roubar os blinds, você pode subir novamente para perto de 10.000, com uma mão fraca, e ainda conseguirá dar fold, caso ele tenha uma mão realmente boa e vá de all in.

Após o aumento na oferta de livros e de videoaulas sobre poker, que aconteceu junto com

o crescimento do poker online, o blind steal tornou-se bastante conhecido e popular. Dez anos atrás, somente pro-fissionais e jogadores muito agressivos faziam blind-steal com frequência, mas, hoje, grande parte dos jogadores o está fazendo. Justamente por causa disso, o jogo se adaptou, e o re-steal se tornou cada vez mais comum entre os joga-dores, especialmente na Internet. Em razão disso, algumas vezes nós vemos o que seria um “re-re-steal”, em que um jogador abre raise para roubar os blinds e, após enfrentar um re-raise, vai all in com uma mão fraca, fazendo com que alguns potes gigantes de torneios importantes entre bons jogadores sejam eventualmente decididos em

COMO JOGAR PRÉ-FLOPVeja dicas de como jogar conforme a sua quantidade de fichas

showdowns, como K9s x JQo. Observar isso muitas vezes nos faz pensar que o poker virou um jogo de sorte, quando, na verdade, por trás de uma mão como essa, a técnica e o conceito teórico são fatores predominantes. Quanto mais um jogador melhora o seu jogo, com mais profundidade ele entende que, na verdade, o poker não é um jogo de cartas. E é a pura verdade: conceitos de posição, dos estilos dos adversários, e, agora, esses que citei – relativos à quantidade de fichas de cada jogador e ao tamanho de suas pilhas – são tão ou mais im-portantes que a força das duas cartas que o jogador segura em suas mãos. Cabe a todo amante do poker apri-morar-se em cada uma dessas áreas, obtendo experiência online e ao vivo, para ter um arsenal de moves e joga-das cada vez mais completo e difícil de ser interpretado e detectado pelos adversários. �

Igor "Federal" Trafane

Presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold'em (CBTH).

Page 9: Revista Flop 13

| JUNHO16

COLUNA | ANDRÉ AKKARI

JUNHO | 17WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

[email protected]

André Akkari

Membro do Team PokerStars e um dos maiores jogadores de Texas Hold'em do País. Seus resultados online e ao vivo crescem a cada dia, desde que decidiu se dedicar somente ao poker.

Ladies, Bitches, Mulheres, Minas, Siegfried and Roy Q Q

E aí, meus amigos leitores da Flop! Escrevo esta coluna di-reto de Las Vegas, com uma expectativa enorme para a WSOP, que já começou com

ótimos resultados dos brasileiros. A comunidade do poker está preparada para os eventos mais esperados do ano, e muitos brazucas estão chegando ao aeroporto McCarran, em busca do tão sonhado bracelete. Assim que voltei de Monte Carlo, fiz um planejamento de conseguir ficar uns dias de férias e, logo em seguida, fazer pelo menos quinze dias de jogo pesado – tanto online quanto live – para entrar bem preparado para os eventos da maratona que é a World Series. No período de férias, consegui coisas que realmente mudaram minha rotina dos últimos anos. A principal foi o regime – cheguei em Las Vegas com 99 quilos e, graças a muito esforço, consegui alcançar mágicos 91 quilos atual-mente –, cumprindo uma rotina alimentar fortíssima e com exercícios em dois períodos, todos os dias. Isso faz com que, agora, me sinta uma outra pessoa. Tudo me-lhora, principalmente o lado emocional. Depois do período de fé-rias, como planejado, enga-tei pesado no poker online (pesado em quantidade de horas jogadas e leve em qui-los, lol). Minha rotina passou a ser assim: fazer exercícios das 9 às 10h30, depois pegar o $100 com re-buys, do Stars, e jogar todos os torneios até o Nightly Hundred. Tudo isso são mais de oito horas

de jogo, em pelo menos 13 torneios. É a famosa “reta toda”. Definitivamente, o preparo deu re-sultado. Desde o primeiro dia de tra-balhos, consigo, praticamente todos os dias, chegar a mesas finais e, o principal, eu chego jogando bem, muito concen-trado, bastante focado no que deve ser feito em cada mão, e isso, tenho certeza, que vem fazendo toda a diferença.

Mas, vamos ao que interessa. Em um domingo, dia de ouro do online, tive um dos grandes

dias da minha carreira, pois consegui pegar três mesas finais. A primeira foi no $50 com re-buys (big antes), pegando uma nona colocação; a segunda foi no $100 com dois re-buys, na qual fiquei em segundo lugar e levei uma bela premiação, mas, na verdade, o melhor

estava por vir. O mais famoso torneio do poker online – o Sunday Million – estava guardando para mim as maiores emoções de um belo domingo. Joguei o torneio durante 7 horas, de uma forma bem sólida, tentando fazer os movimentos certos nas horas certas, sempre prestando muita atenção na re-lação de blinds com meu stack e sempre focado nas ações dos meus adversários. Meu torneio não foi de muitas cartas boas, mas foi de um jogo agressivo, ganhando muitas mãos no flop e no turn, com continuations bets eficientes, que me levaram à reta final do torneio. Quando faltavam aproximadamente 100 jogadores, tentei um re-steal de A5, do botão, no bet do cut-off. Acabei en-contrando um JJ pela frente, do BB, e levei call também do cut-off, com KJ. Acertei o A no turn, e isso me deixou com aproximadamente 60 Big Blinds, completamente de volta para o jogo.

A grande razão do meu texto desta edição é a bolha da mesa final, mas, para entender a razão da

matéria, é preciso levar algumas coi-sas em consideração. A mais impor-tante é que, de quando restavam 50 jogadores até restarem dez jogadores, eu cresci o meu stack, de um milhão e meio de fichas até seis milhões e nove-

centas mil, praticamente sem showdown, em uma estratégia sólida de roubo de blinds com o timing certo, aplicando c-bets e também usando oportunida-des coerentes – como poucos, mas corretos re-steals –, que me deram bastante margem para crescer meu stack. Quando chega a bolha da mesa final, meu stack é de exatamente seis milhões e se-tecentas mil fichas, na segunda colocação, e os blinds em 100K/200K. Sendo assim, te-nho aproximadamente 35 Big Blinds, uma situação confortá-vel para pressionar a bolha de um torneio tão importante. Na semibolha e bolha da mesa fi-nal, eu subi aproximadamente 40% das mãos, sem correr ris-cos em qualquer momento, e eis que chega a mão crucial.

Encontro-me no UTG com a mesa five-handed, com AK. Subo 490K, lembrando que os blinds

estão 100K/200K. O chip leader é o BB, com 13 milhões de fichas; eu tenho quase sete milhões e o dealer, que é o vilão em questão, está em terceiro com 4,7 milhões em fichas. Quando a ação chega nele, ele simplesmente não pensa em dar uma volta de um milhão, nem nada parecido. Ele em-purra tudo no pano. A ação volta para mim; acabo nem pensando muito e dou call. Ele abre AJ, batem dois J e eu entro na mesa final como o short-stack, sendo eliminado na nona colocação, infelizmente de AK, pelo mesmo cara, com 55. Entretanto, o resultado não é o mais importante para esta matéria, e sim a situação do AK na bolha. Se perguntar, acho que para 80% dos jogadores profissionais a resposta será de que o call é acertado. Já entre os profissionais somente do online, provavelmente esse número sobe para 90%, se não 100%. Entretanto, gosto de pensar em formas diferentes de analisar o jogo e ver se encontro modos mais lucrativos, dentro dessa dinâmica gigante que envolve o Texas Hold’em. O range de mãos do meu oponente administro da seguinte forma: de 66 a JJ, poucas chances de QQ e pratica-mente zero chance de KK e AA. Não consigo acreditar que alguém com AA ou KK vá all in de cinco milhões em

um bet de 490 mil, na bolha de um tor-neio valendo mais de 200 mil dólares. Além desses pares de que falei, coloco também na mão do meu oponente, pela velocidade do all in, duas mãos dominadas, o AQ e o AJ, com muito pouca chance de ser AT para baixo. Acho que até existe esse move, mas não nessa hora, ainda mais sendo, o meu oponente, um jo-gador fraco, sem muitos ganhos, como eu já havia pesquisado. Por sinal, os nove restantes eram muito fracos. Quem acompanhou, checou isso também: a mesa apresentava um nível de jogo dos piores que já presen-ciei em um torneio dessa importância. Portanto, daí vem a pergunta: “Será que existe fold neste AK?” Temos que analisar a questão, pelas seguintes razões:

1. meu stack é confortável;

2. a maior parte do range de mãos em que coloco meu oponente resultam em coinflips;

3. minha ação no pré-flop, flop e turn vi-nha sendo muito sólida, já que subi meu stack em mais de 350%, sem showdown;

AGRESSIVIDADE NA

BOLHA?Existe chance de “foldar” AK faltando um cair para a FT do Sunday Million?

4. pelas estatísticas, a diferença em dinheiro dos prêmios da mesa final iria fazer muito mais pressão nos meus ad-versários do que em mim, e, com meu stack atual, eu poderia exercer de forma absoluta essa pressão na mesa final.

E sses são os itens principais que me levaram a refletir sobre essa mão. Entretanto, dei call e fui

para a briga. Eu sabia que, se o pe-gasse dominado e ganhasse o pote, eu praticamente estaria no heads-up desse torneio, com a forma com que eu vinha jogando. Infelizmente, tomei uma bad beat, mas faz parte do jogo. Eu saio deixando essa dúvida. Ana-lisem bem: em nenhum momento eu disse que talvez um fold fosse justifi-cado, por receio, ou por valorizar a mesa final. As argumentações são sim-plesmente técnicas, da forma como o jogo veio correndo e como eu previa que poderia jogar a FT. Como acho

que o poker tem muito mais dis-cussões do que imaginamos, essa é uma delas que fica no ar. Quero termi-nar este artigo com a seguinte conside-ração: eu acho que essa mão exem-plifica a grande diferença entre o

poker online e o live. De uma forma ou de outra, estamos falando de sta-cks de 25BBs contra 35BBs, e quem ganhar fica com 60BBs em blinds de 15 minutos, o que significa que isso talvez defina o porquê de os onli-ners serem tão mais agressivos e tão contra folds desse tipo. No live, mui-tas vezes em reta final vemos alguém tomar decisões que contrariam total-mente a filosofia online do jogo. O resumo da ópera foi: eu sou um on-liner; quando o cara veio de all in, eu fechei o olho e cliquei em “I call, Baby!!!” E rezei! �

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“Fechei o olho e cliquei em

‘I call, Baby!!!’ E rezei!”

Page 10: Revista Flop 13

| JUNHO18

CCOLUNAOLUNA | CAIO BRITES

JUNHO | 19WWW.REVISTAFLOP.COM.BRJokers, Hooks, Ganchos, Anzóis, Jay Jay J J

E aí, galera! Estamos de volta para mais uma coluna sobre Sit-and-Go. Gostaríamos de agradecer os e-mails envia-dos por jogadores de diver-

sas partes do Brasil que se interessaram pelo nosso projeto e, através do nosso site, se inscreveram. É muito gratifi-cante ver a quantidade de pessoas que estão dispostas a dedicar seu tempo a uma modalidade que é julgada, errone-amente, como um poker “mecânico”. Existem situações em um Sit-and-Go que são Standard e podem parecer mecânicas. Ora, sendo o poker um jogo técnico que envolve Estatística e Matemática, é natural que em de-terminada mão uma jogada específica resulte, no longo prazo, em um ga-nho maior. E isso vale para qualquer modalidade do esporte. Além disso, muitos julgam que o SnG é uma “loteria”, principalmente os turbos. Esse preconceito ocorre em virtude de o SnG ser normal-mente decidido com os jogadores apostando todas as suas fichas antes do flop, muitas vezes com cartas que dificilmente seriam mostradas em um all in pré-flop em outra modalidade. Acontece que as cartas de um bom jogador de SnG são somente um dos fatores que envolvem a decisão de mover suas fichas, sendo que algu-mas vezes elas são irrelevantes. Existe, ainda, mais um ponto im-portantíssimo que muitos se esque-cem de falar: o SnG é a base para se treinar um end game de MTT. Pelo fato de o jogador de sit-and-go viver a experiência de fazer diariamente várias mesas finais e semifinais, tudo se torna mais familiar na reta final de um grande torneio. Assim, o jogador dessa modalidade sabe exatamente

o que deve fazer quando os blinds estão altos, e a agressividade se torna essencial para a sobrevivência. Esses são apenas alguns dos diver-sos argumentos que podemos citar, porém o foco aqui não é dizer que SnG – turbos ou não – seja a melhor modalidade, e sim derrubar o mito de que não é preciso habilidade nesse tipo de jogo ou que o fator determi-nante seja a sorte.

Dicas de SnG

A gora, vamos a uma das partes mais esperadas da Coluna. Nesta edição, falaremos so-

bre uma jogada de SnG Single Table que é usada somente em casos de bolha. Ela também pode ser uti-lizada em satélites. A bolha é o momento mais crítico de um SnG Single Table e deve ser jogada de maneira diferente, pois é aqui que a maioria dos jogadores comete os maiores erros. Um simples ajuste em um leak de bubble pode representar um ganho significativo no ROI de um jogador. Por isso, é importante identificar quais são as suas chances no torneio, para adotar a estratégia adequada, algumas ve-zes jogando para vencer o torneio, outras para somente entrar na faixa de premiação. A estratégia que va-mos comentar aqui na Revista Flop funciona para a segunda situação, quando você já não possui muitas chances de ganhar e está jogando para ficar ITM, o que pode represen-tar um grande lucro no longo prazo. Os jogadores profissionais do on-line, na maioria das situações em que se veem na bolha, muitas vezes deixam uma quantidade simbólica de fichas para trás, em vez de mover all

equipe inicialmente formada por seis jogadores – atualmente com quatro jogadores, em razão da saída, por motivos pessoais, dos irmãos Marco e Lucas Morais – mostrou muita garra, determinação e vontade de ganhar. Com um bom entendimento te-órico e uma técnica apurada, nos-sos jogadores “grindaram” pesado e bateram o field dos sits de 45 e 90 jogadores, com buy-in de $10+1 e $24+2. Após 50 dias, os jogadores atingiram os seguintes valores:

O s resultados, sem sombra de dúvida, falam por si sós. São números consistentes, de joga-

dores que têm todo potencial para se destacar dentro do cenário de SnG Online. Vamos aguardar a próxima edição, para saber quais deles já bate-ram a meta e como andam os novos jogadores do projeto abaixo:

II MTT SnG Team Pro: após mais uma seleção, que incluiu filtragem dos jogadores com o perfil do time, uma prova de conhecimentos técnicos de poker e de específicos de SnG, e uma entrevista final, chegamos a mais um time formado para representar esse projeto:

DESTAQUE DO MÊSAgora vamos es-trear na nossa Co-luna um espaço para o jogador que mais se destacou durante o bimestre, para que os leitores possam melhor co-

nhecer as feras que compõem o time. Nessa primeira edição, o jogador Vitor “TeamPRO Brasil” Moreira foi quem mais se destacou, com re-sultados de fazer inveja a qualquer

profissional de SnG. Ele mos-trou que, com força de von-tade, determi-nação e estudo, qualquer joga-dor pode ven-cer no poker. Vitor já era

um vencedor, porém em 50 dias ganhou metade do que levou dois anos para acumular. Vamos conhe-cer um pouco melhor o destaque do time neste bimestre. Vitor, conte para os nossos leitores como está sendo a sua experiência em fazer parte do time.E aí, pessoal da Flop! Primeiramente, é um prazer estar aqui dando esta en-trevista para vocês, sobre a experiên-cia em participar do SNG TeamPro. Olha, tem sido algo muito especial para mim. Venho aprendendo muito a cada dia que passa e, além disso, fiz amigos que, tenho certeza, serão

para o resto da vida. O pro-jeto é muito importante para o meu crescimento no poker. Mesmo já sendo vencedor, as-sim que soube do projeto, vi nele a oportunidade de evo-luir ainda mais o meu game, e, por isso, não hesitei em me inscrever para a seleção.

Você já era um ganhador an-tes de fazer parte do time, porém seus resultados melho-raram muito. Na sua opinião, como o projeto o ajudou no

in. Algumas vezes dez fichas, outras uma, enfim, algo que demonstre aos adversários que eles – os jogadores profissionais – estão totalmente com-mited com o pote e que não irão mais largar a mão, certo?

ERRADO! O bom jogador faz isso pelo seguinte motivo: quando está short-stack no momento da bolha e resta mais de um adversário para falar, existe a possibilidade de dois jogadores, depois dele, se envolve-rem em all in. Quando isso acontece, o jogador que deixou as dez fichas para trás dá fold e torce para que o menor perca a mão e, consequen-temente, estoure a bolha. É obvio que, se somente um jogador entrar na mão, ele irá para o all in e colo-cará as fichas restantes no pote.

SNG TEAM PRO

C onforme prometido na edi-ção anterior, comentaremos o resultado inicial do nosso

projeto, o “SNG Team Pro”. Após muitas aulas, diversos leaks cor-rigidos e muitas horas de jogo, a

desenvolvimento do seu jogo? Em seu entendimento, quais os principais as-pectos que você melhorou em seu jogo?Conforme aconteceram os coachs, logo pude ajustar alguns leaks no meu jogo. O time possui uma estrutura para o aprendizado que vai muito além das aulas. Não é raro encontrar boas dis-cussões no fórum, ou mesmo em nos-sas conversas no Skype, que ajudam muito a desenvolver o game. Além disso, o método adotado pelo pessoal possibilitou jogar mais mesas, com um jogo um pouco mais tight, porém ven-cedor. Outro fator bastante relevante é a convivência com bons jogadores, como Caio Pimenta, Felipe Mojave e Robigol, que muitas vezes estão con-versando com nossos instrutores, em conferências no Skype.

Você pretende se profissionalizar como jogador de SnG? Quais são seus planos assim que você bater a meta do projeto?Um dos meus maiores sonhos é ser profissional de poker, e, cada dia mais, penso na possibilidade de me profissionalizar em SNG, mas, com certeza, sem esquecer dos MTTs. A princípio, minha meta, após bater os 10K profit, é seguir jogando os SNG no FullTilt e ingressar no projeto como instrutor, para poder passar, para os próximos times, os conhe-cimentos que adquiri.

Vitor, agradecemos a entrevista, e boa sorte! Esperamos que, assim como você, muitos jogadores possam rapidamente desenvolver o próprio jogo, com a ajuda do SnG TeamPro. Será um prazer tê-lo como instrutor e exemplo para todos do projeto. Na próxima edição, traremos os resultados dos Times I e II, bem como uma nova estratégia para in-crementarmos nossas jogadas. Envie seu comentário ou sugestão para [email protected]. Até a próxima! �

APRIMORANDO SUA

TÉCNICAAcompanhe as dicas e veja como está indo o nosso time nas mesas online

FONTE: SHARKSCOPEF S

MESAS JOGADAS

AV. PROFIT

AV. STAKE

AV. ROI

TOTAL PROFIT

1.105 $ 2 $ 13 13% $ 2.357

1.318 $ 6 $ 18 31% $ 8.030

850 $ 4 $ 14 25% $ 3.026

2.137 $ 2 $ 16 12% $ 5.294

JNICK

tiopatinhas9

TeamPro brASIL

rafateambrasil

PorcoEspinho

$ 20

550

$ 2.275

Fold

$ 3.450

call - 550

call - 550

$ 1.580

All In

3.850

André “ScarfaceBR” Borgheri

Delbio “SngHoof”

Felipe “Tam Raven” Nunes

Flávio “FHNAK” Nakatani

Gabriel “BP_Ferreira” Ferreira

Hugo “Minduin”

Paulo “trinovaes” Novaes

Thiago “WTFwassThat” Albuquerque

$ 20 $ 2.275

$ 3.450

call - 2.130

All In

3.850

Fold

Fold

All In

SnG Team Pro

Para saber mais sobre o projeto, acompanhar a evolução dos jogadores do time ou fazer parte da próxima turma, acesse: www.sngteampro.com.br

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Page 11: Revista Flop 13

| JUNHO20

COLUNA | FELIPE MOJAVE

JUNHO | 21WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

[email protected]

LIDANDO COM OS

COINFLIPSDicas que podem alterar sua chance de vitórias envolvendo as corridas

[email protected]

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Mojave como chip leader no PCA

Dimes T T

Estive lendo muito sobre este assunto em sites, fóruns e, principalmente, obser-vando a postura e opiniões dos profissionais de torneios

multi-table, e achei que seria um ótimo assunto a ser analisado para você, amigo leitor da Flop. Quem não sabe que é necessário entrar em situações de coinflip nos tor-neios para sair vitorioso? Bom, isso todo mundo sabe. Independentemente da estrutura do torneio e do seu estilo de jogo, com a pressão dos blinds e a batalha para acumular fichas, você irá se sentir obrigado a encarar essa situação mais cedo ou mais tarde. Os exemplos mais clássicos de coinflips são: AKs x QQ ou AT x KQ. O que muita gente não sabe é que você pode muito bem controlar essas situações e fazer com que elas ocorram a seu favor. E a pergunta fica no ar:

“Como é que algum jogador pode ter vantagem em uma situação de coinflip, se o nome mesmo já diz que ambos jogadores têm os mesmos 50% de chan-ces de vencer a mão?” Pois é, mas a diferença não está aí, mas sim na si-tuação em que você enfrenta esse tipo de jogada. Um bom player de torneios sabe a hora certa de ir para a corrida e, assim, maximizar o seu lucro. Então, como é que podemos extrair o máximo de vantagem das situações de coinflip? Vou lhe passar algumas dicas.

QUANDO EVITAR O COINFLIP

Quanto mais você se esquivar dessa situação entre o começo e o meio do torneio, melhor.

Se você acredita ser um jogador que irá colocar todas as suas habilidades para desenvolver situações em que tenha grande vantagem quando todas as fichas forem para o centro da mesa,

por que você irá viver entrando em casos em que a chance de perder to-das, ou grande parte das suas fichas, é de 50%? Não faz nenhum sentido. Vale a pena aguardar um momento em que o pot odds e a porcentagem de vencer a mão o favoreçam, e será melhor ainda se tiver a capacidade de acumular seu stack, sem nem mesmo ter mostrado suas cartas.

Complementando esse raciocínio, não é necessário ficar caçando coinflips a toda hora, mas haverá

momentos em que entrar nessa situ-ação será a melhor opção para ficar vivo ou ir mais longe no torneio. Um exemplo clássico: você está em um torneio e já dobrou suas fichas, e em sua mão aparece um AK. Um adversário, com stack maior que o seu, lhe dá um re-raise all in quando os blinds estão 200/400. Por mais que haja grandes chances de ele ter um par menor que KK ou mesmo AK, não vale a pena arriscar o seu torneio em um coinflip nesse momento, pois a quantidade de fichas investidas no pote é pequena, considerando o tama-nho de seu stack em relação aos blinds. No decorrer do jogo, você encontrará situações muito melhores para envol-ver as suas fichas. Esqueça o seu ego e dê fold em uma mão que possivel-mente está empatada: deixe o adver-

sário levar essa e, assim, mostre-se inteligente. Mas se você perceber que seu adversário está tentando roubar os blinds ou se a quantidade de fi-chas na mesa for consi-derável, se estiver com um stack menor que 20 Big Blinds, faça tudo ao contrário do que escrevi antes. Cuidado com essa denominação de quan-tidade de blinds, pois isso se aplica, principal-mente, nos torneios deep stack, e não no “turbão” que você joga no clube com os amigos, em que 20 BB’s é muita ficha e todo mundo está com o M apertado.

DEIXE O OPONENTE TOMAR A DECISÃO

Obviamente que, em razão de você estar em all in, seu ad-versário é quem tem agora a

decisão de dar call ou fold. Uma vez que o pote já tem uma considerável quantidade de fichas, agredir é uma decisão muito mais inteligente do que a de ser agredido, pois há a possibi-lidade de o seu adversário decidir pelo fold e de você ganhar o pote ali mesmo. A mesma situação pode ser definida no flop, quando você acerta um combo draw e, basicamente, a qual-quer mão forte que seu adversário tenha, você estará em uma situação de coinflip. Nesse caso, a jogada torna-se ainda mais interessante, pois os po-tes tendem a ser maiores e, se o seu adversário decidir pagar sua aposta, chegou a hora da corrida atrás de um grande pote, o que pode significar seu sucesso no torneio. Bons jogadores vão usar esse fator, na grande maio-ria das vezes, em própria vantagem, portanto, esqueça da sorte aqui, pois este coeficiente que estamos lidando se chama fold equity, – basicamente, é a situação em que, quando seu opo-nente der fold, você ganha o pote 100% das vezes, e quando ele der call, você ganha o pote 50% das ve-zes. Ótimo negócio, não é?

SAIBA COMO IDENTIFICAR OS COINFLIPS

Um fator muito importante para ser bem-sucedido em torneios é poder ter a certeza de que os coinflips são realmente coinflips. Muitos jogadores cometem o seguinte erro: “Vou pagar esse all in, pois é coin-flip mesmo!” Ou, então: “Ele deve ter AK”. Não entre nessa onda de ter “espe-rança” de que o seu adversário sempre vai ter um AK na mão quando você tiver um par. Se você se equivocar na leitura e se deparar com um par maior que o seu, suas chances se reduzem a 20% para ganhar a mão; ou 30%, se você encontrar-se dominado em uma situação de AK x AQ ou AJ x QQ. Esse erro pode ser crucial para o seu torneio, portanto, pare e analise a jogada antes de tomar qualquer decisão.

Quando você decide ir atrás do coinflip com mãos do tipo A2, sabendo que ela tem um valor maior do que mãos sem Ás, figuras (KQ, KJ, QJ) e cartas que não formam pares, tenha muita cautela também. Primeiramente, você terá que “contar com a sorte” ou com a leitura perfeita para entrar em uma situação de coinflip real; depois, você tem que ganhar o coinflip, propriamente dito.

Outro caso muito famoso é quando se tem um par baixo, como 55, por exemplo. Esse é

um par bom e está na frente de qual-quer mão, exceto de pares maiores. Você tem que saber identificar qual é o range com que o seu oponente lhe daria call. Se você acredita que ele lhe pagaria com pares médios, ou seja, entre 77 e TT, esse movimento não seria o mais adequado, já que, se ele realmente tiver um par maior que o seu e resolver dar call, você não irá se encontrar em uma situação de 50%, mas sim de 80% de chances de perder a mão e jogar o seu torneio fora, por uma decisão precipitada. E é exata-mente por isso que o AK é a mão per-feita para você jogar o seu adversário para fora do pote ou colocá-lo para pensar, pois as duas únicas mãos que você não quer ver na sua frente são AA e KK. Portanto, qualquer outra mão que seu adversário tiver, ou você está na frente ou está em um coinflip. Por esse motivo, os AKs são super-valorizados em torneios multi-table. Já em cash game, essa mão deve ser jogada com muito mais cautela, ou, pelo menos, deveria ser. Entrar nessa situação em cash é pura burrice. Quem joga esse tipo de mesa está buscando maximizar o seu edge, e tem tempo de sobra para procurar uma situação muito melhor do que um coinflip para enfiar todo o seu dinheiro, já que os blinds não aumentam. Posso falar com propriedade sobre isso, pois sou um jogador regular de cash e não vou ficar entrando nessa para perder dinheiro. Já tem o rake, a gasolina, o hotel, a Internet e a comida. É muita coisa envolvida nos 50% de chance que so-bram para você, o que faz com que seu retorno, nessa situação, seja muito menor do que no longo prazo.

LIDANDO COM OS

COINFLIPSDicas que podem alterar sua chance de vitórias envolvendo as corridas

Portanto, não se trata de sorte ga-nhar ou não um coinflip. Você pode vencer ou perder todos eles

em um torneio, só que, no final das contas, o resultado será o mesmo: 50%. Como um mero exemplo: o mesmo coinflip que me eliminou na bolha do EPT de Barcelona em 2008, em um pote gigantesco e faltando oito mesas para a final, foi que me credenciou ao maior stack da história de um Dia 1 no PCA das Bahamas neste ano. Não confunda: alguns jogadores realmente têm “mais sorte” do que outros nos momentos-chave dos torneios, mas nunca misture a Matemática com a sorte. É o mesmo caso de um artilheiro estar debaixo do gol e, livre, receber a bola para empurrar para a rede: você precisa estar lá para conferir a jogada, e tudo o que você fez no passado é fruto exclusivo do seu trabalho e esforço, e lhe possibilita estar lá, naquelas con-dições, naquele momento. Em resumo, é fato que você terá que entrar nessas situações durante os torneios. Cabe agora ter a certeza de, quando isso acontecer, que seja em um momento melhor e mais favorá-vel. Deixo a você um grande abraço e um muito obrigado por ler a minha Coluna. Gostaria de receber o seu retorno sobre os textos que escrevo e ficaria muito contente em responder às possíveis dúvidas que você tenha sobre eles. Abraços, e bom jogo! �

Felipe “Mojave” Ramos

Embaixador do site PartyPoker, conseguiu uma mesa fi nal e a sexta colocação na WSOP 2009. É o primeiro brasileiro a con-quistar três premiações no EPT.

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Page 12: Revista Flop 13

| JUNHO22

COLUNA | FULL TILT

Phil Hellmuth, Wayne Gretzky 9 9

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Em um típico sit-and-go de uma mesa, na qual se pagam os três melhores colocados, o trecho mais crítico é justa-mente quando restam quatro

jogadores. Três deles terão lucro, e o outro irá para casa, de mãos vazias. Nem é preciso explicar que não existe pior posição, para se terminar em um sit-and-go de nove jogadores, do que ser o quarto colocado. É um momento muito delicado, quando o seu stack está diminuindo, os blinds estão aumentando e todo mundo está tentando chegar à pre-miação. Para conseguir aproveitar ao máximo os sit-and-gos, você terá que aprender a masterizar o mo-mento de bolha. No Full Tilt Poker, o primeiro co-locado recebe 50% da premiação, o segundo 30%, e o terceiro embolsa 20%. Mas não deixe esses 20% lhe enganarem. Não são realmente 20% para o terceiro porque, assim que se

chega em três jogadores, 60% do prê-mio já estão garantidos e pagos a eles. Na verdade, os últimos três jogadores estão brigando por apenas 40% do prêmio, já que os outros 60% já estão em suas mãos – 20% garantidos para cada um. É por isso que é tão impor-tante se certificar de que se acabará chegando “no dinheiro”. Você terá que tomar duras decisões e largar mãos complicadas, para ter certeza de que terá direito à parte desses 60%.

Aqui há um exemplo de uma mão, na qual você jogaria di-ferente na bolha de um SNG

do que em outras situações. Você está em segundo lugar com 3.000 fichas; os blinds são 100/200, e você recebe A7 no Big Blind. O chip leader está no botão e aumenta para 600, o Small dá fold, e você paga os 400 a mais. O flop traz Q83 com duas cartas de ou-ros, o que é um flop atraente para a sua mão. Você dá mesa e o seu adversário

faz exatamente aquilo que você não queria que ele fizesse: coloca-o em all in, pelo dobro de fichas que estão no pote. Você tem um pouco mais do que 3:2 em pot odds em um call, pela sua vida no torneio.

É uma situação, na maioria dos torneios, em que, se fosse no início do sit-and-go ou, então, já

na premiação, você daria call. Mas essa é uma situação especial. Você está na bolha, e os 60% da premia-ção estão prestes a ser distribuídos. Se der call, estará provavelmente a 50/50 de ser o jogador que cairá na bolha e não receberá nada. Essa é uma situação na qual você realmente deve deixar que a estrutura de um SNG influencie a sua decisão. Assim que a bolha estourar, o seu método deve mudar bastante. Olhe de novo para a estrutura de premia-ção: os últimos três jogadores estão brigando pelos 40% restantes do prize pool. Se você subir de terceiro para segundo, recebe mais 10%, mas, se acabar em primeiro, você leva mais 30%. São três vezes mais recompensas para vencer, do que apenas passar um degrau na premiação. Agora, o seu objetivo torna-se fazer o que for necessário para terminar em primeiro lugar, e não há razão para se preocupar em perder e acabar em terceiro lugar.

Você deve estar disposto a co-locar todas as suas fichas em risco para ter um stack que possa

levá-lo à vitória. Se você receber uma mão como J9 ou um AX, e parecer que alguém está tentando forçar a barra, é a hora de acabar com aquilo. Coloque suas fichas no meio da mesa. Você não quer perder suas fichas aos poucos, mal chegando em segundo lugar e perdendo a chance de vencer. Nessas estruturas de torneio, o ob-jetivo inicial é sempre ser premiado. Depois de conseguir parte do prêmio, o objetivo é apenas a vitória. �

FIQUE DE FORA DA

BOLHAComo se comportar nos momentos decisivos no SNG de nove jogadores

Howard Lederer

Membro do Team Full Tilt, possui dois braceletes da WSOP e já chegou na quinta colocação do Main Event, em 1987. Annie Duke, sua irmâ, também é uma conhecida jogadora profi ssional.

Page 13: Revista Flop 13

| JUNHO24

COLUNA | BANANAS POKER [email protected]

| JUNHO24 Snowmen, Bonecos de Neve 8 8

DICAS E CUIDADOS NAS

MESASVeja o que fazer para prevenir embates desnecessários e proteger seu bankroll

Olá, amante do poker! Nesta edição, estreio a coluna do site BananasPoker,

inaugurado há pouco tempo e que tem grandes planos para promover o poker aqui no Brasil. A intenção é trazer dicas e informações impor-tantes, para que você possa aprimorar o seu jogo e fazer crescer o seu bankroll.

ENFRENTANDO OS PATOS Nunca subestime o perigo de en-frentar vários jogadores ruins em sua mesa. Às vezes, sentamos em uma mesa de torneio ou cash game e nos

deliciamos, em um pri-meiro momento, com a quantidade de fishes

(termo usado para designar jo-gadores amado-res ou ruins) que enfrentamos.

(daqueles adversários que não largam um par nem uma pedida) e, como você sabe, um par de AA jogando contra quatro adversários com mãos marginais torna-se o azarão pré-flop.

Portanto, tome cuidado quando enfrentar muitos adversários fracos na mesma mesa – tente

isolar-se nas mãos com um ou dois, no máximo, ou atacar um a um iso-

ladamente, quando possível. Outra saída é esperar o mo-mento em que você está nuts e, aí sim, fazê-los pagar muito caro. Geralmente isso acontece mais cedo ou mais tarde, se você tiver paciência. PROCURE OPONENTES

JOGANDO ACIMA DE SEUS BANKROLLS

Quando você se senta em uma mesa e seus competidores não ligam para os valores dos bets e raises, fica muito difícil saber em

que situação você está em determi-nada mão. Para eles, aqueles valores são irrisórios, e você perde muita in-formação com isso. Em contrapartida, procure modalidades em que os parti-cipantes estão jogando acima do que o bankroll suporta. Desses, é mais fácil se ter uma noção das próximas ações, pois seus bets significam força e os checks geralmente demonstram fra-queza e receio, na maioria dos casos.

CUIDADO COM OS TELLS QUANDO JOGAR AO VIVO

Tome cuidado com a rapidez com que você pega nas suas fichas. Todos nós sabemos que a coceira é tremenda quando se recebe um par de Ás: a ten-dência é olhar imediatamente para as fichas e tocá-las. Não faça isso! Tente conter a emoção e aja naturalmente. Porém, algumas vezes você até pode fazer isso, para variar suas ações com pares altos e enganar os adversários mais atentos. �

Omar Abede

É um dos pioneiros do poker brasileiro, tendo alcançado uma mesa fi nal em Bahamas.Em 2009, fundou o site de poker online BananasPoker, que pode ser encontrado em www.bananaspoker.com

mesa de torneio ou cash gamme e nos edeliciamos, em um pri-

meiro momento, com a quantidade de fishese

(termo usado para designar jo-gadores amado-res ou ruins) que enfrentamoos.

Porém, eles podem se tornar, ra-pidamente, um grande pesadelo. Lembre-se de que vários jogadores ruins, jogando de forma precária ao mesmo tempo, podem superar um bom jogador que entenda as estraté-gias do poker.

S e o bom jogador enfrentar indi-vidualmente cada jogador ruim de sua mesa, suas chances de

sucesso são enormes, mas o pano-rama muda quando ele enfrenta três ou quatro fishes em uma mesma mão ou jogada. Observamos algo seme-lhante no mundo animal, em que os fracos se juntam para se proteger do predador mais forte. Jogadores de

poker ruins ganham força ao se “juntar” contra o bom jogador, assim como um grupo de animais

ganha força contra seu preda-dor. Na verdade, é difícil bater

um grupo de pes-soas em qualquer área de nossas vidas. Imagine no poker, en-tão. Você joga com três adver-sários até o river

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Page 14: Revista Flop 13

| JUNHO26 | JUNHO26

TEMPORADA 2009

JUNHO | 27WWW.REVISTAFLOP.COM.BR JUNHO | 27WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Você pôde acompanhar, na última edição da Flop, como foram as duas primeiras eta-pas do BSOP desta tempo-rada de 2009. Ao alcançar

dois recordes seguidos de público, a sé-rie mostra por que se consolidou como um marco de qualidade, fato reconhe-cido com o Prêmio Flop na categoria Melhor Série de Torneios. Além de tudo isso, é importante destacar a nova fase do BSOP e da sua organizadora, a Nutzz: o contrato de patrocínio com o BestPoker foi renovado e, além disso, a empresa ganhou outro parceiro na presente série – o Full Tilt Poker. Os dois sites – BestPoker e Full Tilt Poker –, embora concorrentes, uniram-se e passaram a compartilhar um ambiente de elevada ética profissional, o que vem a engrandecer a marca da Nutzz, assim como a das séries BSOP e CPH.

Com os dois patrocínios, os parti-cipantes puderam perceber um novo nível de profissionalismo

na série, com uma organização cada dia melhor e uma eficiente presta-ção de serviços a favor do jogador, como ampliação da grade de saté-lites, conforto nos torneios, brindes dos parceiros e maior divulgação das marcas. “O BSOP se consolidou como o torneio mais disputado e desejado pelo público brasileiro, reflexo da or-ganização do evento, qualidade dos jogadores e premiação de destaque! O BSOP é hoje uma das maiores ce-lebrações do poker nacional, com re-presentantes de todos os Estados do País”, conta o idealizador do BSOP, Leandro Brasa.

Tendo mais do que do-brado a premiação garan-

tida nas duas primeiras paradas do ano, a expectativa para a terceira etapa, em Goiânia, era enorme. O Clube Fiori foi o palco do evento, que, como de costume, teve início com um super satélite de R$100 com re--buys, na sexta-feira, última chance para quem ainda não tinha conseguido a vaga para a etapa. No sábado, Dia 1, 206 jogadores, de vários lugares do Brasil, inicia-ram a disputa pelo prêmio de mais de R$50 mil. Ao final do 14o nível, restavam 41 jogadores, que passa-riam para o segundo dia. Entre os

classificados estavam jogadores do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e, claro, de Goiás, numa demonstração, mais uma vez, do alcance nacional que o BSOP consolidou. Alguns nomes co-nhecidos, como Marcos XT, Sérgio Braga, Patrícia Cominetti e Antonio “Mumu” Andrade, estavam entre os classificados. O líder era o mineiro Tarcísio Ferreira, com mais de 215 mil fichas.

D esde o terceiro nível de blinds, quando foi anunciado o pri-meiro chip leader do torneio,

Tarcísio não perdeu a liderança, mantendo seu stack sempre à frente dos demais jogadores, o que cul-minou com a sua chegada à mesa final com a maior vantagem: mais de 730 mil fichas. Logo após estava o carioca Ricardo Souza, com pouco mais de 600 mil fichas. O décimo colocado no torneio – e “bolha” da mesa final – foi o profissional Sérgio Braga. Ele anunciou all in no botão e recebeu call de Tarcísio no Big Blind. Tarcísio mostrou KQo e Sérgio A7o. O flop já trouxe um K, e nada mais ajudou Sérgio.

Na mesa final estava presente o campeão brasileiro de 2007, Sérgio Brun, que acabou sen-

do o primeiro eliminado, na nona colocação. Ele entrou de all in com A7 e encontrou AK pela frente. Em uma mesa final atipicamente rápida, Tarcísio chegou ao heads-up contra o carioca Robson Ferreira, que, na última mão, enfrentou um coinflip doloroso. Após Tarcísio anunciar all in pré-flop, Robson pagou e mostrou 77. Tarcísio abriu J9o e acertou o J no flop. Nada bateu no bordo, e Tarcísio selou sua vitória nessa ter-ceira etapa do BSOP.

Apesar de a etapa de Goiânia ter corres-

pondido às expectativas, poucos esperavam o que estava por vir na próxima parada da série. Após deixar o Centro-Oeste, a caravana do BSOP seguiu para a belíssima Curitiba, cidade que esteve presente no calendário da série desde sua pri-meira temporada e que já foi palco de alguns recordes de público. A Nutzz havia divulgado que eram esperados cerca de 300 participantes e, para

tanto, anunciou uma bem recebida mudança na estrutura dessa etapa: pela primeira vez, o BSOP seria dis-putado em três dias, sendo dois dias iniciais e um dia final.

O palco da quarta etapa foi o salão de eventos do hotel Sheraton, e a estrutura montada para os

participantes estava de igual para igual com a de grandes torneios internacio-nais. Inicialmente, havia 200 lugares no salão do torneio, e, ainda no pri-meiro dia, na sexta-feira, a organização do torneio anunciou que a competição iria começar com lotação máxima e com competidores na lista de alternates. Com 223 inscritos no Dia 1A, já se pre-via um recorde de público, com uma margem considerável sobre o número anterior – 246 jogadores, em Balneário Camboriú. O Dia 1A terminou com 46 classificados e com a fila puxada por Vitor Campelo, que terminou o dia com quase 170 mil fichas. No sábado de manhã, quando inú-meras pessoas aguardavam para fazer a inscrição, antes mesmo de o pri-meiro competidor presente pagar o seu buy-in, a organização do evento informava que a capacidade de 210 assentos estava esgotada – uma mesa a mais foi disponibilizada – pelas ins-crições antecipadas e, consequente-mente, seria formada uma longa lista de alternates. Para quem não está familiarizado com o termo, alternate significa que você fez a sua inscrição, mas a ca-pacidade de lugares do torneio foi esgotada. Em um torneio, os jogado-res em alternate ficam aguardando as eliminações ocorrerem para, então, ocupar os lugares vazios, antes ocupa-dos por aqueles que foram eliminados. A equipe organizadora se desdobrou para acomodar o máximo de competi-dores. Mesmo utilizando a totalidade das mesas disponíveis, ainda assim o último alternate sentou-se com quase três horas de disputa. Com 255 ins-critos no Dia 1B, o torneio reuniu 478 jogadores, mais do que duplicando o recorde anterior, o que possibili-tou uma premiação também recorde. No meio do segundo dia, o diretor do torneio, Devanir Campos, o DC,

3a Etapa – Goiânia (GO)

TTeTTebra

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3a E

4a Etapa – Curitiba (PR)

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ceira etapa do B

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4a E

PreferênciaNacionalNacional

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Depois de São Paulo e Santa Catarina, o BSOP desembarca em Goiás e no Paraná e quebra todos os recordes da série

O mineiro Tarcísio Ferreira conquista uma

bela vitória nesta etapa de Goiânia

Com o salão lotado, mais

de 200 pessoas dividem as

mesas em busca do título

Da esq. para dir.: Guto, Leandro Brasa, Guga, Leo

Bello e Federal fazem parceria inédita no País

Sunset Strip, Walking Sticks, Bengalas 7 7

Page 15: Revista Flop 13

| JUNHO28 WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

TEMPORADA 2009

A outra série de sucesso da Nutzz Eventos, o Circuito Paulista de Hold’em (CPH), trouxe muitos jo-gadores ao H2 Club, em São Paulo, para a

terceira e quarta etapas do mais tradicional circuito de Texas Hold’em da cidade. Na etapa de maio, que contou com a presença de 205 competidores, mais uma vez tivemos a presença de um forte time de Araraquara, com mais de vinte participantes em sua equipe. Após a eliminação simultânea do nono e décimo colocados, a mesa final do torneio foi composta por Eduardo Batista, Daniela Zapiello, Carlos Marques, Anderson “Narizinho” Pasquini, Sami Mansour, Marcelo de Lima, Marcio Carraro e pelo Campeão Brasileiro de Poker de 2008, Cláudio Baptista. Márcio Carraro, figurinha carimbada das etapas do CPH, superou todos os oponentes e ficou com o título de cam-peão da 3ª etapa, levando para casa mais de 20 mil reais em premiações. Em junho, a 4ª etapa trouxe um total de 234 jogadores ao H2 Club, e somados os re-buys e add-ons, a premiação do primeiro colocado foi de mais de R$24 mil. Novamente, a opção de inscrições antecipadas oferecida pela Nutzz fa-cilitou a vida dos jogadores: quem depositou o buy-in com antecedência não enfrentou filas e nem ficou em período de alternate. A mesa final dessa etapa foi formada por Fernando “Conspirador”, Caio Mansur, Cristiano Jara, Ronaldo Uliana, Leandro Bran, Marcelo Vaccari, Roberto Corrêa, Carlos Marques – segunda mesa final consecutiva – e Quener Martins. Dessa vez, quem se destacou e mostrou muita ha-bilidade para acumular fichas foi Quener Martins, que, no heads-up, derrotou Roberto “betodalu” Corrêa e ficou com o troféu de campeão da etapa. O ranking do CPH continua muito disputado, e nada está definido. A Flop continuará trazendo para você as atualizações da temporada.

anunciou que seriam pagos os 45 me-lhores colocados e que o campeão da etapa levaria para casa o expressivo prêmio de R$115 mil, mais o buy-in do torneio dos campeões, ao final da temporada. Esse anúncio apimentou ainda mais a disputa e deixou todos os jogadores com água na boca. O segundo dia inicial terminou com os 59 participantes que, para a final no domingo, se somariam aos outros 46 classificados. O chip leader do Dia 1B era o gaúcho Rafael Martins, que estava com 265 mil fichas, seguido pelo paulistano Tom Azevedo, com 168 mil. No mesmo Dia 1B, pela primeira vez no BSOP, ocorreu um evento paralelo de Pot Limit Omaha, com um torneio de R$300+50, que contou com a participação de 50 jo-gadores, lotação também limitada pela falta de espaço.

No domingo, tudo estava prepa-rado para reunir os 105 finalis-tas para a luta pelo lugar mais

alto do pódio e, claro, pela fatia maior do prize pool. Como se não bastasse a elevada premiação, a etapa recorde premiaria o campeão com mais de 700 pontos no ranking anual do BSOP. Até o início do torneio, a classifica-ção apresentava como líder o pau-lista Jefferson Vieira, que, com a ajuda dos dois heads-up seguidos nas duas

primeiras etapas, alcançava 952 pon-tos, e, em segundo, estava o mineiro Sanyo Capobiango, com 779 pontos. Havia a possibilidade de outro jogador assumir a liderança da disputa, caso Jeff não tivesse um bom desempe-nho na etapa. E foi o que aconteceu: Jeff não conseguiu impor o seu jogo no Dia 1 e foi eliminado. Esse fato aqueceu ainda mais a disputa pelos pontos que, ao final da temporada, irão definir quem receberá o título e o bracelete de prata de Campeão Brasileiro de 2009.

Com 45 lugares a serem pre-miados, o que se viu foi uma se quência de eliminações, en-

quanto os short-stacks tentavam deses-peradamente dobrar as suas fichas. Quando chegou o primeiro intervalo do dia, após três horas de tor-neio, havia apenas 48 jogado-res. E no momento em que a organização anunciou a última mão, houve três eliminações simultâneas, e os 45 jogadores restantes foram para o inter-valo sabendo que estavam “In The Money”. Ao mesmo tempo era ini-ciado o torneio Second Chance de R$300+50. Novamente, o evento da capital paranaense bateu mais um recorde. O

segundo evento paralelo do BSOP contou com mais de 150 jogadores, resultando em um prize pool superior a R$50 mil, superando, e muito, os R$5 mil garantidos pela organiza-ção do torneio. No total, o BSOP de Curitiba distribuiu uma premiação pouco maior que meio milhão de reais, com certeza um marco impres-sionante, um atestado da qualidade e da credibilidade que a marca BSOP carrega por onde vai. Voltando ao evento principal, após uma longa bolha para a mesa final, que deixou as duas mesas restantes jogando em hand-for-hand por quase dois níveis inteiros de blinds, com a eli-minação do décimo colocado, Juarez, ocorreu a formação da mesa final, da sequinte forma:

O primeiro a deixar a mesa foi o paulista Ivan Miwa, que, em all in contra João Vitor, foi para o showdown, tendo QT contra AcAs. O flop

foi um perfeito Q2Q para Miwa, porém o turn trouxe o A, levando a torcida à loucura e selando o futuro de Ivan, que não achou o último out no river e foi eliminado na nona colocação. Após Flávio Naban ter sido eliminado por Tito Feltrin, foi a vez de Flávio Nakatani deixar a mesa final, após empurrar seu stack e receber call de Vavá. Flávio tinha AA; Vavá mostrou AJ e acertou um milagroso flush de ouros no river, encerrando a disputa para Flávio, o sétimo colocado. Depois, em um all in pré-flop, Armando Gomes eliminou Guilherme Melo com AJ x KT, quando o board não melhorou a situação de Guilherme, que caiu na sexta posição. Em seguida, uma mão gerou comoção na torcida. Vavá deu raise no SB e foi pago por Ivan Dutra, no BB. O flop veio com 986 e ambos deram check. O turn trouxe um 9. Vavá pediu mesa e Ivan apostou 150.000. Vavá pensou por alguns instantes e anunciou all in de 1.295 mil fichas. Ivan, com um stack um pouco maior, pensou por muito tempo e anunciou seu call. Vavá “caiu da cadeira” com a ação de Ivan, que tinha Q8o, e mostrou Kjo, um blefe total. Mas a estrela do paranaense brilhou mais forte, e um K no river praticamente encerrou o torneio para Ivan, que ficou short-stack e acabou eliminado, logo em seguida, em quinto lugar.

A lgumas mãos depois, Armando Gomes deixou a disputa, na quarta colocação. Com a mesa three--handed e após cerca de duas horas de jogo, foi a

vez de João Vitor deixar a disputa, e formou-se o heads-up entre Tito Feltrin e Vavá. Na última mão, os dois entraram all in pré-flop, Tito Feltrin com KJ e Vavá com Q7o. Um J no turn selou o destino de Vavá, que ficou com o vice-campeonato, e deu a vitória da maior etapa do BSOP para Tito Feltrin, com o prêmio de mais de R$100 mil. E, assim, a estrutura do BSOP deixou a capital do Paraná, marcando mais um recorde de público. Não deixe de acom-panhar, na próxima edição da Flop, tudo sobre as próximas duas etapas: Salvador (BA) e São Paulo (SP).

EtapasMaio e

Junho

O campeão da quarta

etapa: Quener Martins

Márcio Carraro vence a

terceira etapa do CPH

Os dez mesa fi nalistas daesta

concorrida etapa de CuritibaCom um J no fl op, Tito

Feltrin venceu uma das mais

disputadas etapas do BSOP

1.175.000

1.120.000

990.000

980.000

765.000

675.000

625.000

475.500

390.000

SC

PR

MG

SP

PR

AM

PR

PR

PR

S

P

M

S

P

A

P

P

P

Tito Feltrin

Armando Gomes

Ivan Dutra

Ivan Miwa

Guilherme Melo

João Vitor

Durval “Vavá”

Flávio Naban

Flávio Nakatami

T

A

I

I

G

J

D

F

F

1

2

3

4

5

6

7

8

9

4

9

83

7

1

2

56

JUNHO | 29Kicks, Route 66 6 6

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| JUNHO32

SUCESSO | ZAHLE 500K

JUNHO | 33WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

A pós a experiência do Zahle 150K e, depois, do Zahle 300K, torneios realizados em 2008, e com muito su-cesso, a Stack Eventos e o Espaço Zahle se uniram

novamente – com o reforço de um parceiro de peso, o Full Tilt Poker – para ir ainda mais longe e realizar o torneio de premia-ção garantida de R$500 mil, a maior já oferecida até hoje em um clube brasileiro. O resultado do trabalho desse time de respeito correspondeu às expectativas e, entre os dias 24 e 26 de abril, 311 jogadores fizeram parte desse evento histórico. Para entrar no torneio, bastava pagar o buy-in de R$2.200 (+R$300) ou, então, garantir a vaga através de torneios satélites organizados e divulgados pela equipe do site MeBeliska, respon-sável também pela cobertura online, ao vivo, do torneio. Antes do início do evento, na sexta-feira à noite, Igor Federal, novo parceiro de negócios do Full Tilt no Brasil, deu uma boa notícia a todos os presentes: a formação do primeiro time de profissionais exclusivamente brasileiros, que irá representar o Full Tilt e o site SuperPoker em torneios pelo Brasil e ao redor do mundo. Bem, voltando ao que interessa, o dia 1A começou na sexta- -feira. Por volta das 22 horas, o salão já estava lotado e a casa,

cheia: 150 jogadores vieram disputar o belíssimo prêmio de meio milhão de reais. Como era de se esperar, mui-tas estrelas do poker brasileiro esta-vam presentes. Nomes como Marcos Duran, Jeff Vieira, Christian Kruel, Caio Brites, Alessandra e Sérgio Braga, Norson Saho, Caio Pimenta, Zé Caiçara, Eduts, Max Dutra, entre várias outras feras, disputaram o pri-meiro dia do torneio, que terminou com 40 jogadores classificados para o domingo. Pelas mesas, encontramos também alguns jogadores internacio-nais, como o português Nuno Cabral, da cidade do Porto, e o argentino Marcelo Jensen. Foram exatamente 13 níveis de blinds, com 45 minutos de duração cada, jogados em cada um dos dias de

abertura, e, devido à estrutura lenta, todos tiveram a oportunidade de de-senvolver seu melhor jogo. Apesar disso, o dia 1A viu um festival de eli-minações, com apenas 40 jogadores avançando para o dia final. Entre os que foram para o rail na sexta--feira estavam os destaques Diógenes Malaquias, Norson Saho, Felipe “Mojave”, Eduardo “Sequela”, Omar Abede, Leo Perrone, Salim Dahrug, e tantos outros. Uma eliminação do-lorosa foi a de Stetson – uma das ví-timas de algumas bad beats incríveis que aconteceram ao longo do dia –, que viu Giovanni Polak acertar um de seus dois outs no river. Caio Brites não ficou fora da lista das vítimas do baralho: em uma disputa contra Omar Abede, viu seu adversário também

acertar um de dois outs no turn, e dei-xou o torneio mais cedo. Mas, com muito espírito esportivo, Caio ainda fez pose para a fotografia, vestindo o “chapéu bad beat”, uma das inovadoras e divertidas brincadeiras da equipe de cobertura do site MeBeliska. Entre os classificados do dia 1A estava o português Nuno Cabral, que terminou como chip leader com 224.200 fichas. Completando o grupo dos dez melhores stacks esta-vam Will “Hellzito” Arruda (185.625), Ricardo Souza (169.250), Sérgio Braga (127.400), Ricardo Athia (121.000), Rodrigo Seiji (117.075), Erika Santana (111.000), Orlando Oliveira (108.500), Giovanni Polak (106.700) e Fábio Colonese (96.250), bem classificados para a decisão no domingo.

Mais de 300 jogadores travaram

uma incrível disputa em

busca de uma fatia da maior

premiação já oferecida até hoje em

um clube brasileiro

Texto Alexandre Ferreira

Nickels, Presto, Speed Limit 5 5

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ZAHLE | 500K

No sábado, às 17 horas, novamente com lotação máxima, começou o dia 1B do torneio e, depois de mais al-gumas inscrições de jogadores que estavam em alternate, o field totalizou 161 participantes. E mais feras, como Bruno GT, Marcelo “Urubu”, Fabiano Lemos, Luís Geraldo Campelo, Rafael Caiaffa, Leandro “Brasa”, Jô e Cláudio Baptista, Virgílio Aoki, Marcos Sketch, entre outras, marcaram presença nas mesas em busca do prêmio. Após mais 13 níveis de blinds, so-mente 46 jogadores permaneceram na disputa, formando um field com 86 jogadores para o dia final. O dia 1B terminou com José Carlos na li-derança, posição que conquistou logo no início do dia e segurou até o final.

Já no domingo, por volta das 15 horas, os 86 classificados toma-ram seus lugares nas mesas, para

começar uma maratona que iria ter-minar 14 horas depois. Antes do rei-nício do torneio, Robigol, ao lado de EltonCz – ambos responsáveis pela direção técnica do evento –, anunciou o prize pool do torneio: R$684.200. Visivelmente emocionado, Robigol

agradeceu a todos os jogadores e ao staff envolvido na organização e rea-lização do torneio, e, em troca, rece-beu um caloroso aplauso de todos os presentes, em um dos momentos mais belos do torneio. A estrutura de premiação também foi anunciada, contemplando os 30 primeiros colocados. A notícia animou ainda mais os participantes e aumen-tou a expectativa do público no rail pela definição dos vencedores.

No dia decisivo, os blinds co-meçaram em 1.200/2.400 ante 200, e a média em fi-

chas estava pouco acima de 73.000. Muitos jogadores que estavam com stacks abaixo da média começaram tentando dobrar a qualquer custo e se posicionar melhor na disputa. Em uma dessas tentativas, aconte-ceu o primeiro “facão” do dia: Diego Nakama, com 99, foi all-in de 40K em fichas, e Leonardo Granada pa-gou, com 36.000 fichas restantes, se-gurando KK. O par de reis segurou até o turn, mas o river trouxe um 9, para tristeza de Granada e alegria de Nakama, que seguiu no torneio.

A s eliminações seguiram, e en-tre as vítimas do dia estavam Rogério “Pistola”, Marcos

Popeye, Leandro “Brasa”, Marcos Duran, Leandro “AmarulABr”, Rodolfo Lacerda, Fumo, Mumu, Marcos Franja, Zé Caiçara, Júlio Felix, Fábio Colonese, Isaac Esses, Luciano Teixeira, Sérgio Braga e o próprio Diego Nakama. Entre as eliminações, a de Rodrigo Seiji foi especialmente curiosa: o português Nuno Cabral, em MP, anunciou all in verbalmente, mas não empurrou suas fichas para o centro da mesa. Seiji, com fones de ouvido, e que estava no cut-off, não escutou o all in de Nuno e anunciou um raise. Com um stack bem menor que o português, Seiji foi então obrigado pela direção do torneio a ir all in, com 7�4�. Nuno Cabral tinha A�K�, e o que era para ser um raise normal em posição de Rodrigo Seiji acabou, por uma distração, custando o seu torneio. Após a eliminação de Rodrigo Garrido, na 32a colocação, faltava ape-nas mais uma queda para estourar a bolha, o que aumentou ainda mais as expectativas no salão de torneios do

Espaço Zahle. A espera pela definição dos 30 premiados acabou após Juliana cair. Ela foi all in de 42.000 fichas, com A�3�, e Will Arruda, que estava entre os melhores colocados naquele momento, pagou com K�5�. Ele acer-tou dois pares no bordo e mandou Juliana para o rail, na posição mais dolorosa de todas: a bolha.

O s dois primeiros eliminados na faixa de premiação fo-ram Michel Helal e Zilkar;

Beto Juju caiu a seguir, e depois foi a vez de Marcos XT – último integrante do SuperPoker/Full Tilt Brazilian Pro Team ainda na disputa – deixar o torneio. Tudo correu nor-malmente até a bolha da mesa final, que estava próxima. Já estavam fora Vini Marques, Rodrigo Giosa e Luís Geraldo Campelo, entre outros. E, nesse momento, a lide-rança do torneio estava com César Labate, com cerca de 750.000 fichas. Após a eliminação de Ales-sandro Purple em 12o lugar, faltava apenas mais um joga-dor cair, para a definição dos dez finalistas. E, com os blinds já em 20K/40K ante 4K, Luis Noal, em MP, anunciou all in de 237.000 fichas, segurando K�Q�. Will Arruda, com A�T�, deu call e ainda acer-tou um Ás no flop, que acabou tirando Noal do torneio em 11o lugar, na bolha da mesa final, tendo como chip leader Rafael Barbosa, de Salvador, Bahia, com cerca de 1.250.000 fichas. Com representantes de qua-tro Estados brasileiros, a mesa

final do Zahle 500K mostrou bem a dimensão do torneio, que atraiu jo-gadores de todo o País, sem contar duas presenças internacionais entre os dez finalistas:

O primeiro a cair na mesa final foi o português Nuno Cabral que, quando

lhe restavam 166 mil fichas, pagou raise de 175K de José Carlos. Nuno mostrou A�7� e José Carlos, com J�6�, estava bem atrás. Mas o flop trouxe K�J�7� e mudou a vantagem de lado. No turn aparece um valete e define a vitória de José Carlos, e Nuno se despediu em décimo lugar. Depois foi a vez de Moshe deixar o torneio, após ir all in no SB e ser pago por Marcos Sucheki, que estava no BB. Moshe, que segurava J�7�, não teve chances contra o A�7� de Sucheki, em um bordo que trouxe 2�3�5�8�2�.

Enquanto isso, César Labate, que começou a mesa final short-stack, dobrou suas fichas e aumentou

para cerca de 350K sua pilha, come-çando uma recuperação que iria ter-minar da melhor maneira possível. A oitava colocação ficou com Will Arruda, que fez um belo torneio, mas acabou caindo quando, no botão, anunciou raise all in de 718.000 fichas, após a aposta de José Carlos (UTG+1), que pagou prontamente. Com 88, Will precisava de muita ajuda do bordo para quebrar o AA de José Carlos, o que acabou não acontecendo. Rafael Barbosa, nesse momento, continuava na frente, com 2.100.000 fichas, seguido de José Carlos, com

1.250.6001.100.000953.000889.000638.000604.000266.000198.000177.000141.000

Rafael Barbosa

Will Arruda

Mathias Peres

José Carlos

Marcos Sucheki

Sidney Chreem

Nuno Cabral

Diego Santos

Moshe Levi

César Labate

Virgilio Aoki

Jeff Vieira Diego Nakama

Luiz Noal

Bruno GT

Marcelo “Urubu” Rafael Barbosa

Nuno Cabral Rodrigo Seiji

Érika Santana

Will Arruda Caio Pimenta

Flávia Bedram

A formação da mesa

fi nal do Zahle 500K

Sailboats, Barcos a Vela 4 4

Page 19: Revista Flop 13

| JUNHO36

1.700.000, enquanto no outro lado da tabela estava Diego, short, com ape-nas 195K. César Labate continuava crescendo e, a essa altura, estava com 550.000 fichas. O chip leader, Rafael Barbosa, melhorou ainda mais sua situação quando eliminou Marcos Sucheki, na seguinte mão: Rafael com A�Q� no botão, apostou 200.000 fichas e Sucheki, no BB, foi all in com A�K�, e tomou call. O bordo não ajudou Sucheki, que deixou o torneio em sétimo lugar.

A seguir, César Labate conseguiu mais uma dobrada, contando com a ajuda do baralho. No

botão, segurando A�J�, ele apos-tou 130.000 fichas e Sidney Chreem, que tinha A�K�, foi all in. César, com um pouco menos de fichas do que Chreem, deu call e viu um va-lete aparecer logo no flop e segurar até o final. Depois dessa mão, Sidney Chreem ficou com apenas 50.000 fi-chas e acabou caindo a seguir, após arriscar com 3�7� e ser pago por Labate, que mostrou A�Q�.

A quinta posição ficou com Diego Santos, que estava short, com cerca de 180.000 fichas, e pagou a aposta de José Carlos, entrando em all in. Com A�9�, Diego se viu dominado pelo A�T� de José Carlos, mas acabou acertando o flop, que trouxe 9�8�J�. Mas um T no turn acabou com sua vantagem, e um 6 no river sacramen-tou a sua eliminação.

Com apenas quatro jogadores na mesa, Rafael Barbosa era mais líder do que nunca, com

3.200.000 fichas, seguido por José Carlos e César Labate, com apro-ximadamente 1.700.000 cada, e Mathias Peres com 600.000. E foi justamente Mathias o próximo a cair, após perder um coinflip contra Rafael Barbosa, que via o título cada vez mais próximo. Pouco depois, Labate melhorou ainda mais o seu stack, ao pu-xar um pote, contra Rafael, com cerca de um milhão em fichas. Mais tarde, Rafael perdeu mais um pote grande, dessa vez para José Carlos, e sua sólida liderança começou a ruir. Foi então que, no botão, Rafael apostou 200K, segurando A�5� e, após o anúncio de all in de César Labate, pagou com todas suas fichas restantes. César mostrou J�J� e ainda acertou mais um valete no bordo. Levou o pote e eliminou Rafael em terceiro lugar. O heads-up começou com os blinds em 40K/80K ante 5K, e com os dois jogadores com stacks semelhantes, com uma pequena vantagem para Labate. Mas a disputa terminou rapidamente, em uma mão em que ambos fo-ram all-in pré-flop. José Carlos mostra 9�8� e César Labate vem com K�8�. O bordo traz 9�J�3�4�2�. Com o flush, César Labate fechou o torneio e, após uma impressionante re-cuperação na mesa final, saiu da condição de short-stack para a de campeão do maior torneio já rea-lizado, em um clube, no Brasil. �

César Labate começou a mesa

fi nal short-stack e superou

todos os adversários

ZAHLE | 500K

Crabs, Caranguejos 3 3

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| JUNHO38 JUNHO | 39WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Mão 12Ainda com os blinds 25/50, Hellzito, com par de 6, dá raise de 125 fichas. Mestre_urubu, no cut-off, paga a aposta com um par de 2. O flop vem 28Ae Hellzito sai com um bet de 175. Mestre_urubu novamente só dá call. No turn apa-rece um 10. Agora, Hellzito pede mesa e mestre_urubu sai apostando 300 fichas. Hellzito “folda” e urubu leva um pote de 675 fichas.

SeijiStar: Não vi razões para entrar na mão com o ATs, pois teria que me “comitar” inteiro. O call seria ruim para jogar sem posição e, assim, arriscar ainda mais fichas.

mestre_urubu: Hellzito levanta, eu dou call no cut-off de 125 fichas, pingo 25/50, flop 28A. Eu trinco e ele atira o pote. Eu call. No turn, ele dá mesa e eu atiro meio pote querendo call e com medo da cor, pois no turn caiu um 10 de paus e preferi não arriscar mais. No bet, ele “foldou”.

Éincrível o quanto vocês, lei-tores, adoram esta seção. Diariamente, recebemos e--mails dos leitores, querendo participar do sit-and-go da Flop. Todos também querem

saber o que passa na cabeça dos profis-sionais na hora em que optam por um determinado tipo de jogada. Para os novos leitores, vamos explicar como funciona esta seção: é escolhida uma mesa de SnG NL Hold’em Turbo com nove pessoas, stack inicial de 1.500 fichas e blinds começando em 10/20. Convidamos para participar da mesa dois leitores – que se cadastraram atra-vés do e-mail [email protected] – e os outros jogadores são profissionais do poker nacional, tanto live quanto online. Após o término da disputa, todos têm que enviar comentários sobre as prin-cipais mãos, e, após, o editor faz uma seleção dos melhores moves e apresenta os seus comentários. Veja na tabela ao lado quais foram os participantes e as suas posições neste SnG.

K7MA – Humberto Kima. Conhecido jogador especializado em torneios MTTs live e online, com várias finais no currículo.

robigool – Robinson “Robigol” Quiroga. Famoso diretor de torneios da Stack Eventos e jogador de diversas modalidades.

meste_urubu – Beto Caju. Crescendo entre os top 10 do Ranking SuperPoker. Sua especialidade são os MTTs online.

4º Hellzito – William Arruda. Vencedor do 1o SnG Flop, é jogador regular de SnG turbo entre $ 27 e $ 60 até 20 mesas.

5º V_F_O – Victor Oliveira. Leitor que há sete meses começou a jogar poker e participar de torneios live e, principalmente, os SnGs online.

6º SeijiStar – Rodrigo Seiji já participou de mais de 20 mil sit-and-gos e também foi eleito o Melhor Jogador de SnG pelo Prêmio Flop.

7º RL-BRASIL – Rodrigo de Castro é leitor residente em Santos e joga poker há pouco tempo. Tem preferência por cash games micro-stakes.

8º frotscher – Thiago Frotscher joga poker recreativamente com os amigos e se arrisca nas mesas de US$ 0.10 a US$ 1 no online.

9º Sketch1967 – Marcos Sketch é um conhecido jogador carioca que vem ganhando experiência e bons resultados nos MTTs ao vivo.

Mão 8Blinds 20/40. V_F_O, em middle position, dá raise de 120 fichas. A mesa roda em fold até Frotscher, que paga a aposta. Após o flop 367, Frotscher dá um bet de 280 e o jogador V_F_O “folda”.

Frotscher: Como é o começo do SnG, a maioria dos jogadores adota uma postura tight. O aumento de 3x o BB é uma jogada muito comum, não só em sit. Vi que o V_F_O não participou de muitas mãos, até aqui “foldou” a maior parte. Achei que ele tinha uma mão um tanto mediana. Como eu tinha Q8, resolvi blefar e tirar o adversário da jogada. Aproveitando a pouca informação que os outros têm sobre mim, dei um raise no valor do pote, para roubar as fichas, e deu certo. Ainda bem.

Hellzito: Essa mão é o típico exemplo do que não se fazer em SnG. Abrir raise com 66 no meio da mesa nos blinds 25/50, com stack de aproximadamente 30BB, definitivamente é um erro, já que não tem implied odds e não é uma boa mão que “flopa” bem. Quando o mestre_urubu deu call (o que não recomendo devido à preservação de stack), botei AJ+ e pares, AA e KK não descartei, já que essas mãos justificam o call. Arrisquei um c-bet e ele me deu call. Resolvi dar shut down na mão. De fato, existe a possibilidade de ele me dar float, mas acredito que eu esteja muito longe de estar ganhando essa mão.

Mão 14Sketch, em UTG, dispara raise de 150, quando os blinds aumentam (30/60). A mesa roda em fold até Kima que, no Small Blind, dá call. O flop aparece 48A e Sketch abre um bet de 198 fichas. Kima call. No turn vem um 4e ambos dão mesa. No river vem um 5 e Kima sai apostando 300 fichas em cima de Sketch, que dá fold. Kima leva o pote de 726 fichas e se torna o segundo maior stack da mesa.

K7MA: Como o meu AQo pode estar facilmente domi-nado pelo range do Sketch, de UTG, pago para ver um flop barato, mas decido tomar cuidado ao acertar o A no flop. No river, saio “betando” 360, como uma mistura de blocking e value bet, porque, com AK, acredito que ele irá só pagar.

A batalha

online

V_F_O: Aumentei com AQo em MP e tomei o call do frotscher no BB. O flop veio baixo e ele saiu apostando. Como eu não conhecia o jogo dele e também não estava commited, resolvi não brigar por esse pote.

Mão 11Sketch resolve abrir raise de 80 fichas, em MP, quando os blinds estão 25/50. Todos “foldam”.

Sketch1967: Aumento com J8s, no meio da mesa, pra 2,5 BB, a fim de roubar os blinds e não deixar meu stack afundar muito. Todos “foldam”.

Ducks, Dois Patinhos 2 2

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Sketch1967: Os blinds acabaram de subir, então volto a aumentar com QKo, a fim de puxar o pote. Kima e Robi estão nos blinds e acredito que verão meu aumento de UTG com um certo respeito. Kima paga e, no board A84 rainbow, ele dá instacheck e paga minha continuation bet. Decido desistir da mão, a não ser que melhore. Kima pode ter um Ax ou um par, e seja qual for o caso, depois do primeiro call, creio que precisarei dar três tiros pra fazê-lo largar. Se “foldar”, ainda continuo com um stack bem tranquilo para seguir no jogo. Dou check no turn e “foldo” sem dó no river, para aposta dele.

Mão 17Ainda com os blinds em 30/60, Frotscher, em UTG, entra de limp na mão com T4s, e RL-Brasil, short-stack e no cut-off, abre all in com AK. Frotscher “folda” e RL aumenta seu stack em 150 fichas.

RL-Brasil: Short da mesa, o blind subiu, só veio limp e tenho AKo no cut-off. Pensei em apenas “betar” e jogar em posição, mas, caso não viesse nada no flop, estaria totalmente commited e seria obrigado a tentar roubar o pote, só tomando call perdendo. Vai tudo pro meio, e, se tomasse call, ainda veria as cinco cartas. Flop barato é na cadeia (lol)... todo mundo correu e eu já não era mais o menor stack da mesa.

Frotscher: Entrei de limp na rodada, já que era UTG e ainda estava no começo do torneio. Aí o RL solta all in. Percebi que estava short-stack e em SnG, ainda mais turbo, era uma das poucas opções que ele tinha pra continuar no torneio. Nem vale a pena. Se pretendo continuar forte, te-nho que economizar fichas e usá-las em ocasiões melhores. Não tinha posição e nem carta para arriscar alguma coisa.

Mão 21Com os blinds aumentando a todo momento, Sketch, em MP, abre raise de 251 fichas. V_F_O, no Big Blind, dá call. No flop 8J7, Sketck vai all in, com par de K, e é pago por V_F_O, com par 8 e que trincou no flop. Nada apa-rece no bordo e Sketch é o primeiro eliminado do SnG.

Sketch1967: Meu terceiro aumento se-guido. Dessa vez eu tenho uma mão com a qual quero action. Havia aumentado JJ e QK nas mãos anteriores sem ninguém pagar; então faço o mesmo aumento no-vamente, pois costumo fazer o mesmo tipo

de aumento com todo o meu range. O jogador V_F_O paga no Big Blind e, no flop, sai apostando. O board

78J é cheio de possíveis draws, portanto concluo que a gama de mãos dele é grande o suficiente pra eu “ir pro chão”, pois contém uma série de mãos das quais meu KK está na frente. Volto all in na aposta dele e o leitor paga com par de 8, trincado. Aí não resta o que fazer.

V_F_O: O Sketch estava aumentando muito nas últimas mãos. E, dessa vez, ele fez um aumento de 2,5x BB em MP. Entendi, ali, que a intenção dele não era roubar blinds, mas chamar a galera para o jogo. Com um par de 8, pensei em en-frentar um coinflip pela frente e decidi dar call na aposta inicial dele. Um 8 bateu

no flop e preferi sair apostando do que tentar o check-raise. Acho que ele não esperava que tivesse trincado, pois voltou all in e dei instacall. Daí em diante é só alegria!

Mão 23Frotscher entra de limp, em UTG+1. Com os blinds 50/100, Seiji, no cut-off, vai all in com AJo. Frotscher “folda” e Seiji leva o pote de 350 fichas.

SeijiStar: Bom, agora as jogadas começam a ser baseadas puramente no ICM, pois dificilmente haverá espaço para outras jogadas diferentes do all in ou fold. Como o limp do jogador Frotscher demonstra fraqueza (em geral), se-gundo os cálculos de ICM, esse AJ é uma ótima situação para ir all in.

Frotscher: Como recebi Q9 e estava em UTG +1, é um tanto complicado sair apostando alto, pois, a essa altura, os blinds estavam começando a incomodar e um raise de três Big Blinds me deixa um tanto commited. Além de tudo, não tinha carta para pagar o all in do Seiji. Easy fold. Seria melhor nem ter entrado de limp na jogada.

Mão 26Robigol abre raise de 275 fichas, em MP. Frotscher e mestre_urubu dão call. Vêm o flop AT2 e frotscher com um bet de 400 fichas. Mestre_urubu “folda” e Robigol vai all in. Frotscher paga e mostra par de damas. Só que Robigol tem na mão A9 e, com um par de Ases no flop, elimina Frotscher em oitavo lugar.

robigool: Essa mão é muito interessante! Tá aí um bom exemplo de como não se jogar um par de QQ. Subi em posição para roubar os blinds e meu oponente deu call no Small Blind (errado, na minha opinião). Aí bate o flop AT2 e ele já sai dando um bet de 400. Eu não entendi direito a jogada dele e voltei tudo, achando que o Frotscher tivesse um par abaixo da mesa e que, na minha opinião, era a única mão que ele poderia ter. Ou então ele podia apli-car um blefe. A questão é que ele ainda pagou com QQ e eu, com um par de Ases no flop, dobrei minhas fichas.

Frotscher: Lamentável... Joguei muito mal essa mão. Como esse SnG é turbo, muitos jogadores estavam aplicando a seguinte tática: all in no pré e no pós-flop. Já vi o Robigol usando esse modo de jogar e vi que não tinha boas cartas no final. Achei que ele estaria aplicando um steal para

ficar com as fichas da mesa. Pensando bem, a melhor jogada nessa situação é o fold. Mesmo com um par rela-tivamente alto (QQ), com um Ás no bordo, até imaginei que o Robi teria o outro Ás na mão, mas quis arriscar – o que foi errado. Cansei de ouvir do Juliano e do pessoal aqui da revista que poker não é sorte e sim habilidade: me precipitei e joguei confiando no baralho. Só podia dar nisso: ELIMINADO. Na minha opinião, o certo mesmo era ter movido all in pré-flop ...

Mão 27A mesa roda em fold até Hellzito que, no botão, dá all in de 850 fichas, com K8s. Mestre_urubu no Small, dá call e mostra TT. No bordo vem 9KJ48 e dá a Hellzito um pote de 1.820 fichas.

Hellzito: Mais uma vez um push bem stan-dard. O mais interessante dessa jogada é saber escolher o stack no qual dar o all in. O BB tem o stack parecidíssimo com o meu, ou seja, é o meu alvo para o roubo. Estou com M=3,5. O range de call do mestre_urubu acredito que seja

algo em torno de A9+, 66+, o que equivale a 9,7% das mãos, e tenho 34,3% de equidade. Já do RL-Brasil, eu coloquei em algo como A8+, 44+, KJ+ (equivale a 15% das mãos e equidade 34,7%), portanto vou levar call 25% das vezes (para efeito de cálculo, vou deixar o número redondo para facilitar a compreensão); 75% das vezes irá rodar em fold e irei ganhar 240 fichas em 75% das vezes. Logo, irei ganhar 1.692 fichas com o FE. O mais correto seria calcular a equidade contra os jogadores se-paradamente, porém, como esse número entre os dois jogadores tem grande semelhança, com uma diferença de 0,3%, os resultados deixarão nítidos que esse 0,3% não iria ter relevância para os cálculos. Quando tomo call, irei disputar um pote de 1.940 com equidade de 34,3%, o que significa que irei ganhar 673 fichas e perder 1.267. Portanto, cEV= 1692(FE)+673 -1.267= 1.068.

mestre_urubu: Hellzito dispara all in. Nesse momento ele estava short-stack; eu com TT, no Small, dou call. Ele tinha K8s, e, no flop, veio KJ9, no turn 4 e no river 8. Não segurou ... Agora fico com 900 fichas, e os blinds 50/100.

Mão 28Com os blinds 60/120, Kima, com 99 e em MP, abre raise de 299. Seiji, no Big Blind, vai all in por cima. Kima “folda” a mão e Seiji aumenta seu stack em 658 fichas.

SeijiStar: Resolvi mover all in nesse AA, pois o Kima é um jogador bem sólido. Provavelmente estaria abrindo esse raise com poucas mãos. Achei estranho o fold. Não esperava, pois ele já estava bem “comitado” ao pote.

K7MA: Aqui, acho que cometi um erro ao não dar call no all in do Seiji, porque não levei em conta que os blinds já estavam em 60/120, prestes a subir na próxima mão, e eu tinha um stack de apenas 1.444 para trás. Se eu tivesse prestado atenção nisso, eu teria certamente dado o call.

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Mão 29Com os blinds 60/120, V_F_O entra de limp na mão e RL-Brasil, que está short-stack e no botão, vai all in com QJ. Seiji, no Small Blind, dá call e mostra 99, já V_F_O “folda” a rodada. O bordo vem com 5J4QT e dá dois pares a RL, que quase triplica seu stack.

SeijiStar: Ir all in com esse 99 é uma jogada normal, pois eu não estaria “foldando” para uma volta do jogador V_F_O, caso eu desse call. O fold pré-flop está fora de cogitação.

RL-Brasil: Eu no botão e a mesa inteira roda em fold + stack de 680, com blinds

60/120. Recebi QJo e não pensei em outro move que não fosse all in. Não sou profissional, mas essa fórmula veio à minha cabeça e eu “tava” louco pra achar um coinflip. Seiji me isola dando all in. E não é que deu certo? Achei meu coinflip, e o J no flop e a Q no turn dobram meu stack.

Mão 31V_F_O, no botão, abre raise de 2,5 x e Robigol, no SB, vai all in e leva o pote.

V_F_O: A mesa rodou em fold e eu, no botão e com o segundo maior stack da mesa, com KJs aumentei 2,5x. O Robigol, até então chip leader, deu o push no SB. Nessa situação, eu só pagaria a volta dele com um monstro, como AK ou QQ+, fora que eu não estava pot comitted. No fim, o Robigol me mostrou 67s. Bela jogada dele.

Mão 35Blinds 100/200. Kima, no SB, vai all in com QT e Hellzito no Big Blind, paga com AK. No bordo vêm

quatro cartas de copas e dá o flush a Kima, que leva um pote de mais de 2.000 fichas.

Hellzito: Jogada standard para os dois lados. Com esse stack, como conheço o Kima dos MTTs, quando vi o QT até me espantei, esperava coisa muito pior.

K7MA: Shove padrão do SB com mais ou menos cinco BBs e, com um QTo, encontro o Hellzito trepado de AK, mas acabo fazendo um flush.

Mão 42Com blinds 120/240, mestre_urubu decide ir all in com A7o. Seiji, no SB, paga e mostra KQs. No bordo bate JTQK9 e urubu, com um Ás na mão, faz a se-quência maior e leva o pote.

SeijiStar: Bom, dei esse call de KQs, pois, como o mes-tre_urubu tinha apenas algo de quatro blinds, provavelmente estaria dando all in com quase todas as mãos, nesse momento.

mestre_urubu: Depois de algumas rodadas, eu fico short--stack de novo, pois o SnG é turbo e os pingos estavam me matando. Quando estava no cut-off, mais uma vez dou all in, e o Small me paga com KQs. Flop TJQ e o turn K. Ele faz dois pares e sigo no turn com o A. Para minha alegria, no river vem um 9. Sem surpresa! E agora volto para o jogo com 2.400 fichas.

Mão 44Blinds 120/240. A mesa roda em fold até RL-Brasil, que entra de limp na mão. Robigol, no BB, dá check. O flop bate T29. Ambos pedem mesa. Turn 3. Robigol dá um bet de 480 e toma um instacall all in de RL com TKs. Robi mostra 92s. O A no river não ajuda RL, que é eliminado em sétimo lugar.

RL-Brasil: Era cut-off com KT de paus e joguei errado. Até gostei do meu check com posição no flop, controlando o pote contra o big-stack da mesa e dando até uma free card; porém com o plano de dar raise all in, se não viesse espada ou maior que T no turn. Veio 3 e executei minha jogada. Teria dado certo se ele não tivesse acertado dois pares

de 9 e 2 no flop. O meu maior erro foi não ter “betado” pré-flop, porque, assim, ele não entraria. Depois de virado o flop, nada me salvaria desse flop traidor. Acho que nem

o Phil Ivey escaparia desses dois pares (lol). Agradeço a oportunidade de jogar contra essa rapa ... Todo mundo muito forte. Vlw, gg e até a próxima.

robigool: Nessa mão eu era o Big Blind. O flop veio com K92, me dando dois pares. Dei um slow-play e no turn vem um 3. Já saio apostando, pois estou dando um monstro para ele ou nada. Não teria sentido estar ali com uma mão mediana, pois aí ele me volta all in e dou instacall com dois pares – acho que corretamente –, pois pensei que não teria

carta que estivesse ganhando de mim naquele board se não fosse uma trinca.

Mão 46Seiji, bem short-stack, resolve empurrar all in, em MP, com A5, e toma call de Kima, com K3o. Aparece um K no river e Kima elimina Seiji na sexta colocação.

SeijiStar: Talvez fosse preferível, com esse montante de fichas, esperar o Big Blind, mas como veio esse A5, conside-rei que pelo menos era uma mão razoável e resolvi entrar.

K7MA: Aqui o Seiji “shova” menos de um BB. Então eu meio que ignorei a presença dele na mão e dei um shove standard de K3o pra cima do Hellzito, pois iria parecer que estava isolando com uma mão muito melhor do que realmente era.

Mão 50Com os blinds em 150/300, mestre_urubu, no cut-off, vai all in com 99 e V_F_O dá call com par de 6. Vem uma trinca de Ases no bordo e V_F_O cai na quinta posição.

V_F_O: Vim com 66 no botão, mestre_urubu vem all in em MP. Como eu só tinha cinco BBs dei call esperando um coinflip. Infelizmente, ele tinha um par maior e levou. GG e obrigado pela oportunidade.

meste_urubu: Dou all in pré-flop no blind 150/300. Agora estava com 1.800 fichas, recebo call do Small (V_F_O) que tinha 1.600 fichas e me apresenta 66. Aí segurou sem surpresa e meu stack fica muito confortável nesse momento.

Mão 57Com a mesa 4-handed e blinds 200/400, Hellzito, que está short-satck, vai all in com A7s e Robigol dá call com 33. Um Ás aparece no flop e dá a vitória para Hellzito.

Hellzito: Nessa mão acabei dando sorte, tanto por vir um A7 como por ter ganhado o coinflip. Com certeza estaria dando push nessa situação com praticamente qualquer coisa, já que no SnG o mais importante é sempre ter takedown.

robigool: O Hellzito, short-stack e com os blinds altos. Era de se esperar uma jogada dessa. Eu já tinha em mente que enfrentaria um coinflip. Para sorte dele, bateu um Ás logo no flop.

Mão 67Kima recebe ATo no Small Blind e vai all in pra cima do pessoal. Hellzito paga com T5 e Kima mostra AT. Nada vem no bordo e Kima leva o pote de 4.332 fichas, com a carta mais alta: Ás.

K7MA: AT no SB + stack de 3,5BBs = shove. Hellzito dá call pelos odds (blinds gigantes) e dou sorte em ter ele dominado.

Hellzito: Esse call, aqui, com certeza assusta a maioria, mas matematicamente é bom. O pote tem 600 fichas do BB + 2.166 = 2766 na mesa. Tenho que colocar 1.566 no pote de 2.766, ou seja, tenho odds 1/1.7, tendo que ganhar 36% das vezes para ficar break even. Calculando a equidade, o range de push do K7MA é bem extenso, uma vez que, se der fold, pode perder seu takedown e já investiu 300 no pote. Acredito que esse range seja muito próximo de anytwo, range no qual tenho 45% de equidade! Contra um de 75% das mãos, há equidade de 38%, 1% a mais do que o necessário! Se eu perder esse stack, perco a liderança, porém elimino um forte oponente. Se perco, volto pro av stack, porém continuo com chances. O call tem, também, meta game de não tomar push light, já que vão pensar: “Hellzito perdeu a cabeça, não vou “pushar” esse maluco”.

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Page 23: Revista Flop 13

| JUNHO44

mestre_urubu: Essa não largava nem com um machado, porque o blind era 300/600 e eu tinha 1.500 fichas no Big, me deixando só com 900 para trás. O Kima vem all in no meu pingo e eu call. Ele apresenta 94 de paus. No flop vêm duas cartas de paus

e, para ajudar (ele, é claro), no river bate meu K... só que de paus é lógicooooooooooo ... game over para o urubu.

K7MA: A mesa three-handed, o Robigol “folda” e só sobra o Urubu, que está bem short. Ainda tinha uma vantagem gigante sobre o stack dele. Movi all in com a intenção de ele pagar. Mesmo se perdesse essa rodada, ainda me man-teria muito acima dos outros dois que estavam na mesa.

Mão FinalO heads-up durou somente uma mão. A principal dife-rença entre os jogadores é o stack de cada um. Kima possui 11.462 fichas e Robi só tem 2.038. Kima vai all in com Q5o e Robigol o acompanha na jogada com QTo. Um 5 bate no flop e Kima garante sua vitória no sit-and-go.

K7MA: Entrei nesse HU muito con-fortável. Tinha uma enorme diferença entre os stacks. Era só administrar bem e “shovar” o short-stack. Acabou dando certo. Tanto agora, quanto na mão ante-rior, levei vantagem e consegui vencer o SnG. Valeu, Juju, pelo convite!

robigool: Última mão do torneio. Estava pequeno e paguei o all in do Kima, que estava muito grande no heads-up. Para minha infelicidade, bateu um dos três outs dele, e perdi o sit. Mas, pelo menos, valeu a experiência.

Depois de 78 mãos e 44 minutos de jogo – o mais rápido até agora –, termina o Sit-and-Go Turbo da Flop, e Kima é o vencedor desta terceira edição. Quer ser um dos partici-pantes? Então envie e-mail para [email protected]

Mão 70Agora, os blinds estão 300/600 e é a vez de Hellzito, que está short, ir all in com J8s. Robigol paga a aposta e mos-tra A9o. Com um Ás no flop, Robi leva a mão e elimina Hellzito em quarto lugar.

Hellzito: Esse push aqui foi equivocado. Não por ter per-dido a mão e sim pela situação do jogo. Tendo um jogador short-stack para cair, “pushar” no BB, que é o big-stack, pode me trazer problemas. O ideal é selecionar bem o range para dar push, já que logo o blind vai passar em cima do mestre_urubu e, em sit single table, ficar no dinheiro é de extremo valor, já que as premiações são divididas em 20%, 30% e 50%. Assim, não tem muita diferença de valores, e ficar fora do dinheiro significa uma grande perda no longo prazo.

robigool: Nesse delicado momento – a bolha – meu call com A9 pode não ser muito bom pela situação, porém tenho note do meu adversário e a chance de eu estar na frente naquela mão era enorme, e estava certo: me deparei com uma típica situação de 60-40 que acabou segurando para o meu lado.

Mão 74Kima, o chip leader do SnG no momento, anuncia raise de 1.600 no Small. Mestre_urubu resolve dar call e entra em all in. Urubu mostra 64 e Kima K9. O bordo vem 597T8 e dá um straight para Urubu, que dobra seu stack.

mestre_urubu: Passei oito rodadas sem jogar e os blinds me mataram. Na verdade, ninguém jogava; só o Robi que tava estrelando e pressionando o tempo todo, heheheh ... Mas, enfim, fiquei com 800 fichas no Big que já comia 600, me deixando só com 240 para trás. O Kima dá all in e eu completo forçadamente. Nessa mão eu faço se-quência e dou uma respirada.

K7MA: Como o mestre_urubu estava jogando bem tight e tinha um stack de apenas três BBs, achei que poderia levar o BB dele e, mesmo que ele desse call e perdesse, ainda teria fichas para jogar.

Mão 77Blinds 400/800. Kima, novamente no Small, dá all in e, sem muitas opções, mestre_urubu paga, pois está bem short-stack. Kima tem 49 e urubu mostra KJ. Aparecem três cartas de paus no bordo e Kima vence a mão com um flush. Mestre_urubu fica na terceira colocação e in the money.

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Page 24: Revista Flop 13

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COLUNA |

JUNHO | 47WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

A Fórmula 1 é um esporte cada vez mais popular. As equipes trabalham noite e dia para transformar os carros em verdadeiras

obras-primas da tecnologia, tornando cada Grande Prêmio (GP) único e imprevisível. E é por isso que a ma-téria desta edição irá falar um pouco sobre as apostas na Fórmula 1. O último GP da Malásia foi um exemplo de que as coisas estão de cabeça para baixo nesta temporada de 2009. Quem era favorito no ano pas-sado, agora está perdendo posições para aqueles que nem sequer apareciam na mídia. E essa situação se reflete no mundo das apostas. Para quem gosta desse tipo de esporte, as apos-tas disponíveis no site Sportingbet.com são um prato cheio para a emo-ção. A começar pela di-versidade das modalidades oferecidas e pela possibi-lidade de poder apostar, desde em quem vai vencer a corrida, até em qual pi-loto somará pontos ao final da prova – segundo as regras da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), so-mente os oito primeiros colocados somam pontos individuais. Nesse esporte, a maioria das cota-ções (odds) varia de acordo com as possibilidades do piloto ou da equipe de conseguir o feito proposto, e isso é calculado pelo trader, de acordo com os resultados por eles alcançados du-rante os treinos e nas últimas corridas. Para apostar no vencedor da cor-rida, os apostadores têm que ter em

mente que as menores cotações vão para aqueles que possuem maiores chances de vencer, e as maiores para aqueles que possivelmente não ven-cerão a corrida. No exemplo abaixo, o piloto Jenson Button era o favorito para vencer o GP da Malásia, com odd em 2,85. Já o brasileiro Nelson Piquet Jr. era um dos azarões, com a maior cotação desse GP, em 201. Quem apostou que Button iria vencer, se deu bem. Quando a corrida foi dada por encerrada, o piloto estava na 1a colocação (tabela 1).

Já para apostar na primeira equipe a abandonar o GP, o esquema das cotações é ao con-

trário. As menores odds são daquelas equipes que provavelmente serão as primeiras a aban-donar a corrida. Na tabela 2, temos que a Force India era a favorita para ser a pri-meira a abandonar o GP da Malásia, com odd em 6, en-quanto a BrawnGP do bra-sileiro Rubinho Barrichello, era a equipe que tinha

menores chances de abandonar, com odd em 13. Outro tipo de mercado de aposta curioso nesse esporte é o de números de pilotos a completar a corrida. Para apostar nesse quesito, os apostadores precisam acompanhar o desempenho dos pilotos e das equipes nos treinos, além de estar bem informados sobre as regras, pois se o piloto correr 90% da prova ele é considerado como um dos que acabaram a corrida.

Mas, se você é daqueles que gosta desse esporte, mas não o acompanha a fundo, você

pode apostar nos mercados especiais para a Fórmula 1, como o da tabela para o GP da Malásia (ver tabela 3 na página seguinte). As chances do safety car entrar em qualquer corrida são geralmente grandes. Alguns circuitos, entretanto, são mais perigosos, o que aumenta o risco de acidentes na pista durante a corrida. No caso do exemplo, a probabilidade do safety car entrar du-rante o GP da Malásia era menor do que a probabilidade de a corrida acontecer sem ele. Mais uma vez, quem apostou que o safety car parti-ciparia da corrida, ganhou. A chuva atrapalhou a visibilidade dos pilotos e a corrida teve que ser finalizada na 32a volta.

Se você conhece a Fórmula 1 ape-nas pelos dos nomes dos pilotos e das equipes que estão sempre em evidência, há ainda um mercado de apostas que envolve confronto direto entre os pilotos

da mesma equipe. Aqui, você pode escolher qual o piloto da equipe ven-cerá a corrida. O es-quema para o cálculo das cotações e das chances é o mesmo de sempre e, no caso de os dois pilotos abandonarem a corrida, aquele que cumpriu mais

voltas será considerado o vencedor da equipe. A aposta no empate so-mente é considerada quando os dois pilotos abandonam a corrida na mesma volta (tabela 4).

Outros dois mercados, que costumam ser mais populares somente na fase final da Fórmula 1, são as apostas no piloto ven-cedor e na equipe vence-dora do Mundial. Se você gosta de correr riscos em busca de um ganho maior, apontar um vencedor logo no começo da temporada pode ser uma aventura e

COMO APOSTAR NA

FÓRMULA 1Entenda quais os quesitos que esse esporte tão competitivo oferece

James Keane

Vice-presidente de Mercados Internacionais da Sportingbet.com

tanto. Porém, se você é mais con-servador, pode esperar as últimas corridas para arriscar em quem será o vencedor.

O site oferece, ainda, mais sete mercados de apostas para esse esporte. Dentre eles, estão a aposta no piloto que

estará no pódio e a dos pilotos que farão a pole position (primeira fila na largada). Se você acompanha todos os treinos, pode escolher também quem fará o melhor tempo em cada um deles. Mas, cuidado! Nos treinos, os carros podem variar o nível de gasolina, para deixar o carro mais leve ou mais pe-sado. Podem também alterar o tipo de pneus, a toda hora. Como visto, quem apostar sempre na menor cotação (odd) poderá ter mais chances de ganhar a aposta. Porém, os ganhos serão sempre menores. Em um esporte imprevisível como a Fórmula 1, o ideal é acompanhar as notícias no decorrer da semana e tentar entender as regras e sobre os treinos e o desem-penho dos carros.

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Tabela 3

Tabela 2

Tabela 1

Tabela 4

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Page 25: Revista Flop 13

| JUNHO48

TESTDRIVE | TV POKER PRO

JUNHO | 49WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Q uando você procura alguma informação para aprender ou aprofundar os seus conhecimentos so-bre poker, o que você encontra? Milhares de

sites em inglês, e alguns em língua por-tuguesa, que trazem ou somente o arroz com feijão – como funcionam as apostas, as posições na mesa e as combinações de cartas –, ou blogs e fóruns que abrem espaço às discussões técnicas (ou nem sempre) de jogadores amadores. Aprender a jogar Hold’em é fácil, o difícil é entender a dinâmica do jogo. Pode parecer simples, mas a matemática e a psicologia envolvidas nas artimanhas desse jogo são bem mais complexas do que se imagina. Para ser um profissio-nal bem-sucedido no poker é necessário muito estudo, prática, concentração e força de vontade. Com o objetivo de levar informações importantes para quem quer se es-pecializar no assunto e se dar bem no esporte, André Akkari, Alexandre Gomes e Gualter Salles lançaram, no mês de junho, o site TV Poker Pro. Como diferencial, esse portal tem os jogadores como principal foco. Nele, encontra-se uma grande quantidade de informações sobre comportamento e entretenimento – além dos vídeos instrutivos –, tudo relacionado ao am-biente profissional do esporte. É lógico que esse é um lançamento muito oportuno, já que estamos na época da WSOP 2009 e vários vídeos postados na estreia do site são sobre os eventos dessa importante série.

Já fomos fisgados pelo projeto na home do site, com um visual bem limpo e agradável, em que logo se vê um ví-deo de boas-vindas de Akkari e Gomes, gravado ao lado de um imitador de Elvis, na entrada de Las Vegas. Com o jeito informal de Akkari e a graça de estar ao lado do Elvis, a dupla já passa um clima bem despojado e diver-tido para seus futuros assinantes. Também na home page o usuário pode ver os vídeos postados recentemente, a localização dos profissionais, em um mapa-múndi, e as atualizações em tempo real do Twitter de André Akkari.Em pouco menos de um mês do site no ar, já exis-tem mais de 50 vídeos de diversos jogadores brasileiros

comentando suas atuações, dia a dia do salão da WSOP, além de vídeos pessoais dos profissionais mostrando o que fazem nas viagens, torneios e até em casa. Alguns dos vídeos de estreia do site mostram trechos da festa de entrega do Prêmio Flop, além de bons vídeos de eta-pas do EPT e de Bahamas, em que, no quarto do hotel, Decano e Alê Gomes discutem jogadas. Os vídeos postados estão divididos em categorias, com a opção de listar os mais recentes ou os mais vistos. No momento, um dos mais requisitados é o de Gualter Salles falando sobre sua eliminação em 12º lugar no evento 24 da World Series, que foi postado minutos após sua bela performance. Outro recurso interessante são os comen-tários sobre o vídeo. Além de assistir, o usuário pode avaliá-lo e também deixar o seu recado. A estrutura desse esquema é simples e funciona como um reality show: uma equipe de produção audiovisual se-gue os jogadores por torneios e eventos no mundo todo e postam tudo sobre a vida, os amigos e os parentes desses profissionais. Um vídeo desses, bem engraçado, é o de Akkari jogando sinuca contra o velho amigo Edu Parra.

Outra seção importante é a ProSchool, que promete ser a mais inovadora escola online já criada no Brasil. Ela oferece aos assinantes vídeos que mostram os pro-fissionais jogando seus torneios online, com comentários detalhados das estratégias utilizadas e de seus pensa-mentos técnicos em relação as suas ações e ao jogo. De acordo com Alê Gomes, um dos idealizadores do projeto, o objetivo principal dessa escola é trazer a visão dos profissionais e o modo como eles analisam o contexto de cada mão jogada nas mais diversas modalidades. Aqui, os vídeos também estão separados por catego-rias e são comentados por vários profissionais, como Leandro “Amarula” e Gabirl Almeida, o “kafelnikovz”,

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Page 26: Revista Flop 13

| JUNHO50 | JUNHO50

TESTDRIVE | TV POKER PRO

além de Akkari e Alê Gomes, que explicam como se comportar em

SNGs, MTTs ou cash games. Outro detalhe é que o usuário pode marcar seus

vídeos favoritos, para acessá-los mais tarde com maior rapidez. A ideia dos idealizadores é no futuro, após o término de cada uma das sessões, fazer uma “mesa-redonda” sobre as mãos-chave de cada um dos torneios, ana-lisando, discutindo e procurando soluções eficientes para cada situação enfrentada. “A nossa comunidade serve para que as pessoas possam melhorar seu jogo, conhecer novas técnicas, ver quais ações usamos durante cada mão e aquilo que imaginamos ser o jeito mais lucrativo de se jogar poker”, declara Akkari. Outra novidade muito legal foi a enquete, lan-çada no meio de junho na WSOP. O site apresen-tou situações hipotéticas de torneio e perguntou qual a estratégia que alguns prós seguiriam. Para se ter uma noção, além dos depoimentos dos três criadores do site, vieram depoimentos de nin-guém mais, ninguém menos, do que Christian Kruel, Thiago Decano, Maridu, Mestre Filipe e Tevez. Uma ideia muito bem bolada para criar maior interação entre todos os profissionais e o grande público, que muitas vezes já viu fotos e nicknames, mas nunca ouviu a voz ou viu seus ídolos. O internauta também pode acompanhar no link “Agenda” quais serão os próximos passos dos jogadores, e, ainda, clicando em “Profissionais” pode conhe-cer melhor a história e a traje-tória de cada uma dessas feras do poker brasileiro. Há também uma sessão voltada para artigos, que, neste momento, tem so-mente um texto escrito, mas o trio promete muito material.

Como nada é de graça nesta vida, e essas informações são bem valiosas, o internauta interessado em poker tem três tipos de planos para assinar o site: Convidado, Prata e Ouro. Para acesso do Plano Convidado, o usuário não paga nada, mas também não poderá utilizar todas as funções do portal, além de o plano durar apenas 30 dias. Já os Planos

Prata e Ouro dão um acesso ilimitado ao conteúdo e permitem a participação em chats com os profissionais e em torneios elaborados pelo site. No Plano Prata, o usu-ário paga R$120 e tem acesso ao site durante três meses. O Plano Ouro custa R$210, e o usuário ainda leva um boné e tem um ano de acesso ao portal. Com o espírito empreendedor de André Akkari e o talento de Alê Gomes e Gualter Salles, o site certamente irá crescer e trará muitas novidades, além de, certa-mente, tornar-se referência para jovens que ingressam no poker, ávidos por informação. Nós, da Flop, assinamos o Plano Ouro no primeiro dia do site e recomendamos o TV Poker Pro a todos vocês. Grandes ideias e esforços merecem crédito e respeito, e a prova desse sucesso já está se mostrando na quantidade de assinantes do site, que cresce a cada dia.

Caderno

PhilIveycoleçãobraceletesde

Norson Saho Brasileiros no Full Tilt Academy

Perfil: Fernando e Vanessa IssasHunting Season A 2

aumenta sua

Page 27: Revista Flop 13

| JUNHOWWW.FULLTILTPOKER.COM

“APRENDA, CONVERSE E JOGUE COM OS PROFISSIONAIS”“APRENDA, CONVERSE E JOGUE COM OS PROFISSIONAIS”

Campeão mundial do jogo “Age of Empires”, Norson Saho faz parte de uma geração de

jogadores profissionais que tiveram sucesso migrando dos games de PC para o poker, como antes o fizeram o francês Bertrand “ElkY” Grosspelier,

que jogava “Starcraft”, e o brasileiro Tiago Carriço, campeão mundial do “Fifa Soccer”.

Enquanto jogava “Age of Empires”, um jogo de estratégia em tempo real, da Microsoft, Norson era

De 2006 até a metade de 2008, Norson jogou predominantemente sit-and-gos, visando estabelecer um bom bankroll para depois migrar para os torneios, mas sem nunca parar de estudar.

Quando migrou para os torneios, os bons resultados começaram a aparecer aos montes, o que o alçou, de uma hora para outra, da condi-ção de desconhecido para a de um dos líderes do Ranking Brasileiro SuperPoker, no qual terminou o ano de 2008 em 7o lugar.

Em julho de 2008, Norson pegou uma parte de seu bankroll e embarcou a passeio

para Las Vegas, o que, segundo ele próprio, “representou o momento dessa passagem dos sit-and-gos para os torneios”. Agora, cerca de um ano depois, já consagrado e respeitado nos torneios

Nome: Norson SahoIdade: 30 anosCidade: São Paulo (SP)Joga há dois anosNick: Newbie_dogEspecialidade: MTT NL Hold'em

Norson Saho

patrocinado pela própria Microsoft, e também trabalhava no ramo de desenvolvimento de jogos, na área de controle de qualidade. E foi quando descobriu o poker, e uma nova fase em sua vida começou.

Apesar de Norson ter tido um começo um pouco di-fícil no poker, quando por

três vezes quebrou seu bankroll de 50 dólares, proveniente de bônus oferecidos na Internet, o jogador de São Paulo percebeu o potencial que aquele universo oferecia e resolveu estudar. Norson tomou, então, a decisão de nem sequer jogar uma partida de poker, durante pelo me-nos um mês, e de somente se dedicar às leituras e estudos sobre o assunto.

Após um intenso mês de apren-dizagem, Norson retornou ao field dos torneios online, com uma decisão: depositar mais 20 dólares e, caso quebrasse, iria abandonar a ideia de jogar poker. Jogando então sit-and-gos de dois dólares, Norson não somente não quebrou, como nunca mais precisou depositar algum centavo e, ainda por cima, se transformou, em pouco tempo, em um dos maiores nomes do poker online brasileiro da atualidade.

online, Norson retorna a Las Vegas para uma intensa temporada de torneios, que incluirão, pelo menos, dois eventos da WSOP 2009 (inclusive o Main Event) e cerca de 20 torneios nas séries Deep Stack do Venetian e Mega Stack do Caesar’s. Em todas essas competições, Norson estará representando o time do Superpoker/Full Tilt Brazilian Pro Team.

Page 28: Revista Flop 13

| JUNHO54 WWW.FULLTILTPOKER.COM JUNHO | 55WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

“APRENDA, CONVERSE E JOGUE COM OS PROFISSIONAIS”“APRENDA, CONVERSE E JOGUE COM OS PROFISSIONAIS”

lugar em um torneio jogado em Monte Carlo e, após 24 horas, ainda na mesma cidade, conseguiu ser campeão em um evento promovido pelo Full Tilt e levou mais US$600 mil para a sua conta.

Já no ano de 2006, Phil foi nomeado o Jogador do Ano pelas revistas All In Magazine, Bluff Magazine e pelo UK Gaming Awards. Em seguida, ele fi cou em segundo lugar em um evento Omaha Hi/Lo e na terceira colocação no HORSE que disputou durante a WSOP. Em 2007, Phil jogou outro evento de HORSE na série mundial e terminou na quarta posição.

Uma das grandes conquistas de sua carreira foi vencer o WPT em fevereiro de 2008. Foi a oitava vez em que ele participou de uma mesa fi nal do WPT. Hoje ele fi gura entre os top 10 da lista dos melhores jogadores do WPT.

Neste ano de 2009, com a conquista de mais dois títulos, Phil ocupa o sexto

lugar na tabela de braceletes da WSOP, com sete no total. Em nove participações na série, ele conseguiu 35 ITMs. Muitos consideram Phil como um dos mais bem-sucedidos blefadores no jogo, já que é conhecido por adotar um estilo agressivo, o que torna realmente difícil prever se ele está tentando comprar o pote ou se realmente possui uma grande mão.

Ivey é fã do Los Angeles Lakers e do Houston Rockets e pode ser facilmente encontrado em jogos da liga de basquete. Ele possui um Mercedes-Benz SLR McLaren e, entre os seus hobbies, estão jogar videogame e praticar golfe. Ivey participou da edição inaugural da World Series of Golf, quando terminou em terceiro lugar. Esse torneio é um cruzamento entre poker e golfe, em que o participante tem que apostar ou dobrar a cada jogada. Phil Ivey, de 33 anos, hoje reside em Las Vegas com sua esposa, Luciaetta.

Quem, no mundo do poker, já não ouviu falar em Phil Ivey? O grande profi ssional, integrante do time principal de jogadores do Full Tilt,

foi um dos destaques da World Series of Poker (WSOP) deste ano ao vencer dois eventos: o Evento 8, de No Limit Deuce to Seven Draw, e o Evento 25, de Omaha e Seven Card Stud HiLo. Desde que iniciou sua carreira no poker, Ivey já arrecadou mais de oito milhões de dólares em prêmios, e agora soma sete braceletes conquistados.

Aos 23 anos, ele ganhou seu primeiro título da WSOP, quando venceu, em 2000, uma das maiores lendas do poker, o jogador Amarillo Slim, no heads-up da mesa

fi nal do torneio de Pot Limit Omaha. Dois anos mais tarde, Ivey ganhou três títulos da WSOP, dois torneios no Bellagio, um torneio no World Poker Open, dois eventos no Commerce e ainda fez mesa fi nal no World Poker Tour (WPT). Foi nesse ano que ele despontou para os olhos da mídia e do público, principalmente por conquistar três braceletes na mesma temporada, dois deles em eventos de Stud e um em mixed games.

E não parou por aí. Em 2005, fez mais duas mesas fi nais no WPT, fi cou em segundo lugar em um WSOP Circuit e ainda conquistou seu quinto bracelete de WSOP. Ivey ainda ganhou um milhão de dólares como primeiro

Prêmio (US$)

$195,000

$118,440

$107,540

$132,000

$635,603

$96,367

$220,538

PEvento

$2,500 Pot Limit Omaha

$2,500 7 Card Stud Hi/Lo

$2,000 S.H.O.E.

$1,500 7 Card Stud

$5,000 Pot Limit Omaha

$2,500 No-Limit 2-7 Draw Lowball

$2,500 Omaha Hi/Lo / 7 Card Stud Hi/Lo

$

$

$

$

$

$

$

Ano

2000

2002

2002

2002

2005

2009

2009

BRACELETES CONQUISTADOS

HABILIDADECHEIO DECHEIO DE

IveyPhil

Page 29: Revista Flop 13

“APRENDA, CONVERSE E JOGUE COM OS PROFISSIONAIS”

VanessaFernando Issas tomou gosto

pelo poker ao ver uma matéria sobre o esporte no

Programa Amaury Jr., em meados de 2005. Determinado, passou a jogar pela Internet , e rapidamente assimi-lou algumas estratégias do poker, obtendo vários bons resultados, entre eles o prêmio de um “pacote” para disputar um torneio em Punta Cana, na República Dominicana, em 2006. Nesse torneio, Fernando fi cou em segundo lugar e, de lá para cá, vem conquistando ótimas colocações em praticamente todos os torneios live de que participa: em 2007, conseguiu a quarta colocação no primeiro Tower Cruise, sendo que há poucos meses conseguiu ser o campeão da terceira edição desse evento. Em 2008, disputou oito torneios e em todos fez mesa fi nal, fi cando com um segundo lugar em Punta Cana, outro vice-campeonato em um torneio no Hotel Radisson, no Uruguai, e com uma quinta posição no Bariloche Poker Fest. Por ter alcançado tão expressivos resultados ao vivo, Fernando foi considerado pelo canal Fox Sports o melhor jogador de Torneios Live da América Latina. Em 2009, Issas voltou com toda a força, e, já na primeira etapa do Circuito Paulista, conquistou o vice-campeonato, com um fi eld de 292 jogadores, e ainda cravou o já citado primeiro lugar no Cruise 3.

Já Vanessa, de sobrenome Caldeira, abriu mão das praias cariocas para fi car ao lado do marido em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Formada em Direito, ela concilia sua carreira no poker com os cuidados com a família. “Minha maior ocupação hoje é me dedicar aos meus fi lhos. Eu cuido pessoal-

mente de tudo em relação a eles, que são a minha grande prioridade, além de ajudar o Fernando em seus negócios”, ela declara.

O seu interesse pelo esporte surgiu ao acompanhar Fer-nando em seus torneios. E Vanessa não fi cava só cur-tindo a viagem: torcia bas-tante pelo marido, que a considera a sua guru.

E la já aguentou fi car 12 horas assistindo a um torneio em

que ele conquistou a quarta colocação. Nessa época, Vanessa ainda não atuava no poker, mas, de tanto acompa-nhar o marido, deci-diu aprender a jogar e apaixonou-se pelo esporte, pois percebeu que, ao conhecer e praticar o poker, isso poderia unir ainda mais o casal e os fi lhos. Há aproximadamente um ano e meio, ela ingressou nas mesas e já obteve resultados

importantes em sua ainda curta trajetória, como duas ótimas colo-cações durante um evento disputado no ano passado, em Punta Cana: um segundo lugar em um torneio

só para mulheres e a quarta posi-ção no Second Chance, caindo

em uma mão incrível de full house para full house. Vanessa

tem bons resultados em eventos menores, que

disputa com a inten-ção de ganhar mais

experiência para enfrentar os gran-des torneios. E ela

ainda revela: “Venho aprimorando meu

jogo cada vez mais. Eu e o Fernando sempre

damos algum palpite sobre nossas ações. Ele

me ensina muitas coisas. É um jogador que serve

de exemplo, pois tem um jogo muito seguro”. Seguindo

os conselhos de Fernando, Vanessa vem fazendo uma boa

campanha no poker online.

Os dois já participaram de um mesmo torneio, mas ainda não estiveram na mesma mesa. Vanessa diz que não haveria problema caso isso acontecesse, pois são muito sérios e competitivos, apesar de, claro, estarem sempre torcendo um

pelo outro. O casal afi rma que o poker não é o seu principal meio de vida e que pratica o esporte como um hobby muito sério. “Ficamos felizes com a proposta de entrar nesse time. Quem nos convidou para o projeto foi o Igor Federal, uma pessoa pela qual temos o maior respeito e admiração, pois tem muita seriedade e transparência em tudo o que faz. Fazer parte de um time de brasileiros nos honrou muito, ainda mais com outros casais tão simpáticos”, afi rma o casal.

Infelizmente, em razão dos ne-gócios em suas empresas, eles não puderam reforçar o time de

brasileiros que foi a Las Vegas disputar a WSOP deste ano, mas prometeram que, em 2010, estarão lá em busca de um grande resultado. Além disso, deixaram muita torcida, por e-mail e por telefone, aos casais Braga e Baptista.

Fernando e Vanessa se conhece-ram em São Paulo, estão casados há oito anos e possuem três fi lhos, que também entendem do jogo e até opinam sobre suas ações, pela Internet. “Acredito que podemos fazer tudo juntos, inclusive jogar poker. Fazemos disso algo prazeroso para o casal e não um problema. Como em tudo aquilo que fazemos, buscamos o equilíbrio. Afi nal, temos uma família grande e nossos pequenos exigem muito de nós”, explica Vanessa.

Issas

Nome: Fernando IssasIdade: 42 anosNatural de: São José do Rio Preto (SP)Joga há quatro anosNick: fgissasEspecialidade: MTTs NL Hold'em

Nome: Vanessa CaldeiraIdade: 32 anosNatural de: Rio de Janeiro (RJ)Joga há um ano e meioNick: nessacalEspecialidade: MTTs NL Hold'em

FernandoIssas

Page 30: Revista Flop 13

| JUNHO58 WWW.FULLTILTPOKER.COM JUNHO | 59WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

A gora no segundo semestre de 2009, os “alunos” brasileiros da Full Tilt Academy contarão com boas novidades nas videoaulas: além das

dezenas de vídeos legendados, serão mais cinco aulas exclusivas em língua portuguesa, que foram gravadas em Las Vegas pelos red pros Christian Kruel, Leandro Brasa e Raul Oliveira.

Nos mesmos cenário e estúdio em que gravaram Chris Ferguson e Howard Lederer, os brasileiros impressio-naram a equipe do Full Tilt, pela agilidade e empenho com que realizaram suas aulas. Brasa foi o primeiro a gravar, logo no dia em que desembarcou em Vegas para a WSOP. Suas aulas são sobre a imagem do jogador à mesa e sobre a importância da posição. O profissional brasileiro expôs os conceitos e, em ambas as aulas, apresentou exemplos em mesas online, que aparecem na tela para o “aluno”.

Depois veio Raul, que gravou uma bela exposição sobre como escolher mesas seguindo as estatís-ticas que ficam à disposição no lobby

do Full Tilt. Nessa aula, ele explica o significado de cada um dos dados e a maneira como você pode usá-los a seu favor, com a seleção de mesa e jogadores que melhor se encaixem no seu estilo de jogo, para cash game. Raul mostrou também a importância de um iniciante começar jogando nos micro stakes do Full Tilt, que oferece mesas de 1 e 2 centavos.

O último foi CK, que apresentou uma aula com importantes dicas aos iniciantes que desejam subir, com solidez, os degraus no poker. Ele explicou importantes conceitos, para que o novato não queime etapas e possa construir uma carreira e um bankroll sem se arriscar com a variância. Além da aula, CK colocou em prática alguns dos temas abordados em uma sessão de cash game $1/$2, que foi gravada e entrará na Full Tilt Academy,

na área de sessões. O material está imperdível!

ACADEMYFULL TILTFULL TILT

BRASILEIROS

CK se concentra para

gravar seu vídeo

Aprendendo com os

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| JUNHO60 JUNHO | 61WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

D e volta, com força total, ao mercado na América Latina, o PartyPoker contrata a maior estrela brasileira do momento: Felipe Mojave. A contratação de Mojave por um grande site já era prevista por

muita gente, devido ao seu grande desempenho durante um ano e meio como profissional no poker, mas ninguém imaginava que esse casamento seria com o PartyPoker. Com o contrato, Mojave torna-se uma figura estratégica que, além de jogador do time mundial do site, assume o posto de embaixador da marca para a América Latina.

Warren Lush, Diretor de Relações Públicas do site para a América Latina, esteve conosco: “O Mojave já estava sendo observado por nós há muito tempo. Agora, com a nossa decisão de retomar com grande força o mercado na América Latina, ele é uma figura estratégica para esse crescimento. Ele é considerado, internacionalmente, como um dos jogadores Top 10 na América Latina e teve um desempenho fantástico no ano passado, em seu primeiro ano como profissional no poker. Neste ano, ele é de longe o melhor jogador brasileiro no circuito mundial, contando com uma grande colocação no EPT das Bahamas (PCA), duas mesas finais em eventos no LAPT e agora a última surpresa: a mesa final de um grande evento na WSOP”.

Mojave irá representar o site em todos os torneios realizados na América Latina e também contará com patrocínio exclusivo para grandes torneios internacionais e para jogar online, além da participação em eventos televisionados, representando a marca PartyPoker no mundo. Warren explica: “Além de figura conhecidíssima na América Latina, Mojave já conquistou o respeito dos jogadores na Europa e nos Estados Unidos. Nosso traba-lho agora é torná-lo realmente a estrela que ele é, dando as ferramentas necessárias para que ele possa alcançar grandes conquistas no mundo do poker. Como estávamos realmente atrás de um jogador de poker, na concepção real da palavra, estamos muito contentes em ter Mojave no nosso time, pois sabemos do que ele é capaz. É um grande investimento que já deu um retorno estrondoso, pois ele já alcançou uma mesa final na WSOP deste ano, logo após assinar com a gente. Temos certeza de que esse negócio só tem a dar certo”, finaliza o executivo que representa o site.

E ncontrado por nós em Las Vegas, pouco depois de seus grandes resultados na temporada, Mojave explicou: “Estou muito contente em representar

a marca PartyPoker na América Latina, me tornando o embaixador oficial do site. Eu comecei jogando nesse

da Festa

O

VIPPartyPoker

contrata Felipe “Mojave” Ramos

para o seu time mundial

e anuncia o novo software e

estratégias da marca

WSO

P 2

009

- $5K

Pot

Lim

it O

mah

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Marriage, Casamento, Royal Couple, Casal Real K Q

Page 32: Revista Flop 13

| JUNHO62 JUNHO | 63WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

site, que sempre foi especial para mim. Na verdade, acredito que ele é es-pecial para todos os brasileiros, pois a grande maioria começou por lá, especialmente por ter, como ídolos no esporte, Raul Oliveira e Christian Kruel, dois grandes amigos e joga-dores de classe A que representaram o site no Brasil no passado. Eu acre-dito que a minha associação com esta marca é um ajuste natural. Assinando com o Party, eu acredito também que terei muitas oportunidades para fi-gurar nos grandes eventos realizados pelo site, como o PartyPoker World Open e o Poker Den, que é um pro-grama de TV de cash game, além de outros grandes torneios e shows. Meu objetivo é tornar o site novamente um dos favoritos do jogador brasi-leiro e para isso vou trabalhar duro para desenvolver e oferecer tudo o que um jogador de poker espera de um site”. Como provável novidade, o site vai oferecer uma grade de grandes promo-ções na Internet, inclusive um desafio de heads-up mensal contra Mojave, com um prêmio de $1.000 para quem vencê-lo.

Mojave faz mesa final histórica na WSOP 5K Pot Limit Omaha

M ojave possui inúmeros grandes resultados na carreira do poker online:

três mesas finais do Sunday 500, no PokerStars, e figurou na mesa final de outros grandes torneios, como o FTOPS. No poker live, ele carrega o recorde brasileiro em premiações no European Poker Tour, com três ITMs em cinco torneios jogados. Ele acaba de agregar ao seu currículo a sua maior conquista na carreira: uma mesa final na WSOP 2009 no torneio de Pot Limit Omaha com buy-in de US$5,000. É a primeira mesa final na história de um brasileiro sem ser na modalidade Texas Hold'em e apenas a terceira mesa final brasileira na histó-ria da World Series, depois de Leandro

Brasa em 2007 e Alexandre Gomes em 2008.

E sse feito foi reali-zado no dia 19 de junho de 2009. O

torneio teve a participação de um field selecionadís-simo, com nomes muito fortes na mesa final, como Cliff “JohnnyBax” Josephy, Sorel “Zangbezan” Mizzi, Isaac “WestmenloAA” Baron (eliminado na 10a posição) e Peter Jetten. Mojave chegou na mesa final na sexta colocação em fichas, após ter perdido um pote de 800 mil fichas quando eram 11 jogado-res no torneio, em que seu AAJT não segurou em um all in pré-flop contra Dan Hindin, que tinha KJT8. Hindin acabou acertando um flush no flop, em um dos naipes que não estava dominado por Mojave.

O chipcount da mesa final:

Mojave foi eliminado em uma tre-menda bad beat contra Sorel Mizzi, quando Sorel deu call em seu all in:

SOREL: A� 7� J� 9�MOJAVE: A� A� 6� T�

Após flop 2�T�4�, Mojave tinha 92% de chances de dobrar e seguir na luta pelo tão sonhado bracelete, pois o seu par de Ases “flopou” um flush draw

e um par no bordo, mas uma sequência runner-runner sem nenhuma carta de ouros o eliminou do torneio, na sexta posição. Apesar da tristeza, Mojave saiu muito respeitado pelos adversá-rios, que puderam provar um poker de altíssimo nível do nosso brasileiro de 26 anos, agora, mais do que nunca, uma figura carimbada e reconhecida nos torneios pelo mundo. A torcida brasileira acompanhou ao vivo a mesa final transmitida pela Internet, além de todos os amigos ilus-tres de Mojave que estavam in loco no Amazon Room do Rio.

Renovando o Software

O PartyPoker está se reorganizando para retornar ao mercado dos Estados Unidos e irá ampliar suas

operações também ao redor do mundo. Para isso, o site desenvolveu uma série de melhorias em seu software, loja de pontos e promoções. São muitas e muitas novidades, e aqui listaremos apenas algumas.

O novo Lobby O lobby está novinho em folha e tem uma grande gama de ferramentas para fazer com que o tempo dedicado ao site seja ainda mais recompensador. O sistema de nave-gação foi melhorado e foram criados dois modos de visualização. Além disso, foram introduzidos o Rapidinho – nele você en-contra assentos de maneira bem rápida –, novos filtros de jogos e opções de configu-rações, as quais podem ser feitas para que o jogador tenha um melhor controle sobre a sua experiência jogando poker. As infor-mações sobre a conta foram integradas, o que permite o gerenciamento do bankroll enquanto se procura mesas.

Navegação Com o novo lobby, agora é ainda mais fácil e rápido encontrar e sentar-se nas mesas que se deseja. A navegação simplificada significa que, com apenas um clique, pode-se encontrar o que se está procurando, seja um ring game, torneio ou sit-and-go.

1.027.000989.000869.000563.000544.000452.000430.000282.000182.000

p

Cliff Josephy

Rifat Palevic

Sorel Mizzi

Richard Austin

Van Marcus

FELIPE RAMOSPeter Jetten

Dan Hindin

Samuel Ngai

Mojave é a última peça na nova estratégia do PartyPoker.com, que se mantinha fora do mercado de patrocínios de jogadores, com ex-ceção do seu principal embaixa-dor, Mike Sexton. O PartyPoker irá agora patrocinar alguns joga-dores, já que planeja criar um time de base. A ênfase será nos jogado-res VIP, na fidelidade dos jogado-res e nos jogadores que tenham alguma ligação histórica com o site. Mais membros do time serão anunciados em um breve futuro e maiores detalhes do conceito da equipe serão apresentados assim que o time for se formando. Os jogadores patrocinados e o time de base continuarão crescendo, com todos os jogadores VIP sendo pesquisados para possível convite pelo site. O conceito desse time de base vem junto com as mudanças

do programa VIP, que culmi-naram com o lançamento da nova loja do PartyPoints.

MIKE SEXTON: desde o pas-sado, ele tem atuado como principal embaixador do PartyPoker e é também uma das figuras mais res-peitadas no poker mundial. Conhecido como rosto e voz dos programas do World Poker Tour e detentor de um bracelete da WSOP, Mike é um dos pioneiros do es-

porte. Ele também está entre os dez jogadores que mais foram premiados na WSOP e é reco-nhecido instantaneamente, no mundo inteiro, pelos entusias-tas do poker. Também possui um título de WPT, realizado em Foxwoods em 1992, e em 2000 foi o primeiro americano a vencer um grande campeo-

nato na Europa: o Euro Finals of Poker de Paris.

REMI BIECHEL: francês de 40 anos, Biechel é uma figura muito popular em seu país. Entre inúme-ros excelentes resultados, ele foi o campeão do evento de buy-in de €5000 no EPT de Monte Carlo deste ano e segundo colocado no principal evento secundário do WPT Festa Al Lago, em 2008. Começou jogando poker online no PartyPoker em 2005 e é um jo-gador respeitadíssimo no Aviation Club de Paris, onde são jogados os grandes cash games na França.

IAN FRAZIER: Ian ‘The Raiser’ Frazer, 50 anos, é um jogador de muito sucesso em Londres. Além de ter feito cinco mesas finais em eventos do PartyPoker, seu grande sucesso como jogador foi a vitória no UK Open de 2005, que lhe rendeu $500.000. É considerado um grande especialista em tor-neios 6-handed.

Embaixadores do PartyPoker

Atividades de Mojaveno PartyPoker

•Novo blog www.partypokerbrasil.com

•Twitter felipemojave (port) partybrasil (ing)

•Facebook Felipe Mojave (port) Felipe Ramos PartyBrasil (ing)

•Orkut Felipe Mojave

Mike Sexton

Kojak, King John K J

Mojave sob tensão

durante o torneio

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JUNHO | 65WWW.REVISTAFLOP.COM.BR | JUNHO64

Conta Integrada Agora, as informações da conta po-dem ser acessadas no lobby. O sistema de caixa foi completamente integrado ao lobby e, dessa forma, não há mais necessidade de percorrer um monte de páginas para depositar, sacar ou verificar como anda o bankroll. Ali, também é possível ver as últimas pro-moções e bônus para os quais se é elegível e verificar se há mensagens novas na caixa de entrada. A nova área de informações da conta, no lob-by, mostra o saldo, a quantia que o jogador tem em jogo no momento e o seu status no Programa Fidelidade, incluindo o medidor de bônus e fide-lidade e da sua meta semanal. Todas essas informações são atualizadas em tempo real.

Redimensionamento Agora, pode-se redimensionar o lobby principal para adequá-lo me-lhor ao monitor, podendo escolher visualizá-lo em tamanho normal ou extra. Para redimensionar, basta cli-car no devido ícone na barra de título. É possível, também, expandir a área de jogo, fechando o menu do lado esquerdo. Com isso, haverá mais es-paço para ver as informações sobre os jogos que se está buscando.

Visual do Lobby Os modos Lista e Navegação dão ao jogador duas maneiras diferentes de encontrar o jogo que deseja: O modo Lista usa a tradicional estrutura árvore de navegação, que é simples, fácil de usar e instantanea-mente reconhecível por quem já pro-curou um arquivo em um computador.

O modo Navegação permite que o jogador acesse uma gama de filtros que podem ser usados para refinar a lista de mesas que se vê na tela. Pode-se até usar vários filtros para fazer uma busca mais precisa. E ainda, o jogador pode alternar entre os dois visuais, usando os íco-nes do lado direito superior da barra principal de navegação.

Várias Mesas Agora pode-se entrar diretamente em uma sessão com várias mesas a partir do próprio lobby. Basta manter as teclas Ctrl+Shift pressionadas e clicar nas mesas escolhidas, e, em seguida, no botão Abrir Mesas. As mesas se-lecionadas serão abertas em cascata, e podem ser reorganizadas para que se tenha a melhor visualização por meio dos ícones da barra de título.

Rapidinho A função Quick Seat, ou Rapidinho, em português, é uma busca rápida de assentos que permite encontrar a mesa de preferência com maior rapidez. Ela permite a definição do tipo e da variação do jogo e do valor das apostas.

Favoritos Este recurso foi melhorado e agora faz com que o game preferido entre mais rápido, já que ele está ao al-cance das mãos. Assim, o usuário, ao encontrar um jogo de seu interesse, poderá marcá-lo como favorito. Na próxima vez que decidir jogar, ele poderá escolher uma das mesas sal-vas como favoritas e entrar em ação em apenas três segundos.

Visualização da Mesa Agora, é possível visualizar uma mesa antes de decidir sentar-se nela. Basta clicar no ícone de visualização, ao lado das mesas listadas no salão, e o jogador verá uma pequena ja-nela com uma pré-visualização ao vivo da mesa escolhida. Pode-se

sentar diretamente dessa janela, ou entrar na fila de espera, caso ela es-teja cheia, ou acrescentá-la à lista de mesas favoritas.

Personalize sua Imagem

Entre as novidades, está a personalização do avatar. O jogador pode escolher uma imagem do banco de dados do site ou então enviar, do seu computador, uma foto ou desenho para representá-lo nas mesas.

Barra de Apostas Para que o ato de apostar seja mais simples, o PartyPoker juntou todos os

botões em uma única área, e pode-se até escolher a cor dos botões de aposta. Também adicionaram abas de meio pote, três quartos, mínimo e máximo.

Botão Abrir Mesa

Esse é um recurso novo que aparece em todas as mesas, exceto nas de torneios multi table. Ao clicar nesse

botão, o jogador pode abrir uma nova mesa, parecida com aquela em que está jogando, ou abrir uma da sua lista de mesas favoritas.

Abrindo muitas Mesas O usuário pode clicar nos botões Cascata ou Lado a Lado para redi-mensionar manualmente cada mesa ou usar o tamanho padrão. Além disso, pode selecionar as telas para que sejam organizadas por padrões, como colo-car MTTs em cima, SNGs no meio e ring games abaixo; ou por valores, com mesas que tenham prêmios mais altos ficando acima das outras, por exemplo. Claro que também é possível arrastar as mesas à vontade e criar uma própria ordem, a qualquer momento.

Usando dois Monitores O recurso de mesas múltiplas conta com a opção de jogar usando dois monitores. Quando se estiver usando dois ou mais monitores, isso será de-tectado pelo sistema, que permitirá que se arrumem as mesas em cascata, ou lado a lado, nas telas disponíveis. Primeiro, as mesas serão arruma-das lado a lado no primeiro monitor

Katie K T

Modo Lista Modo Navegação

JUNHO | 65WW.REVISTAFLOP.COM.BRWW JUNHO | 65WW.REVISTAFLOP.COM.BR

Page 34: Revista Flop 13

| JUNHO66

(no máximo quatro). Quando ele es-tiver totalmente preenchido, as me-sas restantes serão organizadas no segundo monitor. Caso se prefira ver todas as mesas em uma única tela, deve ser marcada a opção “Usar apenas o monitor pri-mário”, na preferência.

Nova Loja de Pontos Os PartyPoints subiram de valor em até 50%. Na Loja de Pontos, o usuário encontra os bônus que darão o equivalente a até 40% de rakeback. Além disso, o site está aumentando a quantidade de itens em oferta e incrementando as opções de resgate. Para jogadores mais casuais, há ní-veis mais acessíveis com premiações, como o Prata e o Ouro. Já para aqueles com mais regularidade, o Palladium Lounge teve uma readaptação, para incentivar tais jogadores. A meta tri-mestral caiu de 15.000 para 9.000 pon-tos. Para o ultra exclusivo Palladium

Elite, a meta trimestral, que era de 75.000, caiu para 50.000 pontos. Pegar o dinheiro na hora e acessar os bônus estão disponíveis na cate-goria Prata e nas superiores. Esses bônus permitem ao cliente comprar mais créditos em dinheiro. Para isso, é preciso apenas completar um determi-nado número em sua pontuação, para liberar os créditos. Os pontos foram cortados pela metade, ou seja, agora a liberação dos bônus será duas vezes mais rápida. Com tantas melhorias em seu software e com um bom investi-mento, é provavel que o PartyPoker volte a ser um dos sites com grande destaque na América Latina. Além de entradas para torneios e bônus, a loja oferece itens de luxo como um automóvel BMW M3, paco-tes de viagens, e outros, como relógios e celulares de última geração, além do serviço exclusivo de concierge, onde o jogador informa o que deseja adquirir com os seus pontos, até $2.500.

Mais detalhes po-dem ser encon-trados em: www.palladiumlounge.com

Promoções O site oferece uma série de grandes promoções, como o Million Dollar Hand, e também um desafio de Heads-Up mensal contra Felipe Mojave, valendo US$1,000 para quem derrotá-lo. “Com todas essas medidas que toma-

Canine, Mongrel, Vira-Lata K 9

Nível Pontos Dinheiro % Rake-

backBônus (US$)

% Bonus-back

Bronze 400 $10 5% – –

Prata 1.500 $50 6,67% 100 13,33%

Ouro 4.000 $200 10% 350 17,5%

Palladium 10.000 $600 12% 1.200 24%

Palladium 20.000 $1.500 15% 3.000 30%

Palladium Elite 100.000 $15.000 30% 20.000 40%

mos, acreditamos que o PartyPoker pode oferecer tudo de melhor que você, jogador, está procurando em um site de poker, além de ser possí-vel obter acima de 40% de rakeback no agregado, com o novo programa de pontos, bônus e promoções”, comen-ta Mojave. “Se você ainda não está jo-gando no PartyPoker, abra sua conta com o exclusivo bonus code NOVOPP e obtenha 100% até $500 extra no pri-meiro depósito”, ele encerra, fazendo sua divulgação.

Torneios Não podemos esquecer de algo muito importante: os torneios regu-lares que o site traz para seus usuários. E há torneios para tudo quanto é tipo de jogador, desde os mais experientes até os novatos. No primeiro domingo de cada mês, é disputado o Milhão Mensal, em que o jogador pode pagar o buy-in do tor-neio ou, então, participar dos satélites exclusivos para evento. Ainda no domingo, é disputado o 300K Guaranteed Sunday, um torneio de mesas múltiplas, que também per-mite a entrada do jogador através de satélites. Já aos sábados, os usuários encontram o 1,5K Freeroll. Esse torneio possui um field de cinco mil pessoas e começa as 14h (pelo horário do leste europeu). Uma ótima oportunidade para iniciar a carreira. Para os novos integrantes do PartyPoker, uma surpresa que o site lhes reserva: os freerolls diários para calouros. Todos os dias os novos as-sinantes do site encontrarão freerolls com uma premiação entre US$100 e US$150. Vale lembrar que, para se inscrever e participar desses torneios, o usuário tem que depositar uma certa quantia em dinheiro. Com tantas melhorias e um investi-mento pesado na divulgação da marca, está na cara que em pouco tempo o Party voltará a figurar entre os melho-res softwares de poker no Brasil e no mundo. Basta aos usuários aproveitar a oportunidade e crescer junto com esta nova fase do PartyPoker.

Page 35: Revista Flop 13

JUNHO | 69WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

CSP | INTERIOR DE SP

| JUNHO68 | JUNHO68

S ão João da Boa Vista, no interior do es-tado de São Paulo, possui uma linda visão para a Serra da Mantiqueira e é famosa por seus crepúsculos maravilhosos. A ci-

dade foi palco da 5a Etapa do Circuito Sanjoanense de Poker 2009, que já completa três anos de existência e que acaba de fechar uma parceria com um dos maiores sites de poker do mundo, o Full Tilt Poker.

E essa foi uma etapa muito especial. Disputada no dia 16 de maio, no Espaço Action, ela apresentou uma grande surpresa para os participantes: a etapa “Jogando com as

Na etapa das Feras do ano anterior, três jogadores do grupo de profissionais fize-ram mesa final e levaram os três troféus, com XT em primeiro lugar, Fabião “Deu Zebra” em segundo e Igor Federal em terceiro. Por isso, a expectativa sobre eles era muito grande, novamente. No total, 77 jogadores se ins-creveram, pagando o buy-in de R$250 e iniciando com um stack de 20 mil fichas em blinds de 30 minutos. Com a doação de dois litros de leite para uma iniciativa be-neficente, os jogadores recebiam um adicional de duas mil fichas.

O jogo teve início, com a co-bertura ao vivo de Daniel Cantera, o Tevez, pelo seu

novo site PokerdoBrasil, e as feras começaram muito bem. Logo no co-meço, Caio Brites se envolveu em um all in, com KK, contra João Marcelo Dornellas, com AA. Com um K no ri-ver, Caio Brites quebrou o par de Ases e dobrou seu stack. A estrela das feras começava a brilhar. Após três níveis, o torneio parou para o break do almoço, e somente um jogador havia caído. O chip leader no momento era Bila, de Araraquara, com 42.600 fichas.

No meio do torneio, houve o duelo entre dois dos convidados especiais: Igor Federal e Virgílio Aoki. E Virgílio foi eliminado na 65ª posição. A essa altura, Robigol já era o segundo em fichas, com 98K, logo atrás de Flávio, de Pirassununga, que tinha 108K. Minutos depois caía a segunda fera, o jogador Caio Brites, profissional do Full Tilt, na 55ª posição. Logo na sequência, XT, já short stack com 20 mil fichas, teve que mover all in com 99. Foi pago pelo UTG, com AQ. Um A logo no flop tirou as espe-ranças do bicampeonato de XT, que foi eliminado na 43ª posição. Agora,

Robigol continuava a construir seu stack e era o chip leader, com 200 mil fichas. Os blinds começaram a aumen-tar e Russo, que também estava short stack, foi mais uma fera eliminada, na 28ª posição. O próximo a deixar o torneio foi Neto Estevam, ganhador do bracelete de 2008.

O torneio foi se afunilando, e apenas 17 jogadores esta-vam vivos, entre eles quatro

feras: Igor Federal, Robigol, Juliano Maesano e Fabião “Deu Zebra”. Nesse momento, alguns jogadores começa-ram a se destacar na busca pela mesa final, como Kabelo, de Campinas, Guilherme, de Indaiatuba, e Andressa Siri, de São João da Boa Vista, a única mulher “viva” no torneio, jogando um poker de primeira. Tudo indicava que a mesa final teria a participação de quatro dos grandes nomes do poker, só que Fabião “Deu Zebra” se envolveu em um grande

Feras”. No ano passado, houve uma competição seme-lhante, com a presença de André Akkari, Igor Federal, Marcos XT e Fábio “Deu Zebra”. Desta vez, além da participação de alguns deles, também estavam Juliano Maesano, Robigol, Virgílio Aoki, Roberto Russo e Caio Brites, que enfrentaram jogadores locais e diversos par-ticipantes do interior de São Paulo – de cidades como Araraquara, Ara-ras, Campinas, Campo Limpo, Guaíra, Indaiatuba, Itu, Leme, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Pedreira, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Sebastião da Grama, Sertãozinho e Tambaú – e do sul de Minas Gerais – de cida-des como Itajubá, Machado, Passos e Poços de Caldas.

Crescendo cada vez mais, o circuito atrai jogadores de várias cidades do interior paulista e mineiro e grandes nomes do poker nacional

eehhhhh

ststststrurururuoooom m m mmmmmmm a a aaaaa

uuuuiriririr s s s seueueueu 20202020000 0 0 0 mimimimimil l l l

aaaaa a a a a aaumumumumumumu enenenenenenee ---

296.000250.000240.000200.000145.000130.000125.000115.000100.00051.500

Kabelo

Guilherme Amaral

Igor Federal

Paulo Gomes

Adilson

Andressa

Robigol

Juliano Maesano

Flavio da Silva

Hugo

interiorpaulista

O sucesso do

Fábio “Deu Zebra”

A mesa fi nal dessa etapa das Feras

contou com a participação de três

grandes nomes do poker brasileiro

Page 36: Revista Flop 13

| JUNHO70

pote e foi eliminado na 16ª posição. Ninguém mais queria cair, para po-der enfrentar cara a cara as feras na mesa final. Aliás, Robigol, Maesano e Federal estavam lado a lado na mesma mesa, enfrentado os outros e entre si, com agressividade. Foi Guto, de São João da Boa Vista, que caiu na 11ª posição e estourou a bolha da mesa final. Formada a mesa final com dez jogadores, as três estrelas ainda esta-vam vivas; porém, na liderança, es-tavam Kabelo e Guilherme Amaral, que não se intimidaram com aquelas presenças e mostraram um poker de altíssima qualidade. Apenas oito jogadores ficariam ITM. O primeiro a cair foi justamente o short stack, Hugo. Na bolha da pre-miação ficou Flávio, que chegou a liderar o torneio, mas acabou sendo o último eliminado antes da faixa de premiação. Em oitavo lugar, caiu a

primeira fera na mesa final, Juliano Maesano, editor da Revista Flop, após tentar mais um move agressivo, com T8, e ser pago por Guilherme, que apresentou Q J. O baralho não aju-dou Juliano, que acabou deixando a competição.

P aulo Gomes, grande jogador de São Sebastião da Grama, fez a sua quarta mesa final

seguida e lidera atualmente o ranking 2009. Ele caiu em sétimo lugar, elimi-nado por Robigol. Logo em seguida, caiu Adilson. Quando restavam ape-nas cinco jogadores, Andressa foi all in com JJ, prontamente paga por Kabelo, com AK. Um A apareceu no river e deixou Andressa muito short, caindo na sequência. Robigol, com AJ, acabou se envolvendo em um all in pré-flop com Guilherme, que mostrou 33. Nada vem no bordo, e Robigol é eliminado na quarta colocação.

Com a mesa three-handed, agora restam Kabelo, Guilherme e Igor Federal, que foi o próximo eliminado, abrindo caminho para o heads-up en-tre os dois jogadores que haviam co-meçado a finalíssima nas primeiras posições. Com a terceira colocação, Federal foi a única fera a levar dois troféus nas duas etapas das Feras (em 2008 e 2009).

Na mão decisiva, Kabelo foi all in pré-flop, segurando Q J, e Guilherme pagou com A7. O flop trouxe 98T, dando a sequência para Kabelo. No turn veio um 9, e no river apareceu o 5, o que não ajudou Guilherme e levou Kabelo ao título de campeão dessa etapa do torneio.

A 7ª Etapa do Circuito Sanjoanense será no dia 25 de julho e promete que-brar todos os recordes de jogadores e premiação.

CSP | 500K

Da esq. para dir.: Guilherme (vice-

campeão), Kabelo (campeão) e Federal,

que novamente fi cou em terceiro lugar

Page 37: Revista Flop 13

LAPT | MAR DEL PLATA

| JUNHO72 JUNHO | 73WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Chegando ao final da sua segunda temporada, o Latin American Poker Tour (LAPT) desembar-cou em Mar del Plata, na Argentina, e mostrou que os países aqui da América do Sul unem beleza e jogadores de muita qualidade. Em

sua segunda participação nessa série de torneios, Chris Moneymaker foi um dos embaixadores do evento, ao lado de seu parceiro no PokerStars Team Pro, o brasi-leiro Alexandre Gomes. Mas todas as atenções estavam voltadas para uma pessoa em especial: o ex-tenista Boris Becker, que, desde 2007, representa o site pelo mundo afora. Para se ter uma ideia, o LAPT reuniu, em seus dois anos, jogadores de 45 países e acumulou um total de quase US$5 milhões em premiações. O “Gran Finale”, como foi denominada essa edição, aconteceu entre os dias 15 e 19 de abril, no histórico Casino Central. No total, foram 291 jogadores inscritos e um prize pool de US$1,411,350. Seguindo a base de seus torneios, a organização do LAPT desenvolveu uma série de eventos paralelos ao Main Event, nos quais os brasi-leiros deram um show à parte. Um dos destaques foi Caio Pimenta, que, logo no primeiro evento, com buy-in de US$500, levou o primeiro lugar. Além dele, outros três brasileiros estiveram presentes na mesa final desse torneio: Marcelo Dabus, que ficou com a nona colocação; Gualter Salles, que caiu na sexta posição, e Felipe Mojave, eliminado em quinto lugar. E os bons resultados não pararam por aí. O carioca Armando Balbi também conquistou a primeira colocação

no evento do dia seguinte, de mesmo buy-in. Quem também ficou ITM nesse torneio foi a Maridu – que agora integra o time de profissionais do PokerStars –, na 14ª colocação. Em outra mesa final estava a atriz brasileira Vanessa Machado, que participou do evento a convite do site.

Mestre Filipe também mostrou sua força e técnica no poker e conquistou o primeiro lugar de um evento, também com o buy-in de US$500, no ter-

ceiro dia de eventos paralelos. Já no tradicional torneio Second Chance, com buy-in de US$1,100, dois brasileiros participaram da mesa final: Gualter Salles, que novamente ficou em sexto lugar, e Felipe Mojave, com sua segunda FT consecutiva e terminando o torneio na terceira posição. Nessa edição, o Main Event foi disputado em qua-tro dias, e os jogadores puderam optar em iniciar o torneio no Dia 1A ou 1B, ambos com duração até o fim do 11º nível. Esse não foi um dos melhores torneios para o Brasil. O primeiro dia contou com 135 inscritos, mas havia somente 14 brasileiros no pano. Entre os 27 classificados, apenas Walter “Terrific” Oaquim e Rodrigo “Zidane” passaram para a próxima fase do torneio. Já o Dia 1B trazia uma expectativa maior, com nomes como André Akkari, Alê Gomes, Felipe Mojave, Mestre Filipe e Caio Pimenta, entre outros bons representantes do poker nacional. Mas o baralho castigou os nossos jogadores e, entre os 156 ins-critos no dia, apenas mais dois brasileiros passaram para o Dia 2: Gualter Salles e o curitibano Gustav Langner.

O Dia 2 começou com 61 jogadores, e, entre eles, os quatro brasileiros. O primeiro brazuca a dei-xar o torneio foi Gualter Salles que, short-stack,

anunciou all in com A7, que não desbancou o AQ de seu oponente. Depois, restando 31 jogadores, foi a vez de Gustav Lerner, que ficou short-stack praticamente o torneio inteiro e quase chegou ITM dessa vez. Faltando dois caírem para estourar a bolha, Waltinho “Terrific” deu adeus à disputa. Ele anunciou all in com par de noves e recebeu call do adversário, com JT. O flop trouxe um J e foi o fim para Walter. Quem se deu bem nesse LAPT foi Rodrigo “Zidane” Caprioli, que ficou em 17º lugar, garantindo uma parte da premiação. Vincenzo Gianelli foi o bolha da mesa final. Ele foi all in com KK e recebeu call de A6. Um Ás veio no turn e re-presentou o fim da linha para o venezuelano. Alguns casos curiosos rondaram essa mesa final: foi a Final Table mais rápida desses dois anos do LAPT. Logo na segunda mão da mesa, o argentino José Barbero foi eliminado, em nono lugar, por seu conterrâneo Sergio Farias, que logo depois também eliminou o holandês Alfons Fenijn. Trinta minutos depois, o canadense Derek Lerner foi o próximo a cair, ficando em

sétimo lugar. Um aconteci-mento inédito foi a eliminação dos outros dois argenti-nos, Sérgio Farias e Leo Fernandez, por

Dominik. O alemão abriu raise do UTG. Imediatamente, Leo anunciou all in. Sérgio, depois de pensar muito, resolveu ir all in também, para isolar o oponente. Que sonho! Dominik deu call na jogada de Sérgio e mostrou AA. Indignado, Leo apresentou par de reis e Sérgio, sem muita esperança, deixou seu par de T na mesa. Nada bateu no bordo, e Dominik eliminou os dois, de uma só vez. E ainda ficou gigante no torneio: 1.927.000 em fichas. Leo Fernandez terminou na sexta posição e Sérgio Farias, na quinta colocação.

Depois de toda essa briga, quem deixou o torneio foi o americano Jason Skeans, na quarta colocação. A próxima vítima do baralho foi o chileno Rodolfo

Awad, quando o mexicano Jorge Landaruzi, no button de-cidiu dar raise e Rodolfo anunciou all in, com 44. Jorge deu call e mostrou par de 9. No flop apareceu outro 4, mas a história mudou quando no temível river veio um 9. Pronto. Estava definido o heads-up da final, com os dois participantes mais jovens do torneio e que durou apenas uma mão. Dominik tinha um stack duas vezes maior que seu adversário e estava no Small Blind. Ele abriu mini-raise pré-flop de 40K e Jorge apenas deu call. No flop bateu K98 e o mexicano pediu mesa. Dominik apostou mais 50 mil. Jorge deu um re-raise de 140K, e o alemão pensou um pouco e resolveu pagar a aposta. Turn 10. Jorge colocou mais 150 mil na mesa e Dominik só pagou. River K. O mexicano foi all in com J5s e recebeu instacall do alemão, que apresentou KJo, fez trinca e garantiu a vitória nessa edição do LAPT Mar del Plata.

ps

maonL

817.000

474.000

428.000

338.000

329.000

181.000

170.000

151.000

65.000

8

4

4

3

3

1

1

1

Dominic Nitsche (ALE)

Sérgio Farias (ARG)

Jorge Landaruzi (MEX)

Jason R. Skeans (EUA)

Leo Fernandez (ARG)

José Barbero (ARG)

Rodolfo Awad (CHI)

Derek Lerner (CAN)

Alfons Fenijn (HOL)

S

J

J

J

A

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1 3

7

6

8

29

5

4

Os nove fi nalistas da última

etapa dessa temporada

Caio PimentaFelipe MojaveMestre FilipeGualter Salles

GranO

FinaleLAPT encerra sua segunda temporada, com

brasileiros se destacando nos eventos paralelos

Kokomo K 8

Page 38: Revista Flop 13

| JUNHO74

RIO | RIO HOLD’EM TOUR

JUNHO | 75WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

O jogo se desenvolveu até um pouco antes das 19h, quando foi interrompido para um

jantar dançante à luz de velas. Afinal, 12 de junho é o Dia dos Namorados, e como uma das propostas do RHT é “Poker em Família”, nada mais justo. Às 21h40, o torneio continuou e, fal-tando quatro minutos para o término do dia, Daniel Homem foi eliminado por Anderson Rago, que, no UTG, abriu raise pré-flop contra Daniel, que voltou tudo, com A�K�. Anderson pagou, e mostrou um par de 8 e con-seguiu uma trinca no flop. Nada apa-receu no bordo; Rago concretizou sua vitória e, de quebra, terminou o dia como chip leader do evento principal, com 137.400 fichas, seguido por Fred Morguenroth, com 110.900, e Guto Bowler, líder do Dia 1A, em terceiro.

DIA 2 Pouco antes das 15h30 de sábado, teve início o último dia de competi-ção. Foram 54 jogadores na disputa, entre eles as representantes femininas Isabela Vallin, Patrícia Rodrigues e Julia Bardavid. Infelizmente, Patrícia foi uma das pri-meiras a cair. Com os blinds 600/1.200 ante 100, ela estava no Small e observou um raise de 3.000 mil, um call, e um re-raise para 9.000 fichas, de Roni. Ela olhou para suas cartas e anunciou all

iniciaram a partida com um stack de 20 mil fichas e com os blinds subindo a cada 30 minutos. Nesse primeiro dia, estavam presentes grandes no-mes do poker carioca, como Carlos Mavca – que recentemente ven-ceu a segunda etapa do estadual –, Fábio Lomelino, Marcelo “Skylima”, Roni Monchansky, Fabio Amed, en-tre outros. Os jogadores mineiros Guto Bowler e Mumu “O Senhor do Baralho” também vieram prestigiar o torneio.

P ara surpresa de todos, com menos de trinta minutos aconteceu a primeira elimi-

nação: Aluísio Almeida pôde apro-veitar, mais cedo, as praias de Búzios. No decorrer do primeiro dia, apareceu uma mão bastante curiosa: Fábio da Silva foi all in pré-flop com 11.500 fichas, segu-rando A�J�, e recebeu call de Michel Helal, que mostrou 3�3�. Até aqui um coinflip, que trouxe vantagem no flop para Helal, com 9�Q�9� na mesa. No turn veio Q�. E, para surpresa de todos, apareceu outro 9 no river, formando um full house no

bordo. Empate! Não é só com sof-twares que acontecem essas coisas. O torneio seguiu até as quatro horas da manhã. Os três primeiros colocados do dia foram Guto Bowler, com 84.300 fichas, Michel Helal, com 76.500, e João Ribeiro, com 72.900.

DIA 1B O dia 1B pegou fogo. Foram 51 jo-gadores, e mais destaques cariocas apareceram por lá: Waltinho “The Terrific”, Nelson Dantas, Diego Vilela, Gabriel Neto, Daniel Homem (cam-peão da 1a Edição), Eduardo Pitombo, Isabela Vallin, Marcos Ibama (líder do ranking carioca), Bruno Besteiro, Daniel Hoory, e muitos outros.

Feriado de Corpus Christi e, de-pois, o Dia dos Namorados. Um fim de semana prolongado per-

feito para curtir com a família, aflorar a paixão e também jogar poker. Foi nesse clima de muita tranquilidade e afeição que aconteceu, entre os dias 11 e 14 de junho, a segunda edição do Rio Hold’em Tour, no Hotel Atlântico Búzios, em Armação dos Búzios, Rio de Janeiro. O evento teve, novamente, o patrocínio do site BestPoker e a cobertura ao vivo pelo pessoal da BrazilPoker.com. Mais de 100 joga-dores se inscreveram nessa edição, que ainda contou com a participação dos irmãos gêmeos e jogadores de fu-tebol do Manchester United, Fábio e Rafael da Silva. (foto abaixo)

Um grande destaque dessa edição foi o workshop sobre Texas Hold’em, ministrado pela dealer Tati Oliveira. O evento foi um sucesso e, dessa vez, aberto a qualquer iniciante no poker e não somente às mulheres. Além de receber dicas e de aprender as no-ções básicas sobre o esporte, os ins-critos também participaram de um freeroll exclusivo. Mas vamos ao que interessa. A segunda edição do Rio Hold’em Tour foi dividida em três dias, começando na quinta-feira, às 22h30, e se encerrando no sábado.

DIA 1A Logo na sexta-feira, o torneio contou com a inscrição de 56 jogadores, que

vdpmdcrd3qpnEafo

bordo EUm grande destaque dessa edição

Um dos destaques

femininos: Julia

Bardavid

Texto e fotos de Marco Antonio Moura e Raquel MoreiraPerfeitoClima

Um

O Rio Hold’em Tour leva seus jogadores a Búzios, para

descansar, namorar e, claro, jogar poker

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| JUNHO76 JUNHO | 77WWW.REVISTAFLOP.COM.BR| JUNHO76 WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Nos dias de hoje, é um tanto co-mum ir a torneios, principalmente em cidades tuísticas, e encontrar os jogadores ao lado da família. Bem, pois esta é uma das propostas que o Rio Hold’em Tour está implantando em suas edições. Aproveitando o feriado e a data do Dia dos Namorados, a organização de-cidiu começar o torneio na quinta-feira e terminá-lo no sábado, justamente para que os participantes pudessem curtir a esposa, filhos e amigos. Com a ajuda do luxuoso Hotel Atlântico Búzios, localizado em Armação de Búzios (RJ), foi organizado um jantar

à luz de velas na noite do segundo dia do evento, e uma comemora-ção com músicas românticas foi realizada no domingo. Assim dá para ficar mal-acostumado. Nada melhor que um belo dia de poker e po-der, ainda, aprovei tar as belezas de Búzios com a família.

in de 17.000, com TT. Dois jogadores largaram e Roni deu call, com AK, fazendo um full house no bordo.

P ouco depois, foi a vez de Waltinho “The Terrific” deixar o torneio, ao se envolver em

um all in pré-flop, portando AJ, contra Julia Bardavid, que mostrou QQ. Nada veio para salvar Waltinho. Terrível, para ele. Julia, que foi ao evento para assistir ao marido jogar, foi um dos destaques do torneio, e o maridão, feliz da vida, foi quem acabou na torcida. Julia era a última remanescente do time feminino e acabou eliminada na 18a posição. Para quem começou a jogar poker há pouco mais de seis meses, foi um excelente resultado. O tempo foi passando e a zona de premiação estava perto. Apenas 12 jogadores ficariam “In The Money” e, quando restavam 14, Diego Vilela anunciou all in e Marcos Valpasso pensou muito, e até teve uma longa conversa com Vilela. Marcos dizia ter um par de 8 e Vilela, um par de 9.

Pouco depois, Vilela disse que suas cartas eram AQ. Valpasso decidiu pagar e mostrou seu par de 8. Vilela mostrou 66 e exclamou: “Jogador não mente, é recurso comercial”. Todos riram, e Vilela caiu em 14o. Marcos Valpasso era agora o chip leader, com 366 mil fichas e a média dos stacks estava em pouco mais de 166 mil. Após algum tempo, os jogadores res-tantes fizeram um acordo e livraram o buy-in do bolha. Faltando uma queda para a formação da mesa final, Hélio Veloso, com KK, e Michel Helal, com Q9s, entraram em all in. O flop bateu

4KJ; o turn veio com outro J e deu a vitória a Veloso com um full house.

Onde tem mesa final de RHT, tem Jorge Soares. Ele chegava a sua segunda mesa final, em duas edições do torneio.

O short-stack Luiz Alcântara entrou de all in e Felipe Magalhães, no Big Blind,

pagou. Felipe veio com K7s e Luiz mostrou 73. O K bateu no e deu a vitória a Felipe. Luiz foi o primeiro eliminado da mesa final. Depois de ver quebrados um par de Ases e outro de reis, Valpasso não lamentou muito quando seu 55 per-deu para Diego Lopes, com J8. No flop bateu AJT,e nada apareceu para ajudar Valpasso, que caiu na nona colocação. Uma mão muito louca aconteceu na eliminação do oitavo lugar. Eduardo Pitombo apostou 65K e Diego anun-ciou all in de mais de 350K. Pitombo pagou e mostrou AA. Diego mos-trou 89s. Flop 6A7, dando trinca para Pitombo e straight draw para Diego. Turn 10. Bateu a sequência! No river, outro 10. Looooooool. Full house de Eduardo Pitombo, que chegou a um stack de quase 800 mil fichas! Diego Lopes caiu em oitavo lugar. Guto Bowler ficou short e foi eli-minado, logo em seguida, por Hélio Veloso, que fez full de J e 4, já no flop.

Pitombo fez mais uma vítima! Omar Jacob deu raise e Pitombo entrou de all in. Jacob pagou e mostrou AQ. Pitombo fez trinca de 9 e eliminou Jacob, na sexta colocação. Felipe entrou de all in com K6 e David pagou, mostrando AQ. Nada de interessante apareceu na mesa e Felipe saiu do torneio na quinta co-locação. Jorge ficou short em all in pago por Hélio e na mão seguinte foi eliminado em quarto lugar. Com um par de 5 na mão, Hélio resolveu ir all in, e Pitombo pagou com A 8. Vieram o flop T9 4 , turn 7, e river J, dando uma sequência para Pitombo. Hélio se despediu do torneio levando o terceiro lugar.

“Jogador não mente, é recurso comercial ”

Com uma grande torcida organizada para Pitombo – com uma vantagem enorme em fichas –, teve início o heads-up entre ele e David Fadul. A disputa foi longa, mas o dia era mesmo de Eduardo. Em uma jogada em que David deu limp, Pitombo voltou all in. David pagou e mostrou JK. Pitombo mostrou AT e, no flop, ele ainda foi presenteado com um belo T. Com esse par, Eduardo Pitombo venceu e levou o troféu de campeão da segunda edição do RHT. Mais uma vez, o Rio Hold’em Tour foi um grande sucesso. Agora, vamos aguardar a sua próxima edição, que promete ultrapassar todas as expec-tativas. É a consolidação do poker carioca no cenário nacional! �

FamíliaPoker em

417.000273.000269.000219.000202.000197.000192.000175.000109.00069.000

Marcos Valpasso

Omar Jacob

Guto Bowler

Hélio Veloso

Diego Lopes

David Fadul

Felipe Magalhães

Jorge Soares

Eduardo Pitombo

Luiz Alcântara

Eduardo Pitombo

ergue com orgulho o

troféu de campeão

Os dez jogadores que

disputaram a mesa fi nal

Jack Daniel’s J 7

Page 40: Revista Flop 13

| JUNHO78

SUL | SANTA CATARINA

JUNHO | 79WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Vavá foi o próximo eliminado, em sétimo lugar, após ver Bernardo acertar um straight runner-runner. Depois foi a vez de Manfred cair, após perder com A�3� uma disputa, em all in pré-flop, contra o T�T� de Marcão, um dos jogadores com grande apoio da tor-cida por ser de Florianópolis e que, naquele momento, já estava bem próximo dos líderes Kima e Vascão. Bernardo continuava crescendo e eliminou Célio na sexta posição, após vencer um coinflip, e se aproximou dos líderes. Mas a grande alavancada de Bernardo parou por aí. Ele caiu em quarto lugar, após ir all in com 6�6� e pe-gar Marcão com K�K�. A torcida comemorou a liderança de Marcos, que es-tava com 1.500.000 fichas, contra 1.400.000 de Vascão e 900.000 de Kima. Um pouco depois, em uma das mais belas mãos do torneio, Marcos apostou 80K em fichas, no Small Blind, e Kima, no Big Blind, deu call. O flop trouxe 7�8�8�, Marcos apostou 125.000 e Kima deu call. Após um 6� no turn, Marcos deu check, Kima atirou 225.000 e tomou call. No river, um 9� apareceu e Marcos anunciou all in. Kima largou a mão, mostrando J�4�, e Marcos levou o pote, mostrando 5�5�, e um straight flush. Vascão, depois de um belíssimo torneio, acabou ficando com a terceira posição, após ir all in pré-flop, com A�K�, e perder o pote para Kima, que tinha 8�7�. Bordo: 4�6�9�A�5�. A torcida delirou quando Marcão, com uma boa vanta-gem sobre Kima no início do heads-up, decidiu o torneio, na seguinte mão: Kima, com A�J�, anunciou all in e Marcos pagou, com A�2�. Um 2� no turn decidiu a mão a favor de Marcos, que levou o título do torneio. Com mais esse torneio de alto nível, o poker de Santa Catarina mostrou força, mais uma vez, e já se coloca entre os grandes centros do País, tanto no que se refere à orga-nização de eventos quanto à formação de jogadores. �

D epois do sucesso do Floripa Open, que reuniu em março 153 jogadores para a sétima

edição do torneio, a capital catarinense foi palco de mais um grande evento, o Floripa 100K. Realizado entre os dias 30 de abril e 3 de maio, o torneio, disputado na catego-ria NL Hold’em, com buy-in de R$1.000, teve a participação de 185 jogadores, com muitos dos maiores nomes do poker do Sul brasileiro presentes, assim como di-versos representantes de outras regiões do País. Entre os inscritos, alguns dos nomes mais conhecidos eram Igor Federal, Diego Nakama, Eduardo Sequela, Marco Duran, Robigol, Marcos Sketch, Jô Baptista, Norson Saho, Marco Salsicha, Ariel Bahia, Rodrigo Garrido, Luiz Mestrefilipe de Andrade, Leandro “AmarulABr”, Guilis, e Rogério Pot e Marcelo Alfieri, campeão e vice-campeão, respectiva-mente, do Bariloche Poker Fest. Com muitos jogadores experientes no field, o torneio teve um altíssimo nível técnico. Para se ter uma ideia da

qualidade do evento, em uma das mesas compostas no dia da abertura estavam três campeões brasileiros pela Brazilian Series Of Poker (BSOP) – Sérgio Brun, Leandro “Brasa” e Cláudio Baptista –, e também Kima, outro nome respeitadís-simo do poker brasileiro. Além de grandes jogadores, a elogiada estrutura do torneio, com stacks iniciais de 20.000 fichas e blinds de uma hora de duração, colaborou ainda mais para deixar o nível do torneio o mais elevado possível.

O dia 1 terminou com 96 jogadores classificados, que retornariam no sábado para tentar avançar ao dia final. Na liderança estava Luis Felipe Brasil,

seguido por José Carlos, que foi vice-campeão do Zahle 500K, grande torneio realizado duas semanas antes, em São Paulo. Mas, no segundo dia de torneio, o jogador Gustavo Vascão assumiu a liderança e abriu uma boa vantagem sobre os demais, terminando à frente dos ou-tros 28 classificados para o dia decisivo, com um stack

de 473.900 fichas. Leandro “Brasa” (382.500), Manfred (238.600), Rodrigo Shamrock (228.900), Célio (209.700), Yuri Martins (191.600), Bedias (185.600), Kima (160.600), Roger Rabbit (151.800) e Leandro Pilla (150.000) comple-tavam o grupo dos melhores colocados ao final do dia 2.

Apesar de a organização do torneio ter estipulado a faixa de premiação contemplando 18 jogadores, com valores variando entre R$2.000 (18º ao 16º)

e R$45.000 (campeão), quando restavam 25 jogadores um acordo entre eles foi realizado, estendendo a premia-ção até o 21o colocado. A ingrata posição de bolha ficou então com o 22o colocado, que acabou sendo Leandro “Brasa”, profissional do Full Tilt. Já definidos os jogado-res premiados, a briga prosseguiu até a elimi-nação de Rafael em 11o lugar, na bolha da mesa final, que foi formada com dez jogadores e começou com Kima na liderança:

A batalha da mesa final começou quente, com duas eliminações em uma mesma mão: Yuri, segurando A�A� em MD, foi all in de 228.000 fichas; Joel, com A�K� no cut-off, também foi all in de 150.000, e Bernardo, no botão, foi all in por cima de 341.000 fichas, segurando Q�Q�. O flop, com 6�5�3�, não ajudou ninguém, e os ases de Yuri seguravam. Mas, no turn, a Q� apareceu e deu a vantagem para Bernardo, que eliminou Yuri e Joel após um inofensivo 2� bater no river. Depois, o jogo deu uma endurecida e demorou um pouco, até que o próximo jogador fosse eliminado: Leandro Pilla anunciou all in e Célio pagou. Pilla mos-trou A�K� e Célio A�Q�. Apesar de bem favorito pré-flop, Pilla viu seu torneio indo embora quando uma dama apareceu logo no flop, segurando até o final.

PokerIlhana

946.000784.500467.500353.000351.000296.000257.000164.500118.000115.000

Kima

Vascão

Célio

Bernardo

Marcos

Manfred

Vavá

Joel Magro

Yuri Martins

Leandro Pilla

o País Entre os

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Motown J 5

Em sua sétima edição,

185 pessoas se

enfrentaram no salão

Marcão derrotou

Kima no heads-up e

consagrou-se campeão

Jogadores de todo o País participam de um dos mais tradicionais torneios no Sul

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| JUNHO80

COLUNA | MAIS EV

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JUNHO | 81WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

Darei continuação, com a segunda parte, à sé-rie de três artigos sobre os diferentes estágios de um torneio. Na pri-

meira parte, falei sobre a impor-tância de se diminuir o impacto da variância no seu jogo e sobre como é importante jogar de maneira só-lida, não dando extremo valor a mãos que, à primeira vista, parecem fortes, e de dar muita importância aos implied odds. Neste artigo, tratarei sobre o estágio intermediário de um tor-neio. É quando a dinâmica muda drasticamente, e jogadas que an-tes não eram lucrativas no longo prazo começam a se tornar armas importantes.

OS ANTES

Em alguns sites, as estruturas dos torneios oferecem a presença dos antes, que nada mais são

do que apostas antecipadas obri-gatórias para todos os jogadores à mesa, esteja você nos blinds ou não. Os valores dos antes variam muito de site para site, sendo que alguns sites não dispõem de antes e outros em que os antes chegam a alcançar algo em torno de 12% do valor do Big Blind. O que realmente muda com a presença dos antes é que ela favo-rece muito o fator agressividade,

algo fundamental para qualquer jogador de poker, seja ele um jo-gador de torneios, de cash games ou sit-and-go. Saber atacar na hora certa e com prudência é algo vital para prolongar a sua vida em torneios. Você simplesmente não pode mais se dar ao luxo de esperar sempre boas mãos, como no início de um torneio, pois, com o aumento dos blinds e a obrigação dos antes, seu stack fica cada vez menor, propor-cionalmente falando. Essa situação significa que você terá de se “mexer” e começar a jogar de forma mais agressiva, para compensar a falta de cartas. Com os antes em jogo e o recolhimento das apostas obrigató-rias antecipadamente à distribuição

da primeira carta, o pote inicial ge-rado pode representar uma parcela considerável do seu stack.

COMO USAR SEU STACK

Uma vez que os antes entram em jogo, você muito frequen-temente irá se encontrar com

stacks na casa dos 10, 20, 30, 40, ou mais, Big Blinds. Eu, particular-mente, acredito que existem formas completamente diferentes de uti-lizar cada um deles, e é sobre isso que vamos falar agora. Muitas pes-soas costumam e gostam de utilizar o conceito de “M”, proposto por Dan Harrington, que, por sinal, é excelente. Acostumei-me muito a trabalhar apenas com o número de Big Blinds, entretanto é importante prestar atenção na hora de tomar suas decisões baseando-se nisso.

40 BIG BLINDS OU MAIS

E sse é o tipo de stack que lhe permite muitas manobras diferentes. Você tanto pode

TORNEIOSA segunda parte do artigo com dicas sobre

como se comportar com seus stacks na mesa

decidir esperar por mãos muito boas, quando a mesa anda jogando muito loose-aggressive, quanto tentar atacar short-stacks e stacks que este-jam na média do torneio. A ideia, com esse stack, é fazer uma “ma-nutenção” deste, com infrequentes roubos de blinds. A frequência dos continuation bets pode ser aumen-tada, mas não abuse da agressivi-dade, caso sua imagem não seja muito boa. Stacks grandes, como mais de 40 Big Blinds, em estágios intermediários de torneios, são vistos muitas vezes como “inti-midadores”, ou seja, os jogadores costumam tentar utilizar esses sta-cks para agredir mais a mesa. Seja cauteloso nesse sentido. Por fim, tente respeitar também aquela regra básica: “potes grandes, mãos gran-des; potes pequenos, mãos fracas”.

30 BIG BLINDS

A partir dos 27 Big Blinds, você ainda pode se permitir so-frer algumas “baixas”, como

tentativas frustradas de roubo de blinds e de alguns continuation bets. Mas, você precisa ser bastante cau-teloso, para não gerar um pote que não seja condizente com a força da sua mão, ou que não justifique o pote que está sendo gerado con-forme o oponente que você está enfrentando. O meu ponto, aqui, é que você deve ser muito cauteloso quando estiver jogando uma mão pelo seu torneio todo. Conseguir manter seu stack nessa casa, sem tentativas de jogadas muito ousadas, é a estratégia que eu adoto, pois qualquer grande pote que você vier a perder irá re-presentar parte significativa do seu stack. Eu nunca aplico o re-raise pré--flop com a intenção de largar minha

mão quando meu stack encontra-se nessa situação. O re-steal, com o stack na casa dos 30 Big Blinds, é uma arma que eu utilizo raramente, pois ela poderá vir a ser um grande des-perdício de fichas quando a jogada é malsucedida, seja você largando a mão depois do re-raise, ou sendo pago por uma mão melhor quando você já aplicar o all in. Nesse último caso, na maioria das vezes, o risco de perder todas as suas fichas não compensa o investimento tão alto, no longo prazo.

20 BIG BLINDS

Entre 20 e 26 Big Blinds, você deve ser ainda mais cauteloso quando do investimento de

suas fichas, já que a sua mobilidade, nesse estágio, é ainda menor. Cada movimento pouco brusco que você faça terá um impacto considerável no seu stack. Suponhamos que você possua 23 Big Blinds e decida abrir um raise para 3x em early position, com AK. Dois jogadores atrás de você pagam, e o pote possui agora

três jogadores. O valor do pote, nesse momento, é de mais da me-tade do seu stack restante. Somadas as apostas dos jogadores na mão, mais os blinds – vamos desconsi-derar os antes – já temos 10,5 BBs em jogo, e você possui 20 BBs no seu stack.

Qual seu próximo movimento quando você erra completa-mente o flop, jogando fora de

posição contra dois jogadores? O pote atual representa pouco mais de 50% de suas fichas, e adquiri-las seria excelente para você. Portanto, a melhor jogada nesse caso é apli-car um continuation bet de 60% do pote, aproximadamente, e conse-guir levar o pote ali mesmo, cor-reto? Errado! Contra outros dois jogadores, a probabilidade de você conseguir aplicar essa jogada, de forma lucrativa no longo prazo, é muito baixa e um péssimo risco. A melhor linha é simplesmente desistir da mão. Para tornar essa visão mais fácil, vamos recapitular. Com um continuation bet de 60%

Doyle Brunson T 2

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JUNHO | 83WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

do pote, você ficaria com 14 Big Blinds para trás, tendo que enfren-tar, muito provavelmente, alguém com uma mão melhor que a sua. Se você receber um call, provavelmente terá que desistir da mão no turn, caso ela não melhore. O mesmo acon-tece, caso um dos seus adversários aumente sua aposta. Suponhamos que uma das seguintes situações ocorra. O seu stack, que antes era de 23 BBs, na mão seguinte será de 14 BBs. Ou seja, você investiu cerca de 40% do seu stack em uma situação que exigia que você jogasse com extrema cautela, quando seus danos poderiam ter sido bem menores. Com meu stack nessa região, eu opto, portanto, por jogar de forma extremamente cautelosa. Diminuo consideravelmente o percentual de meus continuation bets e escolho melhor ainda as mãos com que abrirei raises. Aplico o fold em pares baixos em posições ruins, independentemente de como che-gou a ação até mim (fold, raise, ou limp). Resumindo, jogo de forma

extremamente cautelosa, embora ainda agressivamente, como vere-mos a seguir.

ENTRE 10 E 20 BIG BLINDS

Muitas pessoas acham que, com um stack de 20 Big Blinds, você não está o

que chamamos de short-stack. Eu costumo tratar um stack de 18 BBs como trato um de 10 BBs. Muito raramente, eu abro um raise com esse stack, com a intenção de dar fold, caso alguém aumente ainda mais. Serei muito seletivo com as mãos que decidirei jogar, pois sei que mi-nha mobilidade, que já não era boa na casa dos 20 Big Blinds, agora é mínima. Qualquer pequeno deslize e nosso torneio acaba ali mesmo. Mas, ao mesmo tempo em que não abro mão da seletividade nesse momento, também não posso abrir mão da agressão. É nessa situação que você irá começar a utilizar seu stack de forma mais avançada, por assim dizer, em comparação ao

que vinha fazendo anteriormente. Quando se tem mais de 30 BBs, uma das principais armas para man-ter seu stack era o roubo de blinds. Pois bem, como essa arma deve ficar fora do seu arsenal em uma grande parcela das vezes, quando seu stack se encontrar nessa situação você lançará mão de outra arma, que seria o re-steal. Essa é a jogada que você aplica contra jogadores que estejam justamente atacando os blinds – normalmente são aqueles que possuem os stacks bons para isso, na casa dos 30 BBs –, mo-mento em que você tanto aplica o all in ou volta um re-raise com mãos não tão fortes quanto a força que você está representando. Ou seja, você abre mão de um artifício para explorar outro. E qual é o melhor cenário para que um re-steal seja bem-sucedido? Eu procuro utilizar-me desse artifí-cio quando as seguintes condições estão presentes:

o adversário que abre um raise possui uma imagem agressiva;

o adversário que abre um raise é um bom jogador, que

entende a diferença entre uma mão em que ele abre um raise e sabe que precisa de uma mão melhor para pagar um re-raise. Jogadores ruins não possuem esse conhecimento, o que os torna um alvo não tão atrativo para essa jogada;

você precisa possuir uma ima-gem boa e limpa na mesa;

o adversário que abre o raise deve possuir um stack com o

qual ele esteja apto a abrir raise e aplicar o fold quando necessário. Como falei antes, eu dificilmente

Diego Nakama

Conhecido pelo nick Nakamator, terminou o ano de 2008 em oitavo lugar no Ranking Brasileiro SuperPoker.

abro um raise com a intenção de dar fold, se alguém reaumen-tar quando possuo menos de 20 BBs. Fique atento se seu adver-sário poderia estar jogando da mesma forma! O ideal seria você tê-lo visto abrir um raise e já ter aplicado o fold quando deparado com a mesma situação;

você estar em uma boa posição na mesa. Quantos mais joga-

dores para falar depois de você, mais cautelosa deve ser sua jogada.

RE-STEAL

Basicamente, a essência do re--steal é você “roubar” quem você acha que esteja “rou-

bando” os blinds. Ou seja, você vai representar uma mão que, na verdade, não tem, seja aplicando o re-raise ou o all in diretamente, o que é mais comum com um stack na casa dos 20 Big Blinds.

Dois fatores são extremamente importantes para que a sua jogada seja lucrativa no longo prazo. Um deles é o seu timing. Você precisa estar confiante de que determinado momento é o certo para aplicar esse tipo de jogada. Uma forma de afinar seu timing precisamente é prestar muita atenção na mesa, em quem são e em quais as tendências de seus adversários, para que você aplique o re-steal de forma lucrativa no longo prazo. Algumas pessoas caem no erro de acreditar que em um re-steal, para ser lucrativo no longo prazo – o que é diferente de ser bem-sucedido, apenas –, o que interessa é apenas o seu timing, ou seja, não impor-tam suas cartas, uma vez que você está fazendo o movimento na hora certa. O problema é, como todos sabemos, que o poker é um jogo de informações incompletas. Nem sempre nosso timing estará correto, e, para contrabalançar essa margem de

erro, escolher as mãos para aplicar essa jogada é ponto fundamental. As mãos com as quais mais aplico essa jogada são AXs, KXs, pares, A8o+ e broadway cards. Com certeza, de-pendendo da situação, incluo mais mãos nesse range, mas essa é apenas uma breve ideia do range que utilizo para esse tipo de jogada.

BOLHA

Durante a bolha, basicamente são duas as minhas preocu-pações: tentar extrair fichas

de quem esteja se sentindo pres-sionado pelo ITM – respeitando minhas estratégias de acordo com o meu stack – e atentar-me para os impactos do ICM (Independent Chip Model) nas minhas ações. Confesso que esse último não tem um im-pacto tão intenso na minha estraté-gia, por um motivo simples: estou sempre jogando dentro dos meus limites de bankroll. Então, às vezes, dou bem pouca importância para não ficar pelo bubble. Como pudemos ver, procurei, neste artigo, focar bastante em como jogar o tamanho do seu stack e em como é importante adotar-mos diferentes estratégias para situações diversas. A partir do momento em que os antes entram em jogo, ou cerca de uma hora mais ou menos a partir daí, vamos nos deparar, muito, com situações de stack, como as que citei, por isso resolvi focar-me nessa parte. No próximo e último artigo desta série, estarei falando basicamente sobre como procuro jogar as mesas semifinal e final. �

Chuck Norris 9 3

Page 43: Revista Flop 13

| JUNHO84

COLUNA | ISABELLE MERCIER

JUNHO | 85WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

[email protected]

Na minha última coluna, eu lhes contei como foi estar de volta a Paris, a cidade onde tudo começou para mim, em um torneio de

€2 mil no Aviation Club. Era meu segundo dia na Champs-Élysées, e eu estava levando uma bad beat atrás da outra. Por alguma razão, eu tam-bém estava sendo mudada de mesa, sem parar. Não paravam de me mu-dar para mesas às quais me sentava ao lado de jogadores mais experien-tes, como Devilfish, Marcel Luske e Fabrice Soulier – como se eu tivesse viajado no tempo para jogar contra os melhores jogadores de dez anos atrás! Essa situação é muito incomum no poker ao vivo, hoje em dia. Existem tantos jovens jogadores vindos da Internet, que eles dominam comple-tamente os torneios ao vivo. Olhem a média de idade dos jogadores ao seu redor; notem nas mesas finais. A

maioria deles está ganhando dinheiro nos grandes torneios e tem menos de 25 anos. Isso é incrível e seria algo impensável há uma década. A outra coisa é que você está sempre jogando contra gente desconhecida, sem saber quem é ou qual o seu estilo de jogo. E essa foi a coisa boa desse evento que joguei, pois parecia como nos velhos tempos! Todos os antigos profissio-nais da Inglaterra e da França vieram disputar esse torneio, e foi um prazer jogar ali.

Dessa vez, diferente da noite ante-rior, eu consegui sobreviver até o intervalo do jantar! Quando

voltei, notei o “Le Grand”, também conhecido como Jan Boubli, sentando à minha mesa. Jan é um dos meus maiores adversários no poker: vocês até poderiam dizer que é meu arqui- -inimigo. E não demorou muito até que surgisse a ação entre nós. Essa

mão veio, com ele tendo posição, com os blinds em 100/200. Ele aumentou para 500, e todos largaram. Eu estava no Big Blind com KJ, e, então, de-cidi dar o call. Eu me apaixonei pelo flop, que trouxe J93. Eu dei check, e Jan apostou 600. Pensei um pouco e resolvi dar call, em vez de aumentar. O turn trouxe outro 3. Dei mesa e, dessa vez, Jan apostou 1.500. Resolvi fazer o mesmo move e apenas pagar. Sabia que ele poderia ter um draw de sequência ou de flush; na verdade, ele poderia ter qualquer coisa com esse board! O river trouxe um jacaré, sem flush. Eu não sabia mais contra o que estava jogando; então, só dei check. Jan apostou 3.000! Cheguei à conclusão de que não tinha escolha a não ser pagar, já que estava comprometida com a mesa. Ele mostrou AJ.

Meu inimigo atacava de novo! O único kicker que poderia me vencer e Jan, inevitavelmente,

tinha que tê-lo. Foi ruim, mas, dali em diante, as coisas só pioraram. Quase todas as mãos que joguei acabaram mal, e logo me vi com menos de 3.000 fichas. Encontrei 99 e decidi entrar de all in pré-flop. Dessa vez, fui paga por T8o! Tudo ia bem até um belo de um dez aparecer no river! Eu não quero nem pensar quais são as chances de isso acontecer ... Eu estava fora do meu segundo torneio, em poucos dias, e não estava nada contente. Apesar da minha falta de sorte nas mesas, me diverti bastante de volta a Paris. No dia seguinte, apresentei o European Poker Awards, que foi realizado pelo oitavo ano, e o res-taurante do Aviation Club estava lo-tado. Para dizer a verdade, o estresse daquilo estava me matando! Eu não me importo de falar, ao vivo, para as câmeras, mesmo que milhões de pes-soas estejam assistindo. Mas eu odeio falar em público, quando são centenas de olhos em um salão, olhando-me diretamente. Eu odeio! Quando chegou a hora da minha primeira introdução, apresentando--me e dando boas-vindas a todos, eu estava super estressada e meu corpo todo tremia, como um trem desgover-nado! Felizmente, houve um jantar

ADIEU, MINHA BELA

PARISO que aconteceu comigo nos últimos

dias da minha estada na Cidade Luz

Isabelle “No Mercy” Mercier

Nascida em Victoriaville, Canadá, é uma das principais jogadoras de seu país e membro do Team PokerStars. Isabelle morou em Paris, onde trabalhou no poker room do Aviation Club de France.

antes da cerimônia de entrega dos troféus, e eu pude usar aquele in-tervalo para beber algumas taças de champanhe! Aquilo realmente me ajudou a acalmar os nervos e a ficar mais solta. Depois disso, estava bem melhor, e me sentia contente com meu próprio corpo enquanto apre-sentava o resto da noite. Na verdade, eu até passei, depois de um tempo, a aproveitar a festa!

Nós distribuímos um monte de prêmios, incluindo um para toda a trajetória de Marcel Luske. Eu

estava muito feliz por ele, que real-mente mereceu. Ele tem sido, por mais de uma década, um represen-tante fantástico para o poker em todo o mundo e possui o respeito de todos. O prêmio de melhor jogador do ano foi para Bertrand “ElkY” Grospellier, que venceu o PokerStars Caribbean Adventure no início de 2008. Como podem imaginar, o fato empolgou os funcionários e todos os seus compa-triotas franceses presentes, no Aviation

Club. Ele certamente foi o vencedor mais popular da noite!

Eu me diverti muito em Paris, mas quando digo que vivo às custas da minha mala de viagem, essa

afirmação significa que nunca posso ficar em lugar algum – nem mesmo no meu lar espiritual – por muito tempo. No dia seguinte, eu saí da cidade e voei até Mônaco. Um jogo fechado havia sido organizado no poker room do Sun Casino, e, portanto, fiquei em Monte Carlo todo o fim de semana, antes de entrar em um jato particular de volta a Paris, que estava ficando bem fria! Mas, dessa vez, eu não pude ficar. Voei norte para Deauville, onde joguei a etapa francesa do European Poker Tour. Mas, essa é uma outra história ... �

Heinz 5 7

Em casa, Isa Mercier faz

pose ao lado de Elky, para

promover suas publicações

Page 44: Revista Flop 13

| JUNHO86

COLUNA | JURÍDICA

JUNHO | 87WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

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Nesta coluna, voltarei a abor-dar alguns pontos relacio-nados à criação da CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold’em) e das

Federações (entidades dirigentes esta-duais). Considero oportuno retomar essa discussão, em virtude do grande número de e-mails que tenho recebido, com as mais diversas dúvidas de joga-dores, idealizadores de ligas e associa-ções e também daqueles que pretendem criar uma Federação em seu Estado. Um dos questionamentos mais cor-riqueiros diz respeito à forma pela qual alguém pode se filiar à CBTH. A resposta para essa dúvida decorre da própria natureza da Confederação Brasileira e de suas disposições estatu-tárias, ou seja, apenas serão filiadas à CBTH as Federações Estaduais devi-damente constituídas e que preencham os requisitos dispostos no estatuto da Confederação. Como o próprio nome diz, a Confederação Brasileira de Texas Hold’em nada mais é do que uma as-sociação civil criada pela união das Federações estaduais já existentes e que tão-somente filiará essas entidades. Por outro lado, para os jogadores e demais interessados em integrar al-guma associação relacionada ao poker, o caminho a ser trilhado é a filiação em associações, ligas ou entidades dirigen-tes estaduais (Federações), as quais, por sua vez, terão a relação com a CBTH, representando-os. Essa espécie de organização é de fundamental importância para o mo-mento atual vivido pelo poker brasi-leiro porque, se a popularização da sua prática já contribui muito para se vencerem preconceitos, a criação de entidades, de federações, e a filiação

de praticantes às suas respectivas asso-ciações podem, efetivamente, auxiliar na busca pelo reconhecimento legal da prática do poker no Brasil.

A tal respeito, outra dúvida muito comum é a forma pela qual al-guém pode abrir uma casa le-

galizada para a prática do poker. Essa situação, como já abordado em outras colunas, infelizmente ainda não existe no Brasil. Ainda que muitas providên-cias burocráticas possam ser tomadas, como obtenção de alvará de funciona-mento, respeito às regras de segurança e adoção de demais medidas adminis-trativas, não é possível garantir o su-cesso da empreitada, enquanto houver a possibilidade de se considerar o poker como jogo de azar. Assim, a resposta por enquanto é negativa, ou seja, não é possível ga-rantir que tal empreendimento não sofra com ações policiais e que seus responsáveis não sejam processados ju-dicialmente. Mesmo que essa resposta possa parecer extremamente frustrante e até mesmo pessimista, é fato que essa insegurança poderá deixar de existir, desde que os envolvi-dos e interessados passem a agir inteligentemente, por meio de entidades legal-mente constituídas. É muito importante que os jogadores, idealizadores de ligas e demais profissionais relacionados ao poker possam se organizar e alcançar, de fato, seus objetivos comuns. E esse é um dos pontos que deno-tam o novo momento do poker brasileiro. Após todas as vitórias alcançadas, nas mesas e

fora delas, o momento atual é mar-cado pela profissionalização cada vez maior do segmento, a qual culminou na criação de diversas entidades diri-gentes estaduais e da própria CBTH. No entanto, nada do que existia apenas no papel, ainda que estando registrado em cartório e obedecendo a todas as formalidades legais, será o bastante para que se alcancem os objetivos comuns a todos que estão nessa área. Além da estruturação e da organização das entidades, é inegável que a participação de todos os interes-sados é o ponto mais importante dessa iniciativa.

A penas para ilustrar, quando a grande maioria dos jogadores brasileiros estiver filiada em as-

sociações ou federações, o que hoje é estimativa se transformará em infor-mações concretas que possibilitarão o conhecimento mais profundo do cenário brasileiro e, assim, a adoção de medidas para o sólido desenvolvi-mento da atividade em todas as regiões e Estados brasileiros. Mais que isso, a organização de tor-neios estaduais, e até mesmo da liga nacional, demonstrará, vez por todas, a crescente força da atividade no Brasil, o que, juntamente com a luta pelo re-conhecimento dessa prática, levará tal

discussão às autoridades competentes, e, fatalmente, culminará no sucesso da empreitada.

A CBTH já se mobilizou para a obtenção de estudos, lau-dos e pareceres que

possam auxiliar no re-conhecimento do poker como jogo de habili-dade. Além disso, por disposição estatutá-ria, a Confederação poderá integrar en-tidades internacio-nais que possam contribuir para a solução desse im-passe legislativo no Brasil. Contudo, se o intercâmbio com en-tidades estrangeiras pode ser proveitoso e se a obtenção de estudos favoráveis ao poker pode ser o início da jornada da CBTH, a

perpetuação de sua existência pos-sui íntima relação com o sucesso das entidades estaduais que a compõem, sendo que esse sucesso depende da participação maciça de todos os in-

teressados, de jogadores e de demais lideranças re-lacionadas ao poker, em cada região e Estados brasileiros. E essa é a resposta para

aqueles que ainda não sa-bem como participar ati-vamente dessa nova era

do poker nacional. Aos interessados em to-mar parte nessa im-

portante etapa vivida pelo poker no Brasil, a orientação é informar-

se junto às entidades da sua região ou Estado e participar efetivamente dessas associações.

Não é demais repetir que nenhuma das enti-dades relacionadas ao

esporte sobrevive sozinha, como se os seus atos constitutivos bastassem para o sucesso. Obviamente, muitas dificuldades surgirão no caminho da CBTH e das demais entidades corre-latas, mas tais adversidades são na-turais e corriqueiras na vida dessas instituições e somente serão superadas com muito trabalho e dedicação de dirigentes e filiados.

F inalmente, o ponto mais impor-tante dessa nova etapa de orga-nização do poker nacional é a

união de todos os esforços que possam materializar as intenções e aspirações comuns a todos os integrantes da nossa comunidade. É justamente isso que o grupo de interessados vem fazendo. Não seja um espectador: una-se às iniciativas de sua região, colaborando com o crescimento e a aceitação do poker pela sociedade brasileira. �

REPRESENTANTES DO

POKERO que as entidades podem fazer a favor da comunidade do esporte no Brasil

Gustavo “GM” Andrade

Natural de Assis (SP) e residente em São Paulo, é advogado criminalista e jogador de poker.

Bicycle, Bike, Wheel, Minhoca A 2 3 4 5

Page 45: Revista Flop 13

| JUNHO88

CASSINO | PARAGUAI

JUNHO | 89WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

N esta época do ano em que o amante do poker só pensa em Las Vegas e nos inúmeros eventos que ocorrem por lá, trazemos

para nossos leitores a indicação de uma opção de lazer e entretenimento mais próxima – quase em território brasileiro –, com um estilo único que a diferencia dos demais cassinos. Bem no coração da América do Sul encon-tra-se a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, fronteira com a bra-sileira Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. As duas cidades são separadas por apenas uma linha divisória imagi-nária, o que permite o entrelaçamento

dos dois países – comercial, social e culturalmente – e a convivência har-moniosa, dos habitantes locais e dos visitantes, com ambas as culturas.

E é exatamente em Pedro Juan Caballero que o leitor da Flop encontrará um dos melhores

cassinos do Paraguai. As suas ativida-des tiveram início em 17 de novembro de 1967, em um casarão de madeira, e o local rapidamente tornou-se uma atração local, desper-tando fantasias que surgiam pelo encontro de grandes ge-nerais e de personalidades que o frequentavam no período da

ditadura naquele país. Em uma atmos-fera de luxo, sofisticação e vanguarda para a época, o cassino provocava em seus visitantes a emoção que todo am-biente de luxo e de jogos costuma proporcionar e, até hoje, continua a despertar nos jogadores, seja ele brasi-leiro ou paraguaio, e em todos aqueles que amam o poker. O cassino serve como referência para jogos, emoção e diversão. Oferece mais

de 200 slot machines de última geração, roletas, mesas de blackjack, poker cari-benho, baccarat, e os maiores torneios de poker da região, tudo para que o visitante sinta a emoção de estar em um cassino de verdade e de responder ao desafio de jogar para ganhar.

O complexo do Amambay Hotel Casino possui uma estrutura com mais de cinco mil metros

quadrados, feita especialmente para atender os seus hóspedes, oferecendo um hotel em que conforto, segurança e atendimento VIP fazem da sua es-tadia a melhor do Paraguai, segundo muitos jogadores. São 60 apartamen-tos com sacadas amplas, uma piscina semiolímpica e outra infantil, além de uma sala de conferências com capaci-dade para 100 pessoas, palco de muitas convenções, congressos e lançamento

de produtos. Também faz parte desse complexo o Restaurante Internacional Ykua Poty, que oferece um cardápio com pratos típicos internacionais.

Mas, voltando ao assunto que mais interessa, o cassino é o maior organizador de tor-

neios de Texas Hold’em do Paraguai e conta com uma experiência adqui-rida após mais de 80 torneios reali-zados. No ano de 2008, foram pagos mais de R$800 mil em prêmios, e a aposta da sua administração é de au-mentar significativamente a premia-ção anual total, atraindo melhores torneios e profissionais do circuito brasileiro. Até o momento, a soma total do prêmio chega a R$500 mil, e a meta é oferecer, até o final do ano, mais R$500 mil em torneios. A Flop fará a divulgação desses eventos.

A nova administração também aposta na localização do ho-tel, tanto para os turistas que

buscam a região para realizar com-pras na fronteira – como no Shopping China, eleito o melhor shopping de importados das Américas –, quanto para os amantes dos jogos de cassino e do poker. Para incitar o desafio de jogar e ganhar ao vivo, o Amambay Hotel Casino realizou a 84a edição do torneio de Texas Hold’em, entre os dias 10 e 12 de julho, com uma premiação de R$50 mil. O evento já tem a presença confirmada de um dos finalistas do LAPT Punta del Este, o simpático Waldemar Cogo, sem contar a de muitos jogadores que somente agora conhecem esse belo destino turístico, que rapidamente entrará como parada obrigatória no mapa dos torneios brasileiros. �

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A lém do excepcional resultado de Felipe Mojave – sexto lugar em sua primeira mesa final de WSOP –, o início da série apresentou outros destaques brasileiros. A nossa próxima edição irá trazer muito

mais detalhes sobre tudo isso, mas, aqui de Las Vegas, daremos esta pequena apresentação dos resultados mais relevantes. O primeiro deles foi a presença de Gualter Salles na semibolha da mesa final, conquistando uma honrosa e dolorida 12ª colocação no Evento 24, de No Limit Hold’em com buy-in de $1.500. Gualtinho já vinha mostrando excelente crescimento em 2008, tendo chegado muito longe nos torneios online e na etapa inglesa do EPT. Esse seu desempenho foi re-compensado com uma indicação ao Prêmio Flop como Jogador Revelação e com o convite para ser um Friend of PokerStars. Então, em seu primeiro evento da WSOP,

o piloto de corridas voou baixo e chegou muito longe, num grande field de 2.506 jogadores. Ainda com pouca presença da imprensa brasileira em Vegas, a cobertura do feito ficou restrita ao novo TvPokerPro, que atualizava o seu portal com imagens, em real time, a cada break do torneio, entrevistando Gualtinho e passando o clima da boa chegada.

A queda de Gualtinho aconteceu em uma mão bem natural, quando a ação do adversário veio em fold no small blind, em mesa six-handed. Com blinds em

15 mil e 30 mil e antes de 4000, o brasileiro achou AT e deu um raise para 90 mil. O Big Blind Alan Jaffray voltou all in, colocou Gualter para pensar, levando-o a se levan-tar da cadeira. Finalmente, o brasileiro optou pelo call e colocou a mesa final em um justo coinflip, contra 22. O board veio com 3828Q, e Gualtinho foi mais um brasileiro

a sentir o gosto amargo de chegar perto de uma final. De qualquer forma, foi uma belíssima atuação. Ninguém teria feito melhor. Poucos dias de-pois, no Evento 32, de No Limit Hold’em com buy-in de $2.000, Gualter voltava ao pano, juntamente com André Akkari, Christian Kruel, Decano, Mojave e uma legião de bra-sileiros, entre mais de 1.500 inscritos. Com baixas logo nos primeiros níveis de blind, alguns de nossos jogadores foram se destacando no início. CK foi um deles: aplicava um belo jogo

em seu primeiro evento da tempo-rada, mas acabou sendo eliminado em uma triste situação, quando viu um flop com 788, após uma rodada de raises pré-flop entre ele e um jogador agressivo. O adversário enfia um all in nesse flop e CK dá instacall, com KK. O adversário mostra seu blefe desesperado, virando um QJo, para ver um T e um 9 sendo virados no board, dando-lhe uma sequência.

A ndré Akkari, Cláudio Baptista e Caio Brites, que vinha se sobressaindo e voltava para

uma nova mesa com o dobro da mé-dia, passaram ao segundo dia. A partir da presença do site PokerdoBrasil na área, com o Tevez cobrindo tudo bem de perto, as notícias vinham muito

rapidamente, além de ainda termos as belas imagens do TvPokerPro. No segundo dia, Caio Brites explode em fichas em uma ótima mão, em que cruzou com outro big stack com re-raises pré-flop e um flop com TJ2. Caio apostou, tomou all in e pagou, virando KK. O adversário apresenta QJo, em uma mão muito semelhante àquela

que derrubou CK, mas que, dessa vez, segura para o brasileiro e o leva a mais de 170 mil em fichas, quando a média era 47 mil.

H oras depois, com Caio ainda bem posicionado e André Akkari subindo mão após

mão, os dois entram ITM, com Akkari chegando a passar Caio em fichas. A alegria do famoso profissional bra-sileiro dura pouco: é fatiado em all in com 99 contra 88, em que, obvia-mente, o oponente acha um 8 no board. Akkari volta a se posicionar no torneio, mas acaba a atuação quando encontra um flop com 367, após raises pré-flop. Os jogadores entram de all in após dobrar um 3 no turn , e Akkari vê seu JJ ser quebrado pelo 77 do adversário, sendo, então, eliminado. Caio Brites, profissional de Sit-and-go do time SuperPoker Full Tilt, cresce no torneio, aplicando seu jogo agressivo pré-flop, mas termina sua bela atuação em uma jogada em que aplica all in em um raiser, para ver um outro jogador do meio da mesa voltar all in por cima. O brasileiro apresenta AQo e precisa de um milagre – que não veio – para vencer o AA do americano e termina numa ótima 21ª posição. Essa foi somente uma prévia do que aconteceu na WSOP deste ano. Na próxima edição traremos a cober-tura completa de todos os resultados que os brasileiros alcançaram aqui em Las Vegas. �

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esperada no mundo do poker voltou, e

os brasileiros se destacam em

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Page 47: Revista Flop 13

| JUNHO92

PERFIL | FRED BITTENCOURT

LocoLocoACTIVISTACTIVISTA

relação entre Fred e o Poker é antiga. Desde os 18 anos de idade, Fred já engatava em jogos da modalidade Five Card Draw, po-rém só conheceu o Texas Hold’em em 2006, quando, a convite de um amigo, participou

do torneio Romma’s Cup – hoje extinto –, no Rio de Janeiro, jogando ao lado de feras como Gualter Salles, Rony Molchansky e Marcelo Dabus. Fred participou de 14 mesas finais, conquistando o primeiro troféu de sua longa lista. Até então, ninguém apostaria que aquele novato se transformaria em uma das maiores estrelas do cenário carioca de poker.

Impressionado com seu primeiro resultado, Fred co-meçou a estudar sobre o esporte e a procurar clubes para a prática do Texas, época em que conheceu Hernany Canhoto, então presidente da FCP-RJ (Federação de Carteado Profissional do Estado do Rio de Janeiro) que o convidou para participar do Campeonato Carioca de Poker. Ainda receoso, e impressionado com os resultados alcançados até aquele momento, Fred aceitou engatar no campeonato e, já na segunda etapa, assumiu a liderança do ranking e, como não poderia ser de outra forma, le-vou mais um troféu para a sua coleção: o de Campeão Carioca de Poker. Fred, que atua no setor de confecções, fala sobre suas vitórias e conquistas, com a simplicidade e a modéstia de um jogador amador: “Reconheço mi-nhas conquistas e me sinto feliz por tê-las, mas acho que, com o crescimento do mercado brasileiro, ainda exis-tam muitos talentos a serem des-cobertos”. Um exemplo desse modo de pensar é o programa Loco Activist do site PokerLoco, do qual Fred faz parte. O site funciona como um caça talen-tos do poker, apoiando jogado-res domésticos que desejam se aprofundar ou se profissionali-zar no esporte, patrocinando-os em diversos eventos nacionais e internacionais. “Acreditamos muito no Brasil e na qualidade de seus jogadores, e nossa busca é incansável por participantes do programa de Loco Activists.

Esses são jogadores de vários níveis em diversas mo-dalidades, porém com algo incomum que é a vontade de representar a comunidade PokerLoco nos eventos em que participem”, diz Alexandre Fonseca, Country Manager do PokerLoco no Brasil. Outro exemplo de participante do Loco Activist é Marcos Cerqueira, que está sendo patrocinado pelo programa no WSOP 2009. “Tenho certeza de que Marcos tem o nível de jogo su-ficiente para conquistar um titulo no WSOP. Estamos confiantes de que ele trará para o Brasil um excelente e merecido resultado” completa Alexandre Fonseca.

F red, que hoje é bicampeão carioca de poker, diz que pretende jogar o LAPT, ainda neste ano, e já faz planos para o BSOP de 2010, sonhando em

formar uma dobradinha carioca com seu amigo Marcos Cerqueira, atualmente 10º no ranking brasileiro e Loco Activists também.

Quando questionado sobre o poker online, Fred, que é jogador inveterado de Sit & Go’s NL 100, afirma ainda ter bons resultados e aconselha: “O online é fundamen-tal para a melhora do nível de jogo, além de ser um ótimo divertimento. Ele possibilita aos jogadores que desejam ingressar no poker um excelente aprendizado e, acima de tudo, gratuito. Já para os que se profissiona-lizarem, é fundamental que tenham um bom nível tanto no online quanto no live, pois o mercado tende cada dia mais a considerar os resultados live em conjunto com o

online”. Ao final da entrevista com Fred, recebemos a visita de Hernany Canhoto, renomada figura do poker nacional, co-nhecido como o organizador do LAPT no Brasil. Hernany, que acaba de passar um susto ao sofrer um infarto, afirma já estar recuperado e informa que em 2010 lançará, para todo o Brasil, um grande torneio nos moldes do WSOP. A nós, jogadores e amantes do poker, só nos resta esperar por essa novidade, que promete ser um novo ícone para o poker brasileiro. �

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Um carioca no PokerLocoUm carioca no PokerLoco

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| JUNHO94 | JUNHOHOHOH94

COLUNA | MEBELISKA

JUNHO | 95WWW.REVISTAFLOP.COM.BRWWW.WW REVISTAFLOP.COM.BR

[email protected]

H á menos de um ano, surgiu no meio do poker um site irreverente, iniciado por brincadeira, e que hoje pode ser considerado um

dos maiores portais de cobertura de torneios ao vivo do País. Quem nunca escutou ou soltou um “Me belisca” em um torneio? Pois é, esse foi o nome escolhido para o site. A expressão é usada quando um jogador está com a melhor mão contra um adversário que tenta blefar, e aí ele grita um sonoro “Me belisca”, para que alguém lhe mostre que aquilo não é um sonho. O site surgiu da ideia de três amigos – Sergio Motta, Eduardo “Sequela” e eu, Teco –, que agora, aqui na Flop, escrevo esta Coluna. Tudo teve início com o CBP (Circuito Brasileiro de Poker Online), dispu-tado no Texas Hold’em. Foram 20 etapas, com média de 200 jogadores por torneio, com ranking geral e diver-sas premiações extras para os partici-pantes. O CBP era uma competição que se destacava pela diversão entre os presentes. Como de costume, nós

três – Serjão, Sequela e eu – sempre estávamos nos chats brincando e ti-rando onda com a turma que estava engatada, e a iniciativa foi um sucesso total. Em breve, o MeBeliska promete o retorno do CBP, só que desta vez a série será realizada no Full Tilt Poker, o novo parceiro do site, que dará diversas premiações extras para os participantes.

Outra marca do MeBeliska são os satélites online. Em um belo dia, resolvemos fazer um sa-

télite para o BSOP. Para os leigos, satélites são torneios classificatórios, para que o jogador consiga sua entrada em um grande torneio, por um valor bem mais baixo que o da inscrição proposto pela empresa organizadora do evento. Sabíamos que diversos jo-gadores gostariam de jogar o BSOP, tão famoso em nosso País, mas que muitos não têm condições de pagar o buy-in integralmente. Assim, decidi-mos criar satélites no formato de steps, que significa “passos” ou “degraus”. Se o torneio tem três etapas, ou steps, o

participante joga a primeira fase, que costuma ser mais barata, para tentar chegar à segunda e assim, finalmente, tentar a vaga na última etapa, que premia com a inscrição para o BSOP. Foi mais um sucesso: conseguimos cinco vagas, dentre as quais vagas para jogadores que conseguiram entrar no torneio com apenas US$11 do step inicial. Depois disso, começamos a ser contratados por diversas empre-sas para executar satélites, como para o Zahle 150K, Nordeste Poker Fest 300K, All in Tatuapé 50K e 150K e, depois, para os Zahle 300K e 500K. Hoje, para quem quiser participar de nossos satélites, é só entrar em nosso site e clicar em “SATÉLITES”, con-ferindo em qual torneio pode entrar por um preço baratinho. Agora, vou falar do que está batendo recordes de acessos no site: as cobertu-ras ao vivo. A irreverência, inovação, conteúdo, qualidade e quantidade de informações foram o que tornou o MeBeliska um dos sites de poker mais visitados do País.

Quando ele foi criado, não havia a ferramenta para as coberturas dos eventos, o que antes era

realizado via Orkut. A partir daí, co-meçaram as inovações, com os posts do texto junto com uma imagem dos jogadores e o acompanhamento de todos os momentos do torneio por alguém da equipe. Do Orkut, nós mi-gramos para o site, onde implantamos uma sessão para postar e acompanhar todas as jogadas do torneio, em tempo

POKER, INFORMAÇÃO E

HUMORTudo isso é o que você encontra nas

páginas do inovador site MeBeliska

real. E para inaugurar a nova fase, foi realizada a cobertura da segunda etapa do Circuito Paulista, que teve recorde de jogadores.

Após o sucesso dessa primeira aventura, a equipe de cober-tura recebeu vários pedidos

de diversos organizadores, entre eles CPH, BSOP, Circuito ABC, Circuito do Interior, Circuito Santista, Copa HotPoker e muitos outros torneios regulares realizados durante a se-mana. Um dos nossos maiores tra-balhos aconteceu recentemente, no Espaço Zahle, acompanhando todas as jogadas do 500K. Uma equipe de seis pessoas rodeou o salão, em busca de informações para postar o que acon-tecia nas mesas e levar ao internauta uma das melhores coberturas online do País. Eu me lembro que, ao postar qualquer vídeo, sendo brincadeira ou

coisa séria, em poucos minutos ele era visualizado por mais de 100 pessoas, algo que me surpreendia.

Não posso deixar de destacar a cobertura do Tower Cruise III que, sem dúvida, foi algo bem

diferente. Além de cobrir o evento, a equipe interagiu com a galera do poker, na piscina, na balada e no res-taurante, entre outros lugares do na-vio. “No primeiro dia nos vestimos de Jack Sparrow (personagem do filme Piratas do Caribe) e, quando chegamos na área do torneio, foi um alvoroço. Todos deram muita risada, queriam tirar foto com os três loucos ali fan-tasiados e, como se não bastasse, o Sequela jogou o torneio vestido da-quele jeito mesmo. Será que o pessoal do MeBeliska é doido?”, ri Serjão. Depois nos vestimos de marinheiro e fizemos a festa na piscina. “A esposa

de um jogador veio tirar foto com a gente e resolvemos segurar ela deitada. Pronto! Todos que estavam ali que-riam uma foto igual àquela, chegando a fazer fila. Foi uma bagunça só”, relembra Sequela. E ainda não acabou. Vestimo-nos de comandante na “Noite do Comandante” – em cruzeiros, é reservada uma noite em que o coman-dante cumprimenta e tira fo-tos com todos que encontra.

O trio apareceu no restaurante e, para nossa sorte, o verdadeiro coman-dante e seus tripulantes não estavam lá. Demos de cara com o Robigol, um dos grandes nomes do poker na-cional, que foi logo falando: “É tudo lock, mesmo”. Quando entramos nas dependências do restaurante, não pa-ramos de escutar chamados para tirar fotos. Tiramos foto com o restaurante inteiro; até mesmo quem não nos co-nhecia ou não era da turma do poker quis tirar foto! E o destaque foi para três casais que estavam em lua de mel. O gerente veio nos pedir foto com eles e, com todo prazer, o fizemos. Afinal, já tinhamos tirado com o res-taurante inteiro!

A s baladas no navio também eram um bom lugar para encontrar os parceiros e arrumar umas boas

fotos. O mais legal é que tudo está ar-quivado no site, e qualquer um pode acompanhar o que aconteceu naquele torneio e em muitos outros, acessando a área de cobertura do site e vendo em “Coberturas Já Realizadas”. Um grande passo e desafio para o MeBeliska será a cobertura da World Series of Poker deste ano. Já confirma-mos presença em Las Vegas e passa-remos todas as informações possíveis dos brasileiros que estarão por lá. Para saber o que acontece no mundo MeBeliska, acesse o nosso site, acompa-nhe os satélites que estão acontecendo, as coberturas ao vivo, as brincadeiras, as notícias e muitas informações. �

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apareceu no restaurante eO trio

MeBeliska.com.br

Há um ano trazendo para o online, com seriedade e humor, tudo o que acontece nas mesas live.

Vencedores

de Satélites

promovidos

pelo

MeBeliska

Norson Vini Marques Geraldo Campelo Rodrigo Giosa Marcos SketchMarcos Sketch Alê Braga

Teco Seqüela Kima SalsichaSalsicha Newton Valerio Piragibe

VOCÊ

Page 49: Revista Flop 13

ZAHLE 500K

Era de se esperar que esse seria mais um

torneio de sucesso, após as edições do

150K e 300K realizados no Zahle. Em três

dias, pouco mais de 300 jogadores se reuniram

nas mesas para disputar um prize pool de mais

de R$600 mil, distribuídos entre os 30 primei-

ros colocados. Muitas feras do poker nacional

estavam presentes: Caio Brites, Sérgio e Alê

Braga, Leandro “Brasa”, CK, Mojave e muitos

outros. Mas o destaque fi cou para Cesar Labate,

que superou esse difícil fi eld e levou para casa o

título de campeão do torneio.

Uma das maiores premiações em um torneio live no País

Page 50: Revista Flop 13

Viva, São João!

Em seu terceiro ano consecutivo, o Circuito Sanjoanense

realizou a etapa “Jogando com as Feras”, em que os

participantes competiram com jogadores renomados do

poker nacional. No total, foram 77 inscritos que enfretaram Igor

Federal (novamente fi cou em terceiro lugar), Robigol, Fábio Deu

Zebra, Virgílio Aoki, Marcos XT e Caio Brites. Depois de um dia

bem disputado, Kabelo levou a melhor no heads-up e conquistou

o troféu dessa etapa do Circuito.

A cidade do interior de SP recebe sua quinta etapa com um toque especial

Rio Hold’em Tour

Em um clima de muito sol, praia e amor, mais de cem joga-

dores se inscreveram para a segunda edição do RHT, reali-

zado em Armação dos Búzios, e ainda puderam aproveitar,

além do poker, um fi m de semana especial e o Dia dos Namora-

dos. Grandes destaques do cenário carioca estiveram presentes e

mostraram que o Rio de Janeiro tem jogadores promissores com

um bom nível técnico. Eduardo Pitombo foi quem se deu bem

nessa disputa e levou para casa o título de campeão do 2º RHT.

Aproveitando o feriado, os cariocas fizeram bonito nessa etapa do evento

Page 51: Revista Flop 13

LAPT – Mar del Plata

Ainda não foi dessa vez que um brasileiro ganhou uma eta-

pa da série, mas fi zemos bonito. Nos eventos paralelos,

Caio Pimenta cravou um torneio e vimos boas atuações

de Mojave, Gualter Salles, Maridu, Walter “Terrifi c” e Mestre

Filipe. Entre os grandes nomes do poker mundial estavam Chris

Moneymaker, Joe Hachem, Humberto Brenes. Mas o destaque

principal foi a participação do ex-tenista Boris Becker.

O fim da segunda temporada da série mostrou a força que os jovens possuem

Page 52: Revista Flop 13

BSOP – Goiânia

Depois de alcançar um grande público e boas premia-

ções nas suas duas primeiras edições em 2009, a ex-

pectativa sobre a terceira etapa, disputada em Goiânia,

era enorme. O torneio, que acumulou um prize pool de mais

de R$50 mil, reuniu um total de 206 jogadores, de diversas

regiões do Brasil, que se enfrentram durante os dois dias do

evento. O mineiro Tarcísio Ferreira foi o vencedor dessa edição,

após ganhar um coinfl ip contra Robson na mesa fi nal.

A série desembarca em Goiás e mostra a força do pessoal do Centro-Oeste

BSOP – Curitiba

Após o ótimo resultado obtido na etapa de Goiânia,

poucas pessoas esperavam o que estava por vir: uma

quebra de recordes estupenda nessa quarta edição. A

organização do torneio esperava 300 inscrições. Para surpresa

de todos, o fi eld foi de 478 jogadores, com uma premiação de

mais de R$115 mil. Pela primeira vez, o BSOP foi disputado em

três dias, para suportar toda essa gente. Quem levou a melhor

nessa edição foi o catarinense Tito Feltrin.

A caravana da série segue pelo País afora e faz história na Região Sul

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Calendário FTOPS XIIIEvento Data Hora Modalidade Detalhe Buy-In Garantido

1 05 de ago 21:00 No-Limit Hold’em - US$ 200 + US$ 16 US$ 1.000.0002 06 de ago 14:00 No-Limit Hold’em 4x Shootout 6-max US$ 300 + US$ 22 US$ 250.0003 06 de ago 21:00 Omaha/8 - US$ 200 + US$ 16 US$ 200.0004 07 de ago 14:00 No-Limit Hold’em 1 re-buy e 1 add-on US$ 200 + US$ 16 US$ 500.0005 07 de ago 21:00 Stud - US$ 200 + US$ 16 US$ 100.0006 08 de ago 14:00 PL Omaha 6-max US$ 500 + US$ 35 US$ 350.0007 08 de ago 16:00 No-Limit Hold’em Re-buy US$ 100 + US$ 9 US$ 500.0008 09 de ago 14:00 No-Limit Hold’em Knockout 6-max US$ 240 + US$ 16 US$ 750.0009 09 de ago 16:00 No-Limit Hold’em Heads-up US$ 500 + US$ 35 US$ 500.000

10 09 de ago 18:00 No-Limit Hold’em - US$ 300 + US$ 22 US$ 1.500.00011 10 de ago 14:00 HA (half PL Hold’em, half PL Omaha) - US$ 200 + US$ 16 US$ 200.00012 10 de ago 21:00 No-Limit Hold’em Ante from Start US$ 1.000 + US$ 60 US$ 1.500.00013 11 de ago 14:00 No-Limit Hold’em 3x Shootout US$ 300 + US$ 22 US$ 200.00014 11 de ago 21:00 HORSE - US$ 500 + US$ 35 US$ 300.00015 11 de ago 21:00 No-Limit Hold’em 4x Shootout 6-max US$ 200 + US$ 16 US$ 500.00016 12 de ago 14:00 PL Omaha/8 Knockout US$ 240 + US$ 16 US$ 200.00017 12 de ago 21:00 No-Limit Hold’em 6-max c/ re-buy US$ 300 + US$ 22 US$ 1.000.00018 13 de ago 14:00 PL Omaha Heads-up US$ 200 + US$ 16 US$ 150.00019 13 de ago 21:00 Limit Hold’em 6-max US$ 200 + US$ 16 US$ 150.00020 14 de ago 14:00 No-Limit Hold’em 6-max US$ 200 + US$ 16 US$ 400.00021 14 de ago 21:00 Razz - US$ 300 + US$ 22 US$ 150.00022 15 de ago 14:00 No-Limit Hold’em 6-max US$ 2.500 + US$ 120 US$ 2.000.000

Ante Up 15 de ago 15:00 No-Limit Hold’em 6-max US$ 100 + US$ 20 US$ 100.00023 15 de ago 16:00 PL Omaha Re-buy US$ 100 + US$ 9 US$ 350.00024 16 de ago 14:00 No-Limit Hold’em Knockout US$ 120 + US$ 9 US$ 750.000

Main Event 16 de ago 18:00 No-Limit Hold’em - US$ 500 + US$ 35 US$ 2.500.000

Rankings

1 Daniel Negreanu US$ 5.555.9352 Carlos Mortensen US$ 5.260.3603 Tuan Le US$ 4.514.0634 Michael Mizrachi US$ 4.168.7665 Gus Hansen US$ 4.051.7826 Alan Goehring US$ 3.955.7877 Joseph Bartholdi US$ 3.760.1658 David Chiu US$ 3.642.1419 Jonathan Little US$ 3.404.916

10 Nick Schulman US$ 3.225.93611 JC Tran US$ 3.103.29812 Nam Le US$ 3.094.62213 Phil Ivey US$ 2.994.40214 Nenad Medic US$ 2.977.15215 Martin de Knijff US$ 2.948.18316 Eugene Katchalov US$ 2.655.52117 Eric Hershler US$ 2.611.38518 Hoyt Corkins US$ 2.604.03119 Hasan Habib US$ 2.461.44720 Dan Harrington US$ 2.444.081

1 Pedro “pcayobh” Cavalcanti 107.8832 Caio Pimenta 107.7673 Luiz “Mestrefi lipe” de Andrade 97.5724 João Mathias 96.9825 Beto Cajú 84.5286 Bruno GT 80.0907 Christian Kruel 62.8798 Sérgio Penha 62.6819 Norson Saho 61.487

10 Vinicius Teles 59.85311 Leandro “AmarulABr” Balotin 52.46512 Kima 47.97013 Marcos XT 45.91514 João Marcelo 41.42215 Alexandre Gomes 41.11516 Gualter Salles 40.24217 Fiás Bassam Massouh 39.88718 Thiago TheDecano 39.79719 Luan Estradioto 38.42920 André Akkari 38.330

- Career Earnings wsop

dados atualizados em 11/07/09

Medalha de Ouro

Medalha de Prata

Medalha de Bronze

Felipe Mojave

Pela sua primeira mesa fi nal na WSOP 2009, no evento $5K Pot Limit Omaha

Gualter Salles e Caio Brites

Pelas ótimas colocações na WSOP 2009

João Mathias Baumgarten

Pela solidez nos diversos resultados online

1 Phil Hellmuth 11 braceletes2 Johnny Chan 10 braceletes2 Doyle Brunson 10 braceletes3 Johnny Moss 9 braceletes4 Erik Seidel 8 braceletes5 Phil Ivey 7 braceletes5 Billy Baxter 7 braceletes6 Men Nguyen 6 braceletes6 TJ Cloutier 6 braceletes6 Jay Heimowitz 6 braceletes6 Layne Flack 6 braceletes7 Chris Ferguson 5 braceletes7 Berry Johnston 5 braceletes7 Allen Cunningham 5 braceletes7 Scotty Nguyen 5 braceletes7 Ted Forrest 5 braceletes7 Stu Ungar 5 braceletes8 Gary Berland 5 braceletes9 John Juanda 4 braceletes9 David Chiu 4 braceletes

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AA 220:1AKs 331:1AKo 110:1Qualquer par 16:1Qualquer Ás 6:1Qualquer connector 5:1Qualquer suited connectors 25:1

Como utilizarExemplo 1: Você tem quatro cartas para fazer um flush, portanto vê que possui 9 outs, pela tabela 3. Consultando alinha de 9 outs na tabela 4, você sabe que a chance de acertar o seu naipe para o flush no turn é de 19,1%, e de 19,6%de acertar no river. A chance combinada, de acertar no turn ou river, é de 35%.

Exemplo 2: Você tem uma seqüência de duas pontas, portanto possui 8 outs. A chance de acertar sua seqüência no turné de 17%. Caso não acerte, tem mais 17,4% de chance de acertar no river. A chance combinada, de acertar sua seqüênciano turn ou river, é de 31,5%.

Tabelade Outs e OddsChances de receber mãos iniciais

Número de outs que melhoram sua mão

Ao menos um par sem ter par na mão 2:1

Trinca, tendo um par na mão 7,5:1

Quatro para um flush, tendo duas do mesmo naipe 8:1

Flush pronto, tendo duas do mesmo naipe 118:1

Seqüência de duas pontas, tendo connectors 11:1

Seqüência pronta, tendo connectors 78:1

Chances aproximadas de acertar no flop

Chances de acertar as outs

Se você tem Possui Para fazerPar 2 outs TrincaDois pares 4 outs Full HouseMeio de seqüência (racha) 4 outs SeqüênciaDuas pontas 8 outs SeqüênciaQuatro para um flush 9 outs FlushDuas pontas de straight flush 15 outs Seqüência, Flush ou Straight Flush

Outs Acertar no turn (%) Acertar no river (%) Acertar no turn ou river (%)20 42,6 43,5 67,519 40,4 41,3 65,018 38,3 39,1 62,417 36,2 37,0 59,816 34,0 34,8 57,015 31,9 32,6 54,114 29,8 30,4 51,213 27,7 28,3 48,112 25,5 26,1 45,011 23,4 23,9 41,710 21,3 21,7 38,409 19,1 19,6 35,008 17,0 17,4 31,507 14,9 15,2 27,806 12,8 13,0 24,105 10,6 10,9 20,404 8,5 8,7 16,503 6,4 6,5 12,502 4,3 4,3 8,401 2,1 2,2 4,3

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